20
São Paulo, 31 de Janeiro a 20 de Fevereiro de 2011 | Ano XII - Nº137 | Diretor Responsável: Cantulino Almeida | CORTESIA www.globalnews.com.br Totalmente online! Países em desenvolvimento irão receber ajuda financeira com criação do fundo do clima Nos últimos quatro anos, país regis- trou um aumento de 36% na venda de calmantes, cujas vendas só perdem para os anticoncepcionais dentre os remédios que necessitam de prescrição médica..........................................Pág. 16 Venda de tranquilizantes aumenta nos últimos anos Dentre as principais decisões tomadas na conferência do clima em Cancun está a criação do Fundo Verde do Clima, que financiará ações de adaptação e combate Participação da indústria de transformação no PIB caiu de 27% para 16% nos últimos 20 anos, o que a fez deixar de gerar postos de trabalho em 2010........................Pág. 4 Indústria perde R$ 17,3bi e deixa de criar 46 mil vagas de emprego com importações José Alencar, ex-vice-presidente da República, recebe homenagem no aniversário de São Paulo E m meio à cerimônia que celebrou os 457 anos da cidade de São Pau- lo, no dia 25 de janeiro, o ex-vice- presidente da República José Alencar re- cebeu a Medalha 25 de Janeiro, comenda de reconhecimento às pessoas que pres- taram bons serviços à cidade. Alencar deixou o Hospital Sírio-Libanês, onde está internado há quase três meses se tratando de um câncer no intestino, ape- nas para receber a homenagem na sede da prefeitura. “Eu queria agradecer São Paulo pela homenagem. A cidade está no meu coração. Estou hoje me sentindo em casa, numa das cidades mais importantes do mundo”, disse emocionado. Dilma Rousseff esteve presente na cerimônia e declarou “Devemos reco- nhecer a importância desse homem, que saiu de baixo, construiu um império eco- nômico e nunca deixou de defender a so- berania do país e aqueles que estavam na pobreza”. Além dela, participaram da homenagem o vice-presidente Michel Temer, o governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e o ex-presi- dente Luiz Inácio Lula da Silva. Roberto Stuckert Filho / Presidência da República à mudança climática nos países em de- senvolvimento. Pendências deixadas pela reunião de Copenhague foram parcial- mente resolvidas..............................Pág. 2 Divulgação Novos radares, que já operam nas 24 prin- cipais rodovias de São Paulo, detectam licenciamento em atraso e outros tipos de irregularidades.................................Pág. 6 Monitoramento inteligente aumenta segurança nas estradas de S.Paulo A discrepância na qualidade das institui- ções de ensino aumentou de 109 para 121 pontos. Estudo também mostra melhora na educação em São Paulo.............Pág. 12 Aumenta diferença entre escolas públicas e privadas

Global News

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O jornal que dá retorno ao seu investimento!

Citation preview

Page 1: Global News

São Paulo, 31 de Janeiro a 20 de Fevereiro de 2011 | Ano XII - Nº137 | Diretor Responsável: Cantulino Almeida | CORTESIA

www.globalnews.com.br Totalmente online!

Países em desenvolvimento irão receber ajuda financeira com criação do fundo do clima

Nos últimos quatro anos, país regis-trou um aumento de 36% na venda de calmantes, cujas vendas só perdem para os anticoncepcionais dentre os remédios que necessitam de prescrição médica..........................................Pág. 16

Venda de tranquilizantes aumenta nos últimos anos

Dentre as principais decisões tomadas na conferência do clima em Cancun está a criação do Fundo Verde do Clima, que financiará ações de adaptação e combate

Participação da indústria de transformação no PIB caiu de 27% para 16% nos últimos 20 anos, o que a fez deixar de gerar postos de trabalho em 2010........................Pág. 4

Indústria perde R$ 17,3bi e deixa de criar 46 mil vagas de emprego com importações

José Alencar, ex-vice-presidente da República, recebe homenagem no aniversário de São Paulo

Em meio à cerimônia que celebrou os 457 anos da cidade de São Pau-lo, no dia 25 de janeiro, o ex-vice-

presidente da República José Alencar re-cebeu a Medalha 25 de Janeiro, comenda de reconhecimento às pessoas que pres-taram bons serviços à cidade. Alencar deixou o Hospital Sírio-Libanês, onde está internado há quase três meses se tratando de um câncer no intestino, ape-nas para receber a homenagem na sede da prefeitura. “Eu queria agradecer São Paulo pela homenagem. A cidade está no meu coração. Estou hoje me sentindo em casa, numa das cidades mais importantes do mundo”, disse emocionado.

Dilma Rousseff esteve presente na cerimônia e declarou “Devemos reco-nhecer a importância desse homem, que saiu de baixo, construiu um império eco-nômico e nunca deixou de defender a so-berania do país e aqueles que estavam na pobreza”. Além dela, participaram da homenagem o vice-presidente Michel Temer, o governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e o ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva.

Roberto Stuckert Filho / Presidência da República

à mudança climática nos países em de-senvolvimento. Pendências deixadas pela reunião de Copenhague foram parcial-mente resolvidas..............................Pág. 2

Divulgação

Novos radares, que já operam nas 24 prin-cipais rodovias de São Paulo, detectam licenciamento em atraso e outros tipos de irregularidades.................................Pág. 6

Monitoramento inteligente aumenta segurança nas

estradas de S.Paulo

A discrepância na qualidade das institui-ções de ensino aumentou de 109 para 121 pontos. Estudo também mostra melhora na educação em São Paulo.............Pág. 12

Aumenta diferença entre escolas públicas e privadas

Page 2: Global News

Janeiro 2011 02GLOBAL NEWS

Apoi

o

115 anos

Distribução: bancas, prédios, comércios, nas lojas dos Shopping Center Norte e Lar Center, no Clube Esperia e Acre Clube. Remetido, também, a assinantes e ao Mailing List da Associação Comercial de São Paulo e também para assinantes em outros estados.

Global News Editora Ltda. Rua Salete, 345 - Santana - São Paulo/ SP - CEP 02016-001 Telefone (11) 2978-8500 - Fax: (11) 2959-1784 Novo site: www.globalnews.com.br - email: [email protected] Responsável: Cantulino Almeida (MTB 40.571) Diagramação: Maha Vihare - [email protected]: Rodrigo CasarinPublicidade: Marina Crisostemo Circulação: Daniela Crisostemo Almeida. Produção e Acabamento: Global News EditoraTiragem: 30.000 - Para anunciar ligue: (11) 2978-8500Assessoria Jurídica: Dra Cassiana Crisostemo de Almeida e Dr. Rômulo Barreto de Souza.

As matérias assinadas refletem o ponto de vista de seus autores, isentando a direção deste jornal de quaisquer responsabilidades provenientes das mesmas. A empresa esclarece que não mantém nenhum vínculo empregaticio com qualquer pessoa que conste neste expediente. São apenas colaboradores do jornal. É vetada a reprodução parcial ou integral do conteúdo deste jornal sem autorização expressa do Diretor Responsável.

Cantulino AlmeidaDiretor Responsável

EDITORIAL

Ano XII - Nº 134 - www.globalnews.com.br

ANUNCIE NO

Pelo tel.: 2978-8500

e-mail: [email protected]

www.globalnews.com.br

O Brasil é uma repúbli-ca que adotou o pre-sidencialismo.

Sistema em que o Presiden-te da República é ao mesmo tempo chefe de estado, que simboliza a nação, e chefe de governo, responsável pela ad-ministração do país.

O sistema político brasileiro foi baseado no modelo Norte Americano, com o Poder le-gislativo dividido entre Senado Federal ( que representa os es-tados) e Câmara dos Deputa-dos (representantes do povo). No total, são 513 deputados e 81 senadores (Três de cada es-tado e um do Distrito Federal) perfazendo 594 parlamentares.

O número de cadeiras que cada estado tem direito na Câ-mara varia de 8 a 70 deputa-dos, dependendo do número de eleitores. O Sistema eleitoral adotado no Brasil é complexo e a grande maioria dos eleito-res não o conhece na sua totali-dade. Para cargos do executivo (como presidente, governador e prefeito) a eleição é majoritá-ria, ou seja, ganha o candidato com maior número de votos.

Voto Distrital unifica o can-didato ao eleitor e é dentro do contexto que floresce a idéia desse voto. O voto distrital puro é àquele em que é elei-

Sistema eleitoral brasileiro é ineficiente

sem o voto distritalto um representante de cada distrito, ganha quem tiver o maior número de votos.

Exemplos: Alemanha na qual, o sistema adotado é o dis-trital misto. Os deputados são eleitos pelos distritos, ganhando o que obtiver o maior número de votos. Mas os eleitores tam-bém votam em partidos, que se-ria o voto legenda. Este voto das listas, como é chamado, serve para calcular o espaço a que o partido terá direito no parlamen-to. EUA: Os Estados Unidos, em que o Brasil se inspirou para montar o seu sistema político, utiliza o voto distrital puro. As unidades federativas são divi-didas em distritos com cerca de 100 mil habitantes cada. Para cada distrito, os partidos regis-tram um candidato eleito de ma-neira majoritária pela população do mesmo.

O Brasil precisa urgente de uma reforma política inserida no seu contexto o voto distri-tal. É uma forma para fortale-cer a democracia, apoximando o eleitor do eleito com seu voto, que é o representante le-gítimo do povo, que o elegeu e tem direito de cobrar ação de trabalho do seu parlamentar.

Países em desenvolvimento receberão até US$ 100bi ao ano com criação do fundo do climaA conferência do clima

de Cancun terminou com bate-boca diplomático,

aplausos e um fundo bilionário, os Acordos de Cancun, que re-solvem as pendências deixadas há um ano pela reunião de Co-penhague.

Porém, a proteção efetiva da atmosfera, com um acordo inter-nacional com peso de lei ficou para o futuro.

O mundo pós-Cancun continua no rumo de chegar a 2020 emi-tindo até 9 bilhões de toneladas de CO² a mais do que poderia, o que anularia as chances de man-ter o aquecimento global abaixo do nível seguro de 2ºC.

Fundo e florestaEntre as principais decisões to-

madas em Cancun está a criação do Fundo Verde do Clima, que financiará ações de adaptação e combate à mudança climática nos países em desenvolvimento.

O fundo se beneficiará de duas promessas feitas em Cope-nhague: US$ 28 bilhões a curto prazo (parte do dinheiro já está sendo oferecido e os repasses seguem até 2012) e um valor maior a longo prazo, que deve chegar a US$ 100 bilhões por ano em 2020.

Também fo i f i na lmen te acordado um mecanismo para

compensar os países tropicais pela redução do desmatamen-to, o Redd+.

Como o desmatamento respon-de por cerca de 15% das emis-sões globais, o Redd+ deverá ser uma medida de mitigação do efeito estufa barata e eficaz.

A única delegação que tentou barrar o Redd+ em Cancun foi a da Bolívia – o país de Evo Mora-les acredita que o mercado global

de carbono estimula o capitalis-mo. O país bloqueou a reunião.

A presidente da COP-16, a chanceler mexicana Patrícia Espinosa, resolveu a questão declarando o consenso por atingido. A Bolívia chamou a manobra de “atentado às regras da convenção”.

Kyoto para depoisMuitas decisões importan-

tes , porém, foram simples-mente postergadas.

A principal diz respeito à se-quência do Protocolo de Kyoto, devido à resistência de Japão, Rússia e Canadá. O acordo fala apenas em evitar um hiato na proteção ao clima após 2012, quando Kyoto expira, mas ne-nhum país fica obrigado a nada.

Metas para reduzir as emissões ainda

são modestas e nada se decidiu sobre

prorrogar o protocolo de Kyoto

Divulgação

Page 3: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 03

SantanaRua Voluntáriosda Pátria, 2201

Tel. 11 2973-6044

TremenbéRua Maria Amália L.

de Azevedo, 271Tel. 11 2204-4077

Santana ParqueShopping

Rua Cons. Moreirade Barros, 2780

Tel. 11 2208-8730

TremembéRua Maria Amália L.

de Azevedo, 271Tel. 11 2204-4077

Pequenas cidades têm os maiores PIB´s

per capita do paísOs maiores PIB´s per

capita em 2008 ficaram com municípios de bai-

xa densidade demográfica. A lista é encabeçada por São Fran-cisco do Conde (BA), que abriga a refinaria Land u l p h o A l ves, da Petrobrás. A localidade alcançou PIB per capita de R$ 288.370. Porto Real, no interior flumi-nense, vem em seguida com R$ 203.561, graças à uma unidade da montadora PSA Peu-geot Citroen. No terceiro colo-cado, Triunfo (RS), onde está o pólo petroquímico que tem a presença da Braskem, o valor chegou a R$ 181.332.

As altas cifras, entretanto, não implicam necessariamen-te uma melhora na situação fi-

nanceira da população. “O PIB não representa uma apropriação da renda pela população, que é o que gostaríamos”, comenta Sheila Zani , coordenadora da pesquisa do PIB dos mu-nicípios, do IBGE. O indica-

dor é a divisão das riquezas geradas pelo município pelo número de ha-bitantes.

Os menores PIB per capita do país foram registrados em J a c a r e a c a n -

ga (R$ 1.721) e Curralinho (R$ 1.899), ambas no Pará.

Já na relação dos dez municí-pios com menor PIB, em valor absoluto, seis são do Piauí. Os dois mais baixos são São Miguel da Baixa Grande (R$ 6,5 milhões) e Santo Antônio dos Milagres (R$ 6,8 milhões) ambos no Piauí.

São Francisco do Conde, na Bahia, que

abriga a refinaria Landulpho Alves, é o município mais rico

do Brasil

Anatel recebe propostas para fazer leilão da Banda H

Edital de licitação para o leilão da banda H já foi adquirido por 14 interessados, entre eles Vivo, Claro e Nextel

A Agência Nacional de Te-lecomunicações (Anatel) recebe as propostas de

preços e os documentos de iden-tificação e de habilitação para a licitação da banda H, última fai-xa de frequência disponível para uso da tecnologia 3G e sobras de faixas do Serviço Móvel Pes-soal (SMP). O credenciamento dos representantes das empresas interessadas ocorrerá entre as 8h30 e 10h. O aviso foi publi-cado na edição do Diário Oficial da União (DOU).

O edital de licitação para o leilão da banda H já foi adqui-rido por 14 interessados. São eles: Americel S.A. (presta-dora incorporada pela Claro); Azevedo Sette Advogados, Claro S.A.; CTBC Celular S.A.; Nextel Serviços de Te-lecomunicações Ltda., Nextel Telecomunicações Ltda.; Sin-dicato Nacional das Empresas

de Telefonia e de Serviço Mó-vel Celular e Pessoal (Sindi-Telebrasil); TIM Celular S.A., TNL PCS S.A. (Telemar, que controla a Oi); Vivo Partici-pações S.A.; Vivo S.A.; 14 Brasil Telecom Celular S/A.

(incorporada pela Oi); Bri-solla Advogados Associados; Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Romano Advogados. O documento está disponível no site da Anatel (www.ana-tel.gov.br) para consulta, mas para participar do leilão é ne-cessário comprar o edital, que custa R$ 200.

O ponto que foi alvo de críticas é a regra que impede a participação das atuais prestadoras

na disputa

Conforme o edital publicado, as operadoras que já têm faixas de frequência para uso do 3G só poderão participar do leilão caso não haja nenhum novo entran-te interessado para arrematar as faixas agora ofertadas. Por essa regra, Vivo, Claro, TIM e Oi não poderiam participar do processo de licitação.

O SindiTelebrasil, que re-presenta as empresas, e a Oi entraram com pedido de impugnação do edital do lei-lão, mas a Anatel negou o pedido. O ponto que foi alvo de críticas é a regra que im-pede a participação das atu-ais prestadoras na disputa. O argumento utilizado pelas empresas é que tal proibição cria um entrave à oferta dos serviços e ao atendimento da demanda, sem a liberação das novas faixas para as empresas que já atuam no mercado.

Page 4: Global News

Janeiro 2011 04GLOBAL NEWS

LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSOPresidente da OAB-SP, Advogado criminalista, mestre e doutor pela USP

A redução do número de recursos torna a justiça mais ágil? Não. Recursos são salvaguardas dos cidadãos

O litígio que o cidadão leva para a Justiça em busca de uma solução

rápida acaba sempre concor-rendo com outro problema inerente à máquina do Judici-ário: a morosidade da Justiça, que agrega um sofrimento a mais para advogados, magis-trados e promotores e para o jurisdicionado, que não en-contra celeridade no provi-mento jurisdicional.

Mas atribuir ao número de recursos previstos em lei a lentidão processual constitui um equivoco. A Justiça dos homens é falível como falível é o homem. O trabalho do ad-vogado é garantir uma senten-ça justa e, para tanto, recorre de uma decisão que pretende seja reexaminada, num siste-ma que visa diminuir, o quan-to possível, os erros. A defesa tem como missão resguardar o amplo direito de defesa e o contraditório da parte, agindo com independência e ética. E, caso não assegure ao seu cliente todos os recursos es-tabelecidos na legislação, da primeira à instância superior, não estará à altura da confian-ça que lhe foi depositada.

Mas há, sim, um gargalo re-cursal do sistema processual brasileiro voltado a atender o próprio Estado, suas autarquias e fundações, que dispõem de prazo em quádruplo para res-ponder e de prazo em dobro para recorrer. Portanto, a lei prevê o emprego de recurso obrigatório para decisões con-tra o Estado, até porque, não seria absurdo admitir que é do interesse do ente público adiar o pagamento de suas dívidas . Um exemplo irrefutável disso são os precatórios, sentenças judiciais transitadas em julgado, cujo pagamento não se cumpre, se protela. Portanto, a prática da excessiva interposição de recur-sos e manobras protelatórias são práticas comuns ao Estado.

CÍVEL - FAMÍLIA - TRABALHISTA - CRIMINAL - CONTRATOS

Dra. Cassiana Crisostemo de Almeida

Rua Salete, 345 - Santana - São Paulo - SP Tel: (11) 2978-8500 / 7573-1858email: [email protected]

ADVOGADA

Por óbvio, a morosidade da Justiça atropela direitos e não tem uma causa única. A auto-nomia financeira do Judiciário, prevista na Constituição Fede-ral , mas não viabilizada pelos Estados, está entre as causas mais visíveis. Em São Paulo, o maior tribunal do país com 20 milhões de processos em tramitação, houve corte orça-mentário. Portanto, faltarão re-cursos para instalar 200 Varas já criadas, ampliar o número de magistrados , concluir a infor-matização, modernizar a gestão e fazer a reposição inflacionária no salário dos servidores. A so-matória desses fatores terá re-flexos negativos sobre a Justiça bandeirante durante a próxima década se nada for feito.

A cultura do litígio também é outro obstáculo a ser venci-do na busca pela celeridade judicial, inclusive entre os próprios operadores do Direi-to. Ainda há muita resistência às formas alternativas de solu-ção de conflito, como a media-ção, conciliação e arbitragem, sendo que esta última embora seja alvo de um diploma legal dos mais avançados ficou es-tagnada por anos à espera da conclusão do debate sobre sua constitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal .

A eternização dos feitos judi-ciais não interessa a ninguém, sendo que a simplificação do rito processual e a duração razoável dos processos, metas almejadas por todos que militam no Di-reito . Por isso, nos preocupa as reformas em curso do Código de Processo Civil e do Código de Processo Penal. Sob a justifica-tiva de reduzir o tempo de anda-mento dos processos, propõem-se nos dois textos a extinção de recursos que, em nosso en-tender, implicam na redução de salvaguardas aos direitos dos ci-dadãos. Ao invés de se diminuir recursos, se deveria diminuir o tempo para julgá-los!

Indústria perde R$ 17,3 bi e deixa de criar 46 mil vagas de

emprego com importaçõesParticipação da indústria de transformação no PIB caiu de 27% para 16% nos últimos 20 anos; para setor,

quadro é de difícil reversão

Pressionada pelas importa-ções, a indústria brasileira de transformação perdeu

R$ 17,3 bilhões de produção e deixou de gerar 46 mil postos de trabalho em apenas nove meses de 2010. A informação é de um estudo inédito da Federação das Indústrias do Estado de São Pau-lo (Fiesp) que mediu o impacto que o processo de perda relativa do setor na formação do Produto Interno Bruto (PIB) apresenta na economia brasileira.

Em dois anos, o chamado coe-ficiente de importação, que mede o porcentual da demanda interna suprido por produtos vindos do exterior, subiu quase dois pontos. Passou de 19,6%, no acumulado de janeiro a setembro de 2008 (pré-crise), para 21,2%, no mes-mo período de 2010.

Se o setor não tivesse perdido participação para os produtos es-trangeiros, as importações do se-tor cairiam de R$ 232,4 bilhões para R$ 215,1 bilhões, segundo a Fiesp. Ao mesmo tempo, a pro-dução doméstica subiria de R$ 1,055 trilhão para R$ 1,072 tri-lhão. Esse crescimento da produ-ção, de 1,6%, geraria aumento de 0,58% do emprego industrial.

“O País não pode se dar ao luxo de abrir mão de sua indústria na sua es-tratégia de desenvolvimento”, afirma o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

No fim dos anos 1980, a indús-tria de transformação representa-va 27% do PIB brasileiro. Hoje, baixou para 16%, calcula a Fiesp

com base na nova metodologia do Instituto Brasileiro de Geo-grafia Estatísticas (IBGE), adota-da a partir de 2007.

“É uma equação difícil de ser resolvida e não tem solução de curto prazo”, diz Paulo Franci-ni, diretor do departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp. “Além do problema do cambio valorizado, há a questão do custo Brasil, que acentua a perda de competitividade da nos-sa indústria”.

Não é de hoje que a indústria vem perdendo espaço. “O País está se desindustrializando desde

Espaço reservado para fazer promoção dos produtos de sua loja.

A propaganda é a força que falta no

seu negócio!

Anuncie!Tel.: (11) 2978-8500

www.globalnews.com.br

1992”, diz o ex-ministro da Fazen-da Luiz Carlos Bresser-Pereira.

Para ele, o Brasil perdeu a possibilidade de “neutralizar a tendência estrutural à sobrepo-sição cíclica da taxa de câmbio” quando fez a abertura financeira, no quadro de acordo com o FMI. “Em consequência, a moeda na-cional se apreciou, as oportuni-dades de investimentos lucrati-vos voltados para a exportação diminuíram, a poupança caiu, o mercado interno foi inundado por bens importados e muitas empresas nacionais deixaram de crescer ou mesmo quebraram.”

Page 5: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 05

GAUDÊNCIO TORQUATOJornalista, professor titular da USP e consultor político.

A grandeza e a pequenez na política

DeGaulle tinha exata noção de que ao polí-tico, como ao artista,

é necessário o dom, moldado pelo ofício. Cercava-se de cuidados com a expressão, ensinando: “Os maiores me-dem cuidadosamente as suas intervenções. Fazem delas uma arte.” Tempos grandio-sos aqueles em que as plateias se encantavam com a arte dos grandes mestres da palavra. As sentenças continham boas lições e o poder de mobilizar e atrair a atenção das massas. “Não tenho nada a oferecer-vos senão sangue, sacrifício, suor e lágrimas”, declama-va Churchill a ingleses ine-briados com ofervor que o primeiro-ministro imprimia à convocação de guerra. “Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer por seu país”, proclamava o presidente John Kennedy em seu discurso de posse, elevando o orgulho norte-americano. Pouco a pouco, a névoa do tempo tor-nou esquecidas asmais belas páginas da História. A corti-na desceu sobre os palcos do esplendor e a era dos tribunos foi fechando portas, sob o eco da locução de Nietzsche no cume do penhasco nos Alpes de Engadine: “Vejo subir a preamar do niilismo.” A polí-tica apequenou-se. Os atores despiram-se dos mantos litúr-gicos que os cobriam de reve-rência. E, assim, os mais altos ideais, torpedeados pelas em-boscadas da modernidade po-lítica, foram suplantados por interesses mercantilistas.

Governantes de nações do Primeiro Mundo veem sua imagem embalada em escân-dalos e, pasmem, sob acu-sações de envolvimento em casos sexuais com menores e garotas de programa. É o que se diz do primeiro-ministro

Berlusconi, da Itália. Correspon-dências devassadas pelo WikiLe-aks mostram como as potências consideram parceiros e adversá-rios. A uma pauta de preconcei-tos se somam digressões sobre ocaráter (criticado) de figuras públicas. Por aqui, a corrosão também é intensa. O nosso siste-ma político, no fluxo da crise que fere a democracia representativa em todo o mundo, é balizado por um conjunto de elementos nega-tivos: fragmentação partidária, desmotivação das bases, pasteu-rização ideológica, perda de for-ça das Casas congressuais e su-pervalorização dos Executivos. Também entre nós, o campo da expressão é mostra do esburaca-do estado da arte política.

A cada dia a galeria de ga-fes ganha uma nova peça. Na semana passada foi a vez do governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, que, puxando o argumento de que o dever conclama todos a pisarem na realidade, assim falou: “Quem aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?” Ao de-fender a absurda hipótese sob forte convicção - “vamos enca-rar a vida como ela é” -, talvez lhe tenha escapado a conclusão de que, levando ao pé da letra a peroração para cerca de 400 empresários, tirando as exce-ções de praxe, a conta dos abor-tos ultrapassaria acasa dos 300. Sua indagação é uma aleivosia, uma falseta, um exagero; ade-mais, defender a legalização do aborto sob o argumento de que sua prática é generalizada é pinçar um sofisma. Por último, a questão da hipocrisia: se há real interesse em extirpar a fal-sidade que cerca a vida cotidia-na, o orador deve incluir outros fatores que não apenas aqueles que realçam um discurso para agradar a plateias.

Certos homens públicos es-quecem que portam o dever de compartilhar ideário, rotinas e

ações com a coletividade. Seu mandato não lhes pertence. É do povo. Portanto, o que pensam e o que dizem devem integrar as demandas da parte da sociedade que os elegeu. O chiste, a piada pronta, a improvisação, o jeito brincalhão de animar audiências - elementos que se imbricam ao modo brasileiro de ser - hão de ser devidamente controlados e ajustados aos momentos, sem firulas, sob pena de se transfor-marem em bumerangues contra os porta-vozes. Foi assim com o próprio Lula, que, em momento de descontração, cometeu algu-mas apelações. Com Maluf, que-nunca se livrou do indefectível “estupra, mas não mata”. Com Marta Suplicy, que, ministra do Turismo, não se conteve e, ante o caos aéreo, saiu-se com o “relaxa e goza”. Ou o incontrolável Ciro Gomes, recordista de frases de péssimo gosto.

É sabido que entre a arte (dra-mática ou política) e o artifício existem relações. Os políticos, como os atores teatrais, exercem papéis. Explica-se, assim, como a teatralização da vida pública gera simulação, mentiras ou fal-sas versões. Sob o abrigo da re-presentação, os atores políticos desempenham também roteiros. Alguns tentam fazê-lo de ma-neira decente, inspirando-se no ideário original da política, que é o de bem servir à comunidade; outros exageram na interpretação do papel, fazendo uma figuração artificial e distante das expecta-tivas de suas bases. E, por fim, existem os figurantes que, a pre-texto de defender a verdade, a sinceridade, a expressão do cora-ção, acabam cometendo tolices. A política incorpora uma liturgia própria, com ritos, costumes, semântica e estética. Seus inte-grantes precisam seguir à risca ditames, valores e princípios que a inspiram. Sem fazer dela um teatro de ilusão. Ou palco para representação de sua ópera-bufa.

40 ANOS

Apareça!Anuncie no

Tel.: (11) 2978-8500

[email protected]

www.globalnews.com.br

Leroy Merlin oferece teste de ferramentas

aos clientesClientes podem experimentar as ferramentas e obter dicas de utilização em serviço exclusivo da loja Lar Center

A nova loja Leroy Merlin Lar Center inaugurou em dezembro de 2010 e com

novidades. Um dos diferenciais que o cliente mais se identifica é o teste de ferramentas. “Coloca-mos um box na seção que oferece ao cliente a possibilidade de ma-nuseio, com dicas e informações técnicas, orientação de utilização e soluções inovadoras. Tudo para que o consumidor descubra a fer-ramenta correta para o seu dia-a-dia ou sua atividade”, explica o diretor da loja do Lar Center, Guillaume Beaubreuil.

A Leroy Merlin Lar Center está localizada em prédio exclusivo no Lar Center, Av. Otto Baum-gart, 500, em frente ao Shopping Center Norte. O horário de fun-cionamento é de segunda a sába-do, das 8h às 22h, e nos domin-

gos e feriados, das 10h às 20h. O telefone é (11) 4083-1300.

Divulgação

A Nova Comunicaçãowww.erabrasilrevista.com.br

REVISTA

Page 6: Global News

Janeiro 2011 06GLOBAL NEWS

PROF. DR. VALMOR BOLANReitor do C. Universitário Sto. André

Começa o governo Dilma

Há muitos fatores que in-dicam apreensão sobre o governo Dilma Rous-

sef. Até hoje ninguém entendeu ainda muito a razão pela qual Lula teria escolhido tão enfati-camente a ex-ministra da Casa Civil para sucedê-lo. É interes-sante observar que o próprio Hugo Chávez, num vídeo que percorreu a Internet, diz que “a Dilma é da linha dura do PT”. Com Lula, foi possível evitar a expansão dos xiitas petistas, controlar os fundamentalistas da esquerda e fazer o governo conciliatório que permitiu al-cançar o elevado índice de po-pularidade, no final do governo. Os ministros da Presidente (ou Presidenta como ela gosta que lhe chamem?) já disseram que vão trabalhar para a implantar o PNDH3, sem temer as críticas que o Plano recebeu quando de sua apresentação em dezembro de 2009, pois desta vez a ação para executar o Plano Nacional de Direitos Humanos será in-tegrada, com a participação de todos os Ministérios. E se Hugo Chávez estiver mesmo certo, sendo a Dilma mais pulso forte que Lula nas questões do xiis-mo petista, então, é ver como é que as coisas vão acontecer.

No entanto, se Dilma lutou contra a ditadura – como gosta de se orgulhar – não é a mesma coisa que agora querer implan-tar um novo estado totalitário no País, se realmente os pon-tos mais polêmicos do PNDH3 forem executados? Maioria no Congresso a nova Presidente já tem (me recuso a chamar de presidenta, pois é um atentado à gramática portuguesa, por-que daí eu teria que dizer que fulana está contenta, ciclana é valenta, beltrana é sorridenta, e por aí afora!). Em respeito à língua de Camões e Fernando Pessoa, conhecida como a pura flor do Lácio, me recuso a cha-mar a chefe de presidenta.

Mesmo assim, a Presiden-te Dilma terá problemas na gestão política. Ela não teve a escola de Lula, que come-çou como líder sindical, onde aprendeu a fazer negociações;

nem foi como Lula deputado federal, tendo vivido no par-lamento, tido ao menos esta experiência importante para errar menos no exercício de uma função que exige grande habilidade política. Tanto Lula quando FHC já haviam tido experiência no Congresso ou mesmo num Governo estadu-al antes, como tiveram Itamar (que era senador), Collor (go-vernador de Alagoas), Sarney (governador do Maranhão), etc. Se Dilma já registrou o feito de ser a primeira mulher presidente, será também a pri-meira (na Nova República) sem experiência política.

Isso conta e muito, porque agora no início do mandato vi-mos que não foi fácil conter a conhecida gula do PMDB por cargos, tendo que ter voltado atrás na decisão da nomeação dos cargos de segundo escalão. A meu ver, foi um erro político ter escolhido um vice-presi-dente forte, de tão grande ape-tite pelo poder (por outro lado, pode se supor que o PMDB não tenha deixado alternati-va ao Lula). A Presidente vai ter muita dor de cabeça com o PMDB. Fernando Henrique teve mais sabedoria escolhen-do o nada pretensioso Marco Maciel para vice, assim como Lula com José de Alencar, que o máximo que fez foi criticar a alta dos juros. Problema pode arrumar Michel Temer, que tem um PMDB ávido de poder, e que nunca conseguiu uma Presidência da República, nem mesmo quando poderia ter feito Ulisses Guimarães presidente, na crise por conta da morte de Tancredo Neves. Mas acabou ficando a presi-dência para Sarney, como to-dos sabemos. Por outro lado, Dilma tem se comportando bem até agora: fala pouco, age com frieza, é prudente. Por en-quanto, impressiona bem.

Agora é acompanhar e ver no que vai dar o andar da car-ruagem. E...que Deus a livre da voracidade dos políticos (de todos os partidos, a partir do seu PT).

Radares inteligentes ampliam segurança nas estradas de SPMonitoramento já está em operação nas 24 principais

rodovias do Estado

O Estado está ampliando a segurança dos usuários das 24 principais rodovias

paulistas por meio da instalação de radares inteligentes. O então go-vernador Alberto Goldman visitou o posto da Polícia Rodoviária em Araçariguama, no km 46 da Rodo-via Castello Branco – mais um que conta com a tecnologia.

Com isso, veículos de todos os Estados brasileiros que estiverem com o licenciamento em atraso, ou qualquer outra irregularidade, já estão sendo flagrados pelo sistema de monitoramento eletrônico OCR (Reconhecimento de Caracteres Ótico), composto por 42 radares inteligentes. Após abordagem po-licial, os veículos serão multados e recolhidos em um pátio, até que o licenciamento seja regularizado.

Esses equipamentos já têm detectado com sucesso veícu-los roubados, furtados ou com pendência judicial que estejam circulando pelas rodovias esta-duais de São Paulo, colaborando decisivamente com o trabalho da Polícia. Eles também monitoram e punem motoristas que ultrapas-sam os limites de velocidade.

“Os radares não só fazem o papel de controle de velocidade, mas eles captam através da placa a informação se esse veículo está com o licenciamento em dia ou não, se tem alguma irregularida-de inclusive do ponto de vista de um carro que foi roubado ou que tenha participado de algum as-

salto em algum momento ou que tenha participado de algum ato policial. Inclusive verifica se esse carro também tem algum proble-ma de ordem judicial e fazendá-ria”, acrescentou o governador.

O índice de roubos e furtos de veículos está em queda no Estado de São Paulo há uma década. Dimi-nuiu 58,4% – de 493 casos por gru-po de 100 mil veículos, no segundo trimestre de 2000, para 205/100 mil, no mesmo período deste ano.

EficáciaEm apenas quatro segundos, os

radares inteligentes fazem a leitu-ra das placas dos veículos, consul-tam o banco de dados e repassam as informações para a Polícia Militar Rodoviária. A tecnologia também permite que as forças de segurança do Estado identifiquem rapidamente veículos em fuga que participaram de delitos.

O sistema OCR garante infor-mações de âmbito nacional, em tempo real, porque está conecta-do aos bancos de dados das Se-cretarias Estaduais da Fazenda, dos Transportes, da Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Estadual, do Departamento Es-tadual de Trânsito e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Secretário dos Transportes de São Paulo, Mauro Arce afirma que os radares inteligentes funcionam como uma excelente ferramen-ta de gestão: “Os equipamentos

estimulam os motoristas a terem sempre a documentação dos seus veículos em dia, e também incen-tivam a obediência às velocidades permitidas nas estradas”.

O Governo de São Paulo in-vestiu 6,5 milhões de reais no OCR. Em meados de dezembro, já será possível fazer um balan-ço do impacto no índice de re-cuperação de veículos roubados, furtados ou com pendências ju-diciais. “O investimento nessa tecnologia é um grande benefí-cio para todos”, diz o secretário adjunto dos Transportes do Es-tado, Sílvio Aleixo.

Segurança reforçadaExatos 95% do que for arreca-

dado com as autuações nas ro-dovias paulistas serão investidos em segurança, como determina o Código de Trânsito Brasileiro (CBT). Os recursos serão aplica-dos no aprimoramento da sinali-zação, engenharia de tráfego e de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Os 5% res-tantes serão destinados ao Fundo Nacional de Segurança e Edu-cação (FUNSET), órgão federal administrado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

O Instituto de Pesquisas Tecno-lógicas (IPT) testa 61 radares in-teligentes móveis. Esses equipa-mentos serão operados dentro das viaturas da Polícia Militar Rodo-viária, o que dará mais agilidade ao patrulhamento nas estradas.

Divulgação

Page 7: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 07

SPACO da SAÚDE BELEZA e ESTETICAE

CONHEÇA O NOVO ESPAÇODA BELEZA E BEM ESTAR

Depilação

2283-2653R. Dr. César, 243 - 2º andar - Santana

Perna Completa R$ 19 / Meia Perna R$10 / Virilha R$7

Gel reconstrói mama após retirada de tumor

Cirurgiões do hospital Germans Trias i Pujol, em Barcelona, desenvolveram um gel de plaquetas que

restitui o volume da mama após a extração do tumor, colocado no mesmo ato cirúrgico e permite conservar o formato do seio.

A técnica, elaborada em colaboração com o Banco de Sangue e Tecidos da Universidade Autônoma de Bar-celona, é pioneira no mundo e já foi aplicada em 50 mulheres com bons resultados, como informa o centro em comunicado.

Conforme os médicos, as plaquetas são obtidas do san-gue de um doador e com elas é elaborado um gel com uma consistência similar à da mama, que restitui o volume e regenera paulatinamente as fibras de colágeno perdidas.

Embora circulem pelo sangue, as plaquetas não são cé-lulas, mas fragmentos celulares, de modo que, embora se-jam de um doador, não geram rejeição do receptor. Além disso, contêm fatores de crescimento e imunomodulado-res que aceleram a reparação e regeneração do tecido.

A nova tecnologia foi patenteada pelo hospital e o insti-tuto Germans Trias, a Universidade Autônoma de Barce-lona e o Banco de Sangue e Tecidos.

Page 8: Global News

Janeiro 2011 08GLOBAL NEWS

PROF. LEONARDO PLACUCCIReitor da Uni Sant’Anna

Colocando nosso país nos trilhos

O Brasil está descarrilan-do, sem rumo no de-senvolvimento, preci-

samos colocar o país nos trilhos.Estamos iniciando um novo

governo e precisamos refletir muito sobre o andamento e direção do país. A nação está cansada de tanta corrupção e bandalheira e precisamos ter coragem para mudar essa si-tuação. A desigualdade social persiste e agrava-se no Brasil, enquanto vem multiplicando denúncias de corrupção alia-das a sensação de impunidade, que estão escandalizando cada vez mais a sociedade.

Este quadro indica que está fal-tando ética na atividade política com as lideranças não se consti-tuindo como deveriam, além do referencial ético para a sociedade.

É preciso estimular e bus-car a vivência por toda a so-ciedade, dos padrões éticos que podem consolidar nossa democracia e criar condições para obter a solução de nossos problemas sociais.

Como o país pode andar sem ética e com muita corrupção, que tipo de desenvolvimento econômico vigente o Brasil tem gerado estrutura e sistema-ticamente? Situações práticas característica dos princípios éticos que, com desigualdade crescente, gera injustiça, rom-pem laços de solidariedade, reduz ou extinguem direitos, lançando populações inteiras e condições de vida cada vez mais indignas.

ANUNCIE NO

Pelo tel.: 2978-8500www.globalnews.com.br

E tudo isso convive com situ-ações escandalosas, como o en-riquecimento ilícito de alguns, impunidade de outros e pros-peridade da hipocrisia política de muitos. Afinal, a hipocrisia será de todos, se todos não rea-girem eticamente para fazer va-ler plenamente os direitos civis, políticos e sociais proclamados por nossa constituição. Cons-truir uma sociedade livre, justa e solidária garante o desenvol-vimento nacional. Erradicar o problema e a marginalização é reduzir as desigualdades so-ciais e regionais.

O fato de o sistema econômi-co parecer ter vida própria inde-pende da vontade dos homens, contribui para ofuscar a res-ponsabilidade ética dos que es-tão em seu comando. O sistema econômico mundial, do ponto de vista dos que o comandam, é uma vasta e complexa rede de hábitos contestados e de compromissos reciprocamente assumidos, o que faz parecer que sua responsabilidade ética individual não existe.

Os governos que iniciaram devem lutar para acabar com a corrupção, fechando o ca-minho da impunidade que nos invade com indignação. A vida é transparente e tudo deve ser feito às claras, porque o cida-dão tem o pleno direito de ser informado. Nenhuma esperan-ça poderá ser concretizada se esses requisitos básicos não forem o objetivo fundamental de nossas vidas.

REGINA C. F. A. GIORAMestra e doutora em Psicologia Social pela USP

Hora e vez de um salto qualitativo na educação

“Não pretendemos que as coisas mu-dem se sempre

fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criativida-de nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os des-cobrimentos e as grandes estraté-gias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar “superado”.

Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desa-fios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para supe-rá-la”. Albert Einstein

Começo com essa citação de Albert Einstein com a qual con-cordo plenamente. Momentos de crise são muito bem vindos em todos os setores da nossa vida, pois sinalizam a necessi-dade de mudanças, principal-mente as chamadas radicais.

No que concerne à Educação, há décadas, ouço falar de crise, que, aliás, tem raízes históri-cas bem definidas, mas até hoje

observo que muito pouca coi-sa foi feita para que houves-se mudança qualitativa para melhor. Não nego que alguns projetos e programas educa-cionais apareceram no cená-rio nacional, mas a maioria

aconteceu de forma atabalhoada e mais atrapalhou que ajudou. Ações pontuais, bem sucedidas, infelizmente, não tiveram con-tinuidade por razões meramente políticas. É sempre bom lem-brar, entretanto, que tivemos – e ainda temos, grandes educado-res, que apresentaram propostas criativas e inovadoras, mas aqui encontraram um clima pouco favorável para que fossem via-bilizadas e acabaram fazendo enorme sucesso fora.

Após a segunda guerra mun-dial, tivemos também a oportu-nidade de observar experiências educacionais bem sucedidas principalmente na Europa e Es-tados Unidos, e, mais recente-mente, nos países chamados emergentes. Essas experiências poderiam ter nos inspirado. O problema é que a educação, principalmente a básica, está atrelada a diferentes interesses e definitivamente não tem sido prioridade máxima para nossas lideranças políticas e econô-micas. Muda o comandante do navio, mudam os rumos, mes-mo que nesses estejam previstos vento forte e tempestades.

Não sou ingênua, nem român-tica o suficiente para acreditar que um investimento maciço na educação por si só resolve-rá nossos inúmeros problemas, mas sem perder o otimismo es-tou certa de que uma educação de qualidade possa colaborar, sim, decididamente na forma-ção de uma consciência cida-dã crítica, isto é, reflexiva, que certamente nos colocará ao lado dos países que não se conten-tam apenas em crescer, mas que almejam um desenvolvimento social sustentável.

Aumentar o número de esco-las não é suficiente. Aliás, em tempos de novas tecnologias, a sala de aula, bem ao estilo me-dieval, se tornou obsoleta. Pre-

cisamos do apoio das “escolas paralelas”, ou seja, das mídias, em especial da televisão que hoje penetra em quase 100% dos la-res brasileiros. Quem disse que entretenimento não educa? Pro-jetos que envolvam o ensino a distancia precisam ser apoiados. A Espanha é o exemplo maior. A Internet é outra ferramenta pode-rosíssima, que ainda não foi ex-plorada plenamente.

Investir na formação de profes-sores para todos os níveis também é fundamental. Sem capacitação profissional é impossível falar-mos de qualidade. Os cursos de licenciatura foram cada vez mais se tornando ausentes nas univer-sidades. Milhares de jovens se desencantaram com o magistério. Por que será que isso aconteceu? Professor não nasce pronto. E de-pois de pronto, é necessário que seja valorizado. Capital acadêmi-co é o que uma instituição educa-cional tem de mais valioso.

Você colocaria alguém que nunca teve noções de música para reger uma orquestra? Al-guém que não entendesse das regras de futebol e nunca tivesse pisado num campo, para jogar ou apitar uma partida, pelo simples fato dessa pessoa ser sua amiga ou do seu partido? Você entra-ria num avião se soubesse que o piloto responsável é apenas um curioso ou um mero aprendiz? Educação de qualidade exige pessoas que entendam do risca-do. Precisamos colocar as pes-soas certas nos lugares certos, quer na administração, quer na prática docente. Pessoas éticas, comprometidas com nossos mais caros valores republicanos, pes-soas sensíveis, apaixonadas pelo que fazem e com entusiasmo su-ficiente para contagiar seus pares e neutralizar seus impares.

Melhor pode ficar, mas é pre-ciso vontade política e o apoio maciço de todos.

Page 9: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 09

Promoção especial de VerãoNão perca essa oportunidade!

Page 10: Global News

Janeiro 2011 010GLOBAL NEWS

Que pais e professores não se questionam diante de nossas

crianças e jovens, pensando: o que posso fazer para ajudá-los a desen-volver seu potencial, colaborando para a formação de seres equilibra-dos e autônomos, capazes de lidar com as adversidades que com cer-teza enfrentarão?

Formar requer dedicação e in-vestimento: emocional, de tempo e mesmo econômico. Diante de um projeto tão complexo, é natu-ral a emoção frente ao término de uma etapa tão importante, como a finalização do Ensino Médio.

Assim foi o nosso encontro no dia 04 de dezembro de 2010, no Clube dos Oficiais: uma enorme emoção, com gosto de saudade das meninas de azul e dos rapa-zes sorridentes, todos orgulhosos do momento vivido e do processo pelo qual passaram, e com razão.

Marlene Desidério ChecchettoCoordenação Núcleo de Idioma – Colégio Imperatriz Leopoldina

Todos fizeram o seu melhor: pais, professores, instituição e alunos.

A grande festa teve o Oscar como tema e não faltaram impor-tantes protagonistas das histórias que se desenrolaram ao longo de tantos anos de convivência. A dire-tora pedagógica, Silvana Figliola, presidiu a mesa da solenidade de formatura, também composta pela diretora administrativa, Sra. Eve-lyn Beck Matthes e pela diretora de Recursos Humanos, Sra. Carla Beck Ramos, pelo presidente da Associação Cultural e Beneficente de Santana, Sr. Andreas Matthes, pelo coordenador do Ensino Mé-dio, Sr. Mario Sasai, pela coor-denadora de alemão da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, Sra. Magda Balsan, por mim, co-ordenadora do Núcleo de Idiomas, Marlene Desidério Checchetto e pela coordenadora de eventos, Sra. Norma Porto Burger, além do Pro-

fessor Marcelo Barão.

Dona Silvana lembrou com es-pecial carinho o fato de que mui-tos iniciaram sua jornada escolar com ela, como coordenadora da Educação Infan-til, e também de nosso querido patrono, Sr. João Ricardo Beck, o qual dedicou sua vida à instituição e que certamen-te ficaria muito honrado com a homenagem que lhe foi prestada e principalmente com a excelên-cia dos forman-dos presentes. O professor de física, Marcelo Barão, para-ninfo da turma, juntamente com o professor Gil-mar Mignaco, iniciou seu dis-curso, citando o grande escritor alemão Goethe: “A alegria não

está nas coisas, mas em nós.”, para expressar sua gratidão e felicidade por ser o padrinho dos formandos 2010. A respeito da condução e orientação do conhecimento, res-saltou que é o conhecimento o res-ponsável na difícil tarefa de salvar o planeta e os homens de si mesmos. À confiança dos pais depositada em nossa instituição por tantos anos, agradeceu especialmente e compa-rou a escola a um grande alicerce necessário para a construção de um edifício para que o terreno não ceda. Reviveu fatos inesquecíveis, como os ocorridos durante o desenvolvi-mento dos projetos da ponte de ma-carrão e do lançamento dos fogue-tes, além dos poemas, dos discursos afetuosos dos alunos e das músicas que eles apresentaram no último sarau, como a do Renato Russo: “O pra sempre, sempre acaba, mas nada vai conseguir mudar o que ficou.”

O próximo encontro oficial, mas esperando que vocês nos visitem com frequência, ficou marcado para daqui a dez anos, no CIL, quando o recipiente “Presságio” será aberto e as cartas escritas pe-los alunos e pelo Prof. Barão serão lidas e “conferidas”. A guardiã das mesmas é a nossa diretora Silvana.

O Prof. Marcelo desejou a to-dos, em nome do corpo docente, que façam uma excelente escolha profissional, pautada não pela se-dução do dinheiro e poder, mas sim por um ideal de vida, pois

“somente os idealistas podem mudar o mundo!”

Igualmente intensas foram as mensagens deixadas pelo Prof. Gilmar, que há tantos anos lecio-na muito mais do que matemática para os alunos do CIL: votos de coragem, esperança e maturidade no novo caminho que se inicia. Não se pode esquecer de que na formação não basta falar à inteli-gência, é preciso, sobretudo, tocar o coração, permutar afetos. Os educadores do nosso colégio de-sejam-lhes as bênçãos do mundo.

Os formandos prestaram ho-menagens calorosas ao colégio e a todos os profissionais que os acompanharam até agora, desta-cando as figuras do Prof. Ramiro, da Profª Terezinha e da auxiliar de coordenação, a querida Marta. As palavras dos oradores Gustavo Fi-tas Manaia e Paula Crepaldi Cam-pião nos deixaram gratificados e motivados para continuarmos com nosso trabalho de educadores.

Em nome de toda a turma, outros colegas do Ensino Médio também se manifestaram, lembrando do papel fundamental de seus pais e familia-res e ainda dos próprios colegas.

O Coordenador do EM, prof. Sa-sai, fechou a solenidade, fazendo com que os alunos alçassem voo rumo ao futuro. E todos cantaram, dançaram e confraternizaram pela noite adentro.

Viel Glück und viel Erfolg, lie-be Schüler!

EducaçãoColégio Imperatriz Leopoldina: Formatura 2010 – Colação de Grau e Baile do 3º Ano do Ensino Médio

Divulgação

Page 11: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 011

Formatura do CAAPE emociona professores, alunos e convidadosCapacitação, aprendizado e vontade de vencer dos jovens

O CAAPE (Centro de Apren-dizado e Apoio ao Primeiro

Emprego) oferece aos jovens a oportunidade de aprender uma profissão. Os alunos possuem aulas teóricas, fazem estágios e são contratados pelas ermpresas. Esta oportunidade que o CAA-PE oferece aos jovens que o pro-curam é única e completa.

Regina Gomes, presidente atu-al da entidade nos revela: “Nos-so objetivo é colocar jovens no mercado de trabalho. Eles estão aptos para atuar no segmento de sua escolha, de acordo com os cursos que disponibilizamos. Muitos empresários nos ligam elogiando o desempenho dos nossos alunos e realizam a con-tratação efetiva. O que para nós do CAAPE é motivo de orgulho e satisfação. Para os alunos são uma oportunidade de vencer, crescer e ajudar suas famílias. Eles agarram a chance de mudar

de vida e desenhar um futuro muito melhor”.

A formatura foi repleta de emoção e entusiasmo, com exibição do coral e da peça natalina, Sinos de Belém, pe-los alunos. Além do sorteio de bicicletas. Os patronos da tur-ma, Coronel Batista Verardi Neto e Iria P. Pinto, abrilhan-taram a cerimônia.

Álvaro Gomes, presidente da Drogaverde nos fala de sua sa-tisfação com o CAAPE “Esse trabalho muito nos honra, ver essas crianças saindo prontas para entrar no mercado de tra-balho de igual p a r a i g u a l . Aprovei tando as oportunida-des que o curso

oferece. É um trabalho focado em cada criança e o resultado é grandioso”.

O evento reuniu personalida-des do mundo empresarial e au-toridades. O curso possui dura-ção de seis meses e têm sido um sucesso e esperança aos jovens. O CAAPE, seus dirigentes e co-laboradores estão de parabéns por desenvolverem um traba-lho de altíssima qualidade, com muita competência e dedicação.

Regina Elias

STF cassa liminar que desobrigava passar

no exame da OABDecisão do presidente do Supremo, Cezar Peluso, impede que bacharéis exerçam a

advocacia sem aprovação da ordemO presidente do Supremo Tri-

bunal Federal (STF), minis-tro Cezar Peluso, cassou a liminar que permitia que dois bacharéis em Direito do Ceará exercessem a advocacia independentemente de serem aprovados no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A íntegra da decisão não foi divulgada.

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, comemorou a deci-são. “Ela reafirma a importância do exame de ordem como instru-mento de defesa da sociedade. A decisão garante, ainda, que a qualidade do ensino jurídico deve ser preservada”, afirmou.

Na ação que pedia a derrubada da liminar, o Conselho Federal da OAB argumentava que a de-cisão abria brecha para que ba-

charéis sem formação adequada exercessem a advocacia. E alega-va que a Constituição garante o exercício livre de profissão, mas prevê que uma lei pode criar res-trições à atuação profissional.

A liminar havia sido concedi-da pelo desembargador Vladi-mir Souza Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 5.ª Região (TRF-5), cujo filho foi reprovado por quatro vezes no exame entre 2008 e 2009, conforme a OAB. A decisão beneficiou apenas Fran-cisco Cleuton Maciel e Everardo Lima de Alencar, mas abria bre-cha para novas ações no mesmo sentido. Os dois argumentaram ser inconstitucional a exigência de prévia aprovação na prova como condição para o exercício profissional da advocacia.

Page 12: Global News

Janeiro 2011 012GLOBAL NEWS

Aumenta diferença entre as escolas públicas e privadasO fosso que separa as

escolas públicas das privadas no país au-

mentou nos últimos três anos. A distância entre as pontuações obtidas pelos estudantes das duas redes, que chegava a 109 pontos em 2006, cresceu e atin-giu até 121 no Pisa 2009. Mais do que pontuações diferentes, os números indicam níveis de conhecimento distintos em lei-tura, matemática e ciência.

Isso quer dizer que enquanto o aluno que estuda numa esco-la particular alcança 519 pontos em média – o nível 3 na escala de proficiência (patamar considera-do razoável pelos organizadores da avaliação) –, o da pública (fe-deral, estadual e municipal) faz 398 pontos e não sai do primeiro nível de desempenho.

Em outras palavras, com 15 anos, os alunos das escolas particulares conseguem ao me-nos ler um texto e extrair sua ideia principal, identificando argumentos contraditórios e pouco explícitos. Também são capazes de relacionar informa-

ções com situações do cotidia-no. Estudantes da rede pública só entendem informações ex-plícitas e não são capazes de perceber trechos mais impor-tantes numa leitura.

Em matemática e ciências, a discrepância continua – e tam-bém registra aumento. Em 2003

a diferença de pontuação em matemática era de 109 pontos. Em 2006 saltou para 117 – com os estudantes de toda rede pú-blica incapazes de realizar ope-rações com algoritmos básicos, fórmulas ou números primos.

Em ciências, foi de 107 para 115 a diferença de pontuação entre as redes. Nos dois casos, a distância representa mais de um nível de proficiência na escala de conhecimentos. No nível 1, alunos da rede pública não con-

Regina Elias

Oportunidades com qualidade de ensino estão na CantareiraAlunos são preparados para ingressar no competitivo mercado de trabalho

A Faculdade Integral Can-tareira possui o com-promisso de manter um

ensino de qualidade com moder-nidade em todos os seus cursos. Seu objetivo é disponibilizar aos alunos o que há de melhor em conteúdo didático e equipamen-tos necessários a cada curso su-perior aliado a excelente infra-estrutura, laboratórios de última geração, fazenda experimental em Mairiporã entre outras van-tagens. O reconhecimento vem logo, é crescente e contínuo a cada ano que passa. Atualmente 86% dos alunos tem alguma for-ma de emprego ou renda.

Ainda, conforme dados divul-gados pelo MEC em janeiro de 2011, 100% dos cursos superio-res da FIC foram avaliados com conceitos positivos no ENADE-

MEC comprovando a qualida-de dos cursos e confirmando o resultado obtido pela Avaliação Institucional realizada em no-vembro/2010, de acordo com o SINAES/INEP/MEC, onde apresenta que 98% dos alunos estão satisfeitos com a qualidade de ensino da Faculdade Integral Cantareira e 96% indicariam um amigo para estudar na instituição.

As oportunidades não param, a FIC está oferecendo 663 bolsas no ProUni 2011! As inscrições estão abertas em duas fases ga-rantindo boas oportunidades aos estudantes. Vejam as datas no site do MEC e atentem para não per-derem esta chance.

Conheça a FIC Faculdade In-tegral Cantareira acesse o site www.cantareira.br e pegue já sua oportunidade!

seguem explicar como ocorrem fenômenos cotidianos, como ci-clo da água na natureza.

Os resultados da avaliação por Estados feita pelo Ministério da Educação com base nos dados do Pisa 2009 mostram que São Paulo subiu do 11º para o 7º lu-gar entre as 27 unidade da fede-ração. Se não é tão ruim quanto a três anos, quando perdia para Estados como Paraíba e Sergipe, o resultado está longe de refletir o poderio econômico paulista.

Correções feitas, o Estado melhorou. Mas ainda perde para toda a Região Sul, Minas Gerais, Distrito Federal e Es-pírito Santo. A boa colocação dos Estados do Sul, que têm uma tradição de ensino mais qualificado, assim como o campeão Distrito Federal, não surpreende. No entanto, Minas Gerais, um Estado mais pro-blemático por conta das desi-gualdades internas e mais po-bre que São Paulo, surge com um resultado melhor e pode servir como um espelho desa-gradável para os paulistas.

São Paulo fica em 7º lugar, atrás do Espirito Santo e da Região Sul

Page 13: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 013

www.unisantanna.br

Uni Sant´Anna oferece cerca de 50 cursos de graduação e pós-graduação em seus três campi Santana, Shopping Aricanduva e Faculdade Sant´Anna de Salto

(interior de São Paulo). E tem tradição também no atendimento a alunos portadores de deficiência.

Não perca tempo!Veja as melhores

opções no nosso site.

Page 14: Global News

Janeiro 2011 014GLOBAL NEWS

Economia e AgronegócioO Brasil poderá exportar 7,5 bilhões de litros de etanol para os Estados Unidos até o final da décadaTrinta e cinco anos depois

de começar a ser utiliza-do como combustível no

Brasil, o etanol já trouxe ganhos de US$ 240 bilhões para o país ao substituir a gasolina no tan-que dos veículos, de acordo com cálculos do economista Plínio Nastari, presidente da Datargo Consultoria, especializada no setor sucroalcooleiro.

“A introdução do etanol como combustível no Brasil trouxe um forte impacto de longo prazo na economia brasileira”, de acordo com o consultor. Segundo ele, esta é a grande conquista da in-trodução do etanol na matriz energética brasileira como com-bustível, difícil de mensurar no curto prazo, mas que, no acumu-lado de 35 anos, revela a dimen-são de sua grandeza.

Para Nastari, depois de se con-solidar como combustível reno-vável em praticamente todo o

país, o grande desafio do etanol nos próximos anos será reduzir o intervalo entre o desenvolvi-mento tecnológico já conquis-tado pelo etanol e sua imple-mentação. “Existe um potencial muito grande para ser explorado no aumento da produtividade agrícola do etanol e também de sua conversão industrial e este potencial ainda não foi total-mente explorado”, explica.

Em 1975, a produtividade do etanol era de 2,24 mil litros por hectare de cana-de-açúcar plan-tada. Em 2009, esta produtivida-de atingiu 6,46 mil litros por hec-tare na média nacional, segundo cálculos da Datagro. “No período analisado, a produtividade prati-camente triplicou, crescendo 3,7% ao ano”, afirma. Nastari estima que a produtividade pode chegar a 13,9 mil litros por hec-tare até 2025.

Para o presidente da Uniduto,

Sérgio Van Kleveren, a competi-tividade do etanol no futuro vai passar pela questão logística. “Atualmente, 95% do etanol é transportado por caminhões por via rodoviária. Quando o alcool-duto estiver em operação, vincu-lado a outros modais, o processo será muito mais ágil, eficiente e vai tornar o etanol muito mais competitivo”, disse.

À época, o programa fomen-tou novas usinas a produzirem só o álcool. No estado de São Paulo foram construídas ao me-nos uma dezena de destilarias. “Até a Alemanha usou etanol, pois tocou a máquina de guerra com álcool de batata”, lembra Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e presidente do Conselho Superior do Agrone-gócio da Federação das Indús-trias de São Paulo (Fiesp).

A primeira política de uso constante e obrigatório de etanol

como com-bustível adi-tivo à gasoli-na surgiu no país em 1939. Sem refina-rias, o Brasil e n f r e n t o u uma crise de escassez de combustíveis de petróleo em vir tude da Segunda Guerra Mun-dial e o Insti-tuto do Açúcar e do Álcool (IAA), cria-do em 1933, estabeleceu u m p l a n o emergencial para produzir o combustível e misturá-lo em até 2% à ga-solina. Já havia, inclusive,

no país, veículos em fase de teste que funcionavam a base de etanol.

Divulgação

Alta dos preços agrícolas gera polêmica no G-20Preço das commodities, exportações brasileiras à Europa representam crescimento recorde em 2010

O aumento nos preços agrí-colas deixa Brasil e Euro-pa em lados opostos e já

provoca uma polêmica dentro do G-20 (grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mundo). Dados divulgados ontem indicam que a alta levou o Brasil a bater recor-des sucessivos nas exportações.

Segundo os números da Or-ganização Mundial do Comér-cio (OMC), o Brasil voltou a apresentar a maior expansão nas exportações entre as 70 maiores economias do mundo nos últi-mos três meses de 2010. Pelos dados da OMC, as exportações brasileiras cresceram 31% em outubro, 40% em novembro e 45% em dezembro. Na China, as exportações tiveram alta de 23% em outubro, 35% em novembro e 18% em dezembro.

Os dados brasileiros são mais de duas vezes superiores à mé-dia mundial. Em outubro, a alta das exportações no mundo havia atingido apenas 15% ante 18% em novembro.

Grande parte da explicação

para a expansão brasileira está nos preços internacionais das commodities agrícolas. Entre no-vembro de 2009 e dezembro de 2010, a alta superou a marca de 35%, superior ao crescimento do preço de energia.

Para a França, que neste ano preside o G-20, está na hora de tratar de uma estabilização dos preços agrícolas a todo custo. A União Européia vive uma crise profunda e alguns países nem saíram da recessão. Mas, mesmo assim, a renda obtida pelo Bra-sil com as exportações agrícolas para o mercado europeu surpre-endeu até os diplomatas brasilei-ros em Bruxelas.

PreçosNo caso do açúcar, as vendas na-

cionais ao mercado europeu tripli-caram em valor entre 2009 e 2010, atingindo US$ 514 milhões. As exportações de milho para a Euro-pa cresceram seis vezes, passando de US$ 50 milhões em 2009 para US$ 319 milhões em 2010.

As vendas de soja para a Eu-

ropa também deram um salto, passando de US$ 1,4 bilhão em 2009 para US$ 2,3 bilhões no ano passado. O mesmo ocorreu com o café, com uma alta de 40%, atingindo US$ 2,8 bilhões.

De acordo com técnicos do se-tor, foi exatamente a alta nos pre-ços das commodities que permitiu que a balança comercial com os europeus se mantivesse positiva para o Brasil. Em 2010, com o real valorizado, a Europa obteve ganhos importantes nas vendas ao mercado nacional. A balança com os europeus fechou em US$ 4 bi-lhões a favor do Brasil em 2010, depois de um saldo positivo de US$ 4,9 bilhões em 2009.

O BCE também diz que a in-flação poderia ser mais um obs-táculo para a recuperação da economia européia. Para o BCE, é “essencial” monitorar essa si-tuação, lembrando que os preços do trigo aumentaram 91% em 12 meses. “A pressão sobre os preços de alimentos continuará diante da manda global robusta”, afirmou o BCE.

Divulgação

Page 15: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 015D

ivul

gaçã

o

Novos Lançamentos na Zona NorteEBI, há 42 anos proporcionando aos seus clientes e

investidores oportunidade dos melhores lançamentos para realização de excelentes negócios

Page 16: Global News

Janeiro 2011 016GLOBAL NEWS

Saúde em FocoVenda de calmante disparou nos últimos quatro anos

A venda do ansiolítico Clonazepam disparou nos últimos quatro

anos no Brasil, fazendo do re-médio o segundo mais comer-cializado – entre as vendas sob prescrição.

Entre 2006 e 2010, o número de caixinhas vendidas saltou de 13,57 milhões para 18,45

milhões, um aumento de 36%. O Rivotril domina esse merca-do, respondendo por 77% das

vendas em unidades (14 milhões por ano).

O levantamen-to foi feito pelo

IMS Health, instituto que audita a in-dústria far-macêutica. O tranqui-

lizante só perde hoje para o anticoncep-

cional Microvlar (em média 20

milhões de unida-des por ano).

Para os psiquiatras, há um abuso na indicação desse medi-camento tarja preta, que causa dependência e pode provocar sonolência, dificuldade de con-centração e falhas da memória.

Uma das hipóteses para ex-plicar o aumento no consumo é que as pessoas querem cada

vez mais soluções rápidas para aliviar a ansiedade e o Clonaze-pam é barato (R$ 10 em média).

Médicos de outras especiali-dades podem prescrever o an-siolítico e há falta de fiscaliza-ção das vigilâncias sanitárias no comércio da droga.

Indicação de amigoO psiquiatra José Carlos

Zeppellini conta que recebe muitos pacientes que não ti-nham indicação para usar o remédio e que se tornaram dependentes da droga.

“Em geral, começaram a to-má-lo por sugestão de amigos e vizinhos, em um momento de tristeza, após terminar um na-moro, por exemplo. Não é do-ença. Depois não conseguem parar de tomá-lo porque têm medo de não se adaptar. É mais uma dependência psíquica do que física”, acredita ele.

Entre os usuários do Rivotril, existe um misto de glamorização e demonização em relação à droga.

Páginas no Facebook, classi-ficadas na categoria entreteni-mento, tratam o Rivotril como “remedinho maravilhoso”. Outros grupos online, porém, discutem a dependência e os efeitos colaterais do remédio.

O psiquiatra Ronaldo La-ranjeira, professor na Unifesp e coordenador da Uniad (Uni-dade de Pesquisa em Álcool e Drogas), alerta que três meses de uso do Rivotril já são sufi-cientes para criar uma depen-dência da droga.

Para ele, a falta de fiscali-zação no comércio do remé-dio, o baixo preço e um pos-sível “conluio” da indústria

com o mercado poderiam ex-plicar o sucesso do remédio no Brasil, que não se repete em outros países.

Há cinco anos, a vendedora Mariana Vasconcelos do Pra-do, 26, não sabe o que é uma noite de sono sem o tranqüi-lizante Rivotril. “Sei que es-tou dependente dele, mas não consigo largar porque me sinto muito bem”, diz ela.

Tudo começou com uma síndrome do pânico, quando ela se mudou de Atibaia (SP) para São Paulo, capital. “Tinha medo de morrer. Não dormia”.

O diagnóstico foi feito pelo psiquiatra da tia, de Pouso Ale-gre (MG). À época, ela rece-beu a prescrição do Rivotril e do antidepressivo Venlafaxina.

A dependência é tanta que, mesmo tomando o remédio só à noite, ela o carrega dentro da bolsa o tempo todo. “Não vivo sem o meu Rivotril. Já é uma dependência mais emocional do que física”.

Salto nas vendas foi de 36%. Tranqüilizantes só perdem para anticoncepcionais entre remédios com receita

Três meses de uso do medicamento pode gerar uma dependência da

droga

O melhor da Gastronomia e Entretenimento da Zona Norte

Page 17: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 017

Page 18: Global News

Janeiro 2011 018GLOBAL NEWS

R. Pedro Cacunda, 448 - SantanaFone: 6978-3117

Todos os dias a partir das 17hsTodos os dias a partir das 17hs

Club do WhiskyPizzariaSushi BarDeckMúsica ao vivoPratos Quentes

Club do WhiskyPizzariaSushi BarDeckMúsica ao vivoPratos Quentes

www.morropauliceia.com.br

Do Happy Hour ao fim de noite. Sempre a melhor opção

Page 19: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Janeiro 2011 019

Page 20: Global News

Janeiro 2011 020GLOBAL NEWS