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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 08 Domingo, 22.02.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Jornal Batista - 08-2015

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Leia no seu OJB nº 08 desta semana as de ações evangelísticas e batismos, onde os Batistas iniciam um novo tempo em Gramado – RS. Leiam Também: - Onde está o seu Isaque? (Editorial); - Crise: Quando não há dinheiro para nada (pág.04); - “Sextadoração” - Mobiliza jovens e adolescentes de São João de Meriti – RJ (pág. 08); - Culto em ação de graças pelo centenário do diácono Nelson Chrizostimo da Silva (pág. 10).

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1o jornal batista – domingo, 22/02/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 08 Domingo, 22.02.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 22/02/15 reflexão

E D I T O R I A L

“Tudo entrega-rei, tudo en-tregarei! Sim, por Ti, Jesus

bendito, tudo deixarei”. Costumo prestar bastante atenção nas letras das mú-sicas que escuto ou canto e, uma que sempre chama a minha atenção e me faz refletir bastante é “Tudo en-tregarei”, cujo o refrão está em destaque no início do texto. Minha questão é: pre-cisamos adorar a Deus em espírito e em verdade, pois é assim que o Senhor deseja que façamos. Entretanto, para que haja essa verda-de, essa sinceridade, então o que falamos e cantamos precisa estar em harmonia com o que pensamos e senti-mos. Alguns dizem, “Ah, eu canto mesmo que não seja assim, pois faço da letra uma profecia, para que se torne realidade em minha vida”. Já outros falam: “Prefiro não cantar, pois o que canto, precisa sair do coração, e Deus sabe que não há essa total entrega ainda, seria hipocrisia da minha parte, prefiro orar durante a can-ção, para que Deus sonde a minha vida e me molde a viver dessa maneira”.

Não quero discutir se é melhor cantar ou não, o que quero é provocar uma reflexão quanto ao que diz a letra da música, em relação a nossa total entrega de vida ao Senhor. Para isso, nada melhor do que mergulhar-mos na história da família de Abraão.

Havia uma promessa para

a vida de Sara, esposa de Abrão, que já era idosa, as-sim como ele, e ainda não possuía filhos. O Senhor então, já na velhice do ca-sal, os proporcionou serem pais de Isaque. O menino era totalmente esperado no meio dessa família e era con-sagrado a Deus, pois tanto Sara, como Abraão, sabiam que esse filho era vindo de Deus. Então, nada mais justo do que entregá-lo também. Quantas vezes não fazemos isso? Passamos no vestibular, arrumamos um emprego, compramos um carro, come-çamos um relacionamento, e dizemos: “Senhor, está consagrado a Ti, é Teu”. Porém, falar é fácil, não é verdade? E, acredito que até seja de coração na realidade de muitas pessoas. Mas, e quando Deus nos prova, será que estamos preparados para esta entrega, ou nos apega-mos mais às bençãos do que ao dono delas?

“E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu fi-lho, o teu único filho, Isa-que, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece--o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. Então, se levantou Abraão pela manhã de ma-drugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera” (Gn 22.1-3).

Reparem que Abraão não questiona a Deus em mo-mento algum, muito menos murmura. Ele simplesmente obedece. Ele não foi avisado de que passaria por uma provação, ou seja, realmente aquele poderia ser o sacrifí-cio, pois Isaque era de Deus, Ele quem concedeu ao casal Abraão e Sara. Imagino que muitas coisas passaram pela cabeça desse homem, que esperou tanto pela bênção, pelo milagre. Entretanto, o que mais pesou foi a vontade de agradar a Deus e a fé no Senhor no qual servia. “E disse Abraão a seus moços: ficai-vos aqui com o jumen-to, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós. E tomou Abraão a lenha do holocaus-to, e pô-la sobre Isaque seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão, e foram ambos juntos. Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus prove-rá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos” (Gn 22.5-8).

Pense como deve ter doído ouvir a pergunta de Isaque. Contudo, Abraão responde com toda a fé que existia nele: “Deus proverá!”. Ele realmente acreditou, real-mente confiou, mas não fi-cou lá parado, esperando o cordeiro vir, ou apreensivo, olhando para os lados, com

medo de sacrificar o filho. Ele simplesmente fez o que o Senhor mandou. Se Isaque fosse o sacrifício, Abraão sabia que Deus o ressuscita-ria, ou os daria outro filho, mas ele sabia que Deus faria algo, porque ele conhecia o Deus a quem amava e servia. Foi então, que Deus honrou a fé de Abraão: “Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: eis-me aqui. Então disse: Não esten-das a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; por-quanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho. Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, em um mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho” (Gn 22.11-13).

Para concluir, sugiro que reflitamos sobre as priorida-des das nossas vidas. Como temos priorizado Deus na nossa rotina diária? Afinal, naquilo em que gastamos mais tempo, é onde está o nosso coração. Não existe prioridade onde não há de-dicação. Onde está o Isaque da sua vida? Será que você está preparado para sacrificá--lo hoje, se o Senhor lhe pedisse? Com suas atitudes, em relação à renúncia, quem você tem amado mais, a benção, ou o dono da ben-ção? Pense sobre isso e dê prioridade ao que realmente merece lugar de destaque: Deus. (PF)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Artigo “Eu não sou Charlie”

Gostaria de parabenizar o artigo publicado na pá-gina 14, na edição 05, de 01/02/2015, de autoria do pastor José Marcos da Sil-va. Alegro-me em ler uma visão mais ampla e pon-derada sobre o atentado ao Jornal Charlie Hebdo. Graças ao bom Deus ain-da há pessoas com visão e

entendimento que não se deixam levar pelo calor do momento ou pela onda da maioria e que não se fur-tam de expressar a justiça e a Verdade (Cristo). Que o Pai conserve e abençoe a vida deste pastor e seu ministério. Em Cristo,

Cristina Feijó, doutora, psicoterapeuta e

hipnoterapeuta

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

Onde está o seu Isaque?

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bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Tema di f íc i l ; mui -to discutido há 30 anos. Os jovens, em especial, desejavam

conhecer os métodos que os levassem a descobrir a vontade de Deus. Em retiros, congressos, nas uniões de jovens (hoje inexistentes) o assunto sempre integrava a pauta. Um pastor experiente era escolhido para oferecer as dicas de como saber a vontade de Deus. Hoje não se fala mais no assunto. Te-mos outros recursos para de-terminar a vontade de Deus. Recursos que nem sempre passam pelo crivo divino. Há os testes vocacionais. No caso de casamento, primei-ro experimenta-se a fruta e depois se decide se casa ou não. Os resultados todos co-nhecemos.

Um pastor foi convidado a assumir o pastorado de determinada Igreja. Uma ovelha do rebanho, amiga do futuro obreiro, telefonou comunicando a decisão da grei. Antes mesmo que a Igreja redigisse a carta convi-te, ele respondeu que ia orar sobre o assunto e consultar o Espírito Santo, mas, a mudan-

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

A psicologia traba-lha com o amor Eros. Ainda temos o amor entre irmãos

e o amor a Deus. Eros é um amor de comportamento e ação, as outras áreas são subjetivas e espirituais.

A classificação coloca em uma posição de múltiplas raízes, de uma estrutura com-plexa devido a própria estru-tura do ser humano, que é nascido em pecado, como diz o Salmo 51, “Em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Nos meios religiosos é considerado amor puro e amor impuro.

O amor impuro é aquele proibido, é uma atração física genital, que reverencia o sis-

ça já estava sendo embalada rumo ao novo campo. Sua decisão antecedeu a resposta do Espírito. Como estava com problemas na Igreja decidiu que era a vontade de Deus seguir para outro local. Não é preciso afirmar que a Igreja que o convidou se arrepen-deu profundamente de tê-lo convidado. Ovelhas aban-donaram o rebanho, famílias foram separadas e a Igreja não sabe o que fazer com o pastor e como desfazer a “vontade de Deus”. A Igreja que fez o convite, crendo que se o pastor aceitasse seria da vontade de Deus e o pastor, por sua vez, em lugar de resolver o problema com o antigo rebanho, estabele-ceu que o primeiro convite que chegasse era vontade de Deus, erraram.

Autoritário, errou ao pro-ceder assim. A Igreja errou por não buscar informações sobre o tipo de ministério que o pastor realizava. Ne-nhum rebanho aguenta um pastor autoritário e mandão. Ambos erraram. O pastor, por admitir que seguir para outro campo seria o que-rer divino. Nem um e nem

tema psíquico com aplicação objetiva carnal. É aquele que pode se tornar pecaminoso, por se processar entre dois seres que, de acordo com as leis espirituais religiosas e civis, não podem demostrar seus impulsos e sentimentos em qualquer lugar, tornando--se atentado ao pudor, que hoje é visto como normal entre a juventude.

Esse tipo de amor, que consideramos passageiro, começa com intensidade e, logo se desfaz, porque o consideramos impuro, pelo fato de não ser duradouro, sem espiritualidade, sendo um estado afetivo passional.

Impuro e puro, essa dico-tomia, com base no racional, sofre os processos de fusão e infusão. A fusão é um movi-mento de satisfação egoísta,

outro. Não foi a vontade de Deus convidar o pastor e não foi a vontade de Deus aceitar o convite. A vontade de Deus é boa e perfeita. Não gera tristezas ou divi-sões e não afugenta ovelhas do rebanho.

O rebanho crê cegamen-te que o pastor é o melhor instrumento para decifrar a vontade de Deus, pois Ele fala de Deus, prega sobre Deus, “fala” com Deus. Por-tanto, nada melhor do que deixar sobre o pastor a de-cisão sobre o querer divino. A Igreja busca um pastor para dirigi-la. Uma comissão é eleita para sair a campo em busca do obreiro. Após reuniões seguidas, traça-se o perfil desejado. Que ele fale inglês fluentemente, que te-nha dois filhos, a esposa deve ser eximia pianista, excelente presidente da MCA, subs-tituta do esposo no púlpito (Algumas pregam melhor do que os maridos preguiço-sos), tenha curso superior, seja excelente hospedeira. Claro, tudo isso sem salário. O candidato visita a Igreja. A festa é preparada. Chur-rascos, pizzas, jantares nas

ao passo que a infusão é um impulso generoso, que mos-tra o fator de parceiros doen-tios, ditadores e absolventes, uma força que engloba e dirige a personalidade e a vida do ser amado.

Será que podemos definir o que chamamos de amor Filéo? A Bíblia nos mostra a parábola do filho pródigo, onde toda manhã, tarde e noite olha a estrada na ân-sia de ver a figura ao longe do filho, mesmo ele tendo rejeitado o amor da casa pa-terna, que agora pensava em ser apenas um diarista e não mais filho.

O amor do pai tem uma resposta voluntária : esse meu filho estava morto e reviveu. Em uma das suas expectativas ao longe avis-tou o filho que voltava. Sem

residências mais abastadas. Comissão nenhuma leva o candidato a pastor a subir o morro e jantar na residência da irmã Marianinha, empre-gada da limpeza urbana. Há encontros. As perguntas de sempre. Abraços, beijinhos com tapinhas nas costas. Nin-guém diz ao futuro pastor que o rebanho está dividido, em guerra permanente, que as famílias A, D e Z mandam na Igreja há décadas, que os jovens participam das bala-das da cidade, que o rol de membros tem todo tipo de membros, oriundos das mais diversas correntes religiosas. Ele vai descobrir depois que Deus revelar sua vontade. O convite é comunicado por telefone ou e-mail. O candidato diz que vai orar para saber se é a vontade de Deus. Depois recebe a carta convite. Ao olhar o salário proposto, diz: “Com este salário eu aceito”. Não há mais que se preocupar com a vontade de Deus. O salário foi a resposta. O tempo se encarregará de confirmar que ninguém estava interessado em ouvir a voz de Deus. Para o pastor, o salário basta como

considerar o seu estado, o abraçou e beijou, dá ordens para o início da festa de retor-no, banho e perfume, anel no dedo, roupas de príncipe e o bezerro cevado.

Também temos uma outra expressão que é subjetiva: quando Jesus olhou a multi-dão que andava desgarrada como ovelhas que não tem pastor, sentiu uma íntima compaixão. Na qualidade de um pai que se tornou concre-to na sua crucificação - o que se chama de fusão - Deus tem íntima compaixão pelas suas criaturas.

O seu grande desejo é que cada criatura se torne seu filho, esse é o amor Ágape. Esse amor já delegado ao Deus filho, Jesus Cristo. Ele usou o processo de adoção para isso, como descreve

confirmação. Para a liderança da Igreja ficar livre das res-ponsabilidades em comandar um rebanho sem pastor, é o suficiente. O tempo dirá que não é assim que Deus revela sua vontade aos seus filhos.

Difícil agir como Abraão que sai sem saber para onde, mas, convicto que este era o querer divino. Difícil para Elias transferir residência para a beira de um regato e ser sustentado por corvos, certo que este era o querer divino para sua vida.

Difícil para Jesus, em ago-nia, no Getsêmani, dizer ao Pai: “Faça-se a Tua vontade”, certo que a vontade do Pai colimaria na cruz. Muitos são os exemplos bíblicos em que Deus revela de modo claro Sua vontade aos seus filhos. Em nenhum deles o salário pesou na decisão ou a fuga de um problema significou que este era o querer divino.

A vontade de Deus é des-coberta e aceita quando há humildade em obedecer, quando há perfeita intimida-de com Deus. Caso contrário, a “vontade de deus” em um momento pode se transfor-mar em lágrimas e dor.

João 1.12. Deu-lhes o po-der de serem feitos filhos de Deus. Esse amor descrito na cruz, no maior símbolo do cristianismo, segundo John Stott.

João 3.16 nos mostra que Deus deu o seu único filho para morrer em lugar dos pecadores, de tal modo que até o dia de hoje jamais foi explicado. A manifestação desse amor na mente de Paulo foi derramado em nos-sos corações, como se fosse revestimento de proteção interior, formando colunas de prata, estrado de ouro, assento de purpura, pelas fi-lhas de Jerusalém no sentido horizontal. Se Deus assim nos amou, também devemos amar uns aos outros, porque Deus é amor, como diz I João 4.8.

O que é o amor?

Vontade de Deus

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Confiar, esperar, agradecer

reflexão

“Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?” (Sl 13.2 ).

A pergunta do sal-mista revela uma dúvida in tensa : “Até quando te-

rei de suportar este sofri-mento?”. Ela descreve uma sucessão de experiências tristes e doloridas. Com a mesma intensidade, to-davia, Davi aponta para o livramento: “Eu confio no Teu amor. O meu coração ficará alegre, pois Tu me salvarás” (Sl 13.2 e 5).

Desconhecer o futuro que Deus reserva para nós é um fator que consegue envene-nar o nosso presente. Daí a confissão do salmista: “Eu

confio no Teu amor”. Confiar é apostar o melhor no tipo de futuro que o Senhor já estabeleceu para nós. Mesmo quando nosso sofrimento pareça muito grande, a Bíblia diz que nossa fé tem que ser maior – porque o Deus em quem cremos é Todo--Poderoso.

Junto com nossa fé, po-rém, temos que acrescentar outra atitude: a espera. O autor de Hebreus descreve a fé como “A substância das coisas esperadas” (Hb 11.1). Porque somos criaturas com a dimensão do tempo, te-mos que insistentemente nos apegar ao Senhor, até Suas promessas se cumprirem. Agora, eu posso estar muito triste, mas com o cultivo da fé e da espera, certamente “Meu coração ficará alegre, pois Tu me salvarás”.

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

O governo federal anunciou, após a eleição, que o número de mi-

seráveis no país voltou a crescer. Já são mais de 10,45 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza. Mas, se você já passou por uma crise econômica profunda? Alguma vez você já esteve em uma situação tão peri-clitante a ponto de não ter um centavo no bolso, para nada? Com a geladeira em casa parecendo um coco, só com água? Vivendo com chamado “zóião” - ovo. É possível que passagens as-sim gerem muito crescimen-to para alguns e desespero para outros. O mais racional é continuar a luta pela so-brevivência do jeito que se pode. A primeira sugestão é deixar a vergonha de lado e perseverar, mesmo com os percalços no caminho do trabalho e da honestidade. A timidez nestas horas atrasa ainda mais a vida. As prisões estão cheias de cidadãos que chegaram a outras con-clusões. Por isso, estão lá: optaram pelo erro. Agora, não podemos nos desgarrar nunca da Palavra de Deus e dos seus aconselhamentos.

Na bonança ou tranquilida-de, nunca imaginamos o que se passa com as pessoas que nos cercam. Extremas dificul-dades estão bem próximas da gente. Pessoas que per-dem carro, casa. Há pais de famílias abalados por frases inocentes vindas dos filhos. Uma delas pode ser: “Nós não vamos mais ao supermer-cado, papai?”. Acontecimen-tos assim causam comoção em toda nossa trajetória na terra. Um chefe de família se sente tremendamente inútil, abaladíssimo; com vontade de chorar. E muitos pran-teiam. São nestes episódios que descobrimos o amor ou o desprezo de alguns. Se existem os que abandonam, há também, de forma admi-rável, aqueles que ajudam sem se importar, sem exigir condição de troca. Não per-guntam “o porquê” do fato e, simplesmente, se propõem ao auxílio. Advirto, que nem sempre os “socorristas” são

familiares. Surgem espanto-samente entre amigos, “co-nhecidos” e até estranhos. Há quem ofereça um cheque em branco para o necessitado. Isso é muito mais que um crédito, é amor fraternal, com desprendimento. Não acha?

Recordo-me do depoimen-to emocionado de um colega de trabalho de Presidente Epitácio relembrando a épo-ca de gravidez da esposa. Sem dinheiro para “comprar absolutamente nada”, ela es-tava desejosa de comer uma simples salada de tomate e repolho. E ele não tinha di-nheiro algum. Ao serem con-vidados para um almoço de domingo após o culto de ma-nhã e da EBD, se depararam com a pretendida “iguaria”. Trazer novamente à memória episódios assim é testemu-nhar o verdadeiro poder que realmente existe sobre nossas vidas. O Criador não desam-para aquele que nele crê. Pedimos um simples auxílio e o Criador oferece algo bem melhor para nós. Sempre pro-curamos pelas boas coisas da vida e costumamos esquecer as especiais. Devemos ser gratos a Deus por tudo. Ele é maravilhoso. Aleluia!

A evolução da humanida-de, infelizmente, traz consi-go a impiedade. Pensamen-tos precipitados e maus. O que se deduz hoje é: todo mundo é honesto até atrasar a primeira conta ou presta-ção. Na verdade, todos nós estamos sujeitos a passar por um dolorido aperto. Por um grande deserto. E o deserto “é o lugar que Deus fala”. E já vi também análises depreciativas que chegam ao campo da ofensa e da crueldade. Muitas pes-soas trabalhadoras ganham pouco e ainda precisam ter paciência com o próximo, que as vê como pessoas “malandras” quando uma crise profunda chega. Não é demais? Sem contar as honestas ao pé da letra que são levadas às dívidas altas. Vão cobrindo um “santo” aqui, descobrindo outro ali e, quando veem, o valor evoluiu a um ponto qua-se impagável. O que era uma bola de tênis vira de basquete. A intenção era, sinceramente, quitar tudo, erguer a cabeça, mas.

Há pessoas que “aplau-dem” aqueles que passam por isso. Sentem prazer com a desgraça alheia. Se o en-dividado não tiver uma boa explicação sobre como se chegou ao fundo do poço ou onde o dinheiro foi gas-to, melhor. Cabe citar que tanto a crença, a conversão, como o desvirtuamento das pessoas acontece de forma progressiva. Estar sempre vigilante para não cair na tentação do gasto excessivo é um dos grandes obstáculos atualmente, já que a publi-cidade e o modismo nos põem na cabeça que tudo é essencial. E não é. Basta di-zer que nossos antepassados viveram com bem menos e nos deram um gigantesco legado de conhecimento, bom exemplo e caráter que, infelizmente, a geração nova não tem como retribuir. Por isso, deve e muito, mais do que possa supor ou calcular. Agora, gigantesca mesmo é a miséria espiritual. Como a seara é grande!

Quando não há dinheiro para nada

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Depois veio a traição por 30 moedas. Jesus deu-lhe o aviso: “ Ai daquele por quem o Filho do homem é traído. Bom seria que esse homem se não houvera nascido” (Mt 26.24). Judas tentou desman-char o combinado feito com as autoridades do templo, pensando reverter a situação. Pensou que, castigando-se a si próprio, obteria o perdão. Deus castigou o meu peca-do em Cristo, não em mim mesmo. O suicídio de Judas nos choca, mas o suicídio espiritual escolhido por mi-lhões que nos rodeiam não nos choca. Olhamos sempre o pecado em nós mesmos, e também nos outros, como coisa pequena, mas ele sem-pre termina em algo grandio-so, dramático. Jesus chorou

Jesus Cristo perdoa os nos-sos pecados. Ao crer nEle, passamos a viver uma vida diferente; vivemos com a esperança do céu. Paulo de-safia todos os cristãos a pre-gar o Evangelho, anunciar a cada criatura sobre o amor de Cristo. Ai de nós se não fizermos a obra missionária. Nossa vida não terá sentido. Paulo disse que pesava sobre ele essa obrigação, ele sabia da urgência de anunciar o Evangelho.

sobre Jerusalém. Como seus olhos viam o pecado como uma cena dramática. Trata-se de suicídio eterno.

Como temos olhado o mundo que nos rodeia? Pe-rante os olhos de Deus é uma cena dramática. “Bem aventurados os que choram” (Mt 5.4). Devemos chorar os nossos pecados e os do mundo, para que Deus nos console com a antecipada cena da ressurreição. Em certo sentido, ela será uma cena dramática, mas, ao mesmo tempo, uma cena gloriosa. Amados, parti-lhemos com outros a cena gloriosa da ressurreição, pois é essa cena gloriosa que Deus veio em Cristo nos proporcionar. Amém, muitas vezes amém.

Por que é urgente? Porque todo dia morrem pessoas. Vidas saem de cena, e não sabemos quando um ente querido vai partir, quando um amigo vai partir. Então, hoje é o momento para anunciar o Evangelho, hoje é tempo de salvação. So-mos desafiados pelas Escri-turas a pregar o Evangelho; então, não vamos procras-tinar essa nossa tarefa. Ai de mim se não anunciar o Evangelho.

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Há certas notícias registradas pela mídia atual que são chocantes. Fi-

quei imaginando familiares, amigos, e talvez algum curio-so assistindo uma jovem de 29 anos tomando uma carga de barbitúricos, e depois estremecendo ao dar os seus últimos suspiros.

O tumor cerebral incurável de que era vítima me levou a refletir na atitude tomada. A única coisa que me detém em condená-la está na con-dição terrível que a vida lhe trouxe. Coloquei-me em seu lugar.

O fato de não pertencermos a nós mesmos, impede que

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

Sabemos que ordem não se discute, cum-pre-se. Um funcioná-rio não deve discutir

com o seu patrão, ele deve cumprir suas tarefas com dedicação.

O Apóstolo Paulo sabia da sua tremenda responsabilida-de em anunciar o Evangelho, aliás, ele foi chamado para fa-zer exatamente isso. Antes da

tomemos decisões em que nos julguemos donos de nós mesmos. Em Romanos, Paulo afirma: “Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum de nós morre para si. Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Se sor-te que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor” (Rm 14.7-8).

O suicídio da jovem le-vou-me a refletir sobre um tipo de suicídio muito mais chocante mas que sequer nos emociona, ou refleti-mos. Quando Nicodemos rejeitou o arrependimento e a salvação que Cristo lhe oferecia, João afirmou: “A condenação é essa: a luz veio ao mundo, mas os ho-mens amaram mais as trevas

sua conversão, Paulo era um perseguidor dos cristãos, ele cumpria ordens superiores e, em uma de suas viagens, teve um encontro com Cristo. No encontro, sua vida foi trans-formada, os seus sonhos, seus desejos, seus objetivos foram totalmente reformulados.

Agora Paulo vivia para Cristo, e o mesmo chegou a afirmar: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fp 1.21). O desejo do apóstolo Paulo era anunciar o Evan-

do que a luz” (Jo 3.19). Se a jovem suicida era salva, continuou salva, deixou de ser salva, fica-me difícil jul-gar. Mas, e quando alguém está separado de Cristo, con-denado, escolhe continuar condenado, que sentimento isso me traz?

Vamos refletir sobre os sen-timentos que nos provocam a rejeição da salvação em Cristo, cometida por milhares que nos rodeiam. Esse sui-cídio começa em pequenos atos e terminam em suicí-dios chocantes. Os furtos que Judas cometia tirando algumas moedas das ofertas que sustentavam o colegiado apostólico era tão pequenos que ninguém percebia, só Jesus. O pecado sempre co-meça em pequenos delitos.

gelho, pois ele sabia que foi chamado para esta tarefa. Em I Coríntios, ele diz: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho” (I Co 9.16b).

O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Ao anunciar o Evangelho, ele oferece a oportunidade da pessoa mostrar arrependimento. Ao ouvir o Evangelho, ao ser confrontado por ele, a pes-soa reage de duas maneiras: ou ela crê ou rejeita.

Cena dramática

Ai de mim se não anunciar o Evangelho!

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6 o jornal batista – domingo, 22/02/15 reflexão

D’Israel, colaborador de OJB e membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro - RJ

O mundo em conflito vem se debatendoEm busca da paz que está querendo Incessantemente pra sobreviver.A sociedade esta mui sofrida A humanidade está precisando Da grande paz de Cristo, que está faltandoPorque, infelizmente, na terra estão buscando A felicidade em lugar errado Onde está grassando o cruel pecado As vicissitudes e o egoísmo O grande abismo da falta do amor.Do amor a Deus e ao seu semelhanteAndam desvairados no mundo errantes Com nada se contentam nada e bastantePra satisfazer a sua ganância materialSempre esquecendo que tem de fortalecerO lado vazio, o espiritual.Buscam na terra o seu poderCuste o que custar; doe em quem doer. Vaidade humana vem mui grassando Muitos se matando e mutuamente Guerras, conflitos, dissenções, brigas Muito fanatismo, o religioso Racismo no mundo de discriminações Uma anarquia que vem se alastrando Porque andam nas trevas da idolatriaDa falta do conhecimento da santa verdade Que está contida na Bíblia Sagrada O entendimento da sua leituraA sabedoria que vem lá dos céus.Fome de poder, intolerância Matanças e assassinatosOs jornais no mundo sempre anunciando Tragédias constantes muitos cataclismas Falta de esperança e desilusões Vem acontecendo nos corações A mente humana deteriorando Gente se afastando da casa de Deus Muitos maquinando algo indesejável. Não recomendável, imaginando Que vão se dar bem Não se importando com o resultado Se o que está fazendo gera o pecado E se sua alma pode ir pro inferno Pro castigo eterno e pra longe de Deus Caráter, moral e dignidade O que será isso? Muitos me perguntam Deles tenho pena porque não conhecemA mensagem santa do Senhor JesusAqueles bons princípios que devemos terPra que uma família possa prosseguirNa sociedade pra não regredirSe desintegrar, se esfacelar,Decair na fé, também desistirDe seguir a Cristo como deve ser Busquem ao Senhor, o façam enquanto é tempo Para evitar sofrimentos E venham encontrar a verdadeira paz!

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de O Jornal Batista

Quando estamos prestes a fazer uma c i ru rg ia , mesmo que a

medicina diga ser simples, sempre tem risco. Então, surge a dúvida: qual será o meu futuro?

O futuro é sempre a morte. Quer seja no tempo ou pre-matura, ao homem está or-denado morrer uma só vez, vindo depois disto o juízo, como diz Hebreus 9.27.

O único homem que mor-reu e não ficou no túmulo foi Jesus, mas se ele não tivesse morrido, não teria ressusci-tado, e não teria condições de ressuscitar aos que nele confiam, como está escrito em João 14.3. Quando ele foi reviver Lázaro, disse a Marta: “Eu o ressuscitarei no último dia, aquele que crê em mim tem a vida eterna, passou da morte para a vida (Jo 6.40; 5.24).

Do mesmo modo que os galileus o viram subir, ele voltará, segundo Atos 1.11. A volta de Jesus a cada dia passa a ser uma realidade mais próxima de cada um de nós. Isto fica notório quando analisamos a situação mun-dial em suas dimensões.

Há uma generalizada falta dos alimentos, o calor au-menta cada dia pelo aqueci-mento global, a seca agora já faz parte também da rea-lidade brasileira. Em nosso Brasil a água vale ouro. Em

outros países, a preocupação é o gelo, a guerra, as pestes, etc. A briga entre os filhos de Jacó, a apostasia geral predi-ta, os membros das Igrejas não descobriram ainda a fórmula de ser espiritual sem deixar o pecado.

A inteligência e a sabedoria são consideradas como dons espirituais, porém, a reputa-ção cristã no nosso século está fora do contexto cristão.

Barnabé é descrito como homem de bem e de fé, de acordo com Atos 11.23-24. Os discípulos foram cheios de alegria, que é fruto do Espirito Santo, que enchia seus corações. João, o Ba-tista, foi cheio do Espirito Santo ainda no ventre de Izabel preparando-o para o ministério.

O que será que está faltan-do em nossas Igrejas? Boa reputação, que significa uma vida de bem, sabedoria nas coisas espirituais, que signi-fica honestidade e sincerida-de? Estes predicados só têm aqueles que se oferece em sacrifício vivo, como relata Romanos 12.1-2; que não tomam a forma do mundo.

A Igreja de Corinto era uma balbúrdia, tinha irmãos que eram carnais, os que eram dominados pela na-tureza humana, e os espi-rituais. Qual era o objetivo do Espírito Santo? Para que possamos entender essa per-gunta, precisamos da chave, à morte, como está dizendo Romanos 6.3-6. Após a jus-tificação, isto é, o novo nas-cimento, temos a paz com

Deus. O amor dEle é derra-mado em nossos corações, e o temor a Deus domina a nossa mente, segundo Deu-teronômio 10.20.

Deus gerou no homem o temor. Salomão disse que o princípio da sabedoria tem como resultado o temor a Deus e a paz. O salvo não tem uma paz qualquer, é a paz de Jesus, o Cristo, que o mundo precisa conhecer. Deixo-vos a minha paz, que traz alegria em qualquer cir-cunstância.

Amor no coração, alegria na alma, e paz na mente não nos dá uma falsa paz, mas o temor de uma adoração de uma vida dirigida pelo Espírito Santo. A pessoa que goza de uma intimidade com Deus, Ele para Si o toma, como foi o caso de Enoque, relatado em Gênesis 5.24.

Jesus disse que a Igreja é a luz do mundo e o sal da ter-ra, quer dando testemunho negativo ou positivo, como lemos em Mateus 5.13 a 16 e em Isaías 60.1. Levanta e resplandece, porque já vem a tua luz e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. Paulo escreve aos Filipenses, que os filhos de Deus devem ser irrepreensíveis e inculpáveis, que devem brilhar no meio de uma geração corrompida e perversa, de acordo com Filipenses 2.15. Em Colos-senses, ele diz que a nossa vida está escondida com Cristo em Deus, porque já passamos pela chave que nos leva ao nosso futuro com Deus para sempre.

A chave

A verdadeira paz pro mundo

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7o jornal batista – domingo, 22/02/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Quando uma Igreja ora, Deus con-cede mais visão. Foi desta forma

que os Batistas brasileiros ini-ciaram a 95ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em Gramado - RS. Durante cinco dias, representantes de Missões Nacionais e de outras instituições batistas estiveram reunidos na cidade aprimo-rando e ampliando as ações da denominação no país.

No culto de abertura, o pastor Roberto Silvado, atual presidente da CBB e pastor da Igreja Batista do Bacache-ri, em Curitiba, baseou-se na visão da Igreja Multiplica-dora, dando uma palavra de incentivo aos Batistas na prá-tica desta visão. Na oportuni-dade, ele também expôs um vídeo produzido por Missões Nacionais, com testemunhos de pessoas que estão sendo discipuladas e transformadas por meio dos Pequenos Gru-pos Multiplicadores.

Redação de Missões Nacionais

Missões Nacionais e Mundiais rea-lizaram a Noite Missionária jun-

to à Ordem de Pastores Batis-tas do Brasil (OPBB). O culto fez parte da programação da 95° Assembleia da Conven-ção Batista Brasileira.

Na ocasião, foram apresen-tados testemunhos e dados sobre o avanço missionário no sul do Brasil. O pastor Fer-nando Brandão, diretor-exe-cutivo de Missões Nacionais,

apresentou o Projeto Etnias no Brasil. Este trabalho, que é desenvolvido com o apoio de Igrejas Batistas, tem assis-tido refugiados, de diversas nações, no Brasil.

“A glória do ministério não está nos resultados, mas sim na obediência em liderar a vi-são de Deus aqui no Brasil”, desafiou pastor Fernando ao contar relatos de outros pro-jetos missionários realizados por Missões Nacionais. “É impossível liderar esta visão sem renúncia. Deus não nos chamou para uma zona de conforto”, concluiu.

Redação de Missões Nacionais

A participação da Junta de Missões Nacio-nais na Assembleia da União Feminina

Missionária Batista do Brasil foi marcada pela emoção da res-posta dada pelas mulheres aos desafios missionários no país.

Conduzindo esta representa-ção, o pastor Fernando Bran-dão apresentou algumas das necessidades espirituais que temos visto dia após dia em nossa nação.

Ao apresentar o Rio Grande Sul como um dos estados me-nos evangelizados, desafiamos as mulheres para se colocarem à disposição, sendo instru-mentos de Deus para evan-gelização durante esses dias em Gramado - RS. Erguendo o Evangelho de João, produ-zido por Missões Nacionais, elas aceitaram este desafio também lançado pelo pastor Fabrício Freitas, nosso gerente--executivo de evangelismo.

Agradecendo o apoio que a UFMBB tem dado à JMN, Anair Bragança, nossa gerente de Ação Social, destacou o in-vestimento que a organização tem feito no Projeto Cristolân-dia. Além de outras doações, recentemente foram doadas centenas de lençóis para a Cristolândia do Rio de Janeiro.

O jovem William Santos, funcionário de Missões Nacio-

nais e aluno do curso de mis-siologia do Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM), teve a oportunidade de teste-munhar sobre sua vocação e chamado para atuar em Mis-sões. Ele também falou sobre sua participação na Trans Sul e, em relação aos estudos, afir-mou: “No CIEM eu encontrei acompanhamento e cuidado de colocar em prática tudo o que se aprende”. Interceda por William, a fim de que continue sendo capacitado pelo Senhor. Ore também pelos demais jo-vens que estão se preparando para a obra missionária, bem como por aqueles que rece-beram o chamado e precisam de apoio para se dedicar a este tão importante ministério.

Plantando novos sonhosPastor Fernando Brandão

também apresentou o pedido feito pela Vara da Infância e da Juventude, endereçado à Mis-sões Nacionais, rogando aos Batistas brasileiros a abertura de uma unidade Cristolândia destinada à crianças e adoles-centes de Guarulhos - SP. Ou-vimos das mulheres Batistas a decisão de orar e contribuir por esta causa, para que desta forma resgatemos e mudemos a realidade de muitas crianças e adolescentes já destruídas pelas drogas, por meio do poder transformador que só há em Cristo Jesus.

Culto de abertura da Assembleia

da Convenção Batista Brasileira

Pastor Roberto Silvado, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), na abertura da 95ª Assembleia

Noite Missionária: destaque para projeto de etnias e avanço

missionário no sul do Brasil

Pastor Fernando Brandão

Com Karim Hanna, jovem sírio ajudado pelo Projeto Etnias no Brasil

Diretores-executivos de Missões Nacionais e Mundiais

Momentos emocionantes com a União Feminina Missionária

Batista do Brasil

Erguendo o Evangelho de João, produzido por Missões Nacionais, a UFMBB se colocou à disposição para evangelizar Gramado - RS

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8 o jornal batista – domingo, 22/02/15 notícias do brasil batista

possível.O encerramento dessa mo-

vimentação, conhecida como “Verão da Jubame”, teve um encerramento em grande esti-lo. Todas as áreas se reuniram em um mesmo lugar para um grande culto, que agregou toda a Jubame, vários pastores e líderes das organizações da ABM. O culto superou nossas expectativas, de modo a en-frentarmos o melhor de todos

os problemas: faltou lugar para todos. Cada área trouxe uma participação especial e todos foram abençoados com uma poderosa mensagem da parte de Deus que encorajou a todos a seguirmos trabalhan-do em unidade.

O ano de 2015 começou muito bem. Outras ativida-des espirituais e sociais serão realizadas ainda. E queremos continuar neste mesmo ritmo: unidos, empolgados, louvan-do a Deus, pregando a Palavra e servindo às pessoas. Àqueles que já estiveram conosco, que permaneçamos unidos. Àque-les que ainda não chegaram, saibam que sempre vai ter es-paço para mais ceifeiros nesta seara. Como dizia o tema do verão: Vem comigo!

“Sextadoração” mobiliza jovens e adolescentes de São João de Meriti – RJ

Equipe Jubame

“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em Ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21).

O mês de janeiro movimentou os jovens e adoles-centes das Igrejas

Batistas de São João de Me-riti – RJ. A Juventude Batista Meritiense (Jubame) dividiu as Igrejas da cidade em sete áreas identificadas com cores específicas e, em cada uma delas, realizou três cultos com participações musicais, teatrais, de dança e a prega-ção da Palavra, tudo realiza-

do pelos jovens das Igrejas que fazem parte de cada área. Assim, durante três sex-tas-feiras, foram realizados 21 cultos espalhados pelo município; todos com con-siderável número de partici-pantes. Apesar da dificuldade em promover um evento no fim de uma sexta-feira de trabalho, a “Sextadoração” foi benção para todos os que estiveram presentes.

O envolvimento dos jovens e adolescentes, dos líderes de ju-ventude e dos pastores das Igre-jas e da direção da Associação Batista Meritiense (ABM), cujo presidente, pastor Roberlan Julião, e o secretário-executivo, irmão Elias Teophilo, estiveram presentes em todos os cultos da Sextadoração, foi fundamental para que os coordenadores de cada área desempenhassem seus trabalhos da melhor forma

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Confira algumas fotos da 95a Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) em Gramado - RJ

O evento foi realizado entre os dias 06 e 10 de fevereiro no Centro de Convenções Serra Park. Dentre as atividades das organizações, assuntos denominacionais e celebrações,

foram também eleitas as novas diretorias que atuarão no biênio 2015-2016.

Diretoria da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET)

Presidente - Vanedson Ximenes - Centro de Educação Teológica Batista do Espírito SantoVice-presidente - Claiton André Kunz - Faculdade Batista PioneiraPrimeiro secretário - Linaldo Guerra - Seminário Teológico Batista do Norte do BrasilSegundo secretário - Antônio Lazarini Neto - Faculdade Teologica Batista de CampinasExecutivo - Anderson Carlos Guimarães Cavalcanti - Seminário Teológico Batista em São Luís

Diretoria da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB)Presidente - Pastor Eber Silva - CB FluminensePrimeiro vice-presidente - Pastor Juracy Carlos Bahia - CB FluminenseSegundo vice-presidente - Pastor José Maria De Sousa - CB CariocaTerceiro vice-presidente - Pastor Salovi Bernardo Junior - CBESPPrimeira secretária - Pastora TeresinhaSegundo secretário - Pastor Marcelo Gomes Longo - CBESPTerceiro secretário - Pastor Bruno Augusto Seitz - CBRS

Diretoria da Associação de Músicos Batistas do Brasil (AMBB)Presidente - Ery Herdy Zanardi - CB FluminenseVice-presidente - Rubens Sérgio Dutra de Oliveira - CBESPPrimeiro secretário - Flávio Gonçalves Quirino - CBESPSegundo secretário - Anderson Costa - CB Fluminense

Diretoria da Convenção Batista Brasileira (CBB)Presidente - Vanderlei Batista Marins - CB FluminensePrimeiro vice-presidente - Eli Fernandes de Oliveira - CBESPSegundo vice-presidente - Josué Mello Salgado - CB Planalto CentralTerceiro vice-presidente - Nancy Gonçalves Dusilek - CB CariocaPrimeira secretária - Daisy Santos Correia de Oliveira - CB PernambucanaSegunda secretária - Damares Beatriz de Luna Rodrigues - CB PernambucanaTerceiro secretário - Edgard Barreto Antunes - CB FluminenseQuarta secretária - Jane Celia da Silva Rodrigues - CB Fluminense

Diretoria da União de Esposas de Pastores Batistas do Brasil (UEPBB)

Presidente - Cassia Virginia Guimarães Cavalcante - PEPrimeira vice-presidente - Ilka Mendonça dos Anjos Duarte - Flu-minenseSegunda vice-presidente - Vanda Redhed Martim - GOTerceira vice-presidente - Waltemira de Souza Nogueira - RSPrimeira secretária - Débora Silva Lins e Silva - SPSegunda secretária - Dayse Vespsiano de Assis - SEPrimeira tesoureira - Edna Barreto Antunes dos Santos - FluminenseSegunda tesoureira - Ailda Lima Lemos - SE

Diretoria da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB)

Presidente - Samya Vanessa Soares de Araújo - GOPrimeira vice-presidente - Mirian Vasconcelos Damasceno - SPSegundo vice-presidente - Manoel Vicente do Nascimento - ALPrimeira secretária - Eva Souza da Silva Evangelista - RJSegunda secretária - Maria Natividade - MATerceira secretária - Mônica Cristina Santos Torres - PE

Diretoria da Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB)

Presidente - Mario Jorge CastelaniPrimeiro vice-presidente - Pastor Walmir VieiraSegundo vice-presidente - Doutor Gézio Duarte MedradoPrimeira secretária - Rosimeire Conceição MarinhoSegundo secretário - Pastor Firmino CampeloDiretor-executivo - Professor Elon Macena

Diretoria da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB)

Presidente - Silas AlvesPrimeiro vice-presidente - Sirley Nunes do CoutoSegunda vice-presidente -Janete Sila G. de SantanaPrimeiro secretário - Miqueias Antonio dos SantosSegunda secretária - Iolanda Pinto LeãoConselheiro Espiritual - Pastor Noélio Duarte

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10 o jornal batista – domingo, 22/02/15 notícias do brasil batista

Márcia Leite Pinto, diaconisa da Primeira Igreja Batista de Niterói – RJ

“Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e flores-centes” (Sl 92.14).

No dia 22 de no-vembro de 2014 comemorou-se, com muita ale-

gria para familiares, amigos e Igreja, o centenário de nascimento do querido di-ácono Nelson Chrizostimo da Silva.

Nascido em 17 de no-vembro de 1914, em Santo Antônio de Pádua - RJ, fi-lho de Lúcio Chrizostimo e Ana de Paula e Silva, teve oito irmãos: Bento, Vicente, João, Joaquim, Álvaro, Ma-ria, Sebastiana e Dolores, com exceção dele e da irmã Dolores, todos já falecidos. Sua infância e juventude fo-ram na roça com trabalho na agricultura com os demais familiares. Em 1940 casou-se com a jovem Dorcina Mene-zes do Prado, lá mesmo em Pádua, com quem teve quatro

filhos; Oneuda, Orli, Nelson Filho e Cirlei. Dorcina, a es-posa com quem conviveu por quase 74 anos, faleceu em março de 2014. Além dos filhos, Deus lhe concedeu nove netos e sete bisnetos, genros e nora, sendo toda a sua descendência abençoada.

No início da década de 50, mudou-se para Niterói - RJ, onde converteu-se e foi bati-zado na Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ (PIBN) pelo pastor Manoel Avelino de Souza. Da PIBN saiu com um grupo para fundar a Primeira

Igreja Batista de Pendotiba - RJ, onde foi pastoreado pelo saudoso pastor Samuel de Souza, com quem trabalhou no Colégio Batista de Niterói - RJ por alguns anos. Na PIB de Pendotiba foi “Superinten-dente da Escola Dominical” - como era o nome do cargo na época -, dirigente de pontos de pregação, sendo que de um desses pontos de prega-ção foi criada a Segunda Igre-ja Batista de Pendotiba - RJ, da qual passou a ser membro fundador, atuava como visi-tador junto com o pastor José

Maria Tougeiro, fazendo um trabalho de assistência social junto à membresia, além de atuar na EBD e União de Trei-namento de Adultos.

Em 1970, retornou para a PIBN com sua família, onde serviu a Deus em vários se-tores onde era convocado e onde é diácono até os dias de hoje. Até aqui o ajudou o Senhor e por isso Nelson continua alegre. A Deus toda honra e toda glória, e o mui-to obrigado pelo dom da vida, gozada em abundância com a Graça do Pai.

Culto em ação de graças pelo centenário do diácono Nelson

Chrizostimo da Silva

O Lar da Criança, em seus 53 anos de existência, acolheu e foi o lar provisório de mais de 700 meninos e meninas. Muitos entraram pequenos e saíram adultos, outros per-maneceram menos tempo, mas, para todos, ficaram as lembranças das amizades e brincadeiras, de um tempo que marcou suas vidas.

E pensando em rever as pessoas que fizeram parte desta época tão especial, alguns ex-acolhidos do Lar, através do Facebook, lançaram a ideia da organização de um evento que promovesse o encontro de ex-acolhidos e ex-funcioná-rios (e seus familiares) do Lar da Criança. Assim nasceu o 1º Encontrão Henrique Liebich.

O evento acontecerá nos dias 01, 02 e 03 de maio de 2015, no Acampamento Batista Pioneiro, em Bozano - RS, com preleção do pastor Helmuth Matschulat, ex-diretor do Lar da Criança Henrique Liebich, além de diversas outras atrações, como gincana, mateada, noite da fogueira, noite dos talentos, visita ao Lar da Criança, programação especial para crianças e adolescentes, esporte e outros.

O período de inscrição é do dia 20 de novembro de 2014 até o dia 28 de fevereiro de 2015, no site larliebich.org.br.

A Comissão Organizadora convida a todos os ex-acolhi-dos e ex-funcionários (e seus familiares) do Lar da Criança para participarem deste momento que, certamente, será marcado por muita emoção e alegria.

Liane HartmannSecretária - 55-3332-1095/3333-3412

Lar da Criança Henrique Liebich - Sociedade Batista de Beneficência Tabea

1º Encontrão Henrique Liebich

Senhor Nelson, ladeado pelo casal, pastor José Laurindo Filho e sua esposa Loyde Laurindo; atrás, parte do corpo diaconal da PIBN O aniversariante ladeado por seu filho Nelson, nora e filhas

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Claudinei Godoi – missionário da JMM no Chile

Através dos anos, entendemos que a vida missionária é um constante dei-

xar, é chegar já planejando uma saída e sempre anteci-pando um “adeus”. Apren-demos a não segurar nada com muita força. Contudo, a separação de amigos e ir-mãos os quais aprendemos a amar ainda traz grandes implicações emocionais. Em-bora esteja pronto para um recomeço e aberto a novos compromissos, creio não es-tar pronto para a despedida.

Quando penso em “despe-dida”, logo me vem à mente o último discurso proferido por Paulo aos presbíteros de Éfeso, relatado em Atos 20.17-38. Por ser um discurso de despedida, é carregado de emoção, de demonstrações públicas de afeto, cheio de conselhos ternos nos quais Paulo expressa como nunca seu coração pastoral. O texto é rico em informações, contu-do, há um versículo que me chama a atenção: “Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra de sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados” (At 20.32).

Paulo está saindo de cena, sabe que seu tempo havia che-

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Fazer missões envol-ve várias partes dessa grande máquina cha-mada Missões Mun-

diais. E uma das peças essen-ciais ao funcionamento desta máquina é o missionário mo-bilizador, responsável pelo contato e relacionamento entre a JMM, igrejas e outras instituições da Convenção Batista Brasileira (CBB) ou de outras denominações.

A sede de Missões Mun-diais fica localizada no Rio de Janeiro, mas em cada re-gião do Brasil há, pelo me-nos, um mobilizador para co-nectar os crentes aos campos missionários. Acampamentos de Promotores e Pastores e os Congressos Conexão Missio-nária são dois grandes even-tos que ele ajuda a organizar e promover nesse sentido.

Uma das principais tarefas do mobilizador é o “desafio missionário”. Ele deve tirar as

gado ao fim e que sua partida era necessária e assegurada pelo Espírito. Tem a consciên-cia tranquila diante de Deus, já que teve um comportamento servil cujas principais carac-terísticas são a humildade e a consagração a Deus.

Durante mais de dois anos entre eles, Paulo havia ma-nifestado uma obediência completa ainda que sob o ris-co de morte e, agora, termi-nando seus dias ali, entrega--os aos cuidados do Senhor, que tem poder para dar-lhes crescimento espiritual e uma herança incorruptível.

Eu e minha esposa, a missio-nária Priscila Godoi, estamos saindo de Arica, no Chile, com

pessoas da situação de aco-modação e colocá-las para se moverem na direção certa, trazendo maiores resultados para o campo e para a igreja local. Seu principal investi-mento é em relacionamento. Sejam igrejas, associações ou convenções, todos devem ouvir o que nossos mobiliza-dores têm a dizer.

Para levar a igreja a se envolver plenamente com missões, nossos 21 mobi-lizadores têm informações preciosas de nossos mais de 1.500 missionários espalha-dos por cerca de 80 campos para compartilhar. Com eles, a igreja pode ainda conhecer um pouco mais sobre nossa sede, líderes e projetos.

O trabalho do missioná-rio mobilizador é intenso durante todo o ano. Afinal, precisamos anunciar que Je-sus Cristo está voltando. Há pessoas morrendo sem ouvir a voz de Deus. Nossa missão é urgente. E para divulgar nossas ações dentro do que

o sentimento de que ainda há muito a fazer em termos de evangelização e discipulado. Entretanto, cremos que Deus, o supremo pastor e dono das ovelhas, delas cuidará e lhes dará o crescimento necessário e, por fim, a vida eterna.

Por um breve tempo, o Senhor no-las confiou e nos ocupamos em nutrí-las, tanto publicamente, quanto pesso-almente. Por isso, cremos que, com as ferramentas adquiri-das, tenham elas mesmas, em Cristo, condições necessárias para levar o ministério que o Senhor lhes confiou e, assim, cumprirem sua vocação.

Louvamos a Deus por Lucy, Miguel, Jahel, Elias, Marie-

Deus está fazendo no mun-do, os mobilizadores contam com o Setor de Promoção da JMM e também com os promotores voluntários que estão nas igrejas. Eles ainda incentivam o Brasil a se in-formar sobre as necessidades dos povos, usando os mate-riais produzidos pela equipe de comunicação de Missões Mundiais. São revistas, site, vídeos, áudios, entre outras mídias que aproximam o Bra-sil da realidade missionária mundial.

É o mobilizador quem tam-bém cuida da visita de mis-sionários às igrejas, levando histórias reais e comoventes que farão com que pessoas de todo o país se engajem nesta missão. Você e sua igre-ja não podem ficar de fora do que Deus está fazendo no mundo. Procure hoje mesmo o missionário mobilizador de Missões Mundiais da sua região. Para saber o contato dele, escreva para [email protected].

la, Acsa, Elba, Elias, Rufos, Nathy, Silvana, Carlos, Saul, Daniel, Marcelo, Estevan, Cabele, Margareth e tantos outros que fizeram parte de nossas vidas e nos permitiram ser instrumentos de graça a fim de edificar suas vidas.

Ore pelos amigos e irmãos que deixaremos. Eles necessi-tam do Senhor e da Sua graça a fim de continuarem com âni-mo. Interceda também por um grande avivamento no Chile. O agnosticismo cresce no país, e um cristianismo por demais institucionalizado e fragmenta-do dificulta o avanço do Evan-gelho. Pequenas igrejas lutam para “sobreviver”, e há falta de pastores e missionários locais.

Estamos vivendo nossos últimos dias no deserto do Atacama e já nos preparan-do para dar início ao nosso período de promoção mis-sionária no Brasil. Durante aproximadamente três meses visitaremos igrejas e amigos e também nos preparando para uma mudança de campo, provavelmente Cuba.

A igreja de Cuba está vi-vendo dias de avivamento sem precedentes. Louve a Deus pelo grande avivamen-to que tem permeado o país e pelo crescimento explosi-vo das igrejas domésticas. Ore para que esta expansão continue.

A igreja cubana está respi-rando ares de maior liberda-de. Louve a Deus pelo abran-damento significativo das restrições e peça para que esta tendência continue. Ore para que esse relacionamento melhore cada vez mais.

Assim iniciamos mais um ano, e com ele vêm grandes mudanças e novos desafios. O desconhecido pode trazer receio e medo, mas devemos confiar que todas as coisas estão debaixo do governo de Deus. Para Ele, não há sorte nem casualidade, pois Ele mesmo faz com que todas as coisas caminhem segundo o conselho de Sua vontade e estejam ao serviço da reve-lação de Seus atributos. Siga-mos juntos nesta confiança.

Missionário mobilizador: conexão entre Igreja e JMM

Um novo recomeço

Pastor Fernando Leiros ajuda a coordenar a equipe de missionários mobilizadores da JMM

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12 o jornal batista – domingo, 22/02/15 notícias do brasil batista

Ronald Souza, pastor da Igreja Batista Marapendi - RJ

Co m p a r t i l h a r o Evangelho como Boa Nova muitas vezes é constran-

gedor quando convivemos de perto com as necessida-des das pessoas. A carência material é tão grande que cega a necessidade espi-ritual. Educadores orien-tam que, para ensinar algo a outra pessoa, é preciso conhecer a realidade em que o aprendiz vive, e de-senvolver o ensino a partir dela. Jesus ensinava dessa maneira: caminhou com excluídos, curou doentes, aproximou-se dos mal fala-dos, dialogou com os que nada tinham e também com os que tinham muito. A injustiça o enfurecia, a fé simples o entusiasmava. Hoje, a Igreja de Cristo é responsável por partilhar a Graça que dEle emana e

Adilson Nogueira de Rezende, pastor

A nossa história como Ba t i s ta s em Rio Novo do Sul - ES teve seu início no

ano de 1900. Naquela oca-sião, residia na então Vila de Rio Novo - ES, um servo de Deus por nome Manoel Joaquim Rocha; este irmão desempenhava a função de telegrafista. Embora afastado da Igreja Metodista, nunca esteve afastado de Deus, razão pelo qual convidou o irmão Francisco José da Silva, que era obreiro Batista em Vitória--ES, para realizar um trabalho evangélico na Vila de Rio Novo.

O senhor Manoel Joaquim Rocha e o irmão Francisco saíram pela vila convidando os moradores para compare-cerem ao salão do hotel do senhor Jacob Lucas, para o culto que seria realizado em adoração a Deus. Muitas pes-soas, dentre as que receberam o convite, foram ao salão do hotel e, estando ali, partici-param do culto onde foram entoados hinos de louvor a Deus; um destes hinos foi o de nº 116 do Cantor Cristão, “Desejo da Alma”.

Ao terminar o sermão, o irmão Francisco fez o apelo às pessoas presentes, para que recebessem a Jesus como seu Salvador pessoal. Foi nesta ocasião que o senhor Fernan-do Vianna Drummond se con-verteu a Jesus e levou o irmão Francisco José da Silva para se

ser sal e luz em um mundo escuro e sedento.

Há algum tempo, alguns cr is tãos plantaram uma agência do Reino de Deus na Comunidade do Terrei-rão, uma pequena Congre-gação Batista. Sua locali-zação geográfica revela-a como uma favela invisível, pois, cresce, há 30 anos, encurralada entre a praia e as casas e condomínios de luxo que avançam no bairro do Recreio dos Ban-deirantes, no Rio de Janeiro. Muitos moradores relatam não conhecer a existência dela, mas conhecendo-a, não manifestam grande in-teresse. Ali é desenvolvido o Projeto Gênesis, que tem como objetivo potencia-lizar o desenvolvimento de famílias de baixa renda com filhos de 0 a 6 anos. A equipe visita e acompanha essas famílias suprindo as necessidades emergenciais, orientando sobre direitos

hospedar em sua casa, o qual regressou à Vitória - ES logo após o término desta atividade evangelística.

Tendo voltado à Vila de Rio Novo, em 1901, para dar continuidade ao seu trabalho missionário, o pastor Francisco José da Silva batizou o então recém-convertido Fernando Vianna Drummond, a pedido deste.

Tão grande era a dedicação dos irmãos Manoel Joaquim Rocha e Fernando Vianna Drummond, que alugaram, eles próprios, uma casa de-fronte da estação, dando início assim a uma Escola Bíblica Dominical, o que possibilitou o prosseguimento das ativida-des de evangelização na Vila de Rio Novo.

Deus abençoou e, como fruto deste trabalho, outras pessoas se converteram a Cristo Jesus e, assim, em 18 de novembro de 1904 foi organizada a Igreja Batista na Vila de Rio Novo, tendo como membros fundadores,

humanos básicos, estrei-tando vínculos, vivendo, anunciando e encarnando a Boa Nova.

Deus surpreende envian-do reforços que incentivam na caminhada. Ações de gente comprometida com Deus que anima e sensibili-za a pequena equipe de tra-balho do Projeto. Gente que doa seu tempo, recursos e, sem perceber, transcende a própria ação, sustentando, avivando e mantendo o foco do trabalho. Gente que faz crer que o Reino de Deus é chegado, é possível.

Nos primeiros meses do ano de 2014 uma nova mo-radia foi entregue a uma fa-mília que vivia em situação de calamidade, doação de um empresário cristão que enxergou com os olhos de Deus a miséria que denigre a humanidade e insulta os céus. Em maio, um gru-po de líderes de New En-gland (EUA) veio conhecer,

os irmãos: Fernando Vianna Drummond, Altina Carolina Drummond, Luiz Barbosa Almeida, Ana Rosa Almeida, Laurindo Moreira, Marcelino Moreira, Suzana Rohr Moreira, Guilherme Wandermurem, Carlota Wandermurem, Mano-el Joaquim Rocha, Maria dos Prazeres Rocha, Januário Silva e João Francisco Moreira. Nes-te tempo, a Igreja esteve sob a orientação do pastor Francisco José da Silva, que de Vitória - ES vinha para celebrar a Ceia do Senhor e os batismos.

A primeira diretoria da Igreja esteve assim constituída: Fer-nando Drummond, diácono e tesoureiro; Luís Barbosa de Almeida, diácono e superin-tendente da Escola Bíblica Dominical; e Manoel Joaquim Rocha, secretário.

O irmão Fernando Vianna Drummond, continuou desen-volvendo uma grande ativida-de na área da evangelização; dedicava 15 dias mensalmente para as atividades da Igreja, enquanto sua esposa, a irmã

apoiar e somar ao trabalho do Projeto, promovendo encontro com as mulheres, inserindo-se na Comunida-de através da Associação de Moradores, intervindo com ações objetivas na creche e na praça, fazendo o povo sair de casa para ouvir a história de pessoas apa-rentemente tão diferentes, mas tão iguais na neces-sidade do amor de Deus. Em julho, profissionais da saúde do Tenessee (EUA) promoveram a Semana da Saúde, atendendo a comu-nidade com clínica médica, pediatria, oftalmologia e odontologia, além de par-tilhar com cada um a Boa Nova que nos torna filhos de Deus.

É a graça que renova, mo-tiva, aumenta a alegria em partilhar o Pai Nosso. É o Pai que envia o “Pão Nosso” de cada dia, Pão que já desceu do céu, que se encarna em cada cristão comprometido

Altina Carolina Drummond, cuidava dos negócios da famí-lia. O irmão Drummond rea-lizou a Obra de Deus, ainda que sobre o lombo de burros, alcançando todo o Vale de Rio Novo - ES.

Mais tarde, a Junta Estadual convidou o irmão Drummond para atuar como um dos seus evangelistas e o convite foi imediatamente aceito, tal era a sua dedicação ao Senhor. Ao regressar de uma de suas via-gens missionárias, encontrou o pastor Silva em Rio Novo. Já em sua casa, o pastor Silva o informou que a Igreja resolveu, em assembleia, consagrá-lo ao santo ministério e elegê-lo seu pastor. Mas, o irmão Drum-mond pediu um prazo de três meses para que ele pudesse decidir. Findo o mesmo, ele o aceitou. Aos dois dias do mês de agosto de 1908, o irmão Drummond foi consagrado ao ministério pastoral.

Na sua gestão foi adquirido um bom terreno, com duas casas, onde havia uma fábrica

em alimentar as multidões. São irmãos comprometidos que sentam à mesa do Pai Nosso e, voluntariamente, dispõem seus dons e talen-tos na contramão do mundo capitalista, que reconhecem a fome e sede da justiça de Deus, o Rei que escolhemos honrar e servir. Nossa ora-ção é que muitos outros se comprometam e sustentem, motivem, segurem a corda daqueles que optaram des-cer com a missão de levar as Boas Novas. Pois cuidar dos órfãos, das viúvas, dos pobres e dos estrangeiros, isto é, de pessoas em situ-ação de vulnerabilidade, não é opcional diante de Deus. “Assim diz o Senhor: administrem a justiça e o direito: livrem o explorado das mãos do opressor. Não oprimam nem maltratem o estrangeiro, o órfão ou a viúva; nem derramem san-gue inocente neste lugar” (Jr 22.3).

de cerveja e uma outra área onde seria construído mais tarde o primeiro templo dos Batistas em Rio Novo - ES. Reformada e adaptada uma das casas, tornou-se até 1918, a sede da Igreja.

Em 1918 teve inicio a cons-trução do primeiro templo Batista de Rio Novo - ES. Este templo foi utilizado até janeiro de 1953. Foram ad-quiridas, posteriormente, mais duas amplas áreas de terra, e em uma delas havia uma casa que foi reformada, para que fosse ocupada como residência pastoral por alguns anos. Todas as organizações necessárias ao desenvolvi-mento do trabalho Batista em Rio Novo - ES foram introdu-zidas pelo pastor Fernando Vianna Drummond.

Ao longo de 110 anos passa-ram por aqui os pastores: Ze-ferino Cardoso Neto; Achiles Barbosa; Alfredo Mignac; Luiz Barbosa de Almeida; Higino Teixeira de Souza; Plácido Moreira; Vitorino Moreira; Ma-riano Dourado; Isaias Batista; Manoel de Farias; João Morei-ra; Silas Riveli; Severino Belo; Edson Raposo Belchior; Darcy Gomes; Joás Maximo Oliveira e, atualmente, o pastor Adilson Nogueira de Rezende, tendo como auxiliar o Adriano Mi-randa, na Igreja sede. Já como líderes de Evangelismo e Mis-sões, os pastores: Silvio Gomes da Silva; eu (Adilson Nogueira de Rezende) até assumir como titular da Igreja IBRNS e, atu-almente, José Ricardo Souza Duarte.

Foi assim que tudo começou...

Primeiro TemploPastor Fernando Vianna Drummond

A missão de levar as Boas Novas

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 22/02/15ponto de vista

Denival Fernando Lopes, pastor da Primeira Igreja Batista em Itabirinha - MG

Foi convocada para estar com o Senhor, Josefa Rodrigues Mo-re i ra , membro da

Primeira Igreja Batista em Itabirinha - MG, há 52 anos, sendo batizada em 11 de agosto de 1962. Nasceu em 02 de junho de 1915, cres-ceu e casou-se com Amé-rico Moreira Bastos. Deste enlace matrimonial, teve a felicidade de ser mãe de 13

Anderson Resende Barbosa, pastor, membro da Primeira Igreja Batista em Brasil Novo - PA

Depois de muitos anos, fico ainda com o coração ape r t ado pe l a

perda do meu querido pai, principalmente quando che-ga o mês de janeiro e, es-pecificamente, no dia 25, quando completava aniver-sário, data que não passa batido, porque no mesmo dia do seu aniversario foi o dia do seu sepultamen-

filhos, os quais lhe deram 56 netos, 50 bisnetos e nove tataranetos.

Mulher simples, serena, humilde e muito estimada por todos e que deixa marcas de sua vida cristã. Despedi-mo-nos dessa grande serva de Deus, guerreira e sempre alegre aos 99 anos. Todos desejavam muito que ela se recuperasse da enfermidade para que comemorássemos no dia 02 de junho de 2015 o seu centésimo aniversá-rio, entretanto, aprovou a Deus chamá-la no dia 04

to, quando completaria 47 anos. Se estivesse vivo faria 62 anos. Mas, aos 47, en-cerrou a contagem do dia que nasceu e eu iniciei uma contagem do dia em que morreu.

Há 15 anos sem meu pai, o que dizer? O que fazer quando não se tem mais um pai para dar presente, abraçar e desejar um feliz aniversário e Feliz Dia dos Pais? Fiquei pensando sobre isso, porque não tenho mais meu pai e como desejaria tê-lo para dizer “Pai, eu te amo!”. Mas para quem não

de novembro de 2014 para estar junto a Ele na cidade celestial. “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Se-nhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Quem primei-ro lhe deu, para que ele o recompensasse? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém!” (Rm 11.33-36).

tem mais o pai, só resta lem-branças. Lembranças de um homem que me fez feliz, trabalhou duro para que eu pudesse reconhecer o seu valor e, principalmente, sen-tir sua falta.

Um homem que em meio a muitas dificuldades soube criar seus filhos e ensiná-los valores que os daria condi-ções de viver nesse mundo sem ter que se envergonhar, embora muitas das vezes não tenha seguido todos os seus conselhos. Um ho-mem que trabalhava de sol a sol para colocar o alimento

dentro de casa, um homem que enquanto viveu ensinou aos seus filhos a Palavra de Deus.

Uma história sofrida de al-guém que foi criado em um regime cruel sem diálogo, sem conversa, sem carinho. Alguém que quando con-tava sua história chorava. Estudou três anos que, para um homem da roça que trabalhava com lavouras de café e roçados, foi bastan-te. Alguém que vestiu sua primeira calça comprida feita de pano de saco de açúcar aos 17 anos, jovem

que nunca soube o que era brincar, que até mesmo de-pois de casado estava preso ao sistema rígido do pai. Al-guém que teve que terminar de criar os irmãos porque o pai depois de desistir da esposa, também desistiu dos filhos mais novos. Uma história triste do meu pai que ouvi muitas vezes e que dizia que isso não se repeti-ria com seus filhos. Um le-gado “Nunca diga que não sabe fazer uma coisa sem primeiro tentar fazer por vá-rias vezes” - Juracy Siqueira Barbosa (in memorian).

Um homem, uma história, um legado

Josefa Rodrigues Moreira

convicção

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14 o jornal batista – domingo, 22/02/15 ponto de vista

“Na velhice ainda darão fru-tos, serão viçosos e verde-jantes, para proclamar que o Senhor é Justo. Ele é minha rocha, e nele não há injustiça” (Sl 92.14-15).

Saber envelhecer é uma arte. Ao nascermos, ini-ciamos o processo de envelhecimento e mor-

te. E esse é o processo natural da vida. Sabemos que nem todos chegam lá. No Brasil, a expectativa de vida aumenta a cada época. Significa dizer que as pessoas estão vivendo mais em função de informa-ções, da ciência, da geriatria, da alimentação, dos exercícios físicos, programas de saúde da terceira idade enfatizando a prevenção, o trabalho e a vida em comunidade, como terapias. Algumas empresas têm dado oportunidades para os idosos nos seus quadros. Os relacionamentos saudá-veis são muito importantes, especialmente na fase do en-velhecimento. Infelizmente, no Brasil não temos dado ao idoso o valor que ele possui. Precisamos fazer a inclusão com mais eficácia.

Reconhecer suas limitações físicas e a potencialidade da sua experiência no Senhor são atitudes do idoso sábio,

É comum ouvir pastores com esta preocupação ao buscarem alcançar os objetivos para o

seu ministério em uma igreja. Não há dúvidas que cada um de nós, líderes, deseja contri-buir para o desenvolvimento do trabalho que temos diante de nós, seja em uma igreja, seja em uma instituição de-nominacional.

Considerando a natureza do nosso ministério, o que poderíamos pensar na busca de respostas para esta per-gunta? Será que deixar a mi-nha marca em um pastorado seria comprar um imóvel, construir um templo ou edi-fício de educação religiosa? Seria buscar o crescimento numérico da igreja, aumentar a sua arrecadação? Ou mes-mo desenvolver um volume de atividades, programas e eventos que possam manter as ovelhas em movimento?

Certamente, vemos muito movimento, mas será que

aquele que conhece a Cristo, que confia na Sua suficiência. É verdade, também, que se exercitar faz muito bem ao corpo, à saúde. A caminhada e alguns exercícios específicos são de grande valor para essa faixa etária. Não dá para colo-car o pijama. É preciso usar o macacão, a roupa de trabalho. Nos países desenvolvidos, há muitos executivos idosos que tomam assento nas cadeiras dos Conselhos de Administra-ção das companhias. Homens experientes vendem sua capa-cidade de discernimento, de visibilidade e orientações em função de sua carreira profis-sional.

Saber envelhecer é ser grato a Deus pela vida, saúde, fa-mília, pelos amigos e irmãos. A gratidão é um componente saudável na vida do idoso. Agradecer a Deus é reconhe-cer que toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm dEle e que nEle não há sombra de variação, como diz Tiago 1.17. A gratidão retarda a ve-lhice e enternece o coração. Deus se agrada de um coração agradecido. Não foi à toa que Jesus, depois de ter curado dez leprosos, constatou que só um voltou para agradecer. Os Sal-mos estão cheios de gratidão a Deus por quem Ele é e pelo

tem havido muito desloca-mento? Muita coisa tem sido feita, mas onde está a igreja como comunidade terapêu-tica, ensinadora, cuidadora? Onde podemos ver a função profética da igreja em rela-ção a este mundo perverso e corrompido, atuando como sal e luz? Onde está a igreja como voz de Deus neste mundo, além da proclama-ção de que Jesus salva? Se mudássemos a sede da nossa igreja de onde estamos para outra cidade ou, até mesmo, outra rua, faria falta no seu entorno, mesmo cumprindo todos aqueles itens que men-cionamos no início deste artigo?

Então, qual referência segu-ra poderemos ter para pensar nas marcas que vamos deixar em nosso ministério?

Penso que a referência primeira para isso é a com-preensão sobre a finalidade para a qual fomos criados e a finalidade da existência da

que faz. Mas há muitos que são ingratos e murmuradores, pois “O dia do benefício é a véspera da ingratidão”.

Além de ser grato, o idoso deve viver pela fé, de acordo com Habacuque 2.4 e Roma-nos 1.17. A fé renova a mente, revigora o coração e equilibra as emoções. Acima de tudo, agrada a Deus, segundo He-breus 11.6. A fé na vida do idoso o torna útil, frutífero e proativo. Ele traz positividade e generosidade. A fé renova as forças, amplia a visão e torna o idoso ativo na família, igreja e sociedade. A fé produz confiança e esperança. A fé torna o idoso mais corajoso e dependente de Deus Pai. Ele vê o invisível, crê na Palavra de Deus, confia na fidelidade de Deus.

A gratidão e a fé levam o idoso ao serviço amoroso. Jesus nos ensinou a servir. Ele mesmo é o modelo de ser-vo, como exemplifica Mateus 20.28. Pedro ordena “Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons administradores ou despenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pe 4.10). Como é saudável servir! O trabalho voluntário é uma benção especialmente na ter-ceira idade. O serviço moroso

própria igreja (sua missão). Como nossa marca poderá contribuir para estas finali-dades?

Neste sentido, poderemos encontrar respostas a partir de uma análise mais pro-funda da conhecida Grande Comissão, em que, ao longo da história, temos focalizado o ide como imperativo, mas que, na realidade, uma boa e profunda exegese demonstra que o IR é um movimento natural da vida, o impera-tivo está mesmo no verbo perifrástico fazer discípulos. Então, a Grande Comissão para aqueles que, depois de convertidos, estão indo viver a vida é fazer discípulos, isto é, fazer imitadores, como diz I Coríntios 11.1. É fazer trans-fusão de vivencial, é trans-mitir não só conhecimento, mas, por meio de modelos exemplares, transformar vi-das que serão, como resul-tado, vidas transformadoras, segundo II Timóteo 2.1-2.

é aquele que é exercido com o caráter de Cristo Jesus. O salmista nos ensina a “Servir com alegria e nos apresentar-mos ao Senhor com cânticos” (Sl 100.1-2).

Então, a gratidão, a fé, o ser-viço amoroso nos conduzem a alegria. Devemos servir ao Senhor com alegria. Paulo nos ensina a nos alegrarmos nEle, como relata Filipenses 4.4. “A alegria do Senhor é a nossa for-ça” (Ne 8.10). A nossa alegria está no Senhor, independente de circunstancias. Paulo e Silas estavam presos, mas alegres. A alegria é a música da alma satisfeita em Deus. Graças a Deus pela alegria. Diz a Pa-lavra, que “O coração alegre aformoseia ou embeleza o ros-to, mas o espírito se abate pela dor do coração” (Pv 15.13). Alegrar-se no Senhor significa estar em sintonia com Ele no Espírito Santo.

Por último, saber envelhe-cer significa louvar a Deus, nosso Pai. Os salmos estão repletos de louvor. Devemos louvar, engrandecer, exaltar o Senhor em todo o tempo. O seu louvor deve estar sempre nos nossos lábios. Louvá-lo pela criação, salvação, provi-são, proteção e segurança em Cristo Jesus. Louvá-lo, acima de tudo, por Seu amor incom-

Fazer discípulos é levar pes-soas a copiarem a nossa vida, nossas reações, mesmo em situações de conflito, de cri-se. Isto é muito mais difícil do que criar estruturas, pro-gramas e eventos na igreja, pois requer que cada um de nós tenha uma vida exemplar aos pés do Mestre dos mes-tres. Mas, seja como for, é a Grande Comissão de Jesus.

Ainda mais, é necessário compreender que a finalida-de da igreja (missão da igreja) é muito mais do que pregar o Evangelho e levar as pessoas à conversão. Devemos per-guntar para que as pessoas são salvas, só para ganhar o céu? Ou muito mais do que isso? Quando nos tornamos novas criaturas diante de Deus somos reposicionadas na ordem das coisas criadas antes da queda, reconquis-tando a finalidade para qual fomos criados, ou seja, para vivermos em harmonia e co-munhão com Deus, consigo

parável, insubstituível e imen-surável. Que grande amor, excelso amor com que Ele nos amou em Cristo Jesus antes dos tempos eternos. Nada e ninguém poderá nos separar do Seu amor, que está em Cristo Jesus, como fala Roma-nos 8.38-39. A nossa perfeita segurança está nEle. O Seu amor em nós lança fora todo o medo, como está escrito em I João 4.18.

Saber envelhecer, que ben-ção, paz e harmonia interior. Aguardar com confiança e esperança o Seu chamado. Nele somos satisfeitos, com-pletos e mais que vencedores. É Ele que dá força ao cansa-do e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os que esperam no Senhor terão suas forças renovadas a cada dia, segundo o que diz Isaías 40.29;31. Aqueles que estão no Senhor não olham a eternidade pela perspecti-va do tempo, do passageiro, mas veem o tempo pela ótica da eternidade. Já estamos na eternidade com Ele. É uma questão de tempo. Devemos remir o tempo, de acordo a Pa-lavra em Efésios 5.16. Vivamos para a glória dAquele que nos ama com um amor furioso em Cristo Jesus, nosso Salvador e Senhor.

mesmas, com o próximo e com a natureza (que os teó-logos chamam de “viver para a glória de Deus”).

Uma pessoa nestas con-dições, vivendo o cristalino Evangelho a cada instante de sua vida, terá a motivação ne-cessária para o envolvimento na pregação, no testemunho, no trabalho na igreja, em uma vida devocional, de ora-ção: participará com alegria do sustento da obra. Tudo isso como resultado do seu relacionamento com Deus, em vez de ser como atos meritórios que conquistam a graça de Deus (bem ao sabor da doutrina católica da penitência).

Colega pastor, você quer deixar uma marca perma-nente em sua igreja? Que tal mobilizar a igreja a cumprir a Grande Comissão como ela é, tendo uma igreja discipu-ladora e transformadora de vidas? Isto é uma marca que permanece.

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Saber envelhecer

Que marca vou deixar no meu

pastorado?

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