88
MODELOS MISTOS DE ELEMENTOS FINITOS PARA ANÃLISE DE GRANDES DEFORMAÇOES Elson Magalhães Toledo TESE SUB~IBTIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAJvl..AS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JA NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS (M.Sc.). Aprovada por: elson Francisco Favilla Ebecken Presidente Edison Castro Prates de Lima RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JANEIRO DE 1980

MODELOS MISTOS DE ELEMENTOS FINITOS PARA ANÃLISE DE

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MODELOS MISTOS DE ELEMENTOS FINITOS PARA

ANÃLISE DE GRANDES DEFORMAÇOES

Elson Magalhães Toledo

TESE SUB~IBTIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAJvl..AS DE

PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JA

NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTENÇAO DO

GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS (M.Sc.).

Aprovada por:

elson Francisco Favilla Ebecken Presidente

Edison Castro Prates de Lima

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JANEIRO DE 1980

TOLEDO, ELSON MAGALHÃES Modelos Mistos de Elementos Finitos para

Análise de Grandes Deformações IRio de Janei rol 1980. -

VIII, 80p. 29,7 cm (COPPE-UFRJ, M.Sc., Engenharia Civil, 1980 ..

Tese - Universidade Federal do Rio de Ja neiro. Faculdade de Engenharia

1. Elasticidade, Modelos Mistos, Grandes Deformações I. COPPE/UFRJ II. Título (série)

lll

A Regina

Aos Meus Pais

lV

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Nelson Francisco Favilla Ebecken, p~

la orientação, amizade e constante estímulo.

Aos Professores da COPPE/UFRJ, na pessoa de seu

Diretor Paulo Alcântara Gomes, pelos ensinamentos ministrados.

A Abimael F.D. Loula pela amizade e colaboração.

Ao Laboratório de Cálculo do CBPF pelas condições

oferecidas na etapa final desse trabalho.

Aos funcionários da Biblioteca Central do Centro

de Tecnologia da UFRJ pela atenção.

A CAPES-CNPq e a Universidade Federal de Juiz de

Fora pelo apoio financeiro.

A Helena Santos de Oliveira pelo esmerado traba­

lho de datilografia.

V

SUMÁRIO

No presente trabalho pretende-se estudar o probl~

ma de grandes deformações de meios contínuos através de modelos

de elementos finitos mistos. Para tal deriva-se um princípio v~

riacional incremental tipo Reissner a partir do princípio da ener

gia potencial incremental. A análise se vale de formulação La­

grangeana total e é aplicada a problemas de estado plano de ten

sões e estado plano de deformações e sólidos axissimétricos.

O processo de solução é puramente incremental e in

cremental com verificação de equilíbrio.

Consideram-se equações constitutivas de materiais

elásticos e hiperelásticos incompressíveis do tipo Mooney-Rivli~

O elemento implementado é do tipo isoparamétrito,

aproximando-se tanto as tensões como os deslocamentos pela mesma

função.

Alguns resultados sao apresentados e comparados

com outras aproximações.

V~

ABSTRACT

In the present work finite elastiéity problerns

are studied through the use of an isopararnetric rnixed elernent in

wich stresses and displacernents are approxirnated by the sarne in­

terpolation functions.

This finite elernent rnodel is derived frorn a Reiss

ner-type incremental variational principle based on an incremen­

tal potential energy principle.

A total Lagrangian forrnulation is used to analyse

axisyrnrnetric solids, plane stress and plane strain problerns.

Two types of solution are available: a purely in­

cremental solution and .an incremental scherne with equilibriurn

checking.

Constitutive equations for elastic and incornpres­

sible Mooney-Rivlin type rnaterials are considered.

Sorne results are presented and cornpared with other

solutions.

I

II

Vll

fNDICE

- INTRODUÇÃO ........................................ . 1

- MATERIAIS ELÁSTICOS LINEARES ...................... . 4

2.1 - Procedimentos Incrementais .. ... . . . . ........ .. 4

2.2 - Forma Incremental do Princípio da Energia Po-

tencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

2.3 - Forma Incremental do Princípio Variacional de

Hellinger-Reissner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2.4 - Modelo Discreto . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . 16

2.4.1 - Estado Plano de Tensões .. . . .... .... .. 21

2.4.2 - Sólido Axissimétrico ................. 23

III - MATERIAIS HIPERELÁSTICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

IV

3. 1 - In tradução .. . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 26

3.2 - Problemas de Estado Plano de Tensões .. ....... 33

3.3 - Estado Plano de Deformação..................... 36

3.3.1 - Equação Constitutiva 36

3.3.2 - Forma Incremental do Princípio da Ener gia Potencial ....................... --:- 38

3.3.3 - Forma Incremental do Princípio Vatia-cional de Hellinger-Reissner ... ...... 40

3.3.4 - Modelo.Discreto . . .. . . .. . .. . . .. . . . . . .. 43

- RESULTADOS E COMPARAÇÕES .......................... . 46

4.1 - Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . .. .. . . . . . . 46

4. 2 - Viga em Balanço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

4.3 - Casca Esférica Abatida ....................... 50

4.4 - Membrana de Material Hiperelistico Incompressi

ve 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3

4. 5 - Membrana com Furo Circular . . . . . . . . . .. . . . . . . . . 56

4.6 - Cilindro de Comprimento Infinito .. .. ..... .... 62

viii

V - CONCLUSÕES ..•.•••.••••.•••••••••••••••••••••••• 69

BIBLIOGRAFIA • • • . . . • • • • . • • • • • • . • • • • • . • . • • • • • . • . • • • • • • • 72

NOTAÇAO • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . 7 7

1

I - INTRODUÇÃO

O Método dos Elementos Finitos, modelo deslocame~

to encontra-se atualmente bem estabelecido e amplamente difundi­

do no estudo de estruturas de comportamento linear. Entretanto,

a necessidade de se considerarem modelos mais realísticos e, de

se efetuarem análises cada vez mais precisas de determinados com

portamentos estruturais críticos determinou a extensão desse me­

todo para o tratamento de problemas envolvendo não linearidades.

Dessa forma, a solução dos problemas da elastici­

dade finita por intermédio do Método dos Elementos Finitos tem si

do extensivamente desenvolvida com o uso de modelos de desloca-

mentas i,s,s,11 Nesses estudos vale-se quase sempre de urna forma

modificada do princípio dos deslocamentos virtuais que conduz a

um procedimento incremental.

Apesar dos modelos mistos e híbridos fornecerem ex

celentes aproximações quando aplicados a análise linear 32 i 2º, 37 •"'

um reduzido número de publicações e encontrado na literatura

utilizando essas formulações no tratamento de problemas envolven

do comportamentos não lineares físico ou geométrico.

No entanto, algumas refe,rências empregam es­

ses modelos para tratar de não linearidade geornétrica 36 • 27• 40 , in­

cluindo-se análise de estabilidade elástica 38 e, materiais não li

neares 24 •

A referência [7] apresenta um desenvolvimento uni

ficado de formas incrementais dos diversos princípios variacio­

nais associados aos modelos de elementos finitos,sendo essas for

mas derivadas diretamente de urna expressão incremental do princf

2

pio dos deslocamentos virtuais.

Através.· dir segunda variação dos funcionais asso­

ciados a esses modelos ,Pian e Tong 29 desenvolvem formas incremen

tais que são interpretadas como um sistema de equações diferen­

ciais ordinárias,tendo como variável independente um parâmetro

de carregamento.

Mais recentemente em [2] , aplica-se um modelo mis

to derivado de um princípio variacional incremental, tipo Reissner,

a corpos de materiais hiperelásticos incompressíveis sujeitos a

grandes deformações. A análise desses problemas tem sido desen­

volvida em [1, 6, 8, 11, 14, 15] empregando-se modelos de deslo­

camentos.

Ainda com relação aos materiais hiperelásticos i~

compressíveis merecem ser destacadas as contribuições de Argy­

ris 33, 3'+, 39

No presente trabalho, valendo-se de uma formula­

ção Lagrangeana total, a análise de problemas de elasticidade fl

nita de materiais elásticos lineares e hiperelásticos incompres­

síveis é conduzida por elementos mistos isoparamétricos, deriva­

dos de uma forma incremental do princípio variacional de Reissner.

A partir do princípio dos deslocamentos virtuais

deriva-se no Capítulo I, para o caso de materiais elásticos li­

neares, a forma do princípio variacional incremental utilizada,

bem como sua consequente aplicação no contexto do Método dos Ele

mentas Finitos.

No Capítulo seguinte,analisa-se para os materiais

incompressíveis a classe particular de problemas em que a pres­

são hidrostática pode ser eliminada da formulação (estado plano

3

de tensão}.

Em seguida, obtém-se o princípio variacional para

os casos em que essa variável deve ser considerada como uma in­

cógnita adicional.

Ressaltam-se, nas formulações desenvolvidas os te~

mos que permitem efetuar para cada incremento de. carga.correções

iterativas de modo a evitar que a resposta obtida se afaste da

solução exata.

No Capítulo IV comparam-se alguns resultados nume

ricos com outras aproximações e, finalmente, algumas conclusões

são apresentadas no Capítulo V.

4

II - MATERIAIS ELÁSTICOS LINEARES

2 .1 - PROCEDIMENTOS INCREMENTAIS

Os procedimentos incrementais fornecem uma alter­

nativa que tem se mostrado de grande utilidade na análise pelo

Método dos Elementos Finito~,de problemas envolvendo grandes de~

locamento s, grandes deformações e relações constitutivas di ver­

sas.

Valendo-se de uma formulação Lagrangeana total,d~

senvolve-se a seguir uma forma incremental do princípio variacio

nal de Hellinger-Reissner aplicado .a materiais de comportamento

elástico. A aplicação da técnica do Método dos Ele.mentas Fini­

tos a esse princípio,por intermédio de aproximações adequadas p~

ra os campos de tensões e deslocamentos no domínio considerado,

permite estabelecer um procedimento incremental para a resolução

dos problemas mencionados.

Considere-se o movimento genérico de um corpo, co

mo indicado na Figura 2.1

Durante o movimento,a area e o volume desse corpo

variam continuamente , denotando-se por e ºv ,

tv , t+lltv os valores dessas grandezas nos tempos O , t e· ,t+ilt

respectivamente.

dividida em:

Além disso supõe-se a superfície externa,

0 s parte do contorno onde sao prescritas as forças de o superfície

0 s parte do contorno onde se prescrevem os deslocamen-u tos

ºx •x t+dt, 2' 2 1 2

o A

ºv CONFIGURAÇÃO NO TEMPO ó

tv CONFIGURAÇÃO

NO TEMPO t

Flgura2.LMovimento de um corpo em um slstemo de coordenadas cartesianas

CONFIGURAÇÃO NO TEMPO ltAt

ºx t- t-+ôt· 1 , X 1 , XI

, '

1

crição

t+6 t X·

l

6

Utilizando-se coordenadas cartesianas para ades-

do movimento desse corpo e, denotando por o t x. ' x.

l l e

as coordenadas de um ponto P , respectivamente no tempo

zero, t e t + 6t , com i = 1, 2, 3 tem-se as relações:

onde t u. l

e t+l\t u.

l

t+t,t X- =

l

o t+l\t X- + U-

l l

t o X- = X- + t u.

l l l

(2. 1)

(2.2)

sao as componentes cartesianas dos desloca

mentas desse ponto, em t e t + l\t .

O incremento de deslocamento do tempo t ao tem­

po t + 6t e dado por:

u. l

t+l\t u. l

t u. l

e 2. 3)

O que se pretende de um procedimento incremental no estudo do mo

vimento de um corpo.como o da Figura 2.1,é a determinação das con

figurações de equilíbrio desse corpo em intervalos discretos de

tempo, O , 6 t , 2 6 t , . . . , t e t + li t .

Assumindo que as soluções em todos ·inte.rvalos do

tempo O ao temno t , inclusive, tenham sido encontradas, nro­

cura-se estabelecer um processo que permita determinar a solução

para o instant"e t + l\t , seguinte. A aplicação sucessiva desse

processo permite a de~erminação de todas configurações de equilf

brio desejadas.

7

2. 2 - FORMA INCREMENTAL DO PRINCIPIO DA ENERGIA POTENCIAL

A condição de equilíbrio de um corpo na configur~

çao de tempo t + tt , referida a sua geometria indeforrnada,pode

ser expressa pelo Princípio dos Deslocamentos Virtuais que se es

creve 13, 8 :

sendo:

onde:

t+L\t . R

t+ttS. _ o lJ

t+tt8 __ 6 t+ttE .. ºdv = o lJ o lJ

(2.4)

e z. s)

- trabalho virtual das forças externas

- cornponen tes do 2 9 tensor de tensões de Pio­

la-Ki rchhoff

- componentes do tensor de deformação de

Green-Lagrange

Forças de superfície e de volume respect! varnente.

Todas as grandezas definidas corno atuantes na con

figuração de tempo t + tt , são medidas com relação ao estado ini

cial, indeformado (t = O) , que e a configuração de referência

de urna formulação Lagrangeana total.

8

O tensor de deformação utilizado e definido por

suas componentes como 13 :

onde:

t+lltE .. o l)

= 1 ct+lltu .. + t+lltu .. + t+lltuk . t+lltuk .) 2 01,J OJ,l O ,l O,}

t+llt u .. = o l,J

't+llt a U.

a x. o J

l

sendo todas as outras derivadas obtidas de modo análogo.

(2.6)

(2. 7)

Em virtude da escolha da configuração indeformada

como referência para exprimir a condição de equilíbrio anós a de

formacão, torna-se necessário a definição dos tensores de defor­

mação e de tensão medidos com relação a essa configuração.

O uso das deformações de Green-Lagrange, já defi­

nidas anteriormente na. equação (2.6), decorre desse fato. Com re

lação as tensões, o segundo tensor de Piola-Kirchhoff aparece co

mo uma alternativa para essa definição. A relação entre esse ten

sor e o tensor de tensões de Cauchy expressa em termos de suas

componentes é dada por13:

t+llt cr . • = Jl

1 F t+lltS F det F j1 o !k ki (2. 8)

com

(2.9)

onde:

9

t+L\t a .. - componentes do tensor de tensões de Cauchy em Jl

t + L\t

Fki - componentes do gradiente da deformação entre as con figurações de tempo zero e t + L\t

O princípio dos deslocamentos virtuais apresenta­

do~na equaçao (2. 4) é inteiramente geral, sendo válido para pro­

blemas envolvendo grandes deslocamentos e grandes deformações,

não contendo nenhuma limitação com relação as equaçoes constitu­

tivas. Deve-se esclarecer no entanto que no presente .estudo a

análise fica restrita a consideração de cargas externas conserva

tivas.

Como na expressao (2.4), as tensões t+i1t 8 _. o lJ e as

deformações t+LltE .. o lJ

não são conhecidas, efetuam-se as seguintes

decomposições incrementais:

t+i1t 5 _. = o lJ

t+L\tE .. = o lJ

t s .. + s .. o lJ o lJ

t E .. + o lJ

E .. o lJ

(2.10)

(2.11)

onde t E .. o lJ

e t s .. o lJ

sao respectivamente as deformações e as ten

soes, previamente determinadas, atuantes no instante t As de

mais parcelas, S .. , E .. , representam os incrementas dessas o lJ o lJ

grandezas entre as configurações de tempo t e t + L\t

Com essas decomposições e notando-se que

cS t+L\tE .. o lJ

cS E .. o lJ (2.12)

obtem-se,a partir de (2.4),uma forma incremental do Princípio dos

10

Deslocamentos Virtuais que se exprime por:

s. . éi O 1]

E .. 0 dV O 1]

t s . . éi O 1]

E .. 0 dV O 1]

(2.13)

A aplicação do Método dos Elementos Finitos, mod~

lo deslocamento, a formas linearizadas de (2.13) tem permitido a

obtenção de soluções aproximadas de diversos problemas da elasti

cidade não-1 inea r 1• 3, 5,G,a,i,;i7 .•

Definindo-se uma função energia de deformação in­

cremental 0

A , tal que

ou

3 A (E .. ) O O 1] 3 E ..

O 1]

éi 0

A ( E .. ) O 1]

= s .. O 1]

(2.14a)

S. . éi E .. O 1] O 1]

(2.14b)

e, admitindo-se a existência de um potencial para as forças ex­

ternas, a equação (2.13) se escreve:

(2.15)

onde

( E '+ ts E .. - - t+L'ltp uk) 0 dV -o ij) o i.j o lJ o k t+L'ltT u · ºds·

o k k a

(2.16)

11

A equaçao (2.15) representa uma forma incremental

do princípio da energia potencial para o caso de materiais elás­

ticos.

2.3 - FORMA INCREMENTAL DO PRINC!PIO VARIACIONAL DE HELLINGER­

REISSNER •

As relações deslocamento-deformação na configura­

çao de tempo t + 6t podem ser incrementalmente decompostas co­

mo is :

onde:

t E .. + o lJ

E .. ;;; o lJ

t 1 .. o lJ

t t 1 .. + fl .. + 1. · + fl· ·

o lJ o lJ o lJ o lJ (2.17)

(2.18a)

1-. • !2 ( u .. + u .. + tuk. uk . + tuk . uk .) o lJ o l 'J o J , l o 'l o , J o 'J o , l

(2.18b)

t 1 t t onij - 2 e uk . ouk,j) o ,l

(2.19a)

- 1 (ouk i uk .) onij "Z , o , J (2.19b)

Para obter um princípio variacional incremental no

qual estejam sujeitos a variações,os incrementas de deslocamen­

tos e de tensões, introduz-se inicialmente a relação (2.17) em

(2.16) utilizando a técnica dos multiplicadores de Lagrange~

Dessa forma,obtem-se um novo funcional:

12

11*=!:,11 p p

(2.20)

Em 11* os multiplicadores de Lagrange, represen­p

tados na expressao anterior por À .• , devem ser lJ

tratados

grandezas adicionais sujeitas a variações ou seja:

fornece:

6 11 * = p d

que leva a:

11 * p 11 * ( E . . , À • • , uk) p o lJ lJ

A condição de estacionaridade de

d 11 * p E ..

o lJ

6 11 * p

d 11 * 6 E .. + cl p

o lJ À .• lJ

o

ó À .• lJ

11 * p

= o

como

(2.21)

(2.22)

(2.23)

º 11; = I º + tS .. - À •• ) ó E .. O lJ 1J O lJ

ºdv+Í ). .. ó( l!, .. + n--) 0 dv-J, lJ o lJ o lJ V °v

-I °v

(tE .. + E .. - tl!, .. -0tn

1.3. - l!, .. - n- .) ó À-. 0 dv -

O 1J O 1J O lJ O 1J O 1J lJ

- J t+t:,tr ou ºdv -o k k

ºv

t+t:,tT ' ºdS o k u ~ o o (2.24)

Considerando-se, sem perda de generalidade, a si-

metria dos multiplicadores À. . , redefinindo lJ

13

À •. + À .. À-. ; lJ Jl lJ 2

(2.25)

e, aplic2nclo o teorema da divergência sobre o -segundo teJOmo,. da· expres s ao

(2.24},levando em conta aue o u ; o k ºs t em u, em-se:

º 11· - I p - o V

+ tS. . - À .. ) o E. . o dV -o lJ lJ o lJ

-I ºv

+ t ~\j + t+l\t

À-.) n. _ t+lltr J o uk ºd s CJ uk . o ,l lJ o J o k s

CJ

t Ek· . + ( t+ l\t

À- .) . - t+l\trJ a u ºdv ; J ,J ouk,i lJ ,J o k k

V

ºdv +

o (2.26)

onde n. o 'J

sao os cossenos diretores da normal ao contorno do cor

po considerado, na configuração indeformada.

Como as variações

arbitrárias e independentes, para

cessário que se cumpram:

o E. . , o o lJ

À .. e o uk sao lJ

em ºv

que (2.26) seja satisfeita é ne

tE .. + E .. o lJ o lJ

a A o E ..

o lJ

t + s .. o lJ

t t == i .. + n-. + i .. + ri-. o lJ o lJ o lJ o lJ

( t+l\t Àk . . + uk . À .. ) . ;

J 'J o , l lJ 'J t+l\tp

o k

(2.27)

(2.28)

(2. 29a)

14

e em ºs (J

t+lit n. (;\kJ. + uk . À •• )

o J o 'l lJ (2.29b)

As expressoes (2.27) e (2.14a) permitem identifi-

caro significado físico dos multiplicadores de Lagrange

Conclue-se então que:

"·. ; t+lits .. lJ o lJ

À .• lJ

(2.30)

Dessa forma as equaçoes (2. 27) a (2. 29) obtidas da

condição de estacionaridade de TI* são respectivamente, as equ~ p

ções constitutivas conforme definidas em (2.14a), as relações

deslocamento-deformação e as condições de equilíbrio no domínio

e no contorno.

A utilização de uma função energia de deformação

complementar incremental dada por:

OB ( S .. )

o lJ S.. E ..

o lJ o lJ ºA ( E .. )

o lJ

juntamente com a relação (2.30), na expressao de

(2.31)

TI* P . .-'

permite

que se elimine o campo de deformações das variáveis desse funcio

nal.

Obtem-se dessa forma um funcional que contem como

variáveis o campo de incremento de deslocamentos e de tensões.

- J ºs a

15

OB ( S .. ) + tS. . Il. . + S. . t .. } o dV -

o lJ o lJ o lJ o lJ o lJ

- J tpk u. 0d~ + J s.. n-.

0dv O K O lJ O lJ

ºv ºv

i .. 0 dv -o lJ

{2.32)

onde as parcelas nao sujeitas a variações foram eliminadas e:

t t ,Q,. • + Il ..

o lJ o lJ (2.33)

Para o caso de materiais lineares:

(2.34)

A condição de estacionaridade desse funcional,re­

presenta o que se convencionou denominar de forma incremental do

princípio variacional de Hellinger-Reissner, isto e:

Nas aplicações do Método dos Elementos Finitos a

esse princípio variacional, a Última integral da expressao de

6 rrR, termo incremental de terceira ordem, e desprezada obtend~

se assim, uma forma linearizada de (2.32). Além disso, os dois

termos entre colchetes dessa equação, possibilitam, que se façam

em cada incremento, iterações de modo a evitar que a solução ob­

tida se afaste da solução exata. Desta forma, e possível, neste

caso, verificar o equilíbrio e a compatibilidade das deformações.

16

Neste trabalho, desenvolveu-se um processo pura­

mente incremental e um processo incremental com verificação do

equilíbrio, utilizando

t:, 'TTR = J (-°v

- J ºs o

ºdv -

(2.36)

para a solução puramente incremental, e com ó 'TTR da expressao

anterior acrescido do termo:

( t - tp ) o S .. 1.. 0

k uk dV -o lJ o lJ

(2.37)

para a solução incremental-iterativa com verificação do equilíbrio.

No entanto; importante notar que procedimentos

iterativos envolvendo verificações na compatibilidade das defor­

mações tornam-se convenientes quando durante a anilise se utili­

zam grandes incrementas.

A referência [27] apresenta excelentes resultados

obtidos em casos onde se pretende a solução para um determinado

nível de carregamento, aplicando-se um Único incremento de carg~

2.4 - MODELO DISCRETO

Fazendo uso da notação matricial, o funcional da

equaçao (2.36) com a parcela apresentada em (2.37), pode seres­

crito como:

Í', 1T = R I ~

ºV L

17

B ( S) + ST ~ + tST n - PT u 0 dV -O- O- 0- O- 0- O-

(2.38)

Na presente análise, valeu-se de elementos isopa­

ramétricos utilizando-se as mesmas funções de interpolação que

aproximam a geometria.para expandir os incrementas de deslocamen

tos e de tensões.

por:

onde:

Estas expansoes sao representadas matricialmente

u = N V e

v - vetor dos incrementas dos deslocamentos nodais

E - vetor dos incrementas das tensões nodais

Dessa forma tem-se que:

e u' = ~~NL V

(2.39)

(2.40)

Considerando-se um Único ,elemento a, intro.dução de

(2.39) e (2.40) em (2.3.8),conduz a:

= -

- J ºv

ou seja:

= -

onde:

k -o

o9 =

Iº V

tg =

Iº V

18

0 dv - J ºv

f = Jo

AT

V

~ = Io AT

V

J ºv

D A ºdv .Q- -

tB o-L

0 dv

= J tBT ts tB o-NL o- o-NL

ºv

NT p ºdv +

Iº NT

o-so

NT tp 0 dv + Jo NT

O-s

Iº tB t- 0 dv r = s o-NL O-

V

(2.41)

(2.42)

(2. 43a)

e 2 . 4 3b)

ºdv (2.43c)

T ºd s (2.43d) O- o

tT ºd s (2.43e) o- o

(2.43f)

19

A condição de estacionaridade de 6 TIR fornece:

r o T k o V q + tg r o ~ -a - O- - -

+ + ;

l g - f o o o o o

(2.44)

Definindo-se .os parâmetros nodais .para o no

1 (v~) por: -l

V~ - r -l - L9i'.i

vlT -iJ

A equaçao (2.45) toma a seguinte forma

(2.45)

(2.46)

quando se pretende efetuar verificações de equilíbrio em cada 1n

cremento e

(k * + k *) v* - q * ; O -O -O O-

(2.47)

para a solução puramente incremental.

Estas equações são estendidas a todo o domínio,s~

mando-se as contribuições de cada elemento, e resolvidas em cada

incremento e/ou iteração segundo os processos usuais.

Para o estudo de estados planos de tensões e. de.

sólidos axissimétricos, optou-se por elementos isoparamétricos qu~

dráticos com oito pontos nodais ,como na Figura 2.2.

20

6

)(s. 5

2

7 8

4

Figura 2. 2 _ E lamento isoparamétrico quadrático

\ .

-Nesse caso:

e

::Senào N i

V Yz ...

~T oPs j

O cálculo de derivadas do tipo

a N. 1 =

o 1, a N.

o l o xl

a função de interpolação para o no 1

(2.48a)

(2.48b)

(2.49)

e obtido a

partir das derivadas com relação as coordenadas locais (!; ' 11),

21

utilizando-se uma matriz Jacobiana, ou seja:

-d a ºx

1 a o Xz a

a o xl

ai; ai; ~

1 (2.50) = det F

a o a o a xl Xz d

a o Xz an an d Tl

onde:

det F = (2.51)

2.4.1 - Estado Plano de Tensões

Nesse caso temos para um no 1

J Ul l v. = > (2.52a) -l

l 1

uz ' J . l

r 05

11 l (2.52b)

o~i = < o5 z 2 >

l .0512 j.

l

As matrizes de interpolaçio A e N , como usuaL

sao convenientemente formadas de suas submatrizes A. -l

e N. -l

A matriz que relaciona a parte linear dos incre­

mentas de deformaçio com os incrementas de deslocamentos nodais

é obtida por:

22

~ . onde para um no generico 1 tem-se:

tx N o 1,1 o i,l ' '

(2.53a)

-------------------------------'-------------------------------=

' ' ' ' ' -------------------------------'-------------------------------

onde:

t N . t N xl 1 · 2 + xl 2 · 1 o ' o l, o ' o l,

N . . = o l,J

'

a N. l

o d x. J

(2.53b)

(2.54)

Da mesma forma a matriz tB e composta das subrnatrizes o-NL

nidas corno:

N. l , O o l, . _______ , ______ _ . '

N ' O Ü i,l 1·

-------,-------

l O ,,N.

1·•

o l, _______ , ______ _ O ' N.

. 1 --o 1 '2 ,

Para estado plano de tensões

(2. 55)

e sao defi

23

t osll

t oS12 o o

t oS21

t oSzz o o

ts = (2.56) o-o o t

osll t oS12

o o t oS21

t os22

t-

l'.'11 l (2.57) s = os22 o-

t 1 L ºs, 2 J

2.4.2 - Sólido Axissimétrico

Na análise de sólidos axissimétricos,os veto-

res dos incrementas de deslocamentos e de tens6es nodais sio:

(2.58a)

r osll

1 1

oS22

~Ei = (2.58b)

oS12

l oS33 1

24

As matrizes de e ficam então

Í tx N. ' tx N. J o 1,1 o 1,1 ! o 2,1 o 1,1

1 ---------------------------1---------------------------N. 2 O 1,

N. 2 O 1,

---------------------------:---------------------------tx N- + t N o 1,1 o 1,2 oxl,2 o i,l

' t t ' Xz 2 N. 1 + Xz 1 N. 2 ! O , O 1, O , O 1,

' ' ---------------------------t---------------------------

l 1

í N. : O

1-º-1,l-t-------' O N.

2 1 o 1,

•! 1 _______ ,l ______ _

'

N. 2 : N. 1 o l' ' o l' ' ' --------' -------

N. 1

As matrizes ts o-

' ' ' o

t~ e S o-

o

(2.59)

(2.60)

tem a seguinte forma:

25

\ ;s11 t o o o

1 os12

t t o o o os21 os22

ts o-

o o t osll

t os12 o (2.61)

o o t os21

t os22 o

l o o o o t os33 J

psn l t os22

t-(2.62) s =

o-t os1z

l ;s33

Todas as integrações indicadas foram, como usual

em elementos isoparamétricos, efetuadas numericamente pelo méto­

do de integração de Gauss.

26

III - MATERIAIS HIPERELÁSTICOS

3.1 - INTRODUÇÃO

Em decorrência dos materiais de que sao constituí

dos, alguns corpos ao se deformarem, sofrem apenas pequenas vari~

çoes em seus volumes. Como consequência natural, tais materiais

podem ser considerados incompressíveis.

A hipótese de incompressibilidade apresenta-se c~

mo a forma mais conveniente e que melhor se adapta ao estudo des

ses problemas.

A anilise de deformações finitas em corpos incom­

pressíveis,constitue uma importante parte da elasticidade finita,

ji que nas aplicações, e frequente encontri-los submetidos a gran­

des deformações. Como exemplo, citam-se as borrachas naturais e

sintéticas que compõem as membranas de balões infliveis de gran­

des altitudes e alguns propelentes sólidos.

Além da preservaçao de volume nos materiais incom

pressíveis,o estado de deformação não se altera quando se adicio

na às tensões atuantes.um estado de tensão associado a uma varia

ção de volume. Dessa forma, as deformações determinam as ten­

soes a menos de um escalar que é reconhecido como uma pressao

hidrostitica.

A condição de incompressibilidade se escreve:

det F; 1 (3. 1)

sendo as componentes de F definidas em (2.9). Esta expressao

conduz a algumas simplificações na obtenção da solução analítica

27

de problemas da elasticidade finita. Entretanto, isto nao ocor­

re quando se utiliza o Método dos Elementos Finitos na determina

ção de soluções aproximadas.

Conclue-se da expressao (3.1) que as deformações

nos corpos constituídos de materiais incompressíveis, se limitam

a classe de movimentos isocóricos.

Pode-se exprimir a equaçao (3.1) em termos do ter

ceiro invariante do tensor de deformação (C) definido

por:

( 3. 2 a)

Tem-se então que:

de t C = I 3 = 1 ( 3 . 3)

Com o objetivo de ilustrar a verificação da res­

trição (3.3) para o caso do neoprene, apreseritam-se nas Figuras

(3.1) os resultados experimentais, obtidos nor Alexanderl2 .. Nes

tas figuras, indicam~se a variação de r 3 e de cr 1 com a defo~

maçao.em uma película submetida a uma solicitação axial.

Em consequência da definição desses materiais co­

mo hiperelásticos, o estado de tensões pode ser obtido por deri­

vação de uma função potencial W , que representa a energia de

deformação.relativa a configuração atual por unidade de volume

indeformado, isto é:

s = aw ôE (3.4a)

.• ·;,. -

5.

4.

3.

2.

1.

.. o o

1.0

28

r, 1.2 '

'

,gs=· -"º'-º"' -e---_J,~---0-------.,,,-----,;----"''--1.o.,, o o

0.8 0- EXPERIMENTAL

0.6

E,-. ·0.4 '---1----+---+---+---+---....... --....... ---1----'-'•

1.0 1.4 1.8 2.2 2.6 3.0 3.4 3.8 4.2

Figuro 3.L Verificação do hipótese de incompressibilidade do neoprene

o RESULTADOS EXPERIMENTAIS

o

o

o

o

o

o

o

o

o

o o o o

2.0 4.0 6.0 8.0

Figuro 3.1 (o)_ Diagramo tensão - deformação

,o

o

f, 1.

ou tendo em vista que:

29

C=2•E+I

aw s = 2 ac

(3.4b)

(3.4c)

onde as componentes de S sao as tensões do 29 tensor de Piola­

Kirchhoff referidas à confiQuracão inicial. ~.- .;,

Considerando-se isotropia, pode-se demonstrar que

W e função somente dos invariantes do tensor C , ou seja:

onde·:

(3.6a)

(3.6b)

det e (3.6c)

sao os invariantes de C e tr C denota o traço do tensor C .

Dessa forma, a equaçao (3.4) fica:

( 3. 7)

Para os materiais hiperelásticos incompressíveis

a equaçao (3.3), tratad~ como uma restrição na expressão de W ,

permite que se escreva:

30

(3.8)

A introdução da expressao (3.8) em (3.7) ,conduz a:

(3.9)

onde se utilizaram a-s derivadas dos invariantes de C que sao da-

das por:

I I - C 1

(det C) c- 1

(3.10a)

(3.10b)

(3.10c)

Nas expressoes (3. 4b), (3. 9) e (3 .10) o tensor iden

tidade e representado por I

-Várias aproximações de W (I 1 , I 2) , para mate-

riais específicos, são propostas nas referências [1, 12] . Como

exemplo citam-se as seguintes funções:

a) Estatística_ou_Neo-Hookeana

w = e cr1

- 3) (3.lla)

31

b) Mooney-Rivlin

c) Isihara,_Hashitsurne_e_Tatibana_ou_de_três_!~!~2~

I ( _l_)

3

(3.llb)

(3.llc)

(3. lld)

(3.lle)

Na Figura 3.2, apresenta-se urna cornparaçao entre

algumas dessas aproximações, com os resultados experimentais ob­

tidos por Treloar em testes uniaxiais com borrachas sulfurosas.

-Utiliza-se no presente trabalho,a função W pr~

posta por Mooney, que é usualmente denominada de função de Moo­

ney-Rivlin, dada pela relação (3.llb).

A equaçao (3.llb) tem sido a mais amplamente di­

fundida e utilizada para os materiais incompressíveis.

Essa expressão tem-se mostrado bastante apropria­

da para certas borrachas naturais e· vulcanizadas, quando em regi_

32

me de grandes deformações, Entretanto para deformações superio­

res a 450 a 500% pode-se notar urna discrepância entre as experiêg

cias e os resultados obtidos com a utilização dessa. aproximação

para W.

ü,< Kg/cm 2 )

200

180

160

-3 TERMOS

140

120

100

80

60 o-TRELOAR

40

20

o ~---c:'::---c:t:---c--:->:----='::---:c+:----+-_. 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 60 7.0 &,

Flguro3.2_ Teste Uniaxial de uma borroéhll sulfurosa

33

A introdução de (3.llb) na expressao das tensões

(equação (3. 9)), conduz a:

s

ou, em componentes:

-1 2 cl I + 2 Cz (Il I + C) + h C . (3 .12a)

s .. lJ

-1 2 c1 ó .. + 2 c

2 cr 1 ó .. + e .. ) + h e.. (3.12b)

lJ lJ lJ lJ

onde ó .. denota o delta de Kronecker. lJ

3.2 - PROBLEMAS DE ESTADO PLANO DE TENSÕES

Tratando-se de estado plano de tensões, nao se con

sidera a pressão hidrostática como uma variável adicional do pr~

blema, já que pode-se eliminá-la da expressão (3.12), a partir

da consideração de que a tensão normal ao plano s33 e nula.

Assim matricialmente a relação (3.12) fica:

o l

(3.13)

onde já foi levado em conta que no tensor de deformação C

(3.14)

34

Além disso, a condição de incompressibilidade fornece:

que permite eliminar de (3.13) a variável c33 .

Dessa forma, deriva-se de (3.13) uma equaçao cons

titutiva incremental expressa por:

a s .. S .. ; lJ E

o lJ a Eki o ki (3.16)

A e q uaç ao ( 3 . 16) é matricialmente representada por 3•8

:

;

sendo D-l o-

avaliado no tempo t por:

D-l ; 4 C O- 1 C33 <2 C33 cn - c12 cll

SIMfTRICA Cfz

(3.17)

)

O - 1 O

+ - 1 o o +

o o l 1

35

+

SIMETRICA ClZ

o - 2 o - z czz c2

'12 : 33

+ ccn + Czzl -2 (3.18) - 2 o o + C33 - z cn ClZ

o o - 0.5 Ciz c12 - 2 -2 C33

A inversão de (3.17) fornece:

E = D S O- O- O-

(3 .19a)

ou em componentes:

(3.19b)

Uma vez obtida a relação entre os incrementas de

tensão e de deformação (equação (3.19)), a análise de problemas

de estado plano de tensões envolvendo materiais hiperelásticos

incompressíveis, é conduzida através da forma incremental do prig

cípio variacional de Hellinger-Réissner conforme apresentada na

equaçao (2.36).

Apenas um procedimento puramente incremental foi

considerado.

36

Procedendo-se a discretização do contínuo por

meio das expansões (2.39), deriva-se um sistema de equação idên­

tico ao apresentado na equação (2.44).

Conclue-se então que a Única diferença entre a

formulação apresentada no Capítulo II e a aqui desenvolvida, se

relaciona com a matriz D , que neste caso deverá ser obtida a O-

partir da inversão de (3.18).

B importante ressaltar que em qualquer outro tipo

de problema que nao de estado ~lano de tensão, a pressão hi­

drostática não pode ser eliminada da expressão (3.12).

3.3 - ESTADO PLANO DE DEFORMAÇÃO

3.3.1 - Equação Constitutiva

Nos problemas de estado plano de deformação, are

lação entre os incrementas de tensão e de deformação deve .. ser de

rivada da equação [3.12), considerando-se

deformações e da pressão hidrostática (h)

3 S ..

S .. , como função das ]_ J

Tem-se assim que :

s .. = o 1-J

3 S .. ]_ J

3 E .. ]_ J

E .. o 1-J + .. ~ oh (3.20)

Dessa forma:

onde:

s . . = s' . + 0

h t c ~ 1 o 1-J o 1-J o 1-J

s '.. o 1-J

(3.21)

(3.22)

37

sao os incrementas das tens6es de distorçio, sendo 0h o incre­

mento na pressao hidrostática entre t e t + ~t .

A inversa de (3.22) fornece:

E .. o lJ

(3.23)

Para problemas de estado plano de deformaçio pod~

se escrever:

e

Assim, a relaçio (3.22) fica:

0511

te, · t 2 t t o 22 oc12 oc12 0C22

05 22 - 2 th te' t t = oc12 ocll + o 11

t t + te,

0512 .SIMlÕTRICA

ocll oc22 o 12 2

o 1 o

1

oEll

+ 4 c 2 1 o o 0E22 (3.24) >

o o - 1

38

3.3.2 - Forma Incremental do Princípio da Energia Potencial

O desenvolvimento de uma forma i~cremental dó pri~

cípio variacional de Hellinger-Reissner, aplicável a análise não

linear geométrica e/ou física.sob a condição de movimento isocó­

rico, pode ser derivada a partir do princípio da energia poten­

cial total. Esse princípio, aplicado aos materiais incompressi

veis isotrópicos, estabelece que:

(3.25)

com

(3.26)

onde a condição de incompressibilidade é tratada como uma restri

ção e introduzida no funcional, considerando-se a pressão hidros

tática h 2 como um multiplicador de Lagrange. Convém lembrar que

em (3.26) todas as grandezas atuam no instante t + ~t

porem referidas a configuração inicial (t = O).

estando

Ao exprimir as variáveis envolvidas em (3.26) em

termos de seus valores na configuração de tempo t , acrescidas

de seus respectivos incrementos,tem-se:

(3. 2 7)

39

Subtraindo-se de (3.27) a expressao do funcional

da energia potencial, escrito para o instante t , e denotando

por bnp essa diferença, obtém-se:

(3. 28)

onde foram eliminadas todas as expressoes constantes, isto e,nao

sujeitas a variações. Tem-se então, uma forma incremental do

princípio da energia potencial para os materiais incompressíveis:

(3.29)

Sendo a função W analítica na .vizinhança de

t t -E .. e h , a utilização de uma expansão em serie de Taylor em to.!: o lJ

no desse ponto, permite obter uma expressao para o incremento 0

W.

Desprezando-se termos de ordem superior, essa ex­

pansao fornece:

W ( E .. , h) o o lJ o =~ E a E .. o ij

lJ

+ 1 "2"

+ aw h + .!. ali o 2

+ .!_ 32 W E. . h 2 h o lJ o a E-. a

lJ (3.30)

Em vista das relações (3.4), (3.lüc) e (3.12) con

clue-se que:

Ow (E .. , h) = ts .. E .. + .!.2 (I3 - 1) h + A' (E .. ) + te~~ E .. oh o lJ o o lJ o lJ o o lJ o lJ o lJ

(3.31)

onde

ou

A' ( E .. ) o lJ

A' ( E .. ) o lJ

40

(~.32a)

(3.32b)

é definida como uma função energia de deformação incremental de

distorção.

Associada a função A' ( E .. ) o lJ define-se também

uma função B ( S! .) , denominada de função energia o lJ

complementar

de deformação incremental de distorção, dada por:

B (S!.) = S!. E .. -A' (E .. ) o lJ o lJ o lJ o lJ (3.33)

A introdução da expressao (3.31) em (3.28) permi­

te que (3.29) seja escrito como:

= J í A' e E .. ) + ts. . E .. °v L o iJ o iJ o iJ + .! h e t -1 )J ºd

2 O I 3 + 2 C. . E .. - 1 V

o lJ o lJ

uk 0 dS0

~ estacionário

(3.34)

3.3.3 - Forma Incremental do Principio Variacional de Hellinger­

Reissner.

Por intermédio da relaxação das relações desloca­

mentos-deformações (equação 2.28) em ~rrp de (3.34), obtém-se o

seguinte funcional:

41

(3.35)

sendo À •• 1. J

os multiplicadores de Lagrange associados a essa re-

1 axação.

A condição de estacionaridade desse funcional

(3.36)

determina de modo análogo ao apresentado no Capítulo II que:

À •• lJ

t s .. + s .. o 1.J o lJ

(3.37a)

ou tendo em vista (3.21):

çao

À-.= ts .. + si.+ h te:~ lJ o 1.J o lJ o o 1.J (3.37b)

A substituição em (3.35) de A' (0Eij) pela fun­

B ( S! .) , definida pela relação (3.33), resulta numa forma o lJ

incremental do princípio variacional de Hellinger-Reissner para

o caso de materiais incompressíveis ou seja:

nrrR = J { - B ( S ! . ) + o lJ ºv

( S!. + h te:~) t .. + tS .. oTl1·J· - opk uk} ºdV o lJ o o lJ o 1.J o lJ

- J Tk uk ºdS + [J (ts .. o a 0,. o lJ OS V

a

+ [J ( S'.. + °v o 1.J

+ J ( S! · + o lJ °v

h te:~) 0n1-J. ºdv + estacionário o o 1.J (3.38)

42

onde:

1 t t t t -2 ( u .. + u .. + uk . uk .) Ol,J OJ,l O ,lO ,)

(3.39)

e

tEs .. = ~ D S' o l) ~ o ijkt o k2 (3.40)

sendo que em (3.40) o símbolo ~ deve ser interpretado como um

somatório no qual cada parcela,representa o incremento de defor­

mação em cada intervalo de tempo, entre os tempos O e t

Na obtenção de (3.38), considerou-se também are-

1 ação ( 3. 3 7) , que identifica o. significado físico dos multiplica-

dores de Lagrange À •• l)

Uma forma linearizada de (3.38), conveniente a

aplicação do Método dos Elementos Finitos, é obtida não se consi

derando a Última integral dessa expressão.

No princípio variacional apresentado,as integrais

escritas entre colchetes, tornam possível efetuar em cada passo

da solução incremental, três distintas formas de iteração. Tem­

se assim, a verificação de equilíbrio e da compatibilidade das

deformações ,derivadas das duas prime.iras dessas integrais, confor

me mencionado no Capítulo II. Além disso, a consideração da Úl­

tima dessas integrais, permite que se verifique no decorrer do

processo incremental de resolução, a condição de incompressibill

dade.

Em um procedimento puramente incremental vale-se

do seguinte princípio:

43

{- B ( S! .) + ( S'.. + h te~~) 9, .. + ts .. 0

ni·J· - Pk uk} 0

dV -o lJ o lJ o o lJ o lJ o lJ

(3.41)

3.3.4 - Modelo Discreto

Algumas considerações adicionais devem ser feitas

a respeito da discretização da classe de problemas, em que apre~

são hidrostática é mantida no princípio variacional, como ocorre

em estados plano de deformações.

Nesses casos, os incrementas de tensão que sao ex

pandidos, representam somente as tensões de distorção,devendo os

incrementas totais de tensão serem calculados por:

s. . :; o lJ

t -1 s ! . + e .. 0

h o lJ o lJ

(3.42)

Deve-se ainda adotar uma hipótese para a distri­

buição dos incrementas da pressão hidrostática no domínio do ele

menta.

Admitindo-se uma variação quadrática para

grandeza tem-se:

u N v

S ' A O- - )2

o!:!= l'.!h h

onde:

essa

(3.43a)

(3.43b)

(3.43c)

44

S' - vetor dos incrementas de tensão de distorção o-h - vetor dos incrementas nodais de pressão hidrostática

p - vetor dos incrementas nodais das tensões de distorção

A partir das expansoes em (3.43), a condição de

estacionaridade de bnR conforme a equação (3.41), conduz a um

sistema de equações que tem a seguinte forma:

(

k -a o o o ~T

o o o + - f

o o o ~h o

sendo a submatriz ~h dada por:

T ~h

o

o

V

h

tB ºdV o-L

e c e um vetor que contém os termos distintos de

nientemente dispostos, isto e:

t -1 ocll

t -1 c oczz -

t -1 ocl2

o':! o

o = o

o o

(3.44)

(3.45)

conve-

(3.46)

45

Todas as outras submatrizes indicadas na equaçao

(3.44) sao calculadas de modo análogo ao descrito no trecho do

Capítulo II, em que se trata de problemas de estado plano de ten

soes.

Na formulação do modelo desenvolvido, procurou-se

manter o mesmo grau de aproximação na expansão da geometria e das

inc6gnitas nodais, como aconteceu nos modelos apresentados ante­

riormente. Entretanto, neste caso, tal procedimento conduziu a

obtenção de matrizes mal condicionadas,o que dificultou a obten~

ção de soluções satisfatórias.

A forma do sistema de equaçoes geradas, como mos­

trado na equaçao (3.44), sugere a utilização de uma técnica de

condensação em relação aos graus de liberdade, relativos aos 1n­

crementos de tensão de distorção. Mesmo assim, a alternativa

que parece ser a mais efetiva. para tratar essa classe de proble­

mas é a proposta por Pian 2• Nessa referência o modelo desenvol

vide utiliza uma função de interpolação linear para a geometria,

deslocamentos e tensões de distorção, admitindo ainda,que apre!

sao hidrostática seja constante em todo domínio do elemento.

Tal como apresentado no Capítulo IV, essa aproxi­

maçao conduz a resultados que se mostram bastante concordantes

com as soluções analíticas.

A expansão dos incrementes de deslocamento ,e de

pressao hidrostática por funções do mesmo grau de aproximação em

modelos de deslocamento, é sugerida em Oden 1 •

46

IV - RESULTADOS E COMPARAÇOES

4.1 - INTRODUÇÃO

O objetivo deste Capítulo é apresentar alguns re­

sultados numéricos obtidos com a formulação desenvolvida anteri­

ormente e confrontá-los com resultados experimentais e de outras

formulações. Estabelece-se também uma comparação entre os diver

sos procedimentos de análise.

Para o caso de materiais elásticos lineares pode­

se adotar um procedimento puramente incremental ou um procedime~

to incremental com verificação de equilíbrio. No estudo de mate

riais hiperelásticos incompressíveis surgem duas alternativas r~

lacionadas com o cálculo das deformações empregadas na equaçao

constitutiva: expressão (3.18) para o caso de problemas de esta­

do plano de tensão e (3.24) para problemas de estado plano de de

formação. Essas deformações podem ser determinadas a partir dos

deslocamentos nodais ou dos incrementas de tensões nodais.

4.2 - VIGA EM BALANÇO

Como primeira aplicação analisou-se o comportame~

to de uma viga em balanço submetida a ação de carga concentrada

no bordo livre. A geometria e as propriedades físicas adotadas

são apresentadas na Figura 4.1. A discretização utilizou cin­

co elementos isoparamétricos quadráticos de estado plano de ten­

são com integração 5 x 5 para todas as submatrizes do sistema

de equações (2.44).

Para efeito de comparaçao considerou-se como solu

çao "exata" a fornecida na referência [17]

0.4

0.3

0.2

0.1

47

DESLOCAMENTO VERTICAL ( S /L) l P= 1831.5 Kg

~--------. t lm

1)----------------~ .. ·+-!I J_ ~6

b =lm

'i = O.

E= 1,2 X 106 t/m2

-- SOLUÇÃO. EXATA + MOO. MISTO - 40 INCREMENTOS

'

• MOO. DESLOCAMENTO - 40 INCREMENTOS a MOO. DESLOCAMENTO - 20 INCREMENTOS " MOO. MISTO - 20 INCREMENTOS

SOLUÇÃO LINEAR-

0.2

• o

• a •

o

0.4

• a

• •

• a a

a

0.6 o.e

a

• •

a

a

1.0

a

1.2

.. •

• a

a a

1.4

Figuro 4.1-Desloc. Vertical_ Soluções puramente incrementais

a

• •

a a

o

1.6 2 · PL (l-v') . EI

0.2

0.1

'

0.2

0.1

DESLOCAMENTO HORIZONTAL(Â)

L

-.. - SOLUÇÃO EXATA

48

+ MOO. MISTO - 40 INCREMENTOS • MOO. DESLOCAMENTO - 40 INCREMENTOS a MOO. DESLOCAMENTO - 20 INCREMENTOS 6 MOO. MISTO - 20 INCREMENTOS

,!-,r

,!-,t

t • ,!- • •

i • e e e ~ "

a

• e

0.2 0.4 0.6 o.e 1.0

tt ,!-

,t

• t ,t

• • • • • • a e e e

e a

1.2 1.4

Figura 4.2 _ Deslocamento Horizontal_ s·oluções • puramente incremental

DESLOCAMENTO HORIZONTAL(.ê.)

L

-- SOLUÇÃO EXATA

• MOO. MISTO - 20 INCREM EN TOS (1 ITERAÇÃO POR INCREMENTO)

• • • • • • •

• •

• •

• •

t t

,t

• • • "

a e

1.6 PC . 2 EI(I-'()

1

• •

10.2 0.4 ·o·6 .o.e ' LO 1 :2 '.L4 •r.6 2 2 PI.: (l.y) EI

Figura 4.3_ Deslocamento Horizontal_ Solução incremental/iterativa

0.4

0.3

0.2

0.1

DESLOCAMENTO VERTICAL (S/L)

-- SOLUÇÃO EXATA

49

• MOO. MIST0.20 INCREMENTOS ( 1 ITERAÇÃO POR INCREMENTO)

• SOLUÇÃO LINEAR

0.2 0.4 0.6 o.a

• •

1.0 1.2 1.4

Figura-4.4_Desloc_amento Vertical_ Solução incremental/iterativa

• •

• •

. ·~

50

Inicialmente estudou-se a resposta da estrutura

através de soluções puramente incrementais. Nas Figuras 4;1 e

4.2 apresentam-se respectivamente as curvas deslocamento verti­

cal (ô) - carga e deslocamento horizontal (ti) - carga, para es

se tipo de solução.

A utilização de apenas 20 incrementos no modelo

misto fornece resultados considerados satisfatórios, o que nao

ocorre com a análise por modelo deslocamento quando se usa o mes

mo número de incrementos.

Mesmo com o aumento do numero de incrementos para

40, a resposta da estrutura obtida pelo modelo deslocamento ain-

da se apresenta bastante afastada da solução exata. Por outro

lado, não se observa melhora significativa ao se elevar o numero

de incrementos de 20 para 40 na análise conduzida pela formulação

mista.

Nas Figuras 4.3 e 4.4 apresentam-se as mesmas cur

vas carga-deslocamento citadas, obtidas por um procedimento in­

cremental/iterativo com uma iteração por incremento. Como se po

de notar, tal consideração não alterou sensivelmente a resposta

da estrutura.

4.3 - CASCA ESFfRICA ABATIDA

Estudou-se em seguida a resposta de uma casca es­

férica engastada, submetida a açao de carga concentrada axial

(P = 100 .ib) A estrutura foi discretizada com a utilização de

10 elementos isoparamétricos quadráticos de sólido de revolução

com integração 5 x 5 Detalhes da geometria da casca e carac­

terísticas físicas do material encontram-se na Figura 4.5. Nes­

sa mesma figura e, na Figura 4.6 as soluções obtidas para 40 e

100

75

50

25

P( lb)

h

R = 4.76 ln h = 0.01576 in H = 0.0859 in E=IOpsi '1=0.3 ·

R

~ LINEAR •

0.05

51

p

• +

• +

• +

• +

• +

• +

• +

+

+

+

+

-- MOO. MISTO _40 INCREMENTOS

+ MOO. DESLOC _20 INCREMENTOS ( NÚMERO MÁXIMO DE ITER. _5)

• MOO. DESLOC. _ 40 INCREMENTOS

0.10 0.15 S (ln)

Figura 4.5_Casca abatida - Deflexao central J

52

P( lb)

100

... 75 et-

50 • t

25

~LINEAR

+

0.05

• +

• + •

-- MOO. DESLOC. _ 20 INCREMENTOS ( N2 MÁXIMO DE ITERAÇÕES: 5)

+

0.10

MODELO MISTO_ 60 INCREMENTOS ( lHERAÇÃO/INCREMENTO)

MODELO MISTO_ 60 INCREMENTOS

0.15 !i(ln)

Figura 4.6_ Casca abatida_ Deflexão central

53

80 incrementos pela formulação mista sao confrontadas com asso­

luções puramente incremental e, incremental/iterativa com numero

miximo de iterações igual a 5 efetuada por Landau 5•

Fica evidenciado nessas figuras o ~lto grau de

nao linearidade do problema e, o comportamento estivel da prese~

te formulação mesmo para a consideração de apenas 40 incrementos.

Como observado na Figura 4.5, com igual número de

incrementos o modelo deslocamento fornece para esse exemplo uma

resposta bastante afastada da solução incremental/iterativa.

4.4 - MEMBRANA DE MATERIAL HIPERELÃSTICO INCOMPRESS!VEL

Para ilustrar a aplicação da formulação desenvol­

vida,analisou-se a membrana da Figura 4.7,que é constituída de

um material hiperelistico incompressível, suposto do tipo Mooney

Rivlin com c1 = 21.605 psi e c2 = 15.747 psi.

A Figura 4.8 mostra a concordãncia entre os resul

tados experimentais e os obtidos por aproximações pelo Método dos

Elementos Finitos com modelos misto e deslocamento, utilizando­

se um procedimento puramente incremental com 16 incrementas.

Em seguida são apresentadas na Figura 4.9 a dis­

tribuição, ao longo da secção AA, das tensões normais ªx · (Cau­

chy). A comparação entre essas tensões reais e as tensões de

Piola-Kirchhoff na secçao BB, obtidas pelas duas formulações, e

indicada na Tabela 4.1

Deve-se ressaltar a grande diferença existente en

tre essas tensões, o que é uma característica dos problemas de

grandes deformações.

Os resultados da Figura 4.8 e da Tabela 4.1 apre-

54

+-------------11.11'1-----------+

6

7 26

8.9211

27 ' p 1 ~--+-+'ª"--+--4--------_. _______ ...__..__..._2_8.__...., 7,::.. 3"

l Espessura= 0.125

11

P'41,801b

Figuro. 4.7 _ Membrana de material hiperelástico incompressive1-Geometrio e Discretização

p(lb)

41.80

31.35

• 20.90 •

-- EXPERIMENTAL

+ MOO. OESLOC. _ 16 INCREMENTOS

• MOO.MISTO_ 16 INCREMENTOS

10.45

5. 10. u ( in)

Figura 4.8- Deslocamento horizontal no bordo carregado

55

15 .27 13.68

41.31 l---4.C.:3c.:.c.9:..::3 ____ _

42.59 41.03 1---'-'==--------+I

MOO. OESLDCAMENTO MOO. MISTO

Figura 4.9 _ Tensllo <rx real '(psi) na secção A A

~ PIOLA-KIRCHHOFF REAL (CAUCHY)

MODELO MODELO MODELO MODELO õ DESLOCAMENTO MISTO DESLOCAMENTO MISTO

.. 26 52. 5 3. 238. 217.

27 52. 5 5. 2 38. 247.

28 52. 5 8. 238. 204. . .

TABELA 4. 1 - TENSÃO (PSI) NA SECÇÃO BB

56

sentados como modelo deslocamento, foram obtidos com a considera

ção de 4 incrementas e 5 iterações por incremento, ao passo que

no misto valeram-se de 16 incrementas.

Em todos resultados do presente exemplo .utiliza~

ram-se 5 x 5 pontos de integração sendo que, na formulação mi~

ta as deformações necessárias ao cálculo da equação constitutiva

foram determinadas a partir do campo de deslocamentos nodais.

4. 5 - MEMBRANA COM FURO CIRCULAR

Analisou-se também o comportamento da membrana com

furo circular indicada na Figura 4.10. Nesta figura apresentam­

se ainda.a malha de elementos finitos e as propriedades físicas

do material. Mostra-se na Figura 4.11,um confronto entre as apr~

ximações para~ a deformada final (p = 90 psi) dessa membra

na.ficando bastante evidente a ocorrência de grandes deformações.

Na referência mencionada nessa figura foi utili­

zada: integração 5 x 5 , com 3 incrementas e 5 iterações por in

cremento. Para o modelo misto a carga final foi atingida em 12

incrementas com integração 2 x 2 , sendo, além disso, as defor­

maçoes calculadas a partir dos deslocamentos nodais . •

Nas Figuras 4 .. 12 a 4 .14 os deslocamentos hori zon­

tais dos nos 5, 19 e 29 obtidos quando se calculam as deforma­

çoes a partir dos deslocamentos (MISTO 1) ou a partir dos incre­

mentas de tensões nodais (MISTO 2), são comparados com a solução

do modelo deslocamento com o mesmo número de incrementas.

Em seguida representam-se, nas Figuras 4.15 a 4.17,

as soluções puramente incrementais, modelo deslocamento e MISTO

2, e uma solução refinada 6 • Os resultados do modelo deslocamen-

e, =25 psi

c.=7 psi Es pessuro ': 1 "

p=90psi/

57

20"

6" 2011

1011

. 19

Figura 4.10- Membrana com furo circular_ Geometria e Discretização

(ln) 10.

8 ..

6.

4.

2.

O.

--- -

---

CONFIGURAÇÃO INICIAL

---- ---- -

---- - --

----

MODELO DESLOCAMENTO - REF. C 6 J

MODEl:.O MISTO}

-- --------\ \ \ \ \ \

\ \ \

\

O. 2. 10. +----4-----+-----1------4----1-----4---~-1-----1------'I-----+---- (ln)

4. 6. 8. 12. 14. 16. 18. 20.

Figuro 4.11 _ Defor modo poro p = 90psl

Ln 00

59

p( psi)

~. .

60. •

• +

• +

+

SOLUÇÃO PURAMENTE INCREMENTAL _ 6 INCREMENTO$

30. MOO. DESLOCAMENTO

+ MISTO 1

• MISTO 2

2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 ,u(in)

Figura 4.12- Deslocamento horizontal do nó 29

90.

60.

60.

p(psl)

2.0

• +

• +

+

SOLUÇÃO PURAMENTE INCREMENTAL_6 INCREMENTOS

MOO. DESLOCAMENTO

+ MISTO 1

• MISTO 2

4.0 6.0 8.0 u (in)

Figura 4.13 _ Deslocamento horizontal do nd 5

--·-

• 1

,

90.

60.

30.

90.

60.

30.

p(psi)

2.0

60

• +

SOLUÇÃO PURAMENTE INCREMENTAL_6 INCREMENTOS

~~MOO.DESLOCAMENTO

+ MISTO

• MISTO 2

4.0 6.0 e.o u (ln)

Figura 4.14 _ Deslocamento horizontal do·· nó 19

. -p(psl)

-!e

+ MOO. DESLOCAMENTO

• MISTO

MOO. DESLOCAMENTO - (SOLUÇÃO ITERATIVA)

...

2.0 4.0 6.0 e.o 10.0 u (ln)

Figura 4.15_ Deslocamento horizontal da nó 29

90.

60.

30.

90.

60.

30.

p ( ps l)

2. 4.

61

• +

• +

-- MOD. DESLOCAMENTO (SOLUÇÃO ITERATIVA)

+ MOO. DESLOCAMENTO

• MISTO

6. B. u ( 1 n)

Figuro 4.16- Deslocamento horizontal do nó 19

p( psi)

• +

• +

2. 4.

• +

• +

-- MOO. DESLOCAMENTO(SOLUÇÃO ITERATIVA)

+ MOO. DESLOCAMENTO

• MISTO

6. B. u (ln)

Figura 4.17 _ Deslocamento horizontal do nó 5

1 r

62

to neste caso.foram obtidos com integração 5 x 5 , e ,no misto

com integração 2 x 2 .

4.6 - CILINDRO DE COMPRIMENTO INFINITO

Com o objetivo de ilustrar a aplicação da formul~

çao desenvolvida no caso de estado plano de deformação de corpos

de material hiperelástico incompressível, quando a pressão hidra~

tática deve ser considerada como incógnita adicional do problema,

apresenta-se em seguida a análise de um cilindro espesso de com­

primento infinito sujeito a açao de uma pressão interna (p = 150 psi) .

Tal como comentado no Capítulo III a solução deste problema se v~

leda alternativa proposta em (2]. Este modelo assume uma varia

ção linear para os campos de incrementas de deslocamento e de ten

são, mantendo constante a pressão hidrostática no domínio do ele

menta.

Posteriormente, os incrementas de tensões nodais

sao condensados estaticamente,resultando como incógnitas do pro~

blema,os inc4 ementos de deslocamentos nodais e a pressao hidros­

tática em cada elemento. Todos resultados foram obtidos utili­

zando-se, no cálculo das submatrizes da equação (3.44), um esqu~

ma de integração de Gauss com 2 x 2 pontos.

Na Figura 4.18,indicam-se a geometria e a discre­

tização adotada, onde são empregados 10 elementos isoparamétri­

cos lineares de estado plano de deform~ção.

A escolha desse problema deve-se principalmente ao

fato de existir uma solução analítica conhecidaW.

Assume-se que o material que constitue o cilindro

seja do tipo Mooney-Rivlin com c1 = 80 psi e c2 = 20 psi .

p

63

} 111 T rr1_11~_,,. .h_ 1 _j _j _J .1 .1 .L .L .L...l

SETOR AA

,____R I

SETOR AA

R 1

, 71n

R 2 , '18.6251n

Figuro 4.18 _Cilindto de comprimento Infinito _Geometria e Dlscretização

Convém ressaltar que o uso de elementos de lados

retos,acarreta algum erro na geometria, entretanto tal erro se

torna desprezível a medida que o ângulo a

4.18, é reduzido. O valor adotado, aª sº

guir, conduz a resultados satisfatórios.

indicado na Figura

como mostrado a se-

Na Figura 4.19 observa-se, para a curva pressao­

deslocamento do bordo interno, a concordância obtida entre aso­

lução exata e a formulação desenvolvida quando atinge-se ,(,pressão,

final (p ª 150 psi) em S, 9 e 29 incrementas.

Indicam-se na Figura 4.20 a convergência da solu­

çao apresentada para o deslocamento do bordo interno, a pressao

hidrostática nos elementos 1 e 3 e, a areado elemento 1, que

deve permanecer constante devido a restrição de incompressibili-

+20

150

140

120

100

80

60

40

20

PRESSÃO INTERNA(psl)

/ /

/. /

I /;

1.0 2.0

/ /

/

64

/ /'....--LINEAR

-EXATA

+4

+

SOLUÇÕES POR ELEMENTOS FINITOS

3.0

o 29 INCREMENTOS

+ 9 INCREMENTOS

o 5 INCREMENTOS

4.0 5.0 6.0 70 · u (in)

Figuro 4.l9_Deslocomento do bordo interno

1Erro em º/o

4 PRESSÃO HIDROSTÁTICA NO CENTRO 00 ELEMENTO 1

+ DESLOCAMENTO 00 BORDO 1NTERNO

JC PRESSÃO HIDROSTÁTICA NO CENTRO 00 !ELEMENTO 3

o ÁREA DO ELEMENTO 1 {CONDIÇÃO DE INCOMPRESSIBILIDADE)

3 5 9 16 ,n·2 de lncreme·ntos

Figuro 4.20_ Convergencia do solução obtida

150

140

130

120

3 5 9

65

A DEFORMAÇÃO ·CALCULADA A PARTIR DOS DESLOCAMENTOS NODAIS

o DEFORMAÇÃO CALCULADA A PARTIR DAS TENSÕES NODAIS

16 29 57 n 2 de in,crementos

Figura 4.21_ Convergencia da deformação circunferencial

30

20

â DEFORMAÇÃO CALCULADA A PARTIR DOS DESLOCAMENTOS NODAIS

O DEFORMAÇÃO CALCULADA A PARTIR DAS TENSÕES NODAIS

1 - .. 3 5 9 16 29 57 n2 de lncrétnéntos

Figura 4.22 _ Convergencla da deformação radial

-240

-220

-200

-180

h(psl)

-EXATA

0 SOLUÇÃO NO CENTRO DOS ELEMENTOS

7.0

66

18.625 ralo(in)

Figura 4.23- Pressão hidrostática

7

6

5

4

3

2

u(in)

- EXATA

o SOLUÇÃO NO CENTRO DO ELEMENTO

d SOLUÇÃO NO CONTORNO

7.0 18.625 raio(ln)

Figura 4.24- Deslocamento ao longo da íispessura

-150

-100

-50

600

500

400

300

200

a;, (psi)

- EXATA

o SOLUÇÃO NO CENTRO DO ELEMENTO

67

/J. SOLUÇÃO NO CONTORNO

7.0

Figuro 4.25_ Tensao radial (Cauchy)

CÇ3(psi)

• -- EXATA

18.625 raio(in) •

o SOLUÇÃO NO CENTRO DO ELEMENTO

• SOLUÇÃO NO CONTORNO

L 7.0 18.625 roio(in)

Figura 4.26- Tensão circunferencial (Cauchy)

68

dade.

Em seguida comparam-se, nas Figuras 4.21 e 4.22

respectivamente, a convergência das deformações circunferencial e

radial calculadas a partir dos incrementas de tensão de distor­

ção, conforme equação (3.40), e a partir dos deslocamentos nodais.

Observa-se nessas figuras,a acelerada convergen­

cia da deformação circunferencial quando calculada pela equação

(3. 40) . Com a utilização do campo de deslocamentos .nodais, não

se obtem convergência para o valor exato desta deformação, mesmo

com 57 incrementas.

Tal característica nao ocorre com relação a defo~

maçao radial. Apesar disto, essas deformações calculadas a par­

tir dos incrementas de tensões ou, dos deslocamentos nodais,. am­

bas convergem para o valor exato quando se usam 5 7 incremen tos.

Finalmente, apresentam-se nas Figuras 4.23 a 4.26

a distribuição ao longo da espessura da pressão hidrostática, do

deslocamento, e das tensões radial e circunferencial (Cauchy)

Esses resultados, obtidos com a utilização de 5 7 incrementas, se

mostram concordantes com a solução exata.

69

V - CONCLUSÕES

As características principais da formulação discu

tida neste trabalho.foram comentadas durante o desenvolvimento

do texto dos capítulos precedentes. Contudo, tornam-se ainda ne

cessárias algumas observações e conclusões. Apresentam-se tam­

bém neste Capítulo sugestões visando a continuidade do presente

trabalho.

A formulação desenvolvida é derivada diretamente

dos princípios da mecãnica do contínuo, não se introduzindo ne­

nhuma simplificação no que diz respeito a definição das tensões

e deformações. Utiliza-se desse modo, para as tensões o 29 ten­

sor de tensões de Piola-Kirchhoff e, para as deformações D ten­

sor de Green-Lagrange. O emprego desses tensores decorre da es­

colha da configuração indeformada como configuração de .ref~ren

eia.

Além disso, um princípio variacional tipo -Reiss­

ner permite aproximações independentes para os campos de tensão

e deslocamento. Dessa forma evita-se o cálculo das tensões a pa~

tir dos deslocamentos nodais, característica das soluções por mo

delo de deslocamento.

Pretende-se nesse trabalho avaliar a performance

numérica da aproximação fornecida por um prinéípio variacional

tipo Reissner na análise de grandes deformações de corpos de ma­

teriais elásticos lineares e hiperelásticos incompressíveis. En

tretanto, é importante notar que, é na teoria de corpos orienta­

dos onde são mais exploradas as vantagens das aplicações do Méto

do dos Elementos Finitos por modelos mistos.

70

Para o caso de materiais elásticos lineares asso

luções apresentadas demonstram claramente a superioridade sobre

as obtidas pelo modelo de deslocamento,quando se utilizam proce­

dimentos que não efetuem qualquer tipo de verificação.

Tratando-se de materiais hiperelásticos incompre~

síveis.ambas formulações mostram boa concordância com a soluções

exatas e os resultados experimentais, não se notando diferenças

sensíveis entre os dois modelos.

Todavia um procedimento incremental/iterativo in

cluindo todas as possíveis formas de verificação deve ser·exami­

nado de modo a se determinar precisamente a importância de cada

uma dessas correções nas soluções de diversos problemas da Mecâ­

nica das Estruturas.

Com relação a pressao hidrostática, encontram-se .na

literatura'~•ª modelos, de deslocamento e misto, considerando es

sa pressão constante no domínio do elemento. A aproximação qua­

drática adotada para essa variável acarreta problemas de mal con

dicionamento. Entende-se que a influência da escolha do campo de

pressao hidrostática assumido requer um estudo mais detalhado.

Outro aspecto que deve ser considerado, refere-se

a utilização de esquemas diferentes de integração para as subma­

trizes das equações (2.44) e (3.44).

O uso de um numero adequado de pontos de integra­

çao no cálculo de cada uma dessas submatrizes poderia resultar. em

melhor desempenho do modelo apresentado.

Finalmente.resta analisar a consideração de carr~

gamentos nao conservativos para o estudo de grandes deformações

como as que ocorrem em membranas incompressíveis sujeitas a soli

71

citaç5es normais a sua superfície mfdia ~B.

72

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o x. 1

u. 1

t k u. 1.

t u .. o 1. 'J

t x. 1.

t+llt u. 1.

t+llt

t+llt x. l

u .. o 1. 'J

77

NOTAÇAO

- areas do corpo nas configurações de

tempo O , t , e t ,· + li t .

- volumes do corpo nas configurações de

tempo O , t e t + llt.

coordenadas cartesianas nas configur~

ções de tempo O , t e t + llt .

- componentes do vetor de deslocamentos

da configuração de tempo O às confi

guração de tempo t e t + llt .

- incremento da componente de desloca-t+llt t mentas u. = u. u.

l 1. 1.

- componente de deslocamentos do ponto

nodal k na configuração de tempo t.

- derivadas da componente de deslocame~

tos das configurações de tempo t e

t + llt com relação a coordenada 0 x .. J

- derivada do incremento de deslocamen-

tos t x.

J

com e

relação as t+llt x.

J

coordenadas o x. J

- componente do vetor de forças de vol~

me por unidade de volume no tempo

t + llt referidas a cortfigurãção de

tempo O .

t cr .. lJ

t s .. o lJ

t E .. o lJ

J/, •• o lJ

D .. o lJ rs

E , n

t+llt cr .. lJ

t+llts .. o lJ

t+lltE .. o lJ

78

- componente do vetor de forças de su­

perfície por unidade de área, no tem­

po t + llt referidas à configuração

de tempo O

- componentes do tensor de tensões de

Cauchy nas configurações de tempo t e t + llt .

- componentes do segundo tensor de ten­

sões de Piola-Kirchhoff, nas configu­

rações de tempo t e t + llt , refe­

ridas à configuração de tempo O .

- componentes do tensor de defoTmações

de Green-Lagrange, nas configurações

de tempo t e t + llt , referidas a

configuração de tempo O

- parte linear de E .. o lJ

- parte nao linear de E .. o lJ

- componentes do tensor constitutivo tan

gente no tempo t , referido à confi­

guração de tempo O

- matriz e Vetor de tensões do zv ten-

sor de Piola-Kirchhoff, na

çao de tempo t ração de tempo O

- coordenadas locais

referido

configura­

à configu-

N. l

E .. o lJ

V

t g

79

- função de interpolação relativa ao po!!_

to nodal i .

- componentes do tensor de deformações

incrementais de Green-Lagrange referi

das ã configuração de tempo O

função energia de deformação incremen

tal.

função energia de deformação comple­

mentar incremental.

- vetor dos incrementas de deslocamen­

tos nodais.

- vetor dos incrementas das tensões no­

dais.

- incremento de pressao hidrostática do

tempo t ao tempo t + 6t .

- pressao hidrostática no tempo t.

- invariantes do tensor C

- vetor dos incrementas de forças nodais

externas.

- vetor de forças nodais externas no tem

po t

F

s ! . o lJ

B ( S ! . ) o lJ

e .. lJ

r

A'

À •• lJ

80

- matriz que relaciona a •parte linear

dos incrementos de deformação com os

incrementos de deslocamentos nodais.

- gradiente da deformação.

- incrementos das tensões de distorção.

função energia complementar de defor­

mação incremental de distorção.

- componentes do tensor de deformação de

Green.

- vetor de forças nodais equivalentes a

configuração anterior.

função energia de deformação incremen

tal de distorção.

- multiplicadores de Lagrange.