8
ANO XX Nº 440 01 A 15 DE NOVEMBRO DE 2012 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR LEIA TAMBÉM Bancários ampliam a luta contra rotatividade Página 7 Sindicato se reúne com o novo superintendente do BNB Página 6 Sindicato retoma visitas ao interior de Pernambuco Página 3 BANCO DO BRASIL SINDICATO LUTA PARA DEFENDER OS BANCÁRIOS DA REESTRUTURAÇÃO SINDICATO LUTA PARA DEFENDER OS BANCÁRIOS DA REESTRUTURAÇÃO Os bancários do Banco do Brasil de Pernambuco estão preocupados com a reestruturação anunciada pela empresa para o CSO (Centro de Suporte Operacional) e CSL (Centro de Suporte Logístico). O Sindicato está na luta para que as mudanças decididas pelo BB não prejudiquem os funcionários. Nos últimos dias, o Sindicato fez uma série de reuniões com a direção nacional e regional do BB. O Sindicato também tem atua- do politicamente para defender os direitos dos funcionários. O senador Humberto Costa (PT-PE) já aceitou entrar nesta luta. Além disso, o Sindicato está mobilizando os bancários para a luta, através de uma série de reuniões no CSO e CSL, para traçar as estratégias de resistência ao processo de reestruturação. Página 5 SINDICATO DENUNCIA ABUSOS DO BB NA COMPENSAÇÃO DE HORAS DA GREVE À SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO PÁGINA 5 SEGURANÇA Bancários e Fenaban discutem projeto-piloto em Pernambuco O Comando Nacional dos Bancários e a Fede- ração dos Bancos (Fenaban) se reú- nem no próximo dia 7 para discutir o projeto-piloto de segurança ban- cária, uma das conquistas da Campa- nha Nacional 2012. A proposta é testar as reivindicações dos trabalhadores em agências de Recife, Olinda e Jaboatão. Página 4

Jornal dos Bancários - ed. 440

Embed Size (px)

DESCRIPTION

de 01 a 15 de novembro de 2012

Citation preview

Page 1: Jornal dos Bancários - ed. 440

ANO XX • Nº 440 • 01 A 15 DE NOVEMBRO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

LEIA TAMBÉMBancários ampliam a luta contra rotatividadePágina 7

Sindicato se reúne com onovo superintendente do BNBPágina 6

Sindicato retoma visitas ao interior de PernambucoPágina 3

BANCO DO BRASIL

SIndIcATo LuTA pArA dEfEndEr oS BAncárIoS dA rEESTruTurAção

SIndIcATo LuTA pArA dEfEndEr oS BAncárIoS dA rEESTruTurAção

Os bancários do Banco do Brasil de Pernambuco estão preocupados com a reestruturação anunciada pela empresa para o CSO (Centro de Suporte Operacional) e CSL (Centro de Suporte Logístico). O Sindicato está na luta para que as mudanças decididas pelo BB não prejudiquem os funcionários. Nos últimos dias, o Sindicato fez uma série de reuniões com a direção nacional e regional do BB. O Sindicato também tem atua-do politicamente para defender os direitos dos funcionários. O senador Humberto Costa (PT-PE) já aceitou entrar nesta luta. Além disso, o Sindicato está mobilizando os bancários para a luta, através de uma série de reuniões no CSO e CSL, para traçar as estratégias de resistência ao processo de reestruturação.

Página 5

SIndIcATo dEnuncIA ABuSoS do BB nA coMpEnSAção dE horAS dA grEvE à SupErInTEndêncIA rEgIonAL do TrABALho PágiNa 5

SeguRANçA

Bancários e Fenaban discutem projeto-piloto em Pernambuco

O Comando Nacional dos Bancários e a Fede-ração dos Bancos (Fenaban) se reú-nem no próximo dia 7 para discutir o projeto-piloto de segurança ban-

cária, uma das conquistas da Campa-nha Nacional 2012. A proposta é testar

as reivindicações dos trabalhadores em agências de Recife, Olinda e Jaboatão.

Página 4

Page 2: Jornal dos Bancários - ed. 440

2

01 a 15 de novembro de 2012

Começou a nova temporada de divulgação dos lucros dos bancos. E, mais uma vez, os resultados são excelentes para as instituições financeiras. Para os bancários, uma má notícia: os maiores bancos estão fechando milhares de postos de trabalho, diminuindo consideravelmente o número de funcionários.

O Itaú, por exemplo, registrou um lucro líquido de R$ 10,102 bilhões nos nove primeiros me-ses deste ano. Apesar desse re-sultado bilionário, o banco cor-tou 7.831 postos de trabalho até setembro. Desta forma, o Itaú aprofundou ainda mais o proces-so de fechamento de empregos iniciado em abril do ano passa-do, totalizando a extinção de 13.595 vagas.

Já o Bradesco registrou um lucro líquido ajustado de R$ 8,6 bilhões, alta de 2,1% sobre os primeiros nove meses de 2011. Esse é o quarto maior lucro da história dos bancos brasileiros. Mesmo assim, o Bradesco fechou 431 postos de trabalho entre julho e setembro, a exemplo do trimestre anterior quando foram eliminadas 571 vagas, totalizando 1.002 cor-tes de empregos nos últimos seis meses.

O balanço ainda mostra que o Bradesco abriu no-vas agências. A equação “menos funcionários e mais agências” significa mais sobrecarga de trabalho. Isso explica por que os bancários estão mais estres-

sados e crescem os casos de adoecimento. Outro dado assustador do balanço do Brades-

co são as despesas de pessoal, que caíram para R$ 3.118.878, uma queda de 7,69% em relação a setembro de 2011. Isso comprova o efeito perverso da rotatividade que o Bradesco utiliza para reduzir custos e tur-binar os lucros.

O Santander também já di-vulgou o balanço trimestral que aponta lucro líquido de R$ 5,694 bilhões de janeiro a setembro. Esse montante representa 25% do resultado do banco espanhol em todo mundo. Mas, pelo me-nos no caso do Santander, o ban-co voltou a gerar empregos, em-

bora poucos: 202 vagas no terceiro trimestre do ano.A redução de postos de trabalho no sistema finan-

ceiro é absurda e perversa. Em vez de contratar fun-cionários para acabar com a enorme sobrecarga de serviços e melhorar o atendimento à população, os bancos vão na contramão. E mostram que não têm compromisso com o Brasil e muito menos com os bancários, que produzem esses lucros gigantescos.

Ao Sindicato, resta intensificar a mobilização e retomar as negociações permanentes com cada ban-co para defender o emprego e exigir o fim da rota-tividade, novas contratações e melhores condições de trabalho.

eDItORIAL Tema livre

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosJustiniano JuniorBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorWellington Trindade

Secretaria da MulherSandra Trajano

FormaçãoJoão Rufino

Ramo FinanceiroFlávio Coelho

IntersindicalRenato Tenório

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

Em vez de contratar funcionários para acabar com a sobrecarga de serviços e melhorar o atendimento, os bancos vão na contramão e mostram que não têm compromisso com o Brasil

LIBÓrIo MELoHumor

Irresponsabilidade socialRéusMais da metade dos processos na Justiça

são contra bancos. Dados do Conselho Nacional de Justiça mostram que a cada mil processos que chegam aos tribunais, 380 envolvem os bancos. Nos tribunais estaduais, o percentual chega a 54%. Para o consumidor envolvido em uma demanda judicial, mesmo que simples, o prazo de espera não costuma ser inferior a 12 meses.

JeitinhoApesar das restrições impostas pelo

governo à cobrança de tarifas bancárias, as instituições financeiras estão criando no-vas tarifas e achando brechas nas normas para cobrar por serviços não contratados pelos clientes. Neste ano, as reclamações contra os bancos somente por custos que não foram acordados já somam o equiva-lente a dos dois anos anteriores juntos.

escoRchanteO ganho dos bancos com tarifas ponde-

rado pelo número de clientes cresceu 33% entre junho de 2011 e junho de 2012. O tíquete médio (resultado da divisão da ren-da com tarifas pela quantidade de clientes) saiu de R$ 52,43 para R$ 69,86. As recei-tas das instituições financeiras com tarifas estão no foco do governo Dilma Rousseff, que já fez forte pressão pela redução das taxas de juros e do spread bancário.

Bancos ampliam lucros, mas demitem milhares de bancários

Page 3: Jornal dos Bancários - ed. 440

33

01 a 15 de novembro de 2012

gIRO POR PeRNAmBuCO

IguALDADe De OPORtuNIDADeS

Sindicato retoma caravanas ao interior e visita 33 cidades

dia 24 de novembrotem Encontro Estadualde Mulheres Bancárias

Encerrada a Campanha Nacional, o Sindicato está retomando as caravanas ao interior do esta-do para visitar os bancários de todas as regiões de Pernambuco. As viagens recomeçaram no dia 22 e, de acordo com a presidenta do Sindi-cato, Jaqueline Mello, o objetivo é visitar todas as regiões de Pernambuco até o final do ano.

“Durante a Campanha Nacional, o Sindica-to esteve nas principais cidades do interior de Pernambuco. Agora, vamos passar por todos os municípios do estado para retomar o trabalho trimestral com os bancários do interior. A atual direção do Sindicato sempre deu uma atenção especial aos funcionários que não estão na re-gião metropolitana do Recife e vamos continuar com esse trabalho de extrema importância para

a unidade da categoria e para esses emprega-dos”, diz Jaqueline.

Segundo o diretor do Sindicato, Fábio Sales, o objetivo das caravanas é ouvir os problemas dos bancários do interior para tentar solucioná-los. “Também vamos sindicalizar quem ainda não é sócio do Sindicato. Há muitos bancários novos que foram contratados recentemente, principal-mente pelo Banco do Brasil e pela Caixa . Va-mos apresentar o Sindicato para eles e associar o maior número de pessoas possível para forta-lecer, cada vez mais, a nossa organização”, diz.

Além de Fábio Sales, visitaram o interior em outubro os diretores Sandra Trajano, Adeílton Filho, Eleonora Costa, João Marcelo e Fernan-do Batata.

O Sindicato realiza no próxi-mo dia 24 de novembro, sábado, o Encontro Estadual de Mulhe-res Bancárias. O objetivo do evento é discutir temas impor-tantes, como a participação da mulher no mercado de trabalho e na categoria bancária, igualda-de de oportunidades e relações compartilhadas.

De acordo com a secretária de Assuntos da Mulher do Sindica-to, Sandra Trajano, o Encontro é aberto a todas as bancárias e bancários e a entrada é franca. “Vai ser um debate de alto nível, com especialistas em várias áre-as que trabalham com a questão da mulher e o mercado de traba-lho. Após o evento, vamos reali-zar um almoço de confraterniza-ção”, explica Sandra.

O Encontro terá mesa re-donda com a participação da secretária da Mulher da Con-traf-CUT, Deise Recoaro, e da gerente nacional de Desenvol-vimento Humano e Profissional da Caixa Econômica Federal, Zirlana Menezes Teixeira, além do Dieese (Departamento Inter-sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O Encontro será realizado das 9h30 às 13h, na sede do Sindica-to (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

AfrânioAraripina

Belém de S. FranciscoBodocó

Bom CabrobóCedro Exú

Feira NovaFlorestaIbimirim

InajáIpubi

ItacurubaJatobá

João AlfredoLagoa Grande

LimoeiroMirandiba

Moreilândia OrobóOrocó

Ouricuri Parnamirim PetrolândiaSalgueiro

Santa Maria da Boa VistaSão José do Belmonte

SerritaTacaratu

Terra NovaTrindade

Verdejante

RAmO FINANCeIRO

Financiários recebem PLR até o próximo dia 10

O Sindicato e a Contraf-CUT assinaram no último dia 31 com a direção da Fenacrefi a Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013 dos financiários. As empresas têm até o dia 10 de novembro para creditar a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que cor-responde a R$ 1.056.

As cláusulas econômicas estabele-cem reajuste de 6,96% nos salários, correspondendo a 2% de aumento real, e 7,96% nos pisos e verbas, 2,96% acima da inflação. Como a data base dos financiários é 1º de ju-

nho, os reajustes são retroativos e as diferenças nos salários, pisos e ver-bas serão pagas em novembro.

A PLR conquistada foi de 90% do salário mais R$ 1.760, com teto de R$ 8.555,20, sendo que a segunda parcela será credita-da até março do ano que vem. “Conseguimos, com muita pressão, fechar um bom acordo com as finan-ceiras. E as reivindicações que não foram atendidas voltarão a ser nego-ciadas em março”, diz o secretário do Ramo Financeiro do Sindicato, Flávio Coelho.

vEjA por ondE A cArAvAnAdo SIndIcATo pASSou

Sandra Trajano

funcionários da votorantim aprovam acordo. no destaque, flávio coelho

Page 4: Jornal dos Bancários - ed. 440

4

01 a 15 de novembro de 2012

Os bancários do Bradesco do Janga paralisaram as atividades no dia 18 de outubro em protesto contra a falta de segurança. A unidade, inaugurada em julho, não cumpre os itens de segu-rança previstos em lei e foi assaltada no mês passado duas vezes em doze dias. A paralisação durou o dia todo.

Com esta segunda ação no Brades-co do Janga, sobe para 25 o número de assaltos a bancos este ano, nove a mais que no ano passado inteiro. Só em outubro, foram seis assaltos no estado. O Bradesco é o alvo principal e responde, sozinho, por mais da me-tade dos casos.

SeguRANçA

Bancários discutem projeto piloto com a fenaban dia 7O Comando Nacional dos

Bancários se reúne no próximo dia 7 de novem-

bro, às 15h, com a Fenaban, em São Paulo, para discutir o projeto--piloto de segurança bancária. O projeto é uma das conquistas da Campanha Nacional 2012 e é ainda mais especial para os bancários de Pernambuco, já que os bancos indi-caram as cidades de Recife, Olinda e Jaboatão para a sua implantação.

Segundo a presidenta do Sin-dicato, Jaqueline Mello, o pro-

jeto-piloto visa testar as reivin-dicações dos bancários para a segurança das agências. “Depois de muita pressão, conseguimos ar-rancar dos bancos o compromisso de implantar este projeto piloto. A própria Fenaban indicou as cida-des de Recife, Olinda e Jaboatão. Essa sugestão não foi à toa. A es-colha de Pernambuco é resultado de anos de luta do Sindicato e dos bancários, que garantiu leis mais rígidas para a segurança bancária em diversas cidades do nosso es-

tado, com destaque para Recife, onde, de forma inédita no país, uma série de agências bancárias inseguras estão sendo interditadas pela Prefeitura”, diz Jaqueline.

Dentre os equipamentos de-fendidos pelos trabalhadores destacam-se a porta giratória com detectores de metais antes do au-toatendimento, câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real fora do local controla-do, vidros blindados nas janelas e fachadas externas, biombos entre

a fila de espera e a bateria de cai-xas, e divisórias opacas entre os caixas eletrônicos, dentre outras.

Lei de Segurança Bancária do Recife é referência para o Brasil, diz Contraf-Cut

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) visitou o Sindicato de Pernambuco no último dia 19 para conhecer de perto a Lei de Segurança Bancária do Recife e as fiscalizações promovidas pelo Ministério Público e Prefeitura, que já resultaram na inter-dição de catorze agências e multas que ultrapassam a casa dos R$ 60 milhões.

Para o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a Lei de Segurança Bancária do Recife é uma referência para todo o Brasil. “Viemos aqui para conhecer de perto esta experiência, principalmente no que diz respeito à

fiscalização”, destacou Carlão.O secretário de Imprensa da Con-

traf e coordenador do Coletivo Nacio-nal de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, ressaltou que a legislação do Recife é “muito importante”, pois ela contempla as principais reivin-dicações dos bancários sobre segu-rança. “A Lei está alinhada com os nossos anseios, garantindo, entre ou-tros itens, que as agências e postos de atendimento tenham vidros blindados, câmeras de segurança internas e exter-nas, portas giratórias com detectores de metais, mais vigilantes e biombos entre os caixas”, enumerou.

Funcionários fecham Bradesco no Janga

Confira a trajetória de assaltos no último mês

02/10 - Uma agência do BB e um posto de atendimento do Bradesco foram destruídos por explosão na cidade de Santa Teresinha

03/10 - Dois bancários foram usados como reféns em uma tentativa de assalto ao Banco do Brasil de Camocim de São Félix

05/10 – Assalto no Bradesco do Janga10/10 – Assalto no Bradesco Casa Caiada11/10 – Assalto com sequestro no posto de Atendimento do Itaú na

Odebrecht, em Suape17/10 – Assalto no Bradesco do Janga01/11 - Assalto no Banco do Brasil de Abreu e Lima

jaqueline Mello

presidente da contraf visitou o Sindicato no último dia 19

Agência insegura foi assaltada duas vezes em doze dias

Page 5: Jornal dos Bancários - ed. 440

55

01 a 15 de novembro de 2012

O Sindicato apresentou no dia 30 de outubro denúncia contra o Banco do Brasil para a Superin-tendência Regional do Trabalho (SRT) de Pernambuco. Os motivos são as ilegalidades e abusos come-tidos pelo banco na compensação das horas paradas na greve pelos funcionários. “Pedimos a inter-venção do Ministério do Trabalho para coibir o assédio que o BB está praticando contra os bancários que fizeram greve”, conta a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

O Sindicato foi recebido pelo superintendente José Jeferson Thompson Lins, que ficou sen-sibilizado com os problemas en-frentados pelos funcionários do BB. “O superintendente ficou

muito preocupado com a postura do banco, principalmente no que diz respeito ao cancelamento de férias, licença-prêmio e abonos que já estavam previamente auto-rizados pela empresa. Outro ponto que preocupou o representante do Ministério do Trabalho é a exten-são da jornada para quem trabalha oito horas por dia. Ele destacou que a jornada dos bancários é de seis horas, portanto esses funcio-nários já fazem duas horas extras por dia. Com a extensão da jor-nada, muitos estão trabalhando até dez horas diariamente”, diz Jaqueline.

O Sindicato também encami-nhou ofício para a Superinten-dência Regional do Trabalho so-

licitando audiência de conciliação com o Banco do Brasil. “O objeti-vo é resolvermos todos os proble-mas através do diálogo. Mas se o BB insistir nesta postura vingati-va contra os funcionários que fi-zeram greve, a Superintendência Regional do Trabalho vai agir e nós, do Sindicato, vamos tomar medidas mais duras, inclusive na Justiça”, destaca Jaqueline.

“O banco não pode pres-sionar e nem fazer planilhas para que os bancários assinem com metas para a compensa-ção”, ressalta Jaqueline. As horas devem ser compensa-das de forma planejada entre os gestores e os funcionários, observando a necessidade do

serviço e a disponibilidade do bancário. O banco não poderá obrigar o funcionário a fazer hora extra para efeito de compensação dos dias parados. Qualquer lista, tabela ou outro tipo de coação deve ser denunciado ao Sindicato, assim como a suspensão de férias ou abonos deve ser comunicada à diretoria da entidade.

BANCO DO BRASIL

reestruturação não pode prejudicar os funcionáriosO Sindicato está em franca campanha

para que a reestruturação anunciada pelo Banco do Brasil não prejudique os

funcionários do CSO (Centro de Suporte Opera-cional) e CSL (Centro de Suporte Logístico).

Na briga contra mais este pacote de reestrutu-ração, o Sindicato tem atuado em duas frentes. A primeira delas é política e busca sensibilizar parlamentares e governantes do estado quanto aos efeitos danosos deste processo, que prevê a migração de vários serviços, que hoje são reali-zados em Pernambuco, para outros estados.

Neste sentido, já foi feita uma primeira reu-nião com o senador Humberto Costa e já foi so-licitada audiência com o governador do estado.

“Não aceitaremos, de forma alguma, que os funcionários sejam lesados por conta de mais uma reestruturação”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix.

O Sindicato também tem se reunido com re-presentantes da Gepes (Gerência de Pessoas), CSO e CSL em nível local, e com a Diref e

Dinop, em nível nacional. Além disso, o Sindicato está mobilizando os

bancários para a luta, através de uma série de reuniões no CSO e CSL, para traçar as estraté-gias de resistência ao processo de reestruturação.

coMproMISSoSTanto na reunião com os representantes na-

cionais quanto com os regionais, foi garantido que as comissões serão mantidas enquanto du-rar o processo de migração dos serviços, que pode se estender por até dois anos.

“Enquanto isso, os trabalhadores cujos seto-res forem centralizados em outro estado e que desejarem ser transferidos terão prioridade na manutenção de sua função. Para os que prefe-rirem ficar, serão garantidas oportunidades de vagas em cargos semelhantes. Também serão promovidos, segundo os representantes do banco, programas de capacitação para que os trabalhadores possam assumir atribuições dife-rentes”, explica Fabiano.

Sindicato denuncia abusos e ilegalidades na compensação de horas da greve à SRt

fabiano félix

Superintendente ficou preocupado com as denúncias

o Sindicato está mobilizando os bancários para a luta, através de uma série de reuniões no cSo e cSL

Page 6: Jornal dos Bancários - ed. 440

6

01 a 15 de novembro de 2012

O Sindicato e a Contraf-CUT retomam no pró-ximo dia 6 de novembro, às 14h30, o processo de negociações permanentes com a direção do Itaú, em São Paulo. Um dos temas que será priorizado pelas entidades sindicais é o emprego, visando o fim da rotatividade, novas contratações e a me-lhoria das condições de trabalho.

Segundo o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, o Itaú é o banco que mais demite bancários em Pernambuco. “Aqui e no Brasil inteiro, o Itaú tem demitido milhares de pais e mães de família, mesmo sendo o banco

mais lucrativo do país. Só nos primeiros nove meses deste ano, o Itaú ganhou R$ 10,102 bi-lhões. Apesar desse resultado bilionário, o ban-co fechou 7.831 postos de trabalho só este ano”, diz Wellington.

No último trimestre, o número de trabalhado-res no banco recuou de 92.517 para 90.427, uma redução de 2.090 em três meses. Desta forma, o Itaú aprofundou ainda mais o processo de fe-chamento de empregos iniciado em abril do ano passado, totalizando desde então a extinção de 13.595 vagas, conforme análise feita pelo Dieese.

BANCO DO NORDeSte

novo superintendente do BnBmostra disposição de diálogo

O Sindicato recebeu no úl-timo dia 26 a visita do novo superintendente do

BNB, Francisco Carlos Cavalcanti, o Chicão. A reunião com o Sindicato ocorreu apenas três dias após Chicão ter assumido o cargo.

Acompanhado de Gilmar de Sou-za Barreto, gerente administrativo da Superintendência, ele mostrou disposição para dialogar através de reuniões periódicas com represen-tantes dos trabalhadores. O Sindi-cato e o superintendente do BNB,

inclusive, já marcaram o próximo encontro para o dia 11 de dezembro.

O superintendente veio com boas notícias. Informou que serão contra-tados trinta novos bancários e serão abertas cinco agências até o final do ano: em Olinda, Jaboatão, Camaragi-be, Carpina e Palmares. Para 2013, a previsão é de abertura de outras 17 unidades, dobrando o número de agências no estado. “E o Sindicato vai ficar atento para cobrar as contra-tações necessárias”, ressalta a presi-denta da entidade, Jaqueline Mello.

BRADeSCO

ItAú

Banco empurra clientes para fora das agências

emprego é pauta de negociação no dia 6

Os clientes de baixa renda do Bra-desco estão sendo empurrados para fora das agências bancárias de Pernam-buco. Segundo denúncias recebidas pelo Sindicato, os gerentes estão sendo pressionados para não atender clientes que querem efetuar pequenos paga-mentos ou depósitos.

A orientação do banco aos gerentes administrativos é para que eles co-loquem um funcionário na porta das agências para não deixar os clientes mais pobres entrarem. A ideia é forçá-

-los a utilizar os correspondentes ban-cários.

Uma funcionária do banco disse em e-mail enviado ao Sindicato que a di-reção regional do Bradesco tem feito reuniões com os gerentes administrati-vos e distribuído xingamentos e assé-dio moral. “Eles chamam os gerentes de incompetentes e fracos para baixo. E isso na frente de todos os funcioná-rios. Inclusive forçam os gestores a enfrentar o Sindicato. Acho bom todos se juntarem para lutar, senão estaremos,

em pouco tempo, doentes e demitidos”, disse a bancária.

Para a secretária de Finanças do Sin-dicato, Suzineide Rodrigues, a atitude do Bradesco não é uma novidade. “O Sindicato tem enfrentado a truculência do banco em várias frentes, mas sem-pre surgem mais problemas como essas denúncias que recebemos esta semana. Vamos entrar em contato com a Dire-ção Regional do Bradesco para cobrar o fim do assédio moral”, diz Suzi, que é bancária do Bradesco.

Superintendente se reuniu com o Sindicato três dias após ter assumido o cargo

Suzineide rodrigues

Wellington Trindade

Page 7: Jornal dos Bancários - ed. 440

77

01 a 15 de novembro de 2012

emPRegO

oficina abre processo de discussão sobre rotatividadeA Contraf-CUT e o Dieese realizaram

no último dia 30, em São Paulo, com o apoio da Fundação Friedrich Ebert

(FES), a oficina “Rotatividade nos bancos: da-dos setoriais e diretrizes para a ação sindical”. O evento pretende ser o primeiro passo de um processo visando aprofundar e sistematizar a discussão do tema, que tem sido uma das gran-des bandeiras da categoria bancária nas últimas campanhas nacionais.

Segundo a secretária de Finanças do Sindi-cato, Suzineide Rodrigues, que representou os bancários de Pernambuco na oficina, a rotativi-dade nos bancos é um dos maiores problemas da categoria atualmente.

“A rotatividade é uma prática perversa, que reduz salários através da demissão de milhares de pais e mães de família. Os bancos dispen-sam os funcionários que ganham mais e con-tratam outros com menores salários só para en-

gordar ainda mais os seus lucros. Precisamos combater este problema, porque por trás dos números há pessoas que hoje estão sendo des-cartadas depois de anos e anos de dedicação aos bancos”, destaca Suzi.

A dirigente conta que umas das principais propostas surgidas durante as discussões da ofi-cina foi a criação de um Coletivo Nacional de Emprego para organizar o debate, coordenar a elaboração de estudos e encaminhar a ação sin-dical em torno do tema.

No primeiro semestre deste ano os bancos contrataram 23.336 empregados e desligaram 20.986, gerando apenas 2.350 novos postos de trabalho. A remuneração média dos admiti-dos foi de R$ 2.708,70 e a dos desligados de R$ 4.193,22, o que significa uma diferença de 35,40%. Já na economia brasileira, como um todo, a diferença entre a média salarial dos con-tratados foi 7% inferior a dos demitidos.

SANtANDeR CAIxA

Decisão sobre passivo na Bandeprev deve sair ainda em novembro

Empregados retomam negociação no dia 8

A Câmara de Recursos da Pre-vidência Complementar deve jul-gar até o final de novembro o auto de infração contra dirigentes da Bandeprev por descumprimento do artigo 20 de Lei Complementar 109, que trata da distribuição do superávit de planos de benefício.

O processo deveria ter sido julgado no último dia 17, mas o representante das entidades fecha-das de previdência complementar entrou com pedido de vista, adian-do a decisão. No entanto, a relato-ra do processo, Rosimery Brandão Barbosa, já havia dado seu voto favorável ao auto de infração.

De acordo com o secretário de Administração do Sindicato, Epa-minondas Neto, que participou da audiência no dia 17, a decisão é de extrema importância para os

participantes.“Esse processo é baseado na

denúncia do bancário aposentado Carlos Lindberg Lins. Em 2002, três anos após a privatização do Bandepe e a capitalização da Ban-deprev, o Real unificou o patrimô-nio dos três grupos do plano de previdência (G0, G1 e G2), sem levar em consideração os direitos adquiridos dos participantes do G2 e nem as exigências contidas do edital de privatização do Ban-depe”, explica Epaminondas.

Para o dirigente, a decisão da Câmara de Recursos da Previdên-cia Complementar poderá reper-cutir em todos os grupos. “Essa é uma ação importante e o Sindicato está acompanhando de perto todo o seu andamento. Agora, teremos finalmente uma decisão e estare-

mos lá em Brasília para acompa-nhar”, destaca Epaminondas.

Além de Epaminondas, partici-param da audiência do dia 17 de outubro, em Brasília, os aposen-tados Carlos Lindberg Lins, autor da denúncia, e Paulo Sobral, ex--diretor do Sindicato.

O Sindicato e Contraf-CUT reto-mam no próximo dia 8 de novembro, às 14h30, em Brasília, as negociações permanentes com a Caixa Econômica Federal. Nesta primeira negociação após a Campanha Nacional 2012, a discussão estará em torno de desdo-bramentos de assuntos que foram con-templados no novo Acordo Aditivo.

Entre os pontos de destaque estão o curso EAD para designado/Cipa e o início do debate sobre Saúde Cai-xa. O aditivo prevê a criação de um grupo de trabalho para avaliar o tema.

Outra conquista foi a garantia de seis horas por mês dentro da jornada para realização de capacitação pela Universidade Caixa.

Epaminondas neto

Page 8: Jornal dos Bancários - ed. 440

8

01 a 15 de novembro de 2012

eSPORte e LAzeR

começa a segunda fase do campeonato de futebolComeça no próximo dia 10

a segunda fase do Cam-peonato de Futebol dos

Bancários. A primeira fase termi-nou no dia 27 passado e definiu os classificados.

O Banco do Brasil ficou em pri-meiro lugar do grupo A com nove pontos. Em seguida vieram Brades-co Jurídico e Apcef-PE,com sete, Itaú com cinco e Banco do Brasil/Bradesco sem nenhum ponto.

Já no grupo B, a liderança ficou com o Bradesco, que conseguiu so-mar 10 pontos. Santander, Bradesco Caxangá, Bradesco Cabo e Brades-

co Capibaribe, com oito, quatro, três e dois pontos, respectivamente completaram a classificação.

“Os quatro primeiros de cada grupo seguem para a disputa da se-gunda fase que ocorre nos dias 10 e 11 de novembro. A grande final está prevista para o dia 24 de novem-bro”, conta o secretário de Espor-tes, Cultura e Lazer do Sindicato, Adeílton Filho.

Todos os jogos do Campeonato de Futebol estão sendo disputados no Clube de Campo dos Bancá-rios, que fica no km 14,5 da Estra-da de Aldeia.

confIrA oS jogoS dA SEgundA fASE

Dia 10 de novembro (sábado)08h30

Banco do BrasilX

Bradesco Cabo

10h30Bradesco Jurídico

XBradesco Caxangá

Dia 11 de Novembro (domingo)08h30

BradescoX

Itaú

10h30Santander

XApcef- PE

Depois de uma breve parada no mês de setembro, em virtude da Campa-nha Nacional dos Bancários, o Café da Manhã dos Aposentados voltou a ser realizado em outubro, no dia 19. Como já é de praxe nos encontros mensais, o bate papo e a descontração marcaram mais uma edição do tradi-cional café. Tudo isso, reforçado por um delicioso cardápio regional, com-põe a receita de sucesso em que se transformou o evento.

“O Café é um sucesso. Porque é uma maneira de nos aproximarmos uns dos outros. O evento tem nos dado uma melhor qualidade de vida e é isso que nós precisamos”, disse o bancário apo-

sentado do extinto Bandepe e frequen-tador assíduo do Café, Paulo Veloso.

O presidente da Contraf-CUT (Con-federação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Carlos Cordei-ro, participou desta edição do Café e destacou a importância de integrar os aposentados ao dia-a-dia do Sindicato.

“Isso é fundamental. Estes aposen-tados de hoje contribuíram muito com a história dos bancários. Eles lutaram, apanharam de polícia, organizaram greves e ampliaram as nossas conquis-tas”, comentou o dirigente nacional.

O próximo encontro será no dia 30 de novembro, com um almoço espe-cial no Clube de Campos.

Os chalés do Clube de Campo dos Bancários terão um pequeno reajuste na locação a partir de 1º de dezembro. O aluguel para o final de semana, que hoje custa R$ 65, será elevado para R$ 70. O Clube de Campo tem dez chalés mobiliados e equipados, com dois quartos, banheiro, sala e cozinha conjugados. Localizado na Estrada de Aldeia, o Clube é uma excelen-te opção de lazer para toda a família. Tem parque aquático, bicas, campos de futebol e vôlei, bar e restaurante e parque infantil. São 70 mil metros quadrados, com 60% de área verde e espaço de lazer para todos os gostos. O Parque Aquático do Clube de Campo

tem três piscinas que podem ser apro-veitadas por pessoas de todas as idades. Com segurança, salva-vidas e controle rígido de higiene, o Parque tem duchas relaxantes e um grande restaurante bem pertinho das piscinas. Você também pode desfrutar do playground, quadras de areia e de cimento para vôlei, fute-bol de salão e basquete; mini-campo e campo de futebol. Além dos jogos de salão: sinuca, totó e dominó.

SÓcIo-AMIgoAs mensalidades do sócio-amigo do

Clube de Campo também terão um pe-queno reajuste. A partir de 1º de janeiro, a mensalidade será de R$ 60.

CONFRAteRNIzAçãO LAzeR

Presidente da Contraf participa do Café da manhã dos Aposentados

Chalés do Clube de Campo têm novo preço a partir de dezembro

Adeílton filho