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O Pr. Fabio Pegas, missionário da JMM em Mân- tova, na Itália, está empenhado na construção do templo da Igreja Batista de Mântova. Uma vez cons- truído, este será o primeiro templo batista da história da cidade, que tem mais de 3 mil anos e passou 2 mil anos sem um templo evangélico levantado e consagrado ao Senhor (pág. 11). Obra do primeiro templo batista em Mântova precisa avançar O Centro de Restauração de Vidas é uma comunidade terapêutica evangélica com utilidade pública estadual que atende pessoas na cidade de Luís Correia, no Piauí. Esta instituição faz parte da Associação Batista Johnston e tem sido um referencial em todo estado pela seriedade e eficiência do trabalho. Entre as atividades realizadas está o trabalho de marcenaria (pág. 12). Além da Trans, este mês de julho também está sendo marcado pela realização do Alcance Surdos em várias cidades brasileiras. No município de Ji-Paraná (RO), o projeto já alcançou muitos surdos que antes estavam isolados, sem comunicação e, consequentemente, sem conhecer o amor de Cristo. Conheça o projeto e algumas histórias alcançadas pelo evangelho (pág. 07). Histórias para animar Alcance Surdos 1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 29 Domingo, 21.07.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Jornal Batista - 29

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Leia o Jornal Batista desta semana - 21/07/2013.

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O Pr. Fabio Pegas, missionário da JMM em Mân-tova, na Itália, está empenhado na construção do templo da Igreja Batista de Mântova. Uma vez cons-truído, este será o primeiro templo batista da história da cidade, que tem mais de 3 mil anos e passou 2 mil anos sem um templo evangélico levantado e consagrado ao Senhor (pág. 11).

Obra do primeiro templo batista em Mântova precisa avançar

O Centro de Restauração de Vidas é uma comunidade terapêutica evangélica com utilidade pública estadual que atende pessoas na cidade de Luís Correia, no Piauí. Esta instituição faz parte da Associação Batista Johnston e tem sido um referencial em todo estado pela seriedade e eficiência do trabalho. Entre as atividades realizadas está o trabalho de marcenaria (pág. 12).

Além da Trans, este mês de julho também está sendo marcado pela realização do Alcance Surdos em várias cidades brasileiras. No município de Ji-Paraná (RO), o projeto já alcançou muitos surdos

que antes estavam isolados, sem comunicação e, consequentemente, sem conhecer o amor de Cristo. Conheça o projeto e algumas histórias alcançadas pelo evangelho (pág. 07).

Histórias para animar

Alcance Surdos

1o jornal batista – domingo, 21/07/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 29 Domingo, 21.07.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

“Habemos pastoras?”

• Infelizmente, uma das coisas que tem caracteriza-do muitas igrejas e líderes batistas da nossa denomina-ção é querer imitar os mo-dismos de outros segmentos denominacionais que não tem qualquer sustentação nas Escrituras, a exemplo des-sa questão de ordenação de “pastoras”. Nisto, alguns dos nossos ainda fazem pior, por não terem o apoio bíblico, apelam para as constituições humanas: “...não há como negar-lhes o acesso, vez que os pastores não irão ferir mais um princípio constitucional” (OJB 14.04.2013 – Isaías Lins, pág.05) que jamais servirão de base para decisões de ca-ráter espiritual. Lamento, pro-fundamente, o surgimento desse assunto na mídia batis-ta, coisa que só tem servido para fomentar divisão e impor barreiras na relação entre lideranças e liderados dentro da CBB.

Como se não bastasse, te-mos que ler ainda um “bilhe-te”, cujo o autor, que se diz defensor da ortodoxia batista, tenta explicar o porque de ter indicado uma mulher para

cargo de liderança na OPBB. No mesmo texto, o articulista afirma que ainda não tem posição firmada sobre orde-nação de mulheres ao pasto-rado: “...aguardo uma deci-são bíblica e teológica para decidir se sou ou não favorá-vel” (OJB 14.04.2013 – Júlio Sanches, pag.03). Todavia, por não haver impedimen-to legal, fez sua proposta. Não é de nos deixar pasmos, saber que líderes que afir-mam defender os princípios batistas não tenham posição firme contrária a esse prag-matismo neopentecostal? Tal modismo não cabe dentro de

uma igreja batista, pois esta deve ter como regra de fé e prática a Bíblia e nesta não há sequer uma ‘virgula’ que concorde com a ordenação de mulheres ao episcopado (I Tm. 3.1-7). E que fique claro aqui que não há qualquer atitude preconceituosa, da minha parte, ao responder no tocante a esse assunto. Qualquer batista sabe muito bem a excelente contribui-ção das mulheres em nossa denominação. Todavia, não é demais ressaltar: cada um no seu lugar, de acordo com o que Deus já prescreveu na Sua Palavra.

Este assunto me traz à me-mória uma pergunta que fiz ao Pr. Soren, na assembleia da CBB em Salvador (1996 ou 97?), pois nesta ocasião já se ventilava esse assunto em nosso meio: cheguei na mesa da Confratex e lhe perguntei sobre ordenação feminina no pastorado batista e ele me disse: “Isso sequer deveria estar sendo discutido aqui”.

Meus irmãos, esse assunto de “pastora” já foi longe de-mais e só tem servido para engrossar ainda mais a crise de identidade que vivemos como batistas. Será que vo-cês, influentes líderes da de-nominação, não estão vendo o tamanho do estrago que isso tem causado em nosso meio? Será que não percebem que a hora já é bastante avançada para envolver-nos num assun-to tão faccioso como esse? E se nos dividirmos, além do que já estamos, como ficarão os projetos da denominação, principalmente, o avanço da obra missionária? Minha gente, vamos parar com isso e clamar a Deus pela nossa denominação!

Pr. PauloPIB em Xique-Xique, BA

A comunicaçãoHoje é comemora-

do o dia do Jornal Batista, uma ótima oportunidade de

refletir sobre a comunicação, afinal de contas este é o prin-cipal objetivo de um jornal. Para alguns estudiosos toda comunicação é com o objeti-vo de colocar sua opinião, ou informação, na mente daque-le com quem se comunica. Isso acontece até mesmo em diálogos comuns, onde o co-municador acredita que está apenas contando sua versão dos fatos, ou falando sobre sua posição diante de um problema. Está ai a grande dificuldade de qualquer meio de comunicação, informar sendo isento. Todo texto, seja para TV, jornal online, impresso, rádio, é feito por pessoas, cheias de histórias e pensamentos, ideias constru-ídas. Entretanto, é obrigação do jornalista informar com isenção nos fatos, o que é extremamente difícil.

Mas as dificuldades de comunicação vão além dos

profissionais, existem pes-soas que tem dificuldades de se comunicar por diver-sos motivos. Alguns não conseguem expressar suas opiniões por vergonha, por medo, por opressão, por dificuldades físicas. Jesus foi um dos maiores comu-nicadores de toda a his-tória da humanidade. Até mesmo aqueles que não acreditam em Jesus como o Salvador, entendem o poder de comunicação de Jesus. Podendo ser até chamado de um relações públicas de seu Pai, conseguindo anun-ciar a mensagem de Deus e espalhá-la até as gerações posteriores a sua vida. Jesus nasceu em uma época onde o povo não era digno de se expressar, não haviam sindicatos, representantes do povo, as autoridades decidiam pelo povo. Je-sus ensinou a se expressar, chegando a convocar seus seguidores a ir por todo o mundo contando as boas novas do evangelho.

No sentido oposto daque-les que não conseguem se expressar, estão aqueles que não conseguem aceitar a opinião do outro. Para estes todos que possuem ideias diferentes as suas são seus opositores. Um grande en-gano, já que o próprio Jesus Cristo ao chamar seus discí-pulos convocou homens com personalidades complemente opostas, e mesmo sendo dife-rentes, tinham o mesmo ob-jetivo. Conviver com ideias opostas é um aprendizado, que pode levar ao crescimen-to. Imaginem uma empresa de publicidade onde todos pensam igual, nada de muito produtivo apareceria. Imagi-nem uma igreja onde todos os membros e toda a lide-rança tem sempre a mesma opinião. Será que isso existe? As diferenças fazem crescer. Ouvir e buscar entender o outro lado é o segredo.

Este é um dos objetivos de O Jornal Batista dar espaço para opiniões diferentes, que respeitem o próximo e princi-

palmente a Palavra de Deus. Saber opiniões diferentes amadurecem o homem e traz reflexões espirituais e sociais. O Jornal Batista tam-bém não deixa de informar o que acontece dentro do meio batista e da sociedade em que os cristãos vivem. Apesar de ser um jornal semanal e ter apenas 16 páginas, tendo assim pouco espaço para se comunicar e informar, O Jornal Batista ainda consegue alcançar todo o país. E para que isso aconteça existem colaboradores espalhados por todo o país.

O Jornal Batista agradece a todos aqueles que contri-buem para difundir informa-ções e mensagens saudáveis para todos os cristãos batistas do Brasil. E pede que Deus encha de sabedoria todos os cristãos, com ousadia para fa-lar o que é necessário e ouvir o que é preciso. Tendo como realidade Provérbios 8.7: “Minha boca fala a verdade, pois a maldade causa repulsa aos meus lábios”. (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Como responder a cada um

Depois de descrever como devem ser os deveres domés-ticos dos cristãos,

Paulo focaliza a importância da oração, para a qualidade cristã da comunicação. “A vossa conversa seja sempre com graça, temperada com sal, para saberdes como de-veis responder a cada um” (Colossenses 4.6).

Aquilo que falamos, no dia a dia é visto pela Bíblia como de valor estratégico no processo da promoção do Reino. Nossa conversa, disse Jesus, não deve ter um caráter dúbio – “nosso falar deve ser sim, sim, não, não”. Já Tiago condena a “língua solta”, irresponsá-vel, que pode causar incên-dios e prejuízos de toda sor-te. Quando chega sua vez, o Apóstolo Paulo recomenda moderação e dependên-

cia do Senhor: “Temperada com sal” e motivada pela “graça” divina.

Pedro nos lembra que fo-mos chamados para ser tes-temunhas de Cristo, no meio de um mundo injusto, que persegue cristãos. Por isso, ele escreve: “Estejam sem-pre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm”. Ao fazê-lo, diz o Apóstolo, devemos falar “com educação e respei-to”. Comunicar a mensagem cristã “temperada com sal”, equilibradamente, é sempre um desafio para nós. Nossa única saída é a “graça”. A graça do Cristo que, quando vivemos em comunhão com Ele, nos inspira a dizer aquilo que Ele quer que digamos, não importa quão difícil seja o desafio do testemunho. Com sal e com graça.

Ismael Alves PiresDiácono e professor da EBD, na IB em Jardim América, Paranaguá, PR

Reformas para que haja “edificação, exortação e conso-lação” (I Co. 14.3).

Jesus (Homem) antes de ex-piar na cruz crucificado, deu “um grande brado, depois de tomar vinagre, dizendo: Está consumado” (Jo. 19.29-30). Ali Ele cumpriu toda lei (Mt. 3.15). Paulo o profeta, “luz dos gentios” (At. 13.47), afirmou aos Coríntios: “As-sim que, se alguém está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co. 5.17). Jesus afirmou na revelação apocalíptica: “Eis que faço novas todas as coisas”, e recomendou: “Es-creve porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim...” (Ap. 21.5-6).

Portanto, estamos mar-chando num novo tempo, numa nova era, num novo milênio, de Jesus para cá. E precisamos de reformas. Note-se que Jesus (Homem), para enfrentar o sagaz inimi-go, retirou-se para o deserto orar por 40 dias e 40 noites, e depois disse: “Eu vos dei o exemplo...” (Jo. 13.15). A triste situação porque pas-sa a nossa amada pátria, é crítica e constrangedora, o descontentamento é geral. A situação tardou, mas a bom-ba explodiu e o povo aflito e descontrolado saiu às ruas em real protesto, clamando por reformas. Reformas na infraestrutura, na educação, em melhores escolas com professores de fato concursa-dos e diplomados, nos quais haja capacidade, etc, etc.

Cremos, tudo certo. Mas, sem baderneiros.

E nós os evangélicos, não estamos também precisando de reformas? Jesus além de ter dado o exemplo, recomen-dou: “Vigiais e orai, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt. 26.41). “Estais vós apercebidos... bem-aventura-do aquele servo que o Senhor quando vier, achar servido as-sim” (Mt. 24.44-46). Pelo que notamos, de fato e de verda-de, precisamos de reformas, de voltar ao “primeiro amor” (Ap. 2.4), aquele amor que é iluminado pela “decência e ordem” (I Co. 14.40).

Deus Pai alertou: “O filho honrará o pai, e o servo a seu senhor; se Eu sou Pai onde está o meu temor” (Ml. 1.6). Será escrito: “Deus deve ser em extremo tremendo, gran-demente reverenciado na Assembleia dos santos, por todos os que O cercam” (Sl. 89.7). E “... o meu Santuário reverenciareis...” (Lv. 19.20). Que tal, precisamos ou não de urgentes reformas? Exem-plo: Na adoração no Santu-ário. Nas edições da Bíblia, que os editores tem violado a recomendação severa do apocalipse (cap. 22.18-19). Também nos editores atuais da música e das letras dos nossos inspirados hinos, os quais procuram anuviar a beleza melódica que enter-nece nossos corações, com o péssimo giz dos arranjos. Por outro lado surge uma en-xurrada de corinhos (com vá-rios apócrifos) que são can-tados com várias repetições (Mt. 6.7) num exercício de ginástica forçado de senta--levanta, senta-levanta, num ensurdecedor de tambores com vários decibéis, que os mais velhos não suportam, durante 2 horas, e mutilam a mensagem graciosa do

pastor, prejudicando o ho-rário daqueles que precisam tomar conduções.

As vigílias que eram a noi-te toda agora em algumas igrejas iniciam às 20h até às 24h, e apenas algumas orações, o tempo é tomado por cânticos, de corinhos. Quanto a reverência... É um movimento de entra e sai, durante a pregação, como se estivesse num clube de diversões. Precisamos ou não de reformas urgentes?

Reformas sim, e reformas na Escola Bíblica Dominical também.

Seguem orientações dos deveres dos alunos: ser assí-duo, chegar antes do início da aula, e permanecer em oração. Estudar bem a lição esquadrinhando referências na Bíblia, que é a fonte. Evi-tar conversas com o colega ao lado. Levantar-se somente por necessidade. Não ficar constantemente olhando para trás. Cumprimentar o

visitante, prontificando-se a ajudá-lo se for preciso. Não fazer acepção de pes-soas. Manter real estima e consideração pelo seu pas-tor e seu professor. Nunca criticá-los. Quem não erra? Quando for interrogado, ou perguntar alguma coisa a respeito da lição para o seu professor, seja breve. Não

tome o tempo dele em pro-longadas explicações. Cons-cientize-se que o professor é ele. E isso não traz “decência e ordem” (I Co. 14.40), e sim certo constrangimento.

Precisamos sim de refor-mas, pois somos um povo “sábio e entendido” (Dt. 4.6), “gente única na terra” (II Sm. 7.23). Certo!?

Neste 2013 acontece o centenário de nascimento do Pastor Sóstenes Pereira de Barros, em particular no mês de agosto.

Seja este motivo de gratidão e louvor do povo batista brasileiro pelo acontecimento que envolve o grande lider batista.

Santarém do Pará foi a cidade de grande atividade de Sóstenes, onde dirigiu o trabalho batista, construiu um belo templo, orgulho batista local, fundou o Colégio Batista, além de alargar a ação intensa batista pelo Baixo Amazonas.

Durante este mês de agosto ocorrerão manifestações de louvor no Brasil por este motivo. No dia 22 de agosto, haverá Reunião Solene na Câmara Municipal da Cidade, pela manhã; pela tarde haverá significativa comemoração no Colégio Batista local e à noite havará Culto Especial na Primeira Igreja Batista de Santarém. Organiza estas festividades o Diretor de Musica da Igreja de Santarém, Prof. Franklin.

Que este acontecimento seja motivo de gratidão a Deus por parte de todo o povo batista brasileiro, neste ano de 2013, que se caracteriza por comemorar a vitória do centenário de Sóstenes Pereira de Barros este grande Pastor Batista.

Centenário doPastor Sóstenes Pereira de Barros

1913 – 2013

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PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

por verdade. E como se isso não bastasse, personagens bíblicos estão sendo objeto das mais levianas e despro-positadas aleivosias. Daqui a pouco teremos mais uma Bíblia de estudo, além das cerca de 40 que já circulam no mercado, a “Bíblia Gay”, que distorcerá, ou como que-rem eles/elas, “reinterpretará” todas as condenações do texto bíblico à homossexua-lidade. O pronome referente a Deus não será mais “ele”, mas “ele/ela”. Surpresa? Não deveria sê-lo para quem já tivesse lido I Timóteo 4.1,2: “Mas o Espírito expressamen-te diz que em tempos poste-riores, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada”.

Nossa sociedade está sendo rapidamente sodomizada por vários fatores. A “luta pela vida” faz com que os pais deixem seus filhos entregues à própria sorte. Meninos e meninas estão ficando sem a presença dos pais, sem refe-renciais para a formação da sua respectiva sexualidade. Os meios de comunicação, em especial a televisão, estão diariamente despejando den-tro dos lares, apelos tanto in-diretos como deslavadamente

apologistas da homossexuali-dade. Poucas vozes têm tido coragem de se levantar para falar contra a depravação da natureza sexual humana. Si-las Malafaia, conhecido pela coragem dos seus pronun-ciamentos para defender a ética cristã de comportamento sexual, tem feito defesa quase solitária da ética bíblica da sexualidade e por isso é o principal alvo dos ataques dos “liberais”. Dos políticos evan-gélicos, como já vimos, pou-co se pode esperar quando seus interesses eleitorais estão em jogo. Homens ímpios produzem leis ímpias. Juízes iníquos julgam com iniquida-de. Clamemos, portanto, ao Senhor, o justo Juiz, diante de quem as depravações morais não são “direitos”, mas peca-dos graves que corrompem a alma. Alma que tem o céu como destino e a vida na ter-ra como bem supremo a ser celebrado em santidade, em amor, com alegria.

Obviamente, cada pessoa é livre para cometer os peca-dos que quiser e arcar com suas consequências nesta vida e na eternidade. O que não admitimos, porém, é que os pecadores, como em Sodoma, queiram tolher, na marra, a nossa liberdade de não aceitar como virtude o que a Bíblia chama o pecado e abominação moral.

Pastor Manoel de Jesus TheColaborador de OJB

Os últimos acon-tecimentos no Brasil mostram a ignorância que

paira no país, desde as mais altas autoridades, até as me-nos elevadas. Desde as mais cultas, até as mais ignorantes. Vamos, à guisa de descre-ver o que está acontecendo, julgar o procedimento das autoridades. Elas não sabem o que é, não sabem onde começou, quem começou, onde está, como está, e nem para onde vão as consequ-ências, em termos mais lon-gínquos. O primeiro sinal de cegueira é que nenhuma de nossas autoridades previu que tais coisas iriam acon-tecer. Ao invés de coibir os desmandos, justificam, mas justificam o quê? Justificam o que as pessoas estão fazen-do, pois como são culpadas, não têm outra coisa a fazer senão dar razão a elas, mas assumirem sua culpa, isso não assumem.

O mundo em que vivemos, em todos os cantos do plane-ta, está sofrendo de liquidez em todos os níveis da vida humana. Não há consistência nos relacionamentos. O vizi-nho é invisível. Não é visto como pessoa. O espaço está vazio. Faço do espaço o que quero, pois não há ninguém nele. A instituição família acabou. Nenhuma consis-tência na relação, pois não é uma relação conjugal. Con-verso com um garoto cujo pai tem 4 filhos. Um com cada mulher, não assume nenhum filho, nem nenhuma compa-nheira. O envolvimento é tão líquido que já foi “pro ralo”, como dizem.

Vamos a outro arrazoado para mostrarmos a hipocrisia

das autoridades. Se as autori-dades estivessem atendendo os reclamos da população ela agiria como está agindo? Não. Então, os culpados são os governantes, e em todos os níveis, ou seja, Federal, Estadual e Municipal. O en-volvimento com o cargo não sugere responsabilidade. É ganhar o mais que pode, e não deixar rastro do roubo, nem patrimônio público que se perpetue, ou favoreça a comunidade.

Falando da cegueira huma-na, Jesus afirmou: “Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz, mas, se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são”.

Aí está a causa de chegar-mos onde estamos. Algumas autoridades estão estupefatas com o que lhes aconteceu. Com o clamor do povo foi votada a lei do crime he-diondo para a corrupção. A maioria dos que ocupam car-gos políticos hoje, só sabem ser políticos com a lama até o pescoço. Como fazer polí-tica honestamente se nunca aprenderam? E pior de tudo, os evangélicos talvez este-jam incluídos. Pelo menos no episódio dos 5 anos do ex-presidente Sarney, todos os deputados evangélicos trocaram seu voto por rádio, TV, jornal, e outras quimeras mais. Alguém lembra o nome de algum deles? Deus é justo.

Para concluir gostaríamos de repetir os comentários de Jesus a respeito do povo e das autoridades do seu tempo: Brasil! Quão tremendas são as tuas trevas! Agora, para os filhos de Deus, só resta “um fazer”. Orar, orar, orar!

Em nossa cultura, em nosso tempo, o pe-cado está sendo con-siderado como diver-

são, um direito individual sobre o qual ninguém tem o poder legal de intervir. Hoje, tentar desviar um pecador depravado do seu pecado, pode ser considerado um ato de preconceito. Mesmo que o próprio indivíduo procure um psicólogo no desejo de mudar sua conduta, não po-derá ser ajudado, sob pena de o clínico perder seu regis-tro, o que fere frontalmente a Constituição Federal, a lógica e a ética profissional. Está tramitando na Câmara de Deputados, em Brasília, um projeto de lei que define como crime hediondo, por-tanto sem direito a fiança, defesa em liberdade nem qualquer tipo de indulto ou redução da pena, com todos os agravantes possíveis, o que o autor da lei chama de “homofobia”, ou seja, “discriminação contra as pes-soas homossexuais”. Aliás, o que seria discriminação, não vem definido no projeto. Por exemplo: se um pastor pregar do púlpito, a ética bíblica do comportamento sexual que condena taxativamente a relação entre pessoas do mesmo sexo, isso poderá ser considerado crime hedion-do. Se um pastor se negar a batizar uma pessoa gay ou se recusar realizar um casamen-to gay, havendo uma queixa, o pastor pode sair do púlpi-to direto para o xadrez. O mesmo poderá ser reclama-do, por isonomia, por outras classes de pecadores, como os alcoólatras. Os habitantes de Sodoma condenaram Ló à morte por não querer permi-tir que os anjos que acolhera em sua casa fossem vítimas de abuso sexual por parte dos homens da cidade.

Os defensores do homos-sexualismo como direito de opção individual, na ânsia de encontrarem argumentos em defesa da sua depravação, es-tão denegrindo personagens da história que se tornaram famosos pela sua conduta ilibada. Como os mortos não se defendem, fica a pecha como informação assentada

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Pr. Levir Perea MerloPresidente da PIB em São Caetano, PE

“Vocês não dizem que ain-da há quatro meses para a colheita? Eu, porém, digo a vocês: levantem os olhos e vejam os campos, estão pron-tos para colheita” (João 4.35).

É praxe, a maioria das Convenções Estaduais realizarem suas cam-panhas missionárias

no mês de julho e pensando nessa possibilidade é que desenvolveremos o tema acima.

Sendo geração eleita so-mos chamados para plantar a semente e colher os frutos do Evangelho. Jesus acabará de demonstrar na prática sua graça e missão, no encontro e diálogo com a mulher sama-ritana. Samaria, considerada cidade impura pelos judeus, também não era nada comum um homem judeu conversar com uma mulher, principal-

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Esta palavra é conhe-cida, vivenciada por alguns e tem causado muito transtornos. O

que é vaidade? O Dicionário da Língua Portuguesa diz que é: “Qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro. Desejo imode-rado de atrair admiração ou homenagens. Vanglória. Pre-sunção, fatuidade. Coisa fútil ou insignificante, frivolidade, futilidade, tolice”.

Você já reparou como exis-tem pessoas que querem mostrar para todo mundo que é importante, que é alguma coisa? Isso se chama vaidade. É o desejo de ser homena-

mente de vida duvidosa. Por outro lado, os samaritanos também davam o troco, era a lei de causa e efeito - bateu, tomou. A mulher samaritana era questionadora e de cora-ção endurecido por conta da segregação racial e tradição religiosa. A segregação racial é um dos absurdos produzido pela arrogância do ser huma-no bestializado. A tradição só é boa quando aproxima o ho-mem de Deus, não havendo essa possibilidade, torna-se dura, cruel e diabólica. Jesus, o Mestre tira de letra esse momento, quebra obstáculos e proclama salvação àquele coração sedento.

Enumeramos alguns obstá-culos quebrados: 1. Entrou em Sicar cidade samaritana (era proibido pelos judeus); 2. Começou diálogo com uma mulher e samaritana (também não podia); 3. De-clarou sua divindade (v 14); 4. Desmistificou a ideia de adoração centrada num só lugar (Gerezim x Jerusalém);

geado, paparicado e o ego inflado, leva a fazer loucuras. Tudo isso é vaidade, algo passageiro, ilusório, que não tem consistência, instável. O vaidoso despreza as pessoas para chegar ao seu objetivo, é presunçoso, acha-se o tal. Entendo que falta conheci-mento da própria realidade em que vive.

A grande maioria das pesso-as não sabe de onde vieram e para onde irão. Vivem a vida como se não existisse outra, não param para refletir sobre a realidade da vida. Eclesias-tes no capítulo 1 verso 2 diz assim: “Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.” No verso 14 fala: “Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo

5. Ensinou a universalidade do Senhor e o sentido verda-deiro da adoração (v.23).

Nesse contexto, e usan-do uma linguagem agrícola exorta a geração eleita ao alargamento da visão do rei-no e missões. Não importa quão duro e difícil pareça aos nossos olhos os campos missionários, para o Senhor sempre é tempo de colheita. Não vamos ficar especulando quantidade, mas vidas que precisam urgente da graça e do amor de Deus. A cam-panha de Missões Estaduais não terá nenhum sentido se não despertar o interesse do testemunho aguerrido e da dedicação de ofertas genero-sas e com amor daqueles que não podem ir, mas podem segurar as cordas. Sempre é tempo de testemunhar do Evangelho de Jesus Cristo. “Poder de Deus para salva-ção de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Rm. 1.16) – É tem-po de semear e colher!

era vaidade e desejo vão”. Só tem uma explicação para tanta vaidade na terra, o total esquecimento de Deus.

Quando o homem quer viver sozinho e toma a de-cisão de isolar Deus de suas decisões, torna-se vaidoso. Qual seria a saída? Qual seria o remédio para a cura da vai-dade? Quero citar novamente Eclesiastes, no capítulo 12 versos 13 e 14 diz: “Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guar-da os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encober-to, quer seja bom, quer seja mau”.

Então, siga este conselho, tema a Deus!

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Mi c h e l a n g e l o , italiano, foi pin-tor , escul tor , poeta e arqui-

teto renascentista. É famoso principalmente pela criação dos afrescos do teto da Ca-pela Sistina, um dos traba-lhos mais extraordinários de toda a arte ocidental, e tam-bém do Julgamento Final sobre o altar e do “Martírio de São Pedro” e da “Con-versão de São Paulo” na Capela Paulina do Vaticano. Entre as suas muitas escul-turas, contam-se a Pietà, Davi, também elas sublimes obras-primas, bem como a Virgem, o Baco, o Moisés, a Raquel, a Léa e membros da família Médici. Foi também ele que concebeu a cúpula da Basílica de São Pedro em Roma.

Conta-se que certa vez perguntaram ao artista por que estava trabalhando com tamanho zelo em um canto escuro do teto da Capela Sistina, que ninguém jamais veria, e ele respondeu sim-plesmente: “Deus verá”.

Quantos cantos escuros temos em nossa vida? Refiro--me àquelas áreas de nossa vida que ninguém vê, que não são de conhecimento público. Com certeza muitas dessas áreas escuras estão li-gadas à nossa personalidade, ao nosso caráter.

Há um tempo conversava com uma mulher, esposa de um líder cristão, e essa com-partilhava a vida dúbil de seu marido. Na igreja era visto como um piedoso cristão, mas em casa era arrogante com os filhos, frio e distante com a esposa. Na igreja era líder de discipulado, mas em casa não orava com os filhos e não cultivava as marcas de um marido cristão no relacio-namento conjugal. Este mari-do tinha uma boa reputação, mas não era íntegro.

Ter uma boa reputação é diferente que ser íntegro. Boa reputação é o que os outros veem em uma pessoa, mas integridade é o que só Deus pode ver.

Muitos jovens e adultos que foram criados na igreja, hoje estão afastados porque não viram em seus pais uma coerência da vida vivida no ambiente da igreja com a do lar. Deus está vendo se esta-mos nos empenhando com sinceridade nos cantos escu-ros da nossa vida conjugal e familiar como nos apresenta-mos perante a multidão.

Para resolver esta dificul-dade é preciso, em primeiro lugar, fazer a mesma oração de Davi no Salmo 139.23, quando disse: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu cora-ção; prova-me, e conhece as minhas inquietações”. Eugene Pertersen, em sua paráfrase da Bíblia “A mensagem” inter-preta a frase “sonda-me” de forma muito criativa. Petersen escreveu: “Faça um raio-x”.

Só Deus pode nos revelar, trazer à nossa memória, nos-sos pecados e nos conscien-tizar dos erros cometidos e começar a viver uma vida de integridade.

O segundo passo é ser per-mitido a uma confrontação por parte das pessoas mais próximas, especialmente o cônjuge e filhos. Peça para que lhes aponte os seus pon-tos fracos, suas limitações e dificuldades. Esta confronta-ção pode ser periódica. Ao ser confrontado não tome a decisão de ficar na defensiva, se justificando. Receba as palavras, guarde-as, pense, reflita sobre cada colocação e deixe-se ser trabalhado pelo Espírito Santo.

Com certeza, se seguirmos estes passos, não teremos apenas uma boa reputação, mas acima de tudo seremos íntegros aos olhos de Deus.

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6 o jornal batista – domingo, 21/07/13 reflexão

Resposta ao texto do Pastor Gilson Bifano

Francisco Mancebo ReisColaborador de OJB

Pedro e João aparecem juntos várias vezes, em momentos dife-renciados. Acompa-

nhados de Tiago, quatro ve-zes. Na ressurreição da filha de Jairo (Marcos 5.37), no monte da transfiguração (Ma-teus 17.1), no Getsêmani (Ma-teus 26.37) e em Gálatas 2.9, onde Paulo os considera co-lunas – uma expressiva figura que responsabiliza a lideran-ça, esperando dela firmeza. Se as colunas são frágeis, a construção fica ameaçada. Isso é verdade nas igrejas, nos colégios, nos seminários e demais funções executivas. Tem-se constatado que há carência de gestores, não apenas entre os batistas.

E a dupla Pedro e João? Vão juntos ao túmulo de Jesus (João 20.3); em João 21.20, aparecem com Jesus; em Atos 3.1, indo ao templo orar; em Atos 4.13, perante o tribunal, que pretende impedi-los de anunciar o evangelho; em Atos 8.14, fazem missões em Samaria. Por que juntos, se eram de índole diferente? Pedro era franco, desinibido,

Pastor Paulo Eduardo Gomes VieiraPresidente da PIB de São Paulo

Conheço pessoalmen-te o deputado Car-los Alberto Bezerra Jr. Ao longo dos oito

anos que tenho estado em São Paulo, tenho visto de per-to a sua conduta cristã, tanto na militância política, quanto na vida pessoal. Ele cultiva uma família abençoada, e propõe nitidamente em sua caminhada a preservação dos valores cristãos morais inspi-rados pela Palavra de Deus.

Considerando isto, ao ler o artigo escrito pelo pastor Gilson Bifano publicado pelo Jornal Batista (Edição 22), senti-me incomodado, e de-cidi escrever o presente texto.

O pastor e deputado Carlos Bezerra Jr. tem sido um polí-tico irrepreensível, a meu ver. Bezerra Jr. é o único evangé-lico apontado como o me-lhor político paulistano por entidade independente. Sua nova lei, contra o trabalho escravo, é referência mundial, segundo a ONU. É autor do Programa Mãe Paulistana, que reduziu significativamente a mortalidade infantil, além de se manter como um ardoroso combatente à pedofilia. Essas são marcas de seu trabalho. Seu testemunho cristão e seu

afoito, agressivo. João, pro-vavelmente menos líder do que Pedro, mas ganhando em disciplina pessoal, com dispo-sição afetiva que lhe mereceu a alcunha de “discípulo ama-do”. É evidente que os dois tiveram falhas registradas nos Evangelhos. Vale refletir um pouco sobre possíveis razões para estarem juntos.

Um complementava o ou-tro. Cada um contribuía com suas características e talentos, completavam-se. Dois jovens desejaram pegar uma fruta num galho acima da altura de-les, mas um estava bem limi-tado pelas pernas enfermas e bambas, e o outro não possuía os braços. Como fazer? Este, sem os braços, deu “carona” ao de pernas fracas e pegaram a fruta. Bom exemplo de co-operação. Cooperar é operar simultaneamente, trabalhar em comum. Num tempo de ênfase no humanismo ego-cêntrico, individualista e ex-cludente, somos desafiados a cultivar a comunhão entre co-legas, igrejas e nos elevados objetivos denominacionais. Somos todos incompletos, a partir de Adão.

Outro motivo é que um aceitava o outro. Sem essa

serviço à nossa denominação em 13 anos de vida pública são exemplos de boa repre-sentação evangélica na po-lítica.

Ficou nítida para mim a reflexão de Bezerra Jr. Jesus, a quem seguimos, punha o marginalizado e os que so-friam preconceito tão próxi-mos de Si quanto podia. E creio que à sua Igreja caiba fazer o mesmo. Não significa deixar de condenar qualquer prática pecaminosa. “Ai de vocês, fariseus, porque dão a Deus o dízimo da hortelã, da arruda e de toda sorte de hortaliças, mas desprezam a justiça e o amor de Deus! Vocês deviam praticar estas coisas sem deixar de fazer aquelas”, exclamou o Mestre (Lc. 11. 42).

A posição do deputado é clara – priorizemos o que Deus prioriza. Para ele, os evangélicos erram ao despen-der a maioria de sua energia em um único tema. Mas sua posição continua a mesma: contra o movimento gay em sua tentativa de tratar sua condição como norma. À luz das Escrituras, é indiscutível a condição de pecado ine-rente ao homossexualismo. No entanto, não é isso que o deputado Bezerra Jr está ques-tionando, e sim a exacerbação de uma postulação em detri-

generosidade, Pedro e João evitariam servir juntos. João também teve falhas. Em par-ceria com Tiago, proibiu a expulsão de demônios por um homem que não seguia com os discípulos (Lucas 9.49,50). Desejou que descesse fogo do céu para consumir sama-ritanos preconceituosos e intolerantes (Lucas 9.51-55). Pretendeu lugar de honra ao lado de Jesus, no reino - pro-vavelmente apontando para uma dimensão escatológica (Marcos 10.35-37). Por ve-zes, pequenas diferenças nos separam. Isso é verdade na convivência familiar, eclesiás-tica, ministerial. Se rejeitamos quem não pense como nós, a convivência se reduz e os re-flexos desse comportamento afetam o companheirismo na “excelente obra”. Instrutivo é recordar Amós 3.3: “Por acaso, duas pessoas viajam juntas, sem terem combinado antes”?

Por último, um destaque. Pedro e João tinham uma causa em comum. Motivo relevante para o bom relacio-namento entre eles. Salvos pelo mesmo Cristo, oravam ao mesmo Deus e anuncia-vam a mesma Graça. Gosto

mento de outras, e isso, com nítidos interesses políticos por parte dos evangélicos que o fazem. Diga-se de passagem, quem desempenha o papel de contestador evangélico na seara política em relação ao homossexualismo está longe de representar bem o reino de Deus, se considerarmos ética, integridade, compaixão, misericórdia, etc.

A proposta do deputado Carlos Bezerra Jr não é baixar a bandeira contra o homos-sexualismo e levantar outra, a favor do pobre. É manter ambas hasteadas.

O texto do nobre colega Pastor Gilson é bem intencio-nado, mas equivocado. Em seu artigo, o Pastor Gilson registrou o desenvolvimento do raciocínio do deputado, mas não seu desfecho. “Não apoio aqueles que tratam a nós, evangélicos, como ig-norantes. Minha fé e minha consciência cristã não estão alinhadas a esses que querem impor sua condição como regra. Defendo que respeitem aos evangélicos com o mes-mo respeito que têm exigido”, concluía Bezerra Jr.

Quanto à hermenêutica questionada pelo Pastor Gil-son, apresento posição do professor Marcelo Santos, da Faculdade Teológica Batista: “Confesso que não entendi e,

de comparar Lucas 13.1 com Lucas 23.12. O primeiro texto informa que Pilatos mandou matar alguns galileus num ato de culto. Herodes Anti-pas governava a Galileia e a crueldade praticada por Pilatos poderia ter causado o rompimento de relações entre esses dois políticos. Em Lucas 23.12, consta que, no julgamento de Jesus, “Pilatos e Herodes tornaram-se ami-gos”. Por quê? Note-se que no verso 7 do mesmo capítulo, Pilatos envia Jesus a Herodes, num gesto de reconhecimen-to da autoridade do colega naquele processo. Teria essa atitude amaciado o coração do rei e favorecido a reapro-ximação de ambos? O certo é que se juntaram exatamente numa tarefa iníqua. Lemos em Atos 4.27 que os dois se uniram “contra o santo Filho de Deus”. Fariseus e saduceus eram portadores de acentua-das discordâncias religiosas. Uns, fanáticos; outros, de fé escassa, mas representavam dois partidos que se opunham ao Messias e estiveram bem próximos na injusta missão de puni-lO. As recentes ma-nifestações (justificadas) que afetam nosso Brasil unem

mais do que isso, discordo das colocações feitas pelo Pastor Gilson Bifano. Entendo que hermenêutica seja a doutrina ou ciência da interpretação ou compreensão dos textos de teor religioso ou filosófico; ou de um texto, bem como dos sentidos e significação das palavras que neles se encon-tram. Assim, não precisaria nem conhecer pessoalmente e acompanhar a trajetória pessoal, familiar e pública de Bezerra Jr., como tenho feito, para perceber que seu texto em nada fere os princípios da hermenêutica e menos ainda defende qualquer causa que contrarie os princípios da Palavra de Deus”.

Concluo afirmando que temos um grande desafio, o de sermos identificados como

classes diferentes, incluindo participantes desconhecidos entre si, e denunciam os go-vernantes. Eles têm objetivos em comum. Lamenta-se é a infiltração de terroristas que se nomeiam heróis e dignos de aplausos.

Se motivos justos ou injus-tos põem até inimigos lado a lado, por que as tarefas no-bres nem sempre aglutinam pessoas de bem? Por que não somarmos forças na bendita causa do Senhor? O bom desempenho da igreja, a vida devocional, o testemunho, a obra missionária, preocupa-ção com o social. O Senhor Jesus, em quem somos um. Faz muitos anos, li acerca de dois homens que viajavam num trem. Estando seus países em guerra, entreolhavam-se de má vontade. Não demo-rou, um deles abriu uma pas-ta, tirou um livro e começou a ler. Bem atento, o outro observava e descobriu que era uma Bíblia. Aproximou--se, estendeu a mão e disse: “Eu também sou cristão”. E se abraçaram. Talvez falte entre nós um abraço sincero e ami-go que preze menos certas di-ferenças e preze mais nossas semelhanças em Cristo.

cristãos por sermos seguidores de Cristo. Ele, a nossa referen-cia maior, amou e alimentou os pobres, perdoou pecadores e os exortou a que não pe-cassem mais, compadeceu-se dos que andavam errantes como ovelhas que não tem pastor, e aproximou-se dos que eram renegados. Seguin-do seu exemplo, contestemos o pecado, mas nunca com os músculos da religiosidade enrijecidos. Preguemos que Cristo transforma, combata-mos a transgressão, mas sem-pre manifestando compaixão, amor e misericórdia pelos que jazem no mal.

Sou grato a Deus pela vida pública do deputado Carlos Alberto Bezerra Jr. Entendo que ele tem seguido a condu-ta que Cristo espera de nós.

Carlos Alberto Bezerra Jr.

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7o jornal batista – domingo, 21/07/13missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Qu a n d o f o r a m acolhidas pelo Ministério Cris-tolândia e enca-

minhadas para o Centro de Formação Cristã de Cam-pinas (SP), Eliza Fernanda (28 anos), Joseane Santos (33 anos), Silvia (58 anos) e Natercia da Costa (41 anos), encontraram em Cristo uma nova esperança após um longo período de dor e so-frimento. Além dos ensinos bíblicos, elas tiveram acesso ao programa de Ensino de Jovens e Adultos (EJA), e assim cursaram o supletivo em uma escola municipal da cidade.

Apesar de a escola ser pú-blica, havia outras despesas como transporte, por exem-plo, mas igrejas como IB do Cambuí, do Pr. Elias de Souza, e IB Vila Perseu, am-bas de Campinas, ajudaram nessa área. “Essa formatura é uma porta de entrada para

as muitas realizações que Deus tem para elas”, disse a missionária Geane Campos, que lidera o CFC Campinas.

“Essa formatura represen-ta a realização de uma das atividades propostas na fase 2 do projeto Cristolândia, que é a educação”, disse Haniele Laurindo, analista de programas e projetos so-ciais de Missões Nacionais. Durante a cerimônia de for-matura, a missionária Geane teve oportunidade de deixar uma palavra e, em nome de Missões Nacionais, agrade-ceu à instituição de ensino que recebeu as alunas do CFC pela oportunidade de reinserção oferecida, uma vez que agora elas já fazem planos de seguir estudando em diversas áreas como en-fermagem, teologia, veteri-nária, entre outras. “Não só para nós do CFC, mas para todo o Ministério Cristolân-dia esta é uma grande vitó-ria. Cristo cuida do homem de forma integral e esta é a visão do nosso projeto: Pro-

porcionar um encontro com Cristo através de sua palavra, cuidar do exterior destruí-do, reintegrar à família que também estava destruída e oferecer novas oportunida-des de profissionalização”, disse ainda Geane.

Nas instalações do CFC também houve uma festa de celebração pela forma-tura, reunindo pastores e parceiros do projeto. Se-gundo a missionária, fo-ram momentos impactantes que emocionaram as alunas

por verem as promessas de Deus se cumprindo em suas vidas restauradas para a gló-ria de Deus.

Se você deseja investir nestes ministérios, entre em contato com [email protected] .

Ação de graças no CFC Campinas

Alcance Surdos

Alunas concluíram supletivo e seguem rumo à reinserção profissional

Anunciando Jesus para uma jovem surda em Ji-Paraná Equipe da IB do Fonseca evangelizando no terminal rodoviário de Niterói

Voluntários que atuaram em Castanhal

Redação de Missões Nacionais

Além da Trans, este mês de julho tam-bém es tá sendo marcado pela reali-

zação do Alcance Surdos em várias cidades brasileiras. No município de Ji-Paraná (RO), o projeto já alcançou muitos surdos que antes estavam isolados, sem comunicação e, consequentemente, sem conhecer o amor de Cristo. Os voluntários percorreram diferentes áreas da cidade a fim de evangelizar surdos e também seus familiares. Foi assim que uma adolescente, de 15 anos, chamada Beatriz foi encontrada. “Ela vivia sozinha, presa em casa, nem o seu nome conhecia, mas conversaram com sua mãe, mostrando o amor de Deus, e ela deixou que sua filha fosse à igreja. Leonardo, um voluntário surdo, começou a ensinar aquela menina,

ilustrando por meio de sinais, até que ela compreendes-se o evangelho”, contou a missionária Marília Moraes, coordenadora do Ministério com Surdos em Missões Na-cionais.

Por meio de sinais, o volun-tário também expressou seu desejo de ver surdos envolvi-dos com o projeto: “É preciso mais líderes surdos para ensi-nar no interior de nosso país, pois muitos surdos não co-nhecem sequer o seu nome e tampouco as palavras em Libras. Que Missões Nacio-nais faça ainda mais Alcance Surdos para que mais surdos conheçam a Jesus”.

Ainda em Ji-Paraná, Ma-rília relatou sobre quando uma voluntária encontrou uma jovem surda chamada Dinalva, que vivia nas ruas e na prostituição para sustentar o vício. “Sem expectativa de vida, ao entender a mensa-gem do evangelho, ela que estava muito deprimida e

abalada disse que queria mudar de vida, mas que não tinha força. Foi apresentado o plano de salvação para ela que disse que gostaria de estudar a Bíblia. Foi um mo-mento muito especial ver a Dinalva pedindo que alguém a ajudasse”, contou Marília.

Muitos outros relatos com-provaram a relevância da re-alização do projeto. Durante um estudo bíblico realizado em seu lar, um casal surdo compreendeu a importân-cia de voltar para Deus e educar o filho (ouvinte) nos caminhos do Senhor. Os vo-luntários encontraram ainda outra família que, apesar de fazer parte de uma igreja evangélica, estava totalmen-te necessitada de saber mais sobre Jesus. Naquela casa morava uma jovem surda que tinha sido batizada em uma igreja mesmo sem ter recebido a Cristo como sal-vador. “Sua cunhada nos disse que achou por bem

batizá-la, mas que sabia que a jovem ainda não tinha en-tendido o evangelho. Então, a equipe apresentou o evan-gecard, mostrando o Plano de salvação e a mesma fez a decisão ao lado de Cristo”, relatou Marília.

Os 20 voluntários que fo-ram para Ji-Paraná também impactaram crianças de esco-las da região. Duas crianças surdas compreenderam o amor de Deus, apresenta-do a elas por meio do cubo evangelístico, e descobriram que podiam falar com Ele por meio da Língua Brasileira de Sinais. Interceda pelas cida-des (Porto Velho, RO, e Mon-tes Claros, MG) que ainda estão recebendo o Alcance Surdos para que os voluntá-rios continuem rompendo as barreiras por meio da Palavra de Deus.

A Igreja Batista do Fonseca (RJ), do Pr. Sócrates Oliveira, também realizou o Alcance Surdos em Alcântara, bairro

de São Gonçalo (RJ). “Visi-tamos duas escolas e fize-mos palestras sobre família e drogas. Visitamos casas de surdos e fomos ao termi-nal rodoviário onde eles se encontram toda sexta-feira. Foram 21 decisões, dois dis-cipulados concluídos e já es-tamos com visitas agendadas. Temos em Niterói mais de 46 mil surdos e este projeto foi só o começo de uma grande obra em nossa cidade”, con-tou a irmã Jocemara Vieira.

Entre 30 de junho e 14 de julho também houve Al-cance Surdos em Castanhal (PA), sob a coordenação dos missionários (surdos) Ever-son e Ana Keyla Correa. Eles relataram que o trabalho dos voluntários resultou no to-tal de 32 surdos alcançados para Cristo. “Louvamos e agradecemos a Deus por ter-mos alcançado o objetivo de evangelizar e discipular por meio da Palavra do Senhor”, concluíram.

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8 o jornal batista – domingo, 21/07/13 notícias do brasil batista

Pr. Waxuel Pereira RodriguesDiretor Executivo da ABENF

Foi realizado nos dias 30, 31 de maio e 01 de junho na Igreja Ba-tista Nova Jerusalém

do Cruzeiro, Cambuci, RJ, o XI Congresso da Associação Batista do Extremo Norte Fluminense, com o tema “Valorizando a Nova Gera-ção”, seguindo a temática da Convenção Batista Brasileira para o ano de 2013.

O Congresso contou com a presença de 358 mensageiros inscritos, e 40 igrejas repre-sentadas, de várias partes do interior do Estado do Rio de Janeiro. Os cultos foram

Sandra NatividadeColaboradora de OJB

No período de 5 a 8 e julho de 2013 aconteceu na ci-dade de Canindé

do São Francisco localizada na região Norte, sertão do São Francisco, distante 213 km de Aracaju, a 63ª As-sembleia Bienal da Conven-ção Batista Sergipana, nessa Assembleia histórica – ano do primeiro centenário dos Batistas em Sergipe – houve a aceitação do reingresso à Convenção Batista Sergipa-na, da Igreja Batista Brasilei-ra, quarta igreja da denomi-nação no campo sergipano e segunda instalada na capital. O retorno da Igreja Batista Brasileira causou mútua sa-tisfação. A Convenção Sergi-pana esperou dezessete anos o retorno da filha querida.

A celebração dos 88 anos de existência da Igreja Ba-tista Brasileira foi emocio-nante por dois motivos: primeiro pela história im-pactante do longínquo 8 de julho de 1925, data de sua organização na residência da irmã Maria Marques, na Rua Arauá nº 16, com 61 membros demissórios da PIB de Aracaju, que sa-íram dessa igreja não por divergência da fé mais por não concordarem com a forma de trabalho. Ao ato de organização estavam presentes os pastores doutor Adrião Onésimo Bernardes (líder da igreja vindo a cada dois meses realizar sessão, celebrar batismos e ceia)

marcados pela participação efetiva da nova geração, com momentos inspirativos de adoração e louvor, e também com a presença da cantora Glória Leite, da cidade de Vila Velha, ES.

Entre os oradores esteve a Ministra de Educação Reli-giosa Priscila Mariano da PIB da Fundação, RJ, que falou sobre “As 7 necessidades básicas da criança”, e tam-bém o ilustre pastor Walter Ferreira Junior, da PIB do Rio da Prata, que discorreu sobre: “Valorizar a nova geração não é um favor, mas sim re-conhecer aqueles que Deus está usando”.

A A B E N F e l e g e u s u a nova diretoria para o biênio

e ainda Félix Joaquim de Moraes (Secretário Geral da Convenção Batista Interesta-dual). A igreja constituiu a primeira diretoria composta por: João Tomaz de Aquino, Moderador; José Alves da Mota, Primeiro Secretário; e Jovino Mendonça, Segundo Secretário. Notadamente na década de 20 a Igreja sofreu por parte do clero dominan-te acirrada perseguição reli-giosa, mas venceu de forma hercúlea e o Evangelho de Cristo se manteve incólume; outro motivo foi o retorno à vida denominacional – segundo o pastor Gilson da Congregação localizada no Conjunto Fernando Collor de Melo em Nossa Senhora do Socorro (SE), o retorno ocorreu há exatos 730 dias do centenário da Igreja Ba-tista Brasileira, um momen-to ímpar.

Para o pastor Eziquiel Pe-reira Conceição, líder da Igreja há oito anos, o fato concretizou-se nas bases de “Vida no Altar”, tema da celebração dos 88 anos, com a divisa em Levíticos 6.3. Pastor Eziquiel convi-dou pastores, líderes e os representantes da CBS para assomarem a plataforma, com a nave e galeria com-pletas os visitantes foram se acomodando nos bancos, emergencialmente coloca-dos nas laterais do santuário, até a Igreja não comportar mais, então algumas pesso-as cederam seus lugares e ficaram em pé na parte ex-terna da Igreja. Na liturgia o momento de louvor ficou a

2013/2015, ficando assim composta: Presidente: Pr. Marcus Vinícius Gomes Salo-mé (IB Guaritá/Itaperuna); 1º Vice-Presidente: Pr. Thiago Soares da Rocha (IB Purilân-

cargo da diaconisa Gilma de Jesus Matos Conceição, do irmão Paulo Roberto Souza e do Ministério de Coreogra-fia Hefzibá da sede, como também das congregações localizadas em: Parque dos Faróis e Fernando Collor am-bas no município de Nossa Senhora do Socorro (SE), e Conjunto Governador Vala-dares em Aracaju.

O pre le tor convidado pastor Gerval de Oliveira Pereira (Igreja Batista Nova Jerusalém) discorreu sobre o tema: Vida no Altar, en-fatizando que vida no altar é estar nos braços do Pai, a serviço do Reino e do pró-ximo, tendo a convicção de que Jesus Cristo é o Senhor e de que o nosso Deus está no controle da vida daque-les que por Ele esperam. Ao despedir-se o pastor Gerval abraçou simbolicamente a Igreja através do seu pastor Eziquiel, deixando um re-cado desafiador a qualquer cristão: Vamos marchar, re-afirmando, Eziquiel, diga ao povo que marche! Consubs-tanciando assim o recado de Deus para marcharmos juntos em prol do engrande-cimento da Causa de Cristo.

No encerramento a repre-sentação da CBS composta pelos pastores: Edson Cer-queira (Diretor de Evange-lismo e Missões), Jonilson Luz (Igreja Batista em Cidade Nova), professora Ailda Lima Lemos (Vice-Presidente do Conselho do Centenário) e o pastor Marivaldo Quei-roz (Diretor Executivo) este, em nome da Convenção

dia/Porciúncula); 2º Vice--Presidente: Pr. Ezequiel Pi-mentel de Mattos (IB Aré/Ita-peruna); 1ª Secretaria: Edna Almenara Ximenes Clarino (IB Nova Jerusalém Cruzeiro/

Batista Sergipana, deu as boas-vindas expressando sua gratidão a Deus, e com expressiva alegria presen-teou o pr. Eziquiel com o livro A Luz Brilhou na Terra dos Cajueiros: Panorama Histórico dos Batistas em Sergipe 1913-2013, Edição comemorativa ao Centená-

Cambuci); 2º Secretario: Pr. Josimaldo de Souza (IB Mora-da do Engenho/Natividade); 3ª Secretaria: Marli Ribeiro Apolinário (IB Aeroporto/Itaperuna).

rio dos Batistas em Sergipe, obra lançada durante a 93ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira realizada em Aracaju no período de 21 a 25 de janeiro do cor-rente ano. O pastor Eziquiel agradeceu deixando claro que marcharemos juntos em todo o tempo.

Associação Batista do Extremo Norte Fluminense realiza o XI Congresso

Igreja Batista Nova Jerusalém do Cruzeiro, Cambuci-RJ

Pr. Marcus Vinícius Gomes Salomé (à esq.) da IB Guaritá/Itaperuna foi eleito Presidente da ABENF

Igreja Brasileira de Aracaju reingressou na CBS celebrando 88 anos

Líderes da igreja e do campo sergipano, no púlpito, pastor Gerval Pereira

Fachada da Igreja Batista Brasileira

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Pr. Diego Bravim finaliza seu trabalho na presidência da

Juventude Batista Brasileira

9o jornal batista – domingo, 21/07/13notícias do brasil batista

Arina PaivaEditora de O Jornal Batista

Pastor Diego Bravim chegou na Juventude Batista Brasileira há 6 anos atrás através da

representação que tinha como executivo da Juventude Batis-ta Capixaba, no ano de 2009 entrou no conselho e assumiu o cargo de vice-presidente. Como presidente atuou por 2 anos, quando assumiu o car-go em julho de 2011, durante o Congresso Despertar, que aconteceu na Primeira Igreja Batista de Curitiba.

Compreendendo que agora um ciclo se encerra, pastor Diego Bravim deixa a presi-dência da JBB, mas continua com o desejo de contribuir com a juventude batista. O Jornal Batista conversou com o pastor Diego, veja suas opi-niões sobre o trabalho com juventude e suas perspectivas.

OJB - Quais as dificuldades existentes hoje no trabalho batista com a juventude?

DB - Para pensar em juven-tude é preciso olhar para um público altamente represen-tativo e dinâmico que simbo-liza, ou na verdade expressa, a Igreja do hoje. Portanto, visualizar com a ótica de responsabilidade a essa nova geração é o principal desa-fio. Enxergo o trabalho com jovens batistas no Brasil hoje de uma forma mais ampla, e posso perceber sua evolução constante, porém existem alguns pontos que precisam ser considerados para uma extensão e abrangência no suprimento de necessidades existenciais. A nova gera-ção passa a ser vista como bola da vez, porém ainda pouco explorada por líde-res e pastores e talvez até mesmo faltam investimentos nessa turma, simplificando o que seriam estes questio-namentos. Precisamos de uma igreja que olhe para juventude como um público que precisa de pastoreio e discipulado permanente, há uma vacância no que tange ao cuidado com nossos jo-vens, interesses instituciona-lizados ofuscam o brilho de um trabalho ministerial com os nossos jovens. Precisamos de homens e mulheres que queiram adotar a juventude para ensinar-lhes e mentore-ar. Precisamos de uma igreja que esteja disposta a romper com metodologias, mas que

vivam um cristianismo mais intenso de cuidado com a nova geração, essa é a gran-de dificuldade imposta pelo tempo, pelas características da igreja inserida no mundo atual.

OJB - Nesta época de ma-nifestações sociais, você acredita ser importante a participação da juventude batista?

DB - “O gigante acordou” foi o termo usado por mani-festantes que foram as ruas de nossa nação para protes-tar contra injustiças, acredi-to muito na ação coletiva, e jovens batistas não estão alheios e não devem estar daquilo que acontece na so-ciedade. Por isso manifestar é uma atitude de democracia, se unir em prol ao bem estar de uma sociedade que plei-teia paz e cuidados com os desfavorecidos deve encon-trar e provocar eco através daqueles que em primeiro lugar buscam esse ideal, que são os filhos de Deus. Fome e sede de justiça são presente na vida dos seguidores de Cristo.

OJB - Qual foi o momento mais significativo na sua vida durante sua presidência?

DB - Viver esse tempo foi especial para minha cami-nhada cristã, confesso que adquiri maturidade e expe-riência para lhe dar com si-tuações frequentes em meu ministério e na minha vida. Poderia enunciar diversas situações onde claramente fui alcançado pela manifestação da graça e do poder de Deus, mas um momento importante nessa caminhada de dois anos foi fazer do conselho da JBB uma igreja, desinstitu-cionalizamos a organização e notamos que ela se tornou um ministério que pensa com a cabeça de igreja. Pastorear e ser pastoreado por este grupo foi a evidente prova em todos os momentos da renovação das misericórdias do Senhor a cada dia. Essa experiência marcou a minha vida porque fui alcançado por esse amor e essa graça dentro da JBB e cuidado por este grupo.

OJB - O que você apren-deu durante este tempo na JBB?

DB - Cheguei na presidên-cia da JBB com algumas ex-periências através da vida ministerial, mas como diz o poeta “somos eternos apren-dizes”. A JBB me proporcio-

nou experimentar o depen-der do Senhor em todas as circunstâncias, sejam elas limitadoras física ou espiri-tualmente. Este Deus que su-pre nossas necessidades me provou nesses dois anos que não abandona os seus diante de qualquer momento. E da mesma forma que fez com os amigos de Daniel quando foram lançados na fornalha, repete conosco que é sufi-cientemente grande para nos livrar de qualquer circunstân-cia difícil na caminhada que temos como líderes cristãos em busca da perfeição no tra-balho que agrade ao coração de Deus. Uma grande lição é que juntos somos mais. Deus tem uma obra específica na vida de cada um de nós, mas Ele tem meios especiais de atuar através do coletivo e essa é uma forma estratégica de abençoar outras através da igreja e também a própria igreja no cumprimento de sua missão.

OJB - Tem algo que faria diferente?

DB - Sou grato a Deus por todas as possibilidades que tive na JBB, trabalhei com uma diretoria que se esforçou para contribuir com este mi-nistério, um conselho que se

fez presente em decisões re-levantes e uma executiva pró ativa e serva em todo tempo. Quando olho pelo retrovisor do tempo as realizações da JBB nos últimos dois anos, vejo a mão de Deus sobre nós e um progresso dentro daquilo que idealizamos quando aqui chegamos. Não acredito que faria muitas coi-sas diferentes, a única certeza é de que dois anos não foram suficientes para tantos sonhos alojados em meu coração. Mesmo assim compreendo que um ciclo se encerra e demos aqui nossa contribui-ção à juventude de nossa tão amada denominação batista.

OJB - Quais são seus próxi-mos projetos de ministério?

DB - Ainda tenho compro-missos denominacionais pela frente, tenho exercido em meu estado (Espírito Santo) a função de diretor geral in-terino de minha convenção, mas pretendo me dedicar ainda mais ao pastoreio local de jovens e adolescentes. Me aperfeiçoar ainda mais como ministro nessa área e tenho cogitado a possibilidade de elaborar um material a fim de abençoar igrejas na estru-turação de ministério com juventude.

OJB - Qual conselho você deixa para todos que são lí-deres de juventude, seja nas igrejas, associações, juventu-de estadual?

DB - Em primeiro lugar amem o próximo como a si mesmo, pois essa visão gera um desejo de pastorear e cui-dar como sendo pastores de rebanhos, pois nossos jovens e adolescentes precisam dis-so, seja em qual esfera social estejam pois o que eles que-rem é atenção. Preparem-se como obreiros que manejam a Palavra com autoridade e seriedade, não negociem valores, não permitam que o mundo influencie seus jo-vens, ensine-os um evan-gelho dinâmico e relevante para a vida de cada um deles dentro de seus sonhos e pro-jetos pessoais. E por fim me resta agradecer a Deus por este tempo tão precioso de poder contribuir com o reino e ajudar minha denomina-ção. Externo minha profunda gratidão e amor a juventude batista de nossa nação e não paremos, sigamos para o alvo que é Cristo, vamos avançar!

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10 o jornal batista – domingo, 21/07/13 notícias do brasil batista

Marcos Vinicio Dias Ribeiro

Na noite do dia 29 de junho, foi come-morado na PIB de São José de Ubá, o

28º aniversário de existência do Seminário Teológico Batis-ta de Itaperuna (SETEBI), que a partir daquela data passou a ser denominado Seminário Teológico Batista do Noro-este Fluminense (STBNF). O STBNF é uma instituição para formação teológica, capacita-ção de líderes, professores de educação infantil para igrejas e para quem quer trabalhar com música sacra.

Na abertura dos trabalhos o pastor Rômulo Vinícius Dias, diretor do STBNF, falou de como o Seminário tem traba-lhado na formação de pessoas que são vocacionadas e que querem se aperfeiçoar para o serviço nas igrejas. Foi mostra-do um vídeo que contou a his-tória da instituição desde a sua fundação até os dias de hoje.

O pastor Marcus Gomes Salomé, presidente da As-sociação Batista do Extremo Norte Fluminense (ABENF) e da Associação Batista Itaperu-nense de Educação Teológica (ABIET) falou em nome das organizações que dirige sobre a importância do STBNF para a denominação.

“Nos orgulhamos e agra-decemos a Deus pelos 28 anos do Seminário e o ob-jetivo daqueles que criaram a ABIET para este fim está sendo alcançado. E a história tem mostrado que a Educação Teológica tem sido uma marca muito importante para a nossa Convenção e para os Batistas Brasileiros, pois entendemos que ela é a espinha dorsal da nossa denominação. É o que dá sustentabilidade e de-monstra que somos um povo que prima pela Palavra, pela exegese bíblica e por uma interpretação fundamentada na palavra do Senhor”, disse o pastor Marcus Gomes Salomé.

O pastor Gessy Frutuoso, Capelão Acadêmico do STB-NF, falou um pouco da histó-ria do Seminário e de como foi a sua idealização. “Em 1986 junto com os pastores

Heitor Antonio da Silva e Edmar Pereira da Silva, sob a direção de Deus começamos a preparar tudo aquilo que seria necessário para a organi-zação do Seminário. E nestes 28 anos comemorados agora, recordamos as dificuldades que encontramos e também das bênçãos que foram derra-madas por Deus”, recordou o pastor Gessy Frutuoso.

A Celebração dos 28 anos do STBNF teve as participa-ções musicais de Adão Teixei-ra (PIB de S. J. de Ubá), Bruna Marcelle (Igreja Batista de Cubatão), Equipe de Louvor da igreja local e do Grupo Geração Eleita (Igreja Batista Santa Maria de Ubá) que en-toaram variadas canções de louvor naquela noite.

O Pr. Rômulo Vinicius Dias também pode apresentar os professores e alunos, bem como dos ex-alunos que es-tavam presente no culto de agradecimento e que também fazem parte da história da co-nhecida “Escola de Profetas” do Noroeste Fluminense.

O preletor foi o pastor Carlos Rogério, da PIB de Muriaé, MG, que meditou sobre o texto de Êxodo 24.12-18. Na oportunidade ele trouxe uma reflexão sobre o conhecimento do povo de Deus sobre a von-tade Dele. Também destacou a importância da instrução deste povo para viver a vida de acordo com o que Deus quer neste tempo presente.

Um pouco da história do STBNF

Em 29 de junho do ano de 1985 os pastores Gessy Frutu-oso, Heitor Antonio da Silva e Edmar Pereira da Silva, se uniram com o intuito de for-mar na cidade de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, uma entidade educacional que pu-desse, assim, iniciar um curso de aperfeiçoamento do ensino teológico com a finalidade de formar pastores.

Com este ideal foi fundada a Associação Batista Itape-runense de Educação Teoló-gica (ABIET) que instituiu a Faculdade Teológica Batista de Itaperuna (FATEBI) no ano de 1986.

No dia 22 de fevereiro de 1986, foi realizada a aula inaugural da primeira turma do Curso de Bacharel em Te-ologia no templo da Segunda Igreja Batista de Itaperuna. o orador ocasional foi o pastor Otoni Francisco de Faria.

Em 1988 a Associação Ba-tista do Extremo Norte Flu-minense (ABENF) encampa a Associação Batista Itape-runense de Educação Teo-lógica que passa a ser uma de suas organizações com a finalidade de manter o criado Seminário.

No dia 9 de dezembro de 1989, foi realizada a soleni-dade de Formatura e Colação de Grau da primeira turma de Bacharel em Teologia.

Em março de 1991, quando era o diretor o pastor Paulo Zarro de Freitas, foi adquirido o terreno, à Rua Thomaz Tei-xeira dos Santos 148, Cidade Nova. Em 1998 foi realizada a inauguração do prédio, com um culto de dedicação da-quele espaço para a obra do Senhor. O orador naquele dia foi o pastor Heitor Antonio da Silva. Ali funciona a sede da instituição até os dias de hoje.

A história do Seminário é uma história que enriqueceu não só o campo Batista do Extremo Norte Fluminense, mas também os Estados do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, de Minas Gerais e o Brasil de modo em geral, pois tem missionários formados no STBNF no campo nacional e no exterior.

Isso demonstra a visão do STBNF que é: “Ser centro de excelência no aperfeiço-amento dos vocacionados com fidelidade aos princípios bíblicos”, e sua Missão em “Formar pastores e líderes capacitando-os para servir ao Reino de Deus”.

Nestes 28 anos de existência o STBNF já formou cerca de 24 turmas de Bacharéis em Te-ologia, Curso de Música Sacra e capacitou vários destes para o pastorado de diversas igrejas evangélicas. O Seminário tam-bém oferece para aqueles que querem uma melhor prepara-ção para servir em suas igrejas outros cursos como:

Bacharel em TeologiaObjetivo do Curso Bacharel

em Teologia é preparar você, vocacionado por Deus, para exercer a função de pastor de uma igreja local ou para atuar como Missionário Plantador de Igreja, em todos os níveis, ou mesmo proporcionar um excelente conhecimento teo-lógico, para atuar como pro-fessor de EBD, por exemplo.

Público alvo: Homens e mu-lheres vocacionados por Deus.

Aulas: 2ª a 6ª feira das 18h20 às 21h50.

Mestrado em TeologiaObjetivo do Curso de Mes-

trado em Teologia é preparar você, vocacionado por Deus, para exercer a função de Pro-fessor de Teologia e, além, de proporcionar um aprofunda-mento de seus conhecimentos teológicos.

Público alvo: Homens e mulheres vocacionados por Deus, com diploma de Bacha-rel em Teologia ou qualquer outro curso superior.

Aulas: Modulares.

Técnico em Música SacraObjetivo do Curso Técnico

em Música Sacra é preparar você, vocacionado por Deus, para exercer a função de líder musical na igreja, para atuar na facilitação da adoração e louvor nos cultos, como regentes corais, líderes de louvor, regentes congregacio-nais, etc.

Público alvo: Ministros de louvor, instrumentistas, re-gentes, cantores, pessoas vo-cacionadas ou desejosas de aprender mais para o louvor da glória de Deus.

Aulas: 2ª e 3ª feiras das 18h20 às 21h50.

Ministério Infantil – Módulo I e II

Objetivo do Curso para Lí-der do Ministério Infantil é preparar você, vocacionado por Deus, para o trabalho especializado com crianças. Você vai aprender a organi-zar, estruturar e melhorar o trabalho com as crianças de sua Igreja.

Público alvo: Ministros de Crianças, homens e mulheres

que trabalham com o Minis-tério Infantil em suas Igrejas.

Aulas: 2ª e 3ª feiras das 18h20 às 21h50.

Intensivo em RegênciaObjetivo do Curso é pre-

parar você, vocacionado por Deus, para auxiliar na regên-cia dos cânticos congregacio-nais de sua Igreja.

Público alvo: Ministros de louvor, instrumentistas, re-gentes, cantores, pessoas vo-cacionadas ou desejosas de aprender mais para o louvor da glória de Deus.

Aulas: 2ª feiras das 18h20 às 21h50.

Líderes para o século XXIObjetivo do Curso para Lí-

der do Século XXI é preparar você, vocacionado por Deus, para auxiliar o Ministério Pas-toral de sua Igreja com equi-líbrio e visão, em um mundo pós-moderno. Mais do que nunca a Igreja necessita de Homens e Mulheres prepara-dos para uma excelente obra.

Aulas: 2ª feiras das 18h20 às 21h50.

Convalidação do Curso de Bacharel em Teologia –

Convênio com a Faculdade Unida de Vitória (ES)

O curso tem o objetivo de que todo o aluno que cursou o Bacharel em Te-ologia em Seminários Teo-lógicos não reconhecidos pelo MEC, tenha o seu Cur-so Reconhecido pelo MEC em apenas 01 (um) ano. O curso será oferecido no polo em Itaperuna. Todos os documentos e provas serão em Itaperuna.

Os interessados em obter qualquer informação sobre o funcionamento da insti-tuição de ensino teológico deverão entrar em contato com o STBNF das 17h às 22h ou pelo e-mail [email protected] e tirar as suas dúvidas, ou também, pelo telefone (22) 3823-8335 (Ramal 22). O STBNF fica em Itaperuna no bairro Cidade Nova, na Rua Thomaz Tei-xeira dos Santos, 148 com a direção do Pr. Rômulo Vini-cius Dias.

SETEBI comemora os seus 28 anos em São José de Ubá e passa a se chamar STBNF

Pr. Rômulo Vinícius Dias, diretor do STBNF, coordenou os trabalhos

Pr. Waxuel Pereira Rodrigues (Dir. Exec.da ABENF), Pr. Geovar Poubel (PIB de São José de Ubá), Pr. Marcus Gomes Salomé (Pres. da ABIET e da ABENF), Pr. Rômulo Vinícius Dias (Dir. do STBNF) e Pr. Gessy Frutuoso (Capelão Acadêmico do STBNF)

Pr. Carlos Rogério (PIB Muriaé-MG) foi o preletor na Celebração do 28º Aniversário do STBNF

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11o jornal batista – domingo, 21/07/13missões mundiais

Pr. Hugo BertolotMissionário da JMM na Albânia

Há alguns séculos, o apóstolo Paulo pregava as Boas Novas de Jesus

Cristo na chamada Ilíria, hoje conhecida como Al-bânia. Localizada no Leste Europeu e integrante dos países balcânicos, a Albânia por 20 anos foi massacrada pelo duro comunismo. O país é majoritariamente mu-çulmano (70%). O restante da população é dividido entre ortodoxos (16%), ca-tólicos (13%) e evangélicos (1%). Apesar de cautelosos, os islâmicos aqui são abertos a fazer amigos, principal-mente estrangeiros.

Hoje a Albânia é um dos países mais pobres da Euro-pa, com metade da popula-ção economicamente ativa ligada à agricultura e um quinto trabalhando no ex-terior. Quanto à educação, o método e o ensino ainda se arrastam de forma muito lenta e precária. Poucos são

aqueles que têm um ensino bom e de qualidade. Muitos desistem por falta de recursos para a compra de materiais didáticos, sem falar na falta de lazer e espaços comu-nitários. Por consequência, muitos adolescentes, jovens e até mesmo crianças vão parar em casas de jogos e outros lugares inapropriados por total falta do que fazer,

aumentando assustadora-mente o consumo de drogas.

Atualmente, eu e minha es-posa, a missionária Talvânia, somos coordenadores dos obreiros da terra na comunida-de de Zallmner, cuja maioria é muçulmana. Esta comunidade fica a 7 quilômetros do centro de Tirana, a capital da Albânia. Ela é formada basicamente por albaneses que migraram

do norte e ciganos (um povo sem amparo do governo e totalmente discriminado pela sociedade). Os ciganos vivem da coleta de lixo e perambu-lam pelas ruas como pedintes.

É neste contexto social que nossa igreja está inserida. Como forma de testemunhar o amor de Cristo a esta comuni-dade, desenvolvemos projetos sociais, oferecendo à popu-lação aulas de inglês, violão, futebol, entre outros. Atende-mos a cerca de 10 famílias e 40 crianças. Só na escola de futebol, com duas aulas sema-nais, atendemos um total de 50 crianças. Procuramos conhecer as necessidades de outras famí-lias para também atendê-las da melhor forma possível. Assim, conseguiremos levar a Palavra de Deus a essas pessoas.

Outra forma de aproxi-mação com a comunidade tem sido o Projeto de Verão. Nele montamos duas tendas e disponibilizamos jogos educativos como xadrez, Uno, pingue-pongue, além de brincadeiras diversas.

Estamos felizes com os re-sultados de todas estas ativi-

dades. Por exemplo, o nú-mero de adolescentes que frequentam a igreja cresce a cada semana, e já podemos desenvolver estudos bíblicos com eles. Isso sem falar dos cultos dominicais que inicia-mos há dois meses. São ver-dadeiras bênçãos. Talvânia e eu também temos caminha-do pela comunidade para conhecer as dificuldades do povo. Isso tem aberto portas para visitação aos lares.

Como igreja do Senhor, procuramos as melhores formas possíveis para nos aproximarmos do povo, ou-vindo as pessoas, levando--lhes lazer e, principalmente tratando com respeito desde as crianças até os idosos.

Sonhamos e oramos agora por um projeto maior: um grande centro social com cur-sos diversos para atender a um maior número de famílias. Ore conosco pela aquisição de um grande local para este projeto. Certamente, ele será de grande relevância para a nossa igreja e toda a comuni-dade para a qual anunciamos a salvação em Cristo.

Atividades sociais alcançam famílias albanesas

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

O Pr. Fabio Pegas, missionário da JMM em Mânto-va, na Itália, está

empenhado na construção do templo da Igreja Batista de Mântova. Uma vez cons-truído, este será o primeiro templo batista da história da cidade, que tem mais de 3 mil anos e passou 2 mil anos sem um templo evangélico levantado e consagrado ao Senhor.

Organizada há mais de 10 anos, a Igreja Batista de Mântova tem 200 membros, entre italianos e imigrantes, mas sem uma sede definitiva. A construção de um templo é necessária, pois o local onde os membros se reúnem atu-almente é pequeno, e mudar para outro lugar é inviável por causa do valor alto do aluguel.

Segundo o Pr. Fabio Pe-gas, o principal motivo da construção do templo para a igreja de Mântova é demarcar terreno para o Evangelho na cidade.

“Hoje, a igreja na Europa está sofrendo muito. Temos visto com bastante tristeza o avanço de outras religiões no continente. Não podemos permitir que doutrinas con-trárias ao nosso Deus inva-dam o continente europeu”, explica o missionário.

“Convido você a partici-par desta obra em Mântova. Recentemente, em nossa província foi aberto um es-paço religioso para 15 mil pessoas ouvirem mensagens

contrárias à Bíblia. Na cidade também há um centro islâmi-co. Mântova precisa de um espaço para adorarmos ao Senhor. Queremos declarar que Jesus Cristo é o Senhor também da Itália”, destaca.

No entanto, dificuldades têm impedido a conclusão da obra do templo em Mântova, e um dos principais motivos é a carência de recursos fi-nanceiros.

“Queremos fazer a diferen-ça em Mântova. Para isso,

contamos com as contribui-ções e orações dos cristãos no Brasil. Precisamos de você”, clama o missionário. “Tam-bém queremos agradecer aos irmãos que já contribuem com a missão. Se temos avan-çado com esta construção é porque os irmãos estão conosco”, acrescenta.

Segundo o missionário, o templo está em fase de acabamento. A próxima fase consiste na elaboração dos projetos hidráulico e elé-

trico, colocação de portas e janelas, piso emboço e pintura.

“Nós queremos impactar a cidade de Mântova com um grande projeto evangelístico. Para a inauguração, quere-mos fazer uma caravana, encher os hotéis e as casas dos irmãos com o pessoal do Brasil para seguirmos em marcha desde o local onde atualmente nos reunimos até o templo novo”, conta o Pr. Fabio.

“Nós estamos dobrando os joelhos e temos certeza que esta será uma ação evange-lística para que a igreja tenha visibilidade na cidade e para que pessoas sejam impac-tadas pelo poder de Deus”, acrescenta.

Além de marcar a história de Mântova, o Pr. Fabio con-clui dizendo que o novo tem-plo servirá para a realização de encontros evangelísticos, seminários e conferências, e acrescenta: “Aproveito esta oportunidade para agradecer e desafiar outros que, toca-dos pelo Espírito Santo, nos ajudem a levantar o primeiro templo evangélico da história de Mântova”.

Obra do primeiro templo batista em Mântova precisa avançar

Família Bertolot anuncia Cristo na Albânia

Novo templo da Igreja Batista de Mântova, na Itália

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12 o jornal batista – domingo, 21/07/13 notícias do brasil batista

Luciene FragaCoordenadora de Ação Social da CBB

O Centro de Res-tauração de Vi-das - CRV é uma comunidade tera-

pêutica evangélica com uti-lidade pública estadual que atende pessoas do sexo mas-culino na cidade de Luís Cor-reia, no Piauí. Esta instituição faz parte da Associação Ba-tista Johnston e tem sido um referencial em todo estado pela seriedade e eficiência do trabalho. Apoiada pela Convenção Batista Piauiense é uma representação de parte social das igrejas batistas na cidade, não isentando o pa-pel de cada igreja, em atuar socialmente em cada comu-nidade que está inserida.

O CRV possui também convênios com a prefeitura municipal de Parnaíba, Po-lícia Militar do Piauí, Uni-versidade Federal do Piauí e Mesa Brasil Sesc, que é uma rede nacional de banco de alimentos contra a fome e desperdício, baseando-se em ações educativas e de distri-buição de alimentos.

O Centro possui atualmen-te 15 residentes e sua dinâ-mica de atividades está no foco terapêutico através de acompanhamentos com psi-cólogo, médico e capelão. A atividade de capelania é realizada tanto em grupo como individual e dentro da rotina diária possuem tam-bém estudos bíblicos. Outras atividades realizadas são as

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB Artur Nogueira

No dia 29 de junho a Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira e a Pri-

meira Igreja Batista em Cos-mópolis visitaram a Cristolân-dia Campinas, SP (Feminina). Fomos recebidos pela missio-nária Mirian Diana, Oneida e Odete da Junta de Missões Nacionais. Conhecemos às instalações da Cristolândia Campinas, SP, que recebe mulheres para tratamento na segunda fase, hoje possui 11 meninas internas.

As duas igrejas levaram frutas, leite, material de lim-peza para ajudar no dia a dia do trabalho da Cristolândia. Almoçamos juntos com as

laborterápicas como: mar-cenaria, horta comunitária e piscicultura com criação de peixes.

Muitas histórias de sucesso ao longo do ano tem se con-quistado através deste traba-lho tão essencial no Piauí. Inúmeros homens adquiriram sua dignidade de volta, res-taurando suas vidas e famílias além de muitos aceitarem a

meninas, tivemos oportuni-dade de conversar com elas e ver o que Deus tem feito em suas vidas. Não dá para voltar indiferente, não tem como não se emocionar ao ver a obra do Espirito Santo na vida de cada uma.

Jesus e permanecerem firmes em uma igreja evangélica.

A procura para a inserção de residentes também é mui-ta e com isso a necessida-de aumenta. Se você leitor, sentir o desejo de contribuir de alguma forma entre em contato com o Diretor Geral do Centro, pastor José Fran-cisco dos Santos, pastor da Igreja Batista Boa Esperança,

Na parte da tarde o pastor Fabiano Peres (PIB Cosmópo-lis) dirigiu o culto de louvor e adoração a Deus, convidou o irmão Rafael Silva para dirigir os cânticos e após orações em duplas ouvimos à men-sagem. Neste culto preguei a

em Parnaíba. Atualmente as necessidades, além de finan-ceiras, são de equipamentos de cozinha, um laborató-rio de informática, a fim de prepará-los para o merca-do de trabalho, voluntários em diversas áreas, inclusive para a realização de ativida-des físicas. Se você sentiu o interesse entre em contato ou agende uma visita: (86)

mensagem de Deus com base em Romanos 5.1-5, dizendo que vale à pena ser cristão, pois o verdadeiro cristão tem paz com Deus, tem alegria e esperança.

O encerramento do culto foi de mãos dadas, canta-

8120-3528 / 99463717 - Pr. José ou contribua: Banco do Brasil, Agência: 3137-2, Conta Corrente: 16774-6, Associação Batista Johnston.

“Estamos a cada dia mais empenhados nesta luta con-tra as drogas e o CRV está aberto para receber qualquer pessoa do Brasil!”, Pastor e diretor geral do CRV – José Francisco dos Santos.

mos o hino “Somente pelo Sangue”. Desafiamos a to-dos os membros de nossas igrejas a visitar uma Cris-tolândia perto de você. Vale a pena conhecer o que Deus tem feito na vida de cada pessoa salva.

Departamento de Ação Social da CBB

Histórias para animar

PIB em Artur Nogueira e PIB de Cosmópolis visitam a Cristolândia Campinas

Piscicultura

A casa

Marcenaria e material produzido

Entrada do Centro de Restauração de Vidas

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OBITUÁRIO

Diácono Adair Barboza de Araujo“O menino da porteira”

O dia do amigoHomenagem

póstuma ao amigo Pr. José Gomes do Couto

Leida Soares“Guerreira da fé”

13o jornal batista – domingo, 21/07/13ponto de vista

Pr. Plínio de Almeida Araujo (filho)IB em Andorinhas, Magé, RJ

Foi chamado aos céus no dia 08 de maio de 2013, o diácono Adair Barboza de Araujo,

nascido em 17 de janeiro de 1944, no interior do Estado do Espírito Santo, filho de Francisco Barboza de Araujo e Natalina Cabral de Araujo. Casado com a diaconisa Da-vina de Almeida Araujo, teve 3 filhos: Pr. Marcos Antonio, Pr. Plínio e Ana Paula e as noras que as considerava como filhas, Rosimeire e Fabiana, e os amados netos Ulli, Isaac e Maytê.

Foi batizado pelo saudoso pastor José Pinto na década de 70, na Igreja Batista em Ando-rinhas, Magé, RJ, desde então

Herbert SoaresMembro da PIB de Muniz Freire, ES

Faleceu no úl-timo dia 30 de junho uma ve rdade i r a

guerreira da fé! Leida Soares, nascida em 30 de julho de 1929. Faleceu, mas deixou um legado de fideli-dade a Cristo.

Uma mulher sim-ples, bondosa, ca-rinhosa e que tinha um amor inconfun-dível pelas pessoas e principalmente, pela família. Mulher com qualidades raras nos dias de hoje. Duran-te muitos anos atuou como diaconisa da Primeira Igreja Batista de Muniz Freire, e mesmo aos 83 anos se dedicava com muito amor as ativida-des da Igreja. Não faltava nenhuma atividade das Mulheres Cristãs em Ação.

Leida Soares é membro fundador da Primeira Igreja Batista de Muniz Freire e durante toda a vida foi uma crente fiel. Faleceu no domingo, dia 30 de junho, e no domingo ante-rior, dia 23 de junho, estava participando ativamente das atividades da MCA da Igreja.

Infelizmente não teremos mais a presença de Leida Soares conosco, mas não tenho dúvidas de que o seu belo exemplo de vida continuará entre nós e ficará marcado na história de Muniz Freire e nos corações de todos que tiveram a honra de conviver com uma pessoa tão maravilhosa.

sempre foi um servo dedicado a obra do Senhor, sempre en-volvido com as atividades da igreja, visitador nato. Um dos seus lemas era cumprir com fidelidade o texto Lucas 3.11: “Quem tem duas túnicas, re-parta com o que não tem ne-nhuma, e quem tem alimento, faça o mesmo”. Ele sempre o recitava fazendo assim a sua motivação em ajudar a qualquer um. Um dos relatos feitos em seu culto fúnebre foi o do seu pastor e amigo Fabio Wilen Rosa: “O irmão Adair não podia perceber que alguém estava em dificuldade que logo se prontificava em ajudar”.

Alguém há de perguntar: o porquê do título? “Menino da porteira” - esse título não se refere unicamente a música do cantor sertanejo Sérgio

Reis, mas uma das historias que papai gostava de contar com respeito a sua infância. Ele ainda era menino quando ficava à beira do caminho junto às porteiras das fazen-das de Marapé, município de Cachoeira de Itapemi-rim. Hoje o município tem o nome de Atílio Vivácqua, quando ao longe avistava um caminhoneiro vindo corria para abrir a porteira, em meio à poeira levantada ele achava algumas moedas jogadas por aquele caminhoneiro. Que alegria sentia em seu cora-ção, esse era um dos meios de ajudar a sua família. Dei-xará grandes lembranças. E a certeza que nós temos é que o menino da porteira recebeu a herança que vem do Senhor eternamente. A Deus seja dada toda a honra e glória.

Pr. Plínio de Almeida AraujoIB em Andorinhas, Magé, RJ

O dia 20 de julho é considerado o dia do amigo. Um dia mui to

especial em que aproveita-mos para saudar os nossos amigos.

Gostaria de agradecer a Deus que de uma forma tão especial tem nos ensinado a amar os nossos irmãos. O meu objetivo com este simples texto é homenagear o meu amigo pastor José Go-mes do Couto, homem este simples mais que nos deixou um legado de fidelidade ao Senhor e ao seu ministério pastoral. Não gostaria de relatar a nossa convivência só como pastor, mais como amigos que fomos.

Era um prazer muito gran-de os nossos encontros, que saudade das nossas conver-sas saudáveis, porque como amigos falávamos de outras pessoas; das situações vivi-

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos regenerou para uma viva esperança, segundo a sua grande mise-ricórdia, pela ressurreição

das, dos “micos” cometidos, e em todos os momentos era regado a muitas gargalha-das e risos. As nossas idas e vindas a médicos e lugares, sempre bem acompanhada a muitas conversas, em alguns momentos divergíamos as nossas opiniões, coisa de amigo, pois o amigo sabe muito bem respeitar a opi-nião do outro. Mas com essa amizade tão singular adquiri novos e profundos amigos;

de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que não perece, não se contamina nem se altera, reservada nos céus para vós” (I Pedro 1.3-4).

não vou ousar em relacio-nar os nomes porque posso pecar.

A mais viva esperança dos nossos corações é que acima de tudo em amigos que fo-mos, somos descendentes de uma herança espiritual que é a vida eterna em Cristo Jesus, no qual um dia iremos nos encontrar.

“O amigo ama em todo o tempo, e na angústia nasce o irmão” (Provérbios 17.17).

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14 o jornal batista – domingo, 21/07/13 ponto de vista

Os sete pecados capitais são tão antigos como a humanidade. Fo-

ram formalizados com este título no século VI, pelo Papa Gregório Magno, que se ba-seou nas cartas paulinas. Ele os definiu como sendo sete: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Mas foi a Suma Teológica de Tomás de Aquino que os es-tabeleceu definitivamente na teologia católica. Ninguém precisa me acusar de cató-lico ou de ecumenista por abordar este assunto. Não estou defendendo a teologia católica e não me interesso por Gregório. É triste ter que fazer defesa prévia, mas há gente que caça heresia em tudo, e assim já me defendo. Comento os pecados. Porque não são pecados católicos. São universais, encontradiços em nosso ambiente, também. Receberam o rótulo de “ca-pitais” por causa do latim ca-put, “cabeça”. A ideia é que eles encabeçam os demais, que derivam deles. Para Aquino, o principal deles era a soberba, ou o orgulho. Afinal, a gênese do primeiro pecado foi a soberba: “sereis como Deus”.

Jonatas de Souza NascimentoDiácono, membro da PIB em Centenário, Duque de Caxias, RJ e autor da obra “A Cartilha da Igreja Legal”

Talvez o artigo de mi-nha lavra que maior impacto causou en-tre os meus leitores

foi o que intitulei “Receita Federal fecha o cerco às igre-jas em 2014”. Isto porque fiz menção a uma Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal datada de 30 de abril de 2013, que obriga as igrejas, bem como todas as organizações que gozam de isenção e imunidade tributá-ria e pertencem ao terceiro

A Igreja, para contraba-lançar os pecados capitais, elaborou uma lista de sete virtudes capitais, que a eles se oporiam: humildade, disciplina, caridade (amor), castidade, paciência, ge-nerosidade e temperança. Estas virtudes derivam do poema Psychomachia, es-crito por Prudêncio. Ele des-creveu uma batalha entre as boas virtudes e os vícios malignos. A popularidade deste trabalho no período medieval divulgou este con-ceito pela Europa. A ideia é que a prática dessas virtudes protegeria o fiel contra as tentações dos sete peca-dos capitais. Cada virtude corresponderia a um peca-do: humildade x soberba; paciência x ira; castidade x luxúria; generosidade x avareza; caridade (amor) x inveja; disciplina x pre-guiça; temperança x gula. Mas os pecados se tornaram mais conhecidos. A Ordem DeMolay, uma organização maçônica para jovens de 12 a 21 anos, também elaborou uma lista de sete virtudes, que são essenciais no cum-primento de seu primeiro grau. Mas seu teor se asse-melha mais ao escotismo

setor, a adotar a Escrituração Fiscal Digital (EFD) já a partir de 1º de janeiro de 2014. Sem dúvida, isto vai causar um impacto muito grande na administração financeira e patrimonial, especialmen-te daquelas igrejas que não possuem uma gestão eficaz, como no caso de um pastor, cliente do meu escritório que fez a declaração em destaque.

Mas, se esta notícia in-comodou, quero trazer à memória de tantos quantos tiverem acesso a este singelo texto, que além da Secretaria da Receita Federal, outros órgãos fiscalizadores podem bater à porta das igrejas. Vou mencioná-los aqui para nos próximos artigos alertar a

que a questão teológica. Por isso, deixemo-los de lado.

A soberba é tão antiga quanto o homem. O teólogo Manson (e com ele outros mais) definiu a essência do pecado como sendo o ego-ísmo. Numa frase de Billy Graham: “Cunhamos em nossas moedas In God we trust (Confiamos em Deus), mas nos nossos corações escrevemos Me, first (Eu primeiro)”. Foi o desejo do coração humano: “Sereis como Deus” (Gn 3.5). Foi o pecado da arrogante Nínive: “A soberba do teu coração de enganou...” (Ob 1.3). Foi a soberba de Babilônia que a derrubou (Is 14.11). E, se entendermos (o que não está em discussão aqui) que Isaías 14 alude à queda de Satanás, foi sua soberba que o derru-bou.

A soberba de Saul foi fe-rida quando as mulheres deram mais valor a Davi que a ele (ISm 18.6-9). É significativo que o redator de I Samuel, imediatamente após a crise de soberba de Saul, insira a nota que no dia seguinte um espírito mau se apoderou dele (I Sm 18.10). A soberba está bem perto do Maligno.

todos para o risco que corre a igreja que deixar de cum-prir suas obrigações, seja ela principal ou acessória.

Em nível municipal, toda igreja está sujeita à Lei de Posturas da Prefeitura local, o que significa dizer que a igreja não pode construir ou fazer acréscimos em suas edificações de qualquer ma-neira, sem nenhum critério, ferindo a legislação munici-pal. Toda edificação terá que passar pelo crivo do Corpo de Bombeiros, do contrário não será por ele expedido o Certificado de Aprovação.

Toda igreja está sujeita à fiscalização do MTE (Ministé-rio do Trabalho e Emprego), podendo ser notificada, au-

A soberba é muito encon-trada em nosso meio. O or-gulho de ter uma função de-nominacional de relevo, que torna o obreiro importante. Ou de pastorear uma igreja com muitos membros e or-çamento elevado, não sendo um pastor de igreja pobre, sem expressão. De descender de família dona de igreja ou importante na denominação. Minha esposa se lembra até hoje de quando trabalhou na Casa Publicadora Batista e uma líder feminina lhe ter perguntado, com certo des-dém: “Mocinha, você é filha de quem?”. Era o orgulho de ter um sobrenome de família nobre na denominação. Me-acir respondeu: “De meu pai e de minha mãe!”. Quanto líder se julga a quarta pes-soa da Trindade, gente tão importante, sem a qual a denominação morreria! Que é isso, senão soberba?

A virtude que se lhe an-tepõe é a humildade. Se a soberba mencionada em Isaías 14 alude à de Sata-nás é questão que pode ser discutida. Mas a humildade com que Jesus se conduzia não pode: “Eu, porém, estou entre vós como quem serve” (Lc 22.27). A empáfia de

tuada e/ou multada por infra-ções à legislação específica.

Toda igreja deverá apresen-tar anualmente a RAIS (Re-lação Anual de Informações Sociais) ao Ministério do Tra-balho e Emprego, ainda que negativa, ou seja, mesmo que não tenha empregados em determinado exercício, sob pena de pagamento de multa.

Toda igreja deverá apre-sentar anualmente a DIRF (Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte) à Secretaria da Receita Federal do Brasil, sempre que houver retenção de imposto de ren-da sobre salários, aluguéis, proventos ministeriais ou de qualquer evento, sob pena de pagamento de multa.

presumir-se grande persona-gem é a atitude de feiticeiro falsamente convertido, como Simão, que “afirmava ser de grande importância” (At 8.9). Mas o servir é próprio de Je-sus. “Se eu, Senhor e Mestre, lavei os vossos pés, também deveis lavar os pés uns dos outros. Pois eu vos dei exem-plo, para que façais também o mesmo” (Jo 13.14-15). Ele é o exemplo, e não Saul. Nem o personagem de Isaías 14.

Evitemos a soberba. De ser um pastorzão de primeira linha. De ser um crente que é o sustentáculo da igreja. De ser um teólogo genial. E a soberba coletiva, da igreja que presume ser a melhor igreja do mundo, a mais cer-ta, a única que é digna de ser igreja! Como há igreja arro-gante! A igreja de Laodicéia pensou assim a seu respeito, mas Jesus estava do lado de fora dela (Ap 3.20).

Não estou teologizando, mas sendo devocional. Evite-mos a vaidade. Principalmen-te a espiritual, que é um dos maiores non sense possíveis. O caráter de Jesus deve ser o nosso: “... sou manso e humilde de coração” (Mt 11.28) e “Bem-aventurados os humildes...” (Mt 5.5).

Toda igreja deverá apresen-tar anualmente a DIPJ (Decla-ração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica) à Secretaria da Receita Federal do Brasil, ainda que negativa, sob pena de pagamento de multa.

Toda igreja deverá apre-sentar anualmente a DCTF (Declaração de Contribui-ções de Tributos Federais) à Secretaria da Receita Federal do Brasil, sempre que houver retenção de imposto de renda sobre salários, PIS sobre a fo-lha de pagamento, aluguéis, proventos ministeriais ou de qualquer evento, sob pena de pagamento de multa.

Como se pode ver, os ris-cos da igreja vão muito além dos vinte centavos!

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15o jornal batista – domingo, 21/07/13ponto de vista

SâmiaMissionária da JMM no Oriente Médio

Morando aqui no Oriente Médio tive a oportuni-dade de visitar

um vilarejo no interior do país. No caminho passamos por um posto militar onde pediram nossos passaportes, e olharam para dentro do carro em um tipo de vistoria rápida. Minha amiga americana e eu pedimos para tirar algumas fotos no local, uma vez que a primavera havia chegado e é uma raridade encontrar flores nesta região, mas fomos radi-calmente proibidas. Perguntei por quais motivos não pode-ríamos fotografar e o soldado disse-me que ali era uma re-gião militar e área de seguran-ça, alertou-nos que estávamos próximas as colinas de Golã, e apontou com a mão para os montes que estavam bem à nossa frente. Do outro lado da montanha é a Síria, onde está a guerra. Logo compreende-mos tudo! Imediatamente fui invadida por um sentimento de privilégio por estar dentro da História, ao mesmo tempo em que tinha consciência que o local poderia servir de palco para futuros conflitos. Então prosseguimos a viagem rumo ao vilarejo muçulmano, afinal este era nosso alvo.

Como as colinas de Golã fazem fronteiras com vários países, há grande desejo de controle por este território. Atualmente, a maior parte é dominada por Israel, que teme o posicionamento de militares sírios na zona li-mítrofe entre os dois países. Ali existe uma faixa ocupada pela ONU, conhecida como zona desmilitarizada, onde as Forças de Paz fazem seu pa-trulhamento. Nossa pretensão não é entrar na História pela posse de Golã no passado, mas analisarmos como está a situação atual, e como em breve essa região poderá ser palco de guerra.

Aparentemente com a reto-mada do controle do exército sírio na fronteira de Quneitra, tudo voltou ao que era an-tes. Contudo, a situação está cada vez mais tensa, uma vez que algumas missões de monitoramento da ONU es-tão anunciando sua retirada do local. As tropas filipinas deixaram sua participação na missão fronteiriça, logo que dois capacetes azuis foram baleados, um deles de nacio-nalidade filipina. Agora é a vez da Áustria ordenar a saída de 378 militares da missão, após 40 anos de cooperação como Força de Paz entre Síria e Israel. O porta-voz da ONU declarou que esse foi um duro golpe, por serem considera-

dos como “a espinha dorsal” da missão. Já o chanceler Werner Faymann da Áustria, na tentativa de proteger seu exército e manter seu país na neutralidade, anunciou que não estão preparados para uma operação militar entre os soldados do governo sírio e os rebeldes. Mesmo a Síria já tendo retomado a posse do território, alguns combatentes ainda persistem na resistência.

Por terem o apoio do Hes-bollah, o regime sírio con-seguiu conquistar também a estratégica cidade de Qusair localizada na fronteira com o Líbano. Agora a guerra entra em sua pior fase, pois esta ci-dade pode servir de passagem para armamentos e combaten-tes do Hesbollah. Também sua importância se dá pelo fato de ser um corredor que liga ao Mediterrâneo. Além disso, a população é de linha xiita, alauíta, como o presi-dente Assad, sendo sua con-quista muito celebrada por Damasco e felicitada pelo Irã.

Comentaristas internacio-nais dizem “que a apreensão da cidade de Al-Qusayr foi um golpe para o moral dos rebeldes”, uma vez que esta era considerada um marco da revolta. Novamente a Rússia e o Irã confiam que o Regi-me de Bashar Al-Assad ainda pode recuperar o controle total do país. Isso quer dizer,

que na Conferência de Paz em Genebra, o presidente Bashar enviará seus represen-tantes com “as cartas na mão”, e o Ocidente terá que deci-dir se continuarão apoiando os rebeldes, ou se terão que calcular as chances de vitória para o exército de oposição.

Além do poderoso arse-nal bélico que a Síria possui, oriundos do fornecimento rus-so, contam com a parceira dos milicianos do Hesbollah (que em árabe quer dizer “Partido de Deus”). Estes são detento-res de uma força armada ca-paz de reconquistar territórios ameaçados ou invadidos por seus inimigos. Este grupo pa-ramilitar, hoje já estruturado como organização política dentro do Líbano, foi fundado por líderes eclesiásticos xiitas, sob a forte influência do aia-tolá Khomeini, líder supremo da Teocracia Islâmica no Irã de 1979 a1989.

Ao perceber que a Síria terá condições de vencer os rebeldes em seu território, os países de linha sunita es-tão retaliando as ações do Hesbollah. O desfecho de suas ações fere aos interesses Ocidentais e da Liga Árabe, que deseja a destituição do presidente Bashar. A Liga Árabe é sunita dentro do Islã, enquanto o Hesbollah, Irã e Síria são xiitas. Os países árabes sunitas são alinhados

com os EUA. Foi por isso que a retomada de locais estratégicos pelo Governo sírio causou tanta apreensão na Liga Árabe e no Ocidente essa semana.

O que Israel teme? Em pri-meira instância que os mi-litantes que lutam contra o presidente Bashar próximos a “zona tampão” do Golã resolvam atacá-lo. Por isso, já mandou reforçar a segurança no local. Israel também está atenta para o que se passa do outro lado de sua fronteira, tanto que domingo, dia 09 de junho, bombardeou no-vamente instalações militares em Damasco, alegando haver novo carregamento de armas destinado ao Hesbollah. Para os analistas internacionais, este ataque sugere um reca-do de Israel ao Hesbollah e ao Irã dizendo saber dos recursos bélicos que pos-suem, mas que irá lutar para desestabilizar este equilíbrio de forças. Eles também afir-mam haver uma “guerra de sombras”, em que o Irã é a chave para o Hesbollah (e a Síria) retaliarem Israel. A reação de Israel levaria a uma guerra regional. As notícias que chegam é que o Irã tem realizado inclusive ataques cibernéticos contra o Estado judeu, que não só resisti seu inimigo de forma defensiva, como ofensivamente.

Qual a importância das colinas de Golã na guerra da Síria?

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