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www.reporterdomarao.com.pt [email protected] Telf. 255 521 307 Preço: 1,00€ IVA 5% incluído O JORNAL DA REGIãO DO TâMEGA E SOUSA 12 a 25 de Março 2009 Quinzenário Edição n.º 1214 Ano 26 Publica-se à quinta-feira Director: Vítor Almeida Director Adjunto: Alexandre Panda AMARANTE NOVO HOSPITAL COM TELE-MEDICINA NA URGÊNCIA BAIãO FURTO DE CARROS ASSUSTA POPULAÇãO CINFãES TRÊS JOVENS FERIDOS COM SACA-ROLHAS CELORICO DE BASTO FESTA INTERNACIONAL DAS CAMÉLIAS SOCIEDADE SOLITÁRIO ASSALTA BANCO EM LOUSADA WWW.REPORTERDOMARAO.COM.PT BAIÃO Centro urbano vai mudar de rosto Destaque. Em entrevista ao RM, os três comandantes dos destacamentos da GNR de Amarante, Felgueiras e Penafiel explicam que há menos criminalidade violenta na região, mas em contraponto a pequena delinquência tem aumentado. São crimes contra o património e as pessoas que fazem aumentar as estatísticas do crime no Tâmega e Sousa. Págs. 8/9 AMARANTE ARMINDO ABREU QUER MAIORIA ABSOLUTA Autárquicas 2009. O actual presidente da Câmara de Amarante está convencido que o PS vai reconquistar a maioria absoluta perdida em 2005. Pág. 2 CRIMES VIOLENTOS DIMINUIRAM EM 2008 MARCO DE CANAVESES Portal do Município quer aproximar cidadãos

Jornal Repórter do Marão

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O Jornal do Tâmega e Sousa

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O J O r n a l d a r e g i ã O d O T â m e g a e S O u S a12 a 25 de Março 2009 • Quinzenário • Edição n.º 1214 • Ano 26 • Publica-se à quinta-feira • Director: Vítor Almeida • Director Adjunto: Alexandre Panda

amaranTenOVO HOSPiTal COm

Tele-mediCina na urgÊnCia

BaiãOFurTO de CarrOS

aSSuSTa POPulaÇãO

CinFãeSTrÊS JOVenS FeridOS

COm SaCa-rOlHaS

CelOriCO de BaSTOFeSTa inTernaCiOnal

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SOCiedadeSOliTÁriO aSSalTa

BanCO em lOuSada

w w w . r e P O r T e r d O m a r a O . C O m . P T

BAIÃO

Centro urbanovai mudar de rosto

Destaque. Em entrevista ao RM, os três comandantes dos destacamentos da GNR de Amarante, Felgueiras e Penafielexplicam que há menos criminalidade violenta na região, mas em contraponto a pequena delinquência tem aumentado.São crimes contra o património e as pessoas que fazem aumentar as estatísticas do crime no Tâmega e Sousa. Págs. 8/9

AMARANTE

ARMINDOABREUQUERMAIORIAABSOLUTAAutárquicas 2009. O actual presidente daCâmara de Amarante está convencido queo PS vai reconquistar a maioria absolutaperdida em 2005. Pág. 2

CRIMES VIOLENTOS DIMINUIRAM EM 2008

MARCO DE CANAVESES

Portal do Municípioquer aproximar cidadãos

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Repórter do Marão 12 março 20092 Amarante [email protected]

Jorge Sousa

O actual presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu, afirmou es-tar convencido de que o PS vai «readqui-rir a maioria absoluta», perdida em 2005, na sessão de apresentação da recandidatu-ra ao cargo.

«Eu conto, o PS conta convosco, com os seus candidatos às freguesias para conven-cermos a maioria absoluta do eleitorado a votar em nós”, disse o autarca, perante cerca de três centenas e meia de militan-tes e simpatizantes socialistas e alguns in-dependentes, que encheram no passado sábado 7 de Março à noite a sala de cinema Teixeira de Pascoaes, em Amarante.

Muito crítico da oposição, que res-ponsabilizou pelo desgaste público e pelo atraso de alguns investimentos no conce-lho, Armindo Abreu prometeu não virar a cara à luta política e prosseguir a execução de projectos que considera fundamentais para o desenvolvimento do concelho.

Sobre o próximo mandato, o autarca socialista adiantou que prosseguirá os in-vestimentos na requalificação do parque escolar e que dará continuidade à coopera-ção com as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) na luta contra a pobreza e a favor da segurança social.

O programa, que prometeu apresentar em breve ao eleitorado, inclui um maior

volume de investimentos, utilizando os fi-nanciamentos do QREN e a majoração do Provere, tendo o candidato anunciado que está a preparar uma candidatura do Muni-cípio ao Programa de Regeneração Urba-na/Polis XXI.

Armindo Abreu comprometeu-se ainda a não lançar nenhuma derrama (taxa so-bre os lucros das empresas), a não ultra-passar a capacidade de endividamento e a manter os apoios ao voluntariado jovem e ao arrendamento urbano.

O candidato do Partido Socialista, força política que preside à autarquia há 20 anos – desde 1989, quando Francisco Assis con-

quistou a câmara ao PSD –, enalteceu o ri-gor da gestão municipal.

“O nosso município é dos poucos que cumpre os compromissos dentro dos pra-zos, sendo dos concelhos para o qual em-preiteiros e fornecedores mais gostam de trabalhar. Pertence ao clube também res-trito daqueles que mantêm uma capaci-dade confortável de endividamento, sem quebra de investimento”, concluiu Armin-do Abreu.

A esta sessão assistiram o eurodepu-tado Francisco Assis, o vizinho autarca de Baião, José Luís Carneiro, o presidente da CCDR Norte, Carlos Lage, e o presiden-

te da Federação do PS/Porto, Renato Sam-paio.

O Partido Socialista detém a actual presidência da Câmara Municipal de Ama-rante mas está em minoria no órgão (onde tem assento apenas mais um vereador so-cialista), sendo os restantes cinco manda-tos distribuídos por dois vereadores inde-pendentes (ex-PSD e ex-PS), um do PSD e dois do Movimento independente Amar Amarante de Avelino Ferreira Torres.

Na Assembleia Municipal, o PS é maio-ritário se contabilizados os presidentes de junta, que exercem o mandato por inerên-cia do cargo.

O próximo órgão autárquico vai ser composto por nove elementos, a serem es-colhidos, provavelmente em Outubro des-te ano, por cerca de 52 mil eleitores, distri-buídos por 40 freguesias.

Armindo Abreu defrontará no próximo acto eleitoral para as autarquias o adver-sário de 2001 pelo PSD, José Luís Gaspar, e provavelmente um candidato do CDS-PP, partido que em 2005 esteve ao lado do mo-vimento de apoio a Avelino Ferreira Tor-res (Amar Amarante).

As forças políticas CDU e Bloco de Es-querda concorrem com candidatos pró-prios mas a sua expressão eleitoral não atingiu sequer o meio milhar de votos nas eleições autárquicas de 2005.

autárquicas 2009: armindo abreu quer reconquistar maioria absoluta

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Repórter do Marão 12 março 2009 [email protected] Amarante

Barragem de FridãO diSCuTida em deBaTe

ACâmara Municipal de Amarante pro-move, no próximo dia 20 de Março, sex-ta-feira, a partir das 21:00, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, uma conferência/ debate sobre “Riscos indu-zidos pela Barragem de Fridão”, que con-tará com a participação do Presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Carlos Alberto Matias Ramos, e de Ferreira Lemos, Director do Departamento de En-genharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. No convite que formulou àqueles dois especialistas, Ar-mindo Abreu, enfatiza que “como cidadão e enquanto Presidente da Câmara desejo que o debate público se faça com sereni-dade e com conhecimento, o mais científi-co possível, dos impactes negativos e po-sitivos daquele empreendimento”.

É já no próximo dia 21 de Março que o Município de Amarante comemora, o cen-tenário da chegada do comboio a Amaran-te, com um programa que inclui, às 15:30, a abertura de uma exposição de fotogra-fia e o descerramento de uma placa alusi-va à efeméride, na estação de Amarante; a abertura, na Biblioteca Municipal Alba-no Sardoeira, da exposição “No Centená-rio da Chegada do Comboio a Amarante”, a apresentação de uma colecção de postais de António Teixeira Carneiro, seguida da Conferência “O comboio como factor de desenvolvimento económico e social”. As celebrações encerrarão à noite, decorren-do, na Casa das Artes de Amarante, a par-tir das 21:30, o concerto “Amar Guitarra.

A chegada do comboio, segundo o jor-nal “Flor do Tâmega” de 28 de Março de 1909: “Às 11:15 chegou o comboyo à esta-ção, com as bandas de Amarante e Villa Boa tocando o hymno nacional; engenhei-ros, governador civil, jornalistas e muitas outras pessoas do Porto, Regoa, Marco de Canavezes, Barcellos, Penafiel, etc. Todos os logares vinham tomados, até os wagons de carga replectos de gente.

“(...) Na estação aguardava a chega-da a philarmonica de Figueiró, que rom-peu também com o hymno da carta, ao som dos vivas e do continuo estrallejar de dy-namite. O comboyo era composto de 11 vehiculos: carruagens de 1ª e 3ª classe, sa-lão, fourgon e 2 wagons de carga, reboca-

dos pela locomotiva Compound 410, que vinha adornada com um tropheu de ban-deiras, encimando um retrato a crayon do eminente orador Sr. Conselheiro António Cândido. Bordavam o retrato camélias. Em baixo, um ramo das mesmas flores, unidas por 2 largas fitas com as cores na-cionais. Em três escudos – Salvé A. Cândi-do – viva Amarante – 1909, 21-3”.

O relato é do jornal “Flor do Tâmega” de 28 de Março de 1909 e dava conta do que foi a chegada do primeiro comboio a Amarante, sete dias antes, a 21. Estavam concluídos os primeiros 13 quilómetros de via da Linha do Tâmega, entre a Livração – na Linha do Douro – e Amarante, que agora iria progredir para nordeste.

A Câmara Municipal de Amarante con-vidou o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, a presidir à sessão solene da evocação dos “200 anos da Defesa da Pon-te de Amarante”, que terá lugar a 18 de Abril.

A recriação histórica da defesa da pon-te de Amarante, agendada para a tarde e noite de 18 de Abril, será realizada por cer-ca de duas centenas de figurantes, sob a organização conjunta da Associação Napo-leónica Portuguesa e do Grupo de Recria-ção Histórica do Município de Almeida.

A segunda invasão francesa, sob as or-dens do marechal Soult, atingiu Amarante em Abril de 1809, tendo a resistência aos invasores durado cerca de duas semanas,

entre 18 de Abril e 02 de Maio.O programa apresentado pela Câmara

Municipal de Amarante, inclui ainda uma exposição dos 200 anos da defesa da ponte (de 04 de Abril a 03 de Maio), um concerto pela Orquestra do Norte (17 de Abril), uma homenagem às vítimas da invasão france-sa (02 de Maio) e um ciclo de conferências, concertos, inauguração de monumento co-memorativo da resistência, actividades a desenvolver entre Abril e Setembro.

A autarquia anunciou ainda a criação da “Rota da II Invasão em Amarante”, en-tre a actual ponte de S. Gonçalo e as ruínas do Solar de Magalhães.

A recriação histórica da defesa da pon-te de Amarante terá também a colabora-

ção do Exército Português.O presidente da autarquia, o socia-

lista Armindo Abreu, justificou o convi-te ao Presidente da República para pre-sidir à evocação do bicentenário da defesa da ponte de Amarante pela importância da efeméride e também por a passagem do primeiro centenário, em 1909, ter regista-do a presença do Rei de Portugal da altu-ra, D. Manuel II.

Apesar de admitir que a recriação histórica “será o elemento de mais for-te adesão popular”, o autarca de Amaran-te considera que “ainda mais importante é reflectir [dois séculos passados] sobre a história daquela altura”. JS

Jorge Sousa

O ministro do Ambiente, Ordenamen-to do Território e Desenvolvimento Regio-nal anunciou no passado dia 4 de Março, em Amarante, que até ao Verão serão eli-minadas as mais de 700 sucatas ilegais de automóveis que tinham sido identificadas em Junho de 2008.

“Até ao Verão concluímos a remoção de mais de 700 depósitos ilegais de sucata. Neste momento, já vamos em 450 que fo-ram ou removidos ou, por satisfazerem os requisitos ambientais, estão a ser licencia-dos”, afirmou Francisco Nunes Correia.

O ministro falava à margem da inaugu-ração da Re-Source Portuguesa, localizada em Fregim, Amarante, unidade industrial que vai criar 50 postos de trabalho e tem capacidade para receber cerca de 6.000 automóveis por ano, a uma cadência de 25 unidades por dia.

A Re-Source Portuguesa representa um investimento de 5,5 milhões de euros e começou a laborar no início de Fevereiro.

O ministro, que esteve acompanha-do pelo secretário de Estado do Ambien-te, Humberto Rosa, lembrou que “há toda uma actividade económica que se está a desenvolver. É uma daquelas medidas onde o ambiente e a economia beneficiam

ambos”.Nunes Correia salientou “a qualidade”

da instalação industrial inaugurada, “um exemplo de excelência a nível europeu”, onde é feita toda a desmontagem dos ve-ículos em fim de vida e “o aproveitamen-to de mais de 80 por cento dos seus ma-teriais”.

O ministro classificou ainda o progra-

ma de erradicação das sucatas como “uma história de sucesso”, por “conciliar um en-quadramento legal, um conjunto de medi-das fiscais e ainda operações logísticas de remoção das sucatas ilegais”.

O governante lembrou que só a entre-ga do veículo automóvel em fim de vida a um centro de abate licenciado permitirá ao proprietário deixar de pagar anualmente o

Imposto Único de Circulação (UIC), medi-da que acabou com os carros velhos aban-donados nas ruas.

Entretanto, o director-geral da Valor-car, entidade certificadora dos centros de abate e reciclagem dos veículos em fim de vida (VFV), disse ao RM que apenas dois distritos no Continente e a Madeira e Aço-res não dispõem de unidades de desmante-lamento. “Até ao Verão os centros de aba-te de veículos da Guarda e de Beja, já em instalação, entrarão em funcionamento, fi-cando cobertos todos os distritos do Conti-nente”, disse Ricardo Furtado.

O director-geral da Valorcar acrescen-tou que as Ilhas serão cobertas por três centros, um no Funchal (Madeira) e dois nos Açores, a instalar nas ilhas Terceira e S. Miguel.

Além da unidade de Amarante hoje inaugurada, a mais moderna e única no país por ter uma linha completa de des-mantelamento e reciclagem de todos os materiais, estão em funcionamento 43 cen-tros de abate de veículos, prevendo-se que a rede fique completa com meia centena de instalações.

No ano de 2008 foram reciclados nos centros da Valorcar cerca de 88 mil veícu-los, quase o dobro dos veículos abatidos no ano anterior.

FRANCiSCo NUNES CoRREiA ANUNCiA ELiMiNAção DE 700 SUCAtAS Até Ao VERão

ministro presidiu à inauguração da re-Source

autarquia quer Cavaco Silva naevocação das invasões francesas

DiA 21 DE MARço

Há 100 anos que chegou o comboio a amarante

Page 4: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 20094 Baião [email protected]

A vila de Baião vai sofrer obras de re-abilitação urbana no valor aproximado de 2,7 milhões de euros, que prometem tra-zer-lhe nova vida, melhores condições de mobilidade e torná-la mais atractiva para moradores e turistas, graças ao projecto Praça Central.

O projecto, que será executado até 2011, insere-se numa iniciativa inédita no país – que contempla apenas candidaturas de sedes de concelho – e é visto como uma “vitamina” para a reabilitação e dinami-zação local. Será comparticipado a 70 por cento por fundos estruturais do Programa Operacional Regional do Norte, sendo os restantes 30 por cento suportados pela Câ-mara Municipal de Baião.

O Praça Central divide-se em quatro partes: Praça Centro; Praça Sul; Praça Norte e Temas da Praça. A Praça Centro tem uma dotação total de 735 mil euros. Deste valor, 315 mil euros vão destinar-se à requalificação da Praça D. Manuel de Castro e criação de um espaço de esplana-da e bar de apoio à praça. Estava também contemplada uma verba de 420 mil euros para a criação de um parque de estacio-namento neste local, mas visto que o Mi-nistério da Saúde, no âmbito do protocolo para a criação do futuro Centro de Saúde de Baião, se comprometeu a financiar o fu-turo parque de estacionamento, a Câma-ra Municipal pretende afectar esta verba para outra finalidade. Essa finalidade será a requalificação da zona envolvente à EB 2,3/S de Baião e do Centro Escolar, onde agora estão as Piscinas Descobertas, e que passaria a dispor de um parque de estacio-namento. A Praça Sul terá uma dotação de 637 mil euros, para a requalificação da ro-tunda de entrada na vila, junto à Feira do Tijelinho, e também da rua de Entrepare-

des. A Praça Norte vai consistir, por sua vez, na qualificação do Jardim Francisco Sá Carneiro e da Praça da Fonte Nova e na criação de um Parque de Estacionamento junto ao bairro Francisco Sá Carneiro: ao todo serão investidos nesta parte do pro-jecto 787 mil euros.

Finalmente, na área Temas da Praça, o valor aplicado será de 467 mil euros. Este servirá para a execução de estudos de cir-culação e mobilidade (entre eles os estu-dos que vão conduzir à criação da Variante Norte à vila de Baião), para o reforço das áreas verdes e da presença de flores e para

a qualificação da toponímia.

um concelho mais atractivoPara o presidente da Câmara Munici-

pal de Baião, José Luís Carneiro, este pro-jecto será fundamental para trazer maior atractividade e qualidade de vida à vila. “Queremos que os moradores tenham pra-zer em aqui viver, mas também, e porque somos cada vez mais procurados turisti-camente, temos que ter uma sede de con-celho, bem como as restantes freguesias, mais apelativa para quem vem de fora”, refere. Para o autarca os méritos da Praça

Central são principalmente ao nível da mo-bilidade, da qualificação do espaço público e da beneficiação de espaços verdes.

“Este projecto faz parte de uma estra-tégia mais ampla que temos para Baião e que passa muito pela criação de Centros Cívicos nas diversas freguesias. Estamos a investir 3,5 milhões de euros neste ob-jectivo que temos a certeza que vai con-tribuir para termos um concelho melhor”, nota ainda. Ao todo o projecto Praça Cen-tral vai promover a criação de cerca de 70 postos de trabalho temporários e 6 perma-nentes.

iNVEStiMENto DE 2,7 MiLHÕES DE EURoS

Centro urbano da vilareabilitado até 2011

Foi já ao cair do dia 7 de Março, que os bombos da Associação de Defesa do Patri-mónio de Gestaçô soaram fortes e fizeram juntar a população daquela freguesia, em especial a do lugar de Quintinha. A ocasião era especial, tratava-se de inaugurar uma obra há muito reclamada pelos locais: a criação de redes de saneamento para ser-vir o lugar.

A obra, executada por empreitada, re-presentou um investimento de 86 mil eu-ros, e vem terminar com os maus cheiros e contaminação da água provocados pela existência de fossas sépticas naquele lu-gar e trazer mais qualidade de vida à po-pulação.

Depois de cortada a fita da inaugura-ção, o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, percorreu os 500 metros de extensão da obra na com-panhia do presidente da Junta de Gesta-çô, Carlos Ferraz. A segui-los tinham mais de meia centena de munícipes, elementos da junta local e também a vereadora inde-

pendente da Câmara Municipal de Baião, Paula Freitas.

“É com muita satisfação que estamos aqui perante vós a inaugurar esta obra. Não foi fácil torná-la realidade porque ti-vemos que levantar o problema na Assem-bleia Municipal, falar várias vezes com o poder político e só com este executivo teve a sensibilidade para o resolver”, re-feriu Carlos Ferraz. O autarca referiu que “cabe agora à população fazer as ligações à rede pública de saneamento” para que possa beneficiar de uma efectiva melhoria da qualidade de vida”.

Já José Luís Carneiro elogiou a pos-tura persistente e determinada de Carlos Ferraz na luta pelos interesses da fregue-sia e deixou dois esclarecimentos à popu-lação: “Em primeiro lugar optámos por pavimentar a obra em cubos e não em be-tuminoso porque esta é a melhor opção, em termos técnicos, para a pavimentação de vias íngremes. Além disso o cubo é mais fácil de repor caso sejam necessárias re-

parações nas redes de saneamento. Em segundo lugar, apesar da continuação da rede até ao lugar da Senhora da Graça ser tecnicamente viável, e pouco custosa, optei por não a fazer porque isso podia ser vis-

to como um favorecimento visto que lá se situa a residência dos meus sogros”. “Em política não basta parecer sério, é preciso ser sério”, concluiu.

Problemas resolvidos

Daniel e Eduardo Freitas partilham o mesmo apelido e habitam no lugar bene-ficiado. Para o primeiro a obra “foi muito importante porque o saneamento era pre-ciso e porque permitiu a criação de um lar-go para facilitar a circulação automóvel”. O segundo entende que as principais van-tagens são “pôr fim aos maus cheiros que se sentiam, especialmente no verão, e aca-bar com a água de lavar a loiça a escorrer pela calçada porque as bancas despeja-vam directamente para a via pública”. No fim sorriem e festejam no animado conví-vio preparado pela população local para a recepção ao presidente da Câmara Muni-cipal.

No VALoR DE 86 MiL EURoS

Saneamento da Quintinha em gestaçô inaugurado

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Repórter do Marão 12 março 2009 [email protected] Baião

Cinco mulheres jovens, com profissões muito diversas, assinalaram domingo 8 de Março, em Baião, o Dia Internacional da Mulher, testemunhando os seus diferentes percursos de vida. E mostraram – como muitas outras que haveria, com certeza, na sala – que há uma palavra banida das suas vidas: desistir.

Numa iniciativa da autarquia, mais de 200 mulheres encheram o auditório muni-cipal para ouvir uma técnica de emprego e formação, uma operária temporária da câ-mara municipal, uma jornalista da televi-são pública, uma enfermeira a trabalhar no concelho e uma empresária do ramo da estética feminina, todas com raízes ou liga-ções afectivas a Baião.

Até a componente musical coube a uma jovem psicóloga, nascida em Ancede, uma das 20 freguesias do concelho, que faz do fado um hóbi e tenta a entrada no difícil mundo artístico nacional.

Cláudia Madur começou a carreira mu-sical em 2006 e está a trabalhar na grava-ção do seu primeiro álbum.

Segundo a sua página no MySpace, tem agendados até Junho mais de duas de-zenas de concertos em diversas cidades do Norte do país, nomeadamente no “Jane-las do Fado”, a inaugurar a 27 de Março na cidade de Matosinhos, onde a fadista de Baião vai ser presença assídua.

À sua maneira, cada uma das convida-das deixou para as mulheres presentes na sala uma mensagem de incentivo, de rei-vindicação e de esperança. “Nunca deve-

mos baixar as armas. Somos mais fortes que os homens, trabalhamos três vezes mais do que eles”, incentivou Rafaela Mi-randa, que lembrou as barreiras e os pre-conceitos que encontrou em Baião.

Luísa Barreto, técnica superior de em-prego, deu conta da fragilidade da mulher nos concelhos do interior, de que Baião é um exemplo gritante, quando não tem for-mação, escolar ou profissional.

“Temos um trabalho gigantesco pela

frente. Mais de 70 por cento das mulheres do concelho não têm sequer o 6º ano de es-colaridade”, referiu, ao exemplificar por-que tem dado prioridade à formação pro-fissional no concelho de Baião, um dos três abrangidos pelo centro de emprego que di-rige.

A jornalista da RTP Fátima Araújo, uma presença assídua nos jornais de fim de semana e na RTPN, falou sobre a fe-

minização das redacções dos jornas, mas salientou que a maior presença da mulher na profissão “não correspondeu à melho-ria de salários ou sequer à ascensão a car-gos de chefia”.

Para Fátima Araújo é verdade “que a antiguidade [na profissão de jornalista] é ainda um posto” e o facto de não exis-tir ainda antiguidade da mulher na profis-são poderá explicar, em parte, o seu “afas-tamento dos lugares de topo”.

A enfermeira Glória Queirós, que é do concelho vizinho do Marco de Canaveses mas trabalha em Baião, deu conta do dra-ma insustentável da violência doméstica – que é muita e pouco denunciada ou reco-nhecida pelas mulheres – e do alcoolismo, um problema “também dramático”.

A operária Helena Freitas, com um vín-culo temporário na autarquia local, contou, emocionada, o seu atribulado percurso de

vida, fortemente marcado pelo infortúnio.É verdade que à ainda jovem mulher,

que foi aplaudida de pé, no final, por todas as presentes, a sorte tem sido madastra, mas a sua coragem tem resistido a tudo, dos problemas de saúde pessoais até às do-enças e mortes dos pais, por cancro.

A sessão ainda contou com uma breve caracterização do percurso da mulher na sociedade ao longos dos tempos, a chama-da emancipação, descrita pela arqueólo-ga Carla Stockler e com uma breve inter-venção de José Luís Carneiro, presidente da câmara de Baião, que considerou que a luta deve ser “por uma sociedade mais jus-ta”.

O autarca lembrou que percorreu o concelho de lés a lés e quase sempre só en-contrava mulheres quando chegava aos lu-gares, uma vez que os homens trabalham fora ou estão emigrados.

“São elas que têm mais presença na nossa sociedade”, frisou, insistindo que o importante é lutar pela “dignidade”.

“Independentemente da actividade que fazemos, devemos sempre buscar a digni-dade. É um direito e um dever, ser bons profissionais naquilo que fazemos”, defen-deu.

A reter ainda desta iniciativa da autar-quia, a denúncia da ainda muito presen-te descriminação social das mulheres nos meios rurais, sobretudo quando se divor-ciam ou ficam viúvas, lembrada por uma das assistentes, a professora Odete Souto.

Jorge Sousa

PSiCOlOgia eeduCaÇãO eSPeCial eSTiVeram em deBaTe

Reflectir sobre a Esquizofrenia nas Necessidades Educativas Especiais foi o mote do Seminário promovido no passa-do dia 7 de Março, no Auditório Municipal de Baião, pelo Pólo de BAião do iSCiA – instituto de Ciências da informação e da Administração.

No encontro, houve lugar para várias intervenções de especialistas do Depar-tamento de Psicologia e de Educação do iSCiA e da Faculdade de Psicologia e Ci-ências da Educação da Universidade do Porto seguidas de debate.

A Esquizofrenia na Criança, Diferen-ciar para Aprender, A CiF no âmbito do Processo Ensino/Aprendizagem e A Ques-tão é Ensinar as Crianças ou Aprender com elas? Foram os temas debatidos no Seminário.

o encontro teve comunicações duran-te a manhã e a tarde, mas houve ainda es-paço para a apresentação da terceira edi-ção da Pós-Graduação em Necessidades Educativas Especiais – Domínio Cognitivo e Motor a realizar no iSCiA-Baião. o even-to teve o apoio da Câmara Municipal de Baião, sendo a entrada livre.

o iSCiA-Baião funciona desde 2007 na Casa da Juventude e Desporto de Baião, em Chavães, ovil. Desde a sua entrada em funcionamento já se realizaram duas edições da Pós-Graduação referida, para além de outros cursos de curta duração e de Palestras. Já foram pós-graduados qua-se 110 alunos, entre Docentes do Ensino Secundário e Psicólogos.

alexandre Panda

Uma série de assaltos a viaturas asso-lou recentemente o concelho de Baião de-pois da cidade de Penafiel ter vivido uma noite de furtos a automóveis. O interior de, pelo menos, 15 carros foi assaltado em três freguesias do concelho de Baião e na cidade de Penafiel, ao que tudo indica pelo mesmo grupo de assaltantes que se deslo-cava, segundo testemunhas, numa carro preto, que ninguém conseguiu identificar. A noite de furtos que privou os habitantes de Baião de um descanso nocturno aconte-ceu no passado dia 27 de Fevereiro.

Em Baião, cerca das 2h00, o grupo as-saltou nove viaturas, dispersas pelas três freguesias de Campelo, Gôve e Grilo. Só no parque de estacionamento de um pré-dio de Campelo, os assaltantes furtaram o interior de 5 viaturas. Sempre com o mé-todo de partir os vidros para roubar o in-terior, os larápios apoderaram-se, entre muitos óculos de sol e rádio, de dois GPS. Algum material furtado, aquele que não interessava aos ladrões foi largado pela estrada, aquando da fuga. “Partiram o vi-dro do carro e levaram-me os óculos de sol e alguns objectos pessoais que estavam na viatura. Nada de muito valor, mas isto as-susta”, confiou ao RM um lesado que pre-feriu ficar anónimo.

Os furtos começaram cerca da meia-

noite em Penafiel, num prédio da rua de Santa Cruz, onde os assaltantes partiram os vidros de duas viaturas estacionadas na via pública. Numa carrinha Honda, o gru-po encontrou os comandos de abertura da garagem do prédio, para além de um au-to-rádio e óculos de sol. Os larápios não desperdiçaram a possibilidade de entrar na garagem onde acabaram por furtar os

bens de mais três viaturas. “O maior pre-juízo causado não foi o roubo do rádio mas sim o vidro que partiram. Custou cerca de 200 euros”, explicou ao RM, Fátima Silva, proprietária de uma das viaturas assalta-das. Em Penafiel, o carro de um profes-sor também foi alvo dos ladrões, que leva-ram documentação destinada às aulas do docente.

GRUPo CoMEçoU No VALE Do SoUSA E ACABoU No BAixo tâMEGA

Furto de carros assustapopulação baionense

DiA iNtERNACioNAL DA MULHER

Cinco mulheres que não desistem

Page 6: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 20096 Marco de Canaveses [email protected]

alexandre Panda

Um homem de 44 anos foi baleado com 18 chumbos no corpo pelo vizinho de 75 anos na localidade de Penhalonga, em Marco de Canaveses, no passado dia 7 de Março.

Uma discussão em torno de questões de água azedou a relação de amizade que os dois homens mantinham há 12 anos e levou o reformado a pegar na caçadeira.

“Até ele me balear, nunca tive nada que lhe apontar. Em relação à discussão acre-dito que foi a mulher e a filha dele que o in-fluenciaram a zangar-se comigo por causa da água”, explicou ao RM Fernando Olivei-ra, que só regressou a casa no dia seguin-te, depois de ter passado uma noite no hos-pital. “Se eu não me atirava para o chão quando vi arma, podia ter morrido. Só más influências é que podia levar um homem, que sempre ajudei, a dar-me um tiro”, ex-

plicou o homem ainda com os ferimentos visíveis.

O desentendimento teve origem há cer-ca de dois meses quando a família do ido-so quis deixar de abastecer o depósito de água da vítima, corte que aconteceu paci-ficamente. No passado 7 de Março, dia em que o tubo de uma mina de Fernando Oli-veira apareceu cortado, o próprio foi pedir explicação à família e a discussão azedou-se até a vítima ser baleada.

Câmara PrOmOVeaCÇãO deSenSiBilizaÇãOamBienTal

Durante o período de 10 de Fevereiro a 27 de Março decorre uma acção de sen-sibilização ambiental porta-a-porta pe-las freguesias do concelho do Marco de Canaveses, visando aumentar o grau de consciência ambiental da população e fomentando assim, a necessidade para a correcta separação dos resíduos domés-ticos e respectiva colocação nos ecopon-tos. Esta acção irá abranger cerca de 6.600 aglomerados.

A recolha selectiva no concelho de Marco de Canaveses em 2008, aumentou cerca de 65% ( mais 476,79 toneladas do que no ano de 2007).

ii COnCurSOFOTOgrÁFiCO SOBO Tema: “marCOSnO marCO”

o ii Concurso Fotográfico do Marco de Canaveses é promovido pela Câmara Mu-nicipal do Marco de Canaveses em cola-boração com a Associação dos Artistas do Marco de Canaveses, destinado a fotógra-fos amadores e decorre até 16 de Março.

Esta iniciativa pretende estimular o gosto pela fotografia e promover o con-tacto com o património concelhio, nas suas múltiplas vertentes: paisagístico, ar-quitectónico e cultural.

Este concurso, subordinado ao tema “Marcos do Marco”, integra-se nas Come-morações dos 157 Anos da Fundação do Concelho do Marco de Canaveses, criado a 31 de Março de 1852.

o ano de 2009 assinala, igualmente, o Bicentenário das invasões Francesas e o Centenário do Nascimento de Carmen Miranda, podendo estas efemérides cons-tituir, não vinculativamente, objecto de destaque por parte dos concorrentes.

os registos fotográficos a apresentar – 3 por concorrente – terão de ser, obrigato-riamente, originais, inéditos, e referentes ao período de 1 de Janeiro de 2009 até à data limite de entrega.

As inscrições, de carácter gratuito, são efectuadas na Biblioteca Municipal “Poe-ta Joaquim Monteiro”, sita na Alameda Dr. Miranda da Rocha, até ao dia 16 de Março, mediante a entrega dos trabalhos e cor-respondente ficha de inscrição.

os trabalhos seleccionados serão ex-postos no Átrio da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, a partir de 31 de Março.

o Regulamento e Ficha de inscrição estão disponíveis no site da Câmara Muni-cipal – www.cm-marco-canaveses.pt

FOTOgraFia danaTureza em wOrkSHOP

A Associação dos Amigos do Rio ove-lha vai realizar um Workshop de Fotogra-fia da Natureza no Marco de Canaveses durante os dias 14 e 15 de Março.

Pedro Afonso, fotógrafo freelancer, será o responsável pelo workshop que co-meça no dia 14 de Março às 10h.

os interessados podem obter mais in-formações através do e-mail: [email protected].

Homem baleado com18 chumbos pelo vizinho

Um trabalhador natural da freguesia de Penhalonga, morreu, na passada quar-ta-feira 4 de Março, depois de ter caído ao mar, no Porto de Malpica, na Corunha, em Espanha. O homem com 41 anos de idade estava com filho que também foi apanhado

por uma onda mas conseguiu nadar para salvar a sua vida.

Os trabalhadores estavam a laborar na

ponta do molhe quando ambos foram ar-rastados por uma “forte onda” e caíram ao mar.

O filho foi resgatado cerca de 15 mi-nutos depois e foi transportado para o Complexo Universitário da Corunha, com

sintomas de hipo-termia e algumas lesões num braço e na cabeça.

Pelo que o RM conseguiu apurar, David Nunes de 41 anos e o filho, Mar-co André de 21, es-tavam a cerca de mês e meio a traba-lhar naquela obra na Corunha. “Pelas poucas informações que nos chegaram, os dois caíram ao mar e como o Mar-co André sabia na-

dar conseguiu aguentar”, explicou ao nos-so jornal um familiar.

O acidente terá sido provocado pelo

mau tempo que apanhou de surpresa os trabalhadores: “Estávamos avisados da alerta, mas só esperávamos este tempo mau à tarde. O pessoal estava avisado”, explicou Guillermo Beceiro, presidente da Bardera Obras Civiles y Marítimas, a empresa executora da obra. “Foi um gol-pe de mar. Ninguém pensou que isto pode-ria acontecer. A onda saltou um dique de mais de 15 metros onde os trabalhadores estavam, a instalar cofragem na parte in-terior do dique”, afirmou o mesmo respon-sável da empresa.

Depois dos dois homens terem caído para o mar, as operações de resgate foram lançadas pelas autoridades espanholas, com helicóptero e barcos a bater o mar.

Entretanto, os Portos da Galiza anun-ciaram já a abertura de uma investigação, tanto à empresa, como à obra, para perce-ber como ocorreu o acidente.

As operações de salvamento na zona envolveram embarcações da Cruz Verme-lha e do Salvamento Marítimo, bem como equipas da Protecção Civil de Malpica, do Serviço de Costas, da Guarda Civil e da Polícia local. aP

FiLHo DE 21 ANoS tAMBéM CAiU Ao MAR MAS CoNSEGUiU SALVAR-SE

Operário marcuense morreu no mar da galiza

Page 7: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 2009 [email protected] Marco de Canaveses

A Câmara Municipal do Marco de Ca-naveses apresentou no passado dia 7 de Março a implementação de um novo portal do Município destinado a promover uma participação mais activa dos cidadãos.

Segundo a autarquia “este portal será com certeza uma janela aberta para o mu-nicípio, estimulando a participação activa dos cidadãos na vida da sua terra, através de uma consulta rápida e acessível, refor-çando a comunicação e potenciando a inte-racção com os munícipes”.

Através do novo portal a Câmara pre-tende estabelecer uma “ligação entre a au-tarquia e os munícipes”.

O portal é complementado por outros como é o caso do Portal das Freguesias que permite que as 31 freguesias, que com-põem o Marco de Canaveses, tenham es-paço para promoção das suas actividades.

O Portal das Colectividades é outra no-vidade, que servirá para promover even-tos e actividades das colectividades mar-coenses.

Uma base de apoio e promoção ao co-mércio marcoense é a função do Portal das Actividades Económicas.

Portal do município aproximaautarquia dos cidadãos

alexandre Panda

“O contrato de concessão entre a em-presa Águas do Marco e a câmara munici-pal é absolutamente ilegal, porque viola os procedimentos de contratação pública”. A afirmação é do movimento de cidadãos que meteu recentemente uma acção para anu-lar o contrato no tribunal administrativo e fiscal de Penafiel.

Este movimento que contesta tanto o preço da água, como os cus-tos de ligação aos ramais e alegados fracos serviços prestados pela empresa Águas do Marco, pretende a anulação do contrato ou das principais clausulas que, na opinião do movimento, são ilegais. “Se o povo do Mar-co tivesse a noção daquilo que representa este contra-to e das alterações que lhe foram feitas desde o cader-no de encargos até ao actual contrato vigente, havia uma insurreição popular no con-celho. É que este contrato representa tamanha viola-ção dos direitos do consumi-dor, mas coberta de documentos e justifi-cações que a população não entende, que o povo só se podia insurgir”, diz o movi-mento.

Na passada sexta-feira 27 de Fevereiro, os lideres do movimento, Hernâni Pinto, o presidente de junta de Rio de Galinhas e uma munícipe Patrícia Vieira, acompanha-dos de dois advogados, especialistas em direito administrativo, explicaram numa

conferência de imprensa o teor desta ac-ção que visa a anulação do contrato.

A contestação baseia-se essencialmen-te em dois argumentos. Na altura da apre-ciação do contrato, a empresa que ganhou o concurso, a Águas do Marco, apresentou um caderno de encargo que incluía os di-versos compromissos que a concessionária e a câmara teriam de respeitar. Segundo o movimento, as clausulas que constavam no caderno de encargos não correspondem

àquelas que foram posteriormente apre-sentadas na minuta do contrato de conces-são, o documento que serviu de base para a votação na Assembleia Municipal. Mas o ,ovimento vai mais longe e diz mesmo que os primeiros valores do caderno de encar-gos, no que diz respeito ao volume de fac-turação que a Águas do Marco deveria re-alizar em 35 anos, passaram de 324 para 437 milhões, que constavam nos anexos da

minuta do contrato. “Mesmo aí para saber qual era o valor exacto tivemos de fazer, com o auxílio de uma lupa, as contas, por-que o valor final não estava claramente es-crito nos anexos da minuta”, explicou ao nosso jornal Walter dos Santos o advoga-do contratado pelo movimento.

Contactada pelo nosso jornal, a empre-sa Águas do Marco garante a legalidade do contrato e diz que as diferenças apontadas pelo movimento não correspondem à ver-

dade.“O Contrato de Concessão

é perfeitamente legal, tendo cumprido todas as exigências inerentes ao Concurso Públi-co Internacional de que foi alvo. Este contrato foi intei-ramente aprovado pelas enti-dades competentes. Importa ainda referir que entidades completamente independen-tes e credíveis como o Tribu-nal de Contas e o IRAR, que teve acesso a todo o proces-so, quer de Concurso quer de Adjudicação e Contrato, nun-ca aceitariam a ratificação de um Contrato ilegal”, explica a empresa em comunicado.

Para a administração, as diferenças apontadas pelo movimento não correspon-dem à verdade. “Como vai ser possível de-monstrar, em sede própria (Tribunal Ar-bitral), os números que este movimento apresenta não são correctos e advêm de comparações erróneas e que não apresen-tam qualquer fundamento”, adiantou ain-da ao nosso jornal a empresa Águas do Marco.

EMPRESA GARANtE LEGALiDADE

movimento de cidadãos mete Águas do marco em tribunal

mOnumenTOSmarCuenSeS COm nOVa SinalÉTiCa

Um conjunto de placas identificati-vas de alguns monumentos do concelho foi inaugurado, no passado dia 7 de Mar-ço, no cumprimento da candidatura à me-dida 1.6 da operação Norte: Promoção e Animação do Baixa tâmega.

os monumentos seleccionados justi-ficam-se, segundo a autarquia, pela sua “importância histórica e turística”.

Dos monumentos assinalados fa-zem parte a igreja de Santa Maria, Cida-de Romana de tongobriga, Casa dos Ar-cos, Pelourinho de Soalhães, igreja de S. Martinho de Soalhães, Pelourinho de Ca-naveses, Capela de S. Lázaro e Sr. da Boa Passagem, obras do Fidalgo, Pelourinho de Portocarreiro, igreja do Mosteiro de S. João de Alpendorada, Casa de Produtos tradicionais de Bitetos e o Posto de turis-mo da Câmara Municipal.

SuSPeiTOS de FurTO e reSidÊnCia deTidOS nO Jardim muniCiPal

A GNR do Marco de Canaveses dete-ve na passada quarta-feira 4 de Março, em pleno centro da cidade, três indivíduos suspeitos de terem furtado ouro e equi-pamento fotográfico, horas antes numa residência localizada junto ao estádio mu-nicipal.

Meia dúzia de militares do posto de Marco de Canaveses, alertados para a ocorrência de um furto numa residência, iniciaram uma investigação que os condu-ziu ao jardim municipal. Aí, já com todas as saídas do jardim controladas pelos mi-litares, os três indivíduos suspeitos foram abordados. os três homens, com cerca de 30 anos e conhecidos das autoridades por consumo de droga, ainda tentaram fugir mas foram controlados pelos guardas e encaminhados para o posto da GNR.

Apesar da rapidez de acção dos mili-tares, uma vez que em apenas duas horas depois do furto já havia suspeitos identifi-cados, os objectos furtados na residência não foram recuperados. A GNR vai conti-nuar as investigações para encontrar o pa-radeiro dos objectos roubados, que terão sido vendidos logo após o assalto à resi-dência. aP

COnCurSO demOnTraS Carmenmiranda

inserido nas comemorações do cente-nário do nascimento de Carmen Miranda, a Câmara Municipal do Marco de Canave-ses vai promover de 21 a 31 de Março, o Concurso de Montras Carmen Miranda.

Pretende-se com esta iniciativa, “pro-mover e revitalizar o comércio tradicional e motivar a criatividade e imaginação dos participantes, fazendo alusão a esta figu-ra ímpar do panorama artístico mundial, nascida neste concelho a 9 de Fevereiro de 1909, na freguesia de Várzea da ovelha e Aliviada”, refere uma nota da autarquia.

As montras devem apresentar ele-mentos alusivos à temática em concurso utilizando, preferencialmente, os artigos ou produtos comercializados no seu es-tabelecimento. As inscrições, de carácter gratuito, podem ser efectuadas, na Biblio-teca Municipal “Poeta Joaquim Monteiro” sita na Alameda Dr. Miranda da Rocha, até ao dia 16 de Março.

Page 8: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 20098 Cinfães / Resende [email protected]

alexandre Panda

Três jovens foram esfaqueados, com um saca-rolhas, por um camionista e pela esposa na EN 222 em Souselo, no concelho de Cinfães, durante uma rixa que começou por problemas de trânsito.

Na madrugada do passado dia 7 de Março, um grupo de jovens natural de Es-padanedo em Cinfães, que regressava da noite de Castelo de Paiva, estacionou os carros na estrada por onde iria passar um camião. Aí, por motivos ainda desconheci-dos, começou a discussão que acabou pou-cos quilómetros acima na localidade de Couto, de onde o camionista é natural.

“O homem, a mãe e a mulher, saíram do veículo e começaram a insultar-nos. O Hé-lio começou a ser agredido e eu fui defen-dê-lo. Enquanto eu levava do marido dois golpes e o Hélio seis, o meu primo Bru-no, que entretanto chegou, foi agredido pela mulher do camionista com uma cane-ta”, contou ao RM Joaquim Fernando de

19 anos. Os três jovens foram assistidos pelos

Bombeiros de Nespereira e Castelo de Paiva e transportados para o hospital de Penafiel. Os jovens, com idades entre os 19 e os 23 anos, sofreram vários cortes pro-vocados pelo saca-rolhas e Hélio acabou com o tórax perfurado. O camionista, que garante ter agido em legítima defesa, ale-ga que os jovens lhe barraram a estrada e que não iniciou a discussão O camionista regressava a casa com a mãe, a mulher e a filha depois de ter carregado o camião com mercadoria destinada a um país do Norte da Europa. Depois da primeira paragem, onde começou a primeira discussão ver-bal depois dos jovens estacionarem os car-ros, durante o quilómetro que o separava da sua casa, o camionista diz que foi perse-guido pelos dois jovens e garante ainda ter sido insultado e agredido, quando estacio-nou o camião, já no largo do Couto.

A GNR de Cinfães identificou todos os indivíduos que participaram na rixa.

FOrmaÇãO Para 2009/2010 em deFiniÇãO

A Câmara Municipal de Cinfães reu-niu-se com entidades da educação do município e da região para “fazer o ponto de situação dos cursos de formação esco-lar e profissional a decorrer no concelho” e para “definir estratégias formativas”, desti-nadas a jovens e a adultos, para o ano lec-tivo 2009/2010. A Autarquia apresentou propostas de formação, nomeadamente a realização de Cursos de Especialização tecnológica e de acções de Formação Pa-rental, fundamentadas em dados do Ga-binete de inserção Social (GiS) e da Co-missão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Cinfães e do Rendimento Social de inserção (RSi) no município.

Em Fevereiro de 2009, o Gabinete re-gistava 118 inscrições (entre as quais, de 13 pessoas licenciadas, 20 com o 12º ano, 37 com o 9º ano, 39 com o 6º ano e de 8 com o 4º ano). No âmbito da CPCJ de Cin-fães, as principais problemáticas identi-ficadas em 2008 foram a negligência e o abandono escolar (77 e 27 processos, res-pectivamente).

CinFãeS digiTal XXi eSTÁ em CurSO

A Câmara Municipal de Cinfães tem em execução o projecto Cinfães Digital xxi. No âmbito do Sistema de Apoio à Mo-dernização Administrativa (SAMA), o Mu-nicípio pretende “promover a qualidade, eficiência e eficácia dos processos inter-nos”, através, nomeadamente, da “reali-zação de um cada vez maior número de tarefas em formato digital”, e cada vez me-nos em formato papel; e da criação de um “balcão único, suportado em plataforma electrónica e atendimento desconcentra-do”. Cinfães Digital xxi “é dotado de um orçamento global de 226.400,00 euros, dos quais 50 por cento correspondem a dotação Feder e 50 por cento ao Promo-tor Municipal”.

Um dos investimentos da Câmara Mu-nicipal de Cinfães é a aquisição de uma plataforma de gestão documental, gestão de processos e base de dados oracle, com valor estimado em 72.500 euros.

o prazo de execução do projecto teve início em Setembro de 2008 e terminará em Setembro de 2010.

A realização da Cinfania, na Casa da Música, teve lotação esgotada. Os cerca de mil bilhetes disponibilizados gratuitamen-te para assistir ao concerto foram entre-gues na totalidade.

Cinfania decorreu no passado domin-go, dia 8, na Sala Suggia da Casa da Mú-sica, no Porto. 80 músicos e 80 vozes toca-ram e cantaram o Cancioneiro de Cinfães (1950), de Virgílio Pereira.

“Sons da montanha”, “Sons do vale” e “Sons ribeirinhos”, com direcção do maes-tro J. A. Pereira Pinto; “A tempo e horas – Fantasia”, com o maestro Alberto Madu-reira; e “Memórias do povo – Raposódia”, sob direcção do maestro Alexandre Coe-lho, foi o programa do espectáculo promo-vido pela Câmara Municipal de Cinfães.

Em palco, estiveram elementos do Co-ral Etnográfico de Cinfães e de grupos

corais das freguesias cinfanenses e exe-cutantes da Banda Marcial de Tarouque-la e Municipal de Cinfães; Banda de Mú-sica da Casa do Povo de Ferreiros; Banda Marcial de Nespereira; Sociedade Artísti-ca e Musical de Cinfães – Banda Marcial; e da Banda Filarmónica de Santo António de Piães.

O concerto foi filmado e gravado para futura edição de DVD e de CD.

DESENtENDiMENto PoR CAUSA Do tRâNSito ACABoU EM RixA EM SoUSELo - CiNFãES

Três jovens feridos com saca-rolhas

1º TOrneiO de mini andeBOlem S. marTinHO de mOurOS

No âmbito do projecto “Escolinhas do Desporto” decor-reu, no Pavilhão Municipal de S. Martinho de Mouros, o 1.º torneio de Mini-Andebol, organizado pelo Município, Jun-ta de Freguesia de S. Martinho de Mouros e APECEM - Asso-ciação de Pais e Encarregados de Educação do Centro Esco-lar de S. Martinho de Mouros.

Foi num ambiente de festa que 70 crianças provenien-tes do Centro Escolar de S. Martinho de Mouros e das Esco-las do Ensino Básico de Anreade, Cárquere (Passos), Freigil, Granja de ovadas e S. Cipriano, participaram neste torneio, que pretendeu promover e divulgar esta modalidade des-portiva.

De referir que a APECEM dispõe de uma equipa inscrita na Federação Portuguesa de Andebol, no escalão de Minis, a competir actualmente, no Campeonato Regional.

No final do torneio, o Município ofereceu um lanche convívio a todos os participantes e foram entregues meda-lhas a cada um dos participantes das equipas classificadas nos três primeiros lugares.

No dia 25 de Fevereiro, foi inaugurada a exposição in-titulada “Na Pele do Rio” da autoria de Odete Marília e José Braga-Amaral, que vai estar patente até ao dia 10 de Março, no Museu Municipal.

Trata-se de uma exposição de óleos sobre poesia, num projecto conjunto da artista plástica Odete Marília e do poeta José Bra-ga-Amaral, sendo este o autor dos poemas que serviram de inspiração àquela que é já considerada como “a pintora revelação do Douro”.

Odete Marília Lima nasceu em Ribalonga, Carrazeda de Ansiães, a 15 de Fevereiro de 1954. Frequen-tou o curso de Pintura pela ESBAP (Escola Superior de Belas Artes do Porto) e actualmente é professora efectiva do 5.º grupo do Ensino Se-

cundário. Os seus trabalhos têm como inspiração, o Douro e as suas gentes, por isso para a pintora “as gentes durien-ses são a essência de cada uma das obras”, e “os socalcos foram construídos para guardar a terra criada pelos Ho-mens, a vida de infinitas gerações”.

José Braga-Amaral nasceu em Paranhos, Porto em 20 de Feverei-ro de 1959. Filho do médico duriense Manuel Costa Amaral, desde muito cedo começou a sua actividade lite-rária no e sobre o Douro, que conhe-ceu a partir dos 12 anos, onde nun-ca deixou de residir, não obstante a sua passagem pela cidade do Porto por razões académicas. É jornalista de profissão, tem cerca de 19 obras publicadas de poesia, crónicas, con-tos, romance e teatro.

exposição «na Pele do rio» patenteno museu municipal de resende

NA CASA DA MÚSiCA

Cinfania comlotação esgotada

Page 9: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 2009 [email protected] Marco de Canaveses

Page 10: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 200910 Destaque [email protected]

alexandre Panda

A criminalidade violenta baixou de forma geral na re-gião do Tâmega e Sousa mas em contra-ponto os números de pequenos crimes aumentaram em todos os concelhos que compõem a nova região administrativa.

Os dados foram revelados ao Repórter do Marão em entrevistas exclusivas com os três comandantes de desta-camentos da GNR que fazem o policiamento na região, no-meadamente Amarante, Felgueiras e Penafiel. Os três lí-deres estão todos de acordo sobre o aumento da pequena criminalidade e delinquência no ano de 2008 em relação ao ano de 2007. Mas enquanto que nos diversos concelhos po-liciados pelo destacamento de Penafiel e Felgueiras a cri-minalidade violenta baixou, em Amarante, os números ac-tualizados no final do ano de 2008, apontavam para um pequeno aumento dos crimes violentos. Essa subida pren-de-se essencialmente com um caso isolado de roubos vio-lentos a idosos alegadamente perpetuados por três irmãos mais dois cúmplices suspeitos de serem responsáveis por cerca de 40 assaltos a idosos.

Nas três áreas, o tipo de crimes mais praticados pren-dem-se com furtos, crimes contra o património e crimes contra as pessoas. A maior incidência de crime verifica-se essencialmente nas áreas urbanas, onde há mais popula-ção, mas os três comandantes dos destacamentos são unâ-nimes a dizer que os assaltos, o tipo de crime que causa o maior alarme social, é geralmente praticado por indivídu-os que se deslocam do Grande Porto para a região do Tâ-mega e Sousa. Em Resende e Cinfães, que em termos de policiamento pertencem a Viseu e Celorico de Basto (Bra-ga), a criminalidade violenta não constitui um fenómeno preocupante.

mobilidade dos assaltantes

A A42, a via que liga Matosinhos, e consequentemen-te o Grande Porto, ao Tâmega e Sousa será a principal via de acesso dos assaltantes. Sem portagens e menos poli-ciamento em relação à A4, esta via é ciclicamente referên-cia por ser utilizada pelos ladrões. É que, muitos assaltos à mão armada acontecem não muito longe dessa via que acaba por ser uma fuga fácil. Aliás, desde que abriu esta estrada o número de roubos aumentou nas áreas dos des-tacamentos de Penafiel e Felgueiras.

Regra geral, os assaltantes, oriundos do Grande Porto roubam um carro naquela zona e utilizam a A42 para che-gar ao Tâmega e Sousa, onde praticam roubos à mão ar-mada. As zonas de Paços de Ferreira, Paredes e Lordelo são frequentemente citadas na comunicação social por te-rem sido alvo dos ladrões e até foi em plena A42 que um grupo designado de “gang da Audi A4”, actualmente a ser julgado em Valença, realizou um assalto que chocou a co-munidade no final de 2007. Um ourives de Lousada que acabava de abandonar a Feria do Cô, foi baleado e assalta-do por quatro homens armados e encapuzados. A viatura que escondia o ouro num compartimento especial foi rou-bada e encontrada dias depois em Marco de Canaveses, completamente incendiada.

mais detenções em 2008

Para combater a criminalidade que vai evoluindo ao longo do tempo, a GNR também está a adaptar as suas acções de combate ao fenómeno. As chamadas operações de prevenção da criminalidade que os militares têm vin-do a efectuar em diversas artérias da região, têm contri-buido para o aumento das detenções, mas também para o aumento dos números da criminalidade. É que durante as operações em que são bloqueadas artérias como a A42, A4, variante que liga Amarante à Celorico de Basto ou Marco de Canaveses e A4, as autoridades acabam por detectar mais infracções e crimes que contribuem para o au-mento estatístico da crimi-nalidade. São crimes como a

posse de droga ou de arma ilegal, a condução ilegal e in-fracções ao código da estrada.

Para direccionar estas operações na tentativa de tra-var os assaltos ou os furtos e impedir a mobilidade dos as-saltantes, a GNR está a reajustar os horários em que são efectuadas essas operações. Neste momento, os assaltos violentos aos comércios verifi-cam-se mais à hora do fecho, entre as 17h00 e as 20h00. É precisamente àquelas horas que a GNR está a filtrar es-tradas, tal como aconteceu na passada sexta-feira 6 de Março. Nessa operação de prevenção da criminalida-de nas áreas da GNR de Amarante, Felgueiras e Pe-nafiel que envolveu 110 militares, as autoridades de-tiveram em flagrante delito um indivíduo de 30 anos por auxílio à prostituição, num bar de alterne em Souse-la, Lousada. Em Paços de Ferreira, os militares apreende-ram, a um alegado traficante, cerca de 50 doses de heroí-na. Na fiscalização de trânsito os guardas fizeram quatro detenções por condução sob efeito de álcool e também fo-ram levantados 240 autos por infracções ao código da es-trada. Seis viaturas foram apreendidas pelas autoridades, para além de três máquinas de póquer.

Caso isolado fez subir acriminalidade violenta em amarante

Em Amarante, o Capitão Pedro Teixeira, em entrevis-ta ao RM, explicou que em termos gerais a criminali-dade aumentou cerca de 10 por cento de 2007 para 2008. “Tivemos mais queixas de violência doméstica, mais casos de detenções por condu-ção ilegal. Nesse ponto posso l h e

d i z e r que tivemos

um aumento de quase 100 por cento em

relação a 2007. Esse aumento

teve muito a ver com as operações de prevenção da crimi-nalidade que temos efectuado ao longo do ano e que per-mitiram travar muitos condutores em situação ilegal. Ou seja a GNR trabalhou mais e isso reflecte-se numa subida geral da contabilidade da criminalidade”, adiantou ao nos-so jornal, o responsável do destacamento de Amarante.

Os números da criminalidade violenta, aquela que en-volve roubos violentos com agres-

sões físicas ou mesmos verbais também aumentou na zona do destacamento de Amarante.

“Muito por culpa dos cerca de 40 assaltos violentos que tivemos na

zona de Baião e cujos suspeitos já fo-ram todos detidos, pode-se dizer que os casos violentos aumentaram em 2008. Mas se não fosse esse caso iso-lado os números dos assaltos à mão armada ou de agressões diminuíram significativamente no ano passado”. No entanto os casos de furtos e de pequena delinquência tam-

bém aumentaram em re-lação a 2007, mas não ultrapassaram os números de 2006 e dos anos anteriores. “É preciso saber que 2007 foi um ano

m u i t o calmo. Foram

12 meses em que a criminalidade de for-

ma geral diminuiu em relação aos anos anteriores. Os números de

2008 regressaram à média dos anos ante-riores”, explicou ainda à nossa reportagem o

Capitão Pedro Teixeira.

Felgueiras teve menoscriminalidade violenta

Nos concelhos de Lousada, Felgueiras e Paços de Fer-reira, que enfrentam realidades diferentes em relação à área de Amarante, a delinquência de forma geral aumen-

ENtREViStA CoM CAPitãES DA GNR DE DE AMARANtE, FELGUEiRAS E PENAFiEL

CrimeS ViOlenTOS diminuem maSPeQuena delinQuÊnCia eSTÁ a SuBir

as operações de prevenção da criminalidade são para continuar

Page 11: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 2009 [email protected] Destaque

tou mas os crimes violentos baixaram. “Ao longo do ano ti-vemos alguns casos pontuais de assaltos mais violentos, mas uma vez que se trataram de casos isolados, não che-garam a causar muito alarme social”, explicou ao RM, o Capitão Babo Nogueira, comandante do Destacamento de Felgueiras. Em Outubro do ano passado um grupo de jo-vens armados de caçadeiras e pistolas, entretanto detido pelas autoridades por diversos casos de assaltos e seques-tro, terá perpetuado uma serie de carjackings e assaltos violentos a condutores que resultaram, na altura, com dois baleados, em apenas uma noite.

“Esse grupo é suspeito de ter praticado assaltos com particular violência, mas desde que foi desmantelado, com o trabalho de dispositivos especiais de vigilâncias que montamos na altura, não houve roubos violentos de maior nos três concelhos do destacamento. Em termos gerais, a média da delinquência seguiu a evolução da média nacio-nal”, explicou o Capitão Babo Nogueira.

As zonas de Lousada e da Lixa, muito conotadas com o fenómeno da prostituição e dos bares de alterne, têm merecido especial atenção das autoridades. As sucessivas operações de fiscalização têm permitido afastar o fenóme-no: “houve uma grande incidência de fiscalização e tam-bém houve um aumento de detenções de mulheres em si-tuação ilegal o que contribuiu para reduzir a dimensão da prostituição naquelas zonas”.

no destacamento de Penafiel hámais assaltos em Paredes e lordelo

A criminalidade violenta baixou na área do destaca-mento de Penafiel, mas tal como acontece em Amarante e Felgueiras, de forma geral o número de crimes aumen-tou ligeiramente. Os crimes contra o património, como os pequenos furtos, são os que mais contribuíram para o aumento registado. Mas os crimes como as agressões ou ofensa à integridade física simples também têm estado a prejudicar a segurança, tanto no Vale do Sousa como no Baixo Tâmega. “Relativamente à criminalidade violenta, ela acontece por fases com sucessivos períodos de acalmia. No início de 2008, essencialmente no concelho de Paredes que a todos os níveis tem um índice de criminalidade su-perior ao de Penafiel, tivemos um grande pique de violên-cia que se acalmou ao longo do ano. Ainda assim os crimes violentos baixaram em relação a 2007”, explicou ao RM o Capitão Adriano Rocha.

O número de detenções também tem aumentado, quer por força das operações realizadas e pelos patrulhamen-tos, quer pelo trabalho desenvolvido pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC), cujo trabalho foi recentemente elogiado pelo presidente da câmara de Pe-nafiel, na presença do Ministro da Administração Interna durante uma cerimónia de entrega de diplomas das Novas Oportunidades.

“Acredito que a fusão entre os NIC e NICD – Núcleo especializado em crimes de droga recentemente extinto com a reestruturação da GNR – foi positiva. Agora em vez de ter dois inquéritos diferentes que podiam acabar por se sobrepor, temos um melhor aproveitamento das informa-ções e consequentemente um melhor desempenho”.

a gnr em nÚmerOSdestacamento de amarante3 concelhos - 667 km2 - 156.000 habitantes160 militares5 Postos: alpendurada, amarante, Baião,marco de Canaveses, Vila meã

destacamento de Felgueiras3 concelhos - 283 km2 - 161.000 habitantes170 militares5 Postos: Felgueiras, Freamunde, lixa,lousada, Paços de Ferreira

destacamento de Penafiel 2 concelhos - 374 km2 - 184.000 habitantes170 militares5 Postos: lordelo, Paço de Sousa, Paredes,Penafiel, São Vicente

Capitães Teixeira e Babo nogueira preparando operações Capitão adriano rocha do destacamento de Penafiel

Page 12: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 200912 Sociedade [email protected]

Bastou uma desatenção da mãe de pou-cos minutos para que a filha de três anos ca-ísse de uma varanda abaixo, de uma altu-ra de cerca de dois metros, em Gestaçô no concelho de Baião. A menina, que sofreu um traumatismo craniano, foi socorrida pe-los bombeiros de Santa Marinha do Zêzere e transportada de urgência para o hospital de Penafiel, de onde teve de seguir para os serviços de pediatria do São João do Porto. Ana Luísa esteve dois dias naquela unidade de saúde na companhia da mãe, que nunca a deixou sozinha desde o acidente.

No primeiro dia do mês de Março, a me-nina estava com a mãe, Augusta Sequeira, no campo junto a casa familiar no lugar da Graça, quando disse que ia à casa de banho, situada junto a varanda da habitação.

A menina irrequieta gostava de se pen-durar na varanda sempre que alguém pas-sava na rua. “O vizinho estava a regressar a casa a pé e viu a menina cair. Gritou logo pela mãe e chamaram-se os bombeiros”, explicou ao RM Rosalina Oliveira tia da menina.

A menina continuou sob vigilância dos médicos durante vários dias até porque lhe foi detectado um traumatismo e também uma hemorragia interna.

“A mãe nunca mais deixou a filha sozinha. Foi na ambulância para o hospital com a rou-pa que vestia”, explicou ainda a tia da meni-na. aP

OurO rOuBadOFOi reCuPeradOem 24 HOraS

Em menos de 24 horas, o Núcleo de in-vestigação Criminal da GNR de Penafiel re-cuperou cerca de 5000 euros em ouro que tinha sido furtado numa vivenda da locali-dade de Valpedre em Penafiel. A suspeita, uma mulher de 35 anos que guardava o ouro enterrado num vaso à porta de casa, foi constituída arguida e libertada.

Depois do furto, os militares recolhe-ram vestígios e indícios que permitiram identificar a suspeita. Para arrombar a en-trada da casa, a mulher utilizou uma te-soura da poda que também foi apreendi-da. Cerca de 12 horas depois do furto, os militares interceptaram a suspeita que já tem antecedentes criminais num caso de burla. os proprietários da vivenda tinham-se ausentado entre as 20h00 e as 22h00, a hora em que terá sido praticado o furto.

PenaFiel: inCÊndiOde auTOmóVelinVeSTigadO Pela PJ

A PJ está a investigar um incêndio que destruiu, na madrugada do passado dia 7 de Fevereiro, um Ford Focus numa pro-priedade de Paço de Sousa em Penafiel.

o carro estava guardado num alber-gue da “Casa da Eira” e cerca da 1h30 o carro foi detectado pelo filho da proprie-tária em chamas. As circunstâncias do in-cêndio, que levantam fortes suspeitas de fogo posto, levaram as autoridades locais a chamar a PJ para investigar o caso.

CRiANçA JÁ REGRESSoU A CASA

menina de três anos cai de varanda em Baião

Page 13: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 2009 [email protected] Sociedade

Um solitário armado de uma pistola assaltou a meio da manhã da passada se-gunda-feira 9 de Março, a dependência do BES em Barrosas, Felgueiras, onde a po-pulação diz que o homem foi muito educa-do.

Tanto antes de entrar no banco como já depois de ter praticado o assalto, o in-divíduo fez prova de cortesia para com a população, saudando um varredor e pedin-do desculpa a um automobilista quando, na fuga apeada, o indivíduo obrigou o condu-tor a fazer uma travagem brusca.

No entanto, dentro da dependência, o indivíduo, de cerca de 50 anos, não hesitou em ameaçar os três funcionários do banco para roubar milhares de euros.

“À porta do banco, o homem que devia ter a arma no bolso, disse bom dia ao var-redor e entrou. Depois do assalto saiu cal-mamente com a pistola na mão. A cerca de 100 metros atravessou a rua sem olhar e obrigou um condutor a travar. Pelo menos pediu-lhe desculpa”, contou ao RM uma

testemunha. O indivíduo fugiu a pé em di-recção a Vizela.

Há cerca de um ano, a mesma depen-

dência tinha sido assaltada por uma dupla de encapuzados que entretanto foi detida pelas autoridades. aP

Freamunde: ladrõeS leVam CarrO emenina de SeiS anOS

Uma menina de seis anos foi seques-trada na viatura da própria mãe por dois indivíduos que tinham acabado de roubar o carro em Freamunde, Paços de Ferreira, no último dia do mês passado. Mercedes Pinto estacionou o opel Astra na rua Fute-bol Clube de Freamunde em frente à casa de uma amiga. Como não perdia a viatu-ra de vista e apenas ia demorar um minu-to para falar com a amiga, a mulher dei-xou a criança no carro com as chaves na ignição. “Vi um homem estava a avançar para o meu carro e corri atrás dele. tentei agarrá-lo mas ele tinha mais força que eu. o homem arrancou”, contou ao RM a mãe da menina de seis anos.

A menina foi libertada, a cerca de cin-co quilómetros do local, em Ferreira. Até agora a viatura ainda não foi encontrada. AP

TenTaTiVa deenVenenamenTO em PaÇOS de Ferreira

“Já me pediu mais de 100 vezes des-culpa e eu já lhe perdoei. o meu filho não tinha noção daquilo que estava a fazer quando deitou produto na comida. tenho a certeza que ele não me queira envene-nar”. é com essas palavras que a mãe do jovem de 18 anos, detido pela PJ por ten-tativa de envenenamento, justifica o acto do filho. A alegada tentativa de envene-namento aconteceu em Janeiro, na casa familiar em Paços de Ferreira, mas só re-centemente, depois de terem chegado os resultados químicos do laboratório, é que o jovem foi detido pela PJ. A mãe que vive sozinha com o rapaz tinha aca-bado de preparar a comida. Estranhou um cheiro muito forte proveniente do tacho e perguntou ao filho se, por inadvertência, nada tinha deixado cair na comida. o filho negou. Mas perante as fortes suspeitas a mãe mandou a comida para análise.

Por decisão judicial o jovem foi en-viado para um colégio do Grande Porto, onde irá passar as próximas semanas, lon-ge da família.

aSSalTanTeS deFarmÁCiaSdeTidOS Pela PJ

Eram especialistas em Farmácia e em apenas um mês e meio terão assaltado 18 farmácias da região. Baião e Amarante fo-ram alvos desta dupla de ladrões que foi detida pela PJ no passado dia 4 de Março. Foram milhares de euros roubados das cai-xas registadoras e das carteiras dos clien-tes entre 12 de Janeiro e 25 de Março des-te ano. os dois homens, de 38 e 42 anos, actuavam sempre de cara tapada, amea-çando os funcionários e clientes com um revólver. ouvidos pelo juiz para primeiro interrogatório judicial, ficaram em prisão preventiva.

Depois de vários assaltos na zona do Grande Porto, os suspeitos, que já pode-riam estar prestes a ser identificados, dei-xaram de assaltar farmácias naquela zona para se deslocar ao Baixo tâmega, em Amarante com a farmácia Prestígio e as duas de Baião no passado dia 17 Feverei-ro.

Na detenção, a PJ apreendeu um re-vólver e uma viatura que eram utilizados nos assaltos, bem como outros objectos que constituem o produto dos crimes.

alexandre Panda

Durante cerca de um ano, um homem de 29 anos que era amigo da família de um rapaz de 14, levava o jovem para as pisci-nas de Felgueiras, onde terá praticado vá-rios abusos sexuais ao menor. Dado o grau de confiança entre a família e o indivíduo, nunca ninguém desconfiou dos abusos, que terão sido praticados dentro das piscinas, até uma informação chegar à GNR de Fel-gueiras. Os militares do Núcleo de Inves-tigação Criminal da GNR montaram duas equipas de vigilância fora e dentro do edi-fício das piscinas municipais de Felguei-ras e acabaram por deter o indivíduo em flagrante delito, no final de Fevereiro. Do primeiro interrogatório judicial, resultou a proibição de contactar com crianças de menos de 16 anos e também a impossibili-dade de frequentar piscinas.

O vendedor estava de fato de banho com o rapaz, dentro da água, mas pouco tempo depois de terem entrado na pisci-na outros meninos, dois amigos do jovem com 10 anos de idade, juntaram-se ao gru-po. Sempre sob a observação dos investi-gadores da GNR, o vendedor terá começa-do a apalpar os órgãos genitais do rapaz, que acompanhara durante um ano à pisci-na. Os contactos entre o adulto e o jovem rapaz aconteceram numa piscina secundá-ria, a menos frequentada do complexo.

Depois dos primeiros contactos entre o vendedor e o rapaz, os investigadores da GNR de Felgueiras, que tinham previa-mente instalado um sistema de vigilância permitindo a visualização dos movimentos dentro da água, detiveram o indivíduo.

Para além do vendedor, que teve de ser restituído à liberdade dado que não havia fortes indícios de abusos graves, também os jovens foram conduzidos para o posto

da GNR, onde foram ouvidos na presença dos pais.

utentes da piscina alertaram gnr

O indivíduo deslocava-se todos os fins-de-semana com o jovem às piscinas de Fel-gueiras. Pelo que o RM conseguiu apurar, o comportamento para com o rapaz terá chamado a atenção de vários utentes, que alertaram as autoridades.

Até agora ninguém desconfiava que o vendedor, amigo da família e ex-colega de trabalho do pai do rapaz, pudesse ter esse tipo de contactos íntimos com o jovem. As autoridades acreditam que os abusos se li-mitaram sempre ao contacto com os ór-gãos genitais sem nunca ter havido viola-

ção ou penetração. Portátil apreendido

Na casa do homem, em Felgueiras, os militares apreenderam um computador portátil que será examinado, para verifi-car se contém conteúdos pedófilos.

Pelo que o RM apurou, o indivíduo, que não tem antecedentes criminais desta na-tureza, já terá negado a prática de actos pedófilos. Na freguesia onde reside, nin-guém suspeitava do indivíduo.

As três crianças foram ouvidas pela GNR na presença dos pais, mas terão de ser interrogadas novamente na presença de psicólogos especializados, no decorrer na instrução do processo judicial.

Solitário “educado” assaltaBeS de Barrosas (Felgueiras)

iNDiVíDUo PRoiBiDo PELo tRiBUNAL DE CoNtACtAR CoM CRiANçAS Até A CoNCLUSão Do iNQUéRito

Suspeito de abuso sobre menor detido em Felgueiras

O indivíduo foi detido nas piscinas municipais

Page 14: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 200914 Região [email protected]

alexandre Panda

O Ministro da Administração Interna entregou na passada segunda-feira 2 de Março, em Penafiel, o certificado de com-petências a 42 guardas de vários postos da região, incluído de Alpendorada, que com-pletaram a acção de formação que os equi-para ao 9.º e 12.º ano, no âmbito das Novas Oportunidades.

A maioria dos 40 guardas que recebe-ram o “diploma” das mãos de Rui Pereira, ministro da Administração Interna, acre-ditam que esta qualificação lhes permite aspirar a subir na carreira, mas falam es-sencialmente de realização e valorização pessoal. É o caso de António Moreira, mili-tar do posto de Alpendurada que frequen-tou durante seis meses a formação das No-vas oportunidades. “Voltei a escola para obter a equivalência ao 12º ano. É uma cer-ta valorização pessoal, muito enriquecedo-ra e com certeza que me irá ajudar no dia à dia”, explicou ao RM o militar.

A Guarda Nacional Republicana está cada vez mais a incentivar os militares na valorização académica dos quadros da guarda.

A vice-presidente da Agência Nacio-nal para a Qualificação, entidade que gere o programa “Novas Oportunidades”, afir-mou durante a cerimonia de entrega dos diplomas, que o objectivo, ao nível da qua-lificação dos efectivos das forças policiais, é conseguir que todos os agentes das duas polícias tenham o 12º ano até 2010.

Maria do Carmo Gomes precisou que 550 polícias já obtiveram diplomas no âm-bito do programa “Novas Oportunidades”, estando mais 1.400 inscritos ou em forma-ção.

A responsável afirmou ainda que o dé-fice de qualificação dos efectivos policiais é similar ao do conjunto da população activa portuguesa.

Do conjunto de militares certificados na segunda-feira 2 de Fevereiro, 28 obtive-ram o diploma do nono ano de escolaridade e os restantes 13 o diploma do 12º ano.

“Hoje a GNR e a PSP são polícias inte-grais” disse o Ministro da Administração Interna lembrando que hoje os agentes e os guardas são, também, órgãos de investi-gação criminal. Durante a cerimónia ficou

a saber-se que no universo de 49 mil agen-tes e guardas, 35 mil não tinham, há qua-tro anos, o ensino secundário.

Na cerimónia de entrega de certifica-dos, o autarca local, Alberto Santos, lem-brou que a valorização profissional incenti-va a valorização das carreiras: “Estamos a cuidar de um património especial da GNR que são os seus homens”.

No âMBito DAS NoVAS oPoRtUNiDADES

guardas receberam diplomasdo ministro rui Pereira

A próxima edição da Festa Internacio-nal das Camélias promete tomar conta do concelho nos próximos dias 13, 14 e 15 de Março.

Este certame, organizado pela Quali-dade de Basto EM, em parceria com a Câ-mara Municipal de Celorico de Basto, que tem como objectivos a divulgação e valo-rização do património natural constituí-do por camélias existente no concelho, é já uma tradição celoricense, e conta com a re-alização de inúmeras acções direccionadas para o tema das camélias e cameleiras, fa-zendo as delícias dos verdadeiros aprecia-dores desta flor.

Das inúmeras actividades que fa-zem parte do programa destacam-se o workshop a realizar na sexta-feira, dia 13, subordinado ao tema O Produto Turístico: CAMÉLIAS DE BASTO, no qual se pre-tende aprofundar a importância dos jardins de camélias enquanto elementos dinamiza-dores de turismo, e apresentar soluções de comunicação e promoção turísticas. Ainda neste workshop será abordado o tema As Camélias dinamizadoras de empreendedo-rismo, através do qual se pretende dar a conhecer casos de sucesso de empresários que trabalham na área de criação e comer-

cialização de camélias, bem como de novos produtos derivados de camélias, e, simul-taneamente, divulgar os sistemas existen-tes de apoio à criação de empresas.

No sábado, dia 14 de Março, realizam-se os, já habituais, concurso, mercado e ex-posição de camélias, nos quais se podem apreciar inúmeras variedades de camélias, arranjos florais artísticos e até mesmo ad-quirir alguns exemplares de cameleiras.

Ainda no sábado tem lugar a Tertúlia das Camélias, espaço dedicado à conversa sobre o tema desta festa.

No domingo, dia 15 de Março terá lu-gar a visita guiada a vários Jardins de Ca-mélias do concelho, momento este que permitirá a todos os interessados apreciar inúmeros exemplares de cameleiras, artis-ticamente trabalhadas, e que fornecem um encanto especial a estes jardins. Paralela-mente, vão decorrer várias iniciativas de título empresarial privado.

Recorde-se que este evento, tal como muitos outros que têm sido levados a cabo pela Qualidade de Basto e pela Autarquia Celoricense resulta de um conjunto de me-didas que procuram valorizar o património natural que nos distingue e caracteriza en-quanto destino natural.

BAião, CELoRiCo DE BASto,FELGUEiRAS, LoUSADA E RESENDE

CCdrn aPrOVainVeSTimenTOS Para reaBiliTar CenTrOS urBanOS

A Comissão de Coordenação e Desen-volvimento Regional do Norte (CCDR-N) aprovou o investimento de 118,5 milhões de euros na recuperação de vilas e cida-des do Norte de Portugal, numa iniciativa de reabilitação inédita no país, que abran-ge 44 concelhos. Este programa vai abran-ger os concelhos Baião, Celorico de Basto, Felgueiras, Lousada e Resende.

“Esta é a operação de reabilitação ur-bana mais vasta e mais ambiciosa que jamais se fez em Portugal ao nível dos centros urbanos de pequena e média di-mensão”, anunciou Carlos Lage, presiden-te da CCDR-N, numa recente conferência de imprensa. Este “mini-programa Po-lis” abrange 49 projectos e mais de meta-de dos concelhos da região (44), contan-do com o apoio de 83 milhões de euros (70 por cento) de fundos estruturais dis-poníveis no Programa operacional Regio-nal do Norte.

o investimento diz respeito à recupe-ração de centros históricos, frentes ribei-rinhas e parques urbanos de pequenos e médios centros urbanos no Norte de Por-tugal (com menos de 8 mil eleitores).

Festa internacional das Camélias em Celorico de Basto

Page 15: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 2009 [email protected] Vale do Sousa

Câmara de PaiVaOFereCe Pen’SaOS alunOS

tendo em conta a importância das no-vas tecnologias de informação e da ampli-tude das novas redes informáticas, aliadas a uma utilização cada vez mais valorizada no espaço escolar, a Câmara Municipal de Castelo de Paiva vai oferecer, a todos os alunos do concelho, do 1º Ciclo do Ensino Básico uma PEN Drive de 1GB.

A distribuição deste acessório infor-mático começou na semana passada pe-las escolas do concelho e decorre até à próxima semana.

o gesto da autarquia paivense já me-receu elogios, até porque as crianças que frequentam as escolas cada vez mais de-pendem da informática e da rede da in-ternet para alcançar o desejado suces-so escolar. Na mensagem que deixou aos alunos, o edil paivense sublinha a impor-tância desta oferta, “como uma forma de melhorar a vida escolar “. Esta iniciati-va promovida pela Câmara Municipal de Castelo de Paiva, no âmbito da Rede So-cial, tendo uma parceria com o Centrum f – Centro Solidariedade Social de Fornos, como entidade executora, estando agen-dada a presença do presidente da Direc-ção da Universidade Sénior de oliveira de Azeméis, José Artur Espanha, ao lado de Paulo teixeira e Manuel Rocha.

a.d. lOuSadaaPurada ParaeurOPeu em 2010

Lousada recebeu a taça dos Clubes Campeões Europeus Femininos de hóquei em sala, e a equipa da Associação Despor-tiva de Lousada (ADL) obteve o segundo lugar da classificação, facto que lhe con-fere a participação na prova europeia do próximo ano. A equipa da ADL, que se en-contrava na Divisão C, categoria Challen-ge, sobe à Divisão B, na categoria trophy. o Pavilhão Municipal de Lousada contou com a presença de vários adeptos de Lou-sada que apoiaram a equipa da casa. Par-ticiparam ainda as equipas de de Cankaya Bld SC, turquia, Howardian LHC, País de Gales, Slagelse, Dinamarca, HK Bask, Sér-via, e Galway HC, irlanda.

Em primeiro lugar ficou a equipa da Di-namarca, com 15 pontos, seguida da ADL, com 12 pontos, e turquia, com 5. os luga-res seguintes foram ocupados pelas equi-pas da irlanda e País de Gales, com quatro pontos, e Sérvia, com três pontos.

PaBlO nerudana BiBliOTeCade lOuSada

A Biblioteca Municipal apresenta vá-rias actividades para o público em geral.

A Sala de Leitura tem como tema em destaque “Letras e leituras: evolução do documento livro”. No que respeita à Sala infanto-Juvenil o tema do mês de Março é “Do papiro à internet: evolução da comu-nicação escrita”. A rubrica oficina de Es-crita Criativa desenvolve-se hoje com o tema “Anagramar”. Amanhã, o mote das actividades é “Eu, o candeeiro”. A rubri-ca “Escrita e escritores” tem em destaque a pesquisa biográfica e ateliê de expres-são plástica. A autora em destaque duran-te a semana é Luísa Ducla Soares. Durante o mês de Março vai estar em destaque na exposição multimédia o autor Pablo Ne-ruda.

O II Festival de Lampreia – “Lampreia à Mesa com Arroz ou à bordalesa”, arranca sexta-feira 13 de Março em Entre-os-Rios e prolonga-se durante três dias.

Este festival decorrerá no in-terior de uma tenda, com cerca de 800 metros quadrados, onde serão instalados quatro restau-rantes (Miradouro, Casa das Lampreias, Solar do Souto e Ponte de Pedra).

Este festival consiste na pos-sibilidade de qualquer pessoa po-der provar lampreia à bordalesa pelo preço simbólico de 10 euros, o que dará direito a duas postas de lampreia à bordalesa e uma “malguinha” de vinho com dize-res alusivos ao evento que ficará na posse de quem participar.

Para além da prova, há sem-pre a possibilidade de servir ar-roz de lampreia e também as do-ses que se pretender, tal e qual como em qualquer restaurante.

Refira-se que este festival decorrerá no interior de uma tenda, com cerca de 800 metros quadrados, onde serão instalados

quatro restaurantes. Em Entre-os-Rios, a lampreia tem determinadas particulari-dades que a tornam num petisco único. É desde logo de registar o facto de os restau-rantes confeccionarem a lampreia, da mes-

ma maneira, há mais de 50 anos. Em Entre-os-Rios já não se

pesca lampreia, mas os restau-rantes sabem bem todos os pre-parativos que antecedem a sua confecção. Antes de ir parar à cozinha a lampreia passa alguns dias em tanques com água corre-dia para a libertar das impure-zas e resíduos. Como se sabe, a lampreia anda no mar mas nesta época do ano procura o rio para desovar. No sul do concelho não há família que não saiba cozinhar o ciclóstomo. Antes de construí-das as barragens havia milha-res de lampreias nos rios Douro e Tâmega. Em termos económi-cos representava uma mais valia para os residentes. A sua confec-ção passou de geração em gera-ção. Hoje, é famosa a Lampreia à Entre-os-Rios, apreciada por gente de todo o país que ali se desloca. Este ano, o I Festival da

Lampreia vai, certamente, facilitar a des-coberta dos sabores da tradição.

Prova inaugural de um dos mais pro-missores Campeonatos do Mundo FIM Maxxis de Enduro da última década, o Grande Prémio de Portugal promete infin-dáveis motivos de interesse para a visita a Penafiel, entre os dias 20 e 22 de Março. A jornada organizada pelo Motor Clube do Marco com total apoio da Câmara Munici-pal de Penafiel contará com recheado pe-lotão de pilotos, juntando todas as vedetas planetárias aos melhores enduristas nacio-nais, em percurso delineado entre os rios Douro, Tâmega e Sousa, onde a varieda-de de trilhos e a beleza natural são garan-tia de prazer para participantes e espec-tadores.

Novidade maior do Grande Prémio de Portugal/Sentir Penafiel será a realização de inovadora super-es-pecial nocturna na sex-ta-feira, com presença simultânea de dois pilo-tos, em corrida paralela, no traçado de um cerca de 1,5 quilómetros delineado junto ao paddock, localiza-do no Parque de Feiras e Exposições de Penafiel, em momento de grande espec-tacularidade. Será a estreia absoluta de uma nova fór-mula competitiva, levando as emoções for-tes mais perto do público, e que poderá ser adoptada para o resto do Mundial.

Super-teste a abrir a prova penafide-lense, em jeito de aperitivo para o percur-so com cerca de 45 quilómetros a percor-rer por quatro vezes em cada um dos dias, ao longo de sete exigentes horas de condu-ção, pontuado com dois controlos horários, três especiais cronometradas e várias tria-

leiras entre outros pontos de grande exigência em termos de condução.

Caso da especial de mo-tocrosse, a Cross Test (CT), marcada na freguesia de Bustêlo, em Cabanelas de Cima, a cerca de 4 km do

centro da cidade, pela estrada N 320 que liga Penafiel e Meinedo, em espa-ço de grande visibilidade, com 6,3 quilóme-tros muito técnicos e rápidos

Também a Enduro Test (ET), com 6,1 quilómetros, será disputada em terreno oferecedor de grande visibilidade para o público, em Galegos, a 6 quilómetros de Penafiel, junto à EN 106-3.

Já a Extreme Test (XT), com cerca de 1200 metros de comprimento, estará loca-

lizada em pleno centro da cidade, junto ao Jardim dos Namorados, com cerca de 70 % de obstáculos artificiais, que ampliarão as dificuldades aos pilotos, exponenciando o espectáculo para o público.

Num percurso completamente virgem para a prática de Enduro, dotado de mag-níficas paisagens e enormes potencialida-des naturais, haverá ainda vários locais de interesse acrescido para os amantes da modalidade, com obstáculos onde predo-mina a pedra típica da região, nomeada-mente nas duas trialeiras consecutivas no Alto de Castro ou na exigente descida à ri-beira de Duas Igrejas. E isto sem esque-cer a zona espectáculo existente junto ao paddock, na íngreme subida da ribeira de Santa Maria, local que decerto atrairá mi-lhares de espectadores.

entre-os-rios acolhe mais uma edição do Festival da lampreia

CoMEçA EM PoRtUGAL o MAiS PRoMiSSoR MUNDiAL DE ENDURo DoS ÚLtiMoS ANoS

Penafiel prepara-se para o enduro

Page 16: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 200916 Opinião [email protected]

Paulo Ferraz*

Numa época em que a crise económica nos impõe a reponde-ração de muitas das nossas deci-sões, atitudes e pensamentos, uma questão se coloca: qual a impor-tância do chamado capital humano na promoção do crescimento e de-senvolvimento económicos?

O capital humano, em particu-lar aquele que é obtido através da educação, tem sido realçado como um factor crítico do progresso económico. Ou seja, se aumentar-mos os níveis de educação e qua-lificação dos recursos humanos, tornaremos a mão-de-obra mais especializada e mais produtiva, al-cançando ganhos consideráveis na produção de bens e serviços.

São muitos os estudos actuais que recuperam a «teoria do capi-tal humano», concentrando a for-ça motriz do crescimento e do de-senvolvimento, capaz de elevar e melhorar as suas taxas e indicado-res, no aumento do investimento em educação.

Temos, hoje em dia, um exem-plo claro da importância da educa-ção, designadamente a facilidade

com que os rápidos avanços tecno-lógicos são absorvidos pelos recur-sos humanos existentes. Este fac-to fica a dever-se, essencialmente, à abundância de educação no mer-cado de trabalho. A questão que se poderá colocar é a de saber se a educação existente é suficiente e de que forma é que está implicada no desenvolvimento e crescimento de uma região ou de um país.

Naturalmente que o nível de instrução das pessoas influencia, de forma positiva, a produtivida-de, enquanto uso eficaz do capi-tal. Muitos economistas defendem que a qualidade do factor produti-vo trabalho, o capital humano, é o principal impulsionador do desen-volvimento económico.

Alguns chegam mesmo a afir-mar que todos os outros factores de produção podem ser importa-dos das grandes potências econó-micas (devendo esta importação ser sustentada através de uma es-piral de criação de valor). Generi-camente, um aumento no nível de educação traduzir-se-á num au-mento dos níveis de produtividade média o que, por sua vez, conduzi-rá ao desenvolvimento económico

e social de um país. A importância da qualidade

e quantidade das qualificações é, frequentemente, enaltecida e per-cepcionada. Acontece que, muitas vezes, o problema não está direc-tamente relacionado com os recur-sos tecnológicos (até porque estes, habitualmente, existem), mas sim, com a existência de competências adequadas. Por outras palavras, a interacção e o aproveitamento dos factores produtivos numa deter-minada estrutura de produção só será possível, se o “líquido” res-ponsável pela sua lubrificação e funcionamento existir em quanti-dade e qualidade suficientes.

É certo que nenhum país pode-rá encontrar um desenvolvimento económico sustentável sem um in-vestimento sustentável em capital humano. No entanto, a história in-dica que a educação, por si só, não garante um desenvolvimento de sucesso e sustentado.

Num estudo realizado sobre a distribuição da educação, econo-mistas do Banco Mundial chega-ram a duas conclusões, relativa-mente ao impacto da educação no crescimento e desenvolvimento

económico de uma sociedade:é importante a existência de

uma distribuição generalizada e equitativa de educação, ou seja, uma distribuição desigual da edu-cação tende a ter um impacto ne-gativo no rendimento per capita na maioria dos países;

o ambiente político-económico tem muita influência sobre o im-pacto da educação no crescimento de um país, pelo que, a existência de políticas económicas que repri-mam as forças de mercado tende a reduzir drasticamente o impacto do capital humano no crescimento económico.

A educação, de forma isolada, não é garantia para um crescimen-to ou alavanca económica susten-tada. É, cada vez mais necessá-rio, sobretudo no momento actual, articular o objectivo do aumento do nível de acesso e qualidade na educação com a coerência e estabi-lidade da generalidade das políti-cas públicas.

*Membro do Secretariado daComissão Política do PS Baião

A Educação, factor deCrescimento Económico

Centro HosPitalar

do tâmega e sousa

O Centro Hospitalar do Tâme-ga e Sousa, tem apenas uma úni-ca missão a de prestar cuidados de saúde de qualidade aos seus doen-tes, não estando vocacionado para fazer política.

No entanto não podemos em nome dos grandes profissionais desta instituição, que diariamente dão o seu melhor em prol da popu-lação, compactuar com demagogia política que tem apenas como ob-jectivo colocar em causa o esforço que tem sido feito para edificar na região do Tâmega e Sousa cuida-dos de saúde hospitalares de qua-lidade.

Em nome da verdade impor-ta dizer que o artigo de opinião do candidato do PSD à Câmara de Amarante, publicado neste jornal a 26 de Fevereiro, está repleto de imprecisões e omissões, e no nosso entender é injusto.

O cidadão José Luís Gaspar, preferiu reclamar dos serviços alegadamente mal prestados nos jornais, em vez de ter recorrido, até ao momento, ao livro de recla-mações, relatando a sua experiên-cia contribuindo desse modo para

a melhoria de eventuais procedi-mentos, que no caso, sob o ponto de vista clínico assistencial, ouvi-do o Serviço de Ortopedia, foram adequados.

Posto isto, importará diferen-ciar o alegado mau tratamento clí-nico e a questão do novo Hospital, visto que são situações distintas e a população de Amarante merece ser bem informada, apesar de isso ser considerado marketing pelo Sr. candidato.

Assim, importa referir que di-ficilmente, num hospital acredita-do internacionalmente, como diz e muito bem, se registem situações que contrariem as regras básicas da limpeza hospitalar.

Também dificilmente acredi-tamos que os nossos profissionais andem aos gritos com os utentes ou que os idosos sejam esquecidos e não alimentados.

Consideramos estas críticas verdadeira demagogia que colo-cam em causa o bom nome dos nossos profissionais. Felizmente que reconhece, Vª Exa. que as lis-tas de espera deste Centro Hospi-talar são reduzidas, ao conseguir para a sua filha uma consulta em apenas 9 dias.

Quanto ao novo Hospital de

Amarante, que nos parece ser a verdadeira questão levantada pelo Sr. Candidato, então importa es-clarecer o seguinte:

Ao contrário do que dá a en-tender a urgência de Amarante é uma urgência básica 24 horas por dia, tendo das 8 às 22 horas apoio de especialidades, nos termos do seu plano de desempenho.

O Centro Hospitalar é cons-tituído por duas Unidades que se articulam e complementam, tendo sido criadas novas especialidades no Ambulatório de Amarante, es-pecialidades nunca antes disponí-veis, como por exemplo Oftalmolo-gia e Urologia.

Que o novo Hospital de Ama-rante, em fase de concurso de em-preitada, vai ser fortemente direc-cionado para o Ambulatório e com novas capacidades, que terá inter-namento de Medicina interna em quartos individuais, já não é novi-dade para ninguém.

O Hospital não encerrará à noite nem aos fins-de-semana, porque terá a sua urgência básica a funcionar 24/24 horas, sendo ar-ticulada e complementada com a urgência médico-cirúrgica de Pe-nafiel, e disporá de Heliporto.

Quanto ao plano de negócios

que a administração está a seguir, esse é do conhecimento do candi-dato, bem como do grupo parla-mentar do PSD e Concelhia que reuniu com a Administração do CHTS em Novembro de 2008, sendo que pela política de trans-parência da actual Gestão, qual-quer cidadão poderá consultar em www.chtamegasousa.pt a informa-ção de gestão dos últimos 3 anos.

A dedicação e enorme entre-ga dos dirigentes e da maioria dos profissionais deste Centro Hospi-talar, sempre disponíveis para in-formar e qualificar o serviço que o CHTS presta à comunidade de 500.000 pessoas, que serve com valores éticos, profissionalismo e honradez, não se compadece com qualquer demagogia política, em ano de eleições, uma vez que não é essa a nossa missão e muito me-nos estamos disponíveis para a ali-mentar.

O Conselho deAdministração do CHTS

Resposta ao candidato do PSDà Câmara de Amarante

Page 17: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 2009 [email protected] Opinião

Beja santos*

O envelhecimento é um pode-roso fenómeno actual que abran-ge o decisor político e o económi-co, as ciências médicas em geral e a saúde pública em particular, a segurança social, o mercado de trabalho...todos os impactos do en-velhecimento, não há exagero em dizê-lo, afectam a sociedade intei-ra. É que as sociedades têm que saber responder a este premen-te desafio: saber dar mais quali-dade ao tempo, mais qualidade de vida aos seniores, saber estabele-cer vínculos estáveis entre as ge-rações (é o que se designa por soli-dariedade intergeracional).

Porque é que envelhecemos? Ainda não se sabe ao certo qual a origem do processo biológico ou bioquímico do envelhecimento. São poucos os que sucumbem vi-timados pelos processos fisioló-gicos da idade avançada. A maio-ria morre em resultado de um ou vários processos patológicos, mas as particularidades psicológicas e neurológicas também contam. É por isso que se diz que um sénior socialmente activo resiste ao iso-lamento e às obsessões, mesmo quando as limitações são fortes: resiste à perda de visão próxima, à redução da agilidade, ao andar por vezes penoso ou às modifica-ções dos reflexos. Visto de outro anglo, o envelhecimento não é um estado mas um processo de degra-dação progressiva e diferencial, já que não envelhecemos todos da mesma maneira nem o processo é simultâneo para todo o corpo e es-

pírito. Uma velhice bem sucedida tem vários critérios, a destacar: a longevidade, a saúde biológica, a saúde mental, a eficácia intelectu-al, a competência social, a conser-vação da autonomia e o bem-estar subjectivo. Tudo isto é fácil en-tender se soubermos que compor-tamos 3 idades diferentes: a bio-lógica, a social e a psicológica. A biológica está ligada ao envelhe-cimento orgânico; a social aos es-tatutos e aos hábitos da pessoa, relativamente aos outros; a psi-cológica é referente às competên-cias comportamentais que a pes-soa pode mobilizar em resposta às mudanças de ambiente.

Por conseguinte, não envelhe-cemos da mesma maneira, há mu-danças que são notórias outras menos perceptíveis, o fundamen-tal é procurar obter sucesso no envelhecimento activo, cheio de projectos, gostando de nós e dos outros. Este envelhecimento bem sucedido reúne três requisitos fundamentais que devemos procu-rar preencher: reduzir as causas que levam à perda de autonomia, manter um elevado nível funcio-nal nos planos cognitivo e físico; e conservar um bom empenhamen-to social que nos dê o mais elevado nível de bem-estar. Como refere o professor Fernando de Pádua: “Trabalho tanto ou mais do que antes em idoso, porque gosto; faço exercício físico todos os dias, tanto ou mais que antes; com muito gos-to; e ao acrescentar nos tempos li-vres os passatempos que mais gosto, estou a preparar o meu en-tardecer, acreditando que é biolo-

gicamente possível atingir os 120 anos com saúde e findar tranquila-mente numa tarde solarenga, com uma vela que se apaga”.

“Ame as suas rugas, aprovei-te o momento” (por Rosane Ma-galy Martins e Suleica Iara Ha-gen, Coisas de Ler Edições, 2008) é um manual de cuidados a ter no processo de envelhecimento, é um projecto em que procurar tornar o envelhecimento humano um pro-cesso natural, aceitável, agradá-vel, completo e feliz. É um convite ao desenvolvimento da activida-de física, aos cuidados de uma ali-mentação saudável, ao saber man-ter os preceitos higiénicos e estilos de vida que contrariem o stress ou a depressão.

Para quem leu o livro, o desa-fio fica ganho, já que todo o acon-selhamento é um hino ao reju-venescimento nas atitudes para saber lidar com o envelhecimen-to que nos dê mais saúde e digni-dade. Ao longo dos diferentes ca-pítulos, aprendemos a prevenir e nalguns casos prevenir e tratar: as alterações músculo-esqueléticas, de modo a retardar a perda de fle-xibilidade e diminuição dos movi-mentos; a osteoartrose e a osteo-porose; a incontinência urinária; as alterações auditivas; a saber quais os indícios da depressão e a contrariá-los (quem se ama, cuida de si); os sintomas de diabetes e a adoptar um estilo de vida que con-trarie esta doença ou, no caso de ela aparecer, saber tratar-se sem drama ou azedume; as carências nutricionais, adoptando um regi-me alimentar que iniba o advento

de doenças ou deficiências que se repercutam na qualidade de vida; saúde bocal, já que a má condição da boca pode conduzir a doenças sistémicas e desintegrar o sénior da família e da sociedade; a acti-vidade física, indispensável para dar mais vida aos anos; o stress, aprendendo a relaxar e a aprovei-tar tudo o que há de bom dentro de nós e à nossa volta.

Em suma, propõem os autores deste estimulante “Ame as suas rugas”, aprendemos qual o bom caminho para um envelhecimento saudável e feliz:

• Não se adapte ao mundo, faça com que ele se adapte a si;

• Não tenha medo do envelhe-cimento, assuma-o e viva em ple-nitude;

• Desembaraçasse-se da ima-gem do velho, não viva para o mercado, faço com que o mercado viva para si e para os outros;

• Faça novos amigos, partici-pe em grupos da sua idade, saia de casa e viva o que o mundo tem para nos oferecer;

• Envelheça respeitando-se a si mesmo e reivindicando para que o mundo entenda este processo como algo natural a toda a espécie humana;

• Lembre-se, por mais que a morte pareça próxima, não morra antes de ela chegar...viva cada mo-mento, assuma todos os riscos e seja um ser humano activo e feliz.

*Consultor; Quadro doInstituto do Consumidor

Ame as suas rugas

Carlos CarvalHo*

Amarante precisa de mudan-ça. É algo que todos percebemos com muita facilidade. Não o afir-mo apenas por ser de um partido que é oposição ao actual poder que governa Amarante. Afirmo-o por-que é uma verdade que se percebe a cada metro que percorre, a cada minuto que se vive e em cada ins-tante que se observa.

Amarante é uma terra alta-mente privilegiada pela sua locali-zação geográfica. Para muito pode parecer estranha esta afirmação, mas analisando bem, Amarante está no eixo que liga o litoral ao in-terior, o que acabou por ajudar no seu (pouco) desenvolvimento. Se Amarante progrediu no tempo a «culpa» é do mapa/plano rodoviá-rio que em muito tem «ajudado».

No entanto Amarante não pode viver de asfalto. Precisa de mais. Por isso defendo que Ama-rante deve crescer e desenvolver-se com base nas pessoas, no Ama-rantinos, mas também nas pessoas que se possam fixar, estabelecer, neste concelho que tem diversas

potencialidades.Não chega um artigo para de-

senvolver todas as ideias que po-dem florescer em Amarante de-correntes de todo o potencial do concelho. Mas permite-me enume-rar áreas onde acredito que Ama-rante se pode destacar.

O ambiente é, sem dúvida, ponto-chave para o desenvolvi-mento dos próximos anos. Ama-rante, por toda a sua ligação à Na-tureza (rio, serras) tem grande margem de progressão neste item, podendo mesmo desenvolver vá-rias actividades em seu torno, des-de turismo, ao lazer, sem esquecer a produção de energia e as activi-dades desportivas. Tudo pode ter um funcionamento em rede, inter-ligado por pontos comuns. Deve ser este um dos princípios básicos da mudança que Amarante preci-sa: rede. Hoje nada funciona sem ser em rede e é assim que se de-vem interligar as diversas áreas de desenvolvimento, dependendo de todas sem depender exclusiva-mente de nenhuma, sustentando, com riscos reduzidos, o futuro.

Amarante sempre foi uma ter-

ra de bons empreendedores. In-felizmente a governação actual não acredita no empreendedoris-mo, sobretudo no jovem, como fac-tor de desenvolvimento. Na minha opinião é um grave erro não di-namizar a localidade com recurso a novas ideias, novas dinâmicas e novas ambições. Não é difícil apro-ximar os jovens a Amarante, mes-mo que não sejam Amarantinos. Basta proporcionar-lhes condições mínimas. Esclareça-se que “pro-porcionar condições” não é entre-gar-lhes dinheiro. Mas é fornecer um espaço, orientação, informação sobre como podem desenvolver a sua ideia de negócio. Natural-mente a ligação destes empreen-dedores para com Amarante se-ria grande. Lucravam eles, porque viam crescer os seus negócios, mas lucrava muito mais o nosso concelho, pois teria novos empre-endedores capazes de criar novos empregos, novas fontes de recei-ta e trabalho. Inteligentemen-te esta aposta poderia, e deveria, ser orientada para áreas que, em rede, se ligassem às que vão exis-tindo por Amarante. Com o tem-

po, a sustentabilidade aparecia.Amarante precisa de mais

ideias. Não basta chegar agora, ao fim de 20 anos de poder por par-te das pessoas de sempre, e voltar com a promessa de sempre: “ago-ra é que é”. Ainda alguém acre-dita?

A mudança deve ser encara-da naturalmente, como necessá-ria que é.

Há muito a mudar em Ama-rante, há muito para fazer. Mas o primeiro passo é mudar de orien-tação, de gestão. Não há mais con-dições para acreditar em quem passou 20 anos a prometer, a dizer que fazia. A única coisa que fez foi culpar quem não tem culpa, procu-rar saídas e desculpas. Chegou ao fim com um saldo claramente ne-gativo, já que, olhando para con-celhos vizinhos, vemos o que pro-gridem e como o fazem, enquanto que por cá, nada muda, nada evo-lui.

Precisamos de mudança. A mudança que nos traz esperança.

* Presidente da JSD/Amarante

Mudança precisa-se

Page 18: Jornal Repórter do Marão

Repórter do Marão 12 março 200918

Fundado em 1984Quinzenário Regional • Publica-se à quinta-feiraRegisto/título: ERC 109918Depósito Legal: 26663/89

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impressão: Gráfica Diário do Minho - BragaTiragem desta edição: 7.000 exemplares

As opiniões expressas nos artigos assinados podem não corresponder necessariamente à opinião da Direcção deste jornal.

Fecho [email protected]

AUtARCAS ELoGiARAM PAPELDoS BoMBEiRoS No SoCoRRo

Penafiel dedicoudia aos Bombeirosdo Concelho

tal como acontece todos os anos, as comemorações da elevação de Penafiel a cidade, incluem o Dia Municipal do Bombeiro, um dia inteiramente destinado pelo municí-pio àqueles que decidiram dedicar-se ao voluntariado nos bombeiros.

No passado Domingo 8 de Março, eram 11 horas e trin-ta minutos quando o desfile, apeado e motorizado, iniciou o seu percurso, desde o Largo do Conde de torres Novas, passando por várias artérias da cidade, tendo como pon-to alto a Praça do Município, local onde se encontravam concentradas as várias entidades da área da Protecção Civil que quiseram estar presentes neste dia do Bombeiro.

Na tribuna, entre as várias individualidades, estavam presentes, o Presidente da Câmara Municipal de Penafiel e o vereador do Pelouro da Protecção Civil, o Comandante Distrital de operações de Socorro, representantes da Liga e da Federação de Bombeiros, além dos dirigentes das asso-ciações humanitárias de bombeiros do concelho.

De seguida os bombeiros e os convidados dirigiram-se para o Pavilhão de Feiras e Exposições onde foi servido o almoço e onde as individualidades presentes aproveitaram para dirigir algumas palavras de estímulo aos bombeiros e directores das associações.

Na sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal de Penafiel referiu-se à importância deste dia, que “preten-de constituir um reconhecimento público do município à missão de socorro desenvolvida pelos bombeiros”. Alber-to Santos sublinhou ainda a circunstância do município es-tar a preparar um pacote de formação para disponibilizar às corporações de bombeiros do concelho já que “com me-lhor formação podem desempenhar de forma mais segura as diversas acções de socorro”.

O Amarante Rally Team estreou-se no Campeonato de Portugal de Ra-lis 2009 com o segundo lugar. Vítor Pascoal e Mário Castro foram consis-tentes ao longo de toda a prova, ter-minando o Rallye Torrié como a me-lhor equipa privada. O Peugeot 207 S2000 esteve sempre à altura, dan-do à dupla de pilotos a oportunidade de, após alcançar a segunda posição na 3.ª PEC, nunca mais a largar até ao final. “Foi uma prova em que atin-gimos os objectivos a que nos tínha-mos proposto, pois terminámos no pódio e fomos a melhor equipa priva-da. A Equipa está toda de parabéns”, referiu Vítor Pascoal. Mário Castro também se encontrava satisfei-to com o desempenho de toda a Equipa: “fizemos um bom rali e até podía-mos ter andado um pou-co mais depressa, mas não fazia sentido arris-car, pois isso nunca se traduziria num melhor resultado”. O piloto de Amarante deu sempre

grande espectáculo em todas as suas passagens, recebendo muitos aplau-sos, principalmente nas Super-Es-peciais. Pascoal venceu mesmo três PEC, entre elas a 10.ª e a 14.ª, no cen-tro de Vieira do Minho, com uma con-dução muito agressiva que deixou ao rubro o muito público presente. “Na 8.ª PEC embati numa pedra, o que condicionou um pouco a minha con-dução durante o resto do dia. Mesmo assim, tentei dar espectáculo e ainda vencemos três especiais”, disse o pi-loto. A próxima prova do Amarante Rally Team é no início de Abril, o Vo-dafone Rally de Portugal.

RALLyE toRRié

amarante rally Teamcomeça com segundo lugar

Jorge Sousaalexandre Panda

O novo hospital de Amarante es-tará ligado com o hospital de Penafiel via Intranet para poder oferecer tele-medicina aos utentes, que poderão as-sim beneficiar das especialidades ba-seadas em Penafiel, sem se deslocar da cidade amarantina. Esta nova es-trutura irá permitir aos doentes que se deslocarem às urgências de Ama-rante, que estarão abertas 24 horas por dia em regime básico, obter um apoio especializado de um clínico do hospital central de Penafiel, naquela unidade de saúde.

O novo hospital de Amarante foi apresentado aos jornalistas na passa-da segunda-feira 9 de Março. O con-curso público internacional para a construção do novo Hospital de Ama-rante recebeu cerca de dezena e meia de propostas.

As propostas candidatas à cons-trução da unidade hospitalar estão agora a ser analisadas pelo júri do concurso, que determinará as que são admitidas e que passam à fase de análise técnica e financeira, referiu José Alberto Marques.

O Hospital de Proximidade de Amarante tem uma estimativa orça-mental de 38 milhões de euros e deve-rá entrar em funcionamento em Abril ou Maio de 2011.

O administrador do Centro Hos-pitalar do Tâmega e Sousa mostrou, na passada segunda-feira, à comuni-

cação social o local onde vai ser cons-truído o equipamento, em Telões, Amarante, ao lado da variante do Tâ-mega.

“As obras começam no terre-no em Junho ou Julho deste ano, se não se registarem atrasos no proces-so de adjudicação da obra”, garan-tiu o presidente do Centro Hospita-lar do Tâmega e Sousa, ressalvando eventuais impugnações do acto admi-nistrativo por parte dos concorrentes

preteridos. O hospital será implanta-do num terreno de oito hectares, ce-dido pela autarquia de Amarante, e terá uma área bruta de construção de aproximadamente 20 mil metros qua-drados. A área útil de construção, em quatro pisos, é superior a nove mil metros quadrados.

A unidade será vocacionada para cirurgia de ambulatório, com três blocos operatórios e capacidade para cerca de 40 intervenções diárias.

HoSPitAL DE AMARANtE DEVERÁ EStAR PRoNto EM ABRiL DE 2011

urgência básica vai serequipada com tele-medicina

auTarQuia deamaranTeaPreSenTa QueiXaS COnTra muníCiPe

A Câmara de Amarante apresen-tou duas queixas-crime, um delas no início do mês, por “ofensa” a entida-de pública, contra um munícipe que discorda da aprovação de uma altera-ção de um loteamento onde tem uma moradia. As queixas, que entraram nos Serviços do Ministério Público do tribunal de Amarante a 23 de Feverei-ro e a 04 de Março, foram intentadas contra o proprietário de um prédio urbano situado na Burgada, freguesia de S. Gonçalo, que colocou um cartaz na sua propriedade a denunciar ale-gados abusos e atropelos dos servi-ços municipais no licenciamento de uma moradia num lote vizinho.

Além do cartaz de grandes dimen-sões, iluminado à noite, o munícipe distribuiu também pelos Ctt de Ama-rante alguns milhares de panfletos, na primeira semana de Março, onde faz alusões a “corrupção” e “erros”, frases sempre sublinhadas por pontos de in-terrogação ou aspas.

o caso arrasta-se há algum tem-po nos tribunais administrativos, mas ainda não existe sequer uma decisão de primeira instância. JS

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Repórter do Marão 12 março 2009 19

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