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October Doom Magazine edição #10 24 02 2015

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Page 1: October Doom Magazine edição #10 24 02 2015

Entrevista da Semana: Duncan Patterson.Por Morgan Gonçalves

Compositor, baixista e tecladista de Liverpool, na Inglaterra, possui uma

carreira entrelaçada com algumas bandas expoentes dos gêneros Doom / Prog e Alternativo, entre elas, Anathema, Antimatter, Ìon e Alternative 4. Recentemente Duncan iniciou o projeto “The Eternity Suite”, que conterá composições de diversos momentos de sua carreira, incluindo músicas nunca lançadas. Em paralelo à isso, ocorre o projeto “Resonance Tour”, que reunirá Duncan, Darren White e Anathema, para reviver momentos e tocar músicas de todos os períodos de um dos maiores nomes do Doom Metal Mundial: Anathema.Morgan Gonçalves: Seu primeiro trabalho com o Anathema foi o aclamado Serenades, em 1993, e na época você tinha 18 anos. Você imaginava o impacto que este disco poderia causar no cenário Doom Metal?Duncan Patterson: A minha primeira gravação foi, na verdade, em 1991, eu tinha 16 anos. Nós lançamos um vinil 7” através do Selo Witchhunt. Após esse registro, gravamos o EP Crestfallen que precedeu Serenades. No momento em que o álbum foi lançado, estávamos bem cientes de onde estávamos na cena, e tivemos algo diferente acontecendo em comparação com o que estava acontecendo ao nosso redor e tinhamos influências variadas. Para nós não houve apenas uma paixão ao entrar no Metal ainda adolescentes, houve muito mais, juntamente com a paixão por este novo subgênero que estava crescendo.M.G: Em 98, com sua saída do Anathema, se encerrou um capitulo em sua vida profissional. Neste mesmo período, iniciou-se a parceria com Mick Moss. Como foi essa transição entre o “Alternative 4” e “Savior”, primeiro disco do Antimatter?D.P: Por muito tempo pensei em fazer um álbum com uma cantora. Acho que isso aconteceu quando gravamos a versão cover “Better Off Dead”, com Michelle Richfield. Então, quando percebi que meu tempo no Anathema estava chegando ao fim, comecei a colocar as coisas em movimento para tentar obter outra banda. Eu descobri um monte de músicas novas e coisas inovadoras nessa época, especialmente na cena eletrônica/experimental, e a última coisa que eu queria fazer era tocar em uma banda de rock de novo. Meu plano era descobrir um novo território musical. Eventualmente, acabamos fazendo Antimatter como um projeto duo, com vocalistas convidados eno momento em que obtivemos a música “Savior” tivemos uma direção clara e dois estilos de composição que eram compatíveis naquele momento. Eu só desejava que tivéssemos algum tipo de orçamento para a gravação. Eu tive que pedir, emprestar e roubar apenas para ter o álbum gravado de uma forma básica.

M.G: Antes de “Planetary Confinament”, lançado em 2005, você deixou o Antimatter e iniciou “Íon”, que já lançou dois álbuns (Madre, Protégenos em 2006 e Immaculada, em 2010). Em 2011 você também iniciou o projeto Alternative 4, que já está em seu segundo Full length, sendo o primeiro “The Brink” (2011) e “The Obscurants”, (2014). Há relações entre estes projetos? Como você administra as agendas de ambas as bandas?D.P: Íon para mim era como um detox musical ou uma limpeza espiritual. Foi um grande período da minha vida, atraí pessoas mais positivas que me ajudaram muito, enquanto os personagens negativos pareciam cair. Ao mesmo tempo, ainda era difícil conseguir um line up para Íon. Até o momento em que “Immaculada” foi lançado, a gravadora tinha parado as operações e os músicos que havia reunido tinham escolhido outras prioridades. Então, decidi colocar Alternativa 4 em atividade já que eu já tinha algumas ideias musicais e conceituais. A ligação entre os projetos é algo pessoal, que só eu compreendo mesmo. Íon não possui uma agenda, eu gravo quando sinto que o tempo é certo. Quanto ao Alternative 4, ainda estou tentando obter um Line up de pessoas que estão nele pelas razões certas. Mas eu tenho de falado com um velho amigo recentemente e talvez possamos ter o ajuste perfeito para um vocalista em breve. Este é um cara que eu fiz um monte de música no passado, e, que nos ajudou (Anathema) a escrever várias músicas para The Silent Enigma.M.G: Recentemente você lançou no site pledgemusic.com, um projeto intitulado “The Eternity Suite” e na descrição do projeto você diz que é uma “releitura de composições ao longo de mais de 20 anos de carreira”. Conte mais sobre esse projeto e o que podemos esperar deste trabalho?

(The Eternity Suite: Por Duncan Patterson)D.P: É algo que eu sempre quis fazer, isso é, versões clássicas regravadas do meu trabalho. Várias das músicas foram descritas como ‘cinematográficas’ no passado, e eu concordo com isso. Então, estou gravando versões cinematográficas de minhas composições. Dividi este projeto em 3 álbuns: O primeiro é ‘The Eternity Suite”, que gira em torno de minhas composições para o álbum “Eternity” que fiz ainda no Anathema, e temas semelhantes que tenho escrito desde então. Estes serão tocados em torno do piano, instrumentos de cordas, guitarra clássica, talvez um pouco de percussão e arranjos corais. O segundo álbum será mais focado no lado mais escuro, mais pesado das coisas. Vou acrescentar seções de metal e grandes dinâmicas a este álbum. Em seguida, o terceiro será o lado mais feminino, mais leve do meu trabalho. É um projeto

empolgante para mim, e eu realmente estou entrando de cabeça nesse trabalho.M.G: 18 Anos após sua saída do Anathema, o anúncio da “Resonance Tour”, que reunirá, além de você, Darren White e a formação atual do Anathema, reanimou muitos fãs dos primeiros trabalhos da banda. Qual a expectativa para esta turnê e como você vê esse reencontro?D.P: Eu não sei o que esperar desta turnê hoje em dia. A cena é completamente diferente agora do que quando eu estava tocando durante os anos 90. Mas o objetivo desta Tour é tocar juntos pela última vez, e desenhar uma linha sob todo o trabalho que fizemos juntos. Danny também disse que vê isso como uma maneira de dar a Darren e a mim o reconhecimento que nós merecemos pelos nossos papéis passados na história da banda, o que é legal da parte dele. Só espero que a gente encontre um monte de velhos amigos e aproveitemos esta ocasião especial.M.G: Duncan, muito obrigado por realizar está entrevista para o October Doom WebZine. Tanto seu trabalho no Anathema, quanto no Antimatter, Íon e Alternative 4 são muito respeitados no Brasil. Esperamos poder tê-lo por aqui em breve. Agora, para finalizar: Deixe uma mensagem para os fãs brasileiros e sul americanos.D.P: Obrigado pela cobertura e interesse. Melhor da sorte! Aos fãs, espero encontra-los em breve. Muito Obrigado

Metal além de todas as fronteiras.Por Morgan Gonçalves

Formado em 2009, na Alemanha, King Heavy é uma banda resultada da amizade de Luce

(Vocais), Daniel (Baixo), Matias (guitarra) e Miguel (Bateria). Em 2013 a banda lançou o primeiro EP, intitulado Horror Absoluto, contendo quatro faixas e lançado de forma independente. Em 2014 a banda iniciou a “Horror Absoluto South American Tour”, que passou por Chile, Peru e Equador. Algo muito peculiar em King Heavy, é que a banda transcende tanto fronteiras geográficas, a que os integrantes são do Chile e da Bélgica, quanto fronteiras sonoras, mesclando Doom e Heavy Metal, numa proposta bem interessante.Em 2015 a banda realiza sua primeira Turnê Europeia, que conta com datas confirmadas para os Festivais Malta Doom Metal, em outubro e Dutch Doom Days (final de outubro/início de novembro), o que só reforça a qualidade da banda.

(King Heavy, em Puerto Varas, Chile)Para conhecer mais sobre o King Heavy, basta curtir página da banda no Facebook: King Heavy

October Doom WebZine. Edição 10, de 24 de Fevereiro de 2015 Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment