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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 30 Domingo, 28.07.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 O escritor batista Rogério Araújo, jornalista, diácono e ministro de comunicação da Igreja Batista de Neves (São Gonçalo, RJ), conquistou uma importante colocação no Festival de Contos do Rio de Janeiro, promovido pela Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas (pág. 10). Escritor batista recebe prêmio O Piauí foi apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o estado com o menor percentual de evangélicos do país, no último Censo. Movidos pela paixão pelas almas, batistas de 19 estados e da capital federal, além de um grupo formado por 16 norte-americanos do Alabama, se mobilizaram para mudar esta realidade (pág. 7). Colheita abundante durante a Trans Piauí PIB do Carpina celebra servindo ao Senhor 90 anos A Primeira Igreja Batista do Carpina (PE), dirigida pelos pastores Baruch da Silva Bento e Jose Carlos de Oliveira Lima, celebrou o 90º aniversário de organização com cultos de louvor e adoração. Repleta de grandes acontecimentos, sua história está marcada por lutas, vitórias e louvor, com vários homens e mulheres servos de Deus (págs. 8 e 9).

Jornal Batista - 30

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Leia o Jornal Batista desta semana - 28/07/2013.

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1o jornal batista – domingo, 28/07/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 30 Domingo, 28.07.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

O escritor batista Rogério Araújo, jornalista, diácono e ministro de comunicação da Igreja Batista de Neves (São Gonçalo, RJ), conquistou uma importante colocação no Festival de Contos do Rio de Janeiro, promovido pela Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas (pág. 10).

Escritor batista recebe prêmio

O Piauí foi apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o estado com o menor percentual de evangélicos do país, no último Censo. Movidos pela paixão pelas almas, batistas de 19 estados e da capital federal, além de um grupo formado por 16 norte-americanos do Alabama, se mobilizaram para mudar esta realidade (pág. 7).

Colheita abundante durante a Trans Piauí

PIB do Carpina celebra

servindo ao Senhor90 anos

A Primeira Igreja Batista do Carpina (PE), dirigida pelos pastores Baruch da Silva Bento e Jose Carlos de Oliveira Lima, celebrou o 90º aniversário de organização com cultos de louvor e adoração. Repleta de grandes acontecimentos, sua história está marcada por lutas, vitórias e louvor, com vários homens e mulheres servos de Deus (págs. 8 e 9).

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2 o jornal batista – domingo, 28/07/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Com muita alegria!

• Quero, inicialmente, parabenizar O Jornal Ba-tista pela edição de 30 de junho/2013. Reflexão sobre a “Teologia das manifestações populares” anunciada desde a capa mostra a preocupação deste jornal com as atitudes de nosso país, especialmen-te dos jovens batistas que se destacaram nos protestos de rua contra o desleixo dos políticos no que diz respeito às áreas mais importantes para a vida do povo na nossa sociedade: saúde, educação, transporte e segurança.

A importância das obras paralelamente à fé, sublinha-da no artigo do Pr. Alfredo Neves Brum, lembra que a fé sem obras é omissão, pe-cado das autoridades que se assustaram com o protesto dos jovens num retorno ao protestantismo do século XVI. Lutero queria purificar a Igreja da corrupção reinan-te, distanciada dos princí-pios cristãos. Tanto no Velho como no Antigo Testamento são encontradas chamadas à luta contra a opressão. Gostei do pronunciamento de Isaías, citado no Editorial: “Apren-da a fazer o bem, busque a sabedoria, acabem com a opressão”.

Quero, ainda nesta opor-tunidade elogiar a excelente matéria de Rollando de Nas-

sau na sua já tradicional e brilhante coluna sobre o CD dos 90 anos da Capunga, região influente na cidade do Recife. Trata-se de “im-portante documento artísti-co espiritual”. Ficamos com vontade de ouvir todo o CD, pois traz itens magistrais os quais certamente irão deliciar os ouvidos dos que amam a boa música. O crítico RN cita Bernanrd Holland quan-do afirma: “a arte religiosa opera sob o princípio de que Deus quer o melhor”. É o que já vem ocorrendo no meio evangélico.

Quanto à última matéria do número citado do jornal, à página 15, do Pr. Alex Oli-

veira, não concordei com os argumentos levantados pelo autor para justificar seus pontos de vista sobre o título “Pastorado feminino, sim ou não”. Destoou das demais páginas que continham uma posição corajosa e de van-guarda assumida por esse importante veículo de comu-nicação batista.

Lêda MainhardMembro da IB Itacuruçá, RJCoordenadora da MCA/ITA

“Pastorado Feminino,sim ou não?” (OJB 26)

• Percebo que a sã dou-trina e a teologia liberal são

irreconciliáveis, por isso, o leitor Rafael Duarte não compreende a argumen-tação do Pr. Alex Oliveira contrária ao pastorado fe-minino, antes deposita na ascensão de mulheres ao pastorado a esperança para “oxigenar” nossa liderança, como ele mesmo escreveu nesta sessão em OJB de 14/07/13.

A l ide rança chamada pelo leitor Rafael Duarte de “arcaica, retrógrada” merece respeito e conside-ração. Aliás, o jovem Pr. Alex não faz parte desta liderança denominacional e nem mesmo é membro de qualquer família tra-dicional na denominação batista. É um jovem con-vertido da idolatria católica ao Evangelho de Cristo, vocacionado para o Mi-nistério Pastoral, formado em Teologia e aprovado em Concílio Pastoral com voto de louvor. Ele tem liderado um excepcional trabalho de evangelização entre encarcerados, sendo ele mesmo o visionário lí-der da Congregação Batista da Liberdade, organizada na Penitenciária Floramar pela Primeira Igreja Batista em Divinópolis, MG.

Tarcísio Farias GuimarãesPastor Titular da PIB em

Divinópolis, MG

O país passa por u m m o m e n t o de grandes mu-danças políticas,

uma renovação de concei-tos e novas posturas perante as políticas públicas. Todos os evangélicos podem apro-veitar o movimento de refle-xão e rever suas condutas cristãs. Muitos tem usado ideias mundanas para reger suas vidas, deixando de lado o que diz Deus em sua Palavra. A Bíblia deve ser sempre a regra de conduta

daqueles que chamam de cristão.

Os passos do cristão deve ter como direção os passos do próprio Senhor Jesus. Em seu pouco tempo de minis-tério na Terra Jesus ensinou como cuidar dos necessita-dos, a não aceitar a corrup-ção, a ser humilde mesmo sendo grande, entre muitos. “O Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta deste o agrada; ain-da que tropece, não cairá, pois o Senhor o toma pela

mão” (Salmos 37.23-24). Se dedicar à Palavra de Deus é desejar ter a conduta de um verdadeiro cristão.

Muitos que se dizem cristão tem atitudes mundanas, mas não as consideram mundanas. Isso porque não condizem com o que é ensinado por Deus na Bíblia, mas condizem sim com pessoas deste mun-do, por tanto, mundanas. São atitudes que vão de encontro com os prazeres deste mundo, pessoas estas que ao invés de ter prazer em Deus, encon-

tram prazeres próprios deste mundo. O pior destes é que acreditam fazer o que é certo.

Caro leitor, revejam suas condutas para seu próprio crescimento. Busque na Bí-blia as verdadeiras atitudes de um cristão. Busque em Deus o que certo e o que é errado. Viva o verdadeiro evangelho. E tenha sempre prazer na lei do Senhor e vi-vam o que diz em Romanos 7.22: “Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus”. (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 28/07/13reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

O culto que pres-tamos a Deus há que ser solene. Mesmo com ritu-

al descontraído, o culto em si não prescinde da solenidade. O ambiente, a postura dos adoradores, a apresentação do dirigente ou ministrante, especialmente deste, há que oferecer aos presentes atitude de respeito ante a presença santíssima de Deus. A Bíblia recomenda-nos respeito às coisas sagradas e responsabi-lidade ao prestarmos cultos.

Quando Moisés foi ao en-contro de Deus para desven-dar o mistério da sarça que ardia, mas não se consumia, ouviu do Senhor a ordem: “Tira os teus sapatos de teus pés, porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Ex 3.5). Ainda hoje ao adentrar uma mesquita o visitante é convi-dado a tirar os sapatos. Em-bora não seja costume dos cristãos tais práticas ao entrar no templo, há que ocorrer respeito ao prestarmos culto. O escritor de Eclesiastes re-comenda: “Guarda o teu pé quando entrares na casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir

do que oferecer sacrifícios...” (5.1). Não menos contunden-te é a declaração de Habacu-que 2.20: “Mas o Senhor está no seu santo templo: cale-se diante dele toda a terra”.

Em o Novo Testamento te-mos a ação de Jesus ao expul-sar do templo os vendilhões. A conclusão do Mestre é apa-vorante e há que servir de avi-so a todos os adoradores em todos os tempos: “Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda” (Jo 2.16). Tão impressionante foi o ato praticado por Jesus, que os discípulos apavorados lem-braram a expressão do Salmo 69.9: “O zelo da tua casa me devorará”. Hoje estamos sen-do devorados não pelo zelo da casa do Senhor, mas sim por sua banalização.

Mesmo admitindo que na atualidade a onda de moder-nidade roubou dos salvos a reverência, o culto há que se manter solene. Nada justifica a banalização, a improvisa-ção, o descuido com as vestes e aparência dos que minis-tram no templo. Um mínimo de solenidade se requer dos responsáveis pelo culto.

Alguns atos do culto, por si só, são solenes. A Ceia do Senhor exige do celebran-te atitude e comportamento que convide o povo à refle-xão. Ao exame introspectivo, pois o próprio texto bíblico, I Coríntios 11.28, assim o exige. Difícil a introspecção com participantes trocando cálice, pessoas se movimen-tando, grupos de coreografia dançando ao redor da mesa, uvas sendo distribuídas aos não salvos. Celebrante de bermuda e camiseta do time preferido, que nem sempre é o da congregação. O momen-to da Ceia não oferece lugar a espetáculo circense. Claro que a responsabilidade maior é do líder, não dos liderados.

O batismo é outro ato do culto que requer de todos, inclusive do celebrante, re-verencia. O batizando testifi-ca, mediante o batismo, que morreu para o pecado e agora vive nova vida em Cristo. O batismo oferece aos presentes profunda reflexão e o meditar que os nossos pecados foram perdoados em Cristo. Deve gerar no coração do não salvo o desejo de aceitar a Cristo,

como Salvador, e ter a mesma experiência. A pessoa que se submete ao batismo passa a integrar a igreja, que o recebe com profunda alegria. Não é hora de piadas, palmas ou brincadeiras com o candidato. A solenidade exigida para o ato envolve o ministrante, o candidato, a congregação e o testemunho público aos não salvos.

Há poucos dias um pas-tor resolveu fazer gracinha ao batizar um adolescente. Antes da invocação da Trin-dade, disse ao menino que tremia dentro da água fria: “Se for corinthiano te afogo”. A congregação estupefata não entendeu a brincadeira perniciosa do pastor. Muitos ficaram escandalizados com tal agir. Desnecessária a atitu-de pastoral em momento tão solene. Não por agir contra o Corinthians, mesmo que fosse outro time qualquer, a piada descaracterizou a solenidade. Não se mistura futebol com batistério. Mas, como a boca fala do que o existe no coração, o nobre ministro não conseguiu se libertar do jogo da tarde. Não

sei se o Corinthians ganhou ou perdeu. Sei apenas que o nobre colega manchou o ministério. Ele não foi aluno do meu ilustre professor de História Eclesiástica, que recomendava aos alunos: “Pastor que se preza e zela pelo ministério que lhe foi confiado, jamais torcerá pu-blicamente, especialmente ante as ovelhas, por qualquer time”. A preferência do pas-tor e seu comprometimento é com Jesus, que recomendou batizar e jamais afogar os novos salvos.

A banalização do culto em nome de suposta moderni-dade gera a degradação da solenidade inerente à ver-dadeira adoração. Podemos ser modernos sem jamais cair na vulgaridade. O ser vulgar não se coaduna com a solenidade que determinados atos do culto requerem. Que o digam as vestes, a postura solene dos ministros e juízes ao prolatar seus veredictos nas ações que julgam. Não se afoga corinthiano no batis-tério, nem torcedor de outro time qualquer.www.pastorjuliosanches.org

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4 o jornal batista – domingo, 28/07/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A alegria dos humildes

reflexão

No Salmo 34, Davi descreveu as ma-neiras usadas pelo Senhor para aju-

dar os que sofrem, por causa das maldades do mundo. Referindo-se aos humildes, diz o Salmista: “Em Jeová se gloriará a minha alma; ouvi-rão os humildes e se alegra-rão” (Salmo 34.2).

Há aqueles que nasceram desprovidos de qualidades básicas e vivem humilde-mente. Há pessoas altamente dotadas que, entretanto, são invejadas e humilhadas pela sociedade. E há indivíduos que não ligam para o reco-nhecimento dos outros e, apesar de suas habilidades fora do comum, preferem um tipo de vida recatado e humilde.

Davi encontrou um bom caminho para todos os hu-

mildes e humilhados: Jeová. Ao reconhecer que “minha alma se gloriará em Jeová”, o Salmista revelou-nos a solu-ção bíblica. Porque, ao viver em comunhão com o Se-nhor, humilde nenhum terá o que temer. A atitude do Salmista é reforçada por Tia-go, séculos depois – quando o Senhor nos dá sabedoria, Ele “não lança em rosto”. O Senhor fez da humildade um dos instrumentos para a realização da Sua obra – por isso, Cristo se humilhou, para descer até nós e nos encontrar. É na dignidade desta humilhação que se baseia nossa restauração. Nossa glorificação. Nossa alegria. Por isso, quando aprendemos a nos gloriar em Jeová, nossa humildade é substituída pela alegria. A alegria dos humildes.

Abmael Araujo Dias FilhoPastor de Educação Cristã da PIBA

Recentemente recebi notícias que alguns amigos receberam o triste diagnóstico

que entrariam numa luta de vida e morte com uma doen-ça que assusta a todos. Tris-teza. Perplexidade. Angústia. Fé. Esperança. Tantos sen-timentos e tantas emoções contraditórias. Juntando a isso, percebo que já não sou o jovem e saudável como antes. Assim, também, vem junto um profundo sentimen-to de finitude.

Por isso, recentemente, me debrucei sobre o texto de Mateus 6.25-34. Deparei-me com uma realidade de que o que nos aflige hoje, fre-quentemente, não são mais a comida ou roupa. Com uma melhora no padrão de vida

do brasileiro, podemos dizer que as angústias mudaram. O que não mudou e não mudará, é a necessidade do descanso em Deus.

Assim, a ênfase que pode-mos dar, nestes tempos de “prosperidade” econômica, é à pergunta de Jesus: “Quem pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” Em ou-tras palavras a nossa angústia hoje diz respeito à nossa vida.

Confesso que essa pergunta de Jesus me trouxe descanso. Por mais que me angustie, não morrerei nem antes nem depois do tempo estipulado por Deus. Sei que essa é uma questão polêmica. Mas Jesus nos ajuda a redimensionar essa nossa angústia. Não po-derei aumentar os meus dias de vida, o que posso fazer é melhorar a qualidade deles.

Portanto, um diagnóstico não é um atestado de óbito.

Falo isso com a certeza de que não tenho como me-dir a angústia desses meus amigos e de suas famílias. Porém, falo com a certeza pedindo que eles não se desanimem. Lutem pelos seus tratamentos. Avaliem as suas prioridades. Como disse um poeta, tenham mais angústias reais do que imaginárias (confesso que sou perito nas imaginárias). Façam aquilo para o qual Deus os chamou. E, sem dúvida, é necessário lutar para obedecer a ordem de Jesus neste texto: Não se preocupem. É difícil, sim! Mas é libertador.

Ao final, orarei para que Deus fortaleça os meus ami-gos e que os casos deles en-trem para o índice daqueles que tiveram a remissão do seu câncer.

Maranata: “Ora vem, Se-nhor Jesus!”

Celson P. VargasPastor IB Monte Moriá V. Redonda

“O Senhor, pois, tornou a chamar a Samuel terceira vez, e ele se levantou, e foi a Eli, e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Então entendeu Eli que o Senhor chamava o jovem” (I Samuel 3.8).

O jovem Samuel consagrado por seus pais para ser-vir ao Senhor, foi

morar com o sacerdote Eli no templo de Jerusalém. Certa noite aconteceu que o Senhor Deus iniciou o processo que o comissionaria para seu minis-tério profético. Samuel ouviu por três vezes a voz do Senhor o chamando durante seu sono, mas entendia que era Eli quem o chamava, quando na verda-

de era o Senhor. Samuel por três vezes não reconheceu a voz de Deus.

Aplicando isto, a nós deste tempo, veremos que também muitas vezes demoramos em reconhecer a voz do Senhor nos chamando. Isto pode nos acontecer:

Quando confundimos a voz de Deus com outras vozesSamuel por estar habituado

a ouvir a voz de Eli, confun-diu a voz do Senhor com a do sacerdote. Também conosco pode estar acontecendo isto, quando o Senhor nos esteja chamando para uma vida de consagração a Ele e a serviço de seu reino, e nós estejamos entendendo que sejam vozes que rotineiramente nos con-vocam, tais como:

Líderes espirituais: que po-dem estar nos chamando

meramente para sermos re-ligiosos ou até mesmo para servi-los ou nos apresentando um deus que atenda nossas necessidades emocionais, físicas ou materiais, e não o Deus que nos chama ao arrependimento de nossos pecados para então curar nossas almas e nos selar para a vida eterna.

Líderes seculares: aqueles que nos chefiam funcional-mente, que se revestem de tamanho poder, para assim se tornarem como a voz de um deus. Podemos estar confun-dindo suas vozes com a de Deus nos chamando para a Ele nos consagrarmos.

Líderes domésticos: são os que exercem grande influên-cia sobre nosso viver diário. Pode ser um esposo(a), pa-rentes, amigos que estejam nos impedindo de atender

ao chamado de Jesus para segui-lo, podendo ainda ser a televisão, o fogão, a cerveja, o cansaço ou até mesmo sua tradição religiosa. Quantas vezes isto já pode ter nos im-pedido de atender o chama-do de Deus para nos salvar em Jesus?

Quando imaginamos já ter atendido ao Senhor

Samuel talvez assim pen-sasse, pois foi levado para servir no templo por seus pais, mas na verdade ainda não O conhecia, como diz a Bíblia: “Porém Samuel ainda não conhecia ao Senhor, e ainda não lhe tinha sido manifestada a palavra do Senhor” (I Sm 3.7).

Assim pode ser conosco, por termos sido levados a uma tradição religiosa que não nos ensine a conhecer

a voz de Deus, então, Ele por muitas vezes nos esteja chamando para conhecê-lo através de Jesus, e nós con-tinuamos atendendo a cha-mada de nossa religiosidade. Rituais ou práticas religiosas ou obras, não nos leva a co-nhecer a voz de Deus. Jesus, sim, porque Ele é a revelação plena de Deus para os ho-mens, Ele é o próprio Deus encarnado para nos salvar. “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30).

Concluindo, somos con-vidados a refletirmos sobre tudo isto e humildemente verificarmos se também não estamos confundindo a voz de Deus. Nunca é tarde para enfim reconhecermos a Sua voz, e prontamente, como fez Samuel, respondê-lo: “Fala, porque o teu servo te ouve” (I Sm 3.10).

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5o jornal batista – domingo, 28/07/13reflexão

Pr. Rodrigo Odney

Desde o início da criação Deus de-legou aos homens a responsabilidade

de cultivar e guardar o que em suas mãos foi confiado. A narrativa bíblica diz: “E tomou o Senhor Deus o ho-mem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guar-dar” (Gênesis 2.15). Foi Deus quem estabeleceu ao homem a responsabilidade de lavrar e guardar, e, assim o foi, antes da queda. Ou seja, o pecado inexistia na natureza humana, bem como toda a criação ainda não havia sofrido as consequências da rebelião do primeiro homem.

Ponderar esses fatos históri-cos é de valor incomensurável para nós homens cristãos do século XXI. O nosso tempo não é o mesmo de Adão,

Pr.Vilmar PaulichenPIB Indaiatuba, SP

“...eu, Daniel, compreendi pelas Escrituras, conforme a Palavra do Senhor, dada ao profeta Jeremias, que a deso-lação de Jerusalém iria durar setenta anos. Por isso me vol-tei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza” (Daniel 9.2,3).

Quando existe al-gum problema ti-rando nosso sono é certo que va-

mos investir esforço e tempo para resolver o problema, e voltar a dormir tranquilamen-te. Daniel cresceu na Babi-lônia, e desde cedo passou a viver no palácio real (Dn 1.19), onde tinha mais se-gurança. Mas Daniel não se conformou vivendo no segu-ro palácio; vivia no palácio,

todavia a nossa tarefa é a mes-ma, lavrar e guardar. No iní-cio de sua existência, Adão viveu num mundo perfeito, numa ordem perfeita, o peca-do não havia, muito menos a sua influência, porém o cerne da questão não está no pecado que Adão cometeu, mas no fato de que este pri-meiro homem, que ainda não conhecera o pecado e ainda não vivera a queda, deixou de ouvir a voz de Deus, seus de-sígnios e voltou-se para a voz da Serpente, fazendo o que ela estabelecera e o resultado é conhecido por todos nós.

A primeira tragédia que um homem comete não consiste em deixar de cumprir a sua responsabilidade, mas sim em deixar de ouvir a voz do seu Criador. Quando não ou-vimos a voz do Deus Criador, começamos a naufragar no la-maçal de pecados. O homem

mas não queria descansar; Daniel não viveu alienado do seu povo, não ignorou o sofrimento deles; não agiu como se nada tivesse que ha-ver com a desolação do povo de Israel, durante o cativeiro babilônico (Sl 137.1-4).

Profetas falsos “faziam plantão” para desorientar ainda mais os cativos, que procuravam respostas fáceis, e que contrariavam direta-mente a vontade de Deus (Jr 29.8,9). Foi nesse ambiente tumultuado, cheio de profe-cias falsas, que Daniel pro-curou e encontrou a verdade.

O texto diz “...eu, Daniel, compreendi...”. Daniel em-penhou-se por si mesmo, foi uma busca pessoal. Não foi coagido, induzido, forçado, manipulado. Ele quis respos-tas e dedicou-se a procurá-las (Ec 11.9).

O caminho escolhido foi “pelas Escrituras, conforme

que não ouve a voz de Deus, ouvirá a voz do mundo e do seu coração que é precipitado para o mal. Ouvirá a voz da sociedade e seus meios de co-municação que cada vez mais desprezam a voz de Deus.

A segunda tragédia se vê dia a dia em famílias marcadas pelos pecados do homem. Homens que tem levado seu casamento a ruína, homens que ao invés de cultivar e guardar o coração e a vida de sua esposa e filhos, o tem humilhado e machucado. Quantos filhos olham para o seu pai, e ao invés de ter nele um herói, tem um pés-simo exemplo a ser seguido? Quantas mulheres tem sofrido silenciosamente?

O conserto para todos os ca-sos reside no fato do homem voltar ou começar a ouvir o que Deus diz. Precisamos ouvir e obedecer. Precisamos

a Palavra do Senhor...”. A certeza de Daniel é que não havia outra fonte de infor-mações mais segura do que a Palavra de Deus. A Palavra de Deus é a resposta final para todo ser humano enten-der, evitar, suportar e vencer as desolações da vida (Sl 119.105).

Daniel encontrou a ver-dade na Palavra de Deus revelada ao profeta Jeremias, homem de Deus, chama-do, qualificado, escolhido e inspirado para escrever em nome de Deus. Daniel estava certo, quando decidiu crer no que o profeta Jeremias escreveu, mesmo que suas profecias não eram tão oti-mistas e contrárias ao desejo da maioria.

A desolação duraria 70 anos. Os falsos profetas eram incentivados a sonhar coisas, e falar mentiras agradáveis às pessoas que, de alguma

ouvir e ser exemplo para nos-sa esposa e filhos. O livro de Deuteronômio 6.4-6 registra: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Ama-rás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração…”.

Homens a nossa respon-sabilidade é intransferível. Deus concedeu a nós esse dever. Porém, para que o façamos, necessitamos ouvir a voz de Deus. Necessita-mos rejeitar as vozes deste mundo. Somos criaturas que anelam em ouvir a segura e doce voz de Deus. Voz que dá identidade, voz que dá sentido a vida, voz que dá esperança mesmo neste mundo caído. Voz que nos dá a certeza que em Cristo Jesus somos capacitados para

forma, pensavam que o pro-feta Jeremias estava errado quando disse que o cativeiro duraria 70 anos. Preferiam acreditar numa mentira, do que se humilhar e reconhecer a justiça de Deus ao estabele-cer 70 anos de exílio.

Daniel compreendeu a ver-dade. A vida no palácio, com tanto conforto e segurança, não impediu Daniel de che-gar à verdade. Daniel prefe-riu sofrer a desolação junto com o povo de Israel. De posse da verdade fez o que muitos se recusavam fazer; Daniel se humilhou. Foi uma humilhação profunda. Daniel jejuou, vestiu pano de saco e cobriu-se de cinza.

Daniel não criou o proble-ma, mas sentiu-se responsá-vel e parte da solução. Daniel seguiu o mesmo exemplo de Moisés (Hb 11.24-26) e Ester (Ester 4.15,16); Daniel não se esconde na segurança do

cumprir a nossa missão de la-vrar e guardar tudo que Deus confiou em nossas mãos.

Homem ouça e obedeça a voz de Deus. Não se aco-mode em viver segundo as vozes deste mundo, mas seja destemido e audacioso em ouvir a voz do Deus que te criou e te sustenta. Assuma a sua responsabilidade de cul-tivar e guardar tudo quanto Deus confiou em suas mãos. Lembre-se: tudo que Deus lhe confiou inicia por sua família, por sua esposa e seus filhos. Do que adianta ser um profissional de sucesso e fracassar no seu lar? Do que adianta ser bem visto pelas pessoas e rejeitado por sua esposa e filhos? Do que adianta ganhar o mundo e perder a sua família? Afinal, lhe pergunto: aonde estava Adão quando Eva fora tenta-da pela Serpente?

palácio. Estava no palácio, mas seu coração estava junto ao povo desolado.

Sua resposta à desolação vem pela oração. Maravilho-sa graça, que nos dá todas as respostas para entender as desolações da vida, e teste-munhar que a oração sincera é o melhor recurso, para dar ao pecador arrependido, a paz tão necessária para viver com Deus.

Daniel intensificou a ora-ção; orava, pelo menos três vezes ao dia pedindo a mi-sericórdia de Deus, por si e pelo povo. Pela oração, coragem, fé e esforço, Daniel se dispôs ajudar seu povo a entender que não vale a pena viver derrotado porque errou; o melhor mesmo, é se arrepender e intensificar a oração, crendo que a procura por Deus, feita com coração sincero e íntegro, não será desprezada (Jr 29.13).

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6 o jornal batista – domingo, 28/07/13 reflexão

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

Os batistas conven-cionaram o mês de agosto como o mês da Juven-

tude Batista. As influências que os jovens recebem hoje muito são desconhecidas dos pais, pois estes não têm muito acesso a Internet, e, como a Internet dá a ilusão de que o outro está longe, a dedução é que o perigo não existe. Escrevendo à Igreja de Colossos Paulo recomenda: “Filhos, obedeçam a seus pais em tudo, pois isso agra-da ao Senhor” (Colossenses 3.20).

A Igreja de Colossos esta-va sofrendo uma influência perigosíssima. Faziam uma separação entre o corpo e o espírito. No seio do cristia-nismo da época dessa carta, floresceu uma filosofia que apregoava a necessidade de um conhecimento esotérico e perfeito das coisas divinas, comunicável por tradição e por iniciação. Mesmo dentro da igreja, o jovem poderia aderir a essa heresia, e logo estaria se achando em supe-rioridade espiritual a seus pais. A partir desse momento julgavam-se livres da obe-diência aos pais. Essa situa-ção assemelha-se muito a de

Guilherme de Amorim Ávilla GimenezPastor Titular da IB Betel, SP

Minha avó materna gostava muito de costurar. Todas as vezes que a

visitava, encontrava-a cos-turando ou bordando, e ela fazia isso com muito carinho, pois gostava de presentear as pessoas e enfeitar a casa com suas criações. De tudo o que ela costurava, o que eu mais apreciava eram os tapetes ou colchas de retalhos. Em grande saco, ela ia guardando pedaços de tecido e, a partir daqueles retalhos, ia dando forma a lindos tapetes ou co-loridas colchas. Toda a família ganhava de vez em quando uma daquelas peças. Sobre o sofá ou no chão da sala, me lembro de ver várias de suas obras coloridas.

De certo modo, nossa vida é como aqueles tapetes ou colchas. Nossa história traz

nossos dias. Com um acesso muito mais rápido às tecnolo-gias atuais, o jovem começa a sentir-se superior aos pais. Ao invés de aprenderem com os pais, estes é que devem aprender com eles. A cada momento surgem vocábulos para rotular os pais. Quadra-dos, retrógrados, superado, e o jovem, por outro lado é, pós-moderno, ligado, atual, isto e aquilo. Daí surge a ideia de que o jovem sempre está certo e os pais errados.

Vamos aplicar o verso aos costumes daqueles dias, e depois contextualizá-los aos nossos dias. A palavra filhos no texto era a palavra aplica-da aos filhos em idade infan-til. A palavra obedecer lem-bra guiar, conduzir, aplicável ao escravo responsabilizado por famílias nobres, para prepararem os filhos para substitui-los na liderança da casa, logo que se iniciava a idade juvenil. Outro detalhe eram os três níveis que estão presentes neste verso. O filho estava sujeito ao pai, mas o pai, por sua vez, poderia ser um escravo. Então o jovem era sujeito ao pai, ao pro-prietário de seu pai, e numa escala mais elevada, a Deus. Indo mais adiante, vamos ler que Paulo recomenda ao escravo que, não importa o caráter do proprietário. O

contribuições de muita gente e de várias situações. Vamos tomando forma como pesso-as a partir do que outros nos deram desde o nosso nas-cimento. Temos “retalhos” que vieram de nossa família, amigos, professores, colegas de trabalho... Alguns vieram de pessoas que nos amavam profundamente, e outros de pessoas que por algum mo-tivo nos odiaram. Todas, de alguma forma, contribuíram para nossa formação, e ainda que não tivessem consciência disso, acabaram deixando suas marcas em nós.

Temos “retalhos alegres” em nossa história. Tantas pessoas amáveis, bondosas, alegres, sábias e amorosas já participaram de nossa vida e deixaram marcas que nos fazem tão bem. Que alegria é olhar para trás e ver que nossa vida se tornou mais colorida através dessas pes-soas e também de situações em que fomos motivados,

escravo ao executar uma ta-refa deveria fazê-lo como se estivesse fazendo para Deus. Ora, isso é elevado demais. Significava que o trabalho do escravo tornava-se um ato de culto a Deus.

Esse princípio vigorava no tocante às demais hie-rarquias. Marido, mulher, filhos, escravos, senhores, todos, todos, se cristãos, tudo que fizessem deveriam fazê--lo como um ato de culto a Deus. Agora perguntamos: Será que os jovens de nossas igrejas entendem que aqueles vibrantes testemunhos que

incentivados, presenteados, enfim, fomos amados!

Mas também existiram os “retalhos tristes” de nossa his-tória e eles foram inevitáveis. Não há como fugir deles ou nos esquivar o tempo todo de pessoas ou situações, para nos proteger da dor. Algumas pessoas judiaram de nós, nos feriram, foram traiçoeiras ou simplesmente não tiveram sabedoria para conviver co-nosco e nos ajudar.

A verdade é que todos nós temos esses dois tipos de re-talhos. Somos a somatória da alegria, tristeza, dor, vitória, decepção, incentivo, ódio, amor, bondade e tantos ou-tros retalhos. Cada um deles com sua tonalidade, cor, ta-manho, textura... Se não po-demos controlar a existência deles e nem o tempo em que marcarão a nossa história, só nos resta fazer deles uma linda obra colorida, tal qual as colchas ou os tapetes de minha querida avó.

dão nos momentos de louvor nos cultos dominicais, estão no mesmo nível da obediên-cia aos pais? Será que na hora que os pais dão uma ordem, ou até mesmo um palpite so-bre comportamento, lembra de que, nesse momento, sua reação é um ato de louvor a Deus? Será que considera que a desobediência é uma desonra para Deus?

Lembro-me que minha filha caçula, no primeiro ginasial magoou-se por que eu era um dos pais que não compa-recia nas reuniões de pais da escola. Então, fui no final do

Um pequeno, mas funda-mental lembrete: cada um de nós precisa aprender a trabalhar com os retalhos da vida, dando a eles um sen-tido novo, em que a graça divina os coloque em uma ordem que resulte em uma vivência abençoadora e edi-ficante. Esses retalhos devem fazer de nós pessoas melho-res, mais sábias, maduras e cheias de esperança. Não po-demos escolher que retalhos receberemos, mas podemos trabalhar com eles e obter, como resultado, uma vida co-lorida, cheia de experiências e de pessoas que, de alguma forma, interagiram para ser-mos o que somos.

Um detalhe importante nisso tudo: nós não apenas recebemos retalhos, mas também somos retalho na vida de outras pessoas. Nós também deixamos marcas, influenciamos, alegramos ou entristecemos outras pessoas. Criamos situações que se

primeiro semestre. O coorde-nador pedagógico perguntou quem eu era. Dei o nome da minha filha. Ele olhou-me e disse: O senhor não precisa-va estar aqui. Sua filha não é somente a melhor aluna da classe, ela é, em todos os sentidos, a melhor da classe e de toda a escola. Senti-me honrado, mas imagino que aflora no rosto de Deus um sorriso, quando um filho hon-ra seu pai aqui na terra.

Caro leitor jovem: Que o amado leitor seja motivo para constantes e seguidos sorrisos no rosto de Deus.

tornam retalhos na vida de familiares, amigos, vizinhos, irmãos em Cristo – daqueles que nos cercam. Não pode-mos escolher que retalhos receberemos, mas temos total autonomia no tipo de retalho que queremos ser na vida do outro. A marca que deixamos no outro pode ser proposi-talmente abençoadora, boa, alegre... É escolha nossa.

Faça sua colcha de reta-lhos. Aproveite todas as si-tuações e as pessoas que já fizeram, fazem e ainda farão parte da sua história. E, com todos esses retalhos, produza uma obra que seja abençoa-dora para todos, começando por você mesmo. Uma obra que valha a pena e que seja um testemunho da graça de Deus, agindo em nossa his-tória.

Sou um retalho na sua his-tória e você é na minha. Faça-mos desses retalhos algo belo entre nós, e principalmente diante de Deus.

Aos jovens

Convocação de Assembleia Extraordinária da AMBB

Na qualidade de Presidente da Associação de Músicos Batistas do Brasil, usando as atribuições que o cargo me confere (Art. 07, §1º, do Estatuto), e por decisão da Diretoria da referida Associação e de sua Comissão Executiva (Art. 06, § 1do Estatuto), CONSIDERANDO a ne-cessidade de reforma de Estatuto da AMBB, CONVOCO os sócios para reunirem-se em Assembleia Geral Extraordinária, nos termos do Art. 05 do Estatuto, no dia 31 de julho de 2013, às 14 horas, no Centro de Eventos e Hotel Santa Mônica, com endereço à Estrada David Corrêa, 900 – Cabuçu Recreio São Jorge, Guarulhos – SP.

São Paulo, 15 de maio de 2013.Ery Herdy Zanardi - Presidente

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Pr. Brandão e Pr. Sócrates compartilhando a Palavra Criatividade para ganhar almas

Integrantes da caravana do Pr. Keiny levando os kit´s

Caravana do Norte Fluminense

Colheita abundante durante a Trans Piauí

7o jornal batista – domingo, 28/07/13missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

O Piauí foi aponta-do pelo Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatísti-

ca (IBGE) como o estado com o menor percentual de evan-gélicos do país, no último Censo. Movidos pela paixão pelas almas, batistas de 19 estados e da capital federal, além de um grupo formado por 16 norte-americanos do Alabama, se mobilizaram para mudar esta realidade. Caravanas partiram para di-ferentes cidades piauienses onde impactaram vidas com o evangelho de Cristo duran-te a operação Jesus Trans-forma – realizada de 29 de junho a 13 de julho.

Do Espírito Santo saiu uma grande caravana, organizada pelo Pr. Keiny Moreira, da IB em Araçás, que levou mais que voluntários para a Trans. “Sempre tive o desejo de le-var as igrejas que pastoreei a firmar parcerias com as juntas missionárias. Na noite missio-nária da Assembleia da CBB em Aracaju, fiquei impactado pelas informações sobre o Piauí. Os amarelinhos, como éramos chamados, chegaram a Miguel Alves levando a mensagem que Jesus Trans-forma, não falando sobre a opção religiosa das pessoas ou as condenando. Pregamos diariamente que Deus nos ama e tem poder para nos dar uma nova vida. Nossa igreja levou 132 Bíblias, 132 devo-cionais diários e várias caixas de esmaltes adesivados com a logo Jesus Transforma, com a intenção de presentear os novos decididos e autorida-des da cidade. As pessoas se sentiam privilegiadas quando recebiam”, relatou Pr. Keiny.

Outro integrante da carava-na, Pr. Wilson Fernandes, PIB Cobilândia, declarou: “Parti-cipar da Trans Piauí foi, para a igreja, uma preciosa prática de missões, uma experiência maravilhosa. Foi a primei-ra vez que participamos de uma caravana missionária em outro estado. Outras igrejas da região têm por prática participar desses trabalhos regularmente e nossa igreja não vai parar mais”.

O Pr. João Marcos Mury Aquino, coordenador re-gional de missões do Norte Fluminense, também levou uma caravana de 38 pessoas de várias cidades do Rio de Janeiro. “Foram 41 horas de viagem com muita alegria e grandes expectativas. Segui-mos com uma equipe para a

cidade de Marcolândia. Vía-mos dia após dia o que Jesus disse aos seus discípulos: ‘Os campos estão brancos para a colheita’. As pessoas estavam sedentas do evangelho ver-dadeiro. Particularmente, eu nunca havia participado de um projeto missionário onde tivéssemos tantas pessoas convertidas participando dos cultos, nem mesmo no esta-do do Rio onde teoricamente a evangelização é mais fácil. No último culto, o templo estava completamente lo-

tado, com pessoas em pé e sentadas no chão – uma ima-gem que ficará gravada para sempre em minha memória”, contou.

T a m b é m o s b a t i s t a s piauienses participaram ati-vamente e mostraram que es-tão aptos para acompanhar as pessoas alcançadas durante a Trans. A irmã Selena Costa contou o testemunho sobre como a Trans ajudou o traba-lho da congregação no bairro Planalto Bela Vista, em Tere-sina (PI), aberta há três anos.

“Vimos a realidade do bairro sendo transformada em ques-tão de dias. Para a glória de Deus, fomos recebidos em mais de 60 casas, que recebe-ram os estudos e 17 pessoas se renderam ao Senhor. Para mim, é um privilégio poder cuidar e acompanhar essas vidas alcançadas”. O relato dela comprova como a pre-sença dos voluntários foi importante para que a obra local fosse impulsionada.

A partir da Trans, surgiram novos projetos de plantação

de igreja no Piauí, em ci-dades como Marcolândia, Padre Marcos, Simplício Mendes, São João da Serra, Jatobá e Juazeiro da Praia, além do trabalho iniciado no bairro Teresina Sul, na capital piauiense. Pr. Fernan-do Brandão, que esteve em várias cidades do estado, ex-pressou sua gratidão a todos os participantes da Trans, que mostraram garra e amor pelas almas. Dentre tantas experiências, Pr. Fernando destacou o trabalho de dois meninos: Henrique Araújo, de 12 anos, que junto com sua irmã Isabella Araújo, de 8 anos, iniciou uma igreja em sua própria casa, no mu-nicípio de Forno Velho. O trabalho reúne cerca de 30 pessoas e é Henrique quem dirige o culto, prega, ora e aplica os estudos bíblicos. O outro, João Lucas Silva Gomes, de 13 anos, já au-xilia a obra do missionário Francisco Fernandes, em Miguel Alves, como líder da juventude e também dirige as reuniões de oração em sua escola, uma vez que não foi liberada a entrada do mis-sionário Francisco. Por meio de João Lucas, muitas crian-ças da escola estão rece-bendo Jesus como Salvador. “São nossos missionários juniores”, declarou o pastor, emocionado por ver crianças comprometidas com a evan-gelização de nosso país. No caminho para a cidade de Juazeiro do Piauí, os direto-res executivos da JMN e da CBB foram instrumentos de Deus para que o evangelho chegasse até seis pessoas. “Ver aquelas pessoas se ajo-elharem e confessar a Jesus Cristo como Salvador, no meio da rua, não tem preço. Isso renova nossas forças”, afirmou Pr. Brandão.

Diante do grande número de pessoas alcançadas pela Palavra de Cristo, com re-sultados comprovados no culto da vitória realizado na Segunda Igreja Batista de Teresina, Pr. Sócrates Oliveira, diretor executivo da Convenção Batista Bra-sileira, que também par-ticipou como voluntário, declarou que o IBGE terá que revisar essas estatísti-cas. “Tenho certeza de que a estatística já mudou. Em Santa Cruz dos Milagres foram 154 convertidos. Que o poder de Deus não deixe que nenhum se perca. O pa-pel de Missões Nacionais é proporcionar que as igrejas possam pregar o evangelho em todo o Brasil”.

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8 o jornal batista – domingo, 28/07/13 notícias do brasil batista

Francisco Bonato PereiraPastor e historiador batista

A Primeira Igreja Ba-t ista do Carpina (PE), dirigida pelos pastores Baruch da

Silva Bento e Jose Carlos de Oliveira Lima, celebrou o 90º aniversário (Jubileu de Álamo) de organização com cultos de louvor e ado-ração. As comemorações ocorreram no período de 2 a 9 de junho de 2013, com a programação: dia 2, sob o tema “Deus é o Senhor da nossa história”, sendo ora-dor o Pr. Baruch Bento (PIB Carpina); dia 3, sob o tema “Adorando o Deus da nossa salvação”, na Praça Joaquim Nabuco, sendo orador o Pr. Mário Maximo (PIB Nazaré da Mata); dia 4, sob o tema “A soberania de Deus nos acompanha”, orador o Pr. Aquelino Moreira de Oli-veira (IB Pirasirica); dia 5, sob o tema “Celebrando a fidelidade do Senhor”, sen-do orador o Pr. Jose Rinaldo Dias de Oliveira (PIB Lagoa do Carro); dia 6, sob o tema “Deem Graças a Deus pois Ele é bom”, sendo orador o Pr. Jose Carlos de Oliveira Lima (PIB Carpina, adjunto); dia 7, sob o tema “Celebran-do o amor de Deus”, sendo orador o Pr. João Marcos Florentino (Secretário Geral

da CBPE); dia 8, sob o tema “Consagrados ao Senhor e renovados por uma viva esperança”, sendo orador o Pr. Joel de Oliveira Bezerra (PIB Recife); e no dia 9, sob o tema “90 anos sob a dire-ção de Deus”, sendo orador o Pr. Luiz Carlos Rangel Paes Barreto. Os cultos tive-ram a participação musical do Coro da PIB Carpina e do Conjunto Glorificarte, sob a regência do maestro Emerson Sulywan Batista, do conjunto Adelphos e do Quarteto Martins e dos can-tores Cleonice Soares, Edson Mario, Jose Galvão e Tatiana Morgana.

Os cultos contaram com a presença de pastores e de membros de Igrejas Batis-tas da Região, do Prefeito e Vereadores do Município e outras autoridades e de ex--membros da PIB Carpina. A diaconisa Marta de Oliveira Moreno (1976) declamou poesia alusiva ao aniversá-rio. A PIB Carpina recebeu mensagens gratulatórias do Pr. Ney Ladeia, Presidente da Convenção Batista de Pernambuco (CBPE) e do Pr. João Marcos Florentino de Souza, Secretário Geral da CBPE. O Pr. Francisco Bonato Pereira ofereceu a fotografia do Pr. Francisco Xavier de Brito, fundador da Igreja. A professora Milca

Maria da Silva, especialista em história, redigiu texto da história da PIB Carpina, exi-bido em ‘slides’ nos cultos.

A organização:A Primeira Igreja Batista

do Carpina foi organizada em 8 de junho de 1923, em Concílio formado dos pastores Orlando do Rego Falcão, Djalma Cunha, Ma-noel Valentim, Francisco Xa-vier de Brito e o Evangelista João Ramos Castro, na Vila Floresta dos Leões (antiga Chã do Carpina), distrito de Nazaré da Mata, com 12 membros: Francisco Xavier de Brito, Aureliano Mota de Souza, João Ferreira da Silva, João Gonçalves Ferrei-ra, João das Neves Arantes, Capitulino de Souza, João Alvelino, Manoel Jose dos Santos, Matildes Gomes da Silva, Maria Pereira dos San-tos, Eulália Magalhães Silva e Balbina dos Santos, todos com cartas demissórias da IB de Nazareth (Igreja Batista de Floresta dos Leões, Ata de organização).

Lido e aceito o Pacto das Igrejas Batistas foi declarada organizada a Igreja, que ado-tou o nome de PIB na Vila de Floresta dos Leões, Nazaré da Mata (PE). A Igreja elegeu como seus dirigentes: Fran-cisco Xavier de Brito - Pastor; Aureliano Mota de Souza

– Secretário; João Gonçal-ves Ferreira - Tesoureiro. Os membros fundadores da Igreja foram Pr. Francisco Xavier de Brito, Aureliano Mota de Souza, João Ferreira da Silva, João Gonçalves Fer-reira, João das Neves Aran-tes, Capitulino de Souza, João Alvelino, Manoel Jose dos Santos, Matildes Gomes da Silva, Maria Pereira dos Santos, Eulália Magalhães Silva e Balbina dos Santos, os quais obtiveram cartas demissórias da IB Nazareth da Mata e autorização da Convenção Regional, que designou os pastores Djalma Cunha (presidente), Manoel Valentim (secretário), Orlan-do do Rego Falcão (orador), Francisco Xavier de Brito e João Ramos Castro para formar o Concilio.

A IB Floresta dos Leões, organizada pela IB Nazaré da Mata, sob a égide da Conven-ção Batista Regional, em ple-no movimento radical, meses depois (1924) desligou-se da Convenção Regional e filiou-se à Convenção Per-nambucana (Correio Dou-trinal 15, de 04.07.1924, p. 8). O municipio de Floresta dos Leões (Lei nº 1.931, de 11.09.1928), teve o nome mudado (1938) para Carpina. A Igreja mudou o nome para Primeira Igreja Batista do Carpina.

Os primórdios:A primitiva Igreja (1904). A

IB Floresta dos Leões, organi-zada a 20 de abril de 1904, elegeu pastor o missionário William Cannada. Mesquita escreveu: “Carpina é o lu-gar da nova testemunha de Christo. Por alguns anos foi uma esforçada igreja, mas de-pois por dificuldades varias, como outras, desapareceu”. MESQUITA, Antonio N. HIS-TÓRIA DOS BAPTISTAS EM PERNAMBUCO, p.111).

A dispersão e a fuga. A ferrenha perseguição movi-da pelos católicos romanos dispersou os crentes e dois membros dispersos mudaram para o Recife sendo recebi-dos na IB Cordeiro: “Apre-sentaram-se para filiar-se a esta Egreja: Francisco Fernan-des de Oliveira e Francisca Maria de Oliveira, da extinta Egreja do Carpina e (...) acei-tos unanimemente”. (IGREJA BATISTA DO CORDEIRO, Ata de 09.07.1907).

Na Igreja do Paulista. Um grupo desses dispersos mu-dou para Paulista, indo traba-lhar na Companhia de Teci-dos Paulista, tornando-se fun-dadores da IB Paulista (1916), pastoreada por Francisco Xavier de Brito (1917). A perseguição movida dos ad-ministradores da Companhia dispersou a IB do Paulista (1923), dirigindo-se um gru-

PIB do Carpina celebra 90 anos

servindo ao Senhor

Templo da PIB Carpina Diaconisa Marta Oliveira Moreno e o maestro Emerson Sulywan

Coro Glorificarte (PIB Carpina)Pr. Joel de Oliveira Bezerra, pregador (PIB Recife)

Pr. Francisco Xavier de Brito, fundador (1923-1970)

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9o jornal batista – domingo, 28/07/13notícias do brasil batista

po para Sitio Novo, Olinda, onde se tornou Congregação da IB Salgadinho, Olinda, di-rigida pelo Pr. Rodolfo Alves, sendo organizada como IB Sitio Novo (1934) (Andrade, Misael B. História das Igrejas Batistas de Olinda, p. 44). Um grupo retornou a Floresta dos Leões.

O retorno e a organiza-ção (1922-1923). O segundo grupo, oito membros e o Pr. Francisco Xavier de Brito, retornou a Floresta dos Le-ões (Carpina), tornando-se congregação da IB Nazaré da Mata, onde foram batizados mais dois convertidos. A ata de organização da Igreja traz a gênese: “Aos 8 de junho de 1923 achava-se reunida em casa particular, organização mantida pela Igreja Batista do Paulista, Estado de Per-nambuco, na Companhia de Tecidos Paulista, por motivo de greve e perseguição re-ligiosa, foi extinta a Igreja e arrolados os congregados em uma Congregação da Igreja Batista de Nazaré da Mata” (IB FLORESTA DOS LEÕES, Ata de organização).

Organizada a Igreja, o Pr. Francisco Xavier de Brito retomou a pregação do evan-gelho, indo a pé ou a cava-lo para distritos e cidades vizinhas (São Lourenço da Mata, Tracunhaém, Naza-ré da Mata, Lagoa Itaenga).

Assumiu, depois, o pastora-do da IB Nazaré da Mata e conseguiu, em pleno movi-mento radical, pastorear uma igreja filiada à Convenção Pernambucana (IB Carpina) e outra filiada a Conven-ção Regional (IB Nazaré da Mata). Francisco Xavier de Brito pastoreou a PIB Carpi-na durante 36 anos, desde a organização (1923) até o fa-lecimento (18.01.1970). Nos últimos anos teve como au-xiliares, em face da situação de saúde: Pr. Alipio de Souza Leão (1960), Pr. Ponciano Marreiro dos Santos (1961), Pr. Adamastor Silva (1962-1963) e Pr. Jair Fernandes Lira (1963-1964).

As igrejas-filhas:A PIB Carpina plantou as

igrejas: 1. PIB do Pauda-lho (1930). A IB de Floresta dos Leões (Carpina) iniciou uma congregação dirigida pelo irmão Fabricio (1927), reunindo-se numa casa na Rua Genuino, recebendo de Pedro Bandeira a doação de uma casa. O crescimento levou a organização da Igreja (12.10.1930);

2. PIB Lagoa Itaenga (1954). A pregação do Evangelho pelo Pr. Xavier de Brito em Lagoa de Itaenga, levou a conversão algumas pessoas que foram batizados e organi-zados em Igreja (1954);

3. PIB Cidade Universitá-ria (1962). A mudança de membros para Recife (1958) levou o Pr. Xavier de Brito a plantar uma congregação or-ganizada como IB Atalaia da Fé. A Igreja mudou o nome para PIB Cidade Universitá-ria (1995);

4. IB Jardim Neopolis (1991). O Pr. Francisco Xa-vier de Brito foi sucedido pe-los pastores Antonio Gomes da Paz (1970-1971), Poncia-no Marreiro Santos (1972-1974) e Jose Severino da Rocha (1975-1985) e Baruch Silva Bento (1985-2013).

O pastorado Baruch Bento (1985-2013):

A PIB Carpina recebeu em 1985 o Pr. Baruch da Silva Bento, natural do Maranhão, que pastoreou igrejas: PIB Souza, PIB São Gonçalo, IB Cajazeiras, IB Coremas, IB Aparecida, IB Liberdade e IB Cruzeiro (Campina Grande), Ebenezer (João Pessoa), Ba-naneiras, na Paraíba; Jardim Neopolis, Aliança, Caueiras, Ponte dos Carvalhos, Torrões (Recife), Piedade (Jaboatão), Pontezinha e Ponte dos Car-valho (no Cabo) e IB Central Carpina, em Pernambuco. Baruch Bento exerceu a pre-sidência da CB Paraibana e, no Estado de Pernambuco, a presidência da CBPE, a Co-ordenação de Evangelismo

e Missões, a presidência da Associação Norte e Subsecio-nal da Ordem dos Pastores. Recebeu os títulos de Presi-dente de Honra da CBPE e da CBPB e homenagem da Assembleia Legislativa do Estado (2011) no Jubileu de Ouro ministerial.

A PIB Carpina, no seu pas-torado, revitalizou o Corpo Diaconal e despertou voca-ções, com três moças para es-tudar Educação Religiosa no Seminário de Educação Cristã (SEC), sediou a extensão de Educação Religiosa, benefi-ciando as Igrejas Batista da Mata Norte. A Igreja enviou ao Seminário Batista (STBNB) Luiz Carlos Paes Barreto, Jose Rinaldo Dias, Silvio Miranda, Jose Carlos de Oliveira Lima, Edson Nascimento, Aquelino Moreira, Manasses Rocha, Domingos Leite, Michael Pereira, os quais à exceção de Silvio (falecido) e os dois últimos (seminaristas) todos estão exercendo o ministério no Reino de Deus. A ativi-dade missionária do pastor Baruch Bento levou a plan-tação de uma congregação no bairro Jardim Neopolis, organizada Igreja (1991) e outra no povoado Umari, em Bom Jardim. A PIB Carpina, na celebração do Jubileu de Ouro ministerial recebeu a visita de mais de cinquenta pastores dos campos de Per-

nambuco, Paraíba, Rio Gran-de do Norte, entre, além de muitos membros das Igrejas por ele pastoreadas.

O fundador:Francisco Xavier de Brito,

aluno do STBNB, consagrado ao ministério pastoral (1917) por iniciativa da PIB Recife. Filho de Hermengildo de Brito Cezar e de Rita Xavier de Brito, pioneiros batistas em Ilheitas, batizados (1899) pelo Pr. Antonio Marques da Silva, tendo os filhos Miguel, Ana (primeira esposa do Pr. Manoel Olympio Cavalcanti), Dorcas, Emilia e Gemima (segunda esposa do Pr. Ma-noel Olympio Cavalcanti). O pastor Francisco Xavier de Brito casou com Abigail Oliveira tendo o casal seis filhos: Linson, Laelson, Ladil-son, Leidson, Helena e Elcir (informação de Laelson Brito, PIB Carpina). O Pr. Francisco Xavier de Brito pastoreou a IB Paulista, a PIB Carpina, a PIB Nazaré, a IB Tracunhaem, a IB Atalaia da Fé até ser cha-mado para a morada eterna (1970).

Ao Senhor sejam dadas honra e glória e louvor pela existência do Corpo de Cristo chamado PIB do Carpina e por seus pastores na pro-clamação do Evangelho de Cristo, na cidade do Carpina e na região. Amém!

PIB do Carpina celebra 90 anos

servindo ao Senhor

Quarteto Martins (IEB Casa Amarela) Pastores e diáconos presentesPastores Baruch Bento, Jose Carlos Oliveira, Francisco Bonato Pereira e Joel Oliveira Bezerra

Diaconisa Marta Oliveira Moreno e o maestro Emerson Sulywan

Pr. Baruch da Silva Bento (1985-2013)

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10 o jornal batista – domingo, 28/07/13 notícias do brasil batista

Rogério AraújoEscritor e jornalista

O escritor batista Rogério Araújo, jornalista, diáco-no e ministro de

comunicação da IB de Neves (São Gonçalo, RJ), também co-nhecido como Rofa, conquis-tou uma importante colocação no Festival de Contos do Rio de Janeiro, promovido pela Literarte – Associação Interna-cional de Escritores e Artistas: 3º lugar.

Foram mais de 600 inscritos no Festival, inclusive oriundos de 5 países lusófonos: Angola, Brasil, Portugal, Moçambique, Cabo Verde, o que até mesmo surpreendeu os organizadores. O conto vencedor “Belezas do Brasil X Violência na Socieda-de”, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, narra um jogo de futebol que temos no

Pastor Robson Soares

Foi realizado no dia 14 de junho, na Igreja Ba-tista Central de Cardoso Moreira o culto de ce-

lebração pela posse do pastor Sebastião Roberto Vaz Moreira, novo pastor daquela igreja. Fo-ram momentos inesquecíveis na presença de Deus. O culto foi abrilhantado por grupos de louvor da Igreja Batista de Porciúncula, como também da Igreja local, além da partici-pação do coral daquela Igreja. Tiveram presentes aproxima-damente 35 pastores, sendo eles da Associação Batista do Extremo Norte Fluminense e

dia a dia no país, contra o que é bonito e os males vividos.

A cerimônia de entrega dos prêmios aconteceu de 12 a 14 de julho de 2013, no Te-atro Municipal de Cabo Frio, num evento literário e cultural, onde os primeiros colocados tiveram seus contos dramati-zados por atores convidados, dentre eles Maurício Mattar que participou lendo o conto vencedor e da entrega do prê-mio (foto). No mesmo evento, ainda recebeu o Prêmio Luso--brasileiro – Melhores Contis-tas 2013, da Editora Mágico de Oz, da Ilha da Madeira, Portugal, pelo outro conto infantil publicado “O super--herói do Natal”.

Rogério Araújo é escritor, jornalista, especialista em lei-tura e produção textual, nas-cido em Niterói e morador de São Gonçalo desde que nasceu. É autor do livro “Mí-

da Associação Batista Norte Fluminense. O pastor Marcos Salomé, presidente da ABENF e João Neto, presidente da Ordem dos Pastores Batistas Seção Extremo Norte Flumi-nense representaram suas or-ganizações. Também esteve na solenidade o pastor Gessy Frutuoso, da PIB de Itaperuna--RJ, que já foi presidente da Convenção Batista Fluminense.

Várias igrejas foram repre-sentadas por seus membros, dentre elas a PIB de Porci-úncula, onde os seus líde-res homenagearam o pastor Sebastião Roberto pelos oito anos abençoados de seu mi-nistério diante daquela igreja.

Pr. João Norberto da Silva Filho

A Igreja Batista Jeru-salém de Barra do Choça, Bahia, com-pletou no último dia

6 de junho o seu 28º aniversá-rio. No entanto, as festividades foram realizadas nos dias 15 e 16 de junho. Este ano, o tema abordado foi “Valorizando a Nova Geração”, com o texto de Provérbios 22. O orador convidado foi o pastor José Carlos de A. Rangel, já o lou-vor ficou por conta do Coral da Igreja e do Conjunto Ágape de Vitória da Conquista.

No dia 15 foi realizado um grande culto de Ação de Gra-

dia, bênção ou maldição?”, lançado na XV Bienal Inter-nacional do Rio de Janeiro, em 2011, e premiado com o Prêmio Interarte – melhor documentário religioso, pela ALG – Academia de Letras de Goiás. Além de coautor em diversas antologias lançadas no Brasil e exterior, como Itá-lia, Suíça, Angola, Argentina, Chile, dentre outros.

É membro de academias de letras no estado do Rio de Janeiro (Niterói, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios) e em outras cidades como Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Teófilo Otoni (MG) e Vitória (ES), tam-bém em outros países como Val Paraíso (Chile), Suíça e Itá-lia. Em setembro tomará posse como acadêmico da Academia de Letras de Buenos Aires.

Possui diversos títulos ou-torgados por entidades cultu-rais e literários (comendador,

O pregador da noite foi o pastor Geovar Poubel, pastor da PIB de São José de Ubá, que expôs em seu sermão conselhos ao novel pastor e a Igreja. No final da cele-

ças aos 28 anos de existência da Igreja Batista Jerusalém de Barra do Choça. O pastor João Norberto da Silva Filho acolheu a todos presentes e expressou a sua alegria em estar realizando a comemo-

doutor honoris causa em li-teratura), de ordem pública (Titulo Legislativo Educador Darcy Ribeiro, da Câmara Municipal de São Gonçalo) e medalhas de destaque na cultura e troféus, como o Prê-mio Literarte de Cultura 2013, realizado em Foz do Iguaçu, em maio, quando recebeu a premiação das mãos do embaixador de Angola e re-cebeu a notícia da indicação

bração o pastor Ronem, que estava interinamente dirigin-do aquela congregação, deu posse ao pastor Sebastião. Ele passou ás suas mãos simbo-licamente o cajado. “O que

ao Prêmio A.C.I.M.A. 2013, da Associazione Culturale Internazionale Mandala, da Itália, em outubro. E aguarda resultado de sua indicação ao prêmio de uma organização cultural na Áustria.

Presente na mídia, sendo entrevistado por jornais im-pressos, programas de rádio e TV e diversas divulgações pela internet pelo Brasil e pelo mundo.

tenho a dizer aos irmãos é misericórdia, misericórdia, misericórdia! Toda a honra, toda a glória e louvor seja dada ao nosso Deus”, decla-rou o pastor Sebastião.

Fotos do Pr. Robson Soares

Igreja Batista Central de Cardoso Moreira com novo pastor

A Igreja repleta para receber o novo pastor Pr. Sebastião Roberto ao centro recebe o cajado

Igreja Batista Jerusalém em Barra do Choça comemora 28 anos de existência

Escritor batista recebe prêmio

Irmãos da Igreja Batista Jerusalém reunidos em aniversário de 28 anos

ração dos 28 anos de vida da Igreja Batista Jerusalém. A ministração da palavra ficou sob a responsabilidade do Pr. José Rangel, da cidade de Vitória da Conquista, o qual pregou em cima do tema do

aniversário da igreja. Já o louvor ficou sob a responsa-bilidade do Conjunto Femi-nino Aléthea e do Conjunto Ágape.

No dia 16 de junho, em noi-te de encerramento, a Igreja ficou completamente ocupa-da pelos irmãos, convidados e visitantes. Ali foi realizada com muita graça o culto de louvor de encerramento das festividades de aniversário da Igreja Batista. O Pr. José Carlos de Azevedo Rangel, numa noite bastante ilumina-da, realizou a sua pregação, em seguida parabenizou os irmãos da Igreja e ao pastor João Norberto pela alegria, entusiasmo e organização,

que foi realizada a festa de aniversário da Igreja Batista.

Conheça um pouco mais da história da Igreja

A Igreja Batista Jerusalém é filiada à Convenção Batis-ta Brasileira e crê na Bíblia como a única regra de fé e conduta, priorizando a obra missionária. Tem como alvo alcançar a cidade de Barra do Choça com o Evangelho de Jesus Cristo. A Igreja Batista Jerusalém foi fundada em 06 de junho de 1985. Caminhe-mos para a Celebração do Jubileu de Pérola no dia 08 de junho de 2015, e todos são convidados a unir-se a Igreja para esta caminhada.

Escritor batista, Rogério Araújo, recebe prêmio das mãos do ator Maurício Mattar

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11o jornal batista – domingo, 28/07/13missões mundiais

Caleb MubarakMissionário da JMM no Norte da África

Novamente, o mun-do árabe é notícia em todos os tele-jornais do mundo:

os atentados que aconte-cem diariamente no Iraque, a guerra civil que parece ser infindável na Síria, as mani-festações na Praça Tahrir e outras localidades no Egito são alguns exemplos.

O sofrimento das pessoas nesses países chegou ao nível da intolerância, e o que o povo mais quer hoje é estar livre de toda a opressão e fas-tígio trazidos pelos regimes fundamentalistas dominantes nessas nações.

Em todas essas localidades onde hoje o medo, o terror

Pr. Cival Gomes dos SantosPIB Itamaraju, BA

“Deus, não me d e i x e d e fora do que o S e n h o r

está fazendo no mundo.” Esta breve oração tem infla-mado o coração da Primeira Igreja Batista em Itamaraju/BA. Os materiais das campa-nhas missionárias de Missões Mundiais são de excelente qualidade visual, com impres-são de bom acabamento, e os vídeos são impactantes.

No entanto, havia um abis-mo entre assistir ao vídeo da campanha e a reação da Igre-ja. Ela não reagia aos apelos através das campanhas. Visitar o campo é o método mais

e a desigualdade imperam, existe uma comunidade cris-tã, da qual se ouve e se sabe tão pouco. Eles não possuem privilégio por serem cris-tãos e muito menos podem declarar isso publicamente, pois nesses lugares não há liberdade religiosa. Essa igre-ja que luta para sobreviver nesse ambiente hostil recebe o nome de Igreja Perseguida.

Um encontro mais que especial

Foi uma reunião às escon-didas. O local do encontro foi bem longe do centro da cidade, numa localidade que fica no deserto entre o centro e o norte do país. A propos-ta durante aqueles dias era conhecer aquilo que o Se-nhor tem feito, usando essa resistente comunidade cristã

impactante de Missões. É a pessoa estar no campo com o missionário. É ser e se sentir um missionário.

Em 2009, surgiu o plane-jamento de visitar o campo missionário. Nossa primeira viagem foi a Barra da Estiva/BA, campo de Missões Na-cionais. Foi uma experiência singular.

Começamos, então, a pla-nejar a visita ao campo de Missões Mundiais. Entramos em contato com a JMM e fo-mos atendidos pelo setor de voluntários, que viabilizou o contato com o campo e provi-denciou todas as informações.

O campo foi a Primeira Igre-ja Batista em Isla Bogado, na cidade de Luque, Paraguai. Foi um ano de planejamento

nos países mais afetados pela revolução e manifestações populares.

Muitas histórias foram con-tadas: a busca de unidade en-tre os cristãos, a colaboração entre comunidades muçul-manas e cristãs trabalhando juntas pela ordem e liberdade civil, servindo como teste-munho e transformação… A cada testemunho de ex-mu-çulmanos, os participantes – líderes de igrejas ao redor do mundo – ficavam admirados com aquilo que Deus tem feito naqueles países.

Uma irmã contou que, após sua conversão, seu ma-rido a deserdou e a proibiu de ver as filhas. Sua família não a considera mais como membro do clã. Há quatro anos ela vive longe de todos, mas está certa de que será re-

e preparação. Nossa caravana foi composta de 36 pessoas, sendo que 33 foram de ônibus e três de avião. A faixa etária variou de 7 a 73 anos, pois não há idade para fazer Mis-sões. Chegamos a Assunção no dia 21 e saímos no dia 24 de junho.

Eu vi um casal de missio-nários, Pr. Carlos Alberto e Lídia da Silva, apaixonados por Jesus e pelo trabalho mis-sionário. O PEPE (programa socioeducativo) tem sido a mola propulsora em Luque. Eu vi a PIB Luque carente de ajuda. O pedido de socor-ro ecoa: “Passa em Luque e ajuda-nos”. Os missionários precisam de ajuda. Pudemos apoiá-los em pelo menos um fim de semana.

compensada por sua decisão de perseverar em seguir ao Senhor.

Muitos se comoveram com este testemunho, principal-mente as mulheres presentes ao encontro. Um tremendo exemplo!

Ali também estavam pre-sentes importantes líderes de algumas nações árabes. Eles diziam que esse tem sido o tempo preparado pelo Senhor para que essas co-munidades possam começar a influenciar e, por que não dizer, a colher o que muitos servos valentes já plantaram. Todos foram igualmente to-cados quando ex-muçulma-nos contaram sobre o encon-tro que tiveram com Cristo através de sonhos, visões e revelações especiais. A lição aprendida foi que quando a

Eu senti na pele o que os missionários sentem: a mete-orologia. Nós, baianos, mo-ramos próximo ao litoral, e sentir 22ºC é frio. Pegamos 9ºC em Assunção! Nunca experimentamos um frio tão intenso. Eu senti que a língua não é barreira para realizar o trabalho.

Eu me comprometi a ser um missionário que segura as cordas daqueles que estão e vão para o campo. Voltan-do do Paraguai, realizamos intercâmbio na Igreja Batista Esplanada, em Governador Valadares/MG e desafiamos a Igreja a fazer uma viagem missionária ao campo de Mis-sões Mundiais. Muitos foram à frente, se comprometendo com Missões.

igreja ocidental não se mexe para evangelizar os não al-cançados, o próprio Deus usa os “seus meios”.

Uma certeza!Foi um verdadeiro privilé-

gio estar ali durante aqueles dias, ouvindo histórias de pessoas tão especiais, que sabem o real significado do que é sofrer pela causa de Cristo. Foi possível sair dali com a certeza de que Deus tem preparado algo grande para todas aquelas nações. E essa certeza veio do fato des-ses países estarem vivendo um momento de tremenda instabilidade e insegurança. A igreja perseguida que ali vive acredita estar vivendo o seu melhor momento e, por isso, precisa definitivamente seguir em movimento.

Alguns participantes da viagem missionária compar-tilharam suas impressões. A líder do Ministério Infantil da PIB Itamaraju, irmã Ro-seli, declarou: “Acredito que foi uma experiência missionária marcante para todos nós”.

Alba Marli, médica que atendeu os paraguaios, decla-rou: “Creio que nosso objeti-vo de Missões e evangelismo foi alcançado”.

Realizamos este mês o culto do regresso da viagem missionária ao Paraguai. Desafio você, pastor, a fa-zer uma viagem missionária com sua igreja no campo de Missões Mundiais. Para mais informações, escreva para: [email protected].

Da Bahia para o Paraguai

Caravana missionária da PIB Itamaraju visitou o Paraguai em junhoPr. Carlos Alberto, missionário no Paraguai, e Pr. Cival Gomes dos Santos, da PIB Itamaraju, BA

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12 o jornal batista – domingo, 28/07/13 notícias do brasil batista

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OBITUÁRIO

Edna de Souza SilvaUma vida dedicada ao Reino de Deus

13o jornal batista – domingo, 28/07/13notícias do brasil batista

Josias Pereira da SilvaPastor Auxiliar da PIB de Botafogo, RJ

A exemplo de Ana, uma das mulheres de Elcana, passan-do por uma grande

aflição, orou ao Senhor su-plicando um filho varão, o qual lhe seria dado por toda existência, e na sua cabeça não passaria navalha. Foi uma oração oriunda do “co-ração”, não havia barulho da voz, apenas movimento nos lábios. Foi aos vinte e nove dias do mês de outubro de 2012, quando se encontrava internada no CTI do Hospital Três Rios, em Jacarepaguá, bairro em que nasceu, na cidade do Rio de Janeiro, que a irmã Dra. Edna de Souza Silva, já sem a voz e apenas com o mover dos lábios fez sua última oração labial di-zendo ao seu marido ali pre-sente: “Nossos projetos não podem parar, são de Deus e você sabe disso”. Com esta oração fechou seus olhos e

Dr. Reynaldo Corrales FilhoPresidente UMHBALP

Nas noites de 27 a 29 de junho, com a permis-são de Deus e

apoio da AIBALP (Associa-ção das Igrejas Batistas da Associação do Litoral Pau-lista) a UMHBALP (União Missionária de Homens Batistas da Associação do Litoral Paulista) realizou mais um Congresso volta-do aos homens e famílias do Litoral Paulista. O local foi o templo da Igreja Ba-tista Central de Adoração, na aprazível cidade litorâ-nea de Santos.

Na primeira noite tivemos 163 pessoas representando as seguintes igrejas batis-tas: Central de Adoração; Central de SV; PIB Santos; PIB Itapema, Guarujá; PIB São Vicente; Vila Áurea; Cidade Ocian; Nova Cintra, do Guarujá; Parque Bitaru; Betel. O orador foi o pastor

nada mais falou, indo des-cansar naquele mesmo dia, das suas lides com o Senhor Jesus.

Casada com o Pr. Dr. Jo-sias Pereira da Silva, auxiliar da PIB do Flamengo, no Rio de Janeiro, foi membro da PIB do Rio por mais de 40 anos, sendo presidente do Coral Hosana, Presidente da União Paz, Evangelismo da Sublime, Professora da EBD, da Escola Vitória e Colégio Batista Shepard, Coordenadora do Projeto L. M. Bratcher em Campos dos Goytacazez, tendo ainda fundado na PIB do Rio de Ja-neiro a União Alfa e sempre voltada para evangelização dos perdidos. Também par-ticipou como fundadora da Igreja Batista da Liberdade, na Tijuca, oriunda do Mor-ro do Turano. Foi também membro das Igrejas de Bo-tafogo, First Baptist Pddie Memorial Church, Newark, New Jersey, Igreja Jardim Nazareno, Piabetá em Magé e PIB do Flamengo. Partici-

Jayme Marcelo Perezin, da IB do Guarujá. Na parte mu-sical tivemos o Gabriel Ber-nardes, Coral Brilho Celeste da PIB São Vicente e Grupo de Louvor da igreja local. Ainda registramos a presen-ça do Presidente da AIBALP, pastor Sérgio Luizetto Ma-chado, que deu uma palavra de apoio e parabenizou aos Homens Batistas do Litoral a disponibilidade de servir

pante ativa nas convenções Nacional, Estadual e Cario-ca, era formada em Direito, Ciências, Pós graduação em História da África e Teologia até o 6º período da Faculda-de Bennett.

Deixa marido; dois filhos, Dr. César Augusto de Souza Silva e esposa Edilma Soares Silva, técnica em enferma-gem e Julio César de Souza Silva e esposa Lana Cristina Fabrício e Silva, contadora; um neto, 2º Ten. do Exér-cito, Igor de Souza e Silva, Enfermeira Emily de Souza

ao Deus todo poderoso e não ficar em suas zonas de conforto.

A segunda noite teve como orador o jovem pastor Rafael Martins, da PIB Solemar. Na música cantaram os irmãos Gabriel Bernardes, Mario Valter, Grupo de Louvor da igreja local. Igrejas presentes: Central de Adoração; Vila Áurea; Central de SV; PIB Santos; Cidade Ocian; Nova

Cintra; PIB Solemar, num total de 184 pessoas.

O Congresso teve seu en-cerramento com uma aben-çoada noite de Celebração sendo orador o pastor Marcos Antonio Peres, da Centenária PIB do Brás, na capital e com ele vieram 45 irmãos do Coro Masculino da referida Igreja com a direção do competen-te Maestro Prado Benfica. O Coro Masculino da PIB do

Brás a todos enlevou com belíssimos hinos de louvor ao Nosso Deus. Tivemos ainda participação do que-rido ER Gabriel Bernardes e Grupo de Louvor da Igreja local. Apesar das várias pro-gramações de igrejas nesta data, 137 pessoas estiveram presentes representando as seguintes igrejas: IB. Cida-de Ocian; Chico de Paula; Getsêmani; Central de São Vicente; Central de Adora-ção; Nova Cintra; Marapé; PIB Itapema; PIB Santos e Primeira Igreja Presbiteriana de Santos.

Registramos a presença e a palavra do pastor Daniel Barros, representante da So-ciedade Bíblica do Brasil e a nossa gratidão à Igreja Batista Central de Adoração e seu pastor Carlos Alberto Santana, pela recepção, cui-dado e forma tão carinhosa que recepcionou a todos que participaram nas três noites deste abençoado Congresso. A Deus toda a honra e glória.

IX Congresso de Homens e Famílias do Litoral Paulista

Homens e famílias unidas no IX Congresso

Silva e Sthefany Cristina de Souza e Silva; demais fami-liares e irmãos em Cristo Je-sus. Teve como pastores Dr. João Filson Soren, por quem foi batizada; Octavio Filipe

Rosa; Glenn R. Hatfield; Felix Tingson; Josias P. da Silva; e Daniel de Sousa.

Damos graças ao nosso Deus, por esta vida dedicada ao Reino de Deus.

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14 o jornal batista – domingo, 28/07/13 ponto de vista

A vaidade é um senti-mento de grandeza, desejo de eminên-cia e elevação de

si mesmo. Sem dúvida, é um sentimento que tem a sua origem, a sua gênese na desobediência dos nossos pais no Éden. A artimanha da serpente era tornar Adão e Eva vaidosos, senhores de si mesmos e capazes de se autogovernarem e se auto-promoverem. A vaidade se revela interna e externamen-te. A estética como estilo de vida mostra drasticamente a vaidade do coração. Adquirir coisas caras para se afirmar na vida é uma atitude de vai-dade. A pessoa vaidosa gosta de aparecer. A vaidade é um sintoma do coração doente, da cardiopatia produzida pelo pecado. O antídoto é a simplicidade do evangelho. A Pessoa de Cristo que se hu-milhou por amor a nós. Ele, sendo Deus, tomou a forma de servo e fez-se semelhante aos homens (Fp 2.5-8).

E agora quais os desdo-bramentos que vem pela frente? A faísca das manifestações foi

acesa e passa a ser uma pla-taforma de lançamento de um novo ciclo de vida no País diante do esgotamento de um modo de fazer política e cultuar a corrupção. Nesta nova fase algumas possibili-dades já são discutidas pelos analistas.

1. Novos protestos poderão surgir, só que com formas mais organizadas, sob pena de serem engolidos pela má-quina devoradora do Estado ou darem ensejo à violência, como tem ocorrido, poden-do gerar forte repressão da força policial para manter a integridade das pessoas,

Precisamos considerar com muita seriedade a vaidade ética daqueles que se acham invulneráveis, que têm a es-pecialidade característica do religioso de se considerar melhor do que o outro. Jesus acertou em cheio ao contar a parábola do fariseu e do publicano. Diante do altar, em oração, o fariseu era um vaidoso do ponto de vista éti-co, moral. Aliás, esta atitude denota moralismo, enquanto a simplicidade dos que têm consciência de suas falhas, limitações, chama-se mora-lidade. Os chamados éticos vaidosos são insensíveis em relação ao erro dos outros. Como o fariseu da parábola contada por Jesus, eles batem no peito e agradecem ao Senhor que não são como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros (Lc 18.11).

Os que são acometidos de vaidade ética confiam em si mesmos, se consideram justos e desprezam os outros (Lc 18.9). Jesus diagnosticou

patrimonial e do direito de ir e vir da própria população. Se não houver organização nos protestos e definição de agenda das demandas, pode-mos chegar na anarquização do País.

2. Como democracia re-quer a existência de repre-sentantes, portanto de parti-dos políticos, pode haver o surgimento de novos partidos políticos, mas com o risco de que possam entrar numa aventura ao estilo da Argen-tina, após a guerra das Mal-vinas, com Menem e depois o casal Kirchner levando o País à bancarrota. Há quem mencione que na lista destas novas alternativas esteja o partido de Marina da Silva, mas também detectam que

o problema com muita preci-são. Vivemos dias difíceis, de homens e mulheres da mídia chamada evangélica que dão lição de moral em todo mun-do. Parece-nos que eles não têm pecados, são pessoas perfeitas, acima daqueles que se acham incapazes de olhar para o alto, se lamentam pro-fundamente e pedem miseri-córdia ao Senhor (Lc 18.13). A vaidade dos éticos os leva a uma vida utópica. A sua mente fica cauterizada pelos próprios pensamentos. O seu coração endurecido por uma religiosidade voltada para o moralismo. Estão mais preo-cupados com o seu trabalho, sua profissão do que com pessoas e suas necessidades.

Jesus nos ensina que “todo o que se exaltar será humi-lhado; mas o que se humilhar será exaltado” (Lc 18.14). A vaidade ética é, na verdade, uma atitude de se exaltar, se achar melhor do que os outros. Essa gente pensa que é tão santa que não se mistu-

é um partido com propostas idealistas até saudáveis, mas sofre de fragilidade conjun-tural, não tendo estrutura suficiente, nem suporte e network político para galva-nizar os anseios do povo.

3. Se a reação política foi de apatia podemos ter o ris-co do descrédito total da população e é possível, pelo menos, duas alternativas – ampliação dos manifestos com a adição de mais violên-cia; ou, apatia da população, incluindo ampliação de votos nulos ou em branco.

E nós batistas o que pode-mos fazer e esperar de tudo isso? O amigo Israel Belo de Azevedo, em seu livro “Cele-bração do indivíduo”, deixa

ra, pois a plataforma do seu moralismo está muito acima dos que eles chamam de fracos, carnais e enfermos. Há homens e mulheres que são idolatrados, ovacionados pelos chamados ‘fiéis’. Can-tores evangélicos se acham referenciais éticos. Pregado-res da TV são verdadeiros monstros sagrados da Igreja de Jesus. Líderes da mídia vivem regaladamente. Canto-res recebem uma fortuna e as gravadoras seculares se apro-veitam para os promoverem e ganharem dinheiro. Essas pessoas são tão bajuladas (e isto me causa asco), tão re-quisitadas e tão famosas que se acham acima de qualquer suspeita. Elas perdem a cons-ciência moral. Não percebe-mos humildade nessa gente. Muitos deles usam os crentes sinceros para inflar a sua vaidade. É aqui que perdem a consciência da ética cristã.

Que o Senhor nos livre da vaidade ética dos escribas e fariseus e nos dê a consci-

claro que nós batistas esta-mos ausentes das discussões éticas no campo da política.

Penso que, por causa do salvacionismo (que tornou a salvação um fim em si mes-ma, priorizando a visão esca-tológica) e do pragmatismo (que transformou o trabalho na igreja em cristianismo), a missão da Igreja acabou se reduzindo a conquistar almas para o céu, a promover eventos e programas domi-nicais. Perdemos o sentido da missão integral da Igreja deixando de considerar o seu papel no mundo como sal e luz. Entendo que algumas vezes temos vivido como óleo quando não queremos nos ocupar com os dilemas do cotidiano e da vida ou até como esponja, quando

ência das nossas fraquezas, limitações e desvios tão pre-sente nos publicanos. Que o nosso Pai nos ajude a viver como Seus filhos obedientes. Que olhemos para o Senhor como motivação para viver-mos uma vida pura, saudável e útil. Que a ética do Reino de Deus permeie todo o nos-so ser. Sejamos pacientes com os que erram. Odiemos o erro, o pecado, mas ame-mos o errado, o pecador. Tenhamos a consciência de que falhamos, mas o perdão de Deus em Cristo Jesus é real e eficaz. Aprendamos com Jesus a amar as pessoas, entendê-las e ajudá-las nas suas lutas diárias. Que o Se-nhor avive a nossa consciên-cia, examine o nosso coração e firme bem os nossos passos. Deixemos todo o pecado que nos assedia e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, o Autor e Con-sumador da nossa fé (Hb 12.1,2).

acabamos por assumir, sem a devida análise, os padrões e valores do cotidiano.

Em termos práticos, neces-sitamos formar e discipular homens e mulheres que as-sumam funções estratégicas no mundo civil e político de modo a exercer sadia influên-cia para o exercício respon-sável da política, da gestão empresarial. Pessoas que atuem de modo exemplar e excepcional, que surpreen-dam positivamente o mundo. É isto que significa “transtor-nar o mundo” até que Cristo venha. Até quando vamos esperar pelos outros tomarem a iniciativa? Sem dúvida será necessário reinventar a polí-tica, reinventar o Brasil e até reinventar a igreja à luz do Novo Testamento.

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15o jornal batista – domingo, 28/07/13ponto de vista

Frederico ReisColaborador de OJB

No dia 6 de março deste ano con-cluiu-se mais um projeto de desgra-

ça, uma espécie de crônica anunciada, mais um jovem talento perdeu a batalha da vida. Alexandre Magno Abrão, vulgo Chorão, no alto de seus 42 anos faleceu vítima de uma vida repleta de insights de morte. Nada de novo debaixo do sol, também Amy Winehouse, Kurt Cobain, Jimi Hendrix,

Jair Fernandes*

Essa inquietação me surgiu ao acompanhar, mesmo de “longe”, as notícias e análises

sobre o movimento popular em curso no Brasil hoje. No entorno, há reflexões pessoais sobre a acirrada guerra contra a família e o casamento en-tre homem e mulher. Aqui, bem próximo, nos constrange o contato com famílias de adolescentes e jovens envol-vidos com drogas... Famílias se despedaçando... Diante de realidades como essas, pergunto: O que eu e você, igreja evangélica “verde-e--amarela”, estamos fazendo pela transformação do Brasil?

Do “exílio”, neste período de preparação para o minis-tério pastoral aqui nos EUA, acompanho as reportagens e análises da imprensa. Leio notícias e artigos variados. Consulto as notícias brasi-leiras e internacionais várias vezes ao dia. E, naturalmen-te, fico curioso. Curioso para saber a opinião de brasileiros

Janis Joplin e Jim Morrison abreviaram aquilo que cha-mavam de vida. Em comum, indivíduos que trilharam por uma via fluorescente e que sinalizavam a exaustão de sua esperança. Como já afir-mara um poeta: “o pop não poupa ninguém”.

O maior problema não resi-de na morte prematura, mas no rascunho pálido de vida que experimentaram. Os in-divíduos ditos pós-modernos, perdem-se cada vez mais na impossibilidade de uma explicação, que seja mítica, contudo plausível à morte,

aqui e, principalmente, aí, no amado Brasil. Cá com meus botões, pondero sobre duas impressões, sentimentos, pessoais. Me acompanhe, por favor.

Primeiro, notei que havia um grande temor por conta da ação dos vândalos e de caráter violento, “perigoso”, em meio à onda de mani-festações por mudanças no Brasil. Essa impressão me foi comunicada especialmente por pessoas da faixa etária acima dos 60. Contudo, vejo que esse temor certamente foi (ou deve ser, opino eu) substituído. Substituído pela percepção de que algo novo está acontecendo no Brasil. E para melhor. Mas, reafirmo, meu coração se inquietou.

Minha segunda impressão, sentimento, é: Há algo novo acontecendo no meio na igre-ja brasileira. Existe algo novo acontecendo entre o povo de Deus (“o povo que se chama pelo meu nome”). O Espírito Santo está em ação.

Mas, exatamente, o que está acontecendo? Ou, tal-

numa espécie de negação de sua finitude e fugacidade.

A partir deste binômio po-demos admitir que ninguém é jovem demais para morrer. O que não se pode admitir é a construção de um modo de viver leviano, que teme a exis-tência e suas consequências.

Em contraposição aos que submetem seu existir ao medo, podemos lembrar--nos de um jovem que com ousadia levantou-se contra um império e sua ordem constituída. No alto de seus 30 anos, Jesus de Nazaré inaugurou um tipo de vida

vez, a pergunta seria: O que aconteceu? Lembrei-me das campanhas de oração pelo Brasil que estão sendo pro-movidas pela nossa Junta de Missões Nacionais. Me encoraja, anima e desafia a indiscutível chama e busca por um avivamento espiritual em nossa nação, catalisado pela oração. Essa chama está acesa no meio do povo de Deus, com força maior em determinadas denominações, e resiliência, mesmo que en-tre uma minoria, em outras. Tenho a certeza bíblica, de que nossa batalha é contra os poderes espirituais, que (ainda) controlam e dominam este mundo. Nossa vitória é garantida. Mas precisamos lu-tar - com as armas espirituais.

Concluo dizendo que, “de fora”, não tenho o mínimo direito de querer ver o movi-mento entre o povo e igreja brasileira com meus próprios olhos. De joelhos, me uno aos irmãos em Cristo Jesus que es-tão clamando por uma trans-formação real em nosso País. Transformação que começa

que demonstrava-se plena e abundante. No miolo de sua história, encontra-se a crôni-ca de sua morte, um evento com tal intensidade que sig-nificou o modo de vida de todos nós. Seu sofrimento e morte estão longe de serem incidentais e involuntários. São frutos de uma vida apai-xonada que leva às últimas consequências a experiência do amor. Sua vida é, pois, acima de tudo, a história de uma paixão radical que o le-vou a paixão de uma história. Na cruz Deus participa das minhas dores e imperfeições,

no coração do indivíduo, se expande para o círculo fami-liar, de amigos, conhecidos e colegas de trabalho.

Creio no poder do evange-lho que chega à vizinhança, bairro, cidade, Estado, nação e mundo. Estamos falando de Evangelho e ação do Espírito Santo que não cabem em odres velhos. Estamos falan-do de batistas contribuindo ainda mais para a salvação do País e das nações por meio de sua ação missionária, pro-fética (como o encontro da liderança denominacional com o alto escalão do gover-no federal) e histórica. Como me lembrou um mentor, co-nhecedor da realidade brasi-leira e denominacional por ter sido obreiro no campo brasileiro, nós, batistas bra-sileiros, precisamos acordar ainda mais para nossa rele-vância e poder de impacto na nossa sociedade. O nome batista deve ser mais e mais sinônimo de cristão, sal da terra e luz do mundo.

Aviva-me, Senhor. Aviva--nos, Deus. Espalha entre

um projeto de graça e mise-ricórdia concedido aos que aceitam seu convite.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11.28).

*Come as you are (Venha como você estiver) é uma das composições mais famosas de Kurt Cobain. Na opinião de muitos ela é uma das mais famosas músicas de rock da história. Também há os que acreditem que ela é a maior “indireta de Cobain” para com seu suicídio, ocorrido em 5 de abril de 1994.

nós, entre nossos adolescen-tes e jovens, no seio das nos-sas igrejas, esse avivamento espiritual. Quebranta meu coração. “Vem encher-nos de amor pelas almas perdidas, incendeia nosso coração”. Imprime em nossas mentes e corações (Hebreus 8.10) as verdades de II Crônicas 7.14: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”.

*Jair Fernandes é casado com Letícia, e está no úl-timo ano do mestrado em teologia (Divindades) pelo Seminário Teológico Batista do Sudoeste (Southwestern) dos EUA, em Fort Worth, Texas. Serve como ministro de adolescentes na IB Bra-sileira Central (Bedford, TX). Atuou como jornalista por 5 anos na imprensa secular e denominacional no Estado da Bahia.

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