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GONÇALO LOBO PINHEIRO Ter para ler Se por um lado há quem diga que a obrigatoriedade da mudança das acções ao portador para acções nominativas tem por base a implementação de maior transparência, outros afirmam que a revisão do Código Comercial “é só para o exterior ver” e que este está “manchado” por itens contrários às práticas transparentes. hojemacau PUB POLÉMICA NO FIM DAS ACÇÕES AO PORTADOR PUB AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB PUB PÁGINA 7 No melhor codigo cai a nodoa PÁGINAS 4-5 TERRORISMO CHINA E TURQUIA UNEM ESFORÇOS PÁGINA 12 Medicina chinesa Uma chave mestra para a diversificação económica DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 QUARTA-FEIRA 28 DE JANEIRO DE 2015 ANO XIV Nº3261 Macau não é um passo atrás JORGE TAVARES DESPORTO PÁGINAS 16-17 ‘‘ ´ ´

Hoje Macau 28 JAN 2015 #3261

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Hoje Macau N.º3261 de 28 de Janeiro de 2015

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Ter para ler

Se por um lado há quem diga que a obrigatoriedadeda mudança das acções ao portador para acções nominativas

tem por base a implementação de maior transparência,outros afirmam que a revisão do Código Comercial

“é só para o exterior ver” e que este está “manchado”por itens contrários às práticas transparentes.

hojemacau

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POLÉMICA NO FIM DAS ACÇÕES AO PORTADOR

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AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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PÁGINA 7

No melhor codigo caia nodoa

PÁGINAS 4-5

TERRORISMOCHINAE TURQUIA UNEMESFORÇOS

PÁGINA 12

Medicina chinesaUma chave mestra para a diversificação económica

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 Q UA R TA - F E I R A 2 8 D E J A N E I R O D E 2 0 1 5 • A N O X I V • N º 3 2 6 1

Macau não éum passo atrás

JORGE TAVARES

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GCS

4 hoje macau quarta-feira 28.1.2015POLÍTICA

ANDREIA SOFIA [email protected]

C HUI Sai On foi a Pequim pedir chaves mestras para levar a cabo a tão aclamada diversificação

económica, e parece ter conseguido algo. Dos encontros que manteve com altos representantes do sector da medicina tradicional chinesa, ligados ao Governo Central, o Chefe do Executivo recebeu, pelo menos, promessas de que Macau será um lugar central para criar um centro médico tradicional e desenvolver o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa com Guangdong. Está ainda a ser pensada a criação de padrões internacionais e de mais laboratórios de referência, aponta um comunicado oficial.

“Estamos contentes de que eles aceitaram que através do sector de medicina tradicional chinesa, se faça um centro de estudos de medicina tradicional chinesa. Temos as universidades de Macau e posteriormente será instalado um centro médico tradi-cional em Macau”, disse o Chefe do Executivo na capital chinesa, em declarações transmitidas pela Rádio Macau.

Para além disso, Chui Sai On terá pedido mais apoio para as Pequenas e Médias Empresas (PME) de Macau “no âmbito da

“Estamoscontentes de que eles aceitaram que através do sector de medicina tradicional chinesa, se faça um centro de estudos de medicina tradicional chinesa. Temos as universidades de Macau e posteriormente será instalado um centro médico tradicional em Macau”

“MUDANÇAS” NA CAPACIDADE TURÍSTICA

O Chefe do Executivo traçou ontem um balanço positivo dos dias de encontros com as autoridades chinesas a propósito da diversificação económica, em que a aposta na medicina tradicional chinesa deverá ser a peça central. Esta sexta-feira, ChuiSai On viajapara Guangdong

CHUI SAI ON DEIXA PEQUIM COM BAGAGEM CHEIA DE PROMESSAS

A satisfação do Chefe

liberalização, reforma e inovação do comércio”.

A visita do Chefe do Gover-no a Pequim serviu ainda para três reuniões que se focaram no

cumprimento do acordo CEPA e na apresentação de sugestões para a elaboração do 13º Plano Quinquenal que o Governo Central tem para o continente

LIONEL LEONG RECEITASDO JOGO IGUAIS ÀS DE 2014Segundo a Rádio Macau, que acompanhou a visita oficial de Chui Sai On a Pequim, o Secretário para a Economia e Finanças espera iguais valores das receitas do Jogo este ano, face a 2014. “Se não houver novas situações de ajustamento mantém-se o nível mas não negamos que possa acontecer, no ano novo chinês, a 1 de Maio e a 1 de Outubro, dias de pico de turismo, e este número de receitas pode ser alterado”, disse Lionel Leong.

À margem dos encontros, o Chefe do Executivo terá referido que “verificou alguma mudança” quanto à capacidade turística de Macau, no que diz respeito ao alojamento, transportes e gestão dos postos fronteiriços. Citando estudos feitos por entidades académicas locais, o Chefe do

Executivo diz que existem planos para a capacidade de resposta do território, lembrando que “o número de turistas não sofreu nenhuma redução e Macau foi considerado o melhor destino turístico”. Chui acredita que “através de uma melhor gestão dos postos fronteiriços, dos alojamentos

e dos equipamentos de transportes é possível alargar a capacidade de resposta.” O Chefe diz que é possível descongestionar as ruas “através das medidas de regulação dos sentidos do tráfego”, sendo possível “melhorias” nas épocas festivas, aponta um comunicado.

e duas regiões administrativas especiais. A comitiva governa-mental visitou a Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa, o Ministério do Co-

mércio e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma. Por forma a apresentar as suges-tões da RAEM para o próximo Plano Quinquenal, Chui Sai On reuniu ontem com Xu Xianping, vice-ministro da Comissão para o Desenvolvimento Nacional e Reforma. No encontro, foi ana-lisado o 12º Plano Quinquenal da China e a cooperação regional.

PENSADA “ZONA PILOTO”COM GUANGDONGNuma altura em que Chui Sai On se prepara para visitar a província de Guangdong para estreitar laços de cooperação, as ligações já esta-belecidas com as zonas de Nansha e ilha de Hengqin parecem estar a dar frutos.

“Já estou a sentir mudanças e esperamos que os amigos jornalis-tas possam divulgar e irei também debater com os nossos colegas para ver como podemos divulgar as in-formações ao público”, acrescentou Chui Sai On também em Pequim.

Tal como já tinha sido anun-ciado, a visita a Guangdong será feita na companhia do Secretário para a Economia e Finanças, Lio-nel Leong, e do Secretário para as Obras Públicas e Transportes, Raimundo Arrais do Rosário. Segundo um comunicado, já foi entregue um pedido oficial a Pequim para criar “através da cooperação com Zhongshan, uma zona piloto de cooperação geral entre Guangdong.

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5 políticahoje macau quarta-feira 28.1.2015

FIL IPA ARAÚ[email protected]

A PAZIGUANDO a preo-cupação mostrada pela deputada Ella Lei, re-lativamente à falta de

informação e esclarecimentos da revisão dos critérios para verifica-ção das qualificações de mestre de medicina tradicional, o Governo garante que a divulgação está a ser feita.

Numa interpelação escrita, datada de Novembro, Ella Lei argumenta que com a revisão avan-çada pelos Serviços de Saúde (SS) a 3 de Janeiro de 2014, o curso de medicina tradicional por corres-pondência, com duração de cinco anos, deixou de ser reconhecido e por isso mesmo, os seus alunos deixaram de poder requerer o licen-ciamento “necessário ao exercício da profissão de mestre de medicina tradicional”. A deputada explica ainda que o Governo não “fixou um período transitório para a sua aplicação”, e como tal os alunos e graduados foram vítimas de uma injustiça.

Ella Lei questionou então se o Governo iria levar a cabo medidas transitórias para melhor esclarecer todos os envolvidos e lesados, dando como exemplo, cursos de formação, ou até prestação de provas para verificação das quali-ficações, “proporcionando meios aos afectados para se coadunarem com os novos critérios de reconhe-cimento”.

O Governo afirma, agora, em resposta que “os SS têm colaborado estreitamente com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) e com o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) na área de organização de conferências para os alunos do ensino secun-dário universitário, apresentando--lhes o registo de profissionais médicos e o regime de acredita-ção, reforçando a divulgação da informação sobre a exigência de habilitações académicas”, para o pedido de várias licenças.

O Governo argumenta que tendo como prioridade a protecção do interesse público e a prestação dos serviços de cuidados de saúde, reconhecer habilitações académicas em Macau, que não o são na China Continental não fará sentido

ENCONTRO DE CHUI COM WANG

Ella Lei perguntou e o Governo respondeu, os alunos lesados pela revisão dos critérios para a verificação das qualificações de mestre de medicina tradicional estãoa ser preparadose alertadospara as mudanças

SAÚDE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA COM REFORÇO NA DIVULGAÇÃO

Ser ou não ser mestreNa mesma resposta o Governo

esclarece ainda que “para aqueles que não foi concedida a licença de mestre de medicina tradicional chinesa por motivo de não corres-pondência de habilitações acadé-micas exigidas, recomenda-se que contactem o seu estabelecimento de ensino para discussão sobre a frequência do curso relacionado a inscrever”.

QUEM É QUE É?Relativamente aos cursos reco-nhecidos para mestre de medicina tradicional chinesa, o Executivo esclarece que, segundo a versão actualizada dos novos critérios básicos, “todos os diplomas do curso em medicina tradicional chinesa reconhecidos oficial-mente pela China, ministrados em estabelecimentos de ensino de habilitações académicas em

medicina, a tempo inteiro [regi-me de tempo inteiro/ regime de três anos ou superior], só podem ser reconhecidos aos indivíduos habilitados de qualificação pro-fissional para o exercício de actividade como um mestre de medicina tradicional chinesa”.

O Governo argumenta ainda que tendo como prioridade a protecção do interesse público e a prestação dos serviços de cuidados de saúde, reconhecer habilitações académicas em Macau, que não o são na China Continental não fará sentido. “Caso as habilitações aca-démicas não sejam reconhecidas na China Continental, mas sê-lo-ão em Macau e obtendo a qualifica-ção para exercício de actividade relacionada após a aprovação de habilitações académicas, é difícil convencer que por esta forma proteger-se-á o interesse público,

razão pela qual os novos critérios básicos de avaliação sobre a qua-lificação de mestre de medicina tradicional chinesa foram revistos

no dia 3 de Janeiro de 2014”, pode ler-se no documento.

ALGUNS DE FORAEsclarecendo as áreas excluídas pela revisão, anteriormente noticiadas pelo HM, ponto também referencia-do na interpelação da deputada Ella Lei, os SS clarificam que de acordo com as informações recolhidas, “as habilitações académicas de mestre de medicina tradicional chinesa, acupuncturas, massagista, médico dentista em Macau foram obtidas na China Continental”. O Governo explica ainda que depois da imple-mentação do exame nacional de qualificação de médico, verificou--se uma diminuição na emissão da respectiva licença. “Após a análise aprofundada pelo Conselho para os Assuntos Médicos e perante as opi-niões recolhidas de sector relaciona-do, confirmamos que o aumento das exigências académica da profissão médica também é uma tendência inevitável, por isso, no novo regime de registo, estes tipos de licença não serão emitidos, de modo a garantir a qualificação profissional e melhorar o nível geral de cuidados de saúde de Macau”, esclarece os SS.

Na passada segunda-feira o Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o director da Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa, Wang Guoqiang, em Pequim, para reforçar o empenho em “promover o desenvolvimento do sector de medicina tradicional chinesa”. Durante o seu discurso, Chui Sai On, afirmou “que o sector de medicina tradicional chinesa de Macau está perante oportunidades de desenvolvimento nunca antes registadas”. O Chefe do Executivo referiu ainda que Macau e a Organização

Mundial de Saúde acordaram criar um centro médico tradicional em Macau e disse esperar que se possa integrar o laboratório de referência, o centro médico tradicional e o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa de Guangdong e Macau, para que se avance no desenvolvimento da medicina tradicional chinesa em Macau. Chui Sai On terminou com a promessa que a “medicina tradicional chinesa será definida como área importante no desenvolvimento da diversificação adequada da economia, criando assim políticas firmes e garantias”.

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hoje macau quarta-feira 28.1.20156 política

LEONOR SÁ [email protected]

K WAN Tsui voltou a insistir com o Governo sobre a publicação de relatórios de contagem de terrenos

desaproveitados, alguns deles tendo origem no caso de corrupção do ex-Secretário para as Obras Públicas e Transportes, Ao Man Long. Em interpelação escrita, a deputada questiona o Executivo quanto ao paradeiro desses mes-mos documentos, uma vez que a promessa da entrega foi feita em 2009, tendo já passado cinco anos. Recorde-se que até à data, apenas foram concluídos os relatórios de análise sobre 48 casos imputáveis. No entanto, apenas cerca de 20 casos seguiram para processo de audiência e posterior nulidade de concessão. Assim, a deputada questionou o Governo quanto ao andamento dos trabalhos no que diz respeito aos restantes, cujos relatórios continuam alegadamente por publicar. “Será que ainda não foi activado o referido processo para os restantes casos? Será que não vai ser activado? E se assim for, porquê?”, perguntou.

No mesmo documento, Kwan lembra o caso de Ao Man Long, querendo saber como e quando é que o Governo vai comunicar a actual situação dos trabalhos

Governo promete 178 vagasno hospital de Ka-HóOs Serviços de Saúde (SS) garantiram ao jornal Ou Mun que o lar de idosos e o hospital de reabilitação, pensados para abrir na zona de Ka-Hó, em Coloane, irão disponibilizar um total de 178 vagas para idosos e 100 camas. Depois da conclusão da concessão do projecto, feita o ano passado, os empreendimentos deverão levar dois anos a construir e terão um orçamento de 249 milhões de patacas. O hospital deverá ter quatro andares, enquanto que o lar de idosos terá três andares e será gerido pelo Instituto de Acção Social (IAS). Como existem cerca de dez idosos em Ka-Hó que precisam de mudar para outro espaço, o Governo promete dar prioridade a estas pessoas na hora de encontrar um espaço.

Ng Kuok Cheong quer eleição directa para todos os sectores de acreditação

O deputado Ng Kuok Cheong considera que

é necessário eleger direc-tamente os membros das comissões nos regimes de acreditação e inscrição em todos os sectores profis-sionais, por forma a evitar nomeações pelo Chefe do Executivo. O deputado, eleito pela via directa para a Assembleia Legislativa

(AL), quer também evitar que essas comissões sejam compostas por membros próximos de Chui Sai On.

Numa interpelação escrita entregue ao Exe-cutivo, Ng Kuok Cheong escreveu que em Hong Kong já é adoptado o sis-tema de eleição directa dos membros das comissões para as profissões de as-

sistentes sociais e na área da medicina.

“Na Direcção de Inscri-ção de Assistente Social, dos quinze membros, oito são eleitos directamente. Na Comissão dos Assuntos Médicos de Hong Kong, dos 28 membros, 14 são eleitos por profissionais do sector e por associações de médicos”, fundamentou.

Como em Macau estão a ser “gradualmente criados” vários regimes de acreditação, o deputado questiona se o Governo está determinado em impulsionar a criação de um mecanismo de eleições direc-tas dos membros das comis-sões, por forma a assegurar a autonomia das profissões e a existência de afinidades com o Chefe do Executivo. - F.F.

“Há terrenos que foram concedidos há mais de 30 anos e que ainda não estão a ser desenvolvidos”JOSÉ PEREIRA COUTINHO Deputado

A deputada Kwan Tsui Hang pede ao Governo mais informações sobre os relatórios de contagem dos terrenos desaproveitados de Macau. José Pereira Coutinho, que também apoia este pedido, considera que a solução para o aproveitamento dos espaços passa pela proibição de trespasse e estabelecimento de um prazo mínimo para a construção

KWAN TSUI HANG QUER SABER SITUAÇÃO DE TERRENOS DESAPROVEITADOS

Mistérios de terras sem destino

publicamente, uma vez que foi já declarada nulidade de concessão para estes terrenos. A questão da deputada surge num momento em que pouco se sabe sobre o destino pensado para os espaços. “Qual é o ponto de situação do processo de tratamento desses [envolvidos no caso Ao Man Long] terrenos?”, lê-se na in-terpelação.

“A CLASSE MÉDIA ESTÁ EM ALTO MAR”Kwan Tsui Hang não é a primeira deputada a questionar o Governo sobre estes assuntos. Também em 2012, Ho Ion Sang havia enviado uma interpelação escrita exigindo mais informações e clarificações sobre o destino dos terrenos que haviam sido concedidos até 2009. “O Governo deve divulgar os dados relativos às concessões dos terrenos envolvidos no caso Ao Man Long, com vista a respeitar o direito à informação dos residen-tes”, escrevia o deputado, há mais de dois anos.

José Pereira Coutinho é outro dos deputados que apoia a tese de Kwan, pedindo ao Governo celeridade na elaboração dos referidos relatórios. É que, de acordo com o deputado, uma lista completa de todos os terrenos desocupados é um dos primeiros passos para permitir a construção de mais casas, estruturas actual-

mente essenciais na RAEM. Segundo Pereira Coutinho, a classe média local encontra-se presa “em alto mar”, metáfora

que utiliza para explicar que uma grande fatia da população se encontra sem possibilidade de estabilizar. “Todos os terrenos

“Qual é o ponto de situação do processo de tratamento desses [envolvidos no caso Ao Man Long] terrenos?”KWAN TSUI HANGDeputada

disponíveis devem ter como prio-ridade a construção de habitações económicas e sociais, porque neste momento, a classe média está numa situação grave de não conseguir comprar habitação por via do sector privado, nem de ter condições para requerer, no Instituto de Habitação, uma casa económica face aos salários que auferem”, começou o deputado por dizer ao HM.

DA QUEIMA À DESERTIFICAÇÃOEm tempos, um dos terrenos frente ao antigo campus da Uni-versidade de Macau era sítio pre-ferido para a queima de panchões na altura do Ano Novo Chinês, mas tal deixou de ser permitido quando, há alguns anos, o mesmo local passou para as mãos de entidades privadas. “Os direitos de concessão deste terreno foram mudando de mãos e cada empresa foi ganhando a sua quota-parte da comissão, aguardando que o valor do imobiliário subisse para ganhar alguma coisa nestas transacções”, disse.

Além disso, Pereira Coutinho frisa que não é a primeira que se exige a publicação, no website das Obras Públicas, de uma lista completa dos terrenos concedi-dos, incluindo datas, projectos de construção e estado actual dos mesmos. “Há terrenos que foram concedidos há mais de 30 anos e que ainda não estão a ser desenvolvidos e um dos exemplos é o antigo local de queima de panchões da Taipa, que deveria ser utilizado para fins turísticos, mas tal nunca aconteceu”, denuncia Pereira Coutinho, em declarações ao HM. Para o também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, o problema está relacionado com a Lei de Terras. “Há uma grave la-cuna na celebração dos contratos de concessão, que permitem que as empresas detentoras possam ganhar dinheiro com base nas transacções exteriores”, referiu. Para o presidente da associação, a solução passa por exigir um pra-zo mínimo para o inicio de obras de construção e pela proibição do trespasse para outras entidades colectivas ou individuais.

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7 políticahoje macau quarta-feira 28.1.2015

FIL IPA ARAÚJO [email protected]

“E STA medida quer mos-trar uma transparência que não existe, é só para o exterior ver”, explica

Fernando Reisinho, auditor de contas, referindo-se à futura re-visão do Código Comercial (CC) que pretende assim eliminar as acções ao portador alterando-as para acções nominativas.

Numa carta dirigida ao HM, o auditor esclarece que Macau tem mantido sempre uma posição muito pouco transparente, e que por isso, só está a levar a cabo esta nova revisão em prol de uma exigência exterior. De recordar, tal como o HM noticiou, esta medida surge depois do Governo anunciar a alteração para que assim consiga cumprir os critérios exigidos pelo Fórum Glo-bal sobre a Transparência e Troca de Informações para fins fiscais.

“A transparência necessária, no CC, seria aquela que estava contemplada, na versão antes da publicação da Lei nº16/2009, aprovada, na altura à pressa a 28 de Julho de 2009, e com entrada em vigor passados 60 dias, permitindo assim influenciar ainda o exercício desse mesmo ano”, começa por explicar Fernando Reisinho.

Segundo o que agora é proposto pelo Governo, os titulares têm entre seis meses a um ano para pedir a conversão dos seus títulos. Caso contrário, podem mesmo vir a perdê-los. Período altamente cri-ticado pelo auditor de contas, que afirmar não perceber “agora tanta reticência” com o prazo.

AS SETE MANCHASA lei mencionada pelo auditor, diz respeito à revisão ao CC, em 2009, que alterou “cinquenta artigos e mais três adiamentos”. Em causa estão “sete itens importantes” que, diz Fernando Resinho, são contrá-rios às práticas transparentes.

CUMPRIR COM AS OBRIGAÇÕES

A obrigatoriedadeda passagem das acções ao portador para nominativastem gerado polémica. Há quem diga queé pela transparência, mas há também que defenda que é apenas “para inglês ver”. Especialistas analisam e explicam o que deveriaser mudado

CÓDIGO COMERCIAL UMA TRANSPARÊNCIA OBRIGATÓRIA E NÃO FACULTATIVA

Limpinho, limpinho!Em termos simples, a revisão

permitiu a alteração de vários pontos do CC, tais como o levan-tamento da obrigatoriedade de se depositar as contas anuais das sociedades junto da Conservató-ria, “por forma a que se pudesse analisar e fazer estatísticas que se preparam para todos os países e regiões que pretendam ser transpa-rentes no seu tecido empresarial”.

Outro dos pontos alterados foi a permissão de se deixar de se comprovar a realização do capital social, ou seja, o que acontece

agora é que podem ser constituí-das sociedades sem se comprovar que os próprios sócios tenham injectado qualquer dinheiro, “com a agravante que nas escrituras notariais, continua a estar por lá redigido e assinado por todos os sócios e notário interveniente, que ‘o capital social esta totalmente realizado’”, sem necessidade de comprovativo. Permissão esta que segundo o auditor, vai contra os princípios da transparência.

O cancelamento da obriga-toriedade dos administradores

serem apenas pessoas singulares e também o fim da rotatividade dos administradores, após três anos na posição, são alterações também criticadas pelo auditor de contas.

“A nomeação do conselho fiscal, ou fiscal único, em Portu-gal normalmente coincide com a nomeação do prazo do conselho da administração, portanto três anos, aqui não. Em Macau o que se tentou fazer foi precisamente o contrário, encurtar o prazo para dar mais possibilidade aos investidores

Durante a reunião da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Kwan Tsui Hang, a presidente explicou que depois do período de seis meses, após a entrada em vigor da alteração ao Código Comercial, os accionistas terão apenas mais um ano para fazer a alteração. “Esta alteração é para cumprir, é uma obrigação internacional, porque em 2016 Macau, será sujeito a uma nova revisão internacional, e

é-nos exigido o cumprimento de alguns requisitos, no sentido de haver alguma transparência e troca de informações”, começou por sublinha a presidente. No presente momento, Macau conta com 125 sociedades anónimas em que apenas 12 têm emitidas acções ao portador, e dentro destas duas já suspenderam actividade. A presidente explica ainda, “que após a entrada em vigor da proposta de lei, está fixado um prazo de seis meses para o

registo”, que poderá ir até um ano. “Caso os titulares não o façam os seus direitos da sociedade ficam suspensos, incluindo a possibilidade de participar na assembleia administrativa e também, deixa de receber dividendos”, esclarece. Assim é possível afirmar que durante o primeiro ano, as sociedades entrarão em “fase de conversão de títulos”, e depois vai passar a fase de “destruição dos títulos de acções ao portador”.

que não satisfeitos com o órgão fiscalizador, poderiam demiti--lo anualmente. Isto não deveria ser assim, porque nem sequer se está a respeitar o principio da rotatividade. Há aqui empresas, em Macau, em que o conselho de administração está em função eternamente. Mas o que é certo é que o conselho fiscal, ou fiscal único pode ser alterado da forma como quiserem e anualmente”, argumenta.

Ou seja, em termos práticos, “esta nova alteração ao Código Comercial que se diz transparente não passa de uma medida imposta”, pois, defende, o comportamento natural de Macau tem seguido a direcção oposta.

O que está a acontecer verda-deiramente, diz o auditor de contas, é uma “falsa transparência”, ou seja, não se pretende ser-se trans-parente mas sim respeitar ordens internacionais. O tão chamado para inglês ver. “Não se está a olhar para o mercado local, só se pretende agradar ao exterior”, remata.

NO MESMO TOMQuestionado sobre o assunto, tam-bém o deputado Pereira Coutinho concorda que caso esta medida não fosse uma imposição do Fórum e a pressão internacional, o Governo de Macau “não iria fazê-lo por sua própria iniciativa”, talvez pelo pouco impacto.

Apesar de concordar com a medida, o deputado não esconde que Macau tem mantido, de forma constante, um comportamento de pouca transparência. “A falta de transparência é nítida, mesmo nós como deputados muitas vezes não conseguimos ter as informações, a tempo e horas, ou pura e simples-mente não nos dão as informações que nos deviam ser fornecidas e estarem ao dispor do público, sejam elas quais forem, estudos, análises, que são muitas vezes uti-lizadas pelo Governo, como base para as suas decisões, e nunca são facultadas”, argumenta.

“Há aqui empresas, em Macau, em que o conselho de administração está em função eternamente. Mas o que é certo é que o conselho fiscal, ou fiscal único pode ser alterado da forma como quisereme anualmente”

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8 hoje macau quarta-feira 28.1.2015SOCIEDADEMediana do rendimento mensal da população aumentou 10,8%A mediana do rendimento mensal da população de Macau em 2014 fixou-se nas 13.300 patacas, o que representa um aumento anual de 10,8%, indicam dados oficiais ontem divulgados. De acordo com os Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a mediana salarial por agregado familiar cifrou-se em 27.000 patacas no ano passado e a taxa de desemprego manteve-se em 1,7%. Só no último trimestre do ano, os dados estatísticos apontam para uma mediana salarial geral de 14.000 patacas, incluindo os trabalhadores residentes e não residentes (pessoas que estão em Macau mediante uma autorização de permanência associada a um visto de trabalho). Este valor subiu 1.000 patacas em termos trimestrais. A mediana salarial dos residentes aponta para um valor de 16.000 patacas, que aumentou 400 patacas em relação ao trimestre anterior. No quarto trimestre de 2014, Macau tinha uma população empregada composta por 398.600 pessoas, mais 2.400 que no período entre Setembro e Novembro.

TNR representam 42% da população activaOs Trabalhadores Não Residentes (TNR), que totalizavam 170.346 pessoas no final de 2014, possuem cada vez mais peso no mercado laboral e contam já 42% da população activa. No cruzamento dos dados do número de TNR com a população empregada em Macau, o peso sobe ligeiramente para 42,7%. Dados oficiais ontem divulgados indicam que, no final de Dezembro, a população activa era de 405.500 pessoas, com 398.600 empregadas. Face a 2013, quando os TNR eram 137.838 pessoas, o peso que detinham na população activa era de 36,54%, subindo para os 37,2% nas pessoas empregadas. No final de 2013, a população activa de Macau era de 377.200 pessoas e o número de empregados estava estimado em 370.400 pessoas. No final de 2014, entre os 170.346 Trabalhadores Não Residentes em Macau, 110.654 eram cidadãos chineses, 21.549 das Filipinas, 13.533 do Vietname, as três maiores comunidades de “temporários” a residir em Macau. O sector da construção era o que absorvia mais pessoas - 45.755 trabalhadores -, seguindo-se os hotéis, restaurantes e similares com 42.624 pessoas e as empregadas domésticas com 21.611 pessoas.

FLORA [email protected]

M AIS de dois anos depois de ser de-cretado o risco de ruína do edifício

Sin Fong Garden, eis que a as-sembleia de condomínio deverá ser dissolvida numa assembleia, a acontecer no próximo dia 8 de Fevereiro.

“A comissão de administra-ção do Sin Fong Garden precisa ser dispersada”, garantiu ao HM o seu presidente, Vong Kuok Fai, que garante, contudo, que isso não é sinónimo que o edifício não será reconstruído no futuro.

Com a dissolução, Vong Kuok Fai espera “corrigir os mal entendidos e a dependência de uma parte dos proprietários sobre a comissão”, bem como “estabelecer uma nova comissão para resolver os problemas”.

Estando o edifício com os pilares estruturais danificados,

“Os problemas fundamentais já estão resolvidos: temos o dinheiro, com doações e apoio de uma associação, a tecnologia, porque temos uma empresa de engenharia que promete fazer o projecto de demolição e reconstrução”VONG KUOK FAI Presidente da comissão

SIN FONG GARDEN ASSEMBLEIA DE CONDOMÍNIO EM EXTINÇÃO

Soluções seguem dentro de momentos

até ao momento ainda não existe uma decisão de reconstrução, sendo que os moradores conti-nuam a não poder voltar para as suas casas.

O presidente garante ter che-gado à conclusão que a comissão não era a mais adequada para resolver o problema da recons-trução do prédio.

“De facto, a função de uma comissão de administração não é tratar do projecto de re-construção, não tem um papel legal para representar todos os proprietários. Nós ajudamos os

proprietários a resolver os pro-blemas, no entanto, achamos que a natureza da comissão mudou. Isto porque algumas solicitações de alguns proprietários são ir-racionais, mas obrigam-nos a resolvê-las. Então como é que as podemos resolver?”, questionou Vong Kuok Fai.

DECISÃO NÃO É FINALApesar desta ser uma forte pos-sibilidade, ainda não é certo que a assembleia seja dissolvida no dia 8. O responsável garantiu ao HM que poderá ser discutida essa

necessidade com todos os donos das casas, e ser apresentada uma única solução, por forma a se chegar a um acordo.

“Os problemas fundamentais já estão resolvidos: temos o di-nheiro, com doações e apoio de uma associação, a tecnologia, porque temos uma empresa de engenharia que promete fazer o projecto de demolição e recons-trução. O Governo não nos vai impedir mais, nem precisamos de uma reunião com o grupo de trabalho interdepartamental para o respectivo acompanhamento. 80% dos problemas já estão resolvidos”, assegurou.

Vong Kuok Fai salientou ainda que todos os proprietários “podem concordar ou discordar da ideia que apresentarmos, mas temos que frisar que existe apenas uma solução para o Sin Fong Garden, que é assinar as procurações dentro do período determinado, assim que seja concluída a proposta de adjudicação da demolição e reconstrução do prédio. Tudo para que não se perca mais tempo e se resolvam completamente os pro-blemas de uma só vez. Devemos dissolver a comissão e criar uma novamente”, explicou.

Vong Kuok Fai referiu ain-da que vai aconselhar todos os donos dos apartamentos a autorizarem que uma associação social, ou uma nova comissão de administração, trate do projecto de reconstrução do edifício. “Caso contrário o problema será adiado por tempo ilimitado”, apontou.

Contactada pelo HM, a As-sociação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau confirmou que vai ajudar a pagar 60% da reconstrução do edifício. O seu presidente, Leong Pak Chon, disse que actualmente a ajuda não pode chegar ao destinatário por-que dois proprietários de fracções não chegaram ainda a acordo.

Leong Pak Chon acredita que o Governo pode permitir a recons-trução do Sin Fong Garden. “O Governo pode considerar tratar este caso como especial, evitando que apenas dois proprietários que não concordam com a reconstru-ção façam com que mais de 100 famílias continuem sem uma casa fixa”, concluiu.

O HM tentou chegar à fala com Leonel Alves, deputado e advogado que tem representado as famílias neste processo, mas até ao fecho da edição não foi possível.

Vong Kuok Fai, presidente da comissão de administraçãodo Sin Fong Garden defende o fim da mesma para se avançar com a reconstrução do prédio. Dissolução nãoé final mas poderá ser decretada a 8 de Fevereiro. “80%dos problemas estão resolvidos”, garante o responsável

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9 sociedadehoje macau quarta-feira 28.1.2015

FLORA [email protected]

O deputado Ho Ion Sang está preocu-pado com a prática

de preços unificados no sector dos combustíveis, questionando o Governo sobre se vai ser criada uma legislação que impeça isso mesmo. Além disso, quer ainda saber mais sobre a publicação clara de informações sobre os combustíveis.

Numa interpelação es-crita, o deputado lembrou o anúncio feito em 2013 pela Associação dos In-dustriais de Combustíveis de Macau, de cessar com a publicação simultânea do aumento dos preços dos combustíveis, passando então cada empresa a notificar os consumidores quando preferir. Porém, já foram várias as asso-ciações e residentes que,

COMBUSTÍVEIS PEDIDA REGULAMENTAÇÃO DE PREÇOS

Tudo mais às claras e sem monopólio

COMBUSTÍVEIS UNITED VENDE BOTIJAS DEMASIADO PESADASUm estudo feito por um grupo de trabalho governamental, concluiu que a Companhia de Combustíveis United Limitada vendia parte das botijas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – utilizado como combustível para automóveis – com uma diferença de peso fora do valor permitido. De acordo com comunicado dos Serviços de Economia, os valores de peso das botijas vendidas por esta empresa eram de -0,9 e +0,5 quilogramas, tendo o grupo do Governo advertido a United para o melhoramento do “controlo do peso dos seus produtos”. A análise em causa recaiu sobre as botijas deste combustível vendidas por sete empresas locais, nomeadamente a Shell Gás Limitada, a Mei Fong, a Tak Hing, a Companhia de Petróleo Oriental. O GLP é um subproduto do petróleo que se assemelha à gasolina. Os testes foram efectuados entre os meses de Julho e Dezembro do ano passado.

recentemente, levanta-ram suspeitas de que o momento e valores de ajustamento continuam a ser feitos colectivamente. No entanto, o preço desta substância não diminuiu de forma correspondente à do mercado internacional, estando assim as empresas locais a praticar os seus próprios preços. Ho Ion Sang critica as empresas de não serem transparen-tes quanto aos factores que influenciam a oscilação de preços, como são o trans-porte ou armazenamento.

EM NOME DA TRANSPARÊNCIA“Os residentes de Macau só podem consultar o volume de combustível importado, de consumo ou o preço médio de venda mensal. No entanto, está em falta a comparação de preços de diversas empresas e de diferentes regiões. O sector não está a funcionar de for-

ma transparente, carecendo de informações de simetria e desta forma a população não pode negociar o preço, continuando a pagar ‘caro’ pelo combustível”, explica o deputado na interpelação. No mesmo documento, Ho Ion Sang pergunta ao Governo se vai ser imple-mentado um mecanismo de emissão de informações completo e preciso relati-vamente aos combustíveis importados, bem como aumentar o direito de co-nhecimento da população. Além disso, questiona ainda o Executivo sobre a eventual criação de uma legislação que regulamente estes trâmites, de forma a proibir o monopólio de preços desta indústria.

“O sector não está a funcionar de forma transparente, carecendo de informações de simetria e desta forma a população não pode negociar o preço, continuando a pagar ‘caro’ pelo combustível”HO ION SANG Deputado

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10 hoje macau quarta-feira 28.1.2015EVENTOS

1000 PIADAS IRRESISTÍVEIS, PARA RIR TODOS OS DIAS DO ANO • Geronimo StiltonCaros Amigos Roedores, o que têm agora nas mãos é um livro especial, especialíssimo… e sabem porquê? Porque foi escrito por um meu caro amigo que se sentia sozinho. Realmente, o que é melhor do que uma gargalhada para nos animar? Tudo vai parecer mais alegre e divertido. Tenho a certeza de que este livro vos vai agradar também. Vai ser um fartote de rir com tantas anedotas, desenhos, curiosidades e piadas, dedicados a todos os meses do ano.

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

A HISTÓRIA DOS GRANDES EXPLORADORES • Anna Claybourne Este livro narra as incríveis histórias de intrépidos exploradores que viajaram até aos polos cobertos de gelo, atravessaram desertos escaldantes, enfrentaram rios infestados de crocodilos, e circum-navegaram o mundo pela primeiríssima vez.

A USCHWITZ, na Polónia, foi ontem um lugar de memórias e de reflexões sobre um dos maiores ge-

nocídios da história contemporânea. Cerca de 300 judeus sobreviventes do holocausto imposto pela Alemanha nazi estiveram presentes na cerimónia que marca os 70 anos da libertação do campo de concentração pelas tropas da União Soviética (URSS) em 1945, numa altura em que a II Guerra Mundial estava perto do fim. Em Auschwitz, as tropas das SS, guarda nazi, terão morto cerca de 1,5 milhões de pessoas, na maioria judeus europeus, nos anos de 1940 e 1945.

Naquele que é considerada a maior cerimónia em termos de par-

“Forever and Ever.” Morreu cantor Demis Roussos

O cantor Demis Roussos, que faleceu este domingo aos 68

anos, no hospital Igia em Atenas, onde há muito tempo estava in-ternado, era um exemplo de ecle-tismo musical. A primeira paixão do cantor de nacionalidade grega, embora nascido no Egipto, foi o jazz, mas tornou-se originalmen-te conhecido num grupo de rock progressivo, Afrodite’s Child, onde outro membro era Vangelis.

Dos anos 1970 em diante, Roussos embarcou numa carreira de cantor a solo, com temas ro-mânticos como “We Shall Dance”, “Forever and Ever” e “Goodbye My Love Goodbye”, que lhe deram fama universal. A potência quase operática da sua voz, associada a um físico imponente - ao qual mais tarde conseguiria subtrair 50 quilos em dez meses - tornaram-no objecto fácil de anedotas. Mas o sucesso traduziu-se em muitos milhões de discos vendidos.

As décadas seguintes foram menos felizes, com Roussos a lutar contra a depressão e a ver a sua popularidade cair. Em 1985, estava a bordo de um avião que foi sequestrado por terroristas xiitas, e só foi libertado ao fim de quatro dias.

Dos anos 1990 em diante, re-cuperou energias e voltou a gravar e a fazer tournées. Já em 2006, no álbum Live in Brasil, podia-se ouvi-lo a cantar em português.

Recordando a sua carreira, Roussos afirmou um dia: “O pró-prio Andy Warhol tinha um exem-plar do nosso disco 666 (gravado com o Afrodite’s Child) na sua discoteca. Sou como um pintor que teve diferentes períodos: jazz, soul, pop, e depois variedades. Mas não posso lamentar ter tor-nado felizes sessenta milhões de pessoas com os meus discos”.

LIBERTAÇÃO DO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE AUSCHWITZ FOI HÁ 70 ANOS

O HORROR QUE AINDA NÃO SE COMPREENDE

ticipação de sobreviventes, Vladimir Putin, presidente russo, foi o grande ausente do evento, conta a agência Reuters, numa altura em que os conflitos na Ucrânia continuam. A Polónia tem sido, aliás, um dos países mais críticos em relação à posição da Rússia nesse conflito, depois de Moscovo ter anexado a região da Crimeia em Março do ano passado.

A Reuters conta que a ausência de Putin ficou marcada pela falta de um convite oficial por parte do Governo polaco, tendo o presidente russo sido substituído por Sergei Ivanov, chefe de gabinete.

A ausência de Putin marcou assim o evento ocorrido semanas depois do ataque terrorista em Fran-

“Se és judeu nos dias de hoje, e se de facto és uma pessoa que acredita na liberdade de religião, de expressão, sabes que tal como outros grupos, estás novamente a enfrentar os demónios da intolerância”STEVEN SPIELBERG Cineasta

Cerca de 300 sobreviventes estiveram ontem presentes nas cerimónias que marcam a libertação do campo de concentração de Auschwitz pelas tropas soviéticas, durante a II Guerra Mundial. Judeus sobreviventes contam histórias do horror vivido no cárcere, impossível de esquecer

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11 eventoshoje macau quarta-feira 28.1.2015

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O presidente da República por-tuguesa atribuiu

ontem a comenda da Ordem do Infante aos fadistas Ana Moura, Car-minho, Katia Guerreiro e Ricardo Ribeiro, e o gui-tarrista Mário Pacheco, no Museu do Fado, em Lisboa.

Ana Moura, de 35 anos, começou a cantar ao lado de Maria da Fé no restaurante típico Senhor Vinho, em Lisboa, gravou os primeiros álbuns com o músico Jorge Fernando, recebeu o Prémio Amália Melhor Intérprete, em 2008 e, entre outros mú-sicos, gravou com Prince e cantou com a banda britânica The Rolling Stones. Carminho, de 30

A delegação da Fundação Oriente (FO) em Díli, Timor-Leste,

apresenta em Fevereiro e em quatro episódios o documentário “Sur-render” da realizadora Fernanda Paraíso, informou a instituição. O documentário retrata a invasão do “Estado Português da Índia” e a saída das tropas portuguesas dos territórios de Diu, Damão e Goa.

Segundo a FO trata-se de um pro-jecto “construído sobre as memórias dos ex-combatentes e suas famílias que, 50 anos mais tarde, recordam

a sua experiência de guerra”. “Na Índia, recolhemos testemunhos presenciais, inéditos e inespera-dos, e procurámos documentar a passagem do tempo na memória dos lugares”, explica a realizadora. Produzido pela Terra Líquida Filmes e pela RTP 2 a apresentação está dividida em quatro episódios, com o primeiro dedicado a Diu, o segundo a Damão e os restantes dois a Goa. O documentário será apresentado em duas sessões, nos dias 7 e 14 de Fevereiro. - Lusa

LIBERTAÇÃO DO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE AUSCHWITZ FOI HÁ 70 ANOS

O HORROR QUE AINDA NÃO SE COMPREENDE

FADISTAS E GUITARRISTA CONDECORADOS POR CAVACO SILVA

Novos comendadoresanos, começou por cantar na casa de fado gerida pela mãe, a fadista Tere-sa Siqueira, Taverna do Embuçado, em Alfama. Em 2005 ganhou o Pré-mio Amália Revelação e, em 2012, recebeu o Prémio Amália de Melhor Intérprete.

Katia Guerreiro nas-ceu há 38 anos na Repú-blica Sul-Africana, foi descoberta pelos músicos Paulo Parreira e José Mário Veiga, este último ainda hoje a acompanha à viola, com quem gravou o álbum de apresentação, “Fado maior” (2001). Ricardo Ribeiro, de 33 anos, começou a cantar ainda jovem , nas colec-tividades lisboetas, e tem como maior referência o

fadista Fernan-do Maurício que acompanhou e com quem cantou amiúde. Distinguido com dois prémios Amália - Reve-lação, em 2005, e Melhor Intérprete, em 2010 -, tem colaborado com mú-sicos como Pedro Jóia, Rabih Abou-Khalil e Olga Cerpa, entre outros.

Mário Pacheco, de 60 anos, dirige actualmente o Clube de Fado, acom-panhou nomes como Amália Rodrigues, Al-fredo Marceneiro, Ca-mané, Hermínia Silva,

Max, Tris-tão da Sil-

va, Mísia, entre outros. Como composi-tor é autor, entre outros, de “Cavaleiro monge”, uma criação de Mariza.

A Ordem do Infante, criada em 1960, distin-gue personalidades que tenham prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para co-nhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores. - Lusa

Documentário “Surrender” nos planos da Fundação Oriente para Díli

ça, que dizimou parte da redacção do jornal satírico Charlie Hebdo e levou a mortes num supermercado. Quatro judeus franceses estavam en-tre as vítimas mortais, o que lembra

o recente aumento de uma onda de anti-semitismo na Europa.

AS MEMÓRIAS QUE PERDURAMSteven Spielberg foi uma das figu-ras que recordou o Holocausto esta segunda-feira. Em declarações cita-das pela Reuters, o autor do filme “A Lista de Schindler” falou em Cracóvia sobre o anti-semitismo actualmente.

“Se és judeu nos dias de hoje, e se de facto és uma pessoa que acredita na liberdade de religião, de expressão, sabes que tal como outros grupos, estás novamente a enfrentar os demónios da intolerância.” Para ele, as cerimónias de recordação de Auschwitz devem servir de exemplo e aviso para as próximas gerações.

À AFP, alguns sobreviventes, hoje idosos, recordam episódios de horror pelos quais passaram. “Ninguém pode imaginar o grito de uma pessoa electrocutada”, contou Zofia Posmysz, hoje com 91 anos e que esteve três anos em Auschwitz e em Ravensbrück.

“Vi cadáveres pendurados em cercas de arames. À noite, as mu-lheres jovens saíam dos barracões e atiravam-se contra as cercas eléctricas. Era horrível, realmente horrível!”, recorda.

Jozef Paczynski, com 95 anos, foi o cabeleireiro do temível oficial das SS Rudolf Hess e ainda hoje se recorda do seu corte de cabelo. “As minhas mãos tremiam, mas uma ordem é uma ordem. Tive de fazer o meu trabalho. Muitas vezes me per-guntam (se não lhe passou pela cabeça matar Hess), mas eu era consciente das consequências, não estava louco. Se lhe cortasse o pescoço, metade dos prisioneiros do campo seriam exactamente executados”, aponta.

“É possível esquecer todos esses assassinatos? É possível perdoar? Jamais poderei esquecer as mu-lheres, as crianças levadas para a câmara de gás”, lamenta Jozef Paczynski. - A.S.S. com agências

Cerca de 300 sobreviventes estiveram ontem presentes nas cerimónias que marcam a libertação do campo de concentração de Auschwitz pelas tropas soviéticas, durante a II Guerra Mundial. Judeus sobreviventes contam histórias do horror vivido no cárcere, impossível de esquecer

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12 hoje macau quarta-feira 28.1.2015CHINA

O encontro entre altas autoridades dos dois países serviu para unir forças contra o terrorismo

A China pediu à Turquia mais cooperação para acabar com o que

considera terrorismo islâmi-co na região autónoma de Xinjiang, onde a violência tem vindo a aumentar, com mais de 200 mortos em 2014, escreveu ontem a imprensa oficial.

Num encontro com o chefe da Polícia Nacional turca, Mehmet Celalettin Lekesiz, o ministro de Se-gurança Pública da China, Guo Shengkun, assegurou

O bloqueio de servi-dores estrangeiros que permitem na-

vegar a Internet na China sem as restrições impostas pelo governo visa “manter a segurança do ciberes-paço”, justificou um alto funcionário chinês citado ontem pelo China Daily.

“O rápido desenvolvi-

PEQUIM PEDE À TURQUIA MAIS COOPERAÇÃO PARA ACABAR COM VIOLÊNCIA EM XINJIANG

Esforços duplicados

“As células terroristas, como o Movimento do Turquestão Oriental, tiveram consequências muito graves na estabilidade social e na segurançadas pessoas dasduas nações”GUO SHENGKUN Ministro de Segurança Pública da China

NOVOS BLOQUEIOS VISAM “SEGURANÇA DO CIBERESPAÇO”

Outros problemas, outros métodos

que “as células terroristas, como o Movimento do Tur-questão Oriental, tiveram consequências muito graves na estabilidade social e na segurança das pessoas das duas nações”.

As autoridades chinesas associam habitualmente os actos de violência em Xin-jiang, uma zona de maioria muçulmana e de etnia uigur, aos grupos islâmicos que ali pretendem estabelecer o Estado Independente do Turquestão Oriental.

O Governo atribui ao ter-rorismo todos os incidentes de violência que acontecem na região, enquanto a comu-nidade de uigures em exílio - os únicos que podem falar sem receio de represálias - defende que os confrontos são fruto da repressão a que esta minoria tem sido submetida.

Neste contexto, a China pediu à Turquia para “estrei-

tar a cooperação antiterroris-ta”. O ministro de Seguran-ça Pública chinês defendeu que os dois países “devem

utilizar as suas plataformas de cooperação”, incluin-do um grupo de trabalho conjunto para melhorar a cooperação bilateral.

ABERTURA À COLABORAÇÃOO responsável turco, por seu lado, manifestou a rejeição total, por parte do seu país, de “qualquer forma de terrorismo” e mostrou-se disposto a trabalhar com a China nesta matéria.

A China assegurou, em diversas ocasiões, ter provas que o “terrorismo interno” conta com influên-cias externas e relaciona o Movimento do Turquestão Oriental com grupos como a Al-Qaida.

Perante a falta de trans-parência - a informação so-bre a violência em Xinjiang é sempre muito limitada e proporcionada pela impren-sa oficial chinesa - diversas organizações internacionais e países pediram ao Governo chinês que fosse mais aberto sobre o assunto.

Em resposta, as autorida-des de Pequim têm acusado estas entidades de adopta-rem “duplos critérios” no que toca a estes actos.

mento da Internet está a obrigar o ministério da In-dústria e Tecnologia de In-formação (MIIT) a utilizar novos meios para manter a segurança do ciberespaço e o seu estável funcionamen-to”, disse Wen Ku, director do desenvolvimento de telecomunicações do MIIT.

“O país precisa de no-vos métodos para enfrentar novos problemas. O desen-volvimento da Internet tem de ser feito de acordo com a lei chinesa”, acrescentou.

Só através de uma VPN (Virtual Proxy Network) sedeada fora da China é possível aceder aos sites bloqueados pelo governo chinês em nome da “segu-rança nacional” e da “esta-bilidade social”, nomeada-mente Facebook, Google, Youtube ou Twitter.

ACTUALIZAÇÕESNa semana passada, o controlo de Pequim sobre a Internet “aperfeiçoou-se”,

anunciou um jornal do Partido Comunista Chinês a propósito da “actualiza-ção” da chamada “Grande Firewall da China”, que interrompeu parcialmente o serviço fornecido por servidores localizados no estrangeiro.

Descrita na imprensa oficial chinesa como um acto de “soberania ciberes-pacial”, a “actualização” afetou sobretudo o sistema operativo dos smartphones, tablets e outros dispositivos móveis.

A população online da China aumentou quase 200 milhões nos últimos quatro anos, atingindo 648 milhões no final de 2014. Cerca de 30% têm entre 20 e 29 anos e mais de dois terços acedem à Internet através de dispositivos mó-veis. A assinatura de uma VPN custa o equivalente a seis dólares por mês - menos do que um bilhete de cinema.

Open Tender Notice

Request for Proposal –Construction of New Warehouse and Office Building at Main Fire Station at MIA (RFQ-210)1. Company: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)2. Tendering method: Open tendering3. Objective: To select a Contractor for the construction of a new warehouse

and office building at Main Fire Station at Macau International Airport.4. Request for tender documents:

Tender Notice and Tender Document can be downloaded from the website www.macau-airport.com and www.camacau.com until 7 days prior to the deadline for submission of Bidders’ tenders. Please regularly check the website for any clarification or changes/ modification/amendment in the Tender Document.

5. Location and deadline for submission of Bidders’ tenders:Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)4th Floor, CAM Office Building, Av. Wai Long, Taipa, MacauBefore 12:00 noon on 18 March 2015 (Macau Time)The addressee of the tender shall be Mr. Deng Jun – Chairman of the Executive Committee.The tenders received after the stipulated date and time will not be accepted.

6. CAM reserves the right to reject any tender in full or in part without stating any reasons.

-END-

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hoje macau quarta-feira 28.1.2015

F OI uma visita mais curta do que o espe-rado devido à morte súbita do meio-irmão

do rei da Arábia Saudita, Ab-dullah, o que fez com que o presidente norte-americano não tenha ido ao Taj Mahal para prestar condolências. Ainda assim, a estadia de três dias na Índia de Barack Obama serviu para deixar mensagens claras em prol de uma igualdade social e da inclusão do país na luta contra a poluição.

Em Nova Deli, o presi-dente dos Estados Unidos (EUA) pediu “respeito pela dignidade” de todos os seres humanos que vivem na Ín-dia, para lá da cor da pele,

BARACK OBAMA DEIXOU ÍNDIA E JÁ ESTÁ NA ARÁBIA SAUDITA PARA VISITA OFICIAL

Em prol da igualdade e do ambiente

“Somos mais fortes quandosomos capazes de ver a dignidadeem todo o ser humano”

O presidente norte-americano já deixou a Índia, onde esteve durante três dias em visita oficial, tendo deixado mensagens de apoio à igualdade entre classes sociais e à melhoria das políticas ambientais. Na Arábia Saudita, Obama pretende estreitar relações

sexo ou casta a que perten-cem. “Somos mais fortes quando somos capazes de ver a dignidade em todo o ser humano”, disse, realçan-do que as aspirações nesse sentido deveriam “chegar quão longe pode chegar a imaginação” e não ser determinadas pelas circuns-tâncias do seu nascimento.

“Um país é forte quando inclui toda a sua gente”, afir-mou ainda, referindo-se às franjas mais humildades da so-ciedade indiana. Ele próprio, como primeiro presidente negro dos norte-americanos, lembrou as situações de racis-mo de que foi vítima.

“Fui tratado de forma diferente por causa da cor da

minha pele”, afirmou Obama, acrescentando que não per-tencia a uma família de posses e que o seu pai trabalhou como cozinheiro do Exército, mas que, apesar disso, com a ajuda de bolsas, teve opor-tunidade de estudar nas me-lhores universidades. Barack Obama destacou também o papel das mulheres. “Uma Nação é mais bem-sucedida quando as suas mulheres têm êxito”, assinalou, sem esquecer a primeira-dama, Michele Obama.

ALTERNATIVAS LIMPASNas questões políticas, Oba-ma afirmou que o mundo “não tem hipótese” contra as alterações climáticas

sem a inclusão de países em desenvolvimento, como é o caso da Índia. “Eu conheço o argumento usado por alguns de que é injusto para países como os EUA pedirem às nações em desenvolvimento e às economias emergentes, como a Índia, que reduzam a sua dependência dos mes-mos combustíveis fósseis que ajudaram a alimentar o nosso crescimento por mais de um século. (Mas) a verdade é que, mesmo que países como os EUA cortem as emissões, não teremos hipótese contra as altera-ções climáticas se países em desenvolvimento como a Índia – com crescentes necessidades energéticas – também não aderirem a fontes mais limpas”, disse.

Na Arábia Saudita, Ba-rack Obama reuniu-se on-tem com Salman, o novo rei do país, a fim de estreitar relações na área dos mer-cados da energia e na luta contra as acções terroristas. Salman já prometeu manter as políticas que até então le-vadas a cabo por Abdullah, incluindo as pastas do Pe-tróleo, Finanças e Relações Exteriores. - A.S.S./Lusa

PARENTS ARE WELCOME TO ATTEND APARENTS’ INFORMATION MEETING FOR ENROLING NEW K1 PUPILS

FOR SEPTEMBER 2015AT

M A C A U A N G L I C A N C O L L E G EAV. PADRE TOMÁS PEREIRA, NO. 109-117, TAIPA, MACAU

THIRD FLOOR, SCHOOL HALLON

TUESDAY, FEBRUARY 10th 2015, 7:30 P.M.

*Four new K1 classes commence in September 2015.*100 places will be offered to new K1 pupils aged 3, in 4 classes of 25. *English and Putonghua are the main languages of instruction. *Creative teaching styles; child centred learning.*Application Days, from March 2nd to 5th 2015.*Assessment Day, Saturday, March 7th 2015, from 9:00 a.m. (Details to follow).

Anúncio

Faz-se saber que em relação ao concurso público n.o 28/P/14 para «Fornecimento de um sistema de angiografia por subtracção digital, incluindo o projecto de concepção e a respectiva empreitada de remodelação», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 1, II Série, de 7 de Janeiro de 2015, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2.º do programa do concurso público pela entidade que o realiza e que foram juntos ao respectivo processo.

Os referidos esclarecimentos encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar.

Serviços de Saúde, aos 22 de Janeiro de 2015.

O Director dos Serviços

Lei Chin Ion

Anúncio

Faz-se saber que em relação ao concurso público n.o 29/P/14 para «Empreitada de Concepção, Fornecimento e Instalação dos Sistemas de Chamada de Enfermeiras do Centro Hospitalar Conde de São Januário», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 1, II Série, de 7 de Janeiro de 2015, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2.º do programa do concurso público pela entidade que o realiza e que foram juntos ao respectivo processo.

Os referidos esclarecimentos encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar.

Serviços de Saúde, aos 22 de Janeiro de 2015.

O Director dos Serviços

Lei Chin Ion

AVISOREGIME PARA A SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO

DE CONSULTA DAS EMPREITADAS DE OBRAS PÚBLICASRENOVAÇÃO DE INSCRIÇÃO NA D.S.S.O.P.T.

Nos termos do disposto no nº 1.8 da Descrição do Funcionamento do Regime para a Sistematização do Processo de Consulta das Empreitadas de Obras Públicas (2011), avisa-se, por este meio, a todos os construtores civis e empresas que aderiram ao aludido Regime para procederem, no período compreendido entre 2 à 27 de Fevereiro de 2015, durante as horas de expediente, na Secção de Atendimento e Expediente Geral da DSSOPT, a renovação da respectiva inscrição, caducando findo este prazo.

O impresso para o pedido de renovação poderá ser pessoalmente levantado na DSSOPT, encontrando-se também disponível para download no portal electrónico desta DSSOPT (www.dssopt.gov.mo), sendo ainda aceite fotocópia do aludido impresso.

Assim sendo, ficam desde já notificados os construtores civis e empresas sobre a renovação da respectiva inscrição, pelo que não serão individualmente notificados quanto a este assunto.

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, aos 21 de Janeiro de 2015.

O Director dos Serviços,LI CANFENG

13REGIÃO

Page 14: Hoje Macau 28 JAN 2015 #3261

14 hoje macau quarta-feira 28.1.2015

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WANG CHONG 王充 OS DISCURSOS PONDERADOS DE WANG CHONG

Invenções sobre a morte – 3

O Duque Hui exumou o príncipe herdeiro Shensheng para o tornar a enterrar alhures. Durante o Outono, Hutu o antigo cocheiro de Shensheng dirigiu-se à segunda capital [xia guo, um termo algo depreciativo...]. Terá então encontrado o fantasma de Shensheng que o fez subir ao coche para o conduzir e lhe disse: “Yiwu ri-se dos ritos, por isso pedi ao Senhor do Céu, e dele consegui, que o território de Jin seja cedido ao país de Qin. Em Qin me oferecerão sacrifícios”. Hutu replicou:” Segundo o que este seu servo sempre ouviu dizer, as almas dos mortos não aceitam as oferendas daqueles que não são seus descendentes e as pessoas não fazem oferendas aos antepassados de outros clãs: [se o pais de Jin passar ao controlo dos Qin] ninguém mais vos fará oferendas! E para mais, de que crime [são culpados os habitantes de Jin para perderem seu país]? Por favor pensai bem nisto!” O príncipe herdeiro disse: “Seja! Farei então um novo pedido ao Senhor do Céu. Marquemos encontro dentro de sete dias com o feiticeiro que vive no limite ocidental da Nova Cidade [Quwo, no actual Shanxi]”. Hutu assim prometeu e Shensheng sumiu-se de sua vista. No dito dia, Hutu dirigiu-se ao feiticeiro e encontrou de novo Shensheng, que lhe disse:” O Senhor do Céu permitiu-me castigar o culpado, que sofrerá uma terrível derrota em Han”.Quatro anos mais tarde, em Han, o Duque Hui fez batalha contra o Duque Mu de Qin e foi capturado por este último, exactamente como Sensheng havia anunciado. Como explicar esta história senão pela intervenção de forças sobrenaturais?

Tradução de Rui CascaisIlustração de Rui Rasquinho

Wang Chong (王充), nasceu em Shangyu (actual Shaoxing, província de Zhejiang) no ano 27 da Era Comum e terá falecido por volta do ano 100, tendo vivido no período correspondente à Dinastia Han do Leste. A sua obra principal, Lùnhéng (論衡), ou Discursos Ponderados, oferece uma visão racional, secular e naturalista do mundo e do homem, constituindo uma reacção crítica àquilo que Wang entendia ser uma época dominada pela superstição e ritualismo. Segundo a sinóloga Anne Cheng, Wang terá sido “um espírito crítico particularmente audacioso”, um pensador independente situado nas margens do poder central. A versão portuguesa aqui apresentada baseia-se na tradução francesa em Wang Chong, Discussions Critiques, Gallimard: Paris, 1997.

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15 artes, letras e ideiashoje macau quarta-feira 28.1.2015

As almas dos mortos não aceitam as oferendas daqueles que não são seus descendentes.

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16 DESPORTO hoje macau quarta-feira 28.1.2015

GONÇALO LOBO [email protected]

A OS 28 anos, Jorge Ta-vares prossegue a sua carreira no Sporting de Macau depois de

uma primeira experiência no rival Benfica em 2013. Para o craque português, o futebol de Macau tem tudo para evoluir mais, mas muitos são os que ainda lhe torcem o nariz. Fã assumido do treinador Jorge Jesus, Tavares falou-nos do seu percurso e como pretende continuar a jogar por estas bandas.

Começou a jogar futebol com que idade?Comecei a jogar federado no Be-lenenses. Mas como era longe de casa acabei por me mudar para o Carcavelos. Tinha oito anos de ida-de. Quando jogava no Carcavelos apareceram olheiros do Sporting que me viram durante vários jogos e contactaram o meu pai, que apesar de ser benfiquista me deixou ir para o Sporting. Naquela altura, o Sporting já tinha a melhor formação em Portugal e isso terá pesado na decisão.

Com que jogadores é que se cru-zou na formação do Sporting?Ainda joguei com o Cristiano Ronaldo durante dois anos. Depois ainda com o João Moutinho, o Miguel Veloso, o Carlos Saleiro, entre outros.

E ficou por lá quanto tempo?Fiquei no Sporting até ao juvenis e entretanto tive um contacto do Belenenses que me ofereceu outras condições e decidi pedir ao Spor-ting se podia sair para prosseguir a carreira noutro clube. Esse pro-cesso foi complicado pois não me queriam deixar sair, mas os dois clubes chegaram a um consenso depois de me trocarem com o Pereirinha, que joga hoje na Lazio.

Chega ao Belenenses, conclui os juniores e é o clube de Belém que lhe abre as portas do futebol sé-nior. Isso acontece em que época?Aconteceu, se a memória não me engana, no primeiro ano de juniores. Nessa altura comecei logo a treinar com o plantel sénior e até creio que foi nesse ano que me estreei na 1.ª Divisão com o Carlos Carvalhal, apesar de quem me deu a oportunidade de começar a treinar com a equipa sénior ter sido Manuel José.

Como correu essa experiência no Belenenses?No primeiro ano de júnior treinei a época toda com os seniores. No segundo ano de júnior já alternei e estive mais tempo com os junio-res. Depois, com mais um ano de contrato e no meu primeiro ano de sénior, não quiseram que fizesse parte do plantel e emprestaram-me ao Olivais e Moscavide. Com a ida

JORGE TAVARES, MÉDIO OFENSIVO, EM ENTREVISTA AO HOJE MACAU

“Quero continuar a jogar no Sporting de Macau”de Jorge Jesus para o Belenenses no ano seguinte, ele acabou por ser franco e disse que não conta-va comigo pois já tinha os seus jogadores.

Guarda mágoa de Jorge Jesus?Não. São opções. O futebol é feito disto e o Jorge Jesus é, para mim, o segundo melhor treinador portu-guês a seguir ao José Mourinho. É um treinador que sabe o que faz e é bastante exigente.

Após a experiência Belenenses o que é que se segue?Acabo por ficar no Olivais e Moscavide. Eles contactaram--me. Ainda estavam a jogar na

2.ª Divisão e acabei por ficar. Foi uma época difícil e acabámos por descer de divisão para a 2.ª B. Era um plantel interessante mas carregado de jogadores empresta-dos como o Fábio Paim, o Carlos Saleiro e o André Marques. En-fim, descemos. No ano seguinte, também a defender as cores de Moscavide, acabámos por fazer um bom campeonato e quase

que voltámos à Liga de Honra. Estivemos no play-off de subida com o Sporting da Covilhã mas acabaram por ser eles a subir de divisão. E acabei por sair nesse ano e fui para a Roménia.

PROCURAR A FAMA NO EXTERIOR

Começa aí a sua odisseia no futebol internacional.

Foi contactado depois de terem visto um jogo meu contra o Atlético, jogo esse que me tinha corrido bem e acabei por assinar pelo Gloria Buzau. Fiquei pela Roménia praticamente um ano mas os pagamentos não eram regulares nem tão pouco o que tinha sido combinado. Ainda fiz 14 ou 15 jogos na equipa principal mas aca-bei na equipa B depois de alguma confusões. Acabei por colocar o caso na FIFA com a ajuda do Sin-dicato de Jogadores em Portugal. É que, na verdade, tinha três anos de contrato mas acabei por apenas cumprir um.

E segue-se o futebol cipriota.Exacto. Foi para a 2.ª Liga cipriota defender as cores do Ayia Napa.

1994/1995 – Belenenses (POR)

1995/1996 – Carcavelos (POR)

1996/1997 – Carcavelos (POR)

1997/1998 – Carcavelos (POR)

1998/1999 – Sporting (POR)

1999/2000 – Sporting (POR)

2000/2001 – Sporting (POR)

2001/2002 – Sporting (POR)

2002/2003 – Sporting (POR)

2003/2004 – Belenenses (POR)

2004/2005 – Belenenses (POR)

2005/2006 – Olivais e Moscavide (POR)

2006/2007 – Olivais e Moscavide (POR)

2007/2008 – Olivais e Moscavide (POR)

2008/2009 – Gloria Buzau (ROM)

2009/2010 – Ayia Napa (CYP)

2010/2011 – Ayia Napa (CYP)

2011/2012 – Ayia Napa (CYP)

2013 – Benfica de Macau (MAC)

2013/2014 – Onisilos (CYP)

2014 – Sporting de Macau (MAC)

2015 – Sporting de Macau (MAC)

Nome: Jorge Humberto Pinto Tavares

Data de Nascimento: 22-04-1986 (28 anos)

Naturalidade: Oeiras - Portugal

Altura: 176 cm

Peso: 77 kg

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DADOS PESSOAIS

PERCURSO

17 desportohoje macau quarta-feira 28.1.2015

JORGE TAVARES, MÉDIO OFENSIVO, EM ENTREVISTA AO HOJE MACAU

“Quero continuar a jogar no Sporting de Macau”

LIGA PORTUGUESA BENFICA DEVERÁ SER CAMPEÃOAproveitando o conhecimento de Jorge Tavares, quisemos saber quais os prognósticos para a Liga Portuguesa deste ano. O médio do Sporting de Macau falou mesmo que “os três primeiros devem acabar como estão agora”, o que indica que o Benfica tem todas as possibilidade de revalidar o título. “Penso que o Benfica será campeão, até porque leva uma vantagem considerável sobre o FC Porto e Sporting.”O que está a acontecer no Benfica tem muito a ver com o treinador. Para Jorge Tavares, Jorge Jesus é o elo mais forte num plantel que não é o melhor. “Penso que o FC Porto tem um melhor plantel, com melhores opções, mas o facto do Jorge Jesus estar no Benfica, muda muito as coisas. É um treinador do qual sou fã e ele já provou que pode ser vencedor. Sem ele, talvez o Benfica não estivesse como está.”Já o Sporting, está “numa fase de reestruturação” desportiva e até financeira. “Está a apostar cada vez mais na sua formação que é reconhecida mundialmente como sendo de qualidade.

“Se acabarmospor trabalhar bem existe sempre uma forma de não dar passos atrás.”

Estive lá durante três anos, de 2009 a 2012. No primeiro ano fiz a época quase toda, e perto de assinar contrato com um clube da 1.ª Liga, mas lesionei-me a duas jornadas do fim pela primeira vez no joelho e parei sete meses. Mesmo com esta infelicidade, o Ayia Napa contactou-me para a época seguinte, época que perdi quase toda, e o Ayia Napa estava na 3.ª Divisão. Não tendo arranjado oportunidades noutras ligas, talvez porque as pessoas temiam o estado do meu joelho, acabei por ficar no Ayia Napa onde, no último ano, fizemos uma grande época tendo subido de divisão.

Mas acabou por sair do Chipre?O Ayia Napa deparou-se com pro-blemas financeiros e, nessa altura, acabei por entrar em contacto com os responsáveis do Benfica de Macau, através de um amigo que jogava no Sporting de Macau, o João Pedro Godinho, que me apresentou ao mister Rui Cardoso e ao Fernando Silva. Acabei por aceitar vir.

Qual foi a primeira sensação quando lhe falaram de Macau?Durante todo esse processo, acabei por me reunir com o Fernando Silva em Portugal que me explicou como é o futebol de Macau. Foi ele que me explicou que Macau era pequeno, que não havia campos para treinar, que não havia horários, que as relvas eram de má qualidade, etc. Mas decidi arriscar e fiz um ano de Benfica.

Correu bem a primeira expe-riência no território?Correu benzinho. Acabei por me lesionar, fiquei alguns jogos de fora, mas não foi grave. Gostei da experiência.

Mas volta novamente ao Chipre.Foi contactado para jogar outra vez na 2.ª Divisão, noutro clube, o Onisilos, mas voltou-se a passar o mesmo que noutras alturas. Era suposto ficar uma época inteira mas apenas fiquei seis meses. Até Dezembro, só tinha recebido cerca de dois meses de salário e acabei

por me vir embora. Fiquei parado, mas já tinha falado com o Sporting de Macau quando saí do Benfica que se não houvesse Chipre teria ficado com eles.

DE VOLTA A MACAUE AO “SEU” SPORTING

O Jorge acabou por chegar mais cedo para fazer a Bolinha e agora a Liga de Elite. Não tinha lugar num campeonato mais evoluído?

Há quem diga que sim, há quem diga que seria complicado. A verdade é que tenho o problema do passe internacional que, bem ou mal, não vem para aqui mas continua no Chipre. É caríssimo comprar o passe. Ainda tentei entrar no 1.º de Dezembro para jogar uma época mas é muito caro. E depois há o problema dos salários e dos atrasos no pagamento desses salários. Fora a I Liga, é muito com-plicado jogar em Portugal. Aqui, e numa fase que o futebol está a evoluir, pagam certinho e isso é importante para a estabilidade de um jogador de futebol pois não tem de se preocupar.

Quais são as expectativas do Jorge Tavares, actualmente com

“É mais fácil chegara um clube e dizerque vim da 3.ª Divisãode Portugal do quedizer que vim da 1.ªDivisão de Macau”

28 anos, nesta época a defender as cores do Sporting de Macau?Tentar fazer melhor do que o ano passado em termos colectivos, uma vez que fizeram um excelente campeonato tendo acabado em segundo e com a possibilidade de terem sido campeões até à última jornada. Individualmente, espero fazer o maior número de jogos possíveis e que o campeonato corra bem. Se alguém tiver que dar nas vistas, a realidade é que é fácil dar-se nas vistas.

Acha que o Sporting perdeu alguns bons executantes em relação ao ano passado?Perdeu claro, mas não vejo o plan-tel como estando mais fraco. Temos bons jogadores locais. O grupo terá de se voltar a unir em torno destas jogadores locais e todos temos de trabalhar para o mesmo lado.

Macau é alavanca para outros voos?Não. Para ser sincero, quero con-tinuar. A realidade é que é compli-cado sair de Macau e jogar noutros campeonatos. Parece que ainda existe um grande preconceito em relação a isso. As pessoas não vêem com bons olhos uma experiência no futebol de Macau no currículo. É mais fácil chegar a um clube e dizer que vim da 3.ª Divisão de Portugal do que dizer que vim da 1.ª Divisão de Macau. Esta é, infelizmente, a realidade. Quem ouve a palavra Macau lembra-se de futebol amador, apesar de evo-luírem cá bons jogadores.

Mas o Jorge Tavares já tem al-gum trajecto anterior que não pode ser apagado só porque sim.Claro que sim. Ninguém apaga o passado. E, aos poucos, o futebol de Macau começa a ficar um pouco mais reconhecido.

Macau é um passo atrás numa carreira?Não diria que é um passo atrás. Se acabarmos por trabalhar bem existe sempre uma forma de não dar passos atrás. A força psicológica ajuda muito nesse

sentido. Creio, no entanto, que o nível global do futebol de Macau pode e deve aumentar.

Acha que existem jogadores em Portugal que já começam a ter curiosidade pelo futebol da RAEM?Por vezes falo com jogadores amigos de Portugal acerca de Macau mas sou sempre sincero em relação às condições de vir treinar e jogar para cá. É preciso deixar isso muito bem explicado pois nem todos aceitam treinar em condições amadoras e em locais de fraca qualidade. Por exemplo, o Bruno Brito, meu colega e meu amigo pessoal, antes de vir para cá expliquei-lhe o que é o futebol de Macau, e ele acabou por arriscar.

Que jogadores conhece em Ma-cau com os quais tenha jogado noutros campeonatos?Conheço com o Filipe Duarte que joguei contra quando ele estava no Oriental e eu no Olivais e Mosca-vide e conheço o Bruno Brito, que foi meu companheiro na infância no Carcavelos e depois voltei a apanhá-lo no Chipre em equipas diferentes.

O que é que pensou, enquanto jogador do Sporting de Macau, da possibilidade do Liedson vir a ser seu companheiro?Na realidade, achei estranho. Um jogador como ele, com um cur-rículo fantástico, vir para Macau apesar de já ter 37 anos. Mesmo com essa idade, seria um jogador fabuloso para o campeonato de Macau. Acrescentava e faria a diferença se viesse. Até comentei com alguns colegas que seria um prazer vê-lo a jogar por aqui e ainda mais na mesma equipa.

Voltando à Liga de Elite. Quem é que são os candidatos ao título?Penso que os candidatos, como sempre, serão o Benfica, o Mon-te Carlo e o Ka I. O Sporting apresenta-se um pouco à parte apesar do ano passado ter sido uma grande surpresa. Não creio

que sejamos vistos como can-didatos. É certo que vamos

andar lá em cima, juntos dos primeiros lugares.

Claro que não enjei-tamos a possibili-dade de sermos campeões mas também não es-tamos obceca-dos com isso. Queremos tra-balhar e deixar o tempo cor-rer. Este ano, o

campeonato está muito mais equi-

librado que nou-tros anos. O Chao

Pak Kei também terá uma palavra a dizer.

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T E M P O C H U VA M I N 1 0 M A X 1 2 H U M 8 0 - 9 8 % • E U R O 9 . 4 B A H T 0 . 2 Y U A N 1 . 3

João Corvo

Um governo defende uma classe. Agora chama-se um lóbi mas, no fundo, é a mesma coisa.

ACONTECEU HOJE 28 DE JANEIRO

H O J E H Á F I L M E

O QUE FAZER ESTA SEMANA?

fonte da inveja

18 hoje macau quarta-feira 28.1.2015(F)UTILIDADES

Data da colocação da primeira pedra da Torre Eiffel, em 1887• França em destaque a 28 de Janeiro, dia em que foi colocada a primeira pedra da Torre Eiffel, em 1887, dois anos antes da inauguração deste ícone de Paris. Nesta data, no ano de 814, morre Carlos Magno, Rei de França, e nasce, em 1955, Nicolas Sarkozy, ex-Presidente francês. A Procter & Gamble compra a Gillette, num dos maiores negócios de sempre.Hoje é dia 28 de Janeiro, aniversário do Banco da Espanha, criado em 1856, e data em que se assinala o fim da Guerra Franco-Prussiana, ocorrido em 1871.Corria o ano de 1887 quando a 28 de Janeiro foi colocada a primeira pedra da Torre Eiffel, projectada por Gustave Eiffel, que viria a ser concluída dois anos mais tarde. Os seus 300 metros transformaram-na na construção mais alta do mundo, com 300 metros de altura.Em 1935, a Islândia legaliza o aborto, tornando-se no primeiro país do mundo a legalizar esta prática. Anos mais tarde, em 1943, na efervescência da II Guerra Mundial, a Alemanha procede ao recrutamento de homens com idades compreendidas entre os 16 e os 65 anos.Nas artes, Elvis Presley consegue a sua primeira aparição nos ecrãs de televisão, em 1956, cantando os temas ‘Blue Suede Shoes’ e ‘Heartbreak Hotel’.Em 2003, Ariel Sharon é reeleito primeiro-ministro de Israel, exactamente dois anos antes de a Procter & Gamble comprar a Gillette, por 57 mil milhões de dólares, num dos maiores negócios alguma vez realizados na história mundial.Morreram a 28 de Janeiro, além de Carlos Magno, o Rei Henrique VIII de Inglaterra (1547) e, em 1924, Teófilo Braga, político, escritor e ensaísta português.Nasceram Jose Martí (escritor cubano e mártir da Inde-pendência de Cuba), em 1853, e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy (em 1955). A 28 de Janeiro, assinala-se o Dia Internacional da Protecção de Dados Pessoais.

• HojeCONFERÊNCIA SOBRE DESENVOLVIMENTO ARQUITECTÓNICO NO JAPÃOUniversidade de São José, 18h30Entrada livre

• AmanhãLANÇAMENTO DO LIVRO “CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DE MACAU”, DE BEATRIZ BASTO DA SILVAClube Militar, 18hEntrada livre

LANÇAMENTO DO LIVRO “ESCRITOS DE AMOR E DESAFECTO”, DE ANTÓNIO CONCEIÇÃO JÚNIOR Auditório do Consulado-Geral de Portugal em Macau, 18h15Entrada livre

CONVERSAS ILUSTRADAS COM MÚSICA: “O ORIENTE NA ÓPERA OCIDENTAL – LAKMÉ” Fundação Rui Cunha, 18h30Entrada livre

• Sexta-feiraBUFFET DE VINHO E CERVEJA E ESPECTÁCULOS AO VIVOSoho, City Of Dreams, a partir das 19hBilhetes a 150 patacas

SEMINÁRIO “MEMÓRIA COLECTIVA, MULTIDISCIPLINARIDADE, SOCIOLOGIA POLÍTICA: AS ILHAS DE CONTENÇÃO DA CHINA E DO JAPÃO”, POR TIM LIAO Universidade de Macau, 15h às 16h30Entrada livre

• DiariamenteEXPOSIÇÃO “PONTO DE PARTIDA: PINTURASDE DENNIS MURREL E DOS SEUS ARTISTAS” (ATÉ 31/01)Fundação Rui Cunha, 18h30Entrada livre

EXPOSIÇÃO DE SÂNDALO VERMELHO (ATÉ 22/03)MGM ResortEntrada livre

EXPOSIÇÃO DE PINTURA “KOREAN ART”, COM OH YOUNG SOOK E KIM YEON OK (ATÉ 15/02)Galeria Iao HinEntrada livre

EXPOSIÇÃO DE DESIGN DE CARTAZES “V•X•XV:” (OBRAS DE 1999, 2004 E 2009) [ATÉ 15/03]Museu da Transferência da Soberania de Macau, 10h00 às 19h00Entrada livre

EXPOSIÇÃO “TRANSMUTATION” E “FOAM TIP” (PINTURA E PORCELANA, POR CAROL KWOK E ARLINDA FROTA) Signum Living Store, 18h30 (até 31/01)Entrada livre

“SELF/UNSELF” – EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS DE ARTISTAS HOLANDESES (ATÉ 15/03)Centro de Design de MacauEntrada livre

ILUSTRAÇÕES PARA CALENDÁRIO, DE GUAN HUINONG (ATÉ 10/05)Museu de Arte de Macau, das 10h às 19hEntrada livre

“JULIE AND JÚLIA”(NORA EPHORON, 2009)

Uma comédia norte-americana que só vale a pena ver pela presença da aclamada actriz Meryl Streep, que transforma qualquer papel numa personagem memorável. Júlia Child (Streep) faz-se uma cozinheira famosa em Paris ao lado do marido nos anos 60, enquanto que Julie Powell, uma fã, imita todas as suas receitas que escreve num blogue, muitos anos depois, no meio de uma vida agitada no bairro Queens. Um filme cheio de cores e sabores mas que tem falta daquela pitada de sal e pimenta para ser algo mais do que uma película de domingo à tarde. - Andreia Sofia Silva

C I N E M ACineteatro

SALA 1BLACKHAT [C]Um filme de: Michael MannCom: Chris Hemsworth, Viola Davis, Tang Wei, Wang Leehom14.15, 16.45, 19.15, 21.45

SALA 2INTO THE WOODS [B]Um filme de: Rob Marshall

Com: James Corden, Emily Blunt, Meryl Streep14.30, 16.45, 19.15, 21.30

SALA 3AMERICAN SPINER [C]Um filme de: Clint EastwoodCom: Bradley Cooper, Sienna Miller14.315, 16.45, 19.15, 21.45

BLACKHAT

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Filipa Araújo; Flora Fong (estagiária); Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Simões Morais; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; David Chan; Fernando Eloy; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

19hoje macau quarta-feira 28.1.2015 ócios / negóciosVSTUDIO, ESTÚDIO DE DANÇA VÍTOR KUMAR

“ESTA É A DANÇA MAIS FELIZ DO MUNDO”

FIL IPA ARAÚ[email protected]

D IRECTAMENTE da Índia, Víctor Kumar, dançarino, coreógrafo e performer chegou em 2008 ao

território. “Vim para Macau há sete anos dar aulas de Yoga e dança de Bollywood”, começa por contar. Depois de receber “bastante incentivo” por parte dos seus alunos e amigos, Victor Kumar decidiu apostar num negócio, só seu. O ideal, para si, era então um espaço onde, com outros professores, reunisse as modalidades em que é especializado.

“Sempre quis ter um espaço meu, um negócio. E as coisas aconteceram natural-mente, com o apoio e incentivo de todos os que me rodeavam”, diz. E foi assim que a 23 de Fevereiro do ano passado nasceu o VStudio, Art&Culture.

Com mais de 200 alunos, neste mo-mento, o estúdio de dança tipicamente indiana e as suas artes, destaca-se pela sua oferta variada nos horários e modalidades. “Preocupamo-nos com o dia-a-dia dos nos-sos alunos, e por isso, também percebemos que os horários devem ser criados a pensar nisso, na disponibilidade das pessoas, e das suas vidas”, explica o director do espaço.

Reflectindo a “riqueza e singularidade” do passado nas artes do Victor Kumar, o estúdio de dança junta os “ares orientais com a dança indiana”. “Quero que o meu estúdio esteja vivo todos os dias, com o espírito, coração e paixão características da cultura indiana”, afirma.

CADA VEZ MAISPara além deste tipo de modalidades, Vítor Kumar conta que HM que não só de Yoga ou dança indiana se resume o espaço. “Te-mos também aulas de Jazz e Funk e muitas variedades de música indiana”, explica. Num horário bem repleto, os admiradores podem escolher que tipo de dança querem

praticar, tais como, Bollyjam, ideal para os que não querem perder peso mas sim tonificar o seu corpo, dança Bhangra, que consiste numa série de exercícios de saltos e movimentos rotativos de ombros e pulsos, oriunda da região de Punjab no Norte da Índia.

Também dentro do mundo do relaxa-mento, e da modalidade de Yoga o Vstudio tem uma oferta vasta. Desde o balance yoga, com movimentos mais calmos e relaxantes, ao Hatha Yoga, passando pelo Power Yoga até ao Flow Yoga, “há para todas idades e experiências”, conta.

O director explica ainda que “há cada vez mais adeptos destas modalidades” porque, segundo o mesmo, é impossível “resistir à alegria transmitida pela dança de bollywood. Esta é a dança mais feliz do mundo”. O professor afirma que este

tipo de dança “é sempre bastante diver-tida dando a sensação de frescura e boa disposição a quem a pratica”.

Relativamente às aulas de Yoga, Victor esclarece que cada vez há mais pessoas “preocupadas com o seu bem-estar e saú-de” e por isso, apostam muito neste tipo de actividade física. “E por isso mesmo nós, professores, apostamos muito no treino correcto de postura, na flexibilidade de bem-estar dos nossos alunos”, esclarece.

PARA TODOS Relativamente ao professores, o director conta que uma das suas preocupações foi ter profissionais ao seu lado que sou-bessem falar a língua local e outras. “A nossa equipa conta com seis professores, e todos eles falam mandarim ou cantonês ou inglês, para que as aulas possam estar

adaptadas a todo o tipo de alunos e para que todos percebam”, conta, sublinhando que “apenas está em falta o português”, algo que futuramente será diferente, pois segundo explica o director, apostar no português será o próximo passo.

Fechado apenas ao Domingo, o Vstudio tem aulas desde as 09horas da manhã até às 22 horas, tendo por isso, “uma boa calen-

darização para os diferen-tes horários dos alunos”. Para o futuro, o director conta que pretende apostar mais na cultura indiana, organizando workshops com professores vindos directamente da Índia. “Assim poderemos estar sempre em actualização e sempre a acompanhar o desenvolvimento artísti-co”, explica.

Nos planos está ainda incluída a organização, em Março de 2015, do Festival Holi, também denominado Festival das Cores, muito conhecido no Índia, que pretende dar as boas vindas à primavera com um espectáculo de cor e dança. Neste momento festivo, os participantes vestem-se de branco e celebrando com pó de cor festejam o momento com pura alegria. “Somos nós que vamos organizar este ano o festival, e tudo tem que estar pronto, já estamos em fase de pre-parações”, remata.

Com mais de 200 alunos, e de apenas um ano, o VStudio chegoua Macau e conquistou o seu espaço. Reunindo a arte e envolvênciada cultura indiana, o local oferece aos interessados momentos de relaxecom yoga ou pura diversão com a dança de bollywood

“Quero que o meu estúdio esteja vivo todos os dias,com o espírito, coraçãoe paixão característicasda cultura indiana”

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hoje macau quarta-feira 28.1.2015

Rendas Agências apontam para desaceleraçãopara espaços fabrisO aumento da rendas de espaços fabris locais deverá ser menos rápido do que nos três anos passados, estimam as agências imobiliárias da região, Centaline e Midland Realty. De acordo com notícia do Business Daily, a falta de procura por espaços deste género fará ainda com que a quantidade de espaços para venda ou arrendamento se mantenha igual à do ano passado.

TNR Professor de Pequim alerta para tensão regional John Zacharias alerta para a eventualidade de tensões entre as regiões do Delta do Rio das Pérolas, que justifica com o facto de Macau empregar um grande volume de TNR por baixos salários. “A crescente proporção de trabalhadores migrantes com ordenados relativamente baixos, necessária para apoiar a boa vida [de Macau] pode ser fonte para tensões significativas no futuro”, disse o professor de Pequim, num estudo sobre o impacto do Jogo nesta zona da Ásia. De acordo com notícia da revista Macau Business, Zacharias acredita que existem “enormes disparidades de salário nas várias cidades a nível individual”, um problema que pode acentuar-se ainda mais. O professor lecciona na Universidade de Arquitectura e Paisagem de Pequim.

Raimundo do Rosário sugere mudançasem direcções de serviço

O Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo

do Rosário, disse esperar “profissio-nalismo” de direcções de serviço, comissões e conselhos que visitou na semana passada. Após a visita a mais de cinco entidades, o Secretário assegurou ter compreendido as prin-cipais dificuldades que cada um dos dirigentes enfrenta.

Raimundo do Rosário pediu, du-rante a visita à Direcção dos Serviços de Regulação de Telecomunicações, que os trabalhos de planeamento do serviço Triple Play fossem acelerados. Já durante a deslocação ao Conselho de Ciência e Tecnologia, onde se reuniu com a secretária-geral Leong Pou Fong, o Secretário incentivou a entidade a realizar mais acções de sensibilização e divulgação sobre a “popularização” da ciência.

De acordo com comunicado do Gabinete do Secretário, o responsável visitou a Comissão de Segurança dos Combustíveis, na qual ouviu quais os trabalhos desenvolvidos pelos funcio-nários, tendo-se ainda deslocado aos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, à Direcção dos Serviços de Correios, e ao Conselho de Ciência e Tecnologia.

Alexis Tampromete reforçar políticas da juventude

O Secretário para os Assuntos So-ciais e Cultura, Alexis Tam, reuniu

ontem com dirigentes da Associação da Nova Juventude Chinesa de Macau, tendo prometido “reforçar as políticas de juventude, criando condições para que os jovens possam progredir e de-sempenhar funções mais importantes na sociedade de Macau”.

Segundo um comunicado ontem divulgado, Alexis Tam disse ainda que “os jovens devem traçar objectivos a longo prazo, no que diz respeito ao em-prego e formação profissional e refor-çar, ao mesmo tempo, a necessidade de fomentar uma maior competitividade e uma maior capacidade de resposta aos desafios futuros”. Quanto ao papel da associação, esta deve tornar-se no “think thank” para a elaboração dessas mesmas políticas, frisou o Secretário, por forma a “concentrar os talentos jovens locais com o objectivo de pro-duzir mudanças na área da juventude e na sociedade de Macau”.

Os representantes da associação “afirmaram que estão disponíveis para servir de ponte entre os jovens e o Go-verno, apresentando a real situação da juventude local, e, ao mesmo tempo, ajudando os jovens a compreenderem melhor as políticas do Governo”.

Alexis Tam não deixou de apontar o dedo à juventude actual, acusando-a de ser “conformista, sem objectivos a longo prazo”.

U MA turista britânica que foi encontrada sem vida, na passada quarta-feira, numa

ilha popular da Tailândia consu-miu álcool e um tranquilizante, uma combinação potencialmente fatal, informou a polícia, citando dados preliminares da autópsia.

O corpo de Christina Annes-ley, de 23 anos, foi encontrado num ‘bungalow’ em Koh Tao, no sul da Tailândia, na quarta-feira.

“Os resultados preliminares da autópsia mostram a presença de Valium e de álcool no corpo da vítima”, afirmou o porta-voz da polícia tailandesa, o tenente--general Prawut Thavornsiri, em declarações à agência AFP. “Não havia sinais de violação”, disse,

A jovem foi encontrada morta na mesma ilha tailandesa onde há cerca de quatro meses um casal também britânico foi assassinado

KOH TAO INGLESA FALECIDA TINHA TRANQUILIZANTES NO SANGUE

O paraíso não está à vista

“Os resultados preliminares da autópsia mostram a presença de Valium e de álcool nocorpo da vítima”PRAWUT THAVORNSIRIPorta-voz da polícia

cartoon por Stephff

acrescentando que dentro de três dias serão conhecidos os resulta-dos totais da autópsia realizada ao corpo da jovem.

A morte de Annesley ocorreu quatro meses depois de um casal britânico ter sido assassinado

na mesma ilha num caso que colocou a polícia local sob forte pressão.

Dois birmaneses foram acusa-dos do homicídio de David Miller, de 24 anos, e de violação e homi-cídio de Hannah Witheridge, de 23. Mais tarde, ambos alegaram que as confissões foram obtidas sob coação.

DEBAIXO DE FOGOAs autoridades também foram alvo de fortes críticas por permi-tirem aos residentes e aos jorna-listas acesso ao local do crime.

A polícia de Koh Tao disse não haver sinais de que tenha sido cometido um crime no quarto do ‘bungalow’ onde a jovem foi encontrada.

Contudo, na tentativa de evitar críticas relativamente à forma como estão a lidar com o caso, o corpo da turista britânica foi enviado para Banguecoque para a realização de uma autóp-sia completa, levada a cabo no domingo.

Na semana passada, a polícia de Koh Tao indicou ter descoberto no quarto da jovem três tipos de medicamentos, mas não drogas.

O jornal britânico The Tele-graph noticiou que a mãe da víti-ma, Margaret, escreveu no mural do Facebook da filha que a jovem morreu “de causas naturais”.