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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 43 Domingo, 26.10.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 A partir do 1º trimestre de 2015 a literatura da escola bíblica dominical será produzida pela cbb e distribuida pela convicção editora NOVIDADE! NOVIDADE! A partir do 1º trimestre de 2015 a literatura da escola bíblica dominical será produzida pela cbb e distribuida pela convicção editora

Jornal Batista nº 43-2014

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Nesta edição de nº 43 desta semana, você confere como será a nova Literatura da Escola Bíblica Dominical (EBD) que será produzida pela CBB e distribuída pela Convicção Editora. Saiba mais... - Será que existiria um LUTERO hoje em dia? (pág. 04); - Parábolas Vivas – “ Coisas da Graça” – (pág. 05); - Celebrações marcam avanço da obra missionária entre os indígenas da tribo Arara – RO (pág. 07) - A Igreja faz falta no Mundo? (pág.14).

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1o jornal batista – domingo, 26/10/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 43 Domingo, 26.10.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

A partir do 1º trimestre de 2015a literatura da escola bíblica dominical

será produzida pela cbb e distribuida pela convicção editora

NOVIDADE!NOVIDADE!A partir do 1º trimestre de 2015

a literatura da escola bíblica dominicalserá produzida pela cbb e

distribuida pela convicção editora

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E D I T O R I A L

Essa é a nomenclatura que estamos usando para identificar a lite-ratura que a Conven-

ção Batista Brasileira produz para atender as Igrejas com estudo bíblico sistemático através da Escola Bíblica do-minical e outros programas. Durante os últimos 15 anos, esta literatura vinha sendo produzida de forma tercei-rizada, no que diz respeito à produção e distribuição. Com tudo, a partir do 1º tri-mestre de 2015, toda nossa literatura ficará totalmente em nossas mãos. Estamos conscientes de que é uma tarefa bastante árdua, mas também temos consciência

que esta é uma das nossas responsabilidades.

Como será feito este pro-cesso? A Convicção Editora, editora da Convenção Batista Brasileira, fundada com ca-racterísticas modernas, sem gráfica própria, com uma dinâmica de atendimento bastante arrojada e voltada para o atendimento direto às igrejas, será a responsável pela produção e distribuição da nossa literatura.

Como as igrejas serão aten-didas? Estamos trabalhando para que todas as igrejas sejam atendidas dentro dos prazos, para que todas as classes pos-sam ter a literatura em mãos no primeiro domingo de janeiro.

O que há de novo neste processo? Estamos apresen-tando uma novidade que esperamos agradar a todos os professores e alunos. A revista não terá mais data, poderá ser usada em qual-quer época. Ou seja, se a igreja desejar usar uma lite-ratura produzida em trimestre passado, poderá fazê-lo em qualquer tempo.

O que precisamos para que tudo funcione? Em pri-meiro lugar, precisamos das suas orações em favor da pequena equipe que esta trabalhando imensamente para que tudo funcione com excelência. Precisamos re-ceber os pedidos com boa

antecedência para provi-denciarmos o envio sem nenhum atraso, principal-mente no final do ano, onde as empresas transportadoras têm prazos mais apertados de entregas. Precisamos que cada igreja nos infor-me como esta recebendo a literatura, pois como é uma nova fase, temos muito a aprender. Estamos fazendo todo esforço para que os cus-tos financeiros sejam mais justos para todas as igrejas.

Estamos fazendo de tudo para alcançarmos a excelên-cia em tudo que fazemos. Contamos com todos os ba-tistas brasileiros. A Literatura Batista é nossa. (SOS)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

A discussão, enquan-to caminhavam se-guindo o Mestre, era acalorada. Da-

queles doze discípulos, ho-mens maduros, qual deles era o preferido de Jesus? A qual deles Jesus dispensava maior atenção e projetava no Reino vindouro colocá-lo em eminência? Claro que todos - sem exceção - desejavam a prioridade, o reconheci-mento publico, o aplauso das multidões, o curvar das cabeças em sinal de humil-dade e respeito perante a autoridade máxima. Em meio à discussão surgiu o impasse. Nenhum deles estava dispos-to a ser o segundo violino. O poder atrai, corrompe e leva as pessoas a cometerem ações tresloucadas. Tudo é válido para ser o primeiro, o reconhecido como o melhor.

Jesus já os havia ensina-do que quem desejar ser o primeiro, precisa ser o últi-mo. O maior entre os salvos,

acrescenta Jesus, é como o menor. Aquele que serve sem esperar reconhecimento. Era o que Jesus estava fazendo. “Não veio ao mundo para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resga-te de muitos” (Mt 20.27-28). Apesar do exemplo vivido pelo Mestre, os discípulos não conseguiam colocar em prática as lições transmitidas por ele. Ainda hoje é assim. Os salvos continuam dese-jando e buscando reconhe-cimento. “Não há retorno ao ministério que desenvol-vo”, diz o pastor referindo-se à igreja. Os membros, por sua vez, dizem o mes-mo: “Ninguém reconhece o meu trabalho, o valor dos meus dízimos, os anos como membro fundador da igreja”. Queremos reconhecimento. Uma placa na entrada do santuário. Creio que é por isso que tantas placas são distribuídas nas Assembleias convencionais.

Como Mestre, Jesus resol-veu o problema com ilus-tração simples e objetiva. Tomou uma criança a co-locou no meio do grupo que desejava ser grande e asseverou: “Aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no Reino dos Céus” (Mt 18.4). Algumas dificuldades sur-giram na mente daqueles discípulos. Quem deseja primazia conhece a humil-dade. O menino aceitou ser colocado em destaque para servir de exemplo, sem questionar. Aceitou ser usa-do por Jesus, sem entender o porquê de ser o escolhido para ilustrar uma verdade, que não entendia. Não havia maldade em seu coração. Apenas obedeceu e aceitou ser usado como exemplo. Eles - os discípulos - não eram grandes exemplos de humildade. Estavam dispos-tos a fazer chover fogo do céu para consumir uma pe-

quena aldeia de samaritanos, apenas porque os aldeões se recusaram hospedá-los por uma noite. No horto, Pedro revelou em termos práticos que humildade não era o seu forte. Usou a espada que o acompanhava durante todo o ministério de Jesus para tentar defender o Mestre. A espada estava sempre afiada para ferir a quem ousasse se interpor no seu caminho. Os demais possuíam a mesma índole. A solução simples estava pronta, é claro, pas-sando pelo fio da espada.

Quem foi aquele menino? A Bíblia não nos oferece de-talhes. Não o nomina. Era apenas um menino, como tantos outros curiosos ten-tando compreender o mundo dos adultos. Sem nome, sem família, sem lar, sozinho no mundo dos adultos. Apenas com uma diferença: estava ao alcance das mãos de Jesus. O Mestre viu nele um coração humilde. Alguém grande no

Reino de Céus. Capaz de servir de exemplo e desafio aos adultos.

Quantos meninos existem hoje ao nosso redor, que podem ser alcançados com as mãos da igreja, dos salvos? Vidas preciosas; grandes em humildade que, tocadas por Jesus, serão verdadeiros cida-dãos dos céus.

O desafio continua. Inves-tir nas crianças, colocá-las no centro das atenções dos adultos. Na igreja, os me-lhores lugares devem ser destinados às crianças. Na família, a beleza do amor e da sinceridade há que en-volvê-las. Na escola, os me-lhores métodos devem ser aplicados visando o aprimo-rar dos seus conhecimentos. Na sociedade, defesa im-placável contra aqueles que tentam destruí-las e maculá-las com a semente do mal. Assim teremos crianças que são e serão grandes no Reino dos Céus.

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4 o jornal batista – domingo, 26/10/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Simples como as pombas, mas...

reflexão

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofen-sivos como as pombas” (Mt 10.16).

A honestidade de Je-sus, quando nos en-via ao mundo como suas testemunhas,

é absoluta – “Escutem! Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio de lo-bos. Sejam espertos como as cobras e sem maldade como as pombas” (Mt 10.16).

Tem sido difícil seguir à risca a orientação de Jesus. Ora exageramos o compor-tamento das serpentes; ora nos encolhemos, limitando--nos à atitude bondosa das pombas. Em ambos os casos,

nossa postura não favorece a atitude proposta pelo Mestre.

Viver como cristão não é coisa difícil: é humanamente impossível. Viver como cris-tão, neste mundo, somente é possível quando, humilde-mente, nos submetemos ao Espírito de Cristo. As guerras religiosas têm refletido, atra-vés da história, a supremacia da postura – serpente. Os sincretismos religiosos, que têm desfigurado a pureza do cristianismo, têm sido a consequência da tolerância excessiva dos que só aceitam ser pombas. Porque coexis-timos com a maldade dos lobos, não busquemos forças advindas das ovelhas. Nossa força é o resultado de assimi-larmos o poder que somente nosso Pastor possui.

Dener Maia, pastor da Primeira Igreja Batista em São Vicente – SP, colaborador de OJB

“Os justos f lorescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano; plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nos-so Deus. Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é justo. Ele é a minha rocha; nele não há injustiça” (Sl 92.12-15).

No Brasil, o Dia do Idoso é comemo-rado na mesma data do Dia Inter-

nacional do Idoso, estabele-cido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, realizada em 1982, na Áustria. Lá ficou estabelecido o dia 1º de ou-tubro para as comemorações e determinou que os órgãos públicos responsáveis pela coordenação e implemen-tação da Política Nacional

do Idoso se responsabilizem pela realização e divulgação de eventos que valorizem a pessoa idosa na sociedade.

Dados do Censo Demo-gráfico 2010, realizado pelo IBGE, revelaram um aumen-to da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991 e chegou a 7,4% em 2010. Como Igreja, temos o dever de valorizar, prestigiar e cui-dar dos nossos idosos. Na cultura judaica os anciãos eram homens valorizados, consultados e que assumiam postos de liderança e tinham prestígio em sua comunida-de. Abraão, o pai da fé, foi chamado por Deus e saiu do meio de sua parentela aos 75 anos de idade. Moisés foi chamado por Deus para libertar Israel da escravidão aos 80 anos, Josué liderou Israel na conquista da terra prometida dos 40 até sua morte, aos 110 anos.

Temos o privilégio de ter na nossa diretoria, em cargos de liderança da igreja e de diversos ministérios, irmãos que fazem parte deste grupo

seleto cuja vitalidade, alegria e disposição para servir, nos deixam de queixo caído e nos inspiram a também servir e ser útil no Reino de Deus. Portanto, hoje, queremos pa-rabenizar a todos os irmãos e irmãs da melhor idade, a todos os idosos que fazem parte da nossa “família igre-ja”. Suas vidas são um exem-plo pra nós, sua vitalidade e consagração nos motivam a continuar confiando no Senhor.

Que se cumpra e se torne cada vez mais uma realidade nas vossas vidas a promessa contida em Isaías: “Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; su-birão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão” (Is 40.29-31). Que o Senhor renove as suas forças, que você voe bem alto como águia e em todos os seus dias continue dando frutos.

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Será que existiria um Lutero hoje em dia? Por certo existiria, isso em razão de Deus ser

o senhor da história. Os nos-sos dias são de predomínio do existencialismo. No exis-tencialismo a experiência predomina sobre a essência. Fico perguntando onde seria classificada uma criança de-ficiente mental no existencia-lismo. Que experiência pode ter um ser de retardo mental tão severo que não fala, não escuta, e nem sabe que exis-te? Quando o existencialismo começou a ganhar terreno no século XX, começaram a surgir segmentos evangélicos que aderiram às experiências emocionais como prova de que eram verdadeiros segui-dores de Cristo. Todos os homens saíram em busca de experiência existencial. Reli-

giosos, intelectuais, artistas, e uma enxurrada de religiões submissas às experiências explodiram no mundo.

O existencialismo é pai de muitas aberrações políticas, morais, idealísticas e reli-giosas. Ele influenciou, nos últimos cem anos, a música, a literatura, os costumes, o cinema, tudo, e, o pior, a verdade passou a ser a ver-dade de cada um, e como o homem já nasce pecador, e continua ao longo da sua existência, já não há mais absolutos, tudo se tornou flexível.

Registremos o relato de Francis A. Schaeffer sobre uma peça teatral, influen-ciada pelo existencialismo, da autoria de John Osborne. “Lutero está de pé, segurando um de seus filhos nos braços. O idoso superior do anti-go mosteiro de Lutero vem visitá-lo. Olham-se. O velho pergunta: ‘Lutero, você tem

certeza de que está certo?’. E, contra tudo que nos diz a História, Osborne, faz Lutero responder: ‘Espero que sim’”.

Veja-se como o existencia-lismo não tem compromisso com a verdade. Um inseguro como esse Lutero que ele re-trata, teria a firmeza que teve, para promover a Reforma Protestante?

Percorramos os heróis tanto pré-reformistas como reformistas. João Huss mor-reu queimado em Praga. Baltazar Hubmayer morreu afogado - ele e sua esposa. Calvino, Wycliff, os me-nonitas, os taboristas, os mortos na noite de São Bar-tolomeu, na França, eram flexíveis em suas posições? Estavam em dúvida do que criam? Não. Para eles não existiam meias verdades. A verdade era um valor abso-luto. Por acaso morreriam os apóstolos por uma men-tira, quando arguidos sobre

a ressurreição de Cristo? Só loucos (e quão numerosos foram) morreriam por uma mentira. Fico perguntando a mim mesmo, que deus são esses de nossos dias que precisam de seguidores que sequestram jovens e as ven-dem como escravas; que en-terram crianças vivas, pela defesa do seu deus. Que deus fraco, que precisa de seguidores insensíveis, que o defenda. Que se deixam explodir para provar que seu deus é superior ao Deus que outros aceitam como Deus. Mas, quanta emoção e experiência existencial isso provoca.

Ainda um adendo a mais. Que tipo de adoração há hoje nos cultos em nossas igrejas? O enfoque é o ensi-no da Palavra que nos firma na verdade, ou é farto em produzir emoções? Embo-ra tenha usado a música, pois tinha o dom da música

também, não foi sua fé de que a verdade sempre sairá vencedora, que Lutero se apegou? Parece-nos que está nos faltando um Lutero que nos leve a crer em absolutos. Não há meia verdade. Meia verdade é mentira. Voltemos a crer que Jesus é “o caminho (não o existencialismo), a verdade ( não a experiência existencial), e a vida (e então os homens verão em nós vida) e não proclamadores de uma experiência, que, por vezes, não tem sentido e nem sabemos explicar, como acontece com os seguidores do existencialismo atual .

Que Deus nos levante um novo Lutero que nos alerte do paganismo, do hedonis-mo, do humanismo, da in-sensibilidade, em que a hu-manidade se tornou escrava, e que, por , sucumbirá. Será que não estamos vivendo os últimos dias? Ora! Vem Senhor Jesus!

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5o jornal batista – domingo, 26/10/14reflexão

Miguelito se es-forçava nos estu-dos, mas gostava de jogar bola.

Certo dia, ele já estava com as chuteiras nos pés, meião, calção e camiseta, quando Miguel, seu pai, lhe pergun-tou com voz branda de amor: “E então, você já fez os de-veres de matemática?”. “Mas pai, a galera já está no cam-pinho!”, respondeu o menino sem tirar os olhos do pai. “Filho, jogar bola é bom, mas amanhã você tem prova. Se não estudar, ó” (fez um gesto com o polegar para baixo), enquanto exibia um sorrisão de pai amigo. Miguelito tirou o uniforme, pegou a mochi-la e foi para a sala estudar matemática. Esqueceu-se da bola. A manhã inteira não foi suficiente para pôr a matéria em dia e ele emendou tarde adentro. Era feriado. No dia seguinte, foi para a escola cheio de confiança. Quando voltou para casa, seu pai, taxista, estava na sala conver-sando com a esposa. Migue-lito entrou na sala pulando e gritando com a prova nas mãos: “Dez, dez, tirei dez!”. O pai pegou a folha de papel nas mãos, verificou que não havia nenhuma correção em vermelho e bem no alto, em letras maiúsculas, a nota: Dez. Abraçou-se ao filho, beijou-o na face e disse: “Eu sabia que você ia tirar uma boa nota, mas você foi mais longe e fez por merecer mais um dez. Estou orgulhoso de você, filho. Continue a estudar, que um belo futuro espera por você”.

De algumas coisas que nos dariam prazer, embora legíti-mas, nosso bondoso Pai pre-cisa nos privar amorosamente para que alcancemos bên-çãos e vitórias maiores, mais importantes para nós. São

coisas da graça que, embora às vezes não entendamos, devemos aceitar para o nosso bem. Foi isso que Jesus quis nos ensinar quando nos deu o modelo de oração: “Seja feita a tua vontade assim na terra como nos céus”. Não é raro que a vontade do Pai Celestial seja diferente da nossa vontade na terra. Nossa sensibilidade e obediência à voz do Pai impressa em sua Palavra só nos dá ale-grias e vitórias. Ao contrário, quando deixamos de fazer na terra a vontade do nosso Pai do Céu, só encontramos fracassos na jornada e somos reprovados na escola da vida.

Felizes os filhos que têm pais que os tratam como Deus nos trata. Sem gritos, sem ameaças, sem violên-cia, mas com um sorriso de amor que lhes dá autoridade moral para falarem e serem atendidos e que se alegram com a alegria genuína dos fi-lhos. Deus tem prazer em nós quando vê que sua vontade nos causa prazer. O prazer de Deus é o prazer que a obedi-ência causa aos seus filhos. Ler a Bíblia continuamente é a maneira como podemos ouvir a Palavra que sempre nos mostra que a vontade de Deus, no céu, torna-se boa, agradável e perfeita quando é feita por seus filhos na terra. O Reino de Deus não é um reino de fracassos, tristeza, privações e frustrações, mas um Reino de paz, vitórias e prazer. Mesmo que às vezes tenhamos que descalçar as chuteiras e os meiões e seguir por outro caminho diferente daquele que desejávamos. Diferente, mas melhor, di-ferente, mas correto, que jamais nos arrependeremos de trilhar. É assim que a graça de Deus nos trata, de vitória em vitória, coisas da graça.

Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB

Agir com otimismo é uma virtude aben-çoadora. Otimismo é ver o lado bom

da vida mesmo quando as circunstâncias não são favo-ráveis. A mulher sunamita agiu com otimismo e con-fiança em uma hora muito difícil. Sua história é relatada em II Reis 4.8-37. Seu filho adoeceu e morreu. Sendo indagada se estava tudo bem, respondeu afirmativamente pelo menos duas vezes (v. 23 e 26). Pode parecer estranho ou mesmo soar falso, mas ela verdadeiramente expressou a sua fé em Deus. Ela creu que Deus tem o controle de todas as coisas, mesmo quando totalmente fora do controle humano. Diante dos

Cleverson Pereira do Valle, pastor da Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira - RJ

Não podemos ja-mais esquecer do papel dos profes-sores na vida de

cada profissional do nosso país. Quando você procura um médico, saiba que esse profissional teve um pro-

homens mostrou sua fé em Deus (v.23) e, diante do Pai Celestial, mostrou toda sua fragilidade e dependência, percebidas no seu pedido de socorro ao profeta Eliseu (v. 28-30). Seu problema era grave, mas Deus honrou a sua fé (v. 36-37).

Entretanto, seu otimismo não foi apenas em relação ao que Deus poderia lhe oferecer, mas também em relação ao que ela poderia oferecer a Deus. A sunamita teve uma atitude brilhante ao reconhecer a dignidade daquele que trabalhava na seara santa. Referiu-se ao profeta Eliseu como “um santo homem de Deus” (v. 9). Também participou ge-nerosamente do seu sus-tento. Eliseu comia pão na sua casa e ganhou dela um aposento mobiliado para

fessor que ensinou tudo a respeito da sua área. Quando você procura um engenheiro, ele também precisou de um professor para ensinar a ma-téria relacionada a sua área. Enfim, todas as profissões tiveram a mão de um pro-fessor, alguém para mostrar como se faz.

Não posso esquecer tam-bém dos professores da 5ª a 8ª série, dos professores

repousar (v. 8-10). Isso nos ensina que os que fazem missões na frente de bata-lha, precisam ser supridos regularmente pelos que fi-cam na base de apoio.

Alguém disse o seguinte: “A satisfação de sermos úteis aos outros, nos trará mais benefícios do que podemos dar”. A mulher sunamita in-vestiu na Obra de Deus e desfrutou de cuidados espe-ciais. Deus operou milagres em sua vida e na vida do seu filho. O que era impossível se tornou possível (v. 17; 32-37). Não se trata de uma troca, mas de uma relação de amor entre Deus e uma serva dedicada.

Que essa história nos sirva de inspiração, para que o oti-mismo e generosidade sejam atitudes comuns em nosso cotidiano.

do ensino médio e também dos professores da Faculda-de Teológica Batista de São Paulo. Todos foram funda-mentais na minha formação acadêmica. Sou grato a todos os professores e professoras que, com paciência, ensina-vam as suas matérias.

Gosto da palavra mestre, a Bíblia diz que Jesus é o Mestre dos mestres, ou seja, ele é o exemplo para seguir-mos. Jesus Cristo deseja que sejamos seus discípulos, ou seja, um aprendiz do profes-sor por excelência. Na vida espiritual precisamos tomar uma decisão que tem valor na eternidade, a decisão é seguir o Mestre Jesus, amá-lo, obedecê-lo e fazer a sua von-tade. Jesus é Mestre, com ele aprendemos a amar a Deus e ao próximo, porque ele nos deu exemplo.

O presidente, pastor Elias do Carmo Veloso, no desempenho de suas funções, convoca os membros do Conselho Diretor da Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira – JUERP, para Assembleia Extraordinária, que será realizada no dia 27 de novembro de 2014, às 10 horas, na sede da CBB. Constando a Ordem do Dia – Dissolução da Organização.

Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2014

Convocação

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6 o jornal batista – domingo, 26/10/14 reflexão

Rybehme Luiz, membro da Igreja Batista de Arataca - BA

Observando a ca-minhada de mui-tos cristãos no atual cenário da

nossa sociedade, observamos que muitos dos usos e cos-tumes estão invadindo e até confundindo o verdadeiro Evangelho de Cristo. Rotina de trabalho, estudos, lazeres têm se tornado mais relevan-tes para a vida dos jovens do que realmente viver a Palavra de Deus. “Portanto, se já res-suscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3.1-2).

A vida de um cristão é uma vida de sacrifícios, onde se faz necessário renunciar nos-sas vontades, desejos e tudo aquilo que nos afasta da pre-sença de Deus. Hoje em dia a igreja tem servido de palco para demonstrações de talen-tos a um determinado tipo de público, refúgio social,

Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruça - RJ

Um pai policial . Um menino de dez anos . Um revólver acondi-

cionado entre as roupas no armário. Uma professora em uma de suas turmas na escola em uma manhã. O pai nota a falta da arma, vai preocupa-do ao colégio, pergunta ao filho mais velho, que nada sabe sobre o revólver. Pou-co depois, a história desaba sobre a família, atuante em uma Igreja Presbiteriana, que poderia ser Batista, Metodis-ta, Assembleiana, Católica ou

lugar para entretenimento ou um mero passatempo de do-mingo à noite com a galera. O emocionalismo, a busca pela vitória e o triunfalismo pessoal enchem os olhos e as igrejas de pessoas que vão em busca de poder através de um “ser” superior, uma divindade que o faça vencer qualquer barreira.

Deus pode te conceder bênçãos financeiras, pode curar uma enfermidade, en-fim, Deus pode te abençoar de todas as maneiras que nós nem conseguimos imaginar, pois somos muito limitados para entender a sabedoria e as maravilhas que Deus tem preparado para cada um de nós. Mas devemos adorar a Deus somente pelo que ele é, pelo seu infinito amor, pela sua misericórdia para com as nossas vidas e pelo seu filho unigênito, que morreu na cruz para nos remir de todo pecado. Foi Deus quem nos criou, ele é o princípio e o fim, e nada acontece sem a permissão dele. “Louvem o teu nome, grande e tremendo, pois é santo” (Sl 99.3).

não praticante de qualquer credo.

Com o revólver de trabalho do pai, o menino, que orava em casa e na igreja e que fa-lava dos seus sonhos, dispara em uma das suas professoras, que sobrevive, e, em seguida, atira contra si mesmo fatal-mente. O corpo do menino é enterrado e com ele toda e qualquer possibilidade de en-tendermos o absurdo absolu-to. Ele se foi, mas é provável que tenha ficado no pai uma culpa imensa do tamanho do vazio da saudade do seu Davi.

Teria o menino visto nos noticiários alguma informa-ção com este tipo de crime

A falta de conhecimento bíblico ou a interpretação equivocada de passagens e versículos faz também com que muitos cristãos levem para suas casas, para seus amigos, atitudes que não revelam uma vida embasada no verdadeiro Evangelho de Cristo.

A obrigação natural de um cristão é ganhar almas para Cristo, e o que você está fa-zendo para cumprir tal com-promisso? Será que o mundo está sendo constrangido e atraído com a sua presença ou você está dando moral e sen-do mais um em meio a tantos perdidos? Você foi separado do mundo, então sua reação às atividades e propostas que o mundo oferece tem que ser diferente de todos que não tem o entendimento da Pala-vra de Deus. “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8).

É necessário nos desper-tamos para o trabalho de Deus. Sem preguiça, desâ-

e se deixado influenciar? Nunca saberemos. Teria o menino algum distúrbio psí-quico que não fora diagnos-ticado? Nunca saberemos. Chocados, só nos ocorre que precisamos proteger nossas crianças.Precisamos protegê-las das armas de fogo, que não sabem quem as aperta e não conhecem para quem são apontadas. Elas não sabem que matam, mas nós sabemos. (Quem tem arma em casa pode ga-rantir que o seu filho jamais a pegará?).

Precisamos proteger nossas crianças das drogas social-mente aceitas (como cerveja, cigarro e tranquilizante) e das

nimo, buscando a renúncia de tudo que nos afasta de Deus, fazendo tudo de co-ração, não para os homens, mas para Cristo. Esvaziando de nós mesmos sentimentos carnais que nos envergo-nham. Devemos mostrar para todos a luz que resplandece em nós, pois cantamos para nossos amigos, brincamos, gritamos nomes de homens na política, exaltamos nomes de pessoas que têm fama nacional e vivem dentro de igrejas alienados sem buscar o mover do Espírito Santo para sua vida, mas, sentimos vergonha quando devería-mos expor para o mundo a vida de Cristo. Nos esconde-mos quando solicitados para falar de Cristo. Enfim, é ne-cessário ter a personalidade de um cristão para cumprir o ide do Evangelho em todas as áreas das nossas vidas. “Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores se-gundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, te-mendo a Deus. E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o

drogas ainda socialmente recusadas (como maconha, cocaína e crack). Sabemos que a ilusória alegria que produzem tem efeito benéfi-co de curta duração e efeito maléfico de longo termo (O princípio do “façam o que eu faço, não o que eu digo” é absolutamente verdadeiro).

Precisamos proteger nossas crianças de qualquer negação da sua infância, venha ela da publicidade, que quer torná-las apenas precoces consumidoras ou do sistema de valores marcados pelo consumismo, pela concor-rência e pela disputa, essas coisas que nem os adultos deveriam subscrever como

coração, como ao Senhor, e não aos homens, Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis” (Cl 3.22-24).

O que mais me entristece é saber que tudo isso não é novidade, Deus tem usado muita gente para pregar e propagar a mensagem da cruz. Quebrantemos nossos corações para ouvir, enten-der, e deixar que se cumpra a vontade Deus em nossas vidas. Já ouvi muito as frases: “Há, isso Deus não falou comigo ainda”, “Deus não tocou no meu coração ain-da”. Sabemos que o tempo é de Deus, mas temos que buscar fazer o que está claro na Palavra de Deus. Ouça os conselhos do seu pastor, do seu líder, dos seus irmãos de oração; tenho certeza de que Deus quer usar você. “Porque um menino nos nas-ceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6).

sendo suas marcas. Precisa-mos proteger nossas crianças de terem que pagar a conta de nossos erros. Mais que isso, baixado o silêncio dos meios sobre o drama de São Caetano do Sul, precisamos pensar naquela família como se fosse a nossa e, então (Ma-teus 7.12), orar por ela, para que Deus não permita que se deixe enterrar com a sua criança.

Precisamos orar todos os dias (o dia todo, se conseguir-mos) pelas nossas crianças, como fazia Jó (Jó 1.5), para que sejam livres do mal, até do mal que sequer sabem que o estão cometendo, por-que são crianças.

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7o jornal batista – domingo, 26/10/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

A Igreja plantada pe-los missionários Joel e Maria Aparecida Silva, na tribo Arara,

localizada em Ji-Paraná - RO, completou cinco anos de existência. “Deus nos deu o privilégio de celebrar com a Igreja Arara e convidados esta data tão especial. Havia na festa realizada pela Igreja a presença de quatro etnias (Suruí, Zoró, Gavião e Arara), além desses, vários irmãos conhecidos da cidade se fi-zeram presentes”, relatam os obreiros.

Cerca de 450 pessoas par-ticiparam da festa, que durou três dias repletos de momen-tos especiais como celebração da ceia do Senhor, realização

Redação de Missões Nacionais

O trabalho com sur-dos realizado por Missões Nacio-nais e pelas igre-

jas da Convenção Batista Bra-sileira (CBB) foi citado pelo antropólogo César Augusto de Assis Silva, em seu livro “Cultura Surda”, e também em sua análise publicada na revista “Espaço”, do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

Na revista, César Augusto analisa a atuação de grupos religiosos com os surdos. An-tes da criação de leis em be-nefício dos surdos, algumas igrejas, principalmente as protestantes, exerceram um papel importante para que fosse estabelecida uma comu-nicação com eles. No texto,

de batismos e escola bíblica para crianças. Para a realiza-ção da festa, cada membro doou uma cesta básica para alimentar todos os partici-pantes.

“Fiquei feliz em ver o esfor-ço e sacrifício dos irmãos in-dígenas para doarem os seus poucos recursos financeiros para a compra destas cestas básicas. O que foi ofertado pela Igreja e pelos nossos parceiros foi a quantia certa para realizarmos toda a festa. Ainda sobraram mantimentos, que foram distribuídos aos irmãos da Igreja”, declara o pastor Joel.

E ainda preocupados em receber bem os visitantes, eles também construíram um local para que os convidados dor-missem durante os três dias de permanência na tribo. Além

além de outros grupos, ele cita as igrejas da Convenção Batista Brasileira e o processo de multiplicação da atuação missionária voltada para a surdez. Apesar de outras igre-jas terem também começado a trabalhar com surdos, o antropólogo explica que elas eram restritas a alguns esta-dos, por isso foram as igrejas batistas da CBB, inseridas em grandes e médias cidades do país, que deram continuidade e expandiram o processo de comunicação com surdos, contribuindo bastante para a formação da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Citando também o Minis-tério com Surdos de Missões Nacionais, César afirma que “É importante considerar que é no meio batista onde de maneira mais acabada se ela-borou um personagem fun-

disso, foi necessário cons-truir o palco para realização dos cultos e preparar a parte de trás da Igreja. Segundo o missionário, o período dos preparativos não foi fácil, mas a liderança (formada pelos indígenas) estava consciente de que tudo estava sendo feito para honrar a Deus e por isso permaneceu firme. Du-rante muitos dias, os irmãos cerraram madeira e tiveram que transportar para a área da construção. Também cor-taram palha para a cobertura. Todo o trabalho foi feito em conjunto, com a participação das mulheres.

No primeiro dia de cele-bração, todos estavam muito animados. Um dos indígenas, Bene, compartilhou em sua língua a Palavra de Deus. De-pois, várias bandas tocaram

damental dessa história: o intérprete de língua de sinais”. Ainda de acordo com ele, o intérprete em verdade é o cerne da missão batista com surdos.

“O artigo trata de um resu-mo expandido do tema cen-tral do livro. Nele, o autor fala da importância do trabalho das igrejas batistas brasileiras no fortalecimento de Libras desde a década de 80. Tal fortalecimento resultou no apoio à lei de Libras em 2002 e somou aos esforços políticos das comunidades surdas para implementação e aceitação de Libras como língua dos surdos e segunda língua ofi-cial do Brasil”, explica Wesley Moraes, mestre de educação de surdos e professor do INES.

Para escrever, César entrou em contato com Marília Mo-raes Manhães, coordenadora

músicas de louvor ao Senhor. “Depois de cantar muito, uma pausa para descansar ‘um pou-quinho’. Dizem que foram até o amanhecer; não posso afir-mar, pois quando deu meia--noite fui para casa descansar”, conta o missionário.

A celebração da ceia ficou a cargo dos convidados da etnia Zoró, que prepararam e mi-nistraram um momento muito bonito. A missionária Maria Aparecida, com a ajuda de vários parceiros, realizou uma escola bíblica para as crianças que estavam com seus pais no evento. Os pequeninos cantaram, participaram de atividades manuais, recitaram versículos em sua própria língua, ganharam presentes e lanches.

O fim das atividades foi marcado pelo batismo de

do Ministério com Surdos de Missões Nacionais. Segundo ela, a influência dos batistas entre a comunidade surda tem a finalidade de, dentro do meio evangélico, fomentar a importância da valorização da identidade do surdo como povo étnico linguístico. “Isso é importante para mostrar que estamos caminhando na dire-ção certa, entendendo que no Brasil existe uma diversidade de grupos étnicos e que os surdos fazem parte dela. Te-mos uma grande responsabili-dade em função da missão de alcançar os povos, e estamos vendo os surdos como eles são”, afirma Marília.

O livro “Cultura Surda: Agentes religiosos e a constru-ção de uma identidade” está à venda em diversas livrarias do país. A revista é de circula-ção nacional e foi distribuída

cinco pessoas. As lideranças indígenas conversaram e pe-diram para fazer os batismos, com a ajuda do pastor Joel. Um líder de cada etnia rea-lizou o batismo das irmãs da tribo Arara. “Estava muito feliz por experimentar as bênçãos de Deus em nosso ministério. Quero agradecer a ajuda de nosso gerente, pastor Valdir Soares, que tem nos ajudado no progresso deste trabalho aqui entre o povo indígena Arara. Também agradecemos a todos os nossos parceiros. A Deus toda a honra e glória”, finaliza o pastor Joel.

Interceda por este e pelos demais ministérios entre os indígenas. Missões Nacionais está grata ao Senhor pelas vidas alcançadas e pela for-mação de líderes em diversas aldeias.

durante o 9º Congresso In-ternacional e 19º Seminário Nacional do INES – ambos os eventos realizados na mesma data, em setembro, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Missões Nacionais foi representada por Marília Manhães.

Local onde os participantes dormiram Espaço separado para as crianças Indígenas durante o culto Batismos marcaram o fim da celebração

Cestas básicas foram arrecadadas e depois distribuídas

Transporte para levar as madeiras até a tribo

Todos se mobilizaram para preparar o espaço para o culto

Celebração da ceia do Senhor

Celebrações marcam avanço da obra missionária entre os indígenas da tribo Arara - RO

JMN e batistas brasileiros são citados em livro sobre surdos e revista do INES

Capas do livro e da revista que citam trabalho de Missões Nacionais e igrejas batistas brasileiras

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8 o jornal batista – domingo, 26/10/14 notícias do brasil batista

Matheus Machado, JBB, seminarista da Primeira Igreja Batista de Cosmos – RJ

A cada dois anos, a Juventude Batista Brasileira (JBB) realiza a Conferência Paixão pela Juventude para pastores e líderes de adolescentes e jovens de todo

o Brasil. A partir de um conjunto de estratégias, a JBB realiza a Conferência com o objetivo de gerar mobilização nacional pela construção e fortaleci-mento de ministérios de juventude relevantes para a comunidade onde a igreja está inserida. Um movimento de liderança, que gera transformação, ideias em movimento, rodas de conversa e trocas de experiência através do potencial que os líderes brasileiros possuem. Celebramos a criatividade e a mistura cultural que enriquece e movimenta a caminhada de líderes que estão dispostos a investir suas vidas no ministério com juventude.

Este ano, duas capitais receberam a confe-rência: Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 14 de setembro e Natal, entre os dias 26 e 28 de setembro. Tivemos representadas nas duas edições os seguintes estados: Alagoas (JUBAL), Ceará (JUBACE e JUBUC), Distrito Federal (JU-MOB), Espírito Santo (JUBAC), Goiás (JUBEG), Minas Gerais (JUBAM), Maranhão e Piauí (JU-BAMN), Pará (JUBAPA), Paraíba (JUBAÍBA), Pernambuco (JUBAPE), Rio de Janeiro (JBC e JUBERJ), Rio Grande do Norte (JUBARN) e São Paulo (JUBESP).

Ficamos muito felizes em ver os ônibus das caravanas de várias cidades do Brasil chegarem. Gente que viajou horas, dias; líderes que tiraram férias para estarem na Conferência, pessoas que abriram mão de outros compromissos para investir tempo em prol de outras vidas.

No nosso time de preletores, contamos com Fábio Silva, Ziel Machado, Jeferson Araújo, Marcelo Gualberto, Rainerson Israel, Ronilso Pacheco, Vladimir Souza, Uziel Machado, Martinho Junior, Marianne Cerqueira e Ulisses Torres. Mensagens inspirativas, encorajadoras e que, certamente, foram um marco na vida de cada um daqueles que beberam dessa fonte de águas limpas. O Senhor derramou sobre nós o novo, o extraordinário, coisas acima das que pedimos ou pensamos e, por isso, saímos ale-gres e felizes. O Senhor falou conosco e a sua Palavra transformou as nossas vidas.

Tanto em Natal, como no Rio de Janeiro, uma equipe de “líderes servos” estava à disposição para fazer com que tudo acontecesse de ma-neira excelente, transmitindo atenção e carinho a cada participante da Conferência. Cuidar de quem cuida de pessoas é a nossa missão. En-

Amor e sabedoria: são por essas estradas que queremos pedalar

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9o jornal batista – domingo, 26/10/14notícias do brasil batista

contrar esses voluntários em nossa jornada foi espetacular.

Amor e Sabedoria: são por essas estradas que queremos pedalar. Nosso maior desejo é que mais e mais líderes por toda a nossa Na-ção resolvam pegar suas bicicletas e vir com a gente. Nosso movimento prega a paz de Cristo e o amor ao próximo. Um caminho de simplicidade, singeleza de coração e cuidado. Faz parte da nossa paixão auxiliar a liderança no desenvolvimento de um ministério eficaz e contextualizado, incentivar a comunhão, novas ideias, compartilhamento de projetos, debates, inspiração e estímulo entre líderes de juventude nas regiões do Brasil.

Esperamos que por todo o Brasil os frutos do Paixão pela Juventude sejam nítidos. Não em uma perspectiva de notoriedade, mas na perspectiva de que mais juventudes tenham

jovens saudáveis, relevantes em sua cidade, agentes de transformação, embaixadores do Reino de Deus em nossa Pátria, no retrocesso da maldade, na conversão de adolescentes e jovens em todo o país. Pedimos ao Senhor para este tempo ministérios com juventudes espalhados pelo Brasil vivendo a missão de Deus para este tempo em suas comunidades; jovens e adolescentes na igreja local inspirados a viver uma vida de pequenas ações que geram grandes impactos.

Agradecemos a Deus por fazermos parte des-se tempo. Somos gratos ao Pai por suas medi-das, suas estratégias, seu modo de nos unir para realizarmos coisas maiores que nós mesmos. Estamos empolgados com o que vem por aí, e não tem como não compartilhar isso com você!

O 29+ é um congresso de jovens com mais de 29 anos, que acontecerá em Búzios – RJ,

entre 07 a 09 de novembro. Teremos conosco Luiz Sayão, Gerson Borges, Lúcia Cerqueira e uma programação espetacular para essa ga-lera. Se você quiser mais informações, acesse www.29+.com

O Teen Brasil também está chegando e tem duas edições vindo por aí: de 21 a 23 de novembro de 2014 acontecerá o Teen Brasil Nordeste em Recife - PE. De 21 a 25 de janeiro de 2015 vai rolar o Teen Brasil 2015, em Rio Bonito - RJ. É só escolher a edição e enviar seus adolescentes. Não deixe eles de fora dessa! Acesse o nosso site para obter outras informa-ções.

Pés no Arado + Geração Desafio = Cidade Iluminada! Os dois Projetos sócio-missionários da Juventude Batista Brasileira vão acontecer no Acre de 03 a 14 de janeiro de 2015, e você não pode ficar de fora: www.pesnoarado.com

Amor e sabedoria: são por essas estradas que queremos pedalar

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10 o jornal batista – domingo, 26/10/14 notícias do brasil batista

Aparecida de Goiânia é a segunda maior cidade goiana, com cerca de um milhão

de habitantes, a maioria vin-da de outras partes do país, em busca de empregos na construção civil e no polo industrial. Localizado na di-visa com Goiânia - a capital de Goiás - o município tem todos os problemas de uma grande metrópole, como vio-lência, saneamento básico, saúde e educação precários e uma multidão de pessoas que ainda não foram alcançadas para Jesus.

Diante de tantas demandas, o trabalho batista tem como meta avançar de forma estra-tégica na cidade. A Primeira Igreja Batista (Pibag), que completou 34 anos de orga-nização em agosto, aceitou o desafio e tem colhido frutos na Obra do Senhor. Liderada há 14 anos pelo pastor An-tônio Justino Lucena, com o apoio de sua esposa Cláudia e dos seus filhos Antônio Filho e Jordana, a Igreja tra-balha com cinco conselhos: administração, ensino e mis-sões, comunhão, social e louvor. Também colaboram um ministro de música e uma educadora cristã.

Os grupos familiares, de-nominados “Casa Amiga”, e a classe da Escola Bíblica Dominical para casais, forta-lecem casamentos e unificam as famílias da Igreja. O minis-tério infanto juvenil também tem prioridade com retiros, aconselhamentos e outras programações direcionadas às crianças e aos adolescen-tes. A aniversariante tem um lindo coral, o grupo musical feminino - “Doce Presença” -, o grupo masculino - “Haja Luz” -, um coro infantil e um grupo musical de jovens e adolescentes, que utiliza o teatro para evangelizar. O trabalho tem sido abençoado em todas as frentes, e a Igreja vem crescendo. Em pouco mais dez anos, o número de membros aumentou cerca de mil e duzentos por cento.

Avançando com CristoA Pibag possui um lindo

e confortável templo, locali-zado em região privilegiada, perto de um grande shopping center e de grandes condo-mínios horizontais. Outras bênçãos alcançadas foram a construção de uma quadra missionária polivalente e a compra de um novo terreno para a ampliação do prédio de educação cristã. Isso foi feito na gestão do pastor atual de 2003 a 2005.

Uma congregação está sen-do organizada na cidade de Bela Vista de Goiás, a 35 Km de Goiânia. O trabalho é coordenado pelo pastor Renê Candeia, que veio de São Paulo com a família. Nestes 34 anos, outras três igrejas foram plantadas, através a Pibag; todas em Aparecida de Goiânia: Independência Mansões, Papillon Park e Ebenezer. Algumas famílias

pioneiras ainda estão repre-sentadas na Igreja: Gléria, Monteiro Nascimento e Li-nhares e também membros, como Leônidas Júnior, Edite Cézar e Maria Izídio. Paulo Costa, os saudosos Sebastião Portilio e José Carlos Crespo, Abelardo Rodrigues, Osmiro José de Sousa, Renato Caval-cante e Hamilton Gonçalves foram os que pastores que passaram pela Pibag, antes

de Antônio Lucena, como é conhecido o pastor atual.

Revitalização nos últimos 14 anos

Na nova gestão pastoral, o primeiro grande passo no ano de 2000 foi promover a revitalização da Igreja. Ela já tinha 20 anos, mas estava pequena e oriunda de alguns desgastes e clamava por um novo vigor.

Como o casal Lucena era consultor de empresas e de filantrópicas, com quatro experiências fora do país, com formação em Direito, Contabilidade e MBA em Administração, além da re-tomada do mestrado em Teologia, tendo ficado quase 17 anos na PIB Goiânia - Go, eles aproveitaram toda ex-periência para o desafio de revitalizar a Pibag.

Definiram a missão, visão, valores, estratégias, focos e projetos em cima do diag-nóstico dos pontos fortes e fracos da Igreja e da realida-de contextual da região. Foi trabalhado o organograma, fluxograma, capacitação de liderança e definições de metas a curto, médio e longo prazo.

Foi contratado o irmão Ja-ckson Guedes, ministro de música, que é acadêmico de regência da Universidade Fe-deral de Goiás. Foram aplica-dos testes de identificação de dons para cada irmão, além dos sermões contemplarem por quase um ano a impor-tância de relacionamentos saudáveis, amor, perdão e reconciliação.

Todos os irmãos foram visitados nos primeiros 90 dias e foi grande a ênfase no apascentar. Como diz o pastor Lucena: “É preci-so que se tenha cheiro de ovelha”.

Celebrações de AniversárioO doutor Russell Shedd

e o Grupo Logos foram os convidados especiais para as celebrações de aniversário entre os dias dois a seis de agosto. Shedd foi o pales-trante oficial, abordando os temas: “Apocalipse” e “Pe-cados na Pós-Modernidade com os Recursos Tecnológi-cos”. O Grupo Logos, criado em 1981, relembrou canções como “Portas Abertas”, “Si-tuações” e outras que marca-ram a vida de várias gerações de cristãos.

Durante as celebrações, a Pibag recebeu irmãos de outras igrejas batistas, de outras denominações, pasto-res, diáconos e a diretoria da Convenção Batista Goiana. O pastor Lucena e toda a Igreja agradeceram a todos os que participaram das fes-tividades e aos que fizeram a história da Pibag, que tem como meta prosseguir em comunhão com o Senhor e levar o Evangelho aos que não o conhecem, porque “quem tem posto a mão no arado, não pode mais olhar para trás” (Lc 9.62).

Participação do Grupo Logos

Pastor Lucena e família (Claudia, Antônio Filho e Jordana) - pastor sênior da Pibag nos últimos 14 anos. Coordenou a revitalização da Igreja e construção do novo templo

PIB de Aparecida de Goiânia - GO completa 34 anos

Russell P. Shedd foi o palestrante oficial

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11o jornal batista – domingo, 26/10/14missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Uma grande festa espiritual marcou os 17 anos da Igreja Evangélica

Batista Comunhão na Colhei-ta, em Moçambique. Nos-sos missionários Edvaldo e

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

O maior congresso sobre vocação do Brasil chegou ao Amazonas.

Nos dias 21 e 22 de novem-bro, a Primeira Igreja Batis-ta de Manaus - AM recebe a quarta edição do “SIM, Todos Somos Vocaciona-dos”. Com uma programa-ção dinâmica e relevante, os participantes serão en-volvidos em uma atmosfera de reflexão sobre o uso de dons e talentos e presença cristã no mundo. O SIM se propõe a ajudar cada um de seus congressistas a des-cobrir sua vocação. Afinal, todos temos uma missão. Organizado pelas agências missionárias da Convenção Batista Brasileira, Missões Mundiais e Missões Nacio-nais, o SIM recebe inscrições até o dia 20 de novembro pelo site www.vocacao4d.com.br. Na página, também é possível conferir toda a programação e ter uma pré-via sobre os palestrantes, entre eles:

Sérgio Queiroz – pastor presidente da Igreja Batista Cidade Viva e procurador da Fazenda em João Pessoa - PB. Formado em Engenha-ria Civil pela Universida-de Federal da Paraíba, pós--graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho,

Adriana Marcolino contam que o aniversário da Igreja mobilizou toda a membresia durante o mês de setembro. O ponto mais alto foi o batis-mo de dez novos irmãos em Cristo, sendo quatro de uma mesma família.

“Os pais dos quatro jovens, embora ainda não sejam da

bacharel em Direito, mestre em Teologia pelo Instituto Bíblico Betel do Brasil e em Filosofia na área de Ética e Filosofia Política.

Márcio Camargo – diretor acadêmico da HSM Edu-cação, no Brasil. Coaching com certificação internacio-nal, é mestre em Ciências e Práticas Educativas, espe-cialista (MBA) em Gestão de Operações pela USP e pedagogo.

João Marcos Barreto So-ares – diretor executivo de Missões Mundiais desde 2010. Mestre em Ciências da Religião pela Universida-de Metodista de São Paulo, pastoreou a Igreja Batista no bairro de Perdizes, na capital paulista, por 13 anos, antes de assumir a JMM. Na juventude foi líder de jovens e adolescentes no estado do Rio de Janeiro.

Fernando Brandão – di-retor executivo de Missões Nacionais. Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Mineiro, além da formação em MBA, gestão empresarial e estra-tégica e gestão integrada de logística. Pastoreou por oito anos a Segunda Igreja Batista do Plano Piloto, em Brasília - DF, e ocupava um cargo na direção da Caixa Econômica Federal, quando foi convidado para assu-mir a diretoria executiva da JMN, em junho de 2007.

Igreja, ficaram emocionados ao descreverem a felicidade de ver seus filhos tomando uma decisão tão importante. Para nós, valeu mais do que uma pérola ouvir essas pala-vras, pois o pai deles era to-talmente contra os filhos irem à Igreja. Louvado seja Deus pela persistência e fé desses jovens”, diz o pastor Edvaldo.

No mesmo dia da celebra-ção dos batismos, os mais novos membros da Igreja participaram da ceia do Se-nhor. Em seguida, as crianças encenaram uma coreografia e nosso missionário levou a mensagem.

“E para a nossa surpresa, entraram o coral e o grupo fe-minino cantando e trazendo em suas mãos alguns presen-tes para a Igreja como telhas e utensílios para a limpeza do templo. Nos emociona-mos com esta iniciativa. Para

Jarbas Ferreira – assessor da Gerência de Missões da JMM. Serviu como missio-nário transcultural por 14 anos, na área de capacita-ção teológica de pastores africanos e formação de líderes. Após seu retorno ao Brasil, lecionou em vá-rios seminários teológicos e escreveu livros na área de Missiologia. É teólogo, mestre em Missões e Co-municação Transcultural pela Universidade Wheaton (EUA), mestre em Ciências da Religião pela Universida-de Presbiteriana Mackenzie e doutor em Ministério.

Alexandre Magnani – Os momentos de louvor e ado-ração ficarão por conta des-te músico que tem sido um grande parceiro do SIM. Alexandre é ministro de louvor e artes na Igreja Ba-tista em Perdizes, em São Paulo - SP.

O valor do investimento é de R$ 70,00. Os custos com hospedagem, transporte e alimentação são por conta do congressista. Os resul-tados de se descobrir que a vocação é algo que todo mundo tem e que deve ser usada integralmente podem ecoar pela eternidade.

“Eu poderia citar dezenas de razões pelas quais defen-do a valorização do ministé-rio de profissionais cristãos que entendam a integralida-de do seu papel no mundo

muitos deles, esses presentes foram de grande custo”, con-ta o pastor Edvaldo.

Durante os outros fins de semana do mês de comemo-rações, pregadores convida-dos levaram a Mensagem à Igreja, e os jovens cantaram, tocaram instrumentos e fize-ram peças teatrais na noite de talentos.

“Estava tudo muito lindo, e ficamos emocionados com

e na igreja, mas reservo-me a mencionar apenas duas vantagens de ‘fazermos ten-das’ e edificarmos vidas ao mesmo tempo”, comenta o pastor Sérgio Queiroz.

Nas edições anteriores do SIM, Sumaré - SP (2012), Rio de Janeiro (2014) e Sal-vador - BA (2014), milhares de pessoas compreenderam

as atividades daquele dia”, lembra o pastor Edvaldo. “Cada um se esforçou e fez o que achou melhor. Foi lindo demais”, acrescenta.

Nossos missionários con-cluem agradecendo a Deus pelos 17 anos em Moçam-bique, e pedem oração por proteção, saúde e livramento, pela construção de uma es-cola e também pelo orfanato do Centro Arco-Íris Machava.

a importância de se envol-ver com o que Deus está fazendo no mundo, utili-zando tudo o que têm, o que fazem e o que são para honrar a Deus e satisfazer uma necessidade específica de um público específico, entendendo, nisso tudo, a sua vocação, a sua parte na missão de Deus.

Batismos marcam aniversário de Igreja em Moçambique

SIM: chegou a vez de Manaus receber o maior congresso sobre vocação

Membros presentearam Igreja com itens para serem usados na reforma do templo

Dez pessoas foram batizadas durante a celebração pelo aniversário da Igreja em Moçambique

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12 o jornal batista – domingo, 26/10/14 notícias do brasil batista

2015 – Novo ano, nova visão, nova edição!!!Da CBB direto para você, Igreja

Em breve mais informações

Semeando semente, colhendo com amor

2015 – Novo ano, nova visão, nova edição!!!Da CBB direto para você, Igreja

Em breve mais informações

Semeando semente, colhendo com amor

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13o jornal batista – domingo, 26/10/14notícias do brasil batista

Levi Costa Batista – Primeira Igreja Batista de Vitória - ES (Extraído)

Os missionários escoceses Robert e Sara Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na

cidade imperial de Petrópolis - RJ, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasi-leiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florescesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855 no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana. Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Domini-cal do Brasil, acha-se instalado um colégio. Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.

História da Escola Dominical no mundoAs origens da Escola Dominical remontam aos

tempos bíblicos quando o Senhor ordenou ao seu povo Israel que ensinasse a Lei de geração a geração. Dessa forma, a história do ensino bíblico descortina-se a partir dos dias de Moisés, passando pelos tempos dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, de Esdras, do ministério terreno do Senhor Jesus e da Primitiva Igreja. Não fos-sem esses inícios tão longínquos, não teríamos hoje a Escola Dominical.

Porém, antes de sumariarmos, a história da Escola Dominical em sua fase moderna faz-se mister evocar os grandes vultos do Cristianismo, que muito contribuíram para o ensino e divul-gação da Palavra de Deus.

Como esquecer os chamados pais da Igreja e lhes seguiram o exemplo? Lembremo-nos de Orígenes, Clemente de Alexandria, Justino o Mártir, Gregório Nazianzeno, Agostinho e outros doutores igualmente ilustres. Todos eles magnos discipuladores. E o que dizer do doutor Lutero? O grande reformador do século XVI, apesar de seus grandes e inadiáveis com-promissos, a encontrava tempo para ensinar as crianças. Haja vista o catecismo que lhes es-creveu. Foram esses piedosos de Cristo abrindo caminho até que a Escola Dominical adquirisse os atuais contornos.

A Escola Dominical do nosso tempo nasceu da visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nesta cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinquência infantil era um pro-blema que parecia insolúvel. Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados; acha-vam-se sempre envolvidos nos piores delitos.

É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Ele ti-nha 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino religioso, ministrava-lhes Raikes, várias matérias secula-res: matemática, história e a língua materna - o inglês.

Não demorou muito, e a escola de Raikes já era bem popular. Entretanto, a oposição não tardou a chegar. Muitos eram os que o acusa-vam de quebrantar domingo. Onde já se viu

comprometer o dia do Senhor com esses mole-ques? Será que o senhor Raikes não sabe que o domingo existe para ser consagrado a Deus?

Robert Raikes sabia-o muito bem. Ele também sabia que Deus é adorado através de nosso trabalho amoroso incondicional. Embora haja começado a trabalhar em 1780, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações e experimentos, que Robert Raikes resolveu divul-gar os resultados de sua obra pioneira.

No dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus opera-ra e continuava a operar na vida daqueles meninos Gloucester. Eis porque a data foi escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.

Mui apropriadamente, escreve o pastor An-tonio Gilberto: “Mal sabia Raikes que estava lançando os fundamentos de uma obra espiri-tual que atravessaria os séculos e abarcaria o

“Globo”, chegando até nós, a ponto de ter hoje dezenas de milhões de alunos e professores, sendo a maior e mais poderosa agência de ensi-no da Palavra de Deus de que a igreja dispõe”.

Tornou-se a Escola Dominical tão importan-te, que já não podemos conceber uma igreja sem ela. Haja vista que, no dia universalmente consagrado à adoração cristã, nossa primeira atividade é justamente ir a esse prestimoso educandário da Palavra de Deus. É aqui onde aprendemos os rudimentos da fé e o valor de uma vida inteiramente consagrada ao serviço do Mestre.

A. S. London afirmou, certa vez, mui acerta-damente: “Extinga a Escola Bíblica Dominical, e dentro de 15 anos a sua igreja terá apenas a metade dos seus membros”. Quem haverá de negar a gravidade de London? As igrejas que ousaram prescindir da Escola Dominical jazem exangues e prestes a morrer.

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14 o jornal batista – domingo, 26/10/14 ponto de vista

É com muita tristeza que afirmamos que há membros de nos-sas igrejas, inclusive

líderes e pastores, que são inimigos da obra missioná-ria. Na verdade, é um con-trassenso. São os que acham que o empreendimento mis-sionário não é necessário e que precisamos investir em templos mais confortáveis, em melhores remunerações ministeriais e aquisição de sons e outros instrumentos para turbinarem os cultos. Estão mais preocupados com o intramuros do que com o extramuros. Há tam-bém um movimento dentro das igrejas batistas voltado para Jerusalém e se esque-cendo da Judéia, Samaria e dos confins da terra. Esses membros e líderes de igreja têm uma visão tacanha, distorcida e altamente no-civa à missão deixada por Jesus (Mateus 28.18-20; Atos 1.8). As posturas dos inimigos da obra missio-nária não têm base bíblica. Vejamos pelo menos quatro

Para nos ensinar, Jesus utilizou recursos de linguagem que nos aproximam da per-

cepção concreta do que ele queria nos transmitir, tais como parábolas, ilustrações do cotidiano, etc. Por exem-plo, mostra o envolvimento do cristão com o mundo por meio de dois elementos presentes no nosso dia a dia – sal e luz (Mateus 5.13).

Tanto o sal, quanto a luz têm diversas características interessantes das quais des-tacamos a influência, isto é, sempre atuam no ambiente em que estão. A luz avança sobre as trevas e nos mostra o que está escondido, indica o caminho seguro. O sal pene-

traços muito nítidos que os revelam contrários ao impe-rativo missionário.

Primeiro, eles não oram - Pelo fato de serem contra a tarefa missionária deixada por Jesus, não intercedem pela Obra, pelos obreiros, pelos estados do Brasil e países onde a Igreja está pregando o Evangelho. Essa gente não gosta de oração compromet ida ( E fé s ios 6.18-20). Não dependem de Deus. Não têm nenhum compromisso com o minis-trar diante do Senhor. Não intercedem pelos líderes da obra missionária. Não agonizam diante de Deus. Eles são do movimento gos-pel, das emoções exacerba-das, da busca de conforto e shows dentro dos templos. Promovem uma ética rela-tiva. O movimento do som alto onde não há o silêncio para se ouvir a voz de Deus. Não há temor e nem tremor diante de Deus.

Segundo, eles são críticos ácidos, agindo negativa e destrutivamente - Há críticas

tra no alimento e altera o seu sabor. Na oração sacerdotal ele salta para a linguagem literal: “Pai, rogo não que os tires do mundo” (Jo 17.15).

Estes desafios demonstram claramente o papel do cristia-nismo, das igrejas, dos cris-tãos em relação ao mundo à sua volta, em relação à socie-dade e ao cotidiano. Nosso papel é vivermos inseridos no mundo, na vida; é sermos sal e luz, é influenciarmos o meio ambiente em que vive-mos, sendo a encarnação de Jesus aqui na terra em vez de sermos consumidores da realidade.

Esta característica do sal e da luz me leva a pensar na função profética da Igreja,

em relação às campanhas, ao testemunho dos missio-nários, à solicitação de in-vestimentos. Os inimigos da Obra de Missões proferem palavras maldosas em rela-ção às juntas missionárias, em relação aos salários dos executivos e dos próprios missionários, seus carros e outros benefícios. Essa gen-te não gosta de campanha missionária. Há pastores que fomentam discórdia em re-lação ao trabalho da grande comissão ordenada por Jesus. São voltados exclusivamente para a igreja local que está desconectada da coopera-ção denominacional. Não ensinam, não dão exemplo e não estimulam os crentes na visão e no comprometimento missionário.

Terceiro, eles não dão um tostão para que o Evangelho seja anunciado a partir da igreja local - Geralmente eles não entendem de mordomia, de liberalidade, da graça de dar, de ofertar com amor. São pessoas altamente apegadas ao dinheiro, sovinas, avaren-

não somente denunciando os males sociais, mas tam-bém sendo instrumento de mudanças estruturais na so-ciedade e no mundo.

Mas será que perdemos a nossa função profética? Se mudássemos de onde esta-mos, alguém sentiria falta? Por que estamos afastados da vivência cotidiana e trancafia-dos dentro de nossos templos--guetos vivendo apenas um Evangelho escatológico que lança o significado da vida e tudo o mais para a eterni-dade? Nosso papel não é ser sal ou luz da Nova Jerusalém, mas aqui deste mundo.

Parece-me que estamos preparando as pessoas ape-nas para a morte e a vida no

tas. Muitas não entregam o dízimo. Não creem que Deus supre todas as necessidades (Filipenses 4.10-20). São pa-rasitas que sugam o sangue da igreja. Elas se esquecem de que foram homens e mu-lheres de dentro e de fora do nosso amado Brasil que lhes falaram do Evangelho de Cristo e que a Palavra de Deus chegou até nós por-que igrejas de outros países investiram em Missões, es-pecialmente a Inglaterra e os Estados Unidos da América.

Quarto, eles não estão interessados em trabalhar no front, na linha de fren-te - Não testemunham do Evangelho de Cristo perante colegas de trabalho, vizi-nhos, colegas de escola. São religiosos que frequentam uma organização e não um organismo. São sócios de uma agremiação religiosa. Defendem a bandeira do exclusivismo da igreja local. Não têm uma visão global. Não pensam globalmente e nem agem localmente de acordo com os ensinos de

além, deixando de discutir, por exemplo, os dilemas do mundo contemporâneo e como podemos superá-los por meio da aplicação da visão e cosmovisão bíblica. Deixamos que os não cris-tãos ditem a nossa agenda de vida com a aprovação de leis e procedimentos públicos que se chocam com nossos ideais.

Jesus orou para que Deus não nos tirasse do mundo, mas persistimos em viver longe do mundo em nos-sos “mosteiros eclesiásticos” tentando viver em um dia da semana – domingo – o cristianismo de sete dias, cristianismo em tempo inte-gral. Reduzimos cristianismo

Jesus. São os judaizantes pós-modernos, ou seja, que vivem uma religião volta-da para a busca de sinais e prosperidade. Estão mais interessados no exterior, na aparência, do que no interior, no coração. Vivem com base em uma doutrina larga e rasa.

É muito triste sabermos que há dentro de nossas igrejas os inimigos da ex-pansão missionária, do cres-cimento do Reino de Deus. Essa gente precisa nascer de novo, ter uma experiên-cia de crucificação, morte e ressurreição com Cristo (Romanos 6.1-11; Gálatas 2.19-20). Esta experiência levará essas pessoas a terem a visão de Cristo, a visão dos povos dentro e fora do Brasil que estão nas trevas e que precisam da luz do Sal-vador. Oremos, invistamos com amor e trabalhemos com dedicação e zelo na obra missionária. A igreja será edificada, os perdidos serão alcançados e a glória do Senhor será manifestada.

em atividades, programas e eventos, em vez de vida comprometida com os ide-ais cristãos onde estivermos. Conseguimos reduzir a gran-de comissão em um imperati-vo equivocado de IR, e quem não pode ir para o campo missionário, então que pague a conta com sua oferta no Dia de Missões, enquanto que o imperativo da grande comissão (Mateus 28.19-20) está em fazer discípulos, ter, portanto, “vida copiável”.

Estamos formando cristãos para exercerem seu papel no mundo como cristãos? Ser cristão é viver Cristo no mundo, no cotidiano, na so-ciedade, sendo sal e luz, não óleo, muito menos esponja.

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15o jornal batista – domingo, 26/10/14ponto de vista

Macéias Nunes, pastor e colaborador de OJB

Expresso aqui meu to-tal apoio à posição da Convenção Batista Brasileira no sentido

de condenar a criação dos chamados conselhos popu-lares no Brasil, objetivo do Decreto 8243. Para o leitor não familiarizado com o vo-cabulário jurídico em que tal posição se manifesta no editorial de OJB na edição de 7 de setembro último, é importante traduzir para uma linguagem mais acessível o que representa essa iniciativa do governo federal a ser vo-tada no Congresso Nacional. Trata-se, para ir direto ao ponto, de pura e simples es-tratégia do partido no poder para estender à sociedade em geral o aparelhamento político a que já submeteu o Estado brasileiro, com os resultados catastróficos di-vulgados dia após dia pela mídia.

Traduzindo um pouco mais: o Partido dos Traba-lhadores deseja ter em seu

Natanael Menezes Cruz, pastor da Primeira Igreja Batista em Jaboatão - PE

Meu minis tér io pastoral no perí-odo de 40 anos traz as marcas

de experiências que deram e que não deram certo. Tais realidades me fazem refletir: o que eu faria diferente se eu começasse o ministério hoje?

Primeiro: seria mais aces-sível às mudanças - isto é, disposto a acompanhar as mudanças, desprovido de preconceitos, radicalismo, porém, cuidadoso com o imediatismo e consumismo. Começaria ciente do que é mudança na sua essência, na

poder o controle total da sociedade e das instituições públicas e privadas que a representam e lhe dão voz. A vocação totalitária, ditato-rial, está, como se diz hoje, no DNA do partido. Começa que a coisa vem por decreto e não por projeto de lei. Ou seja, o atual governo quer impor ao Parlamento e ao país sua vontade ditatorial. Seus representantes, vários deles oriundos da luta arma-da, na qual o alvo maior era a troca da ditadura militar pela ditadura comunista, aprenderam a regra do jogo: se o mal (o decreto controla-dor) vem através do bem (o voto do Congresso), ele se legitima e pode e deve ser visto como um ato demo-crático. Ele só não é imposto através de mecanismos revo-lucionários diretos porque aventuras deste gênero estão fora de moda.

Não se deve esquecer que o sonho dourado do lulope-tismo é “o controle social da mídia”. A criação dos conselhos populares vai fa-cilitar isso, o que significa,

sua verdade, na sua neces-sidade.

Segundo: daria mais im-portância à família - tanto no aspecto pragmático, como escatológico. Nesses 40 anos me ausentei da família para realizar conferências evan-gelísticas em outros estados da Federação; não foi ruim porque ajudei muitas pessoas a encontrar o endereço do céu. Entretanto, reconheço que deveria reservar mais tempo para a família. Via-gens constantes ensejaram minha ausência na família, principalmente nos fins de semana. Hoje eu reservaria - com exclusividade - um dia ou mais, para estar com a família em uma dimensão

entre outras mazelas, que os veículos estarão impedidos inclusive de denunciar a roubalheira que grassa nos altos escalões da República. No caso, mensalão torna-se “o modo brasileiro de fazer política”. Pilhagem da Petro-bras abriga-se sob a rubrica da “defesa dos interesses das classes populares”. E por aí vai. O próprio OJB teria que submeter à censura prévia dos conselhos populares as matérias que publica – e o citado editorial com certeza não sairia. Tais conselhos são formados por milicia-nos que fazem o trabalho sujo que um governo cons-titucional não pode fazer. Não é “a sociedade civil”, como leu corretamente o editorial, mas “os movimen-tos sociais”. O nazismo e o stalinismo operavam de modo idêntico, através dos seus tentáculos ideológicos e paramilitares.

Há uma série extensa de minas de destruição da li-berdade e da democracia espalhadas no texto desse decreto. É preciso enxergar

presencial. A família, projeto de Deus para o ser humano, tem importância fundamental no ministério pastoral.

Terceiro: oraria mais pe-dindo a Deus sabedoria - A maior riqueza que Salomão obteve não foi os tesouros que ele possuía, mas a sabe-doria que ele pediu a Deus para entrar e sair diante do povo. Nós padecemos quando nos falta sabedoria (Oséias 4.6). Hoje eu seria mais específico na minha oração, pedindo a sabedoria para ser um bom esposo, bom pai, bom pastor, bom colega, bom servo, bom ad-vogado, bom juiz. Sabedoria em ganhar dinheiro, e saber fazer uso do mesmo. Apren-

nas entrelinhas o ovo da ser-pente é destruí-lo antes que seja tarde. Basta olhar para a Venezuela, com sua carica-tural revolução bolivariana. É nessa direção que a cria-ção dos conselhos populares aponta. O modelo cubano e norte-coreano de “democra-cia popular” vem em segui-da. E haja amordaçamento da imprensa, eleições de partido único e perseguição aos opositores. O terrorismo de feitio islâmico não está descartado, desde que sob a fachada de movimentos populares, organizados ou não, pode abrigar-se qual-quer projeto de destruição pela destruição que mostre condições de ser usado pe-los donos do poder.

É preciso ser muito míope para não perceber o que está por trás da proposta de trocar a democracia representativa que temos pela democracia direta que se pretende. O povo entra na jogada como mera massa de manobra ou como mero recurso retórico. A expressão “‘ditadura do proletariado” só é real quanto

di que o pastor que não sabe levantar o sustento financei-ro para sua vida, deve ques-tionar sua chamada. Sabe-doria para escolher pessoas para os cargos, como para destituí-las. Multiplicar é tão importante como subtrair. Jesus Cristo disse:“quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30b). Sabedoria para lidar com os problemas das pessoas, sabedoria para lidar com as pessoas na sua reali-dade existencial.

Quarto: buscaria ser mais organizado - Deus é organi-zado e exige ordem; a vida é ordem. Ordem e progresso andam juntos. É isso que está escrito na bandeira brasileira. A Bíblia ensina que devemos

ao primeiro de seus termos. Todas as verdadeiras demo-cracias do mundo adotam o modelo representativo. Nas chamadas repúblicas popula-res, o povo só tem duas fun-ções: obedecer e trabalhar. Liberdade é um luxo burguês e, segundo os ideólogos de plantão, contraria os interes-ses do povo.

Sugiro, para quem ainda não o fez, a leitura de “A Revolução dos Bichos” e “1984”, de George Orwell. É literatura de primeira sobre como os revolucionários de hoje se transformam nos opressores de amanhã. Para os que acham que a demo-cracia direta é o caminho e que vai consertar inclusive anomalias midiáticas como o famigerado “BBB” da tele-visão, afirmo que é melhor termos essa baixaria impor-tada dentro das nossas casas do que o Big Brother de verdade mobilizando seus conselhos populares para controlar nossas instituições, nossas decisões e nossas pre-ferências. Nossas vidas, em última análise.

fazer tudo com decência e ordem. Ser organizado é uma maneira de levar a Obra de Deus a sério, é ser respon-sável pelo crescimento do Reino de Deus no tempo e na história.

Quinto: procuraria intera-gir com os colegas de forma mais efetiva - ausência de in-teração, seja por opinião pes-soal, seja por circunstância ocasional, esvazia a prática da comunhão, enseja soli-dão, limita as oportunidades, empobrece o conhecimento e a informação.

Portanto, asseguro categori-camente, que se eu começas-se o ministério hoje, algumas coisas permaneceriam. Ou-tras, faria diferente.

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