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  • EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    MANUAL DE REDAOEnsino Fundamental e Ensino Mdio

    Modalidade de Ensino Presencial

  • EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    MANUAL DE REDAOENSINO FUNDAMENTAL

    E ENSINO MDIO

  • Reservados todos os direitos patrimoniais e de reproduo Fundao Bradesco

    Homepage: www.fundacaobradesco.org.br/ e-mail: [email protected]

    _______________________________________________________________

    AUTORIA / ACOMPANHAMENTO TCNICOSetor de Educao de Jovens e Adultos

    PUBLICAO: 2009

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 5

    APRESENTAO

    O estudo da linguagem um valioso instrumento, j que com ela que se formaliza todo o conhecimento construdo nas diferentes reas.

    Participamos de um mundo que fala, escuta, l, escreve e discute os usos desses atos de comunicao. Para compreend-lo melhor, necessrio ampliar competncias e habilidades relacionadas ao uso da palavra, isto , dominar o discurso nas diversas situaes comunicativas para entender a lgica da organizao que rege a sociedade, bem como interpretar sutilezas de seu funcionamento.

    Pensando nisso, e visando a aprimorar o trabalho com a palavra escrita no segmento da Educao de Jovens e Adultos Ensino Fundamental e Ensino Mdio elaboramos subsdios tericos e pedaggicos necessrios orientao para a elaborao e correo de redaes na rea de Cdigos e Linguagens. Este material se destina a:

    OPEs e monitores , oferecendo as diretrizes para o trabalho com redaes na rea de Cdigos e Linguagens;

    Professores que atuam na correo de redaes da EJA , disponibilizando orientaes e critrios para a correo das redaes.

    Estimular o desenvolvimento da escrita e avaliar a produo do aluno requer conhecimento tcnico, tanto sobre os tipos de texto a serem trabalhados quanto sobre os critrios de correo.

    Sabemos o quo desafi ante essa tarefa! Por isso, as orientaes aqui apresentadas objetivam facilit-la, para que se desenvolva um trabalho que leve os alunos da EJA da Fundao Bradesco a alcanar a competncia e a habilidade da escrita e a utilizar-se dela como instrumento de interveno e participao social, comunicao e acesso ao conhecimento.

    Boa leitura!

    FUNDAO BRADESCOSetor de Educao de Jovens e Adultos

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    MANUAL DE REDAO6

  • MANUAL DE REDAO 7

    NDICE

    Desenvolvendo no aluno a comunicao social por meio da escrita ..............................................................................09Compreendendo a sistemtica de avaliao da produo textual do aluno ...................................................................10Conhecendo as estruturas textuais ..................................................................................................................................11Orientando o aluno do Ensino Fundamental na elaborao de texto narrativo ................................................................11Orientando o aluno do Ensino Mdio na elaborao de texto dissertativo-argumentativo .............................................14A sistemtica de correo de redaes ...........................................................................................................................20Por dentro da rotina de correo de redaes do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio ...........................................23Os critrios de correo de redaes para o Ensino Fundamental ..................................................................................24As competncias e os nveis de desempenho para a avaliao de um texto narrativo Ensino Fundamental ............26Roteiro de correo de redao Ensino Fundamental ...................................................................................................33Os critrios de correo de redaes para o Ensino Mdio ............................................................................................38As competncias e os nveis de desempenho para a avaliao de um texto dissertativo Ensino Mdio...................40Roteiro de correo de redao Ensino Mdio .............................................................................................................47Relatrio de correo das redaes .................................................................................................................................52Os critrios de correo de redao no ENEM ................................................................................................................53Roteiro de correo do simulado enem Ensino Mdio .................................................................................................57As competncias e os nveis de desempenho nas redaes do ENEM ..........................................................................61Relatrio de correo simulado ENEM ..........................................................................................................................65Recomendaes Finais .....................................................................................................................................................66Referncias Bibliogrfi cas.................................................................................................................................................67

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    DESENVOLVENDO NO ALUNO A COMUNICAO SOCIAL POR MEIO DA ESCRITA

    Um dos principais objetivos do ensino de Lngua Portuguesa estabelecer a cumplicidade entre o aluno e a palavra. Todo indivduo deve perceber que a lngua um instrumento vivo, dinmico, facilitador, com o qual possvel participar ativa e essencialmente da construo da mensagem de qualquer texto.

    Especifi camente na Educao de Jovens e Adultos, o trabalho da disciplina de Lngua Portuguesa deve possibilitar o domnio das modalidades oral e escrita da lngua, para que o aluno possa utilizar-se da linguagem no s para a comunicao, mas como instrumento de participao e interveno social.

    o que tambm sugere a Proposta Curricular para Educao de Jovens e Adultos em Lngua Portuguesa 2 Segmento do Ensino Fundamental (MEC, 2002), ao destacar seus principais objetivos.

    Veja quais so:

    Ampliar o domnio ativo do discurso nas diversas situaes comunicativas capacitar o aluno a expressar-se oralmente e por escrito, atuando de maneiras variadas, expondo seu ponto de vista e fazendo intervenes na realidade.

    Descrever a experincia prpria e alheia, aliando-a aos dados da cultura que est sendo vivenciada conscientizar o aluno de sua participao no meio social, fazendo parte da cultura em que est inserido, sendo capaz, inclusive, de modifi c-la.

    Ser capaz de analisar textos verbais e no verbais e, atravs deles, identifi car intenes, referncias de outros textos e repensar juzos de valor.

    Saber fazer uso das diversas variedades da lngua portuguesa a lngua, como organismo vivo e dinmico, se modifi ca e se adapta a vrias situaes (formais, informais, profi ssionais, tcnicas, sociais, entre outras). Comunica-se bem aquele que sabe identifi car a variedade que melhor se adqua a cada situao.

    Acreditamos que o xito de cada aluno ocorre a partir do fortalecimento desses valores e atitudes. E por meio do incentivo ao desenvolvimento da linguagem oral e, principalmente, da escrita que conseguimos fazer o papel de facilitadores do acesso desse aluno aos conhecimentos necessrios para o exerccio de sua cidadania.

    Estimulando a prtica da escrita em sala de aula

    Sabemos que a comunicao escrita no to simples quanto o a comunicao oral. O aluno da EJA, principalmente, justifi ca o fato de no gostar de fazer uma redao,

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    quando na realidade tem receio de expressar-se de forma errada. Para reverter esse quadro, fortalecendo-o como produtor de textos, necessrio incentiv-lo a praticar, proporcionando cada vez mais situaes que exijam produes escritas. desta forma que elas se aperfeioaro!

    Assim como no esporte, redao mais transpirao do que inspirao, ou seja, algo que se aperfeioa com a prtica, com o treino. Estimul-la signifi ca tornar a escrita cotidiana; aproveitar os estudos da Lngua Portuguesa para estabelecer uma aproximao que comea aos poucos, pela combinao de produo escrita com outras atividades, como leitura e pesquisa; depois, com a escrita de textos simples do dia-a-dia e s ento partindo para outras estruturas mais complexas.

    So vrios os tipos textuais abordados ao longo do material didtico Novo Telecurso, na fase de Cdigos e Linguagens, e tambm os materiais didticos de apoio disponibilizados pela Fundao Bradesco apresentam propostas de orientao produo de texto.

    Como auxiliar o aluno a modifi car a relao que ele tem com a escrita e com o fato de que a redao consiste apenas em uma exigncia das avaliaes? Incentivando-o a lidar com os diversos tipos textuais e a escrever redaes durante todo o perodo letivo. importante tambm que ele conhea os critrios de correo, pois assim saber identifi car quais aspectos ainda requerem dele mais estudo e prtica.

    O estmulo prtica da escrita , pois, o ponto de partida para que o aluno escreva, descreva, leia e diga o que aprendeu, veja e diga o que sentiu,

    criando seus prprios textos!

    COMPREENDENDO A SISTEMTICA DE AVALIAO DA PRODUO TEXTUAL DO ALUNO

    No que consiste a avaliao das redaes no curso EJA da Fundao Bradesco?

    Na rea de Cdigos e Linguagens, tanto as avaliaes processuais quanto as avaliaes fi nais so compostas de 12 questes objetivas (valor 6,0) e de uma proposta de redao (valor 4,0).

    Exige-se, do aluno do Ensino Fundamental, a elaborao de um texto narrativo e, do aluno do Ensino Mdio, a elaborao de um texto dissertativo-argumentativo.

    Assim, as prticas que visem ao desenvolvimento da escrita do aluno devem privilegiar essas estruturas textuais, pois, alm de serem por si s importante exerccio de produo textual, so, tambm, as exigidas nas avaliaes e exames de Cdigos e Linguagens.

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    IMPORTANTE

    As produes de texto so corrigidas por um professor de Lngua Portuguesa (corretor de redao), escolhido pela Fundao Bradesco para esse fi m.

    Vamos s estruturas textuais?

    A seguir defi niremos cada uma dessas estruturas, identifi cando suas caractersticas e ilustrando-as por meio de exemplos. interessante tambm explicit-las ao aluno, para que, no exerccio da produo textual, ele saiba como proceder desde o incio da fase de estudo at as avaliaes.

    CONHECENDO AS ESTRUTURAS TEXTUAIS

    ORIENTANDO O ALUNO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ELABORAO DE TEXTO NARRATIVO

    O ato de narrar surge da necessidade que o homem tem de transmitir ou comunicar qualquer situao que tenha presenciado, ou da qual tenha sido protagonista.

    O texto narrativo contm um relato estruturado em uma sequncia de fatos e acontecimentos (reais ou fi ctcios), num dado espao, obedecendo a uma ordem cronolgica. H a atuao de personagens e de um narrador que relata a ao.

    Elementos a orientar na construo do texto narrativo

    Um texto narrativo deve conter os seguintes elementos:

    Ttulo ;

    Quem? Personagens que vo fazer parte da narrativa. Podem ser reais ou fi ctcios;

    O qu? Acontecimento, fato. a espinha dorsal da narrativa, o enredo, o confl ito que se d entre as personagens;

    Quando? Tempo. poca em que ocorreu o fato;

    Onde? Espao. Lugar onde ocorreu o fato;

    Como? Modo. De que forma ocorreu o fato?;

    Por qu? Causa. Motivo pelo qual ocorreu o fato;

    Desfecho Como tudo terminou.

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    Como qualquer texto, o texto narrativo exige correo gramatical, coerncia e clareza. A linguagem utilizada situa-se entre formal e informal, dependendo da situao, e o aluno deve fazer a utilizao correta dos sinais de pontuao nos dilogos.

    As propostas de redao que solicitam textos narrativos so baseadas em textos de apoio e requerem que o aluno narre algum acontecimento que esteja relacionado a esse texto, acontecimento este que tambm faz parte da vivncia dele. Lembre-se de que algo vivenciado mais fcil de ser narrado. Considere esse aspecto ao propor temas a serem desenvolvidos pelo aluno.

    Iniciando uma proposta de texto narrativo: exemplo

    Texto de apoio

    Vivendo e...

    Eu sabia fazer pipa e hoje no sei mais. Duvido que, se hoje pegasse uma bola de gude, conseguisse equilibr-la nos dedos, quanto mais jog-la com a preciso que tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionrio, pela primeira vez, o signifi cado da palavra gude. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude.

    Juntando-se as duas mos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito, que inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mos. Hoje no sei mais que jeito esse. Eu sabia a frmula de fazer cola caseira. Algo envolvendo farinha, gua e muita confuso na cozinha, de onde ramos expulsos sob ameaas. Hoje no sei mais.

    Ainda no terreno dos sons: tinha uma folha que a gente dobrava e, se ela rachasse de um certo jeito, dava um razovel pistom em miniatura. Nunca mais encontrei a tal folha. E espremendo-se a mo entre o brao e o corpo, claro, tinha-se o chamado trombone axilar, que muito perturbava os mais velhos. No consigo mais tirar o mesmo som. verdade que no tenho tentado com muito empenho, ainda mais com o pas na situao em que est.

    Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. vivendo e desaprendendo. No falo daquelas coisas que deixamos de fazer porque no temos mais as condies fsicas e a coragem de antigamente, como subir em bonde andando mesmo porque no h mais bondes andando. Falo da sabedoria desperdiada, das artes que nos abandonaram. Algumas at teis. Quem nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro de garoto para acertar em algum alvo contemporneo, bem no olho, e depois sair correndo? Eu j.

    (Luis Fernando Verssimo Texto adaptado.)

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    Propondo ao Aluno a Elaborao de Redao

    No texto: Vivendo e..., Lus Fernando Verssimo relata algumas brincadeiras e lembranas dos tempos infantis. Afi rma, com certa tristeza, que os anos nos fazem esquecer as artes teis de antigamente.

    Observou que se trata de uma narrativa?

    Na prtica com o aluno

    Solicite ao aluno que elabore um texto narrativo, contando um episdio de sua infncia ou adolescncia que tenha deixado fortes marcas na memria dele. Pode ser um momento feliz, triste, engraado, emocionante, assustador, enfi m, uma situao inesquecvel.

    Lembre-o de que o texto narrativo deve conter:

    - Ttulo

    - O que ocorreu?

    - Onde tudo aconteceu?

    - Quando foi esse acontecimento?

    - Quem participou desse fato?

    - Como tudo terminou?

    Outras orientaes:

    se o aluno desejar reproduzir a fala das pessoas envolvidas (dilogos), deve utilizar os a. sinais de pontuao corretos (dois pontos e travesso);

    estimule-o a escrever um texto claro e a utilizar pargrafos, bem como a respeitar b. as margens da folha.O uso de caneta de tinta azul ou preta condio importante na escrita da redao.

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    Reforando conhecimentos

    Texto Narrativo - exemplo

    Desaparecimento

    Quando eu era criana, minha me me deixava brincar de motorista no nosso Fusca branco que fi cava estacionado na garagem de casa. Passava muito tempo no carro, dirigindo, tocando a buzina e imaginando mil aventuras.

    Certo dia, estava na rua com as outras crianas da vizinhana quando fi quei cansado das brincadeiras e resolvi ir garagem para dirigir um pouco. Como a porta do automvel estava aberta, no precisei nem pedir para a minha me.

    Aconteceu que, nesse dia, adormeci no banco de trs do Fusca. Horas depois, minha me sentiu a minha falta. Procurou por toda a vizinhana e no me encontrava, e comeou a fi car desesperada com o meu desaparecimento.

    Todos me procuravam por toda parte, e s ao anoitecer, quando minha me estava quase chamando a polcia que lembrou de olhar dentro do carro e me encontrou dormindo inocentemente.

    Ao me acordar, ela ainda estava nervosa e chorava. Todos sentiram um grande alvio por eu estar a salvo.

    ORIENTANDO O ALUNO DO ENSINO MDIO NA ELABORAO DE TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

    O que argumentao?

    Todos ns podemos ter opinies sobre todos os assuntos, e muitas vezes queremos que nossas opinies sejam ouvidas e aceitas.

    Quem fala ou escreve deseja realizar uma ao sobre quem ouve ou l. Assim, argumentar expor e defender um ponto de vista favorvel ou no a um assunto proposto.

    Em nosso dia-a-dia, utilizamos a argumentao com frequncia quando desejamos discutir os prs e os contras da compra de um produto, quando somos seduzidos por uma propaganda, quando debatemos assuntos com amigos e familiares, quando solicitamos providncias de uma autoridade etc.

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    MANUAL DE REDAO 15

    O texto argumentativo contm a opinio do autor sobre um assunto proposto. Nesse tipo de texto so apresentados argumentos para comprovar essa opinio, que podem ou no vir acompanhados de uma proposta de soluo para a situao apresentada.

    As propostas de redao que solicitam textos argumentativos tambm utilizam como mote situaes encontradas em textos de apoio. A argumentao solicitada estar relacionada com a realidade do aluno, de modo que ele possa, a partir de seu conhecimento de mundo, desenvolver o tema.

    A produo de um texto dissertativo-argumentativo

    A dissertao um tipo de texto argumentativo muito solicitado nos exames vestibulares, no ENEM e nos processos seletivos das empresas.

    De carter menos pessoal e mais cientfi co, o texto dissertativo-argumentativo tem como objetivo expor um assunto, geralmente uma situao-problema de ordem poltica ou social, defendendo ideias e princpios e sugerindo intervenes e mudanas.

    Em outras palavras, a dissertao a avaliao e a discusso de um problema. Os temas a seguir, por serem polmicos e concentrarem uma diversidade de opinies e posies, so frequentes nas dissertaes:

    aborto;

    pena de morte;

    eutansia;

    globalizao;

    clonagem;

    alimentos transgnicos;

    aquecimento global;

    corrupo;

    trabalho infantil;

    etc.

    Conhecendo a estrutura do texto dissertativo-argumentativo

    Ttulo: o nome dado redao. Deve ser original, sugestivo e ter alguma ligao com o tema que est sendo desenvolvido na redao. preciso cuidado para no confundir o ttulo com o tema da redao (que o assunto sobre o qual o aluno vai escrever).

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    MANUAL DE REDAO16

    Introduo: apresentado o problema que ser discutido. Pode-se tambm dar uma ideia de como ser o desenvolvimento e a concluso. Geralmente, ocupa um pargrafo.

    Desenvolvimento: So apresentados os argumentos que comprovam ou contrariam o tema apresentado. Nesta fase, so utilizadas as estratgias de convencimento para comprovar o ponto de vista proposto. Geralmente, dedicado um pargrafo para o desenvolvimento de cada argumento.

    Concluso: o resumo de todas as ideias apresentadas e discutidas, o posicionamento fi nal em relao ao que foi proposto e a elaborao de propostas de soluo para a situao-problema apresentada. Tambm comum ocupar um pargrafo.

    IMPORTANTE

    O que difere a dissertao dos demais textos argumentativos o carter formal e cientfi co que esse tipo de redao possui. Deve haver a preocupao do autor em utilizar a norma culta, alm de argumentar utilizando exemplos amplamente conhecidos, divulgados e comprovados cientifi camente.

    Como orientar a escrita dissertativa?

    Simples, porm importantes, as questes a seguir auxiliam na escrita de uma dissertao. Destaque-as ao aluno, para que ele as considere na hora de escrever:

    fazer uma lista de argumentos; escolher bem as palavras; escrever de modo claro e objetivo; organizar as ideias; utilizar de forma correta os elementos de coeso (conjunes, pronomes, preposies).

    Para uma dissertao bem feita, o aluno precisa utilizar a capacidade de raciocnio e crtica; tambm deve ter uma bagagem de leitura, buscar ser bem informado e estar a par dos problemas atuais. Alm disso, um dos aspectos mais valorizados num texto dissertativo-argumentativo a habilidade do autor de relacionar textos das vrias reas do conhecimento ao tema proposto, o que signifi ca empregar a intertextualidade para reforar a sua argumentao.

    O estmulo leitura, bem como a orientao e o dilogo em sala de aula, so grandes aliados ao favorecimento da produo textual do aluno.

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    MANUAL DE REDAO 17

    A impessoalidade do texto dissertativo

    Compare estes dois enunciados:

    I Em nenhum lugar do mundo as mulheres tm condies de vida melhor que a dos homens. Pesquisas comprovam que, quanto mais pobre o pas, maior o grau de excluso feminina.

    II No meu modo de ver, as mulheres, hoje em dia, no recebem o mesmo tratamento que os homens. Eu acho que, quanto mais pobre o pas, menos mulheres participam da vida social.

    Embora os dois enunciados tratem do mesmo assunto, com o mesmo ponto de vista, h uma diferena importante entre eles. O primeiro mais objetivo e impessoal, pois trata o assunto de forma distanciada (texto em 3 pessoa), sem o envolvimento direto do autor.

    J o segundo enunciado mais subjetivo, dando a entender que aquelas so as opinies pessoais do autor, pelo uso das expresses No meu modo de ver e Eu acho que (1 pessoa).

    Nos textos dissertativos, quanto mais impessoal e objetiva a linguagem, maior a credibilidade transmitida. Ou seja, a ausncia de expresses como Eu acho, Eu penso, Em minha opinio, transmite a impresso de que o autor confi vel e tem segurana no que afi rma.

    Iniciando uma proposta de texto dissertativo-argumentativo com o aluno: exemplo

    Texto de apoio

    ENEM 2006 PROPOSTA DE REDAO

    Uma vez que nos tornamos leitores da palavra, invariavelmente estaremos lendo o mundo sob a infl uncia dela, tenhamos conscincia disso ou no. A partir de ento, mundo e palavra permearo constantemente nossa leitura e inevitveis sero as correlaes, de modo intertextual, simbitico, entre realidade e fi co.

    Lemos porque a necessidade de desvendar caracteres, letreiros, nmeros faz com que passemos a olhar, a questionar, a buscar decifrar o desconhecido. Antes mesmo de ler a palavra, j lemos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, um som, um olhar, um gesto.

    So muitas as razes para a leitura. Cada leitor tem a sua maneira de perceber e de atribuir signifi cado ao que l.

    Inaj Martins de Almeida. O ato de ler.Internet: (com adaptaes).

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    MANUAL DE REDAO18

    Minha me muito cedo me introduziu aos livros. Embora nos faltassem mveis e roupas, livros no poderiam faltar. E estava absolutamente certa. Entrei na universidade e tornei-me escritor. Posso garantir: todo escritor , antes de tudo, um leitor.

    Moacyr Scliar. O poder das letras. In: TAM Magazine,jul./2006, p. 70 (com adaptaes).

    Existem inmeros universos coexistindo com o nosso, neste exato instante, e todos bem perto de ns.

    Eles so bidimensionais e, em geral, neles imperam o branco e o negro.

    Estes universos bidimensionais que nos rodeiam guardam surpresas incrveis e inimaginveis! Viajamos instantaneamente aos mais remotos pontos da Terra ou do Universo; fi camos sabendo os segredos mais ocultos de vidas humanas e da natureza; atravessamos eras num piscar de olhos; conhecemos civilizaes desaparecidas e outras que nunca foram vistas por olhos humanos.

    Estou falando dos universos a que chamamos de livros. Por uns poucos reais podemos nos transportar a esses universos e sair deles muito mais ricos do que quando entramos.

    Internet: (com adaptaes).

    Na prtica com o aluno

    Considerando que os textos acima apresentados tm carter apenas motivador, solicite que o aluno redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema: O PODER DE TRANSFORMAO DA LEITURA.

    Oriente-o a utilizar os conhecimentos adquiridos e as refl exes feitas ao longo da formao escolar e a selecionar, organizar e relacionar argumentos, fatos e opinies para defender seu ponto de vista.

    Reforce com o aluno as seguintes orientaes acerca do texto que ele ir produzir:

    ser escrito na modalidade padro da lngua portuguesa (norma culta).

    no deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narrao.

    no se remeter a nenhuma expresso dos textos motivadores

    expressar as ideias de forma clara e coerente.

    ter, no mnimo, 15 (quinze) linhas escritas.

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    IMPORTANTE

    A redao deve ser desenvolvida na folha prpria e apresentada a tinta.

    Reforando conhecimentos

    Texto Dissertativo-argumentativo: exemplo

    Ler para compreender

    Vivemos na era em que para nos inserir no mundo profi ssional devemos portar de boa formao e informao. Nada melhor para obt-las do que sendo leitor assduo, quem pratica a leitura est fazendo o mesmo com a conscincia, o raciocnio e a viso crtica.

    A leitura tem a capacidade de infl uenciar nosso modo de agir, pensar e falar. Com a sua prtica frequente, tudo isso expresso de forma clara e objetiva. Pessoas que no possuem esse hbito fi cam presas a gestos e formas rudimentares de comunicao.

    Isso tudo comprovado por meio de pesquisar as quais revelam que, na maioria dos casos, pessoas com ativa participao no mundo das palavras possuem um bom acervo lxico e, por isso, entram mais fcil no mercado de trabalho ocupando cargos de diretoria.

    Porm, conter um bom vocabulrio no se torna o nico meio de vencer na vida. preciso ler e compreender para poder opinar, criticar e modifi car situaes.

    Diante de tudo isso, sabe-se que o mundo da leitura pode transformar, enriquecer culturalmente e socialmente o ser humano. No podemos compreender e sermos compreendidos sem sabermos utilizar a comunicao de forma correta e, portanto, torna-se indispensvel a intimidade com a leitura.

    (Fonte: Redaes nota 10 do Enem.Disponvel em: www.enem.inep.gov.br. Acesso em: jun. 2008)

    Organizando a orientao da produo textual do aluno do ensino fundamental e do ensino mdio

    O planejamento consiste em um instrumento de organizao para a orientao da produo textual do aluno. Assim torna-se possvel fazer do trabalho com redao uma rotina em sala de aula sem prejudicar as demais atividades previstas em calendrio. O segredo planejar sempre.

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    MANUAL DE REDAO20

    O planejamento a etapa mais importante de todo o processo, porque nele que as metas so articuladas s estratgias e ambas so ajustadas s possibilidades reais. O plano de aula a previso de contedo de uma aula ou conjunto de aulas. Planejar uma oportunidade de pensar em formas de motivar os alunos.

    A ideia de planejar precisa estar sempre presente e fazer parte de todas as atividades. Preparar com antecedncia a aula que ser conduzida permite refl etir a respeito das aes e opes que devem estar ao alcance do monitor, prever as necessidades visando concretizao de objetivos e decidir sobre a ao futura, evitando a improvisao.

    (Fundao Bradesco)

    Adote tambm estas estratgias pedaggicas:

    auxilie o aluno a criar hbitos de estudo;

    incentive a leitura para melhorar a escrita e ampliar o conhecimento de mundo;

    priorize as atividades do material didtico que estejam relacionadas a leitura e redao;

    relacione os contedos gramaticais vistos isoladamente nas aulas com as situaes prticas de escrita;

    diversifi que atividades, propondo produes individuais, coletivas, atividades em que os prprios alunos possam corrigir e revisar seus textos, trabalhando com rascunhos etc.;

    esteja atento s habilidades e competncias da rea e aos critrios de correo das redaes.

    Esteja atento s metas individuais dos alunos e s suas possibilidadesreais para articular estratgias e propor atividades de redao.

    A motivao do aluno depende da sua motivao.

    A SISTEMTICA DE CORREO DE REDAES

    Vimos que redao prtica e que, por isso, os momentos de produo textual no devem fi car restritos s avaliaes. Propor aos alunos que faam redaes no dia-a-dia algo que deve ser estimulado durante toda a fase de Cdigos e Linguagens que eles esto cursando.

    Ocorre que todas as produes textuais devem ser corrigidas afi nal, o aluno escreve para ser lido e espera uma avaliao daquilo que produz; assim que constri o seu conhecimento lingustico.

    Mas sabemos do desafio de corrigir produes escritas sem ser um professor especialista.

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    MANUAL DE REDAO 21

    Vamos orient-lo nesse processo, pois possvel sim corrigir as produes dos alunos, mesmo sem dominar todos os contedos da Lngua Portuguesa!

    Como nem sempre o conhecimento especfi co na rea est ao seu alcance, sua atitude na correo de uma redao ser a de colocar-se na posio de um leitor, para comentar o texto produzido, fazer sugestes, dar orientaes e estar ao lado do aluno para ajud-lo.

    Uma boa produo textual possui algumas caractersticas fundamentais. E voc capaz de reconhec-las com a ajuda das Matrizes de Referncia

    para Avaliao da EJA. Consulte-as!

    IMPORTANTE

    Apoie-se nos roteiros e critrios de correo das redaes apresentados neste manual, para orientar os alunos em suas produes textuais. Disponibilize ao aluno as informaes sobre esses critrios, preparando-os, dessa forma, para adquirirem maior objetividade quanto ao domnio das competncias esperadas na redao.

    Para Refl etir

    A qualidade de um texto no se mede somente pela correo gramatical. Na maioria das vezes, mais importante um texto simples, claro, coerente e bem estruturado do que um texto sem nenhuma incorreo gramatical, e tambm sem nenhuma possibilidade de entendimento.

    Que a gramtica de grande importncia para uma boa escrita ningum discute. Mas pode fi car em segundo plano se pensarmos que estamos lidando com a capacidade de nosso aluno analisar e compreender um tema, aplicar um modelo de estrutura, organizar suas ideias e conseguir sintetiz-las no papel de maneira compreensvel. A escrita exige outras habilidades fundamentais que ultrapassam a correo gramatical.

    Sendo assim, interessante que voc esteja atento aos seguintes detalhes:

    valorizar os aspectos positivos antes de indicar os aspectos negativos;

    no rabiscar demais a redao para no assustar o aluno. fazer as indicaes de problemas que merecem ateno imediata do aluno e, conforme essas difi culdades forem sendo resolvidas, fazer outras indicaes;

    em vez de reescrever palavras ou expresses incorretas, destac-las no texto, incentivando o aluno a procurar o que houve de errado e, em seguida, reescrever o trecho ou at mesmo a redao;

    assumir o compromisso de acompanhar qualquer atividade proposta;

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO22

    motivar o aluno a escrever sempre, e no o criticar por seus erros;

    dar dicas de como o aluno pode melhorar sua redao;

    permitir que o aluno exera a sua liberdade de expresso;

    no fazer comparaes: cada aluno possui o seu ritmo e devemos procurar respeit-los;

    limitar-se a orientar quanto parte formal do texto, sem interferir nas ideias e opinies expressas pelo aluno;

    procurar ser imparcial em sua avaliao.

    Uma dica de quem entende de correo de redao:

    Sem rascunho no possvel

    Na preparao de uma redao, elaborar o rascunho deve ser um caminho natural. O aluno precisa saber o motivo da exigncia e a utilidade do rascunho, pois tal fase feita naturalmente pelo escritor, pelo jornalista, pelo advogado.

    Precisa fi car bem claro para o aluno que o rascunho no apenas uma exigncia chata, mas que ele precisa saber us-lo. Se o aluno mecanicamente passa do rascunho para o texto defi nitivo, sem uma leitura crtica (sua ou de seu colega), o rascunho, de fato, vai se tornar uma atividade enfadonha.

    Como forma de educar o aluno para a feitura do rascunho, bom pedir para cada um entreg-lo a um colega para que olhos estranhos procedam reviso. Quando a redao feita em casa, pea para o aluno deixar o texto dormir, ou seja, s passar a limpo horas depois ou no dia seguinte. Assim, ele ganhar distanciamento crtico e descobrir os erros que seriam despercebidos caso passasse o texto a limpo imediatamente.

    O texto do rascunho s deve ser passado a limpo aps essa avaliao, pois a reescrita, consertando os erros apontados, que vai proporcionar de fato a aprendizagem.

    (Adaptado de Hlio CONSOLARO. Como corrigir redao.Disponvel em: http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=corrigir/index.

    Acesso em: 2 jan. 2007).

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 23

    POR DENTRO DA ROTINA DE CORREO DE REDAES DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MDIO

    Avaliaes processuais

    Ao corrigir cada avaliao processual, o corretor far o preenchimento de um Roteiro de Correo para cada aluno, em que registrar intervenes e consideraes individuais, com o objetivo de auxiliar o aluno em suas produes textuais.

    O corretor tambm dever elaborar um Relatrio de Correo descritivo sobre o desempenho e as dificuldades da turma, visando a auxiliar o trabalho do monitor. Com esse documento, em um encontro presencial entre OPE, corretor e monitor para anlise dos resultados, ser possvel esclarecer dvidas, acompanhar o desenvolvimento lingustico dos alunos, detectar falhas e replanejar estratgias e atividades.

    Uma cpia desse relatrio dever ser enviada ao Setor EJA ([email protected]), aos cuidados do professor especialista responsvel pelo componente de Lngua Portuguesa, para acompanhamento e possveis intervenes.

    IMPORTANTE

    A correo das redaes das avaliaes feita por um professor especialista. muito importante que ele tambm tenha conhecimento da rotina informada neste manual! As redaes corrigidas sero devolvidas aos alunos pelo monitor, nos dias designados como Devolutiva da Redao no calendrio do semestre. Esse dia reservado para a devoluo das redaes, comentrios e atividades extras de redao.

    Exame final

    No exame final, o corretor tambm dever preencher um Roteiro de Correo para cada redao, elaborar o Relatrio de Correo e envi-lo ao Setor EJA ([email protected]).

    O relatrio de correo das redaes nico para todas as turmas (um nico relatrio para o Ensino Fundamental e um nico relatrio

    para o Ensino Mdio), ou seja, caso haja mais de uma turma (A, B, C etc.), deve-se preencher somente um relatrio englobando todas elas.

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO24

    IMPORTANTE

    Verifique, neste manual os Roteiros de Correo por nvel de ensino e o modelo de Relatrio de Correo a ser preenchido.

    Os prazos para envio dos relatrios de correo das redaes

    Observe o cumprimento dos prazos, ao longo do processo avaliativo dos nveis de ensinos Fundamental e Mdio, abaixo indicados:

    Processo Avaliativo

    AplicaoDevoluoaos alunos

    Envio de Relatrio ao Setor EJA

    1. Avaliao Processual

    Conforme calendrio

    Conforme calendrio

    At 10 dias aps a aplicao da avaliao

    2. Avaliao Processual

    Conforme calendrio

    Conforme calendrio

    At 10 dias aps a aplicao da avaliao

    Exame FinalConforme calendrio

    No h devoluoAt 10 dias aps a aplicao do Exame Final

    IMPORTANTE

    As redaes do Exame Final devem ser arquivadas em pastas no arquivo passivo da escola pelo tempo previsto na legislao vigente.

    OS CRITRIOS DE CORREO DE REDAES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

    Os critrios de correo das redaes da EJA Ensino Fundamental levam em considerao as quatro competncias das Matrizes de Referncia para Avaliao do Ensino Fundamental (Fundao Bradesco, EJA, 2009), que, por sua vez, foram elaboradas em consonncia com os eixos cognitivos propostos pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Mdio) e com as competncias da matriz de avaliao do Encceja (Exame Nacional de Certifi cao de Competncias da Educao de Jovens e Adultos).

    A seguir, descrevemos as competncias das Matrizes de Referncia para Avaliao do Ensino Fundamental da Fundao Bradesco e esclarecemos o que se espera de cada aluno, na redao, em cada competncia.

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 25

    Quais so as competncias que o aluno deve demonstrar ao escrever sua redao?

    Competncia 1 (C1)Demonstrar conhecimentos sobre a norma culta da lngua portuguesa, sobre a lngua inglesa e sobre as vrias linguagens e seus usos.

    Espera-se que o aluno do Ensino Fundamental entenda que a lngua escrita possui diferenas em relao lngua falada. Ele deve, portanto, ser capaz de demonstrar esse entendimento, escolhendo o registro lingustico adequado (formal/ padro), ainda que, em textos narrativos, haja certa tolerncia para com os falares populares, regionais ou grupais (de personagens).

    Competncia 2 (C2)Identifi car diferentes linguagens e fazer uso delas, aumentando os recursos expressivos.

    Por meio desta competncia, possvel verifi car se o aluno leu e compreendeu os textos e imagens usados como estmulo e o enunciado da proposta de redao, fazendo o que se pede, desenvolvendo o tema proposto e escolhendo o tipo textual correto.

    Competncia 3 (C3)Selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informaes.

    O aluno deve demonstrar conhecimento dos elementos da estrutura textual solicitada na proposta de redao, utilizando-os corretamente em seu texto e atentando, inclusive, para a esttica textual.

    Competncia 4 (C4)Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens para atender s mltiplas exigncias sociais, resolvendo situaes-problema e operando sobre as vrias reas do conhecimento.

    O aluno deve mobilizar seus conhecimentos lingusticos e de mundo para construir um texto coerente e coeso (harmnico, conexo), de sua autoria.

    Como sero avaliadas as competncias do aluno na redao?

    Cada competncia ser avaliada em quatro nveis de desempenho: insatisfatrio, regular, bom e excelente. Para cada um desses nveis, ser atribuda nota de zero a 4,0 pontos, de acordo com os aspectos positivos identifi cados, pelo corretor, na redao do aluno.

    A nota fi nal da redao (de zero a 4,0 pontos) ser obtida pela mdia aritmtica das notas atribudas para as quatro competncias:

    Nota C1 + Nota C2 + Nota C3 + Nota C4 = Nota da redao

    4

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO26

    IMPORTANTE

    No clculo da nota da redao, caso o resultado da mdia aritmtica das notas de cada competncia no seja um nmero inteiro, ser utilizada a seguinte tabela de aproximao:

    Tabela de Arredondamento

    Resultado da mdia aritmtica Considerar nota

    0 zero

    0,1; 0,2; 0,3; 0,4; 0,5 0,5

    0,6; 0,7; 0,8; 0,9; 1,0 1

    1,1; 1,2; 1,3; 1,4; 1,5 1,5

    1,6; 1,7; 1,8; 1,9; 2,0 2

    2,1; 2,2; 2,3; 2,4; 2,5 2,5

    2,6; 2,7; 2,8; 2,9; 3,0 3

    3,1; 3,2; 3,3; 3,4; 3,5 3,5

    3,6; 3,7; 3,8; 3,9; 4,0 4

    AS COMPETNCIAS E OS NVEIS DE DESEMPENHO PARA A AVALIAO DE UM TEXTO NARRATIVO ENSINO FUNDAMENTAL

    A seguir apresentamos o quadro que faz a correspondncia entre os nveis de desempenho e as notas em cada competncia do Ensino Fundamental, para a avaliao de um texto narrativo. Esse quadro um instrumento que guia a correo das atividades de produo textual realizadas ao longo do semestre letivo.

    IMPORTANTE

    Voc pode apresentar esse quadro ao aluno, caso ele necessite de mais informaes sobre como preparar-se para a redao e sobre o que se espera dele.

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 27

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    quan

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    nece

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  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO28

    COM

    PET

    NCI

    A 1

    :A

    SPEC

    TOS

    AVA

    LIA

    DOS

    NV

    EL D

    E D

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    PEN

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    0,5

    1,0

    1,5

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    3,0

    3,5

    4,0

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    stic

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    ord

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    /sub

    stan

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    ord

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    ego

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    re

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    s, o

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    fras

    es

    expr

    essa

    s an

    terio

    rmen

    te n

    o te

    xto.

    Dom

    nio

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    pron

    omes

    pe

    ssoa

    is, po

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    , inte

    rroga

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    Dom

    nio

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    os,

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  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 29

    COM

    PET

    NCI

    A 2

    :A

    SPEC

    TOS

    AVA

    LIA

    DOS

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    EL D

    E D

    ESEM

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    HO E

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    SPON

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    ATR

    IORE

    GULA

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    CELE

    NTE

    Zero

    0,5

    1,0

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    Text

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    Aten

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    ndo

    o tip

    o te

    xtua

    l nar

    rativ

    o.

    Esco

    lha

    de t

    ipo

    text

    ual d

    ifere

    nte

    do

    solic

    itado

    na

    pr

    opos

    ta

    de

    reda

    o

    (nar

    rativ

    o).

    A re

    da

    o co

    me

    a co

    mo

    uma

    narra

    tiva

    e te

    rmin

    a co

    mo

    outro

    tipo

    text

    ual (

    na m

    aior

    ia

    das

    veze

    s, u

    m te

    xto

    argu

    men

    tativ

    o).

    Esco

    lha

    da

    narra

    o

    com

    o tip

    o te

    xtua

    l, po

    rm

    ai

    nda

    po

    ssv

    el

    enco

    ntra

    r al

    guns

    tra

    os

    (fras

    es o

    u pa

    rgr

    afos

    ) car

    acte

    rstic

    os de

    outro

    s tip

    os t

    extu

    ais

    em m

    eio

    re

    da

    o (s

    obre

    tudo

    o a

    rgum

    enta

    tivo)

    .

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO30

    COM

    PET

    NCI

    A 3

    :A

    SPEC

    TOS

    AVA

    LIA

    DOS

    NV

    EL D

    E D

    ESEM

    PEN

    HO E

    NOT

    A C

    ORRE

    SPON

    DEN

    TE

    INSA

    TISF

    ATR

    IORE

    GULA

    RBO

    MEX

    CELE

    NTE

    Zero

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    3,5

    4,0

    re

    la

    o en

    tre t

    tulo

    eco

    nte

    do

    le

    tra le

    gve

    l

    au

    snc

    ia d

    e ra

    sura

    s

    re

    spei

    to

    s m

    arge

    ns

    pa

    ragr

    afa

    o a

    dequ

    ada

    el

    emen

    tos

    da n

    arra

    tiva:

    - per

    sona

    gens

    (

    quem

    ?)- e

    nred

    o/ c

    onfl i

    to

    (o

    qu?

    )- t

    empo

    (qua

    ndo?

    )- l

    ugar

    (ond

    e?)

    - cau

    sa, m

    odo

    e d

    esfe

    cho

    (com

    o?)

    - em

    preg

    o co

    rreto

    do

    dis

    curs

    o di

    reto

    /

    indi

    reto

    - foc

    o na

    rrativ

    o se

    m

    ant

    m c

    onst

    ante

    e

    m to

    da a

    reda

    o

    A re

    da

    o do

    alu

    no n

    o a

    pres

    enta

    tt

    ulo,

    ou

    o tt

    ulo

    o

    mes

    mo

    do

    text

    o-es

    tmul

    o.

    A re

    da

    o ap

    rese

    nta

    ttul

    o, p

    orm

    es

    te

    um

    a pa

    rfra

    se d

    o tt

    ulo

    do

    text

    o es

    tmul

    o, o

    u, q

    uand

    o or

    igin

    al,

    no

    man

    tm

    rela

    o

    com

    a re

    da

    o.

    A re

    da

    o ap

    rese

    nta

    ttul

    o or

    igin

    al,

    que

    man

    tm

    rel

    ao

    co

    m o

    text

    o.

    A re

    da

    o ap

    rese

    nta

    ttul

    o or

    igin

    al,

    que

    man

    tm

    re

    la

    o co

    m o

    text

    o.

    Grafi

    a i

    leg

    vel,

    que

    prej

    udic

    a o

    ente

    ndim

    ento

    do

    text

    o.Gr

    afi a

    pa

    rcia

    lmen

    te

    leg

    vel,

    perm

    itind

    o o

    ente

    ndim

    ento

    da

    mai

    or

    parte

    do

    text

    o.

    Grafi

    a

    leg

    vel,

    perm

    itind

    o o

    ente

    ndim

    ento

    do

    text

    o.Gr

    afi a

    le

    gve

    l, pe

    rmiti

    ndo

    o en

    tend

    imen

    to d

    o te

    xto.

    Gran

    de q

    uant

    idad

    e de

    rasu

    ras

    em

    mai

    s da

    met

    ade

    do te

    xto.

    Quan

    tidad

    e de

    ra

    sura

    s em

    n

    vel

    mod

    erad

    o (e

    m 2

    5% a

    50%

    do

    text

    o).

    Pouc

    as ra

    sura

    s, q

    ue s

    e de

    vem

    a

    desl

    izes

    com

    etid

    os p

    elo

    alun

    o.Ap

    rese

    nta

    o

    de

    um

    text

    o lim

    po, s

    em ra

    sura

    s.

    Desr

    espe

    ito

    s m

    arge

    ns d

    o te

    xto.

    O al

    uno

    resp

    eita

    a m

    arge

    m e

    sque

    rda

    da

    folh

    a,

    mas

    n

    o a

    dire

    ita,

    apro

    veita

    ndo

    parc

    ialm

    ente

    a li

    nha

    ou

    ultra

    pass

    ando

    -a.

    Resp

    eito

    s

    mar

    gens

    do

    text

    o,

    com

    um

    ou

    outro

    des

    lize.

    Resp

    eito

    s

    mar

    gens

    do

    text

    o.

    Aus

    ncia

    de

    para

    graf

    ao

    : o a

    luno

    es

    crev

    e to

    da a

    red

    ao

    em

    um

    n

    ico

    par

    graf

    o. E

    m a

    lgun

    s ca

    sos,

    pu

    la li

    nhas

    ent

    re a

    s fra

    ses.

    O al

    uno

    preo

    cupa

    -se

    com

    a

    para

    graf

    ao

    , po

    rm

    h

    in

    adeq

    ua

    es e

    m m

    ais

    da m

    etad

    e do

    s pa

    rgr

    afos

    . Em

    alg

    uns

    caso

    s,

    pula

    linh

    a en

    tre o

    s pa

    rgr

    afos

    , mas

    nu

    nca

    entre

    as

    frase

    s.

    Para

    graf

    ao

    em

    tod

    o o

    text

    o,

    com

    pou

    cas

    inad

    equa

    es

    .Pa

    ragr

    afa

    o co

    rreta

    e ad

    equa

    da

    em to

    do o

    text

    o.

    No

    p

    oss

    vel i

    dent

    ifi ca

    r nen

    hum

    el

    emen

    to d

    o te

    xto

    narra

    tivo.

    Quan

    to a

    os e

    lem

    ento

    s da

    nar

    rativ

    a,

    po

    ssv

    el

    iden

    tifi c

    ar

    apen

    as

    os

    pers

    onag

    ens,

    o te

    mpo

    e o

    luga

    r, po

    is

    o al

    uno

    se p

    erde

    na

    cons

    tru

    o do

    en

    redo

    e,

    porta

    nto,

    a r

    eda

    o n

    o

    apre

    sent

    a pr

    ogre

    sso

    nem

    des

    fech

    o.

    No

    p

    oss

    vel

    iden

    tifi c

    ar q

    ual

    o

    foco

    na

    rrativ

    o;

    disc

    urso

    di

    reto

    e

    indi

    reto

    n

    o es

    to

    clar

    amen

    te

    defi n

    idos

    .

    Quan

    to

    aos

    elem

    ento

    s da

    na

    rrativ

    a,

    pos

    sve

    l ide

    ntifi

    car

    pers

    onag

    ens,

    te

    mpo

    lu

    gar,

    e en

    redo

    . N

    o

    h

    desf

    echo

    , ou

    est

    e n

    o es

    t c

    lara

    men

    te

    defi n

    ido.

    Fo

    co

    narra

    tivo,

    di

    scur

    so

    dire

    to

    e in

    dire

    to

    est

    o cl

    aram

    ente

    ex

    pres

    sos

    na

    reda

    o,

    ai

    nda

    que

    com

    al

    gum

    as in

    corre

    es

    .

    A re

    da

    o po

    ssui

    to

    dos

    os

    elem

    ento

    s do

    text

    o na

    rrativ

    o.

    O fo

    co

    narra

    tivo

    se

    man

    tm

    co

    nsta

    nte

    em to

    da a

    reda

    o.

    Disc

    urso

    dire

    to e

    ind

    ireto

    so

    em

    preg

    ados

    cor

    reta

    men

    te.

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 31

    COM

    PET

    NCI

    A 4

    :A

    SPEC

    TOS

    AVA

    LIA

    DOS

    NV

    EL D

    E D

    ESEM

    PEN

    HO E

    NOT

    A C

    ORRE

    SPON

    DEN

    TE

    INSA

    TISF

    ATR

    IORE

    GULA

    RBO

    MEX

    CELE

    NTE

    Zero

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    3,5

    4,0

    va

    rieda

    de v

    ocab

    ular

    (evi

    tar r

    epet

    io

    de

    pa

    lavr

    as)

    va

    rieda

    de d

    e id

    eias

    (no

    h

    redu

    ndn

    cia)

    co

    nstru

    o

    de fr

    ases

    clar

    as e

    com

    plet

    as

    en

    cade

    amen

    to d

    as

    id

    eias

    no

    text

    o (c

    oes

    o)

    co

    ern

    cia

    inte

    rna

    (com

    eo,

    mei

    o e fi m

    )

    Repe

    tio

    exc

    essi

    va d

    e pa

    lavr

    as

    (var

    ieda

    de

    voca

    bula

    r m

    nim

    a):

    no

    h u

    so d

    e pr

    onom

    es n

    em d

    e si

    nni

    mos

    par

    a ev

    itar r

    epet

    ie

    s.

    Text

    o m

    uito

    suc

    into

    , co

    m i

    deia

    s co

    nfus

    as e

    fras

    es in

    com

    plet

    as e

    /ou

    des

    cone

    xas

    (no

    h

    coer

    nci

    a no

    que

    est

    es

    crito

    ).

    Pouc

    a va

    rieda

    de

    voca

    bula

    r: pr

    edom

    nio

    do

    uso

    de p

    rono

    mes

    pe

    ssoa

    is p

    ara

    evita

    r re

    peti

    es

    de p

    alav

    ras

    e us

    o m

    nim

    o de

    si

    nni

    mos

    .

    Text

    o m

    al

    orga

    niza

    do

    (mui

    to

    redu

    ndan

    te

    ou

    com

    id

    eias

    fra

    gmen

    tada

    s),

    resu

    ltand

    o em

    fa

    lhas

    de

    coes

    o e

    de

    coer

    nci

    a in

    tern

    a.

    O en

    cade

    amen

    to d

    as i

    deia

    s no

    te

    xto

    ocor

    re a

    pena

    s em

    alg

    uns

    pont

    os.

    A re

    da

    o ap

    rese

    nta

    algu

    ma

    varie

    dade

    vo

    cabu

    lar:

    o al

    uno

    dom

    ina

    o us

    o do

    s pr

    onom

    es e

    ut

    iliza

    sin

    nim

    os p

    ara

    as p

    alav

    ras

    mai

    s fre

    quen

    tes

    do d

    ia a

    dia

    .

    Text

    o be

    m

    estru

    tura

    do,

    aind

    a ap

    rese

    nta

    algu

    ma

    redu

    ndn

    cia,

    m

    as n

    o h

    id

    eias

    frag

    men

    tada

    s.

    po

    ssv

    el v

    erifi

    car

    a co

    ern

    cia

    inte

    rna,

    mes

    mo

    que

    no

    haja

    o

    desf

    echo

    do

    text

    o.

    Pred

    omn

    io

    do

    enca

    deam

    ento

    co

    rreto

    das

    idei

    as e

    dos

    par

    gra

    fos

    do te

    xto.

    As

    falh

    as e

    xist

    ente

    s n

    o pr

    ejud

    icam

    a le

    itura

    do

    text

    o.

    Alun

    o de

    mon

    stra

    riq

    ueza

    de

    vo

    cabu

    lrio

    , ev

    itand

    o re

    peti

    es

    e fa

    zend

    o su

    bstit

    ui

    es.

    Text

    o co

    m c

    oer

    ncia

    int

    erna

    (c

    ome

    o,

    mei

    o e fi m

    ), be

    m

    estru

    tura

    do, c

    om fr

    ases

    clar

    as e

    com

    plet

    as, s

    em re

    dund

    nci

    a.

    Bom

    enc

    adea

    men

    to d

    as id

    eias

    e

    par

    graf

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  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO32

  • MANUAL DE REDAO 33

    ROTEIRO DE CORREO DE REDAOENSINO FUNDAMENTAL

    Cdigos e Linguagens Ensino FundamentalTipo textual: narrao

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    MANUAL DE REDAO34

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    MANUAL DE REDAO 35

    ROTEIRO DE CORREO DE REDAOENSINO FUNDAMENTAL

    Cdigos e Linguagens Ensino FundamentalTipo textual: narrao

    NOME:

    ESCOLA/POSTO: DATA:

    AVALIAO: ( ) 1 AVALIAO ( ) 2. AVALIAO ( ) EXAME TIPO____

    PARA PREENCHIMENTO DO CORRETOR DA REDAO:

    Marque com um x os aspectos positivos da redao do aluno e atribua uma nota de zero a 4,0 para o desempenho em cada competncia, de acordo com os nveis: insatisfatrio (Zero ou 0,5), regular (1,0 ou 1,5), bom (2,0; 2,5 ou 3,0) e excelente (3,5 ou 4,0).

    C1. Demonstrar conhecimentos sobre a norma culta da lngua portuguesa, sobre a lngua inglesa e sobre as vrias linguagens e seus usos.

    Espera-se que o aluno do Ensino Fundamental entenda que a lngua escrita possui diferenas em relao lngua falada. Ele deve, portanto, ser capaz de demonstrar esse entendimento, escolhendo o registro lingustico adequado (formal/ padro), ainda que, em textos narrativos, haja certa tolerncia para com os falares populares ou grupais (de personagens).

    Desempenho naCompetncia 1:

    ( ) Zero

    ( ) 0,5

    ( ) 1,0

    ( ) 1,5

    ( ) 2,0

    ( ) 2,5

    ( ) 3,0

    ( ) 3,5

    ( ) 4,0

    A redao do aluno apresenta:

    ( ) Respeito ortografi a( ) Acentuao correta das palavras ( ) Adequao da linguagem( ) Emprego correto dos sinais de pontuao( ) Uso correto da concordncia de verbos com os sujeitos das frases (concordncia verbal)( ) Uso correto da concordncia de adjetivos e/ou artigos com os substantivos (concordncia nominal)( ) Uso correto de tempo e/ou modo verbal( ) Emprego correto de pronomes

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO36

    C2. Identifi car diferentes linguagens e fazer uso delas, aumentando os recursos expressivos.

    Por meio desta competncia, possvel verifi car se o aluno leu e compreendeu os textos e imagens usados como estmulo e o enunciado da proposta de redao, fazendo o que se pede, desenvolvendo o tema proposto e escolhendo o tipo textual correto.

    Desempenho naCompetncia 2:

    ( ) Zero( ) 0,5( ) 1,0( ) 1,5( ) 2,0( ) 2,5( ) 3,0( ) 3,5( ) 4,0

    A redao do aluno apresenta:

    ( ) Atendimento proposta( ) Desenvolvimento do tema ( ) Texto com mnimo de 15 linhas( ) Escolha do tipo textual adequado

    C3. Selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informaes.

    O aluno deve demonstrar conhecimento dos elementos da estrutura textual solicitada na proposta de redao, utilizando-os corretamente em seu texto e atentando, inclusive, para a esttica textual. Desempenho na

    Competncia 3:

    ( ) Zero( ) 0,5( ) 1,0( ) 1,5( ) 2,0( ) 2,5( ) 3,0( ) 3,5( ) 4,0

    A redao do aluno apresenta:

    ( ) Relao entre ttulo e contedo( ) Letra legvel( ) Ausncia de rasuras( ) Respeito s margens( ) Paragrafao adequada

    Elementos da narrativa:( ) Personagens (Quem?)( ) Enredo/ Confl ito (O qu?)( ) Tempo (Quando?)( ) Lugar (Onde?)( ) Causa, Modo e Desfecho (Como?)( ) Emprego correto do discurso direto/ indireto( ) Foco narrativo se mantm constante em toda a redao

    C4. Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens para atender s mltiplas exigncias sociais, resolvendo situaes-problema e operando sobre as vrias reas do conhecimento.

    O aluno deve mobilizar seus conhecimentos lingusticos e de mundo para construir um texto coerente e coeso (harmnico, conexo), de sua autoria.

    Desempenho naCompetncia 4:

    ( ) Zero( ) 0,5( ) 1,0( ) 1,5( ) 2,0( ) 2,5( ) 3,0( ) 3,5( ) 4,0

    A redao do aluno apresenta:( ) Variedade vocabular (evitar repetio de palavras)( ) Variedade de ideias (no h redundncia)( ) Construo de frases claras e completas( ) Encadeamento das ideias no texto (coeso)( ) Coerncia interna (comeo, meio e fi m)

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 37

    Nota C1 ( ) + Nota C2 ( ) + Nota C3 ( ) + Nota C4 ( ) = ( ) Nota da redao 4

    Observaes:

    Data: Visto do corretor: Nota da redao:

    ___________

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    MANUAL DE REDAO38

    OS CRITRIOS DE CORREO DE REDAES PARA O ENSINO MDIO

    Os critrios de correo das redaes da EJA Ensino Mdio tambm levam em conta as quatro competncias das Matrizes de Referncia para Avaliao do Ensino Mdio (Fundao Bradesco, EJA, 2009), elaboradas em consonncia com os eixos cognitivos propostos pelo ENEM(Exame Nacional do Ensino Mdio) e com as competncias da matriz de avaliao do Encceja (Exame Nacional de Certifi cao de Competncias da Educao de Jovens e Adultos).

    A seguir, descrevemos as competncias das Matrizes de Referncia para Avaliao do Ensino Mdio da Fundao Bradesco e esclarecemos o que se espera de cada aluno, na redao, em cada competncia:

    Competncia 1 (C1)Demonstrar conhecimentos sobre a norma culta da lngua portuguesa, sobre a lngua inglesa e sobre as vrias linguagens e seus usos.

    Espera-se que o aluno do Ensino Mdio recorra ao registro lingustico adequado (formal/ padro) para o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo. No devem, portanto, ser aceitas expresses caractersticas da linguagem informal ou marcas da oralidade.

    Competncia 2 (C2)Selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informaes para tomar decises e resolver situaes-problema.

    Por meio desta competncia, possvel verifi car se o aluno leu e compreendeu os textos e imagens usados como estmulo e o enunciado da proposta de redao, fazendo o que se pede, desenvolvendo o tema proposto e escolhendo o tipo textual solicitado. O aluno deve demonstrar conhecimento dos elementos da estrutura textual solicitada na proposta de redao, utilizando-os corretamente em seu texto.

    Competncia 3 (C3)Relacionar informaes e conhecimentos em situaes concretas, aumentando o poder de interveno na realidade.

    Esta competncia exige que o aluno saiba selecionar argumentos que justifi quem seu posicionamento crtico frente situao-problema apresentada, sem recorrer a parfrases ou repeties de trechos dos textos-estmulo da proposta de redao. Espera-se que o aluno parta dos conhecimentos adquiridos na formao escolar e de seus conhecimentos de mundo para elaborar uma refl exo crtica que fuja do senso comum.

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 39

    Competncia 4 (C4)Fazer uso dos recursos expressivos das linguagens e dos conhecimentos sobre as lnguas e sobre a diversidade cultural para atender s mltiplas exigncias sociais, fazendo intervenes na realidade e operando sobre as reas do conhecimento.

    O aluno deve mobilizar seus conhecimentos lingusticos para construir um texto coerente e coeso (harmnico, conexo), de sua autoria, elaborando propostas para a soluo da situao-problema apresentada na proposta de redao.

    Como sero avaliadas as competncias do aluno na redao?

    Cada competncia ser avaliada em quatro nveis de desempenho: insatisfatrio, regular, bom e excelente. Para cada um desses nveis, ser atribuda nota de zero a 4,0 pontos, de acordo com os aspectos positivos identifi cados, pelo corretor, na redao do aluno.

    A nota fi nal da redao (de zero a 4,0 pontos) ser obtida pela mdia aritmtica das notas atribudas para as quatro competncias:

    IMPORTANTE

    No clculo da nota da redao, caso o resultado da mdia aritmtica das notas de cada competncia no seja um nmero inteiro, ser utilizada a seguinte tabela de aproximao:

    Tabela de Arredondamento

    Resultado da mdia aritmtica Considerar nota

    0 zero

    0,1; 0,2; 0,3; 0,4; 0,5 0,5

    0,6; 0,7; 0,8; 0,9; 1,0 1

    1,1; 1,2; 1,3; 1,4; 1,5 1,5

    1,6; 1,7; 1,8; 1,9; 2,0 2

    2,1; 2,2; 2,3; 2,4; 2,5 2,5

    2,6; 2,7; 2,8; 2,9; 3,0 3

    3,1; 3,2; 3,3; 3,4; 3,5 3,5

    3,6; 3,7; 3,8; 3,9; 4,0 4

    Nota C1 + Nota C2 + Nota C3 + Nota C4 = Nota da redao

    4

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO40

    AS COMPETNCIAS E OS NVEIS DE DESEMPENHO PARA A AVALIAO DE UM TEXTO DISSERTATIVO ENSINO MDIO

    A seguir apresentamos o quadro que faz a correspondncia entre os nveis de desempenho e as notas em cada competncia do Ensino Mdio, para a avaliao de um texto dissertativo. Esse quadro um instrumento que guia a correo das atividades de produo textual realizadas ao longo do semestre letivo.

    IMPORTANTE

    Voc pode apresentar esse quadro ao aluno, caso ele necessite de mais informaes sobre como preparar-se para a redao e sobre o que se espera dele.

  • E D U C A O D E J O V E N S E A D U LT O S

    MANUAL DE REDAO 41

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