GESTÃO FINANCEIRA

  • Upload
    gazoile

  • View
    40

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

GESTÃO FINANCEIRA

Citation preview

  • GESTO FINANCEIRA

  • Pgina 2 de 117

    ndice CONTABILIDADE ........................................................................................................ 4

    Definio e Divises da Contabilidade ...................................................................... 4

    OS PRINCPIOS CONTABILSTICOS GERALMENTE ACEITES (PCGA) .......... 7

    DOCUMENTOS E REQUISITOS FORMAIS/LEGAIS E TIPOLOGIAS .................... 7

    Nota de encomenda .................................................................................................... 11

    Guia de remessa .......................................................................................................... 12

    Guia de transporte ....................................................................................................... 13

    Factura ........................................................................................................................ 14

    Nota de dbito e nota de crdito ................................................................................. 15

    Recibo ......................................................................................................................... 16

    Cheque ........................................................................................................................ 17

    Livrana ...................................................................................................................... 22

    SNC SISTEMA NORMALIZAO CONTABILSTICA ARQUITECTURA E ESTRUTURA DO SNC ................................................................................................. 24

    Estrutura do SNC ........................................................................................................ 24

    NCRF NORMAS CONTABILISTICAS DE RELATO FINANCEIRO ................ 24

    ESTRUTURA NCRF ................................................................................................. 24

    CONTAS E SUB-CONTAS MAIS SIGNIFICATIVAS ........................................... 27

    Classe 1 Meios financeiros lquidos ......................................................................... 27

    Classe 2 Contas a receber e a pagar ........................................................................ 31

    Classe 3 Inventrios e activos biolgicos ................................................................ 40

    Classe 4 Investimentos ............................................................................................. 42

    Classe 5 Capital, reservas e resultados transitados .............................................. 45

    Classe 6 Gastos ........................................................................................................ 48

    Classe 7 Rendimentos .............................................................................................. 51

    Classe 8 Resultados ................................................................................................. 54

    DEMONSTRAES FINANCEIRAS .......................................................................... 55

    BALANO ................................................................................................................. 55

    DEMONSTRAO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS ............................. 62

    DEMONSTRAO DAS ALTERAES NO CAPITAL PRPRIO .................... 63

    DEMONSTRAO DOS FLUXOS DE CAIXA ..................................................... 64

    ANEXO ...................................................................................................................... 65

    O EQUILBRIO FINANCEIRO .................................................................................... 68

    Ciclo de Investimento ............................................................................................... 71

  • Pgina 3 de 117

    Ciclo de Explorao .................................................................................................. 71

    Ciclo das Operaes Financeiras............................................................................. 72

    INDICADORES DE APOIO ANLISE E GESTO OU RCIOS ................ 74

    APRESENTAO DE CONTAS ................................................................................. 79

    FONTES DE FINANCIAMENTO, RESPETIVA CONTABILIZAO E TRAMITES

    LEGAIS .......................................................................................................................... 80

    Financiamento de curto prazo..................................................................................... 80

    Capitais Alheios ...................................................................................................... 80

    Financiamento a mdio e longo prazo ........................................................................ 82

    Capitais prprios ..................................................................................................... 83

    Capitais alheios ....................................................................................................... 83

    TANGVEIS E INTANGVEIS ..................................................................................... 84

    NCRF 6 - Ativos intangveis ...................................................................................... 84

    NCRF 7 Ativos Fixos Tangveis ............................................................................. 88

    IRC : DETERMINAO DA MATRIA COLECTVEL E APURAMENTO DO

    LUCRO TRIBUTVEL ................................................................................................ 92

    Esquema do apuramento da matria colectvel .......................................................... 92

    Esquema do clculo do imposto ................................................................................. 93

    O QUE A ESTRATGIA ........................................................................................... 94

    ANLISE DO CONTEXTO DO NEGCIO ................................................................ 95

    Estratgias Genricas ................................................................................................... 97

    Estratgias de reas de negcios.................................................................................. 99

    METODOLOGIAS DE APOIO ANLISE ESTRATGICA ................................ 100

    Matriz BCG .................................................................................................. 100

    Matriz das escolhas estratgicas de Ansoff ................................................ 102

    Modelo das cinco foras competitivas de Porter ....................................... 104

    PLANO DE NEGCIO ............................................................................................... 108

    Estrutura base de um Plano de Negcio ................................................................... 108

    AVALIAO DA RENTABILIDADE PREVISIONAL ........................................... 114

    VALOR ACTUAL LIQUIDO (VAL) ...................................................................... 114

    O CRITRIO DA TAXA INTERNA DE RENDIBILIDADE (TIR) ...................... 116

  • Pgina 4 de 117

    CONTABILIDADE

    Definio e Divises da Contabilidade

    O que a contabilidade e para que serve?

    Contabilidade a tcnica de registo e de representao de todas as transformaes

    sofridas pelo patrimnio de qualquer entidade econmica durante o exerccio da sua

    actividade, de modo a saber em qualquer momento a sua composio e o seu valor.

    (strictu senso)

    Contabilidade a cincia dos processos descritivo-quantitativos utilizados na anlise,

    registo, interpretao e controlo dos factos de gesto. Visa quantificar tudo o que

    ocorre numa unidade econmica fornecendo simultaneamente, dados para a tomada de

    decises da gesto.

    (latu senso)

    A contabilidade pode e deve ser entendida como uma linguagem. Como qualquer

    linguagem tem a sua prpria simbologia que nos permite identificar conceitos muito

    particulares. A contabilidade pode ser encarada como a linguagem do mundo dos

    negcios.

    A contabilidade de uma utilidade extrema pois serve de suporte a vrias e distintas

    actividades, de entre as quais salientam-se:

    O relato financeiro;

    A determinao dos custos dos produtos e servios;

    Os sistemas de informao da gesto;

    A determinao dos impostos a pagar;

    O planeamento fiscal;

  • Pgina 5 de 117

    A contabilidade nos dias de hoje vista como um sistema de informao indispensvel

    para a tomada de deciso, pois ela constitui o interface entre a fonte de informao, a

    organizao, e os utilizadores dessa mesma informao: os stakeholders, os clientes, os

    fornecedores, os trabalhadores, os financiadores, o Estado, os sindicatos, etc.

    Divises da contabilidade

    A empresa como um rgo vivo que mantm, por um lado, relaes com o

    exterior e, por outro lado, tem a sua vida interna prpria.

    1) Zona Externa ou de contacto com o meio ambiente: a empresa no pode

    desenvolver a sua actividade isoladamente, mas sim em constante relao com o

    meio exterior; clientes que lhe adquirem bens e servios; fornecedores a quem

    dever adquirir os factores produtivos que necessita; o Estado que define as normas

    jurdicas por que se deve reger e os investidores que colocam sua disposio os

    fundos necessrios ao desenvolvimento da sua actividade.

    2) Zona interna: zona em que se desenvolve propriamente a actividade produtiva da

    empresa. Consiste na combinao de todos os factores produtivos (materiais,

    mo-de-obra, energia, etc.) com vista produo de bens e servios. Estas

    operaes que se estabelecem no seio da prpria empresa designam-se por

    operaes internas.

    Com base nesta distino, teremos:

    a) Contabilidade financeira, geral ou externa , que visa o relato financeiro para

    o exterior da empresa por via das demonstraes financeiras;

    b) Contabilidade de gesto, analtica de explorao ou interna, que visa o custo

    dos produtos vendidos e dos servios prestados e, bem assim, o controlo dos

    resultados a nvel mais elementar (negcios, mercados, reas de

    responsabilidade, etc.).

  • Pgina 6 de 117

    Funes da Contabilidade

    Funo de registo

    Uma das funes primordiais da contabilidade na empresa a de registar todos os factos

    que provocam alteraes no seu patrimnio.

    Funo de controlo

    Controlo de toda a actividade desenvolvida pela empresa. Atravs do controlo dos

    registos podemos:

    apreciar se a situao econmica e financeira da empresa boa ou m;

    fazer uma anlise de como os resultados foram obtidos - fazer comparaes

    entre os valores previstos e a realidade conseguida, dando assim a possibilidade

    administrao de pedir explicaes aos responsveis pelos desvios observados;

    comparar os valores obtidos pela empresa com outras empresas similares.

    Funo de avaliao

    Avalia os actos de gesto praticados. Esta funo permite-nos:

    conhecer, com a maior exactido possvel, os custos por que os produtos ficaram

    empresa;

    determinar, com base nos preos de custo, os preos de venda dos produtos;

    determinar a quantidade, qualidade e valor das matrias- primas a adquirir e a

    consumir ou das mercadorias a adquirir;

    analisar, comparativamente, a produtividade dos trabalhadores da empresa com

    a de outras similares.

    Funo de previso

    Realiza previses a mdio e longo prazo com base em documentos chamados

    oramentos, elaborados a partir de dados histricos fornecidos pela contabilidade.

  • Pgina 7 de 117

    OS PRINCPIOS CONTABILSTICOS GERALMENTE ACEITES (PCGA)

    Continuidade A empresa opera continuamente

    Consistncia A poltica contabilstica no deve alterada sem justificao

    Especializao ou Acrscimo Os rendimentos e os gastos devem ser reconhecidos no

    perodo econmico a que respeitam, independentemente dos momentos de recebimento

    ou pagamento.

    Custo histrico Os registos contabilsticos devem-se basear nos custos de aquisio ou

    produo.

    Prudncia O grau de precauo e de estimativa deve ser razovel (reservas e

    provises)

    Substncia sob a forma As operaes devem ser contabilizadas atendendo realidade

    financeira

    Materialidade Evidenciar todas os elementos que sejam relevantes para qualquer

    avaliao ou deciso dos interessados

    DOCUMENTOS E REQUISITOS FORMAIS/LEGAIS E TIPOLOGIAS

  • Pgina 8 de 117

    O QUE UM DOCUMENTO?

    Nos termos da definio legal, documento :

    Qualquer objeto elaborado por uma pessoa com o fim de reproduzir ou representar uma

    pessoa, coisa ou facto.

    Trata-se de uma noo muito ampla nos termos da qual qualquer objeto (uma

    fotografia, um filme, uma gravao de udio, etc.) desde que tendo o fim de reproduzir

    algo (uma pessoa, uma coisa ou, em termos mais genricos, um facto), constitui um

    documento.

    Na prtica, porm, e para efeitos do nosso estudo, so os documentos escritos os que

    apresentam maior importncia j que neles que se baseia a maior parte das operaes

    comerciais.

    DOCUMENTOS ESCRITOS

    A atividade comercial das empresas desenvolve-se, na grande maioria dos casos, atravs

    da celebrao de contratos.

    Isto no significa que as empresas no devam praticar outro tipo de atos, que no sejam

    contratos; por exemplo, as empresas esto obrigadas ao cumprimento de um certo

    nmero de deveres contabilsticos e fiscais e, obviamente, quando preenchem ou

    entregam os seus registos contabilsticos, ou quando pagam os seus impostos, as

    empresas no esto a celebrar contratos mas sim a cumprir obrigaes.

    Documentos normalizados

    A rapidez com que se processam as trocas comerciais, a sua internacionalizao, e as

    exigncias das novas tecnologias informticas tm conduzido a uma crescente

    normalizao da documentao comercial.

    No caso dos documentos, fala-se em normalizao a propsito do processo tcnico de

    criao de normas que definem condies de elaborao e preenchimento dos

    O porqu da necessidade de documentos escritos.

  • Pgina 9 de 117

    documentos.

    Os principais objetivos da normalizao dos documentos so:

    harmonizao de contedos;

    preveno do erro no preenchimento;

    aumento da segurana na circulao.

    Os documentos normalizados obedecem a uma idntica estrutura, contedo e

    dimenso, permitindo, por exemplo, a sua leitura ptica com as naturais vantagens da

    resultantes em matria de processamento e arquivo.

    No decurso da sua atividade, a empresa relaciona-se com fornecedores e com clientes,

    tornando-se titular de direitos e ficando vinculada a obrigaes perante ambos, e a

    forma adequada de concretizar esse relacionamento a celebrao de contratos.

    O CONTRATO DE COMPRA E VENDA

    um contrato bilateral em que uma das partes (o vendedor) tem obrigao de entregar o

    bem ou ceder o direito sobre algo e o direito a receber o preo. A outra parte (o

    comprador) tem o direito a receber o bem ou direito sobre algo e a obrigao de entregar

    o preo, assim

    Contrato de compra e venda

    Contrato pelo qual se transmite a propriedade uma coisa ou direito mediante um preo.

    A transmisso da propriedade da coisa ou da

    titularidade do direito (do vendedor para o

    comprador).

  • Pgina 10 de 117

    bens/direitos

    preo

    FASES DO CONTRATO E CONDIES A ACORDAR

    Ao analisarmos a compra e venda, verificamos que esta se pode decompor em quatro

    fases: encomenda, entrega, liquidao e pagamento.

    1 - encomenda

    2 - entrega

    3 - liquidao

    4 -pagamento

    1) Encomenda - proposta de compra por parte do comprador.

    2) Entrega - envio da mercadoria ao comprador.

    3) Liquidao - fixao do preo a pagar pelo comprador.

    4) Pagamento - entrega pelo comprador da importncia fixada.

    De referir que, muitas vezes, as quatro fases se processam em simultneo, como

    acontece, por exemplo, quando, num estabelecimento, adquirimos determinado bem e o

    pagamos de imediato.

    DOCUMENTAO

    Efeitos do contrato A obrigao de o vendedor entregar a coisa.

    A obrigao de o comprador pagar o preo.

    Vendedor Comprador

    Vendedor

    Comprador

  • Pgina 11 de 117

    Os documentos relativos ao contrato de compra e venda desempenham duas funes

    fundamentais:

    constituem um meio de prova;

    constituem o suporte do registo contabilstico;

    Na conceo de documentos dever-se- atender aos seguintes requisitos:

    Clareza - devem ser de preenchimento e leitura fceis.

    Integralidade - devem conter todas as informaes necessrias execuo das

    operaes a que servem de suporte.

    Economicidade - devem ser pouco dispendiosos.

    Conformidade - devem satisfazer as exigncias legais.

    Nota de encomenda

    Documentos

    Emitidos pelo comprador Emitidos pelo vendedor

    Fase Documento Fase Documento

    Encomenda

    Nota de encomenda Requisio

    Entrega

    Liquidao

    Pagamento

    Liquidao paga- mento simultneos

    Guia de remessa Talo de recepo Factura Nota de dbito Nota de crdito

    Recibo Factura-recibo Venda a dinheiro

  • Pgina 12 de 117

    A nota de encomenda no um documento normalizado, ou seja, as partes so livres

    para estipular o contedo da nota de encomenda desde que a informao nela contida

    lhes permita, a ambas, realizar o controlo e gesto da encomenda.

    Elementos necessrios das notas de encomenda:

    nome, firma ou denominao social, sede ou domiclio e nmero de

    identificao fiscal da empresa que faz a encomenda;

    nome, firma ou denominao social, sede ou domiclio e nmero de

    identificao fiscal do fornecedor;

    especificao dos bens, com a indicao das quantidades;

    nmero e data da encomenda;

    preo dos bens encomendados;

    condies de pagamento;

    data de entrega;

    indicaes especficas relacionadas com o transporte dos bens;

    outras indicaes julgadas teis por ambas as partes;

    assinatura da empresa que faz a encomenda.

    Guia de remessa

    A guia de remessa constitui o documento de entrega dos bens a fornecer. Por vezes

    tambm se fala em guias de entrega/recepo; trata-se de documentos com a mesma

    funo das guias de remessa e que, portanto, devero ter o mesmo contedo.

    As guias de remessa devem conter, pelo menos, os seguintes elementos:

    nome, firma ou denominao social, sede ou domiclio e nmero de

    identificao fiscal do remetente;

    nome, firma ou denominao social, sede ou domiclio e nmero de

    identificao fiscal do destinatrio ou adquirente;

    nmero e data da guia;

    especificao dos bens, com a indicao das quantidades;

  • Pgina 13 de 117

    locais de carga e descarga e data e hora de incio do transporte, quando forem

    utilizadas como documento de transporte.

    Guia de transporte

    A guia de transporte o documento entregue pelo transportador ao expedidor, atravs

    do qual o expedidor prova que entregou ao transportador as coisas a transportar.

    A guia de transporte feita e assinada em duplicado, ficando a cpia na posse do

    transportador. O duplicado da guia de transporte deve acompanhar o transportador

    pois esse o documento que lhe permite fazer prova da legitimidade que tem para

    transportar os bens em causa.

    A guia de transporte deve conter, pelo menos, as seguintes indicaes:

    nome e domicilio (ou firma e denominao) do expedidor;

    nome e domicilio (ou firma e denominao) do transportador;

    nome e domicilio (ou firma e denominao) do destinatrio;

    designao da natureza, peso, medida ou nmero dos objectos a transportar, ou,

    achando-se estes enfardados ou emalados, da qualidade dos fardos ou malas e do

    nmero, sinais ou marcas dos invlucros;

    indicao do lugar no qual deve fazer-se a entrega;

    enunciao da importncia do frete, com a declarao de se achar ou no

    satisfeito, bem como de quaisquer verbas de adiantamentos a que o

    transportador se houver obrigado;

    determinao do prazo dentro do qual deve efectuar-se a entrega e tambm,

    havendo o transporte de fazer-se por caminho de ferro, declarao de o dever ser

    pela grande ou pequena velocidade;

    fixao da indemnizao por que responde o transportador, se a tal respeito tiver

    havido conveno;

    locais de carga e descarga e data e hora de incio do transporte;

    outras clusulas acordadas entre expedidor e transportador.

  • Pgina 14 de 117

    Factura

    Os fornecedores de bens e servios so obrigados a emitir uma factura por cada

    transmisso de bens ou prestao de servios realizados.

    A factura , assim, o documento contabilstico de venda enviado pelo vendedor ao

    cliente.

    As facturas devem conter, obrigatoriamente, os seguintes elementos:

    os nomes, firmas ou denominaes sociais e a sede ou domiclio do fornecedor

    de bens ou prestador de servios e do destinatrio ou adquirente;

    os nmeros de identificao fiscal dos sujeitos acabados de mencionar;

    a quantidade e denominao usual dos bens transmitidos ou dos servios

    prestados, com especificao dos elementos necessrios determinao da taxa

    de imposto aplicvel;

    nota: as embalagens no efectivamente transaccionadas devero ser objecto de

    indicao separada e com meno expressa de que foi acordada a sua devoluo;

    o preo, lquido de imposto, e os outros elementos includos no valor tributvel;

    as taxas aplicveis e o montante de imposto devido;

    Nota: no caso de a operao ou operaes s quais se reporta a factura

    compreenderem bens ou servios sujeitos a taxas diferentes de imposto, os dados

    relativos s quantidades, preo, taxas e imposto desses bens ou servios devem

    ser indicados separadamente, segundo a taxa aplicvel;

    o motivo justificativo da no aplicao do imposto, se for caso disso;

  • Pgina 15 de 117

    locais de carga e descarga e data e hora de incio do transporte, quando forem

    utilizadas como documento de transporte.

    As facturas so, obrigatoriamente, emitidas por tipografia autorizada ou processadas por

    computador, e devem ser:

    datadas;

    numeradas sequencialmente;

    processadas em duplicado (ou em triplicado, quando a factura for utilizada como

    documento de transporte), destinando-se o original ao cliente e a cpia ao

    arquivo do fornecedor (e, quando exista, o triplicado s entidades

    fiscalizadoras).

    Alm disso, as facturas devem ser emitidas:

    em geral, at ao 5. dia til seguinte ao do momento em que o IVA devido;

    em caso de pagamentos antecipados, no momento em que o pagamento seja

    recebido.

    O original da factura destina-se ao cliente e a cpia ao arquivo do fornecedor.

    Este aspecto essencial: s mediante a apresentao do original da factura que o

    cliente tem direito deduo do IVA.

    A violao do dever de emitir ou exigir facturas, ou a sua emisso fora de prazo, est

    sujeita aplicao de coimas, para alm das consequncias nefastas que pode ter em

    sede de relaes com a Administrao Fiscal.

    Nota de dbito e nota de crdito

    Notas de dbito

    A aquisio dos bens ou servios adquiridos pelas empresas, sujeita-as muitas vezes a

    despesas adicionais, tais como as relacionadas com o transporte da mercadoria, o seu

    seguro, despesas alfandegrias, etc..

  • Pgina 16 de 117

    Em muitos casos, estas despesas j estaro includas no preo acordado entre as partes.

    Porm, pode acontecer que tais despesas no tenham sido previstas.

    Nessa situao, no se encontrando includas na factura, o fornecedor emitir uma nota

    de dbito, atravs da qual cobra ao comprador o montante dessas despesas.

    Uma outra situao que pode justificar a emisso de notas de dbito aquela em que a

    empresa pretende praticar actos no includos no seu objecto social.

    Pode ocorrer, por exemplo, que uma empresa que se dedica actividade de

    fornecimento de bens informticos, pretendendo renovar o seu mobilirio de escritrio,

    decida vender o mobilirio existente. Trata-se de uma venda de peas de moblia (em 2

    mo), acto que no cabe na previso do seu objecto social razo pela qual a empresa no

    pode cobrar o preo atravs da emisso de factura. Neste caso, o documento apropriado

    a nota de dbito.

    nota de dbito aplicam-se as regras e requisitos estudados a propsito das facturas.

    Notas de crdito

    Por sua vez, as notas de crdito so utilizadas para titular um movimento de sentido

    inverso.

    Ou seja, no se trata aqui de debitar (cobrar) uma importncia ao comprador mas sim de

    lhe creditar (devolver) um determinado montante.

    Utiliza-se a nota de crdito quando h devolues de mercadorias.

    A emisso de uma nota de crdito pode, por exemplo, ser justificada pelo facto de, ao

    emitir a factura o fornecedor se ter esquecido de fazer um desconto por pagamento a

    pronto.

    Recibo

    Paga a fatura, aquele que pagou (o comprador) tem direito a que lhe seja dada quitao

    do pagamento.

  • Pgina 17 de 117

    A quitao , precisamente,

    o acto pelo qual se comprova que o comprador cumpriu a sua obrigao de

    pagamento para com o fornecedor

    Qualquer documento pode constituir recibo de um pagamento. Por exemplo, o

    fornecedor pode escrever no exemplar da nota de encomenda ou da factura que fica em

    poder do comprador que a encomenda se encontra paga.

    Em muitos casos o prprio exemplar da factura que enviado ao comprador j contm a

    indicao de que a mesma servir de recibo aps boa cobrana (trata-se de prtica

    habitual no domnio dos contratos de seguro).

    Apesar disso obviamente possvel emitir recibos atravs de documentos especialmente

    configurados para esse objectivo.

    Esses documentos, que contero a palavra recibo, devero conter as mesmas indicaes

    das facturas ou, em alternativa, a referncia factura a cujo pagamento conferem a

    respectiva quitao.

    Outros documentos (ttulos executivos)

    O ttulo executivo um documento ao qual a lei atribui a caracterstica da

    exequibilidade.

    Cheque

    O cheque um documento escrito que representa:

    uma ordem (mandato);

    dirigida por um cliente/titular da conta ao seu Banco;

    no sentido de o Banco efectuar o pagamento de determinada quantia;

    a um terceiro, ao portador do cheque ou ao prprio titular da conta.

  • Pgina 18 de 117

    Sacado, sacador e beneficirio

    Nos termos da lei, as vrias entidades/pessoas envolvidas no processo de emisso e

    pagamento do cheque tm denominaes/nomes especficos:

    ao cliente, que ordena ao Banco o pagamento da quantia referida no cheque,

    chamamos sacador;

    ao Banco, que realiza o pagamento, chamamos sacado;

    ao beneficirio da ordem de pagamento, aquele a quem o Banco paga,

    chamamos beneficirio.

    O cheque um documento normalizado.

    Significa isto que, semelhana do que veremos acontecer com as letras e as livranas,

    a estrutura, o contedo e as dimenses dos cheques so obrigatoriamente iguais

    para todos os seus impressos, existindo apenas diferenas quanto ao aspeto grfico (cor,

    tipos de letra, smbolos, etc.) escolhido por cada entidade bancria.

    Modelos de cheque que se encontram em vigor em Portugal:

    FRENTE DO CHEQUE EM EUROS

  • Pgina 19 de 117

    VERSO DO CHEQUE EM EUROS

    Menes obrigatrias

    a palavra cheque, inserida no prprio texto e expressa na lngua empregue

    para a sua redaco (no nosso caso, o portugus);

    a ordem, pura e simples, de pagar uma determinada quantia;

    o nome de quem deve pagar: o sacado (trata-se do Banco no qual o sacador

    tem conta aberta);

    a indicao do lugar no qual o pagamento se deve efectuar (em geral,

    indicado do lado direito em relao ao nome do sacado);

    a indicao da data em que o cheque passado;

    a indicao do lugar no qual o cheque passado;

  • Pgina 20 de 117

    a assinatura de quem passa o cheque (sacador); a assinatura deve ser sempre

    idntica que consta da ficha de assinatura de cliente existente no Banco;

    As menes obrigatrias no tm todas a mesma natureza, devendo distinguir-se entre:

    menes que j se encontram impressas no cheque fornecido pelo Banco:

    palavra cheque, ordem pura e simples de pagamento, nome do sacado, local

    de pagamento;

    menes que devem ser completadas pelo sacador: montante do pagamento,

    data e local de emisso, identificao do beneficirio, assinatura do sacador.

    Menes facultativas

    designao do beneficirio do cheque;

    transmisso do cheque;

    nome do sacador;

    nmero de conta do sacador.

    Prazo de apresentao a pagamento

    O cheque deve ser apresentado a pagamento no prazo legalmente estabelecido, o qual,

    no caso de cheque passado em Portugal sobre Banco portugus, de oito dias.

    Deve notar-se que o cheque sempre pagvel vista, ou seja, no momento da sua

    apresentao a pagamento.

    Pagamento do cheque - instrues especiais

  • Pgina 21 de 117

    Existe, ainda, um segundo conjunto de menes facultativas que, aparecendo

    inscritas no cheque, tm como fim principal aumentar a segurana da circulao do

    cheque e que, nessa medida, alteram as circunstncias do seu pagamento:

    cruzamento;

    levar em conta;

    cheque visado.

    Cruzamento

    O cheque cruzado quando na sua face aparecem desenhados no canto superior

    esquerdo, dois traos paralelos e transversais.

    Se no houver nada escrito entre os dois traos paralelos, diz-se que estamos perante um

    cruzamento geral.

    Mas no cheque pode ser inscrito um cruzamento especial: neste caso, alm dos dois

    traos paralelos e transversais, aparecer entre eles a designao do nome de um Banco.

  • Pgina 22 de 117

    O cruzamento no cheque significa que este s pode ser pago pelo Banco a um seu

    cliente ou a outro Banco.

    Ao indicar, entre os traos, o nome de um Banco onde o portador tem conta, o sacador

    obriga a que o cheque seja depositado nesse Banco, s depois podendo ser

    movimentado.

    Cheque visado

    um cheque no qual o banco ape um carimbo que certifica que a conta tem fundos

    suficientes para pagar o cheque. O valor do cheque fica cativo na conta da pessoa que o

    passou por um prazo no inferior a 8 dias.

    O cheque visado um meio de garantir o pagamento e pode ser utilizado pelo sacador

    quando essa garantia lhe seja pedida.

    Assim, a pedido do sacador, o Banco, ao visar o cheque, garante a existncia da

    proviso necessria para o seu pagamento.

    Livrana semelhana do cheque e da letra, trata-se de um documento escrito e normalizado,

    comprovativo da existncia de uma dvida, apto a ser processado atravs de meios

    informticos.

    A livrana muito semelhante letra.

  • Pgina 23 de 117

    Na verdade, a diferena entre ambos os ttulos de crdito resume-se quase a isto:

    A letra emitida por um sacador que d uma ordem ao sacado no sentido de

    este pagar uma quantia determinada ao beneficirio ou sua ordem;

    A livrana emitida por uma pessoa que promete pagar a outrem, ou sua

    ordem, uma quantia determinada.

    Resumindo, enquanto que:

    A letra uma ordem de pagamento;

    A livrana uma promessa de pagamento.

    A principal utilizao da livrana ocorre no meio bancrio.

    habitual o uso da livrana como garantia de cumprimento de emprstimos bancrios

    de curto prazo.

    Intervenientes da livrana

    Subscritor/emitente - a pessoa que emite a livrana, prometendo proceder ao seu

    pagamento;

    Tomador/beneficirio - a pessoa a quem, ou ordem de quem, a livrana deve

    ser paga;

    portador, em sentido tcnico, a pessoa que apresenta a livrana a pagamento,

    em sentido mais genrico, qualquer pessoa que, em certo momento, tem a

    livrana em seu poder.

    E tambm em relao livrana, quando exista aval ou endosso, falaremos em

    avalista, endossante e endossatrio.

  • Pgina 24 de 117

    SNC SISTEMA NORMALIZAO CONTABILSTICA ARQUITECTURA E ESTRUTURA DO SNC

    Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n 158/2009, de 13 de Julho, em 1 de Janeiro de

    2010, uma percentagem significativa das empresas nacionais passaram a estar

    abrangidas pela obrigatoriedade de adoo do novo normativo contabilstico nacional

    (SNC), baseado fundamentalmente nas Normas Internacionais de Contabilidade

    emitidas pelo IASB (Internacional Accounting Standards Board), adotadas pela UE.

    Destina-se fundamentalmente a auxiliar os preparadores das demonstraes financeiras

    na aplicao das normas e os utentes na interpretao da informao que delas deriva,

    bem como a ajudar a formar opinio sobre a sua conformidade s Normas

    Contabilsticas e de Relato Financeiro (NCRF).

    Estrutura do SNC

    1 Bases para a apresentao das Demonstraes Financeiras (BADF);

    2. Modelos de Demonstraes Financeiras (MDF);

    3. Cdigo de Contas (CC);

    4. Normas contabilsticas e de relato financeiro (NCRF);

    5. Norma contabilstica e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE);

    6. Normas interpretativas (NI).

    NCRF NORMAS CONTABILISTICAS DE RELATO FINANCEIRO

    ESTRUTURA NCRF

    Objetivo da norma

    mbito

    Definies dos principais termos e expresses utilizados no texto

    Reconhecimento e mensurao

    Reconhecer se um determinado facto se enquadra ou no no mbito da

    norma;

    Caso seja enquadrvel, medir (quantificar) o valor pelo qual se far um

    registo contabilstico ou uma nota anexa.

    Divulgao

    O que deve ser escrito, onde e quando

    Data de entrada em vigor da norma

  • Pgina 25 de 117

    Antes, as regras ditavam leis, agora, prevalecem os conceitos quer na contabilizao,

    quer na gerao de informao financeira de acordo com as NCRF; Eis as normas para

    Portugal e para empresas no cotadas:

    Normas Contabilsticas e de Relato Financeiro NCRF

    NCRF 1 Estrutura e Contedo das Demonstraes Financeiras

    NCRF 2 Demonstrao de Fluxos de Caixa

    NCRF 3 Adopo pela primeira vez das NCRF

    NCRF 4 Polticas Contabilsticas, Alteraes nas Estimativas Contabilsticas e Erros

    NCRF 5 Divulgaes de Partes Relacionadas

    NCRF 6 Activos Intangveis

    NCRF 7 Activos Fixos Tangveis

    NCRF 8 Activos no Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais

    Descontinuadas

    NCRF 9 Locaes

    NCRF 10 Custos de Emprstimos Obtidos

    NCRF 11 Propriedades de Investimento

    NCRF 12 Imparidade de Activos

    NCRF 13 Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas

    NCRF 14 Concentraes de Actividades Empresariais

    NCRF 15 Investimentos em Subsidirias e Consolidao

    NCRF 16 Explorao e Avaliao de Recursos Minerais

    NCRF 17 Agricultura

    NCRF 18 Inventrios

    NCRF 19 Contratos de Construo

    NCRF 20 Rdito

    NCRF 21 Provises, Passivos Contingentes e Activos Contingentes

    NCRF 22 Contabilizao dos Subsdios do Governo e Divulgao de Apoios do

    Governo

    NCRF 23 Os Efeitos de Alteraes em Taxas de Cmbio

    NCRF 24 Acontecimentos Aps a data do Balano

  • Pgina 26 de 117

    NCRF 25 Impostos Sobre o Rendimento

    NCRF 26 Matrias Ambientais

    NCRF 27 Instrumentos Financeiros

    NCRF 28 Benefcios dos Empregados

  • Pgina 27 de 117

    CONTAS E SUB-CONTAS MAIS SIGNIFICATIVAS

    Classe 1 Meios financeiros lquidos

    Esta classe destina-se a registar os meios financeiros lquidos que incluem quer o

    dinheiro e depsitos bancrios quer todos os activos ou passivos financeiros mensurados

    ao justo valor, cujas alteraes sejam reconhecidas na demonstrao dos resultados

    SNC.

    A classe em apreo abrange quer o dinheiro propriamente dito, enquanto meio de troca -

    as notas e moedas em circulao (nacionais ou estrangeiras), quer o dinheiro que se

    encontra depositado em bancos, originando as contas de depsitos bancrios ( ordem, a

    prazo ou outros). Inclui tambm o dinheiro aplicado nos investimentos de curto prazo,

    de elevada liquidez e sujeitos a um risco insignificante em termos de alterao de valor.

    Movimentamos as contas da classe 1 quando realizamos a seguinte tipologia de

    operaes correntes:

    pagamentos a terceiros;

    recebimentos de terceiros;

    depsitos;

    reforos de dinheiro em caixa;

    aplicaes de excedentes.

    As contas desta classe que reflectem meios lquidos de pagamento so:

    11 Caixa engloba os meios de pagamento, tais como notas e moedas metlicas de

    curso legal, cheques e vales postais, nacionais ou estrangeiros, detidos pela empresa em

    determinado momento.

    As notas e moedas so valores imediatamente disponveis, os restantes so assimilveis.

  • Pgina 28 de 117

    Esta conta debitada por todas as entradas em dinheiro (recebimentos),

    consubstanciadas em notas e moedas recebidas e, bem assim cheques emitidos por

    terceiros, e creditada pelas sadas (pagamentos) em contrapartida das contas

    correspondentes s operaes que originam os pagamentos e recebimentos.

    O saldo desta conta sempre devedor ou nulo, nunca credor.

    Os documentos associados a esta conta so: folhas de caixa, fundo fixo de caixa, folha

    de pagamentos, folha de recebimentos, recibos, facturas-recibo, vendas a dinheiro, etc.

    A conta tem a seguinte movimentao contabilstica:

    11 Caixa

    - Saldo inicial - Pagamentos

    - Recebimentos - Diferenas de cmbio

    desfavorveis

    - Diferenas de cmbio favorveis

    12 Depsitos ordem incluem os meios de pagamento existentes em contas vista

    nas instituies de crdito nacionais ou estrangeiras.

    Debita-se pelos depsitos efectuados e operaes equivalentes (descontos e cobranas

    de ttulos e recibos, ordens de transferncia emitidas por terceiros, juros vencidos e

    recebidos); Credita-se quando se dispe (isto , se utiliza) total ou parcialmente o saldo

    bancrio atravs da emisso de cheques, ordens de transferncia e ordens de pagamento

    a favor de terceiros.

    No que respeita natureza do saldo desta conta, importa salientar que, normalmente, o

    saldo da conta devedor na contabilidade do depositante e credor na do banco.

    Contudo, h entidades que para satisfazerem necessidades temporrias de tesouraria,

    acordam com as instituies a possibilidade de sacarem para alm da quantia depositada

  • Pgina 29 de 117

    ordem (sacar a descoberto/ overdraft) at um determinado limite e durante certo

    tempo. Nesta circunstncia esto preenchidos os requisitos para a conta em apreo

    apresente um saldo credor e aquando da elaborao do balano, o quantitativo em causa

    dever ser evidenciado no passivo corrente no item Financiamentos obtidos.

    A movimentao contabilstica associada conta 12 a que se segue:

    12 Depsitos ordem

    - Saldo inicial - Pagamentos

    - Depsitos efectuados - Transferncias para outras

    contas

    - Cobranas (ttulos, cheques) - Pagamentos p/ dbito da

    conta

    - Transferncias de terceiros - Diferenas de cmbio

    desfavorveis

    - Diferenas de cmbio favorveis

    13 Outros depsitos bancrios - destina-se a registar os valores depositados em

    instituies financeiras a prazo ou outros depsitos que no sejam depsitos ordem.

    Se existirem depsitos em bancos estrangeiros em moeda diferente da moeda

    nacional (euro), a sua mensurao data do balano dever ser ajustada taxa de

    cmbio de fecho.

    Como qualquer outra conta de disponibilidades, movimentada a dbito pelas

    entradas de valores e movimentada a crdito pelas sadas de valores.

    14 Outros instrumentos financeiros - destina-se a reconhecer todos os instrumentos

    financeiros detidos pela empresa e que no sejam caixa (conta 11) ou depsitos

    bancrios (conta 12 e conta 13) que no incluam derivados. Os valores dos instrumentos

    financeiros devem ser mensurados ao justo valor e as suas alteraes reconhecidas nas

    contas de resultados. Desta forma, todos os instrumentos financeiros que devam ser

    mensurados ao preo de custo, custo amortizado ou mtodo da equivalncia

    patrimonial, esto excludos desta conta.

  • Pgina 30 de 117

    Esta conta tanto pode ter saldo devedor como saldo credor j que engloba activos e

    passivos financeiros reconhecidos ao justo valor atravs de resultados, nomeadamente

    os instrumentos financeiros detidos para negociao.

    As contas de natureza activa, que se apresentam no balano no activo corrente, so as

    seguintes (saldo devedor):

    141 Derivados potencialmente favorveis;

    1421 Activos financeiros detidos para negociao;

    1431 Outros activos financeiros (justo valor atravs dos resultados)

    Estas contas so debitadas pelo reconhecimento do instrumento financeiro e pelas

    alteraes positivas de justo valor.

    So creditadas pelas alteraes negativas de justo valor (at reduzir a zero) e pelo

    desreconhecimento dos instrumentos financeiros.

    As contas de natureza passiva, que se apresentam no balano no passivo corrente, so as

    seguintes (saldo credor):

    141 Derivados potencialmente desfavorveis;

    1421 Passivos financeiros detidos para negociao;

    1431 Outros passivos financeiros (justo valor atravs dos resultados)

    Estas contas so creditadas pelo reconhecimento do passivo financeiro e pelas

    alteraes negativas de justo valor.

    So debitadas pelas alteraes positivas de justo valor (at reduzir a zero) e pelo

    desreconhecimento dos passivos financeiros.

    Exemplos de passivos financeiros que no devem ser contabilizados na conta 1432:

    Ser um emprstimo bancrio de 3 meses cujo valor contabilizado pelo custo, este

    emprstimo dever ser registado na conta 2511-Emprstimos bancrios, apesar de

    ser de curto prazo e ser negocivel, pois a qualquer momento a empresa poder

    saldar o emprstimo antes do prazo previsto ou ento alargar o prazo ou aumentar o

    valor;

  • Pgina 31 de 117

    Quando a conta bancria se encontra a descoberto por se ter passado um cheque sem

    cobertura cujo banco cobriu, a conta bancria encontra-se negativa, no entanto no

    ir ser reconhecida na 1431, apesar da situao ser de curto prazo, porque o passivo

    financeiro registado ao custo e no ao justo valor. Esta situao dever ser

    reconhecida na conta 2512-Descobertos bancrios.

    Como exemplos de derivados posso indicar as opes. Opes so contratos em que

    uma parte confere outra o direito (mas no a obrigao) de lhe comprar (call option)

    ou de lhe vender (put option) um determinado activo, em quantidade, qualidade e local

    predefinidos, numa data (ou at uma data) predeterminada a um preo fixado.

    Classe 2 Contas a receber e a pagar

    A classe 2 destina-se a registar as operaes relacionadas com clientes, fornecedores,

    pessoal, Estado e outros entes pblicos, financiadores, accionistas, bem como outras

    operaes com terceiros que no tenham cabimento nas contas anteriores ou noutras

    classes especficas. Incluem-se ainda nesta classe os diferimentos (para permitir o

    registo dos gastos e dos rendimentos nos perodos a que respeitam) e as provises.

    21 Clientes - Regista os movimentos com os compradores de mercadorias, de produtos

    e de servios.

    218 Adiantamentos de clientes - Esta conta regista as entregas feitas entidade

    relativas a fornecimentos, sem preo fixado, a efectuar a terceiros. Pela emisso da

    factura, estas verbas sero transferidas para as respectivas subcontas da rubrica 211

    Clientes c/c.

    219, 229, 239, 269 e 279 Perdas por imparidade acumuladas - Estas contas

    registam as diferenas acumuladas entre as quantias registadas e as que resultem da

    aplicao dos critrios de mensurao dos correspondentes activos includos na classe 2,

    podendo ser subdivididas a fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentao em

    balano das quantias lquidas.

    As perdas por imparidade anuais sero registadas nas contas 651 Perdas por

  • Pgina 32 de 117

    imparidade Em dvidas a receber, e as suas reverses (quando deixarem de existir as

    situaes que originaram as perdas) so registadas nas contas 7621 Reverses de

    perdas por imparidade Em dvidas a receber. Quando se verificar o

    desreconhecimento dos activos a que respeitem as imparidades, as contas em epgrafe

    sero debitadas por contrapartida das correspondentes contas da classe 2.

    22 Fornecedores - Regista os movimentos com os vendedores de bens e de servios,

    com excepo dos destinados aos investimentos da entidade.

    225 Fornecedores Facturas em recepo e conferncia - Respeita s compras cujas

    facturas, recebidas ou no, esto por lanar nas subcontas da conta 221 por no terem

    chegado entidade at essa data ou no terem sido ainda conferidas. Ser debitada por

    crdito da conta 221, aquando da contabilizao definitiva da factura.

    228 Adiantamentos a fornecedores - Regista as entregas feitas pela entidade relativas

    a fornecimentos (sem preo fixado) a efectuar por terceiros. Pela recepo da factura,

    estas verbas sero transferidas para as respectivas subcontas da conta 221.

    23 Pessoal Esta conta abrange as operaes relacionadas com o pessoal e os rgos

    sociais da entidade.

    231 Remuneraes a pagar - O movimento desta conta insere-se no seguinte esquema

    normalizado:

    1 fase - pelo processamento dos ordenados, salrios e outras remuneraes, dentro do

    ms a que respeitem: dbito, das respectivas subcontas de 63 - Gastos com o pessoal,

    por crdito de 231, pelos valores lquidos apurados no processamento e normalmente

    das contas 24 - Estado e outros entes pblicos (nas respectivas subcontas), 232 -

    Adiantamentos e 278 - Outros devedores e credores, relativamente aos sindicatos,

    consoante as entidades credoras dos descontos efectuados (parte do

    pessoal);

    2 fase - pelo processamento dos encargos sobre remuneraes (parte patronal), dentro

    do ms a que respeitem: dbito da respectiva rubrica em 635 - Gastos com o pessoal -

  • Pgina 33 de 117

    Encargos sobre remuneraes, por crdito das subcontas de 24 - Estado e outros entes

    pblicos a que respeitem as contribuies patronais;

    3 fase - Pelos pagamentos ao pessoal e s outras entidades: debitam-se as contas 231,

    24 e 278, por contrapartida das contas da classe 1.

    FASE I : Processamento das remuneraes

    23 Pessoal

    231 Remuneraes a pagar 63 Gastos c/ pessoal

    2311 Aos rgos sociais 631 Remuneraes rgos sociais

    2312 Ao pessoal 632 Remuneraes do pessoal

    VL

    24 Estado outros entes pub.

    2421 Reteno IRS - trab dependente

    IRS VI

    245 Contrib. p/ segurana social

    Seg. social

    VI: vencimento ilquido

    IRS retido (conforme taxas definidas nas tabelas)

    Segurana social a cargo do trabalhador: 11% * VI

    VL : vencimento lquido = VI - (IRS + Seg. social)

  • Pgina 34 de 117

    FASE II : Processamento dos encargos sociais (da entidade patronal)

    24 Estado e o. entes pblicos 63 Gastos c/ pessoal

    245 Contrib. p/ segurana social 635 Encargos sobre Rem.

    Seg. social a cargo da empresa

    23,75%

    FASE III : Pagamento das remuneraes e descontos

    a) Pagamento das remuneraes

    11 / 12 2311/2312

    VL

    b) Pagamento s restantes entidades

    11 / 12 2421

    IRS

    245

    Seg. social

    (trab.+ emp)

    24 Estado e outros entes pblicos - Nesta conta registam-se as relaes com o

    Estado, Autarquias Locais e outros entes pblicos que tenham caractersticas de

    impostos e taxas.

  • Pgina 35 de 117

    241 Imposto sobre o rendimento - Esta conta debitada pelos pagamentos efectuados

    e pelas retenes na fonte a que alguns dos rendimentos da entidade estiverem sujeitos.

    No fim do perodo ser calculada, com base na matria colectvel estimada, a quantia

    do respectivo imposto, a qual se registar a crdito desta conta por dbito de 8121

    Imposto estimado para o perodo.

    242 Reteno de impostos sobre rendimentos - Esta conta movimenta a crdito o

    imposto que tenha sido retido na fonte relativamente a rendimentos pagos a sujeitos

    passivos de IRC ou de IRS, podendo ser subdividida de acordo com a natureza dos

    rendimentos.

    243 Imposto sobre o valor acrescentado (IVA) - Esta conta destina-se a registar as

    situaes decorrentes da aplicao do Cdigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado.

    244 Restantes impostos - Regista outros impostos no abrangidos nas rubricas

    anteriores como por exemplo o imposto do selo.

    245 Contribuies para a segurana social - Esta conta credita-se pelas importncias

    a entregar nas respectivas instituies de segurana social, por dbito das subcontas da

    conta 63 Gastos com o pessoal; debita-se pelo pagamento, por contrapartida das contas

    da classe 1.

    246 Tributos das autarquias locais Esta conta engloba as dvidas a pagar resultantes

    de contribuies, impostos e taxas locais, que so cobradas com autonomia

    relativamente aos impostos estaduais.

    25 Financiamentos obtidos Esta conta representa um passivo financeiro, o qual

    definido, de acordo com o 5 da NCRF 27, como qualquer passivo que seja:

  • Pgina 36 de 117

    a) Uma obrigao contratual:

    i. De entregar dinheiro ou outro activo financeiro a uma outra entidade;

    ii. De trocar activos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade

    em condies que sejam potencialmente desfavorveis para a entidade.

    b) Um contrato que seja ou possa ser liquidado em instrumentos de capital prprio

    da prpria entidade e que seja:

    i. Um no derivado para o qual a entidade esteja ou possa estar obrigada a

    entregar um nmero varivel de instrumentos de capital prprio da

    prpria entidade;

    ii. Um derivado que seja ou possa ser liquidado de forma diferente da troca

    de uma quantia fixa em dinheiro ou outro activo financeiro por um

    nmero fixo de instrumentos de capital prprio da prpria entidade. Para

    esta finalidade, os instrumentos de capital prprio da prpria entidade

    no incluem instrumentos que sejam eles prprios contratos para futuro

    recebimento ou entrega de capital prprio da prpria entidade.

    Movimento geral da conta:

    Conta 25 Financiamentos obtidos

    - amortizao (reembolso) total - financiamentos

    ou parcial dos financiamentos

    - diferenas de cmbio favorveis - diferenas de cmbio

    desfavorveis

  • Pgina 37 de 117

    251 Instituies de crdito e sociedades financeiras Nesta conta registam-se os

    financiamentos provenientes das entidades que esto sob a alada do RGCSF.

    2521 Emprstimos por obrigaes - Regista os emprstimos por obrigaes, sem

    prejuzo do referido na nota conta 53.

    Movimento da conta 2521:

    Conta 2521 Emprstimos por obrigaes

    -reembolso da dvida aos obrigacionistas - subscrio de obrigaes emitidas

    - transferncia para a conta 53, a propsito dos

    emprstimos convertveis em aces.

    - diferenas de cmbio favorveis - diferenas de cmbio desfavorveis

    253 Participantes de capital Nesta conta registam-se as dvidas a pagar decorrentes

    de:

    a) Emprstimos efectuados pelas entidades participantes no capital, sob a forma de

    suprimentos ou mtuos;

    b) As deliberaes decididas em AG da restituio das prestaes suplementares a

    entidades participantes no capital.

    26 Accionistas (scios) Englobam-se nesta conta as operaes relativas s relaes

    da empresa com os titulares do seu capital, quer sejam entidades individuais ou

    colectivas, excluindo as operaes relacionadas com transaces correntes.

    261 Accionistas c/subscrio e 262 Quotas no liberadas

  • Pgina 38 de 117

    Para efeitos de elaborao do Balano, os saldos destas contas so deduzidos ao Capital

    nos termos da

    NCRF 27 Instrumentos financeiros ( 8).

    27 Outras contas a receber e a pagar - Esta conta regista os movimentos com

    terceiros que no estejam abrangidos por qualquer das contas precedentes desta classe,

    bem como outras contas que visam servir de suporte periodizao de rendimentos e

    gastos, designadamente a conta 28 Diferimentos.

    271 Fornecedores de investimentos - Regista os movimentos com vendedores de bens

    e servios com destino aos investimentos da entidade.

    2711 Fornecedores de investimentos Nesta conta registam-se os movimentos com

    vendedores de bens e servios com destino aos investimentos da entidade.

    2712 Facturas em recepo e conferncia - Respeita s aquisies cujas facturas,

    recebidas ou no, esto por lanar na conta 2711 Fornecedores de investimentos

    contas gerais por no terem chegado entidade at essa data ou no terem sido ainda

    conferidas. Ser debitada por crdito da conta 2711, aquando da contabilizao

    definitiva da factura.

    2713 Adiantamentos a fornecedores de investimentos - Regista as entregas feitas

    pela entidade relativas a fornecimentos, sem preo fixado, de investimentos a efectuar

    por terceiros. Pela recepo da factura, estas verbas sero transferidas para as

    respectivas contas na rubrica 2711 - Fornecedores de investimentos contas gerais.

    272 Devedores e credores por acrscimos - Estas contas registam a contrapartida dos

    rendimentos e dos gastos que devam ser reconhecidos no prprio perodo, ainda que no

    tenham documentao vinculativa, cuja receita ou despesa s venha a ocorrer em

    perodo ou perodos posteriores.

    273 Benefcios ps-emprego - Regista as responsabilidades da entidade perante os

  • Pgina 39 de 117

    seus trabalhadores ou perante a sociedade gestora de um fundo autnomo.

    274 Impostos diferidos - So registados nesta conta os activos por impostos diferidos

    que sejam reconhecidos para as diferenas temporrias dedutveis e os passivos por

    impostos diferidos que sejam reconhecidos para as diferenas temporrias tributveis,

    nos termos estabelecidos na NCRF 25 Impostos sobre o Rendimento.

    275 Credores por subscries no liberadas - Credita-se pelo valor total da

    subscrio de quotas, aces, obrigaes e outros ttulos, por contrapartida das

    respectivas contas de investimentos financeiros.

    276 Adiantamentos por conta de vendas - Regista as entregas feitas entidade com

    relao a fornecimentos de bens e servios cujo preo esteja previamente fixado. Pela

    emisso da factura, estas verbas sero transferidas para as respectivas contas da rubrica

    211 Clientes c/c.

    28 Diferimentos - Compreende os gastos e os rendimentos que devam ser

    reconhecidos nos perodos seguintes.

    281 Gastos a reconhecer Nesta conta regista-se, a dbito, por contrapartida da

    respectiva conta de terceiros/meios financeiros, o montante das despesas incorridas no

    perodo corrente, mas que devem ser reconhecidas como gastos do perodo econmico

    seguinte.

    282 Rendimentos a reconhecer Nesta conta regista-se, a crdito, por contrapartida

    de uma conta de meios financeiros ou terceiros, o montante de receitas obtidas no

    perodo, mas que devem ser reconhecidas como rendimentos do perodo ou perodos

    subsequentes.

    283 Subsdios para investimentos - Inclui os subsdios associados com activos, que

    devero ser transferidos, numa base sistemtica, para a conta 7883 - Imputao de

    subsdios para investimentos, medida em que forem contabilizadas as

    depreciaes/amortizaes do investimento a que respeitem.

  • Pgina 40 de 117

    29 Provises - Esta conta serve para registar as responsabilidades cuja natureza esteja

    claramente definida e que data do balano sejam de ocorrncia provvel ou certa, mas

    incertas quanto ao seu valor ou data de ocorrncia. (vid NCRF 21 Provises,

    passivos contingentes e activos contingentes).

    As suas subcontas devem ser utilizadas directamente pelos dispndios para que foram

    reconhecidas, sem prejuzo das reverses a que haja lugar.

    Classe 3 Inventrios e activos biolgicos

    Esta classe inclui os inventrios (existncias):

    detidos para venda no decurso da actividade empresarial;

    no processo de produo para essa venda;

    na forma de materiais consumveis a serem aplicados no processo de produo

    ou na prestao de servios.

    Integra, tambm, os activos biolgicos (animais e plantas vivos), no mbito da

    actividade agrcola, quer consumveis no decurso do ciclo normal da actividade, quer de

    produo ou regenerao. Os produtos agrcolas colhidos so includos nas apropriadas

    contas de inventrios.

    As quantias escrituradas nas contas desta classe tero em ateno o que em matria de

    mensurao se estabelece na NCRF 18 Inventrios, pelo que sero corrigidas de

    quaisquer ajustamentos (imparidades) a que haja lugar, e na NCRF 17 - Agricultura.

    31 Compras Lana-se nesta conta o custo das aquisies de matrias-primas e de

    bens aprovisionveis destinados ao consumo ou venda. Tambm se deve incluir nesta

    conta as despesas adicionais.

  • Pgina 41 de 117

    Esta conta debitada pelos valores acima descritos compras efectuadas e despesas em

    compras. creditada pelas dedues em compras descontos e abatimentos e

    devolues, e pela transferncia do saldo para a respectiva conta de inventrios.

    A conta 31 Compras no conta de balano, uma conta transitria, dai que o seu saldo

    deva ser transferido para a adequada conta de inventrios.

    32 Mercadorias Esta conta regista bens adquiridos pela empresa com destino a

    venda, desde que no sejam objecto de trabalho posterior de natureza industrial.

    A movimentao desta conta depende do sistema de inventrio adoptado pela empresa.

    Utilizando o S.I.P. a conta 32 debitada pelas entradas e creditada pelas sadas de

    mercadorias (ao preo de custo), aps cada operao. O seu saldo corresponde, em

    qualquer momento, ao valor das mercadorias em armazm.

    Utilizando o S.I.I. a conta 32 movimentada em regra no fim do exerccio data em

    que normalmente se procede inventariao fsica das existncias para efeitos de

    apuramento dos resultados do exerccio.

    33 Matrias primas, subsidirias e de consumo Nesta conta, esto agrupados bens

    com caractersticas e finalidades diversas, da que seja necessrio, consoante as

    circunstncias, a movimentao das subcontas previstas:

    331 Matrias primas

    332 Matrias subsidirias

    333 Materiais diversos

    334 Embalagens de consumo

    335 Matrias e materiais em trnsito

    Consideram-se:

  • Pgina 42 de 117

    Matrias primas bens que se destinam a ser incorporados materialmente nos

    produtos finais (ex: madeira para fabrico de mveis);

    Matrias subsidirias bens necessrios produo e que no se incorporam

    materialmente nos produtos finais (ex: cola no fabrico de mveis);

    Embalagens de consumo bens envolventes ou recipientes das mercadorias ou

    produtos, indispensveis ao seu acondicionamento e transaco.

    35 Subprodutos, desperdcios, resduos e refugos Nesta conta registam-se os

    produtos secundrios, de reduzido valor econmico, resultantes do processo produtivo

    da empresa.

    37 Activos biolgicos Nesta conta so registadas as reclassificaes de activos

    biolgicos para inventrios. As variaes do justo valor so reconhecidas nas contas 664

    e 774.

    Um activo biolgico um animal ou planta vivos no mbito das actividades agrcolas.

    38 Reclassificao e regularizao de inventrios e activos biolgicos Esta conta

    destina-se a servir de contrapartida ao registo de quebras, sobras, sadas e entradas por

    ofertas, bem como quaisquer outras variaes nas contas de existncias no derivadas

    de compras, vendas ou consumos.

    39 Adiantamentos por conta de compras - Regista as entregas feitas pela entidade

    relativas a compras cujo preo esteja previamente fixado. Pela recepo da factura, estas

    verbas devem ser transferidas para a conta 221 Fornecedores c/c.

    Classe 4 Investimentos

    Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanncia e que no se

    destinem a ser vendidos ou transformados no decurso normal das operaes da entidade,

    quer sejam de sua propriedade, quer estejam em regime de locao financeira.

  • Pgina 43 de 117

    Compreende os investimentos financeiros, as propriedades de investimento, os activos

    fixos tangveis, os activos intangveis, os investimentos em curso e os activos no

    correntes detidos para venda.

    No caso de ser utilizado o modelo de revalorizao nos activos fixos tangveis e activos

    intangveis, podero ser utilizadas subcontas que evidenciem o custo de

    aquisio/produo e as revalorizaes (positivas ou negativas).

    Se a revalorizao originar uma diminuio do valor do activo essa diminuio deve ser

    reconhecida em conta apropriada de gastos (subcontas da conta 65) na parte em que seja

    superior ao excedente de revalorizao que porventura exista. Se originar um aumento

    do valor do activo esse aumento creditado directamente na conta apropriada do capital

    prprio (56 - Excedentes de revalorizao de activos fixos tangveis e intangveis).

    Contudo esse aumento ser reconhecido em resultados (subcontas da conta 762) at ao

    ponto que compense um decrscimo de revalorizao anteriormente registado em

    gastos.

    41 Investimentos financeiros Esta conta integra aplicaes financeiras de carcter

    permanente. Enquanto os ttulos negociveis adstritos classe 1 constituem aplicaes

    financeiras de curto prazo, nestas rubricas englobam-se as aplicaes estratgicas ou de

    mdio e longo prazo.

    A relevncia desta conta est ligada designadamente s participaes de capital que a

    entidade detm no capital prprio de outras empresas, em particular na conta de capital

    social.

    419, 429, 439, 449, 459 e 469 Perdas por imparidade acumuladas - Estas contas

    registam as diferenas acumuladas entre as quantias registadas e as que resultem da

    aplicao dos critrios de mensurao dos correspondentes activos includos na classe 4,

    podendo ser subdivididas a fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentao em

    balano das quantias lquidas. As perdas por imparidade anuais sero registadas nas

    subcontas da conta 65, e as suas reverses (quando deixarem de existir as situaes que

  • Pgina 44 de 117

    originaram as perdas) so registadas nas subcontas da conta 762. Quando se verificar o

    desreconhecimento dos activos a que respeitem as imparidades, as contas em epgrafe

    sero debitadas por contrapartida das correspondentes contas da classe 4. Estas contas

    podero ser subdivididas em funo das contas respectivas.

    42 Propriedades de investimento Propriedade de investimento a propriedade

    (terreno ou edifcio) detida para obter rendas ou para valorizao do capital, ou outras,

    mas no para:

    - uso na produo ou fornecimento de bens ou servios ou para finalidades

    administrativas;

    - venda no curso ordinrio do negcio.

    43 Activos fixos tangveis - Esta conta integra os itens com existncia fsica

    (tangveis ou corpreos) que sejam utilizados, durante um prazo superior a um perodo

    econmico, para produo ou fornecimento de bens ou servios, para arrendamento ou

    para fins administrativos.

    Deve incluir tambm as benfeitorias e as grandes reparaes que sejam de acrescer ao

    custo daqueles itens.

    436 Equipamentos biolgicos - Sero registados nesta conta os animais e plantas

    vivos que renam os requisitos de reconhecimento como investimento e no se

    enquadrem na actividade agrcola.

    44 Activos intangveis Integram esta conta os itens do activo, identificveis, sem

    existncia fsica (incorpreos) que, semelhana dos tangveis, sejam afectos s

    actividades normais da entidade, por um prazo superior a um perodo econmico.

    Ex: Uma marca adquirida e que tenha valor de mercado, o trespasse para aquisio do

    direito ao arrendamento de uma loja, programas de computador, as quantias pagas por

    uma entidade para explorao econmica de um determinado direito (ex: divulgao de

    uma srie televisiva),

  • Pgina 45 de 117

    45 Investimentos em curso - Abrange os investimentos de adio, melhoramento ou

    substituio enquanto no estiverem concludas.

    Inclui tambm os adiantamentos feitos por conta de investimentos, cujo preo esteja

    previamente fixado. Pela recepo da factura, estas verbas devem ser transferidas para a

    conta 2711 Fornecedores de investimentos contas gerais.

    Classe 5 Capital, reservas e resultados transitados

    A classe 5 representativa do capital, dando a conhecer o valor que resta para

    investidores, aps realizado todo o activo e liquidado todo o passivo.

    51 Capital - Esta conta evidencia o capital subscrito, devendo ser deduzido, para

    efeitos de elaborao do Balano, o eventual saldo da conta 261 Accionistas

    c/subscrio ou 262 Quotas no liberadas.

    52 Aces (quotas) prprias - A conta 521 - Valor nominal debitada pelo valor

    nominal das aces ou quotas prprias adquiridas. Ainda na fase de aquisio, a conta

    522 - Descontos e prmios movimentada pela diferena entre o custo de aquisio e o

    valor nominal.

    Quando se proceder venda das aces ou quotas prprias, para alm de se efectuar o

    respectivo crdito na conta 521, movimentar-se- a conta 522 pela diferena entre o

    preo de venda e o valor nominal.

    Simultaneamente, a conta 522 dever ser regularizada por contrapartida da conta 579

    Outras variaes no capital prprio - Outras, de forma a manter os descontos e prmios

    correspondentes s aces (quotas) prprias em carteira.

    53 Prestaes suplementares e outros instrumentos de capital prprio - Esta conta

  • Pgina 46 de 117

    ser utilizada para reconhecer as prestaes suplementares ou quaisquer outros

    instrumentos financeiros (ou as suas componentes) que no se enquadrem na definio

    de passivo financeiro. Nas situaes em que os instrumentos financeiros (ou as suas

    componentes) se identifiquem com passivos financeiros, deve utilizar-se rubrica

    apropriada das contas 25 Financiamentos obtidos ou 26 Accionistas/scios.

    54 Prmios de emisso O prmio de emisso consiste na diferena entre o valor de

    subscrio e o valor nominal, que os accionistas (scios) tiveram que desembolsar e,

    consequentemente entregar sociedade, para adquirir aces (quotas).

    55 Ajustamentos em activos financeiros - Evidencia os ajustamentos decorrentes,

    designadamente, da utilizao do mtodo da equivalncia patrimonial em subsidirias,

    associadas e entidades conjuntamente controladas.

    5511 Ajustamentos em activos financeiros Relacionados com o mtodo da

    equivalncia patrimonial Ajustamentos de transio - Quando da transio para a

    aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial, esta conta regista a diferena entre as

    quantias atribudas s partes de capital, correspondentes fraco dos capitais prprios

    que representavam no incio do perodo, e as quantias por que se encontravam

    expressas.

    5512 Ajustamentos em activos financeiros Relacionados com o mtodo da

    equivalncia patrimonial Lucros no atribudos - Esta conta ser creditada pela

    diferena entre os lucros imputveis s participaes e os lucros que lhes forem

    atribudos (dividendos), movimentando-se em contrapartida a conta 59 Resultados

    transitados.

    5513 Ajustamentos em activos financeiros Relacionados com o mtodo da

    equivalncia patrimonial Decorrentes de outras variaes nos capitais prprios -

    Esta conta acolher, por contrapartida das contas 411 a 413 os valores imputveis

    participante na variao dos capitais prprios das participadas, que no respeitem a

  • Pgina 47 de 117

    resultados.

    56 Excedentes de revalorizao de activos fixos tangveis e intangveis - Esta conta

    creditada em consequncia da revalorizao dos activos fixos e vai sendo debitada por

    contrapartida da conta 59 Resultados transitados, em funo da realizao da

    revalorizao. Essa realizao ocorre pela depreciao, abate ou venda do bem.

    As diminuies de um activo por revalorizao sero debitadas na conta em epgrafe at

    ao montante do saldo existente. A parcela da diminuio que ultrapasse o saldo

    existente ser considerada gasto do perodo (subconta apropriada da conta 65),

    conforme NCRF 6 e 7. Se a revalorizao do bem originar a reverso de uma perda

    reconhecida em perodos anteriores, essa reverso ser levada aos rendimentos do

    perodo (subcontas da conta 762).

    Relativamente a reavaliaes, aps o registo na conta 5611 do valor do aumento do

    imobilizado lquido, a conta 5612 ser debitada por contrapartida da conta 2742

    Passivos por impostos diferidos pelo montante do imposto correspondente fraco do

    excedente de reavaliao no relevante para a tributao. Aquando da realizao do

    excedente de reavaliao, a subconta 5612 ser creditada pela correspondente fraco

    do imposto sobre o rendimento, por contrapartida da conta 59 Resultados transitados.

    Simultaneamente, a conta 2742 Passivos por impostos diferidos ser debitada por

    contrapartida da conta 241 Imposto sobre o rendimento. Para efeitos de apresentao

    em balano, a quantia (saldo devedor) da conta 5612 Impostos diferidos, ser abatida

    ao saldo da conta 5611 Antes de impostos.

    57 Ajustamentos em activos financeiros Evidencia os ajustamentos decorrentes,

    designadamente, da utilizao do mtodo da equivalncia patrimonial em subsidirias,

    associadas e entidades conjuntamente controladas.(SNC)

    Esta conta serve de contrapartida em movimentos relativos a partes de capital em filiais

    e associadas quando seja adoptado o mtodo da equivalncia patrimonial.

  • Pgina 48 de 117

    O saldo desta conta poder ser credor, nulo ou devedor; neste ltimo caso, significar

    que globalmente as partes de capital em filiais e associadas tm valor contabilstico

    superior ao valor de mercado.

    58 Excedentes de revalorizao de activos fixos tangveis e activos intangveis

    Esta conta creditada em consequncia da revalorizao dos activos fixos tangveis e

    vai sendo debitada por contrapartida da conta 56 Resultados transitados, em funo da

    revalorizao. Essa realizao ocorre pela depreciao, abate ou venda do bem.

    As diminuies de um activo de revalorizao sero debitadas nesta conta at ao

    montante do saldo existente. A parcela da diminuio que ultrapasse o saldo existente

    ser considerada gasto do perodo (conta 65). Se a revalorizao do bem originar a

    reverso de uma perda reconhecida em perodos anteriores, essa reverso ser

    considerada rendimento do perodo (conta 762).

    Classe 6 Gastos

    Esta classe inclui os gastos e as perdas respeitantes ao perodo.

    As contas que integram a classe 6 so as seguintes:

    61 Custo das mercadorias vendidas e das matrias consumidas

    62 Fornecimento e servios externos

    63 Gastos com o pessoal

    64 Gastos de depreciao e amortizao

    65 Perdas por imparidade

    66 Perdas por reduo no justo valor

    67 Provises do perodo

    68 Outros gastos e perdas

    69 Gastos e perdas de financiamento

  • Pgina 49 de 117

    O registo dos gastos faz-se em obedincia ao esquema seguinte:

    Activo

    x

    diminuio do activo

    6x gastos

    X

    Passivo

    x aumento do passivo

    61 Custo das mercadorias vendidas e das matrias consumidas Esta conta

    engloba o custo das mercadorias utilizadas nas vendas das entidades comerciais com o

    custo das matrias consumidas na actividade produtiva de bens e servios.

    613 Activos biolgicos (compras) - Recolhe as aquisies de activos biolgicos

    efectuadas durante o ano, transferidas da conta 313 Activos biolgicos.

    62 Fornecimento e servios externos Esta conta engloba uma gama muito

    diversificada de operaes relativas aquisio de bens de consumo imediato ( i.e., no

    armazenveis) e de servios prestados por terceiros.

    63 Gastos com o pessoal Registam-se nesta conta todas as remuneraes de carcter

    fixo e peridico atribudas aos recursos humanos da empresa, bem como os encargos

    sociais da conta da entidade (parte patronal) e os gastos de carcter social, obrigatrios

    ou facultativos. Engloba tambm os seguros relativos ao pessoal.

    6331 Prmios para penses - Respeita aos destinados a entidades externas, a fim de

    que estas venham a suportar oportunamente os encargos com o pagamento de penses

  • Pgina 50 de 117

    ao pessoal.

    64 Gastos de depreciao e amortizao Esta conta regista o gasto do exerccio

    associado depreciao dos activos fixos tangveis e activos intangveis.

    65 Perdas por imparidade Esta conta regista os gastos do perodo com a reduo do

    valor dos activos, associadas a perdas por imparidade e ainda aos ajustamentos em

    inventrios.

    Nota: Perda por imparidade definida pelas Normas Internacionais de Contabilidade

    como a quantia pela qual a quantia escriturada de um activo excede a sua quantia

    recupervel.

    66 Perdas por reduo no justo valor Esta conta regista os gastos associados a

    perdas de valor dos activos que se encontrem valorizados a justo valor e cuja variao

    de valor deva ser reconhecida em resultados.

    67 Provises do perodo - Esta conta regista os gastos no perodo decorrentes das

    responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que data do balano

    sejam de ocorrncia provvel ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de

    ocorrncia.

    68 Outros gastos e perdas Nesta conta so registados os gastos que, no sendo de

    financiamento, no possuem enquadramento noutra conta de gastos.

    683 Dvidas incobrveis - Apenas regista, por contrapartida da correspondente conta

    da classe 2, as dvidas cuja incobrabilidade se verifique no perodo e que no tivessem

    sido consideradas anteriormente em situao de imparidade.

    684 Perdas em inventrios - Apenas regista, por contrapartida da correspondente

    conta da classe 3, as perdas que se verificarem no perodo e que no tivessem sido

  • Pgina 51 de 117

    consideradas anteriormente em situao de imparidade.

    6852 Gastos e perdas em subsidirias, associadas e empreendimentos conjuntos

    Aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial - Esta conta regista os gastos e

    perdas relativos s participaes de capital, derivados da aplicao do mtodo da

    equivalncia patrimonial, sendo considerados para o efeito apenas os resultados dessas

    entidades.

    686 Gastos e perdas nos restantes investimentos financeiros - Respeita aos gastos e

    perdas relacionados com os investimentos financeiros contabilizados nas contas 414 e

    415.

    6886 Perdas em instrumentos financeiros - Regista as perdas relacionadas com a

    conta 14 Instrumentos financeiros.

    Classe 7 Rendimentos

    Esta classe Inclui os rendimentos e os ganhos respeitantes ao perodo.

    A definio de rendimentos engloba quer rditos quer ganhos. Os rditos provm do

    decurso das actividades correntes (ou ordinrias) de uma entidade sendo referidos por

    uma variedade de nomes diferentes incluindo vendas, honorrios, juros, dividendos,

    royalties e rendas.

    A sua decomposio a seguinte:

    71 Vendas

    72 Prestao de servios

    73 Variao dos inventrios de produo

    74 Trabalho para a prpria empresa

    75 Subsdios explorao

    76 Reverses

    77 Ganhos por aumento de justo valor

  • Pgina 52 de 117

    78 Outros rendimentos e ganhos

    79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares

    O registo dos rendimentos faz-se em obedincia ao esquema seguinte:

    Activo

    x

    aumento do activo

    7x -Rendimentos

    x

    Passivo

    diminuio do passivo x

    71 Vendas - As vendas, representadas pela facturao, devem ser deduzidas do IVA e

    de outros impostos e incidncias nos casos em que nela estejam includos.

    72 Prestaes de servios - Esta conta respeita aos trabalhos e servios prestados que

    sejam prprios dos objectivos ou finalidades principais da entidade. Poder integrar os

    materiais aplicados, no caso de estes no serem facturados separadamente. A

    contabilizao a efectuar deve basear-se em facturao emitida ou em documentao

    externa (caso das comisses obtidas), no deixando de registar os rditos relativamente

    aos quais no se tenham ainda recebido os correspondentes comprovantes externos.

    73 Variaes nos inventrios da produo Esta conta inclui a diferena entre os

  • Pgina 53 de 117

    inventrios no fim e no incio do perodo dos produtos acabados e intermdios, dos

    subprodutos, resduos e refugos e dos produtos e trabalhos em curso, valorizados pelo

    mtodo de custeio de produo.

    No caso de ser adoptado o sistema de inventrio permanente considera-se conveniente

    subdividir cada uma das suas contas divisionrias em rubricas de Produo e de

    Custo das vendas as quais sero movimentadas por contrapartida das respectivas

    contas da classe 3.

    74 Trabalho para a prpria empresa Nesta conta incluem-se os trabalhos que a

    entidade realiza para si mesma, sob sua administrao directa, aplicando meios prprios

    ou adquiridos para o efeito e que se destinam aos seus activos (fixos tangveis,

    intangveis, propriedades de investimento e diferimentos).

    75 Subsdios explorao - Esta conta inclui os subsdios relacionados com o

    rendimento, conforme estabelecido na NCRF 22 - Contabilizao dos Subsdios do

    Governo e Divulgao de Apoios do Governo.

    76 Reverses Esta conta regista as redues ou anulaes de depreciaes e

    amortizaes, perdas de imparidade e de provises.

    77 Ganhos por aumento de justo valor Esta conta regista os rendimentos

    associados a ganhos de valor dos activos que se encontrem valorizados ao justo valor e

    cuja variao de valor deve ser reconhecida em resultados.

    78 Outros rendimentos e ganhos Esta conta engloba os rendimentos e ganhos que,

    no sendo de financiamento, no esto contemplados nos itens anteriores.

    7852 Rendimentos e ganhos em subsidirias, associadas e empreendimentos

    conjuntos Aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial - Esta conta regista os

    rendimentos e ganhos relativos s participaes de capital derivados da aplicao do

    mtodo da equivalncia patrimonial, sendo considerados para o efeito apenas os

  • Pgina 54 de 117

    resultados dessas entidades.

    7884 Ganhos em instrumentos financeiros - Regista os ganhos relacionados com a

    conta 14 Instrumentos financeiros.

    79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares Esta conta inclui os juros e

    outros rendimentos financeiros, nomeadamente juros provenientes de ttulos

    negociveis e de outras aplicaes financeiras, juros de depsitos bancrios e diferenas

    de cmbio.

    Classe 8 Resultados

    Esta classe destina-se a apurar o resultado lquido do perodo, podendo ser utilizada para

    auxiliar determinao do resultado extensivo, tal como consta na Demonstrao das

    Alteraes no Capital Prprio.

    811 Resultado antes de impostos - Destina-se a concentrar, no fim do perodo, os

    gastos e rendimentos registados, respectivamente, nas contas das classes 6 e 7.

    8121 Imposto estimado para o perodo - Considera-se nesta conta a quantia estimada

    para o imposto que incidir sobre os resultados corrigidos para efeitos fiscais, por

    contrapartida da conta 241 - Estado e outros entes pblicos - Imposto sobre o

    rendimento.

    89 Dividendos antecipados Esta conta debitada, por crdito da conta 26

    Accionistas, pelos dividendos atribudos no decurso do exerccio, nos termos legais

    estatutrios, por conta dos resultados do exerccio.

  • Pgina 55 de 117

    DEMONSTRAES FINANCEIRAS

    De acordo com o pargrafo 1 da Estrutura Conceptual as demonstraes financeiras so

    preparadas com o propsito de proporcionar informao que seja til na tomada de

    decises econmicas pelo que devem responder s necessidades comuns da maior

    parte dos utentes.

    As Demonstraes Financeiras estas so constitudas, normalmente, pelos seguintes

    documentos:

    a) Balano;

    b) Demonstrao dos Resultados por Natureza;

    c) Demonstrao das Alteraes no Capital Prprio;

    e) Demonstrao dos Fluxos de Caixa;

    f) Anexo ao Balano e Demonstrao dos Resultados.

    BALANO

    O balano habitualmente definido como um quadro patrimonial que evidencia

    informao referente a uma determinada data evidenciando os recursos que uma

    entidade utiliza e as fontes de financiamento que lhe permite usufruir desses recursos.

    Tradicionalmente o balano disponibiliza informao que permita ao utente avaliar a

    liquidez e a solvabilidade da entidade de relato, estando organizado de forma a

    evidenciar os diferentes ciclos de financiamento da empresa, o curto prazo e o longo

    prazo.

    Para que esta exigncia dos utentes seja verificada, exige-se que se atenda funo que

    os elementos patrimoniais integrantes do balano desempenham na estrutura da entidade

    de relato, devendo ser apresentados atendendo natureza e funo dos elementos no

    ciclo operacional que esta verifica, devendo ser divididos atendendo distino

    corrente/no corrente.

    Assim o balano est dividido em:

  • Pgina 56 de 117

    Ativos correntes os recursos que a empresa tem sua disposio ligados ao ciclo

    operacional das suas atividades, ou que se espera sejam realizados num perodo inferior

    a um ano ou ainda que sejam detidos para serem negociados.

    Os Ativos correntes no balano apresentam-se assim ordenados:

    Inventrios

    Ativos biolgicos

    Clientes

    Adiantamentos a fornecedores

    Estado e outros entes pblicos

    Accionistas/scios

    Outras contas a receber

    Diferimentos

    Ativos financeiros detidos para negociao

    Outros ativos financeiros

    Caixa e depsitos bancrios

    Ativos no correntes So todos os Ativos no referidos anteriormente e apresentam-

    se no balano ordenados da seguinte forma:

    Ativos fixos tangveis

    Propriedades de investimento

    Trespasse (goodwill)

    Ativos intangveis

    Ativos biolgicos

    Participaes financeiras - mtodo da equivalncia patrimonial

    Participaes financeiras - outros mtodos

    Accionistas/scios

    Outros ativos financeiros

    Ativos por impostos diferidos

    Ativos no correntes detidos para venda

    Passivos correntes Para que um passivo seja classificado como corrente tem, de

    acordo com o 17 da NCRF 1, que satisfazer as seguintes condies:

  • Pgina 57 de 117

    a) se espere que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;

    b) seja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

    c) deva ser liquidado num perodo at doze meses aps a data do balano; ou

    d) a entidade no tenha um direito incondicional de diferir a liquidao do passivo

    durante pelo menos doze meses aps a data do balano.

    Os passivos correntes so apresentados no balano da seguinte forma:

    Fornecedores

    Adiantamentos de clientes

    Estado e outros entes pblicos

    Accionistas/scios

    Financiamentos obtidos

    Outras contas a pagar

    Passivos financeiros detidos para negociao

    Outros passivos financeiros

    Diferimentos

    Passivos no correntes Todos os passivos no referidos anteriormente, aparecendo

    seriados com a seguinte sequncia:

    Provises

    Financiamentos obtidos

    Responsabilidades por benefcios ps-emprego

    Passivos por impostos diferidos

    Outras contas a pagar

    O quadro seguinte apresenta-n