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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 603 Disponibilização: Quinta-feira, 26 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 27 de Março de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 603 Disponibilização: Quinta-feira, 26 de Março de 2020

Publicação: Sexta-feira, 27 de Março de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. SECRETARIA GERAL []

1.1. PORTARIAS PGJ10959

2. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

PORTARIA PGJ/PI Nº 878/2020 -Republicação por incorreçãoA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí as férias da Promotora de Justiça ÁUREA EMÍLIABEZERRA MADRUGA, Titular da Promotoria de Justiça de Porto, referentes aos saldos de férias do 1º e 2º períodos do exercício de 2018,previstas para o período de 01 de abril a 05 de maio de 2020, conforme a Portaria PGJ nº 292/2020, ficando os saldos de férias para usufruto emdata oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 24 de março de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPGJ/PI Nº 879/2020 -Republicação por incorreçãoA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V EREVOGAR a Portaria PGJ nº 804/2020, que concedeu a compensação de 06 (seis) dias de créditos de plantões ao Promotor de JustiçaGERSON GOMES PEREIRA, titular da Promotoria de Justiça de Regional de Bom Jesus, referentes aos plantões ministeriais realizados em 01,02, 24 e 25 de fevereiro de 2020, conforme certidões expedidas pela Corregedoria Geral do MPPI, nos termos do Ato Conjunto PGJ/CGMP nº02/2019, ficando os créditos de plantões para ser usufruído em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 24 de março de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 880/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V EINTERROMPER, a partir de 23 de março de 2020, o gozo de licença-prêmio do Promotor de Justiça SÉRGIO REIS COELHO, titular da 1ªPromotoria de Justiça de José de Freitas, anteriormente previstas para o período de 02 de março a 30 de abril de 2020, conforme a escala delicença-prêmio republicada no DOEMPPI nº 553, de 14/01/2019, ficando os 39 (trinta e nove) dias remanescentes para usufruto em dataoportuna.Retroajam-se os efeitos da presente Portaria ao dia 23/03/2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 25 de março de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 886/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaADRIANO FONTENELE SANTOS, titular da 2º Promotoria de Justiça de Esperantina, referentes ao 1º período do exercício de 2020,anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de abril de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30(trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 25 de março de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 887/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias da Promotora de JustiçaMÁRCIA AIDA DE LIMA SILVA, titular da 1º Promotoria de Justiça de Altos, referentes ao 1º período do exercício de 2020, anteriormenteprevistas para o período de 01 a 30 de abril de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30 (trinta) diaspara usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 25 de março de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 888/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaEDSEL DE OLIVEIRA COSTA BELLEZA DO NASCIMENTO, titular da 43º Promotoria de Justiça de Teresina, referentes ao 1º período doexercício de 2020, anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de abril de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de13/12/2019, ficando os 30 (trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 25 de março de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 603 Disponibilização: Quinta-feira, 26 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 27 de Março de 2020

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2.1. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ESPERANTINA-PI10960

2.2. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BOM JESUS-PI10961

PORTARIA Nº 20/2020Vistos em correição.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seurepresentante infra-assinado, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Esperantina/PI, dr. Adriano Fontenele Santos, no uso das atribuiçõesprevistas no art. 32, XX, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, e com fulcro no disposto no art. 129, III e 225 da Constituição Federal e no art.8º, parágrafo 1º, da Lei 7.347/85, eCONSIDERANDO que "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadiaqualidade de vida", entendido esse como o "conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, quepermite, abriga e rege a vida em todas as suas formas" (art. 225 caput da CF/88 e art. 3º, I, da Lei nº 6938/81);CONSIDERANDO que é dever do Poder Público e da coletividade a defesa e a preservação do meio ambiente para as presentes e futurasgerações;CONSIDERANDO que a atividade desenvolvida em matadouro é considerada efetiva ou potencialmente poluidora, dependendo a sualocalização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação, dependerá deprévio licenciamento do órgão ambiental competente (SEMAR/PI) - art. 2º, caput e § 1º, da Resolução CONAMA nº 237/97;CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevânciapública aos direitos assegurados na Constituição Federal, em especial o direito à saúde e ao meio ambiente hígido, promovendo as medidasnecessárias à sua garantia (art.129, II);CONSIDERANDO que o artigo 3º, inciso III, da Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1.981, conceitua poluição como sendo "a degradação daqualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente (...) (a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população",(b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas, (...), (e) lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientaisestabelecidos";CONSIDERANDO que, em julho de 2017, fora inaugurado o Matadouro Municipal de Esperantina, obra construída pela Secretaria deDesenvolvimento Rural do Estado do Piauí com recurso estadual, no montante de R$ 205.458,90 (duzentos e cinco mil, quatrocentos e cinquentae oito reais e noventa centavos);CONSIDERANDO que o referido matadouro nunca entrou em funcionamento, estando em estado de abandono, conforme notícias veiculadas nosportais de internet, https://www.gp1.com.br/colunistas/matadouro- municipal-de-esperantina-nunca-entrou-em-funcionamento-400561.html,http://jornalesp.com/doc/125383;CONSIDERANDO que o matadouro antigo, sem as condições sanitárias e de salubridade, continua em funcionamento,https://www.gp1.com.br/colunistas/matadouro-municipal-de-esperantina-nunca-entrou-em-funcionamento-400561.html, http://jornalesp.com/doc/125383;RESOLVE, nos moldes do art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, INSTAURAR PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, com o objetivode acompanhar e fiscalizar o início das atividades nas novas instalações do Matadouro Municipal de Esperantina, determinando-se, desde já, asseguintes diligências:Autue-se como PA, com registro no livro apropriado nesta Promotoria de Justiça e Sistema SIMP;Afixe-se a presente Portaria no local de costume para fins de publicização;Comunique-se ao CAOMA e CACOP da instauração do presentefeito;Publique-se no DOMPPI;OFICIE-SE o Município de Esperantina para que tome ciência da instauração do presente procedimento e, no prazo de 10 (dez) dias, informe aesta Promotoria de Justiça os motivos de o matadouro municipal, inaugurado em 2017, ainda não ter entrado em funcionamento;OFICIE-SE a Diretoria de Vigilância Sanitária Estadual - DIVISA requisitando, no prazo de 15 (quinze) dias, vistoria nos matadouros municipaisde Esperantina, bem como elaboração de laudo circunstanciado;OFICIE-SE a Diretoria Geral da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí - ADAPI, requisitando, no prazo de 15 (quinze) dias, vistoria nosmatadouros municipais de Esperantina, bem como elaboração de laudo circunstanciado;Expedientes necessários.Esperantina(PI), 18 de Fevereiro de 2020.ADRIANO FONTENELE SANTOSPromotor de Justiça Titular da 2ª PJ de Esperantina/PI

PORTARIA Nº 14/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 2ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus, no uso das atribuições previstas no art.32, XX, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e, com fulcro no disposto no art. 129, III, e 225, ambos da Constituição Federal e no art. 8º,parágrafo 1º, da Lei nº 7.347/85 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do artigo 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que esse órgão ministerial tomou conhecimento de que as recentes análises das condições atmosféricas fornecidas pelosclimatologistas sinalizam o aumento exponencial da umidade canalizada do Oceano Atlântico para o Nordeste, favorecendo o surgimento deconsiderável volume de chuvas no Estado do Piauí no primeiro trimestre de 2020, as quais poderão resultar em enchentes, inundações oumovimento de massas em áreas urbanas e rurais;CONSIDERANDO que "os desastres representam um motivo de crescente preocupação mundial, pois a vulnerabilidade exacerbada pelaevolução da urbanização sem planejamento; o subdesenvolvimento; a degradação do meio ambiente; as mudanças climáticas; a concorrênciapelos recursos escassos; e o impacto de epidemias pressagiam um futuro de ameaça crescente para a economia mundial, a população doplaneta e para o desenvolvimento sustentável"[1];CONSIDERANDO a notícia fornecida pelo Comandante do 19º Batalhão da Polícia Militar de Bom Jesus e veiculada em sites de comunicação,acerca de enchente na região da Serra das Laranjeiras localizada no Município de Currais-PI, na noite de ontem, dia 24.03.2020, tendo sidonecessário o resgate 35 (trinta e cinco) pessoas;CONSIDERANDO que esse preocupante quadro fático demanda a atuação do Parquet Estadual, o qual deverá buscar a integração dos órgãosambientais, sanitários e de defesa civil, visando à adoção de medidas mitigadoras a essa adversidade, bem como preventiva em relação a outraspossíveis adversidades;CONSIDERANDO que, sobre o tema, o art. 2º, caput, da Lei nº 12.608/2012, preconiza que é dever da União, dos Estados, do Distrito Federal edos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre;CONSIDERANDO que a mesma lei, em seu art. 2º, § 2º, dispõe que "a incerteza quanto ao risco de desastre não constituirá óbice para a adoçãodas medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco";

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 603 Disponibilização: Quinta-feira, 26 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 27 de Março de 2020

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CONSIDERANDO que, como se percebe, a atividade de defesa civil, por se tratar de questão de segurança pública em situações de desastres, éum serviço público essencial à coletividade, fato que enseja a supervisão direta do Ministério Público;CONSIDERANDO que, em reunião realizada no dia 17 de fevereiro deste ano, no Ministério Público do Estado do Piauí, o Secretário Estadual deDefesa Civil, Geraldo Magela, orientou que os municípios com risco de ocorrência de enchentes promovam medidas de caráter preventivo,notadamente a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreas urbanas, com fins dediminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;CONSIDERANDO que, objetivando a mitigação de tais efeitos, foi sugerida a criação das equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fitode acolher e atender eventuais pessoas atingidas;CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.742/93;CONSIDERANDO que, ainda como decorrência das enchentes, acúmulo desordenado e indevido de águas pluviais e dos consequentesdesabrigamentos de pessoas econômica e socialmente vulnerabilizadas, impõe-se que os Municípios organizem sua rede de assistência social,com o fito de adotar todas as medidas necessárias ao acolhimento e amparo integral às famílias atingidas pelos efeitos das chuvas, em face doprincípio da dignidade da pessoa humana;CONSIDERANDO que se pontuou, ainda, que é preciso que cada município esteja cadastrado no sistema S2ID (Sistema Integrado deInformações sobre Desastres), visando a uma maior integração com o sistema federal de defesa civil;CONSIDERANDO que o Procedimento Administrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de formacontinuada, políticas públicas ou instituições, conforme o que estatui o art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017,RESOLVE instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para acompanhar a adoção de medidas preventivas, mitigadoras eassistenciais em caso de enchentes no primeiro semestre deste ano no município de Currais-PI.Inicialmente, DETERMINO, a adoção das seguintes providências:1. Autuação e registro da presente Portaria em livro da Promotoria de Justiça;2. Indicação, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, do Assessor de Promotoria de Justiça Sebastião Rodrigues Moura ou eventualservidor substituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;3. Comunicação da instauração deste Procedimento ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, enviando-lhes cópia dapresente portaria;4. Encaminhamento de cópias da presente para as publicações devidas, em especial no Mural desta Promotoria de Justiça e no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí;5. Expedição de ofício ao Município de Currais-PI requisitando, no prazo de 10 (dez) dias, o seguinte: a) realização de vistoria com o objetivo depromover o mapeamento das áreas urbanas e rurais sujeitas a risco de enchentes; b) informações atualizadas sobre a existência de lei municipalacerca de concessão de benefício assistencial eventual; c) esclarecimentos a respeito da existência de famílias atingidas em virtude deenchentes no Município de Currais e, em caso positivo, se essas famílias são cadastradas para fins de recebimento do benefício eventualreferente à calamidade pública;6. Expedição de recomendação ao Município de Currais-PI para que, no prazo de 10 (dez) dias, adote as providências adiante delineadas: a)promover a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreas urbanas, com fins de diminuiro potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial; b) promover a criação de equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fito deacolher e atender eventuais atingidos; c) definir três imóveis na área urbana do município que possam ser utilizados em situação de emergência,a saber, um para o Comando de Operações no município, outro para alojamento do Corpo de Bombeiros, caso necessário, e um último paraalojar possíveis desabrigados, observando-se que as escolas não sejam usadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em taiscircunstâncias; d) promover o cadastramento do Município de Currais-PI no S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres), casoainda não o seja, objetivando maior eficiência de movimentação dos órgãos competentes no caso de enchentes e outros tipos de desastres,promovendo, dessa forma, o fiel acompanhamento da ocorrência de eventuais desastres naturais, bem como a eficiência das medidas profiláticasem tais circunstâncias;7. Em caso de desatendimento à recomendação supra, propor ação civil pública em face do Município de Currais-PI, a fim de obrigá-lo à adoçãodessas medidas.Conclusos, retornem os autos.De Teresina para Bom Jesus- PI, 25 de março de 2020.Lenara Batista Carvalho PortoPromotora de Justiçarespondendo pela 2ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus[1] Estudos sobre Desastres. Capacitação básica em Defesa Civil. Florianópolis: CAD UFSC, 2012. fl. 46.RECOMENDAÇÃO Nº 08/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 2ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus, com fundamento no art. 27, parágrafoúnico, inciso IV, da Lei n° 8.625, de 12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da LeiComplementar n° 12, de 18.12.93 (Lei Orgânica Estadual), e ainda,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do artigo 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que o art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, autoriza o Promotor de Justiça expedirrecomendações aos órgãos e entidades públicos, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata; assim como resposta porescrito;CONSIDERANDO que esse órgão ministerial tomou conhecimento de que as recentes análises das condições atmosféricas fornecidas pelosclimatologistas sinalizam o aumento exponencial da umidade canalizada do Oceano Atlântico para o Nordeste, favorecendo o surgimento deconsiderável volume de chuvas no Estado do Piauí no primeiro semestre de 2020, as quais poderão resultar em enchentes, inundações oumovimento de massas em áreas urbanas e rurais;CONSIDERANDO que "os desastres representam um motivo de crescente preocupação mundial, pois a vulnerabilidade exacerbada pelaevolução da urbanização sem planejamento; o subdesenvolvimento; a degradação do meio ambiente; as mudanças climáticas; a concorrênciapelos recursos escassos; e o impacto de epidemias pressagiam um futuro de ameaça crescente para a economia mundial, a população doplaneta e para o desenvolvimento sustentável"[1];CONSIDERANDO a notícia fornecida pelo Comandante do 19º Batalhão da Polícia Militar de Bom Jesus e veiculada em sites de comunicação,acerca de enchente na região da Serra das Laranjeiras localizada no Município de Currais-PI, na noite de ontem, dia 24.03.2020, tendo sidonecessário o resgate 35 (trinta e cinco) pessoas;CONSIDERANDO que esse preocupante quadro fático demanda a atuação do Parquet Estadual, o qual deverá buscar a integração dos órgãosambientais, sanitários e de defesa civil, visando à adoção de medidas preventivas e mitigadoras a essa possível adversidade natural;CONSIDERANDO que, sobre o tema, o art. 2º, caput, da Lei nº 12.608/2012, preconiza que é dever da União, dos Estados, do Distrito Federal edos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre;

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CONSIDERANDO que a mesma lei, em seu art. 2º, § 2º, dispõe que "a incerteza quanto ao risco de desastre não constituirá óbice para a adoçãodas medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco";CONSIDERANDO que, como se percebe, a atividade de defesa civil, por se tratar de questão de segurança pública em situações de desastres, éum serviço público essencial à coletividade, fato que enseja a supervisão direta do Ministério Público;CONSIDERANDO que, em reunião realizada no dia 17 de fevereiro deste ano, no Ministério Público do Estado do Piauí, o Secretário Estadual deDefesa Civil, Geraldo Magela, orientou que os municípios com risco de ocorrência de enchentes promovam medidas de caráter preventivo,notadamente a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreas urbanas, com fins dediminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;CONSIDERANDO que, objetivando a mitigação de tais efeitos, foi sugerida a criação das equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fitode acolher e atender eventuais atingidos por enchentes;CONSIDERANDO que, além disso, orientou que as escolas não sejam usadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em taiscircunstâncias;CONSIDERANDO que se pontuou a necessidade de que cada município esteja cadastrado no sistema S2ID (Sistema Integrado de Informaçõessobre Desastres), visando a uma maior integração com o sistema federal de defesa civil;CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.742/93;CONSIDERANDO que, ainda como decorrência das enchentes, acúmulo desordenado e indevido de águas pluviais e dos consequentesdesabrigamentos de pessoas econômica e socialmente vulnerabilizadas, impõe-se que os municípios organizem sua rede de assistência social,com o intuito de adotar todas as medidas imprescindíveis ao acolhimento e amparo integral às famílias atingidas pelos efeitos das chuvas, emface do princípio da dignidade da pessoa humana;RESOLVE:RECOMENDAR ao Município de Currais-PI, por meio do Prefeito Municipal, em razão de possível ocorrência de danos à vida e à integridadefísica dos munícipes, resultantes da omissão ou retardamento na prática de atos de ofício, que adote, no prazo de 10 (dez) dias, as seguintesprovidências:a) identificar e mapear in loco as áreas de risco de desastres, em relação à possibilidade de ocorrência de mais enchentes no primeiro semestrede 2020;b) promover a fiscalização das áreas de risco de desastres e vedar novas ocupações nessas áreas, no que tange à possibilidade de ocorrênciade enchentes no primeiro semestre de 2020;c) verificando a necessidade, declarar situação de emergência e estado de calamidade pública quanto à ocorrência de enchentes no primeirosemestre de 2020;d) vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de altorisco ou das edificações vulneráveis, em relação à possibilidade de ocorrência de enchentes no primeiro semestre de 2020;e) promover a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreas urbanas, com fins dediminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;f) promover a criação de equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fito de acolher e atender eventuais desabrigados;g) definir três imóveis na área urbana do município que possam ser utilizados em situação de enchentes, a saber, um para o Comando deOperações no município, outro para alojamento do Corpo de Bombeiros, caso necessário, e um último para alojar possíveis atingidos,observando-se que as escolas não sejam usadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em tais circunstâncias;h) promover o cadastramento do Município de Currais-PI no S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres), caso não o seja,objetivando maior eficiência de movimentação dos órgãos competentes no caso de enchentes e outros tipos de desastres, promovendo, dessaforma, o fiel acompanhamento da ocorrência de eventuais desastres naturais, bem como a eficiência das medidas profiláticas em taiscircunstâncias.SOLICITAR que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Por fim, fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público: (a) constituir em mora odestinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidas administrativas e açõesjudiciais cabíveis; (b) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude; (c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade paraviabilizar futuras responsabilizações por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido; e (d) constituir-se emelemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se a RECOMENDAÇÃO à Secretaria-Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no Diário Eletrônico doMinistério Público.Cumpra-se.De Teresina para Bom Jesus - PI, 25 de março de 2020.Lenara Batista Carvalho PortoPromotora de Justiçarespondendo pela 2ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus[1] Estudos sobre Desastres. Capacitação básica em Defesa Civil. Florianópolis: CAD UFSC, 2012. fl. 46.PORTARIA Nº 013/2020-1PJBJPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 009/2020-1PJBJObjeto: Acompanhar e fiscalizar as políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria de Justiça do Estado do Piauí - SEJUS, bem como pelaDiretoria da Unidade Prisional Dom Abel Alonso Nunez, no sentido de prevenir e eventualmente tratar as pessoas privadas de liberdade, bemcomo os servidores públicos que apresentem alguns dos sintomas sugestivos da COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua Promotora de Justiça adiante assinada, no exercício de suas funções legais econstitucionais, especialmente com espeque nos arts. 127, caput[1], e 129, II e III[2], da Constituição Federal,Considerando que é direito do preso a integridade física e moral, conforme art. 5º, XLIX[3], da Constituição Federal, bem como a assistênciamaterial, à saúde e social, consoante art. 41, VII[4], da Lei de Execuções Penais;Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, tratando-se de direito social tal como a redução dos riscos inerentes aotrabalho, através de normas de saúde, higiene e segurança, de acordo com o art. 196, caput[5], e arts. 6º, caput[6], e 7º, XXII[7], da ConstituiçãoFederal;Considerando que, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia para o coronavírus (COVID-19), dadaa propagação do vírus por todo o mundo;Considerando o alto poder de contágio do coronavírus, o que motivou as orientações da OMS e do Ministério da Saúde no sentido de oisolamento social ser a medida mais eficaz para a não contaminação;Considerando a dificuldade de isolamento no sistema prisional brasileiro, bem como a necessidade de adoção de providências urgentes paraevitar a disseminação da COVID-19 nas unidades carcerárias, o que poderia provocar a morte de presos e de servidores públicos que ládesempenham as suas funções;Considerando a Portaria Interministerial nº 07, de 18 de março de 2020, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Saúde, que dispõe

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2.3. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BURITI DOS LOPES-PI10962

sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública previstas na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, no âmbito do SistemaPrisional;Considerando a Resolução CNMP nº 174/2017, que disciplina o procedimento administrativo com o objetivo de acompanhar e fiscalizarcontinuadamente políticas públicas e instituições;Considerando a Resolução CNMP nº 56/2010, que prevê uma atuação uniforme dos Membros do Ministério Público no controle do sistemacarcerário;RESOLVE instaurar o Procedimento Administrativo nº 009/2020-1PJBJ, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar as políticas públicasdesenvolvidas pela Secretaria de Justiça do Estado do Piauí - SEJUS, bem como pela Diretoria da Unidade Prisional Dom Abel Alonso Nunez, nosentido de prevenir e eventualmente tratar as pessoas privadas de liberdade, bem como os servidores públicos que apresentem alguns dossintomas sugestivos da COVID-19, determinando, para tanto:1 - A juntada dos seguintes documentos remetidos pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais - CAOCRIM:Ofício nº 25/2020 remetido pelo CAOCRIM ao Gabinete de Acompanhamento e Prevenção da COVID-19, instalado no âmbito do MinistérioPúblico do Estado do Piauí pela Procuradora Geral de Justiça, sugerindo fosse oficiado à Secretaria de Justiça do Estado do Piauí - SEJUS, paraque esclarecesse as medidas adotadas para coibir a propagação do coronavírus no sistema prisional do Estado;Ofício nº 305/2020 da SEJUS, respondendo ao Ofício nº 25/2020;Nota Técnica elaborada pela SEJUS com orientações para prevenção do contágio por coronavírus no sistema prisional do Piauí;Nota Preventiva elaborada pela SEJUS e dirigida às Unidades de Alimentação e Nutrição das Unidades Prisionais do Estado do Piauí;Portaria/GSJ/Nº 115/2020, que institui ações preventivas de controle e prevenção objetivando conter o impacto do Coronavírus (COVID-19) noSistema Prisional do Piauí;Portaria/GSJ/Nº 116/2020, que suspende as visitas sociais e íntimas, os atendimentos de advogados e defensores públicos, serviços deassistência religiosa, recambiamentos interestaduais e as escoltas dos presos custodiados no Sistema Prisional do Piauí como forma deprevenção, controle e contenção de riscos do novo coronavírus e dá outras providências;Folders informativos formatados pela SEJUS direcionados aos público interno e aos profissionais das unidades prisionais.Portaria Interministerial nº 07, de 18 de março de 2020, da lavra dos Ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Saúde, que estabelece osfluxos e protocolos a serem seguidos para prevenir e tratar casos suspeitos de contágio pela COVID-19;- Oficiar a Gerente da Unidade Prisional Dom Abel Alonso Nunez, situada em Bom Jesus-PI, para que informe acerca do cumprimento dos fluxose dos protocolos instituídos na lei nº 13.979/2020 e na Portaria Interministerial nº 07, de 18 de março de 2020, referendados na Nota Técnica daSEJUS, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, especialmente:- Há espaço reservado para o isolamento de preso ou profissional que eventualmente apresente suspeitas da COVID-19?- Há equipamentos de proteção individual em número minimamente suficiente para atender eventual demanda? E quais equipamentos?- Houve isolamento preventivo de presos inseridos no grupo de risco?- Há espaço e equipamentos disponíveis para a realização de audiências por videoconferência?- Informe-se ao CAOCRIM/MPPI e ao CAODS/MPPI, com cópia desta Portaria, através do Sistema Athenas;- Publique-se no Diário Oficial Eletrônico do MPPI;5 - Registre-se no sistema eletrônico SIMP e no Livro Próprio de Registro desta Promotoria de Justiça;Cumpra-se.Bom Jesus-PI, 26 de março de 2020.Lenara Batista Carvalho PortoPromotora de Justiça Titular da 1ª PJ de Bom Jesus-PI[1] Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.[2] Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,promovendo as medidas necessárias a sua garantia;III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interessesdifusos e coletivos;[3] Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Paísa inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;[4] Art. 41 - Constituem direitos do preso:VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;[5] Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco dedoença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.[6] Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social,a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 90, de 2015)[7] Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

PORTARIA Nº 13/2020-PJCBLPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 06/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante legal infra-assinada, com atuação na Promotoria de Justiça Única deBuriti dos Lopes, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos art. 127, 129, inciso III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n°7.347/85, art. 25, inciso IV, alínea "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, inciso VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças, que potencialmente requer umaresposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de Fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional, decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, disponível no Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 598, Disponibilização: Quinta-feira, 19 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 20 de Março de 2020 Página 34;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei, prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,

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determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12, do referido Decreto, dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos ocancelamento de eventos esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. §1º Não sendopossível o cancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. §2º Na impossibilidade de atender às recomendações indicadas nocaput e §1º deste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de Junho de 2013";CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa.;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a população envolvida emeventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e do estabelecimento de mecanismosde controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foco nas ações de atenção à saúde, incluindopromoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 2º);CONSIDERANDO que para efeito de planejamento, execução e avaliação das ações de vigilância e assistência à saúde em eventos de massa,são adotados os seguintes conceitos: (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º) I - Evento de Massa (EM): atividade coletiva de natureza cultural,esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, de origemnacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública exijam a atuaçãocoordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde,públicos ou privados (Sinonímia: grandes eventos, eventos especiais, eventos de grande porte); (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, I) II -organizador de evento: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, civil ou militar, responsável pelo planejamento e realização doevento de massa; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, II) III - autoridade sanitária: órgão ou agente público competente da área da saúde,com atribuição legal no âmbito da vigilância e da atenção à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, III); IV - autoridade fiscalizadoracompetente: agente público competente da vigilância sanitária e da saúde suplementar, com poder de polícia administrativo; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, IV) V - agente público regulador: autoridade pública sanitária, delegada pelo Gestor Local, que tem como funçãorealizar a articulação entre os diversos níveis assistenciais do sistema de saúde, visando melhor resposta para as necessidades do paciente, ouseja, Médico Regulador da Central de Regulação das Urgências e/ou Central de Regulação de Leitos e/ou Complexo Regulatório; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, V)CONSIDERANDO a Portaria Interministerial nº 5, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamentoda emergência de saúde pública, previstas na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020;CONSIDERANDO o teor dos Decreto Municipal de Buriti dos Lopes nº 18, de 18 de março de 2020, que regulamenta as medidas deemergência de saúde pública decorrente da situação gerada pela disseminação do novo coronavírus no município, e dá outras providências;CONSIDERANDO o Ofício Circular nº 03/2020/MPPI/PGJ/GAPCC/CAODS, Teresina, 18 de março de 2020, que dispõe sobre a atuação do MPPInos municípios para enfrentamento do coronavírus;CONSIDERANDO que a Resolução n° 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, artigo 8°, inciso II, determina que o ProcedimentoAdministrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ouinstituições;RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo de Acompanhamento das Políticas Públicas adotadas pelo Prefeito de Buriti dosLopes, através de suas Secretarias, acerca da adoção das medidas necessárias para contenção da disseminação do novo Coronavírus (COVID-19) no município, determinando desde já, as seguintes medidas:01. A AUTUAÇÃO da presente Portaria juntamente com os documentos que originaram sua instauração, numerando-se e rubricando-se todas assuas folhas, bem como o REGISTRO dos autos em livro próprio nesta Promotoria de Justiça e no Sistema SIMP;02. A NOMEAÇÃO da Assessora de Promotoria de Justiça, Dra. Gleyciane Silva de Oliveira, para secretariar este procedimento, comodetermina o art. 4º, inciso V, da Resolução nº 23, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP);03. A REMESSA desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e-mail, para conhecimento;04. A REMESSA desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;05. DETERMINAR a juntada de todos os decretos, portarias, plano de contingência e demais notas técnicas do município de Buriti dos Lopes,encaminhados a este Órgão de execução anteriormente à instauração do presente procedimento;06. DETERMINAR a juntada de todos os expedientes, áudios e demais avisos e orientações encaminhados via WhatsApp por esta representantedo Ministério Público ao gestor e equipes de trabalho do município e população em geral, inclusive link da entrevista realizada na TV Multiplik, emBuriti dos Lopes, áudios feitos para divulgação nos meios de comunicação;07. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO às Secretarias Municipais de Saúde e Saneamento para que apresentem as seguintes informações: Cópia do PlanoEmergencial de Ação contra o Coronavírus; Informações sobre o atendimento do Hospital Estadual Dr. Mariano Lucas de Sousa, no que tange ascondições de atender possíveis pacientes infectados; Aquisição de insumos e equipamentos de proteção individual (EPI) para prevenção ecombate do Coronavírus e campanhas educativas para prevenir o vírus;08. RECOMENDAR aos Secretários(as) Municipais de Saúde, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas ede natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:8.1. a pronta adoção de providências para a elaboração e aplicação do Plano de Contingência Municipal, voltado para o cenário epidemiológicolocal, visando à redução dos riscos de transmissão do coronavírus (covid-19), conforme recomendações do Ministério da Saúde e da SESAPI,bem assim dispondo serviços e recursos voltados à prevenção, ao cuidado e à correta informação da população acerca da atual situação daenfermidade no âmbito do município de Buriti dos Lopes;8.2. que o Plano de Contingência para a infecção pelo Coronavírus do município contenha, como elementos mínimos a realidade e estruturasanitária disponível, estimando objetivamente a cronologia da implantação de cada uma das providências necessárias de modo que em talinstrumento esteja definido o fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de coronavírus;

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8.3. que se definam equipes de profissionais para as ações de vigilância e resposta (inclusive, equipes de campo, em especial, agentescomunitários de saúde e agente de combate a endemias);8.4. que se organizem providências que garantam estoques estratégicos de recursos materiais e EPI's, a saber: gorro, óculos de proteção ouprotetor facial, máscara, avental impermeável de mangas longas, luvas de procedimentos, para atender casos suspeitos (pag. 22, do protocolo demanejo clínico para o novo coronavírus e na pág. 14, do plano estadual de contingência para o enfrentamento da infecção humana pelocoronavírus 2019-NCOV do Estado do Piauí );8.5. que se operacionalize, torne disponível e se dê conhecimento ao público de canal de comunicação para atender dúvidas, reclamações eoutras manifestações, empregando, preferencialmente, a ouvidoria do SUS;8.6. que se ofereça material informativo (com orientações sobre as formas de transmissão, sintomas, profilaxia, fluxo de serviços de saúde -quando se deve buscar a UBS, hospital de referência ou outro serviço na região, etc.) no endereço de internet da Prefeitura Municipal e/ou daSecretaria Municipal de Saúde, ou por meio de rádio comunitária (e outras emissoras que a tanto possam aderir), panfletos em locais de grandeacesso de pessoas, divulgação na rede escolar, nas unidades de saúde, bem como por intermédio dos agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, sem prejuízo de outros meios que atendam à população como um todo;8.7. que, quando da divulgação de informações à comunidade, utilizar-se, obrigatoriamente, de dados oficiais, especialmente aqueles divulgadospela secretaria de estado da saúde;8.8. que se realize a capacitação de todos os profissionais atuantes na atenção básica, em especial agentes comunitários de saúde e de combatea endemias, para que atuem em face do coronavírus, buscando, para tanto, sempre que necessário, auxílio técnico das respectivas regionais desaúde;09. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO encaminhando a Nota Técnica Conjunta Nº01/2020/MPPI/CAOCRIM/CAODS ao Prefeito Municipal e Secretário deSaúde, para orientação e auxílio dos mesmos na expedição de atos administrativos;10. DETERMINAR que os destinatários devem encaminhar à Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes, pelo e-mail/WhatsApp todas asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o fiel cumprimento das recomendações e orientações;Afixe-se, por fim, cópia da presente Portaria no mural desta Promotoria de Justiça, para fins de publicidade do ato e amplo controle social.Buriti dos Lopes, 18 de março de 2020.BELª. FRANCINEIDE DE SOUSA SILVAPROMOTORA DE JUSTIÇAPORTARIA Nº 14/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 07/2020BOM PRINCÍPIO DO PIAUÍO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante legal infra-assinada, com atuação na Promotoria de Justiça Única deBuriti dos Lopes, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos art. 127, 129, inciso III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n°7.347/85, art. 25, inciso IV, alínea "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, inciso VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças, que potencialmente requer umaresposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de Fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional, decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, disponível no Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 598, Disponibilização: Quinta-feira, 19 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 20 de Março de 2020 Página 34;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei, prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12, do referido Decreto, dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos ocancelamento de eventos esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. §1º Não sendopossível o cancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. §2º Na impossibilidade de atender às recomendações indicadas nocaput e §1º deste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de Junho de 2013";CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa.;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a população envolvida emeventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e do estabelecimento de mecanismosde controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foco nas ações de atenção à saúde, incluindopromoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 2º);CONSIDERANDO que para efeito de planejamento, execução e avaliação das ações de vigilância e assistência à saúde em eventos de massa,são adotados os seguintes conceitos: (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º) I - Evento de Massa (EM): atividade coletiva de natureza cultural,esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, de origemnacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública exijam a atuaçãocoordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde,públicos ou privados (Sinonímia: grandes eventos, eventos especiais, eventos de grande porte); (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, I) II -organizador de evento: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, civil ou militar, responsável pelo planejamento e realização doevento de massa; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, II) III - autoridade sanitária: órgão ou agente público competente da área da saúde,

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com atribuição legal no âmbito da vigilância e da atenção à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, III); IV - autoridade fiscalizadoracompetente: agente público competente da vigilância sanitária e da saúde suplementar, com poder de polícia administrativo; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, IV) V - agente público regulador: autoridade pública sanitária, delegada pelo Gestor Local, que tem como funçãorealizar a articulação entre os diversos níveis assistenciais do sistema de saúde, visando melhor resposta para as necessidades do paciente, ouseja, Médico Regulador da Central de Regulação das Urgências e/ou Central de Regulação de Leitos e/ou Complexo Regulatório; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, V)CONSIDERANDO a Portaria Interministerial nº 5, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamentoda emergência de saúde pública, previstas na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020;CONSIDERANDO o teor do Decreto Municipal de Bom Princípio do Piauí nº 21, de 20 de março de 2020, que regulamenta as medidas deemergência de saúde pública decorrente da situação gerada pela disseminação do novo coronavírus no município, e dá outras providências;CONSIDERANDO o Ofício Circular nº 03/2020/MPPI/PGJ/GAPCC/CAODS, Teresina, 18 de março de 2020, que dispõe sobre a atuação do MPPInos municípios para enfrentamento do coronavírus;CONSIDERANDO que a Resolução n° 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, artigo 8°, inciso II, determina que o ProcedimentoAdministrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ouinstituições;RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo de Acompanhamento das Políticas Públicas adotadas pelo Prefeito de BomPrincípio do Piauí, através de suas Secretarias, acerca da adoção das medidas necessárias para contenção da disseminação do novoCoronavírus (COVID-19) no município, determinando desde já, as seguintes medidas:01. A AUTUAÇÃO da presente Portaria juntamente com os documentos que originaram sua instauração, numerando-se e rubricando-se todas assuas folhas, bem como o REGISTRO dos autos em livro próprio nesta Promotoria de Justiça e no Sistema SIMP;02. A NOMEAÇÃO da Assessora de Promotoria de Justiça, Dra. Gleyciane Silva de Oliveira, para secretariar este procedimento, comodetermina o art. 4º, inciso V, da Resolução nº 23, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP);03. A REMESSA desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e-mail, para conhecimento;04. A REMESSA desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;05. DETERMINAR a juntada de todos os decretos, portarias, plano de contingência e demais notas técnicas do município de Bom Princípio doPiauí, encaminhados a este Órgão de execução anteriormente à instauração do presente procedimento;06. DETERMINAR a juntada de todos os expedientes, áudios e demais avisos e orientações encaminhados via WhatsApp por esta representantedo Ministério Público ao gestor e equipes de trabalho do município e população em geral, inclusive link da entrevista realizada na TV Multiplik, emBuriti dos Lopes, áudios feitos para divulgação nos meios de comunicação;07. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO às Secretarias Municipais de Saúde e Saneamento para que apresentem as seguintes informações: Cópia do PlanoEmergencial de Ação contra o Coronavírus; Informações sobre o atendimento do Hospital, no que tange as condições de atender possíveispacientes infectados; Aquisição de insumos e equipamentos de proteção individual (EPI) para prevenção e combate do Coronavírus ecampanhas educativas para prevenir o vírus;08. RECOMENDAR aos Secretários(as) Municipais de Saúde, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas ede natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:8.1. a pronta adoção de providências para a elaboração e aplicação do Plano de Contingência Municipal, voltado para o cenário epidemiológicolocal, visando à redução dos riscos de transmissão do coronavírus (covid-19), conforme recomendações do Ministério da Saúde e da SESAPI,bem assim dispondo serviços e recursos voltados à prevenção, ao cuidado e à correta informação da população acerca da atual situação daenfermidade no âmbito do município de Bom Princípio do Piauí;8.2. que o Plano de Contingência para a infecção pelo Coronavírus do município contenha, como elementos mínimos a realidade e estruturasanitária disponível, estimando objetivamente a cronologia da implantação de cada uma das providências necessárias de modo que em talinstrumento esteja definido o fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de coronavírus;8.3. que se definam equipes de profissionais para as ações de vigilância e resposta (inclusive, equipes de campo, em especial, agentescomunitários de saúde e agente de combate a endemias);8.4. que se organizem providências que garantam estoques estratégicos de recursos materiais e EPI's, a saber: gorro, óculos de proteção ouprotetor facial, máscara, avental impermeável de mangas longas, luvas de procedimentos, para atender casos suspeitos (pag. 22, do protocolo demanejo clínico para o novo coronavírus e na pág. 14, do plano estadual de contingência para o enfrentamento da infecção humana pelocoronavírus 2019-NCOV do Estado do Piauí );8.5. que se operacionalize, torne disponível e se dê conhecimento ao público de canal de comunicação para atender dúvidas, reclamações eoutras manifestações, empregando, preferencialmente, a ouvidoria do SUS;8.6. que se ofereça material informativo (com orientações sobre as formas de transmissão, sintomas, profilaxia, fluxo de serviços de saúde -quando se deve buscar a UBS, hospital de referência ou outro serviço na região, etc.) no endereço de internet da Prefeitura Municipal e/ou daSecretaria Municipal de Saúde, ou por meio de rádio comunitária (e outras emissoras que a tanto possam aderir), panfletos em locais de grandeacesso de pessoas, divulgação na rede escolar, nas unidades de saúde, bem como por intermédio dos agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, sem prejuízo de outros meios que atendam à população como um todo;8.7. que, quando da divulgação de informações à comunidade, utilizar-se, obrigatoriamente, de dados oficiais, especialmente aqueles divulgadospela secretaria de estado da saúde;8.8. que se realize a capacitação de todos os profissionais atuantes na atenção básica, em especial agentes comunitários de saúde e de combatea endemias, para que atuem em face do coronavírus, buscando, para tanto, sempre que necessário, auxílio técnico das respectivas regionais desaúde;09. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO encaminhando a Nota Técnica Conjunta Nº01/2020/MPPI/CAOCRIM/CAODS ao Prefeito Municipal e Secretário deSaúde, para orientação e auxílio dos mesmos na expedição de atos administrativos;10. DETERMINAR que os destinatários devem encaminhar à Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes, pelo e-mail/WhatsApp todas asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o fiel cumprimento das recomendações e orientações;Afixe-se, por fim, cópia da presente Portaria no mural desta Promotoria de Justiça, para fins de publicidade do ato e amplo controle social.Buriti dos Lopes, 18 de março de 2020.BELª. FRANCINEIDE DE SOUSA SILVAPROMOTORA DE JUSTIÇAPORTARIA Nº 15/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 08/2020CAXINGÓO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante legal infra-assinada, com atuação na Promotoria de Justiça Única deBuriti dos Lopes, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos art. 127, 129, inciso III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n°7.347/85, art. 25, inciso IV, alínea "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, inciso VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);

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CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças, que potencialmente requer umaresposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de Fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional, decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, disponível no Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 598, Disponibilização: Quinta-feira, 19 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 20 de Março de 2020 Página 34;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei, prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12, do referido Decreto, dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos ocancelamento de eventos esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. §1º Não sendopossível o cancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. §2º Na impossibilidade de atender às recomendações indicadas nocaput e §1º deste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de Junho de 2013";CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa.;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a população envolvida emeventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e do estabelecimento de mecanismosde controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foco nas ações de atenção à saúde, incluindopromoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 2º);CONSIDERANDO que para efeito de planejamento, execução e avaliação das ações de vigilância e assistência à saúde em eventos de massa,são adotados os seguintes conceitos: (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º) I - Evento de Massa (EM): atividade coletiva de natureza cultural,esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, de origemnacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública exijam a atuaçãocoordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde,públicos ou privados (Sinonímia: grandes eventos, eventos especiais, eventos de grande porte); (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, I) II -organizador de evento: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, civil ou militar, responsável pelo planejamento e realização doevento de massa; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, II) III - autoridade sanitária: órgão ou agente público competente da área da saúde,com atribuição legal no âmbito da vigilância e da atenção à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, III); IV - autoridade fiscalizadoracompetente: agente público competente da vigilância sanitária e da saúde suplementar, com poder de polícia administrativo; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, IV) V - agente público regulador: autoridade pública sanitária, delegada pelo Gestor Local, que tem como funçãorealizar a articulação entre os diversos níveis assistenciais do sistema de saúde, visando melhor resposta para as necessidades do paciente, ouseja, Médico Regulador da Central de Regulação das Urgências e/ou Central de Regulação de Leitos e/ou Complexo Regulatório; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, V)CONSIDERANDO a Portaria Interministerial nº 5, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamentoda emergência de saúde pública, previstas na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020;CONSIDERANDO o teor do Decreto Municipal de CAXINGÓ nº 03, de 19 de março de 2020, que regulamenta as medidas de emergência desaúde pública decorrente da situação gerada pela disseminação do novo coronavírus no município, e dá outras providências;CONSIDERANDO o Ofício Circular nº 03/2020/MPPI/PGJ/GAPCC/CAODS, Teresina, 18 de março de 2020, que dispõe sobre a atuação do MPPInos municípios para enfrentamento do coronavírus;CONSIDERANDO que a Resolução n° 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, artigo 8°, inciso II, determina que o ProcedimentoAdministrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ouinstituições;RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo de Acompanhamento das Políticas Públicas adotadas pelo Prefeito de Caxingó,através de suas Secretarias, acerca da adoção das medidas necessárias para contenção da disseminação do novo Coronavírus (COVID-19) nomunicípio, determinando desde já, as seguintes medidas:01. A AUTUAÇÃO da presente Portaria juntamente com os documentos que originaram sua instauração, numerando-se e rubricando-se todas assuas folhas, bem como o REGISTRO dos autos em livro próprio nesta Promotoria de Justiça e no Sistema SIMP;02. A NOMEAÇÃO da Assessora de Promotoria de Justiça, Dra. Gleyciane Silva de Oliveira, para secretariar este procedimento, comodetermina o art. 4º, inciso V, da Resolução nº 23, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP);03. A REMESSA desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e-mail, para conhecimento;04. A REMESSA desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;05. DETERMINAR a juntada de todos os decretos, portarias, plano de contingência e demais notas técnicas do município de Caxingó,encaminhados a este Órgão de execução anteriormente à instauração do presente procedimento;06. DETERMINAR a juntada de todos os expedientes, áudios e demais avisos e orientações encaminhados via WhatsApp por esta representantedo Ministério Público ao gestor e equipes de trabalho do município e população em geral, inclusive link da entrevista realizada na TV Multiplik, emBuriti dos Lopes, áudios feitos para divulgação nos meios de comunicação;07. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO às Secretarias Municipais de Saúde e Saneamento para que apresentem as seguintes informações: Cópia do PlanoEmergencial de Ação contra o Coronavírus; Informações sobre o atendimento do Hospital, no que tange as condições de atender possíveispacientes infectados; Aquisição de insumos e equipamentos de proteção individual (EPI) para prevenção e combate do Coronavírus e

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campanhas educativas para prevenir o vírus;08. RECOMENDAR a Secretária) Municipal de Saúde, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e denatureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:8.1. a pronta adoção de providências para a elaboração e aplicação do Plano de Contingência Municipal, voltado para o cenário epidemiológicolocal, visando à redução dos riscos de transmissão do coronavírus (covid-19), conforme recomendações do Ministério da Saúde e da SESAPI,bem assim dispondo serviços e recursos voltados à prevenção, ao cuidado e à correta informação da população acerca da atual situação daenfermidade no âmbito do município de Caxingó;8.2. que o Plano de Contingência para a infecção pelo Coronavírus do município contenha, como elementos mínimos a realidade e estruturasanitária disponível, estimando objetivamente a cronologia da implantação de cada uma das providências necessárias de modo que em talinstrumento esteja definido o fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de coronavírus;8.3. que se definam equipes de profissionais para as ações de vigilância e resposta (inclusive, equipes de campo, em especial, agentescomunitários de saúde e agente de combate a endemias);8.4. que se organizem providências que garantam estoques estratégicos de recursos materiais e EPI's, a saber: gorro, óculos de proteção ouprotetor facial, máscara, avental impermeável de mangas longas, luvas de procedimentos, para atender casos suspeitos (pag. 22, do protocolo demanejo clínico para o novo coronavírus e na pág. 14, do plano estadual de contingência para o enfrentamento da infecção humana pelocoronavírus 2019-NCOV do Estado do Piauí );8.5. que se operacionalize, torne disponível e se dê conhecimento ao público de canal de comunicação para atender dúvidas, reclamações eoutras manifestações, empregando, preferencialmente, a ouvidoria do SUS;8.6. que se ofereça material informativo (com orientações sobre as formas de transmissão, sintomas, profilaxia, fluxo de serviços de saúde -quando se deve buscar a UBS, hospital de referência ou outro serviço na região, etc.) no endereço de internet da Prefeitura Municipal e/ou daSecretaria Municipal de Saúde, ou por meio de rádio comunitária (e outras emissoras que a tanto possam aderir), panfletos em locais de grandeacesso de pessoas, divulgação na rede escolar, nas unidades de saúde, bem como por intermédio dos agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, sem prejuízo de outros meios que atendam à população como um todo;8.7. que, quando da divulgação de informações à comunidade, utilizar-se, obrigatoriamente, de dados oficiais, especialmente aqueles divulgadospela secretaria de estado da saúde;8.8. que se realize a capacitação de todos os profissionais atuantes na atenção básica, em especial agentes comunitários de saúde e de combatea endemias, para que atuem em face do coronavírus, buscando, para tanto, sempre que necessário, auxílio técnico das respectivas regionais desaúde;09. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO encaminhando a Nota Técnica Conjunta Nº01/2020/MPPI/CAOCRIM/CAODS ao Prefeito Municipal e Secretária deSaúde, para orientação e auxílio dos mesmos na expedição de atos administrativos;10. DETERMINAR que os destinatários devem encaminhar à Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes, pelo e-mail/WhatsApp todas asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o fiel cumprimento das recomendações e orientações;Afixe-se, por fim, cópia da presente Portaria no mural desta Promotoria de Justiça, para fins de publicidade do ato e amplo controle social.Buriti dos Lopes, 18 de março de 2020.BELª. FRANCINEIDE DE SOUSA SILVAPROMOTORA DE JUSTIÇAPORTARIA Nº 16/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 09/2020CARAÚBAS DO PIAUÍO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante legal infra-assinada, com atuação na Promotoria de Justiça Única deBuriti dos Lopes, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos art. 127, 129, inciso III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n°7.347/85, art. 25, inciso IV, alínea "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, inciso VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças, que potencialmente requer umaresposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de Fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional, decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, disponível no Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 598, Disponibilização: Quinta-feira, 19 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 20 de Março de 2020 Página 34;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei, prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12, do referido Decreto, dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos ocancelamento de eventos esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. §1º Não sendopossível o cancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. §2º Na impossibilidade de atender às recomendações indicadas nocaput e §1º deste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de Junho de 2013";CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa.;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a população envolvida emeventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e do estabelecimento de mecanismos

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de controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foco nas ações de atenção à saúde, incluindopromoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 2º);CONSIDERANDO que para efeito de planejamento, execução e avaliação das ações de vigilância e assistência à saúde em eventos de massa,são adotados os seguintes conceitos: (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º) I - Evento de Massa (EM): atividade coletiva de natureza cultural,esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, de origemnacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública exijam a atuaçãocoordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde,públicos ou privados (Sinonímia: grandes eventos, eventos especiais, eventos de grande porte); (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, I) II -organizador de evento: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, civil ou militar, responsável pelo planejamento e realização doevento de massa; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, II) III - autoridade sanitária: órgão ou agente público competente da área da saúde,com atribuição legal no âmbito da vigilância e da atenção à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, III); IV - autoridade fiscalizadoracompetente: agente público competente da vigilância sanitária e da saúde suplementar, com poder de polícia administrativo; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, IV) V - agente público regulador: autoridade pública sanitária, delegada pelo Gestor Local, que tem como funçãorealizar a articulação entre os diversos níveis assistenciais do sistema de saúde, visando melhor resposta para as necessidades do paciente, ouseja, Médico Regulador da Central de Regulação das Urgências e/ou Central de Regulação de Leitos e/ou Complexo Regulatório; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, V)CONSIDERANDO a Portaria Interministerial nº 5, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamentoda emergência de saúde pública, previstas na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020;CONSIDERANDO o teor do Decreto Municipal de CARAÚBAS DO PIAUÍ nº 06, de 19 de março de 2020, que regulamenta as medidas deemergência de saúde pública decorrente da situação gerada pela disseminação do novo coronavírus no município, e dá outras providências;CONSIDERANDO o Ofício Circular nº 03/2020/MPPI/PGJ/GAPCC/CAODS, Teresina, 18 de março de 2020, que dispõe sobre a atuação do MPPInos municípios para enfrentamento do coronavírus;CONSIDERANDO que a Resolução n° 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, artigo 8°, inciso II, determina que o ProcedimentoAdministrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ouinstituições;RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo de Acompanhamento das Políticas Públicas adotadas pelo Prefeito de Caraúbasdo Piauí, através de suas Secretarias, acerca da adoção das medidas necessárias para contenção da disseminação do novo Coronavírus(COVID-19) no município, determinando desde já, as seguintes medidas:01. A AUTUAÇÃO da presente Portaria juntamente com os documentos que originaram sua instauração, numerando-se e rubricando-se todas assuas folhas, bem como o REGISTRO dos autos em livro próprio nesta Promotoria de Justiça e no Sistema SIMP;02. A NOMEAÇÃO da Assessora de Promotoria de Justiça, Dra. Gleyciane Silva de Oliveira, para secretariar este procedimento, comodetermina o art. 4º, inciso V, da Resolução nº 23, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP);03. A REMESSA desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e-mail, para conhecimento;04. A REMESSA desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;05. DETERMINAR a juntada de todos os decretos, portarias, plano de contingência e demais notas técnicas do município de Caraúbas do Piauí,encaminhados a este Órgão de execução anteriormente à instauração do presente procedimento;06. DETERMINAR a juntada de todos os expedientes, áudios e demais avisos e orientações encaminhados via WhatsApp por esta representantedo Ministério Público ao gestor e equipes de trabalho do município e população em geral, inclusive link da entrevista realizada na TV Multiplik, emBuriti dos Lopes, áudios feitos para divulgação nos meios de comunicação;07. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO a Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento para que apresentem as seguintes informações: Cópia do PlanoEmergencial de Ação contra o Coronavírus; Informações sobre o atendimento do Hospital, no que tange as condições de atender possíveispacientes infectados; Aquisição de insumos e equipamentos de proteção individual (EPI) para prevenção e combate do Coronavírus ecampanhas educativas para prevenir o vírus;08. RECOMENDAR a Secretária Municipal de Saúde, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e denatureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:8.1. a pronta adoção de providências para a elaboração e aplicação do Plano de Contingência Municipal, voltado para o cenário epidemiológicolocal, visando à redução dos riscos de transmissão do coronavírus (covid-19), conforme recomendações do Ministério da Saúde e da SESAPI,bem assim dispondo serviços e recursos voltados à prevenção, ao cuidado e à correta informação da população acerca da atual situação daenfermidade no âmbito do município de Caraúbas do Piauí;8.2. que o Plano de Contingência para a infecção pelo Coronavírus do município contenha, como elementos mínimos a realidade e estruturasanitária disponível, estimando objetivamente a cronologia da implantação de cada uma das providências necessárias de modo que em talinstrumento esteja definido o fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de coronavírus;8.3. que se definam equipes de profissionais para as ações de vigilância e resposta (inclusive, equipes de campo, em especial, agentescomunitários de saúde e agente de combate a endemias);8.4. que se organizem providências que garantam estoques estratégicos de recursos materiais e EPI's, a saber: gorro, óculos de proteção ouprotetor facial, máscara, avental impermeável de mangas longas, luvas de procedimentos, para atender casos suspeitos (pag. 22, do protocolo demanejo clínico para o novo coronavírus e na pág. 14, do plano estadual de contingência para o enfrentamento da infecção humana pelocoronavírus 2019-NCOV do Estado do Piauí );8.5. que se operacionalize, torne disponível e se dê conhecimento ao público de canal de comunicação para atender dúvidas, reclamações eoutras manifestações, empregando, preferencialmente, a ouvidoria do SUS;8.6. que se ofereça material informativo (com orientações sobre as formas de transmissão, sintomas, profilaxia, fluxo de serviços de saúde -quando se deve buscar a UBS, hospital de referência ou outro serviço na região, etc.) no endereço de internet da Prefeitura Municipal e/ou daSecretaria Municipal de Saúde, ou por meio de rádio comunitária (e outras emissoras que a tanto possam aderir), panfletos em locais de grandeacesso de pessoas, divulgação na rede escolar, nas unidades de saúde, bem como por intermédio dos agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, sem prejuízo de outros meios que atendam à população como um todo;8.7. que, quando da divulgação de informações à comunidade, utilizar-se, obrigatoriamente, de dados oficiais, especialmente aqueles divulgadospela secretaria de estado da saúde;8.8. que se realize a capacitação de todos os profissionais atuantes na atenção básica, em especial agentes comunitários de saúde e de combatea endemias, para que atuem em face do coronavírus, buscando, para tanto, sempre que necessário, auxílio técnico das respectivas regionais desaúde;09. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO encaminhando a Nota Técnica Conjunta Nº01/2020/MPPI/CAOCRIM/CAODS ao Prefeito Municipal e Secretária deSaúde, para orientação e auxílio dos mesmos na expedição de atos administrativos;10. DETERMINAR que os destinatários devem encaminhar à Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes, pelo e-mail/WhatsApp todas asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o fiel cumprimento das recomendações e orientações;Afixe-se, por fim, cópia da presente Portaria no mural desta Promotoria de Justiça, para fins de publicidade do ato e amplo controle social.Buriti dos Lopes, 18 de março de 2020.

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BELª. FRANCINEIDE DE SOUSA SILVAPROMOTORA DE JUSTIÇAPORTARIA Nº 17/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 10/2020MURICI DOS PORTELASO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante legal infra-assinada, com atuação na Promotoria de Justiça Única deBuriti dos Lopes, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos art. 127, 129, inciso III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n°7.347/85, art. 25, inciso IV, alínea "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, inciso VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças, que potencialmente requer umaresposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de Fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional, decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, disponível no Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 598, Disponibilização: Quinta-feira, 19 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 20 de Março de 2020 Página 34;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei, prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12, do referido Decreto, dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos ocancelamento de eventos esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. §1º Não sendopossível o cancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. §2º Na impossibilidade de atender às recomendações indicadas nocaput e §1º deste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de Junho de 2013";CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa.;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a população envolvida emeventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e do estabelecimento de mecanismosde controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foco nas ações de atenção à saúde, incluindopromoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 2º);CONSIDERANDO que para efeito de planejamento, execução e avaliação das ações de vigilância e assistência à saúde em eventos de massa,são adotados os seguintes conceitos: (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º) I - Evento de Massa (EM): atividade coletiva de natureza cultural,esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, de origemnacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública exijam a atuaçãocoordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde,públicos ou privados (Sinonímia: grandes eventos, eventos especiais, eventos de grande porte); (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, I) II -organizador de evento: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, civil ou militar, responsável pelo planejamento e realização doevento de massa; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, II) III - autoridade sanitária: órgão ou agente público competente da área da saúde,com atribuição legal no âmbito da vigilância e da atenção à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, III); IV - autoridade fiscalizadoracompetente: agente público competente da vigilância sanitária e da saúde suplementar, com poder de polícia administrativo; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, IV) V - agente público regulador: autoridade pública sanitária, delegada pelo Gestor Local, que tem como funçãorealizar a articulação entre os diversos níveis assistenciais do sistema de saúde, visando melhor resposta para as necessidades do paciente, ouseja, Médico Regulador da Central de Regulação das Urgências e/ou Central de Regulação de Leitos e/ou Complexo Regulatório; (Origem: PRTMS/GM 1139/2013, Art. 4º, V)CONSIDERANDO a Portaria Interministerial nº 5, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamentoda emergência de saúde pública, previstas na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020;CONSIDERANDO o teor do Decreto Municipal de MURICI DOS PORTELAS nº11, de 18 de março de 2020, que regulamenta as medidas deemergência de saúde pública decorrente da situação gerada pela disseminação do novo coronavírus no município, e dá outras providências;CONSIDERANDO o Ofício Circular nº 03/2020/MPPI/PGJ/GAPCC/CAODS, Teresina, 18 de março de 2020, que dispõe sobre a atuação do MPPInos municípios para enfrentamento do coronavírus;CONSIDERANDO que a Resolução n° 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, artigo 8°, inciso II, determina que o ProcedimentoAdministrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ouinstituições;RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo de Acompanhamento das Políticas Públicas adotadas pelo Prefeito de Murici dosPortelas, através de suas Secretarias, acerca da adoção das medidas necessárias para contenção da disseminação do novo Coronavírus(COVID-19) no município, determinando desde já, as seguintes medidas:01. A AUTUAÇÃO da presente Portaria juntamente com os documentos que originaram sua instauração, numerando-se e rubricando-se todas assuas folhas, bem como o REGISTRO dos autos em livro próprio nesta Promotoria de Justiça e no Sistema SIMP;02. A NOMEAÇÃO da Assessora de Promotoria de Justiça, Dra. Gleyciane Silva de Oliveira, para secretariar este procedimento, comodetermina o art. 4º, inciso V, da Resolução nº 23, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP);03. A REMESSA desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e-mail, para conhecimento;

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 603 Disponibilização: Quinta-feira, 26 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 27 de Março de 2020

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2.4. 12ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI10963

04. A REMESSA desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;05. DETERMINAR a juntada de todos os decretos, portarias, plano de contingência e demais notas técnicas do município de Murici dos Portelas,encaminhados a este Órgão de execução anteriormente à instauração do presente procedimento;06. DETERMINAR a juntada de todos os expedientes, áudios e demais avisos e orientações encaminhados via WhatsApp por esta representantedo Ministério Público ao gestor e equipes de trabalho do município e população em geral, inclusive link da entrevista realizada na TV Multiplik, emBuriti dos Lopes, áudios feitos para divulgação nos meios de comunicação;07. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO a Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento para que apresentem as seguintes informações: Cópia do PlanoEmergencial de Ação contra o Coronavírus; Informações sobre o atendimento do Hospital, no que tange as condições de atender possíveispacientes infectados; Aquisição de insumos e equipamentos de proteção individual (EPI) para prevenção e combate do Coronavírus ecampanhas educativas para prevenir o vírus;08. RECOMENDAR a Secretária Municipal de Saúde, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e denatureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:8.1. a pronta adoção de providências para a elaboração e aplicação do Plano de Contingência Municipal, voltado para o cenário epidemiológicolocal, visando à redução dos riscos de transmissão do coronavírus (covid-19), conforme recomendações do Ministério da Saúde e da SESAPI,bem assim dispondo serviços e recursos voltados à prevenção, ao cuidado e à correta informação da população acerca da atual situação daenfermidade no âmbito do município de Murici dos Portelas;8.2. que o Plano de Contingência para a infecção pelo Coronavírus do município contenha, como elementos mínimos a realidade e estruturasanitária disponível, estimando objetivamente a cronologia da implantação de cada uma das providências necessárias de modo que em talinstrumento esteja definido o fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de coronavírus;8.3. que se definam equipes de profissionais para as ações de vigilância e resposta (inclusive, equipes de campo, em especial, agentescomunitários de saúde e agente de combate a endemias);8.4. que se organizem providências que garantam estoques estratégicos de recursos materiais e EPI's, a saber: gorro, óculos de proteção ouprotetor facial, máscara, avental impermeável de mangas longas, luvas de procedimentos, para atender casos suspeitos (pag. 22, do protocolo demanejo clínico para o novo coronavírus e na pág. 14, do plano estadual de contingência para o enfrentamento da infecção humana pelocoronavírus 2019-NCOV do Estado do Piauí );8.5. que se operacionalize, torne disponível e se dê conhecimento ao público de canal de comunicação para atender dúvidas, reclamações eoutras manifestações, empregando, preferencialmente, a ouvidoria do SUS;8.6. que se ofereça material informativo (com orientações sobre as formas de transmissão, sintomas, profilaxia, fluxo de serviços de saúde -quando se deve buscar a UBS, hospital de referência ou outro serviço na região, etc.) no endereço de internet da Prefeitura Municipal e/ou daSecretaria Municipal de Saúde, ou por meio de rádio comunitária (e outras emissoras que a tanto possam aderir), panfletos em locais de grandeacesso de pessoas, divulgação na rede escolar, nas unidades de saúde, bem como por intermédio dos agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, sem prejuízo de outros meios que atendam à população como um todo;8.7. que, quando da divulgação de informações à comunidade, utilizar-se, obrigatoriamente, de dados oficiais, especialmente aqueles divulgadospela secretaria de estado da saúde;8.8. que se realize a capacitação de todos os profissionais atuantes na atenção básica, em especial agentes comunitários de saúde e de combatea endemias, para que atuem em face do coronavírus, buscando, para tanto, sempre que necessário, auxílio técnico das respectivas regionais desaúde;09. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO encaminhando a Nota Técnica Conjunta Nº01/2020/MPPI/CAOCRIM/CAODS ao Prefeito Municipal e Secretária deSaúde, para orientação e auxílio dos mesmos na expedição de atos administrativos;10. DETERMINAR que os destinatários devem encaminhar à Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes, pelo e-mail/WhatsApp todas asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o fiel cumprimento das recomendações e orientações;Afixe-se, por fim, cópia da presente Portaria no mural desta Promotoria de Justiça, para fins de publicidade do ato e amplo controle social.Buriti dos Lopes, 18 de março de 2020.BELª. FRANCINEIDE DE SOUSA SILVAPROMOTORA DE JUSTIÇA

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 06/2020EMENTA - Recomenda à DIVISA, através da Diretora da Vigilância Sanitária, que seja dado cumprimento às medidas adotadas peloEstado do Piauí, no Plano de Contingência para o enfrentamento da Infecção Humana pelo Coronavírus, no que concerne àsEstratégias a serem adotadas pela DIVISA para redução dos riscos de disseminação do Covid-19.CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de relevância pública, conforme previsto noartigo 197 da Constituição Federal;CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal dispõe que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que o ordenamento jurídico confere ao MINISTÉRIO PÚBLICO atribuição para promover o inquérito civil, a ação civil pública eoutras medidas cabíveis para a proteção de interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e coletivos, e para propor açãocivil coletiva para a defesa de interesses individuais homogêneos;CONSIDERANDO que é atribuição do Ministério Público promover as medidas necessárias para que o Poder Público, por meio dos serviços derelevância pública, respeite os direitos assegurados na Constituição Federal, como os direitos sociais à saúde e ao irrestrito acesso aatendimentos e tratamentos condizentes com o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana;CONSIDERANDO o disposto no artigo 129, inciso II, da mesma Carta Constitucional, que atribui ao Ministério Público a função institucional de"zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,promovendo as medidas necessárias a sua garantia";CONSIDERANDO que a Lei N° 8080/90, em seu artigo 2°, preconiza que " a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estadoprover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício".CONSIDERANDO que o inciso III, do artigo 5° da Lei N° 8080/90: a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção erecuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas;CONSIDERANDO que o artigo 7°, inciso II da Lei N° 8080/90, estabelece como diretriz do SUS a "integralidade de assistência, entendida comoconjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveisde complexidade do sistema";CONSIDERANDO o Procedimento Administrativo n° 04/2020 instaurado por esta Promotoria de Justiça, a fim de acompanhar as ações daSecretaria de Saúde do Estado do Piauí no combate e prevenção do Coronavirus;CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelonovo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - o mais alto nível de alerta da

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Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional, e em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pelaOMS como uma pandemia.CONSIDERANDO que é de conhecimento comum, amplamente difundido pela mídia nacional e internacional, que atualmente encontra-se emprogresso, em escala global, uma pandemia do vírus denominado coronavírus (2019-nCoV), tendo sido registrados, até o presente momento,mais de 370.000 (trezentos e setenta mil) casos confirmados da doença em todo o mundo, resultando em 16.231 mortes, até 24 de março de2020, vitimando em especial a população mais vulnerável do ponto de vista da saúde pública, qual seja, os cidadãos maiores de 60 anos eaqueles portadores de doenças crônicas pré-existentes.CONSIDERANDO que até o dia 24 de março de 2020, o Ministério da Saúde confirmou o total de 2.201 (seiscentos e vinte e um) casos decontaminação por COVID-19 no Brasil, bem como o total de 46 (quarenta e seis) mortes no país;CONSIDERANDO que a Secretaria de Saúde do Estado do Piauí divulgou no dia 24 de março de 2020, a existência de 08 (oito) casosconfirmados de contaminação por COVID-19 no Estado do Piauí, bem como a existência de 160 (cento e sessenta) casos suspeitos no Estado;CONSIDERANDO que a Lei 8.080/90 estabelece em seu artigo 6º, § 1º, I e II, que a vigilância sanitária consiste em um conjunto de ações capazde eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação debens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, serelacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços quese relacionam direta ou indiretamente com a saúde.CONSIDERANDO que a Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado do Piauí foi criada em junho de 2003, por meio da Lei Complementar n°28/2003, tendo como missão promover e proteger a saúde da população pelo controle sanitário dos serviços e da comercialização de produtosem todo o Estado;CONSIDERANDO que a Diretoria de Vigilância Sanitária é competente para planejar e executar as ações de vigilância sanitária no Estado;CONSIDERANDO o Plano Estadual de Contingência para o enfrentamento da Infecção Humana pelo Coronavírus (2019-nCoV) do Estado doPiauí, que estabelece dentre outras ações, estratégias a serem adotadas pela Diretoria de Vigilância Sanitária -DIVISA para redução dos riscosde contaminação do Covid-19;CONSIDERANDO que o Plano Estadual de Contingência para o enfrentamento da Infecção Humana pelo Coronavírus (2019-nCoV) do Estadodo Piauí, determinou que a DIVISA fosse responsável pela adoção das seguintes medidas: 1- Articular reuniões, em parceria com as VigilânciasSanitária (VISA's) Municipais, com o setor regulado (representantes do comercio varejista e atacadista, sindicato dos trabalhadores, clínicas,hospitais, drogarias, farmácias de manipulação, laboratórios, serviços de hotelaria e alimentação em geral, serviço de transporte rodoviário,escola de todos os níveis, entre outros), com o objetivo de orientar sobre as medidas preventivas em relação à redução do risco de contaminaçãodo Covid-19; 2- Apoiar as VISA's Municipais nas ações de sua competência, com orientações nos eventos de massa, inspeção conjunta, açõeseducativas e apoio técnico em geral; 3- Inspecionar os serviços de saúde de referência do estado do Piauí para atendimento dos casos suspeitose confirmados do Covid-19; 4- Orientar e acompanhar os trabalhadores de saúde quanto ao uso dos EPI´s; 5- Orientar os trabalhadores de todasas categorias sobre as medidas preventivas para a redução dos riscos de disseminação do Covid-19; 6- Confeccionar e disponibilizar parareprodução materiais de divulgação das medidas preventivas contra o Covid-19, como cartazes, folders, matérias jornalísticas no siteinstitucional, no facebook, entre outros; 7- Contribuir na elaboração de notas técnicas, normas, resoluções e emissões de portarias que o casorequer; 8- Participar de comissões e comitês institucionais relativos à redução da disseminação do Covid-19.CONSIDERANDO que o cenário do Estado do Piauí tende a se agravar, tendo em vista que o Sistema de Saúde do Estado conta comquantidades insuficientes de leitos, especialmente de Unidade de Tratamento Intensivo - UTI´s, sendo necessário que as atividades preventivassejam efetivadas e praticadas com afinco;CONSIDERANDO que o cumprimento do disposto no Plano de Contingência do Estado do Piauí, bem como das medidas preventivaspor ele estabelecidas, é essencial para o achatamento da curva de contaminação por Covid-19, evitando o colapso do Sistema deSaúde e a morte de milhares de brasileiros;CONSIDERANDO, ainda, o artigo 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal n.º 8.625, de 12 de fevereiro de 1993, que faculta ao MinistérioPúblico expedir Recomendação Administrativa aos órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, requisitando ao destinatário,adequado e imediato cumprimento do Plano Estadual de Contingência para o enfrentamento da Infecção Humana pelo Coronavírus (2019-nCoV)do Estado do Piauí;O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça em exercício na 12ª Promotoria de Justiça,RESOLVE:Expedir a presente RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA à Diretora da Vigilância Sanitária, Sra. Tatiana Chaves, para que dêcumprimento às medidas adotadas pelo Estado do Piauí, no Plano de Contingência para o enfrentamento da Infecção Humana peloCoronavírus, no que concerne às Estratégias a serem adotadas pela DIVISA para redução dos riscos de disseminação do Covid-19,com comprovação a esta Promotoria de Justiça das ações já desenvolvidas e programação das que ainda não foram executadas,notadamente:1- Articular reuniões, em parceria com as Vigilâncias Sanitária (VISA's) Municipais, com o setor regulado (representantes do comerciovarejista e atacadista, sindicato dos trabalhadores, clínicas, hospitais, drogarias, farmácias de manipulação, laboratórios, serviços dehotelaria e alimentação em geral, serviço de transporte rodoviário, escola de todos os níveis, entre outros), com o objetivo de orientarsobre as medidas preventivas em relação à redução do risco de contaminação do Covid-19;2- Apoiar as VISA's Municipais nas ações de sua competência, com orientações nos eventos de massa, inspeção conjunta, açõeseducativas e apoio técnico em geral;3- Inspecionar os serviços de saúde de referência do estado do Piauí para atendimento dos casos suspeitos e confirmados do Covid-19;4- Orientar e acompanhar os trabalhadores de saúde quanto ao uso dos EPI´s;5- Orientar os trabalhadores de todas as categorias sobre as medidas preventivas para a redução dos riscos de disseminação doCovid-19;6- Confeccionar e disponibilizar para reprodução materiais de divulgação das medidas preventivas contra o Covid-19, como cartazes,folders, matérias jornalísticas no site institucional, no facebook, entre outros;7- Contribuir na elaboração de notas técnicas, normas, resoluções e emissões de portarias que o caso requer;8- Participar de comissões e comitês institucionais relativos à redução da disseminação do Covid-19;Fica o destinatário da Recomendação advertido dos seguintes efeitos dela advindos:a) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do recomendado;b) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;c) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Outrossim, dá-se o prazo de 3 (três) dias, a contar do recebimento desta, para que o destinatário se manifeste acerca do acolhimento da presenteRecomendação, informando a esta Promotoria de Justiça, comprovadamente, quais as providências encetadas para seu cumprimento.Comunique-se ao Conselho Estadual de Saúde.Publique-se, registre-se e notifique-se.Teresina (PI), 25 de março de 2.020.ENY MARCOS VIEIRA PONTES

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2.5. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ITAINÓPOLIS-PI10964

Promotor de Justiça - 12ª PJ

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA n. 08/2020(Referente ao PA n. 05/2020 - SIMP 000174-267/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da Promotoria de Justiça de Itainópolis-PI, com fundamento no art. 27, parágrafoúnico, inciso IV, da Lei n° 8.625, de 12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da LeiComplementar n° 12, de 18.12.93 (Lei Orgânica Estadual), e ainda,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do artigo 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que a Promotoria de Justiça de Itainópolis-PI, instaurou o Procedimento Administrativo nº 05/2020 - SIMP 000174-267/2020,com o objetivo de acompanhar o surgimento e propagação do COVID-19 no município de Isaías Coelho-PI;CONSIDERANDO que no último dia 30 de janeiro, a Organização Mundial de Saúde - OMS declarou Emergência de Saúde Pública deImportância Internacional - ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo novo coronavírus, especialmente no território chinês;CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de fevereiro de2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO que, até o dia 24 de março de 2020, o Brasil havia registrado 46 (quarenta e seis) mortes decorrentes da propagação doCOVID-19, conforme dados oficiais do Ministério de Saúde;CONSIDERANDO que, no Estado do Piauí, até a mesma data, foram registrados 8 (oito) casos confirmados e 160 (cento e sessenta) suspeitos,todos com a potencial letalidade inerente a essa doença;CONSIDERANDO que, consoante fartas evidências científicas, mesmo após a morte da pessoa contaminada pelo vírus transmissor do COVID-19, o seu cadáver e os tecidos e fluidos retirados têm potencial para continuar transmitindo a doença àqueles que manuseiam ou se aproximamdo corpo;CONSIDERANDO que, a partir dessa constatação, recentes manifestações de órgãos sanitários, como a Nota Técnica COES MINAS COVID-19Nº 3 - 20/03/2020, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, e o Informe Técnico 55/2020, da Secretaria Municipal de Saúde de SãoPaulo, têm orientado os profissionais de assistência à morte, como médicos legistas, técnicos de autópsia e trabalhadores funerários sobre astécnicas corretas de manuseio dos cadáveres;CONSIDERANDO que, a exemplo de revelar a necessidade de observância desses cuidados, no âmbito normativo, foi editado pelo Governadordo Estado de São Paulo o Decreto nº 64.880, do último dia 20 de março, o qual determinou que a Secretaria da Saúde e a Secretaria daSegurança Pública deverão, em seus respectivos âmbitos, em especial no Instituto de Medicina Legal e nos Serviços de Verificação de Óbitos,adotar as providências necessárias para que as atividades de manejo de corpos e necrópsias no contexto de pandemia do COVID-19 nãoconstituam ameaça à incolumidade física das equipes de saúde, nem aumentem o risco de contágio;CONSIDERANDO que a adoção de medidas preventivas à contaminação por doença de propagação coletiva deve ser exigida pelo PoderPúblico, que, nos termos do art. 216, deve garantir o direito à saúde de todos "mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que, por sua vez, as instituições privadas, especialmente hospitais e funerárias, possuem o dever de garantir a observância detodas as medidas profiláticas para conter a propagação do COVID-19, visando a assegurar o gozo do direito à saúde pela coletividade;CONSIDERANDO que, em face disso, para além das medidas que propõem, na esteira da recente Lei Federal nº 13.979/2020, isolamento equarentena dos possíveis infectados, é oportuno e necessário que se exija de toda a cadeia de serviços e empreendimentos que manuseiam oscorpos das vítimas fatais dessa grave doença a observância de cuidados sanitários que minimizem as chances de contaminação de terceiros,notadamente os profissionais da área de saúde e familiares do falecido;CONSIDERANDO que, além disso, há técnicas de prevenção à contaminação do meio ambiente (em especial o solo e o lençol freático), quedevem ser obedecidas quando do descarte de tecidos e líquidos corpóreos nos casos mencionados;CONSIDERANDO que essas proposições técnico-normativas, que objetivam salvaguardar o direito à saúde e ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, estão corporificadas na Resolução CONAMA nº 358/2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dosserviços de saúde e dá outras providências;CONSIDERANDO que a Resolução CONAMA nº 358/2005 não se aplica somente a clínicas e hospitais, mas, de acordo com o seu art. 1º, a"todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos decampo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento(tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensinoe pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores eprodutores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços detatuagem, entre outros similares".CONSIDERANDO que o art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, autoriza o Promotor de Justiça expedirrecomendações aos órgãos e entidades públicos, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata; assim como resposta porescrito;R E S O L V ERECOMENDAR aos hospitais e empreendimentos de serviços funerários em que se verifique o manuseio de corpos de vítimas do COVID-19 eresíduos de saúde decorrentes do tratamento de pacientes infectados localizados no município de Isaías Coelho-PI, para que adotem osseguintes cuidados:a) medidas a serem observadas durante os procedimentos de autópsia e preparação de corpos:O número de funcionários presentes ao executar esses procedimentos deve ser restringido ao mínimo necessário.Higienizar as mãos antes e após o preparo do corpo, com água e sabão.Os EPIs para os profissionais que realizam a autopsia incluem: luvas cirúrgicas duplas interpostas com uma camada de luvas de malha sintéticaà prova de corte, macacão usado sob um avental ou avental impermeável, óculos ou escudo facial, capas de sapatos ou botas impermeáveis emáscaras N95.Os EPIs devem ser removidos antes de sair do conjunto de autópsia e descartados apropriadamente, como resíduos infectantes.Resíduos perfurocortantes devem ser descartados em recipientes rígidos, à prova de perfuração e vazamento, e com o símbolo de resíduoinfectante.Após remoção dos EPI, sempre proceder à higienização das mãos.Artigos não descartáveis deverão ser encaminhados para limpeza e desinfecção/esterilização, consoante rotina do serviço, e em conformidadecom a normatização.Câmeras, telefones, computadores e outros itens que ficam na sala de necropsia, ou preferencialmente na antessala, se possível, devem sertratados como artigos contaminados e devem ser limpos e desinfetados conforme recomendação do fabricante.Para os demais trabalhadores que manipulam corpos humanos são recomendados os seguintes EPI: luvas não estéreis e nitrílicas ao manusearmateriais potencialmente infecciosos.

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2.6. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE URUÇUÍ-PI10965

Se houver risco de cortes, perfurações ou outros ferimentos na pele, usar luvas resistentes sob as luvas de nitrila, avental limpo, de mangascompridas, resistente a líquidos ou impermeável, para proteger a roupa, protetor facial de plástico ou uma máscara cirúrgica e óculos paraproteger o rosto, olhos, nariz e boca de fluidos corporais potencialmente infecciosos, que possam respingar durante os procedimentos.Garantir às salas de autopsia sistemas de tratamento de ar adequados. Isso inclui sistemas que mantêm pressão negativa em relação às áreasadjacentes e que fornecem um mínimo de 6 trocas de ar (estruturas existentes) ou 12 trocas de ar (nova construção ou reforma) por hora.O ar ambiente deve sair diretamente para o exterior ou passar por um filtro HEPA, se for recirculado. Além disso, o ar dos sistemas de exaustãoao redor da mesa de autopsia, deve ser dirigido para baixo e para longe dos trabalhadores que realizam os procedimentos de autópsia.Os procedimentos geradores de aerossóis devem ser restringidos ao mínimo necessário.Sempre que possível, devem ser utilizadas cabines de biossegurança para o manuseio e exame de amostras.Os sistemas de tratamento de ar devem permanecer ligados enquanto é realizada a limpeza do local.Evitar utilizar serra óssea oscilante. Se necessário, conectar uma "cobertura" a vácuo para conter aerossóis. Utilize tesouras manuais.Realizar limpeza das superfícies com água e detergente e proceder à desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% (pisos e paredes) ou álcool a70% (bancadas, mesas, maca). Quando a limpeza estiver concluída e o EPI tiver sido removido, higienize as mãos imediatamente.O serviço de saúde que encaminhar o corpo deverá comunicar ao agente funerário das medidas de precaução.b) medidas a serem observadas no descarte de resíduos de saúde decorrentes do manuseio de infectados e vítimas fatais:Acondicionar os resíduos de serviços de saúde devem ser acondicionados atendendo às exigências legais referentes ao meio ambiente, à saúdee à limpeza urbana, e às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou, na sua ausência, às normas e critériosinternacionalmente aceitos.Garantir que os veículos utilizados para coleta e transporte externo dos resíduos de serviços de saúde devem atender às exigências legais e àsnormas da ABNT.Somente transferir os resíduos de serviços de saúde para estações e sistemas de tratamento e disposição final licenciadas pelo órgão ambientalcompetente.Atender às diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes para fins delançamento na rede pública de esgoto ou em corpo receptor de efluentes líquidos provenientes dos estabelecimentos prestadores de serviços desaúde.Promover a segregação dos resíduos na fonte e no momento da geração, de acordo com suas características, conforme classificação definidapela Resolução CONAMA nº 358/2005, para fins de redução do volume dos resíduos a serem tratados e dispostos, garantindo a proteção dasaúde e do meio ambiente.Quanto aos resíduos do Grupo A1, constantes do anexo I da Resolução CONAMA nº 358/2005, submetê-los a processos de tratamento emequipamento que promova redução de carga microbiana compatível com nível III de inativação microbiana e devem ser encaminhados paraaterro sanitário licenciado ou local devidamente licenciado para disposição final de resíduos dos serviços de saúde.c) medidas a serem observadas para o transporte de corpos:O transporte do cadáver deve ser feito conforme procedimentos de rotina, com utilização de revestimentos impermeáveis para impedir ovazamento de líquido.O carro funerário deve ser submetido à limpeza e desinfecção de rotina após o transporte do cadáver.Transportar o corpo somente após as amostras terem sido coletadas e o corpo ter sido ensacado.O transporte do corpo deve ser feito de saco impermeável, selado e identificado.Desinfetar a parte externa do saco plástico com desinfetante hospitalar registrado na ANVISA, aplicado conforme as recomendações dofabricante.Usar luvas descartáveis nitrílicas ao manusear o saco plástico para o corpo.d) medidas a serem observadas durante os velórios e sepultamento:Evitar o contato físico com o corpo, pois o vírus permanece viável em fluidos corpóreos, e também em superfícies ambientais.Evitar a presença de pessoas sintomáticas respiratórias; se porventura é imprescindível que venham ao funeral precisam usar máscara cirúrgicacomum, e permanecer no local o menor tempo possível.Evitar apertos de mão e outros tipos de contato físico entre os participantes do funeral.Enfatizar a necessidade de higienização das mãos.Disponibilizar água e papel toalha e álcool gel para higienização das mãos.Manter limpas as instalações sanitárias e demais ambientes.Deve ser evitada a presença de alimentos nas dependências de realização do funeral.Manter a urna fechada com visor quando possível ou mantê-la fechada, INCLUSIVE, na despedida final, evitando tocar ou beijar o corpo.Para sepultamento em outro município que não o local onde ocorreu o óbito, manter a urna lacrada desde o transporte.O embalsamamento não é recomendado, a menos que haja controles apropriados para gerenciar os procedimentos de geração de aerossóis.SOLICITAR que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Encaminhe-se a RECOMENDAÇÃO à Secretaria-Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no Diário Eletrônico doMinistério Público.Cumpra-se.Itainópolis-PI, 25 de março de 2020.ROMANA LEITE VIEIRAPromotora de Justiça

PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE INQUÉRITO CIVIL34/2020Portaria nº. 44/2020Assunto: apurar a negligência da EQUATORIAL ENERGIA na troca dos transformadores de energia das Unidades Básicas de Saúde: DionísioGomes, Oziel Simplício, São Francisco, Bela Vista, José Willian e Getúlio Leitão.O Representante do Ministério Público do Estado do Piauí, com exercício nesta Promotoria de Justiça, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo art. 129 da Constituição Federal, pelo art. 25 da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, pelo Art. 2º, §4º, da Resolução 23,do Conselho Nacional do Ministério Público, bem como pela Lei 7.347/95 eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO ter chegado ao conhecimento desta Promotoria de Justiça, através da Secretaria Municipal de Saúde, informando acerca daconstante oscilação de energia nas Unidades Básicas de Saúde do Município, que consequentemente prejudicam os atendimentos, aconservação das vacinas, bem como o uso do ponto eletrônico e de outros equipamentos;CONSIDERANDO que há no procedimento parecer técnico, visando apresentar cronograma de instalação de analisadores de tensão nostransformadores das UBS do Município, para verificar se há necessidade de substituição ou divisão de área dos referidos transformadores;CONSIDERANDO que a Secretária Municipal de Saúde informou que a vistoria foi realizada sem acompanhamento, e que não fora repassada

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nenhuma informação técnica ou escrita acerca da vistoria;CONSIDERANDO que tramita nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato nº 114/2019, visando apurar a necessidade da troca dostransformadores de energia das Unidades Básicas de Saúde, Dionísio Gomes, Oziel Simplício, São Francisco, Bela Vista, José Willian e GetúlioLeitão, porém esta se mostra ser o procedimento inadequado para apurar a situação, além de ter o prazo de tramitação expirado, conforme o art.3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público;CONSIDERANDO que as diligências realizadas até o momento não foram suficientes para a conclusão do feito e que há necessidade de apurar,de forma mais aprofundada a questão, para promover a regularização da prestação do serviço de fornecimento de energia elétrica para os órgãosque prestam atendimento no essencial serviço de saúde pública;RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato nº 114/2019 em PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE INQUÉRITO CIVIL nº 34/2020, para apurar anegligência da EQUATORIAL ENERGIA na troca dos transformadores de energia das Unidades Básicas de Saúde: Dionísio Gomes,Oziel Simplício, São Francisco, Bela Vista, José Willian e Getúlio Leitão.Nomeio para secretariar o procedimento o técnico ministerial João Henrique Alves da Silva;DETERMINO desde logo:1) Registrar o procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público do Piauí,para conhecimento, conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado doPiauí, e para fins de publicação no Diário de Justiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;3) Dando continuidade as diligências, REQUISITO à Equatorial Energia, que informe no prazo de 10 (dez) dias, o que fora constatado na vistoriarealizada nas Unidades Básicas de Saúde: Dionísio Gomes, Oziel Simplício, São Francisco, Bela Vista, José Willian e Getúlio Leitão, apósutilizaram os analisadores de tensão nos transformadores, bem como, quais as medidas a serem implementadas para a melhoria do fornecimentode energia às UBS, e em que prazo tais medidas serão realizadas, encaminhando documentos comprobatórios;4) À Secretaria desta Promotoria de Justiça que, caso não haja resposta no prazo estipulado, determino, desde já, que reitere-se o ofício por umavez, ressaltando que deixar de atender à requisições do Ministério Público configura crime punido com reclusão de um à três anos, nos termos doart. 10 da Lei 7.347/85; e após resposta ou novamente escoado o prazo, fazer conclusão;CUMPRA-SE, SERVINDO ESTE DE REQUISIÇÃO formulada pelo Ministério Público, com o devido encaminhamento ao destinatário e registrode praxe.Uruçuí, 11 de fevereiro de 2020.Edgar dos Santos Bandeira FilhoPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO13/2020Portaria nº. 53/2020Finalidade: acompanhar a oferta de curso de ensino médio aos alunos das comunidades Baixa Funda, Estivona, Buriti Partido, Barra da Bacaba eSucuruju.O Representante do Ministério Público do Estado do Piauí, com exercício nesta Promotoria de Justiça, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo art. 129 da Constituição Federal, pelo art. 25 da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, pelo art. 201, inciso VI da Lei8.069/90 e pelo Art. 8º, III da Resolução nº 174/2017 do CNMP eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que chegou ao conhecimento desta Promotoria de Justiça, que há alunos na Zona Rural de Uruçuí (Baixa Funda, Estivona,Buriti Partido, Barra da Bacaba e Sucuruju) que estavam prestes a ingressar no ensino médio, mas que por conta da distância, os alunosprecisariam mudar-se para Uruçuí para dar continuidade ao curso, no entanto, a maioria não tem recursos para isso;CONSIDERANDO a informação que a Unidade Escolar Santo Antônio em Baixa Funda, dispõe de sala pronta para receber os alunos do ensinomédio, caso seja implantado o CANAL EDUCAÇÃO;CONSIDERANDO que o CANAL EDUCAÇÃO é um programa estadual que leva o ensino médio para a zona rual, implantado em parceria entreredes de ensino estadual e municipal, que, inclusive, já funciona nas comunidades Flores e Santa Teresa, ambas localizadas na zona rural deUruçuí-PI;CONSIDERANDO que segundo informações contidas nos autos, para implantação do CANAL da EDUCAÇÃO, faz-se necessária uma demandamínima de vinte alunos, sendo atendidas pelo Município as seguintes condições: Local seguro e bem estruturado para instalação doequipamento; mediador; transporte disponível para levar os alunos e monitor; alimentação, bem como apoio pedagógico, a escola entraria na listade espera, para que o Estado adquira o equipamento necessário e o sinal de satélite para instalação;CONSIDERANDO que conforme informações da Secretaria Municipal de Educação, a entidade responsável pelo Ensino Médio no Município deUruçuí é a Secretaria Estadual de Educação, aqui representada pela 11ª Gerência Regional de Educação, não tendo conhecimento se quaislocalidades realizaram o pedido junto a 11ª GRE;CONSIDERANDO a necessidade de conversão deste procedimento, uma vez que a Notícia de Fato não se mostra como instrumento adequadopara apurar os fatos narrados;RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato nº 206/2019 em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO nº 13/2020, para apurar oferta de curso de ensinomédio aos alunos das comunidades Baixa Funda, Estivona, Buriti Partido, Barra da Bacaba e Sucuruju.Nomeio para secretariar o procedimento o técnico ministerial João Henrique Alves da Silva;DETERMINO desde logo:1) Registrar o procedimento e alterar o objeto no sistema SIMP;2) Remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude do Ministério Público doPiauí, para conhecimento, conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça doEstado do Piauí, e para fins de publicação no Diário de Justiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nosautos;3) Dando continuidade às diligências, REQUISITO:a. À 11ª Gerência Regional de Educação, que informe se há requerimento das localidades Baixa Funda, Estivona, Buriti Partido, Barra da Bacabae Sucuruju, para que seja implementado o Canal Educação, e em caso positivo, que informe o cronograma de execução, no prazo de 10 (dez)dias;b. À Secretaria Municipal de Educação, que informe se foram adotadas medidas para viabilizar o acesso ao Ensino Médio aos alunos daComunidade Baixa Grande e região (Estivona, Buriti Partido, Barra da Bacaba e Sucuruju), por meio de transporte escolar, no prazo de 10 (dez)dias;4) À Secretaria desta Promotoria de Justiça que, caso não haja resposta no prazo estipulado, determino, desde já, que se reitere a notificação poruma vez e após resposta ou novamente escoado o prazo, fazer conclusão;CUMPRA-SE, SERVINDO ESTE DE REQUISIÇÃO formulada pelo Ministério Público com o devido encaminhamento ao destinatário e registro depraxe.

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2.7. 3 PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI10968

2.8. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI10969

Uruçuí, 03 de março de 2020.Edgar dos Santos Bandeira FilhoPromotor de Justiça

INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO 16/2018SIMP 000002-063/2018DECISÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de Inquérito Civil Público instaurado para apurar a notícia de criação de 400 (quatrocentos) cargos comissionados pelo Município deCampo Maior, por meio da Lei Complementar nº 002/2017, em desacordo com o que estabelece o art. 169 da CRFB/88 e os arts. 15 e 16 daLRF, pois sem realização de prévia estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor a lei e nos doissubsequentes, bem como declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a leiorçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.Solicitadas informações e documentos ao Município de Campo Maior, por seu Prefeito Municipal, bem como à Câmara Municipal de Vereadores,por seu Vereador Presidente e Presidente CCJOF, nada foi apresentado, conforme certidão vista à fl. 109 dos autos.Requisitas as informações e documentos anteriormente solicitados, do mesmo modo não houve qualquer manifestação, mantendo-se inertes.Foram juntadas cópias dos TACs nº 45/2018, nº 46/2018 e nº 26/2019.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, salutar frisar que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força deindícios, ilações fáticas decorrentes de exercício de probabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior de toda e qualquer investigação abusca de informações que possam ser utilizados como elementos probatórios lícitos na confirmação ou não daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa, impondo-se seu estancamento.Inegável que a criação de qualquer cargo público prescinde de atenção aos ditames da LRF, exigência normativa que, em tese, restouinobservada pelo Município de Campo Maior ao editar a Lei Complementar nº 002/2017, pois não assegurou ajuste orçamentário e financeiro àsdespesas decorrentes da criação de cargos efetivada.Não obstante, foram celebrados os TACs nº 45/2018 e nº 46/2018, nos quais os Vereadores do Município de Campo Maior, bem como o PrefeitoMunicipal, comprometeram-se a, dentre outras, intensificar o controle orçamentário e financeiro legislativo junto aos projetos de leis de qualquernatureza, a fim de observar os arts. 165 e 167 da CRFB/88, bem como arts. 15 e 16 da LRF.Ainda, em pesquisa no Diário dos Municípios, verificou-se publicação do Relatório de Gestão Fiscal - RGF do Município de Campo Maiorreferente ao primeiro semestre de 2019, no qual consta a informação de estar a despesa total com pessoal do Município no patamar de 51%(cinquenta e um por cento) da receita corrente líquida, abaixo do limite prudencial e limite máximo determinado por lei.Apregoa o art. 1º, da Resolução CNMP n.º 179/2017:Art. 1º O compromisso de ajustamento de conduta é instrumento de garantia dos direitos e interesses difusos e coletivos, individuais homogêneose outros direitos de cuja defesa está incumbido o Ministério Público, com natureza de negócio jurídico que tem por finalidade a adequação daconduta às exigências legais e constitucionais, com eficácia de título executivo extrajudicial a partir da celebração.Assim, lograda solução adequada para a problemática, esvazia-se a utilidade da presente investigação, merecendo a solução logradahomologação pelo E. CSMP/PI, conforme apregoa o art. 6º, daquela resolução nacional.Desse modo, pelos motivos expostos, determino o ARQUIVAMENTO do feito, por falta de justa causa para o seu prosseguimento, sem prejuízode seu desarquivamento, surgindo novos elementos palpáveis de prova, ou a instauração de novo Inquérito Civil, sem prejuízo das provas jácolhidas, nos termos do art. 12, da Resolução CNMP nº 23/2007.Publique-se esta decisão no Diário do MP-PI.Remessa necessária do feito ao E. CSMP/PI para controle finalístico. Após, arquive-se com as baixas e registros necessários.Cumpra-se.Campo Maior/PI25 de março de 2020MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 01/2018SIMP 000068-63/2018DECISÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de Procedimento Administrativo instaurado com o objetivo de acompanhar a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico deSigefredo Pacheco/PI, no âmbito do Convênio nº 02/2015, firmado entre a Funasa e a Secretaria das Cidades do Estado do Piauí.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Solicitadas informações, o Município de Sigefredo Pacheco informou que convocou conferência para o dia 03 de outubro de 2019, conformeexigido pela SECID/PI, para finalizar o processo de elaboração do PMSB.A SECID informou que o Município de Sigefredo Pacheco concluiu todos os produtos de elaboração do PMSB, tendo sido realizada aConferencia Final no dia 03 de outubro de 2019, onde foi aprovada todos os termos do PMSB pela população.Por sua vez, a FUNASA encaminhou o produto final do PMSB de Sigefredo Pacheco, elaborado pelo Município, ressaltando que não possuiconhecimento se o município aprovou junto à Câmara de Vereadores a Política Municipal de Saneamento Básico, pois o compromisso da Funasaé até a elaboração da minuta do Projeto de Lei e a realização do Conferência Pública do Plano Municipal de Saneamento Básico.Realizada pesquisa no DOM, verificou-se a publicação da Lei Municipal nº 061/2019 que estabelece a Política Municipal de Saneamento Básicodo Município de Sigefredo Pacheco, publicada em 07 de novembro de 2019.Conforme o exposto, restou alcançado o fim do Convênio nº 02/2015, haja vista a elaboração e publicação de lei regulamentando o PlanoMunicipal de Saneamento Básico de Sigefredo Pacheco.Assim, pelos motivos expostos, determino o ARQUIVAMENTO do feito por falta de justa causa para o seu prosseguimento,Publique-se em DOEMP.Comunique-se ao E. CSMP e ao CAOMA via Athenas.Após, arquive-se o feito em promotoria, com as baixas e registros necessários, conforme art. 12 da Resolução CNMP nº 174/2017.Cumpra-se.Campo Maior/PI, 25 de março de 2020MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de Justiça

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PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 03/2020NOTÍCIA DE FATO Nº 001001-060/2019ASSUNTO: EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLARRECLAMANTE: RIZOLETA ALVES DA SILVARECLAMADA: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MAIORDECISÃO DE ARQUIVAMENTOA Notícia de Fato epigrafada foi instaurada no dia 2.09.2019 ( fl. 12) com base no teor do Termo de Declaração prestado no dia 26/08/2019, pelaSra. Rizoleta Alves da Silva, noticiando que : a) seu filho Carlos Eduardo da Silva, 10 (dez) anos, é portador de autismo moderado; b) o infanteestá matriculado no Colégio CAIC de Campo Maior; c) fica cerca de 15 (quinze) dias antes das férias sem o acompanhamento de auxiliar; d) acriança vai à escola, mas não lhe é passada nenhuma atividade; e) sua última atividade foi realizada em 28/06/2019; f) as aulas só terminaramem 15/07/2019; g) desde o retorno das aulas no dia 12/08/2019 até a data de sua declaração o infante encontra-se sem auxiliar e sem arealização de atividades. g) Carlos Eduardo fica deitado dentro da sala de aula; h) foi informada pelos terapeutas que o infante está regredindo,que o apoio da escola é de extrema importância para o desenvolvimento do autista. (fls. 04/05).Inicialmente foram determinadas as seguintes medidas: I) ofício no dia 11.09.2019 à Secretária Municipal de Educação de Campo Maior, paraprestar esclarecimentos acerca dos fatos noticiados pela reclamante (fls. 15 e 17); II) ofício no dia 11.09.2019 à Diretora da Unidade EscolarCAIC, para prestar esclarecimentos acerca dos fatos noticiados pela reclamante (fls. 16 e 18).O Centro Integrado de Educação Especial elaborou Relatório Multiprofissional sobre a situação do menor, Carlos Eduardo da Silva (DN.20/04/2009),filho de Rizoleta Alves da Silva, relatando que: "Carlos Eduardo atualmente com 10 anos e 5 meses. É atendido neste Centro desdesetembro 2016, nos setores de Psicologia, Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Nutrição, Psiquiatria Infantil, Neurologia Infantil, Odontologia, Ed.Física, Informática, Música, Brinquedoteca e Atendimento Educacional Especializado(AEE), nas terças e quintas-feiras o turno tarde. Éacompanhado pela mãe, apresentando algumas faltas aos atendimentos, por questão de doença. Tem boa empatia com os profissionais queatendem e bom comportamento. Segundo laudo neurológico possui TEA (Autismo) CID 10- F 84. Nos aspectos cognitivos o aprendentereconhece as cores, letras e números. Iniciou o processo e escrita de seu nome, escreve palavras simples. Demonstra interesse pelas atividadespedagógicas. Embora Carlos Eduardo verbalize pouco, através de avaliações processuais, observa-se que o mesmo já lê pequenas palavras eencontra-se no nível silábico alfabético. Monta quebra- cabeça, jogo que está começano a dominar. Ainda não domina os conceitos matemáticossimples. NO tocante aos aspectos psicomotores, reconhece todo o esquema corporal. O movimento de pinça, importante para a escrita, estrá emdesenvolvimento. Ainda está em processo de domínio dos conceitos espaciais e de lateralidade. Iniciou-se o período letivo com tranquilidade.Após certo tempo, o aluno começou a apresentar comportamentos estereotipados, com muitas ecolalias vocálicas, gritos, batidas no peito ebarriga, não aceitando sentar-se para realizar as atividades propostas. Carlos Eduardo é inteligente e capaz de aprender novos conteúdos edesenvolver novas habilidades, para tanto é necessário ser estimulado nos processos mentais da atenção, percepção, concentração, memória,linguagem e pensamento, para seu melhor desenvolvimento global. O CIES coloca-se à disposição para ajudar no que for possível nessa missãotão importante que é a inclusão dos alunos com necessidades especiais. ENCAMINHAMENTOS para Carlos Eduardo continuar evoluindogradativamente, deverá frequentar a escola comum regularmente, com a presença de um acompanhante pedagógico específico, participar doAEE no contra turno e receber os atendimentos terapêuticos descritos acima." (fls. 20/21).Considerando o prazo expirado para apreciação da Notícia de Fato nº 001073-060/2019, instaurada no dia 02.09.2019 (fl. 12), o MinistérioPúblico Estadual, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior resolveu no dia 08/01/2020 autuar a Notíciade Fato nº 001001-060/2019 tornando-a Procedimento Administrativo sob n° 03/2020, através da PORTARIA Nº 03/2020, à luz do art. 7º daResolução nº 174/2017 do CNMP, (fls. 02/03).Em cumprimento ao que foi determinado na referida Portaria, expediu-se : I) ofício no dia 18.11.2019 à Secretária Municipal de Educação deCampo Maior/PI, solicitando esclarecimentos acerca dos fatos reportados pela reclamante, tendo em vista o equívoco da Sra. Secretária emresposta anterior (fls. 42 e 48); II) ofício no dia 18.11.2019 à Diretora da Unidade Escolar CAIC de Campo Maior/PI, solicitando informações sobreos fatos noticiados (fls. 43 e 45).A Sra. RIZOLETA ALVES DA SILVA compareceu na Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior no dia 02.02.2020, onde declarou: " Quea declarante informa que conseguiu realizar a matrícula de seu filho na Escola Municipal Vida Verde e que lá possui o acompanhamentonecessário para o aprendizado." ( fl. 52).É um sucinto relatório. Passo a decidir.Considerando o teor da manifestação da Sra. RIZOLETA ALVES DA SILVA segundo a qual já matriculou seu filho na Escola Municipal VidaVerde e que lá possui o companhamento adequado.Considerando que não há necessidade de que nenhuma outra medida seja observada pelo Ministério Público, ressaltando que eventual fato novoque necessite da pronta intervenção do Ministério poderá ser apurado mediante novel Notícia de Fato e/ou Procedimento Administrativo.O Ministério Público Estadual, via Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior RESOLVE: PROMOVER OARQUIVAMENTO do presente Procedimento Administrativo nº 03/2020, nesta 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior, com base no art. 13,caput, c/c art. 8º, III ambos da Resolução nº 174, 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.Comunique-se o reclamante, através de ofício, com a informação de que desta decisão cabe recurso ao CSMP-PI, no prazo de (10) dez dias,devendo a comunicação ser encaminhada pelos Correios, com aviso de recebimento que deverá ser acostado aos autos, nos termos do art. 13,caput e §§ 1º e 3º da Resolução nº 174/2017, de 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.Comunique-se ao Egrégio Conselho Superior do Ministério Público sobre esta decisão de arquivamento dos presentes autos, em atendimento aoOfício Circular nº 004/2017 - CGMP/PI, de 17/01/2017.Cumpra-se. Após, proceda-se à baixa no respectivo livro e no SIMP, observando as cautelas de praxe.Campo Maior (PI), 16 de março de 2020.CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 04/2020NOTÍCIA DE FATO Nº 001073-060/2019ASSUNTO: TRANSFERÊNCIA DO BENEFÍCIO BOLSA FAMÍLIATERMO DE ARQUIVAMENTOA Notícia de Fato epigrafada foi instaurada no dia 20.09.2019 (fl. 12), com base I) no Termo de Declaração prestado no dia 18.09.2019 pela Sra.MARIA AMÉLIA DO NASCIMENTO OLIVEIRA, informando que deseja a transferência do Benefício Bolsa Família do nome de sua filha THALITACRISTINE DO NASCIMENTO OLIVEIRA; que cuida de 5 (cinco) filhos de Talita Cristine; que seu filho TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA (26anos) cuida de um filho de Talita Cristine; Que Talita Cristine não possui nenhuma relação com seus filhos nem lhes presta nenhuma assistência(fls. 04 a 11); II) no comunicado do Conselho Tutelar protocolado no dia 11.09.2019, intitulado "SOLICITAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE BOLSAFAMÍLIA", requerendo a intervenção do Ministério Público , no sentido de retirar o Benefício Bolsa Família do nome da Sra., TALITA CRISTINEDO NASCIMENTO OLIVEIRA - mãe de seis crianças, cinco das quais vivem com a avó materna - dona MARIA AMÉLIA DO NASCIMENTOOLIVEIRA, e uma vive com o tio - TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA (26 anos). Consta no referido comunicado que a mãe dos infantes énegligente e tem uma grande folha corrida no Conselho, e que a mesma tem usado o dinheiro do aludido benefício em proveito próprio sem daraos filhos a devida atenção, inclusive notícias que o dinheiro é usado em bebedeira além de outros usos indevidos. O Conselho Tutelar indicou onome do tio - TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA (trabalhador rural) para receber o mencionado benefício (fl. 09)..Como providência preliminar, expediu-se ofício no dia 01.10.2019 à Presidente do Conselho Tutelar de Campo Maior, para tratar se manifestar

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sobre as declarações da reclamante e apresentar relatório circunstanciado acerca da situação vivenciada pelas crianças em lume (fls. 14 e 16).O Conselho Tutelar acrescentou ao comunicado anterior que foi realizada visita domiciliar onde constataram que as crianças estão bem e sobreos cuidados da avó materna - dona MARIA AMÉLIA DO NASCIMENTO OLIVEIRA e do tio materno - TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA,conforme RELATÓRIO protocolado no dia 11.10.2019 (fl. 18).Considerando que a Notícia de Fato epigrafada foi instaurada no dia 20/09/2019 (fl. 13), foi prorrogado o prazo da Notícia de Fato em tela no dia16/10/2019, por mais 90 (noventa) dias, uma vez que transcorreu o prazo legal sem a respectiva conclusão e tendo em vista a necessidade decolher informações preliminares imprescindíveis para deliberar sobre a instauração do procedimento próprio, com fundamento no art. 3º, caput,da Resolução nº 174/2017, do Conselho Superior do Ministério Público/CNMP, conforme DESPACHO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZOacostado aos autos, quando foi determinada a expedição de notificações de comparecimento para a Sra. THALITA CRISTINE DO NASCIMENTOOLIVEIRA e para o Sr. TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA, para tratar de assunto de interesse da justiça e sobre o caso em tela (fl. 21).O Sr. TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA compareceu na Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior no dia 23.10.2019, onde declarouem síntese, que a Sra. THALITA CRISTINE DO NASCIMENTO OLIVEIRA não estava repassando os valores devidos ao declarante e a sua mãe,os quais têm a guarda provisórias e cuidam das referidas crianças há 4 (quatro) anos e que nesse período a Talita visitou poucas vezes ascrianças (fls. 25/26, acompanhada de cópias de declarações da escola onde estudam as crianças e das certidões de nascimento dos infantes: fls.27/39).Em cumprimento ao despacho exarado no dia 11.11.2019 (fl.44) expediu-se ofício no dia 18.11.2019 ao Gerente do Cadastro Único do ProgramaBolsa Família de Campo Maior, solicitando a alteração da titularidade do Cartão Bolsa Família de THALITA CRISTINE DO NASCIMENTOOLIVEIRA para TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA (fls. 46 e 48).Não houve resposta no prazo assinalado no referido expediente, conforme certidão de 17.12.2019 (fl. 49).Considerando o prazo expirado para apreciação da Notícia de Fato nº 001073-060/2019, instaurada no dia 20.09.2019 (fl. 12), o MinistérioPúblico Estadual, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior resolveu no dia 09/01/2020 autuar a Notíciade Fato nº 001073-060/2019 tornando-a Procedimento Administrativo sob n° 04/2020, através da PORTARIA Nº 04/2020, à luz do art. 7º daResolução nº 174/2017 do CNMP, (fls. 02/03).Em cumprimento ao que foi determinado na referida Portaria, expediu-se ofício no dia 13.02.2020 ao Gerente do Cadastro Único do ProgramaBolsa Família de Campo Maior, solicitando a alteração da titularidade do Cartão Bolsa Família de THALITA CRISTINE DO NASCIMENTOOLIVEIRA para TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA (fl.56).No dia 28.02.2020 o referido Gerente apresentou documentação que demonstra a alteração pleiteada, ou seja o Sr. TIAGO DO NASCIMENTOOLIVEIRA passou a ser o titular do Cartão Bolsa Família em tela, quando então foi exarado despacho determinando a notificação do Sr. TIAGODO NASCIMENTO OLIVEIRA, para concluir o cadastro junto à Gerente do Cadastro Único do Programa Bolsa Família de Campo Maior (fls. 62).No dia 11.02.2020 foi exarado despacho (fl. 63), tornando sem efeito o despacho do dia 28.02.2019 (fls. 62).Vieram-me os autos para manifestação. É um sucinto relatório. Passo a decidir.Considerando que as mencionadas crianças estão matriculadas Escola Municial Anita Barroso, conforme declarações de fls. 33 a 37 e que asmesmas estão sendo bem cuidadas pela avó materna e pelo tio materno;Considerando os teores das manifestações do Conselho Tutelar de Campo Maior segundo as quais a Sra. THALITA CRISTINE DONASCIMENTO OLIVEIRA não dava atenção aos seus filhos e usava de maneira inadequada o dinheiro do Benefício Bolsa Família;Considerando que agora o Sr. TIAGO DO NASCIMENTO OLIVEIRA é o titular do Cartão Bolsa Família em lume.Considerando que não há necessidade de que nenhuma outra medida seja observada pelo Ministério Público, ressaltando que eventual fato novoque necessite da pronta intervenção do Ministério poderá ser apurado mediante novel Notícia de Fato e/ou Procedimento Administrativo.O Ministério Público Estadual, via Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior RESOLVE: PROMOVER OARQUIVAMENTO do presente Procedimento Administrativo nº 04/2020, nesta 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior, com base no art. 13,caput, c/c art. 8º, III ambos da Resolução nº 174, 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.Comunique-se o reclamante, através de ofício, com a informação de que desta decisão cabe recurso ao CSMP-PI, no prazo de (10) dez dias,devendo a comunicação ser encaminhada pelos Correios, com aviso de recebimento que deverá ser acostado aos autos, nos termos do art. 13,caput e §§ 1º e 3º da Resolução nº 174/2017, de 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.Comunique-se ao Egrégio Conselho Superior do Ministério Público sobre esta decisão de arquivamento dos presentes autos, em atendimento aoOfício Circular nº 004/2017 - CGMP/PI, de 17/01/2017.Cumpra-se. Após, proceda-se à baixa no respectivo livro e no SIMP, observando as cautelas de praxe.Campo Maior (PI), 11 de março de 2020.CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 99/2019NOTÍCIA DE FATO Nº 000123-308/2019ASSUNTO: DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAISRESUMO: Pedido de providência relatando descaso com uma idosa RECLAMANTE: NÃO IDENTIFICADO(A)VÍTIMA: FRANCISCA RIBEIRO DA ROCHADECISÃO DE ARQUIVAMENTOInstaurou-se o Procedimento Administrativo epigrafado no dia 13/11/2019 (fls. 02/04, tendo em vista NOTÍCIA ANÔNIMA deixada no dia07.11.2020 na Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior/PI, noticiando que a idosa Francisca Ribeiro da Rocha "... permanece muitotempo sozinha e dormindo, foi possível perceber que ela encontra-se muito magra e abatida. Foi encontrado dentro do seu quarto, há 10 dias,uma cobra...retirada e mortga por um vizinho. A idosa pouco é vista, pois permanece semore sozinha no seu domicílio..." (fls. 02/04 e 07).Em cumprimento ao que foi determinado inicialmente, expediram-se: I) O Ofício nº 2176/2019.123-308/2019 - SUCPJMP - MPPI no dia03/12/2019 (com ciência no dia 11/12/2019) à Secretária Municipal de Assistência Social e Geração de Renda/SEMAS de Campo Maior/PI,solicitando a realização de Estudo Social acera da situação vivenciada pela Sra. Francisca Ribeiro da Rocha, fazendo constar noems eendereços dos parentes mais próximos da idosa (filhos), no prazo de 10 (dez) dias corridos (fls. 12 e 15); II) O Ofício nº 2177/2019.123- 308/2019- SUCPJMP - MPPI no dia 03/12/2019 (com ciência no dia 11//12/2019) à Presidente do Conselho do Idoso de Campo Maior/PI, solicitando arealização de Estudo Social acera da situação vivenciada pela Sra. Francisca Ribeiro da Rocha, fazendo constar noems e endereços dosparentes mais próximos da idosa (filhos), no prazo de 10 (dez) dias corridos (fl. 16).Em resposta ao ofício supra mencionado a Secretaria Municipal de Assistência Social e Geração de Renda/SEMAS, via CRAS Zico Martinsapresentou no dia 24.01.20 PARECER SOCIAL, no qual consta em síntese que a Sra. Francisca Ribeiro da Rocha (89 anos) encontra-se bemalimentada e aparentemente em ótimo estado de nutrição, não faz uso de medicamento, goza de boa saúde física e mental e que a família viveem ambiente doméstico tranquilo, arejado, limpo, havendo harmonia entre os membros em especial com a pessoa idosa. Ao final concluiu assim:Portanto conforme o que foi relatado e constatado durante a visita domiciliar, a Sra. Francisca encontra-se lúcida reconhece ter um aspecto muitogratificante com a filha, de modo que referido denúncia não procede, ficou demonstrado que a Sra. Maria do Rosário reúne condições paraassumir os devidos cuidados com a pessoa Sra. Francisca idosa"(fl. 18, documentos de fls. 19/21 e fotos de fls. 22/23).A Presidente do Conselho do Idoso não apresentou respostas no prazo assinalado no r ofício supra referido, conforme Certidões de Perda dePrazo de 27.01.2020 (fl. 24). Em consequência foi expedido o O Ofício nº 213/2020.123-308/2019 - SUCPJMP - MPPI no dia 27/01/2020 (comciência no dia 03//02/2020) à Presidente do Conselho do Idoso de Campo Maior/ PI, requisitando a realização de Estudo Social acera da situaçãovivenciada pela Sra. Francisca Ribeiro da Rocha, fazendo constar noems e endereços dos parentes mais próximos da idosa (filhos), no prazo

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2.9. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PIRACURUCA-PI10970

de 30 (trinta) dias corridos (fls. 26 e 30).Considerando que o CRAS Zico Martins informou que a Sra. Francisca Ribeiro da Rocha encontra-se bem alimentada e aparentemente em ótimoestado de nutrição, não faz uso de medicamento, goza de boa saúde física e mental;Considerando que o CRAS Zico Martins informou que a família da Sra. Francisca Ribeiro da Rocha vive harmonia e em ambiente domésticotranquilo, arejado, limpo;Considerando que não são verdadeiros os fatos relatados na supramencionada NOTÍCIA ANÔNIMA;Considerando, também, que este comenos não há necessidade de nenhuma outra medida a ser encetada pelo Ministério Público, ressaltandoque eventual fato novo que necessite da pronta intervenção do Ministério poderá ser apurado mediante novel Notícia de Fato e/ou novelProcedimento Administrativo;O Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior RESOLVE: PROMOVER O ARQUIVAMENTO do presenteProcedimento Administrativo nº 99/2019 (SIMP 000123-308/2019), nesta 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior, com base no art. 13, caput,c/c art. 8º, III ambos da Resolução nº 174, 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público/CNMP.Trata-se de notícia anônima, razão pela qual não tem como dar cumprimento aos termos do art. 13, caput e §§ 1º e 3º da Resolução nº 174/2017,de 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.Comunique-se ao Egrégio Conselho Superior do Ministério Público sobre esta decisão de arquivamento dos presentes autos, em atendimento aoOfício Circular nº 004/2017 - CGMP/PI, de 17/01/2017.Cumpra-se. Após, proceda-se à baixa no respectivo livro e no SIMP, observando as cautelas de praxe.Campo Maior (PI), 16 de março de 2020.CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotor de Justiça

RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL Nº 18/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, MárcioGiorgi Carcará Rocha, no uso de suas atribuições legais que lhe conferem o parágrafo único do artigo 3º do artigo da Lei 8.625/93 e Resolução164/2017 do CNMP;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, instaurou Procedimento Administrativo nº 30/2020, com o objetivo deacompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação do coronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão daSecretaria de Saúde do município de Piracuruca - PI.CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196, da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art. 5º, inciso III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, inciso XIII, da lei federal supramencionada, são comuns à União, Estados, Distrito Federal eMunicípios, em seu âmbito administrativo, a atribuição de: "atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes desituações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativacorrespondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei nº 8.080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento deações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO o previsto na Portaria de Consolidação nº 02/2017, anexo 1, do anexo XXII, Cap. I, da Política Nacional da Atenção Básica,explicitando ser atribuição dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS e dos Agente de Combate a Endemias - ACE (...) "desenvolver atividadesde promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, pormeio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade,incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário; (...)"Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatoresambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos"; "Orientar a comunidade sobre sintomas,riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva"; "Conhecer o funcionamento das ações e serviços doseu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis"; "Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídaspor legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal", etc;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a Emergência de Saúde Pública Internacional - ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional(RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional dedoenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da Lei nº 13.979/2020 prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde - OMS declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;

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CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a publicação do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELOCORONAVÍRUS (2019-nCoV) do Estado do Piauí, que contempla fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nosMunicípios;CONSIDERANDO que no fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nos Municípios a Unidade Básica de Saúdeé a porta de entrada para o atendimento dos casos suspeitos:CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO que foram mantidos o curso dos prazos dos procedimentos relacionados à atuação sobre a pandemia do coronavírus, noperíodo de 18 de março a 16 de abril de 2020, no âmbito do MPPI, conforme art. 4º, inciso I, da Recomendação PGJ/CGMP nº 02/2020, querecomenda aos membros do Ministério Público do Estado do Piauí, no âmbito da sua atuação funcional, a adoção de medidas preventivas àpropagação da infecção pelo novo coronavírus - Covid-19, no interesse da saúde pública;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí;CONSIDERANDO que o Ministério Público, poderá expedir recomendações devidamente fundamentadas, visando à melhoria dos serviçospúblicos e de relevância pública, bem como aos demais interesses, direitos e bens cuja defesa lhe caiba promover, conforme Resolução nº164/2019 do CNMP e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93;RESOLVERECOMENDAR a Adriana Silva Fontinelle, Secretária Municipal de Saúde de Piracuruca que, em cumprimento às disposições de ordemconstitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:1. A pronta adoção de providências para a elaboração e aplicação do Plano de Contingência Municipal, voltado para o cenário epidemiológicolocal, visando à redução dos riscos de transmissão do coronavírus (COVID-19), conforme recomendações do Ministério da Saúde e da SESAPI,bem assim dispondo serviços e recursos voltados à prevenção, ao cuidado e à correta informação da população acerca da atual situação daenfermidade no âmbito do município de Piracuruca-PI;2. Que o Plano de Contingência para a Infecção pelo Coronavírus do município de Piracuruca - PI contenha, como elementos mínimos arealidade e estrutura sanitárias disponíveis, estimando objetivamente a cronologia da implantação de cada uma das providências necessárias demodo que em tal instrumento esteja definido o fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de coronavírus;3. Que se definam equipes de profissionais para as ações de vigilância e resposta (inclusive, equipes de campo, em especial, agentescomunitários de saúde e agente de combate a endemias);4. Que se organizem providências que garantam estoques estratégicos de recursos materiais e EPIs, a saber: gorro, óculos de proteção ouprotetor facial, máscara, avental hipermeável de mangas longas, luvas de procedimentos, para atender casos suspeitos (Pag. 22, do Protocolo deManejo Clínico para o Novo Coronavírus, e na pág. 14, do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DAINFECÇÃO HUMANA PELO CORONAVÍRUS 2019-nCoV do Estado do Piauí);5. Que se operacionalize, torne disponível e se dê conhecimento ao público de canal de comunicação para atender dúvidas, reclamações eoutras manifestações, empregando, para tanto, a Ouvidoria do SUS;6. Que se ofereça material informativo (com orientações sobre as formas de transmissão, sintomas, profilaxia, fluxo de serviços de saúde -quando se deve buscar a UBS, hospital de referência ou outro serviço na região, etc.) no endereço de internet da Prefeitura Municipal e/ou daSecretaria Municipal de Saúde, ou por meio de rádio comunitária (e outras emissoras que a tanto possam aderir), panfletos em locais de grandeacesso de pessoas, divulgação na rede escolar, nas unidades de saúde, bem como por intermédio dos agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, sem prejuízo de outros meios que atendam à população como um todo;7. Que, quando da divulgação de informações à comunidade, utilizar-se, obrigatoriamente, de dados oficiais, especialmente aqueles divulgadospela Secretaria de Estado da Saúde;8. Que se realize a capacitação de todos os profissionais atuantes na atenção básica, em especial agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, para que atuem em face do coronavírus, buscando, para tanto, sempre que necessário, auxílio técnico das respectivasRegionais de Saúde.O Ministério Público Estadual deverá ser comunicado, exclusivamente através do e-mail [email protected], no prazo de 05(cinco) dias a partir do recebimento da presente, sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:a) constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;b) tornar inequívoca a demonstração da consciência a ilicitude;c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade quando tal elemento subjetivo for exigido e;d) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Publique-se no Diário Oficial do Ministério Público e no quadro de avisos desta Promotoria de Justiça.Comunique-se a expedição dessa Recomendação ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS e Conselho Superior doMinistério Público.Por fim, em atenção ao disposto artigo 9º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, determino ao Executivo Municipal a divulgação adequada eimediata desta Recomendação no Diário Oficial do Município.Piracuruca, 26 de março de 2020.MÁRCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 51/2020OBJETO: instaurar Procedimento Administrativo nº 30/2020 para acompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação docoronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão da Secretaria de Saúde do município de Piracuruca.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça infra-assinado, titular da 2ª Promotoria de Justiça dePiracuruca, no uso de suas atribuições legais e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III, da Constituição Federalde 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº 8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196, da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,

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cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art. 5º, inciso III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, inciso XIII, da lei federal supramencionada, são comuns à União, Estados, Distrito Federal eMunicípios, em seu âmbito administrativo, a atribuição de: "atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes desituações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativacorrespondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei nº 8.080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento deações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO o previsto na Portaria de Consolidação nº 2/2017, anexo 1, do anexo XXII, Cap. I, da Política Nacional da Atenção Básica,explicitando ser atribuição dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS e dos Agente de Combate a Endemias - ACE (...) "desenvolver atividadesde promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, pormeio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade,incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário; (...)"Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatoresambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos"; "Orientar a comunidade sobre sintomas,riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva"; "Conhecer o funcionamento das ações e serviços doseu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis"; "Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídaspor legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal", etc;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a Emergência de Saúde Pública Internacional - ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional(RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional dedoenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da Lei nº 13.979/2020 prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde - OMS declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a publicação do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELOCORONAVÍRUS (2019-nCoV) do Estado do Piauí, que contempla fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nosMunicípios;CONSIDERANDO que no fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nos Municípios a Unidade Básica de Saúdeé a porta de entrada para o atendimento dos casos suspeitos:CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO que foram mantidos o curso dos prazos dos procedimentos relacionados à atuação sobre a pandemia do coronavírus, noperíodo de 18 de março a 16 de abril de 2020, no âmbito do MPPI, conforme art. 4º, inciso I, da Recomendação PGJ/CGMP nº 02/2020, querecomenda aos membros do Ministério Público do Estado do Piauí, no âmbito da sua atuação funcional, a adoção de medidas preventivas àpropagação da infecção pelo novo coronavírus - Covid-19, no interesse da saúde pública;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí;RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 30/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação docoronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão da Secretaria de Saúde do município de Piracuruca - PI, com fulcro no art.9º da Resolução 174/2017 do CNMP, DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:Nomeação da Assessora de Promotoria de Justiça, Amanda Guedes dos Reis Monteiro (mat. 15630), para secretariar este procedimento;Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração, realizando as devidas anotações no livro próprio e tabela deacompanhamento, afixando-a cópia da portaria em local de costume e arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoria de Justiça;Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), para conhecimento, conforme determina o art.6º, 1º da Resolução nº 01/2018;Comunique-se, preferencialmente por via eletrônica, ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí acerca da referidainstauração, com envio da presente Portaria;Encaminhe-se cópia da presente portaria em formato Word, via e-mail, para fins de publicação da no Diário Oficial do Ministério Público, afixando-a no local de costume.Minute-se Recomendação Administrativa, tendo como destinatário a secretária de saúde município de Piracuruca, devendo esta ser enviada emformato Word, via e-mail funcional.CUMPRA-SE.Expedientes necessários.

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Piracuruca - PI, 26 de março de 2020.MARCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 30/2020SIMP: 000168-174/2020PORTARIA Nº 52/2020OBJETO: instaurar Procedimento Administrativo nº 31/2020 para acompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação docoronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão da Secretaria de Saúde do município de São João da Fronteira - PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça infra-assinado, titular da 2ª Promotoria de Justiça dePiracuruca, no uso de suas atribuições legais e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III, da Constituição Federalde 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº 8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196, da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art. 5º, inciso III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, inciso XIII, da lei federal supramencionada, são comuns à União, Estados, Distrito Federal eMunicípios, em seu âmbito administrativo, a atribuição de: "atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes desituações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativacorrespondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei nº 8.080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento deações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO o previsto na Portaria de Consolidação nº 2/2017, anexo 1, do anexo XXII, Cap. I, da Política Nacional da Atenção Básica,explicitando ser atribuição dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS e dos Agente de Combate a Endemias - ACE (...) "desenvolver atividadesde promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, pormeio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade,incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário; (...)"Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatoresambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos"; "Orientar a comunidade sobre sintomas,riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva"; "Conhecer o funcionamento das ações e serviços doseu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis"; "Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídaspor legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal", etc;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a Emergência de Saúde Pública Internacional - ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional(RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional dedoenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da Lei nº 13.979/2020 prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde - OMS declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a publicação do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELOCORONAVÍRUS (2019-nCoV) do Estado do Piauí, que contempla fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nosMunicípios;CONSIDERANDO que no fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nos Municípios a Unidade Básica de Saúdeé a porta de entrada para o atendimento dos casos suspeitos:CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO que foram mantidos o curso dos prazos dos procedimentos relacionados à atuação sobre a pandemia do coronavírus, noperíodo de 18 de março a 16 de abril de 2020, no âmbito do MPPI, conforme art. 4º, inciso I, da Recomendação PGJ/CGMP nº 02/2020, querecomenda aos membros do Ministério Público do Estado do Piauí, no âmbito da sua atuação funcional, a adoção de medidas preventivas àpropagação da infecção pelo novo coronavírus - Covid-19, no interesse da saúde pública;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí;

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RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 31/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação docoronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão da Secretaria de Saúde do município de São João da Fronteira - PI, comfulcro no art. 9º da Resolução 174/2017 do CNMP, DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:Nomeação da Assessora de Promotoria de Justiça, Amanda Guedes dos Reis Monteiro (mat. 15630), para secretariar este procedimento;Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração, realizando as devidas anotações no livro próprio e tabela deacompanhamento, afixando-a cópia da portaria em local de costume e arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoria de Justiça;Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), para conhecimento, conforme determina o art.6º, 1º da Resolução nº 01/2018;Comunique-se, preferencialmente por via eletrônica, ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí acerca da referidainstauração, com envio da presente Portaria;Encaminhe-se cópia da presente portaria em formato Word, via e-mail, para fins de publicação da no Diário Oficial do Ministério Público, afixando-a no local de costume.Minute-se Recomendação Administrativa, tendo como destinatário o secretário de saúde município de São João da Fronteira, devendo esta serenviada em formato Word, via e-mail funcional.CUMPRA-SE.Expedientes necessários.Piracuruca - PI, 26 de março de 2020.MARCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 53/2020OBJETO: instaurar Procedimento Administrativo nº 32/2020 para acompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação docoronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão da Secretaria de Saúde do município de São José do Divino - PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça infra-assinado, titular da 2ª Promotoria de Justiça dePiracuruca, no uso de suas atribuições legais e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III, da Constituição Federalde 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº 8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196, da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art. 5º, inciso III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, inciso XIII, da lei federal supramencionada, são comuns à União, Estados, Distrito Federal eMunicípios, em seu âmbito administrativo, a atribuição de: "atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes desituações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativacorrespondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei nº 8.080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento deações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO o previsto na Portaria de Consolidação nº 2/2017, anexo 1, do anexo XXII, Cap. I, da Política Nacional da Atenção Básica,explicitando ser atribuição dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS e dos Agente de Combate a Endemias - ACE (...) "desenvolver atividadesde promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, pormeio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade,incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário; (...)"Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatoresambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos"; "Orientar a comunidade sobre sintomas,riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva"; "Conhecer o funcionamento das ações e serviços doseu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis"; "Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídaspor legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal", etc;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a Emergência de Saúde Pública Internacional - ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional(RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional dedoenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da Lei nº 13.979/2020 prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde - OMS declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a publicação do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELO

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CORONAVÍRUS (2019-nCoV) do Estado do Piauí, que contempla fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nosMunicípios;CONSIDERANDO que no fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nos Municípios a Unidade Básica de Saúdeé a porta de entrada para o atendimento dos casos suspeitos:CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO que foram mantidos o curso dos prazos dos procedimentos relacionados à atuação sobre a pandemia do coronavírus, noperíodo de 18 de março a 16 de abril de 2020, no âmbito do MPPI, conforme art. 4º, inciso I, da Recomendação PGJ/CGMP nº 02/2020, querecomenda aos membros do Ministério Público do Estado do Piauí, no âmbito da sua atuação funcional, a adoção de medidas preventivas àpropagação da infecção pelo novo coronavírus - Covid-19, no interesse da saúde pública;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí;RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 32/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação docoronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão da Secretaria de Saúde do município de São José do Divino - PI, comfulcro no art. 9º da Resolução 174/2017 do CNMP, DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:Nomeação da Assessora de Promotoria de Justiça, Amanda Guedes dos Reis Monteiro (mat. 15630), para secretariar este procedimento;Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração, realizando as devidas anotações no livro próprio e tabela deacompanhamento, afixando-a cópia da portaria em local de costume e arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoria de Justiça;Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), para conhecimento, conforme determina o art.6º, 1º da Resolução nº 01/2018;Comunique-se, preferencialmente por via eletrônica, ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí acerca da referidainstauração, com envio da presente Portaria;Encaminhe-se cópia da presente portaria em formato Word, via e-mail, para fins de publicação da no Diário Oficial do Ministério Público, afixando-a no local de costume.Minute-se Recomendação Administrativa, tendo como destinatário a secretária de saúde município de São João da Fronteira, devendo esta serenviada em formato Word, via e-mail funcional.CUMPRA-SE.Expedientes necessários.Piracuruca - PI, 26 de março de 2020.MARCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 31/2020SIMP: 000169-174/2020RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL Nº 19/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, MárcioGiorgi Carcará Rocha, no uso de suas atribuições legais que lhe conferem o parágrafo único do artigo 3º do artigo da Lei 8.625/93 e Resolução164/2017 do CNMP;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, instaurou Procedimento Administrativo nº 31/2020, com o objetivo deacompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação do coronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão daSecretaria de Saúde do município de São João da Fronteira - PI.CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196, da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art. 5º, inciso III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, inciso XIII, da lei federal supramencionada, são comuns à União, Estados, Distrito Federal eMunicípios, em seu âmbito administrativo, a atribuição de: "atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes desituações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativacorrespondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei nº 8.080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento deações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO o previsto na Portaria de Consolidação nº 02/2017, anexo 1, do anexo XXII, Cap. I, da Política Nacional da Atenção Básica,explicitando ser atribuição dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS e dos Agente de Combate a Endemias - ACE (...) "desenvolver atividadesde promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, pormeio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade,incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário; (...)"Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatoresambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos"; "Orientar a comunidade sobre sintomas,riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva"; "Conhecer o funcionamento das ações e serviços doseu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis"; "Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídaspor legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal", etc;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a Emergência de Saúde Pública Internacional - ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional(RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional dedoenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o

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emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da Lei nº 13.979/2020 prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde - OMS declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a publicação do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELOCORONAVÍRUS (2019-nCoV) do Estado do Piauí, que contempla fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nosMunicípios;CONSIDERANDO que no fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nos Municípios a Unidade Básica de Saúdeé a porta de entrada para o atendimento dos casos suspeitos:CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO que foram mantidos o curso dos prazos dos procedimentos relacionados à atuação sobre a pandemia do coronavírus, noperíodo de 18 de março a 16 de abril de 2020, no âmbito do MPPI, conforme art. 4º, inciso I, da Recomendação PGJ/CGMP nº 02/2020, querecomenda aos membros do Ministério Público do Estado do Piauí, no âmbito da sua atuação funcional, a adoção de medidas preventivas àpropagação da infecção pelo novo coronavírus - Covid-19, no interesse da saúde pública;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí;CONSIDERANDO que o Ministério Público, poderá expedir recomendações devidamente fundamentadas, visando à melhoria dos serviçospúblicos e de relevância pública, bem como aos demais interesses, direitos e bens cuja defesa lhe caiba promover, conforme Resolução nº164/2019 do CNMP e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93;RESOLVERECOMENDAR a João Galberto Pereira dos Santos, Secretário Municipal de Saúde de São João da Fronteira, em cumprimento àsdisposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:1. A pronta adoção de providências para a elaboração e aplicação do Plano de Contingência Municipal, voltado para o cenário epidemiológicolocal, visando à redução dos riscos de transmissão do coronavírus (COVID-19), conforme recomendações do Ministério da Saúde e da SESAPI,bem assim dispondo serviços e recursos voltados à prevenção, ao cuidado e à correta informação da população acerca da atual situação daenfermidade no âmbito do município de São João da Fronteira-PI;2. Que o Plano de Contingência para a Infecção pelo Coronavírus do município de São João da Fronteira - PI contenha, como elementosmínimos a realidade e estrutura sanitárias disponíveis, estimando objetivamente a cronologia da implantação de cada uma das providênciasnecessárias de modo que em tal instrumento esteja definido o fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de coronavírus;3. Que se definam equipes de profissionais para as ações de vigilância e resposta (inclusive, equipes de campo, em especial, agentescomunitários de saúde e agente de combate a endemias);4. Que se organizem providências que garantam estoques estratégicos de recursos materiais e EPIs, a saber: gorro, óculos de proteção ouprotetor facial, máscara, avental hipermeável de mangas longas, luvas de procedimentos, para atender casos suspeitos (Pag. 22, do Protocolo deManejo Clínico para o Novo Coronavírus, e na pág. 14, do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DAINFECÇÃO HUMANA PELO CORONAVÍRUS 2019-nCoV do Estado do Piauí);5. Que se operacionalize, torne disponível e se dê conhecimento ao público de canal de comunicação para atender dúvidas, reclamações eoutras manifestações, empregando, para tanto, a Ouvidoria do SUS;6. Que se ofereça material informativo (com orientações sobre as formas de transmissão, sintomas, profilaxia, fluxo de serviços de saúde -quando se deve buscar a UBS, hospital de referência ou outro serviço na região, etc.) no endereço de internet da Prefeitura Municipal e/ou daSecretaria Municipal de Saúde, ou por meio de rádio comunitária (e outras emissoras que a tanto possam aderir), panfletos em locais de grandeacesso de pessoas, divulgação na rede escolar, nas unidades de saúde, bem como por intermédio dos agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, sem prejuízo de outros meios que atendam à população como um todo;7. Que, quando da divulgação de informações à comunidade, utilizar-se, obrigatoriamente, de dados oficiais, especialmente aqueles divulgadospela Secretaria de Estado da Saúde;8. Que se realize a capacitação de todos os profissionais atuantes na atenção básica, em especial agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, para que atuem em face do coronavírus, buscando, para tanto, sempre que necessário, auxílio técnico das respectivasRegionais de Saúde.O Ministério Público Estadual deverá ser comunicado, exclusivamente através do e-mail [email protected], no prazo de 05(cinco) dias a partir do recebimento da presente, sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:a) constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;b) tornar inequívoca a demonstração da consciência a ilicitude;c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade quando tal elemento subjetivo for exigido e;d) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Publique-se no Diário Oficial do Ministério Público e no quadro de avisos desta Promotoria de Justiça.Comunique-se a expedição dessa Recomendação ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS e Conselho Superior doMinistério Público.Por fim, em atenção ao disposto artigo 9º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, determino ao Executivo Municipal a divulgação adequada eimediata desta Recomendação no Diário Oficial do Município.Piracuruca, 26 de março de 2020.

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MÁRCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 32/2020SIMP: 000170-174/2020RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL Nº 20/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, MárcioGiorgi Carcará Rocha, no uso de suas atribuições legais que lhe conferem o parágrafo único do artigo 3º do artigo da Lei 8.625/93 e Resolução164/2017 do CNMP;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, instaurou Procedimento Administrativo nº 32/2020, com o objetivo deacompanhar e fiscalizar o controle e prevenção de proliferação do coronavírus, no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, sob gestão daSecretaria de Saúde do município de São José do Divino - PI.CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196, da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art. 5º, inciso III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, inciso XIII, da lei federal supramencionada, são comuns à União, Estados, Distrito Federal eMunicípios, em seu âmbito administrativo, a atribuição de: "atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes desituações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativacorrespondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei nº 8.080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento deações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO o previsto na Portaria de Consolidação nº 02/2017, anexo 1, do anexo XXII, Cap. I, da Política Nacional da Atenção Básica,explicitando ser atribuição dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS e dos Agente de Combate a Endemias - ACE (...) "desenvolver atividadesde promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, pormeio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade,incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário; (...)"Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatoresambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos"; "Orientar a comunidade sobre sintomas,riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva"; "Conhecer o funcionamento das ações e serviços doseu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis"; "Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídaspor legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal", etc;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a Emergência de Saúde Pública Internacional - ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional(RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional dedoenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da Lei nº 13.979/2020 prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena,determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicosespecíficos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde - OMS declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a publicação do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELOCORONAVÍRUS (2019-nCoV) do Estado do Piauí, que contempla fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nosMunicípios;CONSIDERANDO que no fluxo de atendimento de casos suspeitos do 2019-nCoV na Atenção Básica nos Municípios a Unidade Básica de Saúdeé a porta de entrada para o atendimento dos casos suspeitos:CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO que foram mantidos o curso dos prazos dos procedimentos relacionados à atuação sobre a pandemia do coronavírus, noperíodo de 18 de março a 16 de abril de 2020, no âmbito do MPPI, conforme art. 4º, inciso I, da Recomendação PGJ/CGMP nº 02/2020, querecomenda aos membros do Ministério Público do Estado do Piauí, no âmbito da sua atuação funcional, a adoção de medidas preventivas àpropagação da infecção pelo novo coronavírus - Covid-19, no interesse da saúde pública;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí;

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2.10. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE UNIÃO-PI10971

CONSIDERANDO que o Ministério Público, poderá expedir recomendações devidamente fundamentadas, visando à melhoria dos serviçospúblicos e de relevância pública, bem como aos demais interesses, direitos e bens cuja defesa lhe caiba promover, conforme Resolução nº164/2019 do CNMP e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93;RESOLVERECOMENDAR a Anne Lorrana Brito Gomes, Secretária Municipal de Saúde de São José do Divino, em cumprimento às disposições deordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:1. A pronta adoção de providências para a elaboração e aplicação do Plano de Contingência Municipal, voltado para o cenário epidemiológicolocal, visando à redução dos riscos de transmissão do coronavírus (COVID-19), conforme recomendações do Ministério da Saúde e da SESAPI,bem assim dispondo serviços e recursos voltados à prevenção, ao cuidado e à correta informação da população acerca da atual situação daenfermidade no âmbito do município de São José do Divino-PI;2. Que o Plano de Contingência para a Infecção pelo Coronavírus do município de São José do Divino - PI contenha, como elementos mínimos arealidade e estrutura sanitárias disponíveis, estimando objetivamente a cronologia da implantação de cada uma das providências necessárias demodo que em tal instrumento esteja definido o fluxo de atendimento para os casos suspeitos e confirmados de coronavírus;3. Que se definam equipes de profissionais para as ações de vigilância e resposta (inclusive, equipes de campo, em especial, agentescomunitários de saúde e agente de combate a endemias);4. Que se organizem providências que garantam estoques estratégicos de recursos materiais e EPIs, a saber: gorro, óculos de proteção ouprotetor facial, máscara, avental hipermeável de mangas longas, luvas de procedimentos, para atender casos suspeitos (Pag. 22, do Protocolo deManejo Clínico para o Novo Coronavírus, e na pág. 14, do PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA O ENFRENTAMENTO DAINFECÇÃO HUMANA PELO CORONAVÍRUS 2019-nCoV do Estado do Piauí);5. Que se operacionalize, torne disponível e se dê conhecimento ao público de canal de comunicação para atender dúvidas, reclamações eoutras manifestações, empregando, para tanto, a Ouvidoria do SUS;6. Que se ofereça material informativo (com orientações sobre as formas de transmissão, sintomas, profilaxia, fluxo de serviços de saúde -quando se deve buscar a UBS, hospital de referência ou outro serviço na região, etc.) no endereço de internet da Prefeitura Municipal e/ou daSecretaria Municipal de Saúde, ou por meio de rádio comunitária (e outras emissoras que a tanto possam aderir), panfletos em locais de grandeacesso de pessoas, divulgação na rede escolar, nas unidades de saúde, bem como por intermédio dos agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, sem prejuízo de outros meios que atendam à população como um todo;7. Que, quando da divulgação de informações à comunidade, utilizar-se, obrigatoriamente, de dados oficiais, especialmente aqueles divulgadospela Secretaria de Estado da Saúde;8. Que se realize a capacitação de todos os profissionais atuantes na atenção básica, em especial agentes comunitários de saúde e decombate a endemias, para que atuem em face do coronavírus, buscando, para tanto, sempre que necessário, auxílio técnico das respectivasRegionais de Saúde.O Ministério Público Estadual deverá ser comunicado, exclusivamente através do e-mail [email protected], no prazo de 05(cinco) dias a partir do recebimento da presente, sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:a) constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;b) tornar inequívoca a demonstração da consciência a ilicitude;c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade quando tal elemento subjetivo for exigido e;d) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Publique-se no Diário Oficial do Ministério Público e no quadro de avisos desta Promotoria de Justiça.Comunique-se a expedição dessa Recomendação ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS e Conselho Superior doMinistério Público.Por fim, em atenção ao disposto artigo 9º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, determino ao Executivo Municipal a divulgação adequada eimediata desta Recomendação no Diário Oficial do Município.Piracuruca, 26 de março de 2020.MÁRCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de Justiça

PORTARIA nº. 003/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de União/PI, sendo titular a Bel. RENATA MÁRCIARODRIGUES SILVA, Promotora de Justiça, no uso de suas atribuições previstas nos arts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e VII da ConstituiçãoFederal;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO a Portaria Interministerial nº 05, de 17 de março de 2020, dos Ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Saúde, em seusarts. 4º e 5º, prevê que se caracteriza como crime de infração de medida sanitária preventiva e desobediência, se o fato não constituir crime maisgrave, o descumprimento à determinação de Isolamento; Quarentena; e Realização compulsória de: c.1) exames médicos; c.2) testeslaboratoriais; c.2) tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a conduta daquele que se nega a cumprir determinação do profissional da saúde, em observância às medidas deenfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus, amolda-se aos crimes de epidemia (art. 267 do Código Penal),infração de medida sanitária(art.268 do Código Penal), desobediência(art.330 do Código Penal) e/ou desacato (art. 331 do Código Penal),devendo-se solicitar auxílio da força policial para a adoção das providências necessárias à contenção;CONSIDERANDO apenas o caso concreto revelará o crime cometido pelo agente que descumpriu as medidas de enfrentamento da emergênciada saúde pública, não podendo a Portaria Interministerial restringir às figuras típicas previstas no art. 268 e 330 do Código Penal pátrio,conquanto os crimes são previstos em leis;CONSIDERANDO que alguns desses crimes, especialmente se considerados individualmente, são de menor potencial ofensivo, ensejando alavratura de termo circunstanciado de ocorrência, o qual apenas não ensejará a prisão sob o compromisso de comparecimento aos atosprocessuais e cumprimento das medidas emergenciais impostas por profissional da saúde e previstas no art. 3º da lei nº 13.979/2020;CONSIDERANDO o Decreto do estado do Piauí nº 17.999, de 19 de novembro de 2019, que permitiu aos Policiais militares a lavratura de TermoCircunstanciado de Ocorrência;CONSIDERANDO que se encontra em vigor o DECRETO 18.884/2020 ; DECRETO 18.895/2020 , DECRETO 18.901/2020 EDITADOS PELOGOVERNO DO ESTADO DO PAIUÍ E OS DECRETOS DO MUICÍPIO DE UNIÃO DECRETO Nº 17/2020 ; DECRETO Nº 18/2020 que contémnormas do poder público com objetivo de impedir a proliferação do COVID-19;O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pela agente ministerial adiante subscrita, no exercício de suas atribuiçõeslegais, RESOLVE, com fundamento no art. 8°, inciso II da Resolução n° 174/2017, instaurar o presente procedimento administrativo com afinalidade de acompanhar a atuação da 2ª Cia do 16º Batalhão da Polícia Militar de União/PI e dos Policiais Militares lotados na Comarca de

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Lagoa Alegre tocante a registro de ocorrência de possíveis crimes de crimes de Epidemia (art. 267 do Código Penal), Infração de MedidaSanitária (art.268 do Código Penal), Desobediência (art.330 do Código Penal) e/ou Desacato (art. 331 do Código Penal), determinando asseguintes diligências:1. Autuação da presente Portaria em registro próprio, com devida movimentação no SIMP;2. Publicação desta Portaria no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí;3. A comunicação de abertura desse procedimento ao CAOCRIM-MPPI, com encaminhamento de cópia da presente Portaria;4. Comunique-se ao Conselho Superior do Ministério Público a instauração do procedimento, com a expedição de cópia desta portaria;5. Expeça-se Recomendação ao Comandante da 2ª CIA do 16º Batalhão de Polícia Militar de União/PI e Delegado de Polícia Civil responsávelpela 20ª Delegacia de Polícia de União/PI para que promovam atuação eficiente quando na lavratura de termo circunstanciando de ocorrência (notocante aos crimes de menor potencial ofensivo) e Inquérito Policial (no tocante aos demais crimes), bem como em eventual decretação de prisãoem flagrante;Nomeio o estagiário Samuel Régio Viana Santos, lotado no Núcleo de Promotorias de Justiça de União/PI, para secretariar no presente feito.Cumpra-se.União/PI, 20 de março de 2020.RENATA MÁRCIA RODRIGUES SILVAPromotora de JustiçaRECOMENDAÇÃO Nº. 001/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio da 1ªPromotoria de Justiça de União/PI, sendo titular a Bel. RENATA MÁRCIA RODRIGUES SILVA, Promotora de Justiça, no uso de suas atribuiçõesprevistas nos arts. 127, caput,e 129, incisos II e VI da Constituição Federal e;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que foi editada editada a Lei 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, dispondo sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.CONSIDERANDO que o art. 3º, caput, da Lei 13.979/2020, para enfrentamento da emergência disciplina que poderão ser adotadas, entre outras,as seguintes medidas:- isolamento (separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens, meios de transporte, mercadorias ou encomendas postaisafetadas, de outros, de maneira a evitar a contaminação ou a propagação do coronavírus - art. 2º, I);- quarentena (restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contaminação das pessoas que não estejam doentes, ou debagagens, contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a possível contaminação oua propagação do coronavírus - art. 2º, II);- determinação de realização compulsória de:exames médicos;testes laboratoriais;coleta de amostras clínicas;vacinação e outras medidas profiláticas; outratamentos médicos específicos;- estudo ou investigação epidemiológica;- exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver;- restrição excepcional e temporária de entrada e saída do País, conforme recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa), por rodovias, portos ou aeroportos;- requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa; e- autorização excepcional e temporária para a importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Anvisa, desde que:registrados por autoridade sanitária estrangeira; eprevistos em ato do Ministério da Saúde.CONSIDERANDO que o art. 3º, § 4º, da Lei estabelece que "as pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidas previstas neste artigo,e o descumprimento delas acarretará responsabilização, nos termos previstos em lei".CONSIDERANDO que a Lei 13.979/2020 foi regulamentada pela Portaria356, de 11 de março de 2020, do Ministério da Saúde e que o artigo 3º da Portaria diz respeito à medida de isolamento o seguinte:Art. 3º A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, demaneira a evitar a propagação da infecção e transmissão local.§ 1º A medida de isolamento somente poderá ser determinada por prescrição médica ou por recomendação do agente de vigilânciaepidemiológica, por um prazo máximo de 14 dias, podendo se estender por até igual período, conforme resultado laboratorial que comprove orisco de transmissão.§ 2º A medida de isolamento prescrita por ato médico deverá ser efetuada, preferencialmente, em domicílio, podendo ser feito em hospitaispúblicos ou privados, conforme recomendação médica, a depender do estado clínico do paciente.§ 3º Não será indicada medida de isolamento quando o diagnóstico laboratorial for negativo para o SARSCOV-2.§ 4º A determinação da medida de isolamento por prescrição médica deverá ser acompanhada do termo de consentimento livre e esclarecido dopaciente, conforme modelo estabelecido no Anexo I.§ 5º A medida de isolamento por recomendação do agente de vigilância epidemiológica ocorrerá no curso da investigação epidemiológica eabrangerá somente os casos de contactantes próximos a pessoas sintomáticas ou portadoras assintomáticas, e deverá ocorrer em domícilio.§ 6º Nas unidades da federação em que não houver agente de vigilância epidemiológica, a medida de que trata o § 5º será adotada peloSecretário de Saúde da respectiva unidade.§ 7º A medida de isolamento por recomendação será feita por meio de notificação expressa à pessoa contactante, devidamente fundamentada,observado o modelo previsto no Anexo II.CONSIDERANDO, ainda, que o art. 4º da Portaria disciplina :Art. 4º A medida de quarentena tem como objetivo garantir a manutenção dos serviços de saúde em local certo e determinado.§ 1º A medida de quarentena será determinada mediante ato administrativo formal e devidamente motivado e deverá ser editada por Secretáriode Saúde do Estado, do Município, do Distrito Federal ou Ministro de Estado da Saúde ou superiores em cada nível de gestão, publicada noDiário Oficial e amplamente divulgada pelos meios de comunicação.§ 2º A medida de quarentena será adotada pelo prazo de até 40 (quarenta) dias, podendo se estender pelo tempo necessário para reduzir atransmissão comunitária e garantir a manutenção dos serviços de saúde no território.§ 3º A extensão do prazo da quarentena de que trata o § 2º dependerá de prévia avaliação do Centro de Operações de Emergências em SaúdePública (COE-nCoV) previsto na Portaria nº 188/GM/MS, de 3 de fevereiro de 2020.§ 4º A medida de quarentena não poderá ser determinada ou mantida após o encerramento da Declaração de Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional.CONSIDERANDO que conforme o artigo 5º da Portaria, o descumprimento das medidas de isolamento e quarentena acarretará aresponsabilização, nos termos previstos em lei (caput).

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CONSIDERANDO QUE O DECRETO 18.884/2020 ; DECRETO 18.895/2020, DECRETO 18.901/2020 EDITADOS PELO GOVERNO DOESTADO DO PAIUÍ E OS DECRETOS DO MINICÍPIO DE UNIÃO DECRETO Nº 17/2020 ; DECRETO Nº 18/2020,estabeleceram várias medidas restritivas ;O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pela agente ministerial adiante subscrita, no exercício de suas atribuiçõeslegais, RESOLVE:RECOMENDAR ao COMANDANTE DA 2ª CIA DO 16º BPM DE UNIÃO/PI eao DELEGADO DE POLÍCIA DO 20º DP DE UNIÃO/PI, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e denatureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente deverão observar os seguintes dispositivos legais:PARA O CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS COMPULSÓRIAS DE ÂMBITO FEDERAL - LEI 13.979/2020 REGULAMENTADA PELA PORTARIA nº356 DE 11 DE MARÇO DE 2020Art. 4º O descumprimento das medidas previstas no inciso (isolamento) e nas alíneas "a"(exame médico) , "b"(teste laboratorial) e "e" ( tratamentomédico específico) do inciso III do caput do art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020, poderá sujeitar os infratores às sanções penais previstas no art. 268do Código Penal. (Esse crime é de menor potencial ofensivo . O policial devera registrar um Termo Circunstanciado de Ocorrência.)§ 1º Nas hipóteses de isolamento, para configuração do descumprimento de que trata o caput, há necessidade de comunicação prévia à pessoaafetada sobre a compulsoriedade da medida, nos termos do § 7º do art. 3º da Portaria nº 356/GM/MS, de 11 de março de 2020. (Só configuraráo crime do art. 268 do CP se a pessoa submetida a medida de isolamento for comunicada previamente dessa medida.)§ 2º Para as hipóteses previstas nas alíneas "a"(exame medico), "b"(teste laboratorial) e "e"(tratamento médico especifico) do inciso III do caputdo art. 3º da Leinº 13.979, de 2020, a compulsoriedade das medidas depende, nos termos do art. 6º da Portaria nº 356/GM/MS, de 2020, de indicação médica oude profissional de saúde. Só comete o crime do art. 268 do CP a pessoa que teve a indicaçao de um profissional da saúde para fazer oexame médico , teste de labarotório e tratamento médico e se recusou a fazê-los.Art. 5º O descumprimento da medida de quarentena, prevista no inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020, poderá sujeitar osinfratores às sanções penais previstas nos arts. 268 do Código Penal.Parágrafo único. A compulsoriedade da medida de quarentena depende de ato específico das autoridades competentes, nos termos do § 1º doart. 4º da Portaria nº 356/GM/MS, de 2020. Para cometimento do crime do art. 268 do CP é necessário que autoridade médica ouprofissional da saúde determine que a pessoa afetada fique em quarentena e essa pessoa descumpra essa determinação .Para dá efetividade as medidas o artigo 6º prevê que "os gestores locais do Sistema Único de Saúde - SUS, os profissionais de saúde, osdirigentes da administração hospitalar e os agentes de vigilância epidemiológica poderão solicitar o auxílio de força policial nos casos de recusaou desobediência por parte de pessoa submetida às medidas previstas nos art. 4º e art. 5º". A policia deve atender protamente o chamadodas autoridades de saúde e compelir a pessoa resistente a fazer o exame,o teste laboratorial , a ficar em isolamento ou quarentena. Nos casos de isolamento ou quarentana o policial deve conduzir a pessoa até suaresidencia ou hospital, conforme a recomendação de profissional da área de saúde. Também deve registrar a ocorrêcia do TCO pela prática doart. 268 do CP.Ao art. 8º, "visando a evitar a propagação do COVID-19 e no exercício do poder de polícia administrativa, a autoridade policial poderá encaminharo agente à sua residência ou estabelecimento hospitalar para cumprimento das medidas estabelecidas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020,conforme determinação das autoridades sanitárias".Ao art. 9º que estabelece: "Na hipótese de configuração de crime mais grave ou concurso de crimes e quando, excepcionalmente, houverimposição de prisão ao agente infrator, recomenda-se que as autoridades policial e judicial tomem providências para que ele seja mantido emestabelecimento ou cela separada dos demais presos".Caso o crime cometido não for de menor potencial ofensivo, a exemplo do crime de Epidemia (art. 267 do Código Penal), OU não havendo ocompromisso de comparecimento a todos os atos processuais e cumprimento das medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública,OU na hipótese legal de decretação de prisão preventiva, seja procedido a imediata instauração de Inquérito Policial e, em caso de prisão emflagrante, o devido encaminhamento das peças informativas ao Membro do Ministério Público, de preferência por e-mail([email protected]), para que este órgão ministerial diligencie nas cautelas necessárias para evitar a disseminação do vírus noambiente em que se der o recolhimento do agente infrator;Que no bojo da lavratura de Inquérito Policial ou Termo Circunstanciado de Ocorrência seja diligenciado a obtenção de cópias das determinaçõesdos gestores locais do SUS, os profissionais da área de saúde, os dirigentes da administração hospitalar e os agentes de vigilânciaepidemiológica a fim de colacionar elementos de provas que possam auxiliar a atuação deste órgão ministerial no curso da persecução penal,devendo o procedimento policial ser devidamente circunstanciado no tocante aos fatos, local, dia e horário do descumprimento das medidascompulsórias impostas.PARA O CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS COMPULSÓRIAS DE ÂMBITO ESTADUAL - DECRETO 18.884/2020 ; DECRETO 18.895/2020 ,DECRETO 18.901/2020 E NO ÂMBITO MUNICIPAL - DECRETO Nº 17/2020 ; DECRETO Nº 18/2020Intensificar o policiamento ostensivo no sentido de fiscalizar o cumprimento das restrições enumeradas nos decretos nsº18.884/2020, decreto 18.895/2000 , Decreto 18.901 editados pelo Governo do Estado do Piauí e nos decretos municipais nº 17/2020 e 18/2020.Constatado o descumprimento dos decretos acima citados por algum estabelecimento comercial , restaurantes, clubes, academia, bares , salãode cabelo, clínica de estética, deve-se proceder contra o proprietário um Termo Circunstanciado de Ocorrência pela prática do crime previsto noart. 268 do Código Penal.Ressalte-se que a presente Recomendação objetiva garantir a melhor atuação das Policias Militar no tocante aos casos de descumprimento demedidas compulsórias impostas pelas autoridades de saúde do Município de União/PI, devendo proceder a lavratura de TCO de forma eficiente,bem como atender os chamados dos órgão de saúde local, a fim de garantir a segurança sanitária dos munícipes de União, bem como dospróprios agentes de segurança pública.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público, sendo remetidas cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao CAODS, ao CAOCRIM, ao Secretário Municipal de Saúde e aos respectivosdestinatários.União/PI, 20 de março de 2020.

RENATA MARCIA

RODRIGUESAssinado de forma digital por RENATA MARCIA RODRIGUESRENATA MÁRCIASRILOVDAR:4IG2U91E8S5S9IL6VASILVA:42918596353353Promotora de JustiçaDados: 2020.03.2318:29:11 -03'00'RECOMENDAÇÃO Nº. 002/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de União/PI, sendo titular a Bel. RENATA MÁRCIARODRIGUES SILVA, Promotora de Justiça, no uso de suas atribuições previstas nos arts. 127, caput,e 129, incisos II e VI da Constituição

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Federal e;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que foi editada editada a Lei 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, dispondo sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.CONSIDERANDO que o art. 3º, caput, da Lei 13.979/2020, para enfrentamento da emergência disciplina que poderão ser adotadas, entre outras,as seguintes medidas:I - isolamento (separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens, meios de transporte, mercadorias ou encomendas postaisafetadas, de outros, de maneira a evitar a contaminação ou a propagação do coronavírus - art. 2º, I);II - quarentena (restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contaminação das pessoas que não estejam doentes, ou debagagens, contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a possível contaminação oua propagação do coronavírus - art. 2º, II);III - determinação de realização compulsória de:a) exames médicos;b) testes laboratoriais;c) coleta de amostras clínicas;d) vacinação e outras medidas profiláticas; oue) tratamentos médicos específicos;IV - estudo ou investigação epidemiológica;V - exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver;VI - restrição excepcional e temporária de entrada e saída do País, conforme recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa), por rodovias, portos ou aeroportos;VII - requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa; eVIII - autorização excepcional e temporária para a importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Anvisa, desde que:a) registrados por autoridade sanitária estrangeira; eb) previstos em ato do Ministério da Saúde.CONSIDERANDO que o art. 3º, § 4º, da Lei estabelece que "as pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidas previstas neste artigo,e o descumprimento delas acarretará responsabilização, nos termos previstos em lei".CONSIDERANDO que a Lei 13.979/2020 foi regulamentada pela Portaria 356, de 11 de março de 2020, do Ministério da Saúde e que o artigo 3ºda Portaria diz respeito à medida de isolamento o seguinte:Art. 3º A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, demaneira a evitar a propagação da infecção e transmissão local.§ 1º A medida de isolamento somente poderá ser determinada por prescrição médica ou por recomendação do agente de vigilânciaepidemiológica, por um prazo máximo de 14 dias, podendo se estender por até igual período, conforme resultado laboratorial que comprove orisco de transmissão.§ 2º A medida de isolamento prescrita por ato médico deverá ser efetuada, preferencialmente, em domicílio, podendo ser feito em hospitaispúblicos ou privados, conforme recomendação médica, a depender do estado clínico do paciente.§ 3º Não será indicada medida de isolamento quando o diagnóstico laboratorial for negativo para o SARSCOV-2.§ 4º A determinação da medida de isolamento por prescrição médica deverá ser acompanhada do termo de consentimento livre e esclarecido dopaciente, conforme modelo estabelecido no Anexo I.§ 5º A medida de isolamento por recomendação do agente de vigilância epidemiológica ocorrerá no curso da investigação epidemiológica eabrangerá somente os casos de contactantes próximos a pessoas sintomáticas ou portadoras assintomáticas, e deverá ocorrer em domícilio.§ 6º Nas unidades da federação em que não houver agente de vigilância epidemiológica, a medida de que trata o § 5º será adotada peloSecretário de Saúde da respectiva unidade.§ 7º A medida de isolamento por recomendação será feita por meio de notificação expressa à pessoa contactante, devidamente fundamentada,observado o modelo previsto no Anexo II.CONSIDERANDO, ainda, que o art. 4º da Portaria disciplina :Art. 4º A medida de quarentena tem como objetivo garantir a manutenção dos serviços de saúde em local certo e determinado.§ 1º A medida de quarentena será determinada mediante ato administrativo formal e devidamente motivado e deverá ser editada por Secretáriode Saúde do Estado, do Município, do Distrito Federal ou Ministro de Estado da Saúde ou superiores em cada nível de gestão, publicada noDiário Oficial e amplamente divulgada pelos meios de comunicação.§ 2º A medida de quarentena será adotada pelo prazo de até 40 (quarenta) dias, podendo se estender pelo tempo necessário para reduzir atransmissão comunitária e garantir a manutenção dos serviços de saúde no território.§ 3º A extensão do prazo da quarentena de que trata o § 2º dependerá de prévia avaliação do Centro de Operações de Emergências em SaúdePública (COE-nCoV) previsto na Portaria nº 188/GM/MS, de 3 de fevereiro de 2020.§ 4º A medida de quarentena não poderá ser determinada ou mantida após o encerramento da Declaração de Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional.CONSIDERANDO que conforme o artigo 5º da Portaria, o descumprimento das medidas de isolamento e quarentena acarretará aresponsabilização, nos termos previstos em lei (caput).CONSIDERANDO QUE O DECRETO 18.884/2020 ; DECRETO 18.895/2020 , DECRETO 18.901/2020 EDITADOS PELO GOVERNO DOESTADO DO PAIUÍ E OS DECRETOS DO MINICÍPIO DE UNIÃO DECRETO Nº 17/2020 ; DECRETO Nº 18/2020, estabeleceram várias medidasrestritivas ;O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pela agente ministerial adiante subscrita, no exercício de suas atribuiçõeslegais, RESOLVE:RECOMENDAR ao COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR EM LAGOA ALEGRE, CABO JOSÉ RIBAMAR ODORICO DA CRUZ, emcumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentedeverão observar os seguintes dispositivos legais:PARA O CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS COMPULSÓRIAS DE ÂMBITO FEDERAL - LEI 13.979/2020 REGULAMENTADA PELA PORTARIAnº 356 DE 11 DE MARÇO DE 2020Art. 4º O descumprimento das medidas previstas no inciso (isolamento) e nas alíneas "a"(exame médico) , "b"(teste laboratorial) e "e" ( tratamentomédico específico) do inciso III do caput do art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020, poderá sujeitar os infratores às sanções penais previstas no art. 268do Código Penal. (Esse crime é de menor potencial ofensivo . O policial devera registrar um Termo Circunstanciado de Ocorrência.)§ 1º Nas hipóteses de isolamento, para configuração do descumprimento de que trata o caput, há necessidade de comunicação prévia à pessoaafetada sobre a compulsoriedade da medida, nos termos do § 7º do art. 3º da Portaria nº 356/GM/MS, de 11 de março de 2020. (Só configuraráo crime do art. 268 do CP se a pessoa submetida a medida de isolamento for comunicada previamente dessa medida.)§ 2º Para as hipóteses previstas nas alíneas "a"(exame medico), "b"(teste laboratorial) e "e"(tratamento médico especifico) do inciso III do caputdo art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020, a compulsoriedade das medidas depende, nos termos do art. 6º da Portaria nº 356/GM/MS, de 2020, deindicação médica ou de profissional de saúde. Só comete o crime do art. 268 do CP a pessoa que teve a indicaçao de um profissional da

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2.11. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE FLORIANO-PI10972

saúde para fazer o exame médico , teste de labarotório e tratamento médico e se recusou a fazê-los.Art. 5º O descumprimento da medida de quarentena, prevista no inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020, poderá sujeitar osinfratores às sanções penais previstas nos arts. 268 do Código Penal.Parágrafo único. A compulsoriedade da medida de quarentena depende de ato específico das autoridades competentes, nos termos do § 1º doart. 4º da Portaria nº 356/GM/MS, de 2020. Para cometimento do crime do art. 268 do CP é necessário que autoridade médica ouprofissional da saúde determine que a pessoa afetada fique em quarentena e essa pessoa descumpra essa determinação .Para dá efetividade as medidas o artigo 6º prevê que "os gestores locais do Sistema Único de Saúde - SUS, os profissionais de saúde, osdirigentes da administração hospitalar e os agentes de vigilância epidemiológica poderão solicitar o auxílio de força policial nos casos de recusaou desobediência por parte de pessoa submetida às medidas previstas nos art. 4º e art. 5º". A policia deve atender protamente o chamadodas autoridades de saúde e compelir a pessoa resistente a fazer o exame, o teste laboratorial , a ficar em isolamento ou quarentena.Nos casos de isolamento ou quarentana o policial deve conduzir a pessoa até sua residencia ou hospital, conforme a recomendação deprofissional da área de saúde. Também deve registrar a ocorrêcia do TCO pela prática do art. 268 do CP.Ao art. 8º, "visando a evitar a propagação do COVID-19 e no exercício do poder de polícia administrativa, a autoridade policial poderá encaminharo agente à sua residência ou estabelecimento hospitalar para cumprimento das medidas estabelecidas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020,conforme determinação das autoridades sanitárias".Ao art. 9º que estabelece: "Na hipótese de configuração de crime mais grave ou concurso de crimes e quando, excepcionalmente, houverimposição de prisão ao agente infrator, recomenda-se que as autoridades policial e judicial tomem providências para que ele seja mantido emestabelecimento ou cela separada dos demais presos".4. Caso o crime cometido não for de menor potencial ofensivo, a exemplo do crime de Epidemia (art. 267 do Código Penal), OU não havendo ocompromisso de comparecimento a todos os atos processuais e cumprimento das medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública,OU na hipótese legal de decretação de prisão preventiva, seja procedido a imediata instauração de Inquérito Policial e, em caso de prisão emflagrante, o devido encaminhamento das peças informativas ao Membro do Ministério Público, de preferência por e-mail([email protected]), para que este órgão ministerial diligencie nas cautelas necessárias para evitar a disseminação do vírus noambiente em que se der o recolhimento do agente infrator;5. Que no bojo da lavratura de Inquérito Policial ou Termo Circunstanciado de Ocorrência seja diligenciado a obtenção de cópias dasdeterminações dos gestores locais do SUS, os profissionais da área de saúde, os dirigentes da administração hospitalar e os agentes devigilância epidemiológica a fim de colacionar elementos de provas que possam auxiliar a atuação deste órgão ministerial no curso da persecuçãopenal, devendo o procedimento policial ser devidamente circunstanciado no tocante aos fatos, local, dia e horário do descumprimento dasmedidas compulsórias impostas.PARA O CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS COMPULSÓRIAS DE ÂMBITO ESTADUAL - DECRETO 18.884/2020 ; DECRETO 18.895/2020 ,DECRETO 18.901/2020 E NO ÂMBITO MUNICIPAL - DECRETO Nº 17/2020 ; DECRETO Nº 18/2020Intensificar o policiamento ostensivo no sentido de fiscalizar o cumprimento das restrições enumeradas nos decretos nsº 18.884/2020, decreto18.895/2000 , Decreto 18.901 editados pelo Governo do Estado do Piauí e nos decretos municipais nº 17/2020 e 18/2020.Constatado o descumprimento dos decretos acima citados por algum estabelecimento comercial , restaurantes, clubes, academia, bares , salãode cabelo, clínica de estética, deve-se proceder contra o proprietário um Termo Circunstanciado de Ocorrência pela prática do crime previsto noart. 268 do Código Penal.Ressalte-se que a presente Recomendação objetiva garantir a melhor atuação das Policias Militar no tocante aos casos de descumprimento demedidas compulsórias impostas pelas autoridades de saúde do Município de União/PI, devendo proceder a lavratura de TCO de forma eficiente,bem como atender os chamados dos órgão de saúde local, a fim de garantir a segurança sanitária dos munícipes de União, bem como dospróprios agentes de segurança pública.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público, sendo remetidas cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao CAODS, ao CAOCRIM, ao Secretário Municipal de Saúde e aos respectivosdestinatários.União/PI, 20 de março de 2020.RENATA MÁRCIA RODRIGUES SILVAPromotora de Justiça

PORTARIA Nº 07/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento do CONSELHO TUTELAR DO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DO PIAUÍ/PI NOANO DE 2020, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis necessárias para a garantia do seu pleno funcionamento,conforme seja o caso.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante em substituição na 2ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III e 225 da Constituição Federal, arts. 131 e seguintes e 200 e seguintes do ECA, art.25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis como preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses individuais,difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência, nos termos do artigo 201, inciso III, da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito àvida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar ecomunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, nos termos doartigo 227 da Constituição Federal;CONSIDERANDO que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo daproteção integral de que trata a Lei n° 8.069/90, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim delhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade;CONSIDERANDO que a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de açõesgovernamentais e não governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do art. 86 da Lei n°. 8.069/90;CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelocumprimento dos direitos da criança e do adolescente, nos termos do artigo 131 da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que incumbe ao Município garantir ao Conselho Tutelar todos os meios necessários para os conselheiros exercerem, comeficiência, suas atribuições, assegurando-lhe uma estrutura adequada ao seu pleno funcionamento, devendo na Lei Orçamentária Municipalconstar previsão de recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada dos seusconselheiros, nos termos do artigo 134 da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que as ações desenvolvidas pelo Conselho Tutelar, no exercício de suas atribuições, constituem serviços públicos relevantes;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

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para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:Com fundamento nos arts. 37, 127, 129, III e 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º eseguintes da Resolução nº 174/2017-CNMP, art. 200 do ECA e legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presentePROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO em desfavor do Município de NAZARÉ DO PIAUÍ/PI- Secretaria Municipal de Desenvolvimento eAssistência Social, cujo objeto é fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento do Conselho Tutelar do Município de NAZARÉDO PIAUÍ/PI no ano de 2020, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis necessárias para a garantia do seu plenofuncionamento, conforme seja o caso, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODIJ eCSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelomesmo período, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 daResolução nº 174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano(PI), 19 de março de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 08/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento do CONSELHO TUTELAR DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO PEIXE/PINO ANO DE 2020, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis necessárias para a garantia do seu plenofuncionamento, conforme seja o caso.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante em substituição na 2ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III e 225 da Constituição Federal, arts. 131 e seguintes e 200 e seguintes do ECA, art.25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis como preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses individuais,difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência, nos termos do artigo 201, inciso III, da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito àvida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar ecomunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, nos termos doartigo 227 da Constituição Federal;CONSIDERANDO que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo daproteção integral de que trata a Lei n° 8.069/90, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim delhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade;CONSIDERANDO que a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de açõesgovernamentais e não governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do art. 86 da Lei n°. 8.069/90;CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelocumprimento dos direitos da criança e do adolescente, nos termos do artigo 131 da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que incumbe ao Município garantir ao Conselho Tutelar todos os meios necessários para os conselheiros exercerem, comeficiência, suas atribuições, assegurando-lhe uma estrutura adequada ao seu pleno funcionamento, devendo na Lei Orçamentária Municipalconstar previsão de recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada dos seusconselheiros, nos termos do artigo 134 da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que as ações desenvolvidas pelo Conselho Tutelar, no exercício de suas atribuições, constituem serviços públicos relevantes;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:Com fundamento nos arts. 37, 127, 129, III e 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º eseguintes da Resolução nº 174/2017-CNMP, art. 200 do ECA e legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presentePROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO em desfavor do Município de SÃO JOSÉ DO PEIXE/PI - Secretaria Municipal de Desenvolvimento eAssistência Social, cujo objeto é fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento do Conselho Tutelar do Município de SÃOJOSÉ DO PEIXE/PI no ano de 2020, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis necessárias para a garantia do seupleno funcionamento, conforme seja o caso, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODIJ eCSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelomesmo período, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 daResolução nº 174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano(PI), 19 de março de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 09/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento do CONSELHO TUTELAR DO MUNICÍPIO DE ARRAIAL/PI NO ANO DE2020, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis necessárias para a garantia do seu pleno funcionamento,conforme seja o caso.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante em substituição na 2ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III e 225 da Constituição Federal, arts. 131 e seguintes e 200 e seguintes do ECA, art.25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais

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indisponíveis como preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses individuais,difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência, nos termos do artigo 201, inciso III, da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito àvida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar ecomunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, nos termos doartigo 227 da Constituição Federal;CONSIDERANDO que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo daproteção integral de que trata a Lei n° 8.069/90, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim delhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade;CONSIDERANDO que a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de açõesgovernamentais e não governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do art. 86 da Lei n°. 8.069/90;CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelocumprimento dos direitos da criança e do adolescente, nos termos do artigo 131 da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que incumbe ao Município garantir ao Conselho Tutelar todos os meios necessários para os conselheiros exercerem, comeficiência, suas atribuições, assegurando-lhe uma estrutura adequada ao seu pleno funcionamento, devendo na Lei Orçamentária Municipalconstar previsão de recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada dos seusconselheiros, nos termos do artigo 134 da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que as ações desenvolvidas pelo Conselho Tutelar, no exercício de suas atribuições, constituem serviços públicos relevantes;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:Com fundamento nos arts. 37, 127, 129, III e 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º eseguintes da Resolução nº 174/2017-CNMP, art. 200 do ECA e legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presentePROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO em desfavor do Município de ARRAIAL/PI - Secretaria Municipal de Desenvolvimento e AssistênciaSocial, cujo objeto é fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento do Conselho Tutelar do Município de ARRAIAL/PI no anode 2020, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis necessárias para a garantia do seu pleno funcionamento,conforme seja o caso, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODIJ eCSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelomesmo período, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 daResolução nº 174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano(PI), 19 de março de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 10/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento do CONSELHO TUTELAR DO MUNICÍPIO DE FRANCISCO AYRES/PINO ANO DE 2020, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis necessárias para a garantia do seu plenofuncionamento, conforme seja o caso.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante em substituição na 2ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III e 225 da Constituição Federal, arts. 131 e seguintes e 200 e seguintes do ECA, art.25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis como preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses individuais,difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência, nos termos do artigo 201, inciso III, da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito àvida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar ecomunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, nos termos doartigo 227 da Constituição Federal;CONSIDERANDO que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo daproteção integral de que trata a Lei n° 8.069/90, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim delhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade;CONSIDERANDO que a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de açõesgovernamentais e não governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do art. 86 da Lei n°. 8.069/90;CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelocumprimento dos direitos da criança e do adolescente, nos termos do artigo 131 da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que incumbe ao Município garantir ao Conselho Tutelar todos os meios necessários para os conselheiros exercerem, comeficiência, suas atribuições, assegurando-lhe uma estrutura adequada ao seu pleno funcionamento, devendo na Lei Orçamentária Municipalconstar previsão de recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada dos seusconselheiros, nos termos do artigo 134 da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que as ações desenvolvidas pelo Conselho Tutelar, no exercício de suas atribuições, constituem serviços públicos relevantes;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:Com fundamento nos arts. 37, 127, 129, III e 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º eseguintes da Resolução nº 174/2017-CNMP, art. 200 do ECA e legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presentePROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO em desfavor do Município de FRANCISCO AYRES /PI - Secretaria Municipal de Desenvolvimento eAssistência Social, cujo objeto é fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento do Conselho Tutelar do Município deFRANCISCO AYRES /PI no ano de 2020, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis necessárias para a garantia doseu pleno funcionamento, conforme seja o caso, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 603 Disponibilização: Quinta-feira, 26 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 27 de Março de 2020

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2.12. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BARRAS-PI10973

2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODIJ eCSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelomesmo período, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 daResolução nº 174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano(PI), 19 de março de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 24/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Barras, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO, por fim, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19), notadamente no que concerne à adoção das medidas de saúde para resposta à emergência de saúde pública previstas no artigo 3ºde 13.979/2020, a saber: i) isolamento; ii) quarentena; iii) determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coletade amostras clínicas, vacinação e outras medidas profiláticas, ou tratamentos médicos específicos; iv) estudo ou investigação epidemiológica; v)exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver; vi) restrição excepcional e temporária, por rodovias, portos ou aeroportos de entrada esaída do país e locomoção interestadual e intermunicipal; vii) requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas; e viii) autorizaçãoexcepcional e temporária para a importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa);CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o artigo 3º, § 1º, da Portaria MS n. 356, de 11 de março de 2020, determina que a medida de isolamento objetiva aseparação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infecção etransmissão local, e poderá ser determinada por prescrição médica ou por recomendação do agente de vigilância sanitária, por um prazo máximode 14 (quatorze) dias;CONSIDERANDO que o artigo 4º, §1º, da Portaria MS n. 356, de 11 de março de 2020, determina que a medida de quarentena tem por objetivogarantir a manutenção dos serviços de saúde em local certo e determinado pelo prazo de até 40 (quarenta) dias, bem como será determinadamediante ato administrativo formal e devidamente motivado, a ser editado por Secretário de Saúde do Estado, do Município, do Distrito Federalou do Ministro da Saúde;CONSIDERANDO que a pessoa que descumprir as medidas impostas pelos órgãos públicos para evitar a disseminação do novo coronavíruspratica, a depender do caso, os crimes previstos nos artigos 268 e 330, ambos do Decreto-lei n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (CódigoPenal);CONSIDERANDO que a Portaria Interministerial n. 05, de 17 de março de 2020, dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamentoda emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo coronavírus, bem como sobre a responsabilidade sobre o seudescumprimento, nos termos do artigo 3º, § 4º, da Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020;CONSIDERANDO que os artigos 6º e 7º, ambos da Portaria Interministerial n. 05, de 17 de março de 2020, dispõem que os gestores locais doSUS, os profissionais de saúde, os dirigentes da administração hospitalar e os agentes de vigilância epidemiológica poderão solicitar o auxílio deforça policial nos casos de recusa e desobediência por parte da pessoa submetida às medidas de isolamento e quarentena;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12 do referido Decreto dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos o cancelamentode eventos esportivos, artisticos, culturais, politicos, cientificos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. § 1º Nao sendo possível ocancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. § 2º Na impossibilidade de atender às recomendações indicadas no caput e § 1ºdeste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de junho de 2013";CONSIDERANDO o Decreto nº 18.901, de 19 de março de 2020, que determina as medidas excepcionais que especifica, voltadas para oenfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente do COVID-19, decretando: "Art. 1º Fica determinada a suspensão: I - de todas asatividades em bares, restaurantes, cinemas, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas de estética; II - das atividades de saúdebucal/odontológica, públicas e privadas, exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência e emergência; III - de eventos esportivos; IV -das atividades comerciais em shopping centers. Parágrafo único. A suspensão das atividades e eventos determinados neste artigo terá vigência apartir das 24 horas do dia 20 de março de 2020. Art. 2º Fica determinado o controle de fluxo de pessoas nas divisas do Estado. § 1º O controle defluxo de pessoas será exercido pela vigilância sanitária estadual, em articulação com os serviços de vigilância sanitária federal e municipais, ecom o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil. § 2º Os órgãos envolvidos no controle de fluxo de pessoas deverão solicitar a colaboração daPolícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. § 3º O controle de fluxo de pessoas será exercido por meio de abordagem das pessoas quecruzarem a divisa estadual, as quais receberão orientações e determinações expedidas pelo serviço de saúde com objetivo de conter a

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contaminação pelo novo coronavirus".CONSIDERANDO o Decreto Municipal n. 04, de 17 de março de 2020, que estabeleceu medidas para enfrentamento de emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do novo coronavírus no âmbito do Município de Barras, que determinou suspensão de aulas darede pública municipal de ensino e atividades coletivas da administração pública municipal, pelo inicial prazo de 15 (quinze) dias;CONSIDERANDO a Portaria n. 454, de 20 de março de 2020, declarou, em todo o território nacional, o estado de transmissão comunitária donovo coronavírus e recomendou, em seu artigo 4º, que as pessoas com mais de 60 (sessenta) anos de idade devem observar distanciamentosocial, restringindo seus deslocamentos para realização de atividade estritamente necessárias, evitando transporte de utilização coletiva, viagense eventos esportivos, artísticos, culturais, científicos, comerciais e religiosos e outros com concentração próxima de pessoas;CONSIDERANDO o retardamento de fiscalização e controle urbanísticos pelo Município de Barras, que são pautados no regular exercício dopoder de polícia, pode constituir ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública, consoante previstono artigo 11, I e II, da Lei n. 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa);CONSIDERANDO consoante previsão do artigo 27, parágrafo único, IV, da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), oMinistério Público pode expedir recomendação dirigida aos órgãos da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal, requisitando aodestinatário sua divulgação, assim como resposta por escrito;O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pelo agente ministerial adiante subscrito, no exercício de suas atribuiçõeslegais, resolve RECOMENDAR ao Município de Barras, presentado pelo Prefeito Municipal, CARLOS ALBERTO LAGES MONTE, e aoSecretário Municipal de Saúde, EDUARDO JOSÉ DE AGUIAR RAMOS, que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do recebimentodesta recomendação, na medida de suas respectivas atribuições e competências, adotem todas as providências judiciais, regulamentares eadministrativas destinadas à prevenção, contenção e combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no âmbito do Município de Barras,observadas as seguintes disposições:a) obediência aos fluxos de atendimento estabelecidos pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí no que concerne aos protocolos, normas erotinas, fluxos de atendimento, monitoramento, medidas de prevenção e controle, consoante previsto no documento denominado "Plano Estadualde Contingência para o Enfrentamento da Infecção Humana pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV)[1]";b) sejam estudados, estabelecidos e apresentados protocolos de atuação local, elaborados juntamente com a classe médica e demais servidoresda área da saúde, para proteção individual dos servidores, colaboradores e pacientes (casos suspeitos e confirmados), bem como identificação etratamento dos sintomas em pessoas que apresentem quadro clínico relacionado com o novo coronavírus, sem prejuízo da manutenção dosistema de notificações em níveis nacional e estadual, para que integrem a estatística e acompanhamento dos casos observados;c) expedição e ampla divulgação de decreto municipal que fixe critérios para a realização de trabalho em horários alternativos e em escala derevezamento presencial (quando necessário), reuniões por chamadas virtuais e/ou home office, respeitada a carga horária correspondente aosrespectivos cargos ocupados pelos servidores públicos municipais aos quais seja deferida a possibilidade de trabalho remoto durante todo operíodo de enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus;d) viabilização, conforme orientação e prescrição profissional, de isolamento domiciliar ou hospitalar e quarentena (inclusive compulsórios, caso oagente demonstre resistência no cumprimento das medidas determinadas, devendo a Polícia Militar ser acionada para auxiliar na fiscalização ena efetivação das deliberações da Secretaria de Saúde do Município de Barras), de viajante internacional ou nacional que regressou ao país oude outra unidade da federação com transmissão comunitária do novo coronavírus, por um prazo máximo de 14 (quatorze) dias, podendo seestender por até igual período, conforme resultado laboratorial que comprove o risco da transmissão;e) fiscalização ostensiva, por meio da Vigilância Sanitária do Município de Barras, e divulgação para a comunidade de informações relacionadasà importância e obrigatoriedade do cumprimento de todas as medidas restritivas e suspensivas previstas no Decreto Estadual n. 18.884, noDecreto Estadual n. 18.901, e no Decreto Municipal n. 04/2020, especialmente quanto à suspensão, pelo prazo inicial de 15 (quinze) dias, detodas as atividades, públicas e privadas, que envolvam aglomeração de pessoas;f) representação à Polícia Militar do Estado do Piauí, Polícia Civil do Estado do Piauí e/ou às Promotorias de Justiça da Comarca de Barras casoconstatado o descumprimento das medidas de isolamento e quarentena determinadas por profissional lotado na Secretaria de Saúde doMunicípio de Barras, com o objetivo de responsabilizar o agente pela prática dos crimes previstos nos artigos 268 e 330, ambos do Código Penal,sem prejuízo da responsabilização civil e da adoção, pelo ente municipal, das providências administrativas (aplicação de multa com fundamentona legislação municipal, requisição de bens e serviços e interdição dos locais que insistam em desrespeitar as determinações legais eadministrativas necessárias para a contenção, prevenção e combate à pandemia do novo conronavírus, dentre outros) e judiciais cabíveis enecessárias para efetivar as mencionadas medidas;h) produção, promoção e distribuição de material informativo, por meio de constante veiculação de postagens na rede mundial de computadorese publicidade volante nas vias públicas, no que concerne às orientações e/ou determinações de medidas não farmacológicas, de maneiradirecionada a grupos específicos, a exemplo de famílias, grupos etários e de risco, empresas, sindicatos, associações e estabelecimentoscomerciais e escolares, dentre outros; ei) produção, promoção e distribuição de material informativo, por meio de constante veiculação de postagens na rede mundial de computadores epublicidade volante periódica, no que concerne às medidas legais e administrativas que serão adotadas caso observado o descumprimento dasdeterminações emanadas pelo Estado do Piauí e pelo Município de Barras, principalmente no que concerne à aplicação de multa, interdição doslocais que insistam em desrespeitar as determinações legais e administrativas necessárias para a contenção (ou outra medida coercitiva) econfiguração dos crimes previstos nos artigos 268 e 330, ambos do Código Penal.RECOMENDA, ainda, 3ª COMPANHIA DO 15º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PIAUÍ, na pessoa do Capitão MiguelRaimundo Batista, que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do recebimento desta recomendação, adote, na medida de suasatribuições e competências, todas as providências necessárias à prevenção, contenção e combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19)no âmbito do Município de Barras, observadas as seguintes disposições:a) atendimento imediato, sem necessidade de prévia autorização judicial, de todas as requisições emanadas da Secretaria de Saúde doMunicípio de Barras e que objetivem cumprir, com auxílio de força policial nos casos de recusa e desobediência, no âmbito do Município deBarras, as medidas restritivas e suspensivas previstas Decreto Estadual n. 18.884, no Decreto Estadual n. 18.901, e no Decreto Municipal n.04/2020, especialmente quanto à suspensão, pelo prazo inicial de 15 (quinze) dias, de todas as atividades, públicas e privadas, que envolvamaglomeração de pessoas;b) resguardar, caso necessário, a segurança dos gestores locais do SUS, dos profissionais de saúde, dos dirigentes da administração hospitalare dos agentes de vigilância epidemiológica, de modo a disponibilizar, sem necessidade de prévia autorização judicial, o efetivo policial adequadopara efetivar todas as determinações da Secretaria de Saúde do Município de Barras relacionadas com a contenção e prevenção do novocoronavírus, notadamente a realização compulsória de isolamento (domiciliar e hospitalar) e quarentena, bem como a interdição de todos oslocais, públicos e privados, que não suspenderem as suas atividades pelo período inicial de 15 (quinze) dias (feiras, quiosques, clínicas deestética, bares, restaurantes, clubes, academias, eventos religiosos, atividades de saúde bucal, exceto aquelas relacionadas ao atendimento deurgências e emergências, dentre outras); ec) lavratura de termo circunstanciado de ocorrência no tocante à prática de crime de menor potencial ofensivo, especialmente daqueles previstosnos artigos 268 e 330, ambos Código Penal, sem prejuízo da comunicação da prática de crime mais grave aos órgãos competentes para apurar oilícito, em virtude do descumprimento das medidas impostas pelos órgãos públicos com o objetivo de evitar a disseminação do novo coronavírusno âmbito do Município de Barras.Ficam os destinatários da recomendação advertidos dos seguintes efeitos dela advindos:a) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do recomendado;

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b) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;c) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.d) fixa-se o prazo de 24 horas, a contar do recebimento, para que os destinatários manifestem-se sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Barras, pelo e-mail ([email protected]) as providências tomadas ea documentação hábil a provar o fiel cumprimento para o seu cumprimento, sob pena de serem implementadas as medidas judiciais cabíveis aocaso.e) caso optem pelo não atendimento ou atendimento parcial desta recomendação, encaminhem, no prazo de 72 (setenta e duas) horas,justificativa técnico-jurídica que demonstre as consequências práticas da decisão tomada, os obstáculos e dificuldades reais identificados pelagestão para cumprir a recomendação, além de apresentarem alternativas possíveis para a solução do problema coletivo ora recomendado,consoante artigos 20 e 22 da Lei Federal n. 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro);f) no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, divulguem adequadamente o documento por meio de reprodução e afixação do documento em local defácil acesso ao público, inclusive na entrada dos prédios da Prefeitura Municipal de Barras e da Câmara Municipal de Barras, na entrada dasescolas da rede pública de ensino (estadual e municipal), no Hospital Regional Leônidas Melo e nas unidades básicas de saúde, além dereprodução integral do documento na página institucional da Prefeitura Municipal na rede mundial de computadores, no Portal da Transparência eem todas as redes sociais administradas pela Prefeitura Municipal de Barras;Adverte-se que a divulgação da presente recomendação e o fornecimento das informações requisitadas são de caráter obrigatório, sob pena deconfiguração dos crimes previstos no artigo 330 do Código Penal e no artigo 10 da Lei n. 7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública), respectivamente.De mais a mais, para conhecimento, seja a presente recomendação encaminhada, preferencialmente por e-mail ou aplicativo de celular utilizadopara troca de mensagens aos destinatários.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público, bem como se remetamcópias ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional da Saúde e aos respectivos destinatários.Barras-PI, 25 de março de 2020.Glécio Paulino Setúbal da Cunha e SilvaPromotor de Justiça Titular da 2ª Promotoria de Justiça[1] Disponível em http://www.saude.pi.gov.br/uploads/warning_document/file/468/Plano-de-contigencia-Coronavirus-Piaui-atual.pdf. Acesso em:25 de março de 2020.RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 25/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Barras, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO, por fim, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19), notadamente no que concerne à adoção das medidas de saúde para resposta à emergência de saúde pública previstas no artigo 3ºde 13.979/2020, a saber: i) isolamento; ii) quarentena; iii) determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coletade amostras clínicas, vacinação e outras medidas profiláticas, ou tratamentos médicos específicos; iv) estudo ou investigação epidemiológica; v)exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver; vi) restrição excepcional e temporária, por rodovias, portos ou aeroportos de entrada esaída do país e locomoção interestadual e intermunicipal; vii) requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas; e viii) autorizaçãoexcepcional e temporária para a importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa);CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o artigo 3º, § 1º, da Portaria MS n. 356, de 11 de março de 2020, determina que a medida de isolamento objetiva aseparação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infecção etransmissão local, e poderá ser determinada por prescrição médica ou por recomendação do agente de vigilância sanitária, por um prazo máximode 14 (quatorze) dias;CONSIDERANDO que o artigo 4º, §1º, da Portaria MS n. 356, de 11 de março de 2020, determina que a medida de quarentena tem por objetivogarantir a manutenção dos serviços de saúde em local certo e determinado pelo prazo de até 40 (quarenta) dias, bem como será determinadamediante ato administrativo formal e devidamente motivado, a ser editado por Secretário de Saúde do Estado, do Município, do Distrito Federalou do Ministro da Saúde;CONSIDERANDO que a pessoa que descumprir as medidas impostas pelos órgãos públicos para evitar a disseminação do novo coronavíruspratica, a depender do caso, os crimes previstos nos artigos 268 e 330, ambos do Decreto-lei n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (CódigoPenal);CONSIDERANDO que a Portaria Interministerial n. 05, de 17 de março de 2020, dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamentoda emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo coronavírus, bem como sobre a responsabilidade sobre o seudescumprimento, nos termos do artigo 3º, § 4º, da Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020;CONSIDERANDO que os artigos 6º e 7º, ambos da Portaria Interministerial n. 05, de 17 de março de 2020, dispõem que os gestores locais doSUS, os profissionais de saúde, os dirigentes da administração hospitalar e os agentes de vigilância epidemiológica poderão solicitar o auxílio deforça policial nos casos de recusa e desobediência por parte da pessoa submetida às medidas de isolamento e quarentena;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12 do referido Decreto dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos o cancelamento

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de eventos esportivos, artisticos, culturais, politicos, cientificos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. § 1º Nao sendo possível ocancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. § 2º Na impossibilidade de atender às recomendações indicadas no caput e § 1ºdeste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de junho de 2013";CONSIDERANDO o Decreto nº 18.901, de 19 de março de 2020, que determina as medidas excepcionais que especifica, voltadas para oenfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente do COVID-19, decretando: "Art. 1º Fica determinada a suspensão: I - de todas asatividades em bares, restaurantes, cinemas, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas de estética; II - das atividades de saúdebucal/odontológica, públicas e privadas, exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência e emergência; III - de eventos esportivos; IV -das atividades comerciais em shopping centers. Parágrafo único. A suspensão das atividades e eventos determinados neste artigo terá vigência apartir das 24 horas do dia 20 de março de 2020. Art. 2º Fica determinado o controle de fluxo de pessoas nas divisas do Estado. § 1º O controle defluxo de pessoas será exercido pela vigilância sanitária estadual, em articulação com os serviços de vigilância sanitária federal e municipais, ecom o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil. § 2º Os órgãos envolvidos no controle de fluxo de pessoas deverão solicitar a colaboração daPolícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. § 3º O controle de fluxo de pessoas será exercido por meio de abordagem das pessoas quecruzarem a divisa estadual, as quais receberão orientações e determinações expedidas pelo serviço de saúde com objetivo de conter acontaminação pelo novo coronavirus".CONSIDERANDO o Decreto Municipal n. 05, de 17 de março de 2020, que estabeleceu medidas para enfrentamento de emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do novo coronavírus no âmbito do Município de Boa Hora, que determinou suspensão de aulasda rede pública municipal de ensino e atividades coletivas da administração pública municipal, pelo inicial prazo de 15 (quinze) dias;CONSIDERANDO a Portaria n. 454, de 20 de março de 2020, declarou, em todo o território nacional, o estado de transmissão comunitária donovo coronavírus e recomendou, em seu artigo 4º, que as pessoas com mais de 60 (sessenta) anos de idade devem observar distanciamentosocial, restringindo seus deslocamentos para realização de atividade estritamente necessárias, evitando transporte de utilização coletiva, viagense eventos esportivos, artísticos, culturais, científicos, comerciais e religiosos e outros com concentração próxima de pessoas;CONSIDERANDO o retardamento de fiscalização e controle urbanísticos pelo Município de Boa Hora, que são pautados no regular exercício dopoder de polícia, pode constituir ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública, consoante previstono artigo 11, I e II, da Lei n. 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa);CONSIDERANDO consoante previsão do artigo 27, parágrafo único, IV, da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), oMinistério Público pode expedir recomendação dirigida aos órgãos da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal, requisitando aodestinatário sua divulgação, assim como resposta por escrito;O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pelo agente ministerial adiante subscrito, no exercício de suas atribuiçõeslegais, resolve RECOMENDAR ao Município de Boa Hora, presentado pelo Prefeito Municipal, FRANCIEUDO DO NASCIMENTO CARVALHO, eà Secretária Municipal de Saúde, LAICE SILVA, que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do recebimento desta recomendação, namedida de suas respectivas atribuições e competências, adotem todas as providências judiciais, regulamentares e administrativas destinadas àprevenção, contenção e combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no âmbito do Município de Boa Hora, observadas as seguintesdisposições:a) obediência aos fluxos de atendimento estabelecidos pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí no que concerne aos protocolos, normas erotinas, fluxos de atendimento, monitoramento, medidas de prevenção e controle, consoante previsto no documento denominado "Plano Estadualde Contingência para o Enfrentamento da Infecção Humana pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV)[1]";b) sejam estudados, estabelecidos e apresentados protocolos de atuação local, elaborados juntamente com a classe médica e demais servidoresda área da saúde, para proteção individual dos servidores, colaboradores e pacientes (casos suspeitos e confirmados), bem como identificação etratamento dos sintomas em pessoas que apresentem quadro clínico relacionado com o novo coronavírus, sem prejuízo da manutenção dosistema de notificações em níveis nacional e estadual, para que integrem a estatística e acompanhamento dos casos observados;c) expedição e ampla divulgação de decreto municipal que fixe critérios para a realização de trabalho em horários alternativos e em escala derevezamento presencial (quando necessário), reuniões por chamadas virtuais e/ou home office, respeitada a carga horária correspondente aosrespectivos cargos ocupados pelos servidores públicos municipais aos quais seja deferida a possibilidade de trabalho remoto durante todo operíodo de enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus;d) viabilização, conforme orientação e prescrição profissional, de isolamento domiciliar ou hospitalar e quarentena (inclusive compulsórios, caso oagente demonstre resistência no cumprimento das medidas determinadas, devendo a Polícia Militar ser acionada para auxiliar na fiscalização ena efetivação das deliberações da Secretaria de Saúde do Município de Boa Hora), de viajante internacional ou nacional que regressou ao paísou de outra unidade da federação com transmissão comunitária do novo coronavírus, por um prazo máximo de 14 (quatorze) dias, podendo seestender por até igual período, conforme resultado laboratorial que comprove o risco da transmissão;e) fiscalização ostensiva, por meio da Vigilância Sanitária do Município de Boa Hora, e divulgação para a comunidade de informaçõesrelacionadas à importância e obrigatoriedade do cumprimento de todas as medidas restritivas e suspensivas previstas no Decreto Estadual n.18.884, no Decreto Estadual n. 18.901, e no Decreto Municipal n. 05/2020, especialmente quanto à suspensão, pelo prazo inicial de 15 (quinze)dias, de todas as atividades, públicas e privadas, que envolvam aglomeração de pessoas;f) representação à Polícia Militar do Estado do Piauí, Polícia Civil do Estado do Piauí e/ou às Promotorias de Justiça da Comarca de Barras casoconstatado o descumprimento das medidas de isolamento e quarentena determinadas por profissional lotado na Secretaria de Saúde doMunicípio de Boa Hora, com o objetivo de responsabilizar o agente pela prática dos crimes previstos nos artigos 268 e 330, ambos do CódigoPenal, sem prejuízo da responsabilização civil e da adoção, pelo ente municipal, das providências administrativas (aplicação de multa comfundamento na legislação municipal, requisição de bens e serviços e interdição dos locais que insistam em desrespeitar as determinações legaise administrativas necessárias para a contenção, prevenção e combate à pandemia do novo conronavírus, dentre outros) e judiciais cabíveis enecessárias para efetivar as mencionadas medidas;h) produção, promoção e distribuição de material informativo, por meio de constante veiculação de postagens na rede mundial de computadorese publicidade volante nas vias públicas, no que concerne às orientações e/ou determinações de medidas não farmacológicas, de maneiradirecionada a grupos específicos, a exemplo de famílias, grupos etários e de risco, empresas, sindicatos, associações e estabelecimentoscomerciais e escolares, dentre outros; ei) produção, promoção e distribuição de material informativo, por meio de constante veiculação de postagens na rede mundial de computadores epublicidade volante periódica, no que concerne às medidas legais e administrativas que serão adotadas caso observado o descumprimento dasdeterminações emanadas pelo Estado do Piauí e pelo Município de Boa Hora, principalmente no que concerne à aplicação de multa, interdiçãodos locais que insistam em desrespeitar as determinações legais e administrativas necessárias para a contenção (ou outra medida coercitiva) econfiguração dos crimes previstos nos artigos 268 e 330, ambos do Código Penal.RECOMENDA, ainda, 3ª COMPANHIA DO 15º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PIAUÍ, na pessoa do Capitão MIGUELRAIMUNDO BATISTA, que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do recebimento desta recomendação, adote, na medida de suasatribuições e competências, todas as providências necessárias à prevenção, contenção e combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19)no âmbito do Município de Boa Hora, observadas as seguintes disposições:a) atendimento imediato, sem necessidade de prévia autorização judicial, de todas as requisições emanadas da Secretaria de Saúde doMunicípio de Boa Hora e que objetivem cumprir, com auxílio de força policial nos casos de recusa e desobediência, no âmbito do Município deBoa Hora, as medidas restritivas e suspensivas previstas Decreto Estadual n. 18.884, no Decreto Estadual n. 18.901, e no Decreto Municipal n.05/2020, especialmente quanto à suspensão, pelo prazo inicial de 15 (quinze) dias, de todas as atividades, públicas e privadas, que envolvamaglomeração de pessoas;

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3. CAO DE DEFESA DA EDUCAÇÃO E DA CIDADANIA []

3.1. NOTAS TÉCNICAS CAODEC 10966

b) resguardar, caso necessário, a segurança dos gestores locais do SUS, dos profissionais de saúde, dos dirigentes da administração hospitalare dos agentes de vigilância epidemiológica, de modo a disponibilizar, sem necessidade de prévia autorização judicial, o efetivo policial adequadopara efetivar todas as determinações da Secretaria de Saúde do Município de Boa Hora relacionadas com a contenção e prevenção do novocoronavírus, notadamente a realização compulsória de isolamento (domiciliar e hospitalar) e quarentena, bem como a interdição de todos oslocais, públicos e privados, que não suspenderem as suas atividades pelo período inicial de 15 (quinze) dias (feiras, quiosques, clínicas deestética, bares, restaurantes, clubes, academias, eventos religiosos, atividades de saúde bucal, exceto aquelas relacionadas ao atendimento deurgências e emergências, dentre outras); ec) lavratura de termo circunstanciado de ocorrência no tocante à prática de crime de menor potencial ofensivo, especialmente daqueles previstosnos artigos 268 e 330, ambos Código Penal, sem prejuízo da comunicação da prática de crime mais grave aos órgãos competentes para apurar oilícito, em virtude do descumprimento das medidas impostas pelos órgãos públicos com o objetivo de evitar a disseminação do novo coronavírusno âmbito do Município de Boa Hora.Ficam os destinatários da recomendação advertidos dos seguintes efeitos dela advindos:a) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do recomendado;b) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;c) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.d) fixa-se o prazo de 24 horas, a contar do recebimento, para que os destinatários manifestem-se sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Barras, pelo e-mail ([email protected]) as providências tomadas ea documentação hábil a provar o fiel cumprimento para o seu cumprimento, sob pena de serem implementadas as medidas judiciais cabíveis aocaso.e) caso optem pelo não atendimento ou atendimento parcial desta recomendação, encaminhem, no prazo de 72 (setenta e duas) horas,justificativa técnico-jurídica que demonstre as consequências práticas da decisão tomada, os obstáculos e dificuldades reais identificados pelagestão para cumprir a recomendação, além de apresentarem alternativas possíveis para a solução do problema coletivo ora recomendado,consoante artigos 20 e 22 da Lei Federal n. 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro);f) no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, divulguem adequadamente o documento por meio de reprodução e afixação do documento em local defácil acesso ao público, inclusive na entrada dos prédios da Prefeitura Municipal de Boa Hora e da Câmara Municipal de Boa Hora, na entradadas escolas da rede pública de ensino (estadual e municipal) e nas unidades básicas de saúde, além de reprodução integral do documento napágina institucional da Prefeitura Municipal na rede mundial de computadores, no Portal da Transparência e em todas as redes sociaisadministradas pela Prefeitura Municipal de Boa Hora;Adverte-se que a divulgação da presente recomendação e o fornecimento das informações requisitadas são de caráter obrigatório, sob pena deconfiguração dos crimes previstos no artigo 330 do Código Penal e no artigo 10 da Lei n. 7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública), respectivamente.De mais a mais, para conhecimento, seja a presente recomendação encaminhada, preferencialmente por e-mail ou aplicativo de celular utilizadopara troca de mensagens aos destinatários.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público, bem como se remetamcópias ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional da Saúde e aos respectivos destinatários.Barras-PI, 25 de março de 2020.Glécio Paulino Setúbal da Cunha e SilvaPromotor de Justiça Titular da 2ª Promotoria de Justiça[1] Disponível em http://www.saude.pi.gov.br/uploads/warning_document/file/468/Plano-de-contigencia-Coronavirus-Piaui-atual.pdf. Acesso em:25 de março de 2020.

NOTA TÉCNICA Nº.02/2020/CAODEC/MPPIO Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania com fundamento no art. 55, inciso II, da LC n. 12/93, expede a seguinteinformação técnico-jurídica às Promotorias e Procuradorias de Justiça com atribuições na área da cidadania:CONSIDERANDO a situação de extrema vulnerabilidade social das pessoas em situação de rua, juridicamente caracterizadas - conforme oparágrafo único do art. 1º do Decreto n. 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua - como: indivíduopertencente a grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, vínculos familiares interrompidos ou fragilizados einexistência de moradia convencional regular, utilizando os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento,de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória;CONSIDERANDO o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CRFB), que situa a pessoa como centro daspreocupações estatais, bem como a meta de erradicação da pobreza e da marginalização imposta à República brasileira pela CRFB (art. 3º, III);CONSIDERANDO a situação de extrema vulnerabilidade na qual as pessoas em situação de rua se encontram, em decorrência dediscriminação e do não acesso a diversos direitos fundamentais;CONSIDERANDO que as pessoas em situação de rua, dada sua situação de vulnerabilidade, são titulares do direito à assistência social (art. 23,II, da LOAS), sendo, inclusive, destinatárias dos seguintes serviços de abrangência municipal/regional previstos na Resolução CNAS n. 109/2009:(a) Serviço Especializado em Abordagem Social; (b) Serviço de Acolhimento Institucional para População de Rua; (c) Serviço Especializado paraPessoas em Situação de Rua - Centro-POP; (d) Serviço de Acolhimento em República; (e) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado aFamílias e Indivíduos (PAEFI) e Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população, nesta estando expressamente inclusas as pessoas em situação de rua (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que a omissão do poder público em prestar os serviços acima relacionados configura frontal ofensa à Constituição,às leis e às normas infralegais que visam à garantia de direitos das pessoas em situação de rua, uma vez que tais serviços se destinam àproteção da pessoa e à promoção de sua dignidade, por vezes mitigada pela miséria e pela discriminação;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente

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de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que a população em situação de rua fica potencialmente suscetível a situações de risco de diversas naturezas, em especial,na seara da saúde, educação, registro civil, tal como, comumente, passou ou passa por situação de distanciamento ou afrouxamento de vínculosfamiliares;Diante disso, o Ministério Público do Estado do Piauí, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania - CAODEC,firmou entendimento, ratificado pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção de Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19) de que asSecretarias Municipais e Estaduais de Assistência Social devem:1. Efetivar a instalação ou reordenamento dos serviços socioassistenciais de prestação contínua destinados às pessoas em situação de rua,com toda a estrutura física, material e de recursos humanos, conforme parâmetros estabelecidos na legislação pertinente, adequando àsmedidas emergenciais, estabelecidas pela Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde, para o enfrentamento à Pandemia doCORONAVÍRUS;1. Serviço Especializado em Abordagem SocialO Serviço Especializado em Abordagem Social deve ser estruturado de forma a viabilizar a busca da resolução de necessidades imediatas epromover a inserção na rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas na perspectiva da garantia dos direitos, de acordocom as indicações abaixo:a) O serviço deverá ser ofertado de forma contínua e programada, com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa queidentifique, no território do município, a incidência de pessoas em situação de rua, com observância apurada para prevenção e identificação decasos suspeitos de CORONAVÍRUS;b) O serviço deverá ser ofertado por uma das seguintes unidades: Centro de Referência especializado de Assistência Social (CREAS); Unidadeespecífica referenciada ao CREAS; Centro de Referência especializado para População em Situação de Rua (Centro-POP);c) No processo de organização do Serviço de Abordagem Social, deverá ser observado o mapeamento/diagnóstico socioterritorial da incidênciade situações de risco pessoal e social no município e da rede instalada nos territórios;d) O Serviço de Abordagem deve ser ofertado ininterruptamente, ou seja, todos os dias da semana, inclusive fins de semana e feriado, durante odia e a noite;2. Serviço de Acolhimento Institucional para População de Ruaa) O Serviço de Acolhimento Institucional para População de Rua deve ser estruturado de forma a viabilizar a eficiente prestação dos serviçossocioassistenciais de abrigo institucional para a oferta de acolhimento provisório a pessoas adultas ou grupo familiar, com ou sem crianças, quese encontram em situação de rua e dar atendimento às pessoas em situação de rua, com especial atenção as medidas de prevenção,identificação de casos suspeitos, tratamento e mitigação de danos decorrentes da Pandemia de CORONAVÍRUS;3. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro-POP)a) O Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua, presentes nos municípios de Teresina e Parnaíba, devem estar equipadospara o enfrentamento da Pandemia do CORONAVÍRUS, adotando medidas e cuidados recomendados pelos órgãos de controle, a exemplo de:Evitar contato próximo com pessoas doentes e que tenham infecção respiratória aguda sem a devida proteção, a exemplo do uso de máscaraN95;Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para asmãos à base de álcool em gel, principalmente, após contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar;Usar lenços descartáveis para higiene nasal (lenços de tecido não são recomendados);Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir com um lenço de papel e descartar no lixo;Higienizar as mãos sempre depois que tossir ou espirrar;Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas;Manter ambientes muito bem ventilados;Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, garrafas e talheres;Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.4. Recomendações Geraisa) Manutenção das equipes mínimas de apoio à população em situação de rua, a fim de garantir o atendimento junto as Unidades de Acolhimentoàs pessoas em situação de rua, em todo o Estado;b) Promoção de medidas de higienização rigorosa nas instalações das unidades de acolhimento às pessoas em situação de rua e nos centros dereferência de assistência social, com disponibilização de Equipamentos e Proteção Individual-EPI (avental, máscara, óculos, luvas, etc.) aosservidores;c) Disponibilização de álcool gel, de forma acessível e visível, em todos os locais de atendimento e acolhimento da população em situação derua;d) Promoção do acesso amplo das pessoas em situação de rua a banheiros e pias em todos os locais de atendimento e acolhimento,devidamente resguardados com sabão, sabonete ou detergente, para realização de higiene pessoal, como lavagem de mãos e banho;e) Ampla divulgação dos locais disponibilizados para acesso aos serviços destinados à população em situação de rua em todos os canais decomunicação do Estado e dos Municípios;Em caso de descumprimento desta Nota Técnica, o Ministério Público do Estado do Piauí deve ser informado através de sua Ouvidoria, que podeser contactada pelos seguintes meios: aplicativo MPPI Cidadão (disponível para android e ios); via formulário eletrônico no site do MPPI; e-mail:[email protected]; e por ligações telefônicas ou whatsapp para os seguintes números: (86) 98134-9773/98124-1603.Dê - se publicidade pelos canais de publicação internos e no Diário eletrônico do Ministério Público.Atenciosamente,Flávia Gomes CordeiroPromotora de JustiçaCoordenadora do CAODECNOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº.03/2020/CAODEC/CAODJI/MPPIO Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania e o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventudecom fundamento no art. 55, inciso II, da LC n. 12/93, expedem a seguinte informação técnico-jurídica às Promotorias e Procuradorias de Justiçacom atribuições na área da cidadania e da infância e juventude:CONSIDERANDO o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CRFB), que situa a pessoa como centro daspreocupações estatais, bem como a meta de erradicação da pobreza e da marginalização imposta à República brasileira pela CRFB (art. 3º, III);CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da Assistência

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Social (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - são as unidades responsáveis pelo desenvolvimento de todosos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que a Assistência Social no Brasil tem papel fundamental na proteção social, na ampliação do bem-estar e nas medidas decuidados integrais com a saúde da população mais vulnerável, de forma sinérgica ao Sistema Único de Saúde - SUS;CONSIDERANDO que a omissão do poder público em prestar os serviços socioassistenciais configura frontal ofensa à Constituição, àsleis e às normas infralegais que visam à garantia de direitos das pessoas em situação de rua, uma vez que tais serviços se destinam àproteção da pessoa e à promoção de sua dignidade, por vezes mitigada pela miséria e pela discriminação;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto Nº 10.282/2020, que regulamenta a Lei Nº 13.979/2020, e estabelece os serviços públicos e as atividadesessenciais;CONSIDERANDO que o parágrafo § 1, inciso II, artigo 3º, do referido Decreto estabelece a assistência social e atendimento à população emestado de vulnerabilidade como serviço público essencial;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;Diante disso, o Ministério Público do Estado do Piauí, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania - CAODEC edo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude, firmou entendimento, ratificado pelo Gabinete de Acompanhamento ePrevenção de Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19) de que as Secretarias Municipais e Estadual de Assistência Social devem:1. A oferta dos serviços, programas e benefícios socioassistenciais no âmbito do estado e dos municípios deverá ser garantida àqueles quenecessitarem, observando as medidas e condições que garantam a segurança e saúde dos usuários e profissionais do SUAS;2. Devem ser tomadas medidas de prevenção, cautela e redução do risco de transmissão para preservar a oferta regular e essencial dosserviços, programas e benefícios socioassistenciais, quais sejam:Adoção de regime de jornada em turnos de revezamento em que se promova melhor distribuição da força de trabalho com o objetivo de evitar aconcentração e a proximidade de pessoas no ambiente de trabalho;Adoção de medidas de segurança para os profissionais do SUAS com a disponibilização de materiais de higiene e Equipamentos de ProteçãoIndividual - EPI, recomendados pelo Ministério da Saúde, afastamento ou colocação em teletrabalho dos grupos de risco;3. Agilizar a necessária articulação com a saúde para devida capacitação do(a)s trabalhadores sobre as medidas de prevenção ao contágio doCOVID - 19;4. Organizar a oferta dos serviços, programas e benefícios socioassistenciais preferencialmente por agendamento remoto, priorizando osatendimentos individualizados graves ou urgentes, evitando-se a aglomeração de pessoas nas salas de espera ou recepção das unidades;5. Acompanhamento remoto dos usuários, por meio de ligação telefônica ou aplicativos de mensagens - como WhatsApp, principalmentedaqueles tidos como grupos de risco, tais como idosos, gestantes e lactantes, visando assegurar a sua proteção;6. Suspensão das atividades externas, tais como visitas e/ou eventos e demais ações comunitárias realizadas pelas equipes técnicas dereferência, salvo situação excepcional a ser avaliada no caso concreto;7. Suspensão das atividades dos grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, em especial os idosos;8. No espaço físico do Cadastro Único seja priorizado a demanda dos municípios que se concentram no interior do Estado e os atendimentosreferentes ao desbloqueio de benefícios do Programa Bolsa Família;9. Nos municípios onde não houver a regulamentação dos benefícios eventuais, que seja providenciada a sua normatização, a fim de atender asdemandas imediatas da população mais vulnerável;10. Garantir atendimento de qualidade à população em situação de rua, assegurando proteção e assistência de saúde para prevenir a infecçãodas pessoas que nesse momento vivenciam situação de extrema vulnerabilidade e risco;11. Afixar, nas dependências dos Centros de Referência, e em locais acessíveis informativos sobre prevenção e cuidados com a higiene, deforma didática e ilustrativa;12. Dispor em todos os espaços de atendimento um quantitativo de materiais de higiene, tais como: sabão líquido, água e papel toalha;13. Sugere-se a manutenção de janelas abertas para promover a ventilação e os funcionários de cada escala deverão espaçar os seus postos detrabalho em pelo menos 1 (um) metro de distância em relação aos demais, não devendo compartilhar equipamentos eletrônicos, bem como evitara realização de saudações por meio de cumprimentos de aperto de mão;14. Disponibilização de Equipamentos e Proteção Individual-EPI, tais como máscara, álcool em gel, luvas, aos servidores.Dê - se publicidade pelos canais de publicação internos e no Diário eletrônico do Ministério Público.Atenciosamente,Flávia Gomes Cordeiro Francisca Silvia da Silva ReisPromotora de Justiça Promotora de JustiçaCoordenadora do CAODEC Coordenadora do CAODJINOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº.02/2020/CAODEC/CACOP/MPPIO Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania e o Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesado Patrimônio Público, com fundamento no art. 55, inciso II, da LC n. 12/93, expede a seguinte informação técnico-jurídica às Promotorias eProcuradorias de Justiça com atribuições na Educação e de defesa do Patrimônio Público:CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta

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internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG[1], publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento[2], traçouorientações aos sistemas de ensino e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade dereorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de açõespreventivas à propagação do coronavírus;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual Nº 18.884/2020 estabeleceu nos artigos 10 e 11 a suspensão imediata, por 15 dias, das aulas da redepública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redes municipais e privadas, bem como pelas instituições deensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que a alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido internacionalmente pela DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (art. 25) e pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais - PIDESC (art. 11), sendoinerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder públicoadotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população, como dispostona Lei Nº 11.346/06 que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar;CONSIDERANDO que o programa de merenda escolar é uma das mais antigas políticas sociais do Brasil, sendo reconhecida tanto como políticaeducacional, dados os resultados em termos de melhoria cognitiva e redução da evasão escolar; quanto política de saúde, uma vez que aalimentação na infância apresenta resultados contundentes ao crescimento infantil, desenvolvimento físico e cognitivo da criança;Diante disso, o Ministério Público do Estado do Piauí, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania - CAODEC edo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP, firmou entendimento, ratificado peloGabinete de Acompanhamento e Prevenção de Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19) de que:1. A continuidade do fornecimento de alimentação escolar a todos os alunos que dela necessitem (utilizando-se dos estoques existentesindependentemente da origem financeira) durante o período de suspensão das aulas, em especial àqueles pertencentes às famílias vulneráveissocialmente, e/ou havendo suspensão do transporte coletivo e/ou na impossibilidade dos pais ou responsáveis legais retirarem os itens, deveráser viabilizada a distribuição na residência do estudante (ou núcleos próximos à residência) ou mediante fornecimento de cartão-alimentação oucongênere, sem prejuízo da substituição por outras estratégias legais a serem implementadas pelo Poder Executivo;2. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações e adotando, em qualquer caso, todas as medidas profiláticas recomendadaspelas autoridades sanitárias para preservação da saúde dos servidores envolvidos e eventuais voluntários, vedando-se a venda ou a destinaçãopara finalidade diversa dos bens ofertados;3. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento da alimentação, de forma a garantir que aqueles que dela necessitam tenham conhecimentode tal benefício;4. Que as Secretarias de Educação realizem o controle efetivo da alimentação escolar devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, locale aluno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento;5. Que, em relação aos alimentos perecíveis que excederem a quantia distribuída e ainda estejam válidos para consumo, sejam entregues àsfamílias dos estudantes de baixa renda e, caso suprida esta demanda, para outras famílias vulneráveis;6. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente público, sob pena de reconhecimento de prática de ato deimprobidade administrativa, tipificado no art. 11 da Lei nº 8.429/1992;7. Que seja realizada licitação ou dispensa de licitação, observando diretrizes legais emergenciais que o caso exige, visando a aquisição dosinsumos necessários para continuidade do fornecimento da alimentação escolar e reposição da alimentação escolar já utilizada que estava emestoque, para que tão logo se iniciem as atividades escolares não faltem os insumos/produtos necessários;8. Que, na licitação ou dispensa de licitação de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da fome de crianças e adolescentesvulneráveis em razão da pandemia Coronavírus (Covid-19), sejam cumpridos os requisitos legais e, quanto à dispensa de licitação, aqueles doart. 26, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993 e art. 4º da Lei nº 13.979/2020;9. Caso verificado manifesto sobrepreço nos itens pesquisados e resistência do particular em promover o fornecimento pelo justo e real preço demercado, delibere motivadamente quanto à adoção da requisição administrativa, na forma do art. 5º, inciso XXV, da Constituição da República;art.1.228, § 3º, do Código Civil; e art. 15, inciso III, da Lei no 8.080/1990. Optando-se pela requisição administrativa, sua execução deve ocorrerem procedimento administrativo próprio, de forma fundamentada e mediante a fixação do justo preço, que deve ser posteriormente pago aoparticular;Dê - se publicidade pelos canais de publicação internos e no Diário eletrônico do Ministério Público.Atenciosamente,Flávia Gomes Cordeiro Sinobilino Pinheiro da Silva JúniorPromotora de Justiça Promotor de JustiçaCoordenadora do CAODEC Coordenador do CACOP[1] Posicionamento sobre o COVID-19 da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia -SBGG;[2] Nota de Esclarecimento do Conselho Nacional de EducaçãoNOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 01/2020/CAODEC/CAODS/MPPIO Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania e Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, com fundamento noart. 55, inciso II, da LC n. 12/93, expede a seguinte informação técnico-jurídica às Promotorias e Procuradorias de Justiça com atribuições naárea da Pessoa Idosa:CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 603 Disponibilização: Quinta-feira, 26 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 27 de Março de 2020

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potencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO a vulnerabilidade do organismo dos idosos — mais comum à medidaque se envelhece — colocando esse grupo no topo das prioridades dos Poderes Públicos;CONSIDERANDO que o art. 196 da Constituição Federal assevera que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que as Instituições de Longa Permanência para Idosos desta Capital(ILPI's), em sua grande maioria são filantrópicas, nãodispõem de recurso para a compra de insumos necessários à prevenção do COVID-19, e necessitam de orientação do Poder Público acerca dasmedidas a serem adotadas para salvaguardar a vida dos idosos ali institucionalizados;CONSIDERANDO que, no bojo de Procedimentos Administrativos, cabe ao Ministério Público expedir Recomendações para que os gestorespúblicos e das ILPI's promovam as medidas necessárias à garantia e ao respeito à Constituição da República e às normas infraconstitucionais,dentre as quais o Estatuto do Idoso;CONSIDERANDO a instituição do Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60(sessenta) anos, garantindo-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física emental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade, nos termos do seu art. 1º e 2º;CONSIDERANDO ser obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, aefetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, àdignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária;CONSIDERANDO que, a teor do art. 4º do mencionado Estatuto, nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação,violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei;CONSIDERANDO que todo idoso tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares,quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada (ILPIs);CONSIDERANDO que, nesse sentido, a assistência integral na modalidade de Instituição de Longa Permanência será prestada quandoverificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos financeiros próprios ou da família, ficando a ILPI obrigada amanter identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação pertinente, conforme art. 37, §§1º e 2º;CONSIDERANDO as obrigações legais das entidades de atendimento, estatuídas pelo art. 50, dentre elas: II - observar os direitos e as garantiasde que são titulares os idosos; IV - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade; V - oferecer atendimentopersonalizado; VIII - proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade do idoso; XII - comunicar à autoridade competente de saúde todaocorrência de idoso portador de doenças infecto-contagiosas;CONSIDERANDO, ainda, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO o que a mesma Lei Federal nº 13.979/2020, em seu art. 3º, prevê as seguintes medidas para o enfrentamento da infecção:isolamento, quarentena, determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinaçãoe tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020 que regulamenta a Lei Federal nº13.979/2020, para dispor no âmbito do Estadodo Piauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial donovo coronavírus;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à reduçãodo risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art.5º, III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, XIII, da mesma lei federal, são comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seuâmbito administrativo, a atribuição de: "para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigoiminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização"; que, de acordo com o artigo 36, §2º, daLei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situaçõesemergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicoa aproximação com os gestores locais de saúde e assistência social, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção doContágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da Portaria PGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí.Diante disso, o Ministério Público do Estado do Piauí, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania - CAODEC edo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS, firmaram entendimento, ratificado pelo Gabinete de Acompanhamento ePrevenção de Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), para a adoção das seguintes medidas nas Instituições de Longa Permanência paraIdosos:1. Medidas padrão de prevenção e controle:a) Divulgar e reforçar a etiqueta respiratória para funcionários, colaboradores, visitantes e residentes - se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a bocacom cotovelo flexionado ou lenço de papel, bem como evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas;b) Determinar o uso de máscara aos funcionários que retornaram de viagem, nos últimos 15 dias, ou tenham contato com indivíduos queretornaram de países com circulação do novo coronavírus, segundo definições de caso da OMS, mesmo que assintomáticos;c) Divulgar e reforçar medidas de higiene das mãos - com preparação alcoólica ou água e sabonete líquido (ou espuma) - para funcionários,visitantes e residentes;d) Disponibilizar dispensadores com preparação alcoólica nos principais pontos de assistência e circulação;f) Sempre que possível, manter os ambientes ventilados naturalmente (portas e/ou janelas abertas);g) Reforçar os procedimentos de higiene e desinfecção de utensílios, equipamentos e ambientes de convivência;h) Atualizar a situação vacinal para influenza e doença pneumocócica conforme indicação, para residentes e funcionários;

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 603 Disponibilização: Quinta-feira, 26 de Março de 2020 Publicação: Sexta-feira, 27 de Março de 2020

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i) Restringir o uso de utensílios compartilhados como: copos, xícaras, garrafas de água, etc; - Evitaro acesso de funcionários e colaboradores com sintomas respiratórios.2. Caso haja a identificação de funcionários ou colaboradores com quaisquer sintomas respiratórios na instituição, devem ser adotadasas seguintes medidas:a) Determinar ao funcionário o uso da máscara imediatamente;b) Encaminhá-lo ao atendimento médico para elucidação diagnóstica, o mais brevemente possível;c) Afastá-lo das suas atividades, caso os sintomas sejam compatíveis ou haja fundada suspeita e infecção pelo novo coronavírus (COVID19);d) Comunicar às autoridades sanitárias a ocorrência de suspeita de caso(s) de infecção humana pelo novo coronavírus (COVID-19).3 - Caso haja funcionários ou colaboradores na instituição com diagnóstico confirmado de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19), deve areferida instituição:a) Afastar o funcionário ou colaborador imediatamente e pelo prazo determinado por recomendação médica;b) Manter ventilação natural nos ambientes e diminuir o uso de condicionadores de ar ao estritamente necessário.4 - No manejo de residentes com sintomas respiratórios, a instituição deverá:a) Encaminhá-los imediatamente ao atendimento médico na presença de febre e/ou outros sintomas respiratórios;b) Comunicar às autoridades sanitárias a ocorrência de suspeita de caso(s) de infecção humana pelo novo coronavírus (COVID-19);c) Seguir as recomendações de uso de máscara e as medidas padrão de controle;d) Se possível, manter o residente que apresente sintomas respiratórios em quarto privativo até elucidação diagnóstica; caso não seja possível,manter a distância de 1 metro entre as camas;e)Restringir a permanência do residente que apresente sintomas respiratórios nos ambientes de atividades coletivas (refeitórios, salas de jogos,etc.) até elucidação diagnóstica;f) Manter ventilação natural nos ambientes e diminuir o uso de condicionadores de ar ao estritamente necessário.5 - No manejo de residentes com diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) confirmado, a instituição deverá:a) Restringir a permanência de todos os residentes nos ambientes de atividades coletivas (refeitórios, salas de jogos, etc.), limitando-a ao mínimonecessário;b) Quando em ambientes de circulação e em transporte, fazer uso de máscara cirúrgica;c) Reforçar os procedimentos de higiene e desinfecção de utensílios do residente, equipamentos médicos e ambientes de convivência; -Sepossível, manter o residente em quarto privativo; caso não seja possível, manter a distância mínima de 1 metro entre as camas;d) Restringir o uso de lenços de pano para higiene respiratória, fornecendo lenços de papel descartáveis que sejam trocados com frequência pelaequipe da ILPI;f) Instituir medidas de precaução, conforme segue: -Lavar com água e sabonete ou friccionar as mãos com álcool a 70% (se as mãos nãoestiverem visivelmente sujas) antes e após o contato com o residente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções;g) Durante a assistência direta ao residente deve-se utilizar óculos, máscara, gorro e/ou avental descartável, conforme exposição ao risco.Colocá-los imediatamente antes do contato com o residente ou com as superfícies e retirá-los logo após o uso, higienizando as mãos emseguida;h)Equipamentos como termômetro, esfigmomanômetro e estetoscópio devem ser, preferencialmente, de uso exclusivo do paciente. Caso issonão seja possível, promover a higienização dos mesmos com álcool 70% ou outro desinfetante indicado para este fim imediatamente após o uso.6 - Com relação ao acesso de visitantes, as Instituições de Longa Permanência de idosos deverão adotar as medidas que seguem:a) O ingresso de visitantes deverá ser limitado ao mínimo necessário;b) Os visitantes deverão obrigatoriamente realizar higienização das mãos e receber equipamentos de proteção individual, principalmentemáscara, que deverá ser utilizada durante todo o período da visitação;c) Eventuais objetos de uso pessoal a serem entregues aos residentes visitados deverão passar por higienização antes de serem disponibilizadosaos destinatários;d) Impedir o acesso de visitantes com febre e sintomas respiratórios até elucidação diagnóstica;f) Impedir o acesso de visitantes com diagnóstico de influenza e COVID-19;g) Impedir o acesso de visitantes, mesmo assintomáticos, que tenham retornado de área com transmissão local de COVID-19, por até 15 dias acontar da data de retorno da viagem.Dê - se publicidade pelos canais de publicação internos e no diário eletrônico do Ministério Público.Atenciosamente,Cláudia Pessoa Marques da Rocha Seabra Flávia Gomes CordeiroPromotora de Justiça Promotora de JustiçaCoordenadora do CAODS Coordenadora do CAODEC

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