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Entrevista da Semana: Huey Por Morgan Austere H uey foi formado em São Paulo. SP, em meados de 2010 e traz uma proposta bastante nova ao cenário nacional, que é a introdução da música instrumental. A banda conta com um “Ep”, dois “Singles” e um “Full- Leght” para aos amantes tanto da música instrumental como do velho Stoner Doom Metal... O line up da banda e composto pelos seguintes membros: Vellozo (Baixo), Rato (Bateria), Vina (Guitarra), Minoru (Guitarra) e Dane EL (Guitarra). Então essa semana é com Vina, guitarrista da banda que trocaremos nossa ideia esperta. Morgan Austere: Quais ascendências do Huey? E qual a origem do nome da banda? Vina: Nós éramos amigos e sempre estivemos envolvidos no underground, tomávamos algumas cervejas e já existia uma vontade de montar um projeto, já que nossas outras bandas estavam paradas. Falei primeiro com o Minoru, ele que deu a ideia de colocarmos 3 guitarras e na mesma hora chamamos o Dane El e mais tarde o Vellozo e o Rato entraram e desde então essa é a formação do Huey. O nome foi o Minoru que deu a ideia, é uma expressão mexicana que quer dizer “mano” ou “cara”, mas na verdade a grafia é “wey” (como no nosso EP), mas preferimos mudar p/ Huey pelo modo da pronúncia. (Huey - Instrumental/Stoner Doom Metal - SP. 2014) M.A: Lançado em 2010 o EP “¡Qué no me chingues wey!” Teve uma ótima aceitação? Como foi o processo de composição do EP? E como recebido pelo público? Vina: Cara, a aceitação foi bem legal e 90% das cópias esgotaram no mesmo dia que lançamos. O disco foi gravado no estúdio Fábrica de Sonhos, do Bernardo Pacheco, guitarrista do Elma, que já era nosso amigo e na época tínhamos certeza de que ele seria o cara que mais entenderia o que a gente queria passar para a gravação, e foi. Com o disco na mão, fizemos um show de lançamento e a galera comprou o disco em peso. Isso foi bem foda, porque o palco é onde uma banda está 100% plena. E nesse show o público entendeu e foi atingido pela mensagem que queríamos passar. M.A: Em 2014 a banda participou do “Festival a Música Muda” que teve atrações tanto nacionais como internacionais, pode-se notar certa ambiguidade no nome do festival pelo fato de não ter vocais e pelo fato da música mudar. Você acha que o Huey se encaixa nesse molde? E como foi que ocorreu esse processo de introdução da banda no evento, foi algo planejado ou aconteceu de forma espontânea? Vina: O A Música Muda é uma idealização nossa. O Dane El veio com a ideia e juntos a gente colocou a coisa em pratica. O nome foi ideia dele também e tem mesmo essa brincadeira da música mudar, de ser sem vocal, mas que de muda não tem nada porque ela está aí, ativa e transmitindo mensagens interpretativas e livres de amarras. Cada pessoa é única e para cada uma delas existe uma mensagem esperando para ser codificada. Por isso essa brincadeira com o nome fica mais aspecto no sensorial que no objetivo. O Huey se encaixa muito nesse recorte. A ideia, o conceito, as bandas…. Tudo ali era parte de algo que a gente acredita. E quando você acredita, aquilo é parte do que você é. Por isso, acho que nossa participação na primeira edição foi um processo natural como você perguntou. Tínhamos bandas de diferentes linguagens, até geograficamente falando, só que todas partem de um diálogo comum. M.A: Lançado em abril de 2014, o Full-Lenght intitulado “Ace”, mantém a mesma fisionomia dos primeiros álbuns mesclando o inglês, português e o espanhol como foi essa escolha multilinguística? A banda tem planos de voltar os estúdios ou esse processo vai demorar? Vina: O nome das músicas é livre. A música é uma arte universal, então porque ficar preso a uma só língua? O que a gente quer é passar a nossa mensagem do nosso jeito. Seja em mandarim, português ou qualquer outra língua em que a gente se sinta à vontade para comunicar algo. Já que as músicas não têm letra, acho legal pensar e tentar transmitir algo pelo nome delas. Mas isso não é exatamente uma regra. M.A: Agradecemos a participação da banda, gostariam de deixar algum recado para os fãs da banda? Vina: Cara, a gente é que agradece. É sempre bom e revigorante ver mais e mais publicações em defesa da música underground. Queria dizer também que cada um que escuta nossa música é importante. Cada um que comparece nos shows é importante. Diria que temos pessoas que compartilham do nosso sonho de fazer a música que a gente acredita. Essa é a verdade que queremos passar para quem acompanha o Huey. A gente agradece. Visitem as páginas da banda: Facebook.com/ hueyband e hueyband.bandcamp.com/ Um Belo Lugar para Morrer Por Morgan Gonçalves C om o nobre objetivo de produzir sonoridade próxima do Doom Metal “Old School”, R.O.L.F. (Remembrance of Lysergik Funeral) o trio, formado por Yaiza (baixo e vocal); Fernando (Guitarra) e Matt (Bateria) no sul da Espanha em 2007. Os caras, que hoje tocam Doom, Stoner, Sludge e outras influências, lançaram em 2010 sua demo homônima, que no fim do mesmo ano, lhes rendeu sua primeira turnê dentro da Espanha. Em 2012 “American Tape”, que possui download gratuito na página do bandcamp da banda, foi apresentado ao público, o disco possui oito faixas que trazem reffs cadenciados e agressivos e vocais guturais intensos. Atualmente o R.O.L.F lançará seu segundo full, intitulado “Es un Hermoso Lugar para Morir”, que deve sair entre junho e agosto desse ano. (Capa do álbum Es un Hermoso Lugar para Morir - 2015) Para saber mais sobre R.O.L.F, visite: Facebook. com/RemembranceOfLysergikFuneral e https://rolfcamp.bandcamp.com/ Metalobos - Doom/Death Mexicano Por Morgan Gonçalves M etalobos, de Leon, no México é uma banda recém-formada (novembro/2014) e em abril de 2015, os caras já lançaram seu primeiro Ep, que leva o nome da banda. A sonoridade do Metalobos engloba Doom, Death Metal e incorpora elementos melódicos e acústicos, que deixam o som agressivo e com andamentos sombrios e depressivos. Formada por Dante (Vocal); E. Santamaría (Guitarra e Vocal); Adesthor (Guitarra); De Anda (Baixo) e A. Escalona (bateria)a banda tocou em abril desse ano no Horror Metal Fest, abrindo para os Italianos do Cadaveria. O Debut dos caras é bem intrigante e definitivamente possui originalidade nos acordes, trazendo partículas de Stoner junto com os elementos, por assim dizer, tradicionais do Doom Metal. É uma banda nova, mas que já mostrou que tem muito para contribuir com o cenário Doom Mexicano. Mais em Facebook.com/matalobosofficia October Doom WebZine. Edição 21, de 12 de maio de 2015 Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment

October Doom Magazine edição #21 12 05 2015

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Page 1: October Doom Magazine edição #21 12 05 2015

Entrevista da Semana: Huey Por Morgan Austere

Huey foi formado em São Paulo. SP, em meados de 2010 e traz uma proposta

bastante nova ao cenário nacional, que é a introdução da música instrumental. A banda conta com um “Ep”, dois “Singles” e um “Full-Leght” para aos amantes tanto da música instrumental como do velho Stoner Doom Metal... O line up da banda e composto pelos seguintes membros: Vellozo (Baixo), Rato (Bateria), Vina (Guitarra), Minoru (Guitarra) e Dane EL (Guitarra). Então essa semana é com Vina, guitarrista da banda que trocaremos nossa ideia esperta.Morgan Austere: Quais ascendências do Huey? E qual a origem do nome da banda?Vina: Nós éramos amigos e sempre estivemos envolvidos no underground, tomávamos algumas cervejas e já existia uma vontade de montar um projeto, já que nossas outras bandas estavam paradas. Falei primeiro com o Minoru, ele que deu a ideia de colocarmos 3 guitarras e na mesma hora chamamos o Dane El e mais tarde o Vellozo e o Rato entraram e desde então essa é a formação do Huey.O nome foi o Minoru que deu a ideia, é uma expressão mexicana que quer dizer “mano” ou “cara”, mas na verdade a grafia é “wey” (como no nosso EP), mas preferimos mudar p/ Huey pelo modo da pronúncia.

(Huey - Instrumental/Stoner Doom Metal - SP. 2014)M.A: Lançado em 2010 o EP “¡Qué no me chingues wey!” Teve uma ótima aceitação? Como foi o processo de composição do EP? E como recebido pelo público?Vina: Cara, a aceitação foi bem legal e 90% das cópias esgotaram no mesmo dia que lançamos. O disco foi gravado no estúdio Fábrica de Sonhos, do Bernardo Pacheco, guitarrista do Elma, que já era nosso amigo e na época tínhamos certeza de que ele seria o cara que mais entenderia o que a gente queria passar para a gravação, e foi. Com o disco na mão, fizemos um show de lançamento e a galera comprou o disco em peso. Isso foi bem foda, porque o palco é onde uma banda está 100% plena. E nesse show o público entendeu e foi atingido pela mensagem que queríamos passar. M.A: Em 2014 a banda participou do “Festival a Música Muda” que teve atrações tanto nacionais como internacionais, pode-se notar certa ambiguidade no nome do festival pelo fato de não ter vocais e pelo fato da música mudar. Você acha que o Huey se encaixa nesse

molde? E como foi que ocorreu esse processo de introdução da banda no evento, foi algo planejado ou aconteceu de forma espontânea?Vina: O A Música Muda é uma idealização nossa. O Dane El veio com a ideia e juntos a gente colocou a coisa em pratica. O nome foi ideia dele também e tem mesmo essa brincadeira da música mudar, de ser sem vocal, mas que de muda não tem nada porque ela está aí, ativa e transmitindo mensagens interpretativas e livres de amarras. Cada pessoa é única e para cada uma delas existe uma mensagem esperando para ser codificada. Por isso essa brincadeira com o nome fica mais aspecto no sensorial que no objetivo. O Huey se encaixa muito nesse recorte. A ideia, o conceito, as bandas…. Tudo ali era parte de algo que a gente acredita. E quando você acredita, aquilo é parte do que você é. Por isso, acho que nossa participação na primeira edição foi um processo natural como você perguntou. Tínhamos bandas de diferentes linguagens, até geograficamente falando, só que todas partem de um diálogo comum.M.A: Lançado em abril de 2014, o Full-Lenght intitulado “Ace”, mantém a mesma fisionomia dos primeiros álbuns mesclando o inglês, português e o espanhol como foi essa escolha multilinguística? A banda tem planos de voltar os estúdios ou esse processo vai demorar?Vina: O nome das músicas é livre. A música é uma arte universal, então porque ficar preso a uma só língua? O que a gente quer é passar a nossa mensagem do nosso jeito. Seja em mandarim, português ou qualquer outra língua em que a gente se sinta à vontade para comunicar algo. Já que as músicas não têm letra, acho legal pensar e tentar transmitir algo pelo nome delas. Mas isso não é exatamente uma regra. M.A: Agradecemos a participação da banda, gostariam de deixar algum recado para os fãs da banda?Vina: Cara, a gente é que agradece. É sempre bom e revigorante ver mais e mais publicações em defesa da música underground. Queria dizer também que cada um que escuta nossa música é importante. Cada um que comparece nos shows é importante. Diria que temos pessoas que compartilham do nosso sonho de fazer a música que a gente acredita. Essa é a verdade que queremos passar para quem acompanha o Huey. A gente agradece.Visitem as páginas da banda: Facebook.com/hueyband e hueyband.bandcamp.com/

Um Belo Lugar para MorrerPor Morgan Gonçalves

Com o nobre objetivo de produzir sonoridade próxima do Doom Metal “Old

School”, R.O.L.F. (Remembrance of Lysergik Funeral) o trio, formado por Yaiza (baixo e vocal); Fernando (Guitarra) e Matt (Bateria) no sul da Espanha em 2007. Os caras, que hoje tocam Doom, Stoner, Sludge e outras influências, lançaram em 2010 sua demo homônima, que no fim do mesmo

ano, lhes rendeu sua primeira turnê dentro da Espanha. Em 2012 “American Tape”, que possui download gratuito na página do bandcamp da banda, foi apresentado ao público, o disco possui oito faixas que trazem reffs cadenciados e agressivos e vocais guturais intensos.Atualmente o R.O.L.F lançará seu segundo full, intitulado “Es un Hermoso Lugar para Morir”, que deve sair entre junho e agosto desse ano.

(Capa do álbum Es un Hermoso Lugar para Morir - 2015)Para saber mais sobre R.O.L.F, visite: Facebook.com/RemembranceOfLysergikFuneral e https://rolfcamp.bandcamp.com/

Metalobos - Doom/Death MexicanoPor Morgan Gonçalves

Metalobos, de Leon, no México é uma banda recém-formada (novembro/2014)

e em abril de 2015, os caras já lançaram seu primeiro Ep, que leva o nome da banda. A sonoridade do Metalobos engloba Doom, Death Metal e incorpora elementos melódicos e acústicos, que deixam o som agressivo e com andamentos sombrios e depressivos. Formada por Dante (Vocal); E. Santamaría (Guitarra e Vocal); Adesthor (Guitarra); De Anda (Baixo) e A. Escalona (bateria)a banda tocou em abril desse ano no Horror Metal Fest, abrindo para os Italianos do Cadaveria. O Debut dos caras é bem intrigante e definitivamente possui originalidade nos acordes, trazendo partículas de Stoner junto com os elementos, por assim dizer, tradicionais do Doom Metal. É uma banda nova, mas que já mostrou que tem muito para contribuir com o cenário Doom Mexicano.

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October Doom WebZine. Edição 21, de 12 de maio de 2015 Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment