FICHÁRIO FENÔMENOS DE TRANSPORTE II - ALUNOS_Final

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    FENMENOS DE TRANSPORTE II Profa Slvia Maria S. G. Velzquez

    1

    1. INTRODUO TRANSMISSO DE CALOR

    CALOR (Q

    ): uma forma de energia em trnsito atravs da fronteira de um

    sistema.

    FLUXO DE CALOR (Q

    ): a quantidade de calor transferida na unidade de

    tempo.

    GRADIENTE DE TEMPERATURA: a variao da temperatura na direo

    do fluxo de calor.

    A Transmisso de Calor estuda a troca de calor entre corpos, provocada

    por uma diferena de temperatura.

    Na Termodinmica, que estuda sistemas em equilbrio, calculamos o calor

    trocado, mas no a velocidade com que a troca de calor ocorre, que ser estudada pela

    Transmisso de Calor.

    Exemplo: Sejam dois corpos em contato a temperaturas diferentes. A

    Termodinmica estuda a temperatura de equilbrio e a Transmisso de Calor estuda o

    tempo necessrio para atingi-la.

    2. MECANISMOS DA TRANSMISSO DE CALOR

    2.1 CONDUO

    Ocorre em slidos, lquidos e gases, sendo a nica forma de Transmisso

    de Calor em slidos.

    O calor transmitido atravs de uma agitao molecular em escala

    microscpica (no h deslocamento visvel de massa).

    T2 T1

    ................ ............... T1 T2

    A lei bsica para o estudo da T.C. a Lei de Fourier:

    Q

    = - k . A . dT onde: k = condutibilidade trmica do material

    dx A = rea de troca (cte)

    Q

    = taxa de transferncia de calor

    dT= gradiente de temperatura na direo de Q

    dx

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    O sinal ( - ) devido 2a Lei da Termodinmica (O fluxo de calor de T2 p/ T1,

    sendo que T1 T2).

    Unidades: k = W/m 0C (kcal/h.m.

    0C)

    Q

    = W (kcal/h)

    2.2 CONVECO

    O calor transmitido por uma movimentao macroscpica de massa,

    implicando em termos dois sistemas envolvidos a temperaturas diferentes: um slido e

    um fluido, que o responsvel pelo transporte de calor (deslocamento de massa).

    A lei bsica para o estudo da conveco a Lei de Newton.

    Q

    = h . A . (Tp - T ) onde: h = coeficiente de T.C. por conveco

    Unidade: h = W/m2.0C ( kcal/h.m

    2.oC )

    EXEMPLOS:

    1 - Resfriar uma placa por exposio ao ar (espontaneamente).

    O calor fluir por conduo da placa para as partculas adjacentes de fluido. A

    energia assim transmitida servir para aumentar a temperatura e a energia interna

    dessas partculas fluidas. Ento, essas partculas se movero para uma regio de menor

    temperatura no fluido, onde se misturaro e transferiro uma parte de sua energia para

    outras partculas fluidas. O fluxo, nesse caso, tanto de energia como de fluido. A

    energia , na realidade, armazenada nas partculas fluidas e transportada como

    resultado do movimento de massa destas.

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    2 - Resfriar uma placa, rapidamente, usando um ventilador.

    onde: V= velocidade do fluido num certo ponto

    V=velocidade do fluido longe da placa

    Quando V= 0 (na placa), o calor trocado por conduo. Nos outros pontos o

    calor trocado por conveco, porque a velocidade V provoca um gradiente de

    temperatura.

    Quando o movimento do fluido no provocado (placa exposta ao ar ambiente) a

    Transmisso de Calor conhecida como CONVECO NATURAL ou LIVRE.

    Quando o movimento provocado (caso do ventilador) a Transmisso de Calor

    conhecida como CONVECO FORADA.

    2.3 RADIAO

    a Transmisso de Calor que ocorre por meio de ondas eletromagnticas,

    podendo ocorrer tanto em um meio material quanto no vcuo.

    A lei bsica para o estudo da radiao a Lei de Stefan-Boltzman.

    Q

    = .A.(T14 - T24) onde: = constante de Stefan-Boltzman = 5,669x10-8 W/m2K4

    Para um corpo negro emitindo calor: Q

    =.A.T4 Para superfcies pintadas ou de material polido:

    Q

    = Fe.Fg..A.(T14 - T24) onde: Fe = f (emissividade E) Fg = fator de forma

    T1 = Tplaca e T2 = Tambiente

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    3. CONDUO DE CALOR

    3.1 HIPTESES SIMPLIFICADORAS

    a) O fluxo de calor unidimensional.

    b) As superfcies perpendiculares ao fluxo de calor so isotrmicas (T=cte ).

    c) O regime permanente, logo o fluxo de calor constante e as temperaturas no

    mudam com o tempo.

    3.2 CONDUO DE CALOR EM PAREDES PLANAS

    3.2.1 UMA PAREDE PLANA

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    5

    Resistncia Trmica

    )./()/(

    .:

    .

    )(. 21

    21

    hkcalCWCR

    conduotrmicaaresistnciRAk

    eonde

    Ak

    e

    TTTT

    e

    AkQ

    OO

    k

    k

    Rk

    ANALOGIA ENTRE TRANSMISSO DE CALOR E O FLUXO DE UMA

    CORRENTE ELTRICA

    Lei de Ohm

    ek R

    UI

    R

    TTQ

    21

    ek RR

    UTT

    IQ

    21

    Os bons condutores de eletricidade so tambm bons condutores de calor.

    Quem conduz a eletricidade nos metais so os eltrons livres e quem conduz o

    calor nos metais tambm so os eltrons livres.

    trmicaidadecondutibilkonde

    kA

    eRk

    :

    .

    eltricaadecondutividonde

    A

    LRe

    ':

    1'

    '.

    KR

    TTQ 21

    3.2.2 PAREDES PLANAS EM SRIE

    T2 T1

    e

    Q

    )()0(

    ...

    12

    0

    0

    2

    1

    2

    1

    TTkeA

    QdTkdx

    A

    Q

    kdTdxA

    Q

    dTkdxA

    Q

    dx

    dTAkQ

    T

    T

    e

    T

    T

    e

    )()( 2112 TTe

    kAQouTT

    e

    kAQ

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    Ak

    e

    Ak

    eRRRonde

    R

    TTQ ttteq

    teq ..:

    2

    2

    1

    1

    21

    21

    Genericamente:

    onde n = n0 de paredes planas (em srie)

    3.2.3 PAREDES PLANAS EM PARALELO

    22

    2

    11

    1

    21

    21

    .

    1

    .

    11:

    Ak

    e

    Ak

    eRonde

    R

    TTQ

    QQQ

    teqteq

    Genericamente:

    onde: n = n0 de paredes planas (em

    paralelo)

    EXERCCIOS

    1) Calcular o fluxo de calor que passa por uma parede de 5 cm de espessura, 2

    m2 de rea e k = 10 kcal/h m

    oC, se as temperaturas superficiais so de 40

    0C e 20

    0C.

    (Q

    = 8.000 kcal/h)

    n

    i i

    in

    i

    titeqAk

    eRR

    11 .

    eqR

    TTQ 21

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    2) Deseja-se isolar termicamente uma parede de tijolos de 15 cm de espessura,

    com k = 15 kcal/h m oC. A rea da parede de 8 m

    2. O material escolhido para o

    isolamento a cortia com 2 cm de espessura e k = 0,08 kcal/h.m.0C. As temperaturas

    superficiais so 150 0C e 23

    0C. Calcular o fluxo de calor atravs das paredes e a

    temperatura intermediria entre a parede de tijolos e de cortia.

    (Q

    = 3.908 kcal/h; Tx = 145 C)

    3) Sabendo que o material da parede 2 suporta, no mximo, 1350 oC, verifique as condies do projeto e proponha modificaes, se for o caso.

    etijolo

    ecortia

    Q

    T1 T2

    Tx

    ktijolo

    kcortia

    ?

    ?

    23150

    ../08,0

    2

    2

    ../15

    15

    1

    21

    x

    OO

    O

    cortia

    cortia

    O

    tijolo

    tijolo

    T

    Q

    CTCT

    Cmhkcalk

    cme

    parede

    Cmhkcalk

    cme

    parede

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    e1 e2 e3

    Ti Tx T2 Ty Te

    K1 k2 k3

    Dados:Ti = 1500 C

    Te = 50 C

    e1 = 0,12 m

    e2 = 0,14 m

    e3 = 0,12 m

    k1 = 1,6280 W/m C

    k2 = 0,1745 W/m C

    k3 = 0,6980 W/m C

    4) A parede de uma sala construda com um material de k = 5 kcal/h m 0C , com

    12 cm de espessura, 30 m2 de rea, descontadas trs janelas de 2 cm de espessura, de

    um material de k = 10 kcal/h m 0C e 2 m

    2 de rea cada uma. Calcular o fluxo total de

    calor que passa pela parede e janelas.

    (Q

    = 63.750 kcal/h)

    5o) A parede externa de uma casa pode ser aproximada por uma camada de 4

    polegadas de tijolo comum (k= 0,7 W/m oC) seguida de uma camada de 1,5 polegadas de

    gesso (k= 0,48 W/m oC). Que espessura de isolamento de l de rocha (k= 0,065 W/m

    oC)

    deve ser adicionada para reduzir a transferncia de calor atravs da parede em 80% ?

    (e = 0,058m)

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    6) Uma parede construda com uma placa de l de rocha (k = 0,05 W/mC) de 2

    polegadas de espessura, revestida por duas chapas de ao, com k = 50 W/mC e de

    polegada de espessura cada. Para a fixao so empregados 25 rebites de alumnio (k =

    200 W/mC) por metro quadrado, com dimetro de de polegada. Calcular a resistncia

    trmica total de 1 m2 dessa parede. Dado: 1 = 2,54 cm

    (RT = 0,2876 C/W)

    7) Um equipamento condicionador de ar deve manter uma sala, de 15 m de

    comprimento, 6 m de largura e 3 m de altura a 22 C. As paredes da sala, de 25 cm de

    espessura, so feitas de tijolos com condutividade trmica de 0,14 kcal/h.m.C e a rea

    das janelas podem ser consideradas desprezveis. A face externa das paredes pode

    estar at a 40 C em um dia de vero. Desprezando a troca de calor pelo piso e pelo teto,

    que esto bem isolados, pede-se (em HP):

    a) calcular a potncia requerida pelo compressor para retirar o calor da sala; (Q

    =1,98

    HP)

    eparede egesso el = ?

    Q

    kparede kgesso kl

    Ao L de Rocha Ao

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    b) considerando que nesta sala trabalhem 10 pessoas que utilizam 1 computador cada

    (cada pessoa libera 200 W e cada computador 500 W), calcular a nova potncia

    requerida pelo compressor. (Q

    =11,4 HP)

    DADOS: 1 HP = 64O kcal/h

    1 kW = 860 kcal/h

    8) As superfcies internas de um grande edifcio so mantidas a 20 C, enquanto

    que a temperatura na superfcie externa -20 C. As paredes medem 25 cm de

    espessura, e foram construdas com tijolos de condutividade trmica de 0,6 kcal/h m C.

    a) Calcular a perda de calor para cada metro quadrado de superfcie por hora; (Q

    = 96

    kcal/h)

    b) Sabendo-se que a rea total do edifcio 1000 m2 e que o poder calorfico do carvo

    de 5.500 kcal/kg, determinar a quantidade de carvo a ser utilizada em um sistema de

    aquecimento durante um perodo de 10 h. Supor o rendimento do sistema de

    aquecimento igual a 50%. (C = 349 kg)

    k

    T1

    T2

    Q

    e

    3 m Q

    6m

    e

    k

    T1

    T2

    Q

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    9) Uma empresa vem controlando o seu consumo de energia desde 2001, por

    conta do racionamento imposto pelo governo sociedade. Seu principal gasto com

    energia, inclusive aquela desperdiada no forno, cuja parede constituda de uma

    camada de 0,20 m de tijolos refratrios (k = 1,2 W/m oC) e outra de 0,10 m de tijolos

    isolantes (k = 0,8 W/m oC).

    Um grave problema que, sendo a temperatura interna igual a 1700 oC, a parede

    mais externa chega a 100 oC, prejudicando a sade do operador. Foi proposto o

    acrscimo de 2 cm parede externa, de um determinado material isolante (k = 0,15 W/m

    oC) a fim de que a temperatura nessa face caia para 27

    oC. Calcular:

    a) a reduo percentual de calor com a colocao do isolamento; (Reduo = 28,24%)

    b) o tempo de amortizao do investimento, sabendo que:

    Custo do isolante = 100 U$/m2

    Custo de energia = 2 U$/GJ

    (Tempo = 374 dias)

    10) Calcular o fluxo de calor na parede composta de 1ft2

    de rea: (Q

    = 30.960

    Btu/h)

    onde,

    material a b c d e f g

    k (Btu/h.ft.oF) 100 40 10 60 30 40 20

    DADO:1 ft = 12

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    11) Seja uma parede composta que inclui um painel lateral em madeira dura com

    8mm de espessura; travessas de suporte em madeira dura com dimenses de 40 mm por

    130 mm, afastadas com 0,65 m de distncia (centro a centro) e com espao livre

    preenchido com isolamento trmico base de fibra de vidro (revestida de papel, k=0,038

    W/m.K); e uma camada de 12 mm de painis em gesso (vermiculita).

    Qual a resistncia trmica associada a uma parede, que possui 2,5m de altura e

    6,5 m de largura (logo, possuindo 10 travessas de suporte, cada uma com 2,5 m de

    altura)? (R = 0,18534 K/W)

    3.3 CONDUO DE CALOR EM PAREDES CILNDRICAS

    3.3.1 UMA PAREDE CILNDRICA

    LRAondedR

    dTAkQ ...2:..

    130 mm

    0,65 m

    40 mm

    8 mm

    12 mm

    Lateral de Madeira

    Travessas de Suporte

    Isolamento Trmico

    Painel de Gesso

    2,5 m

    Q

    km=0,094 W/m.K kt=0,16 W/m.K kisol=0,038 W/m.K kg=0,17 W/m.K

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    )(ln..2

    )()ln(ln..2

    ..2.

    ..2....2.log

    21

    1

    2

    1212

    2

    1

    2

    1

    TTkR

    R

    L

    QTTkRR

    L

    Q

    dTkR

    dR

    L

    QdTk

    R

    dR

    L

    Q

    dR

    dTLRkQo

    T

    T

    R

    R

    Resistncia trmica de uma parede cilndrica

    I

    RU

    QLk

    R

    R

    TT

    R

    R

    TTLkQ

    ...2

    ln

    ln

    )(...2 1

    2

    21

    1

    2

    21

    Lk

    R

    R

    Rt...2

    ln1

    2

    3.3.2 - PAREDES CILNDRICAS EM SRIE

    1

    2

    21

    ln

    )(...2

    R

    R

    TTLkQ

    eqR

    TTQ 21

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    Lk

    R

    R

    Lk

    R

    R

    RRRondeR

    TTQ ttteq

    teq ...2

    ln

    ...2

    ln

    :2

    1

    2

    1

    0

    1

    21

    21

    Genericamente:

    onde n = no de paredes cilndricas (em srie)

    EXERCCIOS

    1) Um tubo metlico de 20m de comprimento, 5 cm de dimetro interno e 1,5 cm

    de espessura feito de um material de k=65 kcal/h.m.0C.

    O tubo revestido com um isolante trmico de k=0.04 kcal/hm 0C, e espessura de 10 cm.

    Sabendo-se que as temperaturas interna e externa so 250 0C e 30

    0C, respectivamente,

    calcular:

    a - o fluxo de calor. (Q

    =882 kcal/h)

    b - a temperatura na superfcie que separa o tubo do isolante. (Tx= 249,9 C)

    L

    K1 K2

    T1 T2

    Tx

    Lk

    R

    R

    Ri

    n

    i

    teq...2

    ln1

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    15

    2) Um tubo de parede grossa de ao inoxidvel (1,8%Cr; 8%Ni, k = 19 W/m oC)

    com 2 cm de dimetro interno e 4 cm de dimetro externo coberto com uma camada de

    3 cm de isolamento de amianto (k= 0,2 W/m oC). Se a temperatura da parede interna do

    tubo mantida a 600 oC e a superfcie externa do isolamento a 100

    oC, calcule a perda

    de calor por metro de comprimento, e a temperatura na interface ao inox/amianto (Tx).

    (Q

    = 680 W/m; Tx = 595,8 C)

    3) Uma fbrica de condutores eltricos produz fios de 3 mm de raio com

    resistncia de 10,3 /m nos quais deve passar uma corrente de 4A. Deseja-se isol-los

    trmica e eletricamente, usando um material plstico de condutividade 0,2 kcal/hm0C.

    Sabendo-se que o setor de engenharia fixou a temperatura de operao do fio em 65 0C

    e supondo que a temperatura externa do isolante seja 25 0C, determinar a espessura da

    capa isolante a ser utilizada. (e = 1,26 mm)

    4) Calcular a perda de calor e as temperaturas nas interfaces de uma tubulao

    de 1 metro de comprimento, dimetro interno de 200 mm e dimetro externo de 220 mm,

    T1 T2 k

    R1 R2

    K1 K2

    T1 T2

    Tx = ?

    R1

    R2

    R3

    T1 T2

    RK AO RK AMIANTO

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    16

    de material com condutividade k = 50 W/m 0C. Esta tubulao dever ser isolada com 50

    mm de espessura de um material com k1 = 0,2 W/m 0C e, tambm, com 80 mm de

    espessura de material com k2 = 0,1 W/m 0C. Prever que a temperatura interna no tubo

    ser 327 C e a externa no isolamento ser 47 C. Faa o desenho da figura. (Q

    = 296,7

    W; TX = 326,9 C; TY = 238,5 C)

    5) Um tubo de ao (k=22 Btu/h.ft.F) de 1/2" de espessura e 10" de dimetro

    externo utilizado para conduzir ar aquecido. O tubo isolado com 2 camadas de

    materiais isolantes: a primeira de isolante de alta temperatura (k=0,051 Btu/h.ft. F) com

    espessura de 1" e a segunda com isolante base de magnsia (k=0,032 Btu/h.ft.F),

    tambm com espessura de 1". Sabendo que estando a temperatura da superfcie interna

    do tubo a 1000 F a temperatura da superfcie externa do segundo isolante fica em 32 F,

    pede-se :

    a) Determine o fluxo de calor por unidade de comprimento do tubo; (Q

    = 724 Btu/h)

    b) Determine a temperatura da interface entre os dois isolantes; (T3 = 587,36 F)

    c) Compare os fluxos de calor se houver uma troca de posicionamento dos dois isolantes.

    (Q

    = 697 Btu/h)

    FT

    FT

    0

    2

    0

    1

    32

    1000

    ftL

    FfthBtuk

    e

    FfthBtuK

    e

    FfthBtuk

    t

    1

    ../032,0

    "1

    ../051,0

    "10

    "2

    1

    ../22

    0

    3

    2

    0

    2

    2

    1

    0

    1

    4. CONDUTIVIDADE TRMICA VARIVEL

    kdTdxA

    Q

    dx

    dTAkQ

    bTak

    ..

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    17

    Lk

    R

    R

    TTQ

    kA

    e

    TTQ

    CilndricaParedePlanaParede

    TTb

    aTTA

    eQ

    TTTTb

    TTaA

    eQ

    TTb

    TTaTTb

    TTaA

    eQ

    dTbTdTaA

    eQ

    dTbTaeA

    QkdTdx

    A

    Q

    m

    m

    k

    T

    T

    T

    T

    T

    T

    T

    T

    e

    m

    ...2

    ln.

    )(2

    )(

    )()(2

    )(

    )(2

    )()(2

    )(

    )()0(

    1

    2

    2121

    2121

    212121

    2

    2

    2

    121

    2

    1

    2

    212

    0

    2

    1

    2

    1

    2

    1

    2

    1

    EXERCCIOS

    1) Determinar a temperatura T2 e a espessura do revestimento protetor (k=0,84 +

    0,0006T W/m oC) de uma chamin de concreto (k=1,1 W/m

    oC). A chamin cilndrica (De

    = 1300 mm, Di = 800 mm), transporta gases a 425 oC, e a temperatura mxima que o

    concreto pode suportar 200 oC. (T2 = 59,44 C; e = 0,2065 m)

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    18

    2) Um tubo (Di = 160 mm e De = 170 mm) isolado com 100 mm de um material com k =

    0,062 + 0,0002 T (W/m oC). Sabendo-se que as temperaturas na face externa do tubo e

    na face externa do isolamento so, respectivamente, 300 oC e 50

    oC, determine a

    potncia dissipada por metro de tubo. (Q

    = 196 W)

    D1 = 1300 mm R1 = 650 mm D2 = 800 mm R2 = 400 mm kc = 1,1 W/m

    oC

    kR = 0,84 + 0,0006 T (W/m oC)

    Q = 2 kW/m = 2000 W/m

    e=?

    = D1

    = D2

    = D3

    425 oC

    T 200 oC

    T2 = ?

    425 oC RR 200

    oC RC T2=?

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    19

    5. CONVECO

    Combina conduo com movimentao de massa e caracterstica de meios

    fluidos.

    Quando um fluido entra em contato com uma superfcie slida aquecida, recebe

    calor por conduo, a densidade de suas partculas diminui fazendo-as subir, cedendo

    lugar s mais frias.

    CONVECO - Natural ou Livre (espontaneamente)

    - Forada (se usarmos um agente mecnico)

    RESISTNCIA TRMICA

    I

    R

    U

    QAh

    TTAhQ

    .

    1..

    Lei de Ohm U = R

    5.1 EFEITOS COMBINADOS DE CONDUO E CONVECO

    5.1.1 UMA PAREDE PLANA

    50 oC

    300 oC

    Q

    R1

    R2

    R3

    D1 = 160 mm R1 = 80 mm D2 = 170 mm R2 = 85 mm R3 = 85 + 100 =185 mm

    AhRt

    .

    1

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    20

    h1 h2 Q

    = T

    R teq

    Q

    onde R teq = Rtf1 + Rtp + Rtf2

    T1 T2

    R teq = 1 + e + 1

    Tp2T2 h1.A k.A h2.A

    Tp1T1

    A = cte T2 T1

    5.1.1.1 COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSO DE CALOR: U

    1 = 1 + e + 1 uma convenincia de

    U h1 k h2 notao.

    logo: Q

    = A ( T1 - T2 ) Q

    = A . U . ( T1 - T2 ) 1

    U

    5.1.2 PAREDES PLANAS EM SRIE

    EXERCCIOS

    1) A parede de um reservatrio tem 10 cm de espessura e condutividade trmica de 5

    kcal/h m 0C. A temperatura dentro do reservatrio 150

    oC e o coeficiente de transmisso

    de calor na parede interna 10 kcal/h m2 o

    C. A temperatura ambiente 20 oC e o

    AhAk

    e

    Ah

    TTQ

    .

    1

    ..

    1

    2.1

    21

    srieemparedesdenononde

    hAk

    e

    AhA

    TTQ

    O

    n

    i i

    i

    :

    .

    11

    .

    1

    )(

    1 21

    21

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    21

    coeficiente de transmisso de calor na parede externa 8 kcal/h m2 oC. Calcular o fluxo

    de calor para 20 m2 de rea de troca. (Q

    = 10.608 kcal/h)

    A = 20 m2 k = 5 kcal/h m

    0C

    T1 = 150 0C T2 = 20

    0C

    gua Ar

    Q

    h1= 10 kcal/h m2 0C h2 = 8 kcal/ h m

    2 0C

    10 cm

    2) A parede de uma fornalha constituda de trs camadas: 10 cm de tijolo refratrio (k

    = 0,6 kcal/h m oC) 20 cm de amianto (k = 0,09 kcal/h m

    oC) e 5 cm de argamassa (k = 3

    kcal/h m oC). A temperatura dentro da fornalha de 1000

    oC e o coeficiente de

    transmisso de calor na parede interna 10 kcal/h m2

    oC. A temperatura ambiente 30

    oC e o coeficiente de transmisso de calor na parede externa 2 kcal/h m

    2 oC. Calcular o

    fluxo de calor por unidade de tempo, sabendo-se que a rea de troca 30 m2. (Q

    = 9.682

    kcal/h)

    T1 = 1000 0C T2 = 30

    0C

    Q

    er eam ear

    h1=10 kcal/h m2 0

    C h2 = 2 kcal/h m2 0

    C

    3) Idem ao exerccio anterior, considerando que o calor seja de 5.000 kcal/h,

    determinar a espessura da parede de amianto. (e = 45,3 cm)

    4) Uma parede de um forno constituda de duas camadas: 0,20 m de tijolo

    refratrio (k = 1,2 kcal/h m oC) e 0,13 m de tijolo isolante (k = 0,15 kcal/h m

    oC). A

    Argamassa Refratrio

    Amianto

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    22

    temperatura dentro do forno 1700 oC e o coeficiente de transmisso de calor na parede

    interna 58 kcal/h m2 o

    C. A temperatura ambiente 27 oC e o coeficiente de transmisso

    de calor na parede externa 10 kcal/h m2

    oC. Desprezando a resistncia trmica das

    juntas de argamassa, estime:

    a) O calor perdido por unidade de tempo e por m2 de parede; (Q

    = 1.454 kcal/h)

    b) A temperatura na superfcie interna; (Ti = 1.674,9 C)

    c) A temperatura na superfcie externa. (Te = 172,4 C)

    k = 1,2 kcal/h m oC k = 0,15 kcal/h m

    oC

    Ti=? Te = ?

    T1 T2

    e1 = 0,2 m e2=0,13 m

    h1 = 58 kcal/h m2 oC h2 = 10 kcal/h m

    2 oC

    5) Dois fluidos esto separados por uma placa de ao inoxidvel, com 2

    polegadas de espessura, rea de 10 p2 e k = 45 Btu/h.p.

    oF. As temperaturas dos

    fluidos e o coeficiente mdio de transferncia de calor so TF1 = 50 oF; TF2 = 0

    oF; h1 =

    200 Btu/h.p2.oF e h2 = 150 Btu/h.p

    2.oF. Determinar as temperaturas das superfcies e o

    fluxo de transferncia de calor atravs da placa quando a radiao trmica nas

    superfcies for desprezvel. (Q

    = 32.530 Btu/h; T1 = 33,7 F; T2 = 21,87 F)

    6) No interior de uma estufa de alta temperatura os gases atingem 650

    oC. A

    parede da estufa de ao, tem 6 mm de espessura e fica em um espao fechado onde

    h risco de incndio, sendo necessrio limitar uma temperatura da superfcie em 38oC.

    Para minimizar os custos de isolao, dois materiais sero usados: primeiro, isolante de

    alta temperatura (mais caro, com k = 0,0894 kcal/hm oC, aplicado sobre o ao de k =

    h1 TF1

    2

    h2 TF2

    k

    Rh1 Rk Rh2

    TF1 T1 T2 TF2

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    23

    37,24 kcal/hm oC) e depois, magnsio (mais barato, com k = 0,0670 kcal/hm

    oC)

    externamente. A temperatura mxima suportada pelo magnsio 300 oC. Pede-se:

    a) Especificar a espessura de cada material isolante (em cm); (em = 4,88 cm; ei = 8,67

    cm)

    b) Sabendo que o custo do isolante de alta temperatura, por cm de espessura colocado,

    2 vezes o do magnsio, calcular a elevao percentual de custo se apenas o isolante

    de alta temperatura fosse utilizado. (36,6%)

    Dados:

    Temperatura ambiente = 20 oC

    h1 = 490 kcal/hm2 oC

    h6 = 20 kcal/hm2 oC

    6 mm ei em

    h1 h6

    T1 = 650 oC T2 T3 T4 = 300

    oC T5 = 38

    oC T6 = 20

    oC

    K1 k2 k3

    7) O inverno rigoroso na floresta deixou o lobo mau acamado. Enquanto isto, os

    trs porquinhos se empenham em manter a temperatura do ar interior de suas

    respectivas casas em 25 C, contra uma temperatura do ar externo de -10 C,

    alimentando suas lareiras com carvo. Todas as trs casas tinham a mesma rea

    construda, com paredes laterais de 2 m x 6 m, e frente/fundos de 2 m x 2 m, sem janelas

    (por medida de segurana, obviamente). Sabe-se que cada quilograma de carvo

    queimado libera uma energia de cerca de 23 MJ. Considerando que os coeficientes de

    transferncia de calor por conveco nos lados interno e externo das casas so iguais a

    7 W/m2.K e 40 W/m

    2.K, respectivamente, e desprezando a transferncia de calor pelo

    piso e pelo teto que so bem isolados, pede-se: i) Montar o circuito trmico equivalente para a transferncia de calor que ocorre em

    regime permanente (estacionrio) na casa do porquinho P1;

    ii) Calcular a taxa de perda de calor em Watts atravs das paredes dessa casa; (Q

    =

    702 W) iii) Calcular a temperatura da superfcie interna das paredes, relativa ao circuito do item

    (i); (Ti = 21,96 C)

    iv) Calcular a perda diria de energia em MJ (megajoules) correspondente ao circuito do

    item (i); (Q

    = 59 MJ/dia) v) Fazer um balano de energia na casa e calcular o consumo dirio de carvo,

    necessrio para manter a temperatura interior no nvel mencionado. Para tanto, considere que o

    corpo de um porquinho ocioso em seu lar libera energia a uma taxa de 100 J/s; (C = 2,19 kg/dia)

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    24

    vi) Qual das casas ir consumir mais carvo? Por qu? Obs: no necessrio calcular,

    apenas observe a tabela dada.

    Casa pertencente ao porquinho: P1 P2 P3

    Material Palha Madeira Tijolos

    Espessura das paredes 10 cm 4 cm 10 cm

    Condutividade trmica (SI) 0,07 0,14 0,72

    8) Uma parede composta (2m X 2m) possui uma blindagem externa de ao (kA =

    54 W/m C) e eA = 5 mm. Em certas horas do dia a parede externa de ao chega a 100

    C. A alvenaria tem espessura de 0,3 m e composta de dois materiais. O primeiro metro

    de altura formado pelo material B (kB = 0,52 W/m C) e o segundo metro de material C

    (kc = 0,98 W/m C). Uma vez que a transferncia mxima de calor para a parede 350

    W, deve-se aplicar isolamento interno. O material escolhido foi a cortia D ((kD = 0,048

    W/m C). Determinar a espessura de cortia a ser aplicada para que as especificaes

    do projeto sejam atendidas. Dados para o ar ambiente: Tar = 20 C e har = 25 W/m2 C. (e

    = 22,78 mm)

    RESISTNCIA TRMICA DE CONTATO

    Sistema composto com contato Sistema composto com contato

    trmico perfeito trmico imperfeito

    2 m

    2 m

    6 m

    Te=100 oC

    0,005 0,3 e=?

    Ar

    Tar = 20 oC

    har = 25 W/m2 oC

    A

    B

    C

    D

    Isolamento Trmico

    WQ 350

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    25

    material material material material

    +*-/

    Interface do sistema Interface do sistema

    T

    distribuio de temperatura distribuio de temperatura

    Circuito trmico Circuito trmico

    R R R RTC R

    Q

    Q

    onde: RTC = 1

    hTC A

    O coeficiente de contato trmico hTC depende do material, da aspereza da

    superfcie, da presso de contato e da temperatura.

    hTC para ao inox. ( 3 kW/m2 0C)

    hTC para cobre ( 150 kW/m2 0C)

    Um meio prtico de reduzir a resistncia trmica de contato inserir um material

    de boa condutividade trmica entre as duas superfcies. Existem graxas com alta

    condutividade, contendo silcio, destinadas a este fim. Em certas aplicaes podem ser

    usadas tambm folhas delgadas de metais moles.

    EXERCCIO

    1) Duas barras de ao inoxidvel 304, de 3 cm de dimetro e 10 cm de

    comprimento, tm as superfcies retificadas e esto expostas ao ar com uma rugosidade

    superficial de aproximadamente 1m. As superfcies so pressionadas uma contra a

    outra com uma presso de 50 atm e aplicada combinao das duas barras uma

    diferena de temperatura de 100 oC. Calcule o fluxo de calor axial (Q = 5,52W) e a queda

    de temperatura atravs da superfcie de contato (T = 4,13 C).

    Rk1 RTc Rk2

    Q

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    26

    10 cm 10cm

    Dados:

    hc = 1893,94 W/m2 oC (coeficiente de contato)

    kao = 16,3 W/m oC

    5.1.3 UMA PAREDE CILNDRICA

    Comprimento da parede: L

    21: tftptfteqteq

    RRRRondeR

    TQ

    LRhLk

    R

    R

    LRhRteq

    ..2.

    1

    ..2

    ln

    ..2.

    1

    22

    1

    2

    11

    LRhLk

    R

    R

    LRh

    TTQ

    ...2.

    1

    ...2

    ln

    ...2.

    1

    22

    1

    2

    11

    21

    5.1.4 PAREDES CILNDRICAS

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    27

    n

    i ni LRhR

    R

    kLLRh

    TTQ

    1 1211

    21

    ...2.

    1ln

    1

    ..2

    1

    ...2.

    1

    )(

    EXERCCIOS

    1) Calcular a perda de calor, por metro linear, de um tubo com dimetro nominal de 80 mm (dimetro externo = 88,9 mm; dimetro interno = 77,9 mm; k = 37 kcal/h m

    oC),

    coberto com isolao de amianto de 13 mm de espessura (k = 0,16 kcal/h m oC). O tubo

    transporta um fluido a 150 oC com coeficiente de transmisso de calor interno de 195

    kcal/h m2

    oC, e est exposto a um meio ambiente a 27

    oC, com coeficiente de

    transmisso de calor mdio, do lado externo, de 20 kcal/hm2 oC. (Q

    = 296 kcal/h)

    R2 Te = 27 oC

    R1

    Ti =150 oC Q

    R3

    Tx

    Ty

    Tz

    2) k2 T2= 20 oC

    h2

    Dados:

    L= 300 m R1

    e1= 1,8 cm R2

    e2= 15 cm T1 = 200 oC Q

    1= 20 cm h1 R3

    k1 = 50 kcal/h m 0C

    k2 = 0,15 kcal/h m 0C Tx k1

    h1 = 10 kcal/h m2 0

    C Ty

    h2 = 8 kcal/h m2 0C Tz

    Calcular:

    a- calcular o fluxo de calor; (Q

    = 48.900 kcal/h)

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    28

    b- calcular a temperatura nas faces Tx, Ty, Tz. (TX = 174 C; TY = 173,9 C; TZ = 32 C)

    3) Um condutor de uma linha de transmisso de 5000A ( = 1, r = 3,28.10-6 ),

    dissipa calor no ambiente a 35 0C com h = 10 W/m

    2.0C. Determine a temperatura do

    condutor. (T = 138 C)

    t=? Q

    =1= 0,0254 m r = 3,28.10

    -6

    L = 1m

    4) Por um fio de ao inoxidvel de 3 mm de dimetro passa uma corrente eltrica

    de 20 A. A resistividade do ao pode ser tomada como 70 .m, e o comprimento do fio

    1m. O fio est imerso num fluido a 110 oC e o coeficiente de transferncia de calor por

    conveco 4 kW/m2 oC. Calcule a temperatura do fio. (T = 215 C)

    5) Um submarino deve ser projetado para proporcionar uma temperatura

    agradvel tripulao, no inferior a 20oC. O submarino pode ser idealizado como um

    cilindro de 10m de dimetro e 70m de comprimento.

    A construo das paredes do submarino do tipo sanduche com uma camada

    externa de 19 mm de ao inoxidvel (k = 14 kcal/hm oC), uma camada de 25 mm de fibra

    de vidro (k = 0,034 kcal/hm oC) e outra camada de 6 mm de alumnio no interior (k = 175

    kcal/hm oC). O hi = 12 kcal/hm

    2 oC, enquanto o he = 70 kcal/hm

    2

    oC (parado) e he = 600

    kcal/hm2 o

    C) (em velocidade mxima).

    Determinar a potncia requerida em kW, da unidade de aquecimento, sabendo

    que a temperatura do mar varia entre 7 oC e 12

    oC. Faa o desenho. (P = 40 kW)

    6) Uma tubulao de 20 cm de dimetro interno, espessura de 1,8 cm e (k = 50

    W/ m oC) que atravessa o galpo de uma fbrica de 300 m, transporta gua quente a 200

    oC (h = 10 W/ m

    2 oC). Devido ao mau isolamento trmico, que consiste numa camada de

    15 cm (k = 0,15 W/ m oC), durante os meses de junho e julho, quando a temperatura

    ambiente cai a 12 oC e o coeficiente de transferncia de calor igual a 8 W/m

    2 C

    (perodo em que o problema se agrava por conta do inverno), h a necessidade de

    reaquecer a gua quando chega ao seu destino, a partir de uma energia que custa R$

    0,10/kW h. Pede-se:

    a) Calcular a taxa de calor; (Q

    = 51.048 W)

    b) Se a camada de isolamento for aumentada para 25 cm, qual o custo adicional

    justificvel para comprar o isolamento? (Q

    = 39.682 W; 1.637 R$/ano)

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    29

    5.1.5 PAREDES ESFRICAS

    CONDUO

    )(.4.

    )(.4.

    .4.

    )..4(

    21

    1

    12

    2

    2

    2

    2

    1

    2

    1

    2

    1

    2

    1

    TTkRQ

    TTkdRRQ

    dTkR

    dRQ

    dR

    dTRkQ

    dR

    dTAkQ

    R

    R

    R

    R

    T

    T

    R

    R

    21

    21

    21

    21

    21

    12

    11

    ..4

    1

    11

    )(..4

    )(..4)1

    (1

    RRk

    TTQ

    RR

    TTkQ

    TTkRR

    Q

    CONVECO

    2..4.

    1

    .

    1

    RhR

    AhR

    h

    h

    R1

    R2

    k

    he Te

    T2

    hi Ti T1

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    30

    EXERCCIOS

    1) Um tambor metlico esfrico de parede delgada utilizado para armazenar

    nitrognio lquido a 77 K. O tambor tem um dimetro de 0,5 m e coberto com isolamento

    refletivo composto de p de slica (k = 0,0017 W/m.K). A espessura do isolamento de

    25 mm e sua superfcie externa encontra-se exposto ao ar ambiente a 300 K. O

    coeficiente de conveco dado por 20 W/m2.K. Qual a transmisso de calor para o N2

    lquido?

    (Q

    = 13,06 W)

    2) Calcular a taxa de evaporao do N2, no exerccio anterior.

    Dados p/ N2: Calor latente de vaporizao = hfg = 2.105J/kg

    massa especfica = dN2 = 804 kg/m3

    (m = 5,64 kg/dia ou V = 7 l/dia)

    3) Um tanque de ao (k = 40 kcal/h.m.C), de formato esfrico e raio interno de

    0,5 m e espessura de 5 mm, isolado com 1" de l de rocha (k = 0,04 kcal/h.m.C). A

    temperatura da face interna do tanque 220 C e a da face externa do isolante 30 C.

    Aps alguns anos de utilizao, a l de rocha foi substituda por outro isolante, tambm

    de 1" de espessura, tendo sido notado ento um aumento de 10% no calor perdido

    para o ambiente (mantiveram-se as demais condies). Determinar:

    a) fluxo de calor pelo tanque isolado com l de rocha; (Q

    = 687 kcal/h)

    R1

    R2

    k

    har

    Tar

    N2

    respiro

    Tar Rh RK TN2

    .

    Q

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    31

    b) o coeficiente de condutividade trmica do novo isolante, desprezando a resistncia

    trmica do ao; (k = 0,044 kcal/h.m.C)

    c) qual deveria ser a espessura (em polegadas) do novo isolante para que se tenha o

    mesmo fluxo de calor que era trocado com a l de rocha. (e = 1,66)

    mmme

    mR

    Cmhkcalk

    Ao

    005,05

    5,0

    ../40

    1

    0

    1

    "2

    11

    ./04,0 02

    e

    Cmhkcalk

    RochadeL

    QQ

    e

    IsolanteNovo

    %110'

    "2

    11

    4) Um tanque de armazenamento possui uma seo cilndrica, com comprimento

    e dimetro interno de L = 2 m e Di = 1 m, respectivamente, e duas sees esfricas nas

    extremidades. O tanque fabricado em vidro (Pyrex) com 20 mm de espessura e

    encontra-se exposto ao ar ambiente a temperatura de 300 K e coeficiente de

    transferncia de calor por conveco de 10 W/m2 K. O tanque usado para armazenar

    leo aquecido, que mantm a sua superfcie interna a uma temperatura de 400 K.

    Determine a potncia eltrica que deve ser fornecida a um aquecedor submerso no leo

    de modo a manter as condies especificadas. A condutividade trmica do Pyrex pode

    ser suposta igual a 1,4 W/m . K. (P = 8.657 W)

    2 m

    r

    1 m

    R1

    R2

    R3

    K1

    K2 T3

    T2

    T1

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    32

    5) O tanque da carreta mostrada na figura abaixo possui uma seo cilndrica,

    com comprimento e dimetro interno de L = 8m e Di = 2m, respectivamente, e duas

    sees esfricas nas extremidades. O tanque usado para transportar oxignio lquido e

    mantm a sua superfcie interna a uma temperatura de 180 C. Procura-se um isolamento trmico, cuja espessura no deve ultrapassar 15 cm, que reduza a taxa de

    transferncia de calor a no mais que 900 kcal/h. Observe que o tanque encontra-se

    exposto ao ar ambiente a uma temperatura que varia entre 12 C (no inverno) e 40 C (no

    vero). (k = 0,008976 kcal/h.m.C)

    Fonte: http://www.airliquide.com.br/secao_entr_gas.html 15/03/2005 9h10.

    6. RAIO CRTICO

    O aumento da espessura de uma parede plana sempre reduz o fluxo de

    transferncia de calor atravs da parede. Como natural, uma reduo no fluxo de

    transferncia de calor realiza-se, com maior facilidade, mediante o uso de um material

    isolante de baixa condutividade trmica. Por outro lado, um aumento na espessura da

    parede, ou a adio de material isolante, nem sempre provoca uma diminuio no fluxo

    de transferncia de calor, quando a geometria do sistema tem uma rea de seo reta

    no constante.

    Exemplo: Cilindro oco

    Tf

    R1

    T1 Q

    = T1 - Tf ln R2/R1 + 1

    R2 2 k L h 2 R2 L

    h

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    33

    Se mantivermos T1 , Tf e h constantes o que acontecer se aumentarmos o raio

    externo R2?

    Um aumento de R2 provoca Rk e Rh; portanto a adio de material pode ou o fluxo

    de calor, dependendo da variao da Rtotal = Rk + Rh

    Rc = k

    h

    Raio Crtico: raio externo do tubo isolado que

    corresponde a mnima resistncia trmica total.

    Se R2 Rc

    A adio de material (isolante) diminuir o fluxo de

    transferncia de calor.

    Se R2 Rc A adio de material (isolante) aumentar o fluxo de

    transferncia de calor, at que R2 = Rc depois do que, o

    aumento de R2 provocar Q

    .

    Esse princpio largamente utilizado na engenharia eltrica, onde material

    isolante fornecido para fios e cabos condutores de corrente, no para reduzir a perda

    de calor, mas para aument-la. Isso importante, tambm, na refrigerao, onde o fluxo

    de calor para o refrigerante frio deve ser conservado num mnimo. Em muitas dessas

    instalaes, onde tubos de pequeno dimetro so usados, um isolamento na superfcie

    externa aumentaria o calor transmitido por unidade de tempo.

    EXERCCIOS

    1) Um cabo eltrico de 15 mm de dimetro deve ser isolado com borracha (k =

    0,134 kcal/h m oC). O cabo estar ao ar livre (h = 7,32 kcal/h m

    2 oC) a 20

    oC. Investigue o

    efeito da espessura do isolamento na dissipao de calor, admitindo uma temperatura da

    superfcie do cabo de 65 oC.

    T1=65 oC T2 = 20

    oC

    2) Deseja-se manter a temperatura de 60 0C em um condutor eltrico de cobre R

    = 0,005 /m de 2mm de dimetro. Determinar a corrente mxima em 1 m de fio:

    - Para o condutor nu. (I = 22,4 A)

    - Para o condutor isolado com 1 mm de um material com k = 0,15 W/m 0C. (I

    = 30,33 A)

    Dados: Ar ambiente a 20 0C com h=10W/m

    2 0C

    -Condutor nu: T Rh Tar

    -Condutor isolado: T(60 0C) Rk Rh Tar(20

    0C)

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    34

    RT

    16

    8,6

    1mm

    2mm

    Rk + Rh

    Rc 1mm R

    2 mm

    15 mm

    3) a) Calcule o raio crtico de isolamento para o amianto (k=0,17 W/m oC) que reveste

    um tubo ficando exposto ao ar a 20 oC com h = 3 W/m

    2 oC. (Rc = 5,67 cm) b) Calcule a

    perda de calor no tubo de 5 cm de dimetro a 200 oC, quando coberto com o raio crtico

    de isolamento e sem isolamento. (Q

    com = 105,7 W; Q

    sem = 84,8 W)

    T ar = 20 oC

    har = 3W/m2 o

    C

    = 5 cm

    200 oC

    Amianto

    7. RADIAO TRMICA

    7.1 INTRODUO

    Radiao Trmica o processo pelo qual calor transferido de um corpo sem o

    auxlio de um meio, em virtude de sua temperatura, ao contrrio dos outros dois

    mecanismos:

    conduo choque entre as partculas conveco transferncia de massa radiao ondas eletromagnticas

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    35

    A radiao trmica utilizada em muitos processos industriais de aquecimento,

    resfriamento e secagem. Ocorre perfeitamente no vcuo, pois a radiao trmica se

    propaga atravs de ondas eletromagnticas.

    um fenmeno ondulatrio semelhante s ondas de rdio, radiaes luminosas,

    raios-X, raios-gama, etc, diferindo apenas no comprimento de onda (), conhecido como

    espectro eletromagntico, conforme figura 7.1.

    A intensidade da radiao varia com o comprimento de onda.

    figura 7.1

    A anlise espectroscpica mostra que a intensidade das radiaes trmicas varia

    como mostrado na figura 7.2. O pico mximo de emisso ocorre para um comprimento de

    onda (mx), cuja posio funo da temperatura absoluta do emissor (radiador).

    figura 7.2

    Micro ondas

    10-5 10

    -4 10

    -3 10

    -2 10

    -1 1 10 10

    2 10

    3 10

    4

    ( m)

    RAD. TRMICA

    Inf .Vermelho

    Raios Gama

    Raios X

    UV

    Visvel

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    36

    A intensidade da radiao trmica comandada pela temperatura da superfcie

    emissora (figura 7.2). A faixa de comprimentos de onda englobados pela radiao trmica

    subdividida em ultravioleta, visvel e infravermelho, conforme mostra a figura 7.1. Todo

    material com temperatura acima do zero absoluto emite continuamente radiaes

    trmicas.

    Poder de emisso (E) a energia radiante total emitida por um corpo, por

    unidade de tempo e por unidade de rea (kcal/h.m2

    ; W/m2).

    7.2. CORPO NEGRO e CORPO CINZENTO

    Corpo Negro um conceito terico padro que estabelece um limite superior de

    radiao, de acordo com a segunda lei da termodinmica, com o qual as caractersticas

    de radiao dos outros meios so comparadas. Portanto, uma superfcie ideal que tem

    as seguintes propriedades:

    Absorve toda a radiao incidente, independente do comprimento de onda e

    da direo;

    Para uma temperatura e comprimento de onda dados, nenhuma superfcie

    pode emitir mais energia do que um corpo negro;

    Embora a radiao emitida por um corpo negro seja uma funo do

    comprimento de onda e da temperatura, ela independente da direo, ou

    seja, o corpo negro um emissor difuso.

    Corpo Cinzento o corpo cuja energia emitida ou absorvida uma frao da

    energia emitida ou absorvida por um corpo negro, aproximando-se das caractersticas

    dos corpos reais, como mostra a figura 7.3.

    Figura 7.3

    Emissividade () a relao entre o poder de emisso de um corpo real

    (cinzento) e o poder de emisso de um corpo negro.

    n

    c

    E

    E

    onde, = poder de emisso de um corpo cinzento

    = poder de emisso de um corpo negro

    E

    E

    c

    n

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    37

    Os corpos cinzentos tm emissividade () sempre menor que 1, e so, na maior

    parte os materiais de utilizao industrial, sendo que em um pequeno intervalo de

    temperatura pode-se admitir constante e tabelado. Devido s caractersticas atmicas

    dos metais, isto no ocorre. Entretanto, para pequenos intervalos de temperatura, as

    tabelas fornecem valores constantes de emissividade.

    7.3. LEI DE STEFAN-BOLTZMANN

    Stefan determinou experimentalmente e Boltzmann deduziu matematicamente que,

    para um corpo negro:

    . 4TEn (Kelvin) absoluta ra temperatu=

    Boltzmann)-Stefan de (constante .. 104,88= onde, 42-8

    T

    Kmhkcal

    K 106697,5nalInternacio Sist.

    ;..10173,0Ingls Sist.

    428

    428

    mW

    RfthBtu

    7.4 TROCA DE RADIAO ENTRE SUPERFCIES

    Considerando a troca de calor por radiao entre duas ou mais superfcies,

    observa-se que essa troca depende das geometrias e orientaes das superfcies e das

    suas propriedades radioativas e temperatura. Tais superfcies esto separadas por um

    meio no participante, que no emite, no absorve e no dispersa, no apresentando

    nenhum efeito na transferncia de radiao entre as superfcies. A maioria dos gases

    apresenta um comportamento muito aproximado e o vcuo preenche exatamente essas

    exigncias.

    7.4.1 FATOR DE FORMA

    Para calcular a troca por radiao entre duas superfcies quaisquer, utiliza-se o

    conceito de fator de forma ou fator de configurao.

    Inicia-se o clculo da transferncia de calor por radiao entre superfcies com a

    determinao da frao da radiao total difusa que deixa uma superfcie e

    interceptada por outra e vice-versa.

    A frao da radiao distribuda difusamente que deixa a superfcie A1 e alcana a

    superfcie A2 denominada de fator de forma para radiao F

    1,2. O primeiro ndice

    indica a superfcie que emite e o segundo a que recebe radiao.

    Duas superfcies negras de reas A1 e A2, separadas no espao (figura 7.4) e em

    diferentes temperaturas (T1 > T2) so apresentadas:

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    38

    Figura 7.4

    Em relao s superfcies A1 e A2 temos os seguintes fatores de forma:

    F12 frao da energia que deixa a superfcie (1) e atinge (2)

    F21 frao da energia que deixa a superfcie (2) e atinge (1)

    A energia radiante que deixa A1 e alcana A2 :

    .. 121121 FAEQ n

    A energia radiante que deixa A2 e alcana A1 :

    .. 212212 FAEQ n

    A troca lquida de energia entre as duas superfcies :

    .... 212212112112 FAEFAEQQQ nn

    Em uma situao em que as duas superfcies esto na mesma temperatura, o

    poder de emisso das duas superfcies negras o mesmo (En1 = En2) e no haver

    troca lquida de energia ( 0

    Q ). Ento:

    )(....0 21221211 IFAEFAE nn

    Como En1 = En2, obtm-se:

    (II) .. 212121 FAFA

    Como tanto a rea quanto o fator de forma no dependem da temperatura, esta

    relao vlida para qualquer temperatura. Substituindo a equao (I) na equao (II),

    obtm-se:

    12121211 .... FAEFAEQ nn

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    39

    21121 .. nn EEFAQ

    Pela lei de Stefan-Boltzmann, tem-se:

    :portanto , . e .4

    22

    4

    11 TETE nn

    4241121 ... TTFAQ

    ... 4241121 TTFAQ

    Esta a expresso para o fluxo de calor transferido por radiao entre duas

    superfcies a diferentes temperaturas.

    O Fator de Forma depende da geometria relativa dos corpos e de suas

    emissividades (), que so encontradas em tabelas e bacos para o clculo do fator

    forma para cada configurao geomtrica (placas paralelas, discos paralelos, retngulos

    perpendiculares, quadrados, crculos, etc):

    Superfcies negras paralelas e de grandes dimenses, corpo A1 totalmente envolvido pelo corpo A2, O corpo A1 no pode ver qualquer parte de si:

    F12 1

    Superfcies cinzentas grandes e paralelas

    111

    1

    21

    12

    F

    Superfcie cinzenta (1) muito menor que superfcie cinzenta (2) 112 F

    Dois discos paralelos de dimetros diferentes, distantes entre si por L, com os centros na mesma normal aos seus planos; disco menor A1 com raio a, disco maior com raio b.

    2222222222,1

    42

    1babaLbaL

    aF

    7.5 EFEITO COMBINADO CONVECO - RADIAO

    Uma parede plana qualquer submetida a uma diferena de temperatura, tem na

    face interna a temperatura T1 e na face externa uma temperatura T2, maior que a

    temperatura do ar ambiente T3, como mostra a figura 7.5. Neste caso, atravs da parede

    ocorre uma transferncia de calor por conduo at a superfcie externa. A superfcie

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    40

    transfere calor por conveco para o ambiente e existe tambm uma parcela de

    transferncia de calor por radiao da superfcie para as vizinhanas. Portanto, a

    transferncia de calor total a soma das duas parcelas:

    Figura 7.5

    radconvQQQ

    EXERCCIOS

    1) Duas placas grandes de metal, separadas de 2" uma da outra, so aquecidas a 300

    C e 100C, respectivamente. As emissividades so 0,95 e 0,3 respectivamente. Calcular

    a taxa de transferncia de calor por radiao atravs do par de placas. (Q

    = 1.295

    kcal/h)

    2) Um duto de ar quente, com dimetro externo de 22 cm e temperatura

    superficial de 93 C, est localizado num grande compartimento cujas paredes esto a 21

    C. O ar no compartimento est a 27 C e o coeficiente de pelcula 5 kcal/h.m2

    C.

    Determinar a quantidade de calor transferida por unidade de tempo, por metro de tubo,

    se:

    a) o duto de estanho ( = 0,1) (Q

    = 263 kcal/h)

    b) o duto pintado com laca branca ( = 0,9) (Q

    = 543 kcal/h)

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    41

    3) Em uma indstria, vapor d' gua saturado a 44 kgf/cm2

    e 255 C escoa por um

    tubo de parede fina de dimetro externo igual a 20 cm. A tubulao atravessa um amplo

    recinto de 10m de comprimento, cujas paredes esto mesma temperatura de 25 C do

    ambiente (har = 5 kcal/h.m2 C). Deseja-se pintar a superfcie externa do tubo de

    maneira que ao sair do recinto, o vapor no interior do tubo se encontre com apenas 5%

    de sua massa no condensada. No almoxarifado da indstria dispe-se de 3 tintas cujas

    emissividades so: tinta A: a=1; tinta B: b = 0,86 e tinta C: c = 0,65. Sabendo-se que o

    calor latente de vaporizao nestas condies 404 kcal/kg, determinar:

    a) a tinta com a qual devemos pintar o tubo, sabendo-se que a vazo de vapor 55,2

    kg/h; (c = 0,65)

    b) a energia radiante por unidade de comprimento aps a pintura; (Q

    = 1.392 kcal/h)

    c) a vazo de vapor se utilizar a tinta A. (m = 74,6 kg/h)

    4) Um reator em uma indstria trabalha a 600 C em um local onde a temperatura

    ambiente 27 C e o coeficiente de pelcula externo 40 kcal/h.m2

    C. O reator foi

    construdo de ao inox ( = 0,06) com 2 m de dimetro e 3 m de altura. Tendo em vista o

    alto fluxo de calor, deseja-se aplicar uma camada de isolante (k= 0,05 kcal/h m C e =

    0,75) para reduzir a transferncia de calor a 10 % da atual. Desconsiderando as

    resistncias trmicas que no podem ser calculadas, pede-se:

    a) O fluxo de calor antes da aplicao do isolamento; (Q

    = 618.368 kcal/h)

    b) A parcela transferida por conveco aps o isolamento, sabendo-se que a temperatura

    externa do isolamento deve ser 62 0C; (Q

    = 57.701 kcal/h)

    c) A espessura do isolante a ser usada nas novas condies. (e = 8,2 mm)

    duto

    Tar; h Tt

    radQ

    convQ

    duto

    Tar; h Tt

    radQ

    convQ

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    42

    Desprezando as resistncias trmicas de conveco interna e conduo na parede de

    ao do reator, a temperatura da base do reator pode ser considerada a mesma do fluido.

    5) Duas superfcies planas negras e de grandes dimenses so mantidas a 200

    C e 300 C. Determine:

    a) Determine o fluxo lquido de calor entre as placas, por unidade de rea; (Q

    = 3.274

    W/m2)

    b) Repita para o caso em as temperaturas de ambas as placas so reduzidas em 100 C

    e calcule a percentagem de reduo da transferncia de calor. (Q

    = 1.741,5 W/m2;

    46,84%)

    6) Repetir o exerccio anterior (5) (itens a e b) considerando que as superfcies

    so cinzentas com emissividades 0,73 e 0, 22, respectivamente.

    A1 T1

    1

    A2 T2

    2

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    43

    7) Os gases quentes do interior de uma fornalha so separados do ar ambiente a

    25 C (h = 17,2 Kcal/h.m2.C) por uma parede de tijolos de 15 cm de espessura. Os tijolos tm uma condutividade trmica de 1,0 kcal/h.m.C e uma emissividade de 0,8. No regime permanente mediu-se a temperatura da superfcie externa da parede da fornalha como

    sendo 100 C. Considerando que a fornalha est em um grande compartimento cuja temperatura da superfcie interna igual temperatura ambiente, qual a temperatura

    da superfcie interna da parede da fornalha? (T = 355,5 C)

    8) Um reator de uma indstria trabalha a temperatura de 600 oC. Foi construdo

    de ao inoxidvel ( = 0,06) com 2,0 m de dimetro e 3,0 m de comprimento. Tendo em

    vista o alto fluxo de calor, deseja-se isol-lo com uma camada de l de rocha (k = 0,05

    kcal/m.oC e = 0,75) para reduzir a transferncia de calor a 10% da atual. Calcular:

    a) o fluxo de calor (radiao e conveco) antes do isolamento; (Q

    = 313.930 kcal/h)

    b) a espessura de isolante a ser usada nas novas condies, sabendo que a temperatura

    externa do isolamento deve ser igual a 62 oC. (e = 0,1753 m)

    A1 T1

    1

    A2 T2

    2

    e=15 cm

    Te = 1000C

    Ti=?

    K=1kcal/h.m0C

    = 0,8

    Ar Ambiente (2) Tar = 25

    0C

    har=17,2 kcal/h.m2 0

    C

    Forno (1)

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    44

    9) Exerccio do Provo de Eng. Mecnica ENC 2003 Em uma empresa existem 500 metros de linha de vapor a 150 C, com dimetro externo

    de 0,1 m, sem isolamento trmico, em um ambiente fechado a 30 C. O vapor estava

    sendo gerado a partir da queima de lenha que produzia energia a baixo custo, porm

    causando grandes danos ambientais. Diante disso, esse processo foi substitudo por um

    sistema de gs natural adaptado caldeira que polui menos e ainda apresenta

    vantagens no custo do kWh.

    Objetivando a racionalizao de energia nessa empresa, prope-se o isolamento

    da tubulao a partir de uma anlise dos custos envolvidos. Para tanto, considere um

    coeficiente de transferncia convectiva de calor h = 7 W/m2. K entre a tubulao e o ar

    ambiente. Despreze as resistncias trmicas por conveco interna e conduo na

    parede da tubulao e suponha que as temperaturas das paredes internas do recinto

    sejam iguais 27 C.

    a) cite dois fatores importantes que devem ser considerados na seleo de um isolante

    trmico; (valor: 2,0 pontos)

    b) determine a economia de energia diria, em Joules, que pode ser obtida isolando-se a

    tubulao com uma camada de 0,05 m de l de vidro (k = 0,04 W/m.K). Despreze trocas

    trmicas radiativas entre o isolante e o ambiente e considere o coeficiente de conveco

    h = 3,5 W/ m2. K; (valor: 6,0 pontos) (Ec = 26.127 MJ/dia)

    c) O oramento para a colocao do isolamento trmico de R$ 60.000,00 e o custo do

    kWh R$ 0,10. Calcule o tempo de amortizao do investimento. (valor: 2,0 pontos)

    (Tempo = 83 dias)

    Dados / Informaes adicionais

    K = C + 273,15

    Taxa de transferncia de calor por radiao: expresso

    Taxa de transferncia de calor por conduo em um cilindro: expresso

    Emissividade da parede externa da tubulao: = 0,9

    Constante de Steffan-Boltzmann: = 5,67 x 10-8 W/m2. K

    0,75

    C.m.0,05kcal/hk

    RochadeLIsolante

    C.m.17,2kcal/hh

    C25TAr

    3mL

    2md

    0,06inoxaomaterial

    600Re

    0

    0

    0

    2

    1

    CTator o

    L

    r

    T1

    e=?

    Ar T2, h2

    k,

    q

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    45

    8. ALETAS

    8.1 INTRODUO

    So freqentes as situaes em que se procuram meios para aumentar a

    quantidade de calor transferido, por conveco, de uma superfcie.

    A lei de Newton: Q

    = h A ( T1 - T2 ) sugere que se pode aumentar Q

    mediante o

    aumento de h, (T1 - T2) ou de A. Conforme j verificamos, h funo da geometria, das

    propriedades do fluido e do escoamento. A modulao de h mediante o controle destes

    fatores oferece um procedimento pelo qual Q

    pode ser aumentado ou diminudo. No que

    se refere ao efeito de (T1 - T2) sobre Q

    encontram-se freqentemente dificuldades, por

    exemplo nos sistemas de refrigerao de motores de automveis, em dias muito quentes,

    pois T2 ser muito elevada. Em relao rea da superfcie que se expe ao fluido, esta

    pode ser, muitas vezes, estendida, mediante o uso de aletas.

    Constituem aplicaes familiares destes dispositivos de transferncia de calor com

    superfcies aletadas os radiadores de automveis, as montagens de transistores de

    potncia e dos transformadores eltricos de alta tenso.

    Tendo como referncia a extenso de uma parede plana o calor passa da parede

    para a aleta mediante conduo e sai da superfcie da aleta por efeito convectivo.

    Portanto, a diminuio da resistncia superficial convectiva Rh provocada por um

    aumento na rea superficial acompanhada por um aumento da resistncia condutiva Rk.

    Para que se eleve o fluxo de transferncia de calor da parede, mediante a extenso da

    superfcie, a diminuio de Rh deve ser maior que o aumento em Rk. Na verdade, a

    resistncia superficial deve ser o fator controlador nas aplicaes prticas de aletas

    (Rk

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    46

    Fazendo um balano de energia em um elemento diferencial da aleta. Sob as

    condies de regime permanente a partir das quantidades de energia:

    Energia entrando pela face esquerda dx

    dTkAqx

    Energia saindo pela face direita dxx

    dxxdx

    dTkAq

    Energia perdida por conveco ))(..( TTdxPhqconv

    Obtm-se a equao:

    qx qx dxqconv

    ........

    TTdxPhdx

    dx

    dTAk

    dx

    d

    dx

    dTAk

    dx

    dTAk ttt

    onde P o permetro da aleta, At rea da seo transversal da aleta e (P.dx) a rea entre

    as sees x e (x+dx) em contato com o fluido. Considerando h e k constantes a equao

    pode ser simplificada:

    dxdx

    dTAk

    dx

    dTTdxPh t

    .....

    2

    2

    ....dx

    TdAkTTPh t

    dx

    A T

    qx+dx qx

    dqconv= h.P.dx (Tp-T)

    e

    BASE Tp

    Z

    L

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    47

    .22

    2

    TTmdx

    Td

    onde ; , o coeficiente da aleta ( )mh P

    k Am

    t

    .

    .

    1

    A equao diferencial linear de segunda ordem, acima, tem soluo geral:

    T T C e C emx mx

    onde C1 e C2 so constantes e determinadas por meio das seguintes condies de

    contorno:

    1) que a temperatura da base da barra seja igual temperatura da parede na qual ela

    est afixada, ou seja:

    pTTxem 0

    2) depende das hipteses adotadas:

    Caso (a) Barra infinitamente longa

    Sua temperatura na extremidade se aproxima da temperatura do fluido: T = T

    T T C e C em m 0 1 2

    . .

    Se o segundo termo da equao zero, a condio de contorno satisfeita apenas se

    C1=0. Substituindo C1 por 0:

    C T Ts2

    A distribuio de temperatura fica:

    .. mp eTTTT (I)

    Como o calor transferido por conduo atravs da base da aleta deve ser transferido por

    conveco da superfcie para o fluido, tem-se:

    . .q k AdT

    dxaleta

    x

    0

    (II)

    Diferenciando a equao (I) e substituindo o resultado para x=0 na equao (II), obtem-

    se:

    TTAk

    PhAkeTTmAkq px

    m

    paleta ..

    .......

    0

    0.

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    48

    TTAkPhq paleta ....

    A equao calcula o calor transferido aproximado, na unidade de tempo, em uma

    aleta finita, se seu comprimento for muito grande em comparao com a rea de sua

    seo transversal.

    Caso (b) Barra de comprimento finito, com perda de calor pela extremidade

    desprezvel

    A segunda condio de contorno exigir que o gradiente de temperatura em x = L seja

    zero, ou seja, dT dx 0 em x=L. Com as seguintes condies:

    Lm

    p

    Lm

    p

    e

    TTC

    e

    TTC

    ..22..21 1 e

    1

    Substituindo as equaes anteriores em: T T C e C emx mx

    Obtm-se :

    Lm

    xm

    Lm

    xm

    pe

    e

    e

    eTTTT

    ..2

    .

    ..2

    .

    11.

    Considerando que o co-seno hiperblico definido como: 2cosh xx eex , a equao anterior pode ser escrita na forma adimensional simplificada:

    ).(cosh

    cosh

    Lm

    xLm

    TT

    TT

    p

    A transferncia de calor pode ser obtida por meio da equao (II), substituindo o

    gradiente de temperatura na base:

    LmLm

    LmLm

    pLmLmp

    x ee

    eemTT

    eemTT

    dx

    dT..

    ..

    ...2..2

    0

    ..1

    1

    1

    1..

    LmtghmTTdx

    dTP

    x

    ...0

    O calor transferido, na unidade de tempo :

    LmtghTTAkPhq Paleta ......

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    49

    Caso (c) Barra de comprimento finito, com perda de calor por conveco pela

    extremidade

    Neste caso, o princpio o mesmo e o fluxo de calor transferido :

    LmsenhkmhLm

    LmkmhLmsenhTTAkPhq paleta

    ....cosh

    .cosh........

    8.3 TIPOS DE ALETAS

    Diversas aplicaes industriais apresentam vrios tipos de aletas e alguns dos

    mais encontrados industrialmente, so mostrados a seguir:

    1) Aletas de Seo Retangular

    Aleta de seo retangular assentada

    longitudinalmente em uma superfcie plana.

    Considerando que a aleta tem espessura b (= Z) e

    largura e (espessura pequena em relao

    largura), o coeficiente da aleta m pode ser

    calculado assim:

    eZA

    eZP

    t .

    .2.2

    mh P

    k At

    .

    .

    ( eq. 6.14 )

    2) Aletas de Seo No-Retangular

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    50

    As aletas de seo triangular, como as

    aletas de seo parablica, trapezoidal,

    etc, tambm so comuns. O clculo do

    coeficiente m pode ser feito de modo

    similar ao caso anterior, considerando uma

    rea transversal mdia.

    3) Aletas Curvas

    As aletas colocadas sobre superfcies curvas

    podem ter colocao radial (transversal)

    como na figura ou axial (longitudinal),

    assentando aletas do tipo retangular. O

    assentamento radial ou axial de aletas sobre

    superfcies cilndricas depende da direo do

    escoamento do fluido externo, onde a aletas

    devem prejudicar o mnimo possvel o

    coeficiente de pelcula, ou seja, no podem

    provocar estagnao do fluido. O clculo do

    coeficiente m feito da seguinte forma:

    erA

    rerP

    t ...2

    ..4.2..2.2

    mh P

    k At

    .

    .

    4) Aletas Pino

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    51

    Em certas aplicaes aletas tipo pino so

    necessrias para no prejudicar

    demasiadamente o coeficiente de

    pelcula. A figura mostra uma aleta pino

    de seo circular. Neste caso o clculo

    do coeficiente m feito assim:

    2.

    ..2

    rA

    rP

    t

    mh P

    k At

    .

    .

    8.4 EFICINCIA DE UMA ALETA

    Em uma superfcie sobre a qual esto fixadas aletas de seo transversal

    uniforme, como mostra a figura a seguir, as aletas tm espessura e, altura l (= L) e

    largura b (=Z). A superfcie base est na temperatura Ts (=Tp) maior que a temperatura

    ambiente T.

    O fluxo de calor total transferido atravs da superfcie com as aletas igual ao

    fluxo transferido pela rea exposta das aletas (AAL) mais o fluxo transferido pela rea

    exposta da superfcie base (AP):

    TTAhq

    TTAhqqqq

    ALLA

    PPP

    ALP

    ?..

    .. onde ,

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    52

    A diferena de temperatura para a rea das aletas (T? -T) desconhecida. A

    temperatura TP da base da aleta, pois medida que a aleta perde calor, a sua

    temperatura diminui, ou seja, AAL no trabalha com o mesmo potencial trmico em

    relao ao fluido.

    Por este motivo qA L, calculado com o potencial (TP - T), deve ser corrigido,

    multiplicando este valor pela eficincia da aleta (). A eficincia da aleta pode ser definida como:

    PA TA ra temperatuna estivesse se trocadoseria quecalor

    aleta pela trocadorealmentecalor

    L

    Portanto,

    TTAh

    q

    PLA

    AL

    ..

    Sendo assim, o fluxo de calor trocado pela rea das aletas :

    ... TTAhq PALAL

    O fluxo de calor em uma aleta cuja troca de calor pela extremidade desprezvel

    obtido por meio da equao:

    LmtghTTAkPhq PtLA ......

    Desprezar a transferncia de calor pela extremidade da aleta uma simplificao

    para as aletas de uso industrial. Entretanto, como as aletas tm espessura pequena, a

    rea de troca de calor na extremidade pequena; alm disto, a diferena de temperatura

    entre a aleta e o fluido menor na extremidade. Portanto, na maioria dos casos, devido

    pequena rea de troca de calor e ao menor potencial trmico, a transferncia de calor

    pela extremidade da aleta pode ser desprezada.

    Igualando as duas equaes para o fluxo de calor, tem-se:

    LmtghTTAkPhTTAh PtPAL .........

    Isolando a eficincia da aleta, obtm-se:

    LmtghAh

    APkh

    LA

    t..

    .

    ..

    A rea de troca de calor da aleta pode ser aproximada para:

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    53

    LPALA

    .

    Substituindo, obtm-se:

    LAk

    Ph

    LmtghLmtgh

    LPh

    AkLmtgh

    LPh

    AkPh

    t

    tt

    ..

    .

    ...

    ..

    ...

    ..

    ... 21

    21

    O coeficiente da aleta (m) pode ser introduzido na equao acima para dar a

    expresso final da eficincia da aleta:

    .

    .

    Lm

    Lmtgh

    onde, ( coeficiente da aleta ) mh P

    k At

    .

    .

    e LmLmLmLm

    ee

    eeLmtgh

    ..

    ..

    .

    A equao anterior mostra que a eficincia da a