Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL nº 57 - QUALI.PT

  • Upload
    qualipt

  • View
    219

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    1/21

    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2129

    so devidas taxas Direco-Geral do Turismo de mon-tante a fixar por portaria conjunta dos Ministros dasFinanas e da Economia.

    Artigo 65.o

    Registo

    1 organizado pela Direco-Geral do Turismo,em colaborao com o Instituto da Conservao daNatureza, o registo central de todas as casas de natureza,nos termos a estabelecer em portaria do membro doGoverno responsvel pela rea do turismo.

    2 As entidades exploradoras das casas de naturezadevem comunicar Direco-Geral do Turismo a alte-rao de qualquer dos elementos do registo previstosna portaria a que se refere o nmero anterior, no prazode 30 dias a contar da data em que tenha lugar essaalterao.

    Artigo 66.o

    Sistema de informaes

    A Direco-Geral do Turismo, em colaborao como Instituto da Conservao da Natureza, providenciarno sentido de garantir um sistema de informaes eficaz.

    Artigo 67.o

    Placa identificativa de turismo de natureza

    1 O modelo da placa identificativa do turismo denatureza e das modalidades de alojamento e animaoambiental aprovado por portaria conjunta dos mem-bros do Governo responsveis pelas reas do turismoe do ambiente.

    2 obrigatria a afixao da placa referida nonmero anterior em todos os servios de alojamentoe de animao ambiental previstos no artigo 2.o do pre-sente diploma.

    Artigo 68.o

    Regime aplicvel s casas existentes

    1 O disposto no presente diploma aplica-se s casasexploradas pelo Instituto da Conservao da Natureza data da sua entrada em vigor, sem prejuzo do dispostono nmero seguinte.

    2 As casas referidas no nmero anterior devemsatisfazer os requisitos relativos s suas instalaes, deacordo com o presente diploma e o regulamento a que

    refere o n.o

    3 do artigo 2.o

    , no prazo de dois anos acontar da data da entrada em vigor do presente diploma,excepto quando esse cumprimento determinar a rea-lizao de obras que se revelem materialmente impos-sveis ou que comprometam a rendibilidade do projecto,como tal reconhecidas pela Direco-Geral do Turismo.

    Artigo 69.o

    Dinamizao e apoio

    Os Ministrios da Economia e do Ambiente, nomea-damente atravs dos seus servios regionais e dos rgosregionais ou locais de turismo, dinamizaro aces dedivulgao do turismo de natureza e prestaro apoio

    tcnico formulao e apresentao do requerimentoprevisto no artigo 14.o, bem como os necessrios aolicenciamento da construo e da utilizao, bem comodas actividades de animaoambientalprevistas, revistasno n.o 2 do artigo 2.o do presente diploma.

    Artigo 70.o

    Regies Autnomas

    O regime previsto no presente diploma aplicvels Regies Autnomas dos Aores e da Madeira, semprejuzo das adaptaes decorrentes da estrutura pr-pria da administrao regional autnoma, a introduzirpor diploma regional adequado.

    Artigo 71.o

    Entrada em vigor

    O presente diploma entra em vigor no dia imedia-tamente a seguir ao da sua publicao.

    Decreto-Lei n.o 57/2002

    de 11 de Maro

    O regime jurdico da instalao e do funcionamentodos estabelecimentos de restaurao ou de bebidas regu-lado pelo Decreto-Lei n.o 168/97, de 4 de Julho, e alte-rado pelos Decretos-Leis n.os 139/99, de 24 de Abril,e 222/2000, de 9 de Setembro, necessita de ser alteradopor forma a compatibiliz-lo com o novo regime jurdicoda urbanizao e edificao, aprovado pelo Decreto-Lein.o 555/99, de 16 de Dezembro, com as alteraes intro-duzidas pelo Decreto-Lei n.o 177/2001, de 4 de Junho.

    O Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, revoga,entre outros, o Decreto-Lei n.o 445/91, de 20 de Novem-bro, que estabelecia o regime jurdico do licenciamentomunicipal de obras particulares.

    Tendo em considerao que o artigo 3.o do Decre-to-Lei n.o 168/97, de 4 de Julho, estabelece que os pro-

    cessos respeitantes instalao de estabelecimentos derestaurao ou de bebidas so organizados pelas cma-ras municipais e regulam-se pelo regime jurdico dolicenciamento municipal de obras particulares, com asespecificidades estabelecidas naquele diploma, a revo-gao daquele regime e a sua alterao implica, neces-sariamente, que o regime jurdico da instalao e dofuncionamento dos estabelecimentos de restaurao oude bebidas se adapte ao novo regime jurdico da urba-nizao e da edificao.

    Aproveita-se ainda esta oportunidade para tornarobrigatria a meno existncia de alvar de licenade utilizao para servios de restaurao ou de bebidasconcedido ao abrigo do presente diploma ou existnciada autorizao de abertura, no caso dos estabelecimen-tos de restaurao ou de bebidas existentes data daentrada em vigor do presente diploma, concedida pelaDireco-Geral do Turismo ou pelas cmaras municipaisao abrigo de legislao anterior, ou ainda a aberturados estabelecimentos com base num deferimento tcito,nos contratos de transmisso ou nos contratos-promessade transmisso, sob qualquer forma jurdica, relativosa estabelecimentos ou a imveis ou suas fraces ondeestejam instalados estabelecimentos de restaurao oude bebidas, que venham a ser celebrados em data pos-terior entrada em vigor do presente diploma, sob penade nulidade e recusa do registo dos mesmos.

    Foram ouvidos os rgos de governo prprio dasRegies Autnomas dos Aores e da Madeira, a Asso-ciao Nacional de Municpios Portugueses e as asso-ciaes patronais do sector com interesse e represen-tatividade na matria.

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    2/21

    2130 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    Assim:Nos termos da alnea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

    Constituio, o Governo decreta, para valer como leigeral da Repblica, o seguinte:

    CAPTULO I

    Alteraes

    Artigo 1.o

    Alteraes

    Os artigos 1.o, 2.o, 3.o, 4.o, 6.o a 19.o, 23.o, 26.o, 28.oa 38.o, 41.o, 44.o e 46.o a 54.o do Decreto-Lei n.o 168/97,de 4 de Julho, com as alteraes introduzidas pelosDecretos-Leis n.os 139/99, de 24 de Abril, 222/2000, de9 de Setembro, e 9/2002, de 24 de Janeiro, passam ater a seguinte redaco:

    Artigo 1.o

    Estabelecimentos de restaurao ou de bebidas

    1 So estabelecimentos de restaurao, qualquerque seja a sua denominao, os estabelecimentos des-tinados a prestar, mediante remunerao, servios dealimentao e de bebidas no prprio estabelecimentoou fora dele.

    2 So estabelecimentos de bebidas, qualquer queseja a sua denominao, os estabelecimentos destinadosa prestar, mediante remunerao, servios de bebidase cafetaria no prprio estabelecimento ou fora dele.

    3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 Para efeito do disposto no presente diploma, nose consideram estabelecimentos de restaurao ou debebidas as cantinas, os refeitrios e os bares de entidadespblicas, de empresas e de estabelecimentos de ensino,destinados a fornecer servios de alimentao e de bebi-das exclusivamente ao respectivo pessoal e alunos,devendo este condicionamento ser devidamente publi-citado.

    Artigo 2.o

    Instalao

    Para efeitos do presente diploma, considera-se ins-talao de estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das o processo de licenciamento ou de autorizao paraa realizao de operaes urbansticas relativas cons-truo e ou utilizao de edifcios ou suas fraces des-tinados ao funcionamento daqueles estabelecimentos.

    Artigo 3.o

    Regime aplicvel

    1 Os processos respeitantes instalao de esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas so orga-nizados pelas cmaras municipais e regulam-se peloregime jurdico da urbanizao e da edificao, comas especificidades estabelecidas nos artigos seguintes.

    2 Nos pedidos de informao prvia, de licencia-mento ou de autorizao relativos instalao dos esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas, o interes-sado deve indicar no pedido o tipo de estabelecimentopretendido.

    3 Para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3 doartigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-bro, os pareceres do Servio Nacional de Bombeiros,do governador civil, da entidade competente no mbitodas instalaes elctricas e das autoridades de sadeemitidos ao abrigo do disposto nos artigos 4.o e 6.o a9.o so obrigatoriamente comunicados por aquelas enti-dades cmara municipal competente.

    Artigo 4.o

    Consulta ao governador civil

    1 No caso de todos os estabelecimentos de bebidase dos estabelecimentos de restaurao que disponhamde salas ou espaos destinados a dana, a cmara muni-cipal, no mbito da apreciao do pedido de informaoprvia, deve consultar o governador civil do distrito emque o estabelecimento se localiza a fim de este se pro-nunciar, quanto sua localizao e aos aspectos de segu-rana e de ordem pblica que o funcionamento do esta-

    belecimento possa implicar, remetendo-lhe para o efeitoos elementos necessrios, nomeadamente a identifica-o da entidade requerente e a localizao do esta-belecimento.

    2 consulta prevista no nmero anterior aplica-seo disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99,de 16 de Dezembro, com excepo do prazo previstono n.o 8 daquele artigo, que alargado para 30 dias.

    3 O parecer emitido pelo governador civil nombito do pedido de informao prvia vinculativopara um eventual pedido de licenciamento ou de auto-rizao de obras de edificao do estabelecimento derestaurao ou de bebidas, desde que este seja apre-sentado no prazo de um ano relativamente data da

    comunicao ao requerente, pela cmara municipal, dadeciso que haja recado sobre aquele pedido.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    SECO III

    Licenciamento ou autorizao de operaes urbansticas

    Artigo 6.o

    Parecer do Servio Nacional de Bombeiros

    1 O deferimento pela cmara municipal do pedidodo licenciamento ou de autorizao para a realizao

    de obras de edificao referentes a estabelecimentosde restaurao ou de bebidas carece de parecer do Ser-vio Nacional de Bombeiros.

    2 consulta e emisso de parecer do ServioNacional de Bombeiros no mbito do processo de licen-ciamento ou de autorizao aplica-se o disposto noartigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-bro, com excepo do prazo previsto no n.o 8 daqueleartigo, que alargado para 30 dias.

    3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 7.o

    Parecer do governador civil

    1 No caso de todos os estabelecimentos de bebidase dos estabelecimentos de restaurao que disponhamde salas ou espaos destinados a dana, o deferimentopela cmara municipal do pedido do licenciamento ou

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    3/21

    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2131

    de autorizao para a realizao de obras de edificaoreferentes a estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das carece de parecer favorvel a emitir pelo governadorcivil do distrito em que o estabelecimento se localiza,salvo se j tiver sido emitido parecer favorvel nos ter-mos do artigo 4.o e ainda no tiver decorrido o prazoprevisto no n.o 3 do mesmo artigo, no que diz respeito sua localizao, sobre os aspectos de segurana e deordem pblicas que o funcionamento do estabeleci-mento possa implicar.

    2 consulta prevista no nmero anterior aplica-seo disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99,de 16 de Dezembro, com excepo do prazo previstono n.o 8 daquele artigo, que alargado para 30 dias.

    3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 8.o

    Parecer da entidade competenteno mbito das instalaes elctricas

    1 No caso dos estabelecimentos previstos no n.o 4do artigo 1.o, a emisso do alvar de licena ou de auto-rizao para a realizao de obras de edificao carecede parecer favorvel a emitir pela associao inspectorade instalaes elctricas, para as de servio particularde 5.a categoria, nos termos do disposto no Decreto-Lein.o 272/92, de 3 de Dezembro, ou pelas delegaes regio-nais do Ministrio da Economia para todas as outrasinstalaes.

    2 consulta e emisso do parecer da entidadecompetente aplica-se o disposto no artigo 19.o do Decre-to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, com excepodo prazo previsto no n.o 8 daquele artigo, que alargado

    para 30 dias.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 9.o

    Parecer das autoridades de sade

    1 O deferimento pela cmara municipal do pedidode licenciamento para a realizao de obras de edifi-cao em estabelecimentos de restaurao ou de bebidascarece de parecer das autoridades de sade a emitirpelo delegado concelhio de sade ou adjunto do dele-gado concelhio de sade.

    2 emisso de parecer das autoridades de sadeaplica-se o disposto no artigo 19.

    o

    do Decreto-Lein.o 555/99, de 16 de Dezembro, com excepo do prazoprevisto no n.o 8 daquele artigo, que alargado para30 dias.

    3 O parecer das autoridades de sade destina-sea verificar o cumprimento das normas de higiene e sadepblicas previstas no Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 deSetembro.

    4 Quando desfavorvel, o parecer das autoridadesde sade vinculativo.

    Artigo 10.o

    Autorizao do Servio Nacional de Bombeiros

    1 Carecem de autorizao do Servio Nacional deBombeiros as obras previstas nas alneas a) e b) don.o 1 do artigo 6.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16de Dezembro.

    2 Para efeito do disposto no nmero anterior, ointeressado deve dirigir ao Servio Nacional de Bom-beirosum requerimento instrudonostermos da portariareferida no n.o 3 do artigo 6.o

    3 A autorizao a que se refere o n.o 1 deve seremitida no prazo de 15 dias a contar da data da recepoda documentao, sob pena de o requerimento se enten-der tacitamente deferido.

    4 O Servio Nacional de Bombeiros deve darconhecimento cmara municipal das obras que auto-rize nos termos do n.o 1.

    SECO IV

    Licenciamento ou autorizao da utilizao

    Artigo 11.o

    Licena ou autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas

    1 Concluda a obra e equipado o estabelecimentoem condies de iniciar o seu funcionamento, o inte-ressado requer a concesso da licena ou da autorizaode utilizao para servios de restaurao ou de bebidasdos edifcios novos, reconstrudos, reparados, ampliadosou alterados, ou das fraces autnomas cujas obrastenham sido licenciadas ou autorizadas nos termos dopresente diploma.

    2 A licena ou a autorizao de utilizao paraservios de restaurao ou de bebidas destina-se a com-provar, para alm do disposto no artigo 62.o do Decre-to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, a observnciadas normas relativas s condies sanitrias e segu-rana contra riscos de incndio.

    3 A licena ou a autorizao de utilizao paraservios de restaurao ou de bebidas sempre pre-cedida da vistoria a que se refere o artigo seguinte,a qual substitui a vistoria prevista no artigo 64.o doDecreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro.

    4 O prazo para deliberao sobre a concesso dalicena ou autorizao de utilizao o constante daalnea b) do n .o 1 do artigo 30.o do Decreto-Lein.o 555/99, de 16 de Dezembro, no caso de se tratarde procedimento de autorizao, e o previsto na al-nea d) do n.o 1 do artigo 23.o do mesmo diploma, nocaso de se tratar de procedimento de licenciamento,a contar em ambos os casos a partir da data da realizaoda vistoria ou do termo do prazo para a sua realizao.

    Artigo 12.o

    Vistoria

    1 A vistoria deve realizar-se no prazo de 30 diasa contar da data da apresentao do requerimento refe-rido no n.o 1 do artigo anterior e, sempre que possvel,em data a acordar com o interessado.

    2 A vistoria efectuada por uma comisso com-posta por:

    a) Trs tcnicos a designar pela cmara municipal,dos quais, pelo menos, dois devem ter formaoe habilitao legal para assinar projectos cor-

    respondentes obra objecto de vistoria;b) O delegado concelhio de sade ou o adjuntodo delegado concelhio de sade;

    c) Um representante do Servio Nacional deBombeiros;

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    4/21

    2132 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    d) Um representante da associao inspectora deinstalaes elctricas, quando se tratar dos esta-belecimentos previstos no n.o 4 do artigo 1.o,se os mesmos dispuserem de instalaes de ser-vio particular de 5.a categoria, nos termos pre-vistos no Decreto-Lei n.o 517/80, de 31 de Outu-bro, na redaco que lhe foi dada pelo Decre-to-Lei n.o 272/92, de 3 de Dezembro, ou umrepresentante das delegaes regionais doMinistrio da Economia, se os mesmos esta-belecimentos dispuserem de quaisquer outrostipos de instalaes;

    e) Um representante da FERECA Federaoda Restaurao, Cafs, Pastelarias e Similaresde Portugal;

    f) Um representante de outra associao patronaldo sector, no caso de o requerente o indicarno pedido de vistoria.

    3 O requerente da licena ou da autorizao deutilizao, os autores dos projectos e o tcnico respon-svel pela direco tcnica da obra participam na vistoriasem direito a voto.

    4 Compete ao presidente da cmara municipal aconvocao das entidades referidas nas alneas b) a f)do n.o 2 e as pessoas referidas no nmero anterior coma antecedncia mnima de oito dias.

    5 A ausncia das entidades referidas nas alneasb) a f) do n.o 2 e das pessoas referidas no n.o 3, desdeque regularmente convocadas, no impeditiva nemconstitui justificao da no realizao da vistoria, nemda concesso da licena ou da autorizao de utilizao.

    6 A comisso referida no n.o 2 depois de proceder vistoria elabora o respectivo auto, devendo entregaruma cpia ao requerente.

    7 Quando o auto de vistoria conclua em sentidodesfavorvel ou quando seja desfavorvel o voto, fun-damentado, de um dos elementos referidos nas alneasb), c) e d) do n.o 2, no pode ser concedida a licenaou a autorizao de utilizao.

    Artigo 13.o

    Alvar de licena ou de autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas

    1 Concedida a licena ou a autorizao de utili-zao para servios de restaurao ou de bebidas, otitular requer ao presidente da cmara municipal a emis-

    so do alvar que a titula, o qual deve ser emitido noprazo de 30 dias a contar da data da recepo do res-pectivo requerimento.

    2 A emisso do alvar deve ser notificada ao reque-rente, por correio registado, no prazo de oito dias acontar da data da sua deciso.

    Artigo 14.o

    Funcionamento dos estabelecimentos de restaurao ou de bebidas

    1 O funcionamento dos estabelecimentos de res-taurao ou de bebidas depende apenas da titularidadedo alvar de licena ou de autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas, emitido nos

    termos do disposto no artigo anterior, o qual constitui,relativamente a estes estabelecimentos, o alvar delicena ou autorizao de utilizao previsto nos artigos62.o e 74.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 deDezembro.

    2 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte,a existncia de alvar de licena ou de autorizao deutilizao para servios de restaurao ou de bebidasconcedido ao abrigo do presente diploma ou a existnciada autorizao de abertura, no caso dos estabelecimen-tos de restaurao ou de bebidas existentes data daentrada em vigor do presente diploma, concedida pelaDireco-Geral do Turismo ou pelas cmaras munici-pais, nos termos do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86,de 30 de Setembro, ou de legislao anterior, ou aindaa abertura dos estabelecimentos com base num defe-rimento tcito do pedido de emisso do alvar de licenaou de autorizao para servios de restaurao ou debebidas deve ser obrigatoriamente mencionado nos con-tratos de transmisso, ou nos contratos-promessa detransmisso, sob qualquer forma jurdica, relativos aestabelecimentos ou a imveis ou suas fraces ondeestejam instalados estabelecimentos de restaurao oude bebidas, que venham a ser celebrados em data pos-terior entrada em vigor do presente diploma, sob pena

    de nulidade dos mesmos.3 Aos contratos de arrendamento relativos a im-veis, ou suas fraces, onde se pretendam instalar esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas aplica-se,com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo 9.o

    do Regime do Arrendamento Urbano, aprovado peloDecreto-Lei n.o 321-B/90, de 15 de Outubro.

    4 A falta da meno referida no n.o 2 no ttulode transmisso constitui fundamento de recusa doregisto da mesma.

    5 A transmisso ou promessa de transmisso, sobqualquer forma, de direitos relativos a estabelecimentosou a imveis ou suas fraces, onde estejam instaladosestabelecimentos de restaurao ou de bebidas, deve

    ser comunicada cmara municipal competente, nostermos e para os efeitos previstos no n.o 3 do artigoseguinte.

    Artigo 15.o

    Especificaes do alvar

    1 O alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao para servios de restaurao ou de bebidas deveespecificar, para alm dos elementos referidos no n.o 5do artigo 77.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 deDezembro, a identificao da entidade exploradora, onome, o tipo e a capacidade mxima do estabelecimento.

    2 Os tipos a que se refere o nmero anterior soos seguintes:

    a) Estabelecimento de restaurao;b) Estabelecimento de restaurao com sala ou

    espaos destinados a dana;c) Estabelecimento de restaurao com fabrico

    prprio de pastelaria, panificao e geladosenquadrados na classe D do Decreto Regula-mentar n.o 25/93, de 17 de Agosto;

    d) Estabelecimento de bebidas;e) Estabelecimentode bebidas comsala ou espaos

    destinados a dana;f) Estabelecimentode bebidas com fabrico prprio

    de pastelaria, panificao e gelados enquadra-dos na classe D do Decreto Regulamentar

    n.o

    25/93, de 17 de Agosto.

    3 Sempre que haja alterao de qualquer dos ele-mentos constantes do alvar, a entidade titular do alvarde licena ou de autorizao de utilizao ou a entidade

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    5/21

    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A 2133

    exploradora do estabelecimento deve, para efeitos deaverbamento, comunicar o facto cmara municipal noprazo de 30 dias a contar da data do mesmo.

    Artigo 16.o

    Modelo de alvar de licena ou autorizao

    de utilizao para servios de restaurao e de bebidas

    O modelo de alvar de licena ou de autorizaode utilizao para servios de restaurao ou de bebidas aprovado por portaria conjunta dos membros doGoverno responsveis pelas reas do ordenamento doterritrio e do turismo.

    Artigo 17.o

    Alterao da utilizao e concesso de licena ou autorizaode utilizao em edifcios sem anterior ttulo de utilizao

    1 Se for requerida a alterao ao uso fixado emanterior licena ou autorizao de utilizao para per-

    mitir que o edifcio, ou sua fraco, se destine ins-talao dos estabelecimentos referidos no artigo 1.o, acmara municipal deve consultar o Servio Nacional deBombeiros e as autoridades de sade nos termos pre-vistos nos artigos 6.o e 9.o

    2 Quando as operaes urbansticas previstas nonmero anterior envolverem a realizao das obras pre-vistas na alnea b) do n.o 1 do artigo 6.o do Decreto-Lein.o 555/99, de 16 de Dezembro, os pareceres referidosno nmero anterior englobam a autorizao previstano artigo 10.o

    3 O prazo para a realizao da vistoria previstano artigo 12.o conta-se a partir da recepo dos pareceresreferidos no n.o 1 ou do termo do prazo para a emisso

    dos mesmos.4 O prazo para deliberao sobre a concesso dalicena ou autorizao de utilizao ou de alterao dautilizao o constante da alnea b) do n.o 1 do artigo30.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro,no caso de se tratar de procedimento de autorizao,e o previsto na alnea d) do n.o 1 do artigo 23.o domesmo diploma, no caso de se tratar de procedimentode licenciamento, a contar em ambos os casos a partirda data da realizao da vistoria ou do termo do prazopara a sua realizao.

    Artigo 18.o

    Caducidade da licena ou da autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas

    1 A licena ou a autorizao de utilizao paraservios de restaurao ou de bebidas caduca nos seguin-tes casos:

    a) Se o estabelecimento no iniciar o seu funcio-namento no prazo de um ano a contar da datada emisso do alvar de licena ou de auto-rizao de utilizao ou do termo do prazo paraa sua emisso;

    b) Se o estabelecimento se mantiver encerrado porperodo superior a um ano, salvo por motivode obras;

    c) Quando seja dada ao estabelecimento uma uti-lizao diferente da prevista no respectivo

    alvar;d) Quando, por qualquer motivo, o estabeleci-mento no preencher os requisitos mnimos exi-gidos para qualquer dos tipos previstos no regu-lamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o

    2 Caducadaa licena ou a autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas, o alvarrespectivo cassado e apreendido pela cmara muni-cipal, na sequncia de notificao ao respectivo titular,devendo ser encerrado o estabelecimento.

    Artigo 19.o

    Intimao judicial para a prtica de acto legalmente devido

    1 Decorridos os prazos para a prtica de qualqueracto especialmente regulado no presente diploma semque o mesmo se mostre praticado, aplica-se aos esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas, com asnecessrias adaptaes, o disposto nos artigos 111.o,112.o e 113.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 deDezembro.

    2 As associaes patronais do sector do turismoque tenham personalidade jurdica podem intentar, emnome dos seus associados, os pedidos de intimao pre-vistos no nmero anterior.

    Artigo 23.o

    Reviso da classificao e desclassificao

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Sempre que as obras necessitem de licena ou

    de autorizao camarria, o prazo para a sua realizao o fixado pela cmara municipal no respectivo alvarde licena ou de autorizao.

    4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 No caso previsto no nmero anterior, o presi-

    dente da cmara municipal, oficiosamente ou a soli-citao da Direco-Geral do Turismo, deve apreender

    o respectivo alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao enquanto no for atribuda ao estabelecimentonova classificao.

    Artigo 26.o

    Nomes dos estabelecimentos

    1 O nome dos estabelecimentos no pode sugerirum tipo diferente daquele para que foi licenciado ouautorizado, uma classificao que no lhe tenha sidoatribuda ou caractersticas que no possuam.

    2 Salvo quando pertencem mesma organizao,aos estabelecimentos de restaurao ou de bebidas nopodem ser atribudos nomes iguais ou por tal forma

    semelhantes a outros j existentes ou requeridos quepossam induzir em erro ou serem susceptveis deconfuso.

    Artigo 28.o

    Explorao de servios de restaurao ou de bebidas

    1 A explorao de servios de restaurao ou debebidas apenas permitida em edifcio ou parte de edi-fcio que seja titular de licena ou de autorizao deutilizao destinada ao funcionamento de um dos esta-belecimentos referidos nos n.os 1 e 2 do artigo 1.o, ounos locais referidos no n.o 6 do mesmo artigo.

    2 Para efeito do disposto no nmero anterior, con-sidera-se tambm explorao de servios de restaurao

    e bebidas a actividade de catering e a de servio debanquetes.3 Presume-se que existe explorao de servios de

    restaurao ou de bebidas quando os edifcios ou assuas partes estejam mobilados e equipadosem condies

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    6/21

    2134 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    de poderem ser normalmenteutilizados porpessoas paraneles tomar ou adquirir refeies ou tomar bebidasacompanhadas ou no de alimentos ou produtos de cafe-taria, mediante remunerao, ainda que esses serviosno constituam a actividade principal de quem os prestae ainda quando os mesmos sejam, por qualquer meio,anunciados ao pblico, directamente ou atravs dosmeios de comunicao social.

    4 A presuno prevista no nmero anterior veri-fica-se ainda que se trate de servios prestados em cons-trues amovveis ou pr-fabricadas e mesmo que nopossam ser legalmente consideradas como edifcios ouparte destes.

    5 Sempre que se verifique alguma das situaesprevistas nos n.os 3 e 4 deste artigo, as cmaras muni-cipais podem, oficiosamente ou a pedido dos rgosregionais ou locais de turismo, da FERECA Fede-rao da Restaurao, Cafs, Pastelarias e Similares dePortugal ou das associaes patronais do sector, qua-lificar aquelas instalaes como estabelecimentos de res-taurao ou de bebidas, mediante vistoria s instalaes,a efectuar nos termos previstos no artigo 12.o

    6 Nos casos previstos no nmeroanterior, a cmaramunicipal deve notificar os respectivos proprietrios ouexploradores para requererem a concesso da licenaou da autorizao para servios de restaurao ou debebidas e do alvar respectivo nos termos previstos nopresente diploma.

    Artigo 29.o

    Explorao dos estabelecimentos

    1 A explorao de cada estabelecimento deve serrealizada por uma nica entidade.

    2 A unidade de explorao do estabelecimento no

    impeditiva de a propriedade das vrias fraces imo-bilirias que o compem pertencer a mais de umapessoa.

    Artigo 30.o

    Acesso aos estabelecimentos

    1 livre o acesso aos estabelecimentos de restau-rao ou de bebidas, salvo o disposto nos nmerosseguintes.

    2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Nos estabelecimentos de restaurao ou de bebi-

    das pode ser recusado o acesso s pessoas que se faamacompanhar por animais, desde que essas restriessejam devidamente publicitadas.

    4 O disposto no n.o

    1 no prejudica, desde quedevidamente publicitadas:

    a) A possibilidade de afectao total ou parcialdos estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das utilizao exclusiva por associados oubeneficirios das entidades proprietrias ou daentidade exploradora;

    b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    5 As entidades exploradoras dos estabelecimentosde restaurao ou de bebidas no podem permitir oacesso a um nmero de utentes superior ao da respectivacapacidade.

    Artigo 31.o

    Perodo de funcionamento

    Os estabelecimentos de restaurao ou de bebidasdevem estar abertos ao pblico durante todo o ano,

    salvo se a entidade exploradora comunicar respectivacmara municipal ou Direco-Geral do Turismo, nocaso dos estabelecimentos classificados, qualificadoscomo tpicos ou declarados de interesse para o turismo,nos termos previstos no artigo 57.o do Decreto-Lein.o 167/97, de 4 de Julho, at ao dia 1 de Outubrode cada ano, em que perodo pretende encerrar o esta-belecimento no ano seguinte.

    Artigo 32.o

    Estado das instalaes e do equipamento

    1 As estruturas, as instalaes e o equipamentodos estabelecimentos de restaurao ou de bebidasdevem funcionar em boas condies e ser mantidas emperfeito estado de conservao e higiene, por formaa evitar que seja posta em perigo a sade dos seusutentes.

    2 Os estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das devem estar dotados dos meios adequados para pre-

    veno dos riscos de incndio de acordo com as normastcnicas estabelecidas em regulamento.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 33.o

    Servio

    1 Nos estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das deve ser prestado um servio correspondente aorespectivo tipo, nos termos previstos no regulamentoa que se refere o n.o 5 do artigo 1.o

    2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 34.o

    Responsvel pelos estabelecimentos

    1 Em todos os estabelecimentos de restaurao oude bebidas deve haver um responsvel, a quem cabezelar pelo seu funcionamento e nvel de servio e aindaassegurar o cumprimento das disposies legais e regu-lamentares aplicveis.

    2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 35.o

    Competncia de fiscalizao

    1 Sem prejuzo do disposto no regime jurdico da

    urbanizao e da edificao e nos nmeros seguintes,compete s cmaras municipais:

    a) Fiscalizar o cumprimento do disposto no pre-sente diploma e no regulamento previsto non.o 5 do artigo 1.o, relativamente a todos osestabelecimentos de restaurao ou de bebidas;

    b) Fiscalizar a realizao de operaes urbansticascom vista a assegurar a conformidade daquelasoperaes com as disposies legais e regula-mentares aplicveis e a prevenir os perigos queda sua realizao possam resultar para a sadee a segurana das pessoas em todos os edifciosonde estejam instalados estabelecimentos derestaurao ou de bebidas;

    c) Conhecer das reclamaes apresentadas sobreo funcionamento e o servio dos estabelecimen-tos de restaurao ou de bebidas, bem comoordenar as providncias necessrias para cor-rigir as deficincias neles verificadas;

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    7/21

    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A 2135

    d) Proceder organizao e instruo dos proces-sos referentes s contra-ordenaes previstas nopresente diploma e no regulamento previsto non.o 5 do artigo 1.o

    2 Sem prejuzo do disposto no nmero anteriore nos nmeros seguintes, compete Direco-Geral doTurismo fiscalizar o cumprimento do disposto no pre-sente diploma e seus regulamentos relativamente aosrequisitos que determinam a classificao dos estabe-lecimentos de restaurao ou de bebidas, a sua qua-lificao como tpicos ou a sua declarao de interessepara o turismo, nos termos previstos no artigo 57.o doDecreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, e ainda exercer,relativamente aos mesmos estabelecimentos, as compe-tncias previstas nas alneas c) e d) do nmero anterior,quando estiver em causa o cumprimento dos requisitossupra-referidos.

    3 A Direco-Geral do Turismo pode delegar nosrgos regionais ou locais de turismo a competnciapara a fiscalizao do funcionamento e servio dos esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas referidosno nmero anterior.

    4 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriorese no nmero seguinte, compete s autoridades de sadefiscalizar, relativamente a todos os estabelecimentos derestaurao ou de bebidas, o cumprimento das regrasde higiene e sade pblica previstas no presente diplomae no regulamento previsto no n.o 5 do artigo 1.o e noDecreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setembro.

    5 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriorese no nmero seguinte, compete Direco-Geral doControlo e Fiscalizao da Qualidade Alimentar a fis-calizao das normas gerais de higiene a que devemestar sujeitos os gneros alimentcios utilizados nos esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas, nos termosprevistos no presente diploma e no regulamento previstono n.o 5 do artigo 1.o e no Decreto-Lei n.o 67/98, de18 de Maro.

    6 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anterio-res, compete ao Servio Nacional de Bombeiros fisca-lizar o cumprimento das regras de segurana contra ris-cos de incndio previstas no regulamento referido non.o 3 do artigo 6.o

    7 As aces de fiscalizao efectuadas nos termosprevistos nos nmeros anteriores podem ser feitas ofi-ciosamente ou a pedido dos rgos regionais ou locaisde turismo, da FERECA Federao da Restaurao,Cafs, Pastelarias e Similares de Portugal ou das asso-ciaes patronais do sector.

    Artigo 36.o

    Servios de inspeco

    Aos funcionrios da Direco-Geral do Turismo, dascmaras municipais e, quando for caso disso, dos rgosregionais ou locais em servio de inspeco deve serfacultado o acesso aos estabelecimentos de restauraoou de bebidas e apresentados os documentos justifi-cadamente solicitados.

    Artigo 37.o

    Livro de reclamaes

    1 Em todos os estabelecimentos de restaurao oude bebidas deve existir um livro destinado aos utentespara que estes possam formular observaes e recla-

    maes sobre o estado e a apresentao das instalaese do equipamento, bem como sobre a qualidade dosservios e o modo como foram prestados.

    2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 38.o

    Contra-ordenaes

    1 Para alm das previstas nos regulamentos a quese refere o n.o 5 do artigo 1.o e das estabelecidas noartigo 98.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-bro, constituem contra-ordenaes:

    a) A falta de apresentao do requerimento pre-visto no n.o 2 do artigo 10.o;

    b) A realizao das obras sem autorizao do Ser-vio Nacional de Bombeiros prevista no n.o 1do artigo 10.o;

    c) A no comunicao cmara municipal datransmisso ou promessa de transmisso, sobqualquer forma, de direitos relativos a estabe-lecimentos ou a imveis ou suas fraces ondeestejam instalados estabelecimentos de restau-rao ou de bebidas, nos termos previstos non.o 5 do artigo 14.o;

    d) A violao do disposto no n.o 3 do artigo 15.o;e) A violao do disposto nos n.os 1 e 2 d o

    artigo 26.o;f) A violao do disposto no artigo 27.o;g) A utilizao, directa ou indirecta, de edifcio

    ou parte de edifcio para a explorao de ser-vios de restaurao ou de bebidas sem o res-

    pectivo alvar de licena ou de autorizao deutilizao para servios de restaurao ou debebidas emitido nos termos do presente diplomaou autorizao de abertura emitida nos termosdo artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86, de30 de Setembro, ou de legislao anterior, nostermos previstos no artigo 28.o;

    h) A violao do disposto no artigo 29.o;i) A violao do disposto no n.o 1 do artigo 30.o;

    j) A no publicitao das restries de acesso pre-vistas nos n.os 3 e 4 do artigo 30.o;

    l) A violao do disposto no n.o 5 do artigo 30.o;m) A violao do disposto no artigo 31.o;n) A violao do disposto no n.o 1 do artigo 32.o;

    o) A violao do disposto no n.o

    2 do artigo 32.o

    ;p) O no cumprimento do prazo fixado nos termos

    do n.o 3 do artigo 32.o;q) A violao do disposto no artigo 34.o;r) Impedir ou dificultar o acesso dos funcionrios

    da Direco-Geral do Turismo, das cmarasmunicipais ou dos rgos regionais ou locaisde turismo em servio de inspeco aos esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas nostermos do artigo 36.o;

    s) Recusar a apresentao dos documentos soli-citados nos termos do artigo 36.o;

    t) A violao do disposto nos n.os 1, 2, 3 e 4 doartigo 37.o;

    u) A violao do disposto no n.o

    2 do artigo 49.o

    2 As contra-ordenaes previstas nas alneas c), f)e s) do nmero anterior so punveis com coima deE 50 ou 10 024$ a E 250 ou 50 120$, no caso de se tratar

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    8/21

    2136 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    de pessoa singular, e de E 125 ou 25 060$ a E 1250ou 250 603$, no caso de se tratar de pessoa colectiva.

    3 As contra-ordenaes previstas nas alneas a),d), e), m), n), p), q), r) e t) do n.o 1 so punveis comcoima de E 125 ou 25 060$ a E 1000 ou 200 482$, nocaso de se tratar de pessoa singular, e de E 500 ou100 241$ a E 5000 ou 1 002 410$, no caso de se tratarde pessoa colectiva.

    4 As contra-ordenaes previstas nas alneas h),i), j), l), o) e u) do n.o 1 so punveis com coima deE 250 ou 50 121$ a E 2500 ou 501 205$, no caso dese tratar de pessoa singular, e de E 1250 ou 250 603$a E 15 000 ou 3 007 230$, no caso de se tratar de pessoacolectiva.

    5 As contra-ordenaes previstas nas alneas b) eg) do n.o 1 so punveis com coima de E 500 ou 100 241$a E 3740,90 ou 750 000$, no caso de se tratar de pessoasingular, e de E 2500 ou 501 205$ a E 30 000 ou6 001 460$, no caso de se tratar de pessoa colectiva.

    6 Nos casos previstos nas alneas b), e), f), g), h),i), j), l), r), s) e t) do n.o 1 a tentativa punvel.

    7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 39.o

    Sanes acessrias

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 O encerramento do estabelecimento s pode ser

    determinado, para alm dos casos expressamente pre-vistos na alnea c) do n.o 2 do artigo 5.o do Decreto-Lein.o 336/93, de 29 de Setembro, na alnea f) do n.o 1do artigo 9.o do Decreto-Lei n.o 67/98, de 18 de Maro,e nos regulamentos a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o,com base nos comportamentos referidos nas alneas b),

    g), n), o) e r) do n.o 1 do artigo anterior.

    3 Quando forem aplicadas as sanes acessriasde interdio e encerramento do estabelecimento, o pre-sidente da cmara municipal, oficiosamente ou a soli-citao da Direco-Geral do Turismo, deve apreendero respectivo alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao para servios de restaurao ou de bebidas peloperodo de durao daquela sano.

    4 Pode ser determinada a publicidade da aplicaodas sanes previstas nas alneas b) e c) do n.o 1mediante:

    a) A fixao de cpia da deciso, pelo perodo de30 dias, no prprio estabelecimento, em lugare por forma bem visveis; e

    b) A sua publicao, a expensas do infractor, pela

    Direco-Geral do Turismo ou pela cmaramunicipal, consoanteos casos, em jornalde difu-so nacional, regional ou local, de acordo como lugar, a importncia e os efeitos da infraco.

    5 A cpia da deciso publicada nos termos da al-neab) do nmero anterior no pode ter dimenso supe-rior a tamanho A6.

    Artigo 41.o

    Competncia sancionatria

    1 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte,a aplicao das coimas e das sanes acessrias previstasno presente diploma e no regulamento a que se refere

    o n.o

    5 do artigo 1.o

    compete s cmaras municipais.2 A aplicao das coimas e das sanes acessriasprevistas no presente diploma e no regulamento a quese refere o n.o 5 do artigo 1.o resultantes do no cum-primento dos requisitos que determinam a classificao

    dos estabelecimentos de restaurao ou de bebidas, asua qualificao como tpicos ou a sua declarao deinteresse para o turismo, nos termos previstos noartigo 57.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, da competncia do director-geral do Turismo.

    Artigo 44.o

    Interdio de utilizao

    Os presidentes das cmaras municipais, por sua ini-ciativa ou a pedido do director-geral do Turismo, nocaso dos estabelecimentos de restaurao ou de bebidasclassificados, dos qualificados como tpicos ou decla-rados de interesse para o turismo, nos termos previstosno artigo 57.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho,so competentes para determinar a interdio tempo-rria da utilizao de partes individualizadas, instalaesou equipamentos dos estabelecimentos de restauraoou de bebidas, sem prejuzo das competncias atribudass autoridades de sade e s autoridades responsveispela fiscalizao e controlo da qualidade alimentar,

    nessa matria, respectivamente pelos Decretos-Leisn.os 336/93, de 29 de Setembro, e 67/98, de 18 de Maro,que, pelo seu deficiente estado de conservao ou pelafalta de cumprimento do disposto no presente diplomae no regulamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o,sejam susceptveis de pr em perigo a sade pblicaou a segurana dos utentes, ouvidas as autoridades desade pblica com competncia territorial.

    Artigo 46.o

    Registo

    1 organizado pela Direco-Geral do Turismo,em colaborao com as cmaras municipais e a

    FERECA Federao da Restaurao, Cafs, Paste-larias e Similares de Portugal, o registo central de todosos estabelecimentos de restaurao ou de bebidas, nostermos, prazos e condies a estabelecer em portariado membro do Governo responsvel pela rea doturismo.

    2 As entidades exploradoras dos estabelecimentosde restaurao ou de bebidas devem comunicar Direc-o-Geral do Turismo a alterao de qualquer dos ele-mentos do registo previstos na portaria a que se refereo nmero anterior, no prazo de 30 dias a contar dadata em que tenha lugar essa alterao.

    3 As cmaras municipais devem enviar Direc-o-Geral do Turismo, no prazo de 30 dias aps tersido emitido o alvar de licena ou de autorizao deutilizao previsto no artigo 14.

    o

    , cpia do mesmo, bemcomo os elementos necessrios elaborao do registocentral dos estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das previstos na portaria referida no n.o 1.

    Artigo 47.o

    Estabelecimentos de restaurao ou de bebidasintegrados em empreendimentos tursticos

    instalao e ao funcionamento dos estabelecimen-tos de restaurao ou de bebidas que sejam partes inte-grantes de empreendimentos tursticos aplica-se o dis-posto no Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho.

    Artigo 48.o

    Obras e benfeitorias

    1 Quando, para dar cumprimento ao disposto nopresente diploma e aos seus regulamentos, fornecessria

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    9/21

    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2137

    a realizao de obras e benfeitorias nos estabelecimentosde restaurao ou de bebidas, aplica-se a estes esta-belecimentos o disposto no artigo 34.o do Decreto-Lein.o 328/86, de 30 de Setembro, que para esse efeitose mantm em vigor, na parte respeitante aos estabe-lecimentos similares, independentemente da data dacelebrao do respectivo contrato de locao.

    2 O regime previsto no nmero anterior tambmse aplica nos casos em que a realizao de obras e ben-feitorias for determinada por lei ou por entidade da

    Administrao com competncia para o efeito.

    Artigo 49.o

    Regime aplicvel aos estabelecimentos de restauraoou de bebidas existentes

    1 O disposto no presente diploma aplica-se aosestabelecimentos de restaurao ou de bebidas existen-tes data da sua entrada em vigor, sem prejuzo dodisposto no nmero seguinte.

    2 Os estabelecimentos referidos no nmero ante-rior devem satisfazer os requisitos previstos para o res-pectivo tipo, de acordo com o presente diploma e oregulamento a que refere o n.o 5 do artigo 1.o, no prazode dois anos a contar da data da entrada em vigordaquele regulamento.

    3 Quando, por razes de ordem arquitectnica outcnica, no possam ser integralmente cumpridos osrequisitos exigveis para o tipo de estabelecimento emcausa, deve o seu titular propor solues alternativas,as quais sero apreciadas pela cmara municipal ou pelaDireco-Geral do Turismo, no caso dos estabelecimen-tos de restaurao ou de bebidas classificados, dos qua-lificados como tpicos ou declarados de interesse parao turismo, nos termos previstos no artigo 57.o do Decre-to-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho.

    Artigo 50.o

    Alvar de licena ou de autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas

    1 O alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao para servios de restaurao ou de bebidas, emi-tido na sequncia de obras de ampliao, reconstruoou alterao, a realizar em estabelecimentos de restau-rao ou de bebidas existentes e em funcionamento data da entrada em vigor do presente diploma, respeitaa todo o estabelecimento, incluindo as partes no abran-

    gidas pelas obras.2 s obras previstas no nmero anterior, ainda queisentas ou dispensadas de licena municipal, aplica-se,com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo 17.o

    Artigo 51.o

    Autorizao de abertura

    1 A autorizao de abertura dos estabelecimentosde restaurao ou de bebidas existentes data daentrada em vigor do presente diploma, concedida pelaDireco-Geral do Turismo ou pelas cmaras municipaisnos termos do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86,de 30 de Setembro, ou de legislao anterior, mantm-se

    vlida, s sendo substituda pelo alvar de licena oude autorizao de utilizao para servios de restauraoou de bebidas previsto no presente diploma, na sequn-cia de obras de ampliao, reconstruo ou alterao.

    2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 52.o

    Processos pendentes respeitantes construo de novosestabelecimentos de restaurao ou de bebidas

    1 Aos processos pendentes data da entrada em vigor do presente diploma, respeitantes apreciaodos projectos de arquitectura de novos estabelecimentosde restaurao ou de bebidas aplica-se igualmente odisposto no presente diploma e no regulamento a quese refere o n.o 5 do artigo 1.o

    2 Nos casos previstos no nmero anterior, a cmaramunicipal, se for caso disso, deve consultar o governocivil do distrito em que o estabelecimento se localiza,nos termos do artigo 7.o, no prazo de oito dias contadoda data da entrada em vigor do presente diploma, sus-pendendo-se o prazo fixado para a deciso camarriaat recepo daquele parecer ou, na falta de parecer,at ao termo do prazo para a sua emisso.

    Artigo 53.o

    Processos pendentes respeitantes autorizaode abertura de novos estabelecimentos

    1 Aos processos pendentes data da entrada emvigor do presente diploma, respeitantes autorizaode abertura de estabelecimentos de restaurao ou debebidas, aplica-se o disposto no presente diploma paraa emisso do alvar de licena ou de autorizao deutilizao para servios de restaurao ou de bebidas.

    2 No caso dos estabelecimentos de restaurao oude bebidas que estiverem em construo data daentrada em vigor do presente diploma, o incio do seufuncionamento depende igualmente de licena ou deautorizao de utilizao para servios de restaurao

    ou de bebidas. Artigo 54.o

    Processos pendentes respeitantes a estabelecimentosde restaurao ou de bebidas existentes

    1 Aos processos pendentes data da entrada em vigor do presente diploma, respeitantes a obras deampliao, reconstruo ou alterao a realizar em esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas existentese em funcionamento, aplica-se o disposto no artigo 51.o,com as necessrias adaptaes.

    2 Aos processos pendentes data da entrada emvigor do presente diploma, respeitantes entrada emfuncionamento de parte ou totalidade de estabelecimen-

    tos de restaurao ou de bebidas existentes, resultantede obras neles realizadas, aplica-se o disposto no n.o 1do artigo anterior.

    3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 Ao alvar de licena ou de autorizao de uti-

    lizao para servios de restaurao ou de bebidas quevier a ser emitido na sequncia dos casos previstos nosnmeros anteriores aplica-se o disposto no artigo 49.o

    CAPTULO II

    Disposies finais e transitrias

    Artigo 2.o

    Prorrogao do prazo para o cumprimento dos requisitospelos estabelecimentos de restaurao ou de bebidas existentes

    1 O prazo previsto no n.o 2 do artigo 49.o do Decre-to-Lei n.o 168/97, de 4 de Julho, com as alteraes intro-

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    10/21

    2138 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    duzidas pelo Decreto-Lei n.o 139/99, de 24 de Abril, prorrogado por mais dois anos, a contar da data daentrada em vigor do presente diploma.

    2 Quando, por razes de ordem arquitectnica outcnica, no possam ser integralmente cumpridos osrequisitos exigveis para o tipo de estabelecimento emcausa, deve o seu titular propor solues alternativas,as quais sero apreciadas pela cmara municipal ou pelaDireco-Geral do Turismo, no caso dos estabelecimen-tos de restaurao ou de bebidas classificados, dos qua-lificados como tpicos ou declarados de interesse parao turismo nos termos previstos no artigo 57.o do Decre-to-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho.

    Artigo 3.o

    Comisso arbitral

    1 Para a resoluo de conflitos resultantes da apli-cao do disposto no artigo anterior, os interessadospodem recorrer interveno de uma comisso arbitral.

    2 A comisso arbitral constituda por um repre-sentante da cmara municipal, um representante daDireco-Geral do Turismo, quando se tratar de umestabelecimento classificado, qualificado como tpico oudeclarado de interesse para o turismo, um representanteda FERECA Federao da Restaurao, Cafs, Pas-telarias e Similares de Portugal, um representante dointeressado e um tcnico designado por cooptao, espe-cialista na matria sobre que incide o litgio, o qualpreside.

    3 Na falta de acordo, o tcnico nomeado pelopresidente do tribunal administrativo de crculo com-petente na circunscrio administrativa do municpio.

    4 constituio e funcionamento das comissesarbitrais aplica-se o disposto na lei sobre arbitragemvoluntria.

    Artigo 4.o

    Segurana contra riscos de incndio

    Enquanto no for publicada a portaria prevista non.o 3 do artigo 6.o, aplica-se aos estabelecimentos derestaurao e de bebidas as regras de segurana contrariscos de incndios previstas na portaria referida no n.o 3do artigo 22.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho,devendo os requerimentos dirigidos ao Servio Nacionalde Bombeiros ser instrudos nos termos previstos nessaportaria.

    Artigo 5.o

    Republicao

    O Decreto-Lei n.o 168/97, de 4 de Julho, republicadoem anexo com as devidas alteraes.

    Artigo 6.o

    Entrada em vigor

    O presente diploma entra em vigor no dia imedia-tamente a seguir ao da sua publicao.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13 deDezembro de 2001. Antnio Manuel de Oliveira Guter-res Guilherme dOliveira Martins Henrique NunoPires Severiano Teixeira Eduardo Armnio do Nasci-mento Cabrita Lus Garcia Braga da Cruz Antnio

    Fernando Correia de Campos Jos Scrates CarvalhoPinto de Sousa.

    Promulgado em 14 de Fevereiro de 2002.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendado em 22 de Fevereiro de 2002.

    O Primeiro-Ministro, Antnio Manuel de OliveiraGuterres.

    ANEXO

    CAPTULO I

    mbito

    Artigo 1.o

    Estabelecimentos de restaurao ou de bebidas

    1 So estabelecimentos de restaurao, qualquer

    que seja a sua denominao, os estabelecimentos des-tinados a prestar, mediante remunerao, servios dealimentao e de bebidas no prprio estabelecimentoou fora dele.

    2 So estabelecimentos de bebidas, qualquer queseja a sua denominao, os estabelecimentos destinadosa prestar, mediante remunerao, servios de bebidase cafetaria no prprio estabelecimento ou fora dele.

    3 Os estabelecimentos referidos nos nmeros ante-riores podem dispor de salas ou espaos destinados adana.

    4 Os estabelecimentos referidos nos n.os 1 e 2podem dispor de instalaes destinadas ao fabrico pr-prio de pastelaria, panificao e gelados enquadrados

    na classe D do Decreto Regulamentar n.o

    25/93, de 17de Agosto, ficando assim sujeitos noao regimedo licen-ciamento do exerccio da actividade industrial previstonaquele diploma, mas ao regime da instalao previstono presente diploma.

    5 Os requisitos das instalaes, classificao e fun-cionamento de cada um dos tipo de estabelecimentosreferidos nos nmeros anteriores so definidos em regu-lamento prprio.

    6 Para efeito do disposto no presente diploma, nose consideram estabelecimentos de restaurao ou debebidas as cantinas, os refeitrios e os bares de entidadespblicas, de empresas e de estabelecimentos de ensino,destinados a fornecer servios de alimentao e de bebi-

    das exclusivamente ao respectivo pessoal e alunos,devendo este condicionamento ser devidamente publi-citado.

    CAPTULO II

    Instalao

    SECO I

    Regime aplicvel

    Artigo 2.o

    Instalao

    Para efeitos do presente diploma, considera-se ins-

    talao de estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das o processo de licenciamento ou de autorizao paraa realizao de operaes urbansticas relativas cons-truo e ou utilizao de edifcios ou suas fraces des-tinados ao funcionamento daqueles estabelecimentos.

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    11/21

    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2139

    Artigo 2.o-AProibio de instalao

    1 proibida a instalao de estabelecimentos debebidas onde se vendam bebidas alcolicas para con-sumo no prprio estabelecimento ou fora dele juntode estabelecimentos escolares do ensino bsico e secun-drio.

    2 As reas relativas proibio referida no nmeroanterior so delimitadas, caso a caso, pelos municpios,em colaborao com a direco regional de educao.

    Artigo 3.o

    Regime aplicvel

    1 Os processos respeitantes instalao de esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas so orga-nizados pelas cmaras municipais e regulam-se peloregime jurdico da urbanizao e edificao, com asespecificidades estabelecidas nos artigos seguintes.

    2 Nos pedidos de informao prvia e de licen-ciamento ou de autorizao relativos instalao dosestabelecimentos de restaurao ou de bebidas, o inte-ressado deve indicar no pedido o tipo de estabeleci-mento pretendido.

    3 Para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3 doartigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-bro, os pareceres do Servio Nacional de Bombeiros,do governador civil, da entidade competente no mbitodas instalaes elctricas e das autoridades de sadeemitidos ao abrigo do disposto nos artigos 4.o e 6.o a9.o so obrigatoriamente comunicados por aquelas enti-dades cmara municipal competente.

    SECO II

    Pedido de informao prvia

    Artigo 4.o

    Consulta ao governador civil

    1 No caso de todos os estabelecimentos de bebidase dos estabelecimentos de restaurao que disponhamde salas ou espaos destinados a dana, a cmara muni-cipal, no mbito da apreciao do pedido de informaoprvia, deve consultar o governador civil do distrito emque o estabelecimento se localiza afim de este se pro-nunciar, quanto sua localizao e aos aspectos de segu-

    rana e de ordem pblica que o funcionamento do esta-belecimento possa implicar, remetendo-lhe para o efeitoos elementos necessrios, nomeadamente a identifica-o da entidade requerente e a localizao do esta-belecimento.

    2 consulta prevista no nmero anterior aplica-seo disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99,de 16 de Dezembro, com excepo do prazo previstono n.o 8 daquele artigo, que alargado para 30 dias.

    3 O parecer emitido pelo governador civil nombito do pedido de informao prvia vinculativopara um eventual pedido de licenciamento ou de auto-rizao de obras de edificao do estabelecimento derestaurao ou de bebidas, desde que este seja apre-

    sentado no prazo de um ano relativamente data dacomunicao ao requerente, pela cmara municipal, dadeciso que haja recado sobre aquele pedido.

    4 A no emisso de parecer dentro do prazo fixadono n.o 2 entende-se como parecer favorvel.

    Artigo 5.o

    Prazo para a deliberao

    No caso previsto no artigo anterior, o prazo para adeliberao da cmara municipal sobre o pedido deinformao prvia conta-se a partir da data da recepodo parecer ou do termo do prazo estabelecido para a

    sua emisso.SECO III

    Licenciamento ou autorizao de operaes urbansticas

    Artigo 6.o

    Parecer do Servio Nacional de Bombeiros

    1 O deferimento pela cmara municipal do pedidode licenciamento ou de autorizao para a realizaode obras de edificao referentes a estabelecimentosde restaurao ou de bebidas carece de parecer do Ser-

    vio Nacional de Bombeiros.2 consulta e emisso de parecer, do Servio

    Nacional de Bombeiros no mbito de um processo delicenciamento ou de autorizao, aplica-se o dispostono artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 deDezembro, com excepo do prazo previsto no n.o 8daquele artigo, que alargado para 30 dias.

    3 O parecer do Servio Nacional de Bombeirosdestina-se a verificar o cumprimento das regras de segu-rana contra riscos de incndio constantes de regula-mento aprovado por portaria conjunta dos membros doGoverno responsveis pelas reas da administraointerna e do turismo.

    4 Quando desfavorvel, o parecer do ServioNacional de Bombeiros vinculativo.

    Artigo 7.o

    Parecer do governador civil

    1 No caso de todos os estabelecimentos de bebidase dos estabelecimentos de restaurao que disponhamde salas ou espaos destinados a dana, o deferimentopela cmara municipal do pedido de licenciamento oude autorizao para a realizao de obras de edificaoreferentes a estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das carece de parecer favorvel a emitir pelo governadorcivil do distrito em que o estabelecimento se localiza,salvo se j tiver sido emitido parecer favorvel nos ter-mos do artigo 4.o e ainda no tiver decorrido o prazoprevisto no n.o 3 do mesmo artigo, no que diz respeito sua localizao, sobre os aspectos de segurana e de

    ordem pblicas que o funcionamento do estabeleci-mento possa implicar.2 consulta prevista no nmero anterior aplica-se

    o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99,de 16 de Dezembro, com excepo do prazo previstono n.o 8 daquele artigo, que alargado para 30 dias.

    3 O parecer do governador civil, a emitir no prazode 30 dias a contar da solicitao referida no nmeroanterior, incide exclusivamente sobre os aspectos desegurana e ordem pblicas que o funcionamento doestabelecimento possa implicar.

    4 A no recepo do parecer dentro do prazofixado no nmero anterior entende-se como parecerfavorvel.

    Artigo 8.o

    Parecer da entidade competente no mbito das instalaes elctricas

    1 No caso dos estabelecimentos previstos no n.o 4do artigo 1.o, a emisso da licena ou da autorizaode obras de edificao carece de parecer favorvel a

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    12/21

    2140 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    emitir pela associao inspectora de instalaes elc-tricas, para as de servio particular de 5.a categoria,nos termos do disposto no Decreto-Lei n.o 272/92, de3 de Dezembro, ou pelas delegaes regionais do Minis-trio da Economia para todas as outras instalaes.

    2 consulta e emisso do parecer da entidadecompetente aplica-se o disposto no artigo 19.o do Decre-

    to-Lei n.o

    555/99, de 16 de Dezembro, com excepodo prazo previsto no n.o 8 daquele artigo, que alargadopara 30 dias.

    3 O parecer da entidade competente destina-se averificar o cumprimento das regras relativas instalaoelctrica dos estabelecimentos, constantes do Decreto--Lei n.o 517/80, de 31 de Outubro, com as alteraesintroduzidas pelo Decreto-Lei n.o 272/92, de 3 deDezembro.

    4 Para os efeitos do disposto no nmero anterior,o requerente dever apresentar juntamente com o pro-jecto de arquitectura o projecto de instalao elctrica,excepto se for de 5.a categoria de potncia inferior a50 kVA, nos termos do disposto no Decreto-Lein.o 272/92, de 3 de Dezembro.

    Artigo 9.o

    Parecer das autoridades de sade

    1 O deferimento pela cmara municipal do pedidode licenciamento para a realizao de obras de edifi-cao em estabelecimentos de restaurao ou de bebidascarece de parecer das autoridades de sade a emitirpelo delegado concelhio de sade ou adjunto do dele-gado concelhio de sade.

    2 emisso de parecer das autoridades de sadeaplica-se o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lein.o 555/99, de 16 de Dezembro, com excepo do prazoprevisto no n.o 8 daquele artigo que alargado para30 dias.

    3 O parecer das autoridades de sade destina-sea verificar o cumprimento das normas de higiene e sadepblicas previstas no Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 deSetembro.

    4 Quando desfavorvel o parecer das autoridadesde sade vinculativo.

    Artigo 10.o

    Autorizao do Servio Nacional de Bombeiros

    1 Carecem de autorizao do Servio Nacional deBombeiros as obras previstas nas alneas a) e b) don.o 1 do artigo 6.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16de Dezembro.

    2 Para efeito do disposto no nmero anterior, o

    interessado deve dirigir ao Servio Nacional de Bom-beiros um requerimento instrudo nos termos do regu-lamento da portaria referida no n.o 3 do artigo 6.o

    3 A autorizao a que se refere o n.o 1 deve seremitida no prazo de 15 dias a contar da data da recepoda documentao, sob pena de o requerimento se enten-der tacitamente deferido.

    4 O Servio Nacional de Bombeiros deve darconhecimento cmara municipal das obras que auto-rize nos termos do n.o 1.

    SECO IV

    Licenciamento ou autorizao da utilizao

    Artigo 11.o

    Licena ou autorizao de utilizao para serviosde restaurao ou de bebidas

    1 Concluda a obra e equipado o estabelecimentoem condies de iniciar o seu funcionamento, o inte-

    ressado requer a concesso da licena ou da autorizaode utilizao para servios de restaurao ou de bebidasdos edifcios novos, reconstrudos, reparados, ampliadosou alterados, ou das fraces autnomas cujas obrastenham sido licenciadas ou autorizadas nos termos dopresente diploma.

    2 A licena ou a autorizao de utilizao paraservios de restaurao ou de bebidas destina-se a com-provar, para alm do disposto no artigo 62.o do Decre-to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, a observnciadas normas relativas s condies sanitrias e segu-rana contra riscos de incndio.

    3 A licena ou a autorizao de utilizao paraservios de restaurao ou de bebidas sempre pre-cedida da vistoria a que se refere o artigo seguinte,a qual substitui a vistoria prevista no artigo 64.o doDecreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro.

    4 O prazo para deliberao sobre a concesso dalicena ou autorizao de utilizao o constante daalnea b) do n .o 1 do artigo 30.o do Decreto-Lein.o 555/99, de 16 de Dezembro, no caso de se tratarde procedimento de autorizao, e o previsto na al-nea d) do n.o 1 do artigo 23.o do mesmo diploma, nocaso de se tratar de procedimento de licenciamento,a contar em ambos os casos a partir da data da realizaoda vistoria ou do termo do prazo para a sua realizao.

    Artigo 12.o

    Vistoria

    1 A vistoria deve realizar-se no prazo de 30 diasa contar da data da apresentao do requerimento refe-rido no n.o 1 do artigo anterior e, sempre que possvel,em data a acordar com o interessado.

    2 A vistoria efectuada por uma comisso com-posta por:

    a) Trs tcnicos a designar pela cmara municipal,dos quais pelo menos dois devem ter formaoe habilitao legal para assinar projectos cor-respondentes obra objecto de vistoria;

    b) O delegado concelhio de sade ou o adjuntodo delegado concelhio de sade;

    c) Um representante do Servio Nacional de Bom-beiros;

    d) Um representante da associao inspectora dasinstalaes elctricas, quando se tratar dos esta-belecimentos previstos no n.o 4 do artigo 1.o,se os mesmos dispuserem de instalaes de ser-

    vio particular de 5.a

    categoria, nos termos pre-vistos no Decreto-Lei n.o 517/80, de 31 de Outu-bro, na redaco que lhe foi dada pelo Decre-to-Lei n.o 272/92, de 3 de Dezembro, ou umrepresentante das delegaes regionais doMinistrio da Economia, se os mesmos esta-belecimentos dispuserem de quaisquer outrostipos de instalaes;

    e) Um representante da FERECA Federaoda Restaurao, Cafs, Pastelarias e Similaresde Portugal;

    f) Um representante de outra associao patronaldo sector, no caso do requerente o indicar nopedido de vistoria.

    3 O requerente da licena ou da autorizao deutilizao, os autores dos projectos e o tcnico respon-svel pela direco tcnica da obra participam na vistoriasem direito a voto.

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    13/21

    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2141

    4 Compete ao presidente da cmara municipal aconvocao das entidades referidas nas alneas b) a f)do n.o 2 e as pessoas referidas no nmero anterior coma antecedncia mnima de oito dias.

    5 A ausncia das entidades referidas nas alneasb)a f) do n.o 2 e das pessoas referidas no n.o 3, desdeque regularmente convocadas, no impeditiva nemconstitui justificao da no realizao da vistoria, nemda concesso da licena ou da autorizao de utilizao.

    6 A comisso referida no n.o 2 depois de proceder vistoria elabora o respectivo auto, devendo entregaruma cpia ao requerente.

    7 Quando o auto de vistoria conclua em sentidodesfavorvel ou quando seja desfavorvel o voto, fun-damentado, de um dos elementos referidos nas al-neas b), c) e d) do n.o 2, no pode ser concedida alicena ou a autorizao de utilizao.

    Artigo 13.o

    Alvar de licena ou de autorizao de utilizao

    para servios de restaurao ou de bebidas

    1 Concedida a licena ou a autorizao de utili-zao para servios de restaurao ou de bebidas, otitular requer ao presidente da cmara municipal a emis-so do alvar que a titula, o qual deve ser emitido noprazo de 30 dias a contar da data da recepo do res-pectivo requerimento.

    2 A emisso do alvar deve ser notificada ao reque-rente, por correio registado, no prazo de oito dias acontar da data da sua deciso.

    Artigo 14.o

    Funcionamento dos estabelecimentos de restaurao ou de bebidas

    1 O funcionamento dos estabelecimentos de res-taurao ou de bebidas depende apenas da titularidadedo alvar de licena ou de autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas, emitido nostermos do disposto no artigo anterior, o qual constitui,relativamente a estes estabelecimentos, o alvar delicena ou autorizao de utilizao previsto nos arti-gos 62.o e 74.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 deDezembro.

    2 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte,a existncia de alvar de licena ou de autorizao deutilizao para servios de restaurao ou de bebidasconcedido ao abrigo do presente diploma, ou existncia

    da autorizao de abertura no caso dos estabelecimentosde restaurao ou de bebidas existentes data daentrada em vigor do presente diploma, concedida pelaDireco-Geral do Turismo ou pelas cmaras municipaisnos termos do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86,de 30 de Setembro, ou de legislao anterior, ou aindaa abertura dos estabelecimentos com base num defe-rimento tcito do pedido de emisso do alvar de licenaou de autorizao para servios de restaurao ou debebidas deve ser obrigatoriamente mencionado nos con-tratos de transmisso ou nos contratos-promessa detransmisso, sob qualquer forma jurdica, relativos aestabelecimentos ou a imveis ou suas fraces ondeestejam instalados estabelecimentos de restaurao ou

    de bebidas, que venham a ser celebrados em data pos-terior entrada em vigor do presente diploma, sob penade nulidade dos mesmos.

    3 Aos contratos de arrendamento relativos a im- veis, ou suas fraces, onde se pretenda instalar esta-

    belecimentos de restaurao ou de bebidas aplica-se,com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo 9.o

    do Regime do Arrendamento Urbano, aprovado peloDecreto-Lei n.o 321-B/90, de 15 de Outubro.

    4 A falta da meno referida no n.o 2 no ttulode transmisso constitui fundamento de recusa doregisto da mesma.

    5 A transmisso ou promessa de transmisso, sobqualquer forma, de direitos relativos a estabelecimentosou a imveis ou suas fraces, onde estejam instaladosestabelecimentos de restaurao ou de bebidas, deveser comunicada cmara municipal competente, nostermos e para os efeitos previstos no n.o 3 do artigoseguinte.

    Artigo 15.o

    Especificaes do alvar

    1 O alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao para servios de restaurao ou de bebidas deveespecificar, para alm dos elementos referidos no n.o 5do artigo 77.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de

    Dezembro, a identificao da entidade exploradora, onome, o tipo e a capacidade mxima do estabelecimento.

    2 Os tipos a que se refere o nmero anterior soos seguintes:

    a) Estabelecimento de restaurao;b) Estabelecimento de restaurao com sala ou

    espaos destinados a dana;c) Estabelecimento de restaurao com fabrico

    prprio de pastelaria, panificao e geladosenquadrados na classe D do Decreto Regula-mentar n.o 25/93, de 17 de Agosto;

    d) Estabelecimento de bebidas;e) Estabelecimento de bebidas com sala ou espaos

    destinados a dana;

    f) Estabelecimento de bebidas com fabrico prpriode pastelaria, panificao e gelados enquadra-dos na classe D do Decreto Regulamentarn.o 25/93, de 17 de Agosto.

    3 Sempre que haja alterao de qualquer dos ele-mentos constantes do alvar, a entidade titular do alvarde licena ou de autorizao de utilizao ou a entidadeexploradora do estabelecimento deve, para efeitos deaverbamento, comunicar o facto cmara municipal noprazo de 30 dias a contar da data do mesmo.

    Artigo 16.o

    Modelo de alvar de licena ou autorizao de utilizaopara servios de restaurao e de bebidas

    O modelo de alvar de licena ou de autorizaode utilizao para servios de restaurao ou de bebidas aprovado por portaria conjunta dos membros doGoverno responsveis pelas reas do ordenamento doterritrio e do turismo.

    Artigo 17.o

    Alterao da utilizao e concesso de licena ou autorizaode utilizao em edifcios sem anterior ttulo de utilizao

    1 Se for requerida a alterao ao uso fixado emanterior licena ou autorizao de utilizao para per-

    mitir que o edifcio, ou sua fraco, se destine ins-talao dos estabelecimentos referidos no artigo 1.o, acmara municipal deve consultar o Servio Nacional deBombeiros e as autoridades de sade nos termos pre-vistos nos artigos 6.o e 9.o

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    14/21

    2142 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    2 Quando as operaes urbansticas previstas nonmero anterior envolverem a realizao das obras pre-vistas nas alneas a) e b) do n.o 1 do artigo 6.o do Decre-to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, os pareceres refe-ridos no nmero anterior englobam a autorizao previstano artigo 10.o

    3 O prazo para a realizao da vistoria previstano artigo 12.o conta-se a partir da recepo dos pareceresreferidos no n.o 1 ou do termo do prazo para a emissodos mesmos.

    4 O prazo para deliberao sobre a concesso dalicena ou autorizao de utilizao ou de alterao dautilizao o constante da alnea b) do n.o 1 doartigo 30.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-bro, no caso de se tratar de procedimento de autori-zao, e o previsto na alnea d) do n.o 1 do artigo 23.odo mesmo diploma,no caso de se tratarde procedimentode licenciamento, a contar em ambos os casos a partirda data da realizao da vistoria ou do termo do prazopara a sua realizao.

    Artigo 18.o

    Caducidade da licena ou da autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas

    1 A licena ou a autorizao de utilizao paraservios de restaurao ou de bebidas caduca nos seguin-tes casos:

    a) Se o estabelecimento no iniciar o seu funcio-namento no prazo de um ano a contar da datada emisso do alvar de licena ou de auto-rizao de utilizao ou do termo do prazo paraa sua emisso;

    b) Se o estabelecimento se mantiver encerrado porperodo superior a um ano, salvo por motivode obras;

    c) Quando seja dada ao estabelecimento uma uti-lizao diferente da prevista no respectivoalvar;

    d) Quando, por qualquer motivo, o estabeleci-mento no preencher os requisitos mnimos exi-gidos para qualquer dos tipos previstos no regu-lamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o

    2 Caducada a licena ou a autorizao de utilizaopara servios de restaurao ou de bebidas, o alvar

    respectivo cassado e apreendido pela cmara muni-cipal, na sequncia de notificao ao respectivo titular,devendo ser encerrado o estabelecimento.

    Artigo 19.o

    Intimao judicial para a prtica de acto legalmente devido

    1 Decorridos os prazos para a prtica de qualqueracto especialmente regulado no presente diploma semque o mesmo se mostre praticado, aplica-se aos esta-belecimentos de restaurao ou de bebidas, com asnecessrias adaptaes, o disposto nos artigos 111.o,112.o e 113.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de

    Dezembro.2 As associaes patronais do sector do turismoque tenham personalidade jurdica podem intentar, emnome dos seus associados, os pedidos de intimao pre-vistos no nmero anterior.

    SECO V

    Classificao

    Artigo 20.o

    Requerimento

    1 Os estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das podem ser classificados de luxo pela Direco-Geraldo Turismo, de acordo com o estabelecido no regu-lamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o

    2 Para efeito do disposto no nmero anterior, ointeressado deve dirigir Direco-Geral do Turismoum requerimento instrudo nos termos de portaria domembro do Governo responsvel pela rea do turismo.

    3 A classificao sempre precedida de vistoriaa efectuar pela Direco-Geral do Turismo, nos termosdo artigo seguinte.

    Artigo 21.o

    Vistoria para efeitos de classificao

    1 A vistoria a realizar pela Direco-Geral doTurismo para a classificao do estabelecimento des-tina-se a verificar a observncia das normas e dos requi-sitos relativos classificao pretendida, estabelecidosnos regulamentos a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o

    2 A vistoria deve realizar-se no prazo de 45 diasa contar da data da apresentao do comprovativo dopagamento das taxas a que se refere o artigo 45.o e,sempre que possvel, em data a acordar com o inte-ressado.

    3 A vistoria efectuada por uma comisso com-posta por:

    a) Trs tcnicos da Direco-Geral do Turismo;b) Um representante do rgo regional ou localde turismo;

    c) Um representante da FERECA Federaoda Restaurao, Cafs, Pastelarias e Similaresde Portugal;

    d) Um representante de outra associao patronaldo sector, no caso do requerente o indicar nopedido de vistoria.

    4 O requerente participa na vistoria sem direitoa voto.

    5 Compete ao director-geral do Turismo convocaras entidades referidas nas alneas b) a d) do n.o 3 e

    o requerente com a antecedncia mnima de oito dias.6 A ausncia dos representantes referidos nas al-neas b) a d) do n.o 3 e do requerente, desde que regu-larmente convocados, no impeditiva nem constituijustificao da no realizao da vistoria.

    7 Depois de proceder vistoria, a comisso refe-rida no nmero anterior elabora o respectivo auto, doqual deve constar a posio de cada um dos interve-nientes, devendo entregar uma cpia ao requerente.

    Artigo 22.o

    Classificao

    No prazo de 15 dias a contar da realizao da vistoriareferida no artigo anterior ou, no tendo havido vistoria,do termo do prazo para a sua realizao, a Direco--Geral do Turismo deve decidir sobre a classificaorequerida.

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    15/21

    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2143

    Artigo 23.o

    Reviso da classificao e desclassificao

    1 Um estabelecimento pode ser desclassificadopela Direco-Geral do Turismo, a todo o tempo, ofi-ciosamente, a solicitao do respectivo rgo regionalou local de turismo ou a requerimento dos interessados,nos seguintes casos:

    a) Verificada a alterao dos pressupostos quedeterminaram a classificao ao abrigo das nor-mas e dos requisitos previstos no regulamentoa que se refere o n.o 5 do artigo 1.o;

    b) Se o interessado, na sequncia de vistoria efec-tuada ao estabelecimento, no realizar as obrasou no eliminar as deficincias para que foi noti-ficado num prazo no superior a 18 meses, quelhe tiver sido fixado pela Direco-Geral doTurismo, sem prejuzo do disposto no n.o 3.

    2 Em casos excepcionais, devidamente fundamen-

    tados na complexidade e morosidade da execuo dostrabalhos, o prazo previsto no nmero anterior podeser prorrogado por um perodo no superior a 12 meses,a requerimento do interessado.

    3 Sempre que as obras necessitem de licena ouautorizao camarria, o prazo para a sua realizao o fixado pela cmara municipal no respectivo alvarde licena ou de autorizao.

    4 Se, na sequncia de vistoria efectuada ao esta-belecimento, se verificar que o mesmo no rene osrequisitos mnimos para poder funcionar como estabe-lecimento de restaurao ou de bebidas, deve ser deter-minado o seu imediato encerramento temporrio atque sejam realizadas as obras ou eliminadas as defi-

    cincias verificadas.5 No caso previsto no nmero anterior, o presi-dente da cmara municipal, oficiosamente ou a soli-citao da Direco-Geral do Turismo, deve apreendero respectivo alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao enquanto no for atribuda ao estabelecimentonova classificao.

    Artigo 24.o

    Recurso hierrquico

    1 Quando for indeferida pela Direco-Geral doTurismo a classificao pretendida, o estabelecimentofor desclassificado, o interessado no concorde com anecessidade de proceder a obras para manter a clas-sificao ou com o prazo fixado para a realizao destas,pode interpor recurso hierrquico para o membro doGoverno responsvel pela rea do turismo.

    2 Logo que interposto o recurso, o membro doGoverno referido no nmero anterior pode determinara interveno de uma comisso composta por:

    a) Um perito por ele nomeado, que presidir;b) Dois representantes da Direco-Geral do

    Turismo;c) Um representante do rgo regional ou local

    de turismo;d) Um representante da FERECA Federao

    da Restaurao, Cafs, Pastelarias e Similares

    de Portugal.3 A comisso emite um parecer sobre o recurso

    interposto no prazo de 45 dias a contar da data dodespacho da sua constituio.

    4 Compete ao presidente da comisso convocar osrestantes membros com uma antecedncia mnima deoito dias, devendo para tal solicitar previamente s diver-sas entidades a indicao dos seus representantes.

    5 A ausncia dos representantes das entidadesreferidas nas alneas b) a d) do n.o 2, desde que regu-larmente convocados, no impeditiva nem constituijustificao do no funcionamento da comisso nem daemisso do parecer.

    Artigo 25.o

    Dispensa de requisitos

    1 Os requisitos exigidos para a atribuio da clas-sificao pretendida ou para o funcionamento do esta-belecimento podem ser dispensados quando a sua estritaobservncia comprometer a rendibilidade do empreen-dimento e for susceptvel de afectar as caractersticasarquitectnicas ou estruturais dos edifcios que:

    a) Sejam classificados a nvel nacional, regional oulocal; ou

    b) Possuam reconhecido valor histrico, arquitec-tnico, artstico ou cultural.

    2 A verificao do disposto no nmero anterior feita pela Direco-Geral do Turismo ou pelo pre-sidente da cmara municipal, consoante os casos.

    CAPTULO III

    Explorao e funcionamento

    Artigo 26.o

    Nomes dos estabelecimentos

    1 O nome dos estabelecimentos no pode sugerirum tipo diferente daquele para que foi licenciado ouautorizado, uma classificao que no lhe tenha sidoatribuda ou caractersticas que no possuam.

    2 Salvo quando pertencem mesma organizao,aos estabelecimentos de restaurao ou de bebidas nopodem ser atribudos nomes iguais ou por tal formasemelhantes a outros j existentes ou requeridos quepossam induzir em erro ou serem susceptveis deconfuso.

    Artigo 27.o

    Referncia classificao

    Em toda a publicidade, correspondncia, documen-tao e, de um modo geral, em toda a actividade externado estabelecimento no podem ser sugeridas caracte-rsticas que este no possua ou classificao que nolhe tenha sido atribuda, sendo obrigatria a refernciaao tipo de estabelecimento licenciado ou autorizado.

    Artigo 28.o

    Explorao de servios de restaurao ou de bebidas

    1 A explorao de servios de restaurao ou debebidas apenas permitida em edifcio ou parte de edi-fcio que seja objecto de licena ou de autorizao de

    utilizao destinada ao funcionamento de um dos esta-belecimentos referidos nos n.os 1 e 2 do artigo 1.o ounos locais referidos no n.o 6 do mesmo artigo.

    2 Para efeito do disposto no nmero anterior, con-sidera-se tambm explorao de servios de restaurao

  • 8/14/2019 Estabelecimentos - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 57 - QUALI.PT

    16/21

    2144 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    e bebidas a actividade de catering e a de servio debanquetes.

    3 Presume-se que existe explorao de servios derestaurao ou de bebidas quando os edifcios ou assuas partes estejam mobilados e equipadosem condiesde poderem ser normalmenteutilizados porpessoas paraneles tomar ou adquirir refeies ou tomar bebidasacompanhadas ou no de alimentos ou produtos de pas-telaria, mediante remunerao, ainda que esses serviosno constituam a actividade principal de quem os prestae ainda quando os mesmos sejam, por qualquer meio,anunciados ao pblico, directamente ou atravs dosmeios de comunicao social.

    4 A presuno prevista no nmero anterior veri-fica-se ainda que se trate de servios prestados em cons-trues amovveis ou pr-fabricadas e mesmo que nopossam ser legalmente consideradas como edifcios ouparte destes.

    5 Sempre que se verifique alguma das situaesprevistas nos n.os 3 e 4 deste artigo, as cmaras muni-cipais podem, oficiosamente ou a pedido dos rgosregionais ou locais de turismo, da FERECA Fede-rao da Restaurao, Cafs, Pastelarias e Similares dePortugal ou das associaes patronais do sector, qua-lificar aquelas instalaes como estabelecimentos de res-taurao ou de bebidas, mediante vistoria s instalaes,a efectuar nos termos previstos no artigo 12.o

    6 Nos casos previstos no nmeroanterior, a cmaramunicipal deve notificar os respectivos proprietrios ouexploradores para requererem a concesso da licenaou da autorizao para servios de restaurao ou debebidas e do alvar respectivo nos termos previstos nopresente diploma.

    Artigo 29.o

    Explorao dos estabelecimentos

    1 A explorao de cada estabelecimento deve serrealizada por uma nica entidade.

    2 A unidade de explorao do estabelecimento no impeditiva de a propriedade das vrias fraces imo-bilirias que o compem pertencer a mais de umapessoa.

    Artigo 30.o

    Acesso aos estabelecimentos

    1 livre o acesso aos estabelecimentos de restau-rao ou de bebidas, salvo o disposto nos nmerosseguintes.

    2 Pode ser recusado o acesso ou a permanncianos estabelecimentos a quem perturbe o seu funcio-namento normal, designadamente por:

    a) No manifestar a inteno de utilizar os serviosneles prestados;

    b) Se recusar a cumprir as normas de funciona-mento privativas do estabelecimento, desde quedevidamente publicitadas;

    c) Penetrar nas reas de acesso vedado.

    3 Nos estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das pode ser recusado o acesso s pessoas que se faamacompanhar por animais, desde que essas restriessejam devidamente publicitadas.

    4 O disposto no n.o 1 no prejudica, desde quedevidamente publicitadas:

    a) A possibilidade de afectao total ou parcialdos estabelecimentos de restaurao ou de bebi-

    das utilizao exclusiva por associados oubeneficirios das entidades proprietrias ou daentidade exploradora;

    b) A reserva temporria de parte ou da totalidadedos estabelecimentos.

    5 As entidades exploradoras dos estabelecimentosde restaurao ou de bebidas no podem permitir oacesso a um nmero de utentes superior ao da respectivacapacidade.

    Artigo 31.o

    Perodo de funcionamento

    Os estabelecimentos de restaurao ou de bebidasdevem estar abertos ao pblico durante todo o ano,salvo se a entidade exploradora comunicar respectivacmara municipal ou Direco-Geral do Turismo, nocaso dos estabelecimentos classificados, qualificadoscomo tpicos ou declarados de interesse para o turismo,nos termos previstos no artigo 57.o do Decreto-Lei

    n.

    o

    167/97, de 4 de Julho, at ao dia 1 de Outubrode cada ano, em que perodo pretende encerrar o esta-belecimento no ano seguinte.

    Artigo 32.o

    Estado das instalaes e do equipamento

    1 As estruturas, as instalaes e o equipamentodos estabelecimentos de restaurao ou de bebidasdevem funcionar em boas condies e ser mantidas emperfeito estado de conservao e higiene, por formaa evitar que seja posta em perigo a sade dos seusutentes.

    2 Os estabelecimentos de restaurao ou de bebi-

    das devem estar dotados dos meios adequados para pre-veno dos riscos de incndio de acordo com as normastcnicas estabelecidas em regulamento.

    3 A cmara municipal ou a Direco-Geral doTurismo, no caso dos estabelecimentos classificados,qualificados como tpicos ou declarados de interessepara o turismo nos termos previstos no artigo 57.o doDecreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, pode determinara reparao das deterioraes e avarias verificadas,fixando prazo para o efeito, consultando as autoridadesde sade quando estiverem em causa o cumprimentode requisitos de instalao e funcionamento relativos higiene e sade pblica e as entidades responsveispelo controlo oficial da higiene dos gneros alimentcios,

    nos termos previstos no Decreto-Lei n.

    o

    67/98, de 18de Maro.Artigo 33.o

    Servio

    1 Nos estabelecimentos de restaurao ou de bebi-das deve ser prestado um servio correspondente aorespectivo tipo, nos termos previstos no regulamentoa que se refere o n.o 5 do artigo 1.o

    2 A entidade exploradora de um estabelecimentode restaurao ou de bebidas p