Estrategia Nacional SST 2015-20120

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    8318 Dirio da Repblica, 1. srie N. 183 18 de setembro de 2015

    PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    Resoluo do Conselho de Ministros n. 77/2015

    Trabalho seguro, saudvel e produtivo deve estar nocentro das preocupaes das polticas de preveno de

    riscos profissionais e de promoo do bem-estar no tra-balho, atravs do empenho dos seus atores institucionais,isto , do Estado, das empresas, dos trabalhadores e dosparceiros sociais.

    Tendo em considerao a dimenso nacional dosproblemas associados segurana e sade no trabalho,no que concerne aos elevados ndices de sinistralidadelaboral e de absentismo e aos elevados custos sociaise econmicos associados aos acidentes e s doenasprofissionais, entre outros, o Governo, os parceirossociais e institucionais entendem dever prosseguir osfins da Estratgia Nacional para a Segurana e Sadeno Trabalho 2008-2012.

    Tambm a Comisso Europeia, atravs daCOM(2014) 332 final, de 6.6.2014 Comunicaoda Comisso ao Parlamento Europeu, ao Conselho, aoComit Econmico e Social Europeu e ao Comit dasRegies, relativa a um quadro estratgico da UE para asade e segurana no trabalho 2014-2020, exortou asautoridades nacionais e os parceiros sociais a reforarema necessidade de manter a segurana e sade no trabalhono centro da preocupaes de todos os governos para ga-rantir um ambiente saudvel seguro a todos os cidados,referindo, igualmente, a necessidade de definir um quadrode ao, de cooperao e de intercmbio de boas prticasno domnio da sade e da segurana no trabalho para operodo de 2014-2020.

    A Comisso Europeia alerta, ainda, para o facto deque a preveno de riscos e a promoo de condiesmais seguras e saudveis no local de trabalho so essen-ciais no s para a melhorar a qualidade do emprego e ascondies de trabalho, como tambm para promover acompetitividade.

    Neste contexto, o Governo e os parceiros sociais deramincio em 2014, em sede de Conselho Consultivo para aPromoo da Segurana e Sade no Trabalho, a um pro-cesso de reflexo sobre a estratgia nacional para a segu-rana e sade no trabalho, para o perodo compreendidoentre 2015 e 2020.

    Se o perodo de vigncia da anterior Estratgia Na-

    cional motivou e contribuiu para que entidades pblicas,associaes de empregadores, associaes sindicais,trabalhadores e empresas convergissem em parceria paramelhorar as condies de segurana e sade no traba-lho e aumentasse a consciencializao da importnciada resoluo de tais problemas, a presente EstratgiaNacional para a Segurana e Sade no Trabalho 2015--2020 Por um trabalho seguro, saudvel e produtivo(ENSST 2015-2020) visa cimentar o trabalho alcanadona diminuio dos acidentes de trabalho mortais e nomortais, na reduo do absentismo causado por acidentesde trabalho ou doenas profissionais e prope-se colma-tar as lacunas ainda verificveis, contribuindo, decisi-vamente, para colocar Portugal na senda das melhores

    prticas da Unio Europeia e tornando o trabalho maisseguro, mais saudvel e mais produtivo.

    Aps preparao, discusso e aprovao por una-nimidade pelos parceiros sociais e institucionais noConselho Consultivo para a Promoo da Segurana

    e Sade no Trabalho foi consensualizada a proposta deENSST 2015-2020.

    A ENSST 2015-2020 deve ser um instrumento de po-ltica global para a promoo da segurana e sade notrabalho, no perodo compreendido entre 2015 e 2020,para dar resposta necessidade de promover a aproxi-

    mao aos padres europeus em matria de acidentes detrabalho e doenas profissionais e, bem assim, pretendealcanar uma reduo constante e consolidada da sinistra-lidade laboral, bem como contribuir, de forma progressivae continuada, para melhores nveis de sade e de bem-estarno trabalho.

    Assim:Nos termos da alneag) do artigo 199. da Constituio,

    o Conselho de Ministros resolve:1 Aprovar a Estratgia Nacional para a Segurana

    e Sade no Trabalho 2015-2020 Por um trabalho se-guro, saudvel e produtivo (ENSST 2015-2020), a qualconsta do anexo presente resoluo e da qual faz parte

    integrante.2 Determinar que a assuno de compromis-sos no mbito da execuo das medidas previstas naENSST 2015-2020 depende da existncia de fundosdisponveis por parte das entidades pblicas compe-tentes.

    3 Determinar que a presente resoluo entra em vigorno dia seguinte ao da sua publicao.

    Presidncia do Conselho de Ministros, 10 de setembrode 2015. O Primeiro-Ministro,Pedro Passos Coelho.

    ANEXO

    (a que se refere o n. 1)

    ESTRATGIA NACIONAL PARA A SEGURANA E SADENO TRABALHO 2015-2020 POR UM TRABALHO

    SEGURO, SAUDVEL E PRODUTIVO

    1 Objetivos gerais

    A Estratgia Nacional para a Segurana e Sade noTrabalho 2015-2020 (ENSST 2015-2020) configura o qua-dro global da poltica de preveno de riscos profissionaise de promoo do bem-estar no trabalho, para o horizontetemporal de 2015-2020.

    As caractersticas do trabalho em Portugal conti-nuam a mudar em resposta ao desenvolvimento eco-nmico, s mudanas tecnolgicas e s alteraesdemogrficas.

    Estas alteraes comportam a modificao das condi-es de exposio aos riscos profissionais conhecidos e,mesmo, a produo de novos riscos, mas tambm oportu-nidades para melhorar as condies de segurana e sadeno trabalho.

    Neste ambiente de mudana, as empresas portuguesasprecisam de se afirmar como competitivas e produti-vas.

    Existem, inegavelmente, investimentos associados

    preveno e promoo de locais de trabalho segurose saudveis, mas os custos associados a nada fazer somaiores. Por outro lado, assegurar boas condies de tra-balho em matria de segurana e sade conduz a maiorprodutividade.

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    Sistemas efetivos e eficazes de preveno de riscosprofissionais melhoram as condies de segurana e sadeno trabalho dos trabalhadores e a produtividade, pelo quese revela importante apostar em:

    Prevenir e reduzir o nmero e a gravidade dos aci-dentes de trabalho e das doenas profissionais;

    Promover a sade, o bem-estar dos trabalhadores,bem como a sua capacidade de trabalho;

    Fomentar a inovao, qualidade e eficincia.

    2 Objetivos estratgicos

    Neste contexto, a ENSST 2015-2020 visa fundamen-talmente trs objetivos estratgicos:

    Promover a qualidade de vida no trabalho e a com-petitividade das empresas;

    Diminuir o nmero de acidentes de trabalho em 30 %e a taxa de incidncia de acidentes de trabalho em 30 %;

    Diminuir os fatores de risco associados s doenasprofissionais.

    2.1 Promover a qualidade de vida no trabalhoe a competitividade das empresas

    A preveno de riscos profissionais e a promoo decondies mais seguras e saudveis nos locais de trabalhoso essenciais para melhorar a qualidade do emprego, obem-estar no local de trabalho, a competitividade das em-presas, designadamente atravs da reduo do absentismorelacionado com os acidentes de trabalho e as doenasprofissionais.

    Manter os trabalhadores saudveis tem um impacto po-

    sitivo direto e quantificvel na produtividade e na sade dotrabalhador, contribuindo para melhorar a sustentabilidadedos sistemas de segurana social.

    A qualidade de vida no trabalho resulta do esforoconjunto de empregadores, trabalhadores e da socie-dade para melhorar a sade e o bem-estar nos locaisde trabalho.

    Para tal, importante promover:

    Uma cultura de preveno; A consulta e a participao ativa dos trabalhado-

    res no processo de melhoria da organizao do trabalho; A adoo de medidas destinadas a melhorar o

    bem-estar no trabalho, tendente adaptao do traba-lho ao Homem e sua compatibilizao com a vidafamiliar;

    A sade fsica e mental dos trabalhadores; A vigilncia da sade.

    2.2 Diminuir o nmero de acidentes de trabalho em 30 %e a taxa de incidncia de acidentes de trabalho em 30 %

    Entre o perodo de 2008 e 2012, houve uma diminui-o do nmero de acidentes de trabalho (mais signifi-cativa para os mortais) e da taxa de incidncia global,refletindo:

    Investimento de todos os parceiros na preveno;

    Intensificao dos meios e mtodos de informao; Ao inspetiva por parte da administrao de tra-

    balho; Maior cumprimento das obrigaes legais por parte

    das empresas e dos seus trabalhadores.

    No entanto, se analisarmos os ndices de acidentesde trabalho dos pases europeus, verificamos que Por-tugal apresenta o valor mais elevado no que respeitaaos acidentes de trabalho no mortais e o segundo noque se refere aos acidentes de trabalho mortais, o queimpe a adoo de aes concertadas de todos os agentes

    envolvidos, para que se consiga efetivamente inverteresta situao.Neste contexto, considera-se essencial a dinamizao

    de redes de apoio e cooperao no mbito dos setorescom maior sinistralidade para que, articuladamente,possam ser identificados os problemas, apontadas so-lues e disseminada informao relevante para pre-veno dos riscos, bem como o desenvolvimento desistemas de anlise e de alerta relativamente sinis-tralidade laboral.

    Neste domnio, so priorizados os seguintes setores deatividade, atendendo ao histrico de sinistralidade:

    Indstria transformadora;

    Construo; Comrcio por grosso e a retalho; Alojamento; Restaurao e similares; Atividades administrativas; Servios de apoio e atividades de sade humana e

    apoio social.

    2.3 Diminuir os fatores de risco associadoss doenas profissionais

    Os custos associados s doenas profissionais so in-meros e diversos, destacando-se os relacionados com aperda de produtividade, com a sade e consequente perdade qualidade de vida, os custos administrativos (seguros,indemnizaes, etc.) e a eroso progressiva da capacidadede trabalho, afetando, assim, trabalhadores, famlias, em-presas e sociedade.

    essencial a preveno eficaz das doenas relacionadascom o trabalho, o que exige uma atuao precoce ao nveldos fatores de risco que as podem desencadear.

    Para tal atuao tambm necessrio um conhecimentoo mais fidedigno possvel de tais doenas sendo que, deum modo geral, existe uma tendncia para a subnotifica-o do nmero de casos, em especial das doenas comum longo perodo de latncia (cuja causa pode ser difcilde determinar).

    Importa, pois, que os dados estatsticos sejam, o maispossvel, prximos da realidade, por forma a desenvolversistemas de anlise e criar sistemas de alerta relativamentea doenas profissionais.

    3 Objetivos especficos

    A ENSST 2015-2020 desenvolve-se em torno deseis objetivos especficos que a seguir se apresentam,relativamente aos quais so identificadas medidas paraconcretizao, metas a atingir, indicadores de medio,entidades a envolver, bem como os objetivos estratgi-cos visados com cada uma das medidas, tendo presente

    que: A preveno deve ser direcionada para as atividades

    com maior risco de provocar danos; A sociedade tem a capacidade de influenciar e moldar

    atitudes, constituindo a educao das matrias de segu-

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    rana e sade no trabalho uma ferramenta essencial parapromover uma cultura de preveno;

    Garantir trabalhos seguros e saudveis implica aadaptao do trabalho ao Homem, nomeadamente quanto configurao dos postos de trabalho, as tarefas e os equi-pamentos;

    A melhoria contnua das condies de seguranae sade no trabalho exige um processo permanentede colaborao e cooperao entre todos os interve-nientes;

    Os trabalhadores so pea-chave na preveno deriscos profissionais;

    Os gestores das organizaes influenciam e so de-terminantes para promover condies de trabalho segurase saudveis;

    Os processos de melhoria das condies de trabalhoso mais bem conseguidos em matria de segurana e sadeno trabalho quando incorporada na cultura da organizaoe integrada nos processos produtivos;

    essencial disponibilizar instrumentos s pequenase mdias empresas que as ajudem a integrar a prevenonas suas organizaes;

    Todas as entidades que desempenham funes napreveno devem ter formao e meios adequados;

    A preveno deve sustentar-se no conhecimento cien-tfico comprovado e em estatsticas fiveis.

    Objetivo 1:

    Desenvolver e implementar polticas pblicas de segu-rana e sade no trabalho

    Medida 1 Promover a incluso de matrias re-

    ferentes segurana e sade no trabalho na aprendi-zagem em todos os graus de ensino, incluindo umasensibilizao permanente ao longo de todo o percursoescolar

    Indicadores: Criao de referencial de segurana e sadeno trabalho

    Metas: 1 Referencial de segurana e sade no trabalhoEntidades a envolver: MSESS; ME; MS; ACT; Par-

    ceiros sociaisObjetivo estratgico: 1

    Medida 2 Promover a formao da comunidadeeducativa, incluindo professores, educadores e pessoal

    no docente sobre segurana e sade no trabalho, assegu-rando, sempre que possvel, que os cursos de formao,neste domnio, sejam creditados para efeitos de valorizaoprofissional

    Indicadores: Nmero de pessoas formadas; nmerode aes de formao; nmero de instrumentos produ-zidos com contedos informativos e materiais peda-ggicos, para apoio aos professores sensibilizaodos alunos

    Metas: 7.500/ano; 250/ano; 15/anoEntidades a envolver: MSESS; ME; ACT; Parceiros

    sociaisObjetivo estratgico: 1

    Medida 3 Desenvolver aes de preveno dirigi-das a pblicos especficos, nomeadamente Tipologiatrabalhadores: Jovens; com mais de 55 anos; mulheres;setor pblico; a termo; temporrios; tempo parcial; tele-

    trabalho; independentes; migrantes; com deficincia; comdoena crnica

    Indicadores: Nmero de aes especficas desenvol-vidas; nmero de entidades/servios; nmero de desti-natrios

    Metas: 50/ano; 6; 1.500/ano

    Entidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociaisObjetivo estratgico: 1; 2; 3

    Medida 4 Concluir inqurito nacional s condiesdo trabalho

    Indicadores: Publicao dos resultadosMetas: Elaborao de relatrioEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociais;

    INSA, I. P.Objetivo estratgico: 1

    Medida 5 Avaliar e dinamizar o sistema de segurana

    e sade no trabalho na Administrao PblicaIndicadores: Relatrio com os dados sobre Administra-o Pblica; nmero de boas prticas divulgadas; nmerode aes de sensibilizao efetuadas

    Metas: 1 relatrio anual; 2/ano; 10/anoEntidades a envolver: MSESS; MF; ACT, Parceiros

    sociais sindicaisObjetivo estratgico: 1

    Medida 6 Investir em parcerias com rgos de comu-nicao social e na comunicao de mensagens nas redessociais sobre segurana e sade no trabalho

    Indicadores: Nmero de parcerias; nmero de mensa-

    gens de segurana e sade no trabalho colocadas nas redessociais; nmero de campanhas difundidasMetas: 10/ano; 200/ano; 6/anoEntidades a envolver: MSESS; ACTObjetivo estratgico: 1

    Medida 7 Promover parcerias entre instituiespblicas e privadas e entidades de investigao no m-bito de segurana e sade no trabalho, bem como de-senvolver e divulgar projetos de investigao em reasidentificadas como prioritrias no mbito de seguranae sade no trabalho direcionadas para os locais de tra-balho

    Indicadores: Nmero de projetos desenvolvidos; nmerode parcerias

    Metas: 4/ano; 10/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; GEE/GEP; Par-

    ceiros sociais; Comunidade cientficaObjetivo estratgico: 1

    Medida 8 Publicao do regulamento e das normasde segurana no trabalho para os empreendimentos daconstruo

    Indicadores: Nmero de regulamentos ou de normaspublicados

    Metas: 1 diploma legal

    Entidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociaisObjetivo estratgico: 1; 2

    Medida 9 Publicao das normas definidoras do exer-ccio da coordenao de segurana na construo

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    Indicadores: Nmero de regulamento ou de normaspublicados

    Metas: 1 diploma legalEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociaisObjetivo estratgico: 2; 3

    Objetivo 2:Melhorar a preveno das doenas profissionais e dos

    acidentes no trabalho

    Medida 10 Institucionalizar o dilogo social com acriao de fruns setoriais de construo civil, indstriatransformadora, agricultura e transportes, para anlise dasinistralidade, identificao de necessidades especficas eadoo de medidas concretas e especficas direcionadaspara os setores

    Indicadores: Nmero de fruns criadosMetas: 4 fruns com 2 reunies anuaisEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociais;

    Parceiros institucionaisObjetivo estratgico: 2; 3

    Medida 11 Desenvolver campanha de preveno ede sensibilizao sobre acidentes de trabalho e doenasprofissionais e sua reparao, incluindo informao sobreo apoio tcnico reabilitao e reintegrao profissional

    Indicadores: Nmero de aes de sensibilizao; nmerode destinatrios

    Metas: 40/ano; 1.000/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; IEFP, I. P.; Par-

    ceiros sociais; Parceiros institucionaisObjetivo estratgico: 2; 3

    Medida 12 Dinamizar a constituio de comissesparitrias ao nvel de obras de referncia de construocivil e obras pblicas

    Indicadores: Nmero de comissesMetas: 3 no perodo de vigncia da ENSST 2015-2020Entidades a envolver: MSESS; ACT; ME; Parceiros

    sociais; Parceiros institucionaisObjetivo estratgico: 2; 3

    Medida 13 Desenvolver aes de preveno relativa-mente a riscos especficos, nomeadamente riscos qumicos,riscos psicossociais, nanotecnologias, riscos biolgicos eperturbaes msculo-esquelticas

    Indicadores: Nmero de aes especficas desenvol-vidas

    Metas: 40/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; DGS; Parceiros

    sociaisObjetivo estratgico: 2; 3

    Medida 14 Criar um sistema informtico comume integrado relativo a acidentes de trabalho e doenasprofissionais, de forma a garantir fidedignidade e tra-tamento da informao, incluindo os que envolvemtrabalhadores da Administrao Pblica e do setorprivado

    Indicadores: Criao de um sistema informtico comume integrado

    Metas: 1 em 2020Entidades a envolver: MSESS; ACT; GEE/GEP; ASF;

    ISS, I. P.; ANSR; DGS; DGAEP; INE, I. P.

    Objetivo estratgico: 2; 3

    Medida 15 Promover a produo e o tratamento es-tatstico das doenas profissionais

    Indicadores: Nmero de indicadores estatsticos dispo-nibilizados; nmero de avaliaes peridicas realizada ou

    de aes desenvolvidasMetas: 5/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; INE, I. P.; Par-

    ceiros sociais; INSA, I. P.; ISS, I. P.; DGS; UniversidadesObjetivo estratgico: 3

    Medida 16 Avaliar o impacto do modelo de orga-nizao de servios de segurana e sade no trabalho namelhoria das condies de segurana e sade no trabalho

    Indicadores: Nmero de relatrios de avaliao pro-duzidos

    Metas: 2 relatrios (2017 e 2020)Entidades a envolver: MSESS; ACT; DGS; Parceiros

    sociais; UniversidadesObjetivo estratgico: 1

    Objetivo 3:

    Apoiar as empresas na implementao da segurana esade no trabalho, designadamente as micro, pequenas emdias empresas

    Medida 17 Divulgar informao sobre as modali-dades de organizao dos servios de segurana e sadeno trabalho mais adequadas respetiva dimenso/ativi-dade/risco

    Indicadores: Nmero de empresas abrangidas

    Metas: 5.000/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociaisObjetivo estratgico: 1

    Medida 18 Dinamizar a interveno dos tcnicos depreveno da Autoridade para as Condies do Trabalhonos locais de trabalho, em articulao com os servios desegurana e sade no trabalho e outros agentes de pre-veno

    Indicadores: Nmero de visitas efetuadas; nmero demedidas implementadas

    Metas: 150/ano; 450/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociais;

    Parceiros institucionaisObjetivo estratgico: 1; 2; 3

    Medida 19 Identificar e dinamizar a partilha de in-formao e de boas prticas em segurana e sade notrabalho

    Indicadores: Nmero de informaes ou de boas prticasdisponibilizadas no stio na Internet da ACT

    Metas: 50Entidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociais;

    Parceiros institucionaisObjetivo estratgico: 1

    Medida 20 Produo e divulgao de documentos

    simples e adaptados s realidades setoriais, bem como deinstrumentos de aplicao da legislao em segurana esade no trabalho

    Indicadores: Nmero de instrumentos divulgadosMetas: 6/ano

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    Entidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociais;Parceiros institucionais

    Objetivo estratgico: 1

    Objetivo 4:

    Promover a informao, formao, participao e coo-perao nos locais de trabalho

    Medida 21 Realizar aes de formao/sensibili-zao/informao para empregadores e trabalhadores emmatrias de segurana e sade no trabalho

    Indicadores: Nmero de aes realizadas; nmero dedestinatrios

    Metas: 20/ano; 500/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociaisObjetivo estratgico: 1; 2; 3

    Medida 22 Disponibilizar ferramentas de autoava-

    liao onlineIndicadores: Nmero de ferramentas disponibilizadasMetas: 5 no perodo de vigncia da ENSST 2015-2020Entidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociaisObjetivo estratgico: 1; 2; 3

    Medida 23 Promover a integrao e adequao deoferta formativa de segurana e sade no trabalho dire-cionada a setores de atividade especficos no CatlogoNacional de Qualificaes, bem como o desenvolvi-mento de aes de formao em segurana e sade notrabalho

    Indicadores: Nmero de cursos de formao com con-tedos de segurana e sade no trabalho; nmero de aesde formao desenvolvidas

    Metas: 20 no perodo de vigncia da ENSST 2015-2020;100 no perodo de vigncia da ENSST 2015-2020

    Entidades a envolver: MSESS; MEC; ACT; ANQEP, I. P.;IEFP, I. P., Parceiros sociais

    Objetivo estratgico: 1

    Objetivo 5:

    Promover o cumprimento da legislao em matria desegurana e sade no trabalho

    Medida 24 Construir e disponibilizar kitsde apoioa novos empregadores sobre obrigaes principais emmatria laboral e de segurana e sade no trabalho

    Indicadores: Nmero de kitsdisponibilizadosMetas: 5/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociais;

    ISS, I. P.; IEFP, I. P.; AMA, I. P.Objetivo estratgico: 1

    Medida 25 Acompanhar e monitorizar atividade dosservios externos, quer no domnio da segurana no traba-lho, quer no domnio da sade no trabalho

    Indicadores: Nmero de entidades auditadas; nmerode no conformidades corrigidasMetas: Universo totalEntidades a envolver: MSESS, ACT; MS; DGSObjetivo estratgico: 2; 3

    Medida 26 Acompanhar e monitorizar atividade dasentidades formadoras certificadas para a formao de se-gurana e sade no trabalho

    Indicadores: Nmero de entidades auditadas; nmerode no conformidades corrigidas

    Metas: Universo totalEntidades a envolver: MSESS; ACTObjetivo estratgico: 2; 3

    Medida 27 Avaliao dos recursos e das atividadesdesenvolvidas ao nvel dos servios internos e comuns desegurana e sade no trabalho

    Indicadores: Nmero de entidades acompanhadasMetas: 500 Empresas durante o perodo de vigncia da

    ENSST 2015-2020Entidades a envolver: MSESS; ACTObjetivo estratgico: 2; 3

    Medida 28 Promover o cumprimento dos requisitosde segurana e sade no trabalho por todos os intervenien-tes na cadeia de contratao

    Indicadores: Nmero de ferramentas de monitorizaodisponibilizadas

    Metas: 3/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociaisObjetivo estratgico: 1

    Medida 29 Assegurar a melhoria das condies detrabalho atravs da contnua adequao dos meios huma-nos, materiais e tcnicos da Autoridade para as Condies

    do TrabalhoIndicadores: Intervenes da ACT em matrias desegurana e sade no trabalho; nmero de tcnicos depreveno/trabalhadores ativos; rcio indicativo inspeto-res/trabalhadores ativos igual ou inferior a 10.000; nmerode trabalhadores com formao em matrias especficasde segurana e sade no trabalho

    Metas: Igual ou superior a 50 %; 100Entidades a envolver: MSESS; ACTObjetivo estratgico: 1

    Objetivo 6

    Reforar a cooperao internacional em matria de se-gurana e sade no trabalho

    Medida 30 Realizar aes de cooperao em matriade segurana e sade no trabalho

    Indicadores: Nmero de aes realizadasMetas: 2/anoEntidades a envolver: MSESS; MNE; ACT, Parceiros

    sociaisObjetivo estratgico: 2; 3

    Medida 31 Promover aes e intercmbio entre tc-

    nicos portugueses e de pases terceirosIndicadores: Nmero de intercmbios realizadosMetas: 5/anoEntidades a envolver: MSESS; ACT; Parceiros sociaisObjetivo estratgico: 2; 3

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    4 Calendarizao das medidas

    5 Execuo, acompanhamento e avaliao

    A monitorizao da ENSST 2015-2020 efetuada emtrs momentos, a saber:

    Avaliao inicial at ao final de 2016; Avaliao intercalar at final 2018; Avaliao final aps 31 de maio de 2022.

    6 Reviso

    O quadro estratgico da Unio Europeia em matria desade e segurana no trabalho revisto em 2016, em funodos resultados da avaliao ex post do acervo da Unio

    Europeia em matria de sade e segurana no trabalho edos progressos verificados na implementao do referidoquadro estratgico.

    A ENSST 2015-2020 pode ser revista em funo dareviso do quadro europeu e da avaliao inicial previstapara o final de 2016.

    GLOSSRIO

    ACT Autoridade para as Condies do TrabalhoAMA, I. P. Agncia para a Modernizao Adminis-

    trativa, I. P.ANQEP, I. P. Agncia Nacional para a Qualificao

    e o Ensino Profissional, I. P.

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    8324 Dirio da Repblica, 1. srie N. 183 18 de setembro de 2015

    ANSR Autoridade Nacional de Segurana RodoviriaASF Autoridade de Superviso de Seguros e Fundos

    de PensesAT Acidentes de TrabalhoCNQ Catlogo Nacional de QualificaesDGAEP Direo-Geral da Administrao e do Em-

    prego PblicoDGS Direo-Geral da SadeDP Doenas ProfissionaisGEE/GEP Gabinete de Estratgia e Estudos/Gabinete

    de Estratgia e PlaneamentoIEFP, I. P. Instituto do Emprego e da Formao

    Profissional, I. P.INE, I. P. Instituto Nacional de Estatstica, I. P.INSA, I. P. Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo

    Jorge, I. P.ISS, I. P. Instituto da Segurana Social, I. P.ME Ministrio da EconomiaMEC Ministrio da Educao e CinciaMF Ministrio das FinanasMNE Ministrio dos Negcios EstrangeirosMS Ministrio da SadeMSESS Ministrio da Solidariedade, Emprego e

    Segurana SocialSST Segurana e Sade no Trabalho

    MINISTRIOS DAS FINANAS E DA DEFESA NACIONAL

    Portaria n. 290/2015

    de 18 de setembro

    Na sequncia do Decreto-Lei n. 183/2014, de 29 dedezembro, que aprovou a nova lei orgnica do Ministrioda Defesa Nacional, foram definidos, atravs do DecretoRegulamentar n. 6/2015, de 31 de julho, a misso, asatribuies e o tipo de organizao interna da Secretaria--Geral do Ministrio da Defesa Nacional.

    Importa agora, no desenvolvimento daquele decretoregulamentar, determinar a estrutura nuclear e as compe-tncias das respetivas unidades orgnicas nucleares, e esta-

    belecer o nmero mximo de unidades orgnicas flexveis.Assim:Ao abrigo do disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 21. da

    Lei n. 4/2004, de 15 de janeiro, manda o Governo, pela

    Ministra de Estado e das Finanas e pelo Ministro da De-fesa Nacional, o seguinte:

    Artigo 1.

    Estrutura nuclear da Secretaria-Geral

    1 A Secretaria-Geral, abreviadamente designadapor SG, estrutura-se nas seguintes unidades orgnicasnucleares:

    a) Direo de Servios de Planeamento e Coordenao;b) Direo de Servios Administrativos e Financeiros;c) Direo de Servios de Gesto de Recursos Humanos;d) Direo de Servios de Assuntos Jurdicos e Con-

    tencioso;e) Direo de Servios de Comunicao e Relaes

    Pblicas;f) Direo de Servios de Gesto e Inovao;g) Direo de Servios dos Sistemas de Informao;

    h) Direo de Servios do Centro de Dados da Defesa.

    2 As unidades referidas no nmero anterior so diri-gidas por diretores de servio, cargos de direo intermdiade 1. grau.

    Artigo 2.

    Direo de Servios de Planeamento e Coordenao

    Direo de Servios de Planeamento e Coordenao,abreviadamente designada por DSPC, compete:

    a) Elaborar planos, projetos, estudos ou pareceres quecontribuam para a racionalizao, inovao e modernizaoda defesa nacional e para a fundamentao das decisessuperiores, no mbito das polticas financeira e oramental;

    b) Elaborar o plano e o relatrio de atividades da SG;c) Planear e executar as aes necessrias preparao,

    acompanhamento, execuo e controlo do Programa Or-amental da Defesa, dando apoio SG enquanto entidadecoordenadora;

    d) Gerir e participar nas atividades das organizaes

    internacionais e rgos de alianas de que Portugal faaparte, na vertente oramental e financeira;

    e) Assegurar a recolha, tratamento, anlise e divulgaode informao estatstica e indicadores de gesto;

    f) Proceder monitorizao e avaliao do cumprimentodos objetivos aprovados para a SG e para os servios cen-trais do Ministrio da Defesa Nacional (MDN), atravs deindicadores de desempenho uniformes que permitam umaavaliao transversal, identificando atempadamente desvios e

    participando na promoo das respetivas medidas corretivas;g) Assegurar o desenvolvimento dos sistemas de ava-

    liao de programas e dos servios integrados no MDN,bem como das entidades tuteladas, coordenar e controlara sua aplicao e exercer as demais competncias que lhesejam atribudas nesta matria.

    Artigo 3.Direo de Servios Administrativos e Financeiros

    Direo de Servios Administrativos e Financeiros,abreviadamente designada por DSAF, compete:

    a) Elaborar o oramento de funcionamento da SG;b) Elaborar relatrios de execuo financeira e assegurar

    a prestao anual de contas, garantindo o controlo de gestofinanceira da SG, dos gabinetes dos membros do Governo,bem como de outras entidades e servios do MDN;

    c) Assegurar a execuo oramental da SG, dos gabi-netes dos membros do Governo, bem como das entidadese servios do MDN, praticando e promovendo todos osatos necessrios para o efeito;

    d) Assegurar a execuo dos procedimentos contabils-ticos relativamente aos oramentos sob a sua responsabili-dade, garantindo todos os procedimentos tcnicos, admi-nistrativos e contabilsticos de acordo com os princpiosde boa gesto e com as disposies legais aplicveis;

    e) Acompanhar e controlar a execuo dos oramen-tos que forem da responsabilidade de outras entidadese servios do MDN, propondo, sempre que necessrio,medidas corretivas;

    f) Processar, liquidar e pagar as despesas autorizadas,bem como organizar e manter a contabilidade dos ora-mentos cuja execuo gerida pela SG;

    g) Assegurar a gesto do parque automvel da SG eapoiar a gesto da frota automvel dos gabinetes dos mem-bros do Governo do MDN, designadamente no que con-cerne ao envio de informao para a Entidade de ServiosPartilhados da Administrao Pblica, IP (ESPAP);