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0 GOVERNO REGIONAL DOS ACORES MANUAL DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO SETOR FLORESTAL

Manual de Segurança Higiene Saúde No Setor Florestal

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    GOVERNO REGIONAL DOS

    ACORES

    MANUAL DE SEGURANA, HIGIENE E SADE NO SETOR FLORESTAL

  • Manual de segurana, higiene e sade no setor florestal

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    NDICE SEGURANA HIGIENE E SADE NO TRABALHO ........................................................................................................... 3

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL ............................................................................................................ 4

    SINALIZAO DE SEGURANA ................................................................................................................................. 7

    COMBATE A INCNDIOS ......................................................................................................................................... 14

    PRIMEIROS SOCORROS .......................................................................................................................................... 16

    EM CASO DE ACIDENTE / INCIDENTE ................................................................................................................. 16

    CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS ...................................................................................................................... 16

    ENTORSE ............................................................................................................................................................ 17

    FRATURA ............................................................................................................................................................ 17

    CORPOS ESTRANHOS NOS OLHOS ..................................................................................................................... 18

    DESMAIO ............................................................................................................................................................ 18

    INTOXICAO ..................................................................................................................................................... 19

    HEMORRAGIA ..................................................................................................................................................... 22

    HEMORRAGIA NASAL ......................................................................................................................................... 22

    FERIDAS / PEQUENOS CORTES ........................................................................................................................... 23

    FERIDAS PROFUNDAS ......................................................................................................................................... 23

    MOVIMENTAO MANUAL DE CARGAS ................................................................................................................ 24

    DERRAME DE SUBSTNCIAS PERIGOSAS ............................................................................................................... 26

    GESTO DE RESDUOS ............................................................................................................................................ 27

    PREVENO DE RISCOS PROFISSIONAIS .................................................................................................................... 28

    EXPOSIO AO RUDO ........................................................................................................................................... 29

    EXPOSIO S VIBRAES .................................................................................................................................... 31

    EXPOSIO S TEMPERATURAS EXTREMAS .......................................................................................................... 32

    MOTORROADORA ................................................................................................................................................ 33

    MOTOSSERRA ......................................................................................................................................................... 35

    FERRAMENTAS MANUAIS ...................................................................................................................................... 39

    UTILIZAO DE MQUINAS PESADAS E TRATORES ............................................................................................... 41

    DISTNCIAS E INCLINAES DE SEGURANA ........................................................................................................ 44

    ARMAZENAMENTO E APLICAO DE PRODUTOS FITOFARMACUTICOS ............................................................. 46

    PODA EM ALTURA .................................................................................................................................................. 50

    ABATE DE RVORES ............................................................................................................................................... 52

    CORTE DE RAMOS, TRAAGEM E TORAGEM ......................................................................................................... 55

    RECHEGA E EXTRAO ........................................................................................................................................... 58

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    INTRODUO

    O trabalho florestal caracteriza-se entre as atividades caractersticas do mundo rural, como um dos mais perigosos, no s devido multiplicidade de tarefas exercidas pelo trabalhador, mas tambm pelas especificidades associadas ao trabalho executado, nomeadamente:

    Ocorre ao ar livre, resultando na permanente exposio s condies climatricas; Ocorre, sobre a forma de "estaleiros mveis", sendo que as frentes de trabalho no so fixas; Exerce-se em locais isolados, implicando, frequentemente, o percurso de grandes distncias em

    caminhos difceis para chegar ao local de trabalho;

    Exerce-se em terrenos irregulares, muitas vezes em grandes declives, hmidos e instveis, devido rama e folhagem;

    Obriga, frequentemente, utilizao de considervel fora muscular na movimentao manual de cargas;

    Obriga ainda utilizao de equipamentos de trabalho que exigem considervel resistncia fsica e capacidade de concentrao, associadas a posturas e gestos determinados;

    Com o presente manual, pretende-se contribuir para a informao e sensibilizao dos riscos mais graves e frequentes nas diferentes situaes de trabalho no setor florestal, e divulgar quais as correspondentes medidas de preveno, de modo a conseguir-se reduzir o nmero de acidentes.

    Conscientes da diversidade de situaes que podem ocorrer no trabalho de campo, considera-se que este documento deve ser capaz de receber informao atualizada sempre que se verifiquem ocorrncias aqui no previstas ou descritas. portanto um instrumento dinmico, aberto sempre a inputs que o tornem mais eficaz.

    RECOMENDAES GERAIS para reduzir risco de acidente: O Trabalhador deve utilizar os equipamentos de proteo individual (EPI) recomendados para cada tipo de operao.

    Os trabalhadores florestais devem possuir uma qualificao e formao adequada; esta uma das medidas mais eficazes para prevenir acidentes e outros problemas relacionados com a segurana, higiene e sade no trabalho.

    O trabalhador deve conhecer as regras de operao em segurana e procedimentos a ter em situaes de emergncia.

    As mquinas e equipamentos s devem ser utilizados por operadores com formao e/ou experincia comprovadas.

    Os operadores devem garantir que as mquinas e equipamentos se encontram em boas condies de operao, em segurana e que no existam fugas de derivados de petrleo (gasleo, leos, e lubrificantes). No caso de avarias, a operao deve ser suspensa e providenciada a reparao do equipamento.

    O trabalhador no deve consumir lcool e substncias que interfiram com capacidade de executar em segurana as suas tarefas.

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    SEGURANA, HIGIENE E SADE NO TRABALHO

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL

    SINALIZAO DE SEGURANA

    COMBATE a IINCNDIOS

    PRIMEIROS SOCORROS

    MOVIMENTAO MANUAL DE CARGAS

    DERRAME DE SUBSTNCIAS PERIGOSAS

    GESTO DE RESDUOS

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    O equipamento de proteo todo o equipamento e qualquer complemento ou acessrio destinado a ser utilizado pelo trabalhador, no sentido de o proteger contra possveis riscos que coloquem em causa a sua segurana e sade no desempenho das suas tarefas.

    As medidas de proteo coletiva, atravs dos equipamentos de proteo coletiva (EPC), devem ter prioridade, conforme determina a legislao, uma vez que beneficiam todos os trabalhadores, indistintamente.

    Quando no for possvel adotar medidas de segurana de ordem geral, para garantir a proteo contra os riscos de acidentes e doenas profissionais, devem-se utilizar os equipamentos de proteo individual, conhecidos pela sigla EPI.

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL

    EQUIPAMENTO DE PROTEO

    Equipamento de Proteo Individual - EPI

    Equipamento de Proteo Coletiva - EPC

    Os EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI) so a ltima defesa contra o risco e so

    OBRIGATRIOS!

    Todo o EPI deve ter obrigatoriamente:

    Marcao em local visvel e legvel; Declarao de conformidade; Manual de instrues em Portugus.

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    Os Equipamentos de Proteo Individual so escolhidos de acordo com os riscos e com a parte do corpo que visam proteger.

    A entidade empregadora obrigada a adquirir e fornecer estes equipamentos e a manter disponvel informao sobre o seu uso, necessidade, etc.

    Os trabalhadores por seu lado tm a obrigao de utiliz-los sempre que necessrio e de forma correta, conserv-los em bom estado e reportar qualquer anomalia que detetem.

    PROTEO TIPO de EPI

    CABEA

    ROSTO / FACE

    OUVIDOS

    OLHOS

    CORPO

    MEMBROS SUPERIORES

    MEMBROS INFERIORES

    VIAS RESPIRATRIAS

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    Legendas: X uso permanente X* - uso temporrio (apenas quando fora de cabine ou situaes que justifiquem) X ** - avental

    Capacete

    Protetor auricular

    Capacete de proteo

    florestal com viseira e

    protetores auditivos

    culos de

    proteo

    Fato-macaco

    Calas com

    entretela de

    segurana

    Casaco, colete de

    alta visibilidade

    Luvas de proteo

    Botas de segurana com biqueira de ao

    e antiderrapantes

    Botas de borracha

    Fato-macaco

    descartvel

    Mscara de proteo

    Caneleira

    Arns de

    segurana

    Motosserrista X X X X X X

    Ajudante de Motosserrista X X X X X X

    Motorista e operador de mquina

    X* X* X* X* X

    Operador de Motorroadora X X X* X X X X

    Tcnico Florestal X X* X

    Guarda Florestal X X* X

    Assistente Operacional X X* X* X X* X* X

    Aplicador de produtos fitossanitrios

    X X X* X X X X

    Escalador X X X X X* X X

    Ajudante e aplicador de beto betuminoso

    X* X X X* X X X** X

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    No mundo do trabalho, a sinalizao desempenha um papel importante como forma de informar os trabalhadores dos vrios riscos inerentes s suas atividades, conduzindo-os a atitudes preventivas e de proteo, reduzindo o risco de acidentes.

    O principal objetivo da sinalizao chamar ateno, de uma forma rpida e inteligvel, para objetos e situaes suscetveis de provocar determinados riscos, por isso muito importante que seja clara, de interpretao nica e que informe sobre a conduta a seguir.

    UMA SINALIZAO CORRETA EFICAZ COMO TCNICA DE SEGURANA COMPLEMENTAR, MAS NO SE DEVE ESQUECER QUE POR SI MESMA NUNCA ELIMINA OS RISCOS.

    Existem vrias formas de sinalizao universais e que se complementam entre si:

    Sinais luminosos / coloridos para assinalar riscos ou dar indicaes; Sinais acsticos utilizados habitualmente para assinalar situaes de alarme e de evacuao; Comunicao verbal; Sinais gestuais para que, quando a comunicao verbal no possvel, se possam dar as indicaes necessrias. Sinais de rotulagem Sinalizao de obstculos e locais perigosos

    I. SINAIS LUMINISOS/COLORIDOS

    SINAIS DE PROIBIO

    Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no sinal. Tm forma circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o fundo branco.

    SINALIZAO DE SEGURANA

    Tipos de Sinais de Segurana

    Proibio de fumar Proibio de fazer lume

    Proibida a entrada a pessoas no autorizadas

    Proibio de apagar com gua

    gua no potvel Passagem proibida a veculos de

    movimentao de cargas

    No tocar Passagem proibida a pees

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    SINAIS DE OBRIGAO

    Indicam comportamentos obrigatrios de acordo com o pictograma inserido no sinal. Tm forma circular, fundo azul e pictograma a branco.

    SINAIS DE AVISO OU PERIGO

    Indicam situaes de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal. Tm forma triangular, o contorno e pictograma a preto e fundo amarelo.

    Proteo obrigatria das mos

    Proteo obrigatria dos olhos

    Proteo obrigatria da cabea

    Proteo obrigatria das vias respiratrias

    Proteo obrigatria dos ps

    Proteo obrigatria do corpo

    Proteo obrigatria do rosto

    Proteo obrigatria dos ouvidos

    Perigo! circulao de

    camies

    Perigos vrios!

    Perigo de eletrocusso

    Perigo de incndio

    Perigo! substncias

    txicas

    Perigo! substncias corrosivas

    Cargas suspensas

    Risco biolgico

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    SINAIS DE SALVAMENTO OU DE EMERGNCIA

    Fornecem informaes de salvamento de acordo com o pictograma inserido no sinal. Tm forma retangular, fundo verde e pictograma a branco.

    SINAIS DE COMBATE A INCNDIO

    Fornecem informaes do stio onde se encontram materiais de combate a incndios de acordo com o pictograma inserido no sinal. Tm forma retangular, fundo vermelho e pictograma a branco.

    A SINALIZAO DE SEGURANA CONSTITUI UMA DEFESA CONTRA O ACIDENTE E COMO TAL, DEVE SER UTILIZADA PARA INFORMAR, NO S OS TRABALHADORES, MAS TAMBM OUTRAS PESSOAS (VISITANTES, ETC.), QUE POR NO CONHECEREM OS RISCOS QUE CORREM SO POTENCIAIS ALVOS DE ACIDENTE.

    A localizao e afixao da sinalizao deve ser feita no stio mais visvel possvel. Os sinais devem ainda ter dimenses de acordo com a distncia a que devem ser visveis,

    Indicao de direo a seguir

    Indicao de direo de uma sada de emergncia Localizao de uma

    sada de emergncia

    Posto de primeiros socorros

    Extintor Telefone de emergncia

    Dispositivo sonoro de combate a Incndio

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    II. SINAIS ACSTICOS

    Os sinais acsticos de segurana devem ter um nvel sonoro nitidamente superior ao do rudo ambiente, sem ser excessivo ou doloroso.

    Os sinais acsticos de segurana devem ser facilmente reconhecveis, e diferenciveis de outros sinais acsticos e rudos ambientais.

    III. SINAIS GESTUAIS

    Os gestos devem ser simples, fceis de executar e de compreender.

    SINGNIFICADO DESCRIO ILUSTRAO

    INCIO (ateno; comando

    assumido)

    Ambos os braos abertos horizontalmente, palmas das mos voltadas para a frente.

    STOP (interrupo; fim de

    movimento)

    Brao direito levantado, palma da mo direita para a frente.

    FIM (das operaes)

    Mos justas ao nvel do peito.

    SUBIR Brao direito estendido para cima, com a palma da mo virada para a frente descrevendo um crculo lentamente.

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    DESCER Brao direito estendido para baixo com palma da mo voltada para dentro, descrevendo um crculo lentamente.

    DISTNCIA VERTICAL Mos colocadas de modo a indicar a distncia.

    AVANAR

    Ambos os braos dobrados com as palmas das mos voltadas para dentro. Os antebraos fazem movimentos lentos em direo ao corpo.

    RECUAR

    Ambos os braos dobrados, com as palmas das mos voltadas para fora; os antebraos fazem movimentos lentos afastando-se do corpo.

    PARA A DIREITA (relativamente ao

    sinaleiro)

    Brao direito estendido horizontalmente, com a palma da mo direita voltada para baixo, fazendo pequenos movimentos lentos na direo pretendida.

    PARA A ESQUERDA (relativamente ao

    sinaleiro)

    Brao direito estendido horizontalmente, com a palmas da mo esquerda voltada para baixo, fazendo pequenos movimentos lentos na direo pretendida.

    DISTNCIA HORIZONTAL

    Mo colocados de modo a indicar a distncia pretendida.

    PERIGO

    (stop ou paragem de emergncia)

    Ambos os braos estendidos para cima, com as palmas das mos voltadas para a frente.

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    IV. SINAIS DE ROTULAGEM Indicam o perigo potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal; Tm forma quadrada o contorno, pictograma igual a sinal de perigo e fundo de cor laranja.

    Txico

    Se ingerido, inalado ou em contacto com a pele, pode originar riscos graves, agudos ou crnicos e mesmo a morte.

    Muito Txico

    Nocivo

    Irritante

    Facilmente Inflamvel

    Extremamente Inflamvel

    Explosivo

    Perigoso para ambiente

    Incendeiam-se em presena de uma chama, de uma fonte de calor (superfcie quente) ou de uma falha).

    Comburente / Oxidante

    Se ingerido, inalado ou em contacto com a pele, pode originar riscos de gravidade limitada.

    Embora no seja corrosivo por contacto imediato, prolongado ou repetido com a pele e as mucosas, pode originar reaes inflamatrias.

    Quando em contacto com a pele provoca queimaduras ou ao destrutiva.

    Substncias: Muito txicas para os organismos aquticos Txicas para a fauna Perigosas para a camada do ozono

    Corrosivo

    A combusto tem necessidade de uma substncia combustvel, de oxignio e de uma fonte de inflamao; consideravelmente acelerada em presena de um produto comburente (substncia rica em oxignio).

    A exploso uma combusto extremamente rpida; depende das caractersticas do produto, da temperatura (fonte de calor), do contacto com outros produtos (reaes, dos choques, das frices, etc.).

    Incendeiam-se sob a ao de uma fonte de energia (chama, falha, etc.), mesmo abaixo de 0C.

    Aps inalado, ingerido ou absoro atravs da pele, provoca graves problemas de sade e at mesmo morte.

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    SINALIZAO DE OBSTCULOS E LOCAIS PERIGOSOS

    Todos os obstculos ou locais perigosos que tenham potencial para causar acidente devem estar

    convenientemente sinalizados por dispositivos adequados. A

    sinalizao de obstculos e locais permanentemente perigosos,

    tais como degraus de escadas, buracos no pavimento ou locais

    que apresentem um risco de choque, quedas ou passos em falso

    de pessoas ou ainda um risco de queda de materiais dever ser feita com a ajuda de faixas

    preto/amarelo ou ento vermelho/branco.

    A sinalizao referida deve ser feita tendo em conta as dimenses do

    obstculo ou do local perigoso.

    Contedo de um smbolo de rotulagem

    Smbolo de perigo e o seu significado

    Nome e endereo do responsvel pela colocao do produto no mercado

    Nome do produto

    Riscos especficos

    Conselhos de segurana

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    INC

    N

    DIO

    PARAR O MOTOR E DESLIGAR O INTERRUPTOR GERAL

    TENTAR APAGAR O FOGO COM O EXTINTOR E EVITAR QUE O FOGO SE ARASTE

    ALERTAR AS AUTORIDADES COMPETENTES ATRAVS DO 112

    Os incndios podem ser originados por diversas situaes, estando as causas mais comuns associadas a componentes e mquinas eltricas, substncias inflamveis ou descuidos decorrentes da utilizao inadvertida do fogo, origem eltrica, entre outras.

    CUIDADOS A TER EM CASO DE INCNDIO

    Os extintores so um equipamento de primeira interveno, pois tm como objetivo proporcionar uma interveno rpida em caso de incndio.

    Existem extintores de vrios tipos e capacidade e que utilizam diferentes agentes extintores de acordo com a classe de fogo em que se enquadram os materiais combustveis. Assim, consoante o tipo de materiais de natureza combustvel deve-se selecionar o tipo de extintor mais adequado.

    Diferentes tipos de agentes extintores e a sua eficcia no combate s chamas dos diferentes tipos de fogos:

    Agente Extintor

    Classe do fogo gua em jacto gua em nevoeiro

    Dixido de

    carbono

    P qumico

    BC

    P qumico

    ABC

    P qumico

    especial D Espuma

    COMBATE A INCNDIOS

    Slidos

    Lquidos

    Gazes

    Metais

    Fogos de origem Eltrica

    instalaes eltricas

    EXTINTORES

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    O operador deve ler, previamente, o manual de instrues de funcionamento, de modo a saber utiliz-lo quando necessrio:

    1. Transporte-o na posio vertical, com a cavilha de segurana no manpulo.

    2. Retire o selo ou cavilha de segurana.

    3. Pressione a alavanca.

    4. Aproxime-se do foco de incndio progressivamente e cautelosamente.

    5. No avanar enquanto no estiver seguro de que o fogo no o atingir pelas costas.

    6. Dirigir o jacto para a base de chamas.

    7. Atuar sempre no sentido do vento.

    8. Cobrir lentamente toda a superfcie das chamas.

    9. Em combustveis lquidos no lanar o jacto com demasiada presso para evitar oque o combustvel se espalhe.

    10. Terminar apenas depois de se assegurar de que o incndio no se reacender.

    11. No volte a pendurar um extintor depois de utilizado.

    INSTRUES DE UTILIZAO DE EXTINTOR PORTTIL

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    1. Parar imediatamente a operao envolvida.

    2. Avaliar a emergncia e atuar de acordo com a avaliao feita, conforme a tabela seguinte:

    GRAVIDADE CARACTERISTICAS ATUAO

    Pequena possvel prestar os socorros necessrio no local

    Prestar os socorros necessrios no local

    Caso necessrio, transportar a vtima para observao mdica

    Mdia

    possvel prestar os primeiros socorros no local e possvel a remoo e transporta da vtima, em segurana, com meios prprios.

    Prestar os socorros necessrios no local

    Remover e transportar a vtima para assistncia mdica adequada (ex. Hospital, Centro Sade)

    Grave

    apenas possvel prestar os primeiros socorros no local, no sendo possvel a remoo e transporte da vtima, em segurana, com meios prprios.

    Ligar 112

    Alertar as autoridades externas (PSP, INEM, etc.)

    Prestar os socorros necessrios no local

    Desimpedir as vias de acesso

    Sinalizar o acidente e a rea afetada

    3. No caso de morte: no mexer na vtima e comunicar s autoridades competentes.

    4. No caso de acidente com uma viatura em via pblica: comunicar s entidades competentes, GNR/PSP.

    EM QUALQUER ACIDENTE, INFORMAR SEMPRE O SUPERIOR HIERRQUICO!

    CONTEDO DA CAIXA:

    SORO FISIOLGICO LUVAS DESCARTVEIS TESOURAS BETADINE COMPRESSAS DE GAZE LIGADURA GUA OXIGENADA PENSOS RPIDOS ADESIVO MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS ACAR

    CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

    EM CASO DE ACIDENTE / INCIDENTE

    PRIMEIROS SOCORROS

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    ENTORSE

    FRATURA

    1. Deixar correr gua fria sobre a articulao

    2. Elevar o membro e imobilizar membro como se tivesse partido um osso;

    3. Colocar o gelo para diminuir a dor e inchao

    4. Consultar o mdico se a inchao e a dor se prolongar.

    1. Evitar movimentar a articulao lesionada.

    2. Imobilizar o local de fratura e as articulaes prximas, acima e abaixo da fratura recorrendo a material que estiver mo: papelo, ramo de rvore etc. (ver imagens)

    3. Ir ao MDICO COM URGNCIA

    = TRAUMATISMO QUE CONSISTE NA RUTURA PARCIAL OU TOTAL DE UM OSSO OU DE UMA CARTILAGEM DURA

    = LESSO TRAUMTICA DE UMA ARTICULAO

    O QUE DEVE FAZER

    O QUE DEVE FAZER

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    CORPOS ESTRANHOS NOS OLHOS

    1. Piscar os olhos, para permitir que as lgrimas lavem os olhos e, possivelmente, removam o corpo estranho. NUNCA ESFREGA O OLHO COM A MO!

    2. Abrir as plpebras de olho lesionado e limpa com o soro fisiolgico;

    3. Se no obtiver o resultado limpar com o cotonete ou gaze, conforme a figura abaixo.

    = PEQUENAS PARTCULAS DE VIDRO, MADEIRA, POEIRAS, ETC. QUE ENTRAM NOS OLHOS E PODEM CRIAR INFLAMAO.

    NUNCA RETIRAR UM CORPO ENCRAVADO NO OLHO PORQUE PODE AUMENTAR A LESO. ESTA OPERAO DEVER SER FEITA POR UM MDICO OU ENFERMEIRO.

    AO ENCAMINHAR O ACIDENTADO PARA ATENDIMENTO ESPECIALIZADO, DEVESE COBRIR O OLHO AFETADO COM GAZE.

    TCNICAS DE RETIRAR CORPOS ESTRANHOS

    DESMAIO

    = DESFALECIMENTO COM PERDA DE CONSCINCIA

    O QUE DEVE FAZER

    SE SE APERCEBER DE QUE UMA PESSOA EST PRESTES A DESMAIAR:

    Sent-la Colocar-lhe a cabea entre as pernas Molhar-lhe a testa com gua fria

    Dar-lhe a beber gua aucarada

    SE A PESSOA J ESTIVER DESMAIADA:

    Lateralizar a cabea, deitar de barriga para cima, elevar as pernas acima do trax)

    Manter a temperatura corporal Logo que esta recupere dar-lhe de beber gua aucarada Consultar o mdico posteriormente

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    VIAS DE CONTAMINAO

    INTOXICAO

    = A INTOXICAO OCORRE QUANDO CONTACTO DIRECTO COM SUBSTNCIAS TXICAS PREJUDICIAIS SADE EM DOSES ELEVADAS.

    Causas: Manuseamento sem a devida proteo do corpo e das mos; Uso prolongado da roupa contaminada; Utilizao de pulverizadores com fugas;

    Contato com plantas tratadas.

    Causas: Desentupir os bicos com a boca; Comer, beber ou fumar; Armazenamento dos produtos fitofarmacuticos ou outras substncias em embalagens de alimentos; Ingesto de forma propositada.

    Causas: Manuseamento sem a devida proteo do corpo e das mos; Uso prolongado da roupa contaminada; Utilizao de pulverizadores com fugas;

    Contato com plantas tratadas.

    Absoro por ingesto

    Absoro pela pele

    Absoro pelas vias respiratrias

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    SE SENTIR, ALGUM DOS SEGUINTES SINTOMAS, QUANDO EST A MANUSEAR PRODUTOS TXICOS, DEVE PARAR DE IMEDIATO. Cansao excessivo; Tonturas; Dor de cabea; Viso perturbada; Dificuldade em respirar; Dor no peito;

    Vmitos; Dor de estmago ou diarreia; Pele irritada ou comicho; Olhos chorando, lacrimejantes.

    EM CASO DE CONTAMINAO DO CORPO

    1. Retirar imediatamente a roupa contaminada.

    2. Lavar bem com gua e sabo a zona da pele afetada.

    3. Vestir roupa limpa. Se contaminar o interior das botas ou luvas, retire-as e no as use novamente. O interior das botas e luvas no se descontamina com a lavagem!

    EM CASO DE INTOXICAO

    Ligue 808 250 143 - Centro de Informao Antivenenos (CIAV)

    Este servio mdico funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. Para cada situao ser aconselhada as medidas que devero tomar. Procure dar informaes que possam ajudar o CIAV a identificar a situao, designadamente:

    Quem idade, sexo, gravidez, etc. O qu que produto Quanto quantidade de produto, tempo de exposio Quando h quanto tempo Onde em casa, no campo, etc. Como em jejum, com alimentos, com bebidas alcolicas, etc. PRESTE ATENO S PERGUNTAS EFETUADAS E SIGA AS INSTRUES INDICADAS.

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    1. Ir imediatamente para junto de gua corrente ou de um frasco lava-olhos;

    2. Manter o olho aberto;

    3. Lavar com gua durante 10 minutos;

    4. Deixar a gua escorrer no olho na direo do nariz para a parte exterior da face.

    Dirija-se ao mdico sempre que se sentir doente, durante ou aps uma aplicao fitossanitria (substncias toxicas).

    IMPORTANTE MOSTRAR O RTULO DO PRODUTO COM O QUAL A VTIMA TEVE A INTOXICAO, POIS, O RTULO CONTM INFORMAO NECESSRIA PARA O TRATAMENTO ADEQUADO.

    1. Colocar o acidentado em local limpo e arejado;

    2. Certificar-se da via de entrada do produto;

    3. Conservar o rtulo do produto e recolher todos os dados possveis sobre o acidente, com o objetivo de facultar ao mdico a mais completa informao;

    4. muito importante que a pessoa intoxicada mantenha uma respirao adequada. Praticar respirao artificial se for necessrio. A postura dever ser deitada de costas com a cabea inclinada para trs, ou de lado em caso de vmitos. Se estiver quente e a suar, refrescar com gua fria, se tiver frio, cobrir com roupa ou cobertor;

    5. Ligar de imediato para o CIAV- Centro de Informao Antivenenos 808 250 143 6. No permitir que a pessoa intoxicada fume ou beba, especialmente bebidas alcolicas, leite ou gua com azeite, pois poder ser prejudicial;

    7. No se deve provocar vmitos, em alguns casos, pode espalhar a substncia txica pelas paredes do sistema digestivo.

    EM CASO DE CONTAMINAO DOS OLHOS

    EM CASO DE INTOXICAO ATUAR COM SERENIDADE E RAPIDEZ:

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    HEMORRAGIA

    1. Colocar a vtima numa posio confortvel

    2. Elevar a parte ferida acima do nvel do corao para

    reduzir o fluxo de sangue para a ferida

    3. Aplicar sobre a ferida, um pano limpo, seco e sem pelos e fazer compresso direta at a hemorragia parar.

    4. Se o pano ficar ensopado de sangue colocar outro por cima, sem retirar o primeiro!

    5. Se esta parar, colocar um penso compressivo sobre a ferida e envolver com compressa. Coloque uma ligadura em volta da compressa, mas no aperte demais.

    6. Se a hemorragia demorar a cessar, alertar o 112.

    1. Tranquilizar a pessoa para que ela fique calma, a fim de evitar um aumento da presso arterial e um agravamento da hemorragia nasal.

    2. Mandar a pessoa sentar com a cabea ligeiramente inclinada para a frente, a fim de evitar que o sangue se acumule na parte de trs da garganta.

    3. Comprimir com o dedo a narina que sangra.

    4. Aplicar gelo exteriormente.

    5. Fazer tampo no caso de hemorragia no parar e introduzir na narina fazendo presso para que a cavidade nasal fique bem preenchida.

    6. Se a hemorragia persistir mais do que 10 min transportar a vtima para o Hospital.

    = GRANDE PERDA DE SANGUE DEVIDO A RUPTURA DE VASOS SANGUNEOS.

    O QUE DEVE FAZER

    HEMORRAGIA NASAL

    = CAUSADA PELA RUPTURA DE VASOS SANGUNEOS DO NARIZ.

    O QUE DEVE FAZER

    MNIMA PERDA DE SANGUE GRAVE!

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    1. Lavar as mos e vestir luvas descartveis;

    2. Lavar bem a ferida com gua e sabo, ou gua oxigenada, tambm pode-se usar o soro fisiolgico;

    3. Desifnetar com a soluo anti-sptica (Betadine)

    4. Colocar e ou

    No retirar objectos encravados que se encontrem na ferida; Encaminhar para o Hospital ou Centro de Sade.

    1. Mexer diretamete nas feridas sem luvas;

    2. Soprar, tossir ou espirrar para cima da ferida;

    3. Utilizar algodo na limpeza da ferida, (deve utilizar compressas de gaze)

    4. Utilizar mecurocromo ou tintura de iodo (deve utilizar Betadine)

    5. Tentar tratar uma ferida mais grave, estensa ou profunda que contenha corpos estranhos.

    FERIDAS / PEQUENOS CORTES

    = QUEBRA DE INTEGRIDADE DOS TECIDOS INTERNOS OU EXTERNOS DO CORPO

    O QUE DEVE FAZER

    NUNCA FAZER

    FERIDAS PROFUNDAS

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    Entende-se por movimentao manual de cargas qualquer operao de transporte e sustentao de uma carga, por um ou mais trabalhadores, que, devido s suas caractersticas ou condies ergonmicas desfavorveis, implique riscos para a segurana e sade dos trabalhadores, nomeadamente na regio dorso-lombar. O transporte de cargas um dos fatores que mais contribui para leses na coluna vertebral.

    As perturbaes msculo-esquelticas no setor agro-florestal

    A movimentao manual de cargas constitui uma das causas de muitos acidentes graves em diversas atividades, como sejam a agricultura e florestas, em geral, em trabalhos de armazenagem e transporte.

    Aproximadamente 60% dos trabalhadores do sector agro-florestal esto expostos a posturas dolorosas no trabalho durante metade do tempo ou mai. Trata-se de percentagem mais elevada de todos os sectores.

    Aproximadamente 50% dos trabalhadores do sector agro-florestal transportam cargas pesadas durante pelo menos metade do seu perodo de trabalho.

    Mais de 50% dos trabalhadores do sector da agricultura esto expostos a movimentos manuais repetitivos durante pelo menos metade do deu perodo de trabalho.

    O transporte manual de cargas envolve partes ou a totalidade do corpo, e mesmo que a carga a movimentar no seja muito pesada ou volumosa, a baixa eficincia do sistema muscular humano torna este trabalho pesado, provocando rapidamente fadiga com consequncias gravosas, nomeadamente aumentando o risco de ocorrncia de acidentes de trabalho ou de incidncia de doenas profissionais.

    Os estudos biomecnicos assumem particular importncia nas tarefas de transporte e levantamento de cargas, comuns a um grande nmero de atividades, e que so responsveis por vrias leses, por vezes irreversveis ou de difcil tratamento, sobretudo ao nvel da coluna.

    A coluna vertebral, devido sua estrutura em discos, pouco resistente a foras contrrias ao seu eixo (F2), como se pode observar na figura.

    Quando se levanta a carga na posio o mais ereta possvel, o esforo de compresso distribui-se uniformemente sobre a superfcie total de vrtebras e discos. Nesta posio consegue-se reduzir em cerca de 20 % a compresso nos discos, em relao ao levantamento na posio curvada.

    Ao levantar e transportar cargas deve ter em conta:

    A condio fsica do trabalhador; A distncia a percorrer; A forma da carga; O peso da carga; O centro de gravidade de carga; A altura a que tem de ser levantada; A possibilidade ou no se dividir a carga; A durao e frequncia do transporte.

    MOVIMENTAO MANUAL DE CARGAS

    O peso mximo a levantar de:

    25kg para um homem

    15kg para uma mulher

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    A ocorrncia de acidentes consequncia de:

    Movimentos incorretos / esforos fsicos exagerados; Grandes distncias de elevao; Abaixamento e levantamento de transporte; Perodos insuficientes de repouso (cargas volumosas).

    FUNDAMENTAL SEGUIR SEGUINTES PRINCIPIOS:

    Seguir as regras bsicas evita dores de costas e muitas idas ao mdico

    As cargas devem ser distribudas uniformemente pelos dois membros superiores.

    A movimentao de caixas com rotao do corpo deve ser de acordo com a imagem seguinte.

    Ao levantar a carga, manter sempre as costas direitas.

    VERIFIQUE, SE:

    O caminho se encontra desimpedido e livre de obstculos;

    Pode agarrar firmemente a carga; As mos, cargas ou pegas no esto escorregadias.

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    FUGAS DE LEO OU COMBUSTVEL:

    Procurar recolher o produto em recipiente adequado e proceder reparao.

    DERRAME NA TERRA:

    Construir uma vala ao redor do derrame, para conteno e limitao da rea afetada.

    A terra contaminada deve ser guardada em recipientes fechados e em lugar seguro (em local afastado das linhas de gua), devidamente identificado e de seguida encaminhado como resduo perigoso.

    DERRAME NAS REAS PAVIMENTADAS:

    Colocar e incorporar a rea com a areia ou outro material absorvente. Recolher o material contaminado. Material resultante da limpeza, deve ser guardado em recipientes fechados e

    em lugar seguro (em local afastado das linhas de gua), devidamente identificado e de seguida encaminhado como resduo perigoso.

    MUITO IMPORTANTE COLOCAR OS DEPSITOS DE LEOS E COMBUSTVEIS EM LOCAIS AFASTADOS DAS LINHAS DE GUA. NO CASO DE OS CONTAMINAR, INFORME O CHEFE DO GRUPO. CASO NECESSRIO, COMUNICAR S PESSOAS QUE POSSAM SER AFETADAS, ASSIM, COMO AOS MEIOS DE PROTEO CVIL.

    DERRAME DE SUBSTNCIAS PERIGOSAS

    O QUE DEVE FAZER

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    Os principais resduos gerados durante a execuo das operaes relacionadas com a Explorao Florestal so: leos usados; Materiais contaminados com combustveis, leos e massas lubrificantes; Embalagens de produtos fitofarmacuticos; Baterias e acumuladores usados; Pilhas; Resduos comuns; Pneus.

    CLASSIFICAO TIPO DE RESDUO DESTINO

    Resduos Perigosos

    leos usados e materiais contaminados Operador licenciado /Equiambi

    Embalagens de produtos fitofarmacuticos Operador licenciado /Equiambi

    Baterias Operador licenciado /Equiambi

    Pilhas Ecoponto PILHO

    Resduos no Perigosos

    Plstico, metal, vidro, papel e carto Ecoponto

    Pneus Fornecedor

    Todos os resduos devem estar recolhidos e separados em bides adequados;

    Os bides devem estar devidamente identificados; Os bides devem ser colocados em locais estratgicos e obrigatoriamente afastados

    das linhas de gua;

    muito importante no misturar os resduos. Quando em quantidades suficientes sero entregues no operado externo

    licenciado.

    GESTO DE RESDUOS

    DESTINO ADEQUADO DE RESDUOS

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    PREVENO DE RISCOS PROFISSIONAIS

    EXPOSIO AO RUDO

    EXPOSIO S VIBRAES

    EXPOSIO S TEMPERATURAS EXTREMAS

    MOTORROADORA

    MOTOSSERRA

    FERRAMENTAS MANUAIS

    UTILIZAO DE MQUINAS PESADAS E TRATORES

    DISTNCIAS E INCLINAES DE SEGURANA

    ARMAZENAMENTO E APLICAO DE PRODUTOS FITOFARMACUTICOS

    PODA EM ALTURA

    ABATE DE RVORES

    CORTE DE RAMOS, TRAAGEM E TORAGEM

    RECHEGA E EXTRAO

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    Rudo um som desagradvel e incomodativo, um obstculo s comunicaes verbais e sonoras, que pode provocar efeitos nocivos na sade. Os nveis elevados de rudo implicam riscos para a sade e a segurana dos trabalhadores.

    .

    O nvel de rudo medido e registado com um aparelho, Sonmetro. A intensidade do rudo e expressa em decibis, dB(A).

    O nvel de rudo associado ao tempo de exposio determina a dose de rudo recebida pelo trabalhador. O aparelho que mede a dose de rudo designa-se por Dosmetro.

    NIVEL SONORO E EFEITO CARACTERSTICO DE ALGUNS SONS

    MQUINAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO MUNDO RURAL PRODUZEM RUDOS QUE PODEM ATINGIR NVEIS EXCESSIVOS, PODENDO A CURTO, MDIO E LONGO PRAZO PROVOCAR SRIOS PREJUZOS SUA SADE.

    EXEMPLO: uma motosserra pode emitir 115db, sendo o limite de exposio de 87 dB.

    ruido no mata mas provoca surdez.

    Proteja-se

    QUANTO MAIOR O NVEL DE RUDO MENOR DEVER SER O TEMPO DE EXPOSIO!

    PERDA DE CAPACIDADE AUDITIVA AT SURDEZ; DIFICULDADES DE COMUNICAO; DIMINUIO DA CAPACIDADE DE CONCENTRAO; PERTURBAES DO SONO;

    FADIGA; EFEITOS AO NVEL CARDIOVASCULAR E FISIOLGICO;

    EFEITOS NA SADE MENTAL (ANSIEDADE, STRESS EMOCIONAL, DORES DE CABEA, )

    EXPOSIO AO RUDO

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    Reduzir o tempo de exposio; Diminuir o rudo onde ela se produz, por exemplo, utilizando mquinas mais silenciosas, fazendo a

    manuteno adequada das mquinas e lubrificando as peas mveis.

    A boa manuteno dos equipamentos e uma velocidade de trabalho adequada poder reduzir o nvel de rudo.

    Organizar o trabalho de modo a diversificar a atividade e permitir a rotatividade. Alternar trabalhos em ambiente de rudo excessivo com outros menos barulhentos. Colocar nas mquinas ou no local de trabalho o sinal de Proteo obrigatrio dos ouvidos. Sempre que os trabalhadores estejam expostos a um nvel de exposio diria igual ou superior a 87

    db(A), ou sempre que utilizem equipamentos de trabalho considerados com nvel de rudo elevado (ver instrues do fabricante) devem:

    o utilizar proteo auricular adequada s caractersticas do rudo;

    o ser objeto de vigilncia mdica;

    o quando, por exemplo, trabalha com tratores ou outra qualquer mquina, deve utilizar tampes auriculares reutilizveis ou de preferncia, conchas auriculares para os ouvidos.

    DEVE CERTIFICAR-SE DE QUE QUER COM OS TAMPES, QUER COM AS CONCHAS, CONTINUA A PODER OUVIR OS SEUS COLEGAS A FALAR. ISTO MUITO IMPORTANTE POIS ELES PODEM TER DE O AVISAR DE UM PERIGO!

    MEDIDAS DE PREVENO

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    As vibraes so agentes fsicos nocivos que afetam os trabalhadores e so transmitidas, ao corpo por inteiro ou a partes do corpo, por mquinas ou equipamentos aos quais est associado movimento. As vibraes encontram-se prestes em quase todas as atividades.

    No setor agro-florestal as principais tarefas s quais est associada a transmisso de vibraes so:

    Conduo de tratores agrcolas e mquinas; Utilizao de equipamentos de corte eltricos (motosserras, podadores eltricos, motorroadoras)

    nas podas, corte de arbustos e no abate; Corte de relva com cortadores de relva manuais ou tipo min trator;

    Tratamento fitossanitrio com pulverizadores motorizados.

    Verificar se os assentos dos tratores e outros veculos so almofadados e amortecem as vibraes que se transmitem ao corpo do condutor.

    Usar sempre luvas de proteo quando utiliza equipamentos que provocam vibraes na no ou no brao (por exemplo, motosserra).

    Procurar reduzir as vibraes fazendo apertos, alinhamentos, substituio de peas desgastas, lubrificao, transmisses elsticas, melhoria de fixes, adicionando massas e evitando ressonncias.

    Fazer pausas no trabalho e/ou alternas com tarefas no sujeitas a vibraes.

    EXPOSIO S VIBRAES

    Doenas dos vasos sanguneos e das articulaes, sendo a mais conhecida a doena dos dedos brancos ou dos dedos mortos (doena de Raymaud), que pode provocar leses permanentes ou mesmo a gangrena;

    Perturbaes neurolgicas ou musculares; Lombalgias;

    Sensaes de desconforto e degeneraes da coluna vertebral; Dores, formigamentos, perda da capacidade de manipulao e do taco nas mos, dedos e

    braos, dificultando o controlo motor para a realizao de determinadas tarefas.

    MEDIDAS DE PREVENO

  • Manual de segurana, higiene e sade no setor florestal

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    Os maiores riscos para a sade dos trabalhadores no setor agro-florestal, obrigados a trabalhar ao ar

    livre, vm da exposio ao frio, ao calor, humidade, e ao sol. Esses fatores so condicionados pelo

    clima, o qual assume diversos aspetos consoante a regio, a altitude, a estao do ano e a interioridade

    ou a proximidade do mar. Por seu lado, o tipo de cultura e as tcnicas nela empregues tm influncia na

    maior ou menor ao do clima sobre o trabalhador.

    RISCOS MEDIDAS DE PREVENO

    EXPOSIO SOLAR

    Cancro de pele

    Queimaduras

    Leses oculares

    Leses na pele

    Insolao

    Sufocao

    Fadiga fsica extrema

    Desateno ou Sonolncia

    - Usar um creme solar de fator de proteo elevada;

    - Proteger a cabea, com um chapu de aba larga;

    - Usar roupa de algodo sem decotes e com mangas;

    - Beber gua ou lquidos no alcolicos em quantidade abundante ao longo do dia;

    - Evitar trabalhar exposto ao sol nas horas mais intensas de calor;

    - Prever pausas no trabalho e espaos sombreados, bem como abastecimento gua fresca potvel.

    NO CASO DE VERIFICAR QUALQUER LESO OU ALTERAO DA PELE, POR MUITO INOCENTE QUE POSSA PARECER, DEVE IR IMEDIATAMENTE AO MDICO.

    TEMPERATURAS ELEVADAS

    Cibras

    Insolao

    Desidratao

    Choque trmico

    Problemas cardiovasculares

    Fadiga intensa

    Desgaste fsico

    - Ingerir muita gua, sem gs, e em pequenas quantidades ao longo do dia;

    - Usar roupa clara;

    - Usar creme protetor solar;

    - Evitar comidas pesadas;

    - Efetuar descansos em zonas de sombra.

    TEMPERATURAS BAIXAS

    Hipotermia

    Frieiras

    Feridas

    Afees respiratria, dermatolgicas, dos ossos e das articulaes

    - Usar roupas de trabalho quentes, umas grossas e outras funas, gorro, luvas e calado impermevel;

    - No consumir bebidas alcolicas;

    - Evitar a imobilidade e o excesso de cansao;

    Habituar-se progressivamente ao frio e altitude;

    - Fazer uma alimentao com refeies frequentes e ricas em hidratos de carbono.

    EXPOSIO S TEMPERATURAS EXTREMAS

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    Maquina porttil, pesando no mximo 14 kg, equipada com um pequeno motor que, atravs de um prolongamento, permite a rotao de um disco de corte montado na extremidade. Podero ser aplicados discos adaptados a diversas situaes, permitindo a utilizao da mquina no corte de vrios tipos de matos e em operaes de desbaste.

    Projeo de partculas para os olhos Sobre esforos Vibraes Incndio

    Rudo Cortes, ferimentos graves Leses msculo-esquelticas

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    Utilizar os EPIs recomendados e antes de iniciar o trabalho verifique o estado de equipamento. No caso de anomalia informe o seu superior para proceder substituio. Substituio das peas deve ser feita sempre com peas originais.

    Uma caixa completa de primeiros socorros deve estar sempre disponvel nas proximidades do local de trabalho, para tratamento de acidentes menos graves.

    Dispor de extintor prximo do local de trabalho. As ferramentas devem possuir a marca , o que garante o cumprimento das normas de

    segurana.

    Antes de comear os trabalhos, cada utilizador deve inspecionar o equipamento (verificar se a lmina est devidamente apertada, centralizada, estado geral, etc.) e no caso de defeito deve comunicar ao seu superior, o qual deve proceder sua substituio.

    MOTORROADORA

    RISCOS

    PROCEDIMENTOS DE SEGURANA

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL DO OPERADOR

    Calas com entretela de segurana

    Capacete de proteo florestal com viseira e protetores auditivos

    Casaco ou colete com cor viva para permitir localizar

    facilmente motosserrista

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    Em caso de dvida sobre a utilizao correta de mquina, no proceder o seu uso antes de obter esclarecimento. Para este efeito, consulte manual de instrues.

    Antes de iniciar o trabalho verifique a rea, se no h pedras, tocos, peas metlicas, vidros ou outros objetos que possam danificar a lmina e outras peas ou serem lanados, e causar ferimentos graves.

    O motor deve ser acionado com a ferramenta sobre solo. Um balanceamento de mquina importante para dar mais segurana e

    conforto ao usurio ajuste o cinto adequadamente e durante de trabalho segure o equipamento com firmeza sempre com as duas mos, para que a

    mquina possa sempre ser denominada e conduzida seguramente.

    Veja sempre exatamente onde est a cortar e o que que est a cortar, e no tire os olhos da ferramenta de corte.

    Todos os dispositivos de proteo devem estar colocados nos locais devidos e serem objeto de inspees peridicas para deteo de eventuais defeitos e/ou deteriorao.

    O instrumento de corte deve estar devidamente protegido durante o transporte e armazenamento. Desligar a ferramenta durante as deslocaes mais longas. Para pequenas deslocaes deve manter-se a embraiagem bloqueada. Nunca transporte o equipamento com o motor

    ligado.

    Respeitar as distncias de segurana (pelo menos 15 metros) entre os operadores ou das pessoas que permanecem na rea de trabalho.

    Utilizar sempre recipientes homologados para o transporte de combustvel. No acionar a motorroadora perto dos recipientes utilizados no transporte de combustvel.

    Ao transportar ou reabastecer, cuidado para no derramar combustvel. Reabastea sempre com o motor desligado, frio e apoiado junto ao solo. NO FUME e nem permita que fumam enquanto abastece.

    Agitar ligeiramente a ferramenta aps o reabastecimento para homogeneizar o combustvel.

    Se notar vazamento de combustvel, desligue o motor imediatamente. Nunca efetua manuteno com o motor em funcionamento ou quente.

    No fim das tarefas realizar uma manuteno de limpeza, principalmente de lubrificao e lmina de corte, deixando a ferramenta pronta para a prxima utilizao.

    UTILIZAO INADEQUADA DO EQUIPAMENTO, ASSIM COMO NO RESPEITAR AS REGRAS DE UTILIZAO DESCRITAS PODEM CAUSAR DANOS PARA SADE.

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    A motosserra a principal ferramenta utilizada nas atividades florestais, cujo manuseamento pode tronar se perigoso ou mesmo mortal. constituda por um motor que aciona uma corrente dentada cortante que, por sua vez, desliza sobre uma guia de dimenso varivel.

    A motosserra responsvel por leses imediatas como os cortes nas diferentes partes do corpo e, ainda, por leses tardias como o caso de perda de capacidade auditiva e a diminuio da sensibilidade nas mos.

    Projeo de partculas para os olhos Ferimentos resultantes da queda de ferramenta Sobre esforos Vibraes Incndio

    Rudo Corte ou morte devido ao ressalto da motosserra Leses msculo-esquelticas Contacto do operador com a corrente

    Os outros trabalhadores que no trabalhem com a motosserra, mas que estejam na rea de abate, devem usar vesturio de cor viva para serem facilmente localizados, capacete para proteger a cabea contra ferimentos provocados pela queda de objetos, botas com biqueira de ao e antiderrapantes, e luvas de segurana quando necessrio.

    OS MOTOSSERRISTAS E OUTROS OPERADORES DE MQUINAS ENVOLVIDAS NO ABATE E NO PROCESSAMENTO DEVEM ESTAR DEVIDAMENTE FORMADOS, TREINADOS, CREDENCIADOS E ENCARTADOS (QUANDO APLICVEL) E CUMPRIR TODAS AS REGRAS DE SEGURANA, HIGIENE E SADE NO TRABALHO FLORESTAL.

    MOTOSSERRA

    RISCOS

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL DE MOTOSSERRISTA

    Casaco ou colete com cor viva para permitir localizar facilmente motosserrista

    Calas com entretela de segurana

    Capacete de proteo florestal com viseira e protetores auditivos

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    Utilizar sempre os EPIs recomendados e antes de iniciar o trabalho verifique o estado de equipamento. No caso de anomalia informe o seu superior para proceder substituio.

    No utilizar uma motosserra quando estiver cansado, se tiver ingerido qualquer bebida alcolica, ou se estiver tomando qualquer medicamento.

    Os operadores devem ainda utilizar cinto de motosserrista com bolsos para lima e chave combinada, fixador da fita mtrica, gancho e pina permitindo fcil acessibilidade e arrumao da ferramenta. Adicionalmente tambm permite ajustar o casaco.

    Ler e conhecer o manual de instrues, obrigatoriamente fornecido pelo fabricante.

    Verificar o estado de funcionamento da motosserra e dos seus dispositivos de segurana apresentados na figura.

    Adequar a realizao dos trabalhos s condies atmosfricas.

    No trabalhar isoladamente. Adotar gestos e posturas corretas. Evitar o trabalho repetitivo e montono (rotao

    de postos de trabalho).

    Possuir um meio de comunicao que possibilite o contacto permanente com os colegas (telemvel ou rdio), e nmero de contacto em caso de emergncia.

    Uma caixa completa de primeiros socorros deve estar sempre disponvel nas proximidades do local de trabalho, para tratamento de acidentes menos graves.

    Dispor de extintor prximo do local de trabalho. Antes de acionar a motosserra o operador deve certificar-se de que a lmina da mesma no se

    encontra em contacto com outros objetos.

    Assegurar que existe combustvel suficiente no depsito da motosserra antes de iniciar o corte: a falta de combustvel durante o mesmo pode originar situaes perigosas.

    No acionar a motosserra no local de reabastecimento nem antes de limpar os restos de combustvel. Os operadores devem garantir que as mquinas e equipamentos se encontram em boas condies de

    operao, em segurana e que no existem fugas de derivados de petrleo (gasleo, leos, e lubrificantes). No caso de avarias, a operao deve ser suspensa e providenciada a reparao do equipamento.

    Aplicar os mtodos indicados a cada situao e executar corretamente as tcnicas de abate. Nunca acionar a ferramenta segurando-a com uma mo e puxando o cordo de arranque com a outra.

    PROCEDIMENTOS DE SEGURANA

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    Para acionar a motosserra colocar o p direito sobre a parte traseira do motor, agarrar com firmeza a parte dianteira com a mo esquerda e movimentar o cordo de arranque com a mo direita.

    No apoiar a motosserra em superfcies instveis. Colocar a embreagem no mnimo para evitar movimentao da corrente. Manter sempre a motosserra em boas condies de manuteno, devendo estar lubrificada, com a

    corrente bem afiada e um carburador regulado com preciso. Efetuar a manuteno das mquinas e equipamentos de forma regular e preventiva.

    Uma vez em funcionamento, segurar sempre a motosserra com as duas mos. A posio correta para trabalhar com a motosserra manter a coluna direita, fletir as pernas, ter os ps

    bem apoiados no cho, para obter uma boa base de sustentao e de estabilidade, podendo se necessrio colocar um joelho no cho.

    No cortar rvores e dimetro superior espada ou guia. No trabalhar com a motosserra acima da altura dos ombros. Nunca cortar com a ponta da lmina, para evitar o perigo de ressalto. Controlar a fadiga. Em caso de cansao fazer uma pausa de alguns minutos

    retomando depois o trabalho.

    Para reduzir o risco de incndio, evitar ligar a motosserra no local onde se encheu o tanque de gasolina, especialmente nos perodos mais secos.

    Manter a motosserra desligada durante as deslocaes. Proteger a espada ou guia da motosserra com a proteo rgida. No fim das tarefas realizar uma manuteno de limpeza, principalmente de lubrificao e lmina de

    corte, deixando a ferramenta pronta para a prxima utilizao.

    Na aquisio de uma motosserra deve optar-se pela melhor relao possvel entre potncia e peso da mquina, por causa da fadiga, sabendo-se que possvel cortar dimetros considerveis com lminas-guia mais curtas.

    Respeitar a distncia de segurana entre operrios que deve ser o dobro da altura da rvore a abater.

    NUNCA UTILIZE UMA MOTOSSERRA DE TRABALHOS EM ALTURA PARA REALIZAR OPERAES NO SOLO.

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    Utilizar o modelo de mquina e os equipamentos adequados ao trabalho que se vai realizar, certificados e homologados.

    AS MOTOSSERRAS COM A GUIA MAIOR NO DEVEM SER USADAS NO ABATE DE RVORES

    COM DIMETROS MAIS PEQUENOS.

    AS MOTOSSERRAS COM GUIAS MENORES PODEM SER UTILIZADAS NO CORTE DE RVORE COM DIMETROS MAIORES.

    Dimenso da motosserra de acordo com o tipo de trabalho a realizar.

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    So aquelas cujo funcionamento depende nica e exclusivamente do esforo fsico da pessoa que a utiliza.

    Utilizam-se principalmente em trabalhos de viveiros, em tarefas relacionadas com a plantao, gesto da vegetao espontnea, sacha e amontoa, cortes culturais e corte de ramos.

    As ferramentas mais utilizadas nas atividades florestais so: enxadas, ps e picaretas, tesouras de podar, machados, serras de mo, podoas, roadoras, foices, gadanhas, sachos e tesouras de poda.

    Neste grupo incluem-se ainda as motorroadoras e motosserras como ferramentas moto manuais, as quais, devido a esta particularidade sero tratadas numa ficha separada.

    Projeo de partculas para os olhos Sobre esforos Esmagamento

    Cortes, golpes e ferimentos resultantes de objetos pontiagudos

    Leses msculo-esquelticos

    Utilizar os EPIs recomendados e antes de iniciar o trabalho verifique o estado de equipamento. No caso de anomalia informe o seu superior para proceder substituio.

    As ferramentas devem possuir a marca , o que garante o cumprimento das normas de segurana.

    Em caso de dvida sobre a utilizao correta de uma ferramenta, no proceder ao seu uso antes de obter esclarecimento.

    Inspecione cuidadosamente as ferramentas antes de us-las. Se estiverem defeituosas, em mau estado, quebradas, NO UTILIZE-AS. Em caso de defeito na ferramenta o trabalhador deve comunicar ao seu superior, o qual deve proceder sua substituio.

    No caso especfico das enxadas, o trabalhador deve ter em ateno a posio dos membros inferiores, principalmente da perna em posio mais adiantada.

    FERRAMENTAS MANUAIS

    RISCOS

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL DO OPERADOR

    PROCEDIMENTOS DE SEGURANA

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    Averiguar a existncia de fendas nos punhos de madeira para evitar a sua ruptura nesse ponto. As partes de madeira das ferramentas e utenslios no devem ser pintadas para facilitar a deteo de

    fendas e outros defeitos. Utilizar apenas verniz transparente.

    NO IMPROVISAR! - Em cada tarefa deve utilizar-se a ferramenta adequada, utilizando-a para a funo para a qual foi concebida (as caractersticas das ferramentas - tamanho, peso, longitude da pega - devem moldar se s necessidades do trabalho e s faculdades fsicas do trabalhador).

    As ferramentas devem manter-se limpas (especialmente sem leos, graxas ou solventes para que essas no escorreguem das mos) e em boas condies de utilizao.

    No confecionar ferramentas, utilizando materiais inadequados ou de qualidade inferiores. Sempre mantenha o rosto distante da ferramenta em uso. Nunca lanar ferramentas. Entregar sempre em mo; No se devem utilizar ferramentas com cabos frouxos, mal apertados ou lascados. No transportar ferramentas nos bolsos. O transporte deve ser feito com as partes cortantes protegidas. Transporte-as, principalmente as cortantes e pontiagudas, em caixas apropriadas ou no cinto, pois estas

    podem causar ferimentos em seu corpo.

    Em trabalhos em altura as ferramentas devem ser transportadas em cintos prprios, com intuito de manter as mos livres.

    Quando se realizarem trabalhos em altura deve ter-se em ateno os locais onde se colocam as ferramentas para evitar a sua queda e consequente ferimento de terceiros.

    Respeitar as distncias de segurana (pelo menos 2 metros) entre os operadores ou das pessoas que permanecem na rea de trabalho.

    As ferramentas cortantes devem ter as lminas protegidas quando no esto a ser utilizadas.

    Guardar as ferramentas aps o uso em caixas ou gavetas sempre com as pontas e extremidades cortantes para baixo para que ao peg-las depois no venha a se machucar. Devem ser guardadas em locais fechado e que no ofeream riscos a ningum.

    Realizar manuteno peridica das ferramentas (reparao, afiao, limpeza, etc.).

    FERRAMENTAS ESPALHADAS PELO CHO PODEM CAUSAR ESCORREGES, CORTES, ETC.

    E EM LUGARES ELEVADOS PODEM CAIR E FERIR ALGUM, ENTO: GUARDE-AS!

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    Consiste na abertura e manuteno de caminhos florestas assim como na limpeza de locais de trabalho, mediante a utilizao de maquinaria pesada como retroescavadora, giratria, tratores arrastadores (skidders), motoniveladora, etc.

    As mquinas (harvester, forwarder, tractores e camies) devem ter dispositivos de reteno de fascas ou falhas e tapa-chamas nos tubos de escape ou chamins. As mquinas com menos de 10 toneladas devem ter um extintor de 6 kg e as com mais de 10 toneladas, 2 extintores de 6 kg. A cabina de mquina de corte dever estar equipada com vidro anti-bala (policarbonato). O trator agrcola deve ter cabina e deflector de ramos.

    Esmagamento Capotamento Coliso com outras mquinas Corte, amputao, fraturas, golpes, feridas

    e queimaduras

    Acidente em itinerrio Incndio Exposio a rudo Exposio a vibraes Sobre esforos

    Queda lateral da mquina ou peas amovveis. Por peas oscilatrias e giratrias da mquina, projeo de elementos. Local de trabalho distante e de difcil acesso. Possveis causas de acidente: caminhos florestais em mau estado de conservao e desrespeito pelas regras bsicas de preveno durante o transporte. Excesso de confiana. Acionar a mquina no local de reabastecimento ou no limpar os resduos de combustvel. Manuteno inadequada dos motores, maquinaria obsoleta, escape livre. Manuteno inadequada dos motores, maquinaria obsoleta, sistema anti-vibraes inadequado ou inexistente.

    M postura de trabalho.

    UTILIZAO DE MQUINAS PESADAS E TRATORES

    RISCOS / CAUSAS

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL - EPI

    Capacete de proteo florestal com viseira e protetores auditivos

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    Manuteno e conservao adequada tendo em conta os elementos de segurana. Vigiar a sonoridade e vibraes na cabina. Cabina estruturada de modo a conferir proteo em caso de queda da mquina ou de objetos e

    materiais.

    Todas as mquinas devem ter a marca CE e um manual de instrues em portugus, assim como toda a documentao em dia.

    Deve-se ter em ateno os smbolos de aviso e de perigo postos na mquina. Utilizar a mquina que melhor se adapta a cada tarefa. Durante o funcionamento das mquinas, devem respeitar-se as distncias de segurana e sempre que

    algum entre na zona de risco estabelecida para a mquina, o trabalho deve parar imediatamente.

    Utilizar sempre mquinas com as respetivas protees integradas como o caso da cabina de segurana nos tratores.

    O assento da cabina deve ser ergonmico. Os pedais, os degraus e as plataformas devem ser mantidos limpos para evitar que os ps escorreguem. Antes de ir para a estrada, deve-se verificar o estado dos dispositivos de iluminao e de sinalizao

    refletora.

    O sistema de travagem e dispositivos de segurana devem ser verificados regularmente. Deve se fazer manuteno regular, apenas com a mquina totalmente desligada e imobilizada. Nunca se deve abandonar a mquina com o motor a trabalhar, nem sair da cabina sem colocar todo o

    equipamento em posio de segurana.

    No se deve passar pela frente ou por detrs duma mquina em movimento. O engate e desengate das mquinas deve ser feito de modo a prevenir contra esmagamentos (deve

    dar-se preferncia aos sistemas de engate semi ou completamente automticos).

    Todos os veculos devem possuir extintor, rdio emissor e uma caixa de primeiros socorros equipada de acordo com os riscos inerentes mquina em questo.

    NA AQUISIO DE UMA MQUINA AGRCOLA, EXIJA, SEMPRE O SEGUINTE.

    MANUAL DE INSTRUES EM PORTUGUS; MARCAO CE APOSTA NA MQUINA; DECLARAO DE CONFORMIDADE CE. NO CASO DE TRATORES NOVOS EXIJA O CERTIFICADO DE CONFORMIDADE CE.

    PROCEDIMENTOS DE SEGURANA

    VECULO (TANTO PROPRIO COMO DE ALUGER)

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    As mquinas e tratoras s devem ser utilizadas por operadores devidamente qualificados, os quais

    devem conhecer e respeitar as regras de funcionamento, manuteno e de segurana das mquinas que operam.

    Os operadores devem saber interpretar corretamente as instrues existentes nas mquinas. No se deve subir ou descer com a mquina em movimento. A velocidade deve ser adequada ao trajeto. O operador deve observar previamente o trajeto que a mquina deve seguir e obstculos a evitar. No se deve transportar qualquer pessoa fora dos assentos, nem nas mquinas no adequadas a essa

    finalidade.

    No se deve trabalhar com a porta da cabina aberta. Usar sempre o cinto de segurana quando as mquinas esto em movimento. Nos casos em que as cabinas no estiverem suficientemente isoladas contra os rudos,

    os operadores devem usar auriculares para proteger os ouvidos.

    DEVE CERTIFICAR-SE DE QUE QUER COM OS TAMPES, QUER COM AS CONCHAS, CONTINUA A PODER OUVIR OS SEUS COLEGAS A FALAR. ISTO MUITO IMPORTANTE POIS ELES PODEM TER DE O AVISAR DE UM PERIGO.

    Dever ter-se sempre em conta que a fadiga, o lcool e o excesso de confiana podem ser causa de acidentes.

    O operador no deve trabalhar sozinho em situaes perigosas, tais como: trabalho noturno, nos locais isolados e desabitados e nas reparaes e manutenes que envolvam

    mudana de rodas, desmontagem e montagem de cilindros pesados.

    O operador deve posicionar-se corretamente e nunca distrair-se e fazer manobras bruscas. O operador deve conhecer a capacidade e estabilidade da mquina e nunca transportar carga em

    excesso para evitar o risco de capotamento.

    O operador deve evitar a proximidade de valas ou bermas de declives. No estar na proximidade de rgos animados de movimento. No se deve trabalhar aos regimes mximos.

    VERIFICAR REGULARMENTE!

    SISTEMA DE TRAVAGEM E DISPOSITIVOS DE SEGURANA. INSTALAO ELTRICA E OS TUBOS CONDUTORES DE GASLEO E LEO, CERTIFICANDO-SE QUE NO H FUGAS E QUE NO ROAM NOUTROS COM-PONENTES.

    RADIADOR E ARREFECEDOR DE LEO, PROVIDENCIANDO A SUA LIMPEZA PARA QUE ESTES MANTENHAM UMA TEMPERATURA DE FUNCIONAMENTO CORRETA.

    LIMPEZA GERAL DA MQUINA, DE FORMA A MINIMIZAR POSSVEIS INCIOS DE FOCOS DE INCNDIO.

    UTILIZADOR

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    Abate com motosserra: o dobro do comprimento da rvore

    Escavadora giratria: o dobro do comprimento da lana da mquina

    Processador (harvester): 70 metros

    Trator carregador (forwarder): 20 metros

    Trator arrastador (skidder): 20 metros

    Camio com Grua ou trator agrcola adaptado: o dobro do comprimento da lana da grua

    Trator de rastos: o dobro da largura da lmina da mquina

    DISTNCIAS DE SEGURANA

    DISTNCIAS E INCLINAES DE SEGURANA

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    No exceder os declives longitudinais e transversais admitidos para cada equipamento.

    Nas zonas declivosas, as mquinas florestais devem operar segundo a linha de maior declive, preferencialmente no sentido ascendente.

    Sempre que necessrio dever colocar correntes anti-derrapantes. Em situaes em que rvores ou toros possam rolar ou escorregar, deve certificar-se que no esto

    pessoas nas zonas inferiores.

    INCLINAES DE SEGURANA

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    Produtos fitofarmacuticos so preparaes de substncias ativas cuja utilizao deve ser cuidada para

    que no envolva riscos para quem os aplica, para o ambiente e consumidores.

    Um produto fitofarmacutico pode no constituir qualquer risco se o utilizador atuar com cuidado,

    usando todos os meios de proteo recomendados e seguir as instrues de utilizao expressas no

    rtulo.

    MUITO IMPORTANTE garantir que os ajudantes do operador tambm se encontram devidamente protegidos pela utilizao do EPI. Todo o equipamento de proteo individual dever estar marcado com o smbolo

    Reaes alrgicas / dermatites por contacto com a pele

    Queimaduras e irritaes pulmonares, da garganta e das vias respiratrias

    Intoxicaes Doenas mutagnicas ou degenerativas Leses msculo-esquelticas

    Posturas incorretas na movimentao manual de cargas Irregularidades do terreno Tcnica de aplicao dos produtos incorreta Reao do organismo devido exposio a substncias

    que, em situaes normais, seriam incuas

    Manuteno deficiente dos EPIs Ingesto acidental, inalao, contato drmico

    prolongado

    Suspeita-se que por exposio prolongada a determinados produtos e misturas

    ARMAZENAMENTO E APLICAO DE PRODUTOS FITOFARMACUTICOS

    RISCOS / CAUSAS

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL - EPI

    Bota de borracha resistente

    culos convenientemente

    fechados

    Luva de proteo contra qumicos e microrganismos,

    como smbolo (ex. neopreno)

    Mscara FFP2 com carvo ativo

    Fato descartvel TIPO4, TIPO6 com capuz. O fato deve ser

    colocado sobre as botas!

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    Compartimento do veculo de transporte distinto do dos passageiros; Compartimento de veculo deve estar limpo, seco e sem objetos salientes que possam furar as

    embalagens (pregos, parafusos, etc.);

    Quando o transporte efetuado em veculo fechado, garantir o arejamento; Quando o transporte efetuado em veculo sem cobertura, proteger os

    produtos;

    No transportar os PF junto a animais, alimentos e raes; No colocar embalagens pesadas por cima de outras mais leves; No transportar embalagens danificadas ou com fugas; Transportar as embalagens seguras de modo a evitar o seu movimento; Separar os produtos lquidos dos produtos em p; Todas as pessoas envolvidas na carga, arrumao e descarga dos PF devem utilizar EPIs (luvas, fato).

    No veculo deve existir: o Caixa de primeiros socorros o gua potvel (ou lava-olhos); o Extintor de incndio; o Equipamento para limpeza de derrames; o Inventrio dos produtos transportados com as fichas de segurana

    O acesso a um armazm de produtos fitofarmacuticos dever ser sempre limitado, fechado chave com a sinalizao de segurana e informao, de que se trata de um armazm de produtos fitofarmacuticos.

    Os PF devero ser sempre armazenados longe de alimentos, vesturio ou outros objetos de uso dirio; O local de armazenamento de PF deve ser afastado pelo menos 10 metros de cursos de gua (no devem estar localizados em zonas com risco de cheia);

    O local de armazenamento deve ter o cho impermevel e capacidade de reteno para conteno de derrames;

    Deve haver iluminao suficiente para permitir a leitura dos rtulos; Os PF devero ser armazenados apenas na sua embalagem original,

    colocada com o rtulo bem visvel para permitira a sua identificao.

    No armazenar diretamente sobre o pavimento; Produtos em p ou granulados devem estar nas prateleiras por cima dos

    lquidos.

    Deve existir um extintor de p qumico e os nmeros de emergncia no caso de ocorrer um acidente.

    TRANSPORTE DE PEQUENAS QUANTIDADES

    ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS FITOFARMECUTICOS

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    No armazm deve existir o equipamento para lidar com derrames: areia, sacos de plstico fortes, baldes, p e vassoura.

    Quando o produto derramado for um slido, deve-se lanar areia fina molhada sobre o derrame e usar p e vassoura para o recolher.

    No caso de derrames de lquidos deve usar-se um material inerte (areia fina...) para a sua absoro e recolha. Os materiais resultantes dos derrames devem ser guardados em sacos de plstico para posterior eliminao.

    Preparar a calda uma operao de bastante responsabilidade que dever ser executada apenas por pessoas habilitadas para o fazer. necessrio garantir que no existem pessoas ou animais nas proximidades do local onde se prepara a calda e tomar todas as precaues para que no ocorram erros ou acidentes, com consequncias negativas para a qualidade do tratamento, o operador e ambiente.

    LEIA O RTULO! O rtulo o documento oficial que contm toda a informao sobre o produto, sua utilizao correta e recomendaes. obrigatrio seguir as suas instrues.

    Consulte o rtulo e verifique se necessrio equipamento de proteo adicional (Mscara especial,...); Afaste as pessoas do local; No contamine poos, fontes e nascentes ou cursos de gua; Abra o produto e verta-o de forma cuidadosa, evitando salpicos e/ou derrames; Mantenha a embalagem afastada do corpo reduzindo a possibilidade de contacto com o produto; Aps medir o produto que vai utilizar, feche de imediato a embalagem para evitar derrames; Coloca embalagem e utensilio em superfcie planta para evitar derrames; Nunca mexer calda com a mo; Posiciona-se de costas para a direo do vento;

    PREPARAO DA CALDA

    NO CASO DE DERRAME

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    No deite fora restos de produto ou restos de calda; No deixe sem vigilncia o equipamento cheio e pronto a utilizar; No deixe os produtos ou as embalagens vazias espalhadas.

    Consultar o rtulo e verificar qual o EPI a utilizar; Tenha ateno s condies meteorolgicas, no aplicar com muito

    vento, chuva e no caso de calor excessivo,

    Verifica as condies de equipamento; No comer, beber ou fumar durante a aplicao; No desentupir os bicos com a boca; Na cabina do trator deve existir um par de luvas para utilizar no caso de avaria do equipamento; Na proximidade dos trabalhos deve se encontrar um recipiente com gua limpa para lavagem dos

    olhos ou um frasco lava-olhos, em caso de contaminao acidenta;

    Sinalizar e impedir o acesso s zonas a tratar; Caso a aplicao seja contratada, certificar que o aplicado est habilitado a faz-la; No final da aplicao, o equipamento de aplicao deve ficar limpo e pronto para a aplicao seguinte.

    Manter zona sinalizada e impedir o acesso durante 24 horas; Lavar os equipamentos de trabalho; Lavar os equipamentos de proteo individual e a roupa utilizada; Higiene pessoal.

    Desfazer das embalagens vazias de forma descuidada; Deitar as embalagens vazias: nos campos, rios, ribeiros, valas e nos contentores de resduos urbanos; Queimar as embalagens de produtos fitofarmacuticos; Reutilizar as embalagens vazias de produtos fitofarmacuticos, pois podem conter resduos de produto

    APLICAO DO PRODUTO FITOFARMACUTICO

    APS A APLICAO DO PRODUTO FITOFARMACUTICO

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    Consiste em cortar ou suprimir ramos suprfluos das rvores, subindo copa da mesma. Utiliza-se a motosserra ou outras ferramentas cortantes, consoante o tipo de ramo a eliminar.

    Queda de altura Cortes, contuses e morte, em casos extremos Stress trmico por calor Animais e insetos (picadelas, arranhes, transmisso de doenas) Incndio Exposio a rudo Exposio a vibraes Excesso de esforo fsico

    Desequilbrio na vegetao e ferramenta mal arrumada Queda da rvore na qual se est a trabalhar. Causas: no utilizao do equipamento de segurana ou em mau estado Manipulao inadequada da ferramenta Punhos e locais para agarrar das ferramentas em mau estado de conservao Forma de trabalho inadequada Altas temperaturas no local de trabalho Vesturio inadequado s condies climticas Elevada sonoridade da motosserra Vibraes produzidas pela motosserra Fumar durante o reabastecimento da motosserra Acionar a mquina no local de reabastecimento ou no limpar os resduos de combustvel Muitas horas de trabalho sem pausas suficientes Posturas inadequadas

    PODA EM ALTURA

    RISCOS / CAUSAS

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL - EPI

    Calas com entretela de segurana

    Capacete de proteo florestal com viseira e protetores auditivos

    Arns de segurana

    Um casaco ou colete de cor viva

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    O TRABALHADOR QUE SOBE RVORE DEVE TER CONHECIMENTOS PRTICOS E TERICOS EM SEGURANA, TCNICAS DE ESCALADA, NA TAREFA A REALIZAR E NA MANIPULAO E MANUTENO DO EQUIPAMENTO DE TRABALHO E DE ESCALADA.

    MANTER AS PRECAUES REFERENTES UTILIZAO DA MOTOSSERRA! No trabalhar em dias com m visibilidade. Antes do incio da tarefa deve proceder-se a um estudo prvio do local elegendo

    o equipamento de segurana a utilizar, assim como o nmero de trabalhadores.

    No mnimo tm que estar sempre duas pessoas a trabalhar em conjunto: o uma que sobe rvore, que deve conhecer a tcnica e estar em boa

    forma fsica;

    o outra, que fica em baixo, encarregue da corda de segurana.

    Entre ambas deve existir sempre contacto visual e/ou verbal.

    O trabalho em altura requer grande esforo fsico pelo que se devem efetuar vrias pausas