Jornal dos Bancários - ed. 429

ANO XX • Nº 429 • 16 A 31 DE JULHO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

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Falta muito pouco para os bancários darem início a mais uma campanha salarial, chamada pela categoria de Campanha Nacional. Nos pró-ximos dias, representantes dos bancários do Bra-sil inteiro vão se reunir para definir a pauta de reivindicações. Os trabalhadores do Nordeste já escolheram as suas prioridades e querem, entre outros pontos, aumento real de 5% nos salários e demais verbas, Participação nos Lucros e Resul-tados (PLR) de três salários mais verbas fixas de natureza salarial, melhores condições de traba-lho, fim das metas abusivas e do assédio moral, e mais segurança. A pauta final será fechada entre os dias 20 e 22 de julho, na 14ª Conferência Na-cional dos Bancários. As reivindicações devem ser entregues aos bancos no início de agosto. “Aí é lutar – e muito – para garantirmos mais uma campanha vitoriosa”, diz a presidenta do Sindi-cato, Jaqueline Mello.

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Bancários finalizam aPauta de reivindicações

CAMPANHA NACIONAL 2012

O Sindicato percorreu as quatro agências bancárias interditadas pela Pre-feitura do Recife por falta de segurança e constatou que os bancários conti-nuam trabalhando internamente nas unidades fechadas. A entidade está em contato com o Ministério Público e a Prefeitura para impedir que estes tra-balhadores tenham suas vidas expostas pelos bancos. Página 4

INsegurANçA

Sindicato flagra bancários trabalhando em agências “interditadas”

Pela primeira vez, em 29 anos de fundação, a CUT tem um bancário na sua presidência. O funcionário do Bradesco, Vagner Freitas, foi eleito para presidir a Central Única dos Trabalhadores no último dia 12. O diretor do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Expedito Solaney, também foi elei-to para a direção executiva da CUT Nacional. Página 3

OrgANIzAçãO

Bancário assume pela primeira veza presidência da CUT nacional

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16 a 31 de julho de 2012

Os bancários estão concluindo os preparati-vos para a Campanha Nacional 2012. A pauta de reivindicações será fechada nos próximos dias e deve ser entregue aos bancos no início de agosto. Encerrada esta fase pré-campanha, os trabalhado-res já começam a se mobilizar para a luta, que visa pressionar os bancos e garantir, assim, uma campanha vitoriosa.

Mais uma vez, os bancários não terão uma vida fácil na Campanha Nacional. Os ban-cos já começaram a dar, publi-camente, as suas tradicionais desculpas para negar as reivin-dicações dos funcionários. A re-tórica da vez vai desde a política de redução dos juros comanda-da pelo governo federal até a crise econômica mundial, temas que as instituições financeiras juram que têm im-pactado negativamente na sua lucratividade.

Na prática, entretanto, a teoria é diferente. No ano passado, os bancos bateram novos recordes de lucratividade. Os balanços trimestrais publica-dos este ano também mostram que os lucros só estão crescendo em 2012 e que as instituições fi-nanceiras continuam sendo o setor mais lucrativo da economia brasileira.

Isto não impede, porém, que a ganância dos bancos por mais ganhos prejudique os bancá-rios nesta Campanha Nacional. Para evitar este cenário que as instituições financeiras querem desenhar, só resta uma alternativa para os traba-

lhadores: lutar. Historicamente, todas as campanhas salariais

em que os bancários saíram vitoriosos foram as que tiveram maior nível de mobilização. No ano passado, por exemplo, os funcionários dos bancos construíram a maior greve dos últimos vinte anos, com 21 dias de paralisação. Resultado: conquista-

mos o melhor acordo em duas décadas.

Aqui em Pernambuco, os tra-balhadores entram na Campa-nha Nacional com uma vanta-gem: a mobilização não parou desde o fim da última campa-nha. Assim que acabou a greve do ano passado, o Sindicato instituiu a chamada “mobiliza-ção permanente”, que realizou protestos e manifestações co-

tidianamente nas agências e departamentos dos bancos no estado.

A ideia, agora, é aproveitar o nível de mobili-zação da categoria para ampliar as manifestações durante a Campanha Nacional e garantir, em mesa de negociação, um grande acordo com os bancos. E se, mesmo assim, as instituições financeiras resistirem em atender as nossas reivindicações, temos de estar preparados para mais uma greve.

Afinal de contas, toda esta lucratividade estra-tosférica dos bancos também se deve ao trabalho dos bancários. E agora é a hora de cobrarmos a nossa parte e exigirmos valorização. Portanto, va-mos à luta!

edItOrIAL Tema livre

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Libório Melo. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosJustiniano JuniorBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorWellington Trindade

Secretaria da MulherSandra Trajano

FormaçãoJoão Rufino

Ramo FinanceiroFlávio Coelho

IntersindicalRenato Tenório

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

Todas as campanhas salariais em que os bancários saíram vitoriosos foram as que tiveram maior nível de mobilização

liBÓrio meloHumor

vamos à luta!Liderança ruimMesmo com a redução de 0,5 ponto

percentual na taxa básica de juros, a Selic, o Brasil ainda está entre os países com os maiores juros reais (taxa que desconta a inflação) do mundo. De janeiro de 2010 até março deste ano, o país se manteve no topo desta lista. Agora, a China encabeça o ranking com juros reais de 3,7%, enquan-to a taxa no Brasil baixou para os atuais 2,3%, terceira posição na lista.

Trava para o desenvoLvimenTo“Não é possível haver desenvolvimento

econômico com taxas de juros altos e câm-bio desfavorável”, afirmou Carlos Eduar-do Carvalho, professor e economista da PUC-SP, durante o 11º Congresso da CUT, realizado este mês em São Paulo. “Toda sociedade sabe que o banqueiro é o grande concentrador de renda. A atividade finan-ceira não pode ser um fim em si mesmo, senão apenas funcionará para enriquecer o sistema financeiro”, destacou.

na conTramão Pesquisa da Anefac aponta aumento

dos juros bancários ao consumidor em junho, quando a taxa subiu para 6,20% ao mês, crescimento de 0,02 ponto percentu-al em relação a maio.

e nas agências “interditadas” pela dircon...

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OrgANIzAçãO sINdICAL

Pela primeira vez, bancário ocupa a presidência da cutApós 29 anos de fundação,

a CUT tem um bancário na sua presidência. O fun-

cionário do Bradesco, Vagner Frei-tas, foi eleito para presidir a Central Única dos Trabalhadores no último dia 12, durante o 11º Congresso Nacional da CUT, o CONCUT, em São Paulo.

O diretor do Sindicato dos Bancá-rios de Pernambuco, Expedito Sola-ney, também foi eleito para a direção executiva da CUT Nacional. Ele as-sume o cargo de secretário de Polí-ticas Sociais. A nova direção eleita comanda a entidade até 2015.

“Para nós bancários é uma satis-fação que todas as categorias e sin-dicatos da CUT tenham nos dado a honra de presidir essa Central tão fantástica”, declarou Vagner, que foi presidente da Contraf-CUT (2006-

2009) e da antiga Confederação Na-cional dos Bancários, a CNB-CUT (2003-2006).

comemoraçãoO atual presidente da Contraf-

-CUT, Carlos Cordeiro, comemo-

rou a eleição de Vagner. “Estamos muito orgulhosos e contentes em poder contribuir com um bancário que a partir de agora passa a ser o principal dirigente das lutas da clas-se trabalhadora”, destacou. “Vagner terá um papel muito importante para

todos os trabalhadores na construção de políticas públicas que tragam me-lhores condições de vida para todas as categorias e no rumo de um país mais justo, humano e solidário”, sa-lientou Cordeiro.

O atual presidente da CUT, Artur Henrique, elogiou a escolha de Vag-ner. “A CUT está para completar 30 anos e hoje cumpre o seu papel ao colocar na presidência um bancário, categoria tão importante na constru-ção de nossa Central”.

Desde 1983, passaram pela pre-sidência da CUT o metalúrgico Jair Meneguelli (1986 a 1993); o também metalúrgico Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (1994 a 1999); o profes-sor João Felício (2000-2003/2005-2006); o metalúrgico Luiz Marinho (2003-2005); e o eletricitário Artur Henrique (2006-2012).

No momento mais tenso e emo-cionante do 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CONCUT), em São Paulo, os de-legados e delegadas aprovaram na manhã do dia 12 a paridade entre ho-mens e mulheres nas instâncias de di-reção. A partir das próximas eleições, previstas para 2015, tanto a direção nacional quanto as estaduais da CUT deverão reservar 50% de cargos para cada gênero.

Para a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, trata-se de uma conquista histórica na luta pela igualdade de oportunida-des. “Estamos vivendo um momento importante e estou muito feliz com a aprovação da paridade de gênero

nas direções. Esta é uma luta mui-to antiga das mulheres e o primeiro passo foi dado há 19 anos, quando a CUT aprovou a garantia de no míni-mo 30% das vagas para cada gênero, em 1993”, conta Suzi, que é uma das protagonistas desta luta.

sindicato PioneiroO Sindicato dos Bancários de Per-

nambuco é um dos pioneiros na luta para ampliar a presença das mulheres nas direções das entidades sindicais. “Tanto é que fomos o primeiro sin-dicato de bancários do Brasil a cons-tituir uma Secretaria da Mulher, hoje comum em outras entidades”, conta Suzineide.

Em 2010, a direção do Sindicato

consultou os bancários, que aprova-ram o novo estatuto da entidade, pre-vendo a adoção da Cota de Gênero. Assim, nenhum dos sexos pode ter mais de 70% e menos de 30% de re-presentação na diretoria. “Hoje temos a direção mais feminina da história do Sindicato, inclusive a presidência

é ocupada por uma mulher: Jaqueline Mello”, diz Suzineide.

Além de Suzi, representaram os bancários de Pernambuco no Con-gresso Nacional da CUT a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello e os di-retores Fabiano Moura, Tereza Souza, Fábio Sales e Eleonora Costa (foto).

11º concut faz história e aprova paridade de gênero nas direções

vagner freitas foi presidente da contrafde 2006 a 2009

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Uma semana após a Pre-feitura interditar a quarta agência do Recife que não

cumpre a lei municipal de seguran-ça bancária, o Sindicato percorreu as unidades fechadas, no dia 4 de julho, para verificar a situação atu-al. A realidade encontrada nas agên-cias, no entanto, chamou a atenção do Sindicato, que considerou a in-terdição como “parcial”.

“Nas unidades do Itaú e do San-tander, o Sindicato encontrou ban-cários trabalhando internamente, expostos aos riscos da falta de se-gurança”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

No posto de serviço do Itaú do Hospital Português, mesmo com o cartaz de interdição da Prefeitu-ra afixado na porta de entrada, al-guns funcionários estão na unidade executando atividades bancárias. A única exceção é o atendimento ao público. Segundo o gerente opera-cional do posto de serviço, Rinaldo Silva, a orientação da fiscal da Dir-con (Diretoria de Controle Urbano da Prefeitura), que realizou a inter-dição no dia 13 de junho, era para que não fosse realizado atendimen-to ao público.

a última interdiçãoNo dia 28 passado, a Dircon in-

terditou mais uma unidade bancá-ria no Recife. Desta vez, o alvo da autuação foi a agência Caxangá do banco Itaú. Lá, o auto atendimento e a bateria de caixa estão desativa-dos, mas os bancários continuam trabalhando internamente.

Segundo informações de uma funcionária que preferiu não se identificar, a maioria dos emprega-dos da agência foi deslocada para outras unidades. Entretanto, alguns bancários que operam as platafor-mas de negócios continuam traba-lhando normalmente. “A fiscaliza-ção esteve aqui e determinou que nós não poderíamos atender o pú-blico. Mas não proibiu que os fun-cionários entrassem na agência”, comenta a bancária.

De acordo com o diretor do Sindi-cato, Fábio Régis, que percorreu as agências interditadas, a forma que está sendo procedido o fechamen-to das agência pela Dircon nem dá pra ser considerada interdição. “A Dircon diz que as agências estão interditadas, mas os bancários estão fazendo operação nos caixas ou tra-balhando na plataforma de negócios.

As duas agências do Itaú não estão atendendo o público, mas os traba-lhadores estão lá dentro, expostos à insegurança. Se é interdição, então a unidade deveria estar fechada com-pletamente, como a agência do San-tander”, expõe o dirigente.

Fábio Régis acredita que essa si-tuação torna o trabalho ainda mais vulnerável à ação dos bandidos. “Se com a agência funcionando normalmente, cheia de gente, os criminososs já praticam os assaltos, imagine a unidade operando inter-namente só com os funcionários. É lógico que os riscos são maiores.

Mas eu quero lembrar aos bancos e à Prefeitura que o Sindicato está atento a essa situação e vai continu-ar fiscalizando e cobrando o cum-primento da lei de segurança bancá-ria do Recife”, conclui Fábio.

BradescoA agência do Bradesco da 17 de

Agosto foi reaberta para atendi-mento ao público por conta de um acordo entre a Dircon e o banco, conforme divulgado nas últimas edições do Jornal dos Bancários (leia mais em www.bancariospe.org.br).

INsegurANçA FLAgrANte

Bancários estão trabalhando em agências “interditadas”

Protesto contra ações antissindicais do itaú

O diretor do Sindicato, Fábio Régis, foi impedido de entrar na agên-cia do Itaú na Caxangá no último dia 6. A unidade foi interditada pela Dircon (Diretoria de Controle Urbano da Prefeitura do Recife), por falta de segurança. Por causa desta ação antissindical e anti-democrática do Itaú, o Sindicato realizou um protesto no dia 10 em frente a unidade. Após a manifestação, uma comitiva do Sindicato teve acesso ao interior da agência e pôde exercer o direito demo-crático de dialogar com os trabalhadores do banco. De acordo com um funcionários que preferiu não ter o nome revelado, a ordem para não permitir a entrada do dirigente sindical partiu da gerente regio-nal operacional do banco, Cristiane Mota. Contatado pelo telefone, o funcionário da Diretoria de Relações Intersindicais do Itaú, Luís Cláudio, tentou amenizar a situação alegando que a orientação era de não permitir que fossem feitas fotografias no interior da agência por motivos de segurança.

na agência itaú caxangá os bancários continuam fazendo serviços internos. “os trabalhadores estão vulneráveis”, avalia fábio régis, diretor do sindicato (destaque)

na agência itaú caxangá os bancários continuam fazendo serviços internos. “os trabalhadores estão vulneráveis”, avalia fábio régis, diretor do sindicato (destaque)

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Nos próximos dias, os ban-cários do Brasil inteiro vão se reunir para definir

a pauta de reivindicações da Cam-panha Nacional 2012. Os trabalha-dores do Nordeste já escolheram as suas prioridades na Conferência Re-gional, realizada de 12 a 15 de julho em Fortaleza.

Entre outros pontos, os bancários nordestinos querem aumento real de 5% nos salários e demais verbas, Participação nos Lucros e Resulta-dos (PLR) de três salários mais ver-bas fixas de natureza salarial, con-tratação da remuneração total e piso salarial de R$ 2.416,38 (equivalente ao salário mínimo ideal calculado pelo Dieese).

Além disso, os bancários querem melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas, combate ao as-sédio moral, fim da terceirização e mais segurança, entre outros pontos (confira as principais reivindica-ções no quadro).

A pauta definida pela categoria no Nordeste será levada agora para a 14ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada entre os dias 20 e 22 de julho, em Curi-tiba (PR). Lá, os representantes dos trabalhadores do Brasil inteiro vão definir a pauta de reivindicações que será entregue aos bancos para ser negociadas a partir de agosto na Campanha Nacional deste ano.

Segundo a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello, a Conferência Regional dos Bancários foi bem produtiva, com debates ricos que ajudaram a construir uma pauta de reivindicações que contempla os principais anseios dos trabalhadores.

“Agora, vamos defender esta pau-ta na Conferência Nacional, que é a última etapa dos preparativos para a Campanha. Em seguida, vamos dar início às negociações com os ban-

cos e à luta para que nossas reivin-dicações sejam atendidas. Para isso, mais uma vez temos de mostrar nos-sa força para pressionar os bancos e terminarmos a Campanha deste ano de forma vitoriosa. Afinal de contas, todas as conquistas que tivemos só foram garantidas com muita mobili-zação e pressão”, diz Jaqueline.

exemPlo Para os traBalhadores

A organização da campanha sa-larial dos bancários (chamada pela categoria de Campanha Nacional já que a pauta vai muito além das reivindicações sobre remuneração) é exemplo para os demais trabalha-dores do país. A pauta de reivindica-ções é fechada de maneira democrá-tica e participativa.

O primeiro passo foi dado pelo Sindicato em junho, com a aplicação de uma consulta entre os bancários para definir as prioridades. Em se-guida, o Sindicato realizou o En-contro Estadual dos Bancários, que debateu as reivindicações e elegeu a delegação pernambucana para a

Conferência Regional do Nordeste. Os debates realizados nas confe-

rências regionais que ocorreram no Brasil inteiro serão levados agora para a Conferência Nacional para o fechamento da pauta de reivindica-ções. “Mas antes que esta pauta seja entregue aos bancos, os sindicatos

realizarão assembleia para que os bancários homologuem as reivindi-cações. Este exemplo de democracia e organização já resultou em muitas conquistas, que colocam a nossa categoria como pioneira em muitas lutas dos trabalhadores brasileiros”, finaliza Jaqueline.

CAMPANHA NACIONAL

Pauta de reivindicações será fechada nos próximos dias

conferência nacional é a última etapa dos preparativos da campanha

veJa as Prioridades definidas Pelos Bancários do nordeste

REMUNERAÇÃOAumento real de 5% nos salários e demais verbasPiso equivalente ao salário mínimo do Diesse (R$ 2.416,38, valor de julho)Contratação da remuneração totalPLR de três salários base mais verbas fixas de natureza salarial

EMPREGO Garantia contra dispensa imotivadaCombate à terceirização

SAÚDE, CONDIÇÕES DE TRABALHO E SEGURANÇA Fim das metas abusivasFim do assédio moralAssistência às vítimas de assaltos, sequestros e extorsõesEquipamentos e medidas contra assaltos, sequestros e extorsõesProibição de transporte de numerário por bancários

SISTEMA FINANCEIRO Previdência complementar para todosIsonomia de tratamentoPromoção da igualdade de oportunidade no emprego bancário

Jaqueline melloJaqueline mello

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CAIXA

Pressão garante avanços na Promoção por mérito

Em negociação ocorrida no último dia 3, em Brasília, o Sindicato e a Contraf-CUT

definiram com a Caixa Econômica Federal as regras de avaliação de de-sempenho para a promoção por mé-rito referente ao ano-base de 2012.

“Conseguimos avanços importan-tes nesta negociação com a Caixa. Mas queremos melhorar sempre o processo de avaliação por mérito, que deve ser aperfeiçoado todos os

anos, para valorizar os salários”, explica a secretária de Bancos Pú-blicos do Sindicato, Daniella Almei-da, que representou os bancários do Nordeste na negociação nacional.

A proposta global negociada vi-gorará por dois anos. Isto significa que os critérios para a promoção por mérito serão válidos tanto para o ano-base de 2012 quanto para 2013. No entanto, entre um e outro ano, será feita uma avaliação de todo o

processo, podendo as regras serem alteradas caso seja detectada alguma distorção. O indicativo de data para essa reunião é maio de 2013, ocasião em que a comissão paritária do Pla-no de Cargos e Salários (PCS) ava-liará os resultados de 2012, podendo acarretar em ajustes nas regras de avaliação para o ano-base 2013.

Leia mais sobre as novas regras da Promoção por Mérito em www.ban-cariospe.org.br.

O Sindicato e a Contraf-CUT reto-maram no último dia 10 o processo de negociação permanente com o Banco do Brasil, em Brasília. Um dos temas em debate foi a jornada de 6 horas para todos os funcionários. A posição do BB gerou indignação por parte dos representantes dos tra-balhadores. O banco afirmou que não vai negociar a implantação da jornada correta de 6 horas para to-dos os comissionados sem redução de salários.

A expectativa das entidades sin-dicais era a mesma de todo o fun-cionalismo que chegou a ouvir do próprio diretor do BB, Carlos Neri, em 2011, que o banco resolveria o problema da jornada. “Esta é uma demanda que estamos discutindo há muito tempo sem que o banco mos-tre vontade de resolver. O BB está criando um passivo trabalhista que vai acabar prejudicando a própria empresa”, diz o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, que é fun-cionário do BB.

conciliação voluntária garante r$ 1,2 milhão Para os Bancários

O Sindicato e a Caixa deram início este mês às discussões da Comissão de Conciliação Vo-luntária (CCV), que visa resolver as pendências trabalhistas dos empregados. Somente nas duas primeiras reuniões, o Sindicato garantiu cerca de R$ 1,2 milhão para os bancários, em acordos que dispensaram a intermediação da Justiça. Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, a Comissão de Conciliação Volun-tária para discutir demandas de empregados que ainda estão na ativa é uma coisa inédita e que traz várias vantagens. “Uma delas é o fato de que os valores são creditados na conta dos trabalhadores em menos de 48 horas. Caso o bancário não queira fechar acordo, nada impe-de que ele procure a via judicial”, diz o dirigen-te. Os bancários da ativa e aposentados podem solicitar a CCV em www.bancariospe.org.br.

falta de funcionários e extraPolação de Jornada

Olinda, Janga, Pina, São Lourenço, Carpina, Ilha do Leite... por onde o Sindicato tem passa-do, o cenário nas agências da Caixa é o mesmo. Faltam funcionários, sobra trabalho, a extrapo-lação de jornada é corriqueira, a marcação irre-gular do ponto é comum, as metas são cada vez maiores. Desde o final de junho, uma equipe de dirigentes sindicais está organizando reuniões em cada uma das agências, em preparação à Campanha Nacional que está começando. E a reclamação é sempre a mesma: as péssimas condições de trabalho. “A Caixa precisa urgen-temente contratar mais funcionários para me-lhorar as condições de trabalho. Vamos lutar por isso nesta Campanha Nacional e já estamos mobilizando os bancários para pressionar o banco”, afirma a secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva.

BB se recusa a discutir jornada de seis horas

BANCO dO BrAsILdaniella almeida: “queremos melhorar sempre o processo de avaliação por mérito”

daniella almeida: “queremos melhorar sempre o processo de avaliação por mérito”

fabiano félix

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BrAdesCO

Funcionários esquentam a luta por mais saúdeO Sindicato percorreu uma série

de agências do Bradesco no último dia 4 para mobilizar os bancários e organizar a luta contra as dificuldades que os funcionários vêm enfrentando no atendimento médico, laboratorial, hospitalar e odontológico. Apesar da defasagem do Bradesco Saúde e do Odontoprev, o banco não tem mostra-do vontade para resolver os problemas e as negociações estão em impasse.

De acordo com a secretária de Fi-nanças do Sindicato, Suzineide Ro-

drigues, somente com mobilização e protestos os bancários vão conseguir quebrar a intransigência do Bradesco na mesa de negociação.

“Estamos preparando os bancários para a luta. Percorremos as agências distribuindo panfletos e chamamos os funcionários para participar das atividades que serão propostas pelo Sindicato”, diz Suzineide, que repre-sentou os bancários de Pernambuco nas negociações da semana passada. “Foi uma decepção geral”, comentou.

Bancários e fenaban voltam às negociações no dia 24 A Contraf-CUT e o Sindi-

cato retomam a partir do próximo dia 24 as reuni-

ões de três mesas temáticas com a Fenaban, em São Paulo. Haverá debates sobre saúde do trabalhador, segurança bancária e igualdade de oportunidades.

A realização de encontros trimes-trais das mesas temáticas foi uma das conquistas da Campanha Na-cional dos Bancários de 2011 e está

prevista na Convenção Coletiva de Trabalho. As discussões nas mesas temáticas, junto com a força da mo-bilização dos bancários, já resulta-ram em novas conquistas.

“Esperamos avançar em várias reivindicações dos bancários nestas reuniões, que são as últimas antes do início da Campanha Nacional. Quere-mos mais saúde,

segurança, igualdade de oportu-nidades e o fim da terceirização e vamos lutar para que essas conquis-tas sejam incorporadas na próxima convenção coletiva”, diz o secretá-rio de Bancos Privados do Sindica-to, Geraldo Times.

MesAs teMátICAs

ItAú

sindicato reintegra três em uma semana Ilma Maria de Santana, Anna

Cláudia Albuquerque de Melo e Eriberto Mota da Silva têm várias coisas em comum. Todos eles são funcionários do Itaú; todos são por-tadores de doença ocupacional; to-dos foram demitidos este ano e rein-tegrados nos últimos dias.

Ilma é bancária há 28 anos. Antes mesmo de ser demitida, em janeiro deste ano, já dispunha dos laudos médicos que comprovavam doença ocupacional. O Itaú desconsiderou tudo isso e manteve sua decisão. Na

sexta-feira, 29 de junho, Ilma garan-tiu sua reintegração.

Situação semelhante foi vivida por Ana Cláudia e Eriberto, ambos dis-pensados no início de maio dos qua-dros do banco. Ana Cláudia, 27 anos de banco, conta que, há muito tempo, sentia dores nos ombros e braço direi-to. Mas, por falta de tempo, sempre acabava adiando a visita ao médico. A reintegração ocorreu no dia 10 de julho, mas a bancária permanece de licença até 9 de agosto.

No mesmo dia, Eriberto foi rein-

tegrado à sua agência, o Itaú Boa Viagem. Ele tem mais de vinte anos de banco e é a segunda vez que passa pelo mesmo constrangimento.

“Na primeira vez em que foi de-mitido, ele tinha feito três exames demissionais e todos tinham lhe considerado inapto. Desta vez, ne-nhum exame foi feito. O Sindicato fez a ressalva, não homologou a de-missão e emitiu a CAT (Comunica-ção de Acidente de Trabalho)”, diz o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade.

calendário das reuniões

24 de julho: Saúde do Trabalhador 30 de julho: Segurança Bancária 31 de julho: Igualdade de Oportunidades

suzineide rodrigues

geraldo times

Wellington trindade

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A diretoria do Sindicato con-vida todos os bancários para a sua festa de posse,

marcada para o próximo dia 27, às 21h, no Club Líbano Brasileiro (Av. Engenheiro Antônio de Góes, 62, Pina). A festa terá música ao vivo, jantar e muita animação.

Os convites para a festa são li-mitados e podem ser retirados pessoalmente pelos bancários sin-dicalizados na Secretária-Geral do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

Posse soleneA posse oficial da nova diretoria

do Sindicato foi realizada no dia 4 de julho. Reeleita em maio com cerca de 84% dos votos, a direção

assume a entidade com o princi-pal compromisso de continuar as mudanças implementadas no pri-meiro mandato.

Para a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello, a expressiva votação obtida entre os bancários na eleição coroa e consagra uma

gestão inovadora, mas também aumenta a responsabilidade para o segundo mandato que está co-meçando. “Vamos continuar com as mudanças que o Sindicato pre-cisa e fazer uma nova gestão ain-da melhor do que a primeira”, diz Jaqueline.

A nova direção mescla experi-ência com renovação. “Boa parte dos dirigentes que compuseram a última diretoria continuam, mas outra parte é composta por pesso-as que nunca estiveram na direção do Sindicato e agora chegam aqui com garra e vontade para inovar ainda mais na gestão da entidade”, explica.

Conheça a nova direção do Sin-dicato em www.bancariospe.org.br.

sINdICAtO

festa de posse da diretoriaagita o club líbano no dia 27

esPOrte

abertas as inscrições para o campeonato de futebol dos Bancários de Pernambuco

Começaram as inscri-ções para o 14º Cam-peonato de Futebol dos Bancários de Pernam-buco. As equipes já podem se organizar e preencher o formulário para inscrição que está disponível no site do Sindicato.

O campeonato começa no fi-nal de agosto e as primeiras reu-niões acontecem ainda em julho. “Queremos escutar as sugestões e ideias das equipes inscritas para

ver como aperfeiçoar e melhorar a nossa dis-puta”, diz o secretário de Cultura, Esporte e Lazer do Sindicato, Adeílton Filho, que é coordenador da ativi-dade.

No ano passado, foram catorze equipes inscritas. O time do Itaú foi campeão, seguido pelo Bra-desco e Apcef, que levaram as taças de prata e bronze, respecti-vamente.

2012

a festa será no mesmo local das comemorações dos 80 anos do sindicato

Ouça as últimas notícias do Sindicato na RÁDIO

DOS BANCÁRIOS. Diariamente em

www.bancariospe.org.br.

itaú, campeão do ano passado, é o time a ser batido

itaú, campeão do ano passado, é o time a ser batido

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