o Estado Em Durkheim

5/17/2018 o Estado Em Durkheim - slidepdf.com

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O Estado EM DURKHEIM: elementospara um debate sobre sua sociologia

políticaAutor: Márcio de Oliveira

Revista Sociologia e Política, Curitiba outubro de 2010;

Apresentadores: Patricia Kuyven e Fabio Capecchi

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Síntese

• Investigação de como que elementospropriamente políticos (em especial, o Estado)surgem na Sociologia Durkheimiana;

• Afirmação de que não é a partir de umareflexão sobre a questão do PODER em si, massobre a função social deste poder e/ou desteEstado e sua relação com a MORAL SOCIALque se deve compreender a sociologia políticaDK.

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Sumário

1. Biografia do autor;

2. Introdução;

3. Sociologia Política Durkheimiana (SPDK);4. Função primordial do Estado: promoção e

proteção do indivíduo;

5. Conclusões

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Sumário


2. Introdução;



5. Conclusões

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Biografia do autor

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Regras do método sociológicoEducação e SociologiaLições de sociologiaSociologia e FilosofiaO suicídioCiência social e ação

A divisão do trabalho social (DTS)As formas elementares da vida religiosaSocialismo

Principais obras:

- A divisão do trabalho social (1893)

- As regras do método sociológico (1895)- O suicídio (1897)- A educação moral (1902)- As formas elementares da vida religiosa(1912)- Lições de Sociologia (1912)

http://www.suapesquisa.com/educacaobrasil

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Sumário


2. Introdução;



5. Conclusões

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Introdução

• A ordem cronológica das traduções das obras de DK parece indicar que

sua contribuição para temas da Sociologia Política seria de menorimportância;• Publicações iniciais sobre política (Lições de Sociologia) na Turquia em

1950 (Hüseyin Nail Kubali);• O socialismo e a ciência social e a ação (Jean Claude Filloux, 1970);• Les principles de 1789 e la sociologie (1890), etc;• Em DTS, RMS e SUI há claras passagens sobre questões políticas (discussão

sobre o papel do Estado nas sociedades modernas);• Marcel Mauss: DK trabalhava em seu curso “moral cívica e profissional”

(evolução de suas ideias sobre Estado em particular);• Análises das obras de DK com interesse em compreender a SPDK:

– Lacroix (1984): Em RMS, o sentido da nova ciência era político e que osfenômenos tratados eram sócio-políticos;

– Giddens (1981; 1998): Em DTS, laços de solidariedade implicariam emdiferentes tipos de Estado e estes conservariam NÃO apenas importantesfunções morais, mas seu papel se estenderá;

– Oliveiros Ferreira (2002): o Estado é um grupo social diferenciado e autônomoem relação à sociedade e essa autonomia tem origem na DTS;

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• Todos autores apontam para a importância dofenômeno político e de seus laços com a sociedade;

• Autonomia do grupo social/agente social/moral“Estado”. Ultrapassagem de sua função política per se;

• Terá sido este deslocamento teórico o fator deobscurecimento da SPDK?

• Hipótese perseguida: não é a partir de uma reflexãosobre a questão do PODER (ou sobre o Estado) em si,mas sobre a função social desse poder e/ou desseEstado e sua relação com a moral individual que sedeve compreender a SPDK.

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Sumário


2. Introdução;



5. Conclusões



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• Divisões da Sociologia por DK: geral, religiosa, moral e jurídica,econômica, linguística e estética (Année Sociologique, 1970); Nãohá divisão ou sub campo “Sociologia Política”?!; argumento de

Mauss;• (-) Birnbaum (1976):

– DK preferiu se interrogar sobre formas não especificamentepolíticas (suicídios, ritos matrimoniais/funerários, religiões e

educação) e, portanto, não traz à luz os laços que unem Estadoe estruturas sociais;

• (+) Nisbet (1993):

– lei, revestida de uma autoridade moral, era a instituição que

assegurava a coesão social; Estado era quem garantia suaexpressão regulando as atv dos grupos sociais secundários(associações): (i) no campo da política; e (ii) das liberdadesmorais;



• (+) Lukes (1985), 1º biógrafo de DK:

– Sociologia do Direito e da Política (fonte nas LS);

–

IPT: relação recíproca que existe entre indivíduos eEstado e o papel que este desempenha emrelação aos primeiros;

– motivação moral não só econômica (filosofia

utilitarista); sociedade X opinião pública?! – Estado deveria perseguir objetivos

correspondentes às características de cadasociedade;

– deveria libertar as personalidades individuaisdefendendo antigas corporações por meio degrupos secundários de representação: interporiam

entre o nível individual e o do Estado; 11



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• (+) Giddens (1981): O Estado solucionador de conflitos dasociedade (DTS) entre empregado e trabalhador; defensordos indivíduos perante famílias/tradições/gruposreligiosos); – O Estado era uma forma institucional que tomava o lugar

ocupado pela igreja nos tipos tradicionais de sociedade; – Se o Estado é fraco, o resultado é o domínio manifesto do

costume e do hábito; – (1998) Preocupação de DK com regulação moral das sociedades

industriais, com a ANOMIA e conflitos = solução: Estado contrao UTILITARISMO INDIVIDUAL;

– Comportamento moral no capitalismo (condições): (i)corporações profissionais produziram moral profissional (1,2 e3ª LS) (ii) Estado impedindo o corporativismo;

–

(conclusão): Estado era o principal agente de implementaçãoativa dos valores do individualismo moral;

• Fournier (2007): relações do Estado com os direitosindividuais e sua capacidade de garanti-los; relativa

autonomia e força específica;



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• Todos autores concordam que, para DK:1. A relação entre sociedade política e o individuo é central

p manutenção da sociedade;

2. Esta relação tem por fundamento a AUTORIDADEMORAL ou MORAL SOCIAL;3. Sociedade política não atuou paralelamente aos

indivíduos, mas como uma força moral atuando emrelação a eles; contra o VAZIO MORAL;

4. DK não dispunha de instrumentos cientificamenteconfiáveis: “Não sabemos o que é Estado, soberania,liberdade política, democracia, socialismo, comunismo.O método gostaria, então, que se proibisse todo usodestes conceitos, enquanto não fossem cientificamenteconstituídos” (Lacroix, 1984);

5. RMS:• Não buscou somente definir o objetivo da sociologia mas os

instrumentos conceituais que permitiriam estudar os fenômenosda vida social e não apenas os propriamente políticos;



• Lacroix (1984): PODER é quem age. Agente do poder éo Estado e seus funcionários; relação de interaçãoentre indivíduos e sociedade política;

•

OBJETO POLÍTICO da sociologia DK é a FUNÇÃO SOCIALdo Estado na sociedade;• Fundamento deste poder: laços morais, coletivos e

legitimados democraticamente (leis); não poderia serà força = problema da coesão social passava por DK;

• Encontrar o fundamento moral dos interessessupostamente utilitários/econômicos de cada um foi oguia da reflexão política em DK;

• Antecedentes da DTS: estudo sobre a ciência positiva

na moral da Alemanha (1886); promoção/proteção doindivíduo = FATO MORAL: conjunto de regras econdutas juridicamente estabelecidas

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Sumário


2. Introdução;



5. Conclusões

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• Tese DK (1886): Individualismo e socialismo (inicialmente), contraposiçãode 2 formas de organização social (liberalismo e socialismo de Estado)

• (evolução): relação entre individuo e solidariedade social (Steiner, 2005)ou entre indivíduos e sociedade (Mauss, 1925);

•

DK começa a estudar a origem dos laços sociais: o que mantém osindivíduos unidos (Fournier, 2007): – Direito, costumes, família, formas de solidariedade, evolução das sociedades

(DTS);

• Sociologia (papel creditado a nova ciência de DK): conferência de suportecientífico à moral social para que a sociedade se mantenha íntegra; papaeldo Estado

• Estado integrador: (condição) legitimidade e a força do Estado tem queestar amparadas e coerentes com a moral do grupo que representa;

• Ética e Sociologia da Moral: passagem dos estudos sobre Estado para amoral e da moral para laços sociais/solidariedade;

• Em DTS: o fator que garante a as formas de solidariedade não seria o

Estado, mas sim o desenvolvimento sempre mais considerável da divisãodo trabalho;• VOLUME TOTAL DO DIREITO: divisão do trabalho é a única solução para o

individuo, fora a morte ou a emigração;



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• Em DTS: divisão do trabalho é uma tendência comprovada pelodireito; consequências: laços de solidariedade;

• Direito e moral: não provido pelo Estado, mas sim pelas LEISderivadas dos fatos da moral: regras de conduta às quais uma

sanção difusa está ligada na média das sociedades desta espécie;• Regras de conduta: exteriores, objetivas e coercitivas (FATOS

SOCIAIS);• Obras com objetivos estritamente sociológicos:

– DTS: qual o papel e importância da personalidade individual e da DT

na constituição, mnt e reprodução dos laços sociais? – RMS: qual o papel da coerção e das sanções? – SUI: porque os indivíduos rompem unilateralmente seus laços sociais

apesar de estarem obrigados a eles por sanções físicas e morais?

• Temas políticos não são abordados como fatos da política, mascomo regras de conduta sancionada: fatos da sociedade/moral:

função política suplementar: são eles q permitem a definição deuma MORAL CÍVICA sem a qual a sociedade política e o Estado nãopodem existir: Lições de Sociologia (6 de 18);



Lições de Sociologia (LS)• Resgatando a questão da anomia jurídica e moral, à falta de

uma legislação específica, corria-se o risco de ver a produçãonão chegar “regularmente em qtd suficiente aostrabalhadores; (produção/logística...)

• (motivação para) MORAL PROFISSIONAL (3 primeiras lições):

amenizar os conflitos classistas e organizar a produção;• 4ª (definição de Estado) , 5ª (relação entre Estado X

indivíduo), 6ª LS (Estado X indivíduo), da 7ª a 9ª (formas deEstado. Democracia);

•

Estudos DK tornam-se consequência após serem ponto departida: (1º) ANOMIA, (2º) REGULAÇÃO/NORMAS (orientaçãoao comportamento econômico do indivíduo em suasrelações); (3º) SOCIEDADE POLÍTICA: caracterizada pelo fatode manter dentro de si ao menos uma parcela de poder ou deser referência de autoridade; 18



LS (continuação)

• Definição de Estado não é pcp problema, mas sim as razões pelasquais determinadas sociedades políticas desenvolvem Estados equais formas assumem;

• Relação de igualdade entre Estado e indivíduos (regência de regras jurídicas moralmente fundamentadas: moral cívica);

• Garantir liberdade: desatar amarras corporativas e familiares quefragmentam o corpo social e ameaçam a coesão (social); permitir oflorescimento do individuo; estado é menos detentor de poder emais reservatório moral/jurídico: florescimento do indivíduo;

• O Estado é um agente social dinâmico (evolui com a moral social) enão uma Instituição engessada e distante da realidade; através de

grupos intermediários (intermediando Estado e indivíduos, contra-peso); Identidade social;

• Estado é órgão e instrumento: cérebro social

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L’Etat

• O Estado é o conjunto de corpos sociais que tem por únicaqualidade falar e agir em nome da sociedade;

• Órgão de reflexão e de justiça;• É por ele que se organiza a vida moral (função mediadora);

• Desigualdade é a fonte do Estado; dos socialismos;• Preocupação em fazer reinar a justiça; retorno à anomia?!• 5ª lição: Estado precisa de “contra-pesos” e sua força

precisa ser contida por outras forças coletivas;• Fundamento da definição de Estado está na moral, porém

na essência, em sua função social (SPDK);

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Base moral X Estado (relação)

• Núcleo sólido: sobrepôs-se à massa fluída(desenquadrada e desorganizada);

• Papel e impacto na sociedade e seu sistemamental (exemplo militar Russo: “fragilidade”);

• A base moral é sempre mais duradoura ereflete o corpo social mais do que a

organização política stricto sensu (SPDK);

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Sumário


2. Introdução;

3. Sociologia Política Durkheimiana (SPDK);4. Função primordial do Estado: promoção eproteção do indivíduo;

5. Conclusões

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Conclusões

• Definição de Estado: Órgão da justiça social, organizador davida social, defensor das liberdades individuais e promotorda justiça social;

• Funções (ultrapassa a organização social): (i) combater aanomia, (ii) as desigualdades (?!) e (iii) estabelecer justiça;

• Estado cria o indivíduo e é legitimado por ele;• SPDK: não é a partir da reflexão sobre o PODER, mas sim da

MORAL (regras de condutas sancionadas);• Em sociedades democráticas, não há outra forma de definir

continuamente moral sem pretender certa AUTONOMIA aoEstado;• É possível pensar em SPDK!!!!

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