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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 09 Domingo, 01.03.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Jornal Batista - 09-2015

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O Jornal Batista desta semana dedica a edição a todas as esposas de pastor. No editorial tem uma singela homenagem a elas em forma de gratidão por tudo o que representam. A edição desta semana traz também a matéria completa a respeito da 95ª Assembleia da CBB, que aconteceu em Gramado-RS no período de 06 a 10 de fevereiro.

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1o jornal batista – domingo, 01/03/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 09 Domingo, 01.03.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 01/03/15 reflexão

E D I T O R I A L

Dia da Esposa de PastorNo calendário de

atividades deno-minacionais da Convenção Batis-

ta Brasileira consta que o primeiro domingo de março é o “Dia da Esposa de Pas-tor”. Sim, é isso mesmo, mas confesso que poucas vezes pude ver uma ou outra igreja fazendo menção a esta data. Acredito que pela proximi-dade do Dia Internacional da Mulher, acaba o Dia da Esposa de Pastor passando despercebido. Contudo, o que não dá para passar des-percebido é a eficiente atua-ção destas mulheres vocacio-nadas - tanto quanto os seus maridos - para um ministério nem sempre reconhecido, nem sempre lembrado. Mas, quando elas não atuam, é logo percebido.

Em seu Livro “Mulher sem nome”, Nancy Dusilek trata

muito bem deste assunto ao abordar que muitas vezes nem o nome da esposa do pastor é lembrado, daí o título do livro. Nesta edi-ção de O Jornal Batista nós queremos render graças ao Senhor por estas mulhe-res e, ao mesmo tempo, homenageá-las reconhe-cendo a importância que elas exercem na vida dos seus maridos como pas-tores. Ainda que não haja festas e celebrações neste dia, isso em nada diminui a importância de suas vidas e trabalho silencioso ou ocul-to que fazem.

Muitas têm atuação bem visível, e são reconhecidas publicamente. Em muitas ocasiões, elas são desafiadas a assumirem o púlpito como pregadoras. Outras, estão sempre por trás do piano conduzindo a música ou

dirigindo a União Feminina da Igreja, ou cuidando da Educação Religiosa; não raro vê-las conduzindo as questões de alimentação, para que ninguém deixe de ser atendido. Além de todas essas tarefas, não descuidam de acompanhar o marido e controlam com o olhar onde estão os filhos. Qua-se sempre são procuradas por membros da igreja, que gostariam de abordar algum assunto com o pastor; elas funcionam como porta- vo-zes. Outras não parecem tão ativas como essas, mas não menos importante, muitas vezes silenciosas a tudo, estão atentas e mantém os maridos informados dos di-versos sentimentos percebi-dos. Há aquelas que estão sempre buscando informa-ções do dia a dia da vida ou nas notícias da cidade,

estado, mantendo os mari-dos informados e indicando temas que eles podem abor-dar na igreja.

Sem dúvidas, podíamos usar todas as páginas desta edição fazendo uma descri-ção do quanto estas mulhe-res abnegadas contribuem com o ministério pastoral, ou melhor, a importância da esposa no ministério pasto-ral. Mas, vamos nos limitar a lembrar de cada uma delas dia a dia em nossas orações, para que elas continuem firmes e constantes, abenço-ando nossas vidas. Usamos a capa para publicar uma pequena homenagem, pu-blicando algumas fotos que representam as milhares por este nosso Brasil Batista afo-ra. Dê um abraço na esposa do seu pastor neste domingo em que celebramos o Dia da Esposa de Pastor. (SOS)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Quem são os cristãos evangélicos

Reporto-me ao artigo “Quem são os cris-tãos evangélicos”, do pastor Guilherme

Amorim Ávila Gimenes, titu-lar da Igreja Batista Betel, pu-blicado no mui querido OJB de 29/06/2014, página 15, evidenciando as acusações contra os cristãos evangélicos que acreditam piamente na Palavra de Deus como única regra de fé e de prática: “Nós, cristãos evangélicos, somos radicalmente contra a violên-cia do ser humano”. “Prefe-rimos sofrer perseguições e retaliações do que promovê--las; pois aprendemos com Jesus que é inerente a nossa fé uma série de injustiças e afrontas”. “Não obrigamos a ninguém crer como nós”.

“Nossa mensagem como cristãos evangélicos é: Deus ama a todos e tem um plano especial de salvação e trans-formação”. “Agora, se preciso for, em garantia de nossa sã consciência e obediência a Deus, resistiremos bravamen-te, não com armas nas mãos, ou discursos desrespeitosos, mas com firmeza de que, se necessário for, nos levará para a prisão se algum dia o Estado estabelecer”. “Prefe-rimos uma cela fria de uma prisão do que a insanidade da violência já visto na história da humanidade”. Meus para-béns ao nobre colega, pastor Guilherme, por essa valiosa colaboração.

Arnaldo Nunes,pastor jubilado pela

Junta de Missões Nacionais Campinas - SP

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3o jornal batista – domingo, 01/03/15reflexão

(Dedicado ao leitor Joe Musgrave, de Arlington, Texas, USA)

A “Paixão de Cristo, segundo São Ma-teus”, de Johann Seba s t i an Bach

(1685-1750), foi executada na Igreja de São Tomás, em Leipzig, na Alemanha, na sexta-feira da chamada Se-mana Santa de 1727, 1728 e 1729 (BWV-244-b), de 1736 e 1740 (BWV-244).

D e p o i s d a m o r t e d e J.S.Bach, em 1750, a música sacra protestante declinou. Ficou negligenciada até o dia 11 de março de 1829, quando Felix Mendelssohn (1809-1847) a recuperou e regeu na “Singakademie” de Berlim.

Estava presente o filósofo Friedrich Hegel (1770-1831), que escreveu: “O gênio eru-dito, robusto e verdadeira-mente protestante de Bach, que só recentemente conhe-cemos, pudemos apreciar em seu completo valor”.

Em 1820, Ludwig van Be-ethoven (1770-1827) tinha escrito: “Nicht Bach. Meer sollte er heissen” (Seu nome não deveria ser “riacho“ e, sim, “mar”).

A “Paixão” foi executada em Breslau (atualmente Wro-claw, na Silésia polonesa), importante centro do reavi-vamento religioso que fazia restrições à música bachiana, em 1830. Só voltou a ser apresentada em 1841, em Leipzig, onde Bach foi minis-tro de música (1723-1750).

Esta “Paixão”, na opinião de Karl Geiringer (1899-1989), “Representa o clímax da música de Bach para a Igreja Protestante” (J.S.Bach – The culmination of an era. London: Allen and Unwin, 1967; J.S.Bach – O apogeu de uma era. Rio de Janei-ro: Zahar, 1985). A obra é uma meditação profunda e apaixonada de Bach sobre a morte de Jesus.

Escrito por Christian Frie-drich Henrici (1700-1764), jovem poeta de Leipzig, ini-cialmente era um diálogo entre a Filha de Sião e o Fiel. Ouvindo o coro introdutório, descobrimos que ele usou o método literário da inter-polação e uma técnica de reportagem até hoje ensinada nas escolas de jornalismo. Essa técnica requer que o repórter responda a certas perguntas de possíveis leito-res: quando?,quem?, como?, o que?, onde?, por quê?

Sob o pseudônimo “Pican-der”, escreveu o texto abaixo, pelo qual verifica-se que, com perguntas concisas e respostas categóricas, foi um bom repórter.

1) - “Kommt, Ihr Tochter, helft mir klagen” (Vinde agora, vós filhas, ajudar--me no pranto); 2) - “Sehet! Wen? Den Brautigan” (Vede! Quem? O Noivo); 3) - Seht ihn! Wie? Als wie ein Lamm“ (Vede-o! Como? Como um Cordeiro); 4) - “Sehet! Was? Seht die Geduld” (Vede! O que? Vejam a paciência); 5) - “Seht! Wohin? Auf unsre Schuld” (Vejam! Onde? Em nossas culpas); 6) “Seht ihn! Aus Liebe und Huld” (Ve-de--o! Por amor e clemência); 7) “Holz zum Kreuze selber tragen” (A madeira da cruz Ele mesmo carrega).

O “libreto” foi constituído com: 1) - o relato de Mateus, capítulos 26 e 27; 2) - poe-mas de Picander; 3) - versí-culos de corais.

Em 15 de abril de 1729, ninguém em Leipzig jamais tinha ouvido uma compo-sição musical tão inusitada, que impôs ao público uma imagem tão elevada e lumi-nosa do compositor, pois irradiava ao mesmo tempo gênio e piedade.

A Ordem do Culto previa: 1) - toque de sinos; 2) - can-to coral; 3) - “A Paixão de Cristo”, oratório, 1ª parte, pelo coro; 4) hino “Herr Jesu

Christ, dich zu uns wend”, pela congregação; 5) - ser-mão; 6) - 2ª parte do oratório, pelo coro; 7) – hino “Nun danket alle Gott”, pela con-gregação. O coro ocupava as duas tribunas laterais, à esquerda e à direita. Christian Gerber registrou, em 1732, o evento em sua história.

A “Paixão” começa com um monumental trecho co-ral, que impressiona por sua estrutura musical e sua te-mática teológica. Desde os primeiros compassos, Bach nos submerge abaixo de um clima espiritual de amargura.

A introdução orquestral, musicada por Bach, cria um ambiente sonoro de sofri-mento e dor, sendo realizado por meio de figuras instru-mentais que representam, para nossa surpresa, a As-censão, e de um cânone vo-cal: os baixos imitados pelos tenores, enquanto as vozes femininas cantam um contra--cânone; o efeito é incompa-rável; o coro adulto executa duas antífonas, seguido pelo coro de meninos, que canta “O Cordeiro de Deus”. Tudo isso é altamente dramático e profundamente teológico: o justo sofrendo pelo injusto, o inocente morrendo pelo culpado.

Picander, na quarta frase do coro introdutório, induz-nos à imitação do paciente e ino-cente sofrimento de Cristo, ressaltando a palavra alemã “Geduld” (paciência) para rimar com a palavra “Schuld” (culpa). Bach, por sua vez, arranjou a música para con-firmar a tese de que a paciên-cia de Cristo deve ser imitada pelos seus seguidores.

A palavra “Unschuldig” (inocente) é inequívoca em seu significado; no coral é composta nas notas mais longas e mais altas. Quando Bach vai para a quinta frase (“Onde?”), ele se demora na pessoa do pecador; é o mais duradouro segmento, quando

são feitas várias repetições da questão “Wohin?”; é, como salientou Jaroslav Pelikan (Bach Among the Theolo-gians. Philadelphia: Fortress Press, 1986), “O inocente Cordeiro de Deus x humani-dade culpada”.

Essas palavras eram bem conhecidas no século 18 pelos luteranos de Leipzig, como são atualmente conhe-cidas pelos Batistas do Brasil; mas eles, e nós, não refleti-mos sobre sua importância.

Durante o julgamento de Jesus (trecho nº. 46 da “Pai-xão”), o mesmo coral aparece pela terceira vez, quando a turba quer que Ele seja crucificado; Bach e Picander põem na boca da soprano solista “Er hat uns allen wo-hlgetan” (Ele fez o bem a todos nós). Logo em segui-da, Bach ressalta o amor de Jesus, na ária para soprano (nº. 49) “Aus Liebe will mein Heiland sterben” (Por amor meu Salvador quer morrer), exprimindo uma dor quase infinita.

A “Paixão” termina por um coro fúnebre para repre-sentar a deposição do corpo de Jesus na sepultura, por isso Bach foi criticado. Mas, convenhamos, trata-se de um oratório passional com finali-dade litúrgica: fazer com que os ouvintes contemplem a profundidade do seu peca-do, e a profundidade, muito maior, do amor do Salvador.

Friedrich Nietzsche (1844-1900), quem diria?, em 1870 escreveu: “Durante esta se-mana ouví três vezes a “Pai-xão” do divino Bach e a cada vez com o mesmo sentimen-to de infinita admiração”.

A primeira vez em que ou-vimos esta “Paixão” foi em 13 de setembro de 1957, por meio de gravação em disco LP (“Westminster”, WAL-401) realizada em 1953 no “Konzerthaus” de Viena (Áustria), com os maiores cantores solistas da época,

acompanhados por coro e orquestra sinfônica, e regidos por Hermann Scherchen. Du-rante quase 30 anos foi nossa preferida fonte de música.

Depois de 1985 passamos a ouví-la com os discos LP (“Deutsche Grammophon”, 2711-012) gravados pela orquestra filarmônica de Ber-lim (Alemanha), regida por Herbert von Karajan. Uma gravação muito elogiada na década de 80 foi a de Karl Münchinger, com a orquestra de Stuttgart.

Em 1998 a evolução tecno-lógica da fonografia levou--nos à gravação em discos CD realizada pela “Philips”, com a orquestra real do “Concertgebouw”, de Ams-terdã (Holanda), dirigida por Eugen Jochum, que, no dizer de Rogério Cerqueira Leite, “Consegue conciliar expres-sividade e autenticidade”.

Esses discos vinham acom-panhados por folheto con-tendo os textos, algumas vezes bilíngues (alemão e português), outras vezes multilíngues(alemão, por-tuguês, inglês e francês), o que permitia ao discófilo acompanhar o canto, mesmo sem conhecer alguma dessas línguas. Nunca frequentamos curso de aprendizado da língua alemã, mas, de tanto ouvir as obras corais de Bach, em 2012, quando fomos à Alemanha, estávamos em condição de ler livros, fo-lhetos, jornais e revistas na língua de Lutero. Você quer ler em alemão? Então, ouça Bach.

Pretendemos ouvi-la, pela 48ª vez, no próximo dia 03 de abril, quando serão co-memorados os 288 anos de sua existência, sempre tendo em vista “A maior glória de Deus e a melhor instrução dos homens”.

(Rolando de Nassau, “Intro-dução à Música Sacra”. Rio de Janeiro: edição do Autor, 1957).

MÚSICARolando de nassau

A Paixão de Cristo, sentida por Bach

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Família dividida, família destruída

reflexão

“Mas, conhecendo ele os seus pensamentos, disse--lhes: Todo o reino, dividido contra si mesmo, será assola-do; e a casa, dividida contra si mesma, cairá” (Lc 11.17).

Quando questiona-ram Jesus sobre Sua autoridade para expulsar de-

mônios, o Mestre declarou que a explicação estava na união entre Ele e o Pai. Para ilustrar, diz o texto: “Mas Jesus, conhecendo os pen-samentos dele, disse: o país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído. A família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída” (Lc 11.17).

Na dinâmica do Reino de Deus, os demônios são as entidades do mal, inimigas do Criador. Uma das técnicas

usadas por eles é a de causar divisão e discórdia entre os filhos de Deus. É incalculável o número de seres humanos que aceitaram o ateísmo, diante do mau testemunho dos “religiosos”. Neste con-texto, Jesus ensina que os demônios usam a mesma tá-tica para destruir as famílias: gerando “grupos que lutam entre si”.

Qual é a reação de uma esposa, quando ela sente que seu marido a ama, “Como Cristo amou Sua Igreja, dan-do Sua vida por ela”? Certa-mente, não será a de amá--lo, do mesmo jeito? Família dividida é família destruída. Quando os membros da fa-mília escolhem viver o amor de Cristo, este amor constrói a unidade espiritual e emo-cional da família. Família construída em Cristo é sem-pre família unida.

Dinelcir de Souza Lima, colaborador de OJB

Um dia desses fui visitar um casal de amigos. Crentes em Cristo, dedi-

cados em sua igreja, estão sempre falando de vida cris-tã, de vitórias em Cristo, de confiança em Deus. Confes-so que às vezes se tornam enfadonhos. Mas são amigos de verdade.

Chegamos, eu e a minha esposa à casa deles, e en-contramos dificuldades em estacionar o carro. A rua era muito estreita e havia mui-tos carros parados ao longo do meio-fio (ou da guia). Se

deixasse meu carro na rua impediria a passagem de outros veículos.

Fiquei sem saber o que fa-zer e buscamos a ajuda dele. Abriu o portão da sua casa e pensei que mandaria que eu estacionasse lá dentro, por-que havia muito espaço. Ao invés disso, foi até a calçada de um vizinho e mandou que eu colocasse o carro nela. Fiquei preocupado, ele per-cebeu e pediu autorização à vizinha que, imediatamente, permitiu.

Deixei o carro ali e fui an-dando com ele até a sua casa. Percebi que na calçada dele havia plantas estrategica-mente colocadas para que

ninguém pudesse estacionar. A língua “coçou” e não pude deixar de dizer: “Pois é, você colocou meu carro na calça-da de um vizinho, mas na sua calçada você colocou plantas para impedir que carros esta-cionem”. A reunião foi boa, agradável, mas não pude deixar de pensar em como pequenas atitudes nossas po-dem demonstrar desvios de caráter que possuímos, que são encobertos por estarda-lhaços religiosos.

No entanto, a lição que ficou muito forte para mim foi que não posso agir com meu semelhante de alguma maneira que eu não gostaria que agissem comigo.

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Durante uma pales-tra em uma escola aqui em Presiden-te Venceslau - SP

no final dos anos “90”, fui questionado sobre a forma-ção familiar onde já impera-va a forte tendência da figura da mãe como única tutora familiar. O debate não se referia a isso propriamente dito, mas dava margem a uma colocação inerente ao assunto a partir da produção independente de filhos de uma renomada apresenta-dora de televisão ainda em atividade por aí. Como in-centivadora inconsciente ou não do novo retrato da célula mais importante da socieda-de, a artista não mantinha relacionamento afetivo com o pai, como foi exposto ao público no programa “Essa é a sua vida”, comandado pelo saudoso jornalista Jota Silvestre, em um tempo ra-zoavelmente distante. De lá até esta data, a sociedade brasileira continua seu pro-cesso cambaleante e ébrio de desestruturação, infelizmente sem volta.

Como pessoas comuns, vivemos uma transformação interessante. Sempre recla-mamos que a modernidade nos tirou um tempo apropria-do para a família e para os fi-lhos, deixando-os à mercê de uma educação independente, quase sempre falha. Prova disso são as prisões lotadas de jovens que mal iniciaram a vida porque se dispuseram a ficar “independentes” antes da hora. Outra: os pais apoia-ram a educação influenciada diretamente pelos meios de comunicação, especialmente da TV. Agora, honestamente: quando nos interessamos por algo, sempre encontramos um espaço na agenda para nos dedicar a isso. É ou não uma verdade? Ou seja: não abrimos mão do que é im-portante para nós, para nosso ego, para nosso prazer. Nem em relação aos filhos.

A autoridade paterna de 50 anos atrás, exercida com imposição e austeridade, já não pode mais retornar aos nossos dias. E nem tem como. Permitam-me, contu-do, discordar desta liberali-dade social que vemos hoje. Baseamos tudo no relativo e desprezamos o absoluto.

Tudo pode, tudo é aceito, tudo é bonito. Até creio que existam “obrigações filiais”, embora estejam sendo negli-genciadas sem qualquer peso de consciência. Por isso, pa-gamos altíssimo preço: cada vez mais vemos famílias sem pais, grupos de um segundo casamento e famílias cujos pais e mães vivem em casas diferentes. Pode isso? Resu-mo da ópera: embora alguns entendam como sendo uma colocação exagerada, nada impede que a família seja analisada como portadora de certa enfermidade, notada-mente, no campo espiritual.

Outra consequência: desde quando o divórcio foi instituí-do, há mais de 30 anos, o nú-mero de separações aumentou mais de 200%. Expandiu tam-bém o casamento em que um dos cônjuges ou ambos são divorciados. Mais recentemen-te, com a aprovação da Lei 11.441, que permite o divór-cio em cartórios, a família so-freu um novo baque: aumento de mais de 40% nos serviços de partilha de bens herdados. Trocando em miúdos: uma pe-quena discussão entre os pais pode desencadear o desmem-bramento familiar, deixando

os filhos à disposição do des-tino. De certo modo, isso é ingratidão. Surge aí outro sinal da modernidade: a terceiriza-ção da criação das crianças. Normalmente a cargo de avós, tios e até conhecidos. Outras são “cuidadas” por duas ou até três babás. O que apavora: isso acontece em uma escala ainda não avaliada claramente. Beira à irresponsabilidade, essa é a verdade.

A diferença entre ontem e hoje: a covardia. Muitos pais se acostumaram a recuar diante dos filhos. Não se trata especificamente de usar “da vara”, ainda que, biblicamen-te, para a correção é permi-tido por Deus. Refiro-me a impor limites. Não quero ser o dono da verdade, porém, assista aos programas que tratam do assunto filmando o cotidiano das famílias por dentro. Neles muitos pais “levam” tapas dos filhos. No futuro certamente serão agredidos, literalmente. Isso demonstra falta de perso-nalidade dos genitores. Os desvios que advém desta total ausência de disciplina podem chegar ao extremo com o encarceramento de alguns filhos na idade adulta.

Não existe nada mais terrível. Minha saudosa avó, se viva fosse, chamaria estes tipos de pais de “pamonhas”.

Reitero o que já explanei aqui há poucos meses. Além de ensinos bíblicos, a influ-ência maior que exercemos sobre os filhos vem através dos bons exemplos. A nossa conduta é observada em de-talhes pelas crianças. Se você se acha despreparado para o casamento, imagine para a criação dos filhos. E tem mais: uma das coisas mais importantes na conduta de homens e mulheres que acei-taram esse desafio envolve principalmente o exemplo da fidelidade entre ambos. Uma pesquisa britânica informa que um entre 25 homens está cuidando de filhos que não são seus. Um número que pa-rece insignificante. Contudo, transfira esse levantamento para a sociedade brasileira que é menos conservadora e menos instruída. A notícia esclarece ainda que 20% das mulheres com relações es-táveis naquele país mantêm “casos” amorosos com ou-tros homens. E agora, o que pensar sobre o que acontece no Brasil?

Pais virtuais

O que não quero para mim, não posso querer para meu semelhante

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5o jornal batista – domingo, 01/03/15reflexão

ele foi plantado com Cristo. Jesus disse que se o grão cair na terra e ficar ele só, vai morrer, mas se ele res-suscitar em uma nova vida, ele vai produzir cem por um.

O que tem que ser ensina-do ao novo convertido é que ele agora foi liberto da vã maneira em que vivia como tradição. Ele não mais faz parte da roda dos escarnece-dores, não anda mais sob o conselho dos ímpios, e não se detém no caminho dos pecadores não redimidos.

Paulo entendeu a nova vida da maneira em que se expressou, quando disse que ele agora estava morto para o mundo e vivo para Deus, de acordo com Ro-manos 6.10. O pecado não reina mais no seu corpo mortal para obedecer as concupiscências.

Ele agora não mais apre-sentará seus membros ao pecado como instrumentos

de iniquidade, pelo fato que agora faz parte de um grupo que foi escolhido, no-meado, para dar frutos que permanecem para a vida eterna, segundo João 15.16.

Agora ele não é mais ini-migo de Deus, ele é amigo, como relata Tiago 4.4. E como amigo, ele pode ser um intercessor pelos outros, junto com a Igreja.

Vida nova é uma vida de renúncia dos desejos da carne e dos pensamentos. Agora, ele tem a mente de Cristo. Sua velha natureza morreu. Agora, ele é feitura de Cristo para as boas obras as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Pau-lo escreve em Gálatas: “Já estou crucificado com Cris-to; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vi-vo-a na fé do filho de Deus, o qual se entregou por mim” (Gl 2.20).

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

Ao par t i c ipa r da Convenção Batista Brasileira em Gra-mado - RS, ao ver

os batismos de 27 novos irmãos, meu coração quase não aguentou de tanta emo-ção. Lembrou-me dos anos idos quando as nossas Igre-jas batizavam grandes nú-meros de convertidos; não sei qual a razão que hoje os batismos estão se reduzindo.

Com a responsabilidade de trazer a mensagem para a Igreja, fiquei perguntando a Deus como estes novos ir-mãos viverão esta nova vida, quando lemos o Evangelho de Lucas 14.26;27 e 33.

O Espirito Santo me levou a analisar as expressões que o apóstolo Paulo escreveu aos Romanos, no capítu-lo 6, versículo 4. Que um

novo convertido já nasceu de novo, que o seu homem velho já morreu e foi sepul-tado, ressuscitando para que possa viver em novidade de vida, isto é, uma vida nova.

O apóstolo Pedro na sua Primeira Carta diz que eles precisam receber um trata-mento como recém-nasci-dos. Um leite não falsifica-do, que os fará crescer. Em nosso meio temos tantas marcas de leite que são co-locados veneno, que não permitem que eles cresçam na doutrina que Paulo deno-mina de sã doutrina. Creio que o primeiro passo para uma nova vida é assumir a posição de pecador remido.

Fiz parte de uma doutrina que quando o irmão se afas-ta, sua foto é colocada ao contrário. No conceito de Jesus e dos apóstolos, nós, os que já estamos alistados, também entendemos que precisamos viver irrepreen-

síveis, como filhos de Deus sinceros e inculpáveis, no meio de uma geração per-versa e corrompida.

Paulo explica que os pe-cadores foram destituídos da glória de Deus, e que o salário do pecado é a morte, mas, como a morte foi tra-gada na vitória, o novo con-vertido vai viver uma vida vitoriosa se ele crescer em duas direções, se ele for en-sinado a viver uma vida de humildade diante de Deus e dos homens. Jesus disse que a Igreja é a luz do mundo, mas, não uma luz colocada debaixo do orgulho, para que Deus possa exaltá-lo.

Também ele precisa apren-der que todas as circunstan-cias deverão ser lançadas sobre o Cristo crucificado. Ele precisa aprender aos pés de Jesus como Maria, e não preocupado com os afazeres de Marta. Outra doutrina que deve ser ensinada é que

Uma vida nova

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6 o jornal batista – domingo, 01/03/15 notícias do brasil batista

Cássia Virginia Guimarães Cavalcanti, presidente da UEPBB

No dia 04 de feve-reiro aconteceu na cidade de Gra-mado - RS mais

uma Assembleia das Espo-sas de Pastores Batistas do Brasil, no Espaço Cultural da FAURGS. Foi o maior encontro já realizado com a presença de 281 mulhe-res em nossa reunião. Teve início com um momento devocional e a professora Iracy Leite trouxe para todas nós uma meditação bem atual: “Luz, energia da vida”, baseada em Mateus: “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca de-baixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vo-cês, que está nos céus” (Mt 5.14-16). A apresentação das caravanas e das presidentes estaduais foi realizada pela 3ª vice-presidente, Ilka Men-donça dos Anjos Duarte, sendo um momento de des-contração e muita alegria.

O tema do encontro, “Mu-lheres mentoreando mulhe-res”, foi desenvolvido o dia todo pela missionária Ilaene Schuller – SEPAL. Sua mis-são foi nos convocar a não sermos sozinhas e, sim, a formar grupos de apoio onde cada uma possa falar das suas dificuldades, sonhos e rea-lizações. Cada participante adquiriu um livreto de orien-tação para o mentoreamento.

No período da tarde, o grande grupo permaneceu interessado e por isso bas-tante participativo. Após esse momento, a Comissão de Análise de Atas e de Exames de Contas apresentou seu relatório, que foi aprovado por todas. A nova direto-ria da União de Esposas de Pastores Batistas do Brasil (UEPBB) foi eleita, ficando assim constituída: diretora--presidente - Cassia Virginia Guimarães Cavalcanti – PE; primeira vice-presidente - Ilka Mendonça dos Anjos Duarte – Fluminense; segunda vice--presidente - Vanda Redhed Martim – GO; terceira vice--presidente - Waltemira de Souza Nogueira – RS; primei-ra secretária - Débora Silva Lins e Silva – SP; segunda secretária - Dayse Vespasiano de Assis – SE; primeira tesou-reira - Edna Barreto Antunes dos Santos – Fluminense; se-gunda tesoureira - Ailda Lima

Lemos – SE. A posse ocorreu com a oração da irmã Dulce Purim Consuelo.

Querida, convocamos você - esposa de pastor - a parti-cipar da Associação do seu estado e da próxima Assem-bleia Nacional, que aconte-cerá em Santos - SP.

Neste primeiro domingo de março, Dia da Esposa

do Pastor, parabenizamos a todas pela passagem

do nosso dia!

Para você meditar:•“Feliz o pastor que tem na

esposa uma companheira fiel, mãe exemplar, crente dedicada, que compreende o seu ministério e o estimula a exercê-lo com proficiên-cia” - pastor Júlio Sanches

•“Que possamos, como es-posas de pastores, crescer, a cada dia, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Tudo o que temos e o que somos, nossa exis-tência, nossa história pes-soal, nossa singularidade, nossa identidade, ão úni-cos, criados pelo Pai. Que Ele possa nos usar para Sua honra e glória no ministé-rio da Palavra, como aju-dadoras, primeiras-damas reconhecidas, ou não, pe-los homens, mas aplaudi-das pelo Pai” - Vera Vilar

Esposas de pastores: sozinhas, nunca mais

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7o jornal batista – domingo, 01/03/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Mulheres que par-ticipam do Pro-jeto Alma Livre passaram uma

tarde cuidando dos idosos do Asilo Dona Paula, em Belo Horizonte – MG. As jo-vens se dispuseram a cuidar dos senhores e senhoras que vivem no lugar, oferecendo refeição e prestando serviços estéticos, como pintar o ca-belo e fazer as unhas.

A ação das jovens represen-tou para os idosos um tempo de confraternização muito especial entre as gerações. O projeto da Casa Alma Livre

faz parte do ministério da missionária Mônica Peixoto, e oferece auxílio e amparo à mulheres egressas do sistema prisional ou em situação de risco social, juntamente com seus filhos.

Redação de Missões Nacionais

Aconteceu o pr i -meiro batismo do Projeto Água Viva em Juazeiro - BA,

onde atuam os missionários Rafael e Joselina Lucchiari. Cinco pessoas foram batiza-das e cerca de 60 assistiram ao culto de batismo. Lou-vamos a Deus pelo traba-lho realizado nessa região, que precisa tanto de Deus. Interceda por esse projeto missionário. Para apoiar por meio de ofertas, escreva para pambrasil@missoesna-

Redação de Missões Nacionais

Semanalmente, os mis-sionários Izaías Emídio e Ariene Machado re-alizam culto de oração

em lares. Durante os cultos, eles também realizam, em um ambiente separado, um traba-lho evangelístico para crianças.

Vidas têm sido impacta-das pela Palavra de Deus e,

como resultado, mais duas pessoas aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador. As duas novas convertidas con-tinuarão sendo acompanha-das pelos missionários a fim de que sejam discipuladas e continuem firmes em Cristo.

Interceda por este ministé-rio, para que os missionários continuem fortalecidos no Senhor a fim de que mais vidas sejam alcançadas.

CFC Cristolândia de Campinas - SP:

Festa pelo aniversário da

filha de uma das alunas do ProjetoRedação de Missões Nacionais

“Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos

alegres”, declara a missionária Geane Campos, fazendo uso do versículo que se encontra no Salmo 126.3. Ela atua na liderança do Centro de For-mação Cristã Cristolândia, em Campinas – SP, onde as mães e seus filhos são acolhidos com o intuito de que permaneçam juntos durante o período de tratamento contra a dependên-cia química.

Graças ao apoio de parceiros e amigos do Projeto, foi possí-vel realizar uma linda festa para a filha de uma das alunas. Mar-cela, mãe da pequena Vitória (a aniversariante), emocionou-se e confessou que tinha sido a primeira comemoração de ani-versário da menina, que com-pletou quatro anos de idade.

Antes, Marcela não se fazia presente na vida de Vitória. Ela não acompanhava o cresci-mento e não interferia na edu-cação da filha, mas, hoje, ela cuida e também compartilha amor com sua outra filha, a pe-quena Nicolly, de três meses.

“Deus seja louvado e engran-decido. As três vivem um rela-cionamento de mãe e filhas”, diz Geane. Continue orando e participando desta obra, que é tão importante para as vidas que têm sido alcançadas e transformadas por Cristo.

UFMBB faz doação para Cristolândia de Alcântara - RJ

Redação de Missões Nacionais

No último fim de s e m a n a , u m a significativa do-ação chegou ao

Centro de Formação Cristã (CFC) Cristolândia de Al-cântara - RJ. A União Fe-minina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) doou lençóis, que já estão sendo utilizados no CFC.

Alunos recebendo doações, acompanhados pelo pastor Exequias Santos, coordenador da Cristolândia Rio de Janeiro

Essa organização de mu-lheres batis tas tem sido uma grande parceira de Missões Nacionais, apoian-do e visitando diversos pro-jetos. Outra grande ajuda que elas têm dado é no campo espiritual, por meio das orações que mobilizam mulheres em todo o país. Que Deus continue dando visão a cada uma de suas servas.

Mulheres do Projeto Alma Livre fazem ação social em asilo

Solidariedade de alunas que sabem a importância de receber ajuda

Projeto Água Viva: batismos marcam realização

do Projeto na Bahia

Em Fortaleza - CE, reuniões de oração em lares

resultam em conversões

Grupo reunido para orar

cionais.org.br ou entre em contato com a nossa Central de Atendimento: Do Rio de Janeiro – (21) 2107-1818 / Outras capitais e regiões me-tropolitanas – 4007-1075 / Demais localidades – 0800-707-1818.

Cinco pessoas foram batizadas

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8 o jornal batista – domingo, 01/03/15 notícias do brasil batista

Sandra Natividade, jornalista, membro do Conselho Editorial

O sentimento que nos cabe neste momento é de júbilo pela reali-

zação da 95ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) não só pelo número de inscritos – 2.229 -, mas pela participação e entusiasmo de seus mensageiros. Esta foi, sem qualquer dúvida, pela sua peculiaridade, uma das mais representativas Assem-bleias já vista no quadro cro-nológico das nossas conven-ções; na verdade, esse núme-ro de inscritos foi suplantado pelas Assembleias 47ª e 51ª, 53ª, 64ª, 65ª, 67ª a 80ª, 82ª, 83ª, 85ª, 89ª e 92ª, historicamente realizadas em Niterói-RJ respectivamente, Campos-RJ, Salvador-BA (a recordista 6.020), Porto Ale-gre-RS, Campo Grande-MS, Vitória-ES, Brasília-DF, Forta-leza-CE, Belo Horizonte-MG, Niterói-RJ, Londrina-PR, São Paulo-SP, Aracaju-SE, São Luis - MA, Natal - RN, Salvador-BA, Goiânia-GO, Serra Negra-SP, Olinda-PE, Vitória-ES, Rio de Janeiro-RJ, Brasília-DF, Foz do Iguaçu--PR. Contudo, em Gramado--RS a situação foi atípica, pois inexiste imóvel próprio, há apenas uma congregação, essa cheia de graça e gente que trabalhou diuturnamen-te para receber Batistas de todos os estados brasileiros. Essa Assembleia, cujo perío-do foi de 06 a 10 de fevereiro nas dependências do Centro de Convenções Serra Park – Gramado - RS, é considerada por nossas estatísticas como a maior dos últimos 12 anos. A ênfase trabalhada pelos Batis-tas neste ano convencional é “Desafiados a ser padrão de submissão a Cristo”. Tema: “Integralmente submissos a Cristo” e divisa em Romanos:

“Libertados do pecado, trans-formados em servos de Deus tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Rm 6.22).

A Convenção Batista do Rio Grande do Sul, divul-gadora e hospedeira local da 95ª ACBB, tem uma his-tória marcante. O trabalho de evangelização naquele estado remonta 1881 pela

argúcia e constância de imi-grantes alemães residentes no interior de Santa Cruz do Sul. Em 1910 houve a organiza-ção do primeiro trabalho de língua portuguesa, capitane-ado pelo missionário Albert Lafayette Dunstan, integrante da Junta de Missões Nacio-nais (JMN). A Convenção foi organizada oficialmente em 17 de dezembro de 1925

com o objetivo precípuo de cooperar, evangelizar e fazer em todo o tempo mis-sões e beneficência. À épo-ca estava entre nós, o casal Harley e Alice Bagby Smith. As carências de evangeliza-ção no estado são enormes, com uma população de 11 milhões de habitantes e 497 municípios. Os Batistas se inserem nesse contexto com

10.853 membros e 90 Igrejas espalhadas em apenas 81 municípios; diante de nós, os Batistas, abre-se um vasto e fértil campo missionário e um imenso desafio – entre os evangélicos, em geral, há 18 para cada 100 pessoas no Rio Grande do Sul, quanto à denominação Batista - 1 Batista para cada 1000 pes-soas no Rio Grande do Sul, portanto, vidas precisam ser transformadas, e o Evangelho de Cristo necessita avançar naquela região. Nas boas-vin-das do pastor Carlos Lopes, do Rio Grande do Sul, lemos: “Como igrejas e Convenção Batista do Rio Grande do Sul, nossa oração é que os céus se abram sobre nossa nação e juntos sejamos resposta de Deus nessa geração em Cris-to Jesus”.

Gramado-RS é uma das cidades mais floridas do país, é a cidade das hortênsias, esbanja natureza, comér-cio e cordialidade. Foi neste contexto que os Batistas bra-sileiros se encontraram neste 2015 para a sua 95ª Assem-bleia Convencional. Vimos muito esmero, vontade de servir e trabalho, muito tra-balho. Os relatórios mais es-perados da Assembleia: Con-selhos Geral e Fiscal - foram recebidos com a costumeira atenção - é ali que reside a vida material e financeira da denominação. Para trabalhar nesse mundo financista, ne-cessitamos de recursos e não são poucos, mas Deus tem honrado com graça o cresci-mento numérico e econômi-co da denominação.

Essas convenções anuais são, na verdade, um grande congresso Batista de van-guarda, é abençoador, dá maior visibilidade ao traba-lho global das igrejas, na-turalmente, perenizando os princípios denominacionais. É um grande trabalho gerido pela direção-geral da CBB na

Gramado - RS sedia a 95a Assembleia da Convenção Batista BrasileiraIntegralmente submissos a Cristo

Novo presidente da Convenção Batista Brasileira: pastor Vanderlei Batista Marins

Concentração para o impacto evangelístico nas ruas de Gramado-RS Ministração do pastor Tércio Ribeiro de Souza - AL na Noite Missionária

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9o jornal batista – domingo, 01/03/15notícias do brasil batista

liderança do pastor Sócrates Oliveira de Souza. Do pri-meiro dia 06, ao último dia 10, muito trabalho. A aber-tura, instalação oficial pelo seu presidente na data, pastor Luiz Roberto Silveira Silvado, as apresentações da Associa-ção dos Músicos Batistas do Brasil, os recitais, momentos devocionais e inspirativos, as mensagens de homens de Deus talhados para o minis-tério do púlpito e o Encontro de Parceiros do PAM Brasil, que mostra o modo Batista de evangelizar. E o trabalho segue célere, nomeação das comissões de trabalho, bem como as diretorias das Qua-tro Câmaras Setoriais - Área Missionária que abrange: Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da CBB; Área de Educação Ministerial - con-templando os Seminários Teológicos Batistas: Equa-torial, Norte do Brasil, Sul do Brasil, como também a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil; Área de Educação Religiosa – que reúne Juven-tude Batista Brasileira, União Feminina Missionária Batista do Brasil, União de Homens Batistas do Brasil, Associação de Educadores Cristãos Batis-tas do Brasil, Associação de Diáconos Batistas do Brasil e Associação dos Músicos Ba-tistas do Brasil; Área de Ação Social, envolvendo o Depar-tamento de Ação Social da CBB e a Associação Nacio-nal de Escolas Batistas. No antepenúltimo dia tivemos a apresentação dos Relatórios das Câmaras Setoriais sem-pre com um auditório atento às informações, sugestões e resoluções assumidas pelas respectivas câmaras.

Nas comunicações literárias houve informação de que a Convicção Editora continua produzindo literatura de boa qualidade. A Assembleia con-tou com a presença de repre-sentantes denominacionais

da Aliança Batista Mundial (ABM) e da União Batista Latino Americana (UBLA). O período de 06 a 10 foi intercalado por Mensagens e Estudos Bíblicos facilitados por teólogos e seminaristas: pastor Luiz Roberto Silveira Silvado - presidente da CBB, pastor Russel Sheed - SP; pas-tor João Reinaldo Purin Júnior; pastor Evaldo Carlos dos San-tos - ES; pastor Paige Petter-son - SWBTS; pastor Paulo Fernando Cabral - RS; pastor Luiz Sayão - SP; seminarista Alexsander Cleyton de Souza - MS. Todas as mensagens e estudos continuam ressoando, promovendo as transforma-ções e aplicações necessárias, algumas até intermitentes não podem calar. Pastor Silvado replicava: “Saia do monte de transfiguração com as forças renovadas”, – pastor Sayão - “A graça de Jesus cancela as adversidades”, pastor Tércio - “Cuidado com o muito tempo falando e pouco tempo oran-do”. Verdades que por certo nos acompanharão. Ouvimos pronunciamento de líderes acerca de maior participação jovem nas Assembleias, pas-

tores Sócrates e Silvado se destacaram em comentários amistosos deixando claro que existe um objetivo comum, tudo redunda no empenho de juntos ganharem almas para Cristo. Entrevistando o jovem Filipe Lima Lemos, 23, universitário, SE, pergun-tamos sua impressão sobre a Convenção, prontamente o jovem respondeu que discor-dava de que “O modelo das Assembleias não era atrativo ao jovem, a meu ver deve ser assim, o jovem é que deve amadurecer para se tornar público-alvo da Assembleia. O único ítem que deve ser revisto é a inscrição, ela está cara”, concluiu.

No domingo, 08 de feve-reiro, na preparação para o impacto evangelístico, minis-trou o pastor Ney Ladeia - PE; à tarde, o impacto evange-lístico concentrou-se na rua aberta de Gramado-RS, de onde centenas de conven-cionais saíram de três em três visitando lojas, galerias, rodoviária e residências, con-vidando a população para a noite evangelística. O espaço utilizado todas as noites se

tornou pequeno. O pregador, pastor Tércio Ribeiro de Sou-za - AL, foi contundente na entrega do recado de Deus. Ali muitas vidas se renderam ao Salvador Jesus. Antes da Assembleia convencional, a cidade já recebia a Trans Gramado, impactando e co-nhecendo a situação espiri-tual daquela gente, mais de 100 voluntários colocaram a mão no arado evangeli-zando os gaúchos que serão discipulados, posteriormente, por Renato e Kênia Florêncio, missionários da JMN. A Trans Gramado apresentou seus resultados: 213 decisões a Cristo, entrega de 20 mil evangelhos de João, forma-ção de 30 pequenos grupos de evangelização, realização de 32 batismos, e a neces-sidade de deixar 10 líderes para permanecer ajudando os voluntários por mais algum tempo.

Nessa 95ª Assembleia Convencional houve elei-ção para as novas direto-rias das Organizações. Na noite de encerramento hou-ve a apresentação oficial e oração por essas diretorias: UMHBB, OPBB, AECBB, AMBB, ADBB, AEPBB, ABI-BET E ANEB. A posse da nova diretoria da CBB ocorreu na-quela sessão; são seus novos diretores - Presidente: pastor Vanderlei Batista Marins, da PIB de Alcântara-RJ; 1º vice-presidente: Eli Fernan-des de Oliveira, da Igreja Batista da Liberdade - SP; 2º vice-presidente: Josué Mello Salgado, da Igreja Batista Memorial de Brasília - DF; 3º vice-presidente: Nancy Gonçalves Dusilek - RJ. Na secretaria: Daisy Santos Cor-reia de Oliveira, Damares Beatriz de Luna Rodrigues, Edgard Barreto Antunes e

Jane Célia da Silva Rodrigues, compreendendo os cargos de primeira e segunda secre-tárias, terceiro secretário e quarta secretária, respectiva-mente. O presidente Vander-lei Marins demonstrou seu reconhecimento e gratidão à diretoria que o antecedeu nas pessoas do pastor Roberto Silvado e na direção-geral da CBB, pastor Sócrates Oli-veira, como também a to-dos pela eleição, dizendo que seu mandato terá como base confiar no Senhor e de-pender dele, caminhar com Ele integralmente submisso a Cristo, valorizar a Bíblia palavra imutável de Deus, fazer cumprir os documentos da CBB, respeitar as igrejas como vitrines do Senhor no mundo. Continuou dizendo que, para a glória de Deus, dará o tom da gestão para o progresso da obra Batista brasileira com cordialidade, porque o que é de Deus deve ser cuidado com desvelo. Fi-nalizou exaltando o nome de Jesus, recitando textos diver-sos das escrituras sagradas, entre eles: “Se Deus é por nós quem será contra nós”; “Eis que não dormita nem dorme o guarda de Israel”, “O Senhor te guardará de todo o mal, na tua entrada e na tua saída”.

A 96ª Assembleia conven-cional será na cidade de San-tos, em São Paulo, no período de 13 a 19 de abril de 2016 no Mendes Convention Cen-ter. Assim, a CBB realizará a 13ª Assembleia no estado São Paulo e a segunda na cidade de Santos, vez que a 21ª As-sembleia da CBB foi realizada naquela cidade em 1934.

A Deus, senhor absoluto dos Batistas brasileiros, toda a honra pela realização da 95ª ACBB.

Gramado - RS sedia a 95a Assembleia da Convenção Batista BrasileiraIntegralmente submissos a Cristo

Nova diretoria da CBB para o biênio 2015-2016: Nancy Gonçalves Dusilek, Josué Mello Salgado, Eli Fernandes de Oliveira, Vanderlei Batista Marins, Daisy Santos Correia de Oliveira, Damares Beatriz de Luna Rodrigues, Edgard Barreto Antunes e Jane Célia da Silva Rodrigues

96ª Assembleia da CBB foi a maior em número de mensageiros dos últimos 12 anos

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10 o jornal batista – domingo, 01/03/15 notícias do brasil batista

Simone Heimann Almeida, coordenadora do Núcleo Social de Diadema-SP

O Núcleo Social de Diadema-SP é uma das sete unidades da So-

ciedade Batista de Beneficên-cia TABEA, Junta de Serviço Social da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil. O Núcleo Social de Diadema desenvolve um trabalho fi-lantrópico com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social

em Diadema - SP. O Núcleo atende de 550 a 600 pessoas ao ano entre crianças, ado-lescentes, jovens e familiares. As atividades e programas vi-sam a transformação social e a expansão do Evangelho. A missão do Núcleo é resgatar a dignidade dos seus aten-didos e, para isso, oferece atendimento no contraturno escolar, oficina de esportes, cursos de capacitação profis-sional (informática, marcena-ria, panificação e administra-ção), além de atendimento aos familiares.

Dentre as pessoas que tive-ram sua dignidade resgatada e conheceram Jesus através das ações do Núcleo, destacamos a Sâmella, criança que vivia em situação de grande vulne-rabilidade quando começou a participar das atividades ofe-recidas pelo Núcleo. Passava por grandes dificuldades com sua mãe e irmãos. No Núcleo recebeu alimentação, cuida-dos, instrução, ensino bíblico, conheceu Jesus e ganhou uma nova perspectiva de vida. Hoje, com 19 anos, é mem-bro de uma Igreja Batista,

trabalha e cursa a faculdade de Nutrição. Sâmella, reco-nhecendo a importância do Núcleo em sua vida, relatou que “Se não tivesse frequen-tado as atividades do Núcleo Social provavelmente estaria perdida no mundo. Mas Deus me escolheu e tem trabalhado na minha vida desde o dia em que entrei no Núcleo, e hoje me alegro por ver que esse lindo trabalho, de muita de-dicação e amor dos diretores e toda a equipe, tem crescido e abençoado muitas vidas”, disse.

e relações extraconjugais e homoafetivas), para ser reprovado como doador na entrevista. “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?” (I Co 6.15a)].

Foi um tempo de muita

Além da alegria com a conversão e transforma-ção da vida de Sâmella, ela também nos alegra com sua iniciativa: desde 2013, ela apadrinha uma criança e contribui fielmente com nosso trabalho. Relatos que nos permitem dizer: “Por-tanto, meus amados irmãos, mantenham-se f irmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (I Co 15.58 NVI).

alegria e descontração entre os participantes e a inques-tionável demonstração de amor ao próximo e testemu-nho do verdadeiro cristão. Nosso desejo é que, agora motivadas, a Igrejas tenham suas campanhas.

Departamento de Ação Social da CBB

Associação das Igrejas Batistas do Nordeste Paulista (AIBANOP) promove campanha de doação de sangue na região

Histórias que animam e desafiam

O conceito de “Batista Sangue Limpo” tem a ver com a qualidade de vida dos crentes salvos por Jesus Cristo que estão em nossas Igrejas, por estarem distan-tes dos elementos impediti-vos, [em especial os sexuais

alizada pela Igreja Batista do Jardim Redentor - SP há dois anos com três campanhas anuais, no mês de Janeiro 2015 teve sua ampliação para todas as Igrejas Batistas da Região trazendo grande movimentação nos Hemo-centros, mas, principalmente, muita comunhão entre os irmãos. Também quero des-tacar minha alegria em ver o envolvimento de vários pas-tores e Igrejas da nossa região envolvidas na Campanha.

Valdenir Albarral, presidente da AIBANOP

No dia 31 de Ja-neiro as Igrejas Batistas do Nor-des te Pau l i s t a

(AIBANOP) estiveram mo-bilizadas com a Campanha de Doação de Sangue e cadastro para Transplante de Medula.

A Campanha de Doação de Sangue “Batista Sangue Limpo”, que já vem sendo re-

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11o jornal batista – domingo, 01/03/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Levar a Palavra de Deus escrita ao povo marka, em Burkina Fasso: esta é a missão

do casal Thiago e Alline Ro-sendo, de Missões Mundiais. Os missionários, há pouco mais de um ano no campo, têm pela frente uma grande missão: contribuir com a tra-dução da Bíblia para a língua dafim, idioma falado pelos markas. O desafio se torna maior ainda por se tratar de uma língua ágrafa, ou seja, sem registro escrito.

“A etnia marka conta com cerca de 300 mil falantes

Násser Mussa – missionário da JMM no Oriente Médio

Sou técnico mecânico e também fiz curso para ser técnico de futebol, uma grande ferramen-

ta de trabalho e interação com a comunidade na qual tenho anunciado o Evange-lho. Também fiz cursos na área de desenvolvimento comunitário, plantação de igrejas e liderança. Tudo isso tem sido muito edificante no meu ministério e no da mi-nha esposa, Yasmin Mussa, aqui no Oriente Médio.

Aqui se encontra a maioria do povo curdo. É uma região quase que independente do resto do país, o qual não posso citar o nome por ques-tões de segurança. Nesta nação temos um presidente, um primeiro-ministro, um Parlamento, uma bandeira, um hino próprio e um Exér-

espalhados pelo nordeste de Burkina Fasso, e a língua da-fim ainda possui status de lín-gua ágrafa. Há, no mínimo, cinco variações do dafim, e nossa tarefa este ano será identificar qual variante é a mais compreensível, atingin-do todo o território marka e, a partir de então, junto com a comunidade e seus líderes, realizar uma proposta orto-gráfica abrangendo toda a es-trutura da língua, como tons, nasalização, alongamentos, entre outros aspectos”, expli-ca Thiago Rosendo.

O coordenador da JMM para a África, pastor Hans Udo Fuchs, explica que exis-te em Burkina Fasso uma

cito. Nos últimos cinco anos vimos um desenvolvimento acelerado com investimento vindo de todos os lados.

Tenho trabalhado com pes-soas vindas de mais de 20 países. Elas estão frequentan-do a Primeira Igreja Batista Internacional, que plantamos há três anos aqui na cidade onde estamos. São médicos, babás, professores, domés-ticas. Com esse trabalho, alcançamos quase todas as esferas da sociedade local. Eu e Yasmin também trabalha-mos com crianças através da TOP Brazilian Sports Acade-my, ministério esportivo no qual usamos o futebol para ensinar valores da Palavra de Deus.

Nesse ministério, tenho inúmeras oportunidades de parcerias, tanto com os mi-nistérios do governo local, como com igrejas e organi-zações não-governamentais.

associação dedicada à tradu-ção da Bíblia que designou um obreiro nacional para trabalhar com nossos missio-nários.

“Eles formaram uma equipe com líderes das aldeias e es-tão na fase de visitar os luga-rejos e tomar nota das várias maneiras de usar as palavras que estão aprendendo. Essa equipe vai se reunir durante anos, traduzindo e revisando versículo por versículo da Bíblia. É o trabalho de uma vida. À medida que os livros bíblicos vão ficando prontos, são impressos e distribuídos, para apressar a circulação da Palavra de Deus”, esclarece o pastor Hans.

A fim de levar periodica-mente socorro e esperança aos necessitados, adotamos, como Igreja, alguns campos de refugiados. Tenho tentado levantar recursos para suprir necessidades básicas das pessoas que por lá tentam sobreviver. É uma forma que encontrei para testemunhar o amor de Cristo, estreitando relacionamentos e comparti-lhando também o Evangelho. Tenho visto milagres acon-tecerem e algumas dessas pessoas já estão sendo alcan-çadas por Jesus.

O objetivo é poder conti-nuar esses relacionamentos mesmo após esses cidadãos retornarem para suas cidades. Assim, poderemos pensar em plantarmos novas igrejas pelo país. Neste tempo de crise, tenho experimentando um avivamento e espero uma grande colheita. Povos que eram completamente fecha-

Nossos missionários ressaltam o desafio de alcançar o povo ma-rka com o Evangelho de Cristo, uma vez que quase sua totali-dade é seguidora do islamismo, além de sua cultura ser extrema-mente animista há séculos.

“Porém, o nosso projeto surge em meio a um forte movimento de evangelização desse povo, permitindo que igrejas venham a nascer, ape-sar da forte oposição que elas enfrentam. É o surgimento dessas igrejas que nos moti-va ainda mais, pois sabemos que a maturidade e o cres-cimento delas precisam ser arraigados ao conhecimento da Palavra de Deus em sua língua materna”, diz Thiago.

dos e de difícil alcance agora estão próximos e abertos para receber todo tipo de ajuda.

Conto com o apoio de nossos irmãos em Cristo no Brasil para avançar nesta missão. As dificuldades são muitas. Sozinho é impossível continuar. Sou grato a todos aqueles que já participam do meu ministério e faço um apelo para que mais pessoas se juntem a nós com suas orações e ofertas.

Já estávamos sofrendo com refugiados vindo da Síria, com a invasão dos terroristas do Estado Islâmico à cida-de no segundo semestre de 2014. O influxo de refugia-dos é enorme, e as necessi-dades são assustadoras.

Precisamos urgentemente de recursos financeiros e humanos para podermos, de alguma forma, aliviar o sofrimento de parte desses refugiados.

A tradução das Escrituras para a língua do povo marka já foi tentada no mínimo três vezes no passado, porém, os missionários tradutores pio-neiros tiveram que deixar o campo nessas vezes anterio-res, nos anos 1970. O casal Thiago e Alline tenta resgatar um pouco do material rema-nescente e precisa de muitas orações para seguir em frente nessa empreitada.

“Juntamente com minha esposa, Alline, e nosso filho Lucas, de um ano e meio, de-cidimos lutar para que nossa fa-mília, em sua maneira de viver no meio do povo marka, venha ser voz de Deus para esse povo e essa nação”, conclui.

Consegui levantar recursos com a PIB Internacional, e, com isso, compramos alimen-tos, colchões, cobertores, medi-camentos. Artigos de primeira necessidade para distribuirmos nestes campos que adotamos. Boa parte das doações que recebemos tem sido usada na locação de um veículo para transportarmos estas doações até os refugiados.

Se tivéssemos uma van própria, a economia seria incrível, e mais pessoas pode-riam receber ajuda. E mesmo quando os refugiados tiverem retornado para suas casas, essa van servirá em meu mi-nistério esportivo e na PIB Internacional.

Ore para que alcancemos o valor necessário para a compra desse veículo através de ofer-tas específicas. Esta é a minha história aqui no Oriente Mé-dio. Para que ela continue, sua participação é fundamental.

Missionários atuam para traduzir a Bíblia em Burkina Fasso

Voz de Deus entre refugiados

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12 o jornal batista – domingo, 01/03/15 notícias do brasil batista

Eliane da Silva Pedrosa da Rocha, primeira-secretária da Primeira Igreja Batista em Vilar Novo – Belford Roxo - RJ

No dia 06 de janeiro de 2015 a Primeira Igreja Batista em Vilar Novo (PIB-

VN), situada no município de Belford Roxo – RJ, come-morou o seu 35º aniversário. Com muita alegria, nos dias 10 e 11 do mesmo mês nos reunimos para celebrar o ju-bileu de coral, com o tema: “35 anos adorando ao Se-nhor” e divisa: “Agradeçam a Deus, o Senhor, anunciem a Sua grandeza e contem às nações as coisas que Ele fez. Cantem a Deus, cantem lou-vores a Ele, falem dos Seus atos maravilhosos” (Sl 105. 1-2 NTLH). Tivemos a honra de receber como mensageiros os pastores Narciso Braga e Claudionor Reis. Participaram conosco também a orquestra da Primeira Igreja Batista no Bairro das Graças - RJ e al-guns irmãos fundadores que ainda estão em nosso rol de membros. Toda Igreja esteve

Genivaldo Andrade de Souza, presidente da CBESP

O período de 2015 e 2016 é um tem-po para orar, pois tudo depende de

Deus. Porém, é também o momento de trabalhar, como se tudo dependesse de nós. Independente de quais sejam as pessoas eleitas para as pró-ximas diretorias, a Conven-ção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), na direção do Espírito Santo, definiu o seu Plano Estratégico, que vai até 2018. Nos dois próximos anos especialmente, está diante de todos nós, povo Batista de São Paulo, intensos desafios; e aqui destaco três deles:

Pré-congressos de despertamento espiritual

organizados pelas macrorregiões da CBESP

Ainda embevecida pe-las impactantes mensagens proferidas pelo pastor Billy Kim em nossa última As-sembleia, a diretoria atual levou ao Conselho Geral o desfio de em 2016 termos o Grande Congresso de Des-pertamento Espiritual, sen-do que este será precedido por diversos Pré-congressos

em festa louvando e engran-decendo a Deus por esta tão grande benção.

Participaram também das celebrações os irmãos Regi-naldo de Souza Cruz, Paulo Roberto de Souza e o gru-po de coreografia Nascidas para Adorar, todos usando seus dons e talentos para o louvor e glória do Senhor Jesus, assim como o pastor da Igreja, Alcely Valério de Oliveira, mensageiro do se-gundo dia. Foram duas noites maravilhosas com mensagens edificantes e louvores presta-dos ao nosso Deus, sendo a

nas macrorregiões ao longo deste ano de 2015, como preparo e chamada ao povo, e deverá ter como divisa: “Insensato! O que tu semeias não é vivificado se primeiro não morrer!” (I Co 15.36); e tema: “Cultivando a Santi-dade como estilo de vida”. Isto porque entendemos que santidade é viver cotidiana-mente cultivando a presença de Deus.

Como dissemos, não se trata de uma corrida de longa distância, mas de revesamen-to, ou seja, contamos com cada um dos 16 coordena-dores das macrorregiões (mis-sionários itinerantes), com cada uma das 46 associações, com cada uma das quase duas mil igrejas e congre-gações, para que estes con-gressos aconteçam em todo o estado. E você, que está em outros locais, informe-se, envolva-se, participe!

Programa de Incentivo para Igrejas em Crescimento

Existe um mito de que não devemos pensar em cresci-mento numérico e de que não precisamos planejar. Nós, todavia, cremos que: Se não planejarmos para o sucesso, não precisaremos planejar para o fracasso e que

programação dirigida pelos nossos vice-moderadores: Márcio Ferreira e Sandro Borges. Ao findar o segundo dia, participamos de uma ca-lorosa confraternização entre irmãos, familiares e visitantes da comunidade.

Somos gratos a Deus por esses 35 anos e também a todos os irmãos que partici-param desta data tão expres-siva e histórica da PIBVN. Que possamos continuar sendo farol a iluminar essa comunidade. Toda honra e toda glória sejam ao nome do Senhor.

a quantidade é uma consequ-ência natural da qualidade. Reconhecemos que sem al-vos e metas corremos o risco de ficar rodando no deserto, sem sairmos do lugar. Termos um planejamento também faz com que todos trabalhem de forma sincronizada para alcançar os alvos preesta-belecidos. O planejamento não significa jamais excluir a ação livre do Espírito San-to, que invocamos tanto na elaboração, como em todo o trajeto, avaliando se estamos ou não indo na direção certa. Sempre devemos estar pron-tos para realinhar o projeto, o alvo, segundo a orientação do Espírito.

Está em nosso calendário a realização deste encon-tro para os dias 02 a 04 de novembro deste ano. Não importa quantos membros tenha a igreja que você par-ticipa, ela pode e precisa crescer um pouco mais. Nes-te encontro serão oferecidas ferramentas, que submetidas a Deus, serão veículos para que a igreja cresça em to-das as direções. Desde já, organize-se, faça inscrição de representantes da sua igreja, mesmo que seja de outros estados. Haverá um custo simbólico; será um investimento.

Realização da 96ª Assembleia da Convenção

Batista Brasileira nos dias 13 a 19 de 2016 na cidade de Santos

Receber a Convenção Ba-tista Brasileira será um Marco Histórico nas comemorações dos 112 anos da Convenção Batista do Estado de São Pau-lo; esta será a de nº 13. A última foi em 1999 na cidade de Serra Negra. Em Santos, será a segunda; a primeira foi realizada em 1934, quando ocorreu a 21ª Assembleia. Portanto, depois de 82 anos esta região terá o privilégio de ser mais uma vez a anfitriã dos Batistas brasileiros.

Depois de viagens e reuni-ões buscando todas as pos-sibilidades e avaliando as opções, entendemos que o Litoral Paulista, representado pela cidade de Santos, oferece as melhores condições para hospedar a 96ª Assembleia. Santos é a cidade litorânea com o maior jardim à beira mar do mundo, privilegiada pelo sol e pelo mar de águas calmas, mas com infraestru-tura de metrópole. Contando com mais de 7.000 leitos em sua rede hoteleira, é repleta de belezas e atrações para todas as idades o ano todo. Além de tudo isso, o muni-

cípio de Santos está cercado por dez outras belas cidades, como: Guarujá, São Vicente, Praia Grande, etc. São cidades acolhedoras, de forte apelo turístico, com grande rede hoteleira, fazendo do Litoral Paulista uma região que aco-lherá bem os brasileiros de perto e de longe.

O local escolhido é o mo-derno e espetacular Mendes Convenction Center, com quase 5.000 assentos e com espaço que acomodará todas as reuniões das áreas e depar-tamentos da CBB no mesmo local. Possui praça de alimen-tação, estacionamento para quase mil automóveis, pavi-lhão de 10.000 m², construí-do estrategicamente na região nobre da cidade, estando per-to das praias, dos shoppings, dos hotéis e restaurantes com heliponto para até seis aero-naves. Um total de 25.000 m² de área construída para atender megaeventos.

É isto, foi dada a largada! Contamos com o envolvi-mento de cada Batista do estado de São Paulo e apro-veitamos para convidar a todos os Batistas do Brasil para que venham celebrar conosco na 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasi-leira. Contamos com a sua participação!

Jubileu de coral – 35 anos – da Primeira Igreja Batista em Vilar Novo - RJ

Vai acontecer em São Paulo...

Equipe de trabalho dos 35 anos

Parte dos irmãos fundadores presente na celebração

Membresia reunida em frente ao templo

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 01/03/15ponto de vista

Ellen Priscila Louzeiro Vilca, filha, membro da Igreja Batista de Água Branca - SP

No dia 25/09/1945 nasceu em Salva-dor – BA a meni-na Aurelina. Aos

17 anos, já na cidade de São Paulo, se converteu ao Senhor Jesus Cristo, e passou a frequentar a Igreja Batista do Imirim - SP. Conheceu anos depois o jovem Moy-sés, com quem se casou e que se tornou o grande amor de sua vida. Desta união nasceram quatro fi-lhos – Moysés Junior, Silas e os gêmeos Elias e Ellen Priscila, que foram criados com carinho à luz da Palavra de Deus. Aurelina, sempre envolvida nos trabalhos da Igreja, cooperou em diver-sos departamentos – Educa-ção Religiosa, secretaria da

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Irene Té Pellegrini, nas-ceu no menor municí-pio do Brasil. Enquanto suas duas irmãs, e seu

irmão mais velho foram registrados em Quatá, in-terior de São Paulo, ela foi registrada em Borá. Mora-vam em um local distante chamado Cristal, e como Borá tornara-se município, seu pai, José Augusto The,

Igreja, música, Mensageiras do Rei e Mulher Cristã em Ação (MCA). Fiel apoiadora do ministério diaconal do seu esposo, acompanhava-o em visitas, aconselhamento, discipulado e evangelismo.

Sua visão de Evangelho ia além dos trabalhos da igreja local, por isso se envolveu com afinco em atividades promovidas pela Associação Batista Norte da Capital, Convenção Estadual e Bra-sileira. Muito jovem sen-tiu o chamado para a obra missionária; porém, não podendo ir, decidiu susten-tar. Passou a contribuir em diversas juntas de missões. O seu sonho missionário foi realizado ao participar de viagens evangelísticas, chegando a integrar os gru-pos das Trans Paulista e Trans Piauí nos anos de 2012 e 2013. Por conta do seu amor por missões e

resolveu registrá-la no mu-nicípio mais perto. Borá, hoje, tem 780 habitantes. Nasceu em 21 de novembro de 1940. Aos cinco anos veio para a capital paulista. A família foi trazida por um tio, que era membro da Igreja Batista do bairro do Belém - SP, o que as levou ao Evangelho.

Irene foi batizada pelo pastor André Peticov no dia 10 de abril de 1955. Em 19 de janeiro de 1963

constante participação na obra, a Irmã Aurelina foi no-meada, já em seus últimos dias de vida, missionária vo-luntária da Junta de Missões Nacionais.

Em novembro de 2013 completou 50 anos de con-versão, fato que a encheu de grande contentamento, pois durante esse período havia trabalhado incansavelmente, com alegria e dedicação, na Obra do Senhor, ao lado do seu esposo, família e Igreja. Mesmo durante o período de enfermidade, ensinava por meio do seu sorriso, suas palavras e sua fé.

Foi chamada à presença do Senhor no dia 02 de se-tembro de 2014. Como filha, irmã, esposa, mãe e membro de Igreja, deixou a todos um grande exemplo de mulher cristã, pautado por sua sim-plicidade e dependência do Espírito Santo.

casou-se com João Pellegri-ni Neto, com quem viveu 52 anos. O casal teve três filhos: Reynaldo, Maurício e Danilo. Reynaldo casou--se com Vania Bação, tendo o casal a filha adolescente, Rebeca. Maurício e Danilo, continuam solteiros.

Irene dava uma nota de alegria a qualquer grupo que compartilhava sua com-panhia. Sempre alegre, foi membro de uma só Igreja, onde foi membro durante

60 anos e 11 meses. Seu esposo, convertido pelo seu testemunho, é tesourei-ro da Igreja há mais de 40 anos, graças a experiência de contador geral do con-glomerado Matarazzo por longos anos.

A família The está espa-lhada pelo Paraná e interior de São Paulo. Irene era irmã do pastor Manoel de Jesus The, jubilado, e prima do pastor Nivaldo Pereira The, da Igreja Batista de Vila

Americana, em Curit iba - PR. Louvado seja Deus pelo privilégio que nos deu, com a companhia de uma irmã que tantas alegrias nos trouxe. Agora, seu corpo aguarda o dia da ressurrei-ção, e seu espírito desfruta a companhia dos santos de todos os tempos, à espera do estabelecimento do Rei-no eterno de Cristo. A Deus toda glória, de Cristo seja toda honra, e do Espírito venha todo consolo.

Aurelina: um exemplo de mulher cristã

Glória e honra a Deus pela vida da irmã Irene

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14 o jornal batista – domingo, 01/03/15 ponto de vista

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Nos dias atuais a traição é um dos principais moti-vos para o fim do

relacionamento entre casais. Tem gerado grande amargu-ra no íntimo das famílias, já que os filhos acabam sendo, em muitos casos, brutalmen-te atingidos. Há até os que ficam com sequelas perma-nentes. As chamadas “víti-mas” destes acontecimentos têm a autoestima bastante abalada. A confiança que se tinha anteriormente, jamais será a mesma. Na verdade, perdoar de coração é esque-cer. Aí está a dificuldade. Para escrever os textos procu-ro também ouvir as pessoas. Pela primeira vez, para esta opinião, não senti firmeza entre os inquiridos nesta circunstância, isto é, quem afirma que “Se isso acontece comigo, faço isto ou aquilo!”, pode estar falando, no míni-mo, da boca para fora. Não há certezas nestas condições, principalmente quando se é a parte prejudicada.

O que percebi na nossa sociedade é que, de algu-

ma maneira, alguém tem conhecimento de fatos des-ta natureza que acabaram tanto em perdão como em desgraça. Ouvi um sujeito que perdoou a esposa três vezes. Depois, sob forte es-tado emocional, acabou to-mando a pior decisão: matou a infiel. Está encarcerado. O que eu aprendo? O perdão faz maior mal a quem se nega a praticá-lo: o atingido. Remoer o resto da vida com certo ódio de alguém é um dos mais destruidores senti-mentos que possam existir. Enquanto determinado fato acontece com o outro e não com a gente é, deveras, fácil de ser solucionando. Entre-tanto, basta vivenciarmos tal circunstância e nos encon-tramos em grande apuro. Por isso, muitas vezes agimos contra aquilo que parecia a resposta ou forma correta, ou clara maneira para resolver a situação. Ficamos emba-raçados.

Mas, por que as pessoas traem? São vários os motivos, entre tantos se destaca a rela-ção de não atingir as expec-tativas desejadas. Trocando em miúdos, pode ter origem em uma escolha duvidosa do

parceiro ou parceira no pas-sado, ou seja, em uma opção de escolha sem o amor puro. Não há matrimônios que não tenham problemas. Duas coisas faço questão de pôr aqui: sem amor é impossível a sobrevivência da relação. Segundo: se a mãe ou pai orienta os filhos que tal pes-soa não é a ideal, o melhor é abandonar o namoro antes do casamento. Se você não é capaz de renunciar ou se adaptar a outra pessoa, nem pense em continuar.

Pelos caminhos bíblicos a grande orientação é: não há casamento sem perdão e sem restauração; e o mesmo é uma instituição divina. Na permissividade vergonhosa dos dias atuais, há os que raciocinam que a traição até ajuda a manter o relaciona-mento. Quem inventou isso? Na verdade, o que existe mesmo é preconceito. “É isso que aprendi e pronto. Está certo”, dizem muitos por aí. Com franqueza, qualquer posição moralista soa como hipocrisia. O que se vê são pessoas dizendo uma coisa e fazendo o oposto. Senti isso. Dentro destes fatos, o espantoso são as novas mo-

dalidades de infidelidade. Entre os entrevistados, ouvi uma jovem senhora cujo esposo “fugiu” com outro homem. Senti nos seus olhos, profundo sofrimento, amar-gura. O marido “fugir” com outra mulher denota algo menos chocante. Agora, “se mandar” com outro é algo que quase ninguém imagina. Não há qualquer respaldo bí-blico para isso. É um afronto a Deus.

A história dos casais que se separam demonstra erros bilaterais. Antes da chamada “Guerra dos Sexos”, há 30 ou 50 anos, a mulher tinha uma postura mais submis-sa. A sua independência, o trabalhar fora, deixou-a em condições de vida iguais as dos homens, cometendo os mesmos lapsos. Contudo, embora ninguém esteja livre de percalços, a verdade é que a família ainda é a maior instituição da humanidade. Sem ela estruturada, não há continuidade das gera-ções com a paz espiritual de que se precisa. Para parcela considerável de cidadãos, o perdão é uma palavra de-magoga. Muitos perdoam, mas exigem drástica repa-

ração. Sem contar os que, estrategicamente, em ter-mos conjugais, confabulam a vingança, o que é algo ainda mais terrível. A ten-tação da carne é superior à vontade e o caráter de mui-tos, principalmente em uma atualidade onde a Palavra de Deus, que nos pede perdoar “Setenta vezes sete vezes”, está sob escasso uso ou pelo menos pequeno número de obedientes. Nos depoimen-tos mais marcantes, ouvi de uma pessoa a seguinte de-claração: “O perdão é uma machadinha enterrada com o cabo para fora, pronta para ser usada”. Dentro da Pala-vra do Altíssimo é oportuno citar Mateus: “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adulté-rio” (Mt 19.9). É a passagem bíblica que permite um novo casamento à “Parte inocen-te”. Todavia, há outras con-siderações recomendando o oposto. Só há permissão para um novo casamento caso haja o falecimento de um dos cônjuges”.

ErrataOnde se lê: “Confira algumas fotos da 95ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) em Gramado – RJ” - (Edição 08, de 22/02/2015, página 09).

Leia-se: “Confira algumas fotos da 95ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) em Gramado – RS”

Você perdoa a infidelidade?

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15o jornal batista – domingo, 01/03/15ponto de vista

Geraldo Terto, pastor, colaborador de O Jornal Batista

O título é do mes-tre, pastor José Reis Pereira. Ele o escreveu em

seu Editorial & Tópicos de 23/03/80. Comentou um dos pareceres discutidos na Con-venção em Goiana, naquele ano. O parecer era: “Que se apele às igrejas que exer-çam maior vigilância na re-comendação ao seminário de candidatos que mereçam crédito como vocacionados”. O comentário do pastor José Reis Pereira, em resumo foi: “Não basta que um membro da igreja diga que é voca-cionado; não basta que ele tenha facilidade em falar em público; é necessário que o candidato tenha frutos para apresentar que demostre sua chamada: como interesse pela salvação das almas perdidas,

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

Com nove anos de idade fui batizado em uma Igreja Ba-tista; há 35 anos sou

Batista. Este ano completo 20 anos de ministério pastoral. Neste período fui pastor em Terra Preta - Mairiporã, Seve-rínia, Barrinha e, atualmente, Artur Nogueira, quatro amadas Igrejas que o Senhor permitiu e permite pastorear.

Sou envolvido com a deno-minação, participo de reuniões da Associação e Convenção sempre que eu posso. Tenho servido a Deus em nossa de-nominação em diferentes fun-ções, já presidi associação, subseção da Ordem de Pasto-res, membro de conselhos na Convenção; procuro divulgar

preocupação pelo trabalho evangelístico e missionário, mostre fidelidade no seu com-portamento como membro da igreja, seja assíduo aos trabalhos, tenha costume de orar em publico, seja dizi-mista, entre outras qualida-des”. Como se pode ver não diz nada sobre equivocados, mas se entende que evitaria equívocos tanto por parte do candidato, da igreja que o re-comendasse e da convenção que o prepara em seu semi-nário. Em todas as carreiras têm equivocados. Pois bem, o que é um equivocado? É uma pessoa que depois de es-tudar anos para exercer uma profissão descobre que não era aquilo que ele queria. No ministério pastoral acontece também o mesmo. Quantos jovens que se preparam du-rante anos, chegam a assumir pastorados de uma igreja e descobrem que estão no lugar errado. Quando ele é hones-

na Igreja o papel das juntas missionárias, enfim, sou Batis-ta e amo servir a Cristo nesta denominação.

O que me chama a atenção nestes 35 anos como membro de uma Igreja Batista são os relacionamentos entre pastor e ovelhas e ovelhas e pastor. Já ouvi muitas histórias alegres e tristes quando o assunto é o relacionamento pastor e ovelhas e vice-versa. Muitas igrejas têm honrado os seus pastores, tem tratado com res-peito, carinho, consideração, em alta estima. Infelizmente, há casos e mais casos de igre-jas que maltratam seus líde-res, fazem ele e sua família sofrerem.

Pensando na figura do pastor em relação às ovelhas, aconte-ce o mesmo, muitos pastores demonstram amor, carinho,

to, confessa publicamente à igreja e entrega o pastorado, quando não o é, fica matando a igreja aos poucos até não poder mais.

Hoje, vivemos outra realidade

A cidade de São José dos Campos - SP tem mais 750 habitantes; inúmeras igre-jas evangélicas e dezenas de Igrejas Batistas ligadas à Convenção Batista Brasileira, algumas só de nome. A maio-ria dos pastores é formada em instituições interdenomi-nacionais. Mesmo dirigindo Igrejas Batistas, alguns são alheios às programações da CBB porque não vão às con-venções, não vão aos retiros de pastores, etc. E os pionei-ros são chamados de “Velha Guarda”, como um despre-zo. Não sabem eles que no passado nós fomos aonde ninguém queria ir.

cuidado, são pastores que cho-ram com elas, oram, visitam, procuram conhecer o estado delas, conforme Provérbios 27.23 e cuidam bem do seu rebanho. Mas, infelizmente, há pastores autoritários, pasto-res que levam a ovelha ao so-frimento, muitas abandonam a igreja porque não suportam mais tanta opressão.

Creio que devemos viver em harmonia, pastores e ovelhas, juntos, pelo mesmo propósito. Temos uma missão a cumprir como Igreja de Cristo. Não podemos deixar que os rela-cionamentos se quebrem, pois com certeza será um obstáculo para não avançarmos.Oremos pelos pastores e suas ovelhas, para que haja entendimento, compreensão e o amor de Cristo possa ser uma cons-tante.

Desculpem a experiência própria

Pastorei de 1971 a 1974 a Igreja Batista em Itarantim, na Bahia. Quando assumi o pastorado, a Igreja estava há um ano sem pastor presidente. Era da Convenção Batista Bra-sileira, mas não participava. O pastor que me antecedera era simpatizante do movimento de Renovação Espiritual e se-dia o púlpito a qualquer prega-dor itinerante que aparecia na cidade; da Renovação ou não. A liderança estava dividida.

Meu primeiro desafio foi levar a Igreja a cooperar com 10% para o Plano Coopera-tivo; depois alugamos uma casa em um dos bairros da cidade e abrimos uma Con-gregação, que funcionava às sextas-feiras. Como a maioria dos membros morava em fa-zendas, chegamos a ter nove pontos de pregação na zona rural e cada um deles tinha um irmão responsável para dirigir cultos nas tardes de do-mingo. No primeiro domingo do mês, os irmãos vinham à sede para a celebração da Ceia do Senhor e assembleia regular. Era um dia de festa! Nos demais domingos, o pas-

tor depois de dirigir o culto da manhã, quando chegava à casa, já tinha uma mula selada para ir a um dos pon-tos de pregação, que ficava entre nove e 12 quilômetros de distancia; quase sempre voltava sozinho, muitas vezes com a mula escorregando no massapê por causa da chuva; chegava em casa na hora de dirigir o culto da noite. O resultado era fantástico, pois em todas as assembleias tinha gente dando profissão de fé e batizávamos, em média, 40 novos crentes por ano.

Na semana, pela manhã, dava aula de Educação Moral e Cívica em todas as classes do ginásio da prefeitura, com mais de 300 alunos. Depois que ex-pulsamos um espírito maligno de uma adolescente na sala de aula, muitos outros foram à Igreja e se converteram.

Foram quatro anos de muita oração e trabalho e eu tive a felicidade de contar com o apoio de crentes fieis e de Valdete, minha esposa, com quatro filhos pequenos. Dei-xei a Igreja integrada na deno-minação e com 260 membros em seu rol. No começo do ano de 1975, nos mudamos para o estado de São Paulo. Ovelhas e

pastor

Os chamados e os equivocados

SaudaçõeS em CriSto JeSuS, eSperança noSSa.

A Segunda Igreja Batista do Rio de Janeiro, loca-lizada na rua Adolfo Bergamini, 158, Engenho de Dentro-RJ, tem o prazer de lhe convidar para o Con-cílio e Culto Consagratório ao Ministério Pastoral do irmão Rômulo de Paulo Borges, formando no curso de Bacharel em Teologia, pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, com vistas ao ministério au-xiliar nesta Igreja. O Concílio se reunirá no dia 07 de março de 2015 (sábado) na Igreja (endereço acima).

A programação seguirá a seguinte ordem:

16h - Concílio Examinatório;19h30 - Culto Consagratório;

Certos de contar com sua preciosa presença, desde já agradecemos.

Cordialmente, em Cristo.

Itamar Cerqueira ScarabelliPastor presidente

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