48
10 a 23 de Setembro 2009|Quinzenário|1|N.º1221|Ano 25|Director:Jorge Sousa|Director-Adjunto:Alexandre Panda|Subdirector:António Orlando|Edição:Tâmegapress|Redacção:Marco de Canaveses|910 536 928 repórter do marão do Tâmega e Sousa ao Nordeste GRIPE Alarme é excessivo mas as entidades estão preparadas BANCO ALIMENTAR Empresários pedem ajuda PATRIMÓNIO Igreja ‘do Siza Vieira’ procura mecenas LAZER Desportos radicais conquistam jovens BEM-ESTAR Oferta de SPA’s aumenta DESEMPREGO NO FUTEBOL A bola já não salta para Tonanha Mais de 1.300 hectares só em Amarante Área ardida disparou Douro perdeu metade da riqueza em 10 anos Autárquicas no Marco Justiça envolve-se na disputa PRESTAÇÕES DRIBLAM A CRISE Compras à moda do Brasil Segunda unidade hoteleira de Baião Cinco estrelas abre em 2012

Jornal Repórter do Marão

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Do Tâmega e Sousa ao Nordeste

Citation preview

Page 1: Jornal Repórter do Marão

10 a 23 de Setembro 2009|Quinzenário|€1|N.º1221|Ano 25|Director:Jorge Sousa|Director-Adjunto:Alexandre Panda|Subdirector:António Orlando|Edição:Tâmegapress|Redacção:Marco de Canaveses|910 536 928

repórterdomarãodo Tâmega e Sousa ao Nordeste

GRIPE

Alarme é excessivo mas as entidades estão preparadasBANCO ALIMENTAR

Empresários pedem ajuda PATRIMÓNIO

Igreja ‘do Siza Vieira’procura mecenasLAZER

Desportos radicais conquistam jovensBEM-ESTAR

Oferta de SPA’s aumenta

DESEMPREGO NO FUTEBOL

A bola já não salta para Tonanha

Mais de 1.300 hectares só em Amarante

Área ardida disparou

Douro perdeumetade da riqueza em 10 anos

Autárquicas no Marco

Justiça envolve-se na disputa

PRESTAÇÕES DRIBLAM A CRISE

Compras à moda do Brasil

Segunda unidade hoteleira de Baião

Cinco estrelas abre em 2012

Page 2: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão02 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I destaque

O candidato e ex-presidente de Câma-ra de Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres, considerado “inelegível” pelo Tribu-nal local, pode “mesmo ficar impedido” de se recandidatar face à actual legislação, adver-tiram juristas contactados pela Lusa.

O Tribunal do Marco de Canaveses chumbou, a 03 de Setembro, a candidatura de Avelino Ferreira Torres à Câmara local, considerando o candidato “inelegível”, dan-do razão aos argumentos apresentados pela concelhia do PS.

A concelhia defendia que a confirmação, pelo Tribunal Constitucional, da sentença de ordenava a perda de mandato e a sua inele-gibilidade o impossibilita de se recandidatar à autarquia.

A mesma opinião tem o constituciona-lista e professor universitário Jorge Bace-lar Gouveia, advertindo que, quer a perda de mandato quer a inelegibilidade passam a ter efeito a partir do momento em que a sen-tença transitar em julgado, isto é, se for con-firmada nos tribunais de recurso, primeiro na Relação e depois no Supremo, não haven-

do “dúvidas” quanto à interpretação do juiz.Também para o especialista em Direi-

to Autárquico Fernando Gonçalves, Ferrei-ra Torres “vai mesmo ficar impedido de se candidatar, não havendo outra hipótese”.

“A lei prevê situações de inelegibilidade. O juiz fez o que devia ter feito. Ele [Avelino Ferreira Torres] não tem hipótese, não po-derá candidatar-se a presidente de Câma-ra”, declarou Fernando Gonçalves.

Em 11 de Junho de 2004 Avelino Ferrei-ra Torres foi condenado, entre outras penas, a perder o mandato em curso à data da con-denação definitiva e o seguinte.

O trânsito em julgado desta decisão ocorreu em 22 de Fevereiro de 2006, esgota-dos os recursos pelo autarca.

Na interpretação do juiz, na data da re-alização das eleições autárquicas e Outubro de 2005, em que Ferreira Torres foi eleito vereador em Amarante, “a decisão conde-natória de Ferreira Torres ainda não tinha transitado em julgado, não sendo por isso definitiva - tal só veio a verificar-se em 22 de Fevereiro de 2006”.

Daí que tenha dado deferimento à recla-mação do líder da concelhia socialista, Ar-tur Melo.

Ferreira Torres apresentou recurso ao Tribunal Constitucional - o único a que tem direito.

O TC terá então dez dias, a contar do se-guinte ao da entrega do recurso, para tomar uma decisão definitiva, ou seja, terá que proferir uma decisão até 16 de Setembro.

Avelino Ferreira Torres, ex-presidente da Câmara de Marco de Canavezes, candi-datou-se nas últimas autárquicas à Câmara de Amarante, tendo perdido para o socialis-ta Armindo Abreu.

Para se candidatar como independente de novo à Câmara de Marco de Canaveses em 11 de Outubro de 2009, o autarca criou o movimento “Marco Confiante”.

Como a inelegibilidade apenas atinge o candidato Avelino Ferreira Torres, o movi-mento “Marco Confiante” pode manter a candidatura, sendo provável que o “número dois”, Lindorfo Costa, ascenda a “cabeça de lista” do movimento.

Ferreira Torres ficará “impedido” de se recandidatarConstitucionalista e especialista em direito autárquico concordam com juiz do Tribunal do Marco

Jorge Sousa com Lusa | [email protected]

Page 3: Jornal Repórter do Marão

destaque repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

0310 a 23 de Set‘09

Há empresários em Paços de Ferreira que vão à Cruz Vermelha pedir comida para as suas famílias. Agrava-se o cenário sócio-económico fruto da crise que efectivamente pa-rece tocar a todos. Se, por um lado, a lista dos novos pobres não pára de crescer, por outro o Banco Alimentar fechou (!) para férias em Agosto. A fome, a necessidade, pelo que se vê, não se deu a esse luxo, lá para os la-dos da Capital do Móvel.

“Não tenho conhecimento de ou-tros cenários na região, mas aqui em Paços de Ferreira, nomeadamente em termos de fecho de fábricas de mobiliário tem sido desastroso. Ali-ás, a população que tem vindo até nós, já não é só aquela que é bene-ficiária de subsídios. Já é população que anteriormente tinha a vida es-tabilizada com empregos. Até mes-mo empresários têm recorrido a nós o que é uma novidade, sem dúvida”, explica ao Repórter do Marão, Fili-pa Bastos, responsável pela área so-cial da delegação da Cruz Vermelha de Frazão”.

A gravidade é tal que este nú-

cleo da Cruz Vermelha Portuguesa, em meados de Agosto, teve de fazer um peditório extra num hipermerca-do do concelho para angariar comida para dar aos mais necessitados.

A gravidade da situação “acen-tuou-se” com a não entrega dos ali-mentos, desde há dois meses, por parte do Banco Alimentar.

“Cada vez as pessoas dão me-nos alimentos ao Banco Alimentar, que é actualmente o nosso fornece-dor, só que no mês de Julho e Agos-to eles não nos deram qualquer bem alimentar, além de que de mês a mês tem-se assistido a uma diminuição da quantidade de comida que nos da-vam”, revela Filipa Bastos.

O peditório extra, levado a cabo em meados de Agosto surgiu, assim, como tábua de salvação face ao au-mento significativo de pedidos de au-xílio.

“Além das famílias que nós já apoiávamos, surgiu, entretanto, a Campanha ´País Solidário`, e nós passamos também a apoiar essas no-vas pessoas, daí que tem sido difícil responder a tantos pedidos” explica.

Se as coisas já não eram fáceis, a delegação do Porto do Banco alimen-tar esteve, em Agosto, encerrada para férias. “É, no mínimo, absurdo. Se a Cruz Vermelha fechasse tam-bém para férias não seria nada bom para o concelho de Paços de Ferrei-ra, mas cada instituição funciona da sua forma...o que acontece connosco acontece com os outros. A delegação do Banco Alimentar, no Porto, sedia-da em Perafita, fecha todos os anos no mês de Agosto”, denuncia Filipa Bastos.

A Delegação de Frazão/Paços de Ferreira da Cruz Vermelha tem, ao longo da última década, distribuído alimentos pela população mais ca-renciada do concelho sob a forma de Cabazes Mensais, apoiando no momento cerca de 47 famílias. Já o apoio da Cruz Vermelha de Frazão, via Campanha País Solidário, chega a mais 50 famílias.

Empresários em dificuldadesjá recorrem ao banco alimentar

A gravidade dasituação “acentuou-

se” com a não entrega dos alimentos há dois

meses por parte do Banco Alimentar.

António Orlando | [email protected]

Cruz Vermelha de Frazão incapaz desatisfazer todos os pedidos de ajuda

Page 4: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão04 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I sociedade

Há algumas eleições que os candi-datos às câmaras municipais utilizam as novas tecnologias de comunicação para difundir as suas mensagens e objectivos políticos

Mas este ano, a grande novidade é a utilização do Twitter como meio de contacto directo com os eleitores.

As páginas dos candidatos reme-tem quase sempre para o site oficial de campanha, mas já há quem tenha anunciado novidades, em primeira-mão, nesta nova ferramenta na In-ternet.

Trata-se de uma página pessoal, regra geral, alimentada diariamente com um máximo de 140 caracteres, nos quais o utilizador deve escrever a mensagem.

Apesar do número restrito de ca-racteres é possível partilhar links, fo-tos, filmes, etc.

É desta forma que funciona o Twitter, mais uma rede social no ci-berespaço que tem tido uma gran-de adesão a nível mundial, em que os habitantes do Tâmega e Sousa não são excepção.

Entre figuras públicas, anóni-mos, artistas ou políticos, já são mui-tos aqueles que se deixaram levar por esta poderosa ferramenta que

consegue atingir milhares de inter-nautas entre o eleitorado.

Pedro Pinto, de Paços de Ferrei-ra e Celso Ferreira, em Paredes, fo-ram os dois presidentes de câmara que começaram a utilizar o Twitter como plataforma de propaganda po-litica.

Humberto Brito, candidato à câ-mara de Paços de Ferreira, pelo mo-vimento independente M6N, apoiado pelo PS, Manuel Ruão do CDS-PP de Paredes ou ainda Artur Penedos, candidato do PS à câmara de Pare-des, também já abriram conta no Twitter.

“É uma forma inovadora de co-municar. Permite não só divulgar as actividades de campanha como tam-bém do município. É um meio eficaz, embora ainda não seja muito divul-gado, vai sendo lido e a mensagem chega às pessoas”, explicou ao Re-pórter do Marão, Pedro Pinto, presi-dente da câmara de Paços de Ferrei-ra e cabeça de lista do PSD.

Este político foi o primeiro candi-dato a divulgar, em primeira-mão, as suas listas eleitorais através do Twit-ter.

Para além de conter ideias de projectos para o futuro ou factos

marcantes na vida das campanhas eleitorais, o Twitter também já ser-ve para mandar recados entre candi-datos, como foi o caso do M6N que aproveitou esta rede social para ata-car as políticas do PSD em Paços de Ferreira.

José Luís Gaspar, que concorre pelo PSD, em Amarante, também é um dos novos adeptos do Twitter, as-sim como Artur Melo e Castro, do PS de Marco de Canaveses, que até a data, protagoniza a única presença de candidatos à câmara do Marco, no universo das redes sociais.

“É uma nova ferramenta que nos permite uma boa interactividade com as pessoas. Está cada vez mais a ser utilizada. É um instrumento simples, muito prático, onde divulgo de forma curta e sucinta as minhas opiniões sobre temas concelhios, regionais ou mesmo nacionais. Até pode consti-tuir uma espécie de agenda acessível a todas as pessoas, o que permite que seja facilmente contactável. Dá algu-ma visibilidade e permite que o pro-jecto seja mais conhecido. Também estou presente noutra rede social, o Facebook”, explicou ao Repórter do Marão o candidato pelo PS à câmara do Marco de Canaveses.

Políticos autárquicos de Twitter em ristePedro Pinto, de Paços de Ferreira, e Celso Ferreira, de Paredes foram os dois presidentes que começaram a usar o Twitter.

Alexandre Panda | [email protected]

O que é o Twitter

Esta nova plataforma foi cria-da em 2006 e já tem mais de 6

milhões de usuários no mun-do. O Twitter pode ser entendi-

do como uma mistura de blog e celular. As mensagens são de 140 caracteres, tal como acon-tece com as mensagens de te-

lemóvel, mas circulam pela in-ternet, como os textos de blogs.

Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twit-ter vai para todos os “seguido-

res”, que são os utilizadores que acompanham o emissor. A gran-

de novidade do Twitter é o rit-mo, marcado pela troca de men-sagens quase instantânea. Com

a popularização do Twitter, os usuários procuram ir além das

simples mensagens e fazem ac-tualizações via telemóvel, tro-cando imagens de fundo e im-

portando notícias. No caso dos políticos, muitos são aqueles que

têm ligação directa para o site oficial de campanha. Também remetem para notícias que às

suas regiões dizem respeito. Os custos de comunicação através das redes sociais são bastante

baixos, dado que não é necessá-rio comprar nenhuma platafor-ma, ela é disponibilizada de for-ma gratuita. Esse é também um

factor apelativo da nova ferra-menta. Eleições autárquicas à

parte, um pouco por todo o país, câmaras municipais de várias di-mensões acrescentam o Twitter aos canais de comunicação que

têm disponíveis, para aumentar a sua interacção com munícipes

e cibernautas.

Page 5: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

0510 a 23 de Set‘09

Page 6: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão06 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I sociedade

A introdução deste texto não é publicitário, mas poderia muito bem ser de promoção a um novo produto bancário de incentivo ao consumo. Fazer compras a crédito é a proposta do Banco Espírito Santo. Já chegamos ao Brasil...!

Esta modalidade de compras a prestações com recurso a crédito bancário é muito usual no Bra-sil e já foi também testado por uma unidade ban-cária em Espanha.

Agora, tudo indicia que é chegada a vez dos portugueses mergulharem no crédito bancário que lhes permita comprar roupas, sapatos, reló-gios, produtos cosméticos e de beleza entre ou-tros, mesmo sem terem cartão de crédito. Tudo depende da adesão dos comerciantes ao projecto Rede + TPA BES e do dinheiro que o cliente pos-sa ter na conta bancária.

Na região do Tâmega e Sousa, há já um esta-belecimento aderente a este produto. Trata-se do pronto-a-vestir Casa Nova Peixoto, na cida-de de Penafiel. Embora segundo o seu proprietá-rio, “até hoje ninguém tenha recorrido ao crédi-

to”, quem o pretender poderá vestir-se da cabeça aos pés e pendurar a factura em suaves presta-ções. “Se o cliente for ao BES eles indicar-lhe-ão, concerteza, a maneira como terão de fazer. Quan-do pedi a instalação do Terminal de Pagamento Automático (TPA) ao BES, porque sou lá cliente, eles colocaram-me este dístico aqui na porta. Mas com franqueza não sei muito bem como isto fun-ciona”, admite, Eduardo Peixoto, dono da loja.

Na rede de balcões e informações do BES o conhecimento também não é muito mais esclare-cido. Às perguntas do Repórter do Marão acerca da Rede + BES, seguia-se a estranheza e depois as explicações a conta-gotas.

Fonte do BES/Lisboa explicou que o produto em causa irá ser lançado brevemente, admitindo que desconhecia a existência de dísticos nos esta-belecimentos comerciais. A mesma fonte acres-centou que o produto em causa enquadra-se nas Compras Especiais do BES, cuja publicitação é feita na página do banco na Internet. Uma vez chegados lá, constata-se que há um limite míni-

mo do valor da compra, 125 euros. O crédito con-cedido é para pagar entre 6 meses (mínimo) e 36 meses (máximo) em “prestações fixas de capital e juros com uma taxa de juro cerca de 50% mais baixa que a taxa aplicada aos cartões de crédi-to do mercado. Para efectuar a conversão de uma compra em Compra Especial, deverá fazê-lo até à data de fecho do extracto, através de um dos dois canais de comunicação com o banco: BESdirecto ou BESnet.

O comerciante aplaude a iniciativa e só lamen-ta que este tipo de crédito que até agora é exclu-sivo do BES não seja alargado a toda a banca. “Só assim poderia ser massificada a sua utiliza-ção possibilitando-nos o aumento das vendas por-que isto está muito mau. Há pessoas que no início de uma estação gostam de remodelar todo o seu guarda-roupa, mas não tem dinheiro para o fazer de uma vez só. Este crédito, seria uma boa forma de o permitir”, acrescenta Eduardo Peixoto em defesa do seu negócio.

Já chegamos ao BrasilPrecisa de fazer figura na festa das celebridades? O vestido de noite tem vergonha de sair do armário? O Tag Heuerque viu no pulso do Brad Pitt ficava-lhe a matar? Não temdinheiro? Paga depois, tal como no Brasil…

Cautelasa ter

Antes de embarcar ou rejeitar este tipo de ajuda

ao consumo, convém ler com atenção as letras miudinhas

do contrato, aqui amplia-das pelo Repórter do Marão

para sua comodidade:

1) T.A.N. - Taxa AnualNominal

2) Exemplo: Taxa Anu-

al de Encargos Efectiva Global (TAEG) de 20,79%, para uma

compra especial de 1.000,00 eu-ros, por um prazo de 6 meses à taxa de juro de 17,50%, calcula-da nos termos da legislação vi-

gente e aplicável.3) Exemplo: Taxa Anu-

al de Encargos Efectiva Global (TAEG) de 17,28%, para uma

compra especial de 1.000,00 eu-ros, por um prazo de 12 meses

à taxa de juro de 14,50%, calcu-lada nos termos da legislação

vigente e aplicável.4) Em determinados Termi-

nais de Pagamento Automático devidamente identificados, ten-

do como comprovativo o talão de pagamento, poderá selec-

cionar-se para alguns prazos, a taxa de juro 0 (zero).António Orlando | [email protected]

Prazos 4 T.A.N. 1 T.A.E.G

<= 6 meses 17,50 % 20,79% 2

>6 meses 14,50 % 17,28% 3

Page 7: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

0710 a 23 de Set‘09

Page 8: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão08 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I nacional

Empresas e autarquias estão a reagir sem alarmismo à hipótese de uma pandemia de Gripe A e a preparar os seus planos de contingência (que orientam a actuação a se-guir), apurou o RM junto de diversas fontes.

Na Associação Empresarial do Marco de Canaveses, que representa cerca de 800 em-presas dos sectores do comércio, serviços e indústria, o plano está em fase de conclusão devendo ficar pronto esta semana, disse ao Repórter do Marão (RM) Cláudio Ferreira secretário-geral da associação.

O plano de contingência está a ser elabo-rado em conjunto com os bombeiros do Mar-co de Canaveses, onde Cláudio Ferreira tam-bém exerce funções. “Os bombeiros têm o plano deles e estamos a unir esforços”.

No caso da Associação Empresarial de Paços de Ferreira, também já começaram a ser implementadas algumas medidas, disse ao RM uma fonte da associação.

Por outro lado, o plano de contingência da Câmara de Lousada está a ser feito com a Autoridade Local de Saúde. “Estamos a ar-ticular todo o processo da forma o mais efi-

caz possível”, disse ao RM Jorge Magalhães, presidente da câmara de Lousada. Segundo o autarca, até ao momento não se registou no concelho de Lousada “nenhum caso de Gri-pe A”.

Para Jorge Magalhães, a autarquia está a ter uma “atitude pró-activa”, colaborando na “prossecução dos objectivos do Ministério da Saúde” no sentido de acautelar e evitar ao máximo as situações de contágio”.

Tal como em Lousada, no concelho de Baião não foi detectado nenhum caso de Gri-pe A. O plano de contingência da Câmara de Baião está pronto e é com esse instrumento que a autarquia “pretende antecipar e gerir o impacto de uma situação de gripe pandémica (…) nos colaboradores e, consequentemente, nos serviços da Câmara Municipal de Baião”.

O Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) de Baião tem reunido com as enti-dades parceiras, já distribuiu material infor-mativo sobre a doença e está a dar apoio na elaboração dos Planos de Contingência das Instituições Particulares de Solidariedade Social e escolas do concelho.

Alarme de gripe é excessivomas entidades estão preparadasPaula Costa | [email protected]

O que é a Gripe A?

A Gripe A é uma gripe humana pro-vocada pelo novo vírus da Gripe A (H1N1). As pessoas infectadas com o vírus da Gripe A apresentam, em geral, sintomas muito semelhantes aos da gri-pe vulgar (sazonal): febre, tosse, nariz a pingar, dor de garganta, dores no cor-po, dor de cabeça, arrepios, fadiga, e, por vezes, vómitos e diarreia.

Medidas de protecção

• Lave as mãos com frequência• Quando tossir ou espirrar cubra a boca e o nariz• Coloque os lenços de papel usados no caixote do lixo• Se tiver sintomas de gripe e for a um serviço de saúde, peça uma máscara e coloque-a• Se tiver sintomas de gripe e tiver viajado para zonas afectadas ou tido contacto com alguém doente com Gripe A• Fique em casa e ligue: 808 24 24 24 (Saúde 24)

Fonte: DGS

Page 9: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

0910 a 23 de Set‘09

Page 10: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão10 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I amarante

O grupo Martifer está a rea-valiar a construção do Centro Co-mercial Amarante Plaza um inves-timento que estava previsto abrir ao público em 2010 devido à con-juntura económica desfavorável, disse ao RM uma fonte do grupo.

O projecto de arquitectura foi aprovado há cerca de um ano pela

câmara de Amarante, tendo sido concluídos também os projectos de especialidades, em Junho pas-sado.

A fonte do grupo adiantou ao RM que a Martifer aguarda “que a economia dê o salto para avan-çar com a construção do empreen-dimento”.

O projecto, segundo os estudos a que o RM teve acesso, represen-ta cerca de dois terços da área to-tal do anterior empreendimento, apresentado à autarquia em No-vembro de 2006.

O conjunto comercial, com área locável de quase seis mil me-tros quadrados, não terá salas de cinema como a anterior versão, mas prevê a construção de um posto de combustíveis com três “ilhas” de abastecimento (seis au-tomóveis em simultâneo).

Assinale-se que o grupo Marti-

fer tem apostado desde há algum tempo na produção de bio-com-bustíveis, estando a alargar a vá-rios pontos do país a rede de pos-tos de abastecimento com a marca “Prio”.

O Grupo Martifer é uma par-ticipada da Mota/Engil que já in-vestiu nos centros comerciais de Paços de Ferreira (Ferrara Plaza) e Porto (Gran Plaza).

O centro comercial, que inclui um supermercado com dois mil metros de área de venda, limite para que não esteja sujeito a au-torização de instalação do Minis-tério da Economia, será constru-ído na zona das Vendinhas, junto ao edifício dos antigos escritórios da ex-Tabopan, à face da EN 15, na saída de Amarante no sentido de Lixa e Felgueiras.

Crise obriga a reavaliaçãodo centro comercial

O centro contará com supermercado,

lojas e zona derestauração, para

além de 420 lugares de estacionamento.

Município deAmarante cedeEscola àCooperativaSonho de Vida

A Cooperativa Sonho de Vida recebe antiga escola EB1 do alto da Lixa cedida pela Câ-mara Municipal de Amarante, sobre proposta do Presidente Armindo Abreu.

A Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) se-deada no edifício da Banda de Música de Mancelos – Amaran-te, dispõe nessas instalações de um Centro de Dia com Apoio Domiciliário. Esta cooperativa tenciona construir um espaço onde possa albergar um gran-de centro de dia, lar, jardim-de-infância e creche. O avançar do projecto está pendente, apenas, devido à falta de apoios finan-ceiros e ao terreno se encontrar numa zona protegida.

Casa da Juventude recebe jovens devários países

20 Jovens europeus e asiáti-cos estão na Casa de Cultura e Juventude de Amarante no âm-bito de um campo de Trabalho Internacional intitulado “Ama-rante – Cidade de Civilizações”.

Esta iniciativa preten-de juntar culturas promoven-do, assim, a consciência social com base na sustentabilidade, tolerância e paz. A acção é or-ganizada pelo Aventura Ma-rão Clube (AMC) com o apoio do Instituto Português da Ju-ventude. Os participantes, com idades entre os 18 e os 30 anos, têm como propósito final criar um spot para promover a cida-de e a Casa da Juventude de Amarante.

A iniciativa organizada pelo AMC tem termo na noite de 16 de Setembro com a exibição do spot elaborado pelos jovens que integram este campo de Tra-balho.

Jorge Sousa | [email protected]

Page 11: Jornal Repórter do Marão

Cruz Vermelha já tem “casa”em Amarante

A Cruz Vermelha Portu-guesa tem sede em Amaran-

te. O edifício desta institui-ção teve um investimento de cerca de 600 mil euros, sen-

do que mais de 50% foi fi-nanciado pela autarquia de

Amarante. Armindo Abreu, presidente da Edilidade, acredita que este investi-

mento é necessário para o município. Por outro lado, a Câmara Municipal de Ama-rante contribui, também, na

requalificação dos espaços envolventes da sede da Cruz

Vermelha Portuguesa.Na cerimónia de inaugu-

ração Armindo Abreu lan-çou o desafio ao presidente

da Cruz Vermelha Portu-guesa, Luís Barbosa, pre-

sente no evento, para a cria-ção de novos pontos de

trabalho qualificado.A inauguração termi-

nou com a condecoração da autarquia de Amarante, re-

presentada por Armindo Abreu, com a medalha Cruz Vermelha de Benemerência.

“O miúdo” - Nova creche

em Amarante

Armindo Abreu, Presi-dente da Edilidade do muni-cípio de Amarante inaugura

a nova instituição de utili-dade pública nas Bouças do Pombal - creche “O Miúdo”.

A creche para além dos serviços de ensino também

garante 41 postos de tra-balho fundamentais para o

mercado social de emprego. Segundo Armindo Abreu “O

Miúdo” é já uma das mais prestigiadas instituições de

ensino marcada por uma gestão séria e rigorosa.

O investimento neste es-paço de ensino foi de 272 mil euros, tendo a Câmara Mu-

nicipal de Amarante com-participado com 40 mil eu-ros e o Estado, através do PARES, com 96 mil euros.

amarante repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

1110 a 23 de Set‘09

Os incêndios que já queimaram cerca de 1000 hectares de mato e flo-resta no concelho de Amarante já re-presentam, em relação ao ano passa-do uma multiplicação por 12.

Enquanto que em 2008 arderam apenas 80 hectares de pinhal e mato, este ano os números conheceram um crescimento exponencial: mais de 1000 hectares.

Só durante os grandes incêndios que deflagraram no mês Março no Marão arderam cerca de 400 hecta-res, o que só por si já tinha ultrapas-sado os números do ano passado.

Uma fonte ligada a administra-ção da floresta adiantou ao Repórter do Marão que foram destruídos cer-ca de 80 hectares de mato, sendo que o resto das árvores ardidas é com-posto por pinhal e floresta. Na zona da Aboboreira, os carvalhos é que foram vítima das chamas, enquanto que na zona de Mancelos o pinhal é que foi o mais afectado.

Mas em todas as zonas as cha-mas não deram tréguas aos homens que combatiam o fogo, que, em mui-tos casos terá mão criminosa. Todas as estruturas de combate às chamas, bombeiros, GIPS, protecção civil, sa-

padores florestais e meios aéreos desdobraram de esforço para defen-der a floresta de Amarante.

Segundo o Comandante dos bom-beiros de Amarante, a área ardi-da deste ano ultrapassa os cerca de 1300 hectares, muito por causa de dois grandes incêndios. “Tivemos mais incêndios este ano que nos úl-timos três. No ano passado não ti-vemos sequer um grande incêndio. Duas grandes ocorrências, de Car-valho de Rei e do Marão, são respon-sáveis por cerca de 1000 hectares de área ardida. Só essas deram muito trabalho aos bombeiros”, explicou ao Repórter do Marão, Fernando Ro-cha, comandante da corporação de Amarante.

Entre reacendimentos, novos pontos de incêndios e pequenos fo-cos, este ano os bombeiros de Ama-rante contabilizaram 140 ocorrên-cias. O mesmo responsável explicou ao RM que, este ano, a luta contra as chamas enfrentou uma nova difi-culdade: os reacendimentos. “Hou-ve a particularidade de haver imen-sos reacendimentos. Em Vila Caíz ou na Lomba tivemos reacendimen-tos diários o que nos leva a suspeitar

de fogo posto”, adiantou ao RM, Fer-nando Rocha.

Quanto aos meios disponíveis para combater as chamas o coman-dante da corporação de Amaran-te destaca os meios humanos. “Em termos de soldados da paz, todos os meios disponíveis foram accionados e devo dizer que os voluntários entre-garam-se de corpo e alma. Relativa-mente aos meios materiais, é verda-de que a dimensão dos incêndios que conhecemos obrigaram-nos a pedir apoio aos colegas de outras corpora-ções”, rematou Fernando Rocha.

Área ardida no concelhoaumentou 12 vezes

Alexandre Panda | [email protected]

Page 12: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão12 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I baião

A região do Douro necessi-ta de 1.500 a 2.000 camas qualifi-cadas – de hotéis de quatro e cin-co estrelas – para ter capacidade de atracção turística no mercado internacional, considerou ao Re-pórter do Marão Joaquim Ribei-ro, administrador da empresa que projecta construir, em 2012, uma nova unidade hoteleira de cinco estrelas, em Ribadouro, Baião.

O Grand Douro Hotel Mari-na e SPA, que arrancará em 2010, será o primeiro hotel com aque-la classificação no Douro médio e o terceiro em todo o território du-riense, a seguir ao Aquapura (La-mego) e ao Douro 41, do grupo Quintas das Lágrimas, que deve-rá abrir ainda este ano em Raiva, Castelo de Paiva, na margem es-querda do Douro.

O também administrador do Douro Palace, em Baião, que fala-va ao RM à margem da apresen-tação pública do projecto, promo-vido pela empresa JASE e pela Câmara Municipal de Baião, con-sidera “que o Douro não tem ofer-ta suficiente” e que sem a constru-

ção dos novos hotéis anunciados “terá muita dificuldade em se afir-mar como destino turístico”.

“Planeámos abrir já no ciclo positivo da economia”, disse o em-presário, que pretende ter o ho-tel aberto a tempo da época alta de 2012.

Para Joaquim Ribeiro, o im-portante é os empresários racio-nalizarem os custos da constru-ção dos empreendimentos – que demoram 15 anos a amortizar – e terem em atenção “a optimização dos custos das estruturas durante o seu funcionamento”.

É esse aproveitamento que o empresário pretende conseguir quando tiver em funcionamento as duas unidades hoteleiras constru-ídas no concelho de Baião, separa-das por pouco mais de uma dezena de quilómetros.

Joaquim Ribeiro considera os resultados de exploração do Dou-ro Palace “muito positivos”, tendo atingido a média de 55 por cento de ocupação anual e atingindo pi-cos de 97 por cento na época alta e em ocasiões festivas.

O projecto apresentado – ain-da na fase de estudo prévio – é da autoria do arquitecto Rui Castro, que pretende “encrustar” na en-costa da margem direita do Dou-ro os quartos e as áreas públicas do hotel [ver fotos].

Orçado em 12 milhões de eu-ros, o empreendimento terá 70 quartos, marina e SPA e deverá abrir “no início de 2012” na fre-guesia de Pala, Ribadouro, em Baião.

Será o segundo hotel promovi-do pela Jase - Empreendimentos Turísticos, criada há cinco anos em Gaia e que, em Julho de 2008, inaugurou em Santa Cruz do Dou-ro, Baião, o quatro estrelas Dou-ro Palace.

Além do investimento priva-do, que deverá gerar 60 postos de trabalho directos – maioritaria-mente de pessoal da região envol-vente – quer a Câmara de Baião quer o IPTM (Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos) pro-metem investir em conjunto mais cerca de 1,3 milhões de euros.

Albufeira da Pala terá hotel de cinco estrelas em 2012

Jorge Sousa | [email protected]

Duas vítimas docomboio continuam

hospitalizadas

Os dois feridos graves do acidente que vitimou mortalmente cinco pes-

soas, numa passagem de nível sem guarda em Santa Leocádia, Baião,

continuam internados no hospital de S. João do Porto. Enquanto Mar-

co Lucas, de 16 anos, continua com prognóstico reservado, Pedro já

está em recuperação, embora per-maneça internado. O acidente acon-teceu quando uma viatura, onde se-

guiam sete pessoas com destino a um autocarro que ia para Fátima,

atravessou a linha do Douro, no pas-sado dia 1 de Setembro. No car-

ro estava o presidente da junta lo-cal, Manuel Guedes, que preparava uma viagem a Fátima. Além do au-tarca, faleceram Sérgio Pereira, de 55 anos, Filomena Carvalho Perei-

ra, de 63 anos, Manuel Lucas, de 67 anos. Maria José de 63 anos, mulher de Manuel Lucas acabou por falecer

no hospital de Penafiel.

Page 13: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

1310 a 23 de Set‘09

Page 14: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão14 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I castelo de paiva

A inauguração do piso sintético e das obras de valorização do Campo Municipal da Boavista, em Castelo de Paiva, decorreu na tarde do passado do-mingo, em ambiente de festa e com as presenças do Secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, do Leixões Sport Clube e do FC Porto.

Realçando o maior investimento de sempre nes-tas instalações desportivas municipais, entregues à gestão do Sporting Clube Paivense (que este ano assinala o 66.º aniversário), o presidente da Câma-ra manifestou o desejo de que “a colectividade pos-sa preservar e dignificar o espaço, que em muito vai ajudar na formação desportiva de centenas de jovens paivenses”. A empreitada de valorização do Campo Municipal da Boavista, orientada para a co-locação de piso sintético, ultrapassou os 410 mil eu-ros, sendo mais de 230 mil euros pagos pela Câma-ra de Castelo de Paiva.

O presidente do SC Paivense, Maurício Corvo, destacou a parceria com a Câmara e a conjugação de “esforços, no sentido de, com o Estado Portu-

guês, conseguir tornar realidade um sonho que há muito se perseguia”.

De acordo com uma nota de imprensa da Câma-ra de Castelo de Paiva, o Secretário de Estado do Desporto recordou que o concelho paivense era na região do interior um dos que não tinha um campo relvado e por isso merecia que esta estrutura fos-se realizada, sendo uma obrigação do Estado para com as populações,proporcionar as melhores con-dições para a prática desportiva.

Laurentino Dias frisou que o clube paivense fica agora com condições dignas, mas há que avan-çar para a construção de mais balneários, para ga-rantir a operacionalidade do recinto desportivo, prometendo que o Estado, através do Instituto do Desporto, vai continuar a ser parceiro dos clubes e das autarquias.

Estádio dotadode piso sintéticoF.C.Porto e Leixões inauguraram melhoramentosno Campo Municipal da Boavista.

Couto Mineiro vai ter piscina

A Câmara de Caste-lo de Paiva vai construir uma piscina na zona do

Couto Mineiro, na fregue-sia de Pedorido. O presi-dente da Câmara, Paulo

Teixeira, anunciou domin-go que já foi adquirido um

terreno e aberto concur-so para a elaboração do

projecto de construção da nova piscina municipal es-

tando para breve a apre-sentação de uma candida-tura ao QREN – Quadro

de Referência Estratégico Nacional. O concelho de

Castelo de Paiva tem em funcionamento uma pisci-na coberta de aprendiza-gem, em Sobrado, e uma descoberta na zona ribei-rinha do Castelo, na fre-

guesia de Fornos.

Concessão do IC 35 lançada até Junho de 2010

O concurso da Conces-são Vouga que abrange

a construção do Itinerá-rio Complementar (IC) 35

que fará a ligação entre Castelo de Paiva e o nó

da A4, em Penafiel vai ser lançado lançar até ao fi-

nal do primeiro semestre de 2010. Recorde-se que a construção do IC 35 tinha sido anunciada pelo minis-

tro da Economia no final de Agosto durante uma

visita a Castelo de Paiva. Posteriormente, o Minis-tério das Obras Públicas

Transportes e Comuni-cações rectificou a infor-

mação anunciando que a Concessão será lança-

da pela Estradas de Por-tugal até Junho do próxi-

mo ano.A Concessão Vouga é

um dos “quatro novos em-preendimentos rodoviá-

rios prioritários” identifi-cados num Despacho do

Governo de 28 de Agosto último. A Concessão será

lançada em regime de parceria público-privada.

Paula Costa | [email protected]

Page 15: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

1510 a 23 de Set‘09

Page 16: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão16 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I felgueiras

José Lopes, dos Bombeiros de Viana do Castelo, foi o vencedor do II Grande Prémio Inter-Bombeiros, organizado pelos Bombeiros Voluntários da Lixa.O bombeiro Joaquim Rocha, da corpora-ção de Baltar, Paredes, foi o segundo a

terminar os cerca de nove quilómetros da prova e o primeiro no escalão de ve-teranos. Ana Dias, dos Bombeiros de Vieira do Minho, foi a melhor entre as mulheres.

A prova, realizada no âmbito das co-memorações dos 120 anos da corpo-ração lixense, com o apoio da Câma-ra de Felgueiras, contou com a par-ticipação de apro-ximadamente 200 bombeiros de di-versas corporações do país. Associada a esta competição decorreu uma mi-ni-caminhada pelas principais ruas da Lixa em que parti-ciparam de mais de 250 pessoas.

Atletismo juntoubombeiros na Lixa

Recordaro passadoRanchos folclóricosanimam “Feira dasTradições”

Paula Costa

Mais de duas dezenas de ranchos e grupos folclóricos vão animar a “Feira das Tradições” que decorre no próximo domingo, dia 13, na ala-meda de Santa Quitéria, em Felgueiras. No total participam 24 grupos dos concelhos de Felguei-ras, Amarante, Lousada, Baião, Penafiel, Pare-des, Paços de Ferreira, Guimarães, Esposende e Barcelos.

O 6.º encontro de tocadores de concertina, cantares ao desafio, o jogo do pau de Fafe e ou-tros jogos tradicionais, fazem parte do programa da Feira que se realiza pelo 12.º ano consecutivo e é promovida pela Câmara de Felgueiras em co-laboração com o Rancho Folclórico de Varziela.

Durante a “Feira das Tradições”, que vai es-tar aberta ao público entre as 9h00 e as 19h00, cada rancho folclórico vai ter uma banca de ven-da dos seus produtos onde os visitantes vão po-der comprar vinho verde, doçaria e artesanato. Vestidos com os seus trajes regionais, os partici-pantes vão procurar recriar o ambiente das fei-ras tradicionais.

O hospital Agostinho Ribeiro em Felgueiras vai organizar uma campanha de recolha de medula óssea, durante o próximo dia 12 de Setembro. Portugal está na segunda posição no regis-to europeu de dadores de medula óssea, com 163 mil dadores re-gistados em Maio. Em menos de dois anos inscreveram-se 90 mil pessoas, o que permitiu que Portugal deixasse o último lugar que ocupava em 2002 com apenas 1300 dadores. Duarte Lima, políti-co do PSD que sofreu de leucemia, considera que se trata de uma evolução extraordinária. Com o lema “não fique de fora seja doa-dor” o hospital da Misericórdia Agostinho Ribeiro irá acolher os doadores todo o dia.

A medula óssea está no topo das necessidades sentidas pe-los serviços clínicos nacionais e internacionais, visto que encon-trar um dador compatível é uma tarefa difícil, devido às diferen-ças genéticas a nível individual. Apenas 25 por cento dos doentes tem um dador de família compatível, facto que a organização da campanha aponta como factor principal na procura de voluntá-rios para além do foro familiar.

Os potenciais dadores terão que ter entre os 18 e os 45 anos de idade, serem saudáveis, com um peso mínimo de 50kg e nun-ca terem feito uma transfusão de sangue. Após o processo de questionário e testes clínicos, os nomes dos futuros dadores se-rão guardados numa base de dados nacional e internacional.

Campanha medulaóssea no hospital

Page 17: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

1710 a 23 de Set‘09

Page 18: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão18 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I lousada

No Vale do Sousa, a venda de pro-dutos hortofrutícolas sem interme-diários é feita no âmbito do Projecto Prove – Promover e Vender, que é fi-nanciado pelo programa comunitário Equal e tem entre as entidades par-ceiras o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Na região é a Ader-Sousa – Associação de Desen-volvimento Rural das Terras do Sou-sa, a entidade que está a dinamizar o projecto e a fazer o acompanhamen-to no terreno.

Inovador, porque permite a ven-da directa de frutas e legumes fres-cos provenientes de explorações agrícolas locais, o Projecto Prove co-meçou por ser implementado há um ano no concelho de Lousada com um grupo de cinco produtores que a ní-vel concelhio se agrupam em núcleos. O núcleo de Lousada tem actualmen-te 25 consumidores. A entrega dos cabazes faz-se semanalmente, à sex-ta-feira, entre as 17h30 e as 19h30, na Adega Cooperativa de Lousada. No dia e hora definido, o consumidor levanta o cabaz com a lista de pro-dutos hortofrutícolas que pode esco-lher previamente no sítio da internet www.prove.com.pt. É possível com-prar dois tipos de cabazes: um maior, que pesa entre 7 a 9 quilos e custa 9, 50 euros ou um mais pequeno que custa 6 euros e tem um peso entre 6 e sete quilos.

Em Penafiel, o núcleo local ini-ciou a actividade em Novembro do ano passado com cinco produtores e cerca de 25 clientes que levantam os cabazes na Cooperativa Agrícola de Penafiel, à sexta-feira, das 17h30 às 19h30.

Paços de Ferreira também ade-riu em Novembro de 2008 , com dois produtores. Actualmente, por sema-na ou quinzenalmente, são feitas cer-ca de 18 entregas numa exploração agrícola, em Frazão.

Em Paredes, os primeiros dez cabazes foram vendidos no passado mês de Julho, na Cooperativa Agrí-cola de Paredes. A criação do núcleo (que conta com sete produtores), foi apoiada pela Associação das Mulhe-res Agricultoras e Rurais Portugue-sas. Cada núcleo de produtores or-ganiza-se para preparar os cabazes e o dinheiro das vendas é depois dis-tribuído entre todos.

Cláudia Costa, a técnica da Ader-Sousa que acompanha o Projecto Prove realça a inovação que permi-te aos produtores agrícolas escoar o que produzem e não abandonarem a actividade. Por outro lado, “ Tem um sistema de comercialização inovador, promove o intercâmbio de conheci-mentos e a criação de novos hábitos”, salientou Cláudia Costa ao Repórter do Marão. As frutas e legumes que compõem os cabazes são produzidos

seguindo as boas práticas agrícolas. “São produzidos cá e têm realmente qualidade”, referiu. Dos 22 produto-res que integram os 5 núcleos conce-lhios, 3 estão integrados no Modo de Produção Biológico.

Alguns agricultores “vêem aqui uma possibilidade, um apoio”, disse a técnica da Ader-Sousa. Mas o traba-lho de sensibilização dos produtores “não é fácil” porque colide muitas ve-zes com atitudes individualistas.

Os consumidores “da classe mé-dia-alta” que compram os cabazes têm-se mostrado “satisfeitos” com o processo e com a relação qualidade-preço dos produtos.

O próximo núcleo do Projecto Prove vai iniciar actividade em Fel-gueiras ainda este mês. As entregas vão ser feitas na Junta de Freguesia de Idães.

Agricultores vendemdirectamente ao consumidor

Refeitóriosescolares têmnova ementa

Com a colaboração da nutri-cionista do centro de saúde de Lousada, a câmara remodelou a ementa dos refeitórios dos jar-dins-de-infância e escolas do 1.º Ciclo. Cada refeição é compos-ta por sopa de legumes, prato de carne, onde se inclui o fran-go estufado, carne de porco as-sada, coelho estufado ou rojões; e peixe: raia estufada, sardi-nha, salmão grelhado e pesca-da estufada. As cozinheiras e as auxiliares dos refeitórios fre-quentaram formação especí-fica sobre a melhor forma de conservar e cozinhar as refei-ções e ainda sobre higiene e se-gurança. No último ano lectivo mais de 3.100 crianças frequen-tavam os refeitórios escolares. Cada semana do mês possui um menu diferente que exclui os fritos. As refeições passam a in-cluir, em dias alternados, pei-xe e carne.

Enriquecimentocurricular

No concelho de Lousada as Actividades de Enriquecimento Curricular vão permitir o fun-cionamento das escolas do 1º Ciclo entre as 9h00 e as 17h30. Os alunos mais novos (do 1.º e 2.º anos) vão ter actividade fí-sica e desportiva; os do 3.º e 4.º ano, natação, inglês, músi-ca e outras actividades, que en-globam os vários tipos de ex-pressão e ainda as Tecnologias da Informação e Comunicação, para todo o 1.º Ciclo.

Os jardins-de-infância vão ter Actividades de Enriqueci-mento de Prolongamento de Horário relacionadas com mú-sica, a cargo de docentes do Conservatório do Vale do Sou-sa, fruto de um protocolo entre a câmara municipal e a Associa-ção de Cultura Musical de Lou-sada. O projecto “Música em movimento” é outra das verten-tes destinada aos mais peque-nos e é leccionada por educado-ras contratadas pela autarquia. O prolongamento de horá-rio para os jardins-de-infância deve ser solicitado pelos encar-regados de educação nos ser-viços da câmara. O pagamen-to é efectuado de acordo com os rendimentos do agregado fa-miliar.

Cerca de 20produtoresagrícolas dosconcelhos deLousada, Penafiel, Paços de Ferreira, Paredes e Felgueiras já aderiram aoProjecto Prove

Paula Costa | [email protected]

Page 19: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

1910 a 23 de Set‘09

Page 20: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão20 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I marco de canaveses

A Igreja de Santa Maria, no Marco de Canaveses, está à pro-cura de um mecenas que finan-cie os cerca de 100 mil euros que custam as obras de manutenção da Igreja e Centro Paroquial, complexo arquitectónico da au-toria de Álvaro Siza Vieira, dis-se ao Repórter do Marão o pa-dre Fernando Silva, responsável pela Igreja de Santa Maria.

Segundo o pároco, o recurso ao mecenato “é a única forma” de conseguir fazer as obras. A paróquia de Fornos, onde se lo-caliza o complexo paroquial, ain-da está a pagar à banca o em-préstimo de cerca de um milhão de euros pedido para a constru-ção do Centro Paroquial. A Igre-ja (que custou um milhão de eu-ros) já foi integralmente paga.

O gabinete do arquitec-to Siza Vieira disponibilizou-se

para oferecer o projecto de in-tervenção e já foram feitos con-tactos com a Câmara do Marco de Canaveses e com o bispo do Porto, D. Manuel Clemente.

O pároco diz que é preciso “intervir a vários níveis, manu-tenção que requer qualquer edi-fício” rejeitando a ideia de que o imóvel esteja ao abandono.

“Não é verdade! Tenho a cer-teza que não está abandonado”, reagiu. “Agora não podemos é andar com uma gamela a repa-rar cada fissura que aparece… o que é preciso fazer é uma inter-venção global que tem que ser bem equacionada”, considerou.

Há fissuras nas paredes, fer-rugem na porta principal (que ainda não tem o revestimento definitivo), e o soalho tem pro-blemas desde que a Igreja de Santa Maria foi inaugurada, em

1996. Nalgumas paredes das traseiras há vários graffitis.

Fernando Silva diz que já por cinco vezes mandou limpar e pintar as paredes e que se trata de “um problema de segurança da cidade”.

Igreja de Santa Mariaprocura mecenasObras de manutenção custam 100 mil euros

Paula Costa | [email protected]

Em vias declassificaçãodesde 2004

Desenhada no início da década de 90 pelo mais destacado arquitec-

to português e visitada por muitos estrangeiros (sobretudo japoneses),

a Igreja de Santa Maria do Marco de Canaveses está em vias de clas-sificação, mas o processo arrasta-

se há cinco anos e meio. O Despacho de Abertura, que coloca o imóvel em

vias de classificação e o protege, é de 05/02/2004. Neste momento estão a ser estudadas a proposta de classi-ficação e a proposta de ZEP – Zona Especial de Protecção, soube o RM.

A Direcção Regional de Cultura do Norte considera que se trata de

um “processo complexo” com “mui-tos passos administrativos”. No fi-

nal, a Igreja de Santa Maria deverá ser considerada Imóvel de Interesse

Público ou de Interesse Nacional.Para o padre Fernando Silva o

processo não tem tido desenvolvi-mentos por questões relacionadas

com os serviços: “A candidatura está lá… houve mudança de legislação, mudança dos serviços [do IPPAR

para o IGESPAR], mudançade Governo”.

O gabinete doarquitecto Siza

Vieira disponibili-zou-se para oferecer

o projecto de inter-venção e já foram

feitos contactos com a CM do Marco de Canaveses e com o

bispo do Porto.

Page 21: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

2110 a 23 de Set‘09

Page 22: Jornal Repórter do Marão

Quatro anos depois, a junta de Fre-guesia de Santo Isidoro, Marco de Ca-naveses, continua sem executivo. Os desentendimentos entre as diferentes correntes politicas que elegeram mem-bros nas eleições autárquicas de 2005 revelaram-se insanáveis. Resultado: o executivo da junta não passa de ficção. É como o pai natal, todos falam nele mas o dito, não existe!

O executivo que existe é uma espé-cie de “best-off ” da direita que gover-nou aquela freguesia nos últimos oito anos. Na solução de remedeio, o presi-dente reeleito, Alcino Vieira, mantém-se no cargo, coadjuvado pelos vogais dos mandatos anteriores. Foi esta a so-lução que, informalmente, a Governa-dora Civil, Isabel Oneto, terá aconse-lhado o presidente de freguesia Alcino Vieira, a seguir.

Juridicamente não existirá suporte legal para tal solução. Não há certezas. O certo é que foi adoptada.

As duas forças politicas da Oposi-ção CDU e PS que coligadas (no caso entendimento informal) têm a maioria no órgão. Dizem-se impedidas de par-ticipar activamente na governação da freguesia. Alegam que o resultado elei-toral lhes conferiu tal direito.

Há vários culpados para que o tal braço-de-ferro perdurasse por longos quatro anos, a totalidade do manda-to autárquico. Desde logo pelo legisla-dor, leia-se Assembleia da República, cujos Deputados foram incapazes de descerem à realidade e perceberem o imbróglio jurídico por eles criado

com a alteração legislativa da lei elei-toral autárquica. Como nada foi feito, “o caso Santo Isidoro” pode repetir-se numa freguesia por esse país fora. Aliás, a freguesia de Meda, em Gondo-mar foi noticia por idêntica situação à de Santo Isidoro. Porém, em Gondo-mar, as intransigências duraram “ape-nas” dois anos. A meio do mandato, a lista mais votada demitiu-se e deu lu-gar a eleições. O eleitorado retribui-lhe com maioria absoluta! Problema Resol-vido (ver caixa)

Em Santo Isidoro não. As forças políticas foram incapazes de produzi-rem uma solução. Nem se entenderam para formar governo, nem se demiti-ram em número suficiente para que o Governo Civil convocasse eleições.

O Governo Civil que chegou a reu-nir com as partes em confronto mos-trou-se, também, incapaz de convencer os parlamentares, se é que o tentou, para que dessem uma solução jurídica ao caso. “Sem Orçamento legalmente aprovado, o Tribunal de Contas apro-vou a contabilidade da freguesia”, ga-rante, Alcino Vieira. Além de não ter as contas de acordo com as regras do po-der autárquico, a Junta de Santo Isido-ro devido a este caso, não pôde receber transferências de poderes e meios da Câmara. Por exemplo nas escolas. Se nas restantes freguesias a gestão é fei-ta pela Junta, aqui em Santo Isidoro é a Câmara que gere a situação. A Junta limita-se a pouco mais que a cobrar as tarifas de água e à passagem de ates-tados…

“Para quê irvotar?”

Na freguesia de San-to Isidoro há quem ques-

tione a razão da ida às ur-nas. “Se se votou e não

há Junta de Freguesia e a vida continuou, para quê

ir votar?” A frontalida-de dos populares, ouvidos pelo Repórter do Marão,

choca com a recusa de cada um em dar um ros-to à opinião. A pequenez da freguesia, onde todos

se conhecem, pode ajudar a explicar. De tão peque-

na que é a freguesia de Santo Isidoro, é já grande

a certeza que o próximo presidente daquela junta

narcuense será…Baldaia! Resta saber o nome pró-

prio: se Jorge (CDU), an-tigo presidente; se Agosti-

nho, apoiado tacitamente pelo PSD e pela candida-

tura Um Marco de Verda-de de Norberto Soares;

se Joaquim (PS) irmão do Jorge. Todos Baldaia!

Empate deixa Junta de Medas

sem Executivo

Em Medas, no conce-lho de Gondomar, regis-tou-se um problema em tudo idêntico ao de San-

to Isidoro. Lá, em Medas, nas últimas eleições autár-quicas a coligação PSD/PP, encabeçada pelo presiden-

te da autarquia, António Santos Carvalho, venceu o PS com uma vantagem de 113 votos, mas regis-

tou-se um empate no nú-mero de mandatos atribu-ídos a cada uma daquelas

forças partidárias (quatro) na Assembleia de Fregue-sia, sendo que a CDU pas-

sou a ter um. Em maioria, a Oposi-

ção acabou por rejeitar os dois vogais para a Junta

propostos pelo cabeça de lista mais votado. O imbró-glio acabaria por ser resol-vido dois anos depois com

a demissão em bloco da co-ligação de direita. O elei-

torado chamado novamen-te às urnas, terá apreciado

a decisão de força ao pre-miar os demissionários

com uma maioria nas elei-ções intercalares.

Uma Juntaque não chegou a serAutarcas de Santo Isidoro não reuniram durante quatro anos

António Orlando | [email protected]

repórterdomarão22 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I marco de canaveses

Page 23: Jornal Repórter do Marão

O novo ano escolar, se não surgirem impe-ditivos de última hora, na maioria das escolas, arranca nesta segunda-feira, dia 14. O regresso às aulas acontece num dos momentos mais agi-tados de que há memória: a paz entre profes-sores e Ministério de Educação está longe de ser conseguida, é véspera de eleições legislati-vas e de autárquicas, a figura do Director Es-colar é reintroduzida na gestão escolar por for-ça da legislação aplicada pelo Governo de José Sócrates e, se tudo isto não bastasse, paira so-bre a sala de aulas a ameaça de uma pandemia de gripe A (H1N1).

Na região do Tâmega e Sousa, a falta de alunos não é problema. Antes pelo contrário. Salvo em zonas isoladas e, diga-se, apenas no ensino básico do 1º ciclo básico, é que há redu-ção do número alunos, no resto o problema é de sobrelotação. Marco de Canaveses é dos conce-lhos mais problemáticos nesta área. A EB 2,3 e Secundária (ambas na cidade) continuam a ter alunos em excesso.

Para que se perceba melhor, por exemplo, a lotação da EB2,3, é de 600 alunos, e tem para este ano matriculados 1045 alunos. Há vários anos que o problema existe mas nem por isso as autoridades se apressam a resolvê-lo. Tanto

mais que o insucesso e o abandono escolar atin-gem taxas preocupantes.

A ansiada nova Escola Básica Integrada (EBI) que deveria descongestionar a EB 2,3 do Marco, continua votada às calendas gregas. Os anúncios do primeiro-ministro de remode-lação do parque escolar do ensino secundário, como forma de reactivar a economia, não con-templam novas escolas.

Fonte escolar adiantou ao Repórter do Ma-rão que as aulas neste estabelecimento de en-sino só vão arrancar no dia 28. A explicação é simples: a direcção escolar não consegue arru-mar a totalidade dos alunos no espaço existen-te. Em face das actuais instalações, segundo o RM conseguiu apurar, uma turma não tinha sala de aulas disponível.

Perante o alerta vermelho, responsáveis da DREN estiveram esta semana no Marco, ten-do na ocasião dado autorização a um empreitei-ro para que proceda à readaptação dos espaços existentes de forma a que se crie mais três sa-las de aula normais. “É um problema antigo, que só com esta direcção é que conseguimos re-solver”, disse ao Repórter, o Director da Esco-la, Alberto Tavares.

No caso particular desta EB 2,3 Marco, a

anunciada pandemia de gripe A, em face da exiguidade de espaços, pode criar problemas acrescidos. É voz corrente que as crianças não têm espaço sequer para brincar.

Descobrir uma sala que isole potenciais ca-sos que possam existir, não é tarefa fácil, como admite o responsável, garantindo no entanto que “estão a ser preparadas as medidas acon-selhadas pela Direcção-Geral de Saúde”.

Esta é pois, a primeira prova de fogo do Di-rector de Escola da EB 2,3 Marco. Alberto Ta-vares Morais Soares foi eleito para o novo car-go após uma acesa disputa eleitoral entre este docente e outros dois concorrentes. A eleição chegou a estar empatada.

Sobrelotação das escolas do Marco marca arranque do ano lectivo

António Orlando | [email protected]

A ansiada nova EscolaBásica Integrada (EBI)

que deveria descongestionar a EB 2,3 do Marco, continua

votada às calendas gregas.

marco de canaveses repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

2310 a 23 de Set‘09

Page 24: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão24 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I paredes

Os pedidos de ajuda estão a au-mentar na Obra de Caridade ao Do-ente e ao Paralítico de Paredes que conta com uma história de 30 anos na ajuda aos carenciados.

São reformados pobres, jovens em dificuldades, mas também pesso-as da classe média, que procuram o calor humano de um convívio desti-nado a quem se sente só.

De quinze em quinze dias, à quin-ta-feira, os voluntários da Sopa Soli-dária abrem as portas da associação. Aos poucos, chegam os idosos ou a pé ou nas carrinhas que servem para ir buscar aqueles que têm dificuldade em deslocar-se.

Nas mesas, há tabuleiros com um prato de sopa, outro com comida, fruta e uma bebida. Ao sentar-se, os idosos não olham directamente para o prato mas sim para os vizinhos do lado, de quem esperam um bom com-panheiro de convívio.

Feliciano Garcês é o padre que há cerca de três anos criou a Sopa

Solidária na Obra de Caridade ao Doente e ao Paralítico (OCDP). O responsável diz que o principal ob-jectivo desta sopa solidária é propor-cionar às pessoas carenciadas e ido-sas o acesso a convívio e a uma sopa quente.

“A ideia não é apenas matar a fome às pessoas. É verdade que há carência alimentar mas aqui procu-ramos ir ao encontro de dois males: de quem está sozinho e não tem de comer e de quem está sozinho, mas tem muito. Juntam-se uns e outros e assim deixam de estar sozinhos e to-dos têm de comer”, explicou o sacer-dote, em entrevista ao RM.

Pobreza envergonhada

A OCDP é uma associação fun-dada em 1973, possui 3500 associa-dos, a quem disponibiliza serviços de assistência. Anualmente realiza uma peregrinação a pé a Fátima, que con-ta com a adesão de centenas de pes-

soas.A Sopa Solidária foi criada em

2007 e o número de pessoas a procu-rar a associação para comer tem vin-do a aumentar.

“Esta é daquelas iniciativas que era bom que não tivesse suces-so, mas a verdade é que tem vindo a aumentar. Há dois anos eram cer-ca de 50 pessoas, mas actualmente são cerca de 100. Houve uma fase em que eram só idosos, mas actualmen-te aparecem cada vez mais casais jo-vens. Alguns vêm no final buscar um saquinho com óleo, farinha ou leite. Eles aparecem no final para não se-rem vistos, porque há cada vez mais pobreza envergonhada”, acrescen-tou o padre Feliciano Garcês.

Desde o início do ano, com o au-mento do desemprego em Espanha, muitos trabalhadores voltaram para Portugal sem trabalho e sem possi-bilidade de sustentar as famílias. Os pedidos de dinheiro para medica-mentos também têm aumentado.

Aumenta a procurana Sopa SolidáriaEm Paredes uma associação está a lutar contra a fome, solidão e a probreza

Monumento aos mortos da Guerra

Colonial

A Câmara de Paredes vai inaugurar um monumento de homenagem aos militares do

concelho que faleceram na Guerra Colonial.

A iniciativa está marcada para domingo, dia 13, e integra

as comemorações do 7.º Aniver-sário da Delegação do Vale do

Sousa da Associação Portugue-sa dos Veteranos de Guerra.

A recepção dos convidados começa às 10h00, no Salão No-bre dos Paços do Concelho. De-

pois vai ser feita a entrega de placas honrosas, com o regis-

to dos militares falecidos no Ul-tramar, aos presidentes de Jun-ta de Freguesia. O monumento

é inaugurado no final.

Paredes:seminário sobre

“Stress de Guerra”

No próximo sábado, dia 12, vai ter lugar no Auditório da Casa da Cultura de Paredes

um seminário sobre “Stress de Guerra”, organizado pela Dele-

gação do Vale do Sousa da As-sociação Portuguesa dos Vete-ranos de Guerra em parceria

com o Pelouro da Protecção Ci-vil da Câmara de Paredes. Às 15h00 vai ser inaugura-

da uma exposição de fotogra-fia sobre a Guerra Colonial. Na

sessão de abertura (às 16h00) vão participar o presidente da

Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, a vereadora do Pelouro de Protecção Civil, Ra-

quel Moreira da Silva e o pre-sidente da Delegação do Vale

do Sousa da Associação Portu-guesa dos Veteranos de Guerra,

António Oliveira.O “Stress Pós-traumático e

Rede Nacional de Apoio”, e “A Guerra do Ultramar” são te-mas a que vão ser abordados

pelo presidente da Associação Portuguesa dos Veteranos de

Guerra, Augusto Freitas, e pelo historiador, José Luís Moreira,

respectivamente.

Alexandre Panda | [email protected]

Page 25: Jornal Repórter do Marão

paços de ferreira repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

2510 a 23 de Set‘09

Os espaços públicos, como os es-tádios de futebol, podem, desde o início do mês, dispor de desfibrilha-dores para utilização por pessoal não-médico, uma medida que foi an-tecipada em vários anos pelo Futebol Clube de Paços de Ferreira.

Esta medida não é mais do que a aplicação prática de decreto-lei que estabelece a utilização do DAE (des-fibrilhador automático externo) por pessoal não médico devidamente for-mado, publicado em Diário da Repú-blica a 12 de Agosto.

O equipamento foi adquirido pelo clube pacense em Setembro de 2004, uns meses após a morte súbita do “benfiquista” Miklos Féher no rel-vado do Vitória de Guimarães (24 de Janeiro), e resultou da necessidade de tentar responder a acontecimen-tos que, sendo raros, têm bastante impacto mediático.

“Vemos as coisas acontecerem neste tipo de profissão de risco, sus-

ceptível a choques e traumatismos, noutros clubes e países e entende-mos ser necessário reforçar os meios de prevenção”, explicou o director clínico do Paços de Ferreira.

Segundo Manuel José, o DAE veio “aumentar em muito” a capa-cidade de resposta do clube, que já dispunha de uma caixa de primeiros socorros com antropina e adrenalina para situações de paragem respira-tória ou cardio-respiratória.

Por estrear

O equipamento, de origem ho-landesa e com um custo a rondar os 2 500 euros, está instalado no posto médico e já por duas ocasiões este-ve para ser utilizado: uma envolveu um espectador que já chegou cadá-ver e noutra valeram as “massagens de ressuscitação” do clínico a uma criança que se encontrava em para-gem respiratória.

“Não posso estar mais de acor-

do com as novas regras para o manu-seamento do DAE, agora alargado a pessoal não-médico desde que rece-bam formação, pois, sendo utilizado como deve ser, pode salvar muitas vi-das”, sublinhou Manuel José.

Uns Paços à frentena prevenção

Carlos Alexandre Teixeira | [email protected]

Espaços públicos, como os estádios ou centroscomerciais, já podem ter desfibrilhadores

Os aparelhos são muito simples de

utilizar. O essencial é ligá-los e colocar os eléctrodos. “O resto é com a máquina, que é

quem dá as instruções e aplica, se necessário,

os choques”, explicou Manuel José.

Feira do Ambiente em Paços de Ferreira

O Jardim Municipal de Paços de Ferreira recebe durante quatro

dias a feira do Ambiente 2009. Artesanato, exposições, oficinas pedagógicas e actividades musi-cais são algumas das várias ini-ciativas que vão marcar os qua-tro dias do certame. De 10 e 13

de Setembro haverá dias temáti-cos sendo que a feira começa com o dia da Água, seguido do dia dos R’s (reciclar, reduzir e reutilizar), passando no dia 12 pelo dia do Ar

e finalizando com o dia da Ener-gia, a 13 de Setembro. A finalida-

de deste evento é sensibilizar a população para a necessidade de

cuidar do ambiente e por isso vão ser organizadas actividades edu-

cacionais e culturais em prol de um planeta melhor.

Page 26: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão26 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I penafiel

O revestimento das renovadas pis-cinas das Termas de São Vicente, em Penafiel, está a provocar escoriações nos pés das crianças. Ao fim de me-nos de uma hora de banho as crianças saem magoadas e com os pés a san-grar. Apesar de estarem contentes com o equipamento, os pais querem que o piso seja melhorado, para que os mais novos possam desfrutar, por com-pleto, de um dia de natação. A autar-quia promete averiguar o problema e resolvê-lo.

As piscinas das Termas de São Vi-cente estiveram inactivas durante cer-ca de dois anos e, no ano passado a autarquia de Penafiel decidiu elabo-rar um projecto para renovar o equi-pamento e adequá-lo a todas as faixas etárias. Foram inauguradas no início do mês de Julho e as primeiras quei-xas já estão a surgir.

Ao que tudo indica, por motivos de segurança, foi colocado um piso rugo-so, bastante aderente, que circunda os dois tanques do complexo. Se os adul-tos, que têm uma superfície plantar mais resistente, sentem apenas algum comichão, o piso cria feridas e lesões nos pés dos pequenos, principalmen-te na zona dos dedos. As crianças, que têm por hábito correr e saltar, acabam por ter um maior desgaste que é au-mentado pelo facto de passarem al-gum tempo dentro de água. O vai e vem entre o tanque e os espaços con-tíguos estarão na origem do problema.

“O meu filho tem sete anos e por duas vezes que venho às piscinas o me-

nino fica sempre com ferida nos pés. Admito que ele corra muito, mas o piso que foi colocado na piscina é demasia-do agressivo. É bom que haja aderên-cia mas não pode ser à conta de feri-das”, adiantou ao Repórter do Marão (RM), Maria Meireles, uma utente das piscinas.

Outra mãe, com um casal de meni-nos de quatro e seis anos, faz as mes-mas queixas. “Parece que colocaram lixa. Aquilo está demais e não pode continuar assim, porque se assim per-manecer, terei de deixar de trazer os meus filhos aqui. Ficam com os pés magoados por vários dias”, explicou ao Repórter do Marão a mulher que não quis ser identificada.

Autarquia garantesegurança e fala emutilização excessiva

Para a reabertura, a autarquia de Penafiel realizou obras no valor apro-ximado de 350 mil euros. As obras consistiram na adaptação do tan-que principal e na criação de um tan-que destinado a crianças de tenra ida-de (chapinhadouro), onde, segundo os pais, o piso é demasiado agressivo para os pés das crianças.

Confrontada pelo RM, uma fonte da câmara municipal de Penafiel, re-conheceu que a utilização intensiva do tanque leva à criação de alguma debi-lidade nos pés das crianças. “Todos os equipamentos estão dentro das nor-mas legais, ou seja, não podemos ter

aquilo de outra forma, correndo o ris-co de diminuir a segurança. É verda-de que algumas crianças, que passam quatro ou cinco horas na água ficam com o pé ligeiramente magoado. Al-guns pais já nos alertaram e estamos a aconselhar as crianças a fazerem pau-sas, porque o problema está no exces-so de utilização, que por um lado mos-tra o sucesso daquele espaço de lazer. De qualquer forma, as piscinas vão fe-char para uma manutenção rotineira e aí poderemos fazer uma nova ava-liação”, adiantou ao RM, Mário Ma-galhães, o vereador com o pelouro do Desporto.

ColigaçãoPenafiel Quer

sem programa eleitoral

A coligação “Penafiel Quer” fez o primeiro co-mício da pré-campanha

eleitoral penafidelense, na freguesia de Galegos, que

primou pela ausência de programa eleitoral.

Alberto Santos que se candidata a um terceiro

mandato, explicou aos mi-lhares de apoiantes que

o compromisso eleito-ral “assenta na confian-ça da palavra dada”. “O

nosso manifesto eleitoral não tem segredos. É aqui-

lo que vos dizemos olhos nos olhos”, afirmou Alber-

to Santos.

100 criançasno encerramento

das fériasdesportivas

Foram mais de cem as crianças que quiseram as-

sistir à festa de encerra-mento do programa das

férias educativas “Sentir o Património” que se rea-lizou em Penafiel de 6 de

Julho a 21 de Agosto. Recorde-se que estas fé-

rias foram pensadas e di-namizadas de modo a que todas as crianças que ne-

las participaram pudes-sem adquirir novos co-nhecimentos de forma

divertida, para além de conhecerem novos amigos

e locais do município. Para assinalar o encerra-mento das férias despor-tivas, a Câmara Munici-pal de Penafiel realizou,

no último sábado, no audi-tório municipal, uma fes-

ta dirigida a todos os par-ticipantes. Nesta festa, as crianças assistiram à peça

de teatro “O Capuchinho Vermelho”, pelo Urze Te-

atro, participaram num lanche-convívio e ainda

receberam o diploma de participação no programa

das férias educativas.

Piso da piscina magoapés das criançasRevestimento das Piscinas dasTermas de S. Vicente em causa.Câmara fala em utilização excessiva. Alexandre Panda | [email protected]

Page 27: Jornal Repórter do Marão

penafiel repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

2910 a 23 de Set‘09

A mais recente detenção foi efectuada pela GNR na zona de Cabeça Santa, em Penafiel, onde arderam várias dezenas de hectares e obrigaram a intervenção de cerca de 60 bom-beiros. O homem de 40 anos, calceteiro de pro-fissão, terá agido em quadro de alcoolismo e por motivos fúteis.

Em Baião foi apanhado um indivíduo de 42 anos, há cerca de duas semanas, suspeito de ter ateado vários incêndios no concelho de Baião, que destruíram cerca de 700 hectares de flores-ta e chegaram a pôr em risco várias habitações. O homem terá actuado por “motivos fúteis” e não forneceu qualquer explicação para que fez. O indivíduo estava na posse de um isqueiro e de uma garrafa de álcool.

Em Amarante, um homem de 34 anos, tra-

balhador rural, terá ateado três focos de incên-dio na serra do Marão. Também aí verificou-se que o suspeito actuou por ‘razões fúteis’, segun-do a Directoria do Norte da PJ, que fez a deten-ção em colaboração com a GNR. Um dos piró-manos explicou a atitude com o gosto de ver o monte a arder. No mesmo concelho, o indivíduo de 40 anos foi detido por ter ateado o fogo a uma habitação rural.

Em Lousada, no mês de Abril, a Polícia Ju-diciária, identificou e deteve um homem como presumível autor de incêndio florestal, inten-cionalmente ateado numa área de pinhal, eu-caliptal e mato, no lugar da Boavista, Silvares, Lousada. Refira-se, que arderam apenas 200 metros quadrados de área inculta, mas o fogo só não terá atingido habitações nas proximida-

des em virtude da rápida intervenção dos bom-beiros. A denúncia foi feita através de um tele-fonema de um popular para os bombeiros, que alertaram a GNR que acabou por deter o pre-sumível incendiário e o entregou posteriormen-te à PJ. O indivíduo, de 49 anos de idade, re-formado e com antecedentes policiais por crime contra as pessoas, terá agido por motivo fútil. Segundo fonte da GNR local, o detido poderá sofrer de perturbações mentais.

Ainda no Vale do Sousa, em Paredes, no iní-cio da época de incêndios, foi detido um homem de 40 anos alegadamente responsável por um incêndio que consumiu14 mil metros quadrados de eucaliptal e mato. Em Felgueiras, uma idosa de 70 anos também foi detida pela PJ por fogo posto.

Incêndiários detidosrevelam motivos fúteisDos 15 detidos no distrito do Porto por suspeitas de fogo posto, sete foramapanhados na região do Tâmega e Sousa desde o início do ano. Na maioriados casos, os homens não chegaram a justificar os actos, apresentandoapenas motiveis fúteis ou problemas do foro psicológico.

Alexandre Panda | [email protected]

Page 28: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão28 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I resende

A última grande Festa popular do Verão já tem data marcada. Entre os dias 25 e 29 de Setembro a vila de Resende comemora as Festas da La-bareda, uma emblemática comemo-ração que há anos anima o concelho.

Este ano o programa conta com um cartaz variado que integra acti-vidades tradicionais e espectáculos musicais. Os nomes mais sonantes na área musical vão desde os GNR, Jorge Palma até aos Irmãos Verda-des e Paulo Gonzo que encerra as festividades no dia 29 de Setembro.

A par dos artistas nacionais vão estar as bandas da região para ani-mar os bailes ao longo dos dias de co-memoração.

Esta já tradicional festa de fim de Verão regista muitos anos de his-tória, sendo que nos seus primórdios estava integrada na feira anual de S. Miguel, padroeiro das colheitas.

O dia de S. Miguel marcava o fi-nal das colheitas agrícolas e outrora era um dia muito importante para os agricultores. Desta feita, o dia 29 de Setembro passa a ser feriado muni-cipal dando, assim, origem às festas do concelho.

Já no decorrer do século XX al-guns funcionários da Câmara Mu-nicipal quiseram ampliar a festa e o recinto passou para o largo do con-celho. Dada a amplitude desta come-moração, o espaço da festa deixa de ser no Largo do concelho para dar vez ao Jardim municipal.

Neste local e devido ao frio desta época, os populares começaram a fa-zer grandes fogueiras para se aque-cerem. Neste seguimento, e uma vez que passou a ser tradição as foguei-ras na Feira de S. Miguel, a festa do concelho passa a ter a designação de “Festas da Labareda”, explicou ao

RM fonte da organização.Actualmente, a festa realiza-se

no largo da feira e conta sempre com um cartaz cultural atractivo. O fecho desta comemoração centenária ter-mina com o aclamado fogo-de-arti-fício.

Festa da Labaredaanima a vila

Períciaautomóvel e Free Style em Resende

No próximo Domingo, 13 de Setembro, Resende recebe mais uma prova de perícia au-tomóvel integrada nas Festas

Labareda 2009. Esta edição destaca-se pela demonstração de Free Style – Stunt Riding que vai decorrer após a pro-

va de perícia automóvel, com a participação do piloto Paulo Matias. Os pilotos participan-

tes chegam de vários locais do país e prometem satisfazer as delícias dos amantes do auto-

mobilismo e do Free Style.

Resende temnovo PDM

Resende conta com novo Pla-no Director Municipal (PDM). Orgãos municipais e a Comis-

são de Coordenação da Re-gião Norte já aprovaram o

novo PDM que está agora em discussão pública. O novo Pla-no entrará em vigor no fim do

mês de Setembro. O autar-ca de Resende, António Bor-

ges, considera o novo PDM como fundamental para as po-líticas de ordenamento do con-

celho e afirma que o mesmo demonstra “mais preocupa-

ções de preservação ambien-tal e de qualidade no desenho

urbano”. A nova proposta vem evitar situações negativas na

imagem do município como anteriormente aconteceu e in-troduz regulamentação aper-

tada nas áreas mais sensíveis, como é o caso das zonas da

Rede Natura 2000. O PDM aposta no desenvolvimento de

3 espaços urbanos: Resende, S. Martinho de Mouros e Cal-

das de Aregos. O presidente da Câmara de Resende con-sidera que o novo PDM traz

mais vantagens quer em ter-mos visuais do concelho quer

no terreno uma vez que liber-ta solo para o investimento no sector empresarial e turístico

da região. Baseado numa me-lhor ocupação do solo, o novo PDM responde, segundo An-tónio Borges, “ às necessida-

des do desenvolvimento de Resende, contemplando ain-da uma rede de equipamen-

tos que abrange todo o terri-tório”.

Iva Soares | [email protected]

Os nomes maissonantes na área

musical vão desde os GNR, Jorge Palma até

aos Irmãos Verdades e Paulo Gonzo que en-

cerra as festividades no dia 29 de Setembro.

Page 29: Jornal Repórter do Marão

O concelho do Marco de Ca-naveses ganhou “nova centrali-dade” com o Museu da Pedra na freguesia de Alpendorada e Ma-tos.

Em jeito de inauguração do Museu, o presidente da Câma-ra Municipal do Marco de Cana-veses, Manuel Moreira, homena-geou todos os pedreiros da terra que muito têm contribuído para o desenvolvimento do concelho.

Luís Humberto Marcos, di-rector do Museu da Imprensa do Porto, considera que “O museu [da Pedra] está pensado para se

espalhar por vários espaços que marcam a relação do homem com a pedra, a pedra com a arte, com o património e com a sua histó-ria” e acresce que este museu está dotado de novas tecnologias que vai possibilitar a sua actuali-zação permanente.

Manuel Moreira, autarca do Marco de Canaveses acrescentou ao Repórter do Marão que este investimento é fundamental para o concelho uma vez que promove a indústria e cultura da região.

No seu todo, o sector de ex-tracção de Pedra dá emprego a cerca de quatro mil pessoas e ex-trai anualmente mais de 1,2 mi-lhões de toneladas de pedra. Ressalve-se que 60 por cento da produção destina-se à exporta-ção, facturando quase 300 mi-lhões de euros/ano.

outras terras repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

2910 a 23 de Set‘09

Cinfães premeiamelhores alunos

Os melhores alunos do concelho de Cinfães vão ser premiados pela Câma-

ra local. A cerimónia de entrega dos Pré-mios de Mérito Escolar vai decorrer sex-ta-feira, dia 11, na Casa da Cultura. Vão receber prémios 11 alunos que frequen-

taram o 3.º Ciclo, Ensino Secundário e Ensino Profissional no ano lectivo 2008-2009. Os prémios monetários variam en-tre os 150 euros (para os dois alunos do 6.º ano), e os 400 euros que vão ser en-

tregues a duas alunas que frequentaram o 12.º ano do Ensino Secundário e do

Ensino Profissional.

Tráfico de drogajulgado em Paços

de Ferreira

Um grupo de 18 pessoas acusado de protagonizar uma rede de tráfico de dro-ga que operava nos concelhos de Felguei-

ras, Paços de Ferreira, Fafe e Lousada, entre 2005 e 2006, começou a ser julga-do, na passada quarta-feira, no tribunal de Paços de Ferreira.“Raposos”, de 36 anos, o alegado líder do grupo que está

há dois anos evadido da cadeia de Guima-rães e que estará implicado em vários ca-sos de tráfico de droga e de notas falsas,

é julgado à revelia. Com 37 anos, o núme-ro dois do grupo, também natural de Fel-

gueiras, é conhecido como Brites e está actualmente em prisão preventiva. Se-

gundo a acusação, os dois líderes entre-gavam diariamente droga a pequenos re-vendedores que utilizavam panfletos com

números de telemóveis para distribuir aos potenciais clientes. AP

Um jovem de 26 anos quei-xou-se às autoridades de ter sido sequestrado, roubado e ameaça-do por um grupo de quatro jo-vens que abordaram a vítima numa estrada em Paços de Fer-reira, quando o homem regressa-va da casa da namorada, na ma-drugada da última quarta-feira.

Os assaltantes obrigaram o condutor a levar o BMW que con-duzia até à cidade da Maia, onde queriam levantar dinheiro atra-vés do multibanco. Com o cartão inválido, os ladrões decidiram fa-zer cerca de 30 quilómetros para levá-lo a casa, em Vilela, no con-celho de Paredes, onde a vítima acabou por lhes entregar dinhei-ro.

Tudo começou na madrugada de quarta-feira, perto das bom-bas de gasolina na estrada de Se-roa, em Paços de Ferreira, quan-do o jovem regressava de casa da namorada. Parou na estação de

serviço para abastecer o carro e foi à saída que foi abordado pelos assaltantes, que simularam um pedido de ajuda.

Com uma faca, ameaçaram o jovem e obrigaram-no a conduzir até à cidade da Maia, pela A42, onde queriam que levantasse di-nheiro, com o cartão multibanco.

Com a impossibilidade de le-vantar notas, uma vez que o prazo de validade do cartão já tinha ex-cedido, os assaltantes decidiram fazer o percurso de volta e trazer o jovem a casa, em Paredes, onde ficou de entregar dinheiro.

Sempre com o BMW da ví-tima seguido pelo carro dos as-saltantes, um Mazda escuro, os homens chegaram a agredir o jo-vem com vários murros na cabe-ça.

“Foram duas horas de ter-ror”, disse ao RM, o jovem que preferiu manter anonimato e que não quis adiantar mais pormeno-

res.Já em Paredes, o jovem en-

trou em casa dos pais, acompa-nhado com um dos assaltantes para arranjar dinheiro. Pelo que foi possível apurar, os ladrões ameaçaram a vítima que iriam fi-car com o BMW no caso de este não arranjar dinheiro.

Os pais da vítima foram acor-dados a meio da noite e ainda che-garam a avistar um dos assaltan-tes que estava armado com uma pistola. Imediatamente a seguir contactaram com as autoridades.

A vítima ficou tão assustada que não conseguia explicar aos pais o que lhe tinha acontecido. Só à chegada das autoridades é que lhe foi possível dar uma ex-plicação.

O jovem esteve sequestrado entre Paços de Ferreira, Maia e Paredes pelos assaltantes que le-varam cerca de 100 euros, um te-lemóvel e um blusão de cabedal.

Sequestrado faz 70quilómetros com assaltantes

Alexandre Panda | [email protected]

Alpendorada já tem Museu da Pedra

Page 30: Jornal Repórter do Marão

A fome pode chegaràs famílias durienses

O presidente da Casa do Douro (CD) assume o papel de defensor dos viticultores durienses. Embora ainda não te-nha nomeado os representantes da produção para o Conse-lho Interprofissional do IVDP, uma situação que se arrasta há mais de um ano, Manuel António Santos afirma que os viticultores do Douro “vivem prejuízos incalculáveis”.

Nos últimos dez anos, de acordo com o presidente do organismo duriense, os produtores “sofreram prejuízos de mais de 50 por cento”. “Essa é que é a realidade”, subli-nhou. Manuel António lamenta que o Governo PS anuncie “milhões e milhões de euros” para vários sectores da econo-mia e que, “não haja nada” para os cerca de 30 mil peque-nos viticultores do Douro, região onde afirma que há “mui-tas necessidades, preocupações e problemas”.

“Se é que já não estamos, em muitos lares do Douro vão ter que comer o arrozinho com molho de tomate e uma sar-dinha para duas ou três pessoas. Sei que isto agride mas é a realidade que já vivem muitas famílias no Douro”, salien-tou o presidente da CD.

Manuel António lembrou que, em 2001, o Douro produ-ziu 154.500 mil pipas de vinho do Porto, enquanto que, este ano, serão apenas 110.000. “Vejam o que isso significa em termos de perdas de rendimentos”, sublinhou.

Segundo o responsável, há 10 anos, a pipa de Vinho do Porto valia “1100 euros” e o vinho de mesa “550 euros”.

O presidente da CD considerou que este ano se justifi-cava “plenamente” o aparecimento de uma “reserva estra-tégica da região”. Um papel que já foi assumido pela insti-tuição que preside mas, no entanto, esta está actualmente proibida de intervir no mercado.

repórterdomarão32 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I economia

O Douro já está a fervilhar. Na mais antiga região demarcada do mundo iniciaram-se as vindimas mas, este ano, a produção de Vinho do Porto vai ser menor. Uma quebra no benefício que se traduz directamen-te na diminuição de receitas dos viticultores durienses. Nos últimos dez anos, sofreram prejuízos na ordem dos 50 por cento.

Luís Pavão já fez as contas. Este viticultor do Dou-ro vai produzir menos duas pipas de Vinho do Porto nes-ta vindima. O ano até está a ser bom para a vinha de seis hectares implantada em Abaças, Vila Real, mas o Conse-lho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) impôs uma redução de 10 por cento no be-nefício atribuído este ano à mais antiga região demarcada do mundo. O benefício é a adição de aguardente ao mosto, o que dá origem ao vinho do Porto, e a quantidade a legal-mente é fixada em cada ano por aquele órgão.

Nesta vindima, a Região Demarcada do Douro vai be-neficiar 110.000 pipas de vinho, menos 13.500 que no ano anterior. Esta redução traduz-se em menos 13,5 milhões de euros de rendimentos para os produtores vitivinícolas.

Por causa disso, Luís Pavão vai ter menos 2000 euros de rendimento nesta vindima. “É mau porque a redução de benefício se traduz directamente numa redução de ren-dimentos”, afirmou o viticultor ao Repórter do Marão. Pa-vão acrescentou ainda os custos de produção, que aumen-tam cada vez mais, em mão-de-obra, pesticidas, adubos ou herbicidas. “E, no meio disto tudo, não há qualquer pers-pectiva de aumentar o preço das pipas de vinho”, concluiu.

O Douro vai registar uma diminuição na produção de Vinho do Porto, mas, em contrapartida, não se perspecti-va um aumento no preço do vinho. Uma pipa de benefício (550 litros) será vendida aos valores actuais, a rondar os 1000 euros, enquanto que a pipa de vinho regional poderá render cerca de 150 euros.

Douro perdeu metade da riquezaem apenas 10 anosA diminuição do benefício do Vinho do Porto na presen-te campanha deixa os agricultores do Douro mais pobres. O presidente da Casa do Douro vai mais longe e garante que a região perdeu metade do rendimento em apenas 10 anos. Paula Lima | [email protected]

Page 31: Jornal Repórter do Marão

nordeste repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

3110 a 23 de Set‘09

A directora-geral da Associação de Empre-sas de Vinho do Porto (AEVP), Isabel Marrana, da (AEVP), afirmou que as 110.000 pipas represen-tam um “valor adequado face à descida das vendas de vinho do Porto” regista-das em 2008, de menos 5,3 por cento. Também no pri-meiro semestre deste ano, segundo a responsável, as

vendas deste néctar desce-ram designadamente me-nos 5,7 por cento para o mercado nacional e 3,7 de exportações.

“É necessário adequar o valor da produção à procu-ra do mercado. Não é pos-sível fixar uma quantidade maior face à conjuntura ac-tual”, afirmou. Isabel Mar-rana sublinhou ainda que, “mais do que isto (110.000)

seria irresponsável”. “É o benefício adequado e justo para permitir que o preço ao produtor se mantenha e que não se criem exceden-tes”, afirmou.

A posição do comércioé contráriaà da produçãoÉ o benefício justo e adequado face à procura do mercadoIsabel Marrana, Associação de Empresas de Vinho do Porto (AEVP)

“Mais importante que o quantitati-vo de vinho beneficiado é garantir que as 110.000 pipas sejam efecti-vamente compradas e pagas a um valor justo que impeça uma qual-quer diminuição de rendimento dos viticultores durienses. Uma nova quebra de rendimentos, ainda para mais no momento difícil que atra-vessamos, atiraria a região para uma profunda crise económica e so-cial de dimensão e consequências imprevisíveis.”

Ricardo Martins, deputado do PSD

Armando Carvalho, di-rigente da Associação dos Viticultores Independen-tes do Douro (AVIDOU-RO), diz que as receitas que os produtores auferem com o vinho de mesa não che-gam para pagar os custos de granjeio. “O benefício é a compensação dos viticul-tores. A sua tábua de sal-vação”, sublinhou. Acres-centou que a redução do

benefício vai ter reper-cussões imediatas na vida dos durienses, porque esta “não vai ser acompanhada do aumento do preço do vi-nho”.

Armando Carvalho lan-çou ainda críticas ao actu-al modelo institucional, que considerou ter deixado a CD praticamente sem com-petências e disse que, à se-melhança do que acontecia há uns anos, a instituição deveria intervir e ficar com os excedentes dos viticul-tores. “Actualmente não há qualquer equilíbrio entre a CD e o comércio”, concluiu.

Benefício é a “tábua de salvação” dos viticultoresArmando Carvalho, Associação dos Viticultores Independentes do Douro (AVIDOURO)

“Andou mal o Conselho Interprofissional ao fi-xar este volume de pipas a beneficiar. Para os viticultores, trata-se duma redução muito sig-nificativa dos seus rendimentos. Menos bene-fício e preços sem aumentos. O mosto não be-neficiado vai entrar no segmento dos vinhos de Mesa, actualmente pago a preços muito baixos que, nalguns casos, não cobrem as despesas de granjeio. Por isso se torna cada vez mais ur-gente resolver o problema deste vinho indife-renciado, valorizando-o por exemplo através da sua destilação para as categorias especiais do vinho do Porto”.

Jorge Almeida, deputado do PS

A posição dos políticos

Vinho do Porto (pipas de 550 Lt)Anos Produção Benefício Venda

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

1999

158.520 123.500 160.750

159.528 125.000 169.478

157.656 123.500 164.218

153.666 120.000 168.167

159.881 126.000 166.048

138.415 107.900 167.443

172.404 135.000 167.827

198.352 154.000 169.131

194.554 152.500 171.749

198.973 145.000 171.140

Vinho do Porto (pipas de 550 Lt) Fonte IVDP

Page 32: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão32 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I nordeste

O Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 - O Novo Norte) vai distribuir 7,5 milhões de euros por 30 projec-tos imateriais que visam promo-ver e reforçar a atractividade do Douro, anunciou hoje fonte da Comissão de Coordenação e De-senvolvimento Regional do Nor-te (CCDR-N).

O anúncio dos projectos ven-cedores será feito sexta-feira, no Peso da Régua, numa conferên-cia de imprensa conjunta entre a CCDR-N e a Estrutura de Mis-são do Douro (EMD).

Segundo fonte da CCDR-N, os projectos aprovados con-templam a realização de vários eventos, nomeadamente con-gressos, colóquios e festivais que se realizarão entre 2009 e 2011 e visam contribuir para a concretização do Plano de De-senvolvimento Turístico do Vale do Douro (PDTVD).

O PDTVD foi apresenta-do em 2004, numa cerimónia a bordo de um barco no rio Dou-ro, que contou com a presença do então primeiro-ministro Du-

rão Barroso.Até 2008 a sua concretização

foi muito incipiente e por isso mesmo foi mesmo sujeito a uma reestruturação. A submissão de candidaturas ao Novo Norte na área imaterial ocorreu até ao fi-nal de Fevereiro deste ano, mas só agora serão conhecidos os seus resultados.

Sexta-feira será também di-vulgada a agenda de iniciativas de animação e promoção a re-alizar nos meses de Setembro e Outubro, em resultado dos apoios atribuídos e de um con-junto de iniciativas desenvolvi-das autonomamente por institui-ções e consórcios regionais.

Um dos eventos integrados nesta agenda é o “Abrem-se as portas no Douro” que decorre no fim-de-semana de 26 e 27 de Setembro, como forma de cele-brar o Dia Mundial do Turismo.

Durante estes dois dias, 28 Associados da Rota do Vinho do Porto estarão com as portas das suas quintas abertas para todos aqueles que as queiram visitar e degustar os vinhos do Douro.

As visitas serão gratuitas en-tre as 10:00 e as 19:00.

A Casa dos Lagares, para além da prova de vinhos e de azeite, promove ainda o “Show Cooking - Uvas e Chocolate” com o Chefe Jorge Antunes, um atelier de sabonetes e outro so-bre ervas do Douro.

A Quinta da Casa Amarela vai proporcionar experiência de aromas e sabores com uma pro-va de chocolates e vinho do Por-to idealizada pelo Chefe Hélio Loureiro, enquanto que as Ca-ves Santa Marta vão organizar visitas às vindimas, adega, espa-ço museológico e caves de está-gio, culminando com uma prova de Vinhos.

Para além de Ricardo Maga-lhães, chefe da EMD, marcam presença no encontro de sexta-feira Fernando Maia Pinto, di-rector do Museu do Douro, An-tónio Martinho, presidente do Turismo do Douro, Helena Gil, directora regional da Cultura, e António José Teixeira, presiden-te da Rota do Vinho do Porto.

Lusa

Investimento de 7,5 milhões de euros no Douro

Arquitectura: Souto Moura distinguido com prémio

internacional por Centro de Arte Contemporânea

de Bragança

O arquitecto português Eduardo Sou-to Moura foi distinguido com um dos

mais prestigiados prémios internacionais de arquitectura pelo projecto do Cen-

tro de Arte Contemporânea Graças Mo-rais de Bragança, anunciou a autarquia

local. Souto Moura recebeu o Prémio In-ternacional de Arquitectura 2009, na ver-tente de Construção Moderna, atribuído pelo “The Chicago Athenaeum Museum of Architecture and Design”, dos Esta-

dos Unidos da América, em parceria com o “The European Centre for Architectu-

re and Urban Studies”. De acordo com a autarquia brigantina, este prémio anu-

al nas disciplinas de arquitectura e pla-neamento urbano tem por objectivo pro-

mover o bom desenho urbano e o impacto positivo no ambiente das cidades. O júri reuniu-se em Helsínquia, Finlândia, em Agosto, com a supervisão da Sociedade de Arquitectos e apoio de profissionais,

críticos e professores da área. Para a Câ-mara de Bragança, “este prémio muito

honra a cidade e eleva o seu nome ao de outras cidades mundiais onde se faz boa arquitectura e bom desenho urbano”. O

Centro de Arte Contemporânea abriu há pouco mais de um ano em Bragança, com

o nome da pintora transmontana Graça Morais que participa activamente nas ac-

tividades de dinamização do espaço.O novo espaço cultural resulta da adap-

tação e ampliação projectada pelo arqui-tecto Souto Moura no antigo Solar dos Sá Vargas, no centro histórico de Bragança.

Saúde: Mulherescom cancro da mama vão deixar de ter quese deslocar ao Porto

para fazer cirurgia

O hospital de Bragança vai passar a realizar, a partir de Outubro, cirurgias na

área do cancro da mama dando resposta na região a um problema que obrigava as mulheres a deslocarem-se ao Porto para poderem tratar-se, anunciou fonte hos-pitalar. A resposta chega com a criação

de uma Unidade de Patologia Mamária, que vai funcionar em Outubro na unida-

de hospitalar de Bragança, uma das três, juntamente com Macedo de Cavaleiros e

Mirandela, que constituem o Centro Hos-pitalar do Nordeste (CHNE)

Até agora, as mulheres a quem eram detectadas patologias mamárias do foro oncológico, nos rastreios realizados nos

centros de saúde, eram obrigadas a des-locações ao Instituto Português de Onco-

logia do Porto para tratarem a doença.

Page 33: Jornal Repórter do Marão

norte repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

3310 a 23 de Set‘09

“A Universidade do Por-to alimenta o tecido produtivo nortenho com quadros qualifi-cados e com empreendedores que investem na criação de em-presas, gerando-se assim ri-queza, postos de trabalho e va-lor para a região”, sublinhou o reitor José Marques dos San-tos, que há três anos foi eleito pelos membros da Assembleia da Universidade. O também professor catedrático da Facul-dade de Engenharia defende que a U. Porto “contribui para o crescimento económico, coesão social e enriquecimento cultu-ral da região Norte e do País”.

Aquela instituição de ensi-no assume-se, pois, como enti-dade promotora de intercâmbio de conhecimentos da sociedade, sendo que independentemente de se localizar no Porto repre-senta “um dos principais moto-res de desenvolvimento da área metropolitana e região envol-vente”, frisou.

A nível nacional, o reitor considera que as universida-des concentram em si recursos humanos altamente especiali-zados, “brainware”, que pode ser “convertível em valor em-presarial, quer sob a forma de trabalho qualificado, quer sob a forma de parcerias com em-presas”. O aproveitamento des-

tes recursos representa um pri-meiro passo para ultrapassar a crise já que os factores de com-petitividade assentam agora sobretudo no “trinómio Ciên-cia, Tecnologia e Inovação”.

Modelo de Bolonha

Ainda que o número de li-cenciados desempregados te-nha aumentado, Marques dos Santos nota que tem sido fei-to um esforço para permanen-te actualização dos programas de formação, designadamente à luz da Declaração de Bolonha. Porém, considera que “ainda é cedo para saber até que ponto o novo modelo promoveu a em-pregabilidade e a competitivida-de do ensino superior europeu”.

Com o novo modelo de Bo-lonha, aos alunos é permitido que atinjam o grau de licencia-tura ao fim de apenas três anos. Mas, defende o reitor, não cabe às universidades preparar pro-fissionais mas sim preparar ci-dadãos. Por esse motivo, “não se exige uma preocupação de-masiado profissionalizante na formação dos estudantes” até porque as necessidades da pró-pria sociedade estão em cons-tante mutação.

Na U. Porto foram medi-dos os resultados, ao nível de

empregabilidade, dos alunos diplomados no ano lectivo de 2006/07, tendo sido “reconfor-tante saber que, passados cer-ca de 18 meses da conclusão dos seus cursos, 70 por cento ti-nham uma ocupação profissio-nal e apenas 9,9 por cento esta-vam desempregados”.

Empreendedorismo

Na transição do meio uni-versitário para o mercado de trabalho o papel das empre-sas é crucial, podendo cooperar com as universidades na prepa-ração de profissionais e “com-plementando as formações uni-versitárias de acordo com as exigências específicas das acti-vidades que vão exercer”. Por outro lado, os próprios alunos podem criar os seus postos de trabalho, sendo para o efeito estimulado o seu espírito em-preendedor e a sua capacidade de gerar mais valias.

Nesse sentido, existe na Universidade do Porto “uma estratégia que abarca toda a ca-deia de valor do empreendedo-rismo”. A intenção é “estimular a criação de empresas onde o conhecimento adquirido na uni-versidade possa ser convertido em inovação”, sublinhou o rei-tor Marques dos Santos.

Um dos desígnios estraté-gicos da U. Porto passa por au-mentar a sua internacionaliza-ção, apostando na cooperação com universidades de todo o mundo, na organização de even-tos académicos de projecção mundial e no acolhimento de es-tudantes, docentes e investiga-dores estrangeiros. Esta apos-ta tem-se traduzido na ascensão contínua da U. Porto em rankin-gs internacionais, esperando-se que em 2011 a universidade pas-se a integrar a lista das 100 me-lhores da Europa.

‘U. Porto é motorde desenvolvimento’Marques dos Santos é Reitor da Universidade do Porto desde 2006 e defende que a agora fun-dação é “um dos principais motores de desenvolvimento da Área Metropolitana do Porto e re-gião envolvente”. Em entrevista ao Repórter do Marão, falou sobre a mudança de paradigma no ensino superior, a adaptação a Bolonha, a aproximação das empresas e explicou porque a U. Porto é a maior e mais dinâmica instituição de ensino do País.

Marques dos Santos, Reitor da Universidade do Porto, desta-ca importância da instituição na região Norte

Liliana Leandro | [email protected]

‘Universidade quer entrar na lista das 100 melhores daEuropa em 2011

’Imag

ens

GC

I/U

.Por

to

José Marques dos Santos nasceu na Gui-né-Bissau em Janeiro de 1947. Licenciou-se

no Porto em Enge-nharia Electrotécni-

ca em 1971 e douto-rou-se em Manchester

em 1977.

O Reitor foi eleito em 2006 pelos membros

da Assembleia da Uni-versidade, obtendo

139 dos 197 votos ex-pressos, contra os 50 conseguidos pelo seu

oponente.

Page 34: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão34 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I bem-estar

A moda dos SPA’s veio para fi-car. Com a vida agitada que todos vivem numa sociedade industriali-zada e de pleno stress diário nada melhor que um tratamento para relaxar. Os SPA’s estão em força para proporcionar momentos de prazer e saúde às pessoas. A saú-de pela água (SPA) faz agora jus à velha máxima de “Mente Sã em corpo São” e engane-se quem jul-ga que estes espaços são apenas para os ricos. A oferta começa a ser alargada e os valores acessí-veis a todas as carteiras.

Na região do Vale do Sousa, Tâmega e Nordeste muitos são os estabelecimentos com serviço SPA. Desde as tradicionais termas que agora inserem nos seus menus serviços SPA, até locais construí-dos com essa finalidade. Os preços para estas acções são para todas as carteiras e variam mediante os es-tabelecimentos e menus que se es-colhe.

As tradicionais termas/caldas começam a adaptar as suas ofer-tas e “actualizam-se” para o méto-do SPA. Assim encontramos ser-viços holísticos (SPA) em algumas termas da região como é o caso das Termas de S. Vicente em Penafiel, completamente remodeladas e com preços competitivos.

As Caldas de Aregos no con-celho de Resende é outro estabe-lecimento que tem vindo a apostar na área dos SPA’s e já tem previs-to novos espaços para a prática do mesmo. De momento oferecem uma lista que inclui os banhos de piscina quente ou fria, Duche Vi-chy, Duche Jacto, Duche Escocês, aplicação de Lamas com Argila produzida nas próprias águas ter-mais bem como banhos de emer-são computorizada. Os valores destes serviços variam entre os 5 e os 25 euros por sessão.

Para carteiras mais desafoga-das há opção dos Hotéis que es-

tão, actualmente, a apostar cada vez mais nesta área de lazer e já se pode obter estas actividades na re-gião. Exemplos disso são o Hotel Douro Palace, em Baião, o Penafiel Hotel Park, a Quinta de Paredes, em Paços de Ferreira bem como o Hotel & Spa Al-fândega da Fé – muito conhecido pelas gravações da novela da TVI “A Outra”. Os valores nes-tas estâncias ho-teleiras variam entre os 25 e 250 euros por ses-são, mediante o menu escolhido. A gama de tratamentos holísticos é alargada. Dos tratamentos faciais/corporais até às técnicas de relaxa-mento sempre acompanhadas por paisagens relaxantes que marcam a região do Tâmega e Sousa e do Douro.

Oferta de SPA’s cresce na regiãodo Tâmega e SousaA oferta de SPA’s na região é cada vez mais acessível atodas as carteiras. Antigas Termas actualizam os serviçose unidades hoteleiras apostam em espaços de luxo e lazer.

Iva Soares | [email protected]

Page 35: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

3510 a 23 de Set‘09

Page 36: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão36 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I desporto

António Teixeira, mais conheci-do por Tonanha, completa 30 anos em Novembro e encontra-se desem-pregado, depois de mais de uma de-zena de anos como futebolista profis-sional.

Começou a jogar no Paços de Ferreira, seguiram-se mais oito clu-bes, de norte a sul e ilhas, jogou na Liga principal (no Nacional e Gil Vi-cente) e nos escalões secundários, mas, actualmente, tem reduzidas expectativas de voltar a fazer o que

sempre gostou.

Emigrar é hipótese

“Os clubes têm pouco dinheiro, os mais novos sujeitam-se a qual-quer coisa e ordenado e a presença em grande número de jogadores es-trangeiros também não ajuda. Ainda espero jogar, mas, neste momento, começo a equacionar toda e qualquer coisa”, diz Tonanha.

O atleta admite inclusive emigrar e reconhece que errou ao ter “inves-tido tudo no futebol e pouco nos es-tudos”.

Subsídio não dá para viver

Tonanha vive actualmente das “poucas poupanças” que lhe restam e do negócio da esposa, após ter es-tado um ano a receber “quase nada” do fundo de desemprego.

Num tom crítico, precisa: “Os clu-bes têm um regime especial de contri-buição para a Segurança Social, que lhes permite descontar apenas sobre um quinto do vencimento dos atletas. Como não estamos a falar ao nível dos jogadores de elite, o que a maioria re-cebe nem dá para viver”.

Associado a este problema, To-nanha evidencia o “autêntico braço de ferro” repetido entre as direcções dos clubes e os atletas, cada qual à procura do melhor contrato, com a desvantagem no seu caso do factor idade e das dúvidas sobre a sua con-dição física, após uma grave lesão no joelho (quando representava o Gil Vicente) sofrida há alguns anos.

“Nunca mais tive problemas no joelho, mas tudo serve de justifica-ção para os clubes. Só que quem tem família e uma profissão de desgaste rápido não pode só ganhar para co-mer”, argumentou o futebolista.

A bola já não salta para TonanhaOs ordenados milionários no futebol desvirtuam a realidade do sec-tor, cada vez mais mergulhado numa profunda crise, que não deixa espaço e afasta muitos dos que sempre viveram da modalidade.

Jogadores doFreamunde voltam

ao trabalho após susto com gripe A

O Freamunde regressou aos treinos após uma interrupção

de uma semana, devido ao caso de Gripe A confirmado no plan-

tel. Marco Tiago, Júnior Ma-ranhão e Gustavo continuam

ausentes. O médico do clube, Mendes Conceição, confirmou

que Cascavel, avançado que foi infectado com o vírus, teve alta esta segunda-feira do Hospital

de Guimarães, no qual esteve internado durante seis dias.

Quanto aos tais ausen-tes do treino, Mendes Concei-

ção o médico referiu que os três “apresentaram quadros febris

baixos na terça e quarta-feira”, mas que a ausência “não teve a

ver com motivos clínicos”. Já o capitão Bock explicou

que teve cuidados especiais de-pois de revelado o caso de Gri-

pe A de Cascavel.

Paços de Ferreira venceu Penafiel

em particular

O Paços de Ferreira ven-ceu o Penafiel por 2-0, num jogo particular disputado no Estádio 25 de Abril, em Penafiel. A for-

mação pacense iniciou o jogo-treino com sete dos habituais ti-tulares e venceu através de dois

lances de bola parada.O resultado final (2-0) foi

favorável aos “castores” e co-meçou a ser construído no pri-meiro tempo, com golos apon-

tados por Ciel, aos 12 minutos, e Kelly, de calcanhar, aos 30, na sequência de lances de bola pa-

rada.Não participaram neste

jogo particular Ricardo, na se-lecção de Cabo Verde, Pedri-

nha, que se limitou a fazer cor-rida e alguns exercícios com

bola, Carlitos, recém-chegado da selecção de sub-21, e Pau-

lo Sousa, em repouso absoluto, após drenagem de um hemato-ma de grande volume na parte

posterior da perna direita.

Carlos Alexandre | [email protected]

Page 37: Jornal Repórter do Marão

desporto repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

3710 a 23 de Set‘09

Numa semana em que os campeo-natos profissionais de futebol sofreram uma paragem, devido à jornada dupla da Selecção Nacional, teve lugar o ar-ranque das provas “secundárias” e da 1ª Divisão Distrital.

Na primeira jornada da 2ª Divi-são Nacional, o Lousada foi surpreen-dido em “casa” pelo Merelinense (0-3), enquanto o vizinho Paredes bateu pela marca tangencial (2-1) a formação do Moreirense. Ainda no concelho de Pare-des, o Aliados de Lordelo venceu o Pa-droense, com o golo solitário de Wagner, obtido já nos descontos.

Vale do Sousa joga fora

Na próxima jornada (dia 20) as três equipas do Vale do Sousa jogam extra-muros. O Lousada desloca-se ao terreno do Tirsense; o Paredes joga em Lourosa e o Aliados vai defrontar o Merelinense.

No “Nacional” da 3ª Divisão, o Ama-rante venceu o Fafe por 2-0, enquanto o Vila Meã alcançou um precioso “nulo” no sempre difícil reduto do Leça.

Em Amarante, a expectativa era grande para o início do campeonato, atendendo à juventude do plantel orien-tado por Arlindo Gomes. Ao interva-lo, o resultado mantinha-se em branco. Na segunda parte, os “locais” entraram com maior determinação e o primeiro golo surgiu aos 50’, da autoria de Rochi-nha. A cinco minutos do final do encon-tro foi a vez de Pedrinho fixar o resulta-do em 2-0.

O técnico amarantino não quer en-

trar em euforias mas lá vai dizendo que a aposta é ficar nos primeiros lugares para, na segunda fase, atacar a subida.

O Vila Meã, orientado por Pedro Pinto, iniciou o campeonato com um em-pate frente a um dos candidatos à subida de divisão. Este foi um jogo equilibrado onde o Leça F.C. criou vários lances de perigo mas que o guarda-redes do Vila Meã soube opor-se com qualidade.

O Cinfães, a disputar a Série C da 3ª Divisão Nacional, venceu o S. João de Ver (3-2), a uma semana de se deslocar ao ter-reno do Mirandela, em jogo a contar para a 2ª eliminatória da Taça de Portugal.

Na próxima jornada, também no dia 20, o Amarante desloca-se a Trás-os-Montes, para defrontar o Torre de Moncorvo, enquanto o Vila Meã rece-be a equipa do Infesta que nesta jorna-da perdeu no seu reduto ante o Torre de Moncorvo (2-3). O Cinfães recebe a for-mação do Fiães.

Distritais da AF Porto

Na 1ª Divisão Distrital da A.F. Por-to, o destaque vai para a sólida vitória do Ac. Felgueiras (4-0) na recepção ao Várzea do Douro. O técnico felgueirense António Lima Pereira tem razões para sorrir, ao observar que a sua equipa é uma das candidatas à subida de escalão.

Enquanto isso, o São Lourenço do Douro foi copiosamente batido no ter-reno do Leões de Seroa (6-1), o mesmo acontecendo ao Aliança de Gandra que perdeu no Águias de Eiriz (4-1).

Nos outros encontros com equipas

de região, o Zezerense alcançou impor-tante empate (1-1) no Leverense. Vitó-rias “normais” foram as do Nun´Álvares frente ao Gens por 3-0 e do Leões de Ci-tânia na recepção ao Sobrado (1-0).

Nota final para uma vitória impor-tante e surpreendente do Baião no difícil terreno do Alfenense. A equipa orienta-da por Carlos Mendes venceu o seu ad-versário por 2-0, com golos apontados por Chico (1’) e Quim (52’) e assume-se como uma das principais candidatas à subida de divisão.

Na próxima jornada, a 13 de Se-tembro, os jogos são os seguintes: A. Gandra-Ac. Felgueiras; Baião-Leões de Citânia; Crestuma-Nun´Àlvares; S. Lourenço Douro-Águias de Eiriz; S. Martinho-Leverense; Gens-Ermesinde; Sobrado-Folgosa Maia; Várzea Douro-Alfenense e Zezerense-Leões Seroa.

Este campeonato promete algumas surpresas e, quiçá, algumas desistências se, entretanto, os clubes não receberem os subsídios camarários a que têm direito.

Sorte diferente entre as equipas das provas secundáriasDerrota do Lousada em ‘casa’ foi a surpresa da jornada inaugural.Amarante já sonha com a 2ª fase. Alcino Oliveira | [email protected]

Rali de Murçamarca regressoda MCoutinhoShell

O campeonato Open de ralis está de volta este sába-do, 12 de Setembro, com o Rali de Murça.

A prova de Murça é marcada pelo regresso da equipa MCoutinho Shell com os pilotos Manuel Lú-cio Coutinho e Manuel Babo que tripulam um Mitsubishi Lancer Evo VI. O objecti-vo dos pilotos da MCoutinho Shell é testar o novo car-ro para que no próximo ano possa disputar os lugares ci-meiros do campeonato.

O Open de ralis é lidera-do pelos pilotos Pedro Peres e Tiago Ferreira, seguindos da dupla Nuno Pina e Mi-guel Campos, que garantem entrar na prova com o ob-jectivo de assegurar a vice-liderança.

Programa:

12 de Setembro9:30h - Partida (Alameda 8 de Maio)10:03h - Salgueiro / Garraia 110:36h - Serapicos / Murça 111:09h - Valongo / S. Domingos 114:13h - Salgueiro Garraia 214:46h - Serapicos / Murça 215:59h - Valongo / S. Domingos 215:59h - Chegada (Al. 8 de Maio)

Page 38: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão38 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I opinião

José Luís Carneiro *

Solicitaram-me um texto, pequeno, em que enunciasse cinco razões para votar no Partido Socialista e em José Sócrates. Na-turalmente, uma abordagem às diferentes opções políticas em presença dificilmente se pode sintetizar em cinco razões e mui-to menos em três mil caracteres. Contu-do, gostaria de aqui registar algumas das razões por que entendo que o voto no PS e na liderança de Sócrates serve melhor o interesse do País e da região, no actual momento histórico.

Em primeiro lugar, pelas ideias e pro-postas inscritas no programa do Parti-do Socialista. Este compromisso político constitui uma garantia para aqueles que acreditam no modelo de Estado de Bem-Estar social, uma vez que afirma a vonta-de de promover as mudanças essenciais ao nível da modernização da estrutura ad-ministrativa do Estado, salvaguardando, contudo, os pilares essenciais de um mo-delo no qual acreditamos, ou seja: aposta na valorização da escola pública; a valori-zação do Sistema Nacional de Saúde e a garantia de um sistema nacional de pen-sões público. Acresce a estes elementos de solidariedade activa, a firme convicção po-lítica de que o sistema financeiro portu-guês deve ter como esteio fundamental uma instituição de natureza pública, a Cai-xa Geral de Depósitos.

Em segundo lugar, porque o progra-ma eleitoral do PS e a liderança de Sócra-tes valoriza o investimento público como forma de estimular o crescimento econó-mico, o emprego e o desenvolvimento so-cial. Aliás, na linha do modelo adoptado por vários países do mundo, nomeada-mente pelos Estados Unidos da Améri-ca e pela liderança de Obama que, após as eleições, anunciou um vasto programa de obras públicas, contrariamente às opções enunciadas pela liderança de Manuela Ferreira Leite que colocam em dúvida vá-rios dos investimentos públicos previstos.

Em terceiro lugar, por razões de es-tabilidade política e governativa. De fac-to, a mudança de paradigma na adminis-tração num momento como o que estamos a atravessar, pelas alterações que, inevita-velmente, se produzirão ao nível das es-truturas da administração central e des-concentrada do Estado poderão conduzir a maiores atrasos na concretização do Quadro de Referência Estratégico Nacio-nal (QREN/Fundos Comunitários). Ora, como é do nosso conhecimento, a arqui-tectura institucional do QREN é comple-xa e já foram visíveis, até ao momento, al-gumas dificuldades na sua materialização. Uma mudança de equipas neste momen-to poderá significar maiores atrasos no ar-ranque dos programas, projectos e acções inscritos na estratégia de aplicação dos fundos comunitários.

Em quarto lugar, pelos investimentos já em curso e previstos para a região e lan-çados pela equipa liderada por José Sócra-tes. Refiro-me à obra do Túnel do Marão, à construção do novo Hospital de Ama-rante, à electrificação da linha de cami-nho-de-ferro até ao Marco de Canaveses e ao estudo prévio para a electrificação da linha entre o Marco e a Régua; ao Concur-so Público para a construção da ligação de Baião à Ponte da Ermida e aos trabalhos do projecto de execução para a ligação de Resende a Bigorne e à A24, à construção do novo Centro de Saúde de Baião, entre muitos outros exemplos de obras que al-terarão para melhor as condições de vida das nossas populações e que, só por si, pro-moverão uma dinâmica na economia e em-prego locais, sem precedentes, na nossa região.

Por último, pela garantia que nos dão aqueles que integram as listas de candida-tos a deputados pelo Partido Socialista no País e, particularmente, no nosso distrito. Se olharmos para as personalidades que encabeçam e que corporizam o projecto do Partido Socialista, verificamos tratar-se de gente com elevada estatura intelec-tual e com um passado de serviço ao Es-tado de Direito democrático e de serviço aos valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade humanas.

* Presidente da Câmara de Baião | PS

Cinco razões para votarem José Sócrates e no PS

José Carlos Pereira * A região do Tâmega e Sousa tem so-

frido um impacto significativo com o au-mento do desemprego em Portugal. No final de Julho, havia 32.255 pessoas oriun-das dos doze municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa inscritas nos respectivos centros de empregos. Esse número corresponde a cerca de 14,5% do desemprego regista-do em toda a Região Norte e a 6,5% do de-semprego nacional.

O crescimento do desemprego, que se fez sentir de forma mais vincada nas in-dústrias tradicionais (têxtil, calçado, cons-trução civil), veio evidenciar as baixas qualificações dos recursos humanos e a reduzida atractividade da região para a atracção e fixação de investimento. Con-tinuamos a pagar caro os anos em que os poderes públicos desvalorizaram os indi-cadores negativos do insucesso e abando-no escolar, assim como as opções erradas de alguns municípios, que tardaram em apostar no conhecimento e no ensino qua-lificado.

Hoje, o paradigma do desenvolvimen-to regional cria outras responsabilidades

às autarquias e às estruturas de governo supramunicipal, exigindo um esforço de integração de políticas. A competitividade dos territórios é fortemente dependen-te da sua capacidade de atrair e manter empresas, essencialmente as que possam acrescentar valor à economia local. Para isso, é necessário atrair e reter talentos, promover o empreendedorismo e o de-senvolvimento de novos negócios, forta-lecer e expandir os negócios existentes e captar novos investimentos.

A criação de um clima propício à fixa-ção de quadros e ao investimento – ala-vanca para o desenvolvimento económi-co regional – deve ser a meta da gestão autárquica moderna e com visão de fu-turo, em busca da sustentabilidade dos municípios e das regiões. A sua atenção deve recair nos factores de competitivida-de das empresas: a qualificação do traba-lho, a gestão do conhecimento, a inovação, a ascensão na cadeia de valor, a gestão da marca, a cooperação empresarial e a ges-tão logística.

Entre as acções que os municípios de-vem privilegiar para favorecer o desen-volvimento e a consolidação dos negócios estão, por exemplo, a agilização dos pro-

cessos administrativos, a criação de in-centivos em função do cumprimento de objectivos, a qualificação do ensino e for-mação, o apoio à emergência de activida-des de base tecnológica, a aproximação ao sistema de ciência e tecnologia e a facili-tação de infra-estruturas logísticas e de localização empresarial. Sem descurar a necessidade de mobilizar parcerias ade-quadas, apostar em equipamentos quali-ficados de saúde, educação e lazer e po-tenciar as amenidades que diferenciam o território.

A actual crise global veio provar que o modelo económico baseado na mão-de-obra barata e na subcontratação tem os dias contados. Em virtude da reduzida qualificação do capital humano, muito do emprego destruído não será recuperado e no futuro próximo o mercado de traba-lho será cada vez mais exigente. A apos-ta na qualificação das pessoas e na criação de um contexto favorável ao investimen-to de valor acrescentado é o desafio a ven-cer pelos municípios da região do Tâme-ga e Sousa.

* Gestor . Membro da AM de Marcode Canaveses e da Assembleia

Intermunicipal do Tâmega e Sousa

A competitividade dos territórios

Page 39: Jornal Repórter do Marão

opinião repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

3910 a 23 de Set‘09

Alberto Santos *

Seguem as 5 razões que me levam a exortar os cidadãos a votar no PSD nas próximas eleições legislativas:

1º Uma RAZÃO ECONÓMICA: Im-porta consolidar a economia, com me-didas que promovam a retoma do cres-cimento económico, a recuperação da competitividade das PME’s, o cresci-mento do emprego e das exportações;2º Uma RAZÃO SOCIAL: É imperio-so focar a atenção da pobreza sénior e juvenil, mas também incentivar me-didas que visem a estabilidade no em-prego e uma melhor segurança social

(incentivos fiscais à contratação, pro-gramas especiais de estágios profis-sionais para desempregados, extensão excepcional do subsídio de desempre-go, fiscalização da justeza da atribuição dos apoios sociais); 3º Uma RAZÃO PELA EDUCAÇÃO: É evidente a necessidade de recuperar o prestígio dos professores como auto-ridade e de substituir o facilitismo pela exigência e rigor, premiando o esforço e o mérito; 4º Uma RAZÃO PELA JUSTIÇA: A Justiça é um pilar fundamental da es-tabilidade de uma sociedade. É vital

criar um sistema judicial seguro, rá-pido, eficaz e próximo do cidadão, que gere confiança e credibilidade. 5º Uma RAZÃO NACIONAL: A can-didatura do PSD, seguramente mais sóbria que as concorrentes, tem de-monstrado que não vai a reboque das tendências, das sondagens, dos fazedo-res de opinião: apresenta o seu próprio programa e age no tempo que é aquele que entende ser o adequado. Com fir-meza e determinação. É isso que o país precisa.

* Presidente da Câmarade Penafiel | PSD

Cinco razões para votarem Manuela Ferreira Leite e no PSD

Nicolau Ribeiro *

Estive tentado a usar neste texto o (célebre) título que Gabriel Garcia Mar-quez deu à estória que editou em 1981 so-bre o assassinato de Santiago Nasar, acu-sado de desonrar Ângela. Este é, porém, um texto que fala mais de dúvidas do que de certezas sobre o fim da imprensa em papel e, por isso, pareceu-me especulativa e sensacionalista a ideia de titulá-lo como “Crónica de uma morte anunciada”.

Anunciada, realmente, ainda não foi. Mas os indícios de que está em andamen-to uma mudança imparável que levará, no final do seu curso, à substituição dos me-dia em papel pelos media electrónicos afiguram-se evidentes. A questão pare-ce residir em saber-se quando isso acon-tecerá e ninguém arrisca prever o dia em que desaparecerá o último jornal em pa-pel ou será substituído pelo seu homóni-mo online.

“Não é bem assim”, dizem os des-crentes do digital, que contra-argumen-tam com a morte já anunciada da impren-sa quando apareceu a rádio e, mais tarde, a televisão, sem que o seu funeral tenha (ainda) sido feito. E também não será a Internet a enterrar os jornais em papel, acreditam.

Mas vamos às evidências: quase sem excepção, a imprensa em papel está em crise e a perder leitores que, em geral, se transferem para a Internet; em 2008, só nos Estados Unidos da América (que nes-ta como noutras coisas funcionam como barómetro), fecharam 120 jornais e foram despedidos 20 mil trabalhadores, muitos dos quais jornalistas; vários jornais can-

celaram as suas edições em papel e “mi-graram” para a Web, sendo frequente-mente citado o caso do pequeno (à escala dos EUA) “Christian Science Monitor” que vendia 50 mil exemplares e que, em pouco tempo, passou para sete milhões de visitantes mensais únicos, estimando ter 20 milhões no final de 2010.

E venceu a crise, perguntar-se-á? Não, o jornal continua deficitário e anda à procura de um modelo de negócio que tor-ne sustentável um jornalismo de qualida-de feito na Web. Em cima da mesa estão interrogações ainda sem resposta: deve ser proporcionado o acesso livre aos lei-tores ou reservar áreas de conteúdos pa-gos? Que estratégias devem ser usadas para a atracção de publicidade? Deve op-tar-se por um projecto editorial genera-lista ou oferecer conteúdos segmentados para nichos?

Dúvidas. Muitas, como se vê. Mas também a certeza de que o modelo de ne-gócio em que assenta(va) a imprensa tra-dicional está ultrapassado e a convicção de que a sua sobrevivência (por tempo in-determinado, digo eu) depende da recon-figuração e da reinvenção que cada meio for capaz de fazer, tendo em conta a con-corrência dos “news media”, dos “self-media”, da blogosfera ou das redes so-ciais online.

Há uma coisa que eu acho que a im-prensa tradicional já perdeu para sempre, mesmo aquela que assenta os seus textos em fórmulas de jornalismo interpretati-vo: a capacidade e o poder exclusivos que tinha de mediação entre fontes e públicos e que estava na base da construção da opi-nião. Hoje, qualquer cidadão pode aceder

directamente à informação e, se for capaz disso, interpretá-la e transformá-la em conhecimento.

Porque tenho que cumprir os três mil caracteres que me foram pedidos para esta crónica pela direcção do “Repórter do Marão”, reafirmo, para terminar, a mi-nha convicção de que, algures no tempo, a imprensa em papel terá um fim. Isso acontecerá quando se combinarem mode-los de negócio com gadgets tecnológicos (como o esperado e-reader), massificação de acessos e cultura digital.

Conforme os contextos, haverá um tempo de oportunidade propício à inova-ção também no papel, que pode passar por reinventar graficamente os jornais, o seu formato, os seus projectos editoriais e a estética da sua informação, combinan-do edições em papel com edições electró-nicas complementares, onde estarão os sons e as imagens (os conteúdos multimé-dia) dos temas tratados offline.

Esta oportunidade é, acredito, sobre-tudo da imprensa de proximidade, a quem é pertinente associar o seguinte conceito de Derrick de Kerkhove: “Quanto mais noção temos da globalidade, mais fica-mos conscientes das identidades locais e mais as protegemos: é este o paradoxo da aldeia global” (in “A Pele da Cultura”).

Em frente, pois!

(*) Técnico Superior daAdministração Pública, Mestre

em Ciências da Comunicação

O fim da imprensa em papel

Page 40: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão40 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I div|pub|editais

PReCiSA-SeeLeCtRiCiStAS

OFiCiAiS eAJuDAnteS

Contactar:255 494 800

inDePenDenteS POR

RebORDeLO- iPR

eleição para asAutarquias Locais

2009

A Lista de Grupo de Cidadãos “In-dependentes por Rebordelo - IPR”, candidatos à Assembleia de Fre-guesia de Rebordelo, Concelho de Amarante, vem nos termos estatu-tários e para os efeitos do Artº 21º da Lei nº 19/2003 de 20 de Junho, comunicar que constitui Mandatário Financeiro o senhor José Manuel de Meireles Machado.

CeRCiMARAntePAGAMentO De QuOtAS

A Cercimarante informa que os seus Associados podem pagar as suas quotas do ano de 2009 a partir de 14/09/09 no estabelecimento LIVRARIA TULIPA, na Rua Cândido dos Reis, Amarante.

Ex ministro dánome a avenida

O ex-ministro da Economia emprestou o seu nome a uma das artérias do Parque Empresarial

Multipark, em Paços de Ferreira. Uma decisão tomada pela autarquia, que é liderada pelo so-

cial-democrata, Pedro Pinto. O autarca justifica a homenagem com o empenho que o ex ministro teve em ajudar o sector do mobiliário. “Em Pa-

ços de Ferreira houve o dedo de Manuel Pinho”, afirmou o autarca. O Multipark, o complexo situ-ado ao lado da avenida, concentra 31 empresas e

gerou 120 postos de trabalho.

Tribunal de Amarante tem instalações provisórias

Desde o inicio do mês de Setembro, o Tribu-nal de Amarante está a funcionar nas instalações provisórias no edifício dos antigos escritórios da Tabopan, em Telões, na saída de Amarante – Fel-gueiras.

Este tribunal improvisado vai ficar instalado neste edifício durante 15 meses, o tempo previsto para as obras de requalificação, avaliadas em 1,2 milhões de euros.

Além de uma reformulação geral, o tribunal passará a dispor de três salas de audiência cons-truídas de raiz, uma de grande capacidade e duas de média dimensão.

A área ocupada pelo arquivo vai ser reaprovei-tada e aquele vai ser organizado no sótão do edi-fício.

Passagens de nível vãoter sistema de vigilância

No Concelho de Baião existem actualmente onze passagens de nível, cinco das quais sem guarda, duas guardadas, duas pedonais e duas particu-

lares. Em Julho de 2008 a REFER e o Municí-pio de Baião assinaram um protocolo que viabili-za a supressão de cinco passagens de nível, com a construção de restabelecimentos viários alter-

nativos e a reclassificação de seis das que subsis-tem, tendo-se já suprimido duas e instalado te-

lecomando numa outra. A passagem onde se deu acidente que vitimou cinco pessoas e fez ain-da dois feridos graves, tem a supressão prevista com a construção de um restabelecimento alter-

nativo, prevendo-se que a obra seja iniciada no 1º trimestre de 2010 e a supressão ocorra no 3º tri-

mestre. Em Caldas de Aregos, a passagem de ní-vel com um sistema de abertura e fecho com con-

trolo remoto, continua a ser único em Portugal.

Criança atropelada por familiar em Amarante

Uma menina de um ano e meio morreu, na úl-tima quarta-feira, na Mó, em Fregim, concelho de Amarante das consequências de um atropelamen-to que ocorreu a porta de casa dos avós.

Pelo que o RM conseguiu apurar, um veículo conduzido pelo tio da vítima embateu com a crian-ça. Tudo aconteceu cerca das 11h00, quando o tio estava a sair de casa. A menina terá corrido em di-recção ao veículo, sem que o tio se apercebesse da presença da criança. Apesar do socorro, a criança acabou por falecer no local do acidente.

O condutor foi sujeito ao teste de alcoolemia que se revelou negativo. Os pais, que estão imi-grados na Suíça foram informados por telefone da tragédia. O corpo da menina foi autopsiado no IML de Penafiel, na quinta-feira. AP

Page 41: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

4110 a 23 de Set‘09

Page 42: Jornal Repórter do Marão

A aposta nos desportos radi-cais tem vindo a ser significativa. Prova disso são os diversos espa-ços destinados à prática dos mes-mos, desde áreas públicas até pri-vadas, muitos são os investimentos neste sector.

As câmaras municipais estão a dedicar espaços verdes para o la-zer com infra-estruturas específi-cas para a realização destes des-portos e na maioria dos casos de acesso gratuito.

Na região do Vale do Sou-sa, Tâmega e Nordeste já encon-tramos essas estruturas como é o caso do município do Marco de Ca-naveses, Penafiel e Paços de Fer-reira.

Dada a situação geográfica desta região os desportos náuti-cos estão no top das preferências da população.

No decorrer deste ano, o muni-cípio do Marco de Canaveses inau-gurou o Centro Náutico do Tâme-ga, na freguesia de Sobretâmega, onde a canoagem e caiaque po-

dem ser praticadas a custos sim-bólicos. Ainda neste concelho está a funcionar a Escola Municipal de Desporto Escolar que oferece dia-riamente diversas actividades des-portivas incluindo desportos radi-cais no conhecido Parque Radical aos fins-de-semana para os mais jovens. Este parque pode ser uti-lizado por todos uma vez que está em permanência ao público. Numa vertente privada há o Ginásio Clu-be de Alpendorada que contém um leque alargado de desportos radi-cais a preços bastante acessíveis.

Em Penafiel o parque radical proporciona à comunidade várias actividades ao longo do ano, or-ganizadas pela câmara municipal, no entanto a utilização do espaço pode ser feita diariamente a titu-lo individual dado que se encontra aberto a todos.

No caso do município de Paços de Ferreira o parque radical situa-se na freguesia de Freamunde que a par dos desportos radicais dispo-nibiliza ainda uma ciclovia e um es-

paço dedicado ao desporto para a terceira idade. Um município que aposta no desporto para todas as idades.

Outros concelhos da região propiciam igualmente actividades desportivas embora mais espora-dicamente.

O sector privado tem vindo a investir nesta área e já podemos encontrar algumas empresas nos concelhos desta região. Em Lou-sada há a MegaBall, em Amaran-te existe a Associação de Paintball que tem vindo a apostar na área e até já promove eventos nacionais.

Na região do Nordeste, em Ri-beira de Pena, encontramos um dos mais conhecidos parques para a prática dos desportos radicais, o PenAventura Park. Esta área dis-põe de infra-estruturas para os mais diversos desportos com al-gum destaque para o Rapel, esca-lada, veículos TT e Paintball. Os valores para grupos variam entre os 15 e 40 Euros, para individuais rondam entre os 30 a 70 euros.

Parques radicaisconquistam mais jovens

Iva Soares | [email protected]

42

Page 43: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

4310 a 23 de Set‘09

Page 44: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão44 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I crónica|eventos

Red Bull Air Race regressa sábado e domingo

Milhares de pessoas vão estar de olhos postos no céu a 12 e 13 de Setembro nas margens do rio Douro, entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia.

Red Bull Air Race World Championship está de volta a Portugal com os cam-peões das alturas a fascinar o céu da Invicta com as mais arrojadas perícias. A prova em terras lusas pode ser decisiva para a classificação final e conta com al-terações quer no número de pilotos participantes quer nas regras da competição.

Crise

Música frenéticanas noites do Porto

Moby regressa a Portugal para apresentar o seu último trabalho “Wait for me”. E é já no dia 12 de Se-tembro no Parque da Cidade do Porto pelas 21 Horas.

O autor de temas como “Natural Blues” ou “Why does my heart feel so bad” promete levar o Porto para uma dimensão única de batidas frenéticas. Os bilhetes estão a venda nos locais habituais e têm um valor de compra antecipada de 15 euros. No próprio dia o ingresso custará 20 euros.

Festa do Caldoem Quintandona

Dia 18 de Setembro, às 20h30, abrem as portas da 3ª edição da Fes-ta do Caldo e da Música Tradicional da Quintandona, em Penafiel.

A festa das tradições 2009 conta com um cartaz cultural, musical e te-atral bastante diversificado. Desde os consagrados Ganlandun Galundaina,

Pé na Terra, Lumen, até à colabora-ção dos alunos da Escola Superior de Musica e das Artes do Espectáculo na variante teatral, muitos são os in-gredientes que compõe este Caldo da Quintandona 2009.

Almeida Garrett em cena em Lousada

“Frei Luís de Sousa” em cena no Auditório Municipal de Lousada nos dias 11, 12, 18 e 19 de Setembro pelas 21:30 horas. Pela Companhia de Tea-tro Jangada a literatura de Almeida Garrett ganha vida para contar a his-tória trágica de D. Madalena, D. Ma-nuel Coutinho e D. João de Portugal.

Vindimas aosom do jazz

Em jeito de banda sonora das Vindimas decorre a par-tir de 18 de Se-tembro até 10 de Outubro a 6ª edição do Festi-val Internacio-nal Douro Jazz.

A edição deste ano mantém os 56 espectáculos nas seis localidades já presenteadas em anos anteriores – Vila Real, Ré-gua, Bragança, Lamego, Chaves e São João da Pesqueira.

O certame de música Jazz do Dou-ro mantém as parcerias das edições anteriores, associando ainda o Museu do Douro e o Teatro Ribeiro Conceição de Lamego.

Retomo, quase uma década depois de a ter interrompido, a coluna “Cesto da Gávea”, umas larachas com que me fui entre-tendo e entretendo os leitores do Repórter do Marão ao longo de muitas dezenas, talvez cen-tenas, de semanas. E retomo-a, falando da crise. Fraco tema para uma reprise… Mas quê? A crise está aí, e, como dizia um cantautor dos anos 70 do sécu-lo passado, «vemos, ouvimos e lemos – não podemos ignorar». A crise come connosco à mesa, dorme connosco na cama, senta-se ao nosso lado no autocarro. É incontornável.

Certo que os noticiários já não abrem, como abriam inva-riavelmente uns meses atrás, com um rol de empresas a des-pedir gente. Certo também que começa a haver – dizem os se-nhores economistas – ténues si-nais de abrandamento da crise, nada contudo que nos autorize a embandeirar em arco e vir para a rua celebrar; mas enfim, quan-do mal, nunca pior. Certo ainda que, ao domingo, os restauran-tes em Vila Real – falo do que conheço – estão a abarrotar de gente que ainda se vai permi-tindo dar este pontapé semanal na crise, o que também já não é mau sinal de todo.

Mas, quando menos espe-ramos, a crise dá-nos um mur-ro no estômago, como para nos recordar que ainda anda por aí e que por enquanto quem man-da é ela.

Quero contar aqui, no limiar deste segundo fôlego do “Cesto da Gávea”, um caso passado uns dois meses atrás, caso de que fui um dos protagonistas mal-gré moi e que ainda hoje trago entalado como uma esquírola de osso na garganta.

Vinha eu, por essas seis da tarde, na Alameda da Estação, em Vila Real, cismando nas pe-ripécias do dia de trabalho que findara, quando vejo, a meio da alameda, uma senhora de ida-de sentada num murete e, a seu lado, talvez um neto dos seus dez, onze anos. Estavam ves-tidos com decência. “A gozar a sombra”, conjecturei. E ia em-brenhar-me por esse tema das novas relações que se estabe-lecem hoje entre avós e netos, num contexto de obrigações la-borais dos pais que por vezes chega a ser desumano (e não me importo de que me chamem, à falta de melhor insulto, ‘politica-mente incorrecto’), com os avós

a serem solicitados para mui-to mais do que o simples contar de histórias de há umas décadas atrás – ia a embrenhar-me nes-se tema, dizia eu, quando o ra-pazinho, de aspecto impecável e respeitador se me dirigiu:

“Tem um euro para comprar um livro?”

Trazia de facto uma braça-da daquilo que me pareceu se-rem antes revistas, por sinal muito delgadas. E lá mudo eu de conjectura: “Devem perten-cer a uma dessas confissões reli-giosas que se julgam detentoras únicas da verdade e teimam em nos salvar a alma, mesmo con-tra nossa vontade.” Mas tam-bém não era o caso. “São livros dos países”, adiantou então o ra-pazinho. E estendeu-me o mo-lho de revistas, para eu escolher.

Para minha estupefacção, vi então do que se tratava real-mente: nada mais, nada menos do que folhetos de propaganda de uma agência de viagens. So-bre os Açores, sobre a Madei-ra, sobre o diabo a quatro. Rea-gi maquinalmente: “Não quero, obrigado.” E retomei o caminho de casa, ruminando severos juí-zos contra o que, a frio, me pare-ceu uma desvergonha.

Desde então, a coisa vem-me de tempos a tempos à ca-beça. Diz-se que a necessidade aguça o engenho, e assim deve ser na verdade. Porque é preci-so algum engenho para chegar a uma agência de viagens, arreba-nhar uns quantos folhetos pro-mocionais e vir para a rua ven-dê-los, fazendo-os passar por ‘livros dos países’. Mas não só engenho: também desfaçatez quanto baste e uma pitada de desonestidade. Não da parte da criança, que presumo fazia ape-nas o que lhe mandavam; mas dos pais ou avós, vá-se lá saber.

Mas depois lá vem o advo-gado de Deus suavizar as coi-sas: sabe-se lá que miséria e fome encobertas serão neces-sárias para levar uma senhora idosa mais o neto a sujeitarem-se àquela humilhação de virem para a rua vender à razão de um euro por peça aqueles ‘livros dos países’, embora sabendo que fo-ram rapinados de uma agência de viagem ou mesmo retirados dalgum caixote do lixo, se por acaso já estavam desactualiza-dos…

E ainda não cheguei a um ve-redicto.

[email protected]

Page 45: Jornal Repórter do Marão

pub repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

4510 a 23 de Set‘09

Page 46: Jornal Repórter do Marão

repórterdomarão46 10 a 23 de Set‘09

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I património

Para além do seu conteúdo, que será dos mais recheados da região, o próprio edifício em si constitui uma autêntica obra de arte, dese-nhada pelo arquitecto Fernando Távora.

O Museu de Penafiel, que cons-titui o novo ex-libris da cidade, in-tegra no seu acervo colecções de arqueologia, etnografia e história local, caracterizando-se a sua di-nâmica por uma associação entre a actividade museológica e o estudo da história e do património arqueo-lógico locais.

Com linha editorial própria e com diferentes níveis de informa-ção, o Museu Municipal tem vin-do a publicar, de forma continua-da, vários estudos de divulgação das colecções e do património his-tórico-arqueológico do concelho de Penafiel.

Têm sido igualmente executa-dos roteiros temáticos e folhetos informativos, tentando assim che-gar a vários tipos de público.

Interactividade

O Museu Municipal de Penafiel conta uma instalação interactiva que recria o ambiente das lampreias, um peixe característico nos rios da re-gião. A animação de um grupo de lampreias num meio aquático é pro-jectado sobre uma estrutura circular com três metros de diâmetro conce-bida pelo designer Francisco Provi-dência. Os visitantes podem tocar e interagir com as lampreias com as suas mãos ou outros objectos.

O Museu é, actualmente, com-posto pelos Serviços Educativo, de Gestão de Colecções, de Gestão do Património Cultural e Centro de Documentação, estando em curso a instalação de outros serviços pre-vistos no Regulamento Interno.

Realizam-se visitas guiadas para grupos, mediante marcação prévia, ao núcleo-sede, aos núcleos depen-dentes do Castro de Monte Mozi-nho e Moinho da Ponte de Novelas, à cidade de Penafiel e ao património

histórico-arqueológico do concelho. Nas novas instalações da Rua do

Paço, a área expositiva é composta por cinco salas de Exposição Per-manente e uma sala de Exposições Temporárias.

Estão patentes, na Exposição Permanente, alguns filmes de épo-ca pertencentes ao acervo de diver-sas instituições, como a Cinemateca Portuguesa ou o Arquivo RTP, e ain-da vários filmes de diversas temáti-cas realizados especificamente para o efeito, que estão disponíveis para venda ao público, no DVD recente-mente lançado pelo Museu, intitula-do “Videografias de Penafiel”.

A aposta feita no horário alar-gado, com a abertura contínua do Museu (das 10h00 às 18h00, de ter-ça a domingo), tem-se revelado fun-damental para o aumento do núme-ro de visitantes. Durante a semana predominam as visitas de grupos escolares, de vários níveis de ensi-no, não só do concelho mas de toda a região Norte.

Museu de PenafielO Museu Municipal de Penafiel está instalado nopalacete setecentista dos Pereira do Lago e é dedicado à história, arqueologia e etnografia da região. Alexandre Panda | [email protected]

Page 47: Jornal Repórter do Marão

cartoon | nós repórterdomarãoI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

4710 a 23 de Set‘09

Cartoons de Santiago

Fundado em 1984Quinzenário Regional • Publica-se à quinta-feiraRegisto/Título: ERC 109918Depósito Legal: 26663/89

Redacção:Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, 230Apartado 200 4630-279 MARCO DE CANAVESESTelef. 910 536 928 - Fax: 255 437 000E-mail: [email protected]

Director: Jorge Sousa (C.P. 1689),Director adjunto: Alexandre Panda (C.P. 8276)Sub-director: António Orlando (C.P. 3057)

Redacção e colaboradores: Alexandre Panda, António Orlando, Jorge Sousa, Alcino Oliveira (C.P. 4286), Paula Costa (C.P. 4670), Liliana Leandro (C.P. 8592), Paula Lima (C.P. 6019), Carlos Alexandre (C.P. 2950).Colaboração/Outsourcing: Media Marco (Vitor Almeida, Sandra Teixeira), Baião Repórter/Marão Online (Jorge Sou-sa, Marta Sousa)

Promoção Comercial, Relações Públicas ePublireportagem: Iva Soares - Telef. 910 536 928

Propriedade e Edição:Tâmegapress - Comunicação e Multimédia, Lda.NIPC: 508920450Sede: Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, 230 - Apartado 44630-279 MARCO DE CANAVESES

Partes sociais superiores a 10% do capital: António Martinho Barbosa Gomes Coutinho, Jorge Manuel Soares de Sousa.

Cap. Social: 80.000 Euros

Impressão: Mirandela - LisboaTiragem desta edição: 22.000 exemplaresPedida inscrição à APCT-Ass.Portuguesa de Controlo de Tiragem

A opinião expressa nos artigos assinados pode não corresponder necessariamente à opinião da Direcção. deste jornal.

DOn`t DiStuRb[não incomodar]

2009

Estatuto Editorial

A reinvençãodo papel

Num mundo globalizado o fácil é acom-panhar as passadas de Obama com o seu cão d’água pelos jardins da Casa Bran-ca. O difícil é descodificar as consequên-cias da falta de água potável ou da perda do emprego na vida do senhor Barata, al-gures numa qualquer aldeia encravada na Serra do Repórter.

O desafio é, claro, de quem aceitou fa-zer este jornal: contar estórias das nossas gentes e das nossas terras num formato fracturante com os demais do nosso cam-peonato. Quer no ângulo de abordagem, quer no design, quer no formato.

wEstamos aqui para fazer diferente. Se é verdade que uma imagem vale mais que mil palavras, não é menos verdade que uma boa imagem vale por si.

É compromisso do RM desmontar a mensagem do caudal informativo tornan-do a informação perceptível a quem a lê.

É, pois, com algum arrojo que aqui es-tamos!

Jorge SousaAlexandre PandaAntónio Orlando

O Repórter do Marão é uma publica-ção pluralista, democrática e indepen-dente, informativa e formativa.

Pauta a sua acção pelo princípio da li-berdade de pensamento, pela objectivi-dade e verdade da sua informação, pro-curando dar expressão e acolhimento a

todas as correntes democráticas.Assume o compromisso de respeitar

os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não po-der prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, enco-brindo ou deturpando a informação.

Page 48: Jornal Repórter do Marão