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São Paulo, 31 de Janeiro de 2012 a 20 de Fevereiro de 2012| Ano XIII - Nº149 | Diretor Responsável: Cantulino Almeida CORTESIA www.globalnews.com.br Totalmente online! Nozes uma forte aliada contra o câncer de mama O Brasil vai receber em torno de US$15 bilhões em investimento no trimestre São Paulo atrai alunos- turistas com excelência de cursos rápidos Presidente Dilma Rousseff é homenageada no Aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo E les já representam o 4º maior grupo que visita a capital; maioria é jovem (de 18 a 24 anos). A mala de viagem passou a ser um acessório indispensável para esse grupo. ..................................... Pág. 12 P esquisa revela que elas são capazes de prevenir e combater tumores, mesmo em estágio avançado. Seus nutrientes como gorduras boas, caso do ômega- 3, aminoácidos e algumas vitaminas, como a E são responsáveis por benefícios ..............................................Pág. 4 E mpresas multinacionais planejam investir cerca de US$15 bilhões no Brasil apenas nos três primeiros meses de 2012. A previsão é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e investimentos de projetos. ...............................................Pág.7 O prefeito da capital paulista Gilberto Kassab presidiu o 458º aniversário de São Paulo, com a entrega da Medalha 25 de Janeiro à presidenta da República, Dilma Rousseff, ao governador Geraldo Alckmin, e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. ................................................................................................................................................................................ Pág. 05 Entrega da Medalha 25 de Janeiro a presidenta Dilma Rousseff, governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso A comemoração aconteceu no Clu- be Atlético Monte Líbano e teve como destaque a entrega da Me- dalha Presidente Annibal de Freitas, destina- da às personalidades que prestam serviços relevantes à comunidade, bem como às ca- tegorias contábeis e de assessoramento. Os condecorados com a Medalha Presidente Annibal de Freitas foram o comandante- -geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel Alvaro Batista Camilo, e o empresário contábil e perito judicial, Anto- nio Carlos Bordin. ................................................... Pág. 03 Mesa diretora do evento de aniversário do Sescon-SP Sescon-sp comemora aniversário de 63 anos Roberto Stuckert Filho/PR Sérgio de Paula GN JANEIRO.indd 1 09/02/2012 17:55:55

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São Paulo, 31 de Janeiro de 2012 a 20 de Fevereiro de 2012| Ano XIII - Nº149 | Diretor Responsável: Cantulino Almeida CORTESIAwww.globalnews.com.br Totalmente online!

Nozes uma forte aliada contra o câncer de mama

O Brasil vai receber em torno de US$15 bilhões em investimento no trimestre

São Paulo atrai alunos-turistas com excelência de cursos rápidos

Presidente Dilma Rousseff é homenageada no Aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo

Eles já representam o 4º maior grupo que visita a capital; maioria é jovem (de 18 a 24 anos).

A mala de viagem passou a ser um acessório indispensável para esse grupo.

.....................................Pág. 12

Pesquisa revela que elas são capazes de prevenir e combater

tumores, mesmo em estágio avançado.Seus nutrientes como gorduras boas, caso do ômega- 3, aminoácidos e algumas vitaminas, como a E são responsáveis por benefícios

..............................................Pág. 4

Empresas multinacionais planejam investir cerca de US$15 bilhões no

Brasil apenas nos três primeiros meses de 2012. A previsão é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e investimentos de projetos.

...............................................Pág.7

O prefeito da capital paulista Gilberto Kassab presidiu o 458º aniversário de São Paulo, com a entrega da Medalha 25 de Janeiro à presidenta da República, Dilma Rousseff, ao governador Geraldo Alckmin, e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

................................................................................................................................................................................Pág. 05

Entrega da Medalha 25 de Janeiro a presidenta Dilma Rousseff, governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

A comemoração aconteceu no Clu-be Atlético Monte Líbano e teve como destaque a entrega da Me-

dalha Presidente Annibal de Freitas, destina-da às personalidades que prestam serviços relevantes à comunidade, bem como às ca-tegorias contábeis e de assessoramento. Os condecorados com a Medalha Presidente Annibal de Freitas foram o comandante--geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel Alvaro Batista Camilo, e o empresário contábil e perito judicial, Anto-nio Carlos Bordin.................................................... Pág. 03Mesa diretora do evento de aniversário do Sescon-SP

Sescon-sp comemora aniversário de 63 anos

Roberto Stuckert Filho/PR

Sérgio de Paula

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Janeiro de 2012 02GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online

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As matérias assinadas refl etem o ponto de vista de seus autores, isentando a direção deste jornal de quaisquer responsabilidades provenientes das mesmas. A empresa esclarece que não mantém nenhum vínculo empregaticio com qualquer pessoa que conste neste expediente. São apenas colaboradores do jornal. É vetada a reprodução parcial ou integral do conteúdo deste jornal sem autorização expressa do Diretor Responsável.

Cantulino AlmeidaDiretor Responsável

EDITORIAL

Ano XIII - Nº 148 - (11) 2978-8500

ESTIMATIVA DA INFLAÇÃO 2012 É REDUZIDAESTIMATIVA DA INFLAÇÃO

SEIS EM CADA DEZ BRASILEIROS PERTENCEM À CLASSE MÉDIA

www.globalnews.com.br Totalmente online!

Pela oitava semana conse-cutiva, o mercado fi nan-ceiro reduziu a estima-

tiva de alta do IPCA em 2012. Pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC) mostra que a mediana das estimativas para a infl ação ofi cial do País neste ano caiu de 5,30% para 5,29%, em patamar inferior aos 5,33% registrados há um mês. Para 2013, analistas mantiveram a previsão de que o IPCA deve ter alta de 5,00%, número repetido pela oitava pesquisa segui-da. Para os próximos 12 meses, a expectativa sua-vizada do mercado para o IPCA caiu de 5,32% para 5,30%, na segunda redu-ção seguida. Há quatro se-manas, a previsão para a inf lação nos 12 meses se-guintes estava em 5,33%.Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a ex-pectativa para o IPCA em janeiro de 2012 subiu li-geiramente de 0,57% para 0,58%. Para fevereiro, o movimento foi contrário e a previsão caiu de 0,59% para 0,58%. Um mês atrás, o mercado previa IPCA de 0,59% neste mês e de 0,60% no próximo mês.Os analistas mantiveram a previsão de que a econo-mia brasileira deve crescer 3,27% em 2012. A media-na das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano não sofreu alteração na última semana e seguiu acima do observado há quatro pesquisas, quando estava em 3,40%.Para 2013, a previsão para o crescimento da atividade econômica apresentou me-lhora e passou de 4,20% para 4,25%. Mesmo com a alta, segue abaixo do ob-

servado há quatro semanas, quando a estimativa estava em 4,30%. O levantamento mostrou, ainda, que a pro-jeção para o crescimento do setor industrial em 2012 caiu de 3,31% para 2,94%, ante 3,43% observados quatro semanas antes. Para 2013, a expectativa de avanço do setor industrial manteve-se em 4% pela sé-tima semana consecutiva.O mercado financeiro manteve a previsão de que o juro básico da economia brasileira deve seguir em trajetória de queda pelos próximos meses até termi-nar o ano em 9,50%. Pes-quisa semanal Focus mos-tra, porém, que mudou o ritmo previsto para as reu-niões nos próximos meses.De acordo com a pesqui-sa, o mercado manteve a aposta de novo corte de 0,50 ponto porcentual na reunião que acontece em março, o que levaria a taxa para 10% ao ano. Depois, em abril, o ritmo da redu-ção do juro cairia para 0,25 ponto porcentual, levando a Selic para 9,75%..Os analistas também man-tiveram todas as previsões para o comportamento do dólar. No levantamento, a previsão para a taxa de câm-bio no fi m do ano seguiu em R$ 1,78, ante R$ 1,75 obser-vado um mês atrás. Para o fi m de 2013, a estimati-va manteve-se em R$ 1,75 pela sétima vez seguida.

Festividades e premiações nos 63 anos do sescon-sp

A variedade de indicadores de renda, educação e pos-se de bens de consumo

permite a divisão dessa parcela da população em três grupos distintos que separam os ricos dos excluídos.

O acesso crescente a bens de conforto, como eletroeletrôni-cos, computadores e automóveis é o que mais aproxima as três es-feras da classe média brasileira.

A partir da medição da posse desses itens, a população é divi-dida em classes nomeadas por letras.

O Brasil de classes médias é aquele que está conseguin-do escapar dos estratos D e E, deixando para trás os excluí-dos, mas ainda quase não tem presença na classe A. Em con-sequência do crescimento eco-nômico mais forte e políticas de distribuição de renda e maior

acesso a crédito contribuíram para essa tendência.

“Aumentos de renda que pa-recem pequenos para a elite têm representado uma revolução para as classes mais pobres”, afi rma o economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Se a posse de bens de con-sumo aproxima as três classes médias brasileiras, indicadores de renda e educação ainda os distanciam.

Rendimento e escolaridade mais elevados são, por exemplo, características que afastam os brasileiros da classe média alta dos outros dois estratos. Já as linhas que separam os integran-tes das classes médias interme-diária e baixa são mais tênues.

A renda da classe média bai-xa ainda é, por exemplo, mais elevada do que a da classe mé-

dia intermediária. No entanto, os integrantes bem

mais jovens da classe média inter-mediária têm melhores perspectivas econômicas por conta de avanços educacionais mais signifi cativos nos últimos anos.

Esse grupo é o que mais se expandiu no país na última década. Com 37 milhões de pessoas (de 16 anos ou mais), que só perde para os excluídos, que ainda formam a classe mais numerosa no Brasil, embora tenham encolhido. Apesar da expansão signifi cativa da clas-se média, há quem ainda não sinta fazer parte do grupo. É o caso de Rosiley Marcelino Sil-va, 46. Casada e mãe de dois fi lhos adultos, ela vive da ven-da de salgados e do salário do marido, ajudante de caminhão.

Divulgação

Aparecida Terezinha Falcão, Antonio Carlos Bordin e Chapina Alcazar

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www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro de 2012 03

SEIS EM CADA DEZ BRASILEIROS PERTENCEM À CLASSE MÉDIA

Festividades e premiações nos 63 anos do sescon-spO SESCON-SP comemorou seu 63º aniversário reunindo políticos, lideranças de classe e empresários para celebrar mais um ano de lutas em prol das categorias representadas e do empreendedorismo.dia intermediária.

No entanto, os integrantes bem mais jovens da classe média inter-mediária têm melhores perspectivas econômicas por conta de avanços educacionais mais significativos nos últimos anos.

Esse grupo é o que mais se expandiu no país na última década. Com 37 milhões de pessoas (de 16 anos ou mais), que só perde para os excluídos, que ainda formam a classe mais numerosa no Brasil, embora tenham encolhido. Apesar da expansão significativa da clas-se média, há quem ainda não sinta fazer parte do grupo. É o caso de Rosiley Marcelino Sil-va, 46. Casada e mãe de dois filhos adultos, ela vive da ven-da de salgados e do salário do marido, ajudante de caminhão.

A comemoração aconte-ceu no Clube Atlético Monte Líbano e teve

como destaque a entrega da Meda-lha Presidente Annibal de Freitas, destinada às personalidades que prestam serviços relevantes à co-munidade, bem como às categorias contábeis e de assessoramento.

Na abertura oficial, o presiden-te do Sindicato, José Maria Chapi-na Alcazar, explicou a escolha da temática grega para a celebração do 63° aniversário. “Preservamos conceitos como trabalho em equi-pe, democracia e, principalmente, a reverência ao passado”, destacou ele, frisando que o SESCON-SP de hoje é fruto dos trabalhos incansá-veis de todos os presidentes ao lon-go de mais de seis décadas.

Representando as entidades congraçadas da contabilidade pau-lista, o presidente do CRC SP, Luiz Fernando Nóbrega, lembrou das lutas do SESCON-SP e das demais entidades em favor do segmento e do empreendedorismo, e satisfação em representá-las.

“É uma grande honra, mas também uma grande responsa-bilidade falar em nome da FE-CONTESP, da SINDCONT-SP, IBRACON, APEJESP, CRC SP, SESCON-SP e AESCON-SP”,

ressaltou.Os ex-presidentes do SES-

CON-SP e da AESCON-SP foram representados por Aparecida Tere-zinha Falcão (gestão 1997-2000), que falou dos feitos das entidades nesses 63 anos de existência. “Gra-ças aos esforços de todos os que passaram por ele, o SESCON-SP é hoje um patrimônio histórico, sen-do referência em todo o território nacional”. Representando o prefei-to de São Paulo, Gilberto Kassab, o secretário-adjunto de Planeja-mento Orçamento e Gestão, Ro-berto Pacheco e Silva, parabenizou os grandes pleitos da Entidade jun-to à sociedade, fundamentais para o crescimento do Brasil.

O deputado federal Arnaldo Faria de Sá lembrou dos nomes que fizeram parte da história dos 63 anos do SESCON-SP, enfati-zando que a luta continua. Além disso, reafirmou seu compromis-so com a categoria no Congres-so Nacional, manifestando sua satisfação em ser o autor da Lei que instituiu o Dia do Empresá-rio Contábil, celebrado pela pri-meira vez em âmbito nacional em 12 de janeiro último.

Este ano, os condecorados com a Medalha Presidente An-nibal de Freitas foram o coman-

dante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coro-nel Alvaro Batista Camilo, e o empresário contábil e perito ju-dicial, Antonio Carlos Bordin.

Bordin agradeceu a honra-ria, reverenciando a personali-dade que imortaliza o patrono da medalha “o qual tive o prazer de conhecer”. Lembrou tam-bém do bom momento em que a Contabilidade se encontra.

“Estamos entre os profis-sionais mais procurados e va-lorizados da nossa sociedade”, frisou ele.

Sérgio de Paula

Chapina Alcazar Edir SalesMaria Alsema Coscrato da Silva e convidado

Aparecida Terezinha Falcão, Antonio Carlos Bordin e Chapina Alcazar Hatiro Shimomoto, Cel. Alvaro Batista Camilo e Chapina Alcazar

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Saúde em Foco

Receitas de Nozes contra o câncer de mama

A vacina antidengue irá criar barreira contra o insetoUm imunizante capaz de proteger contra todos os tipos do vírus está a um passo de virar realidade. Entenda como ele ajudará a diminuir a doença que ameaça todo verão brasileiro

Pesquisa revela que elas são capazes de prevenir e combater tumores, mesmo em estágio avançado

A temperatura sobe, as chuvas começam a cair no final das tar-des e, aí, soa o alarme: cuidado,

lá vem a dengue. A história se repete a cada fim e início de ano e, a despei-to das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população, o mosquito Aedis aegypti consegue se reproduzir e ganhar os ares pro-pagando o vírus entre milhares de brasileiros por meio das suas picadas.

Ninguém nega que as campa-nhas de conscientização e combate ao vetor do bicho se refletem em uma queda no número de vítimas, mas também é fato que, sozinhas, elas não são capazes de purgar a doen-ça e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a perma-nência dos criadouros do mosquito.

Daqui a poucos anos, porém, esse panorama negro tem tudo para mudar. Se não dá para exterminar o inseto, por que não ensinar o sistema imune humano a se defender do ví-rus? Esse é o objetivo de uma vacina contra os quatro tipos do microor-ganismo, que já está na etapa final de testes. O produto, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, é o candidato mais avançado entre os imunizantes do gênero e passa por estudos de eficácia, cujos primeiros resultados sairão no próximo ano. “A vacina foi aplicada em mais de 15 mil pes-soas ao redor do mundo e, ao final do programa, teremos 45 mil”, in-forma Pedro Garbes, diretor regional

de pesquisa e desenvolvimento para a América Latina da farmacêutica.

Os testes também já começaram no Brasil e abrangem 4 mil voluntá-rios. Dois trabalhos seguem em curso para analisar a segurança e a eficiên-cia da fórmula francesa. “Imunizamos jovens de 9 a 16 anos, justamente a faixa etária com perfil de maior gravi-dade para a dengue”, conta o infecto-logista Reynaldo Dietze, que coman-da os estudos na Univers idade Federal do Espí-rito Santo, uma das participan-tes. “A vacina tem se mostrado bastante segura e com poucos efei-tos colaterais”.

A nova leva de investigações, conduzidas em 15 países, incluindo o nosso — tam-bém estão presentes Austrália, Esta-dos Unidos e nações do sudeste asi-ático e da América Latina —, quer saber agora até que ponto o imuni-zante protege. “Por ora, os dados sugerem que ele funciona, mas só estudos desenhados especialmente para isso irão determinar e mensurar sua eficácia”, pondera Garbes.

Obter uma vacina antidengue é uma tarefa tão hercúlea por causa de alguns obstáculos impostos pela natu-reza. Para começo de conversa, não há modelos animais 100% convincentes para avaliar a fórmula. “Isso porque

mesmo macacos não desenvolvem o quadro mais grave da infecção”, diz Pedro Garbes. Além disso, de nada adianta aprontar um imunizante que bloqueie apenas uma das espécies, por assim dizer, do vírus. Se a gente pega dengue 1, por exemplo, só cria anticorpos contra esse vírus e eles não funcionam para barrar os outros tipos.

O perigo sumiria do mapa dian-te da proposta do modelo de vacina

tetravalente, visto que o organismo seria estimulado a bolar uma defesa completa. Mas, como já dissemos, o imunizante, que requer três doses com intervalos de seis meses, ainda passa-rá por provas e terá que responder a uma série de perguntas. “Uma das dificuldades é que a vacina precisa de cerca de um ano e meio para con-ferir uma proteção satisfatória contra os quatro sorotipos. Isso pode ser um problema quando lidamos com regi-ões endêmicas”, avalia a bióloga Ada Maria Alves, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

A perspectiva de um imunizante

contra esse mal tão íntimo do brasilei-ro também não significa que, quando ele chegar aos hospitais, todos pode-rão deixar o mosquito de lado. “Os cuidados com o vetor continuam, sobretudo no início do esquema vaci-nal”, analisa Rey. E, claro, enquanto não dispomos desse recurso, convém eliminar os criadouros do inseto, aqueles locais e utensílios que podem abrigar água parada e correr para o

pronto-socorro diante da sus-peita da doen-ça. “Buscamos capacitar mais prof iss ionais de saúde e usar inclusive todas as redes sociais para ampliar a vigilância”, diz Giovanini Coelho, coor-

denador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde. Os inseticidas e larvicidas empregados pelos serviços munici-pais ajudam, mas precisam ser uti-lizados com inteligência, uma vez que oferecem riscos a população. E, além de cada um cumprir o seu de-ver, vale torcer pelo sucesso da vaci-na. Quando ela chegar, o verão será, sem dúvida, bem mais tranquilo.

Da transmissão ao ataque há quatro tipos do vírus da dengue e eles são transmitidos para o ser hu-mano na picada da fêmea do mos-quito Aedis aegypti, que bota seus

ovos em recintos com água limpa e parada. Uma vez dentro do corpo, o micro-organismo se reproduz na medula óssea, no fígado, no intestino e nos gânglios. Quando uma grande carga viral é despejada na circula-ção, há febre e dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, nas juntas ou pelo corpo, diarreia ou náuseas e vômito. Embora haja casos que até passem batidos, a dengue pode evoluir para a forma hemorrágica, quando a resposta desencadeada pelo vírus no corpo causa lesões nos vasos, e a água do sangue transborda para fora deles, provocando com-plicações. A chave para escapar de-las é o atendimento médico rápido.

A dengue afeta 220 milhões de pessoas no globo anualmente. Em um experimento nas Ilhas Cayman, no Caribe, foram soltos insetos ge-neticamente modificados em labo-ratório que, ao cruzarem com os originais, já reduziram em 80% sua população. A vantagem é que esses novos bichos não chegam à idade adulta. Já na Austrália, foram in-jetadas bactérias no mosquito que anulam a proliferação do vírus.

Em busca da fórmula ideal os cientistas enxertam no vírus atenu-ado da febre amarela, que é mui-to estável e incapaz de provocar doença, um pedaço do genoma do causador da dengue. Assim, há quatro unidades diferentes com ca-rapaças de dengue, mas com o ma-quinário interno de febre amarela.

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Regiões endêmicas do problema

Comum em receitas natali-nas, esse fruto oleaginoso tem potencial para mar-

car presença o ano inteiro nas mesas brasileiras. Seus nutrientes como gor-duras boas, caso do ômega- 3, ami-noácidos e algumas vitaminas, como a E são responsáveis por benefícios como o controle da pressão arterial, a redução da taxa do colesterol ruim, o LDL, e até a cicatrização. Pesquisa-dores da Faculdade de Medicina da Universidade Marshall, nos Estados Unidos, comprovaram que uma nova benesse deve ser acrescentada a essa lista: a prevenção do câncer de mama, tipo mais frequente entre as mulheres.

O trabalho foi realizado com dois grupos de roedores. Um deles

recebeu o que, para nós, equivaleria a 56 gramas inclusive durante a ges-tação, através da alimentação da mãe e o outro nem uma lasca sequer de nozes. Para os que tiveram os pratos sal-picados com o alimento, o risco de desenvolver a doença caiu pela metade. E mais: os especialistas ve-rificaram que, entre os que apresentaram esse câncer, o número e o tamanho dos tumores eram menores. Até mesmo a inclusão da olea-ginosa na dieta após o diag-nóstico da doença se mostrou uma estratégia bem-sucedida: as nozes brecaram a velocidade do crescimento

do aglomerado de células malignas.“É possível que a vitamina E atue

junto com o ômega-3 de sua compo-

sição, dificultando o desenvolvimento do problema”, sugere Elaine Hardman, a bioquímica que assina a pesquisa.

“Já a suplementação do ácido graxo, sozinho, não proporcionou o mesmo efeito”, ela vai logo esclarecendo.

Isso talvez porque só quan-do combinadas essas subs-tâncias auxiliem pra valer a manter as células saudáveis.

A quantidade sugerida no estudo é de 14 unidades diárias, suas gorduras poli--insaturadas podem chegar até a diminuir as taxas do colesterol bom, o HDL. “As porções de nozes devem ser bem distribuídas ao longo do dia”, aconselha Gilberto

Simeone Henriques, coordenador do curso de nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais. Simeone,

aliás, acredita que outras oleagino-sas, como amêndoas ou avelãs, pos-sam se comportar de maneira seme-lhante à das nozes na prevenção de tumores de mama. “As gorduras, por exigirem mais trabalho para serem absorvidas, deixam o sistema diges-tivo muito lento”.

Sua origem vem da árvore no-gueira-comum, a noz é proveniente da Europa e da Ásia. Seus principais nutrientes: Ômega-3 e 6, vitaminas C e E, zinco, potássio e arginina, um aminoácido, calorias 698 (em 100 g)

Pode-se incluir nozes nas sala-das, nas massas, nas tortas e doces.

Benefícios já comprovados: Pro-tege o coração, diminui as taxas do colesterol ruim e evita o cansaço.

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A Presidenta Dilma Rousseff é homenageada no aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo

A presidenta Dilma Rous-seff foi homenageada na cerimônia em São Paulo,

com a Medalha 25 de Janeiro, con-cedida em reconhecimento ao mérito pessoal e aos bons serviços prestados à cidade. A solenidade marca as co-memorações pelo 458º aniversário da capital paulista.

Ao entregar a medalha, o pre-feito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que o brasileiros que mo-ram em São Paulo torcem e traba-lham para o sucesso da presidenta Dilma.

“O sucesso do seu governo é o sucesso do Brasil”, disse o prefeito.

O ex-presidente Fernando Henri-que Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também fo-ram homenageados com a Medalha 25 de Janeiro.

No discurso de agradecimen-to, a presidenta Dilma ressaltou o significado da cidade de São Paulo para os brasileiros com esperança ou em busca do desafio. Segundo ela, São Paulo, com sua capacida-de de gerar riqueza e conhecimen-to, será sempre “um farol” para o Brasil.

“São Paulo teve sempre um efei-to simbólico muito grande. Era aqui que o Brasil crescia, que a riqueza era produzida, que os trabalhadores tinham oportunidades”, disse Dilma Rousseff, lembrando a música Sam-pa, de Caetano Veloso. “Eu acho que tem um sentimento, uma sensação que passa no coração dos brasileiros quan-do cruzam a Ipiranga com a Avenida São João.

A sensação de esperança de to-dos aqueles que muitas vezes saíram do Norte e do Nordeste para ganhar a vida. Também uma imensa esperança de que nosso país pode ser do tama-nho de São Paulo. Essa esperança é que está sempre no coração e na ca-beça da gente.”

Dilma Rousseff, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso receberam a Medalha 25 de Janeiro

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Receitas de Nozes contra o câncer de mama

Um imunizante capaz de proteger contra todos os tipos do vírus está a um passo de virar realidade. Entenda como ele ajudará a diminuir a doença que ameaça todo verão brasileiro

Roberto Stuckert Filho/ PR

Juca Varella/ Folhapress

Lino/GN

A Presidenta Dilma Rousseff é homenageada no aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo

A presidenta Dilma Rous-seff foi homenageada na cerimônia em São Paulo,

com a Medalha 25 de Janeiro, con-cedida em reconhecimento ao mérito pessoal e aos bons serviços prestados à cidade. A solenidade marca as co-memorações pelo 458º aniversário da capital paulista.

Ao entregar a medalha, o pre-feito de São Paulo, Gilberto Kassab, afi rmou que o brasileiros que mo-ram em São Paulo torcem e traba-lham para o sucesso da presidenta Dilma.

“O sucesso do seu governo é o sucesso do Brasil”, disse o prefeito.

O ex-presidente Fernando Henri-que Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também fo-ram homenageados com a Medalha 25 de Janeiro.

No discurso de agradecimen-to, a presidenta Dilma ressaltou o signifi cado da cidade de São Paulo para os brasileiros com esperança ou em busca do desafi o. Segundo ela, São Paulo, com sua capacida-de de gerar riqueza e conhecimen-to, será sempre “um farol” para o Brasil.

“São Paulo teve sempre um efei-to simbólico muito grande. Era aqui que o Brasil crescia, que a riqueza era produzida, que os trabalhadores tinham oportunidades”, disse Dilma Rousseff, lembrando a música Sam-pa, de Caetano Veloso. “Eu acho que tem um sentimento, uma sensação que passa no coração dos brasileiros quan-do cruzam a Ipiranga com a Avenida São João.

A sensação de esperança de to-dos aqueles que muitas vezes saíram do Norte e do Nordeste para ganhar a vida. Também uma imensa esperança de que nosso país pode ser do tama-nho de São Paulo. Essa esperança é que está sempre no coração e na ca-beça da gente.”

Dilma Rousseff, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso receberam a Medalha 25 de Janeiro

PROF. LEONARDO PLACUCCIReitor da Uni Sant’Anna

Repleta de emendas e com diversos artigos que não foram cum-

pridos, a principal lei do Brasil para a educação completou meio século no momento em que o País discute as metas da área para a próxima década por meio do Pla-no Nacional de Educação (PNE). Foi justamente ela - a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) - que instituiu a criação do plano, em sua última versão.

O ensino supletivo, a obrigato-riedade da matrícula e o atendimen-to gratuito em creches e pré-escolas, entre outros direitos que hoje fa-zem parte da vida dos brasileiros, foram garantidos pela em diversos momentos da história do Brasil.

Há três grandes versões da LDB, sem contar os “remendos” e grandes reformas pelas quais ela passou no decorrer dos anos: 1961, 1971 e 1996 - a mais atual, que está em vigor.

A primeira LDB foi sanciona-da em 20 de dezembro de 1961, durante o governo João Goulart, A questão, até hoje polêmica, do ensino religioso facultativo no sistema público foi um dos maio-res embates. Foram necessários 13 anos de debate para que a pri-meira revolução educacional do Brasil acontecesse.

“A aprovação da lei de 1961 foi um grande avanço porque a legislação anterior era muito cen-tralizadora. Não havia nada que competisse aos Estados e mu-nicípios”, explica Nina Ranieri, vice-presidente do Conselho Es-tadual de Educação de São Paulo.

Apesar do avanço, a lei de 1961 foi considerada uma “meia vitória” expressão usada na época pelo educador Anísio Teixeira, uma das personalidades mais importantes da história da educação no Brasil.

Entre seus maiores gargalos, estão justamente o tímido efei-

OS 50 ANOS DA MAIOR LEI BRASILEIRA PARA A EDUCAÇÃOÉTICA, COMO DEVE TER RESULTADO?

to dos principais ganhos que ela trouxe: pouca autonomia dos municípios (ainda dependentes de Estados e da União) e pouca democratização de oportunidades educacionais na escola pública, que permaneceu elitizada.

“Além disso, houve uma fraca expansão dos cursos superiores destinados à formação de profes-sores para a educação básica”, lembra Francisco Cordão, mem-bro do Conselho Nacional de Edu-cação (CNE). “Faltou investimen-to das universidades nesse ponto, embora tenhamos assistido à uma forte expansão do ensino normal, destinado a atuar nas escolas pri-márias.”

Em 1971, quando a segunda versão da LDB foi aprovada, o Brasil vivia um dos momentos mais críticos de sua história: a di-tadura militar, em pleno governo Médici. É dessa lei artigos como a instituição da educação moral e cívica no currículo. Ela também valorizava a educação profi ssio-nal e instituía o ensino obriga-tório dos 7 aos 14 anos. Outro ganho, segundo educadores, foi a criação dos supletivos.

“Esta foi a grande inovação promovida pelos militares, que possibilitou a milhares de brasi-leiros a retomada de seus estudos, tanto na modalidade suplência, para suprir sua escolaridade não concluída na idade própria, quan-to nas modalidades de qualifi ca-ção profi ssional e aprendizagem”, explica Cordão, que defende que essa LDB não deve ser encarada como nova lei, mas como uma re-forma da anterior.

Com a redemocratização do Brasil e a Constituição de 1988, veio a necessidade de se garantir novos direitos educacionais. Só na Câmara dos Deputados, onde foram sugeridas 1.300 emendas, o projeto tramitou por cinco anos.

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Economia e AgronegócioO Que Esperar do Agronegócio para 2012?

Brasil reduz juros para manter financiamento, e estimular a demanda por crescimento econômicoVendas do grão, farelo e óleo de soja foram responsáveis por mais de 38% do total exportado pelo Brasil, a soja em 2011 cresceu 41% em relação a 2010

Os produtos que são do complexo da soja como o grão, o fa-

relo e o óleo já estão entre os principais responsáveis pelo re-corde brasileiro nas exportações do agronegócio em 2011. Em grande parte, o destaque é resul-tado da venda de soja em grãos para a China, que totalizou US$ 10,96 bilhões. Esse valor repre-senta 45,4% do total acumulado nas vendas globais do setor (US$ 24,14 bilhões). Também se des-tacaram as vendas do comple-xo soja para a União Europeia (segundo maior comprador do setor), que somaram US$ 6,92 bilhões e 15,76 milhões de tone-ladas em 2011.

As exportações do complexo soja em 2011 cresceram 41% em relação ao valor registrado em 2010, quando as vendas alcan-çaram US$ 17,1 bilhões. O cres-

cimento se deu principalmente em função do preço médio dos produtos, que aumentou 27,4% (de US$ 386 para US$ 492 por to-nelada). A quantidade exportada cresceu 10,8% em re-lação ao ano anterior (44,3 para 49,07 mi-lhões de toneladas).

A soja em grãos representou 67,6% do valor e 67,2% da quan-tidade exportada em produtos do complexo soja, com US$ 16,31 bilhões e 32,97 milhões de toneladas. Esse mon-tante equivale a 17,2% do valor total da pau-ta de exportações do agronegócio no ano. Em relação a 2010, houve expansão de 47,8% no total de exportações de soja em grão (US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões) em função

do aumento de 13,5% na quanti-dade exportada e do crescimen-to de 30,3% no preço médio de venda. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, res-

pectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011.

A União Europeia se manteve como maior mercado de desti-no das exportações brasileiras do

agronegócio em 2011. Em segui-da encontra-se a China, cujo valor exportado de janeiro a dezembro pelo Brasil chega a ser 50% su-perior ao registrado em 2010 (de

US$ 11 bilhões para US$ 16,5 bilhões).

Os principais pro-dutos adquiridos pela União Europeia em 2011 foram: café em grãos (US$ 4,29 bi-lhões), farelo de soja (US$ 4,01 bilhões), soja em grãos (US$ 2,73 bilhões) e carnes (US$ 2,48 bilhões). Em conjunto, tais produtos foram res-ponsáveis por mais

da metade (57%) das vendas do agronegócio brasileiro ao mercado europeu no ano.

As exportações para a China se devem, em grande parte, às

vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,2 bi-lhão). Esses produtos representa-ram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país asiático no período.

Dentre os mercados que mais contribuíram para o crescimen-to de US$ 18,152 bilhões nas exportações do agronegócio no período foram: China (30,3%), União Europeia (18,3%), Estados Unidos (7,2%), Japão (6,3%), Argélia (3,5%) e Egito (3,1%). Cabe ressaltar o crescimento das vendas para os países do Oriente Médio (+12%) e África, excluin-do Oriente Médio (43,4%).

Apesar da queda de 0,4% nas vendas para a Rússia, principal-mente em função do embargo às carnes brasileiras, as vendas do setor de carnes obtiveram, no conjunto, aumento de 14,7%.

A confiança no agronegócio brasileiro está em alta, e não é por menos, já que o

país sustenta o apelido de “celeiro do mundo”, devido a sua grande abran-gência de exportação de produtos do campo. Para se ter uma ideia da boa fase, o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio, que caiu 5,51% em 2009 em razão da crise mundial, saltou para 7% em 2010, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em 2011, o PIB do agrone-gócio brasileiro cresceu 6,12%, totali-zando R$ 822,9 bilhões.

A empresa Husqvarna que é mul-tinacional sueca líder em equipamen-tos para o manejo de áreas verdes, está de olho em três importantes setores do agronegócio: o campo, pela sua potên-cia em oferecer produtos de qualidade para o país e para o mundo; o plantio e manejo de árvores, por ser um dos maiores setores em expansão, que atua como segunda fonte de renda para os produtores rurais e abastece mercados importantes, além de ser o refloresta-mento um meio de preservar as flores-tas nativas; e os trabalhos em jardins residenciais, já que a empresa sempre esteve atenta às tendências de paisa-

gismo, disponibilizando para o usuário doméstico conforto e produtividade ao cuidar do seu jardim.

Crescimento no campoNo agronegócio iremos focar no

promissor setor de alimentos, já que, no cenário mundial, a produção pre-cisa crescer 20% nos próximos dez anos para dar conta da demanda. No segmento cafeeiro, por exemplo, a Husqvarna oferece o Kit Café, com-posto por equipamentos de alto de-sempenho e facilidade no manuseio,

ideais para profissionais que buscam produtividade no processo de plantio, colheita e manejo do café. Em 2012

a Husqvarna reforça a sua linha com produtos de alta tecnologia para ofe-recer o que há de melhor aos produ-tores rurais, para a manutenção das áreas verdes de suas propriedades.

Florestas plantadas: uma solução inteligente.

Um dos últimos boletins da As-sociação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF) afirma

que a área de reflorestamento de euca-lipto apresentou um forte crescimento no Brasil, chegando a 32,3% em 2009.

E de olho neste cenário, encontramos oportunidades para a expansão de ven-das de nossos equipamentos que são referência em manejo de áreas verdes.

A força dos jardinsA temporada de jardim, que co-

meçou em setembro de 2011 e se estende até, pelo menos, março de 2012, será motivo para iniciarmos o ano com enfoque na divulgação de

nossos aparadores de grama, roça-deiras, os cortadores de grama, po-dadores de cerca-viva, as sopradores, ou seja, a solução completa para os cuidados com o jardim.

Além disso, uma de nossas prin-cipais metas para este novo ano é conquistar novos clientes e fortalecer laços com aqueles que já possuímos. Para isso, traremos para o Brasil, assim como fizemos em 2011, produtos com as características que só a Husqvarna consegue oferecer: alta tecnologia, fá-cil manuseio, potência e leveza.

O que esperar de 2012?Iniciaremos o ano com visão em

desenvolvimento de vendas e mer-cado, respeitando as peculiaridades de cada região e maximizando opor-tunidades que fortaleçam a marca Husqvarna. Investiremos em novos nichos de mercado, acreditando na qualidade de nosso portfólio de pro-dutos para diversas aplicações no país e no mundo, buscando sempre agregar valor a nossa marca e honrar a liderança que temos mundo afora.

Sendo expectativas do mer-cado do agronegócio, refloresta-mento e manejo de áreas verdes em geral.

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Janeiro de 2012 06 www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro de 2012 07

O Que Esperar do Agronegócio para 2012?Lojas do Lar Center oferecem descontos reais de

até 60% em mais de cinco mil itens expostos

“Já Pro Lar Center” já começou o liquida de móveis e diversos objetos de decoração de janeiro

Governo endurece as regras para concessão de TV

Em Novembro aconteceu a maior falta de PIB em 19 meses

Brasil vai receber US$15 bilhões em investimento no trimestre

Brasil reduz juros para manter fi nanciamento, e estimular a demanda por crescimento econômico

O governo vai induzir as novas emissoras de rádio e TV a ofe-

recer um maior volume de conte-údo local e utilizar produções in-dependentes em sua programação. Decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, que modifi ca as regras para concessões, dá mais peso ao conteúdo jornalístico, cul-tural e educativo, local e indepen-dente, como critério para escolha do vencedor da licitação. Até ago-ra, o item de maior peso era o prazo em que o concessionário se com-prometia a colocar a emissora no ar.

O objetivo principal do de-creto é acabar com as emissoras em nomes de laranjas. “Vamos empurrar as licitações para um

maior profi ssionalismo”, disse o ministro das Comunicações Pau-lo Bernardo, após reunião com Dilma, na qual discutiu também modifi cações na licitação da te-lefonia de quarta geração (4G), cujo leilão será em abril.

Ele explicou que hoje há um conjunto de emissoras em mãos de empresas e pessoas sem capacida-de fi nanceira de manter o negócio.

Pelas novas regras, um can-didato a emissora terá de com-provar sua capacidade fi nancei-ra para tocar o negócio com a apresentação de dois pareceres de auditorias independentes. Precisará também apresentar um projeto indicando a origem dos recursos.

A economia brasileira teve um forte cresci-mento em novembro,

após três meses de retração, se-gundo estimativa do Banco Cen-tral (BC). Indicador de atividade divulgado confi rmou as expecta-tivas do governo de que a econo-mia atingiu o “fundo do poço” no terceiro trimestre de 2011, quando teve “crescimento zero”.

De lá pra cá, a economia se recupera dos efeitos da crise externa, após uma série de me-didas de incentivo ao consumo.

Os números ainda apontam, no entanto, para um desempenho abaixo do desejado pela equipe econômica, que já estuda novas medidas para estimular o crédito, conforme publicado pelo estado.

O índice de atividade econô-mica do BC (IBC-BR) mostrou expansão de 1,15% em novem-

bro está na comparação com ou-tubro. Este é o maior crescimento mensal em 19 meses. Apesar do bom resultado, a alta acumula-da no ano só recuou novamente para 2,9%. O Ministério da Fa-zenda projeta expansão pouco acima desse valor em 2011 e trabalha para garantir um cresci-mento mínimo de 45% em 2012.

O indicador de atividade do Banco Central é divulgada mensalmente e serve como uma prévia do produto Interno bruto (PIB), calculado a cada três me-ses pelo Instituto Brasileiro de geografi a e Estatística (IBGE).

A confi rmação de que a atividade econômica está mais aquecida provocou elevação nas altas taxas de juros negociadas no mercado fi nanceiro, sinal de que a taxa básica pode cair me-nos que o esperado.

Empresas multinacionais estão planejando investir cerca de US$15 bilhões

no Brasil apenas nos três primeiros meses de 2012. A previsão é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e investimentos, com base nas informações de projetos que entrarão em vigor até março. Gran-de parte dos investimentos está sendo direcionada para permitir que empresas possam aproveitar a expansão do consumo brasileiro, além de garantir maior acesso a matérias-primas.

Os números, segundo o go-verno, revelam que o País conti-

nua sendo atrativo mesmo com a perspectiva de revisão do cresci-mento da economia mundial.

Até novembro de 2011, o vo-lume de investimentos chegou a US$60 bilhões, e mesmo a volta da recessão na Europa não deve mudar de forma radical o cenário para 2012 no caso do Brasil.

No ano passado, a organi-zação havia previsto que os in-vestimentos diretos variariam de US$1,4 trilhão a US$1,6 tri-lhão em 2011 em todo o mundo, uma leve alta em relação a 2010. Mesmo com a retração em vá-rias economias no fi m do ano.

Vendas do grão, farelo e óleo de soja foram responsáveis por mais de 38% do total exportado pelo Brasil, a soja em 2011 cresceu 41% em relação a 2010

vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,2 bi-lhão). Esses produtos representa-ram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país asiático no período.

Dentre os mercados que mais contribuíram para o crescimen-to de US$ 18,152 bilhões nas exportações do agronegócio no período foram: China (30,3%), União Europeia (18,3%), Estados Unidos (7,2%), Japão (6,3%), Argélia (3,5%) e Egito (3,1%). Cabe ressaltar o crescimento das vendas para os países do Oriente Médio (+12%) e África, excluin-do Oriente Médio (43,4%).

Apesar da queda de 0,4% nas vendas para a Rússia, principal-mente em função do embargo às carnes brasileiras, as vendas do setor de carnes obtiveram, no conjunto, aumento de 14,7%.

Quem deseja começar o ano com a casa repaginada terá agora 24 dias consecutivos

para aproveitar os preços baixos da primeira grande liquidação do Lar Center. De 13 de janeiro a 5 de feve-reiro o shopping liquidará o estoque de suas mais de 120 lojas. Os des-contos são reais e podem chegar a até 60% na compra de mais de cinco mil produtos.“Resolvemos fazer uma edição am-pliada para dar mais oportunidade de compra aos consumidores que procu-

ram móveis e artigos de decoração com qualidade e excelentes condi-ções de pagamento”, explica Gabrie-la Baumgart, diretora do Shopping.Durante a promoção, os corredores do Lar Center fi carão repletos de móveis, objetos de decoração, ta-petes, acessórios para cama, mesa e banho, tecidos, luminárias e cen-tenas de outros itens à venda. “O fato de colocar os produtos para fora das lojas desinibe o consumi-dor e cria informalidade, deixando--o mais à vontade para conferir de

nossos aparadores de grama, roça-deiras, os cortadores de grama, po-dadores de cerca-viva, as sopradores, ou seja, a solução completa para os cuidados com o jardim.

Além disso, uma de nossas prin-cipais metas para este novo ano é conquistar novos clientes e fortalecer laços com aqueles que já possuímos. Para isso, traremos para o Brasil, assim como fi zemos em 2011, produtos com as características que só a Husqvarna consegue oferecer: alta tecnologia, fá-cil manuseio, potência e leveza.

O que esperar de 2012?Iniciaremos o ano com visão em

desenvolvimento de vendas e mer-cado, respeitando as peculiaridades de cada região e maximizando opor-tunidades que fortaleçam a marca Husqvarna. Investiremos em novos nichos de mercado, acreditando na qualidade de nosso portfólio de pro-dutos para diversas aplicações no país e no mundo, buscando sempre agregar valor a nossa marca e honrar a liderança que temos mundo afora.

Sendo expectativas do mer-cado do agronegócio, refloresta-mento e manejo de áreas verdes em geral.

perto todos os produtos”, diz Gabriela.Além de preços sem concorrência no mercado, a maioria das lojas facilita o pagamento, parcelando em várias vezes. O Lar Center fi ca na Av. Otto Baumgart, 500 – Vila Guilherme. Serviço: Promoção “Já Pro Lar Center”Período que vai do dia 13/01 a 05/02.Endereço: Shopping Lar Center - Av. Otto Baumgart, 500 – Vila Guilherme.Horário de funcionamento: de segun-da a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h.Telefone: (11) 2224-5959.

Consumo de energia cresce o dobro do PIB, porém está abaixo da média mundialRelatório aponta que

expansão desde 2006 chega a 17%, impul-

sionado pelo acesso da população de baixa renda a eletrodomésticos.

O crescimento da economia e a consequente ascensão das classes menos favorecidas - que passaram a ter acesso à luz elétrica, chuvei-ro e equipamentos eletroeletrôni-cos - turbinaram o consumo per capita de eletricidade no Brasil.

Entre 2006 e 2010, o aumento do consumo foi de 11,31%, quase duas vezes maior que o cresci-mento da população no período, segundo relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As projeções para 2011 indicam que a expansão chega a 17%, elevan-do o consumo para 2.494 quilo-watt/hora/habitante (kWh/hab.).

Apesar do crescimento, o gas-to de energia por habitante no Brasil ainda permanece abaixo da média mundial. O consumo médio por habitante no planeta está em torno de 2.730 kWh/hab (número de 2009).

O Brasil perde até mesmo para os vizinhos Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela e para ou-tras nações menos desenvolvidas, como África do Sul.

O Reino Unido, que foi des-bancado pelo Brasil recentemen-te da sexta posição do ranking de maior economia do mundo, con-

some mais que o dobro da mé-dia brasileira, segundo dados da Agência Internacional de Ener-gia (IEA, sigla em inglês).

IndicadorPara especialistas, o con-

sumo de energia pode ser visto como um importante indicador de desenvolvimento dos países. “Nosso humilde consumo per capita mostra que ainda há muita coisa para ser feita no Brasil. É um indicativo do baixo nível de industrialização”, afirma o pre-sidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria. Ele des-taca que ainda existem muitos brasileiros sem acesso à eletri-cidade.

Em todo País, são mais de meio milhão de residências sem instalação elétrica, apesar dos avanços do programa federal Luz para Todos, que inseriu vá-

rios brasileiros no sistema nacional. Com energia em suas casas, soma-do ao crescimento do emprego e da renda, eles puderam comprar, pela primeira vez, televisão e geladei-ra. Entre 2006 e 2009, o número de residências com esses eletroeletrô-nicos cresceu 10% e 12%, respec-tivamente.

O aumento do consumo de energia poderia ser maior, mas a expansão esbarra no alto custo das tarifas, decorrente da elevada in-cidência de impostos e encargos setoriais, fatores que prejudicam a competitividade do País. O valor da conta de energia no fim do mês ainda assusta muitos consumidores.

O diretor da Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo (Fiesp) Carlos Cavalcanti destaca que 52 mi-lhões de pessoas no Brasil são bene-fi ciadas por tarifas subsidiadas. Para essa fatia da população, o consumo precisa ser controlado com atenção.

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GAUDÊNCIO TORQUATOJornalista, professor titular da USP e consultor político.

UM PAÍS MAIS SÉRIO E JUSTO

Senhores políticos, gover-nantes e futuros candida-tos: façam de 2012 o ano

de seu grande compromisso. O ano terá um caráter eleitoral, portanto, não abusem de nossa paciência. Só prometam aqui-lo que poderão cumprir. Não exagerem nas promessas. Pro-curem saber o que é ação vi-ável de pacotes mirabolantes. Afinal de contas, quem pro-mete o céu sem ensinar o ca-minho, pode acabar caindo nas garras de Satanás. Não dá para acreditar na redenção abrup-ta de municípios, na salvação das populações, na melhoria de todos os serviços públicos. Sejam parcimoniosos.

Não é preciso ir longe para saber o que a sociedade quer. Basta captar o senso comum, que está a um palmo dos nos-sos sentidos. É claro que a população deseja que os can-didatos se empenhem ao má-ximo para oferecer as melho-res propostas e os modos mais adequados de realizá-las. Dis-pensa, porém, a demagogia, as extravagâncias, as fórmulas mágicas e os coelhos tirados de cartola, que se sabe, são artimanhas de ilusionistas do mundo circense.

Queremos que a nossa pre-sidente continue a controlar de maneira firme a economia, garantindo a estabilidade da moeda e a fortaleza de nossa economia. E que os eixos des-sa política sejam consolidados sem criar atropelos, mais tri-butos, percalços e sustos em uma caminhada que já é cheia de curvas.

O país ansiado por todos deveria gerar mais empregos, sem restrição de idade e clas-se. Infelizmente, no auge de sua experiência, mihares de brasileiros são afastados de seus afazeres, recolhidos ao abrigo (nem sempre tranqui-lo) de suas aposentadorias. Sabemos que isso implica revolução no sistema da pre-vidência e, ainda, plena carga na produção, com o incentivo aos setores da economia que se encontram semi-paralisa-dos ou desmotivados. Que 2012 seja propício para baixar ainda mais os juros. E que os impostos sejam enxugados ou inseridos em planilhas racio-

nais, fazendo-se com que mais gente pague, mas pague menos. Justiça fiscal, eis o que os bra-sileiros clamam. A comunidade nacional clama por mais segu-rança, na esteira de um sistema preventivo e ostensivo que se faça respeitar pela força da au-toridade, pela disposição dos efetivos motivados e pela cer-teza de que os criminosos serão condenados e submetidos aos ri-gores da lei. Certeza de punição, eis o que bandidagem precisa temer para evitar a permanên-cia nos antros da criminalidade. Longe de nós a segurança que causa insegurança, pela ação maléfica e contaminada de qua-dros policiais mancomunados com as gangues. Não queremos o aparato que se inspira na ideia da carnificina, da mortandade em sequência e que tem como lema o slogan de que “bandido bom é bandido morto”. Sabemos que essa cultura é fonte da pró-pria violência que se perpetua nos cárceres. Como seria civiliza-do dispormos de espaços seguros em todas as partes.

Queremos uma educação for-te de base, com todas as crianças em escolas aparelhadas, rece-bendo lições de cultura e vida, sem medo das infiltrações das drogas. Os nossos professores, mo-tivados, com salários decentes, seriam respeitados como os guias espirituais de uma sociedade destinada a um gran-de destino. O sentimento cívico apela por uma Universidade sem carências de professores e sem greves movidas por pequenos interesses. O Brasil precisa acabar de vez com a hi-pocrisia de ter docentes fingindo que dão aulas e discentes fingin-do assisti-las. Nossa juventude precisa redescobrir a alegria do lazer saudável, dos esportes, da política estudantil voltada para a construção de valores e ideais.

A cidadania ativa exige um sistema de saúde que abrigue es-tabelecimentos limpos, suficien-tes, modernos e bem aparelha-dos, sem os riscos de infecção hospitalar, como se vêem hoje por toda a parte. E mais: que os profissionais, preparados e aco-lhedores, em quantidade ade-quada, não façam o povo esperar em filas quilométricas. O pro-cesso de cura deve ser facilitado por remédios baratos e à dispo-sição de todas as classes. Entre as nossas profissões liberais, algumas se destacam no ranking

da qualidade e da tecnologia. Mas os nossos profissionais não devem se orientar apenas pela ideia do lucro fácil. Pre-cisam reencontrar a satisfa-ção no trabalho, cobrar justos preços, atender de maneira exemplar os seus clientes, irmanando-se ao ideal da so-lidariedade e do humanismo.

Como a vida seria mais fácil se enfrentássemos me-nos burocracia na adminis-tração governamental, menos regulamentos, melhores e mais ágeis serviços, pela via da aproximação entre esfe-ra pública e o cotidiano dos cidadãos. O anseio nacional é por melhor justiça, que significa mais agilidade nos processos, imparcialidade nas decisões e rigoroso cum-primento da lei. Precisamos carregar em nossos corações a certeza de que, em nosso país, a lei é para todos, sem distinção de cor, raça e gê-nero. Um passo ético, curto, porém valioso seria dado por nossos políticos ao prestarem contas dos compromissos as-sumidos, não se aproximando dos eleitores apenas no perí-odo eleitoral que será aberto nos próximos meses.

Queremos ver candidatos compromissados com o ide-al coletivo, menos sujeitos às pressões fi siológicas, menos aferrados à ideia de usar a política como profi ssão e não como missão. Que agradável seria vê-los como agentes plu-rais na forma de contemplar as demandas sociais, na capacida-de de entender as dimensões e problemas das unidades fede-rativas e na disposição de exer-cer as funções constitucionais. A ordem, o respeito, a autori-dade, a disciplina, o zelo são valores intrínsecos ao escopo institucional. Urge resgatar es-ses valores a fi m de se poder reconquistar a crença dos cida-dãos nos símbolos da Nação.

Para respeitar, o cidadão quer ser respeitado; para as-sumir responsabilidades, quer ver exemplos dignificantes de cima e ver replantada a semente de suas mais altas esperanças.

Ford primeira montadora a criar carro global brasileiro

Famílias gastam em média de 27% mais que o governo com saúde no Brasil, mostra IBGE

Índice refere-se valores em meses coletados em 2009, corresponderam 56,3% de todas despesas per capita das famílias foi 29,5% maior que a da União, estados e municípios

Comissão discute revisão de código penal, formada por 16 especialistasGrupo avalia os temas polêmicos, que envolvem a criminalização da homofobia, jogo do bicho, a eutanásia e o aborto no país

A reforma do Código Pe-nal, está em discussão no Senado, em que pode vir

a ter mudança o sistema carcerário do país. A idéia é adotar a pena de prisão apenas em última instância, restrita a casos graves e violentos.

A comissão formada a pedido do Senado por juízes, procuradores e ad-vogados avalia quais crimes poderão

ser punidos com penas alternativas, como multas, devolução de direitos.

A proposta segue a mesma li-nha da alteração feita em 2011 no Código de processo penal, que criou alternativas a prisão preven-tiva, ocorrida antes da condenação.

De acordo com o CNJ (Con-selho nacional de Justiça), o país tem a terceira maior população carcerária do mundo, cerca de 500 mil pessoas enfrentam problemas como superlotação em presídios e a presença das organizações crimi-nosas compõem a comissão prevê-em o término dos trabalhos para maio, quando entregarão um proje-to para ser votado pelo Congresso.

Entre as sugestões em deba-te está a de ampliar a caracteri-zação do tráfico de pessoas, que hoje só é crime a finalidade de exploração sexual. Seria crimi-

nalização o tráfico que envolver venda de órgãos e trabalho escravo.

Na avaliação do ministro é pre-ciso ainda tipificar delitos ciber-néticos para permitir sua punição. Muitos atos cometidos na internet não correspondem a um crime exis-tente, o que impossibilita punir os responsáveis.

Outra mudança seria tornar

crime a improbidade adminis-trativa, que hoje é uma infra-ção administrativa. O grupo, no entanto, não pensa em tornar a corrupção um crime hediondo, como sugerem alguns senadores.

A comissão ainda analisa te-mas que enfrentam resistência de congressistas ou aguardam defini-ção do Judiciário: aborto, crimi-nalização da homofobia, eutaná-sia e jogo do bicho, entre outros.

Está em discussão o aborto legal também em caso de anoma-lias “graves e irreversíveis”, como anencefalia, ou se a grávida for submetida a inseminação artificial sem autorizar.

Em princípio, os membros da Comissão poderão propor altera-ções em todo o Código Penal. O tra-balho mais importante da comissão será a atualização das leis existentes.

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Ford primeira montadora a criar carro global brasileiro

Famílias gastam em média de 27% mais que o governo com saúde no Brasil, mostra IBGE

Índice refere-se valores em meses coletados em 2009, corresponderam 56,3% de todas despesas per capita das famílias foi 29,5% maior que a da União, estados e municípios

No momento em que a União, os Estados e mu-nicípios tem de se adap-

tar a novas regras para os gastos pú-blicos em saúde, segundo dados do IBGE divulgados mostram o quanto o principio do serviço gratuito e uni-versal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), está longe de fun-cionar. As famílias brasileiras gasta-ram, em 2009 27% mais em saúde que administração pública.

Em reais, os gastos privados somaram R$157,1 bilhões contra R$123,5 bilhões do setor públi-co, respondendo por 56,3% do total de despesas no setor naque-le ano. No quesito per capita, o gasto das famílias com saúde foi 29,5% maior: R$835,65 por

pessoa, enquanto o dos governos (federal, estaduais e municipais) foi de R$645,27.

“ E s p e r a - s e que o gasto públi-co tenha aumento, e o privado dimi-nua. As famílias hoje gastam mui-to com a saúde e isso implode os consumos”, disse a médica e pro-fessora da UFRJ Ligia Bahia, coordenadora do La-boratório de Economia Política da Saúde.Os números da Conta-Sa-télite de Saúde detalham as con-tas nacionais do IBGE no período 2007-2009. Foram divulgados na

mesma semana em que a presiden-te Dilma Rousseff sancionou a lei que levará estados e municípios a

ampliar os gastos com saúde, mas vetou o dispositi-vo que obrigava a União a reservar pelo menos 10% da receita para o setor. Governos e prefeituras ainda calculam que tem o impacto da nova

lei nos cofres públicos.Em 2009, descontada a in-

flação, a despesa pública cres-ceu 5,2% entre 2008 e 2009 e o consumo das famílias aumentou 3,5%. Embora gastos públicos

cresçam mais que os privados, o peso das famílias no total de des-pesas cai lentamente.

Em 2005, as famílias eram responsáveis por 60% dos gastos totais em saúde. Essas despesas incluem além dos gastos diretos da população o pagamento das empresas privadas dos planos de saúde de seus funcionários.

De cada R$100,00 gastos pe-las famílias em saúde, R$35,70 são para compra de remédios, R$52,70 são despesas com servi-ços (atendimento em clinicas ou hospitais, internações, exames, consultas) e R$8,90 vão para pa-gamento de planos de saúde.

Segundo o IBGE, o pro-grama de venda de remédios

a preços populares não im-pactou as contas da saúde no período 2007-2009, mas será percebido no triênio seguinte.

O crescimento da população idosa é decisivo para o aumen-to dos gastos com saúde, diz o pesquisador do IBGE Ricardo Moraes.

Em 2009, o total de gastos em saúde alcançou 8,8% do Produto Interno bruto (PIB), crescimento significativo na comparação com anos anteriores.

Mas o resultado positivo se deu pela desaceleração de ou-tros setores.

“Brasil investe menos nos Estados, os gastos com saúde representam 17,4%

do PIB”

Custo de vida do Brasil supera o dos EUA em 2011De 187 países membros do FMI relativo ao ano passado apontam para países emergentes

O custo de vida do Brasil superou o dos Estados unidos em 2011, quan-

do medido em dólares, segundo dados do fundo Monetário Inter-nacional (FMI) sobre o PIB dos 187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente. Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que é mais caro em dólares de todo mundo emergente.

Considerando todas as econo-mias diversificadas como o Brasil, contam-se nos dedos, desde 1980, os episódios em que qualquer um de mais de cem países emergentes apresentasse, em qualquer ano, um custo de vida (convertido para dólares) superior aos dos Estados Unidos.

Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais tende a convergir nos

diferentes países, descontadas as tarifas de importação. Isso ocorre porque eles podem ser negocia-dos no mercado internacional, e, caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de impor-tar. Mas a maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do comércio exte-rior. Assim, eles divergem muito

em preço entre os países.Em nações ricas, com salários

altos, e com os serviços geral-mente são muito mais caros do que nos emergentes. Isso se explica tanto pelo fato de que a renda maior tende a puxá-los para cima, como pelo fato de que a mão de obra emprega-da no setor de serviços recebe muito mais e representa um custo maior. Dessa forma, é principalmente o setor de ser-viços que faz com que o custo de vida seja mais alto no mun-do avançado. Na comparação com os Estados Unidos, os países emergentes são quase sempre mais baratos.

É por isso que espanta que o Brasil apareça como mais caro do que os EUA nas tabelas de proje-ções do PIB de 2011 do FMI. “Essa inversão mostra que as coisas estão

fora de foco, porque a taxa de câm-bio está completamente fora do pa-

drão histórico, com uma valorização gigantesca nos últimos anos”, diz o economista Armando Castelar, do instituto brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio.

Um morador de Nova York, ao acordar no domingo para ir à

academia Re-ebok, almoçar o hambúrguer, com fritas, com e uma taça de vinho chileno Casillero Del Diablo no PJ Clarke’rs, as-sistindo a um filme no cine-ma no Lincoln Center Tickets, checar os e--mails no iPad tomando uma

xícara de café, pegar um taxi e en-cerrar o dia em um show de jazz terá um gasto menor do que um paulista fazendo programas similares em São Paulo.

“Serviços pesam mais no bolso do consumidor

em São Paulo do que emNY”

Marcos de Oliveira o presidente da Ford Brasil e Mercosul,

apresentou o novo Ford Ecos-port, um símbolo da evolução e capacidade da companhia com relação à performance em de-sign e engenharia de produtos na América do Sul.

O novo modelo do EcoSport foi totalmente desenvolvido no Centro de Desenvolvimento de Produto da Ford América do

Sul, em Camaçari (BA), e será ex-portado para mais de 100 países.

“Com esse lançamento, a Ford América do Sul torna-se um centro global de excelência no desenvolvi-mento de carros compactos e o Bra-sil firma-se como uma importante plataforma de exportação da com-panhia”, afirma o executivo. A data de lançamento ainda é mantida em segredo, assim como o preço tam-bém. Não foram revelados detalhes da mecânica do veículo que será

vendido aqui: na apresentação foi usado um protótipo e o inte-rior do veículo também não foi mostrado. No evento na Índia foi dito que o veículo vai contar lá com motor 1.0 EcoBoost, de 3 cilindros.

Para a Ford do Brasil, o carro é um marco, pois coloca o país como um dos centros de desenvolvimento de produtos globais para a companhia norte--americana -são 5 ao todo.

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Comissão discute revisão de código penal, formada por 16 especialistasGrupo avalia os temas polêmicos, que envolvem a criminalização da homofobia, jogo do bicho, a eutanásia e o aborto no país

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EducaçãoFinal de Ano com Tradição Natalina Alemã no CIL

Janeiro de 2012 010GLOBAL NEWS

Em dezembro de 2011, os alunos dos 8ºs anos puderam vivenciar al-

guns momentos de tradição na-talina alemã no colégio, confec-cionando biscoitos nas aulas de alemão do Professor Alexandre Marcondes e nas minhas, Profes-sora Monica Graichen Coelho.

Essa tradição alemã se faz presente até os dias de hoje. O período pré-natalino é caracte-rizado pela confecção de biscoi-tos, em formato de estrelinhas, anjos, bichinhos... Tudo o que pode agradar aos olhos e aguçar o paladar de crianças e adultos.

Em um primeiro momento, esti-vemos na informática, onde os alunos pesquisaram receitas alemãs. Ao vi-sualizarem as fotos, os comentá-rios eram apenas: “Hm... que de-lícia!!!” - “Que fofo... tem a forma de anjinho...”

Com a motivação em alta e o apetite aguçado, os alunos se distri-buíram em grupos e se organizaram com os ingredientes e formas. O forno foi pré-aquecido e empolga-dos, os alunos misturaram os in-gredientes e prepararam sua massa.

Estrelinhas, anjos, coelhinhos, flores, pinheiros e muitas outras for-minhas foram usadas, de modo que, ao final havia uma infinidade de bola-chinhas dos mais diversos formatos.

O delicioso aroma dos quitutes atraiu até outros alunos das salas adjacentes...

Alguns mestres cucas optaram em fazer cup-cakes, o que enri-queceu mais ainda esse momento. Pudemos, ao final, aliar a tradição alemã com a brasileira.

Quanto aos biscoitinhos e cup--cakes... desses, só sobraram mes-mo as fotos.

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Final de Ano com Tradição Natalina Alemã no CIL

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro de 2012 011

Os 50 anos da maior lei brasileira para a educação

Estudar e subir na vida têm sido mais importante do que casar e ter fi lhos.em 20 de dezembro de 1961, duran-

te o governo João Goulart, a ques-tão, até hoje polêmica do ensino religioso facultativo, no sistema pú-blico foi um dos maiores embates. Foram necessários 13 anos de de-bate para que a primeira revolução educacional do Brasil acontecesse.

“A aprovação da lei de 1961 foi um grande avanço porque a legisla-ção anterior era muito centralizado-ra. Não havia nada que competisse aos estados e municípios”, explica Nina Ranieri, vice-presidente do Conselho Es tadual de educação de São Paulo.

Apesar do avanço, a lei de 1961 foi considerada uma “meia vitória” – expressão usada na época pelo educador Anísio Teixeira, uma das personalidades mais importantes da história da educação no Brasil.

Remendos. Em 1971, quando a segunda versão da LDB foi aprova-da, o Brasil vivia um dos momentos

Lei, diretrizes e bases da educação nacional (LDB) completa meio século de existência

Repleta de emendas e com diversos artigos que não foram cumpridos, a prin-

cipal lei do Brasil para a educação completou meio século no momento em que o País discute as metas da área para a próxima década por meio do Plano Nacional de Educação (PNE). Foi justamente ela- a lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB) que ins-truiu a criação do plano, em sua ulti-ma versão.

O ensino supletivo, a obrigato-riedade da matricula e o atendimen-to gratuito em creches e pré-escolas, entre outros direitos que hoje fazem parte da vida dos brasileiros, foram garantidos pela LDB, em diversos momentos da história do Brasil.

Há três grandes versões da LDB, sem contar os “remendos” e grandes reformas pelas quais ela passou no decorrer dos anos: 1961, 1971 e 1996, a mais atual que está em vigor.

A primeira LDB foi sancionada

Os brasileiros comparti-lham do desejo de subir na vida. A realização

profi ssional é considerada um valor muito mais importante do que ca-samento por integrantes de todas as classes sociais. Segundo o Datafo-lha, também prevalece a percepção de que a educação é o principal ins-trumento para a felicidade.

Para o cientista político Amaury de Souza, da MCM Consultores, com a universalização do acesso ao ensino fundamental, os trabalhadores precisam “ir além” para conseguir destaque no mercado de trabalho.

“Hoje não é mais possível ascender sem investimento em educação”, diz.

mais críticos de sua história: a ditadu-ra militar, em pleno governo Médici.

E dessa lei artigos como a ins-tituição da educação moral e cívica no currículo. Ela também valorizava a educação profi ssional e instituía o ensino obrigatório dos 7 aos 14 anos. Outro ganho, segundo educa-dores, foi a criação dos supletivos.

“Novos tempos”. Em 20 de dezembro de 1996, exatos 35 anos após a primeira LDB, ela foi san-cionada pelo então presidente Fer-nando Henrique Cardoso. O relator foi senador Darcy Ribeiro – alei fi cou conhecida como “Lei Darcy Ribeiro de Educação nacional”.

Foi essa LDB que debateu a auto-nomia universitária, discutiu a educa-ção a distância, enxergou a educação infantil como etapa da educação básica e detalhou como o dinheiro para a área deve ser gasto. Há 15 anos em vigor, especialistas discutem se ela ainda é válida.

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O dinheiro e posse de bens de consumo podem ser sinais de exteriores da

prosperidade, porém o que realmen-te distingue com clareza a classe social a qual o brasileiro pertence é a escolaridade. O levantamento Datafolha mostra que no topo da pirâmide, por exemplo, a maioria possui nível superior. Descendo um degrau, no que seria uma classe média alta, esta proporção cai signi-fi cativamente, e o nível de instrução da maioria passa a ser o ensino mé-dio completo.

Assim vai até chegarmos à base da pirâmide, em que o mais comum é ser analfabeto ou nem

sequer ter completado o primário, equivalente hoje ao quinto ano de ensino fundamental.

Estudar é, portanto, o melhor passaporte para a mobilidade social. E apesar de muitos brasileiros ainda terem uma escolaridade precária, a boa noticia foi que a distância en-tre pobres e ricos no que diz res-peito ao acesso à escola diminuiu.

Nos anos de 1970, durante o chamado “milagre econômico”, o avanço pífi o da escolaridade fez com que os poucos brasileiros mais instruídos se benefi ciassem muito mais do que os aqueles que estu-daram menos tempo. “A educação teve papel fundamental para expli-

car essa fantástica queda da desi-gualdade. E, nesse campo, muito do que foi colhido na década passada começou a ser plantado nos anos 1990”, afi rma o economista.Neri se diz otimista com a continuidade desse processo. “Muitos, inclusive eu acreditavam que o crescimento dessas classes era sustentado mais na oferta de crédito e de programas sociais. Mas hoje entendo que as pessoas estão as cendendo também porque estudaram mais e tiveram menos fi lhos”. Priscila Cruz, direto-ra-executiva do movimento Todos Pela Educação, lembra que quando menor a escolaridade, menor a pro-teção contra crises econômicas.

Escolaridade é fundamental para queda da desigualdade

Já a importância atribuída à re-alização profi ssional, na opinião de Souza, está ligada “ao desejo de conquistar uma renda alta e estável”.

Escalados pelo histórico de al-tos e baixos da economia do país, os brasileiros também passaram a va-lorizar a “estabilidade no trabalho”.

“Para ter uma família estru-turada, poder dar os fi lhos o que acho que eles vão precisar, preci-so ser uma profi ssional completa” diz a médica Denise Torejane,28.

Embora brasileiros de diferentes estratos sociais pareçam concordar sobre que aspectos são mais impor-tantes para a felicidade, o grau de consenso é menor nas classes baixas.

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Alunos - turistas “invadem” SP e chegam sem parar

Uni Sant’Anna oferece cursos de férias com o que há de mais avançado nas áreas de tecnologia e saúde

Eles já representam o 4º maior grupo que visita a capital; maioria é jovem (de 18 a 24 anos)

Uma boa mala hoje virou objeto que é tão neces-sário quanto caderno e

caneta para alguns estudantes em São Paulo em especial para quem vêm de outros estados para fazer cursos de pós-graduação, Segundo o Observatório de Turismo da cidade, os estudantes já são a quarta maior motivação de viagens para cidade, à frente do turismo médico e de visitas a parentes. O que atrai os alunos--turistas é a especificidade dos cur-sos paulistanos.

A pesquisa do Observatório de Turismo mostra que 24% dos turis-tas estudantes de São Paulo ficam em hotéis e outros 13%, em alber-gues. O restante se divide entre apar-tamentos alugados e casas de amigos e parentes. A maioria é jovem, tem entre 18 e 24 anos, mas a alta pro-cura de cursos de curta e média du-ração também é uma tendência entre

De 31 de janeiro a 3 de fevereiro (das 19h10 às 22h40 hs) e 4 de fe-

vereiro (das 8h às 12h – 20hs/aula) será ministrado o curso Programa-ção em Cobol, que tem grande uti-lização nas instituições financeiras, uma vez que é composto por vários programas e sistemas que adotam linguagem de programação durável e altamente adaptável em ambientes com arquitetura de alta plataforma (mainframes). Atualmente, há uma crescente demanda para a integra-ção, expansão e suporte a aplica-ções nas empresas que possuem programas em COBOL, em função das fusões e aquisições ocorridas no setor financeiro.

O curso terá como conteúdo: es-truturas de controle, manipulação de arquivos, manipulação de strings e tabelas e relatórios. Serão ministra-das aulas teóricas e práticas com a utilização de recursos audiovisu-ais. Ao concluir o curso, o aluno terá conhecimentos e habilidades para desenvolver aplicativos na linguagem Cobol. Os inscritos não precisam ter conhecimento prévio em programação.

Na área de saúde, a universidade Uni Sant’Anna lança o curso Psico-farmacologia, dias 28 de janeiro, 4 e 11 de fevereiro (das 8h às 17h, 20hs/aula), que aborda os principais siste-mas da neurotransmissão aplicados aos transtornos psiquiátricos e ao seu tratamento farmacológico: tema pouco discutido nas salas de aula e que tem grande relevância na área de

os mais velhos.O produtor cultural Gabardo

Júnior, de 42 anos, passou seis meses pegando avião toda terça--feira à tarde de Curitiba para São Paulo. Fazia check-in no hotel, assistia à aula de gestão Criati-va na escola São Paulo e voltava na quarta-feira de manhã para a capital paranaense. “Gostei tanto que vou voltar para fazer outro. Hoje em dia, para quem conse-gue se programar com antece-dência não sai tão caro”.

Quando decidiu fazer uma pós-graduação de um ano e meio na Academia Brasileira de Jornalismo literário (ABJL) em São Paulo, a jornalista e mora-dora de Salvador Flávia Vas-concelos, de 26 anos, arrumou logo uma atividade extracurri-cular: a pesquisa de passagens aéreas baratas. “Me cadastrei

nos sites das companhias para saber das promoções. Comprava algumas passagens antecipada-mente. Cheguei a conseguir por R$120 ,00”Ela arrumava as suas malas a cada 15 dias para viajar para São Paulo. No total, ela che-gou a rodar 64 mil quilômetros, que é equivalen-te a mais de uma volta e meia ao redor do mundo.

O Coordena-dor do curso de Flávia, o Rodri-go Stucchi afir-ma que ela não é exceção.

“Nas turmas

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de fim de semana, mais da metade dos alunos é de fora de São Pau-lo”. Segundo ele, variedade de so-

taques só enriquece a experiência em sala de aula.

psicofarmacologia.Nas últimas décadas, houve

um grande avanço na neuroci-ência, juntamente com a biolo-gia molecular, que permitiram a compreensão dos transtornos psiquiátricos e do desenvolvi-mento de novos métodos tera-pêuticos. Nesse sentido, o curso destinado aos alunos de gradu-ação (podendo valer como ho-ras de ‘atividades complemen-tares’, conforme avaliação da instituição de ensino superior em que estude) e profissionais da área de saúde (psicologia, medicina, enfermagem e far-mácia) visa a proporcionar o conhecimento dos princípios fundamentais da Psicofarmaco-logia aplicados aos transtornos psiquiátricos e à interação com outras áreas do conhecimento. Serão estudadas as indicações, contraindicações e o mecanis-mo de ação dos psicofármacos, por meio de aulas teóricas com análise de casos clínicos (simu-lados e reais) e de discussões interativas. O curso capacitará o aluno a interagir com equipes multidisciplinares na orienta-ção de pacientes e na discus-são de métodos de tratamento.

As aulas serão ministradas em três módulos. O módulo I (dia 28/1), ‘Psicofarmacolo-gia da Depressão e dos Trans-tornos Bipolares´, tratará da introdução à farmacologia, da farmacocinética (caminho que

o medicamento faz no organis-mo), farmacodinâmica (campo da farmacologia que estuda os efeitos fisiológicos dos fárma-cos nos organismos), dos princí-pios da neurotransmissão e dos antidepressivos e dos estabiliza-dores de humor. Já o módulo II, no dia 4/2, ‘Psicofarmacologia

da Ansiedade e dos Transtor-nos Obsessivo-compulsivo, de pânico e fóbicos’, abordará os ansiolíticos, hipnóticos e seda-tivos, além dos psicofármacos para tratamento dos transtornos obsessivo-compulsivo, de pâni-co e fóbicos; e, por fim, o mó-dulo III, ‘Psicofarmacologia da

psicose e esquizofrenia’, tratará dos antipsicóticos.

As inscrições podem ser fei-tas até um dia antes da realiza-ção de cada curso e até as 20h. Os alunos receberão certifica-do de participação nos cursos.

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Alunos - turistas “invadem” SP e chegam sem parar

Uni Sant’Anna oferece cursos de férias com o que há de mais avançado nas áreas de tecnologia e saúde

taques só enriquece a experiência em sala de aula.

psicose e esquizofrenia’, tratará dos antipsicóticos.

As inscrições podem ser fei-tas até um dia antes da realiza-ção de cada curso e até as 20h. Os alunos receberão certifica-do de participação nos cursos.

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O grande problema para 2012 é o Brasil infladoA inflação medida pelo

Banco Central (BA-CEN) ficou dentro do

teto de 6,5% ao ano, ou seja, dois pontos percentuais acima do centro da meta inicialmente estabelecida. Com isso, atingiu patamares su-periores ao que ocorreu sete anos atrás e teve como justificativa a si-tuação dos países que fazem parte do euro e os Estados Unidos, em virtude de sua recessão.

A dúvida sobre a qual muitos no mercado devem estar pergun-tando é que o valor ficou muito justo à proposta fixada pelo Ban-co Central, o que gera questio-namentos sobre se realmente foi esse ou se houve algum ajuste para adequação das taxas.

O grande problema é 2012. A situação no mercado internacional é bem complexa: eleições nos Es-tados Unidos; suspeita de um calo-te grego; possibilidade da nota da

França ser rebaixada, sendo que o mercado já considera virtualmen-te passe para triplo B; dúvidas da manutenção do euro como moeda europeia; redução do crescimento

do PIB chinês; e a crise provocada pelo Irã relacionada à exploração do urânio enriquecido. Todos esses

fatores são críticos e, com certeza, poderão mudar o cenário econômi-co nacional.

A previsão da inflação para 2012, de acordo com o BACEN, é

de 4,7%, considerando previsões oti-mistas, mas que poderá atingir pelas premissas de meta máxima 6,7%.

Em 2010 tivemos vários cenários que fizeram com que nossa econo-mia se mantivesse em patamares controláveis e que não tivéssemos prejuízos ao atingir as metas fiscais

pre-estabelecidas, como superávit primário; superávit da balança co-mercial; empregabilidade em alta;

estímulo do governo a alguns seto-res com redução do impacto tribu-tário; excesso de arrecadação; re-dução da taxa de financiamento da dívida interna através da Selic, que estava em 11% ao ano, mas chegou em agosto de 2011 a atingir 12,5% ao ano.

O fundamental para 2012 é a re-dução da taxa Selic, para que os pa-tamares sejam mais justos, ficando próxima ou inferior a 9,5% ao ano – que ainda é uma taxa de juros real muito alta, considerando um ganho real próximo a 2,8%. Além disso, é necessária a redução gradativa da inflação com estímulo à produção e ao consumo, de maneira susten-tável, aliada à empregabilidade e administração do câmbio, o que não permitirá excesso de exportação de produtos de comoditties, gerando, caso contrário, desabastecimento no País com aumento da inflação.

Montadoras terão carros com aplicativos de celular

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Montadoras como Mercedes, BMW e Ford querem implantar dispositivos no farol do veículo

Se Mercedes, a BMW e Ford realizarem os seus planos, com os

modelos que produzirão, podem ter os aplicativos, jogos, música e filmes de um celular e executá--lo no sistema de entretenimento de bordo.

Para cada nova distração que as montadoras acrescentam, no entanto, e surge mais a neces-sidade de incluir sistemas que previnam colisões desses novos celulares inteligentes sobre as rodas desses novos carros que serão lançados.

Mecanismos automáticos de frenagem nos semáforos, alertas quando houver carros em zonas cegas e desaceleração do veículo quando ele ingressa em área de

limite de velocidade mais baixo.“Não podemos impedir que

as pessoas usem celulares nos carros. Nosso esforço é garan-tir que elas o façam da maneira mais segura possível”, diz Paul Mascarenas, vice-presidente de tecnologia da Ford.

O esforço para oferecer maior conectividade nos carros pode ser encontrado em muitos estandes das montadoras, tanto na feira de eletrônica Consumer Eletronics Show, em Las Vegas, quanto no Salão Internacional do Automóvel de Detroit, que ocor-rem ao mesmo tempo.

O Sync App Link, da Ford; o DriveStyle, que a Mercedes prepa-ra para lançar; e o ConnectedDri-ve, da BMW, apresentam ligeiras

diferenças de execução, mas o pro-pósito é o mesmo e conteúdo de um celular inteligente para o painel e para os controles de um carro.

SegurançaAdotar tecnologia que leve

o mundo on-line à cabine do carro obviamente eleva o ris-co de distração do motorista.

O Conselho Nacional de Segu-rança dos Transportes dos Estados Unidos se uniu a organizações no apelo pela proibição ao uso de ce-lulares por motoristas.

Os carros atuais já são ca-pazes de realizar automatica-mente as tarefas de segurança.

Podem manter distância prede-terminada do carro adiante e corri-gir levemente o volante para man-ter um carro dentro de sua faixa de rodagem.

As montadoras reconhecem que já existem as fundações de carros que dirijam sozinhas, no futuro.

Em 2010, carros sem motoris-ta participam do Intercontinental Autonomous Challenge, do Vis-lah, e percorrem 15 mil quilôme-tros em uma jornada que os levou

de Parma, Itália, a Xangai.AtualizaçãoCom a nova tecnologia tam-

bém pode permitir que os carros se mantenham atualizados.

Se o celular mais inteligente for tornado parte do carro, é possí-vel aproveitar uma tecnologia que muda em meses.

“Enquanto trabalhamos em fa-zer carros que só chegarão às ruas dentro de sete anos, a próxima tecnologia eletrônica capaz de re-volucionar o mercado talvez surja em sete meses” disse o diretor da Mercedes Zetsche.

Reconhecer situações de ris-co antes que elas fujam do con-trole. Chegar no destino mais ra-pidamente e com segurança.

Montadoras querem

oferecer maior conectividade nos

carros

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O grande problema para 2012 é o Brasil infladoestímulo do governo a alguns seto-res com redução do impacto tribu-tário; excesso de arrecadação; re-dução da taxa de financiamento da dívida interna através da Selic, que estava em 11% ao ano, mas chegou em agosto de 2011 a atingir 12,5% ao ano.

O fundamental para 2012 é a re-dução da taxa Selic, para que os pa-tamares sejam mais justos, ficando próxima ou inferior a 9,5% ao ano – que ainda é uma taxa de juros real muito alta, considerando um ganho real próximo a 2,8%. Além disso, é necessária a redução gradativa da inflação com estímulo à produção e ao consumo, de maneira susten-tável, aliada à empregabilidade e administração do câmbio, o que não permitirá excesso de exportação de produtos de comoditties, gerando, caso contrário, desabastecimento no País com aumento da inflação.

Montadoras terão carros com aplicativos de celular

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As chamadas entre o celular e a telefone fixo ficarão bem mais baratas a partir de fevereiro

As Frutas da estação têm melhor preço e qualidade garantida

As ligações entre celula-res e telefones fixos vão ficar cerca de 10% mais

baratas a partir de fevereiro, segun-do a Anatel (Agência Nacio-nal de Telecomunicações).

O minuto deve ficar R$ 0,06 mais em conta a partir do mês que vem.

A agência aprovou um ato que aplica o novo re-gulamento para as tarifas cobradas nessas chama-das, aprovado em novem-bro do ano passado.

Com uma tabela pro-gressiva para a redução das tarifas nas ligações fixo-móvel, o regula-mento prevê uma redução líquida de até 45% no custo das chama-

As Frutas como laranja, limão, melancia, figo, manga tommy, banana

nanica, maracujá, maçã gala são ótimas opções de compra no ve-rão. Nessa época, elas podem ser encontradas a bons preços no ata-cado e com alta qualidade.

De acordo com o economista da Ceagesp, Flávio Godas, tam-bém há muitas alternativas de com-pra de hortaliças, que permanecem com os valores estáveis. “As chu-vas pontuais no cinturão verde de São Paulo não afetaram a quan-tidade ofertada do setor e o con-sumidor encontra diversos preços atrativos em itens como alface, repolho, agrião, couve, escarola e acelga”, analisa Godas. Pimentão,

das para os usuários até 2014. Até o fim do ano passado,

os consumidores pagavam, em média, R$ 0,54 por ligação de

telefone fixo para móvel. A ideia é que a partir de fevereiro eles passem a pagar R$ 0,48. Depois, em 2013, paguem R$ 0,44 e, em

2014, R$ 0,425. No fim de outubro, o Conse-

lho Diretor da agência aprovou o regulamento que estabelece novas

regras de reajuste para a ta-rifa de chamada fixo-móvel.

A nova regulamentação deve ter impacto financei-ro e concorrencial para as principais companhias de telefonia móvel - TIM, OI, VIVO E CLARO.

Em caso de não cumpri-mento, a Anatel informou que tomará as providências em relação a essas empresas.

Isso constitui o compromisso assumido plea Anatel, favorecen-do assim, o usuário.

Divulgação

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beterraba, cebola e mandioca são os legumes com melhores preços nessa época do ano, apesar de o setor ter sofrido com as perdas na produção nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais devido às fortes chuvas.

Até o final desta estação, po-rém, a tendência é de elevação dos preços.

O Turista brasileiro gasta 32% a mais no exterior Só a China teve aumento maior de gastos no ano passado; mas o Brasil está perto de entrar no top 10 do turismo mundial mesmo com crise internacional.

A manutenção da neutralidade tributária não pode resultar em duas contabilidades

Em plena crise interna-cional, os turistas bra-sileiros dobraram seus

gastos pelo mundo e, ainda em 2011 ocuparam a segunda coloca-ção entre os que mais expandiram seus gastos entre todas as nacio-nalidades.

Dados da Organização Mun-dial do turismo mostram que os brasileiros já estão próximos de entrar na lista das dez naciona-lidades que mais gastam ao sair em viagem.

Entre 2010 e 2011, os bra-

GLOBAL NEWS

IFRS sem complicação trazem métodos e critérios

Uma das mais impor-tantes e necessárias adaptações para que

a efetiva adoção dos Internatio-nal Financial Reporting Stan-dards (IFRS, ou normas inter-nacionais de contabilidade, em português) veio da área tributá-ria. Afinal, as mudanças estabe-lecidas trazem novos métodos e critérios de contabilização de receitas, custos e despesas, e tenderiam a provocar alterações na base de cálculo dos tributos (IRPJ, CSLL, PIS E COFINS) de grande parte das companhias, gerando indesejáveis efeitos e eventuais distorções na car-ga tributária incidente sobre as operações das pessoas jurídicas.

Para garantir que o processo de mudança não provocasse efei-tos que pudessem desestimular a adoção dos IFRS, foi instituído pela Medida Provisória 449/2008, que deu base à lei 11.941/2009, o Regime Tributário de Transição (RTT). O RTT foi criado para esta-belecer a neutralidade tributária no período de transição ao novo mo-delo, isto é, para que a base de cál-culo dos tributos acima referidos

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As Frutas da estação têm melhor preço e qualidade garantida

beterraba, cebola e mandioca são os legumes com melhores preços nessa época do ano, apesar de o setor ter sofrido com as perdas na produção nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais devido às fortes chuvas.

Até o final desta estação, po-rém, a tendência é de elevação dos preços.

O Turista brasileiro gasta 32% a mais no exterior Só a China teve aumento maior de gastos no ano passado; mas o Brasil está perto de entrar no top 10 do turismo mundial mesmo com crise internacional.

A manutenção da neutralidade tributária não pode resultar em duas contabilidades

Em plena crise interna-cional, os turistas bra-sileiros dobraram seus

gastos pelo mundo e, ainda em 2011 ocuparam a segunda coloca-ção entre os que mais expandiram seus gastos entre todas as nacio-nalidades.

Dados da Organização Mun-dial do turismo mostram que os brasileiros já estão próximos de entrar na lista das dez naciona-lidades que mais gastam ao sair em viagem.

Entre 2010 e 2011, os bra-

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sileiros aumentaram seus gas-tos no exterior em 32%, taxa superada apenas pelos chineses (38%). A taxa de expansão do dinheiro deixado pelo mundo pelos brasileiros é mais de seis vezes superior ao crescimento dos gastos de americanos e eu-ropeus.

Em 2010, os turistas brasilei-ros gastaram US$16,4 bilhões. Em 2011, até outubro, o valor já havia sido um terço superior. Na avaliação de John Kester, econo-mista da entidade, os gastos de

brasileiros em 2011 devem ficar

acima de US$21 bilhões. Em

US$ 21 bilhões deve ser o gasto total de

turistas brasileiros no ano passado, segundo dados preliminares da

OMT.

IFRS sem complicação trazem métodos e critérios

Uma das mais impor-tantes e necessárias adaptações para que

a efetiva adoção dos Internatio-nal Financial Reporting Stan-dards (IFRS, ou normas inter-nacionais de contabilidade, em português) veio da área tributá-ria. Afinal, as mudanças estabe-lecidas trazem novos métodos e critérios de contabilização de receitas, custos e despesas, e tenderiam a provocar alterações na base de cálculo dos tributos (IRPJ, CSLL, PIS E COFINS) de grande parte das companhias, gerando indesejáveis efeitos e eventuais distorções na car-ga tributária incidente sobre as operações das pessoas jurídicas.

Para garantir que o processo de mudança não provocasse efei-tos que pudessem desestimular a adoção dos IFRS, foi instituído pela Medida Provisória 449/2008, que deu base à lei 11.941/2009, o Regime Tributário de Transição (RTT). O RTT foi criado para esta-belecer a neutralidade tributária no período de transição ao novo mo-delo, isto é, para que a base de cál-culo dos tributos acima referidos

fosse apurada por meio dos méto-dos e critérios contábeis anteriores. E como o próprio nome indica, o RTT tinha um prazo para vigorar: até o ano fiscal de 2010. No entan-to, a lei que o instituiu prevê a pos-s ib i l idade de que esse mecanismo seja manti-do indefi-nidamente. Vi v e m o s , p o r t a n t o , um momen-to em que é necessário determinar qual a me-lhor solução para a evolução natu-ral do RTT.

Uma das propostas em estudo é a instituição de registros con-tábeis com base em métodos e critérios fiscais com a finalidade exclusiva de apurar o balanço fis-cal, que serviria para determinar a base de cálculo dos tributos. Certamente, tal decisão não seria a mais adequada, pois traria um

peso adicional às companhias: além da publicação de demons-trações financeiras para atender à lei societária e permitir a compa-ração com empresas internacio-

nais, seria exigido outro balanço , apurado com base em outros re-gistros contábeis com regras dis-tintas, baseadas no padrão contá-bil abandonado em 2007, para a apuração dos mencionados tribu-tos. Hoje, as companhias brasilei-ras convivem com a obrigação de realizar uma única contabilidade. Para o cálculo dos tributos, são feitos apenas ajustes em livros e

registros fiscais. Caso venha a ser necessária a adoção de uma “du-pla contabilização” das operações, por métodos e critérios completa-mente diferentes, serão ampliados

os custos, e a gestão da contabilida-de e do cum-primento das ex igênc ias complexa.

A solu-ção adotada com o RTT foi providen-cial para o sucesso que, de fato, ob-tivemos com a evolução

de nosso padrão contábil para os IFRS.

Hoje, as empresas de capital aberto e as de grande porte já têm as normas internacionais como efetivo padrão contábil.

No entanto, é preciso avançar para que não tenham de vir a pro-duzir duas contabilidades para a manutenção da neutralidade tri-butária.

Diante disso, muito discute al-ternativas de mecanismos que pos-sam suceder o RTT.

Vale lembrar que o Brasil vi-veu situação semelhante nos anos 1976 e 1977, quando da instituição da Lei 6.404/76, que padronizou a contabilização e as demonstrações financeiras das sociedades anôni-mas e também das sociedades li-mitadas. Para equalizar os efeitos fiscais gerados pela mudança, foi instituído o Decreto-Lei 1.598/77, que adaptou a legislação do impos-to sobre a renda às inovações da Lei das S.As. A solução foi muito bem-sucedida, tanto que seus im-pactos perduram até hoje.

Simplificar a maneira como as empresas administram suas obrigações tributárias e reduzir seus custos são dois importantes elementos destinados a valorizar a eficiência e a competitivida-de das corporações.

A nossa intenção é contribuir com idéias para o debate sobre o mecanismo que deve suceder o RTT, sempre tendo em perspectiva o melhor para o nosso País

comparação com o ano de 2008, quando a crise mundial eclodiu, os gastos dobraram, em uma ex-pansão similar à dos indianos.

“O Brasil ocupava até 2010 o vigésimo posto entre as nacio-nalidades que mais deixaram di-nheiro ao viajar para o exterior. Em 2011, o País deve se apro-ximar dos doze maiores”, disse Kester. A nova classificação fica-rá pronta em abril.

Não por acaso, lojas pela Eu-ropa já colocam funcionários que falam português, estações de es-

qui abrem aulas dedicadas a bra-sileiros e operadoras organizam viagens de fim de semana para compras em cidades americanas. A valorização do real ajudou, mas não foi a única razão para o aumento. A alta do custo de vida no País e a maior renda também levaram turistas a optar por com-pras no exterior.

A expansão dos gastos de brasileiros no exterior é superior à expansão dos gastos de estran-geiros no Brasil, que ficou em 15% no ano passado.

Divulgação

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