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Nº 388 - Ano XVIII - 1º a 15/Dez/2010 LEIA MAIS Sindicato visita Petrolina e se aproxima ainda mais dos bancários do interior Pág. 3 Funcionários do BB conquistam plano odontológico Pág. 6 Equipe do Bradesco é bicampeã no futebol dos bancários de PE Pág. 8 VITÓRIA CONTRA O ASSÉDIO Perseguido, descomissionado e com problemas psicológicos decorrentes do assédio moral, um bancário do BB não deixou se abater. Reagiu e procurou o Sindicato, que acionou a Justiça. No último dia 20 de novembro, ganhou a ação e teve de volta seus direitos e, sobretudo, sua dignidade. Hoje, ele trabalha em outra agência, terá de volta sua comissão e não precisa mais tomar remédios para viver. Conheça esta história, que já é um exemplo, nas páginas 4 e 5

Jornal dos Bancários - ed. 388

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Jornal do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

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Nº 388 - Ano XVIII - 1º a 15/Dez/2010

LEIA MAIS

Sindicato visita Petrolinae se aproxima ainda maisdos bancários do interiorPág. 3

Funcionários do BB conquistam plano

odontológico Pág. 6

Equipe do Bradesco ébicampeã no futebol dos bancários de PE

Pág. 8

VITÓRIA CONTRA O

ASSÉDIOPerseguido, descomissionado

e com problemas psicológicos decorrentes do assédio moral, um bancário do BB não deixou

se abater. Reagiu e procurou o Sindicato, que acionou a

Justiça. No último dia 20 de novembro, ganhou a ação e

teve de volta seus direitos e, sobretudo, sua dignidade. Hoje, ele trabalha em outra agência,

terá de volta sua comissão e não precisa mais tomar

remédios para viver. Conheça esta história, que já é um

exemplo, nas páginas 4 e 5

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Nº 388 - Ano XVIII - 1º a 15/Dez/2010

Janildo Chaves. Presente!TEMA LIVRE Jornal dos Bancários 2

AGENDAHUMOR

O Sindicato dos Bancários de Per-nambuco ficou triste em novem-

bro com a perda de Janildo Chaves. Professor de história e geografia em mais de dez escolas do Recife e super-visor de projeto na Fundação Nacional do Bem Estar do Menor – Funabem, Chaves foi assessor do Sindicato por mais de dez anos.

Nosso camarada Chaves era espe-cial. Como tantos outros comunistas, lutava por um mundo diferente do qual hoje vivemos, por uma mundo funda-mentado no socialismo.

Na missão de professor, ele plantava sementes do ideal socialista em sala de aula. No mundo sindical, juntamento com outros valorosos companheiros, ajudou a fundar a CUT em Pernambuco e sua principal trincheira de lutas era o Sinpro - Sindicato dos Professores da Rede Particular de Pernambuco, paixão pela qual doou bons anos de sua vida em defesa dos direitos de sua base, seus iguais.

Como assessor do Sindicato dos Bancários, e mesmo antes, de forma generosa e vigorosa, Chaves dividiu conosco suas experiências e vivências. Junto a outros camaradas e companhei-ros que hoje fazem parte da história da esquerda de nosso Estado e outros que ainda a estão construindo seu caminho, ajudou a moldar toda uma geração de

Libório

dirigentes sindicais, que tal qual eu, es-tão ou estiveram à frente de sindicatos, no campo ou na cidade.

Muitas de suas contribuições marca-ram nossa convivência. Posso afirmar com certeza que minha formação sindi-cal é mais rica por ter sido seu amigo de lutas. As mais profundas e duras foram travadas na resistência à ditadura militar. Ele é um exemplo de como defender so-nhos e convicções, com paixão e lucidez.

Uma das conclusões que posso ti-rar dos anos de convivência com este

renitente comunista é que o dirigente sindical, em muitas ocasiões, pode não ser entendido pela base devido ao imediatismo de suas necessidades. Mas, apesar de saber que podemos ser vaiados em uma assembleia, não devemos omitir de fazer o nosso papel de dirigente sindical e defender a pro-posta viável, mesmo quando esta seja antipática. Ela pode ser uma grande conquista no futuro.

Acho que a mais importante convic-

ção que formei observando Chaves foi a de quem sou como dirigente sindical. Nunca devo ser um mero observador dos humores da base para posicionar-me de forma confortável, oportuna e medíocre. Pois ser dirigente sindical é bem mais do que agradar aos seus iguais, omitindo-se da missão maior que é levar a base à refletir por si só, libertar suas mentes, dar-lhe condição de descobrir-se elo duma corrente forte, fazê-la entender seu papel no mundo do trabalho. E que é ela, base, responsável pelas decisões que toma e arca com ônus e bônus de-corrente destas.

Hoje estais em nossa memória, velho camarada, mas estais junto a Marcelo Medeiros, Cabo Veio, Marx, Lenine, Marcelo Ferreira e tantos outros que serão sempre presentes, enquanto houver respeito, carinho e reverência às suas contribuições.

Um forte abraço, velho camarada Chaves. Você estará sempre presente conosco.

O Sindicato ficou triste com a perda de Chaves. Mas sua contribuição para a luta dos trabalhadores e seus ensinamentos não morrerão jamais

* João Rufino é secretário de Saúde do Sindicato

CURTAS - Nos dias 02, 09 e 16 de dezembro, que tal curtir o horário de almoço com um bom vídeo e bate-papo. No auditório do Centro Cultural dos Correios, o projeto Curta Doze e Meia tem como tema "a letra, o artista e o movimento". Confira a programação em curtadozeemeia.blogspot.comTEATRO - de 04 a 12 de dezembro, o Sesc de Casa Amarela promove a IV Mostra Capiba de Teatro. São nove espetáculos, que reúnem o que de melhor foi produzido em Pernambuco durante este ano. Sempre às 20 horas, com exceção do domingo, quando a apresentação acontece a partir das 19 horas. No encerramento da programação, será lançado o livro "Fora de cena, no palco da modernidade", de Luís Reis.

FESTA LITERÁRIA - No dia 04 de dezembro, é bom conferir a festa literária da Freeporto: Inundada. A partir das 23:30 horas, o DJ Mr Kaya comanda o som no Bar Burburinho, na Rua Tomazina. A entrada custa R$ 5. BANQUETE - O Espaço Cultural Banquete, que fica na Rua do Lima, em Santo Amaro, está com programação especial para o mês de dezembro. Tem encontro com os colunistas do site literário Interpoética no dia 1º. No dia 07, tem mostra competitiva de curtas pernambucanos, a partir das 19 horas. Tem recital poético com Allan Sales no dia 14, a partir das 20 horas. E, no dia 15, recital em homenagem a Carlos Pena Filho.

Por João Rufino*

Sindicato visita o interior para ficar mais próximo dos bancários

- Se a antiga diretoria tivesse feito este trabalho, a distância seria menor

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AÇÃO SINDICAL Jornal dos Bancários 3

Sindicato visita Petrolina e se aproxima mais dos bancários

O interior ganhou uma atenção especial

desde a posse da atual diretoria do Sindicato

SINDICATO esteve em todas as agências de Petrolina

NOTAS

Para se aproximar cada vez mais dos bancários

que trabalham no interior de Pernambuco, o Sindicato visitou em novembro todas as agências de Petrolina, a 767 quilômetros do Recife. Em dois dias, 22 e 23, a presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello, e o diretor de Bancos Privados, Geraldo Times, realizaram reuniões com os trabalhadores para trocar ideias e aperfeiçoar o trabalho do Sindicato.

“Atualizamos os bancá-rios sobre as negociações permanentes que man-temos com cada banco e explicamos as mudanças que implementamos no Sindicato este ano, para dar mais transparência à

nossa entidade. Mas, mais do que falar, ouvimos os bancários para constatar todos os problemas que eles enfrentam no interior e, assim, tentar solucioná-los o mais breve possível”, explica Jaqueline.

Desde que a atual dire-toria do Sindicato tomou posse, em dezembro do ano passado, o interior ga-nhou uma atenção especial da entidade. De lá para cá,

já foram muitas visitas ao interior, principalmente du-rante a Campanha Nacional.

“Com a experiência que tivemos nas visitas que re-alizamos ao longo de 2010, vamos desenvolver um traba-lho ainda melhor no ano que vem”, afirma Geraldo Times, destacando que os bancos têm cerca de 300 funcionários em Petrolina, cidade com o maior número de bancários do interior de Pernambuco.

A “Lei dos 15 minutos” continua a valer. Foi o que determinou no dia 18 de novembro o Tribunal de Justiça de Pernambuco após negar, por decisão unânime, o recurso dos bancos para tornar incons-titucional a Lei Municipal que estipula o tempo má-ximo de 15 minutos para o atendimento nos caixas das agências do Recife.

Para a secretária de Co-municação do Sindicato, Anabele Silva, a decisão da Justiça representa uma grande vitória para os clien-tes e para os bancários.

“As filas nos bancos são um absurdo. Há dias em que os clientes levam horas para ser atendido e os funcioná-rios precisam se desdobrar nas agências para dar conta

Justiça mantém Lei dos 15 minutos

do serviço. Com o lucro que o sistema financeiro tem, os bancos deveriam contratar mais bancários para atender melhor a população. Mas, em vez disso, trabalham com um número reduzido de funcionários e, quando os municípios e estados tentam limitar o tempo de atendi-

mento, os bancos entram na Justiça para derrubar as leis. A falta de respeito das instituições financeiras com a sociedade é muito grande”, comenta Anabele.

Quem enfrentar filas por mais de 15 minutos pode denunciar ao Procon-PE pelo 0800 28 21 512.

Jaqueline é reeleita na Apcef PE

A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, foi reeleita para o Conselho Deliberativo da Apcef Pernambuco (Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal). Com exatos 500 votos, ela permanecerá no cargo por mais três anos. Além do Conselho Deliberativo, os associados elegeram a nova diretoria e o Conselho Fiscal. O pleito foi realizado de 8 a 10 de novembro.

SolidariedadeOs funcionários do Banco do Brasil em Lagoa de Itaenga estão envolvidos em mais uma campanha de arrecadação de roupas, cestas básicas e brinquedos, para serem doados neste Natal. A iniciativa se repete todo ano. As doações são arrecadadas entre os comerciantes e a população. Para a distribuição, o pessoal entra em contato com a Secretaria de Ação Social do município, que fornece os dados das famílias mais carentes. Quem quiser colaborar, é só procurar a agência do Banco do Brasil em Lagoa do Itaenga.

DECISÃO DA JUSTIÇA é vitória para bancários, diz Anabele

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Seu nome é Fábio An-drade, funcionário exem-plar. Em seus oito anos de serviços prestados ao ban-co, foram seis promoções e nenhum registro desa-bonador de sua conduta. Na agência Prazeres, palco desta história, ele também obtinha ótimas avaliações e anotações de elogios, até a chegada de um novo gerente, em meados de 2009. Foi quando começa-ram seus problemas.

O clima da agência, que já tinha uma estrutura di-fícil por conta da demanda de serviços e insuficiência de mão-de-obra, ficou in-sustentável. Gerente de Pessoa Jurídica, Fábio viu seu assistente ser des-comissionado e sucumbir à depressão. Viu outra assistente pedir demissão para trabalhar em outro local. Um escriturário foi transferido de setor. Uma gerente foi chamada a atuar com campanhas, em telemarketing. E ele ficou sozinho para dar conta de tudo. Resultado: a própria Cassi – Caixa de Assistên-cia Médica do banco, em exame periódico, constatou

o estresse causado pela so-brecarga de trabalho.

Quinze dias depois, a pressão atingiu seu limite. O bancário foi abordado pelo gerente, que criticou seu trabalho e o pressionou a “fazer negócio”. Fábio não aguentou: teve uma crise nervosa, com choro compulsivo, e teve de sair da agência para buscar cuidados médicos. Desde então, passou a tomar calmante e ansiolítico, e receber tratamento psico-lógico e psiquiátrico. De volta da licença médica, foi chamado à sala de reunião, onde recebeu do gerente um pedido de informação – documento que antecede a instalação de um processo administrativo.

A partir de então, as tentativas de intimidar, desqualificar e expor o trabalhador a situações críticas aumentaram, so-bretudo depois da greve – quando Fábio foi um dos porta-vozes dos bancários da agência que aderiram ao movimento. Mas, a cada questionamento do gestor, o empregado respondia à altura. Nas avaliações de

SAÚDE

UM SOCO NO ASSÉDIO

desempenho, o gerente fazia questão de fazer ano-tações. “Ele queria, a todo custo, plantar algum mo-tivo que justificasse meu descomissionamento. Todo mundo na agência já sabia que ele mantinha contato com a Superintendência para isso”, lembra Fábio.

Foi quando ele resolveu buscar os caminhos admi-nistrativos do banco para solucionar esta peleja. A Gepes – Gerência de Pesso-al e a Ouvidoria mostraram interesse em intermediar o conflito e conseguir sua transferência. Mas a Supe-rintendência não. “Eu fui até lá e me disseram que,

se o gerente tinha pedido meu descomissionamento, não havia nada que pu-desse ser feito”, conta o bancário.

No dia 8 de janeiro, ele foi informado de seu des-comissionamento. Apesar das tentativas de desqua-lificá-lo, sua carteira tinha recebido a melhor nota da agência, o que destruía as pretensões de descomis-sioná-lo por insuficiência de desempenho. Como justificativa para a arbitra-riedade, alegaram conduta incompatível com o cargo. “Foi um chororô na agência. O pessoal sequer queria assinar como testemunha

Esta poderia ser apenas mais uma das inú-meras histórias de assédio moral no Ban-co do Brasil. Não é. Neste caso, o final do

enredo é outro. Perseguido, descomissionado e com problemas psicológicos decorrentes do assé-dio, o protagonista não se deixou vencer. Recor-reu à todas as vias. A negociação com o banco resultou inútil. Mas, o recurso ao Sindicato e à Justiça modificou a trama. No último dia 20 de novembro, a Justiça lhe devolveu os direitos e a dignidade. Hoje, ele trabalha em outra agência, terá de volta sua comissão e não precisa mais tomar remédios para viver.

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Jornal dos Bancários 5

UM SOCO NO ASSÉDIO

de que eu havia recebido o documento”, conta Fábio. Foi quando ele resolveu procurar o Sindicato.

Reviravolta - O Sindica-to, por meio do escritório Lapenda e Freire Advoca-cia, acionou a Justiça, que tardou um pouco, mas não falhou. A sentença da juíza Ana Cláudia Petruccelli de Lima é um soco no assédio moral. Questiona ela: “Que tipo de gestor é esse que fecha as portas do diálogo com seus subordinados e não busca o entendimento cordial e pacífico, passando à retaliação explícita e à perseguição implacável do

subordinado com quem se incompatibilizou?”.

A juíza analisou todos os documentos, ouviu teste-munhas, e viu que não ha-via nada que desabonasse a conduta do trabalhador. Pelo contrário. Suas avalia-ções funcionais mostravam o contrário. “É indubitoso que a forma de atuação do gerente foi determinante para a configuração do quadro de desprestígio ao reclamante, cujo passado funcional permitia prever uma promissora carrei-ra, cuja ascendência ficou comprometida em virtude das perseguições e intole-rância”, diz.

Agora, Fábio está tra-balhando na agência Praia Boa Viagem, onde foi mui-to bem acolhido. Já não toma mais remédios. E vai receber de volta sua comissão, além de indeni-zação pelos danos morais. “Na teoria, a política do banco é fantástica. Mas,

na prática, a impressão que dá é que não pas-samos de máquinas, de números, que só valem enquanto produtividade. O que não percebem é que a produtividade também cai quando o humano não é valorizado”, desabafa o trabalhador.

Sindicato participa de seminário sobre Saúde Mental

Pesquisadores, profissionais de Recursos Humanos e segurança e saúde no trabalho, dirigentes sindicais, membros do controle social e de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes participam, nos dias 1 a 3 de dezembro, do Seminário Pernambucano sobre Saúde Mental. Entre os temas em discussão, estão a precarização do trabalho e saúde mental, assédio moral, violência, servidão voluntária e políticas pú-blicas voltadas para a questão. O Sindicato é um dos parceiros que promovem a atividade.

O Projeto de Lei n.º 7.202/2010 também está em pauta. Ele tramita na Câmara dos Deputados e coloca o assédio moral na lista de casos de acidente de trabalho. Segundo a presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP) e pro-fessora da PUC-SP, Ana Amélia Mascarenhas, de cada 100 reclamações que entram na Justiça do Trabalho, 90 incluem assédio moral. “É sério, grave e recorrente. Justamente porque o trabalhador tem pouca defesa e por ser difícil de provar, virou mesmo uma questão de saúde pública”, diz.

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SEU BANCO Jornal dos Bancários 6

Após 10 anos, bancários do BB conquistam plano odontológico

Plano é fruto de muita pressão e organização

O Sindicato e a BV Finan-ceira abriram um canal de diálogo. A empresa criou, recentemente, um setor de relações sindicais e demons-trou interesse em tratar com o Sindicato das questões de interesse dos trabalhadores.

“Se eles cumprirem tudo o que estão dizendo, é um grande avanço”, afirma o di-retor do Sindicato, Francisco Ferreira, o Chico.

Entre os pontos apresen-tados pela empresa, está um Programa de Apoio ao Cola-borador - PAC, que inclui cui-dados com a saúde e ambien-te de trabalho, inclusive com assistência psicológica aos empregados. Os represen-tantes da financeira também afirmaram que vão implantar Comissões de Conciliação Vo-luntária e pretendem fazê-lo

Sindicato realiza protesto no CSO O Sindicato realizou no dia 23 mais um protesto con-

tra a falta de condições de trabalho no prédio da CSO do Banco do Brasil. O objetivo é denunciar os problemas enfrentados pelos bancários no dia a dia e pressionar o BB para que solucione uma série de questões que pre-judicam, inclusive, a saúde do trabalhador.

Segundo a diretora do Sindicato, Azenate Albuquerque, o protesto foi convocado pelos próprios bancários, que não suportam mais a falta de condições de trabalho na CSO.

Entre outros problemas, os bancários estão sofrendo com o desconforto térmico, causado pelo mau funcio-namento do ar-condicionado da CSO, e com a falta de equipamentos de segurança contra incêndios. Para agravar a situação, a gerência do prédio mandou dede-tizar o quinto andar durante o expediente e sem aviso prévio. O fato gerou mal estar e reações alérgicas nos trabalhadores.

Na Justiça - O Ministério Público do Trabalho atendeu a reivindicação do Sindicato e mandou o Banco do Brasil resolver os problemas da falta de condições de trabalho no prédio da CSO. No último dia 9, o MPT enviou ao BB uma notificação exigindo uma solução para as questões levantadas pelo Sindicato.

Depois de 10 anos de luta, finalmente os fun-

cionários do Banco do Brasil terão direito à assistência odontológica. Implantado no dia 19 passado, o BB Dental pode ser usado por bancários da ativa e seus familiares.

“Estamos lutando pelo plano odontológico há mais de uma década e finalmente agora ele saiu do papel. É uma grande conquista dos bancários, fruto de muita pressão e organização”, co-menta o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, que é funcionário do BB.

O plano é composto de três segmentos: o BB Den-

tal Econômico, Executivo e Supremo. Todos os funcio-nários e seus dependentes já foram cadastrados auto-maticamente no BB Dental Econômico, sem custo.

Para Fabiano, a conquista do Plano Odontológico não encerra a luta pela saúde bucal dos bancários do BB. “Vamos continuar a pressão para estender este direito aos aposentados e seus de-pendentes”, conclui.

Superávit da Previ - O Sindicato e o BB fecharam acordo no dia 24 de no-vembro sobre a destinação do superávit do Plano 1 do fundo de pensão dos traba-lhadores do banco público. O acordo prevê uma série de melhorias de benefícios para os associados.

Leia mais em www.ban-cariospe.org.br.

Sindicato e BV Financeira abrem canal de negociação

em conjunto com o Sindicato.Segundo Chico, a Con-

venção Coletiva dos em-pregados da BV Financeira também é bastante avan-çada em relação a de outras empresas do setor e oferece praticamente os mesmos

direitos da dos bancários. “Nossa luta é para que todos os financiários passem a fa-zer parte de nossa categoria e a gente possa ter uma única Convenção, para todas as empresas que atuam no ramo”, afirma o diretor.

REUNIÃO em novembro marcou o início do diálogo

Os bancários de Caixa elegem entre os dias 13 e 17 de dezembro os novos membros do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. Nove chapas disputam o processo eleitoral e o Sindicato apoia a Chapa 2, assim como a maioria das entidades represen-tativas dos empregados.O Conselho de Usuários do Saúde Caixa, autôno-mo mas sem caráter de-liberativo, é composto de forma paritária por cinco membros titulares eleitos pelos participantes e cin-co indicados pela Caixa, além de seus respectivos suplentes.Leia mais em www.ban-cariospe.org.br

Sindicato apoiaChapa 2 naeleição do Saúde Caixa

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Jornal dos Bancários 7SEU BANCO

Conquistada com muita luta, a 13ª cesta-alimentação beneficia não só os bancários,

mas toda a economia

A 13ª CESTA-ALIMENTAÇÃO injeta quase R$ 150 mi na economia, gerando emprego e renda em diversos setores

Os bancários come-çaram o mês de de-

zembro com um dinheiro a mais para gastar no supermercado. Trata-se da 13ª cesta-alimentação, que a categoria conquis-tou após 15 dias de greve, em outubro. Com isso, os bancos creditaram na conta de seus funcionários R$ 311,08.

A presidenta do Sin-dicato, Jaqueline Mello, destaca que a 13ª cesta é fruto de muita luta e or-ganização dos bancários.

“Fizemos muita greve e tivemos embates homé-ricos com os bancos para

Bancários começam dezembro com mais dinheiro para gastar com a alimentação

incorporar esta conquista na Convenção Coletiva. Muitos bancários que en-traram agora na profis-são podem pensar que a 13ª cesta é um benefício dado pelas instituições financeiras, assim como a PLR e os vales refeição e

Sindicato pressiona e Santander promete combater o assédio moral

O Sindicato participou no dia 29 de reunião com o Fórum dos Servidores Estaduais da CUT para dis-cutir a compra da folha de pagamento de Pernambu-co pelo Bradesco. O fun-cionalismo reclamou da forma como foi conduzido o negócio, que transferiu as contas do Santander para o Bradesco.

O diretor do Sindica-to, Geraldo Times, conta que os servidores es-tão preocupados com a transferência das contas e asseguraram que não vão assinar nenhum contrato que gere ônus para eles. Principalmente porque o Bradesco está dificultan-do a abertura de conta salário.

alimentação. Todos esses direitos foram arrancados com muita luta e pressão. Os sindicatos tiveram de brigar muito nas nego-ciações com a Fenaban, pois as discussões com os bancos nunca são fáceis”, afirma Jaqueline.

A 13ª cesta foi incor-porada na Convenção Co-letiva em 2007. Segundo cálculos do Dieese, este direito injeta quase R$ 150 milhões na economia brasileira, beneficiando não só os bancários de todo país, mas também trabalhadores de outros setores, como de super-mercados e de restau-rantes. O cálculo leva em conta os 476.370 bancá-rios brasileiros, segundo dados de agosto deste ano do Ministério do Trabalho e Emprego.

Para o Sindicato, o au-mento do consumo de ali-mentos provocado pelo pagamento da 13ª cesta resulta em mais receita para os estabelecimentos comerciais e, por conse-quência, mais contratações e geração de emprego e renda, num ciclo virtuoso de aquecimento do mercado.

O Sindicato e o San-tander retomaram no dia 25 de novembro as nego-ciações sobre a pauta de reivindicações específicas dos funcionários. Na reu-nião, o banco espanhol se comprometeu em firmar com os representantes dos bancários o instrumento de combate ao assédio moral, uma das principais conquistas da Campanha Nacional. A data ainda será definida.

A diretora do Sindica-to, Tereza Souza, explica que esse instrumento está previsto na Convenção Coletiva, na cláusula de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho.

“Mas a adesão é volun-tária, tanto dos sindicatos

quanto dos bancos. Com muita pressão, arranca-mos este compromisso do Santander, que agora deve dar uma declaração explícita de condenação a qualquer ato de assédio. O banco também deverá implementar um canal de denúncias, com prazo para

apuração e retorno aos Sindicato”, diz.

A denúncia poderá ser feita pelo bancário ou pelo sindicato. A apura-ção terá de ser feita em 60 dias, contados a par-tir da data da denúncia. O nome do denunciante será preservado.

INSTRUMENTO contra assédio foi uma das principais conquistas da Campanha Nacional deste ano

Bancários e servidores preocupados com venda da folha de PE

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LAZER Jornal dos Bancários 8

Informativo do Sindicato dos Bancários de PernambucoCirculação quinzenal

Redação: Av. Manoel Borba, 564 Boa Vista, Recife/PE - CEP 50070-000Fone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected] Sítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Libório Melo e Jairo Barbosa. Impressão: AGN Tiragem: 9.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAPresidenta: Jaqueline MelloSecretário-Geral: Fabiano FélixComunicação: Anabele Silva Finanças: Suzineide RodriguesAdministração: Epaminondas FrançaAssuntos Jurídicos: Alan PatricioBancos Privados: Geraldo TimesBancos Públicos: Daniella AlmeidaCultura, Esportes e Lazer: Adeílton CorreiaSaúde do Trabalhador: João RufinoSec. da Mulher: Sandra AlbuquerqueFormação: Tereza SouzaRamo Financeiro: Elvis AlexandreIntersindical: Cleber RochaAposentados: Luiz Freitas

BRADESCO É BICAMPEÃO

Muita emoção, dentro e fora das quatro linhas,

marcou a final do XII Campe-onato de Futebol dos Bancá-rios de Pernambuco, realizada no último dia 27, no Clube de Campo do Sindicato. Depois de desbancar os invictos Ap-cef e Itaú, na rodada anterior, o Bradesco e o Banco do Brasil chegaram à final cheios de moral e fizeram uma partida digna de um grande clássico.

O Bradesco levou a melhor, venceu a partida por 1 a 0 e sagrou-se bicampeão, com um gol de Paulo Germano, o PG. O jogo que antecederia a finalíssima e definiria o ter-ceiro colocado foi cancelado a pedido a APCEF, garantindo a terceira colocação pra a equipe do Itaú.

Nesta edição do Campe-onato de Futebol de Campo

dos Bancários, as tão cobi-çadas taças foram batizadas em homenagem às mulheres que se destacaram na histó-ria do Sindicato e do movi-mento feminista no estado.

Assim, a diretora do Sindi-cato Tereza Cristina, primeira secretaria da Mulher da CUT-PE, deu nome ao troféu entre-gue ao Itaú, terceiro colocado. Já a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, emprestou o nome à premiação do vice-campeão, o Banco do Brasil. Ela também foi a primeira secretária da Mulher da Fetec-NE. O Bra-desco, grande vencedor da competição, recebeu o troféu Maria José Félix, batizado em homenagem à primeira secre-tária da mulher do Sindicato.

Foram premiados ainda

o artilheiro da competição, Daniel Lins, do Itaú, com 14 gols; o goleiro menos vaza-do, Romero, do Bradesco, com média de 0,66 gol por partida, além da entrega do troféu fair play, levado pelo Itaú que recebeu menos car-tões no campeonato.

A frente da da organização da Competição Desde 1993, o secretário de Esportes, Cultu-ra e Lazer do Sindicato, Adeíl-ton Filho, avalia a competição: “Foram 12 equipes inscritas. Podemos perceber que tem times que vem se destacan-do a cada ano, investindo na própria organização e, con-sequentemente, melhorando a qualidade e se firmando na disputa, o que só contribui para fortalecer a competição e torná-la mais emocionante”, conclui Adeílton.

Muita emoção na final do Campeonato de Futebol dos Bancários de Pernambuco

EQUIPE DO BRADESCO comemorou muito a vitória. No destaque, o diretor do Sindicato, Adeílton Filho, que organiza a competição desde 1993

O recadastramento e novo funcionamento da Secretaria dos Aposen-tados do Sindicato deu a tônica do Café da Manhã realizado em 19 de no-vembro.

Desde que foram apro-vadas as mudanças no es-tatuto, quem deixar a ativa e tiver interesse, pode se tornar um aposentado-as-sociado, contribuindo com uma taxa de R$ 10 a R$ 20 e participando ativamente da vida sindical.

A ideia teve boa acei-tação entre os cerca de 30 aposentados que par-ticiparam do café. “Alguns tinham dúvidas quanto ao processo de recadas-tramento. Os interessa-dos devem preencher os formulários que estão na sede do Sindicato e das associações representa-tivas dos empregados de bancos federais”, explica o secretário de Aposentados, Luiz Freitas.

Entre comes e bebes, os aposentados deram suas sugestões, como a realização de atividades culturais e desportivas dirigidas a eles.

“O encontro foi muito representativo. Tínhamos gente de todas as asso-ciações e de todos os ban-cos federais: BB, Caixa e BNB”, diz Freitas.

Realizado mensalmen-te desde fevereiro, o Café da Manhã dos Aposenta-dos acontece na terceira sexta-feira de cada mês.

Aposentados sugerem ações e tiram dúvidas