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O Sinttel tem recebido uma en- xurrada de denúncias dos traba- lhadores da GVT do Maracanã, Taquara, Niterói e de outras regi- ões denunciando o regime de exploração imposto pela empre- sa que cobra trabalho ininterrup- to de domingo a domingo, sem folga e sob constante ameaça. A secretária geral da entida- de, Yeda Paura, tentou um con- tato com a empresa ao longo da semana passada e não obteve retorno. Diante disso deu prazo até sexta-feira, 23, para a GVT marcar uma reunião com o Sin- dicato e resolver de uma vez por todas esses problemas. Se até a GVT continuar se fingin- do de morta, o Sindicato tomará outras medidas para acabar com o abuso e garantir o direito dos trabalhadores. OS NOVOS CAPATAZES De acordo com as denúncias, os supervisores agem como os antigos capatazes, cobram mais e Internautas protestam contra cobrança de música em blogs Artistas, ativistas, blogueiros, pesquisadores, advogados, técni- cos, e curiosos em geral estão sen- do convocados a compartilhar links denunciando os abusos do Ecad (Escritório de Arrecadação de Di- reitos Autorais), o que tem gerado bastante polêmica na internet. A questão veio à tona após a cobrança de R$ 352,59 mensais em direitos autorais do blog indepen- dente de design Caligrafitti. O site, que não possui fins lucrativos, cos- tuma inserir vídeos em suas publi- cações online que foram original- mente postados em repositórios como o Youtube e o Vimeo – assim como toda a blogosfera faz. Segundo o Ecad, a (re)exibição do vídeo em sites externos ao You- tube seria considerado uma nova “execução pública” do conteúdo, o que justificaria a cobrança. Para o advogado Alexandre Pesseri, esta afirmação não é válida tanto do ponto de vista técnico – já que o vídeo inserido num post estaria hospedado originalmente no You- tube, e não no servidor do blog – quanto do ponto de vista jurídico, uma vez que o conceito de “exe- cução pública” compreende que o local de exibição seja de frequ- ência coletiva, o que não se aplica a blogs, “acessados individual- mente, uma ou poucas pessoas em cada máquina, em seus lares, escritórios, escolas, etc., e usual- mente sem finalidade de lucro.” Ainda não existe uma jurispru- dência clara para esta questão. Um dos principais ativistas do Movi- mento Mega Não ao AI-5 Digital, João Carlos Caribé, aponta: “De fato não temos definição jurídica de que streaming é ou não downlo- ad ou execução pública, e me preo- cupa é que estes lobbies fortes po- dem estar construindo jurisprudên- cia neste sentido”. Por isso, foi feita uma chamada para a força-tarefa #DossieEcad, uma articulação da sociedade civil para reunir conteú- dos e denúncias sobre os abusos da sociedade. No meio dos debates, foi levanta- da a ideia de pegar a lista de execu- ção de rádios comunitárias, educa- tivas e independentes que pagam taxa fixa ao Ecad e calcular quanto cada artista deveria receber por exe- cução. E a partir daí fazer um mo- vimento de contatar os artistas – muitos aliados – pra que eles en- trem com um pedido formal de que o Ecad pague o que eles realmente tem a receber. Com tanta polêmica, o Ecad re- cuou e desistiu de cobrar o blogueiro. Fontes: Movimento Cultura Di- gital/Instituto Telecom Demissões na Embratel O Sinttel-Rio continua cobrando da empresa um posicionamento acerca das demissões ocor- ridas e que, segundo o RH da Embratel, fazem parte de uma política de redução das despesas de custeio em cada área. O Sindicato quer a reversão das demissões já ocorridas, principal- mente dos que não tem condições de se apo- sentar agora, e também quer discutir desde já o possível processo de integração das empresas do grupo América Móvil no Brasil (Embratel/ Claro/NET), para evitar que ele possa resultar em demissões. Na reunião realizada dia 12 com o RH da empresa, os dirigentes sindicais lembraram que a Embratel apresentou lucro em 2011 e não atra- vessa problemas financeiros. Os resultados em- presariais considerados para a PPR alcançaram 96.6% dos objetivos. Não há qualquer necessida- de de demissões. Além disso, várias áreas já fizeram essa redução de custeio sem necessidade de qualquer dispensa. Se o corte de custeio chega à demissão, isto precisa ser reavaliado para que os trabalhadores não sejam penalizados. GVT: Sindicato cobra fim da exploração mais trabalho e quando alguém fala em folga alegam que estão pagando hora extra e recorrem à ameaça e à intimidação. Eles pre- cisam saber que a lei é clara quanto ao limite de horas extras, exata- mente para evitar esse tipo de abuso. Por outro lado, todo traba- lhador deve ter pelo menos um final de semana de folga no mês. As primeiras denúncias fo- ram feitas por e-mail por alguns técnicos ADSL, bem como re- paradores de telefone e TV. Eles alegam que esse regime absur- do de exploração começou em novembro do ano passado, mas se mantém até hoje. Agora as denúncias chegam de todos os lugares. De acordo com as denúncias, o empregado que se recusa a traba- lhar no sábado extra, que seria sua folga, é punido com adver- tência por escrito. A empresa tam- bém não compensa o domingo trabalhado com folga durante a semana, alegando que não tem empregados suficientes. Os trabalhadores afirmam que as áreas são muito extensas para serem atendidas por um só téc- nico. Além do mais, a escala de plantão era montada da seguin- te forma: a turma que ficava num sábado e domingo de plan- tão, no outro final de semana folgava. Agora eles fazem plan- tão num final de semana e no outro também. “De que adianta receber um salário mais hora extra se vamos gastá-lo com remédios?” recla- mou o denunciante. E comple- tou: “os companheiros estão fi- cando doentes, com estafa. Devi- do à fadiga muitos batem com seus carros, outros têm proble- mas de pressão, estresse, etc”. O que a GVT está fazendo é abuso e exploração. Se ela tem poucos empregados para garantir o atendimento, que contrate mais. O que não pode é pagar a um empregado para fazer o trabalho de dois ou três. Mas parece que as empresas não estão realmente levando a sério o des- contentamento e a revolta da catego- ria. Ontem, em mais uma reunião com o Sinterj, o sindicato patronal chegou à mesa de negociações sem nenhuma novidade, sem nada que realmente alterasse a proposta várias vezes apre- sentada por eles e várias vezes rejeita- da pelo Sinttel-Rio. A impressão que dá é que as empresas estão apostando no cansaço dos trabalhadores, mas o tiro pode sair pela culatra. Principal- mente na Contax e na Tivit, que pa- gam aos operadores um tíquete mise- rável de R$ 3,80 e só querem chegar a R$ 4,20 em julho. As demais empre- sas, que pagam tíquetes maiores, pro- CALL CENTER Categoria se mantém mobilizada e paralisações continuam Depois do sucesso das paralisações da semana passada, quando os operadores da Contax Mackenzie e Atento Bolsa de Valores aderiram em massa ao protesto, ontem, dia 20, foi a vez dos trabalhadores da Contax Riachuelo. Das 6 às 10 da manhã o Sinttel-Rio esteve na porta da empresa reivindicando respeito e a apresentação de uma proposta digna. A adesão dos operadores foi total. põem congelar os valores! Ou seja, é cada um pior que o outro. Por isso, quando o Sindicato chegar na porta da sua empresa, faça como seus companheiros. Cruze os braços e demonstre sua insatisfação. PROPOSTA DA EMPRESA A última proposta apresentada pe- las empresas e novamente rejeitada pelo Sinttel-Rio é a seguinte: . Piso - R$ 622,00 retroativo a ja- neiro/2012. Reajuste para R$ 630,00 em julho/2012 . Reajuste salarial - 6,08% retroati- vo a janeiro/2012 . Tíquete refeição - Para jornada de 180 horas valor de R$ 4,00 (retroativo a janeiro/2012) e de R$ 4,20 em julho. Para jornada de 220 horas, valor má- ximo de R$ 10,60. Para tíquetes aci- ma disso, congelamento do valor. O QUE O SINDICATO QUER . Pagamento do piso de R$ 622,00 retroativo a janeiro – as empresas que ainda não estão pagando tem que fa- zer imediatamente. Em julho, reajus- te do piso para R$ 630,00. . Reajuste pelo INPC integral (6,08%) para quem ganha acima do piso, retroativo a janeiro . Tíquete - de R$ 12,00 para jorna- da de 220 horas; R$ 5,00 para jornada de 180 h. . Negociação e pagamento imedia- to da PLR CAMILA PALMARES SOCORRO ANDRADE AMINA BAWA

Jornal do Sinttel-Rio nº 1.306

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Categoria se mantém mobilizada e paralisações continuam

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Page 1: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.306

O Sinttel tem recebido uma en-xurrada de denúncias dos traba-lhadores da GVT do Maracanã,Taquara, Niterói e de outras regi-ões denunciando o regime deexploração imposto pela empre-sa que cobra trabalho ininterrup-to de domingo a domingo, semfolga e sob constante ameaça.

A secretária geral da entida-de, Yeda Paura, tentou um con-tato com a empresa ao longo dasemana passada e não obteveretorno. Diante disso deu prazoaté sexta-feira, 23, para a GVTmarcar uma reunião com o Sin-dicato e resolver de uma vezpor todas esses problemas. Seaté a GVT continuar se fingin-do de morta, o Sindicato tomaráoutras medidas para acabar como abuso e garantir o direito dostrabalhadores.

OS NOVOS CAPATAZESDe acordo com as denúncias,

os supervisores agem como osantigos capatazes, cobram mais e

Internautas protestam

contra cobrança de

música em blogsArtistas, ativistas, blogueiros,

pesquisadores, advogados, técni-cos, e curiosos em geral estão sen-do convocados a compartilhar linksdenunciando os abusos do Ecad(Escritório de Arrecadação de Di-reitos Autorais), o que tem geradobastante polêmica na internet.

A questão veio à tona após acobrança de R$ 352,59 mensais emdireitos autorais do blog indepen-dente de design Caligrafitti. O site,que não possui fins lucrativos, cos-tuma inserir vídeos em suas publi-cações online que foram original-mente postados em repositórioscomo o Youtube e o Vimeo – assimcomo toda a blogosfera faz.

Segundo o Ecad, a (re)exibiçãodo vídeo em sites externos ao You-tube seria considerado uma nova“execução pública” do conteúdo,o que justificaria a cobrança. Parao advogado Alexandre Pesseri,esta afirmação não é válida tantodo ponto de vista técnico – já queo vídeo inserido num post estariahospedado originalmente no You-tube, e não no servidor do blog –quanto do ponto de vista jurídico,uma vez que o conceito de “exe-cução pública” compreende queo local de exibição seja de frequ-ência coletiva, o que não se aplicaa blogs, “acessados individual-mente, uma ou poucas pessoasem cada máquina, em seus lares,escritórios, escolas, etc., e usual-mente sem finalidade de lucro.”

Ainda não existe uma jurispru-dência clara para esta questão. Umdos principais ativistas do Movi-mento Mega Não ao AI-5 Digital,João Carlos Caribé, aponta: “Defato não temos definição jurídicade que streaming é ou não downlo-ad ou execução pública, e me preo-cupa é que estes lobbies fortes po-dem estar construindo jurisprudên-cia neste sentido”. Por isso, foi feitauma chamada para a força-tarefa#DossieEcad, uma articulação dasociedade civil para reunir conteú-dos e denúncias sobre os abusos dasociedade.

No meio dos debates, foi levanta-da a ideia de pegar a lista de execu-ção de rádios comunitárias, educa-tivas e independentes que pagamtaxa fixa ao Ecad e calcular quantocada artista deveria receber por exe-cução. E a partir daí fazer um mo-vimento de contatar os artistas –muitos aliados – pra que eles en-trem com um pedido formal de queo Ecad pague o que eles realmentetem a receber.

Com tanta polêmica, o Ecad re-cuou e desistiu de cobrar o blogueiro.

Fontes: Movimento Cultura Di-gital/Instituto Telecom

Demissões na

EmbratelO Sinttel-Rio continua cobrando da empresa

um posicionamento acerca das demissões ocor-ridas e que, segundo o RH da Embratel, fazemparte de uma política de redução das despesasde custeio em cada área. O Sindicato quer areversão das demissões já ocorridas, principal-mente dos que não tem condições de se apo-sentar agora, e também quer discutir desde já opossível processo de integração das empresasdo grupo América Móvil no Brasil (Embratel/Claro/NET), para evitar que ele possa resultarem demissões.

Na reunião realizada dia 12 com o RH daempresa, os dirigentes sindicais lembraram que aEmbratel apresentou lucro em 2011 e não atra-vessa problemas financeiros. Os resultados em-presariais considerados para a PPR alcançaram96.6% dos objetivos. Não há qualquer necessida-de de demissões. Além disso, várias áreas jáfizeram essa redução de custeio sem necessidadede qualquer dispensa. Se o corte de custeio chegaà demissão, isto precisa ser reavaliado para queos trabalhadores não sejam penalizados.

GVT: Sindicato cobra fim da exploraçãomais trabalho e quando alguémfala em folga alegam que estãopagando hora extra e recorrem àameaça e à intimidação. Eles pre-cisam saber que a lei é clara quantoao limite de horas extras, exata-mente para evitar esse tipo deabuso. Por outro lado, todo traba-lhador deve ter pelo menos umfinal de semana de folga no mês.

As primeiras denúncias fo-ram feitas por e-mail por algunstécnicos ADSL, bem como re-paradores de telefone e TV. Elesalegam que esse regime absur-do de exploração começou emnovembro do ano passado, masse mantém até hoje. Agora asdenúncias chegam de todos oslugares.

De acordo com as denúncias, oempregado que se recusa a traba-lhar no sábado extra, que seriasua folga, é punido com adver-tência por escrito. A empresa tam-bém não compensa o domingotrabalhado com folga durante asemana, alegando que não tem

empregados suficientes.Os trabalhadores afirmam que

as áreas são muito extensas paraserem atendidas por um só téc-nico. Além do mais, a escala deplantão era montada da seguin-te forma: a turma que ficavanum sábado e domingo de plan-tão, no outro final de semanafolgava. Agora eles fazem plan-tão num final de semana e nooutro também.

“De que adianta receber umsalário mais hora extra se vamosgastá-lo com remédios?” recla-mou o denunciante. E comple-tou: “os companheiros estão fi-cando doentes, com estafa. Devi-do à fadiga muitos batem comseus carros, outros têm proble-mas de pressão, estresse, etc”.

O que a GVT está fazendo éabuso e exploração. Se ela tempoucos empregados para garantiro atendimento, que contrate mais.O que não pode é pagar a umempregado para fazer o trabalhode dois ou três.

Mas parece que as empresas nãoestão realmente levando a sério o des-contentamento e a revolta da catego-ria. Ontem, em mais uma reunião como Sinterj, o sindicato patronal chegouà mesa de negociações sem nenhumanovidade, sem nada que realmentealterasse a proposta várias vezes apre-sentada por eles e várias vezes rejeita-da pelo Sinttel-Rio. A impressão quedá é que as empresas estão apostandono cansaço dos trabalhadores, mas otiro pode sair pela culatra. Principal-mente na Contax e na Tivit, que pa-gam aos operadores um tíquete mise-rável de R$ 3,80 e só querem chegar aR$ 4,20 em julho. As demais empre-sas, que pagam tíquetes maiores, pro-

CALL CENTER

Categoria se mantém mobilizada

e paralisações continuamDepois do sucesso das paralisações da semana

passada, quando os operadores da Contax

Mackenzie e Atento Bolsa de Valores aderiram em

massa ao protesto, ontem, dia 20, foi a vez dos

trabalhadores da Contax Riachuelo. Das 6 às 10 da

manhã o Sinttel-Rio esteve na porta da empresa

reivindicando respeito e a apresentação de uma

proposta digna. A adesão dos operadores foi total.

põem congelar os valores! Ou seja, écada um pior que o outro.

Por isso, quando o Sindicato chegarna porta da sua empresa, faça comoseus companheiros. Cruze os braços edemonstre sua insatisfação.

PROPOSTA DA EMPRESAA última proposta apresentada pe-

las empresas e novamente rejeitadapelo Sinttel-Rio é a seguinte:.Piso - R$ 622,00 retroativo a ja-neiro/2012. Reajuste para R$ 630,00em julho/2012.Reajuste salarial - 6,08% retroati-vo a janeiro/2012.Tíquete refeição - Para jornada de180 horas valor de R$ 4,00 (retroativo

a janeiro/2012) e de R$ 4,20 em julho.Para jornada de 220 horas, valor má-ximo de R$ 10,60. Para tíquetes aci-ma disso, congelamento do valor.

O QUE O SINDICATO QUER.Pagamento do piso de R$ 622,00retroativo a janeiro – as empresas queainda não estão pagando tem que fa-zer imediatamente. Em julho, reajus-

te do piso para R$ 630,00..Reajuste pelo INPC integral(6,08%) para quem ganha acima dopiso, retroativo a janeiro.Tíquete - de R$ 12,00 para jorna-da de 220 horas; R$ 5,00 para jornadade 180 h..Negociação e pagamento imedia-to da PLR

CAMILA PALMARES

SOCORRO ANDRADE

AMINA BAWA

Page 2: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.306

bersot

humor no1.305

R. Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 - Fax Geral 2567-1589E-mail Geral [email protected] - Site http://www.sinttelrio.org.br

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DIRETOR DE IMPRENSAMarcello Miranda [email protected]

EDIÇÃOSocorro Andrade Reg. 460 DRT/[email protected]

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REDAÇÃOSocorro Andrade e Rosa Leal

ILUSTRAÇÃOAlexandre Bersot www.alexandrebersot.com.br

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

ESTAGIÁRIACamila Palmares

IMPRESSÃOGráfica do SINTTEL-Rio:Jorge Motta Reg 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica)

Valdir Tedesco (impressor)

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Plantão jurídicode açõescontra a Telos

O Departamento Jurídico do Sint-tel-Rio começa a atender hoje, dia21, os participantes da Telos/Em-bratel prejudicados pelo reajustenegativo da Telos e que pretendemingressar com ações individuais naJustiça. O plantão vai atender de 9às 12 horas, na sede da Asastel (Av.Presidente Vargas, 290/9º andar) eserá realizado ainda nos dias 23, 28e 30/03, no mesmo horário e local.

Os documentos necessários paraa entrada da ação são: cópias daidentidade, CPF, comprovante deresidência, Carteira de Trabalho (fo-lha da qualificação, da foto e docontrato de trabalho mantido com aEmbratel) e o demonstrativo de pa-gamento de benefícios de dezembrode 2010 (30/12/2010).

O MOTIVO DA AÇÃOEm 01/12/2011, o Conselho Deli-

berativo da Telos, fundo de pensãodos empregados da Embratel, deci-diu reajustar os benefícios de seusplanos previdenciários vigentes emdezembro de 2009 pelo IGP-DI acu-mulado de dez/2009 a nov/2011,incluindo o IGP-DI negativo refe-rente ao período dez/2009-nov/2010(-1,755 %). Com isso, houve redu-ção na renda mensal vitalícia deseus aposentados e pensionistas, emfrontal violação ao Inciso IV, doArt. 194, da Constituição Federal de1988. Os representantes dos empre-gados são minoria no Conselho eforam voto vencido nesta questão.

Faça suadeclaração deIR no Sinttel

É hora de prestar contas ao Leãodo Imposto de Renda e a maioria daspessoas odeia fazer a declaração.Por isso o Sindicato, a exemplo deoutros anos, está prestando esse ser-viço. Se você está interessado é sójuntar a documentação e vir ao Sin-dicato de segunda a sexta-feira, nohorário das 9 às 17h e procurar porBeth Cattoi, no setor de atividadessindicais. Quem preferir pode ligarantes para 2204 9305 e obter maisinformações com a própria Beth. Oprazo para entrega das declaraçõesé 30 de abril, mas não é bom deixarpara última hora.

Semináriosobre paridade

A Secretaria da Mulher Trabalha-dora da CUT-Rio convoca as mu-lheres do movimento sindical a seinscreverem no Seminário Estadualsobre Paridade que será realizadonos dias 27 e 28, na sede da CUT (Av.Presidente Vargas 502/15º andar).

O seminário encerra as atividadesalusivas ao Dia Internacional daMulher. A paridade (igual númerode homens e mulheres) nas direçõessindicais é uma das bandeiras dasmulheres cutistas e foi aprovada na13ª Plenária, realizada em outubro,em Guarulhos. “Lutamos pela igual-dade no mundo do trabalho, na vidae devemos lutar muito mais paraconquistar a paridade no movimen-to sindical” diz Virgínia Berriel,secretária da Mulher da CUT.

“Queremos com isso ampliar aparticipação de mulheres nas dire-ções das CUTs Estaduais e da CUTNacional, bem como nas direçõesdos Sindicatos, Federações e Con-federações”, concluiu.

O primeiro Dia Internacional daSíndrome de Down será celebradooficialmente hoje, 21, na sede daONU em Nova York, com a realiza-ção da Conferência “Construindo onosso futuro”, promovida pelas mis-sões do Brasil e da Polônia e organi-zada pela Down Syndrome Internati-onal, Unicef e Secretariado da ONUpara a Convenção sobre os Direitosdas Pessoas com Deficiência.

Vale ressaltar que por uma inicia-tiva do governo brasileiro os 193países da ONU passarão a observaroficialmente a data de 21 de marçocomo Dia Internacional da Síndro-me de Down. A data tem todo umsimbolismo, pois se refere aos 3 cro-mossomos 21 que caracterizam a tris-somia do cromossomo 21 (21/3), asíndrome de Down.

O objetivo do dia é conscientizar apopulação sobre a importância degarantir às pessoas que nasceram coma síndrome o direito de desfrutaruma vida plena e digna, como cida-dãos, membros participativos emsuas comunidades e na sociedade.

“NADA SOBRE NÓS, SEMNÓS”

Na Conferência, pela primeira vezportadores da síndrome de Downterão a oportunidade de falar de sipróprios em um evento internacio-

nal. Até então eles eram representa-dos por familiares e especialistas.

Esse é, sem dúvida, um impor-tante passo para concretização daConvenção sobre os Direitos dasPessoas com Deficiência, que oBrasil adotou em 2008 com poderconstitucional. Nela, se aplica amáxima do movimento das pesso-as com deficiência – « Nada sobrenós, sem nós ». Enquanto outros seg-mentos de pessoas deficientes já vêmassumindo o comando das discus-sões políticas que dizem respeito àessa população, os cidadãos com de-ficiência intelectual continuam sen-do representados por instituições parapessoas com deficiência.

O Brasil estará representado naConferência em Nova York por jo-vens da Associação Carpe Diem deSão Paulo, que foram convidadospara lançar o livro “Mude o seufalar que eu mudo o meu ouvir”,um guia de acessibilidade na comu-nicação para pessoas com deficiên-cia intelectual. A publicação é a pri-meira no gênero de que se tem notí-cia no mundo, e terá versões emportuguês e inglês. Os autores sãoThiago Rodrigues, Carolina Ve-chchio, Ana Beatriz Paiva (que re-presentará a delegação brasileira naconferência), Gabriel Nogueira e Ka-trin Ambrosini, todos da Carpe Diem.

Dia da Síndrome de Down será comemorado na ONUMais uma vez a empresa, que presta

serviço de teleatendimento e mensa-geria no BNDES, enganou e deu calo-te nos trabalhadores. Depois da para-lisação de um dia e meio promovidapelos operadores na semana passada,em protesto pelo não pagamento doVT e VR, a Força pagou em dinheiroo vale refeição e o vale transporte dosdias 14, 15 e 16/03. E se comprome-teu a pagar o restante do mês de mar-ço no dia 19, segunda-feira. Pois bem:a segunda chegou, a terça passou enenhum depósito foi feito.

Cobrado pelo Sindicato, o represen-tante da Força disse que daria uma res-posta sobre o pagamento. Só que até ofinal da tarde de terça-feira, dia 20, aForça continuava totalmente muda.Revoltados, os trabalhadores se mobili-zavam para uma nova paralisação.

REUNIÃO COM O BNDESNo dia 15, quando os operadores já

tinham decidido retornar ao trabalhodepois do pagamento feito e do com-

A Central Única dos Trabalhadores(CUT) e outras entidades que integramo Fórum em Defesa dos Direitos dosTrabalhadores Ameaçados pela Tercei-rização se reuniram dia 14, em Brasília,com o presidente da Comissão de Justi-ça e de Cidadania (CCJ), deputado fe-deral Ricardo Berzoini (PT-SP).

A pauta era o Projeto de Lei 4330/04que, entre outras aberrações, permite àsempresas terceirizarem inclusive suasatividades principais, as chamadas ati-vidades-fim, o que atualmente é proibi-do por lei.

O projeto é de autoria do deputadoSandro Mabel (PMDB/GO) e tem comorelator o também deputado e vice-pre-sidente da UGT, Roberto Santiago(PSD). O mais lamentável, segundo aCUT, é que o projeto vem passando nascomissões atropelando o bom senso e orespeito aos trabalhadores.

Esse avanço se deve ao forte lobbydas empresas que querem e farão detudo para vê-lo aprovado. Por isso éfundamental que o maior número de

TERCEIRIZAÇÃO

CUT conclama sociedade a dizer 'não'

pessoas subscrevam o abaixo-assina-do. O povo do Rio de Janeiro precisaexigir de seus representantes no Con-gresso que votem contra o PL 4330/04.

TERCEIRIZAÇÃO NASTELECOMUNICAÇÕES

O setor de telecomunicações é umexemplo clássico do avanço nefasto edanoso da terceirização. Após a quebrado monopólio, em julho de 1998, osetor foi totalmente fatiado e vendido apreço de banana em fim de feira. Asnovas empresas, especialmente a Tele-mar, hoje, Oi, demitiram em massa eterceirizaram 80% de suas atividades,como os serviços de telefonia e de aten-dimento, instalação e reparo de linhas eaparelhos da sua rede externa.

O resultado nestes últimos 14 anosfoi a total precarização das condiçõesde trabalho, jornadas abusivas, reduçãode salários e benefícios, alta rotativida-de e aumento no número de acidentes,inclusive com mortes.

Por essa razão o Sinttel está junto

com a CUT pela rejeição do PL 4330/04e vai passar o abaixo assinado encami-nhado pela entidade e pelo Fórum emtodos os locais de trabalho. A entidadeconvoca toda categoria a assinar e aorientar sua família, filhos, vizinhos afazerem o mesmo.

FAÇA PRESSÃOPara aumentar a pressão sobre o Le-

gislativo e impedir que o projeto sejaaprovado, o Fórum disponibilizou o

Em cada dez casos de acidente de trabalho no país, oitosão trabalhadores terceirizados. É o que revela um estudorealizado pela CUT em parceria com o Departamento deEstatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Por essarazão a entidade chama a sociedade a deter esse processo.

abaixo-assinado, o manifesto e a peti-ção on line pelo endereço http://w w w . p e t i c a o p u b l i c a . c o m . b r /PeticaoAssinar.aspx?pi=P2011N16145.Quem preferir pode acessá-lo no Portal doSinttel (www.sinttelrio.org.br) e enviá-loaos amigos pedindo que subscrevam.

Ao final da reunião Berzoini se com-prometeu a instalar um processo demo-crático e de negociação com os traba-lhadores e disse que nada será aprovadosem que estes sejam ouvidos.

A chuva bem que tentou atrapalhar, mas as mulheres (e os homens) da categoriaestavam mesmo a fim de comemorar o Dia Internacional da Mulher e tomaramconta do pátio do Sinttel-Rio na noite de sexta-feira, dia 16. Ao som do grupoNegras Raízes, formado só por mulheres e com um repertório de samba de raiz, acategoria sambou até depois das 23 horas. Trabalhadores das empresas de callcenter e das operadoras, além de aposentados e suas famílias, estiveram presentes.A festa contou ainda com a presença de dirigentes da CUT e do vereador Reimont.O deputado Gilberto Palmares enviou botões de rosa que foram distribuídos àsmulheres presentes. A comissão organizadora sorteou vários brindes, dentre elesagendas e cupons-presentes da Leader Magazine e Lojas Americanas.

promisso assumido pela empresa, o Sint-tel-Rio se reuniu com representantes daForça e do BNDES. A reunião foi via-bilizada pelo deputado Gilberto Palma-res e contou com a presença de repre-sentantes da CUT-RJ.

Durante o encontro, a diretora deNegociações Coletivas do Sindicato,Virginia Berriel, relatou à equipe doBNDES os problemas que os opera-dores vinham enfrentando. Os repre-sentantes do BNDES disseram que obanco não tinha dívidas com a Forçae embora a empresa até aquela datanão houvesse apresentado um docu-mento de quitação de dívida fiscal,liberou o pagamento de março justa-mente para assegurar o salário e osbenefícios dos trabalhadores.

O certo é que a Força é uma caloteiraque não cumpre o compromisso assu-mido. Como a empresa será substituídaaté abril, o Sinttel-Rio estuda que pro-vidências jurídicas serão tomadas paraevitar que os trabalhadores sejam nova-mente prejudicados.

Força: soluções só no nome

Categoria comparece em peso à Festa das Mulheres

SOCORRO ANDRADE

AMINA BAWA

Diretoras do Sinttel na Festa das Mulheres