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JORNAL DA EDIÇÃO ESPECIAL – NOVEMBRO 2007 – INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DO ESTADO DE PERNAMBUCO – FILIADA À CONTAG E À CUT 2007. Ano de luta e de mobilizações por melhores condições de vida no campo 2007. Ano de luta e de mobilizações por melhores condições de vida no campo

JORNAL DA - FETAPE · 2012. 9. 27. · JORNAL DA Novembro de 2007 – 2 Representante dos trabalhadores rurais assume Delegacia Federal do MDA Editorial Entrevista 2007 marcado por

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  • JORNAL DAEDIÇÃO ESPECIAL – NOVEMBRO 2007 – INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DO ESTADO DE PERNAMBUCO – FILIADA À CONTAG E À CUT

    2007. Ano de luta e de

    mobilizações por melhores

    condições de vida no campo

    2007. Ano de luta e de

    mobilizações por melhores

    condições de vida no campo

  • Novembro de 2007 – 2JORNAL DA

    Representante dos trabalhadores ruraisassume Delegacia Federal do MDA

    EntrevistaEditorial

    2007 marcadopor mobilizações

    Aristides Santos,Presidente da Fetape.

    Genivaldo Menezes Salga-do assumiu, no último dia qua-tro de outubro, a Delegacia Fe-deral do DesenvolvimentoAgrário. Ou seja, ele agora res-ponde pelo Ministério do De-senvolvimento Agrário – MDA,aqui no Estado.

    Segundo o novo delega-do, as ações que dizem respei-to à reforma agrária, ao desen-volvimento territorial e à agri-cultura familiar aqui em Per-nambuco serão viabilizadas.“Vamos tecer articulações como Incra e com o Governo doEstado e estes serão os maio-res desafios da Delegacia”,anuncia Genivaldo.

    Genivaldo Menezes é as-sentado da reforma agráriae, antes de assumir o cargo, erao principal articulador do de-senvolvimento territorial noAgreste Meridional.

    Jornal da Fetape - O querepresenta a sua ida para aDelegacia do MDA?

    Genivaldo Menezes – Souum assentando da reformaagrária. Isso representa a expe-riência com as questões daagricultura familiar no dia-a-

    dia, de perto. É muito impor-tante que um gestor traga suasvivências para o que faz. Fui domovimento sindical durantemuitos anos e tenho o enten-dimento agora, enquanto go-verno, da importância dos mo-vimentos sociais na constru-ção de um novo modelo depolíticas públicas. Vou refor-çar essas parcerias.

    Jornal da Fetape - Qual seumaior desafio?

    Genivaldo Menezes - Fazercom que a Delegacia do MDAseja mais presente nas ques-

    tões da agricultura familiar jun-to às políticas públicas. Voufazer isso, fazer com que o MDAparticipe mais desse processo.É importante fazer com que aspessoas conheçam a Delega-cia. Andei por quase todo oEstado e constatei que a maio-ria sequer sabe que existe umaDelegacia do Ministério daAgricultura em Pernambuco.

    Jornal da Fetape - E quaissão as propostas de sua ges-tão?

    Genivaldo Menezes – Agrande proposta da Delegaciaé a de articular melhor as polí-ticas do Ministério do Desen-volvimento Agrário aqui noEstado. Articularemos Secreta-ria de Desenvolvimento Terri-torial - SDT, Secretaria de Reor-denamento Agrário - SRA e Se-cretaria da Agricultura Famili-ar – SAF, incluindo a relaçãocom a Secretaria de ProduçãoRural e Reforma Agrária de Per-nambuco, para que toda a po-lítica no estado seja mais inte-grada, mais voltada para o for-talecimento da agricultura fa-miliar.

    Informativo da Federação dos Trabalhadoresna Agricultura do Estado de Pernambuco – FETAPERua Gervásio Pires, 876 – Boa Vista – Fone: (81) 3421.1222Endereço Eletrônico: [email protected] Responsável: Maria do Carmo Andrade DRT 3181/PETiragem: 1.000 exemplares – Diagramação: Paulo Rocha CriaçõesFone: (81) 3339.7895 – e-mail: [email protected]

    JOJORRNALNAL DADA

    A direção da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco –FETAPE, em reunião realizada em 16 de outubro de 2007, discutiu e deliberou sobre seu posici-onamento em relação à saída da Corrente Sindical Classista - CSC da Central Única dos Traba-lhadores – CUT.

    A FETAPE reafirma seu profundo respeito aos(as) camaradas da CSC, mas entende que aretirada da Corrente foi motivada, mais fortemente, por fatores externos à CUT, entre eles adisputa pela Presidência da Câmara Federal entre o Partido Comunista do Brasil - PCdoB e oPartido dos Trabalhadores – PT, motivo este, determinante na decisão da Corrente, uma vez quea mesma recebe orientação política do PCdoB, cuja pretensão é fortalecer o Partido e a Corren-te na disputa pela hegemonia no Movimento Sindical.

    A FETAPE entende que estamos num cenário político-econômico-social nacional e inter-nacional, o qual exige a necessidade de desenvolver grandes lutas unitárias dos movimentossociais para enfrentar o capital, aprofundando as lutas por direitos, democracia e solidarieda-de, a fim de colocar a reforma agrária nas prioridades do Governo Federal, fortalecer a agricul-tura familiar e a luta dos assalariados(as), pautando a valorização da participação das mulherese da juventude nas políticas públicas e investindo na construção de uma sociedade mais justacom igualdade de direitos e oportunidades.

    Face às razões expostas, a direção da FETAPE resolve:1. Convocar as lideranças sindicais para manter e aprofundar a relação com a CUT, tratan-

    do com competência as divergências internas;2. Manter os Sindicatos já filiados e intensificar a campanha de novas filiações à Central,

    uma vez que a CUT tem atuação firme em defesa dos trabalhadores(as), a exemplo da decisivaatuação da Central na definição da política de valorização e recuperação do Salário Mínimo, nadefesa do servidor(a) e do serviço público de qualidade, pelo desenvolvimento com sustenta-bilidade, defendido nas nossas mobilizações, tais como: Grito da Terra Brasil, Marcha das Mar-garidas, Festival da Juventude, entre outros, além das manifestações convocadas pela própriaCUT, como a Marcha Nacional;

    3. Permanecer e melhorar a relação e atuação na vida da CUT é base determinante para omovimento sindical continuar construindo e implementando políticas e ações unitárias, lutan-do contra qualquer interesse, inclusive partidários, que atente contra a unidade dos(as)trabalhadores(as) rurais e urbanos nos níveis municipal, estadual e nacional;

    4. Lutar para fortalecer a CUT, conclamando a todos os trabalhadores(as) a se unirem naconstrução e massificação da Central, respeitando a diversidadede de partidos, raças, credos,gênero, geração e etnia, com a autonomia e independência que historicamente vêm marcandoos posicionamentos da Central Única dos Trabalhadores.

    Recife, 22 de outubro de 2007.A direção

    Genivaldo Menezes

    Fetape é pelofortalecimento da CUT

    2007 foi um ano de grandes mo-bilizações: o Dia Nacional de Luta emDefesa da Previdência Social, os Festi-vais da Juventude, a Marcha das Mar-garidas, o Grito da Terra Brasil e as ocu-pações da Usina Salgado, em Ipojuca, edo projeto Maria Tereza, em Petrolina,entre outras.

    Os governos do Presidente Lulae do Governador Eduardo Camposavançaram em algumas questões, masficaram devendo em outras.

    Por um lado, o Governo Federalcontinua avançando nas políticas deacesso ao crédito, mas com sérios pro-

    blemas na política de Reforma Agrária. Este foi considerado o piorano do Governo Lula no quesito desapropriação de terras. A emis-são da DAP Eletrônica está sendo efetivada, depois da superaçãode muitas dificuldades. O projeto que garante a permanência dostrabalhadores/as rurais no Regime Geral da Previdência tem avan-çado nas discussões dentro do Governo e no Congresso Nacional,mas ainda não foi aprovado.

    O Governo Estadual avançou na participação popular e narelação com a FETAPE, quando negociou pautas, criou e fortaleceuos mecanismos de controle social. Destacamos a criação do Con-selho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social e a recria-ção do Programa Chapéu de Palha para os desempregados/as doperíodo de entressafra da Zona da Mata. Em relação a outros pro-blemas, como a Assistência Técnica e Extensão Rural, o governoficou muito aquém das expectativas dos trabalhadores/as, manten-do-se preso ao mesmo modelo do passado. No PRONAF Infra-Es-trutura, o governo prometeu muito, mas resolveu apenas uma pe-quena parte dos problemas herdados do governo anterior.

    Internamente, o movimento sindical fez um aprofundamentode suas ações quando da realização da Plenária Nacional daCONTAG. Nela, construímos consensos importantes quando rea-firmamos a autonomia e a independência do movimento sindical.Enfrentamos divergências que nos preocupam em relação ao futu-ro de nossa organização sindical, principalmente quando há reaispossibilidades de aprofundamento dessas diferenças na direçãoda CONTAG, das Federações e dos Sindicatos, quando o assunto éa relação com a CUT. Nesta edição publicamos, na íntegra, Resolu-ção aprovada por unanimidade na direção da Fetape. Nossa posi-ção é clara e busca fortalecer a Central Única dos Trabalhadores,discutindo a nossa relação, aumentando a presença dos rurais nadireção da central e filiando nossos sindicatos, a exemplo dos STRsde Águas Belas e Brejo da Madre de Deus, filiados recentemente, edos que virão, como os STRs de Casinhas e Riacho das Almas,entre outros.

    A Fetape procurou intensificar e aperfeiçoar sua gestão sin-dical interna e dos Sindicatos. Neste sentido, foram realizadas vári-as oficinas que vêm dando bons resultados. A criação das coorde-nações de Terceira Idade e Meio Ambiente tem levado a federaçãoa discutir com prioridade os assuntos por elas encaminhados. Asnossas campanhas salariais continuam evoluindo na qualidade desuas pautas, na competência das negociações e nas conquistaspara as categorias dos assalariados/as da Zona da Mata e dos fru-ticultores/as do Vale do São Francisco. As ações realizadas nesteano foram pensadas a partir do Planejamento Estratégico, elabora-do no início da segunda gestão, e do Plano Operacional para 2007.A Escola Nacional de Formação da CONTAG, que conta com a nos-sa contribuição financeira (Fetape e Sindicatos), vem preparandouma excelente equipe de dirigentes e assessores para efetuar otrabalho de formação com a nossa base sindical no próximo ano.Quanto à manutenção de nossa estrutura, destacamos a reformada sede do Pólo Sindical de Ribeirão, início da formação de umfundo para reconstrução da Sede Fetape em Recife e a elaboraçãodo Projeto de construção da Sede do Pólo Sindical de Caruaru. Esteano tivemos dificuldades no investimento previsto para reformas,devido ao grande volume de gastos, necessários, para realizarmosas mobilizações já registradas neste editorial.

    2007 está terminando e isso nos possibilita olhar para trás ever as conquistas do movimento sindical e comemorá-las em nos-sas confraternizações com familiares e amigos/as. Que 2008 che-gue cheio de boas energias, esperanças e confiança num movimen-to sindical cada vez mais forte e eficiente e num país mais justo,com igualdade de direitos e oportunidades.

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  • Novembro de 2007 – 3JORNAL DA

    Saúde

    Oficinas orientam comoevitar acidentes de trabalho

    Oficinas sobre saúde esegurança dos trabalhadores etrabalhadoras rurais foram re-alizadas pela Fetape em parce-ria com a Central Única dosTrabalhadores – CUT e com osCentros de Referência em Saú-de e Segurança do Trabalhador– CEREST, no último mês de ju-nho. As atividades foram vol-tadas à socialização de conhe-cimentos sobre prevenção deacidentes e promoção de saú-de nos ambientes de trabalho,além da orientação quanto àimportância do preenchimen-to correto do Comunicado deAcidente de Trabalho – CAT.“Agindo assim, o agricultor es-tará garantindo seu amplo di-reito previdenciário, em casode incapacidade provisória oupermanente, provocada emfunção do exercício da fun-ção”, orienta Doriel Barros,vice-presidente da Fetape.

    Seminários e conferências sobresaúde para a população rural

    Que a perícia médica émuito importante para o aces-so ao benefício previdenciáriocomo assegurado especial, dis-so ninguém duvida. Mas, sósaber disso não é o bastante. Épreciso também orientar osagricultores e agricultoras so-bre como essa perícia é feita,nivelá-la de acordo com o tipode benefício a ser acessado. Foipensando nisso que a Fetapeorganizou o 1° Seminário Esta-dual de Perícia Médica, de 26 a27 de Junho de 2007.

    Estiveram presentes aoencontro representantes sindi-cais de todos os pólos. A inici-ativa resultou na construçãode uma agenda entre o INSS e aFetape com o objetivo de es-clarecer todas as dúvidas quan-to ao acesso aos benefícios

    Vice-Presidência

    Saúde Preventiva paramulheres e homens do campo

    O Projeto Saúde e Gênerono Campo, um convênio entreFetape/MS/Contag, vem de-senvolvendo ações de educa-ção em saúde, com o objetivode orientar homens e mulhe-res de diferentes raças, etniase gerações sobre a importân-cia da saúde preventiva comogarantia de mais qualidade devida no meio rural. Segundo adireção da Fetape, certamen-te, quem consegue perceber aimportância dessa consciên-cia vai ter mais qualidade devida e desenvolverá maior par-ticipação social, no controledas políticas públicas e nas re-lações familiares e profissio-nais.

    Mais recentemente, nosmeses de maio e junho, oitofóruns municipais em defesado SUS e de políticas públicasde saúde foram realizados pela

    A cada dia o movimentosindical vive um novo desa-fio. Mais de 30 mil pessoasocuparam as agências daprevidência social. Foi a

    maior em todo o país! E issonos estimula ainda mais naluta pela garantia das políti-

    cas de saúde, educação,lazer, esporte e para a

    terceira idade. Para quenossa gente viva com dignida-

    de”.

    Doriel Barros – Vice-presiden-te da Fetape

    previdenciários, na busca pormelhores condições de saúdepara os trabalhadores e traba-lhadoras rurais.

    A participação da Fetapeem Conferências Municipaisde Saúde também marcou oprocesso permanente de cons-trução democrática de umnovo modelo para o SistemaÚnico de Saúde – SUS. Por meiode sua participação enquantomembro do Conselho Estadu-al de Saúde, a Fetape acompa-nhou algumas conferênciasmunicipais de saúde nas 11gerências regionais, propondopolíticas de saúde para o cam-po. Em outubro, a federaçãotambém participou da Confe-rência Estadual de Saúde, apre-sentando e debatendo propos-tas para a saúde da população

    do campo em Pernambuco.“Para 2008, nossas ações

    se concentrarão no fortaleci-mento e controle social doSUS através do mapeamentodos conselheiros e conselhei-ras municipais de saúde vin-culados aos sindicatos”, anun-cia Doriel Barros, vice-presi-dente da Fetape. Doriel adian-ta também para o próximo anoa realização de várias oficinassobre atuação no controle so-cial do SUS e parcerias paracampanhas sobre a importân-cia de ações de promoção dasaúde do trabalhador rural,além da implantação de hor-tas vivas em áreas de assenta-mento e de um seminário es-tadual sobre saúde e seguran-ça no trabalho.

    Fetape nos municípios de Ca-poeiras, Garanhuns, Paranata-ma, Caetés, São Bento do Una,Angelim, São João e Canhoti-nho. Eles objetivaram atenderàs populações do campo e qui-lombolas e contaram com aparticipação de dirigentes sin-dicais, secretários municipaisde saúde, de educação, açãosocial, agricultura e infra-estru-tura, buscando a partir da açãointerdisciplinar, promover acompreensão de que a saúde éum direito de todos e todas eum dever do Estado.

    O Projeto Saúde e Gênerono Campo foi desenvolvido noAgreste Meridional e atua emPernambuco desde o ano de2005, tendo surgido em meio adiversas manifestações em de-fesa da saúde pública de quali-dade e de um SUS universal eintegral para todos e todas.

    Aposentadoria rural dos Quilombolasserá regularizada

    Graças a uma ação efetiva da Fetape e do STR de SãoBento do Una, finalmente o Ministério Público Estadual e adireção do INSS estão participando das discussões sobre oacesso à aposentadoria rural dos quilombolas. “Constatamosque a falta dos documentos da posse de terra vinha prejudi-cando essas famílias que, em tal condição, não conseguiamacessar seus direitos. Estamos chegando a um entendimento,a nível estadual, para estes casos onde não há regularização”,esclarece Doriel Barros, vice-presidente da Fetape.

    A diretora de Políticas para as Mulheres, Maria Apare-cida – Mulica, entende que esse é um dos povos mais sofri-dos de nosso país: “Nosso apoio no resgate de seus direitosé um dever de quem luta por justiça e liberdade”, afirmaMulica.

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  • Novembro de 2007 – 4JORNAL DA

    Vice-Presidência

    Educação diferenciadapara quem vive no campo

    Fetape com jovens liderançasdas três regiões do Estado. “Osdebates sobre a atuação domovimento sindical nos espa-ços de controle social forambastante acirrados e a articu-lação de novas parcerias sãoalgumas das propostas quesurgiram. Isto nos leva a elabo-rar um plano para colocar ra-pidamente em ação essas pro-postas”, avalia Doriel Barros,Vice-presidente da Fetape.

    Atualmente, a Fetape de-senvolve programas de educa-ção, com turmas de alfabetiza-ção de jovens e adultos, de es-colarização, ensino médio esuperior, em parceria com aCUT, SEDUC e UFPE. Em parale-lo, a federação também realizaa formação política e sindicaldos educadores, para que es-tes se tornem agentes multipli-cadores da luta do movimentosindical, com abordagem naluta e resistência do povo docampo e de sua ação sindical.A prática visa a consolidaçãodo projeto Alternativo de De-senvolvimento Rural Sustentá-vel e Solidário – PADRSS.

    A Fetape entende que atéchegar à consolidação das di-retrizes de educação do cam-po, muito ainda há por fazer, acomeçar pelo conhecimentodessas diretrizes, o que já estásendo consolidado a nível na-cional. Só em Pernambuco, afederação já realizou dois se-minários sobre o tema, sendoum em Petrolina e o outro emCarpina. Ambos, com dirigen-tes, educadores e educadoras,que atuam em programas deeducação coordenados pela

    A Vara do Trabalho de Garanhuns julgou procedente,no último mês de setembro, a ação movida pelo Sindicato deTrabalhadores Rurais de Capoeiras contra o Sindicato dosTrabalhadores na Agricultura Familiar de Capoeiras, funda-mentando a decisão na unicidade sindical, conforme o arti-go quinto da Constituição Federal.

    Segundo o juiz titular, Murilo Augusto de Alencar, aexistência do Sindicato paralelo viola o texto constitucio-nal por implicar em duplicação de representação sindicalde parte da categoria profissional já representada pelo STRde Capoeiras.

    A justiça declarou ainda que o STR de Capoeiras é orepresentante legal dos trabalhadores na agricultura famili-ar. E determinou o cancelamento de inscrição de CNPJ juntoà Receita Federal do sindicato irregular.

    Justiça declara STR deCapoeiras representantelegal dos trabalhadores

    Previdência Social

    A vice-presidência da Fe-tape orquestrou uma série deestratégias de intervenção nosmecanismos e práticas do INSS.Foi assim quando mais de 30mil pessoas das três regiões doEstado foram mobilizadas pelafederação para ocupação dasAPS – Agências da PrevidênciaSocial em Pernambuco, even-to considerado o maior ato re-alizado no país em agências doInstituto de Nacional do Segu-ro Social, no dia nacional deluta em defesa da previdênciasocial.

    “Estamos realizandoreuniões periódicas e descen-tralizadas, com a participaçãode gerentes regionais e che-fes de APS e esta dinâmica temfavorecido a participação dossindicatos em todo o proces-so de monitoramento das ati-vidades encaminhadas”, ava-

    lia Doriel Barros, que já per-cebe uma melhoria na relaçãoentre as partes.

    A assessoria jurídica daVice-presidência da Fetapetambém contribuiu de forma

    Série de ações estratégicasjunto ao INSS

    Entidades paralelas e irregularesterão seus registros cassados

    Protesto em Goiana contra problemasde atendimento em agências do INSS

    bastante decisiva na formula-ção de uma proposta de inclu-são dos trabalhadores assala-riados na Previdência Social,uma antiga reivindicação dacategoria.

    A Fetape, em conjun-to com representantes deseus 178 sindicatos de tra-balhadores rurais – STR,definiu posicionamentocontrário à existência e aoreconhecimento de estru-turas paralelas: “Essas en-tidades não têm o reco-

    nhecimento do Ministériodo Trabalho e, portanto,não podem se definircomo sindicatos”, esclare-ce Doriel Barros, vice-pre-sidente da Fetape, referin-do-se à lei em vigor, quedefine a organização sindi-cal. Ele comunica também

    Série de problemas de infra-estrutura, que penalizavam o atendimento aostrabalhadores rurais em agência do INSS de Goiana, levou centenas de agricultores aprotestarem em passeata pelas principais ruas do município, com destino ao prédio

    em reforma do instituto de previdência social. A ação de luta em defesa dostrabalhadores e trabalhadoras rurais foi uma iniciativa da Fetape, em conjunto comos STR de Goiana, Itambé, Itaquitinga e Condado. As negociações por melhorias já

    foram iniciadas.

    Encontro dos Educadores do Programa Saberes da Terra

    que os advogados da fede-ração estão à disposiçãodos sindicatos para queestes possam pedir a cas-sação dos respectivos re-gistros dessas organiza-ções “ilegalmente denomi-nadas de sindicatos”, de-nuncia.

    Educação do Campo

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  • Novembro de 2007 – 5JORNAL DA

    Ritmo forte naCoordenação daTerceira Idade

    São apenas quatromeses, mas já dá para sen-tir que a Coordenação daTerceira Idade entrou comgarra na luta pelos direi-tos dos idosos. Sua atua-ção, conjunta com a Vice-presidência, permitiu esta-belecer contatos com to-dos os Pólos Sindicaisonde foi possível chegar.Atendendo a vários convi-tes, Israel Crispim, coor-denador da pasta, estevepresente em vários muni-cípios para debater temascomo previdência, conse-lho do idoso, estatuto eempréstimo consignado.

    “Temos participadode encontros de discussãojunto ao INSS para tratar daInstrução Normativa – IN ePerícia Médica. Estamosinteragindo e essa políticase estende também aosmeios de comunicação.Nossa intenção é de atin-

    Vice-Presidência

    Plano Safra 2007/2008 éimplementado em Pernambuco

    Tudo foi minuciosamen-te planejado pela Fetape. Cer-ca de 300 dirigentes sindicaisparticiparam de três eventosque marcaram a divulgação eimplementação do Plano Safra2007 / 2008 em Pernambuco. Asdiretorias de Política Agrícolae Agrária da federação uniram-se na ação e realizaram a sériede encontros, que acontece-ram durante todo o mês de se-tembro, nas regiões da Mata,

    Terceira Idade

    Coletivo da Terceira Idade foi eleito

    gir todas as emissoras derádio onde estejam sendotransmitidas a voz do tra-balhador”, avalia Crispim.

    Ainda segundo o coor-denador, sua área de atua-ção também se estendeu atemas como Educação doCampo, Saúde, Lazer e Es-porte.

    A Vice-presidência ea Coordenação da Tercei-ra Idade também realiza-ram um Seminário paraConstituição do Coletivoda Terceira Idade da Feta-pe, em conjunto com aContag e em parceria como Ministério de Desenvol-vimento Social – MDS, emCarpina, de 24 a 26 de se-tembro de 2007, contem-plando todos os Pólos sin-dicais e constituído por 10titulares e 10 suplentes.Na ocasião, foi eleito oColetivo, este compostopor 20 membros.

    Fetape administraCentral de Comercializaçãoda Agricultura Familiar

    A Fetape está gerencian-do a Central de Comercializa-ção da Agricultura Familiar –CECAF desde abril desse ano,orientando e cadastrando osnovos agricultores familiarespara que eles estejam aptos acomercializar junto à Central.

    “Realizamos a elabora-ção do plano de negócios eestabelecemos intercâmbiocom a CECAF do Rio de Janei-ro para a criação de nosso re-gimento de mercado e funcio-namento do espaço”, explica

    Adelson Freitas, diretor de Po-lítica Agrícola da Fetape. Adel-son anuncia também que asações da Fetape serão inten-sificadas em 2008, com a cria-ção de um novo projeto deauto-gestão, que visará a ad-ministração de receitas e des-pesas, diferenciação de taxase romaneios entre agricultorese comercializantes parceiros.Atualmente, todas as despesase receitas da CECAF são geri-das pela administração da CE-ASA.

    ATER agora é gratuitaOs agricultores e agricultoras que acessam ao crédito

    através do Grupo B precisam ficar atentos, pois não preci-sam mais pagar a taxa de 3% sobre o valor contratado atra-vés de serviços de Assessoria Técnica – ATER.

    Dicas de acessoaos Programas deAquisição deAlimentos e do Leite

    O Programa de Aquisiçãode Alimentos - PAA, lançado em2003 pelo governo federal paraestabelecer políticas estrutu-rantes a agricultores familia-res, possibilitando assim a ga-rantia de segurança e sobera-nia alimentar, é acionado apósa etapa final do processo pro-dutivo, no momento da comer-cialização, com recursos queremunerem o investimento e amão de obra do agricultor fa-miliar, através da compra desua produção, de forma queeste consiga reinvestir e cus-tear suas despesas. São benefi-ciários do PAA os agricultoresfamiliares pronafianos e o limi-te da compra não poderá ultra-passar os R$ 3,5 mil reais.

    O Programa do Leite é umalinha de ação do PAA, que pro-picia o consumo do leite às fa-mílias que se encontram emestado de insegurança alimen-tar e nutricional e incentivatambém a produção da agricul-tura familiar. Para que o agri-cultor possa participar do pro-grama é necessário que produ-za no máximo 100 litros de lei-te por dia, com prioridade paraos agricultores que produzamuma média de 30 litros dia, res-peitando o limite financeirosemestral de R$ 3,5 mil por agri-cultor, que possua declaraçãode aptidão ao Pronaf, estejaenquadrado entre as categori-as A, B, C e D e, por fim, querealize a vacinação periódicade seus animais.

    Agreste e Sertão do Estado.Carpina, Garanhuns e Triunfo,respectivamente.

    Os encontros, na avalia-ção do diretor de Política Agrí-cola da Fetape, Adelson Freitas,atingiram suas metas muitoalém das expectativas e conta-ram com o apoio especial dosBancos do Brasil e do Nordes-te, Projeto Dom Helder Camara,INCRA, Secretaria Estadual deAgricultura e Reforma Agráriae IPA.

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    Vemos que a Fetape temdemonstrado grande capaci-dade de estabelecer parce-rias a favor do desenvolvi-mento rural sustentável e

    solidário, a exemplo da quedesenvolveu com o Plano

    Safra 2007/2008. A organi-zação da produção irá

    possibilitar ganhos de rendasatisfatórios para os agricul-tores e esse é nosso grande

    desafio”

    Adelson Freitas – Diretor dePolítica Agrícola da Fetape

  • Novembro de 2007 – 6JORNAL DA

    Agrícola

    Ações integradas e inova-doras nas atividades agrícolas,pastoris, silviculturais e deagro-industrialização para ga-rantir a sustentabilidade dosagro-ecosistemas serão promo-vidas através de diversos con-vênios firmados entre a Feta-pe e diversos órgãos, destaca-damente o Projeto Contag /Fetape / Embrapa, que tem porprincipal objetivo fortalecer aagricultura familiar do semi-árido em Pernambuco. A metaé a formação de três comitês:Gestor, Estadual e Municipal;a formação de uma rede de co-municação integrando Contag,Embrapa Caprinos, Fetags doNordeste, além do fortaleci-mento da cadeia produtiva daovinocaprinocultura e a ampli-ação da transferência de tec-nologias do sistema agrossilvo-pastoril. “Queremos aumentara produção de grãos de 550kg/ha para 1.300 kg/ha e a produ-ção do peso vivo animal de13Kg para 110 kg de borregosdemandados por hectare, agre-gando assim valor de mercado

    Convênios mudam a vida deprodutores do semi-árido

    ao peso vivo do animal atravésdo processamento agroindus-trial”, explica Adelson Freitas,diretor de Política Agrícola daFetape.

    Durante a execução doprojeto descobriu-se, em expe-riências junto a quatro mil agri-cultores familiares do semi-ári-do nordestino, um roteiro téc-nico para integração de práti-cas agrícolas, pastoris e silvi-

    culturais que, quando maneja-das ecologicamente, aumenta-vam a produtividade da terra,assegurando a diversidade e asustentabilidade da produção.Diante disso, a conseqüênciaesperada pelo projeto é de au-mento na produção com agre-gação de valor ao produto, in-crementando a renda familiardo agricultor e melhoria de suaqualidade de vida.

    Todos os 10 pólos sindi-cais da Fetape foram contem-plados com oficinas de forma-ção de agentes difusores dosprogramas públicos de apoioà agricultura familiar. “Busca-mos dinamizar o acesso dosagricultores a esses progra-mas, através da formação deagentes difusores nos territó-rios rurais”, esclarece AdelsonFreitas, diretor de PolíticaAgrícola da Fetape.

    As oficinas do curso atin-giram os 10 pólos sindicais daFetape e tiveram duração totalde 16 horas, com o objetivo de

    Oficinas ensinam comoacessar programas públicosda agricultura familiar

    Programa do LeiteGaranhuns sediou uma oficina de controle social do

    Programa do Leite, no último mês de junho. “Levantamos opreço do produto para compra junto ao produtor familiar ecomparamosao que é prati-cado junto aoconsumidor fi-nal”, revelaAdelson Frei-tas, diretor dePolítica Agrí-cola da Feta-pe, sempreatento aos di-reitos do tra-balhador rurale aos tramitesdo mercado.

    DAP eletrônica nãoé mais mistério

    Depois de uma série de eventos para capacitação noSistema de Emissão da DAP eletrônica – SISDAP, agora ossindicatos de trabalhadores rurais já estão operacionalizan-do o sistema com sucesso. Foram inúmeros eventos realiza-dos nos 10 pólos sindicais da Fetape, capacitando dirigen-tes sindicais para a agilização do processo ao crédito: “Otrabalhador rural tinha uma relação de dependência comrelação à DAP manual. Foram muitos os transtornos, porquea quantidade de documentos recebida pela Fetape não esta-va de acordo com a realidade da demanda existente no Esta-do”, avalia Adelson Freitas, diretor de Política Agrícola daFetape.

    Ao todo, foram cerca de 400 representantes dos STRsdevidamente capacitados. “O Setor de Organização da Produ-ção – SOP da Fetape encontra-se à disposição do agricultor,permanentemente, atendendo e ajudando ao trabalhador ru-ral, já que se trata de um novo sistema”, lembra Adelson. OSTR que ainda necessite de algum esclarecimento poderá li-gar para a Fetape / SOP para obter maiores esclarecimentos.

    capacitar, animar e comprome-ter as lideranças locais e técni-cos numa ampla campanha devalorização, fortalecimento econsolidação da agriculturafamiliar na Zona da Mata,Agreste e Sertão do estado. Se-gundo a direção da Fetape, épreciso ampliar o acesso des-se público aos programas go-vernamentais disponíveis deapoio ao setor. Atualmente,todas as metas do projeto jáforam cumpridas, restandoapenas uma última etapa, já emandamento, destinada ao inter-câmbio de conhecimentos.

    Centenas de agricultorescapacitadosno Agreste Central

    Desenvolvimento territo-rial, agroecologia, socioecono-mia solidária, prática de con-vivência com o semi-árido, de-finição de propostas técnicaspor interesse vocacional, comviabilidade econômica, capaci-tação específica em sistemasprodutivos para o semi-árido enoções de como elaborar pro-jetos, captação e negociaçãode recursos foram algumas das

    temáticas abordadas no Proje-to de Capacitação de Agricul-tores e Agricultoras Familiares,no Agreste Central.

    O curso, dividido em cin-co módulos, foi ministradopara 210 agricultores dos mu-nicípios de Agrestina, Bezer-ros, Brejo da Madre de Deus,Belo Jardim, Caruaru, Sairé, SãoCaetano, Taquaritinga do Nor-te, Jataúba e Riacho das Almas.

    Rede levaassistênciatécnica paraagricultores

    COOPAGEL, ICN eSERTA, articuladas a ní-vel estadual com a Feta-pe e, a nível nacional,com a Contag, estão emfase de construção deuma rede articulada emelhor qualificada de as-sistência técnica em Per-nambuco: o SISATER –Sistema de AssistênciaTécnica e Extensão Ru-ral, que visa melhor aten-der ao agricultor familiarem suas atividades agrí-colas. “É muito importan-te que todos saibam que,a partir de agora, a Feta-pe e suas parceiras deexecução estão constru-indo um projeto em todoo Estado com o propósi-to de qualificar o PRO-NAF em Pernambuco”,informa Adelson Freitas,diretor de Política Agríco-la da Fetape.

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    Fetape representada na CâmaraTécnica de Desenvolvimento Territorial

    A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado dePernambuco – Fetape, agora coordena a Câmara Técnica de Desen-volvimento Territorial de Pernambuco – CTDT/PE. Isto significa di-zer que os trâmites de análise e aprovação dos projetos de custeio einvestimentos dos territórios da Mata Sul, Agreste Central e Meridio-nal, Sertão do Pajeú, Araripe, São Francisco e Itaparica serão agiliza-dos. “Contabilizamos cerca de 70 novos projetos analisados até omomento e que deverão ser financiados pelo PROINF 2007/2008”,anuncia Adelson Freitas, diretor de Política Agrícola da Fetape. Acoordenação da CTDT é feita pelo assessor da Fetape, MarcílioOliveira.

  • Novembro de 2007 – 7JORNAL DA

    Seguindo orientação doPlano Operativo 2007 e à deci-são do 7° Congresso da Feta-pe, a diretoria de Finanças eAdministração da federaçãoestá intensificando a Campa-nha de Sindicalização juntoaos sindicatos filiados. Paraisso, organizou uma agendapara realização de 10 oficinas,os Encontros de Pólos Sindicaisem Gestão e Organização Sin-dical, com o objetivo de discu-tir e aprofundar a política de

    Finanças

    Novos emails facilitam aprestação de contas

    Fetape defende promoçãode mais qualidade de vida

    O Planejamento 2007 da Fetape definiu a execução deações de educação em saúde no campo, através de diversosprocessos formativos voltados à promoção da melhoria daqualidade de vida para as pessoas que vivem e trabalham nomeio rural. Isso porque a entidade entende que é preciso darvisibilidade a um eixo temático que já havia sido definidocomo uma de suas áreas de atuação prioritária: a saúde.

    Planejamento da Fetape retomaColetivo de Finanças

    O Planejamento da Feta-pe deliberou pela volta do Co-letivo de Finanças nas ativida-des de 2007. “Havia a necessi-dade de um trabalho mais in-tegrado com os sindicatos” jus-tifica Ferrinho, diretor de Fi-nanças e Administração da Fe-tape.

    A partir da decisão, noúltimo mês de setembro foipossível reunir todos os mem-bros do coletivo nos 10 PólosSindicais da Fetape, no CentroSocial de Carpina. Em pauta, areestruturação do Coletivo e oPlano Operacional Anual daDiretoria de Finanças. “A inici-ativa foi bastante elogiada pe-los participantes”, comemoraFerrinho, adiantando que ospólos sindicais estão reivindi-cando mais informações e ca-pacitações sobre Gestão Fi-nanceira. “Descobrimos umademanda reprimida de nossopúblico”, constata o diretor.

    Entre as propostas apre-sentadas durante o Coletivo deFinanças também estava a rea-

    lização de encontros de Gestão,Organização e Finanças, que co-meçaram a ser realizados des-de outubro desse ano em Su-rubim, Araripe, Petrolândia,Sertão Central, Pajeú, Petroli-na, Garanhuns, Mata Norte e

    Mata Sul. O último deles acon-tece dias 27 e 28 de novembro,em Caruaru. Os encontros con-taram com o apoio do Convê-nio SENAR e com a mobiliza-ção da Fetape/CONTAG e dosPólos Sindicais.

    Buscando levar a direto-ria de Finanças e Administra-ção para mais junto dos Sindi-catos de Trabalhadores Ruraisfiliados à Fetape, durante a úl-tima reunião do Conselho De-liberativo da federação foi apli-cada uma pesquisa para sabera quantas anda o grau de satis-fação dos STRs com a equipe eos serviços do setor financei-ro. Através da atitude demo-

    Pesquisa revela graude satisfação dos sindicatos

    crática, os pesquisadores espa-lhados pelo Centro Social daFetape, em Carpina, puderamabordar os participantes doevento e entrevistá-los.

    Com base nos resultadosda pesquisa já foram identifi-cados dados suficientes paraa melhoria dos serviços pres-tados pela Fetape nos diversossetores, vinculados a finançase administração.

    Agenda de atividades reforçaCampanha de Sindicalização

    gestão sindical e a sustentabi-lidade financeira do MSTTR.

    “Convocamos dirigentessindicais e funcionários do se-tor financeiro para participa-rem do evento. Vamos discutiro Projeto Alternativo de Desen-volvimento Sustentável e Soli-dário, o Programa Nacional deFortalecimento de EntidadesSindicais, Contabilidade Sindi-cal e Sustentabilidade Finan-ceira”, explica Ferrinho, diretorde Finanças e Administração

    da Fetape.A diretoria de Finanças e

    Administração da Fetape con-tabiliza a execução de 50% doseventos programados para se-rem realizados em 2007, queatingiram 133 sindicatos, 267dirigentes e 133 funcionários.Como resultado da iniciativa,será realizado um diagnósticocom o objetivo de identificarno meio sindical: Quem Somos,Quantos Somos e Onde Esta-mos, cuja avaliação deverá serconcluída em 180 dias.

    Acabam de ser criados novos emails para prestação decontas dos recursos solicitados para atividades dos pólos ediretorias. “A informática está sendo nossa maior aliada etem facilitado muito os trabalhos do setor de finanças”, ates-ta Ferrinho, diretor de Finanças e Administração da Fetape.

    O diretor lembra aos dirigentes e diretores que o anode 2007 está se encerrando e que é necessária a organiza-ção da prestação de contas e dos compromissos da federa-ção a serem agendados para 2008.

    Os endereços eletrônicos para envio da prestação decontas são:

    [email protected]@[email protected] .

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    Uma gestão eficiente deve estar aserviço do projeto político defortalecimento das entidades

    sindicais. É preciso compreender agestão como algo que vai além damáquina sindical e construir umapolítica de finanças que atenda àsnecessidades de todos os níveis daorganização. Vamos fazer com que

    trabalhadores e trabalhadorascompreendam e acreditem que

    seu sindicato é a verdadeiraferramenta de luta por melhores

    condições para a categoria”.

    Antonio Francisco da SilvaFerrinho – Diretor de Finanças e

    Administração da FetapeFOTO

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  • Novembro de 2007 – 8JORNAL DA

    É possível avançar muito maisna luta pela terra, uma das

    principaisbandeiras do movimento

    sindical rural. Mas, para isso, épreciso que os governos

    estadual e federal tambémpercebam a reforma agráriacomo prioridade. Temos o

    desafio de assentar milharesde famílias com pouca terraou sem terra para trabalhar.

    Paulo RobertoDiretor de Política Agrária e

    Meio Ambiente da Fetape

    900 famílias ocupam terrasda Codevasf em PetrolinaO dia do agricultor foi

    comemorado pela Fetape, emconjunto com o Sindicato deTrabalhadores Rurais de Petro-lina, com uma grande ocupa-ção de terra. A maior ação doMSTTR em Pernambuco. 900 fa-mílias acamparam em terras daCodevasf – Projeto Maria Tere-za R4, na madrugada daqueledia, reivindicando a posse deterras próximas ao local.

    As duas áreas reivindica-das pelos agricultores são pró-ximas à Codevasf e, somadas,totalizam cerca de quatro milhectares, a serem distribuídospara as famílias, após vistoriado Incra. Os trabalhadores ru-rais querem que no local sejaconstruída uma vila rural, con-siderando que boa partedas famílias trabalham tempo-rariamente nas empresas dehortifruticultura e que as mes-mas não possuem moradiaprópria a oferecer para os agri-

    cultores, que estão sujeitos aopagamento de aluguéis muitocaros na região.

    Cerca de 70% dessas fa-mílias reivindicam duas pro-priedades, localizadas nasproximidades da área ocupa-da, já que as mesmas já forampré-vistoriadas pelo Incra, queemitiu parecer favorável à cri-ação de projeto de assenta-mento. “São 4.172 hectares,

    destinados ao assentamentodas famílias, através do Proje-to Nacional de Reforma Agrá-ria. Essa é a maior ocupaçãode terras na história do MSTTRe isso é reflexo do grande nú-mero de famílias que não dis-põem de um pedaço de terrapara poder produzir”, avaliaPaulo Roberto, diretor de Re-forma Agrária e Meio Ambien-te da Fetape.

    Delegação pernambucana no GTB 2007

    Agricultores ocupama BR 101

    Convênio para construção decasas em assentamentos

    Através de convênio celebrado entre a Caixa EconômicaFederal e a Fetape, casas serão construídas em assentamentos doPrograma Nacional de Crédito Fundiário. O documento, assinadodesde novembro de 2006, mas que tem vigência até abril de 2008,garante a construção de unidades habitacionais, muitas delas jáconcluídas em diversos assentamentos. “Isso ainda não é sufici-ente, pois existe uma demanda por mais 111 casas nas três regiõesdo Estado”, alerta Paulo Roberto, diretor de Política Agrária e MeioAmbiente da Fetape. A ação também conta com a parceria doBanco do Nordeste, FUNTEPE e Policonsult.

    Centenas de agricultores ocuparam a BR 101, no últi-mo mês de março, em protesto contra a morosidade do In-cra nos processos de desapropriação de terras para fins dereforma agrária. “O Incra precisa resolver a questão das áre-as de conflito no Estado. São milhares de acampados aguar-dando uma solução que passa necessariamente pela regu-larização da posse de terras. Pernambuco é o Estado ondeos conflitos mais acontecem no país e por isso a situaçãodemanda mais atenção dos órgãos de governo tanto esta-duais, quanto federais”, avalia Paulo Roberto, diretor dePolítica Agrária e Meio Ambiente da Fetape.

    Pressão nas superintendênciasdo Incra por encontros regionais

    A diretoria de PolíticaAgrária da Fetape pressionouas superintendências do Incrapara que fossem realizadas reu-niões regionalizadas em Per-nambuco, considerando a di-versidade de casos em todo oEstado. “Muitas mudanças fo-ram feitas nas superintendên-cias do órgão em Recife (SR 3)e em Petrolina (SR 029). Preci-sávamos estabelecer um diálo-go imediato com os novos ges-tores dos órgãos e por issopressionamos pela agilização

    do encontro”, esclarece PauloRoberto, diretor da Fetape.

    A primeira reunião entrea federação e o INCRA – Insti-tuto Nacional de Reforma Agrá-ria, aconteceu no último mêsde outubro e tratou de ques-tões referentes às áreas de as-sentamentos e de acampamen-tos coordenadas pela Fetape,através da diretoria de Políti-ca Agrária e Meio Ambiente. Apróxima reunião está sendoagendada para o mês de dezem-bro.

    Sindicalistas da Zona da Mata, do Agres-te e do Sertão representaram Pernambucodurante o Grito da Terra Brasil, evento de lutapela terra, promovido pela Contag, em Brasí-lia, e que reúne agricultores de todas as fede-rações do Brasil. O GTB é considerado a mai-or mobilização de massa do país.

    Uma das principais reivindicações doGTB foi a revogação da Medida Provisória2183, que proíbe áreas ocupadas de seremvistoriadas e as atualizações dos índicesde produtividade agrícola, assim como oestabelecimento de metas para os assenta-mentos.

    Agrária

    Superado conflito entremovimentos de luta pela terra

    Chega ao fim o conflito entre a Fetape e a Fetraf em áreas do assentamento Umburama, nomunicípio de Águas Belas. A questão entre os dois movimentos persistia desde 2005 e foi apazi-guada graças ao entendimento entre ambas as partes. “Tudo foi resolvido de forma pacífica e asáreas foram aprovadas para os agricultores organizados pela Fetape”, comemora Paulo Roberto,diretor de Política Agrária e Meio Ambiente da Fetape.

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  • Novembro de 2007 – 9JORNAL DA

    “A situação ambiental noEstado é muito grave e preci-samos nos organizar urgente-mente para debater a questãoe rapidamente pensar soluçõespara o caso”. Com essas pala-vras Eraldo José de Souza, co-ordenador de Meio Ambienteda Fetape, avalia a situação daagricultura em Pernambuco eanuncia para os próximos dias29 e 30 de janeiro, a realizaçãode um primeiro encontro esta-dual da federação para discu-tir a questão ambiental no Es-tado. O local já está definido.Será em Carpina e contará coma participação da direção daFetape, assessores e todos osSTRs. Eraldo informa ainda quedurante o evento haverá apre-

    Coordenação de Meio Ambientemapeia situação ambiental

    sentação de experiências agro-ecológicas dos agricultores fa-miliares e de parceiros de exe-cução. “Assim, teremos ele-mentos suficientes para execu-tar nosso planejamento, nastrês regiões do Estado, para ospróximos anos. Implantaremos10 viveiros-piloto de mudasnativas por pólo, cuidaremosdo controle das queimadaspara diminuir o desmatamen-to e combateremos com rigoro uso de agrotóxicos” afirmaEraldo.

    O coordenador da novapasta já percorreu alguns pó-los sindicais da Fetape e ma-peou a situação ambiental nes-sas regiões. No Pólo Surubim,por exemplo, o STR estava sen-

    sibilizado com a questão e jáhavia iniciado um trabalhocom mudas variadas. Mas, nosmunicípios de Lajedo, Calça-dos e Canhotinho os represen-tantes dos STR mostraram ca-sos de pequenos agricultoresfamiliares usando grande quan-tidade de agrotóxicos nas la-vouras e, o mais grave, aplican-do o produto sem o uso deequipamento adequado.

    Seguindo o roteiro, fo-ram visitados também os PólosCaruaru, Araripe, Pajeú e Mé-dio São Francisco. Restam ape-nas os Pólos Sertão Central,Mata Sul e Mata Norte que, se-gundo garante Eraldo Souza,serão contemplados antes doencontro estadual.

    MINISTÉRIO PUBLICO DA UNIÃO

    MARIANA/ Corresponden-te CPT - Aconteceu durante amadrugada a primeira ocupa-ção conjunta do Fórum de Or-ganizações do Campo que aglu-tina a CPT, Fetape, Fetraf, eMLST.

    Para protestar contra omodelo nacional de expansãoda cana-de-açúcar para produ-ção de agrocombustível e amorosidade da Reforma Agrá-ria no estado de Pernambuco,dois mil trabalhadores ruraisda CPT, Fetape, Fetraf e MLSTocuparam no último mês deoutubro a Usina Salgado, nomunicípio de Ipojuca, Zona daMata Sul do Estado.

    A Usina Salgado é conhe-cida por sua expressiva agres-são ao meio ambiente, pelanão-preservação da mata cili-ar, pela aplicação desordena-da de agrotóxicos e por nãocumprir sua função socail eambiental, além da imensa dí-vida com o poder público, in-clusive o não repasse para oINSS dos impostos arrecadadosdos seus trabalhadores, acar-retando a impossibilidade dosmesmos em requererem direi-tos trabalhistas, inclusive aaposentadoria. Esta denúncia,inclusive, já foi feita pelo Mi-nistério Público do Estado.

    As dívidas atuais da Usi-na Salgado superam a cifra de200 milhões de reais e as orga-nizações exigem a expropriaçãodas terras da Usina como forma

    Agrária

    Dois mil trabalhadores ocupamUsina Salgado em Ipojuca

    de pagamento das dívidas quea mesma tem com a União. Parasanar também a dívida que aUsina fez com os trabalhadores,por não ter repassado os impos-tos retirados na fonte para oINSS, o Fórum defende que asterras devem ser revertidaspara o programa de ReformaAgrária e assentar os antigostrabalhadores, os trabalhado-res e os posseiros dos enge-nhos ligados à Usina Salgado.Só ao INSS, a dívida ultrapassa85 milhões de reais.

    A expansão da monocul-

    tura da cana-de-açúcar comincentivos do Governo Federalpara a produção do etanol tam-bém é um dos principais alvosde protesto dos trabalhadorese trabalhadoras. A retomadado modelo colonial de mono-cultura da cana para exporta-ção não é aceita pelos movi-mentos sociais que defendema soberania alimentar e a refor-ma agrária. Segundo os movi-mentos, este modelo só é sus-tentável a custa de subsídio dogoverno, sonegação de impos-tos, de trabalho análogo ao es-

    cravo e destruição ambiental.A primeira grande ação

    conjunta do Fórum de Organi-zações do Campo teve comoobjetivo chamar atenção paradois grandes problemas querondam o campo, a expansão dacana-de-açúcar para o agro-combustível - que traz danosasconseqüências sociais e ambi-entais - e a lentidão da ReformaAgrária em Pernambuco, que éum dos estados com maior con-centração de terra do país.

    No meio do ano, as enti-dades elaboraram conjunta-

    mente um diagnóstico da atu-al situação do campo, que tra-ta das condições de vida dostrabalhadores e trabalhadorasrurais da zona da mata do esta-do e da morosidade do Incranas vistorias e desapropria-ções de terras para reformaagrária.

    Reportagem Fetape – Noúltimo dia 24 de outubro, emBrasília, os movimentos soci-ais (CPT, Fetape, Fetraf e MLST)estiveram reunidos em Brasíliacom o ministro interino do Mi-nistério do DesenvolvimentoAgrário, o presidente nacionaldo Incra, o governador do Es-tado de Pernambuco e com odelegado do MDA. “Ficou en-caminhado que o ministériovai criar um Grupo de Traba-lho envolvendo servidores in-tegrantes dos INCRAs nacionale do Recife, com o objetivo deagilizar a abertura de um pro-cesso de vistoria na Usina Sal-gado”, explica Paulo Roberto,diretor de Política Agrária daFetape. Ele diz ainda que serárealizada vistoria e avaliaçãodo parque fabril da Usina Ca-tende para desapropriação. “Éa primeira vez que se abre umprocesso de desapropriaçãode uma usina em pleno funcio-namento, levando em conside-ração não apenas sua produti-vidade agrícola, mas sim o des-cumprimento de leis ambien-tais, sociais e trabalhistas”,comemora Paulo Roberto.

    Meio Ambiente

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  • Novembro de 2007 – 10JORNAL DA

    Formação

    As famílias foram sendoorganizadas e, a partir das po-tencialidades da comunidade,as primeiras unidades demons-trativas de produção estavamconstruídas. E esse foi o pon-tapé inicial para que tivessemrenda familiar e segurança ali-mentar até conseguirem aces-sar o Pronaf e conquistarem ocrédito. Surgiram então as pri-meiras vocações para ativida-des produtivas de comerciali-zação. Hoje, graças à iniciativado Projeto Pernambuco Orgâni-co, o artesanato desses agricul-tores já é comercializado para

    Projeto político-pedagógicovai dinamizarformação sindical

    Famílias de agricultores jácomercializam para a Holanda

    a Holanda.Ao todo, as comunidades

    de agricultores de Águas Be-las e de Petrolina vão acessarvia Pronaf A cerca de R$ 2 mi-lhões distribuídos entre 143famílias, através do ProjetoPernambuco Orgânico, cujofoco principal de ação é a as-sessoria técnica permanente,pautada numa política nacio-nal, em áreas rurais. “Trabalha-mos na perspectiva da trocade saberes entre os técnicos eas famílias, visando o empode-ramento desses agricultores”,explica Maria de Lourdes, di-

    retora de Organização e For-mação da Fetape.

    Com o crédito, ainda se-gundo a diretora, a capacida-de instalada já existente seráampliada de modo a tornar asexperiências desenvolvidasem vocações produtivas paraa comercialização.

    O Projeto Pernambuco Or-gânico surgiu em 2003, fruto deuma parceria entre a Fetape,OXFAM e os STRs de Águas Be-las e Petrolina e se propõe a serexperiência referencial de ges-tão de assentamentos de refor-ma agrária em Pernambuco. Atéo momento, o projeto já orga-nizou famílias e grupos de jo-vens e mulheres, formando e ca-pacitando-os e organizou a in-fra-estrutura social e produtiva(água, energia, habitação, saú-de, máquinas e equipamentos,além de viabilizar segurança ali-mentar e nutritiva). Agora, oPernambuco Orgânico está fina-lizando a etapa de organizaçãoda produção e comercializa-ção. Uma cartilha, contendo asistematização da experiência,está sendo lançada pela Feta-pe ainda nesse ano.

    O Projeto Pernambuco Or-gânico conta com a parceria daCoopagel, Água Vale, CentroNordestino de Medicina Popu-lar, ICN, Visão Mundial e comintercâmbios com o Serta eCaatinga.

    Nos últimos três meses, o Setor Sindical da Feta-pe assessorou as eleições e posses de diretorias desindicatos nos STRs de Orobó, São Lourenço da Mata,Brejão, Abreu e Lima, Bodocó, Trindade, Camutanga,Palmares, Lagoa do Carro, Mirandiba, Caruaru, SantaMaria do Cambucá, Carnaíba e Casinhas.

    Ainda nesse ano, os sindicatos de Tamandaré, Qui-xaba, Ipubi, Tacaimbó, Passira, Vertentes e Terezinhavão realizar assembléias para escolha de suas comis-sões eleitorais. “E nós acompanharemos a todas, exi-gindo que sejam respeitadas as regras estabelecidaspelo Estatuto da Fetape. Somos rígidos porque se al-gum artigo do Estatuto for descumprido, o processoeleitoral poderá ser anulado” alerta Maria de Lour-des, diretora de Organização e Formação da Fetape.

    A recomendação da federação é de que os dire-tores dos STRs filiados observem o Estatuto Social doSindicato evitando, assim, constrangimentos duranteo processo eleitoral.

    Vamos fortalecer a luta domovimento sindical rural atravésda capacitação de nossas lideran-

    ças. Em 2008, criaremos umprojeto político-pedagógico paraPernambuco, a partir do nacio-

    nal. Capacitaremos secretários esecretárias de formação dos

    pólos. Programamos também acriação e acompanhamento degrupos de estudos sindicais nosmunicípios e a ampliação denossa equipe de formadores”.

    Maria de Lourdes Silva – Direto-ra de Formação da Fetape

    Na perspectiva de desen-volver uma experiência refe-rencial de formulação, gestão,controle e monitoramento depolíticas públicas, a Fetape eo Projeto Dom Helder Camaraestabeleceram uma parceriaque hoje é aprovada com su-cesso pelo Fundo Internacio-nal para o Desenvolvimento daAgricultura – FIDA, um dos fi-nanciadores do PDHC e, porisso, tornou-se referência emmais cinco estados do Nordes-te: Ceará, Piauí, Rio Grande doNorte, Sergipe e Paraíba, tota-lizando oito territórios dosemi-árido nordestino.

    Em conjunto, Fetape eProjeto Dom Helder Camara de-senvolvem ações nas áreas deSegurança Hídrica e Alimentar,Gestão, Comercialização, Edu-cação, Gênero e Etnia, benefi-ciando 1.986 famílias do Pajeú.

    “Estamos finalizandouma proposta de sistematiza-ção do Projeto Dom HelderCamara nos seis estados ondeo projeto atua em parceria como FIDA. Essa proposta será rea-lizada através de um acordo decooperação entre o Fidaméri-ca, Projeto Dom Helder Cama-ra, Fetape e Coopagel e serácoordenada pela Fetape”, anun-

    Experiência em parceria com Projeto Dom HelderCamara é referencial em municípios do Semi-árido

    cia Aristides Santos, Presiden-te da Fetape.

    A parceria entre a Fetapee o Projeto Dom Helder Cama-ra, iniciada desde o ano de2003 em nove municípios, hojejá atinge 29, em três pólos sin-dicais (Pajeú, Sertão Central eAraripe) da federação: Itape-tim, Quixaba, Santa Terezinha,São José do Egito, Sertânia, So-lidão, Tabira, Tuparetama, Igua-racy, Brejinho, Ingazeira, Carna-íba, Afogados da Ingazeira, Ca-lumbi, Flores, Santa Cruz da

    Baixa Verde, Serra Talhada, Tri-unfo, Araripina, Bodocó, Exu,Granito, Ipubi, Moreilândia,Ouricuri, Parnamirim, SantaCruz, Santa Filomena e Trinda-de.

    O Projeto Dom HelderCamara, uma importante insti-tuição parceira da Fetape, éfruto de um acordo de emprés-timo entre o governo brasilei-ro / Ministério do Desenvolvi-mento Agrário e o Fundo Inter-nacional para o Desenvolvi-mento da Agricultura.

    O POA – Plano Operacio-nal Anual 2007 definiu e a Fe-tape vai construir um projetopolítico pedagógico para o mo-vimento sindical rural em Per-nambuco, baseado no quehoje já está sendo desenvolvi-do pela Escola Nacional deFormação da Contag – ENFOC.“Isto foi deliberado no VII Con-gresso Estadual de Trabalhado-res Rurais da Fetape e nós va-mos cumprir”, assegura Mariade Lourdes, diretora de Orga-nização e Formação da federa-ção.

    A idéia é dinamizar a for-mação sindical no Estadocomo estratégia para renova-ção de quadros: “Vamos revigo-rar o saber e fazer sindical, naperspectiva de construção denovas relações no campo, emconjunto com a sociedade”,assegura Maria de Lourdes.

    Partindo desse princípio,a Fetape trabalha para a cons-trução do projeto de formaçãode uma rede estadual de forma-dores do movimento sindicalrural em Pernambuco e noacompanhamento dos Grupos

    de Estudos Sindicais (GES), aserem criados nos municípiosjunto aos STRs e, junto ao Pro-grama Jovem Saber, buscandoatrair novas lideranças para aação sindical.

    Grupos de dirigentes daFetape e dos sindicatos, asses-sores e representantes das co-missões de jovens e mulheresjá estão sendo formados e ca-pacitados através de cursosque foram realizados em Brasí-lia, Natal, Sergipe e na CUT Per-nambuco.

    A direção da Fetape anun-cia que esse processo vai cul-minar no Encontro Estadual deConstrução do Projeto Políti-co Pedagógico do MSTTR PE, aser realizado em março de2008, em Carpina. Após esteencontro, serão realizadosmais 10 nos pólos, para socia-lização do projeto político-pe-dagógico das lideranças sindi-cais e da estratégia de forma-ção dos secretários e secretá-rias de formação e da monta-gem e acompanhamento dosGrupos de Estudos Sindicais –GES nos municípios.

    Eleições e assembléiasobedecerão as regras doEstatuto Social da Fetape

    Afogados da Ingazeira

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    Festivais da Juventude agitampólos em todo o estado

    Jovens sindicalistas ru-rais de Pernambuco estiveramenvolvidos nas atividades dosFestivais da Juventude promo-vidos pela Fetape. Cada um dos10 pólos sindicais da federa-ção, a partir de agora, terá seupróprio festival. Em parceriacom a Comissão Estadual deJovens – CEJOR, a federaçãopromoveu o primeiro evento,na região do Araripe, municí-pio de Ouricuri, de 07 a 10 desetembro. O Festival Munici-pal da Juventude de Petrolinaaconteceu recentemente, nosdias 9 e 10 de novembro e, logoem seguida, o do Pólo Sindicalde Surubim, de 17 a 18 de no-vembro. No último festival es-

    tadual, cerca de 350 jovensparticiparam do evento e, nonacional, dos 5000 participan-tes de todo o país, 160 eram dePernambuco. Destacamos tam-

    Juventude prestigia Marcha das Margaridas

    Atividades estão avançadas noConsórcio Social Rita Quadros

    Jovens de todo o Estadoestiveram envolvidos nas ati-vidades voltadas à realizaçãoda Marcha das Margaridas, noúltimo mês de agosto deste

    Programa NossaPrimeira Terra

    E foi pensando no empreendedorismo, uma das eta-pas consideradas de maior relevância no processo de forta-lecimento da agricultura familiar e de conquista da terra,que a Fetape vem apoiando grupos de jovens de todo o Esta-do que participam do Programa Nossa Primeira Terra, por meiode reuniões, visando avaliar as ações do programa.

    O Consórcio Social da Ju-ventude Rural – Rita Quadros,que iniciou suas atividades emjulho desse ano, está no quin-to mês de aulas e próximo àconclusão do processo de ca-pacitação. Fechando a cargahorária didática, os jovens pas-sarão à etapa mais importantedo projeto: o empreendedoris-mo.

    Unidades Demonstrati-vas de Produção – UD, já estãosendo construídas em cada umdos três municípios onde oconsórcio está sendo realiza-do. Cada uma dessas UnidadesDemonstrativas irá se transfor-mar em oportunidade de negó-cios e de geração de renda paraesses jovens. “Eles se sensibili-zaram de forma muito signifi-cativa durante as aulas e seenvolveram de tal forma, queo índice de evasão do consór-cio não ultrapassou 2% do to-

    tal de 158 jovens que compõemas três turmas”, comemora Cí-cera Nunes, diretora de Políti-ca para a Juventude da Fetape.

    Duas turmas eram com-

    postas por 54 jovens e outrapor 50, respectivamente nosmunicípios de Afogados daIngazeira, São José do Egito eSairé.

    Juventude não é sóuma questão de idade.

    O jovem é um sersocial e político, quecompõe uma socieda-de que pretende maisjusta, desde que tenhaoportunidades e direi-

    tos igualitários àsdemais faixas etárias”

    Cícera Nunes, diretora dePolítica para a Juventude da

    Fetape

    Jovens discutem educação docampo e desenvolvimento local

    Seminários de educação do campo abriram espaço para quemais de 30 jovens discutissem a educação do campo e o desenvol-vimento local de suas regiões. Os seminários foram realizados peladiretoria de Política para a Juventude, em parceria com a Vice-presidência da Fetape.

    ano. Representantes de todosos pólos sindicais participa-ram da caminhada, reafirman-do a importância de se lutardesde cedo pelos direitos das

    Cresce número de jovensno Programa Jovem Saber

    Aumenta a cada dia a quantidade de interessados no Pro-grama Jovem Saber. Mil novos jovens já aderiram ao programasó nesse ano e, ao todo, hoje já somam quatro mil. Eles se sen-tem motivados pela proposta pedagógica do programa queinclui, em seu material didático, cartilhas que espelham a reali-dade da juventude rural. “Os jovens sentiram-se incentivadosatravés dos festivais da juventude, pois naqueles espaços elespuderam refletir mais sobre suas realidades”, avalia Cícera Nu-nes, diretora de Política para a Juventude da Fetape.

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    bém a realização, com suces-so, do Festival Municipal daJuventude de Dormentes, de15 a 17 de novembro, e o Festi-val Municipal da Juventude deAraripina.

    A iniciativa de realizaçãodos festivais também nos pó-los sindicais e nos municípiosse deu em função da demandados jovens inseridos de esten-derem o evento às suas regiões.“Realizar os festivais nos pólosé uma forma de garantir a par-ticipação da juventude, otimi-zando custos e fortalecendo asarticulações entre sindicatos eentidades locais”, afirma Cíce-ra Nunes, diretora de Políticapara a Juventude.

    Comissõesmunicipais dejovens já estãosendo formadas

    Sete novas comis-sões municipais estão sen-do formadas e 28 já estãoconstituídas, graças aotrabalho de sensibiliza-ção e de mobilização de-senvolvido pela diretoriade Política para a Juven-tude em parceria com aCEJOR. “Queremos fortale-cer a juventude rural, atra-vés da partcipação ativa epolítica nos espaços dediscussão e articulaçãoque o movimento sindicalrural ocupa”, afirma Cíce-ra Nunes, diretora de Polí-tica para a Juventude daFetape.

    mulheres e por melhores con-dições de vida para a humani-dade. A moçada também mar-cou presença no Grito da Ter-ra Brasil 2007.

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    Milhares de trabalhadores mobilizadosnas usinas Cucaú e Central Barreiros

    “ A força do trabalho do homeme da mulher do campo semprefoi o sustentáculo dessa imensi-

    dão que representamos. Otrabalho no campo é árduo e

    difícil, mas é gratificante por suaimportância para a sobrevivên-

    cia humana. Sem ele, dificilmen-te as cidades sobreviveriam. Eesse trabalho precisa ser reco-nhecido por aqueles que lutampor justiça. Só assim teremos

    uma sociedade mais igualitária.”

    José Rodrigues – Diretor dePolítica Salarial da Fetape

    Os trabalhadores e traba-lhadoras da Zona da Mata dePernambuco mostraram queestão unidos na luta por seusdireitos. Eles organizaramgrandes mobilizações de mas-sa e conquistaram vitórias sig-nificativas em suas ações.

    Na Usina Cucaú, 2.300 tra-

    balhadores realizaram uma for-te paralisação, reivindicandodireitos trabalhistas atrasados,entre eles salário, férias, FGTSe PIS. Foram dois dias sem tré-gua, apesar de estarem em ple-no período da entressafra. Pres-sionada também pela impren-sa, a empresa se viu obrigada a

    cumprir com todos os compro-missos assumidos durante asnegociações.

    Na massa falida UsinaCentral Barreiros não foi dife-rente. Lá, aconteceu uma dasmais importantes mobilizaçõesdos trabalhadores, na verdadeex-funcionários que reivindica-

    Os trabalhadores e trabalhadoras ru-rais assalariados da Hortifruticultura e daCana-de-Açúcar puderam colher os frutosdas campanhas salariais de suas categori-as, organizadas desde o início do ano.

    As negociações coletivas do Vale do SãoFrancisco começaram nos primeiros mesesdesse ano e foram muito bem avaliadas pelacategoria, segundo atesta o diretor de Políti-ca Salarial, José Rodrigues. “Os delegados sin-dicais e a direção de seus sindicatos come-moraram a conquista salarial de R$ 390,00,após o reajuste do salário mínimo, em abrildesse ano. Eles ficaram equiparados aos ca-navieiros, com uma conquista de R$ 10,00acima do mínimo”, registra o diretor. Ele anun-cia ainda que foram mantidos os dois dias defolga mensal remunerada pela empresa, paraque os delegados sindicais possam tratar dosassuntos do movimento sindical rural.

    Categorias colhem os frutos dapreparação de suas campanhas

    vam seus direitos. “Eles se man-tiveram firmes durante doisdias, acampados em frente àusina, enfrentando inclusiveuma ação judicial”, relata JoséRodrigues, diretor de PolíticaSalarial da Fetape, que tambémesteve no local durante a ação.O diretor diz ainda que só apóso apoio do Governo do Estado

    os trabalhadores, unidos e or-ganizados, conseguiram rever-ter o processo, voltando a ne-gociar com os compradores avenda dos equipamentos dausina. Foram R$ 2,100 milhõesdepositados na conta da mas-sa falida, para serem distribuí-dos com os trabalhadores, seuslegítimos credores.

    A estratégia para o cumprimento daconvenção é de realização de encontroscom delegados de base para a melhoria daatuação das lideranças. “O Sindicato de Pe-trolina já realizou quatro desses encon-tros com delegados e delegadas sindicaispara tratar dos direitos dos trabalhadores”,contabiliza José Rodrigues.

    Na Zona da Mata, os canavieiros tive-ram programação idêntica sobre organiza-ção sindical e preparação de delegados elideranças de base. Foram oito encontrosno total, segundo dados da diretoria dePolítica Salarial da Fetape. “Foram mais de200 lideranças de base produzindo a pautade reivindicações da categoria e participan-do ativamente do Congresso de DelegadosSindicais”, explica o diretor, apostando queessas estratégias são essenciais para a rea-lização de uma boa campanha salarial.

    O 8° Seminário de Rees-truturação da Zona da Mata, or-ganizado pela diretoria de Po-lítica Salarial da Fetape de 10 a11 de julho desse ano, no Cen-tro Social da Fetape, em Carpi-na, contou com a participaçãode inúmeros representantesparceiros. “Foi um evento legi-timado”, avalia José Rodrigues,diretor de Política Salarial daFetape.

    Governo do Estado, atra-vés da Secretaria de Planejamen-to e Gestão / PROMATA e enti-dades da sociedade civil orga-

    Reestruturação da Zona daMata é tema de encontro

    nizada (DIEESE, Centro Josué deCastro, Centro das Mulheres doCabo, Articulação de Entidadesda Zona da Mata, Centro Sabiá,Comissão Pastoral da Terra,FASE, entre outras) discutiramdurante dois dias as dificulda-des e potencialidades da regiãoe, ao final do encontro, elabora-ram a Carta da Zona da Mata Per-nambucana, um documento en-tregue ao governador EduardoCampos e ao presidente Lula,durante o lançamento do PAC –Plano de Aceleração do Cresci-mento em Pernambuco.

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    MulheresSalarial

    Como acontece anual-mente, a Campanha Salarial dosCanavieiros é minuciosamenteorganizada meses antes, coma preparação dos Delegados eDelegadas Sindicais. Este anoos encontros – que contaramcom a participação de quase100% dos diretores de sindica-tos da Zona da Mata - aconte-ceram no município de Ribei-rão, no mês de agosto, e servi-ram de espaço para as discus-sões sobre a pauta de reivindi-cações da categoria.

    Dando continuidade àestratégia de mobilização, a di-retoria de Política Salarial or-ganizou o 14° Congresso de De-legados e Delegadas Sindicaisda Zona da Mata, no período de31 de agosto e 2 de setembro,em Carpina, contando com apresença massiva de 350 lide-ranças sindicais de base e dossindicatos. As propostas resul-tantes do encontro foram as-sim levadas e aprovadas paraas assembléias, que contaramcom a participação de 50 STRse culminaram na ConvençãoColetiva dos Trabalhadores daCana-de-Açúcar.

    “A negociação coletivacom a classe patronal foi uma

    Canavieiros conquistamreajuste salarial superioraos índices do INPC

    das mais difíceis e foi com mui-ta dureza que conseguimosaprovar o reajuste salarial deR$ 390,00 para R$ 402,00. “Émais R$ 10,00 acima do saláriomínimo, quando este for rea-justado em março do ano quevem”, comemora José Rodri-gues.

    Os canavieiros conquis-taram também a aprovação damedição em compasso e livra-ram-se definitivamente da me-dição “por vara”, que só traziaprejuízo para trabalhadores etrabalhadoras. A categoriatambém avançou na conquis-ta pela liberação remuneradade um dia mensal para os dele-gados sindicais tratarem dequestões do sindicalismo rural.A novidade é que os trabalha-dores dos fornecedores decana também vão ter delega-dos liberados por engenho.

    Os canavieiros de Per-nambuco obtiveram reajuste3% acima do INPC – Índice Na-cional de Preços ao Consumi-dor, quando poucas categori-as chegaram a esse patamar.Eles também conseguiram amanutenção de todas as con-quistas anteriores, alcançadasao longo desses anos de luta.

    Chapéu de Palha chega aosdesempregados da entressafra

    Mais de 19 mil trabalhado-res e trabalhadoras rurais, en-tre jovens e adultos, desempre-gados da entressafra, foramcontemplados pelo ProgramaChapéu de Palha, durante qua-tro meses, com uma bolsa deajuda no valor de meio saláriomínimo. Certamente, um gran-de apoio para o enfrentamentode uma das mais difíceis fasespara quem vive na Zona da Matapernambucana, considera JoséRodrigues, diretor de PolíticaSalarial. “O Chapéu de Palha

    também desenvolveu, paralela-mente, ações de educação, saú-de e cidadania e garantiu a emis-são de documentos como cer-tidão de nascimento, identida-de e CPF, além de ações de pre-servação do meio ambiente”,atesta José Rodrigues.

    O Programa Chapéu dePalha é uma iniciativa do Go-verno do Estado de Pernambu-co e trata-se de uma reediçãoda versão original do falecidoex-governador Miguel Arraesde Alencar.

    Articuladas, mulheres nãodeixam nada passar em branco

    As trabalhadoras rurais,unidas, organizam-se e ocupamcada vez mais espaços nos gru-pos de base, nas comissõesmunicipais, nos pólos e nasdireções sindicais. “Há 20 anosatrás, as mulheres eram trata-das nos sindicatos como de-pendentes dos pais ou de seusmaridos. Estamos caminhandoa passos largos e hoje a parti-cipação feminina em cargos dedireção nos STRs já chega a43%, contabiliza Maria Apare-cida de Melo – Mulica, diretorade Política para as Mulheres daFetape.

    A diretora garante quenesse final de ano 90% dasações programadas já foramrealizadas e aposta que as coi-sas ainda vão mudar muitomais, do ponto de vista da pro-dução e da participação polí-tica da mulher rural. Os núme-ros parecem indicar que Muli-ca tem razão: “Capacitamos 108lideranças no Sertão, 84 noAgreste e 80 na Zona da Mata.É só imaginar que essas 272novas lideranças serão multi-plicadoras das temáticas decombate à fome, pobreza e vi-olência, todas com enfoque

    Mulheres organizam-se emultiplicam sua participação

    nas questões de gênero, refor-ma agrária, meio ambiente esegurança alimentar e nutrici-onal”, analisa Mulica.

    Atualmente a Fetape jácapacitou em gestão, mercadoe costumização 96 liderançasfemininas em grupos que tra-balham com artesanato nosmunicípios de Paudalho, SãoBento do Una, Jupi e Petrolina.Só em 2007, mais 20 novas co-missões municipais já foramconstituídas e isso correspon-de satisfatoriamente às defini-ções do Planejamento Estraté-

    gico da Fetape. “Consideramosque avançamos muito. Hoje jáé possível contar com 198 mu-lheres nas direções executivasde 152 sindicatos de trabalha-dores rurais. Contamos com apresença da mulher em 86 co-missões municipais e estadu-ais”, assegura a diretora de Po-lítica para as Mulheres da Fe-tape. Realmente, ainda segun-do dados da diretora, o cresci-mento da participação dasmulheres no acesso ao créditosó no Banco do Nordeste foi de6% em relação ao ano anterior.

    Absolutamente atentas earticuladas, as agricultorasnão deixam de comemorar oude reivindicar. Afinal, todo diaé dia de luta.

    No 8 de Março, Dia Inter-nacional da Mulher, ações fo-ram realizadas em todos os ní-veis. Em comunidades e muni-cípios, 22.500 pessoas partici-param das atividades. Seminá-rios, assembléias, sorteios debrindes, missas, passeatas eaudiências com gestores públi-cos de vários municípios mar-caram, por iniciativa feminina,o início das negociações sobresaúde, abastecimento e segu-rança na área rural, acesso edemocratização das águas,para garantir segurança ali-mentar e nutricional.

    De 21 a 22 de agosto, o atonacional da 3° Marcha das Mar-garidas, em Brasília, contoucom caravanas de ônibus,numa delegação de 1.853 pes-soas, oriundas do Agreste,Mata e Sertão de Pernambuco.Após o ato, as trabalhadoras de

    três municípios do Estado játiveram audiência com repre-sentantes do governo federal,em Brasília, e três audiênciasmunicipais já acontecerampara discutir a inclusão de co-munidades quilombolas naCampanha de Documentação ePrevidência Social. “Outras au-diências ainda vão acontecer,naquilo que chamamos deAgenda Permanente”, diz Mu-lica, diretora de Política para

    as Mulheres da Fetape.Finalmente no último dia

    5 de setembro, durante o Con-selho Deliberativo da Fetape,foi lançada a campanha DigaNão à Violência Contra a Mu-lher, com a participação de 500lideranças presentes no even-to. Na ocasião, Mulica fez umaexposição das diretrizes e ob-jetivos da campanha e distri-buiu uma fita rosa choque, sím-bolo de adesão à proposta.

    “ A mulher rural precisa ocupar cada vez mais os espaços dedecisão, vencendo o desafio de estarmos com nossa auto-estimamais elevada, decidindo sobre nosso corpo, sobre nossa vontade,

    acessando linhas de crédito, melhorando nossa escolaridade equalificação profissional, participando e lutando por mais e melho-

    res políticas públicas “

    Maria Aparecida de Melo, Mulica, diretora de Política para asMulheres da Fetape.FO

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    Pólos SindicaisPólos Sindicais

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    Pólos SindicaisMata NortePetrolina

    � Os trabalhadores rurais da hortifruticultu-ra do Vale do São Francisco conseguiram um per-centual de reajuste de 7,14% para a categoria. Ago-ra, o salário passa de R$ 358,00 para R$ 364,00.

    � Passeatas nos municípios de Lagoa Gran-de, Afrânio, Dormentes e Petrolina marcaram sériede eventos em comemoração ao Dia Internacionalda Mulher.

    � Mais de 500 trabalhadores e trabalhadorasdos municípios de Petrolina, Afrânio, Dormentes eSanta Maria da Boa Vista participaram de ato pú-blico na agência do INSS de Petrolina.

    � Em Petrolina, 900 famílias ocuparam áreada CODEVASF, na maior ocupação de terras organi-zada pela Fetape e STR do município.

    � Três ônibus partiram de municípios doPólo rumo à Marcha das Margaridas, em Brasília.

    � Pela primeira vez o Pólo realiza o Seminá-rio dos Aposentados, promovido pelo STR de Pe-trolina.

    � Sucesso os Festivais da Juventude promo-vidos pelos STRs de Petrolina e Dormentes, nessemês de novembro.

    Aararipina

    � O Pólo está realizando um excelente tra-balho junto aos jovens do município, em progra-mas ligados ao Jovem Saber.

    � Um time de futebol de campo foi devida-mente preparado e já está competindo em igualda-de de desempenho com jovens da zona urbana, sen-do campeão no 1° Festival da Juventude Rural deCarpina e, em Brasília classificou-se em terceirolugar.

    � As eleições do STR de Bodocó, no últimomês de outubro, garantiram vitória para a Chapa 2,com 1.469 votos de diferença sobre a concorrente.Para presidente, Antonio Luna Júnior (Tutu); paraVice-presidente Antonio Cardoso de Oliveira; paraSecretária de Finanças e Assalariados Francisca Pe-reira dos Santos Silva; Secretária de Organização eFormação e Coordenação de Mulheres Eliana Bar-ros Batista da Silva e Secretário de Políticas Agrí-colas, Agrária e Meio Ambiente Francisco Alves daGama.

    � O STR de Santa Filomena realizou no últi-mo mês de setembro o Encontro Cultural do muni-cípio e, no mês de outubro, o 4° Encontro da Ter-ceira Idade.

    � Ouricuri realizou, em setembro, o 1° Festi-val da Juventude Rural, com a participação de maisde 300 jovens.

    � O Pólo participou da Marcha das Margaridas.� Capacitou seus delegados sindicais e, tam-

    bém, realizou o Congresso dos Delegados Sindicais.� Realizou sistematicamente reuniões men-

    sais.� Participou das comemorações referentes ao

    Dia Internacional da Mulher – o 8 de Março.� Diversas empresas que atuam no campo fo-

    ram fiscalizadas (Petribu, Olho Dágua, Cruangi, San-ta Tereza, Laranjeiras e São José).

    � Foram diversas assembléias para a Campa-nha Salarial.

    � Os STRs de Goiana, Itaquitinga e Itambé par-ticiparam de ato público de ocupação das APS deseus municípios.

    � Os STRs do Pólo também estiveram nas ne-gociações do coletivo, na DRT.

    � O STR de Paudalho criou sua Comissão deJovens.

    � Os STRs de São Lourenço e de Vicência par-ticiparam ativamente das ações do Pólo.

    � Os STRs de São Lourenço, Paudalho, Nazaréda Mata, Vicência e Lagoa de Itaenga integrados aoPrograma Alfabetização Cidadã.

    � Com 409 votos, em chapa única, eleita a novadiretoria do STR de Santa Terezinha, encabeçada porAntonio César Sousa Santos. A posse foi nesse mêsde novembro.

    � O STR de Afogados da Ingazeira realizou, noúltimo mês de outubro, o monitoramento de seu Pla-nejamento Estratégico 2007.

    � O STR de Brejinho, em parceria com a asses-soria do Pólo, realizou Oficina de Gestão Sindical,destinada a todos os membros da diretoria e Conse-lho Fiscal.

    � A turma do Consórcio Social da JuventudeRural de Afogados da Ingazeira, através do Consór-cio Social da Juventude, vem promovendo ativida-des de intercâmbio, esportivas e de lazer.

    � A TV Asa Branca veiculou matéria com aturma do Consórcio Social da Juventude Rural, emAfogados da Ingazeira.

    � Os alunos de formação político-cidadã dosmunicípios de Afogados da Ingazeira e São José doEgito prestaram homenagem às monitoras AnittaFerreira e Kátia Patriota.

    PajeúSertão Central� Foram muitas as discussões e negociações

    na construção de chapas que correspondessem àsnecessidades e demandas dos trabalhadores ruraisnas inúmeras eleições que marcaram o ano de 2007.

    � O Pólo avalia que foram poucos os avan-ços relativos à questão da reforma agrária em 2007,considerando que em anos anteriores um númerobem maior de áreas foram desapropriadas. Falta-ram recursos para topografia e para crédito fundiá-rio.

    � Destaque para o grande avanço no acessoaos créditos do PRONAF, contando com o envolvi-mento dos STRs no fornecimento das DAPs, sobre-tudo na elaboração de projetos.

    � Fortalecidos os laços de parceria com asgerências e postos do INSS. Registro destacadopara duas grandes mobilizações em Serra Talhadae Salgueiro.

    � As ações voltadas às políticas da TerceiraIdade contaram com a participação da maioria dosSTRs.

    � O Pólo engajou-se bastante na Marcha dasMargaridas, ocupando expressivo espaço nos mei-os de comunicação.

    � O Pólo também participou de vários espa-ços estaduais e nacionais para construção de umapolítica pública voltada à juventude rural.

    � O trabalho desenvolvido para a revitaliza-ção dos riachos da região contou com a participa-ção dos STRs e da sociedade civil organizada.

    Sub Médio São FranciscoPetrolândia

    � Os dirigentes sindicais da região participa-ram de eventos voltados ao desenvolvimento ruralsustentável, dentre eles o Grito da Terra Brasil, a3°Marcha das Margaridas, Plenária Estadual da Fe-tape, Plenária Nacional da Contag, Seminário Esta-dual de Educação do Campo, Seminário Estadualda Terceira Idade, Encontro Regional do Sertão eEncontro de Gestão e Organização de Finanças.

    � Os STRs também participaram ativamentedos encontros do Pólo, empenhados e comprome-tidos com as demandas e compromissos da Fetape.

    � O companheiro Eraldo José de Souza, doSTR de Jatobá, assumiu a Coordenação de MeioAmbiente da Fetape.

    � O Pólo vem atuando em ações de fortaleci-mento da agricultura familiar. Dentre elas, a capaci-tação em DAP Eletrônica, importante instrumentode acesso ao crédito.

    � A renegociação das dívidas dos agriculto-res familiares mobilizaram a atenção do pólo.

    � A Feira da Agricultura Familiar, em ÁguasBelas, serviu de vitrine para a agricultura familiar.

    � STRs em parceria com a CONAB, através doPrograma de Aquisição de Alimentos – PAA, benefi-ciaram 300 famílias do pólo com a venda de feijão.

    � Aprovado projeto de implantação de oitonovas unidades de beneficiamento de caju nos mu-nicípios de Bom Conselho, Saloá, Paranatama e Te-rezinha.

    � Prevista a construção de um abatedouro degalinha capoeira, que vai oferecer às famílias de agri-cultores familiares o acesso ao mercado e, simulta-neamente, à segurança alimentar.

    � Mais de 1.500 famílias foram beneficiadaspelo Programa Luz para Todos, do governo federal.

    � Diversos jovens e adultos participando decursos de elevação da escolaridade e alfabetização.

    � Na promoção da igualdade da mulher, reali-zação do 8 de março e da 3° Marcha das Margaridas.

    � Discussão de implementação de ações deconvivência com o semi-árido.

    � Cerca de 4.500 trabalhadores rurais dos STRsdo Pólo participaram da mobilização nacional dostrabalhadores rurais na luta por uma PrevidênciaSocial justa.

    � O STR de São Bento do Una, através de par-cerias, promoveu um Mutirão da Cidadania para in-formar os direitos das comunidades quilombolas daregião.

    � O Projeto Segurança Alimentar, Nutricional eProdutiva nos Acampamentos e Pré-Assentamentos daReforma Agrária é uma parceria Fetape/Cáritas/MDS,e visa autonomia e segurança alimentar e produtivadas famílias de agricultores.

    � O Programa Jovem Saber na região está aten-dendo cerca de 38 grupos de estudos.

    � Diversas capacitações foram realizadas, fo-mentando o debate e estimulando o aprimoramen-to das práticas sindicais.

    Garanhuns

    � O Pólo manteve uma agenda comprometi-da com o Projeto de Desenvolvimento Rural Susten-tável e Solidário – PADRSS durante todo o ano de2007. Participou das comemorações do Dia Interna-cional da Mulher, lançamento e acompanhamentodo Programa Chapéu de Palha, ocupações da BR 101,Massa Falida Central Barreiros, Usina Salgado – Ipo-juca, Usina Cucaú em defesa dos direitos trabalhis-tas; Grito da Terra Brasil – GTB 2007; Marcha dasMargaridas; Campanha Salarial 2007/2008; Assem-bléias; Rodadas de negociações da Convenção Co-letiva de Trabalho 2007/2008; Atos de defesa dosdireitos previdenciários dos trabalhadores e traba-lhadoras rurais; Seminário sobre segurança e saúdedo trabalhador; Seminário do Crédito Fundiário; 2°Festival da Juventude Rural; Oficina sobre períciamédica; Projeto Todas as Letras; evento sobre os 10Anos do Pronaf e Capacitação da DAP Eletrônica, e,por fim, o Seminário da Terceira Idade.

    Mata Sul

    � Foram diversas as eleições sindicais no Pólo.Os STRs de Vertente do Lério, Feira Nova, Orobó,Salgadinho, Santa Maria do Cabucá, Camaragibe eCasinhas tiveram suas eleições com chapa única evários jovens ocuparam espaço nas direções.

    � A Comissão de Jovens do Pólo Sindical deSurubim está de parabéns pela realização de seu 1°Festival da Juventude. O evento foi em Carpina, dias17 e 18 de novembro, com a participação de cente-nas de jovens dos 16 municípios que compõem oPólo. Elogiada a iniciativa dos organizadores emestabelecer um critério inusitado: todos os jovensinscritos nas modalidades esportivas e apresenta-ções culturais participaram, necessariamente, deuma das seis oficinas temáticas que fizeram parteda programação.

    � O Pólo Surubim estende a representativi-dade do trabalhador rural também para as Câma-ras Municipais de Vereadores. Atualmente, são 12vereadores vinculados aos STRs, entre dirigentese assessores.

    Surubim

    � Seis eleições foram realizadas no Pólo paramudança nas diretorias e conselhos fiscais nos STRsde Riacho das Almas, Brejo da Madre de Deus, BeloJardim, Panelas, Sairé e Caruaru.

    � As reuniões do Pólo estão acontecendo, sis-tematicamente, a cada dois meses.

    � A participação do Pólo no evento 10 Anosde Pronaf e DAP Eletrônica foi destaque, contandocom um público médio de 60 pessoas.

    � 210 jovens e mulheres foram formados emtrês módulos e intercâmbios, através do curso deCapacitação e Convivência com o Semi-Árido.

    � A última reunião do Pólo será, ao mesmotempo, de avaliação, planejamento e confraterniza-ção, nos dias 11 e 12 de dezembro próximos.

    Caruaru