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Ano XVII - nº 87 |março/abril| 2013 Pág. 6 O tratamento que você precisa, você tem Conheça os critérios adotados na avaliação de materiais especiais para que sua necessidade seja atendida com segurança Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil

O tratamento que você precisa, você tem - Portal CASSI - UF · 2014-12-29 · Passei a consumir alimentos ... conseguiu colocar em prática as dicas dos profissionais de saúde

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Ano XVII - nº 87 |março/abril| 2013

Pág. 6

O tratamento que você precisa,você temConheça os critérios adotados na avaliação de materiais especiais para que suanecessidade seja atendida com segurança

Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil

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w

Jornal CASSI Associados

Em minha carreira de 17 anos na CASSI,

pude presenciar de perto várias histórias de

superação. São casos de associados e par-

ticipantes que, graças ao trabalho desen-

volvido pela Caixa de Assistência e nossos

serviços assistenciais, puderam se recupe-

rar das mais variadas dificuldades e retomar

seu dia a dia. São histórias de vida como as de dois participantes que

venceram a batalha contra as drogas, como você pode conferir nas

páginas 10 e 11. Exemplos como os deles e os de muitas outras pessoas

que enfrentam e vencem a dependência química nos enchem de orgu-

lho e reforçam cada vez mais a vocação de nossa Caixa de Assistência,

gravada em nossa missão e que norteia o trabalho que cada colabora-

dor aqui desenvolve: “assegurar ações efetivas de atenção à saúde por

meio de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, para uma

vida melhor dos participantes”.

Para garantir ações efetivas de saúde, não é necessário recorrer, obrigato-

riamente, a equipamentos de última geração. A matéria publicada na pági-

na 6 mostra um pouco do trabalho desenvolvido nesse sentido pela CASSI,

na área de órteses, próteses e materiais especiais (OPME). Sabemos que,

algumas vezes, ocorrem divergências entre o procedimento que o parti-

cipante quer ou o que foi indicado pelo prestador, com aquilo que é real-

mente necessário sob a lógica da saúde. É natural que isso ocorra, dada a

ansiedade e a expectativa que aparecem em momentos de tratamento de

saúde. Mas é importante destacar, até para tranquilizar cada um de nossos

Negar procedimento não é negar tratamento

EDITORIAL

associados, que existe uma rotina estabelecida para avaliar os exames do

paciente e decidir pelo procedimento. Nesse processo, a CASSI leva em

conta aquilo que, comprovadamente, já foi considerado eficaz para outros

casos, o que é mais seguro para nossos participantes.

Falando em tecnologia, esta edição traz também uma entrevista com o dou-

tor H. Gilbert Welch, renomado médico, pesquisador e professor do Instituto

de Políticas de Saúde e Prática Clínica da Universidade de Darmouth, nos

Estados Unidos. Conversando com exclusividade para o nosso jornal, Welch

explica o grande dilema provocado pelo uso demasiado de tecnologia na

saúde - “Procurar doenças ou buscar saúde?” e destaca que as inovações,

ao mesmo tempo em que podem agregar valor, são capazes de encontrar

anomalias mesmo em pessoas saudáveis.

A incorporação de novas tecnologias é bem-vinda, mas não é garantia de

sucesso na recuperação da saúde. É importante saber que a CASSI tem

esse cuidado na avaliação das solicitações e que não autorizar um pro-

cedimento não significa negar um tratamento. Pelo contrário. Nosso olhar

está voltado para aquilo que é eficaz. O nosso objetivo diário é conciliar

a equação “melhor assistência” e “administração deste patrimônio” que

não é apenas meu ou de quem trabalha aqui, é de todos nós. Esse é o

nosso foco!

Boa leitura.

David Salviano (presidente)

Conselho DeliberativoFernanda Duclos Carisio (Presidente)Antonio Cladir Tremarin (Vice-presidente)Carlos Alberto Araújo Netto (Titular)Vagner Lacerda Ribeiro (Titular)José Adriano Soares de Oliveira (Titular)Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular)Sandro Kohler Marcondes (Titular)Loreni Senger Correa (Titular)Ubaldo Evangelista Neto (Suplente)Milton dos Santos Rezende (Suplente)Marcelo Gonçalves Farinha (Suplente)José Caetano de A. Minchillo (Suplente)Mário Fernando Engelke (Suplente)Maria Ines Oliveira Bodanese (Suplente)Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente)Íris Carvalho Silva (Suplente)

Conselho FiscalEduardo César Pasa (Presidente)Frederico de Queiroz Filho (Vice-presidente)

Carmelina P. dos Santos Nova (Titular)João Antônio Maia Filho (Titular)Rodrigo Nunes Gurgel (Titular)Rodrigo Santos Nogueira (Titular)Benilton Couto da Cunha (Suplente)César Augusto Jacinto Teixeira (Suplente)Claudio Gerstner (Suplente)José Eduardo Rodrigues Marinho (Suplente)Josimar de Gusmão Lopes (Suplente)Viviane Cristina N. Assôfra (Suplente)

Diretoria ExecutivaDavid Salviano de Albuquerque Neto(Presidente)Geraldo A. B. Correia Júnior(Diretor de Administração e Finanças)Maria das Graças C. Machado Costa(Diretora de Saúde e Rede de Atendimento)Mirian Cleusa Fochi(Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes)

Edição e RedaçãoJornalista responsável: Marcelo Raphael Fernandes (MTb-SP 030694)

Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTb-RS 8.058),

Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896), Pollyana Gadêlha (MTb-DF 4.089)

e Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834)

Estagiária: Ana Carolina Alves

Edição de arteProjeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão

Diagramação: Caroline Teixeira de Morais e Luís Carlos Pereira Aragão

Produção

Impressão: Fórmula Gráfica

Tiragem: 150.683 exemplares

Edição: março/abril 2013

Imagens: Divisão de Marketing, Dreamstime e Universidade Dartmouth (pág. 8)

Valor unitário impresso: R$ 0,20

Expediente

AN

S -

nº 3

4665

-9

Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.

Responsável TécnicoLuiz Renato Navega Cruz

Cargo: Gerente Técnico de SaúdeCRM-DF 4213

2 3

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4 5Jornal CASSI Associados4

“Eu tinha uma vida desregrada. Cos-

tumava beber muita cerveja, comer

carne gorda, torresmo e doces. O re-

sultado foi a elevação da pressão arterial, alteração dos índices de

colesterol, de triglicérides e de glicose, e 115 quilos de peso. Sem-

pre dizia: amanhã começo a fazer caminhada. E nada de mudar.

Até que em 2012 o coração “chiou”. Estava andando e, no meio da

rua, tive um infarto do miocárdio, com parada cardiorrespiratória.

Fiquei 20 minutos apagado e fui encaminhado ao hospital pelo

resgate do corpo de bombeiros. Passei por angioplastia com a co-

locação de dois stents [material que abre espaço para o fluxo de

sangue nas artérias]. Após esse fato, procurei a CliniCASSI ABC e

até hoje faço acompanhamento com a equipe da Estratégia Saúde

da Família. Consegui chegar aos 95 quilos, faço academia e meus

exames estão normais. Repensei a forma de me alimentar e de

agir. Posso dizer que estou renascendo.”

44

DEPOIMENTOS

“Desde que tive a oportunidade de

me cadastrar na Estratégia Saúde

da Família recebi muita orientação

na CliniCASSI Porto Alegre Centro Norte. Tenho diabetes e para

buscar o controle da doença era fundamental que eu mantives-

se uma alimentação saudável.

Com o cuidado da minha equipe de Saúde da Família mudei meu

estilo de vida, especialmente os hábitos alimentares. Eu tinha

dificuldade em controlar a quantidade e a variedade dos alimen-

tos. Com a ajuda dos profissionais da CASSI, aprendi que até fruta

devo comer moderadamente. Antes, eu comia uma variedade grande

de frutas de uma só vez. Hoje, com 75 anos de idade, frequento aca-

demia de ginástica, faço caminhada e pilates, além de me alimentar

corretamente. Passei a consumir alimentos nas quantidades certas

para meu biotipo e minha rotina de atividades e já apresentei melho-

ra evidente nos níveis de glicemia [controle de diabetes].”

Carlos Roberto GiaconSão Caetano do Sul, SP

Jurema B. SantanaPorto Alegre, RS

4 5Jornal CASSI Associados 5

DEPOIMENTOS

Colaboraram nesta edição as CliniCASSI ABC (SP), Curitiba (PR), Copacabana (RJ) e Porto Alegre Centro Norte (RS).

A coluna “Eu mudei” apresenta para você, leitor, os relatos de quem

conseguiu colocar em prática as dicas dos profissionais de saúde para

viver com mais qualidade. É uma forma de ajudar quem, diante do ex-

cesso de peso, do tabagismo, da hipertensão ou de outro problema de

saúde, talvez encontre a mesma dificuldade para enfrentá-los. Os de-

poimentos desta coluna são de participantes do Plano que receberam

e seguiram orientações dos profissionais da Caixa de Assistência, por

meio das CliniCASSI.

Para participar da coluna “Eu mudei”, contando sua experiência, entre

em contato com a Unidade CASSI mais próxima.

“Era sedentário. Comecei a prati-

car caminhada aos poucos, dando

algumas voltas na quadra em que

moro, por cerca de uma hora. Com o tempo, desenvolvi condiciona-

mento físico e passei a participar de provas de rua. No início eram

caminhadas e após alguns meses passei à corrida. Meu desempe-

nho e meu ritmo melhoram a cada prova. Para este ano planejo

participar de pelo menos uma prova por mês e atingir os mil

quilômetros até o final do primeiro semestre.

Muitas pessoas dizem não ter tempo para praticar atividade físi-

ca, dão desculpa de que está frio, chovendo ou calor demais, ou

marcam sempre para uma segunda-feira que nunca chega. Para

começar é preciso força de vontade. O importante é dar o primeiro

passo. Para os sedentários, as primeiras caminhadas serão difíceis,

vai faltar fôlego e as pernas vão doer. Mas a pessoa não pode de-

sistir diante da primeira dificuldade. É necessário persistência!”

“Sempre querendo chegar ao peso ideal, pela saúde e pela estética,

no início deste ano, nós três, pai, mãe e filha, fomos apresentados

à nutricionista da CliniCASSI Copacabana. Ela nos ajudou a criar um

programa bastante realista, montado a partir dos nossos hábitos e

gostos. Fez uma programação alimentar que conseguimos adotar em

conjunto e estamos entrando em forma.

Somando o total eliminado pelos três, já emagrecemos aproximada-

mente 20 quilos (na data da foto eram apenas 13 a menos). Viajamos

muito e, mesmo com todas as novidades e tentações que encontra-

mos nessas ocasiões, seguindo as orientações nutricionais estamos

conseguindo êxito, ainda que fazendo algumas concessões. Aposta-

mos que, com persistência e boa vontade, chegaremos ao peso ideal

e nos manteremos nele.”

Família ZachariasRio de Janeiro, RJ

Norman Carvalho BitnerCuritiba, PR

CAPA

Qual a primeira coisa que você pensaria se o Plano negasse um determinado

material sugerido pelo seu médico? Provavelmente, que o Plano quer eco-

nomizar. Ao conhecer os critérios adotados pela CASSI para a autorização

de órteses, próteses e materiais especiais (OPME), você vai entender

porque essa impressão, se existe, não corresponde à realidade.

A Caixa de Assistência não deixa de autorizar os tratamentos previstos

nos protocolos terapêuticos vigentes, reconhecidos pela comunidade

científica e que permitem curar ou agregar benefícios reais à recupe-

ração da saúde do participante. Os procedimentos cobertos pelo

Plano já estão listados num sistema que dispõe das informações

sobre órteses, próteses e materiais especiais. Isso permite reduzir

o tempo de resposta às solicitações de autorização. Quando o

tratamento proposto foge dos parâmetros estabelecidos, as soli-

citações são analisadas por profissionais que acompanham diaria-

mente a incorporação de novas tecnologias em saúde.

A CASSI conta com médicos auditores responsáveis pela regulação

técnica. Eles não têm envolvimento com cotação de preços, não sofrem

pressão por valores dos materiais, nem podem ter contato com fornecedores.

Fazem uma análise com base no quadro clínico, na documentação laboratorial,

como exames e laudos, e em outras informações fornecidas pelo médico. Nes-

ta etapa, são usados estudos de medicina baseada em evidência que permitem

hierarquizar o grau de eficácia, segurança e efetividade das opções terapêuticas dis-

poníveis para um determinado problema de saúde. Quem negocia a compra é outra

área, depois da avaliação médica.

“Vimos até indicações extravagantes, como a de um neuro-estimulador com controle re-

moto para pessoas que sofrem de Parkinson. O controle remoto não acrescenta melhoria

alguma para a saúde do paciente”, exemplifica o médico auditor Emerson Fa-

cury, um dos especialistas da Central CASSI que avalia os pedidos de OPME.

Há também um exagero na indicação de artrodeses (procedimento

para fixação da coluna, com uso de placas e parafusos) para tra-

tamento de hérnias discais. Alguém que está com muita dor por

conta da hérnia aceita prontamente se submeter à cirurgia para

fixação da coluna, que acaba com aquela dor. Mas o enrijecimen-

to da coluna tem outros efeitos nocivos à saúde. A alternativa

à cirurgia pode ser um tratamento para desinflamar a região

afetada e fortalecer a musculatura. Leva mais tempo, mas

eliminam-se as consequências negativas que a colocação

de placas e parafusos costuma gerar.

6

nto necessário a cada casoMédicos auditores analisam, 24 horas por dia, se os pedidos para procedimentos, como cirurgias, são comprovadamente a melhor opção

Jornal CASSI Associados

CASSI garante o tratame

CAPA

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7Jornal CASSI Associados

Facury defende que, diante de uma eventual negativa de autorização,

o participante esteja atento, e procure uma segunda opinião. Em casos

como o da cirurgia na coluna, a avaliação feita por um segundo profissio-

nal permite levar em conta outras terapias que talvez sejam mais adequa-

das àquele paciente em questão. O direito do paciente à segunda opinião

está previsto inclusive no Código de Ética Médica.

Na pressa de se buscar uma solução, e diante do pouco ou rápido contato

entre médico e paciente, às vezes esse olhar mais global sobre cada caso

pode ficar de fora. Essa avaliação mais ampla é feita pelos médicos au-

ditores da CASSI, levando

em conta o bem-estar, a

segurança e a resolubili-

dade para a queixa. Se-

gundo pesquisa divulgada

em abril num fórum inter-

nacional de segurança do

paciente, na Inglaterra,

a reavaliação de 1.679

pacientes com indica-

ção para operar a coluna

apontou que somente 683 tinham necessidade real de passarem pelo pro-

cedimento. Ou seja, quase 60% tiveram contraindicação para cirurgia. O

estudo foi feito em pacientes do Hospital Albert Einsten de São Paulo.

Além de indicações equivocadas, existem ainda exemplos de exploração

de custos, como a de uma placa de aço usada em cirurgias ortopédicas,

cujo preço pode variar de R$ 600 a R$ 8 mil. A mais cara e a mais bara-

ta têm mesma função e qualidade idêntica. Por isso, não há justificativa

técnica para autorizar a placa de valor mais elevado. O médico auditor

nto necessário a cada casoMédicos auditores analisam, 24 horas por dia, se os pedidos para procedimentos, como cirurgias, são comprovadamente a melhor opção

cita ainda casos de materiais com preços exorbitantes que chegam a ser

usados e, depois, comprova-se que eram perigosos. O Infuse, enxerto

que está em investigação pelo Federal Drug Administration (FDA), órgão

regulador dos Estados Unidos, por potencial atividade cancerígena, é um

exemplo. A suspeita levou à suspensão de sua utilização, mas o enxerto

mesmo assim continua sendo usado no Brasil.

“Há pessoas que gostam de dizer terem próteses implantadas em

seu corpo que poderiam ser comparadas, em preço, a um Merce-

des. Na verdade, estão pagando muito além do necessário para ter

o mesmo efeito terapêu-

tico”, reforça o médico

auditor. O Conselho Fe-

deral de Medicina defi-

ne que o médico indique

três opções de marcas

de OPME, porque as

marcas diferentes são

comercializadas por di-

ferentes distribuidores.

Isso reduz o risco de vin-

culação dos prestadores de saúde aos fornecedores de materiais,

pois dessa forma, o plano negociará com empresas distintas.

O problema não atinge somente os planos de saúde. No final de março,

o Ministério da Saúde determinou, inclusive, uma auditoria nos hospitais

públicos por suspeita de exagero nas compras e aplicações de OPME, a

partir de indícios de que muitos materiais solicitados e pagos pelo SUS

não chegavam a ser efetivamente usados nos pacientes, e a diferença de

preços entre as regiões do País era absurda.

Em 2012, a CASSI gastou R$ 150,468 milhões só na compra de órteses,

próteses e materiais especiais (OPME) para beneficiar 12,466 mil pessoas

(1,73% do total de participantes). A lista de OPME que a Caixa de Assistên-

cia autorizou ultrapassa os 77 mil itens.

Entre os materiais solicitados com maior volume de pedidos em 2012 es-

tão os usados para fixação da coluna, cujo valor per capita ficou em torno

de R$ 45 mil, e stents coronarianos, que custaram, em média, R$ 16,3 mil

para cada beneficiado. Há itens cujo valor médio por usuário ultrapassou

os R$ 100 mil. É o caso de implantes auditivos. A CASSI autorizou ainda

eletrodos cerebrais ou de estimulação medular, cujo valor médio por be-

neficiado ficou em R$ 94 mil, por exemplo, atingindo R$ 230 mil o valor

unitário, em alguns casos.

Os participantes não devem pagar qualquer material cobrado diretamen-

te pelo prestador. Os materiais usados nos procedimentos de saúde de-

vem ser pagos diretamente pelo Plano ao hospital ou ao médico.

OPME responde por 6% das despesas da CASSI

“Há muito pedido com erro e indica-ções extravagantes”.Emerson Facury, médico auditor

CASSI garante o tratame

SAÚDE

Jornal CASSI Associados8

Procurar doençasou buscar saúde?Exagero na realização de exames preventivos leva pessoas saudáveis a tratamentos desnecessários,diz médico americano “Estamos vendendo doença em vez de saúde.” A afirmação é

do médico, pesquisador e professor do Instituto de Políticas de

Saúde e Prática Clínica da Universidade de Dartmouth, da cida-

de de New Hampshire, nos Estados Unidos, H. Gilbert Welch,

em entrevista concedida por email ao Jornal CASSI Associados.

O especialista em clínica médica, autor do livro Overdiagnosed:

Making People Sick in the Pursuit of Health (Sobrediagnósti-

co: fazendo as pessoas doentes na busca por saúde), explica

que as novas tecnologias em saúde são capazes de encontrar

em pessoas saudáveis “anormalidades” que, na maioria dos

casos, não causariam qualquer doença ou representariam ris-

cos à saúde. Esse é o chamado sobrediagnóstico, que ocorre

quando o excesso de exames preventivos encontra possíveis

“Estamos vendendodoença em vezde saúde”.Foto: divulgação

SAÚDE

9Jornal CASSI Associados

Procurar doençasou buscar saúde?

enfermidades em pacientes aparentemente saudáveis. “As tecnolo-

gias são uma faca de dois gumes: podem ser muito úteis para ajudar

o médico a diagnosticar e tratar os pacientes doentes, mas também

podem encontrar todos os tipos de coisas ‘erradas’”, explica. Ao se-

rem rotuladas como portadores de uma “anomalia”, pessoas com ris-

cos extremamente pequenos recebem tratamentos longos que não

as beneficiariam.

Como os médicos não sabem o que vai ou não vai representar al-

gum problema futuro de saúde para o paciente, todos são tratados da

mesma forma, doentes ou não. “O fato de receber um diagnóstico já

afeta a saúde do paciente. É difícil se sentir bem quando um exame

preventivo mostra que há algo diferente com você”.

Welch aponta que os maiores problemas do sobrediagnóstico são os

tratamentos em excesso (overtreatment), pois todos podem gerar al-

gum dano, como dores de cabeça, cirurgias e até mesmo a morte.

Os programas de rastreamento têm detectado casos de câncer em

estágio inicial que jamais causariam sintomas ou morte, como é o

caso dos cânceres de mama e de próstata. Muitos cânceres podem

regredir ou progredir tão lentamente que jamais causariam riscos.

De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca),

o câncer de mama é o tipo que mais acomete a população feminina

em todo o mundo. Em 2012, a estimativa no Brasil para mulheres com

câncer de mama foi de 52.680 casos, com um risco estimado de 52

casos a cada 100 mil pessoas.

O médico explica que num grupo de mil mulheres, com idade a partir de

50 anos, acompanhadas por dez anos, aproximadamente, de 200 a 500

apresentarão um alarme falso em seus exames, no caso dos EUA, e cerca

da metade desse número será submetida a uma biópsia para provar que

é um alarme falso (falso-positivo). Finalmente, de quatro a 20 mulheres

serão tratadas com cirurgia, quimioterapia/radioterapia para um câncer

que nunca chegaria a incomodá-las. “É claro que os benefícios potenciais

de se evitar uma morte por câncer de mama são evidentes. Mas o bene-

fício também é muito menos certo - e muito menos comum - do que os

malefícios. Cada mulher deve decidir o que é certo para ela. A mamogra-

fia de diagnóstico, realizada em uma mulher com um nódulo na mama é

uma ferramenta importante. Ninguém discute isso.”

O Inca também mostra que, no caso do câncer de próstata, segundo tipo

mais frequente em homens, surgiram cerca de 915 mil casos novos no

ano de 2008 no mundo. A taxa de incidência mundial cresceu 25 vezes.

Segundo o Instituto, parte desse aumento pode ser reflexo das práticas

de rastreamento por meio do teste Antígeno Prostático Específico (PSA).

Para evitar o sobrediagnóstico, Welch explica que o paciente precisa

conversar com seu médico para entender os prós e os contras dos

tratamentos, especialmente quando não há problemas de saúde apa-

rentes. “Cada um pode escolher entre procurar doenças ou buscar

saúde, mas sempre é preciso perguntar ao seu médico porque ele

está indicando determinado exame.”

Ao receber a indicação de um exame, o paciente deve argumentar so-

bre a real necessidade e sobre as evidências científicas que comprovem

sua eficácia. Para o especialista, o paciente deve tomar suas próprias

decisões e conversar abertamente com seu médico, porém, isso nem

sempre é possível em uma consulta que dura de 15 a 20 minutos, por

exemplo. “Precisamos lembrar aos médicos e aos pacientes que toda

intervenção pode representar algum risco. Os danos são pequenos em

relação ao potencial benefício em pacientes doentes. Porém, os danos

são relativamente grandes para aqueles que estão bem”, argumenta.

Welch, também pesquisador da área de detecção precoce de doenças,

explica que é possível trabalhar com promoção da saúde e prevenção

de doenças sem, necessariamente, expor o paciente a diversos exa-

mes preventivos, ou screening como são chamados nos Estados Uni-

dos. Para ele, a prevenção é dividida em duas estratégias: promoção da

saúde e detecção precoce. “A promoção da saúde inclui, por exemplo,

conselhos que sua avó sempre dizia como não fumar, comer frutas e

legumes e praticar atividade física. A detecção precoce, por outro lado,

funciona com a alta tecnologia à procura de algo errado. Eu acredito

que a promoção ainda seja a melhor alternativa.”

Sobrediagnósticos mais comuns Asma – um estudo canadense sugere que 30% das pessoas

com o diagnóstico podem não sofrer de asma, enquanto 66%

delas podem não precisar de medicação.

Câncer de mama – uma revisão sistemática sugere que até um

terço dos casos de câncer detectados no rastreamento podem

ser sobrediagnosticados.

Colesterol alto – estima-se que até 80% das pessoas com colesterol

quase normal tratadas a vida toda podem ser sobrediagnosticadas.

Câncer de próstata – o risco de um câncer detectado pelo PSA

ser sobrediagnosticado pode ser superior a 60%.

Fonte: Preventing overdiagnosis: how to stop harming the healthy. (Prevenindo o sobre-diagnóstico: como parar de prejudicar pessoas saudáveis). Ray Moynihan; Jenny Doust & David Henry. Revista BMJ, publicado em 29 de maio de 2012.

Falso resultado

Como evitar

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SUPERAÇÃO

Reencontro com a vida Conheça a história de dois participantes que venceram a dependência química e hoje comemoram a liberdade conquistada sem drogas e álcool

“Hoje sou um homem livre”. A afirmação do participante do Plano CASSI Família Marcelo* reflete os últimos

17 anos de sua vida, mas nada tem a ver com o período anterior, que foi dos 23 aos 33 anos. Embora tenha

começado a fumar maconha aos 18, em festas com amigos, a dependência veio cinco anos depois, quando

já frequentava os morros do Rio de Janeiro para comprar droga e o consumo era diário.

Com 28 anos, passou a usar também cocaína. “É uma droga muito mais forte e destrutiva. Eu ia para o

morro às 4h da manhã para comprar, em dia de semana. Passei a gastar boa parte do meu salário com

isso”, afirma. Na busca pelo abandono das drogas, chegou a ficar 40 dias de abstinência, mas a angús-

tia com a vida o fez voltar a consumir. Em 1995, aos 32, Marcelo, que é designer, começou a procurar

um emprego fixo, pois até então vinha trabalhando em subempregos e fora de sua área de formação.

No ano seguinte, após passar vinte dias sem usar nenhum tipo de droga, a compulsão apareceu no-

vamente. “Fiquei três dias na rua, usando cocaína, pois maconha já não tinha mais efeito, e ingerindo

bebida alcoólica. Quando voltei para casa, meu afilhado de oito anos me olhou e perguntou o que

estava acontecendo comigo”. Abalado, nesse dia Marcelo teve um princípio de overdose. “Meu coração

acelerou e tive medo de morrer. Rezei a noite toda e levantei determinado a mudar”.

O dia que mudou para sempre a vida de Marcelo foi 10 de janeiro de 1996, quando ele procurou o

Centro Vida, clínica de reabilitação credenciada à CASSI, no Rio de Janeiro (RJ). “As primeiras semanas

foram difíceis, pois há compulsão, você dorme mal e fica irritado. É preciso ajuda, sozinho não há con-

dições de parar”, avalia.

Em 2008, após a inscrição no Programa de Saúde Mental, a coordenação de cuidados de

seu tratamento passou a ser feita pela equipe de saúde da CASSI Rio de Janeiro. “Ex-

plicamos aos participantes a importância desse apoio e de que é necessário que

111111

SUPERAÇÃO

Reencontro com a vida

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se comprometam com o autocuidado e com as orientações propos-

tas. É uma oportunidade para percebermos as necessidades de cada

um e de trazê-los de volta à realidade. Ajudamos na conscientização

de que não devem se acomodar e que precisam ter responsabilidade

com a vida”, afirma uma das psicólogas do programa no RJ, Maria

Teresa Costa Paiva.

Em abril deste ano, Marcelo completou 50 anos de idade e 17 de abs-

tinência. “Fiz mestrado, doutorado, passei em um concurso público e

hoje sou professor em uma universidade federal”. Além da satisfação

com o lado profissional, o participante diz ter conquistado a vida que

sempre quis ter. “Hoje, meu relacionamento com a família é mara-

vilhoso, tenho namorada e amigos. Faço muitas coisas que me dão

prazer, artes plásticas, academia, vou a shows de rock, corro, jogo

futebol, viajo. Há muitas possibilidades de satisfação, as pessoas não

ficam caretas sem as drogas, como costumam pensar.”

Para manutenção do tratamento, ele segue com encontros duas

vezes por semana na clínica. “Fico muito feliz por estar limpo há

tantos anos. Dei uma guinada. Me sinto livre, com a vida em minhas

mãos”, conclui.

*Marcelo optou por ser identificado apenas pelo primeiro nome.

Jornal CASSI Associados

Mais velho de quatro irmãos, o associado Antônio*, 42 anos, foi pai aos

23, e hoje tem dois filhos. “Eles são os amores da minha vida”, declara.

Embora tenha sido presente durante a infância, o mesmo não aconte-

ceu na adolescência deles. O distanciamento dos filhos, dos familiares

e da companheira, e os conflitos de relacionamento com os colegas de

trabalho foram algumas consequências da dependência de álcool e de

drogas. “Perdi o que mais gostava, a minha família”, recorda.

O uso de bebida alcoólica era corriqueiro durante a adolescência e,

na faculdade, o consumo de maconha também era comum. Com o

passar dos anos, Antônio conheceu drogas mais fortes, como a coca-

ína. “Eu queria fugir da realidade. Por isso, o uso começou a ser cada

vez mais frequente.”

O problema com ansiedade e depressão, que apareceu na época em

que tomou posse no Banco do Brasil, há três anos, no interior de

São Paulo, agravou a situação. “Insatisfeito com tudo, me isolei para

consumir drogas todos os dias. Passei a perder peso e a brigar com

traficantes. Eu queria chegar ao fim da minha vida”, conta.

A vontade de mudar veio há mais ou menos um ano, com incentivo da

ex-companheira. O associado iniciou tratamento, em julho de 2012,

no Centro de Reabilitação e Desenvolvimento do Homem, clínica cre-

denciada à CASSI, em São José dos Campos (SP). Lá, o associado

conheceu “Os doze passos”, estratégia de recuperação com aborda-

gem espiritual utilizada por grupos de ajuda mútua, como Alcoólicos

Anônimos (A.A.) e Narcóticos Anônimos (N.A.).

Ao final da internação de quase 30 dias, Antônio diz ter encontrado o

despertar espiritual que precisava para seguir em frente. “Hoje, aplico

no dia a dia os quatro primeiros passos: é um momento de aceitação

do problema, em que acreditamos na força de um poder superior,

corrigimos os desvios e reparamos os danos que causamos a nós e

aos outros. Procuro remover meus defeitos, prevenir qualquer tipo de

recaída e mudar meu comportamento”, diz.

Depois de meses afastado do trabalho, o associado retornou a uma

agência do interior paulista, em dezembro de 2012. Em abril deste

ano, completou nove meses livre das drogas. A próxima meta é deixar

o cigarro. “Hoje, faço atividade física diariamente e tenho mais quali-

dade de vida. Sou formado e pós-graduado em agronomia e pretendo

atuar nessa área no Banco. Vivo um dia de cada vez e agradeço a

Deus por estar limpo. Busco simplicidade e humildade para curar as

doenças da alma.”

Nova rotina sem as drogas

*Antônio é nome fictício.

Nas 65 CliniCASSI distribuídas pelo País,

os participantes recebem assistência em saúde mental, por meio de ações de pro-moção, prevenção, diagnóstico preco-ce, tratamento e encaminhamento para especialistas, quando necessário. Nas cidades onde não há CliniCASSI, o bene-ficiário encontra atendimento nos servi-ços e profissionais da rede credenciada.

A CASSI realizou uma série de ações pelo País em abril, denominado Mês da

Saúde. As iniciativas foram promovidas em praticamente todos os Estados, com o

objetivo de difundir hábitos de vida saudáveis e o bem-estar entre os participantes.

Mês da Saúde é marcado porações pelo Brasil

Jornal CASSI Associados12

NOTÍCIAS DA CASSI

Alinhada à agenda comemorativa do Ministério da Saúde, a CASSI

intensificou ações nas CliniCASSI para marcar o Dia Mundial da Ati-

vidade Física (5/4), o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da

Saúde e Qualidade de Vida (6/4), o Dia Mundial da Saúde (7/4), o Dia

Mundial de Luta Contra o Câncer (8/4) e o Dia Nacional de Preven-

ção e Combate à Hipertensão Arterial (26/4).

Além disso, cada Unidade realizou uma programação de sensibili-

zação e atividades como caminhadas, reuniões, palestras, oficinas

temáticas, aferição de índices de saúde e distribuição de material

educativo, contendo dicas sobre alimentação saudável, atividade

física, prevenção contra o câncer e formas de controle do estresse.

As operadoras de saúde passaram, desde o dia 4 de abril, a ser obriga-

das a criar ouvidorias em suas estruturas organizacionais. A determinação

faz parte da Resolução Normativa nº 323 da Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS), publicada no Diário Oficial da União, com objetivo de

aumentar a qualidade do atendimento oferecido pelas empresas.

A norma não foi novidade para a CASSI. Antecipando-se em aproxi-

madamente três anos, a Caixa de Assistência foi uma das primeiras

instituições de saúde a implantar o serviço. Atenta em oferecer um

atendimento recursivo de qualidade aos seus públicos e manter a

integridade da imagem institucional, a Ouvidoria CASSI foi inaugura-

da em agosto de 2010, e oferecia, na ocasião, acesso ao canal por

Caixa de Assistência cria Ouvidoria antes de exigência da ANS

A CASSI recebeu homenagem da União Nacional das Instituições de

Autogestão em Saúde (Unidas), por ter alcançado a faixa mais alta do

Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar (IDSS), que qualifica

as operadoras de saúde e é medido pela Agência Nacional de Saúde

Suplementar. O evento aconteceu dia 15 de abril, em Brasília. A Caixa de

Assistência passou da segunda para a primeira melhor faixa do índice

referente ao ano de 2011, divulgado no final de 2012. A nota geral pas-

sou de 0,7850 em 2010, para 0,8157 em 2011. O Índice é composto por

quatro faixas de avaliação que vão de zero (pior índice) a um (melhor

índice), considerando as dimensões de atenção à saúde; econômico-

-financeira; estrutura e operação e satisfação dos beneficiários.

CASSI é homenageada por alto índice de desenvolvimento da saúde suplementar

Da esquerda para a direita, a diretora de Saúde e Rede de Atendimento da CASSI, Gra-ça Machado, a presidente da Unidas, Denise Elói, e a diretora de Planos de Saúde e Re-lacionamento com Clientes da Caixa de Assistência, Mirian Fochi, durante a cerimônia

meio do site. Em junho de 2012, o serviço foi estendido ao público

também por telefone, pelo 0800 729 0081.

Em 2011, a ANS realizou uma pesquisa junto às operadoras e criou

uma bonificação de estímulo para criação de unidades de ouvido-

rias. Como a CASSI já havia criado o serviço, em 2012 adquiriu o

bônus ouvidoria, pois preenchia os requisitos exigidos, além de pu-

blicar no site da Caixa de Assistência, no mesmo ano, relatórios de

desempenho do serviço. A existência da Ouvidoria CASSI contribuiu

para que a Instituição atingisse a faixa mais alta do Índice de Desen-

volvimento da Saúde Suplementar (IDSS), divulgado pela agência

reguladora no fim do ano passado (veja matéria abaixo).

13Jornal CASSI Associados

NOTAS DE SAÚDE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai regulamentar o recall de produtos ali-

mentícios no Brasil. A resolução que será criada obriga as empresas a comunicarem ao órgão

problemas constatados em seus produtos e dá poderes para que a agência aponte prazos

para o recolhimento de alimentos e a forma como a companhia deverá informar problemas

para os consumidores. Segundo o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares, a agência não

dispõe no momento de instrumentos necessários para garantir que a empresa comunique a

população sobre eventuais problemas com alimentos. No caso da recente contaminação de

suco, o fabricante não era obrigado a informar à agência sobre o desvio de produção.

“Não fomos comunicados. A informação foi dada num primeiro momento para o De-

partamento de Proteção de Defesa do Consumidor”, contou Álvares. O texto também

prevê punições em caso de desrespeito. Os mecanismos existentes hoje permitem

que as multas cheguem a R$ 1,5 milhão.

Anvisa cria regra para recall de alimentos

Cientistas dinamarqueses aguardam o resultado de um experi-

mento que, se der certo, significa a cura da aids, causada pelo

vírus HIV, doença que afeta 33 milhões de pessoas em todo o

mundo. A equipe estuda uma nova técnica que “remove” o vírus a

partir do DNA humano e, em seguida, o destrói permanentemente

pelo sistema imunológico do paciente. A nova estratégia deverá

ser estudada em larga escala. Os pesquisadores do Hospital da

Universidade de Aarhus, na Dinamarca, onde o estudo está sendo

desenvolvido, consideram que os resultados são promissores.

Cura contra a aids podeestar próxima

Além dos benefícios ao coração causados pelo consumo do azei-

te de oliva, nutricionistas demonstram que o aroma do ingrediente

pode também fazer bem à saúde. Recente estudo constatou que,

comparado a outros óleos e gorduras, o azeite de oliva extravir-

gem tem maior probabilidade de elevar a sensação de satisfação

do apetite de quem o consumiu numa refeição. Mas em outra fase,

o estudo demostrou que o acréscimo do aroma de azeite de oliva

a um alimento (pela adição de um extrato aromático) reduziu as

calorias consumidas pelas pessoas e melhorou índices de açúcar

no sangue. O objetivo do novo estudo foi analisar os fatores que

levam alguns alimentos a produzir mais saciedade que outros. Os

sentidos do olfato e do paladar estão fortemente interligados. Pes-

quisas anteriores já demonstraram que a manipulação do aroma

de determinados alimentos pode influenciar o quanto as pessoas

optam por comer.

Cheiro bom também para a saúde

EMAILS

Fala ssociado

ABERTURA DE CLINICASSI

Gostaria de saber por que a CASSI não instala uma CliniCASSI aqui

no Sul de Minas, nas cidades de Varginha, Pouso Alegre, Poços de

Caldas e Três Corações. Aqui no interior, ficamos a mercê da má

vontade dos médicos credenciados, que reclamam da burocracia

para receberem seus honorários pela CASSI.

Luiz Nogueria Barros – Três Corações (MG)

CASSI responde: Luiz, para que seja viável financeiramente a

instalação e a permanência de uma CliniCASSI é necessário que

morem na mesma localidade 1,2 mil participantes, sendo 800 do

Plano de Associados. As cidades citadas pelo senhor não atendem

ao critério populacional. O número de participantes, no entanto,

não é uma deliberação da CASSI, pois depende, entre outros fa-

tores, do aumento do quadro de funcionários do Banco do Brasil.

REDE CREDENCIADA

A propósito de matéria sobre a rede credenciada, Jornal CASSI As-

sociados nº 85, sobre os médicos credenciados, desinteressados

em atender, quero acrescentar que aqueles que ainda o fazem têm

duas agendas: uma para particulares e outra para plano de saú-

de. Uma consulta “particular” se consegue até para o dia seguinte;

quanto às consultas pela CASSI, a demora chega a quatro meses.

Fernando Samuel Gonzalez Vidal – Votuporanga (SP)

CASSI responde: Fernando, estamos mapeando sua região para

que possamos melhorar o atendimento e suprir as carências em

algumas especialidades. Quanto à sua afirmação sobre a existên-

cia de duas agendas, a CASSI atua para estreitar relações com os

prestadores de serviços, diminuir o tempo de espera dos agenda-

mentos e manter a qualidade do atendimento.

Envie seu comentário sobre as matérias para o [email protected].

Reclamações e solicitações sobre outros assuntos devem ser enca-

minhadas pelo Contato Eletrônico, disponível em www.cassi.com.br,

link Fale com a CASSI.

GASTO NOS ÚLTIMOS ANOS DE VIDA

Na edição 86, tanto o editorial como a entrevista do médico Mar-

cos Bosi Ferraz conduzem à infeliz tentativa de mostrar aos asso-

ciados que no “último ano de vida de cada um se concentram 70%

dos gastos com saúde, e que mais da metade disso ocorrem nos

últimos quatro meses de vida do paciente”. O assunto precisa ser

debatido, sim, mediante um permanente e forte monitoramento

dos médicos de família, para que os associados possam usufruir

de uma velhice digna e com qualidade. O médico Ferraz aparenta

ser moço, possivelmente cinquentão, pois se fosse mais velho e

mais experimentado, não teria soltado a frase “infelizmente em

situação como essa (ilusão de prorrogação da vida), temos que

aceitar a morte desse indivíduo”.

Carlos Passoni Junior – Florianópolis (SC)

CASSI responde: Carlos, a CASSI não teve a intenção de desrespeitar

os seus associados ou tratar friamente de um assunto como a saúde

do participante, razão de ser da Caixa de Assistência. O entrevistado

também não teve essa intenção ou tratou com menor importância a

questão. Na matéria, o pesquisador mostrou os resultados da pesquisa:

que mesmo concentrando fortemente os gastos no fim da vida, não se

consegue prolongá-la ou garantir maior qualidade ao beneficiário. O

estudo evidencia aspectos importantes que precisam ser levados em

conta. Um deles é que, aproveitando-se da fragilidade das famílias e

dos pacientes que estão próximos ao fim da vida, muitos serviços são

oferecidos ilusoriamente como promessa de reverter o quadro, mas

são revestidos de interesse econômico. O outro é a análise de dados da

pesquisa que ratificam a estratégia da CASSI de investir em prevenção.

Aplicar os recursos disponíveis para cuidar da saúde e evitar o adoeci-

mento, por meio de ações de prevenção, como a CASSI vem fazendo

há mais de 15 anos, parece mais lógico do que concentrar a oferta de

serviços quando as condições de saúde estão tão críticas que não se

consegue mais devolver boa qualidade de vida ao participante.

Jornal CASSI Associados14

Ao usar adequadamente seu Plano, você contribui para a sustentabilidade financeira e a eficiência dos serviços da Caixa de Assistência. Conheça as principais dicas.

Mantenha seu cadastro atualizado: acesse o www.cassi.com.br, faça login na página Associados e clique em Atualização Cadastral. Isso garante a chegada de informações importantes até você. Quem não tem cadastro no site deve, antes, clicar em Obter Senha de Acesso, no menu à esquerda, no alto da página.

Consulte primeiro o site quando precisar de atendimento: o portal da Caixa de Assistência na internet oferece agilidade e comodidade para acessar vários serviços. Antes de ligar para a Central CASSI, conheça as funcionalidades dis-poníveis no site.

Tenha um generalista como médico de confiança: ele acompanhará melhor sua saúde. Os participantes cadastrados na Estratégia Saúde da Família das CliniCASSI são acompanhados por equipe multiprofissional que inclui médico de família (generalista).

Use as CliniCASSI: sempre que necessitar de consultas com médico de famí-lia ou generalista e atendimento ambulatorial. Há 65 CliniCASSI funcionando no País. Verifique a mais próxima pelo link Localize a CASSI do site.

Saiba a diferença entre pronto-socorro e consulta: evite procurar pronto-so-corro ou atendimento ambulatorial em hospitais para tratamentos ou ações pre-ventivas, pois dificulta o acesso da assistência aos casos mais graves e custa mais caro do que consultas com hora marcada.

Use a Central CASSI de forma adequada: tenha sempre o seu cartão de identifi-cação em mãos ao ligar, anote o número do protocolo e dê preferência ao telefo-ne fixo para fazer as ligações. A Central funciona 24h, todos os dias da semana.

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