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1 Ação mar/jun2006 Novo Plano de Cargos e Salários acrescenta critérios para ascensão profissional, aliando mérito a tempo de trabalho. O PCS gera polêmica e é apelidado de Plano Pinóquio. Programa Brasil sem Fome promove curso de capacitação para adolescentes e beneficia mais de 400 pessoas com construção de cisternas. Novos gestores assumem a Cassi com o compromisso de inovar a gestão e equilibrar as finanças da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Dois deles faziam parte da diretoria da ANABB e agora enfrentarão esse desafio depois de votação significativa. A ANABB também apoiou a chapa vencedora da Previ, que agora tem nova diretoria, com a escolha direta dos associados para alguns cargos. Unidas, essas instituições prometem defender o funcionalismo acima de tudo.

Novos gestores assumem a Cassi com o compromisso … · Em tempos de campanha eleitoral é con- ... Próximo de completar quarenta anos, o FGTS ... pelo diálogo franco e pela negociação

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1Ação mar/jun2006

Novo Plano de Cargos e Salários acrescenta critérios para ascensão profissional,aliando mérito a tempo de trabalho. O PCS gera polêmica e é apelidado de PlanoPinóquio.

Programa Brasil sem Fome promove curso de capacitação para adolescentes e beneficia maisde 400 pessoas com construção de cisternas.

Novos gestores assumem a Cassi com o

compromisso de inovar a gestão e

equilibrar as finanças da Caixa de

Assistência dos Funcionários do Banco do

Brasil. Dois deles faziam parte da

diretoria da ANABB e agora enfrentarão

esse desafio depois de votação

significativa.

A ANABB também apoiou a chapa

vencedora da Previ, que agora

tem nova diretoria, com a escolha

direta dos associados para

alguns cargos.

Unidas, essas instituições

prometem defender o

funcionalismo acima de tudo.

2 Ação mar/jun2006

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Porquestão de espaço e estilo, as cartas podem serresumidas e editadas. Serão publicadas apenascorrespondências assinadas e que sejam selecio-nadas pelo Conselho Editorial da ANABB. As car-tas que se referem a outras entidades, comoCassi e Previ, serão a elas encaminhadas.

PLANO DE BENEFÍCIOSPREVI

Conforme Regulamento do Plano deBenefícios 1, Cap. VI, art.21, §5, o 13ºsalário não é computado no cálculo damédia do Salário Real de Benefício.Neste momento em que se buscam alter-nativas para melhorar o complementode Aposentadoria pago pela Previ su-giro que a contribuição para o 13º sa-lário seja considerada no mês de seupagamento para a média dos últimos36 meses. A razão de toda contribuiçãopressupõe um benefício no futuro. Quan-do não é prevista uma forma de retorno,no meu entendimento isso se constituinuma doação.Wilson FernandesCuritiba - PR

MÍDIA E POLÍTICOSPolíticos e jornalistas, sem generalizar,têm entre si, mesmo aos olhos de leigosno assunto, um relacionamento compli-cado, para não dizer duvidoso. A pos-tura editorial deste ou daquele veículo éfacilmente identificável na leitura depoucas linhas. Alguns estarão sempre afavor do “status quo” do poder público,independente de quem esteja no coman-do. É o que chamamos de imprensa ofi-cial, pois seus artigos se resumem emtranscrever para o papel o que é ditado

pelas assessorias de imprensa. Jamaisbaterão de frente com os políticos emexercício de mandato, pois temem aperda da verba. Outros, simplesmentesão do contra. Contra tudo e contra to-dos. Em qualquer das hipóteses, a cida-dania fica prejudicada, pois a notícia jáchega interpretada ou manipulada peloprincípio adotado. Daí resultará o apoioou o repúdio da opinião pública.Em tempos de campanha eleitoral é con-veniente que o cidadão seja alertadoacerca desse “bacanal”. Está cada vezmais difícil identificar um meio de comu-nicação isento desses vícios e encontrarpolíticos que não sejam fabricados paracada ocasião.José Carlos Arruda de SouzaLages - SC

20 ANOS DE ANABBAcuso o recebimento da correspondên-cia, datada de 19/04/2006, comuni-cando o depósito, efetuado pela CaixaEconômica Federal, do valor comple-mentar - R$ 7.069,52, mais algumacorreção da ação FGTS - Taxa de Juros,sem nenhuma restrição. O saque foiagendado para o dia 10 de maio, dataem que será creditada nova correção.Na oportunidade, quero agradecer àANABB pelo inestimável trabalhoprestado, desde a sua fundação, emprol de nós, seus associados, e tambémem defesa das entidades às quais esta-mos ligados e das quais depende a nos-sa segurança, no presente e no futuro.Que Deus abençôe e ilumine seus diri-gentes, os de agora e também seus su-cessores, para que continuem o gloriosotrabalho em defesa do interesse comumda instituição e dos seus participantes.Eurípedes Goulart da MotaAraxá - MG

ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DFAtendimento ao associado: (61) 3442.9696 Geral: (61) 3442.9600Site: www.anabb.org.br E-mail: [email protected]ção: Mariana Jungmann e Priscila MendesE-mail: [email protected]ção e Editoração: Optare Comunicação Editora e jornalista resp.: SuylanMidlej Revisão: Júlia Luz Periodicidade: mensal Tiragem:101 mil Capa: AméricoVermelho e divulgação Impressão: Gráfica Positiva Fotolito: Colorpress

DIRETORIA-EXECUTIVAVALMIR CAMILOPresidente

WILLIAM JOSÉ ALVES BENTODiretor Administrativo e Financeiro

DENISE LOPES VIANNA (a partir de 31/05/2006)Diretora de Comunicação e Desenvolvimento

DOUGLAS SCORTEGAGNA (até 30/05/2006)Diretor de Comunicação e Desenvolvimento

GRAÇA MACHADODiretora de Relações Funcionais, Aposentadoriae Previdência

EMÍLIO S. RIBAS RODRIGUESDiretor de Relações Externas e Parlamentares

CONSELHO DELIBERATIVOANTONIO GONÇALVES (Presidente)Ana Lúcia LandinAntilhon Saraiva dos SantosAugusto Silveira de CarvalhoCamillo Calazans de MagalhãesCecília Mendes Garcez SiqueiraCláudio José ZuccoDenise Lopes Vianna (até 30/05/2006)Douglas Scortegagna (a partir de 31/05/2006)Élcio da Motta Silveira BuenoInácio da Silva MafraIsa Musa de NoronhaJosé Antônio Diniz de OliveiraJosé Bernardo de Medeiros NetoJosé BranissoJosé Sampaio de Lacerda JúniorLuiz Antonio CareliMércia Maria Nascimento PimentelNilton Brunelli de AzevedoRomildo Gouveia PintoTereza Cristina Godoy Moreira SantosVitor Paulo Camargo Gonçalves

CONSELHO FISCALHumberto Eudes Vieira Diniz (Presidente)Armando César Ferreira dos SantosSaul Mário MatteiAntônia Lopes dos SantosDorilene Moreira da CostaElaine Michel

DIRETORES ESTADUAISPaulo Crivano de Moraes (AC)Ivan Pita de Araújo (AL)Marlene Carvalho (AM)Franz Milhomem de Siqueira (AP)Olivan de Souza Faustino (BA)Francisco Henrique Ellery (CE)Elias Kury (DF)Pedro Vilaça Neto(ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Joel Duarte de Oliveira (MA)Francisco Alves e Silva - Xixico (MG)Edson Trombine Leite (MS)José Humberto Paes Carvalho (MT)José Marcos de Lima Araújo (PA)Maria Aurinete Alves de Oliveira (PB)Carolina Maria de Godoy Matos (PE)Benedito Dias Simeão da Silva (PI)Moacir Finardi(PR)Antonio Paulo Ruzzi Pedroso (RJ)Heriberto Gadê de Vasconcelos (RN)Valdenice de Souza Nunes Fernandes (RO)Robert Dagon da Silva (RR)Edmundo Velho Brandão (RS)Carlos Francisco Pamplona (SC)Emanuel Messias B. Moura Júnior (SE)Walcinyr Bragatto (SP)Saulo Antônio de Matos (TO)

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Valmir CamiloPresidente da ANABB

FGTS - Uma vergonha nacional

Não é de hoje que aANABB vem lutando na defesados interesses do funcionalis-mo do Banco do Brasil, de for-ma eficaz e efetiva, quando oassunto é FGTS. O Fundo deGarantia por Tempo de Serviçofoi criado em 1967, como for-ma de flexibilizar as relaçõesentre patrões e empregados eoferecer a chance ao governode administrar um fundo capaz

de financiar programas como o da habitação. Aestabilidade funcional relativa, que criava entravese tornava onerosas as demissões, poderia seramenizada com a contribuição mensal do empre-gador e o fim das disputas judiciais pela chamadaindenização por tempo de serviço.

Próximo de completar quarenta anos, o FGTSse revelou eficiente para o empregador, que demi-te os trabalhadores e autoriza o saque dos recur-sos previamente depositados mediante o simplespagamento de multa por rompimento de contratode trabalho. Oportuno para o governo, que, aolongo desses anos, usou e abusou dos recursosdepositados em nome do trabalhador – diga-se depassagem – manipulando índices de correçãosempre em prejuízo do titular da conta e destinan-do bilhões de reais para finalidades de interesseduvidoso. Para o trabalhador, no entanto, sobroua pior parte do bolo e a constante disputa judicial.

Primeiro foi a redução de taxa de juros de 6(seis) para 3% (três por cento) ao ano. Depois, osíndices manipulados de cinco planos econômicosque foram reduzidos a dois, num acordo políticovergonhoso com o Supremo Tribunal Federal. Emseguida, uma Medida Provisória que propõe acor-do para recebimento dos índices confiscados, emparcelas, com os valores depositados com taxa dejuros de 0% (zero por cento), que impõe perdas dequase 40% (quarenta por cento) sobre os valores

já reduzidos na decisão do STF. Por fim, caso o tra-balhador não aceite o esbulho e resolva recorrer àJustiça, a mesma Medida Provisória oferece possi-bilidade de pura manipulação jurídica da CaixaFederal e de alguns juízes federais para não ga-rantir o pagamento dos honorários de sucumbên-cia por parte da CEF. Neste caso, contando com osilêncio comprometedor do Supremo, que, simples-mente, não julga a Ação Direta de Inconstituciona-lidade proposta pela OAB, com apoio da ANABB.

Agora, estamos diante de mais um desafio.Os colegas que aderiram ao PDV em 1995 rece-beram do Banco a multa de 40% (quarenta porcento) sobre a totalidade dos depósitos e corre-ções efetuados em sua conta pessoal do FGTS, in-dependente dos saques permitidos pela lei. É claroque a CEF informou ao Banco o saldo da contasem os índices reconhecidos pela Justiça, quase70% (setenta por cento). Assim, o colega deixoude receber os quarenta por cento sobre estes valo-res e alguém tem que pagar.

Mais uma vez a Justiça, com a colaboraçãoda CEF e do governo, se faz de desentendida e tu-multua os processos criando dificuldades para fa-zer o que deveria ser uma obrigação: promover ajustiça. O STJ já reconheceu há muito tempo queo FGTS é matéria previdenciária – a primeira gran-de vitória da ANABB nesta luta – portanto, deprescrição trintenária. Mas alguns juízes resolvemtumultuar a lide e acolher a tese sacana da CEFde que a matéria é trabalhista. Assim, para regalodo governo, justiça e empregadores, o direto dotrabalhador já nasceu prescrito. Uma vergonhaque mereceria mais atenção e zelo de um governode trabalhadores.

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A posse dos novos gestores da Cassi, recém-elei-tos pelos associados, coincide com os 10 anos doatual estatuto da entidade, que já apresenta evidênci-as de prazo de validade vencido. Há uma década,esse documento anunciava mudanças significativas, aexemplo de correções do custeio, aperfeiçoamento domodelo de gestão e entrada de novas receitas com oplano Cassi Família, para oxigenar as finanças daCaixa de Assistência dos Funcionários do Banco doBrasil. Hoje, o estatuto já não consegue manter umritmo necessário para assegurar o equilíbrio econômi-co-financeiro de um dos maiores patrimônios dos fun-cionários do BB: a saúde.

O documento necessita de mudanças substanci-ais, especialmente para resgatar a responsabilidadedeixada de lado pelo patrocinador Banco do Brasil,que, nos últimos anos, não vem cumprindo suas obri-gações estatutárias. Mas se esse cenário é desfavorá-vel por um lado, pois marca o expressivo déficitoperacional na Cassi, por outro representa um dosmaiores desafios para os gestores que acabam de serempossados. Os colegas da chapa “Cassi merecerespeito” têm pela frente um trabalho de extrema rele-vância, respaldado pela administração responsável,pelo diálogo franco e pela negociação permanente.

Os representantes eleitos no Conselho Delibe-

rativo, na Diretoria Executiva e no Conselho Fiscalcontaram com o apoio de muitos que acreditaram noseu diferencial de qualidade e credibilidade para mu-dar o que precisa ser mudado e aperfeiçoar o queexiste de bom na Cassi. Mas, afinal de contas, porque a chapa “Cassi merece respeito” conseguiu asimpatia, o respeito e a adesão da maioria dos votan-tes (44,9% dos funcionários da ativa e 69,5% dosaposentados)?

MANDATO DE QUALIDADEO associado Severino Caetano de Souza, o co-

nhecido Seveh, aposentado do Banco e residindo emRecife (PE), ressalta a importância da vitória da chapa,especialmente pela presença de DouglasScortegagna, que, segundo ele, é a pessoa ideal paraocupar a pasta da Diretoria de Saúde pela sua experi-ência no Banco e também na ANABB. “Com a qualifi-cação que tem, Douglas preenche os requisitos paracumprir um mandato de qualidade”. E prossegue:“Claro que os novos eleitos não vão resolver os pro-blemas da Cassi da noite para o dia, mas a votaçãoexpressiva que tiveram faz com que entrem respalda-dos para reivindicar do BB aquilo que é de interessedos associados”.

Nelson Buganza, funcionário da Diretoria Jurídi-

Novos ares na Cassi

Os integrantes da chapa “Cassi merece respeito” foram empossados em Brasília, no dia 31 de

maio. Os novos gestores prometem muito trabalho, negociação e diálogo franco para buscar um

rumo melhor para a Caixa de Assistência, que carece de “saúde” para cumprir sua missão

Novos ares na Cassi

Fotos : LaborPhoto

5Ação mar/jun2006

ca do Banco, considera os novos eleitos da Cassimuito mais experientes em termos de gestão. “Sãopessoas que possuem profundo conhecimento do BBe das relações com a Cassi”. Ele também admite quejá estava na hora de mudar, pois é preciso alavancara entidade e retirá-la do dramático momento de crisefinanceira que atravessa.

A associada Rogéria Machado Zamagno, funci-onária da Diretoria de Crédito do Banco, diz que“com essa eleição, teremos dois diretores com a mes-ma linha de trabalho. Assim, haverá condições de sebuscar um bom resultado para a Cassi. Espero que opessoal que está entrando consiga resolver o proble-ma financeiro, pois esta é a oportunidade de se faze-rem as mudanças necessárias”.

CERIMÔNIA SEM PRECEDENTESO auditório do Edifício Sede III do Banco do Bra-

sil, em Brasília, foi pequeno para acolher o número re-corde de convidados que compareceram à posse dosnovos gestores da Cassi. Graça Machado, atual dire-tora de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previ-dência da ANABB, e eleita para presidir o ConselhoDeliberativo da Cassi, afirmou, durante discurso, queé da paz, mas que, apesar de a ternura ter vida lon-ga, a defesa tem dias contados. “A Cassi valorizada efortalecida é meu sonho e nele se hospeda a convic-ção de que poderemos alcançar mudanças, diálogose definições justas, que possam mais tarde garantirum porto seguro para quem dela participa. São vidasque dependem de nosso trabalho, são flores que pre-cisamos plantar e regar, sem ter medo dos espinhos”,afirmou a dirigente.

Graça também fez questão de incluir em seupronunciamento que será aliada dasações que o Banco do Brasil definircomo possíveis e como semeadorasde um novo diálogo, mas que tam-bém não se resignará ou deixará delado o que corrói e não constrói umbom futuro.

Ana Lúcia Landin, presidente doConselho Fiscal recém-eleito, ratifica oimportante papel dessa instância naCassi, que representa os interesses docorpo de associados. “Juntamente como Conselho Deliberativo e a DiretoriaExecutiva somos o tripé estratégico da

governança corporativa que, mais uma vez, se propõea responder aos anseios daqueles que colocaram emnossas mãos as suas mais legítimas aspirações. So-maremos os nossos esforços aos esforços dos demais,verificando contas e números para, assim, multiplicar-mos a oferta de mais e melhores serviços para estabe-lecer uma boa relação entre custos e benefícios. Comisso, pretendemos traduzir em termos concretos agrande missão da Cassi, que é assegurar atenção in-tegral à saúde para uma vida melhor”.

UM CENÁRIO, UM RETRATO, UM FUTUROUm retrato da Cassi, feito hoje, deve registrar a

expectativa de mais de 700 mil usuários que queremacessos para cuidar da saúde, desde a prevenção atéa cura de suas doenças. E para que isso aconteça,será preciso a dedicação integral de todos osgestores, para que, entre outros aspectos, sejampriorizados a preservação do equilíbrio financeiro doplano dos associados, os investimentos na estratégia

GRAÇA MACHADO:

tenho a convicção de que

poderemos alcançar

mudanças, diálogos e

definições justas, que

possam mais tarde

garantir um porto seguro

para quem participa da

Cassi.

O auditório do Edifício Sede III do BB: pequeno para acolher o número de convidados

que compareceram à posse dos novos gestores da Cassi.

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da medicina da família, a renovação da rede decredenciados, incluindo a implantação do planoodontológico, e a eqüidade de deveres e direitos paraos funcionários empossados no Banco após 1998.

Esses e outros assuntos correlatos estarão sem-pre na pauta do jornal Ação, já que a ANABB sempreexpressou sua crença nos novos gestores da Cassi eseu apoio a eles. A escolha foi baseada na trajetóriados funcionários, que vêm desenvolvendo trabalhoscom avaliação positiva em outras entidades ligadasao funcionalismo do BB. Além disso, todos os novosgestores eleitos possuem vínculo com a ANABB e comprojetos defendidos pela Associação.

De acordo com o presidente da ANABB, ValmirCamilo, agora a Cassi tem a possibilidade de ter umagestão mais unida, o que vai colaborar para a cons-trução de uma aliança permanente, que discuta pro-postas com o Banco e avance para soluções dura-douras. “Um mesmo corpo político poderá fazer umapressão mais firme e ter poder de veto quando neces-sário. Dessa forma, o debate terá um nível mais eleva-do e o Banco terá que gastar um pouco mais de tem-po nas negociações”.

Valmir também considera que a situação está in-sustentável e é preciso uma solução rápida e objetiva.Para ele, “a Cassi está em um processo de esgota-

mento de seus recursos e isso pode levá-la a não ga-rantir mais a qualidade da assistência. Se continuarassim, a única alternativa será reduzir significativa-mente suas despesas e, em saúde, cortar despesas édiminuir benefícios. O funcionalismo do Banco temque acordar para isso”. Mas ele acredita que tudodeve melhorar com a chegada dos novos gestores.“Espero que, com a nova gestão, a relação com oBanco seja desenvolvida com objetividade, com aimplementação de mudanças necessárias para que asituação atual seja revertida”.

Na opinião do ex-diretor de Comunicação daANABB, hoje diretor-executivo da Cassi, DouglasScortegagna, “ser diretor de Saúde do segundo maiorplano de autogestão em saúde no Brasil é uma res-ponsabilidade delegada a mim e a chapa Cassi Mere-ce Respeito por uma extraordinária votação, que fazcom que os grandes objetivos sejam recuperar a Cai-xa de Assistência e manter na cabeça de cada associ-ado a esperança de que, organizados, despojados depaixões político-partidárias e preocupados em aten-der a todas as correntes de pensamento, seremosfortes para vencer a luta que, a cada dia, parecetornar-se mais difícil”.

Douglas considera que a melhor receita para aexcelência da gestão na Cassi deve conter ingredien-tes como garra, dedicação e foco nos interesses cole-tivos, não somente por parte dos gestores eleitos mastambém pelos indicados do Banco.

Para José Antônio Diniz de Oliveira, atual dire-tor de Produtos e Atendimento a Clientes da Cassi,a chegada dos novos representantes dos associa-dos indica um momento de grande sintonia entreas duas diretorias que coordenam a atividade-fimda entidade. “A pasta que conduzo tem o seu papelespecífico, mas uma conexão maior entre as áreasresultará em maior fluência dos projetos, a exemplodo referenciamento da rede de prestadores de ser-viços na velocidade de que a gente gostaria e deque a Cassi precisa”, conclui.

O ano de 2006 deverá ser de muitas batalhas.A expectativa é que a determinação, o apoio e a co-ragem de todos os gestores eleitos e dos milhares deassociados que lhes deram o seu voto façam umaCassi melhor. E que o Banco do Brasil, segundo pa-trocinador da entidade, perceba a situação atual daCaixa de Assistência e reconheça que sua presençapoderá gerar bons resultados para todos.

“Uma gestão unida vai colaborar para

a construção de uma aliança permanen-

te que discuta propostas com o Banco e

avance para soluções duradouras”,

Valmir Camilo, presidente da ANABB

DOUGLAS

SCORTEGAGNA: A exce-

lência da gestão na Cassi

deve ter garra, dedicação e

foco nos interesses coletivos,

não somente por parte dos

gestores eleitos mas também

pelos indicados do Banco do

Brasil.

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A chapa apoiada pela ANABB e pelos sindica-tos venceu as eleições da Previ com 44,72% dos vo-tos válidos. Ao todo, 94.435 associados da Caixa dePrevidência votaram na eleição que aconteceu entreos dias 15 e 29 de maio. Foram 24.707 aposentadose 69.728 funcionários da ativa que votaram peloSisBB. Votos brancos e nulos somaram 15.704. Osegundo lugar, que foi a chapa 4, “Previ acima detudo”, obteve 22,56% dos votos válidos. “Essa dife-rença significativa demonstra a força e acredibilidade que as instituições de defesa do funcio-nalismo têm quando se unem”, comenta o presidente

Eleições da Previ:Com mais de 20% de diferença, a chapa vencedora promete, dentre outras coisas, lutar pelaaposentadoria antecipada para as mulheres.

da ANABB e conselheiro deliberativo da Previ, eleitoem 2004, Valmir Camilo.

Entre as propostas da chapa vencedora estãoalgumas voltadas para as mulheres, como a aposen-tadoria antecipada aos 45 anos. Segundo a nova di-retora de Planejamento, Cecília Garcez, “as mulhe-res já são mais da metade dos funcionários da ativa,por isso é importante termos propostas voltadaspara elas”. Para Cecília, é fundamental que, nos pró-ximos quatro anos, o trabalho iniciado em 2004 sejaconcluído e que o resultado financeiro da Previ dêfrutos que sejam revertidos também aos associados.

A VOLTA DA DEMOCRACIA NAS ELEI-ÇÕES DA PREVI

Ao assumir a Diretoria Administrativa, FranciscoAlexandre lembrou que “este é um momento muitoimportante para a Previ”. Com a mudançaestatutária feita em março de 2006, os participantese assistidos do fundo de pensão voltaram a escolher,por meio do voto direto, parte da Diretoria Executivada instituição (Diretorias de Planejamento, Adminis-tração e Seguridade). Foi criada também a eleiçãopara conselheiros consultivos do Plano 1 e Previ Fu-turo. Os associados elegem parte dos integrantes

vence chapa apoiada pela ANABB

Cecília Garcez: é fundamental que o trabalho iniciado em 2004

seja concluído e que o resultado financeiro da Previ seja

revertido também aos associados.

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Eleições da Previ:

8 Ação mar/jun2006

Eleitos:

DIRETORIA-EXECUTIVACecília Garcez - diretora de PlanejamentoRicardo Sasseron - diretor de SeguridadeFrancisco Alexandre - diretor Administrativo

CONSELHO DELIBERATIVOOdali Dias CardosoLuiz Carlos Teixeira

CONSELHO FISCALTitularCarlos Alberto Guimarães de SousaSuplenteFernanda Carisio

CONSELHO CONSULTIVO - PLANO 1TitularesJoão Antônio Maia FilhoRomildo Gouveia PintoJosé Paulo StaubSuplentesOswaldo de Assis Gomes JúniorEmílio S. Ribas RodriguesMércia Pimentel

CONSELHO CONSULTIVO - PREVI FUTUROTitularesHumberto Fernandes de OliveiraIsabel Cristina dos Santos SouzaRodrigo Lopes Britto

REPRESENTANTES QUE TOMARAM POSSE EM 10 DE JUNHO

SuplentesPablo Sanches BragaLuciano F. OliveiraWagner de Sousa Nascimento

Indicados pelo Banco do Brasil:

DIRETORIA-EXECUTIVA(reconduzidos)Sérgio Rosa - presidenteJosé Reinaldo Magalhães - diretor de InvestimentosRenato Chaves - diretor de Participações

CONSELHO DELIBERATIVOAldo Luiz MendesJuraci MasieiroNélio Henriques Lima

CONSELHO FISCALEgídio Otmar AmesAntônio Rubem de Almeida Barros Júnior

CONSELHO CONSULTIVO - PLANO 1Renato NodariAntônio Carlos Soares CardosoJoilson Rodrigues Ferreira

CONSELHO CONSULTIVO - PREVI FUTUROKarine Etchepare WernzCésar Augusto Jacinto TeixeiraBianca da Silva Garcia

dos Conselhos Deliberativo e Fiscal desde 2004. Atu-almente o Banco indica o presidente da Previ, os di-retores de Investimento e Participações e mais 11conselheiros.

Francisco Alexandre cobrou também o fim dovoto de Minerva (voto de qualidade), que é dado pe-lo presidente do Conselho Deliberativo e do Conse-lho Fiscal.

A cerimônia de posse dos novos representantesda Previ foi realizada no dia 1° de junho, no auditó-rio do Hotel Glória, no Rio de Janeiro.

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O Banco do Brasil apresentou, no fim de ja-neiro, um estudo do que será o novo Plano deCargos e Salários, renomeado como Plano de Car-reira e Remuneração. A proposta não despreza omodelo antigo, mas acrescenta novos critériospara a ascensão profissional, entre eles a imple-mentação de um sistema de mérito para juntar aosinterstícios por antigüidade, ou seja, ao tempo tra-balhado.

De acordo com o modelo, os funcionários se-rão enquadrados em 25 categorias diferentes e di-vididos em 4 grupos (ver quadro). O empregadoganhará uma pontuação por dia de trabalho. Acada 1095 pontos sobe-se uma categoria – de M1para M2, por exemplo. Quem se enquadra noGrupo 1, com salários até R$ 3.710,00, ganha 1ponto por dia trabalhado, mudando de mérito acada 3 anos. No Grupo 2, cada dia vale 1,5 pon-to. Nesse caso, a mudança ocorre a cada 2 anose ficam enquadrados fun-cionários que ganham en-tre R$ 3.710,00 e R$5.830,00. No Grupo 3muda-se de mérito a cada1,5 ano, já que cada diade trabalho vale 2 pontos.No terceiro Grupo ficamincluídos os que recebementre R$ 5.830,00 e R$11.660,00. E por fim, noGrupo 4, onde estão osfuncionários que ganhammais de R$ 11.660,00, amudança ocorre anual-mente, com pontuação 3

para cada dia trabalhado. De M1 a M20, o em-pregado recebe um incremento de R$ 47,20 acada referência. De M21 a M24, o incrementopassa a ser de R$ 95,25 para cada ascensão.Quem atingir M25 recebe R$ 97,12 a mais.

PLANO PINÓQUIOO novo plano gerou polêmica entre as enti-

dades de defesa do funcionalismo e o Banco. “Es-tão fazendo de conta que estão fazendo algumacoisa. Que plano é esse que não implica em custopara a empresa? O benefício para o funcionário éinexpressivo”, alega Gilberto Vieira, da Confedera-ção Nacional dos Trabalhadores de Empresas deCrédito (Contec). Ainda segundo Vieira, o Grupode Trabalho da confederação apresentou um estu-do para aperfeiçoar o novo plano. Entre as pro-postas contidas no documento está a maior valori-zação do desempenho que o funcionário tem no

Mérito e paciênciaBB apresenta proposta de novo PCS e gera polêmica ao gratificar

funcionários por mérito e impor um tempo muito maior para ascensão

profissionalpor Mariana Jungmann

10 Ação mar/jun2006

11Ação mar/jun2006

Banco de Talentos e Oportunidades, o TAO. Issoevitaria que o bancário fosse melhor comissionadoapenas por indicação de superiores e levaria emconta o mérito profissional de cada um. E mais, oTAO deveria valorizar mais os conhecimentos prá-ticos do funcionário no Banco do que sua forma-ção acadêmica, numa proporção de 75% para aexperiência e 25% para estudos. “Nós apresenta-mos um trabalho que o Banco solenemente igno-rou”, reclama Gilberto Vieira, que ainda alega queo plano visa apenas fazer política eleitoral. “Nósdenominamos de Plano Pinóquio”.

Para Marcel Juviniano Barros, da Confedera-ção Nacional dos Trabalhadores do Ramo Finan-ceiro (Contraf), “o que o Banco propôs ainda nãoatende as nossas necessidades”. Segundo Barros,o modelo por méritos tem uma série de falhas. Aprincipal delas é não considerar o passado do em-pregado. Todo mundo começaria no M0, indepen-dente de quanto tempo tivesse de BB. “O Bancodiz que está calculando o custo das alteraçõesque nós propusemos para depois voltar à mesa denegociações”, explica.

Mas o gerente de gestão de pessoas do Bancodo Brasil, Juraci Masieiro, faz questão de lembrarque não existe ainda um novo Plano e sim um estu-do para promover alterações no PCS. Ele nega queas sugestões da Contec e do Sindicato tenham sidoignoradas. “Nós apresentamos o estudo para ossindicatos fazerem alguma contribuição e o leva-mos novamente para o Conselho Diretor do Banco.

Alexandre(*) é auxiliar técnico do Banco doBrasil em Porto Alegre, RS. No BB há 3 anos, Ale-xandre tem salário bruto de R$ 2.034,30. De acor-do com o novo plano, o funcionário se enquadra-ria no Grupo 1. Sendo assim, a cada 3 anos Ale-xandre subiria de mérito, o que acarretaria um in-cremento de R$ 47,20 a cada referência, e ganha-ria 3% a mais por antigüidade. Mas, para passardo Grupo 1 para o Grupo 2, Alexandre precisariaganhar mais que R$ 3.710,00. Para isso, o funcio-nário levaria nada menos que 39 anos, quandoestaria ganhando R$ 3.731,31.

O QUE MUDA NA VIDA DOS FUNCIONÁRIOS

Já para Rogério(*), funcionário do BB há 20anos, mudar de Grupo pode parecer mais fácil,mas também muito demorado. Rogério ocupa ocargo de analista máster e tem salário bruto deR$ 10.288,00, o que lhe dá direito a subir de mé-rito a cada 2 anos. Somando os interstícios porantigüidade e o aumento salarial por mérito, Ro-gério conseguirá mudar para o Grupo 4 em 12anos. Para ambos os casos foi considerado queos funcionários comecem do M0, ganhando R$47,63 a cada referência que sobem.

Mas obviamenteexistem limitações para

incorporar todas as propostas. Nós estamos anali-sando a viabilidade de aceitá-las”, explica.

Masieiro alega que a proposta de contemplarmelhor e mais rápido os funcionários que já ga-nham mais é justa. “As pessoas ganham mais por-que exercem cargos de maior responsabilidade eagregam mais à empresa. Quem está começandoa carreira tem todo um caminho a trilhar dentrodo Banco”, justifica. Mas reconhece que existeuma polêmica quanto ao fato de todos começa-rem do zero na qualificação por mérito. “Levar emconsideração a carreira passada é uma decisãoque o Banco ainda não tomou. Se for começar dozero, o plano vai ter mais importância para quemé novo. Se for começar todo mundo com base nasua carreira, vai valorizar as carreiras já desenvol-vidas”. O Plano também precisa ser submetido aoMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestãoe ao Ministério da Fazenda. E ainda ser homologa-do pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

(*) Os nomes citados na reportagem são fictícios.

11Ação mar/jun2006

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12 Ação mar/jun2006

Depois da aprovação do novo Regulamentodo Plano de Benefícios 1 da Previ, em maio desteano, mais de 21.600 aposentados e pensionistasreceberam, no dia 20 de maio, benefícios calcula-dos com a nova Parcela Previ (PP). O valor da PPpassou de R$ 2.200,02 para R$ 1.468,21, uma re-dução de, aproximadamente, 33%. Com essa medi-da, esses aposentados e pensionistas foram benefi-ciados com o pagamento da diferença retroativo a1º de dezembro de 2005.

O Plano 1 inclui todas as aposentadorias epensões decorrentes de aposentadorias concedidasa partir de 24/12/97. Os associados desse planoque estão na ativa também serão beneficiados coma nova PP no momento em que se aposentarem oufizerem o resgate.

A redução da PP elevou o valor do BenefícioMínimo de R$ 440 para R$ 587,28, valor concedi-do a cerca de 3.800 participantes. Outra conquistados participantes deste Plano é a redução de 40%no valor da contribuição, já aprovada pela Previ.Essa redução será implantada assim que for homo-logada pela Secretaria da Previdência Complemen-tar (órgão fiscalizador dos fundos de pensão).

A redução da Parcela Previ foi beneficiada poruma decisão complementar do Conselho Delibera-tivo, que atrelou o seu reajuste ao reajuste dos sa-lários da ativa, evitando, assim, distorções futuras.

O conselheiro eleito, Valmir Camilo, presidente daANABB, afirma: “É preciso avançar nas mudanças.Reduzir a PP é um passo, fixar mecanismos estáveisde reajuste é outro, e reduzir a contribuição, tam-bém. No entanto, a grade que define os benefíciosdeve continuar sendo modificada para corrigir asinjustiças contidas nas mudanças que ocorreramem 1997. Os novos aposentados, pós 1998, estãoperdendo muito em relação aos pré 1998, e issonão é bom para um plano que deve ser justo, poistodo mundo contribui igual.”

Para o presidente da ANABB, o debatesobre a Parcela Previ foi importante, mas, ao final,mostrou que muita gente está longe de saber ques-tões básicas sobre um fundo de pensão, como, porexemplo: a redução da PP aumentou a contribuiçãode quem ainda não se aposentou, e muitos não sa-biam. O Jornal Ação deixou isso claro em todas asmatérias que trataram do assunto, mas o funciona-lismo só percebeu no último dia 20 de maio, porocasião do recebimento do salário.

CD DA PREVI APROVA MUDANÇAS NA PPA mudança do valor da Parcela Previ se deu

com a aprovação do novo Regulamento do Planode Benefícios 1. O Regulamento sacramenta que aPP passa a ser reajustada nas mesmas épocas dereajuste dos salários dos participantes ativos, de

Nova Parcela PreviMais de 20 mil aposentados e pensionistas foram beneficiados com a

redução de 33% da Parcela Previ

por Priscila Mendes

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Nova Parcela Previ

13Ação mar/jun2006

Na coluna (C) constam os novos valores de contribuição dos participantes por faixa de salário departicipação e, na última coluna (F), constam os valores credores por faixa salarial que serão utilizadospara fins de acerto a partir da implementação dos novos valores de contribuição.

Os índices de contribuição à PREVI são escalonados de acordo com as faixas salariais. Na faixa atémeia PP, há incidência de 3%; na faixa entre meia e uma PP, o índice é de 5%; na faixa acima do valor daPP, incide 13% de contribuição. Com a nova PP, estes índices não foram alterados.

(*) Informações do site da Previ

VEJA COMO FICARÁ O CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO (*)

1 Veja o seu salário de participação na verba 800 do seu espelho.2 Na faixa do salário de participação até R$ 734,10 (1/2 PP) aplique 3%.3 Na faixa do salário de participação de R$ 734,11 até R$ 1.468,21 (1/2 PP até 1 PP) aplique 5%.4 Na faixa do salário de participação acima de R$ 1.468,21 (mais de 1 PP) aplique 13%.5 Some as parcelas calculadas nas três faixas e acrescente 25% (verba 805) e você terá sua contribuição total à Previ.

acordo com a variação salarial observada entreduas datas-base, desconsiderados no cálculo osaumentos salariais não lineares ao conjunto dosfuncionários do BB.

O Banco do Brasil e os Sindicatos dos Bancá-rios de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília assina-ram o acordo para a utilização do Fundo Paridadeno último dia 2 de maio.

Diferença a recebercom implantação daredução de 40%

(F)SaláriodeParticipaçãoVerba 800

ContribuiçãoValor da PPa R$ 2.200,06

(A)ContribuiçãoValor da PPa R$ 1.468,21em maio/06

(B)(C)Novacontribuiçãocom redução de40% a partir deabril/06

(D)

(A - C)

Redução a partirde abril/06 coma nova PP +redução de 40%das contribuições

(E)

(B - C)

Diferença areceber dacontribuição amaior cobradaem maio/06

R$ 2.000,00 R$ 97,49 R$ 159,83 R$ 95,90 R$ 1,59 R$ 63,93 R$ 65,52

R$ 2.500,00 R$ 158,73 R$ 241,06 R$ 144,64 R$ 14,09 R$ 96,42 R$ 110,51

R$ 3.000,00 R$ 239,98 R$ 322,31 R$ 193,39 R$ 46,59 R$ 128,92 R$ 175,51

R$ 3.500,00 R$ 321,23 R$ 403,56 R$ 242,14 R$ 79,09 R$ 161,42 R$ 240,51

R$ 4.000,00 R$ 402,48 R$ 484,81 R$ 290,89 R$ 111,59 R$ 193,92 R$ 305,51

R$ 5.000,00 R$ 564,98 R$ 647,31 R$ 388,39 R$ 176,59 R$ 258,92 R$ 435,51

R$ 6.000,00 R$ 727,48 R$ 809,81 R$ 485,89 R$ 241,59 R$ 323,92 R$ 565,51

(D + E)

CONTRIBUIÇÕES (soma das verbas 800 e 805)

PP EXTINTA PP ATUAL

14 Ação mar/jun2006

A profissionalização de jovens carentes e emsituação de vulnerabilidade da cidade de Sapu-caia do Sul (RS) é a base do trabalho do Comitêda Cidadania Contra a Fome e a Miséria de Sapu-caia do Sul.

Com recursos do Programa da ANABB, BrasilSem Fome, o comitê, coordenado pela aposentadado BB Nara Clebia Morais Recktenwald, e queconta com o apoio importante de outros funcioná-rios do Banco, entre eles o aposentado ValérioJosé Gobatto, colocou em prática o “Projeto Pada-ria”, dando mais um passo para fortalecer a res-ponsabilidade social da entidade. O projeto ofere-ce curso de padeiro e confeiteiro para adolescen-tes de 14 a 17 anos.

“Foi a realização de um sonho”, conta a co-ordenadora do comitê, Nara Clebia, ao inauguraro curso no dia 20 de abril. O dinheiro do Brasilsem Fome garantiu a compra dos equipamentos ea reforma do espaço onde são realizadas as au-las, gerando oportunidade de profissionalizaçãopara os adolescentes envolvidos.

O diretor da ANABB e coordenador do Progra-ma Brasil sem Fome, Douglas Scortegagna, partici-pou da inauguração e pôde apreciar o trabalho

Projeto Padaria

desempenhado pelo comitê na prática do “ProjetoPadaria”. “É um exemplo de solidariedade e dedica-ção dos colegas do Banco, que realizam um traba-lho de grande representatividade social, como é aprofissionalização desses adolescentes”, ressaltou.

A primeira turma do curso de padeiro e con-feiteiro vai formar 30 adolescentes da comunida-de. O curso tem duração de 360 horas e, após otérmino, os alunos receberão certificação do Servi-ço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).Segundo Nara Clebia, o certificado abrirá portaspara os adolescentes no mercado de trabalho. OSenai e a Escola Estadual Vila Prado são parceirosdo Comitê de Sapucaia do Sul.

O Comitê Cidadania Contra a Fome e a Mi-séria de Sapucaia do Sul foi criado há 12 anos.Segundo a coordenadora, o “Projeto Padaria” foiidealizado desde a criação do Comitê. Além docurso de padeiro e confeiteiro, são oferecidos cur-sos de Elétrica Predial e Industrial e Serralheria. Osalunos recebem também noções básicas deInformática.

por Priscila Mendes

Comitê da Cidadania Contra a Fome e a Misé-ria de Sapucaia do Sul inaugura curso de pa-deiro e confeiteiro para adolescentes de 14 a17 anos. Essa ação faz parte do “Projeto Pa-daria”, apoiado pelo Programa da ANABB,

Brasil Sem Fome, e tem levado qualidade devida às comunidades envolvidas.

Projeto Padaria

15Ação mar/jun2006

A captação e o reaproveitamento da água dachuva tem ajudado moradores da área rural domunicípio de Chapada Gaúcha, norte de MinasGerais, a superarem períodos de estiagem. Issograças à iniciativa de funcionários da Contadoriado Banco do Brasil, em Brasília, que possibilitou oreaproveitamento das águas pluviais por meio daconstrução de cisternas de placas.

O Comitê de Voluntariado da Contadoria Ci-dadã recebeu recursos do Programa da ANABB,Brasil Sem Fome, para impulsionar o projeto “Águaé Vida”, que possibilita a captação da água dachuva por meio da construção de cisternas de pla-cas pré-moldadas, transformando-a em água lim-pa para beber e cozinhar. “O projeto não só ofe-rece benefícios à família como também favorece ageração de emprego”, afirma o coordenador doComitê, Saulo Rodrigues dos Santos. Cada cister-na é construída por quatro pedreiros.

Iniciado em 2001, o projeto já viabilizou aconstrução de 48 cisternas de 16 mil litros, benefi-ciando 48 famílias (uma cisterna por residência),num total de 387 pessoas. A perspectiva, segundoSaulo Rodrigues, era de construir 87 reservatórios,num período de 9 anos. Mas, com o apoio do Bra-sil Sem Fome, a meta deverá ser atingida no fimdeste ano. “Com a parceria da ANABB nós conse-guimos impulsionar essa ação”, comemora.

De acordo com o coordenador, mais 30 cis-ternas estão sendo construídas com a colabora-ção do Programa da ANABB. Uma escola da re-gião também foi beneficiada com a construção deum reservatório com capacidade de 50 mil litros.

A água da chuva é captada entre dezembro emarço, pois nos outros meses do ano quase não

Água da chuva: uma alternativasustentável

INICIATIVAS PREMIADAS

Para o coordenador do Programa Brasil SemFome e diretor da ANABB, Douglas Scortegagna,são iniciativas como essas que poderão mudar arealidade de famílias que sofrem com a falta deágua e resolver problemas futuros de escassez daágua. “O reaproveitamento das chuvas, além debeneficiar essas pessoas, mostra como os recursosnaturais podem ser aproveitados de maneira sus-tentável”, afirma.

Um exemplo de reconhecimento do trabalhodesenvolvido pelo Comitê foi a premiação no IVPrêmio Cidadania, realizado em setembro 2005pela ANABB. O projeto de construção de cisternasde placas pré-moldadas concorreu com mais de120 inscritos e ficou em 6° lugar. Segundo o coor-denador do Comitê, Saulo Rodrigues, o Prêmio Ci-dadania ajudou a divulgar o projeto e estimulou acolaboração de mais pessoas para com o Comitê.

chove na região. A cisterna permite o armazena-mento da água, além de ser de fácil tratamento.Com isso, isenta as famílias beneficiadas de con-sumirem água poluída.

Água da chuva: uma alternativasustentável

16 Ação mar/jun2006

Os funcionários do Banco do Brasil que serão candidatos a deputado federal e

estadual, senador, governador e presidente da república nas eleições de outubro

terão espaço para divulgar suas propostas em edição especial do jornal Ação.

Os interessados devem enviar à ANABB, até o dia 28 de julho, as seguintes infor-

mações: nome e número registrados no TRE; partido; cargo ao qual está concor-

rendo; reduto eleitoral; endereço residencial, com UF; telefones fixo e celular; nú-

mero de fax; contato do comitê eleitoral, e-mail; currículo contendo no máximo

cinco linhas sobre a atuação política e foto com resolução de 300 dpi, no formato

JPG ou TIFF.

Os candidatos podem obter mais informações no site www.anabb.org.br, pelo tele-

fone (61) 3442-9662 ou pelo e-mail [email protected].

CASSI QUESTIONA ABAIXO-ASSINADO

A ANABB entregou um abaixo-assinado à Cassi, em outubrode 2005, com 9.939 assinaturas de associados, para que ainstituição cumprisse o estatuto e realizasse consulta extraordi-nária junto ao corpo social, questionando se a entidade deveprocessar o BB por ter reduzido a contribuição de 4,5% sobreos salários dos funcionários pós-98. Em janeiro deste ano, aANABB entrou com ação ordinária contra o diretor superinten-dente da Cassi, Sérgio Vianna, pelo não-cumprimento da de-terminação de consulta ao corpo social. Intimado, o diretorcontestou a ação judicialmente, pedindo anulação por não se-rem originais as assinaturas que constam dos autos. Ele che-gou a evocar o Código Processual Civil para “suscitar inciden-te de falsidade dos referidos documentos”, e a necessidade dereconhecimento de cada uma das firmas, em cartório . As lis-tas entregues a Sérgio Viana, em 2005, continham assinaturasoriginais, portanto, a alegação de necessidade de reconheci-mento de firma em abaixo-assinado é descabida. No encerra-mento da contestação judicial, a Cassi pede apresentação deprovas. Os advogados contratados pela ANABB já tomaramas medidas cabíveis com relação à contestação judicial.

HOMENAGEM AOS FUNCIONÁRIOS DO BB

No dia 31 de março, os funcionários do BB receberam ho-menagem do senador Sérgio Zambiasi (PTB/RS) por suascontribuições na construção da história do Banco. Em dis-curso no plenário do Senado, Zambiasi destacou os 90anos da presença do Banco do Brasil no Rio Grande do Sule a importância da instituição para o crescimento econômi-co e social do estado. O senador também ressaltou o in-vestimento do BB em responsabilidade social, lembrandoque esta é uma das principais marcas das instituições mo-dernas.O diretor de Relações Externas e Parlamentares da ANABB,Emílio Ribas Rodrigues, em audiência com o senador, nodia 16 de maio, disse que foi oportuno o reconhecimentodo parlamentar sobre a participação dos funcionários doBB na história de uma instituição que é de grande importân-cia para o País.

CANDIDATOS DO BANCO DO BRASIL NAS ELEIÇÕES

17Ação mar/jun2006

NOVA DIRETORA DECOMUNICAÇÃO DA ANABB

COOP-ANABB TEM NOVO PRESIDENTE

No dia 31 de maio, Fernando Alberto de Lacerda, funcionárioaposentado do Banco do Brasil, assumiu a Presidência daCOOP-ANABB e Cláudio José Zucco, a Diretoria Administra-tiva e Financeira.A COOP-ANABB foi criada em abril de 2003 com o objetivo deproporcionar aos seus associados, em todo o território nacio-nal, a oportunidade de adquirir imóveis habitacionais de quali-dade, na planta, a menores preços e de forma financiada. Parafacilitar a vida dos associados, a COOP-ANABB firmou convê-nio com a Federação das Cooperativas de Consumo dos Fun-cionários do Banco do Brasil (Fecob) para aquisição de unida-des habitacionais por meio de consórcio imobiliário.O novo presidente destacou que é importante deixar claroque a Cooperativa pode atender, de acordo com seu estatuto,além de funcionários da ativa e aposentados do Banco doBrasil, associados em geral, independentemente de quem sejaseu empregador.Em pouco tempo de funcionamento, a COOP-ANABB já temmuito do que se orgulhar. Em 2005, a Cooperativa entregou,aos cooperados adquirentes, o empreendimento MoradaNova, localizado em Águas Claras (DF). Hoje, cinco empre-endimentos estão sendo construídos: o Ilha dos Frades e oJardim Bela Vista, em Salvador (BA); o Jardim da Barra, noRio de Janeiro (RJ); o Jardim dos Ipês, em Águas Claras (DF); eo Jardim das Paineiras, em Samambaia (DF). Este ano, foramlançados mais dois empreendimentos em Águas Claras (DF):o Real Garden e o Verdes Brasil.A atual diretoria está promovendo uma revisão na estrutura enos processos da Cooperativa, com o objetivo de identificaroportunidades, carências e possibilidades, para viabilizar lan-çamentos em outras regiões do País, de acordo com as de-mandas locais.

A Diretoria de Comunicação e Desenvolvimentoda ANABB tem agora uma mulher no comando:Denise Lopes Vianna. Ex-diretora Financeira daCOOP-ANABB, Denise foi empossada pelo Con-selho Deliberativo da Associação, em 31 demaio. A nova diretora substitui DouglasScortegagna, que assumiu, também no último dia31, a diretoria de Saúde da Cassi. “É um desafioestar à frente da Diretoria de Comunicação daANABB. A nossa entidade tem credibilidade ex-pressiva junto ao funcionalismo do Banco doBrasil e um papel cada vez maior na formação edivulgação de opiniões”, afirmou Denise.O presidente do Conselho Deliberativo daANABB, Antonio Gonçalves, lembrou que a comu-nicação é um setor estratégico da Associação edisse que “o Conselho tem plena convicção dotrabalho de Denise, pois ela já demonstrou com-petência quando atuou como diretora da COOP-ANABB, sempre muito enérgica e aplicada”.Denise Vianna é advogada e iniciou sua carreirano Banco do Brasil há 18 anos. Trabalhou na ge-rência da Central Brasília (DF), no antigo Demas/Infra-Estrutura, no Garef e na Controladoria. Foiconselheira fiscal da Cooperforte, conselheiradeliberativa da ANABB, diretora financeira daCOOP-ANABB e, atualmente, é vice-presidentedo Conselho Deliberativo da Cassi.

18 Ação mar/jun2006

19Ação mar/jun2006

20 Ação mar/jun2006

* Douglas Scortegagna - diretor de Comunica-ção e Desenvolvimento da ANABB até 30/05

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Depois de percorrer uma jorna-da de 30 anos como funcionário doBanco do Brasil, dos quais 13 dedi-cados a cumprir, com dignidade,mandatos de diretor Administrativo eFinanceiro; diretor de Relações Funcionais, Aposenta-doria e Previdência e diretor de Comunicação e De-senvolvimento da mais representativa das entidadesdo funcionalismo do Banco do Brasil, a ANABB, che-gou a hora de deixar o lugar para outro.

Esta ANABB que vimos nascer e crescer trans-forma-se a cada instante. Seus primeiros passos fo-ram tímidos, mas importantes para dar-lhe a susten-tação necessária. Hoje, na maturidade de seus 20anos, a ANABB caminha a passos largos e firmes,cumprindo um papel que se tornou referência paramuitas entidades similares, vinculadas, inclusive, aoutras empresas estatais ou privadas, que procuramseguir nossos exemplos, no sentido de conquistar asimpatia e a confiança de seus associados.

Aprendi muito. Colaborei com todo meu cora-ção onde minha modesta contribuição pode ser útil.

Tornei-me um apaixonado pelo trabalho dosComitês da Cidadania dos funcionários do BB. Co-nheci muitos nas visitas aos atendidos pelo progra-ma Brasil Sem Fome, da ANABB. Vi trabalhos mara-vilhosos e vi, também, nos olhos dos abnegadoscolegas colaboradores, um brilho diferente. Um bri-lho de alegria de poder estar emprestando um pou-co de seu tempo para amenizar o sofrimento detantas famílias necessitadas que, não fosse a ajudadesses Comitês, estariam lançadas à própria sorte.A todos eles um pedido: não deixem de fazer o queestão fazendo. Aos demais, um desafio: faça cadaum apenas a sua parte, pois o conjunto delasconstruirá um mundo significativamente melhor.

Parto, agora, para um novo desafio: a Cassi.Uma responsabilidade a mim delegada por uma ex-traordinária votação, que faz com que o grandeobjetivo seja recuperar a nossa Caixa de Saúde e

manter viva, na cabeça de cadaum, a esperança de que, organiza-dos e preocupados em atender, in-distintamente, a todas as correntesde pensamento, seremos tão fortesquanto necessário para venceresta luta que, a cada dia, parecetornar-se mais difícil. Mas, comgarra e dedicação, deixando os in-teresses pessoais de lado, não te-mos a menor dúvida de que iremosconseguir.

Para mim, isso representa,muito mais que um desafio, um estímulo, poisacredito que trabalhar é o caminho para superartodas as dificuldades. Poderia até mesmo dizerque à Cassi está faltando a determinação dedirecionar esforços no sentido de se encontraremalternativas.

Na realidade, estamos fartos da transferên-cia de responsabilidade, adiando, sempre, portempo indeterminado, a tomada de decisões queimpliquem um rumo para quem cuida da saúdedos funcionários do Banco do Brasil, cansadosde conviver com argumentos que nada mais sãodo que justificativas para encobrir falhas de quemdeveria ser responsabilizado por ter deixado aCassi chegar aonde chegou.

Ao Brasil como um todo está faltando uma re-volução ética, não apenas em discursos, mas na prá-tica, no cotidiano. Foram “criadas” leis que premiama esperteza e acabam penalizando o trabalho.

Precisamos ter uma noção muito clara deque podemos interferir e que nossa vontade podeter peso na mudança de conduta dos nossos diri-gentes. De repente, estamos como que anestesia-dos! Mas não podemos deixar que esse desâninonos contamine. Temos de deixar bem claro o quequeremos e exigir dos dirigentes posturas claras eo fiel cumprimento das promessas feitas.

O funcionalismo deu um recado muito claronas urnas das últimas eleições da Cassi.

Ele exige: a CASSI MERECE RESPEITO e todosseus associados também.

Muito obrigado a todos!