Makaveli - Boicote Às Eleições, Mas Não a Teoria Marxista

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Boicote s eleies, mas no a teoria marxista: consideraes sobre a ttica do boicote.O objetivo desse texto uma polmica terico-poltica com os camaradas que defendem o boicote ao processo eleitoral. claro que existe uma variedade nos argumentos para defender essa ttica como a mais adequada. Temos desde os clssicos argumentos anarquistas at os mais atuais. Vou centrar-me nos argumentos apresentados pelo Jornal A Nova Democracia (ND), ligado ao Movimento Estudantil Popular Revolucionrio (M.E.P.R). O motivo da escolha que entre os grupos que puxam o boicote acho que a ND o mais significativo e seus argumentos so base da maioria dos que seguem a ttica do boicote. Portanto, para deixar claro, no vou debater o papel dos comunistas nas eleies, a funo da institucionalidade na estratgia revolucionria, a viso da classe abalhadora sobre o processo eleitoral e questes correlatas. Vou focar em apresentar os argumentos centrais para os que defendem o boicote e procurar traar alguns questionamentos tericos e polticos sobre a defesa dessa ttica.A Nova Democracia (ND) tem um estilo bem peculiar de escrita e polmica. Escreve de forma fcil, sem muito refinamento terico e de forma extremamente agressiva. Exagera nos adjetivos e nas caracterizaes negativas. Ela comea afirmando que:A utilizao ou no do parlamento e participao ou no nas eleies burguesas no so quescpios para os comunistas, portando pertinentes esfera da ttica. Neste sentido, ao longo da histria do movimento revolucionrio, muitos partidos participaram de eleies aps avaliao concreta da correlao de foras e tendo em vista objetivos tticos a alcanaDepois de afirmarem que a eleio um expediente ttico e no questo de princpios, ou sej buscando sempre uma anlise concreta de uma situao concreta para planejar como agir no processo eleitoral. A ND afirma porm que existe uma mudana histrica importante no que concerne a participao dos comunistas no processo eleitoral. Vejamos:...embora pudessem [os parlamentos] ser utilizadas como tribuna para revelar s massas trabalhadoras o seu carter de classe e a necessidade da revoluo violenta para estabelecer uma nova sociedade. Mas isto era til na democracia burguesa da poca do capitalismo de livre concorrncia e no monopolista. Nas condies de aprofundamento da dominao imperialista tornou-se completamente insuficiente para definir qualquer situao a favor das classes trabalhadoras..Deixando mais claro, para ND a participao dos comunistas no processo eleitoral fazia sentido na poca do capitalismo concorrencial (que vai at o final do sculo XIX), mas com o domnio do capitalismo monopolista isso no faz mais sentido.A ND tambm faz questo de mostrar que a democracia burguesa a democracia contra a maioria explorada, que o Estado um instrumento de opresso contra as massas populares. Vejamos um trecho:Porm, o proletariado revolucionrio, atravs de autnticos partidos comunistas que tem constitudo historicamente em diferentes pases, nunca olvidou o carter de classe do Estado e da democracia burgueses, onde o sufrgio universal (as eleies) como afirmava Engels, "um instrumento de dominao da burguesia". Servindo para mascarar a condio ditatorial da minoria sobre a maioria. Tampouco os revolucionrios autenticamente marxistas nunca desconheceram que a burguesia atribui um carter universal sua democracia e uma mistificadora condio ao Estado sob seu domnio como um ente acima das classes, bem como de sua violncia reacionria: a democracia burguesa ditadura da minoriaDepois de afirmar claramente o carter de classe, explorador e autoritrio do Estado, a ND mostra que historicamente falando s as revolues violentas, via insurreio armada, que conseguiram xito histrico. Cita os exemplos da Comuna de Paris, Revoluo Russa e Chinesa e ataca o que considera como pacifistas e revisionistas:Se por um lado o ensaio da Comuna de Paris, a Revoluo Russa e da Revoluo Chinesa, para ficar nos trs mais destacados acontecimentos da revoluo proletria, estimularam a muitos a perseguir a senda revolucionria, por outro, as maquinaes da burguesia com seus processos de cooptao e imposio de sua ideologia como ideologia dominante, influenciaram amplos setores da pequena-burguesia e da aristocracia operria a levar a luta das classes trabalhadoras para dentro do parlamento burgus, enveredando pelo descaminho das iluses eleitoreiras.Desde o incio do sculo XX chefes de partidos operrios como Bernstein e Kautski passaram a vender estas iluses. Ambos foram contestados por Lenin que os desmascarou como revisionistas, diante da tentativa de excluir do marxismo o seu carter revolucionrio, ou seja, sua essncia. Em seu livro O Estado e a Revoluodestacou que "... a necessidade de educar sistematicamente as massas e precisamente nesta ideia sobre a revoluo violenta, est na base de toda a doutrina de Marx e Engels". Posteriormente Nikita Kruschov na URSS, Togliatti na Itlia, Thorez na Frana e Earl Browder no USA, requentaram as mesmas ideias revisionistas, recebendo nesta oportunidade o combate cerrado do Partido Comunista da China sob o comando de Mao Tsetung na defesa da via revolucionriaNa continuidade dos textos os camaradas maoistas argumentam algo muito central na fala dos militantes do MEPR: j existe um boicote ao processo eleitoral feito de forma espontnea pela populao. Esse boicote politizado e potencialmente de esquerda. Cabendo aos revolucionrios potencializar o j existe e dirigi-lo em um sentido revolucionrio:Uma parcela pondervel da populao j identificou esta artimanha do imperialismo e proclama abertamente o seu boicote a essa trampa. Existe, entretanto, uma parcela bem menor, mas no menos importante, que ainda se deixa levar, no pelo canto de sereia burgus, mas pelo proselitismo trotskista de enaltecer a importncia de participar das eleies burguesasMais avanada e esclarecida do que os oportunistas, uma parcela das massas que ainda vota, mas o faz de forma pragmtica por no acreditar em candidaturas que prometem o paraso a partir de disputa eleitoral sob o taco da burguesia. Isto to verdade que o nmero de votos destes candidatos decresce de eleio para eleio, enquanto que com o boicote acontece o contrrio. E para finalizar, para os camaradas, o processo eleitoral o principal elemento de legitimao do Estado burgus. Portanto, o boicote ao processo eleitoral seria mais que ttico, quase estratgico, afinal, em certo sentido, seria um ataque ao ncleo do processo de construo de legitimao da ordem burguesa. Vejamos como eles colocam a questo:Os burocratas do TSE no se contentam com a obrigatoriedade antidemocrtica e imoral do voto, que impem com multas, ameaas e chantagens, que homens e mulheres compaream s urnas para referendarem a farsa que d sustentao e reproduo deste velho e apodrecido Estado brasileiro de grandes burgueses e latifundirios a servio do imperialismo, principalmente ianque.Ocorre que mais do que nunca, o imperialismo usa o processo eleitoral para justificar sua democracia de meia tigela. patente a interveno do sistema financeiro internacional e das transnacionais em todas as eleies realizadas mundo a fora. Em resumo, os argumentos principais dos camaradas maoistas da ND so:A ) A participao no processo eleitoral uma questo de ttica e no de princpios.B) No faz sentido, no capitalismo monopolista, participar do processo eleitoral. Se a participao teve alguma utilidade sem deixar claro qual foi no capitalismo liberal.C) O Estado um instrumento de opresso de uma classe pela outra; a democracia poltica uma forma de dominao da burguesia (a minoria) contra as classes trabalhadoras (a maioria).D) Historicamente analisando, s a revoluo violenta, por via insurrecional, que garantiram xitos ao proletariado na conquista do poder poltico (citado a Comuna de Paris, s revolues Russa e Chinesa e esquecendo a cubana).E) J existe um boicote eleitoral feito de forma no organizada por importantes setores populares. A tarefa dos revolucionrios potencializar esse boicote j existente de d-lo um sentido revolucionrio.F) O processo eleitoral central, o principal, no processo de legitimao do estado burgus e considerando que ponto pacfico entre os tericos marxistas que o Estado burgus o principal instrumento de poder da burguesia, as eleies seriam um momento decisivo na reproduo da ordem burguesa.Algumas consideraes.Agora podemos, depois de mostrar de forma sinttica os principais argumentos dos camaradas maoistas da ND, passar para algumas observaes criticas. A primeira delas que concordo inteiramente com o primeiro argumento elencado para defender o boicote. A participao no processo eleitoral algo ttico, assim como o uso da legalidade, da democracia poltica, a participao em sindicatos pelegos, etc. Inclusive, ponto-pacfico entre os reformistas execrar Lnin pr durante toda sua vida ele ter usado uma viso ttica no manejo da legalidade e da democracia burguesa. Os arautos da democracia como valor universal e do socialismo democrtico louvam Lnin em palavras, mas excluem sua obra como referencial terico na sua prtica poltica.A questo que se os camaradas da ND acertam no primeiro ponto, nos trazem uma baita confuso no segundo. Para eles participar do parlamento s fazia sentido na poca do capitalismo concorrencial. Oras, necessrio explicar algo que no foi feito quais as novas determinaes estratgicas e seus desdobramentos tticos que o capitalismo monopolista colocou no uso da legalidade e da democracia burguesa pelos comunistas. Na prtica, considerando que nos textos clssicos do marxismo o uso ttico da legalidade (e dos parlamentos por tabela) defendido, essa ideia de que no capitalismo monopolista no faria mais sentido participar sobre nenhuma circunstncia do parlamento um subterfgio para evitar a autoridade desses vrios textos clssicos. Mas se no exis uma teoria da legalidade e das instituies polticas no capitalismo monopolista, essa afirmao da ND plenamente fazia de sentido. Uma afirmao sem fundamento que visa apenas justificar seu ponto de vista no demonstrado. Alm disso, padece de outro erro grave: fala de parlamentos no geral, sem diferenciar, as estruturas polticas dos diferentes pases de acordo com sua insero no ciclo mundial de acumulao capitalista. Ou seja, o parlamento e a democracia burguesa teriam o mesmo significado prtico-poltico nos pases imperialistas e nos dependentes. Acho que no precisa argumentar muito para perceber como isso antimarxista e equivocado, alis; a ND se orienta por uma viso maoista que acha que s existe no mundo pases imperialistas e coloniais e semi-coloniais. Esses ltimos diferem apenas em gral, ambos so colnia. Na caracterizao da ND o Brasil seria to semi-colonial como a Costa Rica ou Angola.O terceiro aspecto, o carter repressivo, autoritrio e de classe do Estado burgus, algo evidente para a maioria dos socialistas revolucionrios. No marxismo s as vrias vertentes democrticas do socialismo que negam ou relativizam isso. Porm um erro grave, brutal, historicamente trgico, transformar descobertas histrico-ontolgicas do marxismo, como o carter de classe do Estado burgus, em dogmatismo a-histrico que desconsidera as formas concretas que os sistemas polticos tomam. J escrevi um texto sobre isso, entrando no cerne dos problemas e erros dessa viso equivocada. No pretendo repetir meus argumentos e teria que escrever muito, pois esse um tema muito srio para ser tratado em poucas linhas. Peo aos possveis leitores desse texto que tenham pacincia e leiam o texto chamado O social-fascismo e a farsa eleitoral: convergnas e aproximaes onde trato a questo com maiores detalhes (link: http://makaveliteorizando.blogspot.com.br/2014/03/o-social-fascismo-e-farsa-eleitoral.html)O quarto ponto central para os que defendem o boicote como a ttica mais adequada aos comunistas. Como j foi dito para os camaradas j existe um boicote feito por amplos setores populares e dever dos revolucionrios organizar, potencializar e dar um sentido revolucionrio a esse boicote. Fica implcito tambm que o boicote politizado e tendencialmente de esquerda. Vejamos, as objees poderiam ser muitas. Nunca vi uma anlise de classe desse suposto boicote. Sendo mais claro: fato que em toda eleio vrias pessoas deixando de votar em mdia 40 milhes nas eleies presidenciais -, para podermos avaliar isso como um fato politizado, potencialmente de esquerda e revolucionrio seria necessrio, no mnimo, uma analise do componente de classe desse boicote. Qual a proporo de trabalhadores pobres, classes mdias e burgueses que deixam de votar? Segundo quais os principais motivos, pois uma falcia (e das grandes) deduzir que todo ato de no votar uma rebeldia no organizada contra o Estado burgus. O sujeito pode no votar por puro niilismo poltico, ou seja, porque no acredita em qualquer mudana poltica das suas condies de vida. Porque classe mdia, acha que no depee do governo para nada, porque eleio apenas um feriado e ele vai para praia, etc. Deduzir sem qualquer pesquisa que esses 40 milhes (ou mesmo maioria) no votam com o intuito de no legitimar o Estado burgus algo absurdo. querer adequar o real sua vontade.Aliado a isso, como demonstramos em citaes, a ND argumenta que o processo eleitoral o elemento principais de legitimao do Estado burgus. Aqui, me parece, temos outro empobrecimento da teoria marxista. Primeiro, afirmar que o processo eleitoral o principal instrumento de legitimao do Estado burgus algo a ser demonstrado. Isso no de forma alguma consenso na teoria poltica marxista. De forma geral, na produo da legitimao da ordem burguesa temos trs posies bsicas:A ) Os que argumentos que o processo de legitimao do capitalismo dar-se na aplicao dialtica e estratgica entre aparelhos ideolgicos e repressivos, garantido o convencimento ideolgico e reprimindo como forma de reforar esse consenso os grupos que no aceitam passivamente a dominao. Gramsci, Althusser e Poulantzas so os principais tericos essa corrente.B) A ideia de que as relaes matrias de produo principalmente o consumo de mercadorias e seu fetiche cria o processo de legitimao necessria para a ordem burguesa. Ou seja, sem necessariamente as mediaes da superestrutura poltica e ideolgica, o prprio processo de reproduo do capital atravs de seus mecanismos reificantes garantem a criao do consenso. O jovem Lukcs e a Escola de Frankfurt (sua primeira gerao) tem destaque nessa questo.C) Por ltimo, a ideia de que a falsa sensao de democracia e igualdade um dos principais elementos que criam o consenso e a legitimao para a ordem burguesa. A clssica viso de que as desigualdades de fato e o poder da classe burguesa ficam escondidas no universalismo jurdico e no processo formal de escolha dos representantes via eleio. Essa ideia muito ampla, usada por vrios e vrios tericos marxistas, poderia citar s como exemplo a abordagem de Perry Anderson no seu clssico ensaio As antinomias de Antnio Gramsci.Nenhumas das teorias descritas em linhas gerais colocam o processo eleitoral como central. Alis, amplamente conhecido nas pesquisas sobre democracia na Amrica Latina que o Brasil, assim como a maioria dos pases do continente, tem uma populao com pouca f na democracia. Para quase maioria dos brasileiros no faria diferena termos uma ditadura militar ou uma democracia desde que os problemas (sade, educao, transporte pblico, etc.) fossem resolvidos. bvio que a confiabilidade dessas pesquisas precria, alis, elas partem de uma concepo empirista da pesquisa social. O que j nos deixa com dois ps atrs, mas elas servem de indicativo. A rigor a ND assume aqui uma postura dos tericos democrticos liberais que consideram o processo eleitoral como o fundamental para a legitimao do estado e sua estrutura enquanto forma de governo. bvio que isso uma besteira. Eleies no mexem no fundamental com a estrutura burocrtica do Estado e nem no ncleo central do seu poder os aparelhos repressivos (exrcito, justia, servios secretos, policias, sistema prisional, etc.). Ento essa tese da ND mais uma que precisa ser demonstrada e no apenas afirmada.Por fim, chegamos ltima questo. Onde resumindo a ideia geral, os camaradas maoistas argumentam que s as revolues violentas por via insurrecional que garantiram o xito ao proletariado na conquista do poder poltico. Ora, isso algo evidente. Que ningum que no seja reformista discorda. O problema disso tirar a concluso que existe dois caminho dicotmicos: insurreio armada e ao na legalidade. Pensando assim a ND no conseguir nunca entender a ao dos bolcheviques que combinaram aes legais com extralegais, atuao parlamentar com atuao contra o parlamento, etc. Alis, os bolcheviques participaram do parlamento russo quando julgou conveniente, por questes tticas -, mesmo sendo poca do capitalismo monopolista. A questo nenhuma revoluo do sculo XX foi puramente militar. Um ataque frontal e irrestrito. At Mao e os revolucionrios chineses procuraram em certo momento de sua estratgia o uso da luta de massa atravs da legalidade sem partir para o confronto armado direto seguindo a orientao da Internacional Comunista (IC). No quero em estender muito nesse ponto, mas o argumento da ND fraco. Onde as revolues tiveram sucesso houve uma combinao ttica de ao na legalidade fora dela, nas instituies e fora dela e no momento da formao de uma dualidade de poderes que a fora militar se ps como determinante.ConclusoO que fica implcito tambm nos argumentos da ND que participar do parlamento significa reforar a legitimidade do Estado burgus, portanto, reformismo e oportunismo. Fica claro que para eles no existe formas de atuar no processo eleitoral. Todos fazem parte do que eles chamam de partido nico. Ento o PSTU ou PCB tem o mesmo papel que PSDB e DEM na legitimao da farsa eleitoral, com a pequena diferena que PSTU e PCB so coadjuvante na farsa eleitoral e partidos como o PSDB, PT e outros so os protagonistas. Oras, podemos argumentar, s para mostrar o quanto isso falacioso, que ao no distinguir as formas de ao no processo eleitoral, colocando todo mundo no mesmo bolo, negando a possibilidade de ao ttica contra-hegemnica no processo eleitoral, a ND cria armas contra ela mesma. Vamos explicar.Pegando o mesmo raciocnio posso argumentar que as contendas trabalhistas tm atualmente no Brasil em sua imensa maioria apenas um aspecto economicista. Ou seja, a maioria das greves e reivindicaes trabalhistas no questiona o domnio do capital contra o trabalho, a propriedade privada, a diviso social hierrquica do trabalho. Querem na maioria das vezes aumento de salrios, condies dignas de trabalhos e majorar os direitos trabalhistas. Portanto, do ponto de vista poltico imediato, so embates significativos do trabalho contra o capital, mas de uma perspectiva histrico-estrutural, so reformistas pois no questionam a subordinao do trabalho ao capital em si. Poderia dizer que a CSP-Conlutas e a CUT so a mesma coisa. Ambas apoiam essas reivindicaes meramente economicistas, que reproduzem a subordinao do trabalho. Que qualquer pessoa que age nos sindicatos reformista, pois est criando iluses nas massas (falando de aumentar salrios ao invs de tomar a propriedade do burgus) e que no importa o nvel de radicalidade das cobranas, enquanto se pede aumento de salrio se um reformista e oportunista. Esse exemplo que dei, bvio, est errado. Mas seguindo a linha de raciocnio lgico da ND eles no deveriam apoiar nenhuma greve que tivesse claramente um carter anticapitalista, pois ateno agir nas disputas capital-trabalho tambm uma forma ttica de usar a legalidade (inclusive quando defendemos o direito de greve).