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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 40 Domingo, 06.10.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 A radialista e professora Sandra Natividade lançou o livro intitulado O Esplendor da Caminhada - Sín- tese Histórica da Primeira Igreja Batista de Aracaju 1913-2013. Centenas de pessoas compareceram ao lançamento da terceira publicação resultante das mi- nudentes pesquisas da jornalista. A obra resgata fatos históricos sobre a Igreja precursora da denominação batista no estado (pág. 09). Radialista Sandra Natividade lança livro sobre a trajetória centenária da PIB de Aracaju Com o objetivo de mudar a estatística que apon- ta o Rio Grande do Sul contendo apenas 0,1% de batistas, Missões Nacionais tem investido cada vez mais na obra missionária no estado. Até 2007, eram apenas três famílias missionárias, mas desde 2008 os batistas brasileiros têm se apresentado para mu- dar a realidade do Rio Grande do Sul. Atualmente, são 51 missionários espalhados por várias cidades gaúchas (pág. 07). Rio Grande do Sul para Cristo Este ano o Projeto Criar comemora um ano. Um projeto que tem como objetivo colocar a Primeira Igreja Batista Mongaguá dentro da comunidade, viabilizando várias oficinas artesanais gratuitas para todas as idades, a exposição da Palavra de Deus e um gostoso café de confraternização. Já existem diversos testemunhos de pessoas que saíram do quadro depressivo, e outros estão aumentando a renda familiar (pág. 09). PROJETO CRIAR: A igreja servindo a comunidade

Jornal Batista - 40

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Leia na edição de nº 40 desta semana de O Jornal Batista a comemoração de um ano do Projeto Criar, um Projeto que tem como objetivo colocar a PIB Mongaguá dentro da comunidade, viabilizando várias oficinas artesanais gratuitas, a exposição da Palavra de Deus e um gostoso café da manhã.

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1o jornal batista – domingo, 06/10/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 40 Domingo, 06.10.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

A radialista e professora Sandra Natividade lançou o livro intitulado O Esplendor da Caminhada - Sín-tese Histórica da Primeira Igreja Batista de Aracaju 1913-2013. Centenas de pessoas compareceram ao lançamento da terceira publicação resultante das mi-nudentes pesquisas da jornalista. A obra resgata fatos históricos sobre a Igreja precursora da denominação batista no estado (pág. 09).

Radialista Sandra Natividade lança livro sobre a trajetória centenária da PIB de Aracaju

Com o objetivo de mudar a estatística que apon-ta o Rio Grande do Sul contendo apenas 0,1% de batistas, Missões Nacionais tem investido cada vez mais na obra missionária no estado. Até 2007, eram apenas três famílias missionárias, mas desde 2008 os batistas brasileiros têm se apresentado para mu-dar a realidade do Rio Grande do Sul. Atualmente, são 51 missionários espalhados por várias cidades gaúchas (pág. 07).

Rio Grande do Sul para Cristo

Este ano o Projeto Criar comemora um ano. Um projeto que tem como objetivo colocar a Primeira Igreja Batista Mongaguá dentro da comunidade, viabilizando várias oficinas artesanais gratuitas para todas as idades,

a exposição da Palavra de Deus e um gostoso café de confraternização. Já existem diversos testemunhos de pessoas que saíram do quadro depressivo, e outros estão aumentando a renda familiar (pág. 09).

PROJETO CRIAR: A igreja servindo a comunidade

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2 o jornal batista – domingo, 06/10/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Importância!

• Parabéns pelo artigo da pastora Zenilda Reggiani Cintra de Taguatinga, Distrito Fe-deral. Zenilda, jornalista e pastora escreveu sobre o Desprezo, dentro da coluna Cami-nhos da Mulher de Deus. Lembrou bem a nossa querida pastora: Quem somos nós, para querermos ser mais do que Jesus?

Temos lido outros artigos da pastora Ze-nilda publicados nesse respeitável jornal e só temos que nos congratular com o JB por dar a importância que merece uma pastora no meio batista.

Lêda MainhardIgreja Batista Itacuruçá

No final do mês passado o Brasil ficou estarrecido com uma cena

flagrada por jornalistas da Rede Globo na cidade do Rio de Janeiro. A cena de uma criança brincando com seu carrinho, velocípede, seria apenas mais uma den-tro do dia a dia saudável e normal para qualquer crian-ça, se não fosse pelo local onde estava brincando, a descida do Elevado Paulo de Frontin, na Cidade Nova, no Centro do Rio. Ao invés de um parque ou uma casa, a criança de 9 anos descia uma avenida onde os car-ros não passam com menos de 80km/h. Crianças como

esta, continuam em situa-ção de abandono por todo o mundo.

Após a divulgação das ima-gens as autoridades cariocas entraram em ação e descobri-ram que a criança vivia com a mãe e irmãos em um casa-rão abandonado, que fica na principal avenida do Rio de Janeiro, em frente ao prédio da Prefeitura. O Ministério Público estadual informou que o menor foi retirado da guarda da mãe, por estar vi-vendo em situação de risco. E assim também vivem crian-ças no Nepal, meninas de 9 anos que se casam com deus em antigo ritual. No Iêmen meninas de 13 anos se casam com homens com o dobro da

sua idade. Em alguns casos a única ação é a oração.

As crianças desta geração precisam de cuidados, de atenção, de leis que cuidem verdadeiramente. O amor cristão precisa se espalhar e atingir todas as esferas com ações. As crianças precisam de políticos que se importem com elas, profissionais que queiram mais do que ganhar dinheiro, mas cuidar de quem precisa, e é aí que entram os cristãos, com seu coração e seu profissionalismo. “Até a criança mostra o que é por suas ações; o seu procedi-mento revelará se ela é pura e justa” (Provérbios 20.11). Seja como uma criança, revele seu valor nas atitudes.

No Brasil ainda existem muitas crianças que sofrem abusos físicos e emocionais. Os abrigos ainda continuam cheios de crianças que pas-saram por essas situações, e até mesmo as igrejas es-tão cheias de crianças que sofrem diariamente abusos emocionais. Estejam aten-tos para um cuidado real com os pequeninos, não lembrem deles apenas nas datas comemorativas com suas belas apresentações, mas também no dia a dia, percebendo suas verdadeiras necessidades.

É hora de todos, não só pais e responsáveis, se mobiliza-rem para o cuidado com as crianças. (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e tele-fone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e--mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 06/10/13reflexão

(Dedicado ao leitor Eduardo Chaves, de Salto, SP)

“Nossa identidade pessoal é totalmente dependente de nossa memória” – John Locke, citado por Eduardo Chaves.

João Wilson Faust ini (1931- ) tem motivo para ser um músico ale-gre; nascido em Bariri

(SP) em 20 de novembro, sua data de nascimento foi esco-lhida pela Igreja Presbiteriana Independente do Brasil como “Dia do Músico Evangélico” (“O Estandarte”, nov. 2011).

Desde menino, foi muito interessado em hinologia, música sacra e música coral. Aos 13 anos de idade, era o único organista da IPI de Pirajuí (SP).

De 1948 a 1951, foi o alu-no nº 611 no Instituto Pres-biteriano “José Manuel da Conceição”, em Jandira (SP), onde estudou regência coral e participou do coro regido por Evelina Harper (http://tecnicasderegencia.blogspot.com.br/2013/05).

De 1952 a 1955, Fausti-ni fez o curso de bacharel em música no “Westminster Choir College”, em Prince-ton, NJ (USA), com ênfase em órgão e canto; também estudou regência coral com John Finley Williamson; aper-feiçoou-se com Robert Shaw e Wilhelm Ehmann. Foi o primeiro brasileiro nessa ins-tituição de alto nível.

De 1955 a 1964, dirigiu o Departamento de Música do “JMC”, onde promoveu anualmente seminários e festivais; em 1959 organizou um Encontro de Corais (que assisti), com a participação de mais de mil cantores.

Atendendo ao convite de Faustini, fui a Jandira (SP) para assistir o Festival de Mú-sica Sacra (OJB, 08 out 59). Recebido por Faustini, passei pelo mesmo portão gradeado, construído em 1948, quando e por onde ele ingressou no “JMC”; dista 30 quilometros da capital. Foi fundado em 1928 e fechado em 1970, em pleno regime autoritário. O festival foi realizado no Audi-tório “Waddell”.

O segredo do desenvolvi-mento intelectual e cultural dos alunos estava no fato de que tinham um projeto-de--vida bem definido, tinham motivação para estudar certas matérias; num ambiente de que participavam os profes-sores, os internos dedicavam muito tempo ao estudo. O

“JMC” era uma instituição educacional.

Nos “anos dourados” (1953-1959) no Rio de Janei-ro e em São Paulo, havia, nos fins-de-semana, concertos sinfônicos para a juventude. Eduardo Chaves conta que, numa apresentação da Sinfo-nia Coral de Beethoven, ao seu lado estava Faustini, que, na “Ode à Alegria”, liberou abundantes lágrimas... Num Domingo de Páscoa, regendo “Fugi, tristeza e horror”, Faus-tini também chorou...

Por causa da sua tenacidade, Faustini ficou conhecido como regente excepcional, especial-mente quando dirigiu a música na Cruzada Evangelística de Billy Graham e apresentou o Coro Evangélico no Teatro Municipal de São Paulo.

Faustini teve como discí-pulos os maestros Zuínglio Faustini, Davi Machado, Luiz Roberto Borges, Lutero Ro-drigues e Parcival Módolo, e as organistas Dorotéa Kerr e Elisa Freixo.

Fiquei impressionado com a competência de Faustini na regência, adquirida no “Westminster”, e sua humil-dade na direção dos jovens do “JMC”. Também éramos jovens; Faustini tinha busca-do o ambiente dos sons; eu, ainda procurava um caminho para as letras. Ambos tínha-mos adotado nossos pseu-dônimos. Em 1958, Faustini traduziu o hino “God of Our Fathers” (Deus dos Antigos). Um famoso pregador ouviu a tradução, mas ficou empolga-do com a música. Não gostou

da letra, e disse a Faustini:“Você pode ser bom músi-

co, mas deixe que os poetas façam os textos dos hinos”. Faustini fez uma nova tra-dução; atribuiu a letra ao seu pseudônimo “J. Costa”. Aquele pregador logo disse: “Este sim é um bom poeta!” ... (Rolando de Nassau, “Me-mórias”, http://www.abordo.com.br/nassau/).

Em 1963, formou-se em canto orfeônico e canto pela Escola Paulista de Música. Nos EUA e no Brasil, Fausti-ni apresentou-se em muitos recitais de canto.

De 1964 a 1972, foi orga-nista da “Saint Paul’s Pres-byterian Church”, em Newa-rk, NJ (USA), igreja de fala portuguesa.

Em 1966, tornou-se mestre em música sacra (especializa-ção em composição) na escola de música do “Union Theo-logical Seminary”, em New York, NY (USA), sob a orienta-ção de Joseph Goodman.

Em 1967, foi colega de João Dias de Araújo no “Prin-ceton Theological Seminary”, em Princeton, NJ (USA).

Nos últimos 46 anos, Faus-tini revelou-se profícuo com-positor: os antemas e hinos reunidos na “Coleção Eve-lina Harper”; as coletâneas “Os Céus Proclamam”, “Ecos de Louvor”, “Louvemos a Deus”, “When Breaks the Dawn”, “Brazilian Organ Music”, “Cantai ao Senhor”, “Dádiva Divina” e “Quere-mos Te Louvar” (para uso congregacional e coral), além de um hinário com 61 hinos.

Publicado em 1972, o hi-nário “Seja louvado” con-tém 175 hinos inteiramente novos na língua portuguesa (“ULTIMATO”, set. 77). Faus-tini contribuiu, em 1990, para o “HCC”, com 33 hinos por ele traduzidos.

Em 1973 seu livro “Música e Adoração” começou a difundir noções históricas e práticas ainda muito úteis aos músicos evangélicos no Brasil.

Regente do Coro da PIPI de São Paulo (1972-1975), foi ordenado ministro de música da Catedral Evangélica, cargo que exerceu entre 1976 e 1981, sendo o primeiro no Brasil entre os Evangélicos.

Em 1980, Faustini pu-blicou “Música e Teologia Hoje”, cujas teses endos-samos inteiramente; nesse opúsculo expunha a ideia de que todo músico de igreja deveria conhecer teologia. Ele mesmo foi o primeiro ministro de música a ser

ordenado pastor (OJB, 04 e 11 jan 81).

Na segunda estadia fora do Brasil (1982-1996) foi novamente ministro da igreja presbiteriana em Newark, NJ (USA); depois (1997-2006) foi organista e regente coral de uma igreja presbiteriana em Elizabeth, NJ (USA).

Esteve no Brasil em 1988 e 1989 participando de dois se-minários, que em 1990 servi-ram de base para a SOEMUS (Sociedade Evangélica de Mú-sica Sacra), da qual é patrono. Em 22 de maio de 2013, na capela anexa à Embaixada do Brasil em Roma, a organista Elisa Freixo executou a peça “Currupio”, de Faustini.

O índice das obras de Faus-tini está disponível no site http:hinocristao.com/faustini/publicadas/. Pela quantidade e qualidade das obras e atividades, Faustini merece ser considerado um dos mais importantes músi-cos evangélicos do Brasil.

MÚSICARolando de nassau

Perfil de João Wilson Faustini

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4 o jornal batista – domingo, 06/10/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Levar as crianças a Jesus

reflexão

Após ter ouvido de Jesus várias parábo-las, algumas pesso-as, tocadas pelo en-

sino tão diferente do Mestre, quiseram que seus filhos O conhecessem. “Algumas pes-soas levaram as suas crianças a Jesus, para que Ele as aben-çoasse” (Lucas 18.15).

Geralmente, ficamos tão envolvidos em buscar as bênçãos de Jesus, que nos esquecemos das necessida-des espirituais dos outros. Dos outros adultos e, infeliz-mente, das outras crianças. Adultos têm mais recursos para cuidar de si próprios. Crianças, porém, por es-trutura e por definição, são dependentes. E, porque são dependentes de nós e por-que vivemos envolvidos em nós próprios, negligencia-mos nosso dever de levar nossas crianças a Jesus.

O texto diz que uns discí-pulos de Jesus ao verem as crianças chegando, as en-

xotaram. Exatamente como fazemos hoje. Hoje, como nos dias de Jesus, desenco-rajamos as crianças. Ainda que não digamos nada, nos-sas crianças são afastadas de Jesus, simplesmente por observarem as incoerências de nossa conduta. Elas nos veem falando de amor, mas vivendo indiferença por elas. Elas nos veem pregando a verdade, mas descobrem as muitas mentiras que, irres-ponsavelmente, dizemos na vida familiar.

Quantos de nós, adultos, sofremos ainda hoje pelo que fizeram de ruim, em nós, quando éramos crian-ças? Não nos enganemos: o Mestre está certo. Crianças devem ser levadas a Jesus. Para que cresçam direito, com saúde, com dignidade. Levemos hoje, a Jesus, aque-la criança dentro de nós. Para aprendermos, com o Mestre, como levar as outras crianças a Jesus.

Iracy de Araújo LeiteColaboradora de OJB

Du r a nt e m u i t o s anos a criança, que acompanha-va a vida social do

adulto, participava também de sua literatura. Só no início do século XVIII é que a crian-ça passou a ser considerada com características próprias e começou a surgir uma lite-ratura destinada a esta faixa etária.

Nos tempos bíblicos era muito difícil para a criança participar da leitura. Lemos, por exemplo, em II Reis 23.2 as seguintes palavras: “E o rei subiu à casa do Senhor, e com ele todos os homens de Judá, e todos os moradores de Jerusalém, e os sacerdo-tes, e os profetas, e todo o povo, desde o mais pequeno até ao maior: e leu aos ouvi-dos deles todas as palavras do livro do concerto, que se achou na casa do Senhor”. Aqui estavam juntos adul-tos e crianças ouvindo a lei de Deus registrada no livro encontrado no templo pelo sumo sacerdote Hilquias. Como ficariam inquietas nossas crianças hoje? O povo de Israel encontrava-se sem rumo. Agora estavam todos reunidos, crianças e adultos com o mesmo ob-jetivo: renovar o pacto com Deus, pois haviam achado o livro que transforma!

No Novo Testamento va-mos encontrar duas grandes mulheres Loide e Eunice as quais sabiamente souberam ensinar as sagradas letras ao neto e filho Timóteo, atitude que foi mencionada pelo apóstolo Paulo mais tarde, elogiando a fé não fingida da-quelas senhoras, que passam para a história o exemplo de um lar que soube educar o filho contribuindo, certa-mente, para que se tornasse o amado filho do apóstolo.

O livro, além de contribuir para a formação do hábito da leitura, exerce outras funções como, a instrução, a educa-ção, e a distração. A criança

precisa entender que a leitura é o mais movimentado, o mais variado, o mais engra-çado dos mundos, conforme afirma Amoroso Lima.

A leitura deve ser algo es-pecial para a criança, não aquilo que se faz por castigo, penalidade por uma deso-bediência, mas algo praze-roso para sua alma. Fanny Abramovich afirmou: “Ler foi sempre maravilha, gosto-sura, necessidade primeira e básica, prazer insubstituível”.

A leitura traz para o indi-víduo, pelo menos, quatro grandes benefícios: aperfei-çoamento do senso crítico, ampliação dos horizontes pessoais, melhor e mais con-sistente aproveitamento esco-lar e expansão da criativida-de. Trazendo o assunto para o nosso ambiente evangélico, dentro do Programa de Edu-cação Religiosa, a leitura é indispensável a todas as pessoas. É através da leitura que são formados conceitos e ideais, consolidam-se convic-ções importantes para a vida. O lar é a base para constru-ção de hábitos e habilidades salutares para seus membros, principalmente para as crian-ças, mas a escola e a igreja também desempenham papel importante nesse processo.

Uma das funções da igreja é educar, isto deve começar desde a infância. A igreja lida com pessoas cuja dignidade deve ser além de respeitada, restaurada e preservada. O livro será uma ferramenta importante e absolutamente necessária para atender as necessidades do ser humano de forma integral. A igreja de Cristo precisa despertar para o valor do livro, da boa litera-tura. Talvez a falta de líderes para gerir esse processo, seja uma das causas do enfra-quecimento doutrinário, do afastamento de adolescentes e jovens, da deficiência peda-gógica de algumas de nossas EBDs e de outras atividades de nossas igrejas. Utilizar-se do livro para alcançar obje-tivos pedagógicos, morais, religiosos, lazer é válido,

imprescindível, assim como usá-lo como forma de apre-ciar o belo. O livro será uma questão prioritária quando a literatura for considerada um valor para os educadores e para o próprio educando.

Para que o livro alcance o interesse das crianças é necessário, porém, que os que escrevem para esta faixa etária tenham conhecimento das características infantis, principalmente nas três fases mais importantes, conforme salienta Bárbara V. de Car-valho: fase egocêntrica, fase denominada racional ou de socialização, fase correspon-dente ao realismo que vai até os dezesseis anos. O conhe-cimento do público infantil trará uma produção de obras literárias mais adequadas para a infância.

Apesar da importância des-se gênero literário, o uso do texto infantil em nossas igrejas ainda é insipiente. Esta é a conclusão a que se pode chegar após pesquisa realizada em nosso estado. Várias editoras têm investido muito nesta área, porém, os poucos livros que, nós batis-tas, temos publicado serão lidos num só momento e as crianças perderão o interesse em repetir as mesmas leitu-ras, fato que Maria Antonieta Cunha considera um dos maiores responsáveis pelo desinteresse das crianças pela leitura. Acrescente-se a grande realidade que vive-mos hoje com tantos atrativos eletrônicos que prendem a atenção de nossas crianças afastando-as de boas e salu-tares leituras.

Precisamos refletir profun-damente neste assunto e di-namizar a produção do livro infantil, considerando o nos-so público-alvo, a criança. O estímulo aos escritores não deverá faltar nesse programa. Todo fundamento cristão par-te da revelação divina escrita num livro, as Sagradas Escri-turas. “(...) e aponta-o num livro; para que fique escrito para o tempo por vir; para sempre e perpetuamente”

(Is. 30.8b). “A aquisição de habilidades, inclusive a de ler, fica destituída de valor quando o que se aprendeu a ler não acrescenta nada de importante à nossa vida” (Bettelheim).

Finalmente, além de dina-mizar a produção literária,

poderíamos estimular tam-bém as nossas igrejas a orga-nizarem uma biblioteca com vistas ao crescimento de sua comunidade, sobretudo de nossas crianças, bem como daqueles que estão ao nosso redor e carecem ser alcança-dos pelo evangelho.

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5o jornal batista – domingo, 06/10/13notícias do brasil batista

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vida em famíliaGilson Bifano

6 o jornal batista – domingo, 06/10/13 reflexão

Paulo em sua carta aos Efésios 6.4 nos ofere-ce três princípios para criação de filhos, que

muitas vezes esquecemos, como pais e mães, nesta gran-de e importante tarefa de edu-car meninos e meninas que Deus tem nos dado para criar.

Paulo, ao usar a palavra “pais” estava pensando em ambos os pais, os progenito-res. À luz desta ideia, a con-clusão que chegamos é que a tarefa de colocar em prática os três princípios é de ambos os pais. Não é uma tarefa so-mente das mães ou dos pais (homens), mas de ambos. Um pai (homem) que transfere estas responsabilidades para a mãe não está sendo bíblico nesta área. Infelizmente te-mos visto esta dicotomia na educação dos filhos nos lares cristãos. Isto quando (o que é pior), há completa omissão por parte de ambos os pais.

A primeira recomendação é não irritar os filhos. Frequen-temente, os pais fazem ou falam coisas que irritam os filhos profundamente.

Certa vez, num congresso de famílias, trabalhei simul-taneamente com pais e filhos adolescentes. Então perguntei aos filhos o que lhes irritavam em relação a certas atitudes por parte dos pais. A lista foi grande. E posso afirmar, que naquela lista quase todos os itens alistados tinham funda-mento.

Pais irritam seus filhos quan-do exigem deles coisas que estão acima de sua capacida-de de entender e colocar em prática. Por exemplo, pedir a uma criança para fazer algu-ma tarefa doméstica que não está capacitada para execu-tar, devido a sua faixa etária, causa neles, com certeza, irritação.

Gosto da passagem regis-trada em Gênesis 33.13,14 quando Jacó disse que tinha que seguir pelo caminho de acordo com os passos das crianças. Não podemos, como pais, forçar nossos fi-lhos naquilo que não podem fazer.

Outra coisa que irrita os fi-lhos é a humilhação, especial-mente, no ato de disciplinar. Disciplina é importante, mas não quando a humilhação está presente. Puxar a orelha de uma criança para lhe mos-

trar que está errada é discipli-nar com humilhação.

Promoter e não cumprir, também irrita os filhos, de todas as idades. Se um pai ou uma mãe promete passear com os filhos ou levá-los para ver uma partida de futebol e não cumprir, causa, certa-mente, profunda irritação. Lembra das palavras de Jesus em Mateus 5.37?

Uma outra atitude: dar uma orientação, mas não servir de exemplo. Os filhos sabem quando os pais não vivem o que ensinam. Paulo, como pai espiritual dos crentes primiti-vos, sabia disso ao escrever Filipenses 4.9. Pais que exi-gem dos filhos um compor-tamento, mas não praticam o que ensinam, além irritarem os filhos são hipócritas.

Comparação e favoritismo também irritam os filhos. Di-zer para um filho “seu irmão é mais obediente do que você” há de causar irritação (At 10.34). Isaque e Rebeca causaram profunda irritação ao coração de Esaú e Jacó ao demonstrar favoritismo entre eles (Gn 25.28).

Atitudes policialescas tam-bém irritam. Pais devem saber o que os filhos fazem, com quem estão e onde estão, mas daí adotar uma postura policialesca é outra coisa. O que quero dizer com atitu-de policialesca? É ficar, por exemplo, perguntando a toda hora ou ligar de 15 em 15 minutos para o celular deles.

Críticas continuadas tam-bém irritam os filhos. Pais devem evitar as críticas cons-tantes. Devem procurar mais palavras positivas, elogiar mais. Quando criticarem, devem usar a estratégia da “crítica sanduiche”. Como funciona a “crítica sandui-che”? É assim: comece com um elogio, faça a observação que deve ser feita e termine com outro elogio.

Poderíamos alistar outras atitudes, como por exemplo, colocar sobre filhos nossas idealizações pessoais, isto é, exigir que sigam uma pro-fissão que nós, por algum motivo, não seguimos. Tem pais que gostariam de terem sido médicos e exigem dos filhos que sigam a carreira da medicina. Não respeitam seus desejos e vocações.

Pais, estejam atentos!

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Infelizmente o número de gravidez na adolescência tem aumentado nos últi-mos anos. Veja o depoi-

mento da médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Dra. Adriana Lippi Waissman:

“Pode-se dizer que estamos enfrentando atualmente uma epidemia de gravidez em adolescentes. Para ter uma ideia, em 1990, cerca de 10% das gestações ocorriam nessa faixa etária. Em 2000, portanto apenas dez anos depois, esse índice aumentou para 18%, ou seja, pratica-mente dobrou o número de mulheres que engravidam entre os 12 e os 19 anos.

Gravidez na adolescência não é novidade na história de vida das mulheres. Prova-velmente muitas de nossas antepassadas casaram cedo,

Sandro RosendoPastor da PIB do Cabo de Santo Agostinho, PE

O eixo temático da campanha da Jun-ta de Missões Na-cionais para este

ano, nos traz no mínimo dois grandes desafios. O primeiro deles é viver para glória de Deus em uma sociedade que vive para glória do homem (a glória que a fama pode dar, a glória que o dinheiro pode dar, a glória que o sta-tus social pode dar, etc...). Uma sociedade voltada para os seus próprios interesses, suas próprias paixões, ou seja, uma sociedade que vive para si mesmo, demonstrando com isso a sua total carência de Deus. O segundo desafio é justamente mensurar a glória de Deus como seres limitados que somos.

A palavra glória no hebraico é kabod e deriva-se de uma raiz que significa “peso”. Por exemplo, o valor de uma mo-

engravidaram logo e, durante a gestação e o parto, não re-ceberam assistência médica regular. Erros e acertos dessa época se perderam no tempo e na memória dos descen-dentes.

A sociedade se moderni-zou; as mulheres vislum-braram diferentes perspec-tivas de vida. No entanto, tais avanços não impediram que, apesar da divulgação da existência de métodos contraceptivos bastante segu-ros, a cada ano mais jovens engravidem numa idade em que outras ainda dormem abraçadas com o ursinho de pelúcia.

A gravidez na adolescência é considerada de alto risco. Daí a importância indiscutí-vel do pré-natal para evitar complicações durante a ges-tação e o parto”.

É necessário um alerta aos pais, vigiem os passos de seus filhos adolescentes. A Bíblia diz: “Ensine a criança o

eda de ouro era determinado por seu peso. Portanto, ter peso significa ter valor ou dignidade. A palavra grega traduzida por glória é doxa e originalmente significa opi-nião. Essa palavra se refere à importância ou ao valor que, em nossa opinião, atribuímos a alguém ou algo. A ideia hebraica fala do que é ine-rente a Deus – seu valor ou dignidade intrínseca; a ideia grega fala da resposta de seres inteligentes e morais ao valor e à dignidade que eles veem manifestadas na Palavra e nas obras de Deus.

Em ambos os testamentos da Bíblia, a palavra glória significa a manifestação de excelência e da dignidade (glória demostrada), bem como a resposta de honra e adoração a essa manifes-tação (glória dada). A glória de Deus é a beleza de suas perfeições multiformes, bem como o esplendor admirável que emana dessas perfeições. A excelência moral de Deus

caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22.6).

A minha recomendação é que os adolescentes aprovei-tem bem esta fase, não pen-sem em namorar nesta faixa etária. Creio que a melhor idade para começar a namo-rar é 18 anos para moças e, 21 para rapazes. Gravidez na adolescência traz consequên-cias terríveis, geralmente as meninas mães entregam os seus filhos para que sejam criados pelos avós, pois ela ainda não tem estrutura psi-cológica para ser mãe.

Outra consequência é que em muitos casos tem que parar com os estudos. E às vezes nunca mais voltam a estudar. Vamos orientar nos-sos adolescentes que o sexo biblicamente correto é após o casamento. É assim que Deus instrui em sua Palavra.

Que Deus proteja os nos-sos adolescentes.

resplandece em grandeza e magnificência em seus atos da criação, providência e reden-ção (Is 44.23; Jo 12.28; 13.31-32). Ao contemplarem essa excelência, os adoradores de Deus lhe dão glória por meio do louvor, ações de graça e obediência (Jo 17.4; Rm 4.20; 15.6,9; I Pe 4.12-16).

O viver para glória significa não abrir mão da cruz e sim carrega-lá, a fim de crucifi-carmos nela o nosso EU. O viver para glória de Deus, também significa ser agente de transformação de vidas e situações, que careça de uma palavra da parte de Deus, através de nossas instrumenta-lidades. O viver para glória de Deus, significa amar pessoas da maneira que o samaritano amou áquele semi-morto à beira do caminho. É exercitar o mandamento bíblico todos os dias pela vontade de Deus. Que nesta campanha de mis-sões nacionais, aproveitemos as muitas oportunidades para viver para glória de Deus.

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7o jornal batista – domingo, 06/10/13missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação de Missões Nacionais

Com o objetivo de mudar a estatística que aponta o Rio Grande do Sul con-

tendo apenas 0,1% de batis-tas, Missões Nacionais tem investido cada vez mais na obra missionária no estado. Até 2007, eram apenas três famílias missionárias, mas desde 2008 os batistas bra-sileiros têm se apresentado para mudar a realidade do Rio Grande do Sul. Atual-mente, são 51 missionários espalhados por várias cida-des gaúchas, e a meta para 2014 é ampliar este número, iniciando mais 10 projetos missionários.

“O Rio Grande do Sul é o campo mais carente para plantação de igrejas no Bra-sil. É um campo de priorida-de para Missões Nacionais”, afirmou o Pr. Samuel Moutta, gerente executivo de expan-são missionária. De acordo com ele, além do envio de mais obreiros, o foco é ca-pacitar as igrejas e líderes já existentes para que se mul-tipliquem. “Assim, faremos discípulos com estratégias de evangelização multiplicadora e igreja multiplicadora”.

Utilizando a visão Igreja Multiplicadora (que abrange oração, evangelização, ações de compaixão, discipulado, formação de novos líderes e a multiplicação dos salvos), os missionários Gabriel e Ledi Ferreira têm visto a obra em processo de crescimento em Caxias do Sul. O investimen-to no discipulado tem gerado frutos e, recentemente, eles batizaram irmãos das duas frentes missionárias que eles lideram nos bairros Santa Fé e Desvio Rizzo. Ao verem a transformação de vidas, os familiares dos novos crentes têm se aproximado, mostran-do desejo de participar dos momentos de comunhão da Igreja.

Ao observarem o impacto do testemunho dos novos convertidos, os missioná-rios compreenderam que a melhor ferramenta para ver o efeito multiplicador de dis-cípulos é o investimento no treinamento dos crentes a fim de que eles sejam aperfeiçoa-dos, cresçam espiritualmente e tenham a capacidade de se desenvolverem como discí-pulos que geram mais segui-dores de Cristo. Segundo os obreiros, as pessoas que têm sido discipuladas em breve se tornarão discipuladoras.

Ainda de acordo com os missionários, a melhor estra-tégia para evangelizar no Rio Grande do Sul é a formação

de vínculo de amizades sin-ceras. “Diferentemente de outras regiões do país, aqui no Sul, a melhor maneira de alcançar vidas para Cristo é pela evangelização pessoal e cuidado pastoral”. Duran-te a mudança do local de culto da frente missionária de Santa Fé, houve um muti-rão durante o qual membros e congregados ajudaram a transportar móveis, entre outros serviços. Entretanto,

eles também foram ajudados por pessoas da comunidade que agora visitam os cultos da Igreja.

Outra área que tem rece-bido investimento por parte dos missionários são as ações de compaixão, por meio de capelania prisional que tem gerado transformação de vi-das. “Diante de nós não estão desafios, mas sim oportu-nidades para crescimento nesta grande cidade gaúcha”.

Eles destacam a importância de orações em prol de mais vocacionados e obreiros para o Rio Grande do Sul, onde a colheita tem sido abundan-te, porém ainda há muito a ser feito uma vez que do total de 496 municípios do estado, quase 400 ainda não possuem presença batista, como observou o Pr. Wal-ter Azevedo, coordenador regional de missões no Rio Grande do Sul.

Ciente desta carência, Pr. Gilnei Gil da Silva voltou para São Leopoldo (RS), em 2008, após ter passado 10 anos atuando longe de sua terra natal. Em seu minis-tério, ele também tem ex-perimentado crescimento após a Igreja ter se tornado conhecida perante a comu-nidade como uma obra que realmente abençoa vidas. “Quando chegamos, eles disseram que seria mais uma igreja que estava chegando para tirar dinheiro do povo, mas mostramos que esta-mos ali para ser o contrário disso e fazer a diferença”, disse Pr. Gilnei. Mediante as atividades oferecidas gratui-tamente para a comunidade, envolvendo esportes, aulas de instrumentos musicais, cursos de artesanato e pales-tras em escolas, a população tem sido impactada e a cada dia reconhece o valor da igreja e sua utilidade social e espiritual.

“Desde que nós começa-mos, temos usado bastante a questão da evangelização, com impacto evangelístico. Já recebemos três equipes da Trans. Temos buscado estratégias, sempre pedindo auxílio a Deus”. Pr. Gilnei explicou ainda que a Igre-ja está inserida num bairro tradicional de classe média, que é cercado por áreas mais pobres e a Igreja tem sido a ponte entre quem tem e quem não tem nenhum re-curso. “Somos usados para trabalhar tanto com um como com outro”, disse ele, que também explicou que é jus-tamente a luta contra pro-blemas financeiros que abre espaço para religiões que oferecem muitos benefícios materiais. Mas, além do ocul-tismo, Pr. Gilnei afirma que a tradição religiosa – manifesta no catolicismo e luteranismo, também se apresenta como resistência ao evangelho no Rio Grande do Sul. Muitos adeptos dessas igrejas não conhecem de fato a Cristo, mas apenas vivem uma cris-tandade e se fecham para mudanças. “Mas costumo di-zer que a Bíblia nos fala que onde chega a luz do Senhor, as trevas se dissipam. Hoje, ainda vivemos em meio a densas trevas, mas quanto mais entramos com a Palavra do Senhor, investindo cada vez mais e assumindo novos projetos no Rio Grande do Sul, vemos essa realidade mudando”, concluiu.

Porque muitos têm investi-do, os frutos estão sendo co-lhidos na grande seara do Rio Grande do Sul. Mas a seara é grande e ainda há muito a fa-zer. Invista na transformação do sul de nossa pátria.

Frente missionária em Caxias do Sul

Palestras nas escolas trazem credibilidade para a igreja

Projeto esportivo em São Leopoldo

Rio Grande do Sul para Cristo

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8 o jornal batista – domingo, 06/10/13 notícias do brasil batista

EPAS: 30 anos educando e evangelizando

Marcos MonteColaborador de OJB

2013 foi um ano de gratidão a Deus pelos 30 anos de existência da Escola Pastor Albérico Souza, a EPAS, estabelecimento de ensino fundamental mantido pela Igreja

Batista do Farol, em Maceió, capital das Alagoas.

O SURGIMENTO DA EPASSentindo a necessidade de alcançar de for-

ma mais direta as comunidades carentes de Maceió, a Igreja Batista do Farol decidiu, em culto administrativo do dia 29 de novembro de 1981, eleger uma comissão para estudar o assunto e, consequentemente, apresentar um parecer. Para tratar conjuntamente da matéria, foram eleitos: Pastor José Guedes dos Santos, presidente; Arlete Lima Quiorato, coordena-dora; Esdras Braga Santos, primeiro secretário; José Creudo da Silva, segundo secretário e Essi Queiroz de Souto, diretor financeiro. A comissão contou ainda com as participações de Ana Maria Cavalcanti Pureza, Antônio Pinto de Campos Júnior, Stella de Amorim Braga e Maria de Lourdes Jaborandi.

Os componentes, que passaram a integrar o grupo denominado Comissão Social, passaram a visitar duas comunidades reconhecidamente carentes e próximas à Igreja Batista do Farol: Vila Redenção, também conhecida como “Bolão”, e Vale do Reginaldo.

O entusiasmo e a boa vontade dos componentes da Comissão, associados à necessidade de alcan-çar Bolão e Reginaldo, resultaram beneficamente na organização da Escola Pastor Albérico Souza. Assim, no dia primeiro de março de 1982, com duas turmas funcionando sob a orientação das professoras evangélicas Zenilda e Marize da Silva, foram iniciadas as atividades da EPAS.

O PATRONO DA ESCOLANuma justa homenagem ao seu ex-pastor, a

Comissão propôs e a Igreja Batista do Farol ho-mologou a instituição denominando-a Escola de 1º Grau Pastor Albérico Souza.

Albérico Alves de Souza nasceu na cidade do Recife em 12 de novembro de 1908. Graduou-se em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, sendo consagrado ao ministério pastoral em julho de 1934. Em Alagoas pastoreou a Igreja Batista do Rio Largo e a Igreja Batista do Farol. Sua atuação missionária alcançou também os estados de Sergipe, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro.

Foi casado com Elizete Barros de Souza, sendo frutos do consórcio a pianista Albete de Barros Souza Correia; o professor universitário e maestro Cláudio Lísias de Barros e Souza; o médico Tito Lívio de Barros e Souza e o profissional autônomo Paulo Marcos de Barros e Souza.

Consagrado homem de Deus, tinha sempre uma palavra afável estampando constantemente um sorriso no rosto. Assistia a membresia com frequentes visitas. Em seu pastorado, a IBF ini-ciou e manteve as congregações nos bairros da Pitanguinha e Pinheiro, em Maceió. Reuniões ao “ar livre” aos domingos à tarde, sempre dirigidas pela juventude da Igreja, era uma das múltiplas atividades do pastor Albérico.

OS DIRETORES E AS COMISSÕESA primeira diretora da Escola foi a educadora

Luiza Guedes. Porém, devido às atividades como professora da Secretaria da Educação de Maceió, passou o comando a Elba Souto Lemos, que já atuava na viabilização e encaminha-mento de estagiárias para a instituição. Esdras Braga Santos, um dos idealizadores do projeto,

dirigiu-a por alguns anos. Maria José Cândida de Oliveira, Cláudia Nogueira Oliveira de Me-nezes, Nísia Penna Mentasti e Tereza Cristina de Almeida também passaram pela direção da Escola. Atualmente a EPAS tem como diretora Gilda Araújo da Silva.

As Comissões de Ação Social e Pedagógica viabi-lizam o funcionamento da Escola. A primeira com os “pais sociais”, maneira pela qual consegue-se a ajuda dos provedores, contando também com a ajuda direta da IB do Farol, enquanto a segunda cuida das questões relativas a educação. As lec-ções acontecem nas terças-feiras, que passaram a ser denominadas de cultinho. Pastores e semina-ristas da Igreja trazem as mensagens da Palavra de Deus a todos os alunos.

UMA HOMENAGEM A EPASA diaconisa Ester de Amorim Gameleira, já na

eternidade, homenageou a instituição quando das comemorações do seu jubileu de pérola, com um poema-em-prosa abaixo transcrito:

Vitória é a palavra ideal para comemorarmos a existência de uma escola singular.

Um grupo de irmãos da Igreja Batista do Farol, sonhou por algum tempo, elaborar um projeto, com muita competência: fundar uma escola para crianças carentes.

Uma escola onde o básico seria ensinado, co-nhecimentos gerais seriam transmitidos e o lado espiritual não seria esquecido.

Aos poucos a escola foi se firmando e, hoje, 150 crianças, nela estão estudando, bem alimen-tadas, recebendo orientação doméstica além de assistência médica, odontológica, psicológica e de serviço social abrangendo também os pais que são atendidos por profissionais competentes e dedicados.

Assim, a escola vem dando o seu recado de amor às almas perdidas e de recursos materiais desprovidas.

Escola Pastor Albérico Souza, foi o nome dado em homenagem a um grande servo de Deus do passado.

Desde o início esta escola vem cumprindo com fidelidade sua missão e aqueles que ali trabalham o fazem com o coração.

Pais, alunos e professores aguardam a oportuni-dade de ajudar pessoas necessitadas.

Pastores e seminaristas são responsáveis pelo ensino da palavra de Deus regra de fé e prática para quem conhece a verdade.

Esta palavra serviu de inspiração para esta escola existir pois no livro de Provérbios está escrito:

Ensina o menino no caminho em que deve andar e até envelhecer, dele jamais se esquecerá.

Louvado seja Deus por levantar pessoas, para fazer o bem, para trabalhar, e para o evangelho pregar.

Feliz aniversário, bendita escola!A Ele sejam dadas toda honra e toda a glória!

UMA PALAVRA FINALNestas três décadas de existência, a Escola

Pastor Albérico Souza conquistou o respeito e a confiança da comunidade, por atender com muito amor, carinho e responsabilidade os carentes das comunidades citadas. No contexto atual, quando tanto se fala em inclusão social, a Igreja Batista do Farol, presidida pelo pastor Roberto Amorim de Menezes, vem oferecendo aos mais necessitados oportunidades de acesso a educação, cidadania e orientação espiritual baseada na Palavra de Deus, durante trinta anos.

Temos só a agradecer a Deus a existência da Igreja Batista do Farol que desenvolve tão impor-tante e abençoado trabalho na capital alagoana.

Prédio da EPAS

Equipe de professoras

Professora Gilda Araújo, diretora da EPAS

Diácono Esdras Braga (esq.) e pastor Roberto Menezes

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9o jornal batista – domingo, 06/10/13notícias do brasil batista

Donizetti DominiquiniPastor da PIB em Mongaguá

Em 08 de agosto de 2013 comemoramos um ano de Projeto Criar. Um projeto que

tem como objetivo colocar a Primeira Igreja Batista Mon-gaguá dentro da comunidade, viabilizando várias oficinas artesanais gratuitas para todas as idades, a exposição da Pa-lavra de Deus e um gostoso café de confraternização.

Sheyla MoralesDepartamento de Comunicação da PIBA

A radialista e professo-ra Sandra Nativida-de lançou na noite do dia 10 de setem-

bro, na Sociedade Semear, o livro intitulado O Esplendor da Caminhada - Síntese His-tórica da Primeira Igreja Ba-tista de Aracaju 1913-2013. Centenas de pessoas compa-receram ao lançamento da terceira publicação resultante das minudentes pesquisas da jornalista. A obra resgata fatos históricos sobre a Igreja precursora da denominação batista no estado, fazendo um verdadeiro panorama da instalação da Primeira Igreja Batista de Aracaju - PIBA em solo sergipano.

“É possível ver nesta obra a garra e fidelidade dos pio-neiros da PIBA para alcançar o crescimento da Igreja. O Esplendor da Caminhada ensinará aos jovens lições valorosas através do traba-lho compromissado dos que nos antecederam”, pontuou a jornalista, acrescentando que as contribuições da obra vão além da esfera religiosa, uma vez que traça historica-mente o perfil de um povo que contribuiu na formação social, cultural e econômica de Sergipe. Assim, o livro é sem dúvida uma referência para docentes e discentes de instituições de ensino e pesquisa.

“A obra certamente con-tribuirá na historiografia do trabalho batista no Brasil e em Sergipe, pois mostra com riqueza de detalhes o trabalho local e a inestimá-vel ajuda dos missionários norte-americanos na evange-lização em Sergipe” relatou o doutor Domingos Pascoal de

Melo da Academia Sergipana de Letras e da Associação Cearense de Escritores.

A felicidade e a honra em escrever tão relevante livro são expressas pela jornalista, que também faz parte da história da igreja Centenária.

“É gratificante lançar esta terceira obra, sou membro da instituição há mais de 30 anos. Agradeço a Deus por ter me concedido a condição de publicar este livro, nele, fiz uma síntese histórica, 100 anos em duzentas páginas, facílimo de lê. Conto o cen-tenário da Primeira Igreja Batista de Aracaju através da administração dos seus pas-tores, líderes e liderados. A obra mostra uma Igreja triun-fante esplendorosa mesmo, ela venceu em todo tempo, superando as dificuldades e os embates do percurso”, declarou a autora.

O livro O Esplendor da Caminhada é uma proposta da Primeira Igreja Batista de Aracaju para comemorar o ano do Centenário da Igreja. A obra contou com o apoio institucional e cultural da Associação Sergipana de Im-prensa, dos Sindicatos dos

Jornalistas e Radialistas do Es-tado de Sergipe Sindicato dos de Sergipe e da Sociedade Semear. Durante o lançamen-to da obra, amigos, familiares e a representação de líderes denominacionais puderam demonstrar o carinho e admi-ração à competente jornalis-ta. “Sentimo-nos gratos, pois Deus tem levantado pessoas como a nossa querida Sandra Natividade para coletar fatos históricos da Primeira Igreja Batista de Aracaju. Pelo tra-balho criterioso de pesquisa dela conseguimos resgatar historicamente nossa trajetó-ria”, expressou o presidente da Primeira Igreja Batista de Aracaju, pastor Paulo Sérgio dos Santos.

Entre as instituições pre-sentes, a Primeira Igreja Ba-tista de Aracaju, Convenção Batista Sergipana, Academia Sergipana de Letras, Associa-ção Cearense de Escritores, o Tribunal de Contas de Sergi-pe, a Procuradoria Geral do Estado, o Ministério Público de Sergipe, a Sociedade Filar-mônica de Sergipe, Empresa Brasileira de Correios e Te-légrafos, Sociedade Seme-ar, Associação Sergipana de

Imprensa, os Sindicatos dos Radialistas e Jornalistas do Estado de Sergipe, Fundação Renascer de Sergipe, Prefei-tura Municipal de Aracaju.

O Esplendor da Caminhada deixa um legado de amor e submissão a Deus e, certa-mente, motivará os mais de 10 milhões de batistas espa-lhados pelo Brasil a permane-cer nos propósitos de Deus.

AUTORASandra Maria Natividade

é professora pós-graduada em Didática e Metodologia

násticas, caminhadas, etc. En-tendemos que assim seremos a diferença para transformar a cidade de Mongaguá e já de-safiamos a PIB Mongaguá no testemunho pessoal, também pedimos a Deus Mongaguá para Cristo. Parabéns às co-laboradoras e participantes pelo excelente trabalho que estão realizando. Em tudo isso, damos honra e glória ao único Deus verdadeiro.

Contato: www.pibmonga-guá.com.br

do Ensino Superior, secre-tária executiva, jornalista e radialista, membro do Con-selho Editorial de O Jornal Batista (RJ), da Associação Sergipana de Imprensa e dos Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do Estado de Sergipe. Publicado os livros: A Saga dos Pioneiros Batistas em Sergipe – 1913-2003 e em parceria com a professora Lourdes Porfírio, A Luz Brilhou na terra dos Cajueiros - Panorama Histó-rico dos Batistas em Sergipe 1913-2013.

PROJETO CRIAR: A igreja servindo a comunidade

Radialista Sandra Natividade lança livro sobre a trajetória centenária da PIB de Aracaju

No sentido horário a autora, Paulo Sousa e Fernando Cabral, presidentes dos Sindicatos dos Jornalistas e Radialistas do Estado de Sergipe, respectivamente

Sandra Natividade com o pastor presidente da PIBA, Paulo Sérgio dos Santos

Jornalista com Domingos Pascoal de Melo da Academia Sergipana de Letras e da Associação Cearense de Escritores

As oficinas acontecem to-das as quintas feiras no perí-odo das 14h às 17h com fre-quência de 40 participantes da comunidade local. Temos diversos testemunhos de pes-soas que saíram do quadro depressivo e já estão aumen-tando a renda familiar. Para cada oficina contamos com colaboradoras capacitadas que doam seu tempo para o desenvolvimento do Projeto.

Temos projetos futuros para dinamizar a terceira idade: gi-

Fotos: Shéron Morales/Ascom-PIBA

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10 o jornal batista – domingo, 06/10/13 notícias do brasil batista

PIB Jaboatão celebra Jubileu Ministerial do Pr. Natanael Cruz

Francisco Bonato PereiraPastor e membro do Conselho Editorial

A Primeira Igreja Ba-tista de Jaboatão celebrou o Jubileu de Rubi Ministerial

do Pastor Natanael Menezes Cruz, com cultos em Ação de Graças nos dias 23 e 24 de agosto de 2012, com a parti-cipação plena dos membros da Igreja da sede e das seis Congregações. Os cultos em Ação de Graças e de procla-mação do Evangelho tiveram como pregadores o Pr. Jose Almeida Guimarães (emérito da IB Capunga, no Recife) e o Pr. Antonio de Pádua Gui-marães Mesquita (IB Caixa d´Agua, em Olinda).

O Culto em Ação de Gra-ças, celebrado no sábado, 24, contou com a participação das cinco Congregações da Igreja: Alto do Raposo, do Mundo Novo; Usina Jabo-atão, no municipio de Ja-boatão; de São Caetano, no Agreste; e de Betânia, no Sertão do Estado. Cada con-gregação trouxe uma palavra sobre o ministério do Pr. Natanael Menezes Cruz na sua área e apresentado, como coro, um hino de louvor ao Senhor. O Conjunto Mizmar e o filho do pastor, Filipe Lo-bão Cruz, louvaram a Deus cantando melodias de vitória. Enquanto este último cantava foram apresentados slides de fotos de momentos históricos dos 40 anos de Ministério do Pr. Natanael Cruz. Autorida-des civis, igrejas, pastores se fizeram presentes na cele-bração: Pr. João Marcos Flo-rentino de Souza (Secretario da CBPE), Pr. Alderi Dantas (OPBB-PE), Francisco Carlos de Morais (IB Memorial do Recife), Pr. Saulo Sergio de Farias, Pr. Paulo Silva, Pr. Francisco Morais, Pr. Sergio Inojoza, Pr. Marinaldo Alves de Lima, Pr. Carlos Câmara e o presbítero Ademar Sabino. O Prefeito do Municipio Elias Gomes, Secretários e Verea-dores do Municipio de Jaboa-tão se fizeram presentes.

O culto matinal no domin-go, 25, foi celebrado com a presença maciça dos mem-bros da Igreja e do pastor Saulo Farias, tendo como orador o pr. Jose Almeida Guimarães, professor do pr. Natanael Cruz no STBNB, seu mentor espiritual. A mú-sica e louvor foram liderados pela Banda Koinonia e o Ministerio Fonte de Louvor. O filho Ebenezer Cruz e a nora Karol Maia entoaram a música ‘Meu Tributo’, agra-decendo a Deus pela vida e ministério do pr. Natanael Cruz e a influência em suas vidas. O culto vespertino do domingo 25, foi celebrado com a participação do Gran-de Coral, composto dos inte-grantes dos Coros da Igreja - Rosa de Saron, Memorial, Remidos do Senhor, Vozes de Sião, Jovem e Infantil -, que entoaram ‘Perdoado’, uma das músicas prediletas do servo homenageado. O pr. Antonio de Pádua Gui-marães Mesquita, trouxe a mensagem bíblica, falando do servo dedicado ao Senhor da Seara. Após a mensagem a Igreja ofereceu ao pr. Natana-el Menezes Cruz, uma placa metálica, registrando o mo-mento. A confraternização do pr. Natanael Cruz, dos familiares, dos membros da

Igrejas e convidados ocorreu após o término do culto.

Biografia do Pr. Natanael Menezes Cruz:

Natanael Cruz nasceu em Miranda (SE), a 1º de dezem-bro de 1939. Natanael Cruz se converteu ao Evangelho (1962) ouvindo mensagem do Pr. Jabes Nogueira, na PIB Aracaju (SE). Ingressou no Seminário Batista (STBNB) no Recife em 1970, onde recebeu o grau de Bacharel em Teologia (1975). Casado com Dulcelia Lobão Cruz, Diaconisa da PIB Jaboatão, o casal tem os filhos Natanael, Tito Ângelo, Filipe, Ebenézer e Williams.

Enquanto estudava no STB-NB, Natanael Cruz serviu na IB Feitosa e na PIB Beberibe, no Recife e na Casa da Ami-zade. Consagrado ao Ministé-rio Pastoral a 25 de agosto de 1973, a pedido da IEB João Pessoa (PB), nela serviu como pastor titular (1973-1982), período que serviu como pastor interino nas igrejas: IB Natal (RN), IB Pilar (PB), IB Itapororoca (PB), IB Santa Rita (PB), IB Bayeux (PB) e IB do Rangel (PB), as duas últimas em João Pessoa. Em-possado como pastor titular na PIB Jabaotão (1982-2013), nela serve há trinta e dois

anos. Nesse período serviu como pastor interino nas Igrejas: PIB Socorro (PE), PIB Caruaru (PE), Feitosa (PE) e na PIB Jaboatão dos Guararapes (PE) (1982-2008).

Como parte do ministé-rio do pr. Natanael Cruz na PIB Jaboatão são registradas: a plantação das Congrega-ções em Algodões (Custódia), Betânia e São Caetano, no interior do Estado, e as Con-gregações no Mundo Novo, na Usina Jaboatão, no Alto do Raposo (em Jaboatão) e no Janga (em Paulista); a Edificação dos cinco tem-plos para as Congregações em Vista Alegre, no Mundo Novo, na Vila Piedade e na Usina Jaboatão, no munici-pio de Jaboatão, em Betânia, municipio do Sertão do Esta-do; a organização em Igrejas das Congregações Manga-ré (Lote 92), Vista Alegre e Vila Piedade, em Jaboatão; a construção do Edifício de Educação Religiosa, da Casa do Ancião (hoje prédio da IB Vista Alegre), o Estaciona-mento da Igreja e o Espaço de Louvor e Lazer da PIBAJA; a Construção de oito residen-cias para famílias carentes da Igreja; Viagens missionárias periódicas às cidades de São Caetano (Agreste) e Betânia (Sertão) e sítios e povoados

próximos, inclusive no mês de agosto deste ano.

O pastor Natanael Menezes Cruz é pregador eloquente e evangelista carismático, tendo coordenado a Cruza-da Billy Graham no Recife; o programa radiofônico de evangelismo ‘Cristo é a So-lução’, na emissora de rádio local e mantem programas na Rádio FM Evangélica e na FM Maranata: ‘Cristo é a Solu-ção’, ‘A Voz do Santuário’ e ‘O Caminho da Vida’, o últi-mo patrocinado pelo Dc. José Rodrigues Júnior, mantido há mais de trintas anos, bem como o programa ‘Cristo é Vida’, na Radio FM Evangéli-ca 100.7. Natanael Menezes Cruz é Cidadão do Município do Jaboatão dos Guararapes, honraria recebida em 1984, da Câmara Municipal de Ja-boatão dos Guararapes, em reconhecimento do trabalho social e religioso exercido no município. Natanael Cruz é, também, Cidadão do Estado de Pernambuco, título re-cebido a 13 de outubro de 2003, como homenagem da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Ao Senhor toda honra e glória sejam dados pela vida do seu servo Natanael Me-nezes Cruz, agora e para sempre. Amém!

Pr. José Almeida Guimarães e Natanael Cruz Pr. Antônio Padua Guimarães e Natanael Cruz

Pr. Natanel Cruz, a esposa Dulcelia, filhos, noras e netos

Pr. Natanael Cruz recebe homenagem da Igreja

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11o jornal batista – domingo, 06/10/13missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Uma caravana for-mada por 20 vo-luntários seguirá em janeiro para

Iquique, no Chile, a fim de apoiar o trabalho dos mis-sionários Luiz César e Deise Queiroz. O Projeto Missio-nário de Verão Chile 2014 está com inscrições abertas para jovens com idade entre 16 e 35 anos. Eles servirão ao Senhor com suas vidas transformadas e moldadas no

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

O dia 22 de setem-bro foi histórico para a Junta de Missões Mun-

diais. Pela primeira vez che-gou ao Haiti uma equipe do Programa Radical. Os 10 jovens da turma pioneira do Radical Haiti foram co-missionados no dia 21 e no dia seguinte já entraram em campo.

Parentes e amigos dos Radi-cais Haiti lotaram a capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil durante o culto de gratidão pelo encer-ramento do treinamento e co-missionamento dessa turma. A equipe de coordenação do Programa Radical estava representada por Daniele Valério, Adriana Brito e Ta-tiana Macedo. Apenas o Pr. Fabiano Pereira não esteve presente porque já estava no Haiti aguardando a equipe, mas ele deixou uma men-sagem gravada em vídeo na qual também agradeceu aos pais desses Radicais pela con-fiança depositada na JMM.

Louvores, vídeos que re-lembraram os momentos desses jovens no seminário e a mensagem do Pr. Marcos Grava, coordenador do Pro-grama Esportivo Missionário (PEM), emocionaram a todos. Integrantes da primeira turma do Radical Ásia, que seguem em treinamento, homenage-aram seus companheiros de missão com louvores e uma dramatização sobre a impor-tância do chamado.

Em sua mensagem, o Pr. Marcos Grava relembrou o início do trabalho da JMM no Haiti, em 2009, quando ele

liderou uma caravana de 40 voluntários para o país. Foi das caravanas que a JMM já promoveu para o Haiti que surgiu o primeiro casal de missionários efetivos no país, Pr. André e Verônica Bahia, e a primeira jovem inscrita no Radical Haiti.

O Pr. Grava leu a passagem de Filipenses 4.10-19 e citou três pontos fundamentais para que um missionário possa ser bem-sucedido no campo: saber ouvir o Espírito Santo, ser grato e dar o seu melhor para Deus.

Ele ainda citou 10 melho-rias nas áreas da economia, construção civil, educação e turismo que ocorreram no Haiti desde que os crentes do Brasil passaram a se mo-bilizar em favor do país com suas orações e ofertas, após o devastador terremoto ocorri-

do em 2010. Grava recordou a frase que ouviu um dia de um militar e que dizia: “O Haiti é o lugar onde o Diabo passa férias”. O pastor falou que a missão desses Radicais é “interromper as férias do Diabo”.

Para que esta missão seja bem-sucedida, a igreja tam-bém precisa entrar em campo com o Radical Haiti. O Pr. Grava lamentou o fato de muitos desses Radicais ainda não terem seus sustentos completos e falou sobre a im-portância de pessoas doarem, pelo menos, 15 dias de suas férias para fazer uma viagem voluntária a um campo mis-sionário.

“Por causa de uma viagem voluntária, o apóstolo Paulo plantou a principal igreja missionária descrita no Novo Testamento. O Radical Haiti

também poderá plantar quan-tas igrejas Deus quiser que eles plantem”, disse o pastor.

Ele diz sonhar com uma igreja que economiza não para comprar o smartphone de última geração, mas para fazer uma viagem missionária e abençoar vidas.

Após a mensagem, os Radi-cais receberam seus certifica-dos e alianças de compromis-so com o Programa.

“Ao longo destes 10 anos do Programa Radical, nós vi-vemos muitas coisas e temos alguns símbolos que marcam etapas de nossas vidas. Um desses símbolos é uma alian-ça. Nela está gravado o com-promisso do Radical. Ela ser-ve para eles lembrarem que um dia ouviram o chamado do Senhor, disseram sim e assumiram um compromisso com Ele. É um compromisso

Radical de vida. Viver radi-calmente para glorificar o nome do Senhor Jesus”, disse Adriana Brito, que também já foi Radical, ao fazer a entrega das alianças.

A oração de comissiona-mento foi feita pelo Pr. Ado-niram Pires, missionário na Espanha.

O culto foi encerrado com um grande louvor em crioulo haitiano, no qual os Radicais mostraram que já estão fa-miliarizados com o idioma local.

Missões Mundiais espera que esta seja apenas a pri-meira de muitas equipes de jovens que investiram suas vidas em favor de muitas vi-das haitianas para Cristo. As inscrições para as próximas turmas estão abertas. Os inte-ressados devem escrever para [email protected].

Caravana voluntária para o Chile recebe

inscrições

Projeto Radical chega ao HaitiLuiz Cesar e Deise Queiroz, missionários da JMM no Chile

Primeira turma do Radical Haiti já está no campo

caráter de Jesus Cristo, levan-do o Evangelho todo para o homem todo, entre os dias 2 e 15 de janeiro.

Segundo o Setor de Volun-tários da JMM, Iquique rece-be uma grande concentração de pessoas nesta época do ano por conta de suas belas praias.

“Como brasileiros somos muito bem recebidos, e po-demos viver o Evangelho de Jesus Cristo entre eles, coo-perando com o trabalho da família missionária presente naquela cidade”, diz Cláudio

Elivan, coordenador do Setor de Voluntários.

Nesta caravana, os voluntá-rios atuarão com artes, espor-tes e ministério infantil.

Você também pode doar seus dons e talentos para viver o amor de Deus em outros países, alcançando pessoas que ainda não com-partilham da graça do Pai. Para mais informações e ins-crições, escreva para o Vo-luntários sem Fronteiras e saiba como participar de uma de nossas caravanas: [email protected].

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12 o jornal batista – domingo, 06/10/13 notícias do brasil batista

Celina MakarencoPrimeira Secretária da PIB em Leme, SP

Aconteceu no dia 28 de abril de 2013, na PIB em Leme, SP, o culto de grati-

dão a Deus pelos 25 anos de ministério pastoral do pastor Flávio Aparecido Alves. Com muito louvor e gratidão a Deus, que guiou o pastor Flávio e sua família até este momento. A Palavra de Deus foi transmitida pelo ilustre pastor Agripino Francisco Araújo. O evento contou com homenagens de todas as classes da escola bíblica do-minical, com coral da Igreja e também contou com a pre-sença de seus familiares, que vieram de outras cidades, de sua esposa Lídia Slobodti-cov Alves, e dos seus filhos Larissa Slobodticov Alves e Daines Slobodticov Alves.

AgradecimentosPr. Flávio e família, agra-

dece a PIB em Vila Real, Hortolândia, SP, e seu Ilustre pastor Paulo Vicente Ferreira das Neves, pela homenagem que lhe prestaram; convi-dando-o para ser o pregador por ocasião do aniversário da Igreja, nos dias 13 e 14 de abril de 2013, cultos de ações de graças, alusivos ao Jubileu de Prata da referi-da Igreja. Foram momentos

Paula PetersenColaboradora de OJB

No dia 15 de se-tembro de 2013, a Embaixada da Primeira Igreja Ba-

tista de Avaré participou do desfile cívico em comemora-ção aos 152 anos da cidade.

Ao todo, 25 meninos entre 8 e 16 anos participaram do evento, que também contou com o envolvimento de 6 con-selheiros e o apoio do pastor Genivaldo Antonio da Silva, que, em Assembleia, propôs a alteração do horário do culto matutino, para que toda a Igre-ja pudesse prestigiar o feito.

O objetivo foi prestigiar a cidade de Avaré pelo seu ani-versário e, sobretudo, mostrar à cidade quem são e o que pensam os Embaixadores do Rei de Avaré. Para que os meninos percebessem a importância desse desfile, no dia anterior participaram de uma palestra com um

de grande enlevo espiritual. O culto contou com a par-ticipação do coral da PIB em Leme (Igreja atualmente pastoreada pelo pr. Flávio), e acompanhado por vários irmãos o ilustre pastor Josiel Lima Vieira, que discipulou e batizou o pastor Flávio, na PIB em Sumaré, em 06 de dezembro de 1970.

“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar tes-temunho do Evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24).

Histórico do Pr. Flávio Aparecido Alves

Pr. Flávio foi ordenado ao ministério pastoral pela PIB

historiador da cidade, para entender a história local e a importância de uma partici-pação social na comunidade.

Uniformizados, os Embai-xadores carregaram três ban-deiras: do Brasil, da Bíblia e da organização Embaixado-res do Rei. Além disso, leva-ram duas faixas: a primeira com o lema “Construindo meninos para não remendar homens”. A segunda, com a divisa encontrada em II Coríntios 5.20: “De sorte que somos embaixadores de

em Sumaré, SP, por ocasião da organização da PIB em Vila Real, Hortolândia, SP, na data de 16 de abril de 1988, onde pastoreou por dez anos. Saindo para pastorear por cinco anos a TIB em Presi-dente Prudente. Atualmente desempenha seu ministério na PIB em Leme, onde está há dez anos.

Culto de 10 anos de Ministério Pastoral

na PIB em LemeA PIB em Leme realizou

nos dias 04 e 25 de agosto de 2013, cultos de Ações de Graças ao Senhor nos-so Deus, pelos dez anos de pastorado em nossa Igreja. O culto contou com home-nagens, cânticos de hinos e hinetos prediletos do pastor

Cristo, como se Deus por nós exortasse; rogamos, pois, em Cristo, que vos reconcilieis com Deus”.

Ao longo do percurso, os Embaixadores do Rei de Ava-ré destacaram-se por cantar, continuamente, o hino dos Embaixadores, assim como um grito de guerra: “Embai-xadores, qual é sua missão?/ Levar o Evangelho e pregar a salvação!”.

Embaixadores do Rei de Avaré: marcando presença na história da cidade!

Flávio. Louvamos a Deus por sua vida e por sua famí-lia, pois tem se destacado como verdadeiros servos do Senhor, tendo suas vidas voltadas para divulgarem o Reino de Deus, tanto para suas ovelhas como também às pessoas que ainda não co-nhecem Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.

Pr. Flávio tem sido grande-mente usado e abençoado por Deus, pois tem visão do Reino, e principalmente de evangelismo. Alguns de seus projetos foram realizados, como a reforma e moderni-zação do templo, resultando em um lugar aconchegante e amplo. Neste tempo a Igreja abriu uma frente missionária, trabalho pioneiro, no bairro São Manoel (com templo pró-

prio), tendo à frente a irmã missionária Raquel Brites Moreira, atualmente com a cooperação de 18 membros.

A Igreja tem prosperado nos trabalhos de evangelis-mo, na sua convicção doutri-nária, e cooperação denomi-nacional em todos os aspec-tos, prosperando também no crescimento espiritual e nu-mérico. Somos imensamente gratos a Deus pelo privilégio de termos à frente da nossa Igreja este abençoado servo de Deus, verdadeiro exemplo de conduta, de honestidade e principalmente fidelidade a Palavra de Deus.

“E vos darei pastores se-gundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência” (Jeremias 3.15).

Pastor Flávio Aparecido Alves completa 25 anos de ministério pastoral

Igreja Batista de Leme Família pastoral

Com o tema “Homens Transformados Para Um Mundo Conformado” foi realizado nos dias 26, 27 e 28 de julho de 2013 o 11º Congresso de Homens Batistas do Nordeste

em São Cristovão, em Sergipe. O encontro aconteceu no acampamento Shekinah Country Club com uma expressiva participação das igrejas batistas desta re-gião. O orador oficial foi o pastor Carlos Alberto Neco de Araújo da Igreja Batista Boas Novas em Imperatriz, Maranhão.

11o Congresso de Homens Batistas

do Nordeste

Embaixadores do Rei participam da comemoração de

152 anos da cidade de Avaré

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 06/10/13notícias do brasil batista

Ligia Mara dos Santos SilvaFilha do diácono Elias Coelho dos Santos

Foi no dia 17 de agos-to de 2013, quando nosso pai, Elias Coe-lho dos Santos, partiu

para a eternidade aos 100 anos, 5 meses e 17 dias. Vida abençoada, deixando uma imensa saudade em nossos corações e assim buscamos em Deus o conforto para os nossos corações.

Papai nasceu na cidade de Aperibé, RJ, em 01 de março de 1913, filho do saudoso pastor Joaquim Coelho dos Santos (pioneiro no campo fluminense) e de Emerentina Amélia dos Santos. Passou sua infância e juventude na cidade de Macuco, RJ, sendo batizado aos 11 anos de ida-de pelo seu pai. Casou-se na Igreja Batista de Macuco em 20 de setembro de 1939 com a linda jovem Maria Vieira dos Santos, falecida em 20 de agosto de 2007 aos 90 anos. Tiveram 7 filhos: Diá-cono Paulo Roberto V. dos Santos (casado com Neusa G. dos Santos); Rosane Ellen dos S. Antunes (casada com o Pr. Edelto Barreto Antunes, falecido); Carlos Alberto V. dos Santos (casado com a diaconisa Edalva Barreto An-tunes dos Santos); Rosele dos Santos Procópio (casada com o diácono Paulo Affonso Pro-cópio, falecido); Ligia Mara dos S. Silva (casada com o diácono Almir Pereira da Sil-va); diaconisa Marília dos S. Silva (casada com o diácono Amaro Vaz da Silva); Maria

Silvia Regina Prado de Souza Dias (filha)Membro da PIB Niterói

Nascida em Paci-ência, município de Campos, RJ, em 27 de setembro de

1925. Após a queima dos cafezais, por volta de 1932 seus pais se mudaram para a cidade de São Gonçalo, RJ, e foram para a Igreja Batista local, onde Elza foi batizada pelo pastor Waldemar Zarro. Gostava muito de estudar e foi normalista do Liceu Nilo Peçanha em Niterói. Ali co-nheceu o seu futuro marido Sr. Newton de Souza, filho do Pr. Manoel Avelino de Souza, que foi pastor da Primeira Igreja Batista de Niterói por 45 anos.

Helena dos S. Nogueira (ca-sada com Edmo Nogueira).

Transferiu-se com nossa mãe e os três primeiros filhos em 1945 para a Escola Agrí-cola Rego Barros na cidade de Conceição de Macabu, para trabalhar como funcionário público estadual onde já resi-diam sua irmã Rute dos Santos Vieira e cunhado Sebastião Vieira da Silva. Ali criaram seus filhos, todos crentes, in-tegrados na igreja, juntamente com seus cônjuges.

Em Conceição de Macabu residiu durante 68 anos, re-cebendo o Título de Cidadão Macabuense sendo depois vereador por três mandatos, por duas vezes assumindo a Presidência da Câmara Mu-nicipal. Nessa cidade, sendo difícil estar todos os domin-gos na única Igreja Batista da época devido à distância (6 Km), muitas vezes indo de charrete, e preocupado em criar os filhos nos caminhos do Senhor, ele, mamãe e fi-lhos, Tio Sebastião, Tia Rute e filhos, abriram um ponto de pregação em sua casa. Mais tarde foi organizada como Congregação Batista da Man-gueira, que por 40 anos ali se reuniram sob uma frondosa mangueira no quintal de sua casa. Muitos moradores da região e alunos da escola conheceram e aceitaram a Jesus, saindo dali pastores como: Pr. Sillas dos Santos Vieira, Pr. Francisco Macha-do Rodrigues, Pr. José Leite Teixeira e outros. Ali, embai-xo da mangueira, foi levan-tado um púlpito de cimento e bancos rústicos de tábuas,

Ao se casar com Newton veio morar em Niterói e per-tenceu a PIB de Niterói até 1963. Ali trabalhou muito para a construção do Templo angariando recurso para as obras. Reproduzia mudas de Samambaia Chorona e as vendia deixando toda a oferta para as obras. Foi con-selheira do Coral Masculino da PIBN “Pr. Evódio Pinto de Queiroz”. Trabalhou com as crianças da classe “Jóias de Cristo”. Contribuiu muito para as Missões Mundiais e Nacionais adotando vários missionários e sempre orava por eles e enviava cartões nos seus respectivos aniversários.

Em 1963 transferiu-se para Igreja Batista em Icaraí onde permaneceu até 1965, ano

onde celebrávamos o culto e a EBD. Anos depois foi construído um templo tal foi o crescimento do evangelho.

Papai foi diácono da PIB Conceição de Macabu, vice--presidente da Igreja e diretor da Congregação que em 17 de setembro de 2002 foi orga-nizada na 4ª Igreja Batista da cidade, ocasião em que se tor-nou membro dessa Igreja. Na Escola Agrícola além de fun-cionário foi também diretor por 4 anos e atuou também como diretor do Acampa-mento Batista em Rio Bonito por 10 anos, tempo que para ele foi de profunda felicidade.

Ao lado da mamãe recebia com grande hospitalidade muitos conferencistas, pas-tores, seminaristas, iberis-tas, missionários, cantores que periodicamente iam a Conceição de Macabu para ajudarem na pregação do evangelho naquela cidade. O amor estava sempre presente em sua vida, nunca se esque-cendo dos valores espirituais. No dia 01 de novembro de 2012 foi acometido de uma queda fazendo com que sua saúde começasse a se de-bilitar, mas seu semblante sempre se mantinha sereno e calmo, e quando podia falar algumas palavras, estas eram direcionadas à Deus. De nada reclamava. Papai tinha gran-des sonhos e um deles era ver um dos filhos ou netos consagrado ao Ministério da Palavra de Deus. O que pela misericórdia do nosso Senhor ele obteve, vendo seu neto Leandro Barreto Antunes dos Santos consagrado em 05 de

que pediu carta para a nova-ta Primeira Igreja Batista do Ingá, onde foi membro fun-dadora vindo a ajudar o Pr. Samuel de Souza, seu cunha-do. Ali continuou muito ativa no trabalho com as crianças e também na construção do Templo da PIB do Ingá em Niterói.

Foi mãe de quatro filhos, todos ativos na Igreja. 1ª Filha – Silvia Regina, 2ª – Gisele; 3º- Carlos Henrique (falecido em 2012) e 4ª- Eve-line. Avó de 8 netos e bisavó de 4 bisnetos.

Foi mãe e esposa dedica-da, excelente cozinheira e quando jovem bordadeira de mãos cheias. Em 02 de junho de 2013, aos 87 anos foi cha-mada para a Glória Celestial.

abril de 2013 ao Ministério Pastoral. Ele já bem limitado pode aconselhar bem bai-xinho o seu neto quanto ao privilégio e responsabilidade com a pregação da Palavra de Deus. Lembro-me bem da sua demonstração de alegria com esse sonho que para todos nós e ao Leandro mostrou seu sorriso de aprovação e felicidade por ver e ter um neto consagrado a pastor, pois a estes o papai tinha profunda amizade e grande respeito. Nunca o vimos falar mal de nenhum pastor. Zelava por esse sentimento com muita fidelidade e respeito.

A cidade de Conceição de Macabu sempre acolheu o papai e sua família com amor, carinho, respeito e admiração, e agora sente sua falta, sua alegria contagiante, mas com certeza reverência à sua memória.

O culto fúnebre marcou a cidade. Ele falou na vida e fala na morte. Foram muitos os depoimentos dos méritos dele, de ajudas ao próximo, acolhimento a muitas pessoas

da cidade, coisas que nem todos nós sabíamos. O pas-tor Edgard Barreto Antunes dirigiu o culto fúnebre em sua totalidade bem como o pastor Enette de Souza, pas-tor efetivo da Igreja. Vários pastores fizeram uso da pa-lavra e para cada uma delas expressamos nossa gratidão. Centenas de pessoas ami-gas da cidade e de outros lugares, autoridades locais também, sendo decretado 3 dias de luto oficial na cidade pela Prefeita e Presidente da Câmara Municipal, os quais compareceram ao velório que aconteceu durante o dia do sábado (17) e a madruga-da de domingo (18) sendo sepultado às 13h aproxima-damente.

Deixou uma família muito unida, amiga, composta de 7 filhos, 2 noras, 5 genros, 17 netos, 33 bisnetos e 1 trineto.

Nós, seus filhos, genros, noras, netos, bisnetos e tri-neto podemos dizer: “Agora pois Senhor, graças te da-mos e louvamos teu glorioso nome” (I Crônicas 29.18).

Diácono Elias Coelho dos Santos

Elza Prado de Souza já está na glória

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14 o jornal batista – domingo, 06/10/13 ponto de vista

Jonatas de Souza NascimentoDiácono, membro da PIB em Centenário, Duque de Caxias, RJ, e autor da obra “Cartilha da Igreja Legal”

Caminha a passos largos o processo de harmonização internacional da

contabilidade, e isto já tem afetado nesse primeiro mo-mento empresas brasileiras na medida do seu porte, mas a médio e longo pra-zos todas as organizações jurídicas terão que se ade-quar aos novos padrões, sob pena de desaparecerem do cenário.

Foi a Lei nº11.638/2007 que introduziu aspectos das Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial Reporting Standar-ds - IFRSs), à contabilidade nacional, promovendo pro-

Tarcísio Farias GuimarãesPastor da PIB em Divinópolis, MG

A Rede Globo de Televisão lançou nestes últimos dias mais uma novela

comprometida com a espi-ritualidade “new age”, uma visão religiosa plural defendi-da por vários autores de tele-novelas, com forte influência das religiões orientais, disso-ciada de qualquer conceito bíblico e oposta à visão cristã acerca de Deus. A novela “Jóia Rara” se propõe a ser mais que um folhetim das seis horas interpretado por artistas famosos. Dessa vez, o budismo é a religião en-

fundas mudanças no mundo contábil.

Na obra “IFRS Entendendo e aplicando as normas inter-nacionais de contabilidade”, uma das primeiras publicadas por uma renomada editora sobre o assunto, o autor enu-mera alguns desafios que não poderão ser ignorados pelos operadores da ciência contá-bil, dentre os quais destaco:

a) o idioma, para aqueles que não são fluentes na lín-gua inglesa;

b) a ausência de literatura farta sobre o assunto; e

c) a necessidade de inter-pretar normas baseadas em princípios.

Destaca o autor que para muitos isto representa uma mudança cultural profunda, que se consolidará através de um processo de reeducação profissional.

Quem desconhece essa re-volução contábil pode querer

focada enquanto a trama se desenvolve, com forte ênfase na doutrina da reencarnação.

Uma simples comparação entre personagens identifi-cados como evangélicos nas novelas da Rede Globo e aqueles que são identificados como adeptos de outras reli-giões, demonstra intenções que ultrapassam a mera pro-dução de arte na emissora de TV. Os evangélicos são apre-sentados de forma caricatu-rada, enquanto que a forma bela, e até mesmo inocente, é preferida para retratar per-sonagens identificados com o espiritismo, o hinduísmo, o budismo e outras expressões religiosas que harmonizam--se com o pensamento dos te-

saber o que a igreja evangé-lica brasileira tem a ver com isso. Não é por nada, mas eu lamento dizer que mais dias, menos dias, a igreja brasileira também será afetada, com todo o rigor. Exagero? Pode até ser. Mas, eu pergunto: por que o fisco deixaria a igreja evangélica de fora? O grande problema e a grande verdade é que muitos profissionais da contabilidade que assessoram organizações religiosas não estão preparados para tantas mudanças e, por isso, come-tem deslizes imperdoáveis.

Não quero e não posso ferir a ética, mas tenho-me depa-rado com cada situação que me envergonha. O que tem de profissional que desco-nhece preceitos elementares que ditam as regras fiscais e contábeis dispensadas à igreja, tais como a imunidade tributária prevista na Consti-tuição Federal; ditames do

lenovelistas. Os evangélicos são, geralmente, pessoas ig-norantes, hipócritas e pobres enganados por seus líderes. Os representantes assumidos de outras religiões são pesso-as bondosas, esclarecidas e bem resolvidas.

Não é sem motivo que monges budistas no Brasil estão comemorando a es-treia do novo atrativo das seis. A novela apresentará o estilo de vida dos monges budistas no Himalaia e a surpreendente reencarnação de um Lama, líder budista tibetano, numa criança bra-sileira que ocupará o centro das atenções na novela. Mais uma vez, uma telenovela torna-se veículo de doutrina-

Código Civil Brasileiro, do Código Tributário Nacional, do Regulamento do Imposto de Renda etc. Desconhecem as Normas Técnicas de Con-tabilidade (NTCs) pertinen-tes. Falam de lucro e prejuízo em vez de superávit e déficit, confundindo organização religiosa (de fins não econô-micos) com empresas mer-cantis (de fins econômicos). Não sabem que igreja não é empregadora, mas equipa-rada a empregadora, à luz do parágrafo 1º do art. 2º da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Não observam os princí-pios fundamentais de conta-bilidade, não atentam para a forma de entradas e saídas de recursos, não distinguem documentos idôneos de não idôneos... Participo da ideia de que o profissional deve se especializar em determinado segmento e esforçar-se para

mento, apresentando a reen-carnação como um conceito religioso coerente. Vale a pena assistir uma novela com esta inspiração religio-sa e envolver-se com tantos conceitos que afrontam a Palavra de Deus?

Dar audiência a essa no-vela é contribuir com a des-truição de valores morais e espirituais já tão combalidos em nossos dias. Manter a TV ligada nesta novela é o mesmo que aceitá-la e pro-mover sua influência sobre nossas crianças. Essa e muitas outras novelas despertam em seus espectadores a atenção para disputas desonestas, imoralidade sexual, materia-lismo e conceitos religiosos

ser pelo menos razoável. Modéstia à parte, penso que pertenço a esta classe!

Minha preocupação básica reside nessa realidade. Se a carência de profissionais especializados em contabi-lidade eclesiástica continuar prevalecendo, vai faltar mão de obra no mercado e as organizações religiosas vão penar na mão do fisco.

Finalmente, dirijo-me aos estudantes de ciências con-tábeis, afirmando que a espe-cialização em contabilidade eclesiástica será um grande nicho para quem está come-çando na área das ciências contábeis, pois esse profis-sional é que vai assimilar mais facilmente a nova e arrojada contabilidade que nos espera.

Afinal, todos estamos entre desafios e oportunidades e vai ganhar quem fizer bem feito. Pense nisso.

divorciados da fé cristã. Não devemos contribuir com um projeto que visa a desconstru-ção de valores cristãos.

Invista tempo em outras jóias que temos à disposição. Desligue a TV e faça o culto doméstico. Visite uma pessoa querida que você não vê há algum tempo. Leia um bom livro. Acesse sites com conte-údo saudável. Prepare-se nes-te horário da novela das seis para participar das atividades noturnas de sua igreja, lugar onde um tesouro valioso e eterno está à sua espera.

Você decide se vai querer budismo em sua casa ou Jesus Cristo reinando em seu coração e no coração dos seus familiares!

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15o jornal batista – domingo, 06/10/13ponto de vista

Elias Gomes de OliveiraColaborador de OJB

Há poucos d i a s atrás, cidadãos de todo o Brasil foram às ruas pro-

testar contra as políticas pú-blicas vigentes e contra os políticos que fazem mal uso do dinheiro público através da corrupção. As manifes-tações que se iniciaram a partir do aumento das pas-sagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo ga-nharam força e adeptos pelo país inteiro. Cerca de 100

cidades realizaram protestos reunindo muitas pessoas de diferentes idades e sem uma identificação aparente.

Desde então, têm-se co-mentado muito em demo-cracia e liberdade de ex-pressão. Estas manifestações populares revelaram a força da democracia e o civismo de nossa população. Embo-ra a Constituição assegure o direito de liberdade de consciência e de crença, não existe uma lei que regu-lamente a realização de cul-tos em locais públicos. Essa liberdade que nos motiva a

pregarmos o evangelho nas ruas é a mesma que garante a cidadãos não cristãos o di-reito de professar sua fé sem o barulho das pregações ao ar livre.

Acredito que todo mundo tem o direito de professar sua fé, sem incomodar aos outros. Precisamos pedir sa-bedoria e criatividade a Deus a fim de sermos instrumentos nas mãos de Deus para salva-ção de todo aquele que Nele crê. Recentemente a Super-via, no Rio de Janeiro, proi-biu a realização de cultos re-ligiosos nos vagões dos trens.

A ação civil pública teria sido resultado da reclamação de centenas de pessoas que se sentiram incomodados com o barulho dentro dos vagões.

Creio que a evangelização nas ruas é uma excelente ferramenta para anunciarmos a Jesus Cristo e pode ser um meio para influenciarmos a nossa sociedade. Precisamos de discípulos de Cristo que vão às ruas para se relacionar com as pessoas e, a partir daí, mostrar que somos cidadãos da terra e também do reino dos céus. Estamos em um momento que precisamos

agir com cautela, mas sem deixarmos de falar do evan-gelho que transforma vidas mesmo que seja através do testemunho pessoal.

“Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem a voz, juntamente exultam; porque com seus próprios olhos distintamente vêem o retorno do Senhor a Sião” (Is 52.7).

Noel OliveiraCampanha Parada pela Vida

Em março de 2011, na Assembleia Ge-ral das Nações Uni-das, o mundo rece-

beu um desafio: reduzir pela metade o número de mortes no trânsito durante um período de 10 anos. Assim, foi proclamada a Década de Ação pela Segu-rança no Trânsito. A ideia é que, de 2011 a 2020, os índices de fatalidades em ruas e estradas dos países membros diminuam em, no mínimo 50%. A resposta do Governo Federal para este problema foi lançar o PARADA – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes – Um pacto pela vida.

Com dois anos de existên-cia, o PARADA já plantou suas sementes e se consolida como o principal movimento

do país para a redução de aci-dentes. E, daqui para frente, nosso objetivo é continuar atuando fortemente na cons-cientização e mobilização de toda a população. O pacto é de todos e quanto mais pessoas fizerem parte dele, mais poderemos desfrutar de um trânsito organizado e se-guro. Daí a razão de recrutar

cidadãos que, reconhecidos como celebridades, compar-tilham da mesma dor e sofri-mento das pessoas comuns quando tem algum parente, amigo ou pessoa amada en-volvida em um acidente de trânsito.

Eles serão as vozes dessa conscientização, dessa cam-panha que por isso chama-

mos de Manifesto. O qual será levado para a televisão através de comercial, com versão de 30 segundos e de um minuto, para as rádios e mídias impressas, para as ruas com mídia exterior e para a internet com banners nos principais portais e ações em redes sociais e eventos públicos.

Mas só isso não basta, você precisa ajudar amplificar esse Manifesto. Junte-se a nós nes-se pacto pela vida. Conheça a campanha, ajude a divulgá-la, curta nossa página facebook.com/paradapelavida e conhe-ça todo o material acessando paradapelavida.com.br.

Seja você a mudança no trânsito!

PARADA – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes

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