Curitiba, terça-feira, 03 de março de 2012

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O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

Ano XIII - Número 689Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade Positivo

Curitiba, 03 de abril de 2012

Luciene Vianna/Centro Conviver

Senador Demóstenes

Torres é destaque no

cenário político

OPINIÃO

2x1 sobre o Rio Branco

coloca Coritiba como

líder do Paranaense

ESPORTE

Número de táxis em

Curitiba aumentará

até Copa de 2014

TRANSPORTE

Uma em cada 110 crianças

possuiautismo

No “Dia da Conscientização do Autismo”, 2 de abril, em Curitiba foram organizados eventos e ao redor do mundo monumentos tiveram ilumi-nação na cor azul

Curitiba, terça-feira, 03 de março de 2012 2 2 2 2

ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Ad-ministração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação So-cial: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orien-tadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lorianny e Vitória Peluso | Editorial: Matheus Klocker

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Joenalismo da Univer-sidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Co-nectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

Opinião

No último domingo, três pessoas foram assassina-das na região sul de Curitiba. Um homem entrou arma-do em um bar no bairro Campo do Santana e cometeu o crime. Delitos como este fazem com que Curitiba se torne uma das capitais mais violentas do Brasil.

Recentemente, a primeira Unidade Pacificadora do Estado do Paraná foi implantada na capital. A operação contou com cerca de 450 policiais, e possuía o objeti-vo de mapear pontos de trafico de drogas relacionados com boa parte dos crimes no Uberaba.

A UPS (Unidade Paraná Seguro), implantada no dia primeiro de março, baseia-se nas UPP (Unidade de Po-lícia Pacificadora) do Rio de Janeiro. Infelizmente, o combate ao crime acabou deixando algumas marcas de violência no bairro Uberaba. Vários relatos de violên-cia e tortura contra inocentes foram dados enquanto a operação estava em andamento.

Assim como as 10 maiores capitais brasileiras, Curitiba peca no quesito segurança. E infelizmente ve-mos que a violência não vem apenas de quem deveria. Também no último fim de semana (31 e 01) foi regis-trado três agressões com ferimentos graves na capital paranaense.

Um mês depois da implantação da UPS, pesquisas apontam que homicídios na região caíram de um por semana para um por mês. Aos poucos vemos o resul-tado. Isso prova que a primeira ação da unidade está dando resultado positivo em relação à criminalidade no bairro.

A ideia é que mais unidades sejam abertas para atuar em outros bairros violentos de Curitiba com o objetivo de melhorar a segurança nas regiões. Passos como esse vão fazendo com que a criminalidade diminua e a cida-de rume à segurança merecida.

Editorial Opinião

O cenário político brasileiro está em ebulição. Pouco mais de um ano no poder e lá se foram quase uma dezena de ministros da presidenta Dil-ma Rousseff. A maioria deles por denúncias de corrupção, feitas por uma oposição numericamente reduzida, mas que faz muito barulho – amplifi-cado pelas cornetas de uma mídia ávida em expor as chagas de mais de uma década de governo petista.

Ocorre, entretanto, que no seio dos arautos da lisura e das idôneas práticas políticas, encontra-se o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que foi flagrado em escutas telefônicas, realizadas pela polícia federal, pedindo dinheiro ao “empresário de jogos”, Carlinhos Cachoeira. Nas gravações aparecem os nomes de outros parlamentares e se ouve cifras na ordem de milhões de reais.

O jogo político no Brasil é uma disputa de ilibados estadistas e os casos de desvio de conduta são quase inexistentes – tanto na oposição quanto no governo. Essa ironia, de há muito, anda cansada. O que por ora seria interessante trazer à luz é o envolvimento de um grande jornalista brasileiro, da maior – ao menos em circulação – revista que este país tem.

A mesma operação Monte Carlo que está sendo o calvário do “baluarte da moral”, senador Demóstenes Torres, descobriu também que, Policar-po Júnior, editor-chefe da Veja, trocou 200 ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Outro “jornalista” da mesma Veja já havia invadido o quarto de um hotel em Brasília, onde se hospedava o ex-deputado José Dirceu (PT); ambos os fatos, amplamente silenciados na grande mídia nacional.

As gravações precisam ser apuradas e, estando o jornalista Policar-po Júnior realmente envolvido de maneira ilícita com a contravenção, escancara-se para a sociedade que, assim como o judiciário, a polícia e outras instituições, o jornalismo, também tem a sua banda podre.

Demóstenes, Cachoeira e PolicarpoOscar Cidri

Marcas da Violência

Fé e violênciaDaniel Zanella

Dia desses o escritor paranaense Miguel Sanches Neto escreveu que um ateu convicto não pode nem ter paixão por time de futebol. A ironia é translúcida: a entrega dos torcedores é uma espécie de idolatria e religião.

Na semana passada, a Panda Books lançou um dos mais importantes tratados sobre o futebol contemporâneo e suas contradições. “La Doce”, do jornalista argentino, colunista do periódico Olé, Gustavo Grabia, narra a história da La Doce, a temida e violenta torcida organizada do Club Atlético Boca Juniors, do popular bairro portenho de La Boca, às margens do Rio da Prata.

A hinchada do Boca Juniors – nome como as organizadas são conhecidas na Argentina – é certamente a torcida mais perigosa do mundo, não apenas por seus duvidosos feitos em confrontos com outras organizadas argentinas. A facção tem infiltrações políticas, promove lavagem de dinheiro, prática a extorsão com moradores, empresários e desportistas, comanda o sistema interno de venda de bilhetes e viagens aos jogos do time, além de contar com porcentagem na ar-recadação de barracas de alimentos e bebidas do estádio.

Os recentes episódios de violência no Brasil levantam questionamentos para além do jogo: quando uma atividade esportiva é somente um recurso para crimi-nosos. É de bom tom lembrar que já temos contornos das organizadas na política e no carnaval.

O nosso vizinho já tem um histórico considerável no assunto. Também por isso algumas coisas precisam ser feitas enquanto o monstro não se torna maior por aqui.

Curitiba, terça-feira, 03 de março de 2012 3

Projeto prevê aumento na frota de táxiFoi aprovado, na última

segunda-feira, na Câmara de Curitiba, um projeto para aumentar o número de táxis que circulam pela capital.

A proposta de autoria do prefeito Luciano Duc-ci, pretende aumentar entre 200 e 1.200 novos veícu-los. O número exato será definido pela URBS, que é responsável por gerenciar o transporte de passageiros em Curitiba.

Hoje na capital a propor-ção de táxis é de um carro para cada 775 habitantes, a proposta determina que

esse número não pode ser inferior a 500 habitantes por táxi nem superior a 700.

A reclamação de demora do atendimento aos passa-geiros é o principal motivo para a mudança. A ideia é de que a mudança ocorra ano a ano até a Copa de 2014.

A oposição apresentou seis emendas para o projeto, mas apenas uma foi aprova-da na votação desta segun-da-feira. A emenda proposta pelo vereador Jairo Mar-celino (PDT), permite que motoristas que são contrata-dos tenham preferência para conseguir novas licenças.

Ontem foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi decre-tada pela ONU em dezembro de 2007, em favor da luta por direitos mais justos e menos preconceito. No mundo todo, a cor azul representou o dia, estampada na camiseta de muitos e iluminando monu-mentos. No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor ganhou uma iluminação especial do mes-mo modo que o Congresso Nacional, em Brasília; o Em-pire State Building, em Nova York, Estados Unidos; e o Big Ben, em Londres, Ingla-terra também ganharam.

Em Curitiba as come-morações começaram já no sábado (31). O lançamento da campanha aconteceu no estacionamento do shopping Barigui logo pela manha. A prefeitura de Curitiba e o Centro de Neuropediatria (CENEP) foram os responsá-veis pelo evento. O estacio-namento do shopping esteve com várias programações.

Logo pela manha uma pales-tra introdutória deu inicio aos eventos do dia. Em seguida teve a apresentação de Paulo, um menino autista e cego que veio de fora para cantar para todos. Durante todo o evento camisetas do movimento fo-ram vendidas pelo CENEP.

‘’A criançada participou do Rally, o doutor Sérgio deu uma introdução do que era autismo, um pai fez um depoimento, infelizmente foi tudo bem rápido’’, disse Iza-bel Marinaska, secretária do CENEP.

No domingo (01) folhetos informativos foram distribu-ídos na barraca do autismo que foi montada no Largo da Ordem para a população. O Centro Conviver foi o idea-lizador dessa ação, que con-tinuou ontem distribuindo panfletos no semáforo em parceria com a Secretaria do Transporte (Setran).

Também ontem na As-sembleia Legislativa, o depu-tado Péricles apresentou um projeto de lei que cria polí-ticas públicas para amparar autistas e seus familiares e melhorias para essas pesso-as. Outro projeto de lei ainda

Guilherme Dias

trabalha no reconhecimento do autismo como uma espe-cialidade e outro para traba-lhar a inclusão do autista no ensino regular. A assembleia abriu espaço durante a seção plenária para discussão e pro-moção do assunto.

‘’O principal motivo é que o autismo seja reconhe-cido como uma especialidade dentro do grupo com pesso-as com deficiência, ele tenha uma categoria especifica’’, contou diretora do Centro Conviver, Luciene Vianna.

Guilherm

e Dias

Dia Mundial de Conscientização do Autismo é comemorado em CuritibaJúlio RochaMatheus KlockerVictor Morau

‘’O que acontece hoje é que dependendo do perfil do au-tista eles enquadram na de-ficiência mental, condutas típicas, etc. Ele não tem uma categoria’’, completou ela.

Ao longo do mês ações em prol do autismo vão con-tinuar a acontecer. Cerca de 800 ônibus estão circulando em Curitiba com cartazes da divulgação do projeto. Nos dois últimos finais de semana do mês de abril, cursos pra familiares vão acontecer no Centro Conviver.

O autismo é uma doen-ça que afeta a capacidade de comunicação do individuo. Complicando sua habilidade de socialização e comporta-mento. Essa doença faz parte de um grupo de síndromes chamado TGD (Transtorno Global do Desenvolvimen-to). Mesmo com a doença al-guns indivíduos apresentam alta inteligência e muita faci-lidade com o aprendizado. O autismo afeta cerca de 1 em cada 110 crianças.

Evento do Centro Conviver no Largo da Ordem

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Curitiba, terça-feira, 03 de março de 2012

Coxa supera Rio Branco e é o novo líder do Paranaense

4 Esporte

Júlio RochaMatheus KlockerVictor Morau

Com o empate do Londrina, o Coritiba assume a liderança isolada e agora só depende de si próprio para conquistar o returno do paranaense

A equipe coxa branca emplacou nesse domingo a sua segunda vitória segui-da e agora é o novo líder de forma isolada do returno do campeonato paranaen-se. Apesar da vitória por 2 x1 fora de casa contra o Rio Branco-PR, valida pela 7º rodada do returno, a equi-

CLASSIFICAÇÃO

PRÓ

XIM

AS

PART

IDAS

pe alviverde não teve um jogo fácil contra o leão da estradinha e sim teve mui-to trabalho para superar a retranca da equipe do rio branco, que praticamente se dedicou a se defender, adotando como estratégia explorar os contra ataques e jogar nos erros cometidos pela equipe da capital.

Os três pontos coxas-brancas conquistados em Paranaguá no Gigante do

Itiberê não vieram com fa-cilidade. A equipe do Rio do Branco-Pr chegava a jo-gar uma boa parte do tem-po com os onze jogado-res atrás da linha da bola, montando um verdadei-ro paredão, fazendo com que a equipe coxa branca não se infiltrasse com fa-cilidade em seu campo de defesa. O Coritiba saiu na frente aos 36 minutos, com Emerson, que aproveitou

cobrança de escanteio e abriu o placar. Mas a van-tagem no placar foi iguala-da seis minutos depois. O zagueiro Bonfim empres-tado do Coxa ao time de Paranaguá, aproveitou fa-lha do goleiro Vanderlei e empurrou para o fundo. O gol da vitória coxa branca só saiu aos 31 do segundo tempo, com um leve toque de Démerson.

A vitória coxa bran-

ca que além de colocar a equipe na primeira posi-ção de forma isolada, dei-xou o time da capital mais próximo da grande final que agora só depende de si mesmo para conquistar o returno e garantir a vaga numa possível final com o Atlético-Pr. Os dois times só entram em campo, pelo Campeonato Paranaense, somente no próximo do-mingo.

Troca de líder marca a 7ª rodada do paranaense

A 7ª rodada do campeonato veio com uma troca de líder. O Coritiba, que havia se igualado ao antigo líder Londrina na 6ª rodada, venceu o Rio Branco e ainda pode contar com o empate dos londrinenses contra o Toledo.

O ex-líder poderia ter disparado na sexta rodada, po-rém perdeu para o Coritiba. No último fim de semana precisa da vitória para seguir na liderança mas empatou com o Toledo e agora está em segundo lugar se igualando em pontos com o Atlético.

O rubro-negro, que não teve um bom começo de ro-dada, teve sua terceira vitória consecutiva e está em ter-ceiro lugar com apenas dois pontos de diferença do líder. O Atlético está chegando perto de realizar o sonho de vencer o paranaense sem ter que disputar uma final.

Na parte de baixo da tabela, o Iraty leva 3 gols do Atlético Paranaense e está cada vez mais perto de ser re-baixado. Com dois empates seguidos, o Roma conseguiu manter uma distância de um ponto do lanterna.

A oitava rodada pode significar mais uma mudança no topo da tabela, caso o Coritiba não vença o Cianor-te, uma vitória garante que o Londrina volte à liderança. O Furacão, que segura o melhor ataque do campeonato, também compete pelo posto de líder e com uma vitória vai se manter firme na disputa.

Júlio RochaMatheus KlockerVictor Morau