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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 17 Domingo, 27.04.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Esse dia, que foi criado pelo departamento de Homens da Aliança Batista Mundial (ABM), tem como objetivo fazer com que as nossas organi- zações estejam em oração pelos mais diversos motivos que nos movem a orar. Orar é talvez uma das práticas bíblicas mais simples que Deus nos deu. (Página 4) “Foi um impacto para mim. Não sabia que ia ser um Radical um dia, e continuei participando das missões na igreja. No ano passado, Deus es- tava trabalhando na minha vida, e entendi que tinha que fazer algo naquele ano para Missões, mas ainda não sabia o que era”, lembra o jovem hondurenho. (Página 11). Missão Radical na América Latina Dia da Escola Bíblica Dominical Em nosso calendário denominacional, o quarto domingo de abril é reconhecido como o Dia da Escola Bíblica Dominical. Para que serve a EBD? A pergunta não quer calar. O objetivo primeiro da EBD é o estudo prático e sistemático da Bíblia. Levar o aluno a compreender o significado da mensagem bíblica e sua aplicabilidade ao viver diário. Quando uma família é construída sobre a Bíblia não há o que temer sobre seu futuro. E não há melhor maneira de ensinar a Bíblia do que por meio da Escola Bíblica Dominical. (Páginas 2, 3 e 15). Dia Mundial de Oração e Testemunho do Homem

Jornal Batista nº 17 - 2014

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No próximo domingo, dia 27 de abril, é o dia da Escola Bíblica Dominical, a MAIOR ESCOLA DO MUNDO. Você é aluno da EBD? ainda não? Você nem pode imaginar o que está deixando de aprender. Procure neste domingo a sua EBD e seja um aluno aplicado.

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1o jornal batista – domingo, 27/04/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 17 Domingo, 27.04.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Esse dia, que foi criado pelo departamento de Homens da Aliança Batista Mundial (ABM), tem como objetivo fazer com que as nossas organi-zações estejam em oração pelos mais diversos motivos que nos movem a orar. Orar é talvez uma das práticas bíblicas mais simples que Deus nos deu. (Página 4)

“Foi um impacto para mim. Não sabia que ia ser um Radical um dia, e continuei participando das missões na igreja. No ano passado, Deus es-tava trabalhando na minha vida, e entendi que tinha que fazer algo naquele ano para Missões, mas ainda não sabia o que era”, lembra o jovem hondurenho. (Página 11).

Missão Radical na América Latina

Dia da Escola Bíblica Dominical

Em nosso calendário denominacional, o quarto domingo de abril é reconhecido como o Dia da Escola Bíblica Dominical.

Para que serve a EBD? A pergunta não quer calar. O objetivo primeiro da EBD é o estudo prático e sistemático da Bíblia. Levar o aluno a compreender o

significado da mensagem bíblica e sua aplicabilidade ao viver diário.

Quando uma família é construída sobre a Bíblia não há o que temer sobre seu futuro. E não há melhor maneira de ensinar a Bíblia do que por meio da Escola Bíblica Dominical. (Páginas 2, 3 e 15).

Dia Mundial de Oração e Testemunho do Homem

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2 o jornal batista – domingo, 27/04/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Opinião do leitor• Quero discordar, ape-

sar de respeitar, da opinião do colunista Rolando de Nassau sobre o Brooklyn Tabernacle. Ao contrário do colunista, que diz ter ouvido o culto pela inter-net, t ive o privilégio de participar de dois cultos na referida igreja e minha impressão foi completa-mente oposta a do amado colunista, pois, desde a chegada, sentimos a pre-sença de Deus por meio de irmãos extremamente acolhedores, um ambiente de introspecção dentro do templo, antes do início do culto. O culto então, algo celestial, não só pela qua-lidade da música e dos mú-sicos, diga-se de passagem, os instrumentistas estavam tocando, num volume ex-tremamente equilibrado. O coro é de emocionar, pois além da lindas melodias e letras bíblicas, os testemu-nhos são impressionantes. Tivemos o privilégio, eu e minha esposa, de conhecer a Carol Cimbala, uma pes-

soa extremamente humilde e acessível. A mensagem proferida pelo Pr. Jim Cim-bala, que discorreu sobre a Parábola do Filho Pródigo, pregada com profundidade, com muitas pessoas confes-sando Jesus como salvador. Um ambiente fraterno e es-piritual, e, ao contrário de algumas igrejas do Harlem,

tudo absolutamente gratui-to, sem ter que comprar in-gresso para assistir o coro. Recomendo a todos que puderem ir a Nova Yok a não deixar de participar de um dos cultos do Brooklyn Tabernacle. Aliás, a o me-lhor que há para um cristão fazer nessa cidade.

Márcio Antunes Vieira

Agradecimento e pedido• Fico muito agradecido

por receber semanalmente on-line o JB. É uma maneira de nós aqui do Rio Grande do Sul termos acesso às no-tícias da CBB. Por isso fico muito grato com a colabora-ção dos irmãos.

Sou membro da PIB de Cachoeira do Sul, município que fica a aproximadamente 200 Km de Porto Alegre, e estou na liderança do mi-nistério dos Embaixadores do Rei (Embaixada Daniel Neal Sharpley), que teve a primeira oportunidade de participar de um acampa-mento nacional de verão no Rio de janeiro - ANVER/SS 2014, no Sítio do Sossego.

Em razão disso, estou en-viando um pequeno relató-rio do ocorrido e fotos, soli-citando, se possível, divulgar o trabalho realizado aqui no Sul, pois o trabalho com os Embaixadores é muito pequeno e nós gostaríamos que fosse mais divulgado. Um grande abraço.

Altemir Flores de Oliveira. Conselheiro dos ER.

Em nosso calendário de-nominacional, o quar-to domingo de abril é reconhecido como

o Dia da Escola Bíblica Do-minical. Com certeza, esta é uma data não celebrada como costumam ser outras tantas, mas nem por isso menos im-portante, talvez pela falta de uma maior divulgação ou in-formação de quão importante é para a nossa vida espiritual este programa de estudo siste-mático da Bíblia.

Recentemente, partici-pando de uma assembleia

convencional, ouvi em um relatório a seguinte expres-são: “Está faltando estudo da Bíblia nas igrejas. Há membros nas igrejas que não sabem se Êxodo fica no Velho ou Novo Testa-mento...”. Essa fala é uma amostra de que falta estudo sistemático da Bíblia. No editorial da semana passa-da falei da importância da Escola Bíblica Dominical como programa da igreja e não uma organização. Insis-to aqui nesta direção, pois acredito que independente

do programa eclesiástico seguido pela igreja não se pode abrir mão do estudo sistemático da Bíblia.

Algumas igrejas - e não são poucas - mantêm neste domingo uma programa-ção que ficou conhecida como “Domingo rumo à Escola Bíblica Dominical”, em que as famílias são de-safiadas a colocar sobre a mesa no templo a chave de casa como demonstração de que toda a família está presente nas atividades da EBD. Esta é uma boa práti-

ca que resulta em famílias unidas, que juntas estudam a Bíblia.

Nos grandes centros habi-tacionais hoje nem sempre é fácil que toda família esteja no domingo, mas há a pos-sibilidade de promover o estudo bíblico em qualquer dia da semana, conquanto que tenha na igreja este programa sistemático de estudo da Bíblia. Creio que talvez seja o momento de realizarmos um grande mo-vimento de Rumo à Escola Bíblica(SOS).

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de Souza

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Há dias folheando uma antiga revista da EBD, destinada aos jovens, cha-

mou-me a atenção o conteú-do das lições. O escritor con-ciso e profundo. Verdadeiro tratado teológico, apresen-tado em linguagem simples, cativante e agradável. Ao ler o conteúdo da lição pergun-tas foram formuladas: Os jovens de algumas décadas atrás eram mais cultos que os de hoje? Conseguiam absor-ver as verdades bíblicas com maior facilidade? Conheciam melhor os textos bíblicos? Eram capazes de retirar dos mesmos as verdades neles contidas? Claro que a cultura jovem era impulsionada e inspirada pelo púlpito. Pre-gadores cujos sermões eram verdadeiras peças literárias, alimentavam a Igreja com a mensagem bíblica. Hoje, no entanto, bem hoje! É melhor não comentar.

Em rápida comparação da Escola Bíblica de hoje com a do passado, somos forçados a afirmar que a atual EBD está defasada. Perdeu muito

em termos de conteúdo dou-trinário. Embora tenhamos melhores recursos didáticos, não estamos conseguindo tornar a mensagem bíblica compreensiva e aplicável ao viver atual.

As Igrejas que ainda conse-guem manter a EBD funcio-nando não estão conseguin-do preparar os seus alunos para o confronto doutrinário da atualidade. A começar pelos pastores universalistas que tudo aceitam, desde que a Igreja receba mais mem-bros. Não há mais compro-misso com a Doutrina. Apo-logética, parece, é matéria desconhecida nos Seminá-rios. Há muito foi esquecida a recomendação de Paulo a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da Doutrina...” I Tm 4:16. “Tu porém, tens seguido a minha Doutrina...” II Tm 3:10. A diferença fun-damental entre um salvo bem nutrido, maduro na fé e na Doutrina e um membro de Igreja adepto do louvorzão e das cantorias sem nexo, está na Doutrina que abraçou. Os jovens não cantam hinos

com Doutrinas definidas com a desculpa de serem longos. Muita letra. Mas são capazes de repetir cinquenta vezes: Amém! “Aleluia”! Ao final da cantoria a alma continua fa-minta de alimento sólido que dá vida ao verdadeiro salvo.

Para que serve a EBD? A pergunta não quer calar. O objetivo primeiro da EBD é o estudo pratico e sistemá-tico da Bíblia. Levar o aluno a compreender o significado da mensagem bíblica e sua aplicabilidade ao viver diá-rio. Isto requer interpretação correta do texto. A interpre-tação passa pelo significado gramatical. Sem conhecimen-to da língua não há como in-terpretar corretamente o texto bíblico. O povo é analfabeto e o salvo oriundo do povo, segue o mesmo caminho ao se defrontar com o texto bí-blico. Acresce à interpretação gramatical a interpretação teológica. Sua eficácia está ligada ao conhecimento dou-trinário.

A EBD oferece à Igreja oportunidade de Doutrinar o rebanho. Nesse caso o Pas-

tor é o responsável máximo pela firmeza doutrinária da Igreja. Pastor sábio descarta literatura sem cor doutrinária. Sermões bem preparados. Bí-blicos, por excelência. O que exclui mensagens baixadas da internet, que nada tem a ver com a necessidade prati-ca das ovelhas. A sociedade contemporânea passa por crises profundas. Valores são questionados. Uma minoria tenta impingir, em nome da liberdade, valores que são contrários aos estatuídos na Bíblia. Qualquer confronta-ção é recebida como ameaça a direitos inexistentes. Vale o pseudodireito da minoria que luta com grande barulho para fazer calar os reais direito à vida, à família como insti-tuição divina, aos padrões morais de comportamento. Vence quem grita mais alto e tem a seu favor o poder da mídia corrompida, apoiada por governantes corruptos e corruptores. Hoje a desones-tidade, o ser surripiador da coisa publica. Governar para si e não para o povo, tornou--se verdade inquestionável.

Cabe à Igreja oferecer aos seus membros recursos para enfrentar e questionar, com firmeza, a investida do mal. Uma EBD bem estruturada, com currículo próprio que aborda a realidade do nosso tempo, é a melhor ferramenta ao dispor do salvo. Equipar os professores, material didático apropriado, tempo definido para o estudo, darão aos alu-nos as armas necessárias para viver este tempo. Investir nas crianças desde o berçário. Oferecer aos juniores, adoles-centes, jovens, adultos e aos da boa idade o que a Bíblia tem a dizer sobre os aconteci-mentos diários, significa Igreja pujante e relevante.

Precisamos de mais Bíblia, mais Doutrina e menos can-toria. Reativar a EBD é desafio urgente se desejamos vencer a batalha contra o mal. Nada substitui uma boa Escola Bí-blica, seja ela dominical ou a funcionar em outro dia da semana. Mas, para termos Escola Bíblica, precisamos de Bíblia no púlpito, na família, na vida diária de cada salvo. www.pastorjuliosanches.org

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Antes de Eu Pedir, Ele Sabe

reflexão

Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes (Mateus 6.80.

No meio de suas instruções sobre oração, Jesus faz a seguinte afirma-

ção poderosa: “Porque o vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes” (Mateus 6:8).

Se o Senhor conhece nos-sas necessidades, antes até de nós lhe endereçarmos nossos pedidos, não há o perigo de perguntar: “então, porque pedir?”

Aparentemente, esta per-gunta não preocupou o Mes-tre. Logo em seguida, a partir do verso 9, Ele nos ensinou a Oração Dominical, conhe-cida como Pai Nosso onde, aliás, existem pedidos.

Neste contexto, qual é a utilidade de pedir, se o Senhor a quem pedimos já sabe, de antemão, aquilo de que necessitamos? Dentre algumas possíveis utilidades, talvez valha a pena salientar uma: o Senhor sabe daquilo que verdadeiramente pre-cisamos – e nós, será que sempre conhecemos, de fato, nossas necessidades reais? A experiência diz que não! Nosso conhecimento de nós mesmos é muito superficial e parcial. Não raro, pedimos infantilidades. Por isso, é tre-mendamente importante ter a certeza de que o Senhor, ao ouvir nossos pedidos ima-turos, ainda que sinceros, responda nossas petições de acordo com a visão sábia e paternal que Ele tem de nós. Que bom. Antes de eu pedir, Ele sabe.

Ademir Clemente – Coordenador do DENASMHOB da UMHBB

Esse encontro visa inter-ceder pelos homens batistas de nosso país e do mundo, e sua

famílias, para que eles teste-munhem do amor de Deus em suas casas, ambientes de trabalho, escolas, enfim, em todo o lugar. Esse dia, que foi criado pelo departamento de Homens da Aliança Batista Mundial (ABM), tem como objetivo fazer com que as nossas organizações estejam em oração pelos mais diver-sos motivos que nos movem a orar. Orar é talvez uma das práticas bíblicas mais simples que Deus nos deu. Não há grandes segredos para se ter uma boa vida de oração.

No entanto, nem sempre o mais simples é o mais fácil. Temos visto em nossa so-ciedade um distanciamento cada vez maior das pessoas da prática da oração, o que tem feito com que as pessoas experimentem um distancia-mento cada vez maior de Deus. Com este artigo, eu gostaria de levantar alguns dos maiores inimigos da vida de oração e buscar soluções para superá-los, para que assim possamos ter uma vida

de maior comunhão com Deus através da oração.

No dia 26 de abril, durante todo o sábado, estaremos orando e intercedendo pelas necessidades de nosso país e do nosso mundo. A su-gestão do DENASMHOB da UMHBB é que cada organi-zação nas mais diversas igre-jas de nosso país faça uma es-cala durante todo o dia, para que os homens possam estar orando em todo o tempo, intercedendo e envolvendo todas as outras organizações também da igreja. Nossa sugestão é que cada SMHB realize um culto alusivo à noite, encerrando assim esse encontro.

O Que é Oração?Oração é o modo mais po-

deroso que o homem usa para se comunicar com Deus; é um bate-papo com o SE-NHOR. Oração é fonte de conforto e força; é a respira-ção espiritual do crente. Orar é abrir o coração para Jesus.

Não existem formas defi-nidas para oração, mas se pode dizer que a oração se subdivide em cinco partes, que são:

1) Louvor: É a parte em que adoramos a Deus por quem ele é por aquilo que ele faz, e por aquilo que fará.

No louvor, expressamos nos-so amor a Deus, damos-lhe a honra que é devida ao seu nome, falamos dos seus feitos e das suas qualidades.

2) Confissão: É a parte da oração em que reconhece-mos nossos pecados, fraque-zas, falhas e imperfeições; em suma, é o momento em que nos colocamos embaixo de Deus; é o momento em que admitimos que somos indignos dele.

3) Súplicas: É a parte em que pedimos perdão pelos nossos pecados, apresenta-mos as nossas necessidades, rogamos forças a fim de vi-vermos para Deus e pedimos sua direção para nossa vida.

4) Intercessão: É a parte em que pedimos por aqueles a quem amamos, pela socie-dade em que estamos, pelo país, igreja, obreiros, missio-nários, irmãos, etc.

5) Ações de Graça: É o mo-mento em que agradecemos pelo amor e cuidado diário de Deus para conosco, pela cruz, pela morte vicária de Cristo Jesus, pelo que Deus é e faz em nossas vidas.

Existem organizações mas-culinas que fazem grupos de

oração, vigílias, orações em duplas. Outra forma de amar a Deus é através do louvor, cantando palavras de reverência a ele e de adoração. Através do louvor demonstramos nosso reco-nhecimento à justiça divina e nos fortalecemos em nos-sa fé. Deus é onipotente e onipresente e, ao orarmos,

devemos manter essa con-dição do Pai, como nosso grande criador.

Os homens que seguem os princípios de Deus, que buscam seguir seus ensina-mentos serão abençoados em vida e em morte, ganhando o reino eterno do Senhor.

Um encontro abençoado para todos.

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5o jornal batista – domingo, 27/04/14reflexão

Tínhamos acabado de sepultar a esposa de um diácono bem lá no fim do cemitério

do Caju e caminhávamos de volta pela alameda principal da necrópole. Atrás de nós vinham conversando dois pastores de outra denomina-ção. Um deles disse: “Veja, irmão, quantas sepulturas cheias de ossos”. O outro res-pondeu: “É, irmão, no dia do estrondo, todas essas sepul-turas se romperão, as lápides de mármore serão quebradas e os corpos que ai estão vão sair; vai ser o maior rebuliço, cada osso procurando o seu osso, porque em cada sepul-tura dessas através dos anos muitos corpos foram enter-rados”. O outro continuou: “É, vai ter osso trocado pro-curando o seu osso, dizendo larga aí, esse osso é meu; que rebuliço, irmão”.

Eu não sabia que a ressur-reição dos corpos carnais fazia parte da crença evan-gélica popular. Ao chegar em casa, curioso, abri a Bíblia e fui estudar a matéria. O primeiro texto que me ocor-reu foi 1 Coríntios 15.35 e seguintes, onde Paulo come-ça com a pergunta “Como ressuscitam os mortos e com que qualidade de corpo vêm?” A seguir, Paulo decla-ra para quem quiser entender que o corpo da ressurreição não será o mesmo que foi sepultado, mas um novo cor-po glorioso: “Semeia-se em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia-se em fraque-za, é ressuscitado em poder. Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritu-al”. Em seguida, li Gênesis 3.19, onde está o decreto de Deus sobre o fim do corpo físico do homem: “És pó e ao pó tornarás”. Nosso corpo foi tomado da terra e à terra reverterá (Ec 12.7).

Em relação ao destino do espírito, quando Estêvão foi apedrejado, declarou: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à direita de Deus” (At 7.56). Ao expirar, exclamou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. O próprio Paulo escreveu que o seu maior desejo era “partir e estar com Cristo” (Fp 1.23).

É possível que a ideia do “rebuliço” seja uma confu-são dos textos que falam da

ressurreição com a visão do vale de ossos secos narrada em Ezequiel 37, que se re-fere à situação dos israelitas no cativeiro e que seriam revivificados para voltarem à terra de Israel (v.12), não ten-do qualquer relação com a ressurreição do dia do juízo.

A ressurreição do corpo carnal foi introduzida no cha-mado Credo Apostólico no terceiro século e diz: “Creio na ressurreição da carne e na vida eterna”. Recentemente, levado pela curiosidade, fui verificar na Bíblia de Estudo Pentecostal o comentário sobre 1 Coríntios 15 e verifi-quei que, como nós, nossos irmãos pentecostais não sus-tentam a doutrina da ressur-reição do corpo carnal, mas creem que o corpo dos salvos na ressurreição será: “(a) Um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (como Moisés e Elias não perderam sua iden-tidade, acrescentamos). (b) Um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova ter-ra. (c) Um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte. (d) Um corpo glo-rificado como o de Cristo. (e) Um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza e (f) Um corpo espiritual (não natural, mas sobrenatural, não limitado pelas leis da natureza”.

Portanto, nada de lápides quebradas, nem túmulos rompidos, nada de rebuliço nos cemitérios. Os salvos que deixaram esta vida não estão dormindo nas suas se-pulturas esperando pelo “dia do estrondo”, mas estão com Cristo no paraíso como Jesus garantiu ao ladrão da cruz e com Cristo serão trazidos por Deus em glória, não em carne, no dia do juízo, como diz Paulo: “Se cremos que Je-sus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele” (1 Ts 4.14). Quando você dorme, o seu espírito não fica inativo. “Os que dormem” são os salvos que estão com Cristo adorando e louvando ao seu Salvador, conscientes da glória a que foram levados sem qualquer rebuliço. Já estão desfrutando o paraíso com Deus.

Pr. Marinaldo LimaIB em Sítio Novo – Olinda/PE

Esta é a melhor escola que existe. Somos felizes e aprendemos que Cristo é o Mestre, o Salvador e o Senhor. O Livro Santo, que é a Bíblia SagradaLemos e estudamos com alegria; Aprendendo sobre Deus e o seu amor. Base segura é Palavra do Senhor, Inspiração e ensino de valor. Boas lições que nas aulas estudamos; Lições que no dia a dia praticamosImpactando tudo que vivenciamos. Crianças, jovens e adultos com fervorAtentos ouvem a lição do professor.

Dia de bênçãos é o domingo na EBD, Organizada com amor e dedicação; Momentos de excelente aprendizado. Instrução bíblica dada pelos professores,Necessária para que o crente em JesusInicie uma semana abençoado. Cristãos batistas comemoram em abrilA Escola Bíblica Dominical; Louvam a Deus por este grande legado.

Acróstico Para Escola Bíblica Dominical

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6 o jornal batista – domingo, 27/04/14 reflexão

Pr. Samuel EsperandioDiretor Executivo da CBPSB - RS

Quando falamos em família, mui-tos conceitos cer-tamente invadem

nossa mente. Alguns não conseguem sair da fórmula simples e restrita de que fa-mília é o conjunto de pai, mãe e filhos. Outros vão um pouco adiante e incluem avós e tios. Outros, ainda, tal-vez por experiência própria, reconhecem famílias com arranjos diferentes. Hoje em dia é comum dizer-se de ca-sais divorciados e novamente casados: “Os seus, os meus e os nossos filhos”!

Em João 11 e Lucas 10 en-contramos uma família onde conviviam três pessoas: duas irmãs e um irmão. Nada sa-bemos sobre seus pais ou

Edgar Silva SantosPastor, advogado, escritorPIB Jardim Mauá – Manaus/AM

É extraordinariamente significativo o fato de que Deus deu o seu Filho e o fez como

prova cabal de seu amor por nós. Esta era a vontade do Pai, sincronizada com a vontade do Filho. “Então eu disse: Eis aqui estou, no rolo está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua von-tade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei (Sl 40.7-8; cf. Hb 10.5-9). Para que a vontade de Deus se cumprisse, Jesus voluntariamente se entregou como expiação pelos nossos pecados. Consultados terra e céu, tempo e eternidade, outro meio não existiria para a salvação da humanidade - somente a morte do Filho unigênito.

Esta morte deveria ser na horrenda cruz, algo repulsivo

demais conexões familiares. Havia um “estudo bíblico” em certa ocasião em que o líder do pequeno grupo era ninguém menos que Jesus Cristo, visitante muito que-rido e requerido por muitos.

Naquela pequena família que gozava da grande ami-zade de Jesus, as reações ao estudo das Escrituras eram diversas. A que mais chamou atenção foi quando Marta so-licitou que Jesus reorientasse a atitude de Maria, posto que esta se assentava aos pés do Mestre enquanto a irmã se desdobrava no serviço. Je-sus foi bem pontual. Disse a Marta: “Estás ocupada com muitas coisas! Uma só te é necessária, e Maria escolheu a melhor parte. Com isso ela não contava.

Imagino que essa poderia ser nossa reação também, quando nossa família é con-vidada a estudar a Palavra de

para os judeus. Já no Antigo Testamento apregoava-se: “(...)maldito de Deus é todo aquele que for pendurado no madeiro...” (Dt 21.23). Era uma pena cruel, uma espé-cie de sadismo legalizado, de tortura lenta, destinada a indivíduos da pior espécie. Dela ninguém saía com vida. Além do sofrimento físico, devemos sempre lembrar que Jesus, em substituição, ainda levou sobre si nossas enfer-midades, dores, transgressões e iniquidades (Is 53.4,5).

Por isso, os cristãos de Co-rinto, dominados pelas esco-las de pensamento da Grécia, tinham dificuldade em aceitar a morte do Senhor na cruz e ela se tornou para eles uma loucura, um escândalo (1 Co 1.18). Entendendo haver superado este estágio e respi-rando ares de igreja avançada, os irmãos ali buscavam as manifestações sobrenaturais do poder sem a cruz, por acharem que a cruz era sem poder e os envergonhava.

Deus, mas está ocupada de-mais para aceitar o convite.

Pode ser que as atividades profissionais estejam tirando o tempo para o estudo em conjunto da Bíblia. Já pensou nisso? Também pode aconte-cer que as atividades de lazer é que estejam roubando esse tempo precioso. Outras vezes poderá ser simplesmente a desvalorização dessa atitude que faz tanta diferença na vida familiar.

Quando as crianças estão pequenas, o estudo bíblico pode tomar forma de “con-tação de histórias”. Quantas oportunidades de conhecer a história da salvação através de personagens bíblicos fun-damentais na compreensão dos princípios básicos para a vida! Quando juniores, que oportunidade maravilhosa de aprender os versículos bíblicos, decorando-os e apreendendo seu sentido,

Pensemos, por um momen-to, no que significa evan-gelho. O prefixo (eu) dá a ideia de algo bom, feliz e a raiz (angell), mensagem. As duas palavras se traduzem como boa mensagem ou boa notícia. O Novo Testamen-to extraiu este conceito do Velho Testamento, em que a palavra era usada para pro-clamar a vitória consolidada, no término de uma guerra. Isaías diz, magistralmente: “Quão formosos são sobre os montes os pés do que traz alegres novas, do que faz ouvir a paz, do que anuncia coisas boas, do que faz ou-vir a salvação” (Is 52.7; cf. Rm 10.15). Este mensageiro, na cena profética, levava a notícia (a boa notícia) aos cidadãos de que a guerra acabou e a cidade não seria destruída. Deus triunfou e agora existe paz e agora há salvação.

Quando Jesus exclamou na cruz “Está consumado!”, compreendemos que a guer-

preparando o pré-adolescen-te para a fase mais conflitiva que possivelmente adentra-rá. Quando adolescentes, quantas oportunidades para refletir nessas histórias de vida que proporcionarão exemplos a serem seguidos e base para a tomada de decisões.

Na juventude, quando maior autonomia será expe-rimentada, eis que o estudo bíblico realizado em família servirá de lembrança para acatar o ensino mais precio-so: “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias”.

Na maturidade, quando alguns já têm conhecimento amplo da Palavra, podem compartilhar aquilo que aju-dou no estabelecimento de uma vida madura. Porém, há tantos que iniciam a vida cristã já nesta fase da vida, e a

ra contra o pecado foi venci-da, que foi comutada e, mais ainda, anulada a sentença de morte escrita para todos, que foi estancado o proces-so de destruição eterna da humanidade. Estas são boas novas, são novas de grande alegria e a cruz, para ser re-dundante, torna-se crucial, para dar esperança, para falar de vida.

Não podemos olvidar ou menosprezar esta mensa-gem, como fizeram os co-ríntios e como querem fazer muitos hoje, os quais, fasci-nados por milagres, curas, manifestações sobrenatu-rais, poderio econômico, suntuosidade eclesiástica, aviltam-se e se esquecem de viver e anunciar tão grande salvação. Salvação esta a respeito da qual indagaram, inquiriram, investigaram os profetas e os anjos anelam perscrutar (I Pe 1.10-12).

Mas, além dos que insinu-am um evangelho sem cruz, há os que querem uma cruz

falta do conhecimento bíbli-co pode ser desafiador para recuperar o tempo perdido. Na terceira idade, eis uma hora especial para testemu-nhar as obras de Deus.

Entretanto, o p o u c o c o -nhecimento bíblico ou a falta de ajuste no foco da vida cristã tiram de muitos irmãos e irmãs idosos a oportunida-de de serem testemunhas das grandes obras de Deus.

Estudar a bíblia em família poderá colo car o foco das nossas conversas naquele que criou e sustenta as famí-lias, seja qual for a configura-ção que ela tenha. A equipe do Batista Pioneiro ora ao Senhor para que sua família seja estimulada ao estudo da Bíblia ao ler artigos e notícias do nosso histórico jornal da Convenção Pioneira.

Eis o desafio: reúna sua família e estude a Palavra de Deus. Ela não voltará vazia.

sem o evangelho. Estes er-guem uma cruz nas suas vi-das e procuram anular a cruz de Jesus Cristo, porque se bastam, porque se fecham na sua justiça própria, achando que podem salvar-se a si mesmos. Não precisam dEle e de nada precisam e nisto fazem coro a alguns de La-odicéia: “Estou rico e abas-tado e não preciso de coisa alguma” (Ap 3.17). Não são poucos! Estão em toda parte e não podem enxergar a cruz do Salvador como símbolo de morte (pela qual temos vida) e jamais diriam como disse o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cris-to e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim”.

Assim, nem um evangelho sem cruz, nem uma cruz sem evangelho, mas o evangelho da cruz em sua centralidade e poder, cuja mensagem devemos anunciar ao mun-do, “decidindo nada saber, senão a Jesus Cristo e este crucificado”.

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Pr. Cirino RefoscoCoordenador de Plantação de Igrejas Multiplicadoras – ES, RJ e MG

Conhecer os cam-pos missionários é um privilégio, mas ao mesmo tempo

traz sobre nossos ombros uma grande responsabilidade diante de tantas pessoas que residem nessas cidades e po-voados; milhões de pessoas que ainda vivem sem Cristo e sem qualquer esperança quanto à eternidade; pessoas amadas de Deus, mas que ainda não conhecem seu ma-ravilhoso plano de salvação.

A Grande Comissão (fazer discípulos) é uma ordem de Jesus à sua igreja, portanto, a todos nós, e isso deve ocu-par nosso tempo, talentos e recursos. Ao olhar para as multidões precisamos sentir compaixão e nos esforçar para que todas as pessoas tenham conhecimento do evangelho e oportunidade para crer em Jesus Cristo.

Por outro lado, ficamos fe-lizes em ver nossos missioná-rios dando a vida e tudo que possuem para que o evange-lho chegue às pessoas das cidades onde residem. Fazem o que podem com os poucos recursos que possuem. Às ve-zes, a falta de um transporte impede que outras cidades e povoados sejam alcançados. Creio que podemos nos es-forçar mais para cumprirmos a Grande Comissão.

Iniciamos por Resende (RJ), grande cidade às margens da Dutra/BR 116, com enorme crescimento industrial e com isso populacional: dezenas de novos bairros e a construção civil trabalhando acelerada. Nosso casal de missionários, pastor Roosevelt Arantes e missionária Milainy Arantes, ainda não contratada, desen-volvem, em uma dessas áreas de crescimento, composta por três bairros, um excelente projeto de plantação de igre-jas. Completaram dois anos de trabalho, e o crescimento da igreja é visível, chegaram a 51 membros, com frequ-ência de 60 pessoas, e sete Pequenos Grupos Multipli-cadores (PGMs), com deze-nas de pessoas participando semanalmente. Muita oração e discipulado de todas as pes-soas. O mais bonito é ver os novos crentes empenhados, comprometidos no cuidado de outros que estão chegando à igreja. É maravilhoso ver como os cinco princípios de Igreja Multiplicadora fazem desse projeto um diferencial na cidade.

Outro trabalho que nos impactou foi o de Andrelân-dia (MG), pastor Rondinele e sua esposa, a missionária

Érica, que atua como volun-tária em Missões Nacionais. A dedicação do casal tem impactado a cidade, e a nova igreja tem conquistado pesso-as de todas as faixas etárias. Os missionários chegaram à cidade em junho de 2009, e completarão cinco anos de atividades este ano. Rea-lizam um trabalho que glo-rifica a Deus: estão com 44 membros e frequência de 60 pessoas, que participam tam-bém nos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs), hoje quatro em locais estratégicos da cidade e um novo Projeto de Plantação de Igreja (PPI), na cidade de São Vicente de Minas, a 18 km de distância.

Os missionários e a nova igreja estão motivados a plan-tar igrejas na região, e estão orando por outras cidades, como Mendori, a 35 km, e Madre de Deus, a 50 km, para que tenham condições de alcançá-las com a mensa-gem do evangelho de Cris-to. Além disso, o casal está trabalhando com afinco na formação de novos líderes, e alguns já estão ajudando na igreja local e na cidade vizi-nha. Como é gratificante ver mais uma igreja com visão multiplicadora, focada em pessoas e disposta a investir na salvação de vidas.

Outra cidade que nos chama atenção é Três Corações (MG), cidade com 75 mil habitantes e até então com apenas uma igreja batista. Em 1999 Mis-sões Nacionais enviou um casal de missionários, pastor José Alberto e Janaina Nobre, que, usados por Deus de for-ma extraordinária, plantaram a Igreja Batista Central, que completará 15 anos em 25 de maio próximo, e conta com 600 membros e inaugurará seu novo templo com capacidade para 1.000 pessoas no dia de seu aniversário.

É uma igreja que ora inces-santemente, e seus membros estão envolvidos com o teste-

munho pessoal e o discipula-do de todos que se achegam a ela. A igreja está colocando todo seu espaço físico para ajudar na formação de líde-res para a evangelização do sul de Minas Gerais. Vimos nesses irmãos uma igreja apaixonada por missões e desejosa de ver e contribuir com a transformação do povo do sul do estado.

Visitamos também Poços de Caldas (MG), com apro-

ximadamente 160 mil habi-tantes, e apenas uma igreja, e dói o coração ver tantos bairros sem a presença de uma igreja batista. Ao passar pela cidade, vimos um lindo e estratégico templo batista, e fomos informados de que está alugado para outra de-nominação, como se aquele bairro não precisasse de uma igreja batista. Depois, con-seguimos chegar aos nossos missionários, pastor Gilberto

e Angélica, que atuam na zona sul da cidade, em três bairros novos que estão em crescimento. Simultaneamen-te os missionários estão plan-tando três igrejas, nos bairros Jardim São Bento, Jardim Esperança e Jardim Paraíso, tendo como igreja-mãe a PIB de Poços de Caldas.

Essa cidade, conhecida na-cionalmente pelo turismo, precisa ser olhada por todos nós, batistas brasileiros, e dessa forma nos empenhar-mos na plantação de mais 12 igrejas até 2020, alcan-çando nosso objetivo de ter uma igreja para cada 10 mil habitantes.

O espaço não nos permite continuar falando das demais cidades que visitamos nesse período, mas muito poderí-amos escrever sobre Cruzí-lia, Senhora dos Remédios, Lagoa Dourada, Perdões, Elói Mendes, Alfenas, Poço Fundo, Monte Sião e Pedral-va, cidades onde mantemos missionários dedicados, que vivem no desejo de alcançar estas populações com a men-sagem bendita do evangelho. Oremos para que Deus des-perte o povo do sul de Minas para as lindas promessas de Jesus Cristo.

Um chamado à responsabilidade

Pr. Cirino (à esquerda) com os missionários Roosevelt e Milainy

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8 o jornal batista – domingo, 27/04/14 notícias do brasil batista

Celso Aloisio Santos Barbosa –RJMembro do conselho editorial de O Jornal Batista

Em minha vida cristã tendo tido o privilégio a conviver com pasto-res, sempre me dando

o privilégio diversificado da convivência cristã com lideranças diversas. Deus me tem privilegiado com personalidades distintas du-rante minha vivência cristã, ofertando-me oportunidades para crescimento diversifi-cado além de amizades que me alegram o viver. Em cada pastor que me tem guiado, vou aprendendo sua convi-vência cristã, para minha ale-gria e para meu crescimento.

Dentre tantos pastores com quem tenho convivido, vale ressaltar a presença de três velhos obreiros, que me amaram, e me deram de sua experiência e amizade, que me ficaram no coração e que em muito me marcaram. Como retorno, a esses três, pude registrar, quando já falecidos, e alcançando seu centenário, meu preito de gratidão, estando presente às comemorações de seu cente-nário, e registrando, de forma singular, a minha gratidão.

O nome desses três obrei-ros, que marcaram minha existência ainda em vida, e em etapas distintas de meu existir, são Pastor Sóstenes Pereira de Barros, Pastor Ebe-nezer Gomes Cavalcanti e Pastor Antonio Lopes.

A convivência com o Pas-tor Sóstenes Pereira de Bar-ros aconteceu em Santarém, no Pará, nos anos de 1947 a 1951, na Primeira Igreja Batista de Santarém – Pará, durante meus anos de ado-lescência, quando fui por ele batizado nas águas do Rio Tapajós.

Minha convivência com o Pastor Ebenézer Gomes Cavalcanti aconteceu em Salvador – Bahia, na Igre-ja Batista “ Dois de Julho”, durante os anos de minha mocidade – 1955 e 1956 . Foram anos ativos e alegres de minha juventude.

A convivência com o Pastor Antonio Lopes aconteceu no Rio de Janeiro, durante os anos de 1956 a 1957, em anos em minha mocidade mais madura, na Igreja Batis-ta em Cachambi –RJ, quando passei aos estudos superiores, com a convivência de vários moços da igreja.

Relembrando essas três sa-dias convivências, tive opor-tunidade de registrar, em reuniões especiais, a oferta uma bela PLACA a cada uma das igrejas em que acontece-ram tais convivências com esses pastores – a Primeira Igreja Batista em Santarém, no Pará, a Igreja Batista “Dois de Julho”, na Bahia, e a Igreja Batista em Cachambi.- RJ, re-levando o centenário de cada um desses pastores - Sóstenes Pereira de Barros, Ebenézer Gomes Cavalcanti e Antonio Lopes.

Às comemorações cen-tenárias desses obreiros estive presente – em San-ta rém, no Pa rá , no d ia 22/08/2013, quando agra-decemos a Deus pela vida do Pastor Sóstenes Perei-ra de Barros. Pregou na ocasião o Pastor Carmelo Blair de São Paulo; no dia 09/10/2011, quando agra-decemos a Deus pela vida do Pator Ebenézer Gomes Cavalcanti; pregou na oca-sião o Pastor Julio Oliveira Sanches, de São Paulo; no dia 13/04/2014, quando agradecemos a Deus a vida do Pastor Antonio Lopes e pregou na ocasião o Pastor Ebenézer Soares Ferreira,

do Rio de Janeiro. Repetin-do, nas três ocasiões tive a oportunidade de oferecer uma bela placa, de bom ta-manho, que passaram a ser fixadas, com relevo, em pa-redes, das igrejas batista de

Santarém, no Pará, da Igre-ja Batista “Dois de Julho”, em Salvador- Bahia; e da Igreja Batista em Cachambi – no Rio de Janeiro, respec-tivamente, relembrando os queridos obreiros.

Sou grato a Deus por essas lembranças alegres e oportu-nidade de gratidão em San-tarém, em Salvador e no Rio de Janeiro. São três saudosos centenários em minha vida.

Deus seja louvado.

Três centenários em minha vida

Pastor Antonio Lopes Pastor Ebenézer Gomes Cavalcanti Pastor Sóstenes Pereira de Barros

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9o jornal batista – domingo, 27/04/14notícias do brasil batista

Tem sido constante a busca de espetáculos teatrais nas escolas. Aproveitando esta

porta, devemos entrar sem perder tempo.

Nos Estados Unidos, tive-mos a oportunidade de entrar em várias escolas com liber-dade nos primeiros cinco anos. E a cada ano, notamos que aos poucos, falar e Je-sus já não era mais possível. Os anos se passaram e as orações foram retiradas das escolas e também as placas com os Dez Mandamentos. Sempre que era convidado para fazer um show, era aler-tado a não falar de Jesus ou mesmo sobre Deus. Ficava sem alegria, mas pedia forças para apresentar todos os valo-res morais possíveis, sabendo que toda a boa dádiva vem de Deus.

Depois dos shows, quando me perguntavam mais sobre como eu iniciei no teatro e porquê, eu tinha a oportu-nidade de compartilhar meu testemunho.

Tive um show de televisão por 4 anos nos Estados Uni-dos; um show de entrevista com bonequeiros famosos, onde além de promover a arte do teatro de bonecos, o melhor acontecia nos bas-tidores e depois do show. Onde eu os levava para a minha casa ou para comer fora. Então tinha um tempo de qualidade para contar meu testemunho de vida com Cristo e até orar por eles.

Sempre que era impedido de falar de Jesus, logo lem-brava do meu Brasil e das portas abertas que ainda te-mos. Agora, com um pouco mais de um ano no Brasil, estou pegando com toda a alegria as oportunidades de ministrar em todos os ambientes e também fazer discípulos . Hoje, depois de 35 anos de carreira artística, já sinto os sinais do corpo

me alertando que temos que passar esta arte para a próxima geração. Sou muito grato à Deus pelas portas abertas para mim e minha família. Hoje treinamos os missionários radicais e efe-tivos da JMM, na matéria de Arte e Expressão, ajudando os mesmos a desenvolverem seus potenciais artísticos e criativos para serem mais efetivos no campo missio-nário.

Precisamos usar todas as oportunidades para promo-ver o Reino de Deus e a Sal-vação em Cristo Jesus.

I Coríntios 12, versos de 4 à 6, nos mostra que devemos nos envolver, pois os nossos dons e talentos são para mi-nistério; devemos sair dos bastidores e entrar em Cam-po com Cristo, pelo nosso povo e por todas as nações.

Dicas praticas de como entrar em escolas, buscando uma oportunidade para mi-nistrar:

Ore à Deus e confirme a Sua vontade para essa mis-são, pois muito embora Deus queira salvar os alunos, Ele precisa te dizer o que fazer, direcionar os seus passos e confirmar a Sua presença. Não faça nada na sua própria força.

Monte um espetáculo. Pode ser os Três Porquinhos, onde você pode fazer uma conexão com a verdade so-bre o lugar mais seguro para se construir uma casa, Jesus é a rocha. Ou até O Chapeu-zinho Vermelho, onde temos um grande exemplo do que pode acontecer quando de-sobedecemos. Então, você pode fazer conexão com o que o Senhor fala sobre hon-rar pai e mãe. Ou crie a sua própria peça. Lembrando que você precisa saber um pouco sobre a realidade da escola.

Bata um papo com os di-retores. Eles gostam de com-partilhar sobre sua escola.

Pergunte como você pode contribuir com essa escola, como ter uma escola mais segura, entreviste alunos ou pergunte a qualquer fonte de informação, tudo isso para que você possa construir o seu próprio texto e montar o seu espetáculo.

Queremos ser instrumentos na sua vida, ajudando você a desenvolver mais o seu potencial criativo e também aprender com você. Portanto, conte a sua historia, nos fale o que acontece na sua igreja, associação, JUBA, como a arte tem sido utilizada.

A coluna de Arte Cultura, Esporte e Lazer do Jornal Ba-tista, é o seu espaço também.

Mande sua matéria! Fare-mos uma revisão e dentro do possível, queremos publicar o que Deus está fazendo no nosso Brasil através da arte e do esporte.

Escolas, excelente espaço para ministrar através da Arte.

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10 o jornal batista – domingo, 27/04/14 notícias do brasil batista

Ministério de Comunicação e Artes da IBCE

Nos dias 5 e 6 de abril, A Igreja Ba-tista de Campos Elíseos – SP - ce-

lebrou o seu 51º aniversário de organização em igreja. A festividade teve início nos dias 29 e 30 de março com a presença abençoadora do Coral Cristolândia da JMN (Cajobi - São José do Rio Preto), sob a liderança do pastor José Tadeu Camargo. No primeiro final de semana de abril, com a alegre espiri-tualidade da Família Dombe-le, liderada pelo pastor João Dombele, as festividades foram encerradas com muita música, batismos e edifican-tes mensagens bíblicas.

Organizada aos em 7 de abril de 1963, na cidade de Ribeirão Preto, a IBCE tem se caracterizado como uma igreja missionária que vive e prega a Palavra de Deus. Como celeiro de vocações, a IBCE produziu pastores,

missionários, professores, evangelistas, pregadores da Palavra, músicos e outros servos, homens e mulheres prontos para o serviço cristão em diferentes áreas de edifica-ção da igreja e da anunciação das boas novas de salvação.

Como instituição próspera, sempre liderada por homens de Deus comprometidos com a expansão do reino de Cristo e apoiada pela denominação batista, a IBCE organizou ou-tras seis igrejas com a mesma

visão evangelizadora. Hoje investe na plantação de mais uma igreja na cidade de Jar-dinópolis. Igrejas organiza-das: Igreja Batista Boas No-vas (6/3/1982), Igreja Batista em Simioni (25/11/1989), Primeira Igreja Batista de Guaira (21/10/1989), Pri-meira Batista de Sertãozinho (03/2/1996), Igreja Batista em Marincek (21/9/2002) e Pri-meira Igreja Batista em Bro-dowski (8/5/2010). Ex-pasto-res: Ernani de Souza Freitas

1963/1964), João R. Rodri-gues (1964/1965), José Mi-guel João (1965/1974), Elias Teodoro (1976/1977), Zaca-rias F. Lima (1979/1987), Ed-naldo B. Rocha (1987/1994), J o s é V . B . L a m a r q u e (1996/2008) e Javan Ferreira (pastor atual - 2009).

Passados 51 anos de orga-nização e trazendo à memó-ria as grandes obras de Deus na vida e por meio de todos os que fizeram e fazem a IBCE, é impossível não acre-

ditar no poder de Deus e não ter esperança de que grandes coisas o Senhor continuará realizando em sua igreja e por meio de sua igreja.

Fica aqui registrada a grati-dão ao Deus Eterno e a certeza de que, contando com o poder do Espírito Santo e a devoção de cada um dos seus membros ao Senhor Jesus Cristo, uma história de muita fé e amor prosseguirá sendo escrita até o dia da volta do Senhor. Amém, amém e amém!

Igreja Batista de Campos Elíseos: 50 Anos de Proclamação do Evangelho

Pr. Javan e Pr. João Dombele Pr. João Dombele e família

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11o jornal batista – domingo, 27/04/14missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O encerramento do treinamento dos 26 jovens de 11 países da nona

turma do projeto Radical Latino-Americano foi marca-do por um culto de gratidão a Deus no dia 12 de abril, quando eles foram comissio-nados. Agora, eles se prepa-ram para entrar em campo com Cristo pelas nações na América Latina.

Com a presença de amigos e parentes no culto, realiza-do na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, o coordenador do Programa Radical, pastor Fabiano Perei-ra, destacou que esses jovens estão no projeto por causa do amor de Deus: “Nós estamos aqui porque Deus amou esse mundo de tal maneira, e esse amor chegou até nós. É por causa do amor de Deus que existe Missões, e nós vamos espalhar esse amor por onde passarmos”, disse aos jovens Radicais.

Um desses jovens é An-drés Ezequiel, de 24 anos e natural de Honduras, na América Central. Ele conta que recebeu o chamado em uma conferência missioná-ria realizada em seu país em 2008: “Deus tocou meu coração, e comecei a me envolver com o ministério de missões da igreja atuante em vários lugares no interior do país”, conta.

Andrés conheceu de perto o Radical Latino-Americano em 2011, quando uma equi-pe da sexta turma do projeto passou por Honduras. “Foi um impacto para mim. Não sabia que ia ser um Radical um dia, e continuei partici-pando das missões na igreja. No ano passado, Deus estava trabalhando na minha vida, e entendi que tinha que fazer algo naquele ano para Mis-sões, mas ainda não sabia o que era”, lembra o jovem hondurenho.

E prossegue: “No final do ano passado, jovens da mi-nha igreja que participaram do Radical enviaram meus papéis e começaram a orar comigo. No começo deste ano, tive um problema de saúde muito grave e fiquei internado. Orei muito e fi-nalmente me recuperei. Aqui estou com alegria em meu coração”.

Jovens atuarão em quatro países latino-americanosOs 26 jovens serão divi-

didos em seis equipes e en-trarão em campo em quatro

nações da América Latina. No Paraguai e na Colômbia, serão duas equipes em cada país, enquanto que Uruguai e Panamá receberão uma equipe cada.

O gerente de Missões, pastor Alexandre Peixoto, trouxe a mensagem e lem-brou sua experiência como coordenador da JMM para as Américas, ressaltando a necessidade que pode ver durante sua permanência no cargo. Também destacou a intenção de expandir a atu-ação de Missões Mundiais no continente americano,

abrindo oportunidades para que irmãos latino-americanos possam se tornar missioná-rios da JMM, a começar por essa turma do Radical Latino--Americano.

“Vocês se lembram da minha primeira palavra a vocês?”, perguntou o pas-tor Alexandre aos Radicais. “Que ao final desse módulo vocês estão convidados a serem nossos missionários. Aqueles que são chamados e desejarem se tornar missio-nários com a JMM em outros países já estão convidados”, disse.

Usando a passagem de Marcos 4.35-41, que conta como Jesus acalmou o mar, o pastor Alexandre comparou o mar à vida e o barco a nós, pessoas. “Agora os Radicais estão em um barco que vai passar por uma tempestade. A tempestade faz parte da vida do cristão. Sabe qual barco que não passa por tem-pestade? Barcos que ficam no cais. A tempestade também vai trazer a vocês, no final, o gosto da vitória, do ama-durecimento que não se ex-perimenta quando se fica no mesmo lugar. Mesmo quem trabalha para Deus enfrenta lutas”, disse.

Adriana Brito, da coorde-nação do Programa Radical, citou alguns momentos do treinamento de dois meses no Rio de Janeiro e destacou alguns marcos do projeto, como o que aconteceu du-rante o culto: a entrega de anéis a cada um dos Radicais. “Temos esses símbolos exa-tamente para nos lembrar de compromissos que fizemos com o Senhor. Na verdade, o compromisso começou quando eles entenderam o chamado de Deus para a vida deles e aceitaram o desafio. E hoje eles cumprem a etapa do treinamento”, afirmou.

Daniele Valério, também da coordenação do Programa Radical, disse aos Radicais que eles vão para campos diferentes, em equipes, e que estão indo para cumprir a mesma missão: fazer Jesus conhecido. “Vocês vão po-der ajudar muitas crianças, adolescentes, jovens e adul-tos. Nós não sabemos quem vocês vão encontrar, mas sabemos o que vocês estão levando”, disse.

A oração de comissiona-mento foi feita pelos pastores Ruy Oliveira Jr. (coordenador da JMM para as Américas), Alceir Ferreira (capelão do curso de Capacitação Mis-sionária) e Guy Key (mo-bilizador da IMB, agência missionária dos EUA, para as Américas).

Missão Radical na América Latina

Radicais se ajoelham durante oração de comissionamento

Radicais fazem apresentação durante o culto

Pr. Alexandre Peixoto foi o mensageiro do culto de comissionamento Andrés recebeu o certificado das mãos do Pr. Girlan Silva, coordenador de capacitação missionária da JMM

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12 o jornal batista – domingo, 27/04/14 notícias do brasil batista

Sandra Natividadede Aracaju, 11.4.2014

Apesar de sua forma-ção em engenharia agronômica o mis-s ionário Edward

Bruce Trott, da Foreign Mis-sion Board, atual Junta de Richmond, se projetou no campo sergipano como o missionário que mais cons-truiu templos, tinha visão de vanguarda, era incansável. As pessoas que o acompanha-vam mais de perto testemu-nham seu ardor evangelístico com exemplos dignificantes, casado com a missionária Freda Lee Porter Trott sua eficiente ajudadora que nes-tas plagas assumiu cargos relevantes na denominação. O casal foi nomeado para trabalhar como missionário no Brasil em 15 de março de 1957, finalmente, depois de uma viagem de navio que durou 14 dias, chega ao Brasil em agosto desse mesmo ano, com dois filhos, Deborah Lee com dois anos e John Allen Trott com apenas seis meses. Sergipe, o menor estado do país, foi seu primeiro campo, tinha 13 igrejas batistas. O missionário se instalou na ca-pital, Aracaju, na época uma cidade tranquila, mas com o quadro de desigualdade social semelhante aos demais estados do nordeste.

Como missionário do cam-po sergipano foi secretário executivo da Junta Estadual, criou desenhos para a constru-ção de seis templos. Supervi-sionou o início da construção do Acampamento estadual

localizado na praia de Atalaia Velha e do edifício do Edu-candário Americano Batista cuja direção a missionária Fre-da assumiu. Organizou a Igre-ja Batista Sete de Setembro, atual Igreja Batista Memorial em Aracaju, adequação de construção dos templos nas cidades sergipanas de Propriá e São Cristóvão. Assumiu o pastorado da PIB de Aracaju por dois períodos distintos novembro de 1958 a março de 1960 e maio de 1963 a janeiro de 1965, momento em que passou a liderança da igreja ao pastor Jabes Noguei-ra. Além da PIB de Aracaju pastoreou de forma interina a Segunda Igreja Batista e a Primeira Igreja Batista Brasilei-ra de Aracaju, no interior do estado assumiu a congregação de Laranjeiras e as igrejas em Propriá, Neópolis e Boquim. Segundo a Southern Baptist Brasil-Mission Directory o missionário Trott permane-ceu em Sergipe de 1958 a 1968. Costumo dizer que o missionário Trott mudou o campo sergipano dando-lhe

nova roupagem, ensinando, pregando e indo aos mais longínquos rincões deste Es-tado. Ao sair deixou uma lacuna só preenchida depois de alguns anos, creio que levou boas recordações, pois levou consigo um pouco de Sergipe através dos filhos que aqui nasceram Mary Joyce e Paul Edward Trott.

Assim, o missionário foi designado para assumir nova missão, o campo paraibano, onde desenvolveu ações gi-gantes a exemplo da compra e renovação do prédio da sede e a residência do executivo da Juntiva paraibana na cidade de Campina Grande; aquisi-ção de uma propriedade em Lagoa Seca para a sede do Acampamento Batista Parai-bano construindo ali capela, casa do zelador, dormitórios, plantou café e comprou uma despopadeira de grãos; cons-trução de templos das Igrejas Batista da Liberdade e Bodo-congó ambas em Campina Grande. Pastoreou as igrejas: PIB em Pilar, PIB de Campina Grande, Liberdade, Bodo-congó, Cruzeiro, Esperança, Patos, Santa Rita, Sapé e Ma-manguape. Visando sempre beneficiar os mais carentes implantou de março de 1984 a novembro de 1988 o maior projeto social batista no Bra-sil, o Projeto Água Viva, tendo como missão erradicar a fome e a seca que grassava na ci-dade sertaneja de Itaporanga. A disposição do missionário em propagar a palavra de Deus e cuidar do semelhante não cessava, então continuou seu ministério construindo três Centros Comunitários, depois adquiriu uma fazenda, implantou fábrica de tijolos e telhas, marcenaria e fábrica de confecções. Planejou e implantou o programa de irrigação – Unidos para um avida melhor – na cidade de Gravatá, localizada no alto sertão paraibano. Nos 21 anos que serviu a Paraíba Trott es-creveu uma linda história de serviço cristão e abnegação. A PIB em Pilar uma das igrejas pastoreada pelo missionário perenizou sua memória no

campo educacional criando o Instituto Batista Edward Trott.

Voltando as ações daquele missionário em terras de Ser-gipe Del Rey, ressalte-se que o pioneirismo na divulgação do evangelho em Japaratuba (SE) é fruto da ação eficaz do missionário que corajosa-mente, instalou um ponto de pregação mesmo sem haver evangélico naquela cidade. Edward Trott confiou a sau-dosa missionária de naciona-lidade leta Zênia Birzniek à responsabilidade pelo traba-lho de evangelização em Japa-ratuba. A inicial adaptação às árduas tarefas de Birzniek se deve em parte a eficiente atu-ação daquele missionário que enfrentando as exiguidades de tempo e dificuldades próprias do trabalho de liderar o cam-po, deu todo o suporte para que a destemida enfermeira desbravasse Japaratuba suas vilas e povoados, a cidade de Pirambu, enfim, a região do Vale do Cotinguiba como um todo. Pastor Jabes Nogueira que liderou por 43 anos a PIB de Aracaju, diz sempre com empolgação que recebeu a instituição das mãos do mis-sionário Trott. Pastor Natanael Menezes Cruz, sergipano, natural do Miranda, Capela (SE), um dos grandes evange-listas que conheço, declarou que em sua juventude andou com o missionário na cidade e no interior evangelizando e cuidando da parte administra-tiva das edificações encetadas pelo missionário construtor.

Dr. Trott que dos seus 88 anos de vida doou 32 deles ao Brasil se notabilizou entre os sergipanos como empreen-dedor polivalente, executor dos projetos programados, participante ativo da vida de-

nominacional. Em 1964 atuou na comissão local da Campa-nha Nacional de Evangeliza-ção da CBB para a realização da Campanha Cristo, a Única Esperança. Estava presente nas visitas realizadas as auto-ridades e chefes dos poderes constituídos acompanhando o Conferencista oficial da Cam-panha, pastor Rubens Lopes, que nas repartições públi-cas, entregava exemplares do Novo Testamento as pessoas convidadas; como resultado da divulgação empreendida, multidões encheram o Es-tádio Municipal de Aracaju durante as conferências da exitosa Campanha. Sergipe que na época tinha apenas 13 igrejas, conta atualmente com 78 igrejas e 92 congregações é inegável que o crescimento da obra missionária em qual-quer lugar se faz com entrega de vida, desprendimento e co-ração sem reserva na prática do evangelismo, foi isto que o missionário fez durante sua trajetória.

Edward Trott homem de fé, correto em suas ações, traba-lhou plantando a mancheias a boa semente, fazendo por onde andou o Evangelho de Cristo conhecido, nasceu no dia 2 de janeiro de 1926 em Dallas, Texas, membro da Fai-th Baptist Church, descansou no Senhor em 01 de abril de 2014, em Jackson, Mississip-pi. A sua memória me motiva um versículo da parábola dos dez talentos - “Disse-lhe o seu Senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te coloca-rei; entra no gozo do teu se-nhor”. Mt. 25.23. Que Deus em sua infinita graça console e conforte a missionária Freda e família.

Edward TrottO missionário construtor

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13o jornal batista – domingo, 27/04/14notícias do brasil batista

No dia 11/1/2014 partiu da cidade de Cachoeira do Sul a Embaixada

Daniel Neal Sharpley rumo ao sítio do Sossego-RJ, para participar do ANVER (Acam-pamento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei). A Embaixada se fez presen-te representando o DECER Gaúcho na segunda semana do acampamento, que come-çou no dia 13/1/2014 à noite com o culto de abertura e se encerrou na sexta feira, dia 17/11/2014, no período da tarde.

Compuseram a caravana do Sul os Líderes (Altemir e Beto) e os Embaixadores (Ariel, Carlos Henrique, Fa-biano, Leonardo, Luís Hen-rique, Otávio e Roger). Eles relatam que foi uma expe-riência única em suas vidas e que aprenderam muita coisa sobre a Organização ER e prometem trazer mui-tas ideias inovadoras para o DCER/Gaúcho.

“Lá o Acampamento é or-ganizado por Núcleos se-parados pelas idades dos meninos, sendo a sede dos núcleos distintas da central do sítio, ” cita o ER Fabiano. Os núcleos e as idades dos meninos são distribuídos res-pectivamente: Aquário (8,9 e 10), Arco-íris (11 e 12), Alvo-rada (13), Abilene (14 e 15), Alto da Boa Vista (16) e As-pirantes (17 e 18). Exceto os cultos e refeições, as ativida-des dos núcleos são realiza-das separadamente, como o horário de piscina, esportes e reuniões nucleares. “Superou todas as minhas expectativas, foi muito diferente do que eu pensava”, afirmou o ER Ariel no fim do Acampamento.

Os Embaixadores do Rei levaram muitas lições e la-mentaram que os demais Embaixadores Gaúchos não

tivessem a oportunidade de desfrutar do acampamento nacional. “Foi muito edifi-cante pra mim, pois aprendi a valorizar o que tenho em casa e honrar o nome do Se-nhor onde quer que eu vá”, declarou o ER Otavio.

Os Embaixadores da Daniel foram divididos em Ariel (17) e Carlos Henrique (17), no Núcleo Aspirante, Fabiano Silveira (16), Luís Henrique (16) e Leonardo Dutra(16), no Núcleo Boa Vista, Roger Moura (14), no Núcleo Abile-ne) e Otávio Pholmann (13), no Alvorada).

Com essa divisão, a Embai-xada Daniel Neal Sharpley foi escolhida a Embaixa-da Destaque do ANVER-SS 2014; 2ª Semana, com a conquistas de dois AS: Fa-biano Silveira (Núcleo Alto da Boa Vista) e Otávio Phol-mann (Núcleo Alvorada). Tivemos ainda três acam-pantes de honra: Ariel Bauer, Luís Henrique e Leonardo Dutra, nas suas respectivas cabines em seus núcleos. A Embaixada também teve pontuação nas provas bí-blicas com os ERs Roger (Montagem Bíblica, Catego-ria Adolescentes 3º lugar) e Otávio Pholmann ( Biografia Missionária de Alvin Ha-tonn, categoria adolescentes, 2º lugar).

O ANVER-SS foi muito gratificante para os Embai-xadores da cidade de Cacho-eira do Sul, pois “tiveram a oportunidades de conhecer pessoas que jamais imagi-nariam conhecer”, como diz o Líder e Vice Coorde-nador Altemir Flores de Oli-veira. Dentre essas pessoas incluem-se John Hatton, o filho do Pioneiro do trabalho ER no Brasil, William Alvin Hatton. Pastor Milton, pastor Micalofe Nepobuceno, Ir-mão Jairo Peixoto (diretor da

2ª semana). As expectativas de voltar ao Sítio do Sossego são grandes...

Associação AIBACEN – As-sociação das Igrejas Batistas do Centro do estado do Rio Grande do Sul

PIB de Cachoeira do Sul – Embaixada Daniel Neal Sharpley (25/08/1993)

Convenção Gaúcha – Relatório efetuado pelo ER Fabiano e acrescentado alguns itens pelo Conse-

lheiro Altemir Flores de Oliveira

Altemir Flores de Oliveira (conselheiro)

João Roberto Bauer (conse-lheiro) Cachoeira do Sul, Rs, 22 de Janeiro de 2014.

Relatório da 2a semana do ANVER/SS 2014

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14 o jornal batista – domingo, 27/04/14 ponto de vista

A natureza humana é ávida por buscar o prazer pelo prazer. Geralmente tem um

comportamento utilitarista. O prazer pelo prazer tem uma natureza egoísta. Paga--se muito dinheiro, utiliza-se corpos como elementos de troca por ele. Vivemos numa sociedade marcadamente hedonista. O inimigo das nossas almas utiliza o mundo (sistema escravizador, sutil e sedutor) e a carne para cum-prirem o seu propósito de matar, roubar e destruir (Jo 10.10).

O prazer em Deus está ligado ao seu amor por nós, pois nós o amamos “por-que ele nos amou primeiro”. Quando nós o amamos de todo o nosso coração, toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento e com todas as nossas forças temos con-tentamento. Encontramos

Temos observado que, em geral, quando se fala em educação religiosa o foco fica

praticamente, senão total-mente, nas ações promovidas pelas igrejas, a quem tem ficado o principal papel em fornecer a formação espiritu-al aos nossos filhos.

Penso que a Bíblia nos in-dica outro caminho e com muito mais eficácia e eficiên-cia ¨C a família. Neste caso uma das questões bíblicas que sempre me intrigaram foi buscar resposta aos motivos pelos quais Deus tenha esco-lhido o ambiente da família judaica para expressar grande parte de sua revelação. Te-nho descoberto, entre outras coisas, que a família judaica é rica na fertilização de rela-cionamentos domésticos, na construção da socialização do indivíduo num ambiente com a presença de certa rede de relacionamentos que levam seus componentes a tomar

satisfação nele por quem ele é, não importando as circunstâncias. Paulo e Silas estavam presos em Filipos, mas profundamente praze-rosos no Pai. Por esta razão eles cantavam (At 16.19-26).

Jesus mesmo disse que os seus discípulos são bem--aventurados, mais que fe-lizes por sofrerem em seu nome (Mt 5.11,12). Então, o discípulo deve se alegrar pro-fundamente no seu Mestre. Jesus nos ensinou em João 15 que o nosso gozo nele é completo. Quando canta-mos pessoal e coletivamente devemos fazê-lo motivados pelo prazer em Deus. Ele é quem satisfaz plenamente a nossa vida. É ele quem recreia o nosso coração. É a razão da nossa vida. Ao experimentarmos prazer no Pai nós o glorificamos!

O prazer em Deus faz de nós pessoas notadamente

decisões marcadas pela aten-ção individual, mas também social. É um ambiente de acolhimento e de construção de história pessoal e relacio-nal, bastando ver a valoriza-ção dada às genealogias, aos acontecimentos históricos vi-vidos e festas históricas pelas famílias judaicas.

A Bíblia é repleta de textos que demonstram a função educacional da família. Sugi-ro que você pegue agora sua Bíblia e leia cuidadosamente os textos a seguir.

Tanto o Salmo 127.3-5 quanto Gênesis 33.5 de-monstram o valor dos filhos, que são presentes de Deus para nossa vida e nossa his-tória. Josué 24.15 mostra o desafio deste herói bíblico quando diz: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Ele ainda nos ensina que o livro texto da família é a Bíblia (Js 1.8). Sobre isso, aprendemos no Salmo 119.9-16 que con-seguiremos evitar o pecado,

comprometidas com a digni-dade do Cordeiro de Deus. Todo o prazer em Deus está em Cristo. Este era o prazer do Pai. O Senhor Jesus foi obediente em todo o tempo. A sua obediência era praze-rosa. Em todo o tempo ele fez a vontade do Pai. Esta era o centro de todo o seu ministé-rio bem sucedido.

O nosso prazer em Deus nos leva ao louvor constante. Tendo contentamento nele somos tomados de profunda consciência de missão. O nosso prazer nele nos livra da murmuração, do prague-jamento e do sentimento de vitimismo. Repito, a nossa satisfação nele não depende de pessoas, circunstâncias e sentimentos, mas da nossa comunhão íntima com ele pela Palavra e pela oração.

Aprecio muitíssimo o que disse Watchman Nee: “O Senhor nunca nos pede que

guardando a Palavra de Deus no coração.

Deuteronômio 6.1-9 (com-pare com 2 Timóteo 3.14,15). Em Provérbios 22.6 aprende-mos que a instrução desde a infância prolongam resul-tados até à velhice de uma pessoa. Provérbios 13.24 indica que quem ama o filho, cedo o disciplina. Em Provér-bios 29.15 aprendemos que a criança entregue a si mesma virá envergonhar sua mãe. O apóstolo Paulo nos admoesta a criar os filhos no caminho do Senhor (Ef 6.4).

Como pais, não podemos dar procuração ou delegar a terceiros estas responsabili-dades e papéis educativos e formativos. Sobre isso veja o ensino de Paulo em 1 Timó-teo 5.8: “Se alguém não tem cuidado dos seus e especial-mente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. E aos pas-tores, bispos e presbíteros, há uma responsabilidade ainda

façamos aquilo que pode-mos fazer. Ele pede-nos que vivamos uma vida que, na realidade, nós não podemos viver e que façamos uma obra que jamais podemos fa-zer. Contudo, pela sua graça, essa vida é vivida e essa obra realizada. Como? É que a vida que vivemos é a vida de Cristo vivida pelo poder de Deus e a obra que realizamos é a obra de Cristo realizada por nosso intermédio e por ação do seu Espírito, o Espí-rito ao qual obedecemos. O ‘eu’ é, na realidade, o único impedimento a essa vida e a essa obra. Que cada um de nós possa orar bem no fun-do do seu coração: ‘Senhor, opera em mim!’ “.

Sim, que o Senhor opere em nós a sua alegria na pes-soa de Cristo. Não podemos ter prazer em Deus Pai a não ser pela presença de Jesus Cristo, o Deus Filho, no po-

maior: devem governar bem a sua casa antes de quererem liderar o povo de Deus (1 Tm 3.4-5, 12; Tt 1.6). Gran-de responsabilidade a dos pastores.

O livro “Família total” (JUERP) traz interessante en-sino sobre tudo isso:

AÇÃO DOS PAIS COMO ISSO OCORRE

AÇÃO DOS PAIS

COMO ISSO OCORRE

Instrução O que você diz

Influência O que você faz

Imagem O que você é

Com tudo isso aprender-mos que:

• O ensino na família como formador de vidas transformadas e transforma-doras.

• O papel da educação na igreja deve ultrapassar os limites do templo e da sala formal de aula, partindo da família.

der do Deus Espírito Santo. A nossa plena satisfação nele está ligada à experiência do novo nascimento, da regene-ração ou da obra da cruz, da nossa inclusão na sua morte. A pessoa que está morta para si mesma e viva para Cristo, tem prazer em Deus Pai. Isto, repito, não depende das emoções, mas da fé na sufici-ência de Cristo Jesus na cruz e na ressurreição!.

Se aspiramos fazer grandes coisas para Deus precisamos depender inteiramente dele. Se esperamos nele não nos decepcionaremos. Ele nos chamou para sermos dele. Vivermos para ele. Como Paulo ensina: Vivermos para o louvor da sua glória. O nosso prazer nele traz plena segurança. A nossa satisfação nele traz paz ao coração, consciência amadurecida e testemunho poderoso do evangelho de Cristo!

• A família como fertiliza-dora de vida e relacionamen-tos saudáveis.

• A família como ambiente e laboratório de crescimento espiritual, psicológico e social.

Com o “ocupacionismo” no dia-a-dia das atividades da igreja, poderemos correr o risco de estar fragmentando a família e deixando-a em se-gundo plano. Precisamos en-contrar meios para valorizar a vivência e relacionamento domésticos de modo a forta-lecer ainda mais nossas igre-jas. Podemos, por exemplo, transformar o domingo em dia da celebração também entre as famílias da igreja. Com isso poderemos ir além da sala formal de aula, valo-rizando o lar como o “locus” privilegiado de ensino.

O sonho que devemos nu-trir é que cada igreja possa criar escola de pais para opor-tunizar a formação de pais discipuladores de seus filhos.

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15o jornal batista – domingo, 27/04/14ponto de vista

Pr. Sylvio MacriIB Central em Oswaldo Cruz, Rio - RJ

Os americanos cos-tumam chamar a atual geração de adolescentes

de “os milenares” (the mil-lenials), em razão de terem nascido na época da pas-sagem do segundo para o terceiro milênios (por volta do ano 2000). A impren-sa dos EUA tem publicado muitas matérias que tentam analisar essa geração. Em linhas gerais, se diz que essa é a geração dos shoppings centers, da alta tecnologia de comunicações, da música eletrônica, da precocidade quanto ao sexo e aos vícios, dos valores rasos e frouxos, etc. Como se vê, bem igual aos adolescentes brasileiros.

O mundo em que os pais de hoje estão criando seus filhos é muito diferente da-quele em que eles foram criados. Daquele mundo em que os avós foram criados, então nem se fala. Isto nos deixa um tanto perdidos e desorientados. O mundo chamado “pós-moderno” tem deixado os nossos jovens e adolescentes “sem chão”, por não lhes fornecer verdades fundamentais em que basear seu comportamento, suas aspirações e suas escolhas.

A verdade deixou de ser absoluta, os princípios dei-xaram de ser inegociáveis. Como lidar com tanta no-vidade? Como ensinar os filhos em meio àquilo que, por desconhecermos, nos assusta? Precisamos de muita sabedoria nessa missão, e a solução é trabalhar com prin-cípios, valores imutáveis, que serão relevantes em qualquer tempo e situação.

Por essa razão é que pre-cisamos ensinar à família os valores irredutíveis da Bíblia. Ensinar é incutir valores, e ensinar a Palavra de Deus é incutir os maiores e melhores de todos os valores, pois são eternos, princípios perma-nentes que atravessam todas as gerações. Por exemplo: “Seja o vosso falar sim, sim; não, não” (Mt.5.37;Tg.5.12).

E aqui cabe dizer, infeliz-mente, que há hoje no meio evangélico a prática de pin-çar o que é transitório na Bíblia e dar-lhe importância primordial, como, por exem-plo, se faz com os ritos da

Velha Aliança que, como diz o autor da Carta aos He-breus, são apenas “sombras” (Hb.8.5;10.1). Ora, sabemos que cerimônias e aconteci-mentos isolados não podem servir de base para a formu-lação da doutrina cristã, mas infelizmente isto tem afetado muitos crentes. Aliás, não precisamos disso para crer.

A fé cristã conforme exara-da na Bíblia é muito simples; podendo ser resumida em algumas poucas doutrinas bá-sicas: a pessoa de Deus, que se revela de maneira tripla; a criação de todas as coisas - especialmente do homem e a queda deste no pecado; a redenção em Cristo e a consequente regeneração, justificação, santificação e glorificação dos redimidos; a presença do Espírito Santo no crente; a igreja de Cristo, sua natureza e função; e a vitória final de Cristo e seu povo sobre o mal.

Do mesmo modo, a ética cristã se baseia em princípios reconhecidos, como amor, fidelidade, lealdade, hones-tidade, sinceridade, solida-riedade, tolerância, perdão, paciência e mansidão. Não são novos valores, mas, sob uma nova visão, antigas ver-dades sempre válidas para qualquer família, de qualquer nação. Nenhuma sociedade em qualquer época aprovou a deslealdade e a desones-tidade. Traição e roubo são abomináveis até para os jo-vens de hoje, tão atraídos pelo relativismo ético em outros assuntos.

Estes ensinos bíblicos for-mam um sólido alicerce para a construção de um caráter sadio e íntegro, um padrão invejável para o estabeleci-mento de um correto com-portamento moral, espiritual e emocional, e um tesouro de sabedoria para fazer as escolhas certas quanto ao relacionamento pessoal, ao casamento, à profissão, à religião, ao lazer e a outros assuntos.

Quando uma família é construída sobre a Bíblia não há o que temer sobre seu fu-turo. E não há melhor manei-ra de ensinar a Bíblia do que por meio da Escola Bíblica Dominical. Em minha expe-riência pessoal como aluno e professor dessa escola fui ensinado por uma geração, ensinei a uma outra geração, e esta que aprendeu comigo

já ensinou a uma nova gera-ção, que nesse momento está repetindo o ciclo. Em outras palavras, nenhuma escola é tão eficaz para a formação de várias gerações em sequ-ência. Portanto, valorizemos a EBD.

Aliás, a EBD é a única esco-la que pode ser frequentada por toda a família, pois tem classes para todas as idades. Assim, avós, pais e netos podem frequentá-la. É nela que aprendemos, cada um em sua faixa etária e em sua função familiar, como ser a família que Deus deseja que sejamos. Portanto, se você quer que sua família siga o padrão que Deus estabeleceu para a vida familiar, vá para a Bíblia, vá para a EBD, você e todos os seus.

No meio evangélico bra-sileiro há muitas famílias em que várias gerações têm perseverado na fé, e o grande segredo dessas famílias é a frequência à EBD. Essas gera-ções de crentes foram molda-das nos bancos da EBD. Pais levaram sistematicamente os filhos à EBD, estes levaram os netos, os netos levaram os bisnetos, e assim por diante. Certa vez, pudemos contar oito gerações de crentes na família de um irmão já fale-cido.

Infelizmente, muitas igrejas deixaram de ter EBD e estão perdendo esta oportunidade maravilhosa de reunir todas as famílias em um só lugar e horário para o ensino da Bíblia. Ao se adotar grupos que se reúnem em locais e

horários diferentes, comparti-menta-se a família, privilegia--se o indivíduo e perde-se a noção de que a fé e a ética cristãs devem ser experimen-tadas e vividas em família. A força da fé e da ética cristãs está na família.

Todavia, mesmo nas igre-jas que têm EBD, há muitas famílias que, por negligên-cia, por indiferença, ou por dificuldades diversas, não a frequentam. Elas estão per-dendo um grande recurso para a formação de uma fa-mília bem estruturada e bem ajustada. Infelizmente é co-mum percebermos que essas famílias enfrentam problemas justamente pela falta de uma base bíblica, que em grande parte poderiam adquirir por meio da EBD.

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