73

Pantone 296 33708-AEP/MTG Capa AEP · da gestão financeira. O meu impedimento por doença acabou por colocá-lo à cabeça de todas as negociações, com a Banca, com os Ministérios,

Embed Size (px)

Citation preview

Pantone 296 33708-AEP/MTG_ Capa AEP

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

ÍNDICE

1. ESTRUTURA 031.1. Estrutura Associativa 041.2. Estrutura Organizacional 07

2. INDICADORES 11Análise Gráfica 12

3. MENSAGEM DO PRESIDENTE 13

4. RELATÓRIO DO CONSELHO GERAL 17

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 21

6. ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO 236.1. Economia Internacional 246.2. Economia Nacional 25

7. ACTIVIDADE DO UNIVERSO AEP 297.1. AEP – Associação Empresarial de Portugal 307.2. CESAE – Centro de Serviços e Apoio às Empresas 327.3. EGE – Escola de Gestão Empresarial 337.4. Exponor – Associação para a Feira Internacional do Porto 337.5. SPEC – Sociedade Portuguesa de Exposições e Congressos, S.A. 347.6. Planiserv – Sociedade de Planeamento e Serviços Técnicos, S.A. 357.7. Ludoparque – Animação e Lazer, S.A. 357.8. Eurisko – Estudos, Projectos e Consultoria, S.A. 367.9. Parque-Invest – Sociedade Promotora de Parques Industriais, S.A. 367.10. Exponor-Brasil, Lda. 377.11. Exponor Digital – Sociedade de Informação, S.A. 387.12. ExpoCoimbra – Promoção e Gestão de Feiras, S.A. 387.13. Património 39

8. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 418.1. Análise Económica 428.2. Análise Financeira 43

9. CONTAS DO EXERCÍCIO 459.1. Contas da AEP – Associação Empresarial de Portugal 46

9.1.1. Demonstrações Financeiras 469.1.2. Anexo às Demonstrações Financeiras 529.1.3. Relatório dos Auditores 679.1.4. Parecer do Conselho Fiscal 69

2

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

1. ESTRUTURA

1.1. ESTRUTURA ASSOCIATIVA – AEP – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

CONSELHO GERAL

Presidente Ângelo Ludgero da Silva Marques, (Eng.)Cifial, SGPS, S.A.

Vice-Presidente Jorge Armindo de Carvalho Teixeira, (Dr.)Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A.

Vogais Adalberto Neiva de Oliveira, (Dr.) Cabelte Holding, SGPS, S.A.

Adolfo da Cunha Nunes Roque, (Eng.)Revigrés – Indústria de Revestimentos de Grés, Lda.

Alberto João Coraceiro de Castro, (Prof. Doutor)Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto

Alberto Pereira de Mesquita, (Eng.)A.M. Mesquita & Filhos, S.A.

Alexandre José da Silva Rodrigues de MagalhãesMapril – Produtos Químicos e Máquinas para a Indústria, S.A.

Américo Ferreira de Amorim Amorim Investimentos e Participações, SGPS, S.A.

Aníbal da Costa Reis de Oliveira Fábrica Têxtil Riopele, S.A.

António Fernando Couto dos Santos, (Eng.)

António Rios de Amorim, (Dr.)Amorim & Irmãos, SGPS, S.A.

António Rui de Lacerda Carrapatoso, (Dr.)Vodafone – Telecel – Comunicações Pessoais, S.A.

Arlindo da Costa Leite Vicaima – Indústria de Madeiras e Derivados, S.A.

Carlos Manuel de Melo Ribeiro, (Dr.)Siemens, S.A.

Fortunato Oliveira Frederico Fortunato O. Frederico & Cª Lda.

Ilídio da Costa Leite de Pinho, (Eng.)IP Holding, SGPS, S.A.

João António Morais da Costa Pinto, (Dr.)

João Manuel Fialho Martins Serrenho, (Eng.) CIN – Corporação Industrial do Norte, S.A.

4

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Joaquim Dias Cardoso

José António Ferreira de Barros, (Eng.)S.P.G.M., Sociedade de Investimento, S.A.

José Manuel dos Santos Fernandes, (Eng.) Frezite – Ferramentas de Corte, S.A.

José Maria de Sá Correia, (Dr.)

Laurindo Correia da Costa Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.

Luís António Silva Duarte Portela, (Dr.)Bial – Portela & Cª, S.A.

Luís Manuel Pêgo Todo Bom, (Eng.)

Manuel Ferreira de Oliveira, (Prof. Doutor)Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.

Manuel Monteiro Soares Fernandes de Magalhães, (Dr.) Papeleira Portuguesa, S.A.

Maria Estela Guedes Barbosa Rodrigues de Magalhães Barbot, (Dra.)Produtos Sarcol, S.A.

Paulo Jorge dos Santos Fernandes, (Eng.)F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A.

Rui de Carvalho Araújo Moreira, (Dr.)

Salvador da Cunha Guedes, (Dr.) Sogrape – Vinhos de Portugal, S.A.

Vera Margarida Alves Pires Coelho, (Dra.)Edifer – Construções Pires Coelho & Fernandes, S.A.

António Afonso de Pinto Galvão Lucas, (Eng.)Fábrica Cerâmica de Valadares, S.A.

Manuel Soares de Oliveira Violas, (Dr.)Cotesi – Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A.

Paulo Manuel Gonçalves Pinto de Barros Vale, (Dr.)B.V. Trading, Lda.

Salvador Acácio Martins Caetano, (Eng.) Baviera – Comércio de Automóveis, S.A.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Ângelo Ludgero da Silva Marques, (Eng.)Cifial, SGPS, S.A.

Vice-Presidente António Fernando Couto dos Santos, (Eng.)

5

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Vogais Jorge Armindo de Carvalho Teixeira, (Dr.)Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A.

Alberto Pereira de Mesquita, (Eng.)A.M. Mesquita & Filhos, S.A.

João António Morais da Costa Pinto, (Dr.)

José António Ferreira de Barros, (Eng.)S.P.G.M., Sociedade de Investimento, S.A.

José João Soares Miranda Coelho, (Dr.)

Jorge Pedro Moreira Renda dos Reis, (Eng.)

Manuel Joaquim Pinho Moreira de Azevedo, (Prof. Doutor)

COMISSÃO EXECUTIVA

Presidente António Fernando Couto dos Santos, (Eng.)

Vogais José João Soares Miranda Coelho, (Dr.)

Jorge Pedro Moreira Renda dos Reis, (Eng.)

Manuel Joaquim Pinho Moreira de Azevedo, (Prof. Doutor)

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente António Luís Amorim Martins, (Eng.)Conduril – Construtora Duriense, S.A.

Vice-Presidente Armindo Rodrigo Vieira LeiteTertir – Terminais de Portugal, S.A.

Secretário Francisco de Nápoles Ferraz de Almeida e Sousa, (Eng.)

CONSELHO FISCAL

Presidente Artur Eduardo Brochado dos Santos Silva, (Dr.) Banco Português de Investimento, S.A.

Vogais Adelino da Silva Matos, (Eng.)A. Silva Matos – Metalomecânica, S.A.

João Albino Cordeiro Augusto, (Dr.) (ROC n.° 632)João Augusto & Associados, SROC, S.A.

Vogal (suplente) Adelaide Maria Viegas Clare Neves, (Dra.) (ROC n.° 862)Figueiredo, Neves & Associados, SROC, S.A.

6

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

7

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

1.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Assessores

Serviços de Apoio

Serviços Centrais

CERTIF

APCER

APCTP

AINP

Norgarante, SA

Participações

Estrutura Central

AEP Empresas

FormaçãoProfissional

Assoc. e Inform.Empresarial

ProjectosEspeciais

Escola GestãoEmpresarial

CESAE

Património

Assoc. ParquesExp. Norte

Europarque

Cogitus, SA

Unidades Nucleares

Exponor - FeiraIntern. Porto

SPEC, SA

Planiserv, SA

ExpoCoimbra, SA

Exponor Digital, SA

Exponor-Brasil, Ltda

CCI

Eurisko, SA

Parque-Invest, SA

Ludoparque, SA

IDIT

PIM, SARL

Novos Negócios

Portus Park, SA

GestinLeiria, SA

ChavesParque, SA

TYPar, SA

GestinViseu, SA

ParedesIndustrial, SA

GestinViana, SA

TirsoParques, SA

InterMinho, EM

ASSEMBLEIA GERAL

Delegações Participações Institucionais

Cons. Sup. Assoc.

Conselho Fiscal

Área Associativa e CCI Área Património Área EmpresarialNegócios Nucleares

Área EmpresarialNovos Negócios

C. Executiva C. A.

Conselho Administração

Conselho Geral

Conselho Consultivo

Internacionalizaçãoe Promoção Externa

8

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

RESPONSÁVEIS OPERACIONAIS

A) AEP – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

AEP Empresas António Pêgo, (Dr.) Director

Internacionalização e Promoção Externa Helena Ramos, (Engª.) Directora

Áreas de Apoio e ServiçosDepartamento Financeiro e de Contabilidade Fernando Santos, (Dr.) DirectorGabinete de Controlo de Gestão Ana Castro, (Dra.) DirectoraGabinete de Estudos Pedro Capucho, (Dr.) Director Serviços Jurídicos e de Contencioso Irene Fortuna, (Dra.) DirectoraServiços de Informática Óscar Azevedo, (Eng.) DirectorGabinete de Comunicação e Imagem Lurdes Sarmento, (Dra.) Directora Gabinete de Recursos Humanos Beatriz Magalhães, (Dra.) Directora Central de Compras Ana Maria Sousa, (Dra.) DirectoraController João Paulo Amorim, (Dr.) ControllerGabinete de Relações Públicas Manuela Vieira, (Dra.) Directora

Assessores Taveira dos Santos, (Dr.) Assessor do PresidenteAntónio Menezes, (Dr.) Assessor do Conselho de AdministraçãoSerafim Correia, (Dr.) Assessor

DelegaçõesLisboaMaputo Durval Marques, (Dr.) DelegadoS. Paulo José Manuel Costa, (Dr.) Delegado

B) EXPONOR – ASSOCIAÇÃO PARA A FEIRA Trigo Reto, (Dr.) Director GeralINTERNACIONAL DO PORTO Nuno Teixeira, (Dr.) Director Comercial

Manuel de Sousa, (Dr.) Director de Organização e Relações Institucionais

C) EURISKO, SA Cardoso da Silva, (Eng.) Director Geral

D) EUROPARQUE Cabral Figueiredo, (Eng.) Administrador Delegado

E) ASSOCIAÇÃO DOS PARQUES DE Cabral Figueiredo, (Eng.) Administrador DelegadoEXPOSIÇÃO DO NORTE

F) COGITUS, SA Cabral Figueiredo, (Eng.) Administrador Delegado

G) CESAE Augusto Andrade, (Dr.) Director Geral

H) LUDOPARQUE, SA Carlos Soares, (Dr.) Administrador Executivo

I) PARQUE-INVEST, SA José Leitão, (Eng.) Administrador Delegado

J) PLANISERV, SA José Coutinho, (Eng.) Director Geral

K) SPEC, SA Tavares da Costa, (Dr.) Director Geral

L) EXPONOR-BRASIL, LDA. José Manuel Costa, (Dr.) Gerente Delegado

M) ESCOLA DE GESTÃO EMPRESARIAL Joaquim Azevedo, (Prof. Doutor) Director Executivo

N) EXPOCOIMBRA, SA José Viana, (Eng.) Director Geral

O) EXPONOR DIGITAL, SA Paulo Nogueira, (Eng.) Director Geral

9

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

2. INDICADORES

12

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

2.1. ANÁLISE GRÁFICA

A) AEP – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Activo Total AEPEuros

1992

90.000.00080.000.00070.000.00060.000.00050.000.00040.000.00030.000.00020.000.00010.000.000

0

Passivo (inclui Acréscimos e Diferimentos)Situação Líquida (inclui Subsídios ao Investimento)

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Volume de Negócios e Meios Libertos AEPEuros

30.000.000

25.000.000

20.000.000

15.000.000

10.000.000

5.000.000

0.000.000

-5.000.000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Meios Libertos Líquidos (s/Equivalência Patrimonial)Meios Libertos Totais (s/Equivalência Patrimonial)Volume de Negócios

Actividades AEP

Formação e Ensino (19%)

Serviços Grupo (54%)

Serviços às Empresas e Quotas (12%)Outros Proveitos (15%)

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

3. MENSAGEM DO PRESIDENTE

3. MENSAGEM DO PRESIDENTE

Caros Associados,

Mais uma vez tenho o grato prazer de vos dirigir algumas breves palavras por ocasião da apresentação da actividade desenvolvida pelanossa Associação durante o ano de 2003. Como é habitual, toda essa vasta actividade é detalhada no respectivo Relatório e Contas queencontrarão mais adiante. Assim, e cumprindo um princípio que venho observando há alguns anos, não será tanto acerca dessa actividadeque vos falarei, mas mais do enquadramento e das condições em que a actividade das empresas se vem desenvolvendo.

No entanto, não quero nem posso esquecer que o ano de 2003 ficou dolorosamente marcado pelo desaparecimento de um amigo e de umdos grandes esteios da actividade da associação durante a última década e meia. Refiro-me ao Sr. Henry Tillo, que durante vários manda-tos me acompanhou como Vice-Presidente e que, durante a doença prolongada que me atingiu em 1985-1986, me substituiu à frente dosdestinos da Associação.

Para com o Sr. Henry Tillo, prematuramente desaparecido do nosso convívio, tem a nossa Associação, e o associativismo empresarial emgeral, uma enorme dívida de gratidão, que dificilmente qualquer homenagem conseguirá pagar. Na época em que a primeira Direcção a quepresidi assumiu o seu mandato, foi o Sr. Henry Tillo o obreiro da recuperação da sua situação financeira, então insegura, através de umapresença constante e de um comprometimento exigente com as contas da Associação, exigindo e mantendo disciplina e rigor na conduçãoda gestão financeira.

O meu impedimento por doença acabou por colocá-lo à cabeça de todas as negociações, com a Banca, com os Ministérios, com Bruxelas,tendentes à construção da Exponor, e o trabalho que então desempenhou, e de que me ia dando conta, foi exemplar, tornando-se num dosprincipais obreiros daquele que hoje é o maior parque de exposições de Portugal.

Enquanto Presidente da Associação, pude contar com ele como apoio em todos os momentos que exigiram a tomada de decisões impor-tantes para a AEP e para o associativismo. Na profissionalização da Associação, hoje uma realidade e uma das características mais marcan-tes da AEP, tive nele um apoio imprescindível. E mesmo depois que as suas actividades empresariais o obrigaram a dedicar menos tempo àAEP pude sempre contar com os seus conselhos e o seu apoio.

Há Homens cujo desaparecimento nunca poderá ser completamente preenchido, e o Sr. Henry Tillo é um deles. Peço a todos os Associadosque comigo se juntem numa manifestação de merecida homenagem e de reconhecido apreço pelo dirigente associativo, pelo empresário epelo homem bom que foi o Henry Tillo. A ele, muito obrigado.

Como dizia há um ano, uma das coisas que mais me preocupam é a aparente incapacidade que temos, nós, portugueses, demonstrado paraconduzirmos o nosso país num caminho de crescimento e de desenvolvimento coerente e sustentado. Esta preocupação é, infelizmente,cíclica e continua a ocupar o centro das minhas reflexões, porque continuo a ver serem desperdiçadas ocasiões de deixar para trás oPortugal provinciano, paroquial e gastador e atingirmos o Portugal global, moderno e realmente desenvolvido.

Eu sou dos que quero apostar no meu país e naquilo que ele faz de bom. Que quer aproveitar a indústria que ele tem. Que quer melhorá--la, incorporando-lhe inovações e novas tecnologias. Mas, para isso, é preciso que os nossos políticos e intelectuais deixem de persistirna discussão do mesquinho e do secundário e comecem a acreditar que tudo é possível fazer se os nossos desígnios comuns forem efecti-vamente uma luta comum.

14

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Porque só se nos comprometermos numa luta sem tréguas, sem desvios mesquinhos, sem desculpas, que nos encaminhe para um futuro demodernidade e de desenvolvimento poderemos estar diante dos nossos filhos e netos de cabeça erguida, dizendo: tudo fizemos para queo País que vos deixamos fosse melhor do que aquele que recebemos. E essa luta exige que confiemos uns nos outros, que confiemos noGoverno, e que ele se dê à confiança, que confiemos nas instituições. E, para isso, tenho que repetir aquilo que venho dizendo há anos:não podemos adiar reformas, não podemos continuar a fazer curativos de emergência, à espera que tudo continue bem.

A luta que temos que continuar a travar pelo bem de Portugal exige redobrados esforços para que os sistemas de ensino, os apoios à inova-ção e à investigação, o sistema de saúde e o sistema jurídico sejam instrumentos de desenvolvimento, apontados ao futuro, à construção dofuturo que os nossos filhos merecem. Desta luta nunca a nossa Associação esteve afastada, e estou mais do que convencido de que todos osAssociados concordam que devemos continuar a intervir, como o temos feito, na defesa destes valores e destas reformas.

Ludgero Marques

15

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

4. RELATÓRIO DO CONSELHO GERAL

4. RELATÓRIO DO CONSELHO GERAL

Senhores Associados,

Acabado mais um ano na vida da nossa Associação, vimos cumprir o dever que nos é imposto pela Lei e pelos Estatutos de vos prestar con-tas sobre a actividade que durante o ano de 2003 a Associação desenvolveu, bem como das respectivas consequências económico e finan-ceiras. Como é habitual, as contas deste 155º exercício foram certificadas e auditadas.

Ainda antes de destacarmos os factos que consideramos mais relevantes e salientes da acção que foi desenvolvida, não podemos nemdevemos escusar-nos a fazer um breve comentário – desenvolvido mais adiante em local próprio – sobre as circunstâncias económicas,políticas e sociais que a rodearam.

Uma parte do que fazemos no apoio às empresas é inscrito em programas da União Europeia, uma vez que as empresas que recorrem aosnossos serviços o fazem apoiadas por fundos do QCA, e durante o ano de 2003 continuou a verificar-se um nível elevado de incerteza rela-tivamente à aprovação de diversos projectos no âmbito desse Quadro e nos montantes a atribuir aos beneficiários, mercê de uma práticadas entidades responsáveis pautada pela alteração fora de tempo de algumas regras de atribuição.

Por outro lado, os sinais negativos em termos de défice orçamental e de evolução da inflação que já vinham de anos anteriores mantive-ram-se, fazendo reduzir, de forma significativa, as expectativas das empresas quanto ao desempenho económico do país. A isto teremos,mais uma vez, que referir o continuado adiamento das reformas estruturais e institucionais indispensáveis ao desenvolvimento do País epelas quais a nossa Associação sempre tem pugnado.

O ano que agora finda foi marcado pela primeira recessão económica em Portugal numa década. A culminar dois anos de forte abranda-mento económico, o ano de 2003 registou uma significativa contracção do PIB, induzida sobretudo pelas despesas de investimento. É bemsabido que tal evolução se enquadra num esgotamento do padrão de crescimento da década passada, face ao agravamento de múltiplosdesequilíbrios: endividamento interno das famílias e das empresas, descontrolo orçamental e desequilíbrio das contas externas à custa daposição externa da banca.

Como temos vindo a referir em ocasiões anteriores, é neste tipo de contexto que a acção da Associação em defesa dos interesses da ini-ciativa privada e da comunidade empresarial se torna mais necessária.

A AEP continuou a acompanhar de forma crítica mas construtiva a actuação do Governo, quer no que respeita à política orçamental, quer navertente microeconómica, destacando-se a elaboração de diversos contributos para as políticas de apoio ao tecido empresarial, sob a formade propostas, comentários e pareceres, em resposta a solicitações do Governo ou resultantes da sua própria iniciativa.

Julgamos dever, ainda, salientar a actividade desenvolvida durante o ano pela PARQUE-INVEST, que se tem concentrado no desenvolvimentode espaços de localização empresarial e serviços de gestão integrada com elevada qualidade, contribuindo dessa forma para o ordenamentodo território e a preservação do ambiente. A actividade desenvolvida por esta participada no ano de 2003 pautou-se pela continuação dodesenvolvimento de projectos anteriormente iniciados e pelo início de novos projectos de implementação de parques empresariais no territó-rio português, como forma de disponibilizar uma oferta capaz, diferenciada e auto-sustentada no médio e longo prazo.

No que se refere à centenária actividade de organização de feiras, a EXPONOR, ao longo de 2003, organizou 30 certames, onde 6.500empresas mostraram os seus produtos e serviços a perto de 420.000 visitantes, na sua larga maioria profissionais, ocupando mais de255.000 metros quadrados de área de exposição.

18

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Foi possível consolidar e até fazer crescer algumas das principais feiras, com destaque para as feiras do sector da decoração –INTERDECORAÇÃO, CERANOR e EXPORTHOME –, bem como lançar novos eventos, com particular realce para o AUTOCLÁSSICO. Contudo, asfeiras destinadas ao público em geral observaram alguma retracção, consequência directa da contenção do consumo privado.

No plano internacional, a EXPONOR deu mais um passo no reforço do cariz internacional das suas feiras. Assim, viu reconhecidas pela UFI –Union des Foires Internationales as feiras ALIMENTAÇÃO e PUBLIMEETING, sendo já 23 os certames reconhecidos por esta organização inter-nacional, o que coloca o Porto entre as cidades europeias com maior número de certames distinguidos.

O exercício de 2003 da EXPONOR-BRASIL registou um balanço global muito positivo, destacando-se o lançamento de novas feiras, a con-solidação das feiras já existentes e o envolvimento na organização de eventos de grande repercussão pública em Portugal e no Brasil.A EXPONOR-BRASIL passou ainda a integrar o restrito grupo de organizadores de feiras reconhecidos pela UFI – Union des FoiresInternationales.

Na área da Formação Profissional, subsistem factores de distorção provocados por um mercado com financiamentos públicos ainda muitosignificativos e uma hiper-regulamentação de actividade, com diferentes critérios de atribuição de região para região, introduzindo con-dicionantes apreciáveis nas margens do negócio. Destaca-se a concepção de um programa destinado à formação de dirigentes e chefiasintermédias das autarquias, designado PRONADI – Programa Nacional de Qualificação de Quadros Dirigentes e Chefias Intermédias dasAutarquias Portuguesas.

No que respeita ao CESAE, em termos da actividade formativa, a situação tem sido particularmente penosa, já que, em tempos de crise, umdos sectores mais atingidos é sempre o da formação. Foi um ano em que o tecido concorrencial sofreu alterações profundas e em que a que-bra média de vendas do sector se situou em valores superiores a 25%.

Na área da formação e educação pós-graduada, merece realce a actividade da EGE – Escola de Gestão Empresarial, em conjunto com aUniversidade Católica Portuguesa e a Universidade de Aveiro, com a colaboração da ESADE, de Barcelona. Esta escola, que visa a formaçãopós-graduada e o estudo das ciências e técnicas empresariais, teve em 2003 o seu ano de lançamento.

Na área da internacionalização, foram diversas as acções desenvolvidas em prol da penetração das empresas portuguesas em mercados ter-ceiros. Para além do Brasil, foram realizadas acções noutros países da América Latina, na Europa de Leste e em África.

Houve, ainda, durante o ano de 2003, um crescimento significativo no número de associados, tendo sido reorganizados os serviços de apoioao Associado, no âmbito da CCI, com a designação “Associativismo e Informação Empresarial”, integrando as seguintes valências: infor-mação para as empresas, apoio na área jurídico-laboral, apoio à criação de empresas, aconselhamento/encaminhamento adequado dassolicitações mais especializadas.

No Europarque, continuaram a ter lugar inúmeros eventos e congressos. Em relação à actividade desenvolvida no Centro de Congressos doEuroparque, o número de realizações ultrapassou a centena e meia de eventos, aproximando-se do que tem sido habitual nos últimos anos,tendo acolhido mais de 125.500 congressistas e espectadores.

19

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

O Centro de Ciência – Visionarium, sofreu fortemente os efeitos das restrições orçamentais experimentadas pelas escolas e pelas autar-quias e do tardio apoio das entidades governamentais, mas desenvolveu acção meritória em prol da divulgação científica, tendo recebidocerca de uma centena de milhar de visitantes e acolhido diversas exposições temporárias.

Toda a actividade relevante é, como vem sendo habitual, descrita em pormenor nas páginas que se seguem, em que são aprofundadosalguns dos pontos que aqui entendemos dever destacar.

As circunstâncias e constrangimentos, nomeadamente os de enquadramento da actividade das empresas, tiveram, como é óbvio, reflexosnas demonstrações financeiras da Associação. Assim, e continuando a ser a sua situação estrutural sólida, é certo que o volume de activi-dade se reduziu. Os resultados líquidos, que continuam negativos, demonstraram, no entanto, alguma recuperação relativamente ao anoanterior. De salientar, ainda, que em 2003 foi realizada a reavaliação do edifício da Sede Social, de modo a expressar contabilisticamenteo seu real valor.

O Conselho Geral considera dever expressar ao Conselho de Administração, coadjuvado pela sua Comissão Executiva, o seu agradecimentopela forma como conduziu os destinos da nossa Associação num período de clara dificuldade. Este agradecimento estende-se, como é óbvio,a todos os colaboradores da Associação.

Não pode este Conselho Geral eximir-se ao doloroso dever de recordar o falecimento do seu membro Senhor Henry Tillo, prestando-lheuma muito sentida homenagem e expressando o reconhecimento da Associação pela sua inestimável contribuição para o desenvolvimentoe crescimento da AEP – Associação Empresarial de Portugal durante as duas últimas décadas.

Porto, 22 de Março de 2004

O Conselho Geral

20

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

O Conselho Geral propõe aos Senhores Associados que os resultados líquidos do exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, no montan-te de Euros – 1.152.170,13 (menos um milhão cento e cinquenta e dois mil, cento e setenta euros e treze cêntimos), sejam levados à contade Resultados Transitados.

Porto, 22 de Março de 2004

O Conselho Geral

22

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

6. ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO

6. ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO

6.1. ECONOMIA INTERNACIONAL

O primeiro semestre de 2003 foi marcado por uma série de choques que afectaram negativamente o desempenho da economia mundial. Nosprimeiros três meses, a acentuação da incerteza geopolítica no Médio Oriente levou a uma escalada dos preços internacionais do petróleo,ao recuo das cotações nos mercados accionistas e à deterioração da confiança dos agentes económicos. O consequente impacto negativo noconsumo privado, investimento e trocas comerciais levou as principais organizações económicas internacionais a reverem em baixa a gene-ralidade das suas projecções de crescimento para 2003. Em conjunto com os efeitos nefastos da Síndrome Respiratória Aguda (especial-mente no Sudeste Asiático) e com a fragilidade financeira das empresas e famílias ainda evidenciada em algumas das principais economias,a incerteza quanto à evolução da situação no Médio Oriente limitou a capacidade de expansão da actividade económica.

Com o início do segundo semestre, acumularam-se os sinais de recuperação da economia mundial, num contexto de dissipação dos efei-tos dos choques sentidos na primeira metade do ano e de postura expansionista das políticas monetária e orçamental (neste caso, sobre-tudo nos EUA), o que justificou a revisão em alta das projecções de crescimento económico. De entre as principais regiões económicasmundiais, a União Europeia foi a única cujas projecções foram sucessivamente revistas em baixa ao longo do ano.

Neste contexto, o Produto Interno Bruto do conjunto dos países-membros da OCDE cresceu 2%, em termos reais, no cômputo de 2003,ligeiramente mais que no ano anterior (1,8%). Destaca-se o comportamento da economia norte-americana, que cresceu 3,1% no conjun-to do ano (2,2% em 2002), e da economia japonesa, com uma progressão de 2,7% (-0,3% em 2002). Tratou-se do ritmo de crescimentoanual mais forte desde 2000 em ambas as economias. Em contraste, o PIB da União Europeia desacelerou para 0,7% em média anual (1,0%em 2002), reflectindo a forte perda de dinamismo das exportações, num contexto de perda de competitividade-preço dos produtores dazona do euro em virtude da apreciação acumulada do euro face às principais divisas. A taxa de crescimento da economia europeia foi a maisbaixa entre as economias avançadas, tendo sido significativamente afectada pela estagnação da economia alemã.

A taxa de variação média dos preços junto dos consumidores em 2003 (medida pelos Índices de Preços no Consumidor) foi de 2,3% nos EUA(1,6% em 2002), de 2,0% na União Europeia (após 2,1% em 2002) e de -0,3% no Japão (-0,9% em 2002).

24

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Principais Indicadores Macro-Económicos da União Europeia%

DesempregoInflaçãoPIB

9,0

8,0

7,0

6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0

0,0

2003200220012000

A taxa de desemprego na OCDE voltou a subir em 2003, se bem que a um ritmo inferior ao do ano anterior, passando de 6,9% para 7,1% dapopulação activa. O contributo dos EUA e da União Europeia para esta subida foi muito semelhante, com a taxa de desemprego no primei-ro caso a aumentar 0,2 pontos percentuais (para 6,0%, o valor máximo em nove anos) e, no segundo, 0,3 pontos percentuais (para 8,0%,o valor mais alto desde 1999).

O comércio internacional de mercadorias apresentou uma aceleração ligeira no ano transacto, crescendo 4,0% em volume (3,6% em 2002).As transacções internacionais de mercadorias continuaram, assim, longe do forte dinamismo do período 1999-2000, altura em que as taxasde expansão ultrapassaram os 10%.

A política monetária manteve uma postura expansionista em 2003 nas quatro grandes zonas monetárias da OCDE (EUA, zona do euro, Japãoe Reino Unido), perante um contexto de incerteza quanto à sustentabilidade do movimento de recuperação da actividade económica.

O Banco Central Europeu procedeu a duas descidas das taxas de juro directoras, em Março (0,25 pontos percentuais) e em Junho (0,5 pon-tos). A principal taxa de referência do Banco Central Europeu passou, assim, para 2,0%, o nível mais baixo dos últimos 55 anos para qual-quer dos países que compõem actualmente a zona do euro.

A evolução do mercado cambial em 2003 ficou marcada pela depreciação do dólar face às principais moedas, pelo segundo ano consecuti-vo, levando esta moeda a encerrar o ano de 2003 em mínimos históricos face ao euro. No cômputo de 2003, o dólar depreciou-se cerca de21% nas transacções com o euro, representando um ligeiro agravamento face às descidas observadas no ano precedente.

Os mercados accionistas internacionais registaram uma recuperação acentuada em 2003, após três anos consecutivos de perda, reagindofavoravelmente ao rápido desfecho do conflito militar no Iraque e aos sinais de retoma económica mundial impulsionada pelos EstadosUnidos.

6.2. ECONOMIA NACIONAL

Em 2003, de acordo com os dados preliminares do INE, o Produto Interno Bruto registou uma taxa de variação média (tvm) de -1,3% emtermos reais. Tratou-se do primeiro ano de contracção do produto numa década, culminando quatro anos de abrandamento (especialmen-te acentuado a partir de 2001).

Na óptica da despesa, observou-se uma importante acentuação do contributo negativo da procura interna, devido a todas as suas compo-nentes. O consumo privado entrou em queda (tvm -0,7%), depois de três anos consecutivos de abrandamento. Tal deveu-se ao aprofunda-mento da contracção do consumo de bens duradouros e ao novo abrandamento do consumo corrente. Da mesma forma, o consumo públicoentrou em queda (tvm de -0,6%), depois de três anos de desaceleração. No que toca ao investimento, a par de um menor ritmo de acumu-lação de existências face a 2002, observou-se uma acentuação do ritmo de queda da formação bruta de capital fixo (tvm de -9,6%, face a -5,2% em 2002), ainda que devido predominantemente à componente de construção (tvm de -12,2%). Já o investimento em máquinas eequipamento e em material de transporte, embora igualmente em contracção em 2003 (tvm de -2,8% e -11,3%, respectivamente), regis-taram quebras menos intensas que no ano precedente, depois de quatro e cinco anos de deterioração do seu comportamento.

Em sentido contrário, a procura externa líquida melhorou o seu contributo para o andamento do produto pelo quarto ano consecutivo. As exportações de bens e serviços aceleraram para 3,9% (2,6% em 2002), espelhando sobretudo o maior dinamismo das exportações demercadorias, em linha com a melhoria da procura externa e com o ganho de quotas de mercado na sequência do desvio de produção para omercado externo (a exemplo do que ocorreu no ano anterior). As importações acentuaram o ritmo de quebra, passando de uma tvm de-0,5% para -1,0%, merecendo realce o desempenho negativo das importações de serviços de turismo.

25

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

26

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

A continuação do ajustamento da economia portuguesa em 2003 reflectiu-se numa nova redução do seu desequilíbrio externo. De facto, odéfice conjunto da Balança Corrente e Balança de Capital (que mede as necessidades líquidas de financiamento da economia) recuou para2,9% do PIB, contra 5,2% no ano anterior e 7,9% em 2001. O principal contributo foi dado pela balança de bens e serviços, cujo défice dimi-nuiu de 7,3% para 5,7% do PIB, beneficiando de um efeito volume favorável (que mais que compensou a ligeira deterioração dos termosde troca nacionais).

O emprego global registou, no ano passado, uma taxa de variação de -0,8%, o que constituiu a primeira redução desde 1995 (em 2002 oemprego havia crescido 0,7%). Em termos sectoriais, tal deveu-se ao comportamento da Indústria, Construção e Energia, cujo empregocaiu 5,2%. Em paralelo, o número de desempregados aumentou 26,5% em 2003, o que, conjugado com uma subida de apenas 0,6% dapopulação activa, levou a um aumento de 1,3 pontos percentuais da taxa de desemprego para um valor médio anual de 6,4%.

Tendo em conta os dados para o crescimento do emprego e do PIB, a produtividade média global do trabalho registou uma redução de 0,5%no cômputo do ano passado, depois de um aumento de 0,3% em 2002.

Os custos laborais nominais (para o total da economia) terão crescido 2,3% em 2003 (5,3% em 2002), segundo as estimativas da ComissãoEuropeia, o que significa uma perda em termos reais de 1%, contra um ganho de 1,6% no ano anterior.

Dada a desaceleração dos custos laborais nominais, os custos do trabalho por unidade produzida na globalidade da economia deverão teraumentado 2,8% em 2003, um ritmo de crescimento bastante inferior ao do ano anterior (5,0%).

A desaceleração menos acentuada na zona do euro conduziu a uma virtual estagnação dos nossos custos laborais unitários relativos em2003, após três anos de significativa expansão (em 2002, o indicador tinha crescido 2,6%). Esta evolução mais que compensou o maiorritmo de apreciação nominal do euro em 2003. Nestes termos, verificou-se uma atenuação do ritmo de perda de competitividade externada economia nacional no ano transacto.

A taxa média de inflação no ano de 2003 estabeleceu-se em 3,3%, menos 0,3 pontos percentuais que em 2002, embora espelhando somen-te o menor dinamismo da tendência de fundo da inflação.

O crescimento médio da medida de inflação subjacente recuou 1,2 pontos percentuais, para 3,2%, devido ao abrandamento de todas asrubricas associadas aos determinantes mais estáveis da inflação, mas com os preços dos serviços a darem o principal contributo. De facto,

Produto Interno Bruto (taxa de crescimento real anual)%

1999

4,5

3,5

2,5

1,5

0,5

0

-0,5

-,1,5

2000 2001 2002 2003

27

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

a sua taxa de variação média diminuiu 1,5 pontos, para 4,5%, sendo, assim, responsável por quase 60% da redução da inflação subjacen-te em 2003. Os preços dos bens industriais não energéticos reduziram o ritmo de crescimento médio anual de 3,1% para 2,0%, mas com aperda de dinamismo a verificar-se claramente apenas a partir de Julho.

Em contraste, as rubricas do IPC caracterizadas habitualmente por um comportamento mais volátil assistiram a uma aceleração dos preçosface a 2002. A variação média dos preços dos bens alimentares não processados aumentou 1,3 pontos percentuais, para 2,6%, e os preçosdos produtos energéticos passaram de 1,2% para 4,9%, mas apenas devido à tendência altista dos preços internacionais do petróleo no pri-meiro trimestre de 2003.

O diferencial de inflação face à média da zona do euro (medido pelos Índices Harmonizados de Preços no Consumidor) baixou de 1,4 pon-tos percentuais em 2002 para 1,2 pontos percentuais no ano transacto. A descida foi explicada pelo comportamento da inflação subjacen-te, que se reduziu bastante mais no caso nacional que na zona do euro (o diferencial passou de 1,9 pontos para 1,2 pontos).

No cômputo de 2003, registou-se uma redução da globalidade das taxas de juro do mercado monetário, uma vez que a subida verificada nosegundo semestre foi claramente insuficiente para compensar a importante redução da primeira metade do ano. O movimento das taxas noconjunto do ano acabou por resultar, na sua maioria, do ajustamento face à alteração das taxas de juro directoras do Banco Central Europeu(descida de 75 pontos-base, entre Março e Junho).

Considerando valores de final de ano, a Euribor a seis meses desceu 62,6 pontos-base, para 2,17%, e a Euribor a doze meses 43,5 pontos--base, para 2,31%.

Em 2003 observou-se uma subida ligeira do défice orçamental na óptica da contabilidade nacional (2,8% do PIB, após 2,7% no ano prece-dente), situando-se pelo segundo ano consecutivo abaixo do limiar de 3% do PIB previsto no Pacto de Estabilidade e Crescimento, que foraultrapassado em 2001 (dando origem à aplicação do processo de défices excessivos a Portugal). O valor final do défice situou-se 0,4 pon-tos percentuais do PIB acima do orçamentado, reflectindo o comportamento negativo das receitas fiscais numa conjuntura económicarecessiva. A estratégia de consolidação orçamental voltou a assentar na contenção da despesa pública (desta vez sobretudo corrente,observando-se uma recuperação na componente de investimento depois do comportamento negativo em 2002, associada em boa medidaao evento Euro 2004) e na angariação de receitas extraordinárias para colmatar a perda de receitas fiscais, num montante próximo de 2%do PIB, em que se incluiu a passagem do Fundo de Pensões dos CTT para a esfera da CGA e a cessão de créditos do Fisco e da Segurança

Inflação Portugal (variação percentual homóloga)%

Jan

02

8,0

7,0

6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0

0,0

Fev 0

2

Mar

02

Abr 0

2

Mai

02

Jun

02

Jul 0

2

Ago

02

Set 0

2

Out 0

2

Nov 0

2

Dez 0

2

Jan

03

Fev 0

3

Mar

03

Abr 0

3

Mai

03

Jun

03

Jul 0

3

Ago

03

Set 0

3

Out 0

3

Nov 0

3

Dez 0

3

Inflação-Bens Inflação-ServiçosInflação Total

Social, para posterior titularização. Sem o montante das receitas extraordinárias, o défice situar-se-ia próximo de 5% do produto, bastan-te acima do limite de referência inscrito no Tratado de Maastricht.

A bolsa portuguesa encerrou 2003 com a primeira valorização em quatro anos, acompanhando a recuperação nos mercados internacionais.No contexto nacional, os únicos factores positivos foram a confirmação da descida do IRC e o ajustamento bem sucedido das estruturas decusto em várias empresas, reagindo ao comportamento recessivo da economia portuguesa. O índice de referência PSI-20 registou umasubida de 15,8% no cômputo de 2003, que atenua a quebra acumulada de 51,3% nos três anos anteriores. No conjunto do ano, o sector detecnologia, media e telecomunicações (TMT) foi o que mais se destacou, reflectindo a retoma no exterior e a melhoria dos resultados.

Apesar da retoma das cotações, o valor transaccionado no mercado de acções recuou pelo terceiro ano consecutivo em 2003, reduzindo ape-nas o ritmo de quebra (descida de 12,3%, para 19 mil milhões de euros, após recuos de 29,3% e 48,2% nos dois anos precedentes). EmNovembro processou-se sem problemas a migração para o sistema de negociação e compensação da plataforma pan-europeia Euronext emque se encontra integrada a bolsa nacional, esperando-se que possa trazer maior visibilidade aos títulos nacionais e fomentar a sua liquidez.

28

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

7. ACTIVIDADE DO UNIVERSO AEP

7. ACTIVIDADE DO UNIVERSO AEP

7.1. AEP – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Para além dos factos mais relevantes descritos no Relatório do Conselho Geral, a Associação continuou a desenvolver intensa actividade emtodos os domínios da sua intervenção.

A persistência, já referida, na actividade económica de um ambiente global de cariz depressivo, com sinais ainda muito ténues de recupera-ção, marcou decisivamente a actividade da AEP Empresas 2003. Na área da Formação Profissional, subsistem factores de distorção provoca-dos por um mercado com financiamentos públicos ainda muito significativos e uma hiper-regulamentação de actividade, introduzindo con-dicionantes apreciáveis nas margens do negócio.

Como factores mais relevantes ocorridos em 2003 destacamos os seguintes:

• Consolidação do Programa Formação Empresa como programa de referência na formação de activos, suportado directamente pelasempresas.

• Realização plena do Programa Formação PME, contribuindo para o apoio e dinamização de centenas de pequenas unidades empresa-riais nas áreas da gestão e organização, formação e desenvolvimento. O sucesso da execução 2003 permitiu um reforço das metas eobjectivos inicialmente previstos e integralmente cumpridos pela AEP.

• Consolidação de uma rede qualificada de promotores locais co-responsáveis pelo Formação PME a partir das competências de organi-zação, dinamização e avaliação geridas pela AEP.

• Encerramento do PRONACI 2001-2003, com cumprimento integral dos objectivos quantitativos e qualitativos e estudo de avaliação deimpacto da formação com resultados muito positivos.

• Celebração de um protocolo com a SEAL – Secretaria de Estado da Administração Local com o objectivo de enquadrar uma participaçãoalargada da AEP e do CESAE na dinamização do Programa FORAL – Formação para as Autarquias Locais.

• Concepção de um programa destinado à formação de dirigentes e chefias intermédias das autarquias designado PRONADI – ProgramaNacional de Qualificação de Quadros Dirigentes e Chefias Intermédias das Autarquias Portuguesas.

• Consolidação do CRVCC – Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências da AEP como instrumento de certifica-ção e validação de competências de activos empregados das empresas portuguesas.

• Reorganização dos serviços de apoio ao Associado no âmbito da CCI com a designação: Associativismo e Informação Empresarial, inte-grando as seguintes valências: informação para as empresas, apoio na área jurídico-laboral, apoio à criação de empresas, aconselha-mento/encaminhamento adequado das solicitações mais especializadas.

• Consolidação do GAPI/AEP – Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial com 2ª fase de plano de acção nas áreas da inovação, inter-mediação e propriedade industrial.

• Reorientação do Portal AEP como portal de apoio às PME, enfatizando informação empresarial geral, notícias actualizadas e permanenteinformação útil sobre serviços, programas e/ou incentivos de inegável interesse empresarial.

30

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

• Finalização do Programa Intervir – Inovar para Competir em parceria com a DGI – Direcção Geral da Indústria e orientado para estimu-lar a procura pelas PME de serviços de maior valor acrescentado e indutores de melhorias permanentes.

• Desenvolvimento de estratégia global de fidelização do Associado / angariação de novos, através de um programa de acções perma-nentes de acompanhamento, informação e mobilização empresarial.

• Consolidação de novos produtos de formação avançada na renovada EGE – Escola de Gestão Empresarial em parceria com ESADE,Universidade Católica e Universidade de Aveiro.

Como indicadores desta actividade destacam-se os seguintes:

PRONACI30 Cursos de Qualificação de Chefias Intermédias (de 400 horas cada)450 Chefias Intermédias QualificadasParticipação de 78 empresasNº de Entidades Executoras e Cooperantes: 1019 Cursos de Qualificação de Consultores PRONACI: 126 participantes

41 Seminários “Como Valorizar as Chefias Intermédias”Participação de 229 empresasNº de participantes: 620

FORMAÇÃO PMENº de protocolos com entidades executoras: 25Nº consultores envolvidos: 500Nº de pedidos de financiamento executados: 97Nº de empresas envolvidas: 500Nº horas de consultoria: 101.358 hNº de acções de formação: 1.142Nº de formandos: 6.077

FORMAÇÃO EMPRESANº de formandos: 4.691Nº de seminários: 15Nº de cursos: 342

CRVCC – CENTRO DE RECONHECIMENTO, VALIDAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIASInscritos: 458Reconhecimentos: 758Certificados: 218Formação Complementar: 404

31

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

FORAL – PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA AS AUTARQUIAS LOCAISRealização de Protocolo com a Secretaria de Estado da Administração Local. Aprovação do Programa de Formação Contínua com cercade 200 acções.

Concepção e aprovação do PRONADI - Programa Nacional de Qualificação de Quadros Dirigentes e Chefias Intermédias das AutarquiasPortuguesas.

Na área do Apoio à Internacionalização e Promoção Externa das empresas portuguesas destacam-se as seguintes actividades: no Brasil rea-lizaram-se 7 acções com a participação de 70 empresas, enquanto no México e Argentina se realizaram 4 acções que integraram 30 empre-sas e aos Estados Unidos se deslocaram 9 empresas para participação numa Feira de Alimentação na Florida.

No mercado europeu (Hungria, Polónia, República Checa, Bulgária, Roménia e Eslováquia) este departamento da AEP realizou 8 iniciativasque contaram com a participação de 57 empresas e nos mercados africanos (Angola, Cabo Verde, Moçambique e Tunísia) 230 empresas par-ticiparam em 4 acções.

É, igualmente, de destacar a actividade desenvolvida pelo EURO_INFOCENTRE nos seguintes projectos: SMART 2003, IBEX M4B 2003, Growingwith the Enlargement, EIC e IPM (BFM).

7.2. CESAE – CENTRO DE SERVIÇOS E APOIO ÀS EMPRESAS

Em termos da actividade formativa, a situação foi particularmente penosa, já que, em tempos de crise, um dos sectores mais atingidos é sem-pre o da formação. Foi um ano em que o tecido concorrencial sofreu alterações profundas e em que a quebra média de vendas do sector sesituou em valores superiores a 25%.

Mesmo assim, em termos quantitativos, a actividade do CESAE apresentou valores significativos, conforme o quadro que a seguir se apresenta.

As decisões dos gestores de fundos comunitários sobre os valores apresentados em dossier de saldo em 2001 e 2002 foram conhecidas em2003, já com o ano em andamento, ainda para mais sem possibilidade de efectuar as necessárias correcções estruturais, comprometendo,assim, as disponibilidades financeiras necessárias para arrancar 2004 com a estrutura de custos fixos mais adequada à situação actual.

É também prática corrente o atraso nos pagamentos relativos à actividade subsidiada a decorrer. Esta situação foi muito piorada com a alte-ração imposta ao CESAE no acordo de cooperação com o IEFP, que nos obrigou a cumprir regras diferentes das que vínhamos cumprindo atéentão e que provocou demoras em termos de decisões relativas a pagamentos das acções de formação subsidiadas, conforme quadros queanexamos, o que tem impacto directo no volume de encargos financeiros que suportamos.

32

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Nº formandos 9.659 14.952 11.323Nº cursos 941 1.260 1.001Horas 76.853 79.239 77.464

200320022001

Volume de Actividade 6.031.654Custos de Exploração 5.775.392Resultados de Exploração 256.262Resultados Líquidos -605.080

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

7.3. EGE – ESCOLA DE GESTÃO EMPRESARIAL

O “Ciclo de Grandes Conferências EGE 2003 sobre Gestão e Pessoas” foi organizado com a colaboração da Faculdade de Economia da Univer-sidade de Coimbra, trazendo à audiência participante conferencistas de referência internacional das Universidades de Londres, e de Roskild(Dinamarca) e o Prof. Roberto Carneiro, da Universidade Católica Portuguesa, e registou um total de 350 participantes.

Relativamente ao Programa MBA Executivo, decorreram os 2º e 3º trimestres da época de 2002/2003, que abrangeu 52 participantes repar-tidos na especialização entre 42 alunos de Gestão Empresarial e 10 de Marketing.

Este programa encerrou, como vem sendo hábito, com a Semana ESADE, que decorreu na própria Escola Superior de Administração e Direcçãode Empresas de Barcelona.

Foi frequentada por 43 alunos e composta por Seminários de Aprofundamento de Competências Directivas e de uma visita pormenorizada à SEAT.No que respeita ao ano lectivo de 2003/2004, a actividade da EGE – Escola de Gestão Empresarial iniciou-se com o Programa de MBAExecutivo.

No total, em 2003, frequentaram o programa 104 alunos, dos quais 80 de Gestão Empresarial.Na área da formação avançada, especialmente dirigida a executivos, iniciou-se ainda no final do ano o FAGE – Formação Avançada em GestãoEmpresarial.

7.4. EXPONOR – ASSOCIAÇÃO PARA A FEIRA INTERNACIONAL DO PORTO

Ao longo de 2003, a EXPONOR organizou 30 certames onde 6.500 empresas mostraram os seus produtos e serviços a perto de 420 mil visi-tantes, na sua larga maioria profissionais, ocupando mais de 255 mil metros quadrados de área de exposição.

Estes números, se comparados com os verificados no exercício de 2002, reflectem um ligeiro decréscimo, fruto sobretudo da sazonalidadede algumas feiras da EXPONOR, nomeadamente as grandes feiras bienais. No entanto, é de realçar o facto de, apesar destes condicionalis-mos, se terem mantido equilibrados os principais indicadores da actividade da EXPONOR.

Deste modo, foi possível consolidar e até fazer crescer algumas das principais feiras, com destaque para as feiras do sector da decoração –INTERDECORAÇÃO, CERANOR e EXPORTHOME – bem como lançar novos eventos, com particular realce para o AUTOCLÁSSICO. Contudo, as fei-ras destinadas ao público em geral observaram alguma retracção, consequência directa da contenção do consumo privado.

No plano internacional, a EXPONOR deu mais um passo no reforço do cariz internacional das suas feiras. Assim, viu reconhecidas pela UFI –Union des Foires Internationales as feiras ALIMENTAÇÃO e PUBLIMEETING, sendo já 23 os certames reconhecidos por esta organização inter-nacional, o que coloca o Porto entre as cidades europeias com maior número de certames distinguidos.

Há ainda a destacar a realização na cidade do Porto da reunião do Comité de Marketing da UFI, sendo a primeira vez que o comité sectorialdesta organização se reuniu no nosso país.

A EXPONOR tem vindo a apostar no desenvolvimento de produtos e serviços que ajudem a potenciar o investimento efectuado pelas empre-sas que participam nas feiras por si organizadas. Inserido neste propósito, o ano que findou fica marcado pelo lançamento, em parceria coma EXPONOR DIGITAL, do programa de fidelidade “EXPONOR FIRST”. Pretende-se com esta iniciativa criar uma comunidade EXPONOR consti-tuída pelas empresas e pelos empresários que escolhem a Feira Internacional do Porto para a realização dos seus negócios, contando já coma colaboração de perto de setecentos parceiros e um total de 53 mil aderentes.

33

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Já perto do final do ano, a EXPONOR concluiu com sucesso a transição para o novo referencial ISO 9001:2000 do seu Sistema de Gestão daQualidade. Recorde-se que a EXPONOR é, desde 2001, um dos poucos organizadores mundiais de feiras certificados.

7.5. SPEC – SOCIEDADE PORTUGUESA DE EXPOSIÇÕES E CONGRESSOS, S.A.

Antecipando em alguns meses os sinais de crescimento dos principais indicadores da economia nacional, partindo de uma abordagem racio-nal e caracterizada por um grande pragmatismo junto dos mercados de congressos e do turismo de negócios em geral e apoiada por um cau-dal de experiência acumulada que já não é negligenciável, a SPEC - Sociedade Portuguesa de Exposições e Congressos, S.A. foi capaz, duran-te 2003, de executar um exercício equilibrado e apresentar um volume de negócios susceptível de merecer apreciação genericamente muitopositiva.

De facto, apesar dos constrangimentos de todos já conhecidos e que importará pouco aqui lembrar, os Centros de Congressos do EUROPARQUE e da EXPONOR, através dos vários indicadores obtidos, consolidaram claramente as suas posições entre as melhores infra--estruturas em Portugal susceptíveis de acolher grandes congressos e eventos associados.

EUROPARQUE – CENTRO DE CONGRESSOSEm relação à actividade desenvolvida no Centro de Congressos do Europarque, o número de realizações ultrapassou a centena e meia deeventos, aproximando-se do que tem sido habitual nos últimos anos, tendo acolhido mais de 125.500 congressistas e espectadores.

ACTIVIDADE CULTURAL A actividade cultural de 2003 – passada a realização com êxito assinalável do I Festival Europarque, totalmente consagrado a Beethoven, e quejuntou todas as grandes orquestras nacionais –, ficou marcada pela diversidade entre a produção própria e o acolhimento de eventos externos.

EXPONOR – CENTRO DE CONGRESSOSA actividade levada a cabo pela SPEC no Centro de Congressos da Exponor ultrapassou os cento e noventa eventos realizados e cerca de 30%destes correspondem a organizações provindas de novos clientes. O número total de participantes nesses eventos foi de mais de noventa milpessoas.

A estratégia comercial da SPEC tem privilegiado a participação em associações e eventos internacionais de grande prestígio, capazes deproporcionar mais notoriedade e novas oportunidades de negócios aos Centros de Congressos do Europarque e da Exponor. É nesse con-texto que se enquadra a participação na ICCA - International Congress and Convention Association e na AIPC - Association Internacionaledes Palais de Congrès. O mesmo vai para a Feira Confex, em Londres, e para a Feira EIBTM, em 2003, pela última vez em Genève.

34

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Volume de Actividade 16.941.057Custos de Exploração 16.972.900Resultados de Exploração -31.843Resultados Líquidos 122.768

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

Volume de Actividade 4.220.609Custos de Exploração 4.160.608Resultados de Exploração 60.001Resultados Líquidos 32.289

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

7.6. PLANISERV – SOCIEDADE DE PLANEAMENTO E SERVIÇOS TÉCNICOS, S.A.

A PLANISERV desenvolveu uma vasta e intensa actividade de prestação de serviços de apoio técnico especializado à EXPONOR. Com umâmbito bastante diversificado, esta actividade contemplou a planificação, execução e supervisão técnica de feiras, numa área total deaproximadamente 440.000 m2, incluindo a definição de necessidades e a requisição de todos os serviços de natureza técnica e logística,nomeadamente construção de stands-tipo, mobiliário, vigilância, limpeza, serviços eléctricos, telecomunicações e audiovisuais.

Em termos internacionais, a PLANISERV voltou a marcar presença em Moçambique, assumindo a responsabilidade pela execução do standdas empresas inseridas no Grupo de Portugal na FACIM 2003.

Relativamente à área da manutenção, a PLANISERV assegurou a conservação e manutenção dos activos imobiliários do Universo AEP e con-cretizou alguns novos projectos, designadamente o plano de emergência da EXPONOR, a informatização dos serviços de manutenção naEXPONOR e no EUROPARQUE, o relatório de diagnóstico sobre as estruturas metálicas e de betão dos pavilhões da EXPONOR e do auditórioe do pavilhão do EUROPARQUE e a reformulação da rede de distribuição de energia da EXPONOR.

Por outro lado, a PLANISERV reforçou em 2003 a sua aposta no crescimento da actividade fora do Universo AEP, designadamente nas áreasde projecto e construção de stands e de execução de eventos “chave na mão”. Neste domínio, deve ser realçada a prestação de serviços aclientes presentes em feiras realizadas nos principais parques de exposições nacionais e ainda em Valência e Londres. Neste último caso,tratou-se da vitória num concurso público internacional promovido pelo Instituto do Vinho do Porto para concepção e edificação de umstand na London International Wine and Spirits Fair. A PLANISERV foi também responsável pela planificação e montagem da maior ediçãode sempre da CIC – Feira Comercial e Industrial de Coimbra.

7.7. LUDOPARQUE – ANIMAÇÃO E LAZER, S.A.

No âmbito das actividades promovidas pelo Visionarium em 2003, torna-se fundamental referir o número de visitantes que, no dia 28 deSetembro, aquando das comemorações dos cinco anos de existência do Centro de Ciência, acorreram ao local: foram cerca de 1200 visitan-tes. O número é revelador do interesse suscitado pelo Visionarium junto daqueles que o visitam.

No plano institucional, resultante da necessidade de uma efectiva representatividade para os Museus e Centros de Ciência de Portugal,constitui-se uma nova Associação que já congrega diversos equipamentos de carácter museológico a nível nacional. A Associação deMuseus e Centros de Portugal – MC2P, da qual o Visionarium é um dos principais impulsionadores (faz parte do núcleo dos fundadores), temcomo intenção primordial não só criar laços entre as diversas instituições que o constituem mas também, através desta união de esforços,potenciar a divulgação das actividades que nelas ocorrem. A assinatura que consagrou a existência formal da MC2P decorreu a 29 de Maiodeste ano, nas instalações do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa.

35

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Volume de Actividade 6.877.174Custos de Exploração 6.802.856Resultados de Exploração 74.318Resultados Líquidos 26.013

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

Volume de Actividade 917.862Custos de Exploração 1.103.073Resultados de Exploração -185.211Resultados Líquidos -382.904

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

7.8. EURISKO – ESTUDOS, PROJECTOS E CONSULTORIA, S.A.

No domínio dos estudos, foram concluídos o Estudo de Requalificação e Gestão dos Parques Empresariais de Mundão e Coimbrões (Viseu)e o Estudo de Concepção e Viabilidade do Parque de Negócios da Ourivesaria em Gondomar. De salientar que este último estudo, promovi-do pela Câmara Municipal de Gondomar e pela Associação dos Industriais de Ourivesaria do Norte e apresentado publicamente em Outubro,tem vindo a ser considerado não só como um inovador projecto de localização empresarial mas também como um factor crítico para a sobre-vivência e a afirmação da indústria da ourivesaria portuguesa.

Foram iniciados e encontram-se em fase de conclusão o Plano de Dinamização Empresarial de Gouveia e o Estudo de Caracterização doTecido Empresarial de Castelo de Paiva, que têm como objectivos comuns a busca das melhores soluções para o desenvolvimento dos seusconcelhos, que passam pela atracção e fixação de recursos, quer sejam humanos, tecnológicos ou financeiros.

Foi ainda iniciado o Estudo “Parque de Exposições de Aveiro – Modelo Estratégico, Plano de Negócios e Plano de Acção”, que procura apoiara Câmara Municipal de Aveiro e a Associação Industrial de Aveiro na definição das melhores soluções para a gestão deste recente empreen-dimento, tendo como principal focalização o desenvolvimento da economia da região.

Finalmente, importa registar o facto de a Eurisko ter desenvolvido, implementado e certificado o processo de transição para a ISO9001:2000, no domínio do Sistema de Gestão da Qualidade.

7.9. PARQUE-INVEST – SOCIEDADE PROMOTORA DE PARQUES INDUSTRIAIS, S.A.

A PARQUE-INVEST detém actualmente competências profissionais muito qualificadas nos domínios da concepção, projecto, promoção,comercialização e gestão de parques empresariais. Através da sua actividade, a empresa tem vindo a promover a criação e consolidação deprojectos de parques empresariais modelares, juntando parceiros institucionais que promovem a qualificação dos espaços de uso empre-sarial e a modernização do tecido empresarial português, bases para o desenvolvimento harmonioso da economia nacional.

A actividade desenvolvida no ano de 2003 pautou-se pela continuação do desenvolvimento de projectos anteriormente iniciados e pelo iní-cio de novos projectos de implementação de parques empresariais no território português, como forma de disponibilizar uma oferta capaz,diferenciada e auto-sustentada no médio e longo prazo.

A actuação da PARQUE-INVEST na negociação e definição das formas institucionais de implementação de parques empresariais tem vindo acontemplar a negociação de projectos com diversas Câmaras Municipais e associações empresariais representativas da região onde se inse-re o parque empresarial. Em resultado da intensa articulação estabelecida com esses parceiros em matéria de ordenamento industrial edinamização do tecido empresarial, a Parque-Invest reuniu até 2003 as condições suficientes para poder constituir nove sociedades ges-toras de parques empresariais.

A PARQUE-INVEST encontra-se actualmente presente noutros pontos do país, tanto para equacionar futuras oportunidades de investimentocomo para identificar perspectivas de colaboração com os agentes locais em termos de promoção e gestão de espaços e infra-estruturas parauso empresarial, com particular destaque para os casos de Santa Maria da Feira, Figueira da Foz e Comunidade Urbana Valimar. Para estes casos,prevêem-se constituir as respectivas sociedades gestoras dos parques empresariais e iniciar o seu desenvolvimento durante o ano de 2004.

36

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Volume de Actividade 833.087Custos de Exploração 745.279Resultados de Exploração 87.808Resultados Líquidos 65.911

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

No que diz respeito às actividades operacionais da empresa, a Parque-Invest tem desenvolvido trabalhos, essencialmente, na negociaçãoe contratualização da aquisição de terrenos, na gestão dos projectos de infra-estruturação, no apoio à gestão económico-financeira dassociedades gestoras e no desenvolvimento de actividades de promoção e comercialização dos espaços dos parques empresariais.

No que respeita às negociações para a aquisição de terrenos, estão contratualizadas as compras dos terrenos necessários para a primeirafase dos investimentos em Valença, Santo Tirso, Viana do Castelo, Paredes, Viseu e Torres Vedras. Iniciaram-se recentemente as negocia-ções para a aquisição dos terrenos para os parques empresariais de Chaves e de Leiria.

7.10. EXPONOR-BRASIL, LDA.

O exercício de 2003 da EXPONOR-BRASIL registou um balanço global muito positivo, destacando-se o lançamento de novas feiras, a con-solidação das feiras já existentes e o envolvimento na organização de eventos de grande repercussão pública em Portugal e no Brasil.A EXPONOR-BRASIL passou ainda a integrar o restrito grupo de organizadores de feiras reconhecidos pela UFI – Union des FoiresInternationales.

No que diz respeito aos resultados económicos e financeiros, a empresa cumpriu os objectivos fixados pelos accionistas e, pela primeiravez desde a sua constituição, atingiu resultados líquidos positivos.

Relativamente à actividade desenvolvida, o ano de 2003 ficou assinalado pelo reconhecido sucesso da feira VIVAVINHO/EXPOVINIS BRASIL,organizada pela empresa pela primeira vez. A feira teve 170 expositores, representando 400 empresas vinícolas de 12 países e mais de11.000 visitantes, tornando-se, assim, no mais importante evento do sector na América Latina.

As feiras TEXTILHOME e SIOR foram reconhecidas pela UFI e passaram a ser as únicas feiras brasileiras a integrar o respectivo calendário mun-dial de feiras. A EPICURE e a FEILIMP consolidaram-se no mercado e são neste momento referências nos respectivos sectores de actividade.

No domínio da gestão de eventos, a EXPONOR-BRASIL foi responsável pela execução e montagem da exposição “Portugal de Relance. AViagem – encontro de dois povos”, um evento organizado pela Cooperativa Árvore na cidade de S. Paulo e que contou com a presença doPresidente da República, Dr. Jorge Sampaio.

Deve assinalar-se igualmente a intervenção da empresa na organização do “II Congresso Empresarial Brasil – Portugal: desafios do novomilénio”, promovido em São Paulo pelo Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil.

37

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Volume de Actividade 1.110.477Custos de Exploração 1.125.060Resultados de Exploração -14.583Resultados Líquidos -108.234

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

Volume de Actividade 1.376.088Custos de Exploração 1.195.144Resultados de exploração 180.944Resultados Líquidos 83.254

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

7.11. EXPONOR DIGITAL – SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO, S.A.

O ano de 2003 assistiu à consolidação da actividade da EXPONOR DIGITAL – Sociedade de Informação, S.A. no domínio das tecnologias deinformação e comunicação, intervindo em múltiplos canais e projectos como parceiro privilegiado das empresas que apostam na promoçãoe comercialização de produtos via Internet.

A EXPONOR DIGITAL produziu 42 novos sites de feiras e 5 de empresas, correspondentes a um aumento de 27% em relação a 2002. Nos catá-logos electrónicos incluídos nesses sites estiveram representados 3.520 expositores. No final do ano, a empresa tinha disponíveis on-line55 sites e portais, registando um número de visitas à globalidade dos sites superior a 1.700.000. Com este número, a Exponor Digital situa-se actualmente entre o reduzido lote de empresas da área das TIC em Portugal que possuem acessos superiores a 1,5 milhões de visitas.

As newsletters electrónicas tiveram também um aumento substancial no seu número, mas principalmente na sua eficácia e no impactojunto dos subscritores. Em 2003, foram enviadas 429 newsletters e foi enviado um total de 3.373.330 emails.

Relativamente aos resultados financeiros, o segundo ano de actividade da EXPONOR DIGITAL praticamente duplicou o volume de negóciose assegurou um crescimento significativo dos resultados.

7.12. EXPOCOIMBRA – PROMOÇÃO E GESTÃO DE FEIRAS, S.A.

Conjunturalmente, a actividade da EXPOCOIMBRA é fortemente limitada por não poder dispor, de momento, ao nível local, de uma infra--estrutura adequada à realização de eventos e de exposições. Ao mesmo tempo, assiste-se noutros pólos da região ao avanço e consoli-dação deste tipo de espaços, alguns deles bem dimensionados e assentes em projectos esclarecidos.

A estratégia assumida será a da afirmação da EXPOCOIMBRA pela diferença e qualidade, cruzando os efeitos de escala da integração no grupoempresarial da AEP com o relacionamento local induzido pela ACIC, tomando estas ameaças como oportunidades, apoiando aquelas iniciati-vas com serviços e mantendo ao nível local uma actividade de referência que permita um posicionamento preferencial na solução daquelalacuna.

38

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Volume de Actividade 708.849Custos de Exploração 653.680Resultados de Exploração 55.169Resultados Líquidos 50.727

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

Volume de Actividade 555.391Custos de Exploração 539.784Resultados de Exploração 5.607Resultados Líquidos 730

2003Indicadores Financeiros da Actividade (euros)

39

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

7.13. PATRIMÓNIOAssociação dos Parques de Exposição do NorteEUROPARQUE – Centro Económico e CulturalCOGITUS – Sociedade de Animação Turística e Científica, S.A.

Estas entidades desempenham funções de entidades gestoras do património da Associação. A sua actividade cingiu-se, pois, à locação deáreas e ao assegurar da manutenção e conservação dos espaços da EXPONOR, do EUROPARQUE e do CENTRO DE CIÊNCIA, respectivamente.Todas as acções desenvolvidas nesses espaços são descritas nas sínteses referentes às entidades concessionárias, Associação para a FeiraInternacional do Porto, SPEC e LUDOPARQUE.

Volume de Actividade 6.112.286Custos de Exploração 1.801.641Resultados de Exploração 4.310.645Resultados Líquidos 2.309.949

2003Indicadores Financeiros da Actividade da ASSOCIAÇÃO DOS PARQUES DE EXPOSIÇÃO DO NORTE (euros)

Volume de Actividade 1.811.209Custos de Exploração 1.848.540Resultados de Exploração -37.331Resultados Líquidos -1.507.700

2003Indicadores Financeiros da Actividade do EUROPARQUE (euros)

Volume de Actividade 613.521Custos de Exploração 163.024Resultados de Exploração 450.497Resultados Líquidos -111.033

2003Indicadores Financeiros da Actividade da COGITUS (euros)

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

8. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

8. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

8.1. ANÁLISE ECONÓMICA

AEP – Associação Empresarial de Portugal

A actividade realizada durante o ano de 2003 teve a expressão que é nitidamente patente nas contas, e respectivos anexos, apresentados aseguir. Tendo sido seguido o habitual procedimento de completa transparência na prestação de contas, fazemos, como é hábito, o realce dealguns factos que complementam a informação constante desses documentos.

O Volume de Actividade sofreu uma evolução negativa e os Proveitos ficaram sensivelmente abaixo do que estava previsto para este exercí-cio. Tal facto deveu-se, nomeadamente, à retracção da actividade económica, que se fez sentir, de forma visível, nos nossos Associados enas empresas que recorrem ao apoio da Associação. Os efeitos da estagnação do crescimento económico foram ainda mais visíveis em outrasentidades do Universo AEP, o que conduziu a resultados que são relevados mais abaixo.

Apesar de se ter verificado uma evolução negativa nos Proveitos Totais, pelas razões apontadas, os Resultados de Exploração sofreram umaevolução positiva em termos líquidos de amortizações. Os Meios Libertos Líquidos aumentaram, indicando uma melhoria da capacidade daAEP em gerar fundos. A diminuição dos Resultados Líquidos é consentânea com as circunstâncias em que foi realizada a actividade daAssociação e suas participadas, pela via do método da equivalência patrimonial traduzida na rubrica de Resultados Financeiros. Estes apre-sentam-se como o reflexo dos resultados claramente desfavoráveis que, devido à crise económica, algumas das entidades do Universo AEPacabaram por realizar, designadamente o CENTRO DE CIÊNCIA e o EUROPARQUE.

Numa análise mais fina, podemos verificar que o VAB cresceu relativamente a 2002 numa percentagem significativa, claramente resultadode uma forte contracção dos custos de fornecimentos de terceiros. O rácio de cobertura dos encargos financeiros diminuiu passando de 2,4para 2,15, em resultado da referida evolução do desempenho das entidades participadas, que sofreram, igualmente, da incerteza nos apoiosàs empresas que caracterizou o ano de 2003.

O exame da Demonstração de Resultados indica, com clareza, que foram as Perdas Financeiras em Participadas uma das principais razões paraesta evolução, a par das Perdas Extraordinárias, que tiveram ajustamentos resultantes da necessidade de assegurar a transparência dasdemonstrações financeiras e a correcta periodificação das transacções, nomeadamente no caso de subsídios à exploração que, mercê dosatrasos nos encerramentos dos processos de fecho, sofreram atrasos consideráveis quanto ao momento devido para a sua contabilização.

42

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Quotas e Prestações de Serviços 9.467.762 53% 9.880.702 52% 9.775.480 57% -105.222 -1%Subsídios à Exploração 6.851.527 38% 7.620.788 40% 6.021.413 35% -1.599.375 -21%Outros Proveitos 1.515.353 8% 1.389.551 7% 1.391.947 8% 2.396 0%Proveitos Totais 17.834.642 100% 18.891.041 100% 17.188.840 100% -1.702.201 -9%

Evolução200320022001

Resultados de Exploração -53 455 -294 896 507 617 802 513 272%Resultados Financeiros 1 949 527 766 041 240 749 -525 292 -69%Resultados Correntes 226 043 -1 218 540 -988 450 230 090 19%Resultados Líquidos 1 411 988 -1 542 137 -1 152 170 389 967 25%Meios Libertos Líquidos 1 896 073 471 145 664 675 193 530 41%

Evolução200320022001

8.2. ANÁLISE FINANCEIRA

AEP – Associação Empresarial de Portugal

A análise da estrutura do Balanço, que se mantém estável, continua a evidenciar uma situação financeira com alguma solidez.

O endividamento bancário aumentou em 5 milhões de euros, mas continuando, no entanto, a ser substancial na sua composição, o peso doendividamento de médio e longo prazo, graças a operações de consolidação da dívida de curto prazo. Este crescimento do endividamentoficou a dever-se, basicamente, à reformulação de diversas operações no âmbito de algumas participadas, que levou ao crescimento do endi-vidamento da entidade-mãe, a AEP.

Será conveniente referir que a incerteza nas regras de apoio e o atraso no pagamento de operações subsidiadas já realizadas e aprovadas ouem fase de aprovação conduziram a que, no final do ano de 2003, o montante de subsídios ainda não recebidos pela AEP, relativos a essasacções já realizadas, tivesse atingido cerca de 5.000.000 de euros.

A situação financeira da Associação continua relativamente estável, com a cobertura do passivo pelos capitais próprios a situar-se próximodos 65%, claramente satisfatório e, também, consequência da reavaliação do activo já referida noutro local, tendo em conta o aumento doendividamento verificado pelas razões atrás referidas, e que, apesar de tudo, representa uma significativa evolução positiva relativamenteao ano anterior.

43

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Activo Fixo não Financeiro 10 126 573 17% 9 398 651 14% 11 437 887 13% 2 039 236 22%Activo Fixo Financeiro (a) 27 524 723 46% 31 000 255 46% 48 270 344 54% 17 270 089 56%Activo Fixo Total 37 651 296 63% 40 398 906 60% 59 708 231 67% 19 309 325 48%Activo Circulante (b) 22 339 352 37% 27 258 229 40% 29 525 507 33% 2 267 278 8%Total do Activo 59 990 648 100% 67 657 136 100% 89 233 830 100% 21 576 694 32%Situação Líquida (c) 19 704 604 33% 17 299 411 26% 35 380 115 40% 18 080 704 105%Passivo (b) 40 286 044 67% 50 357 725 74% 53 853 715 60% 3 495 990 7%

(a) Inclui Empréstimos a Associadas(b) Inclui Acréscimos e Diferimentos(c) Inclui Subsídios ao Investimento

Evolução200320022001

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

9. CONTAS DO EXERCÍCIO

46

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

9.1. CONTAS DA AEP – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL / 9.1.1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Imobilizações Incorpóreas: Despesas de Instalação 557.949,77 527.048,98 30.900,79 139.402,17Desp. de Investi. e Desenvolvimento 2.794.565,04 2.664.254,83 130.310,21 279.494,60Marcas e patentes 433.828,46 326.379,82 107.448,64 229.026,29

3.786.343,27 3.517.683,63 268.659,64 647.923,06Imobilizações Corpóreas:

Terrenos e Recursos Naturais 373.649,49 0,00 373.649,49 82.301,65Edifícios 11.895.554,99 3.766.746,97 8.128.808,02 5.533.883,73Equipamento Administrativo 8.362.564,99 7.599.021,19 763.543,80 876.034,82Viaturas 1.474.078,43 999.224,25 474.854,18 784.525,63Ferramentas e Utensílios 1.431,49 1.167,69 263,80 362,72Outras Imobil. Corpóreas 1.059.642,10 828.950,16 230.691,94 276.112,25Imobilizações em Curso 1.197.507,46 1.197.507,46 1.197.507,46

24.364.428,95 13.195.110,26 11.169.318,69 8.750.728,26Investimentos Financeiros:

Fundo Social Exponor 40.795.214,04 40.795.214,04 24.650.335,14Fundo Social IDIT 1.731,57 1.731,57 2,48Fundo Social Europarque 2.809.805,33 2.809.805,33 1.033.165,79Fundo Social Triálogo 1.076,58 1.076,58 11.839,35Capital Social CESAE 427.836,34Capital Social Parque-Invest, S.A. Capital Social Parque PIM, SARL 144.651,39 144.651,39 144.651,39Capital Social GRECE, S.A. 2.493.585,03 2.493.585,03 2.493.585,03Capital Social APCER, S.A. 825.658,85 825.658,85 641.102,36Capital Social SPELM, S.A. 8.154,43 8.154,43 8.154,43Capital Social GestioServ, Lda. 32.806,70 32.806,70 305.337,28Fundo Social AFIP 411.622,89 411.622,89 202.185,00Outras Empresas 261.548,42 261.548,42 256.892,40

47.785.855,23 0,00 47.785.855,23 30.175.086,99Dívidas de Terceiros:

Clientes c/c 6.772.911,34 1.414.638,06 5.358.273,28 5.393.720,87Fornecedores c/c 73.881,54 73.881,54 88.626,13Empréstimos ao Pessoal 46.776,41 46.776,41 62.602,31Adiantamentos a Fornecedores 537,03 537,03 279.716,99Estado e Outros Entes Públicos 8.547,22 8.547,22 8.041,94Empréstimos 484.488,99 484.488,99 825.167,96Fornecedores de Imobilizado c/c 12.748,00 12.748,00 40.024,01Outros Devedores 15.293.113,98 15.293.113,98 10.703.334,63Adiantamentos a Fornecedores Imobilizado 99.759,58 99.759,58 99.759,58

22.792.764,09 1.414.638,06 21.378.126,03 17.500.994,42Depósitos Bancários e Caixa:

Depósitos Bancários 1.046.075,41 1.046.075,41 1.392.104,24Caixa 27.298,75 27.298,75 40.988,11

1.073.374,16 0,00 1.073.374,16 1.433.092,35Acréscimos e Diferimentos:

Acréscimo de Proveitos 7.213.922,52 7.213.922,52 8.523.685,77Custos Diferidos 344.574,35 344.574,35 625.624,78

7.558.496,87 0,00 7.558.496,87 9.149.310,55

Total do Activo 107.361.262,57 18.127.431,95 89.233.830,62 67.657.135,63

Dez. 02Activo LíquidoActivo LíquidoAmortiz. Provisões

Dez. 03Activo BrutoACTIVO

Balanço em 31 de Dezembro de 2003 Valores em Euros

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

47

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Fundo Social 3.990.383,18 3.990.383,18Ajustamentos de cap. em assoc. e filiais 3.198.334,81 3.198.334,81Reservas de Reavaliação 3.022.890,80Reservas Livres 4.425.303,48 4.425.303,48Reservas Especiais 5.845.134,23 5.845.134,23Resultados Transitados 12.835.510,20 -1.781.229,00Resultado Líquido do Exercício -1.152.170,13 -1.542.137,30

32.165.386,57 14.135.789,40Provisões

Provisões p/ Riscos e Encargos 0,00 237.724,360,00 237.724,36

Dívidas a Terceiros - MLP Empréstimos Bancários 9.304.337,15 9.431.496,68Leasing 36.020,00

9.340.357,15 9.431.496,68Dívidas a Terceiros - CP

Clientes c/c 88.363,17 137.020,58Depósitos Bancários 9.486,00Empréstimos Bancários 17.050.893,21 11.859.045,07Fornecedores c/c 2.470.405,47 4.759.135,10Fornecedores Fact./Conferência 23.669,68 124.291,81Fornecedores Imobilizado c/c 439.501,00 664.096,23Estado e Outros Entes Públicos 376.450,73 437.031,62Outros Credores 10.124.622,00 9.028.710,38Empréstimos - Empresas do Grupo 12.311.253,47 11.907.353,47Adiantamentos de clientes 52.002,79 47.368,50

42.946.647,52 38.964.052,76Acréscimos e Diferimentos:

Acréscimo de Custos 1.266.617,29 1.343.375,59Proveitos Diferidos 3.514.822,09 3.544.696,84

4.781.439,38 4.888.072,43

Total do Passivo 57.068.444,05 53.521.346,23

Total do Capital Próprio e Passivo 89.233.830,62 67.657.135,63

Dez. 02Dez. 03CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Balanço em 31 de Dezembro de 2003 Valores em Euros

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

48

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

CUSTOS E PERDASFornecimentos e Serviços Externos 8.265.746,41 10.049.395,26

Custos c/ Pessoal Remunerações 6.007.892,99 6.453.390,62Encargos s/ Remunerações 1.074.586,49 1.141.815,12Outros 214.300,67 7.296.780,15 413.548,53 8.008.754,27

Amortizações do Imobil. Corp. e Incorp. 1.556.816,18 1.689.686,11Provisões 180.000,00 1.736.816,18 1.689.686,11

Impostos 351.223,34 391.276,28Outros Custos e Perdas Operacionais 767.473,51 1.118.696,85 736.510,34 1.127.786,62

(A) 18.418.039,59 20.875.622,26

Perdas em empresas Grupo/Associados 1.242.236,99 1.339.955,20Outros Juros e Custos Similares

Relativos a Empresas do Grupo Outros 1.010.492,95 2.252.729,94 1.264.215,06 2.604.170,26

(C) 20.670.769,53 23.479.792,52

Custos e Perdas Extraordinárias 1.287.057,58 2.284.542,31(E) 21.957.827,11 25.764.334,83

Imposto s/ o Rendimento do Exercício 3.000,00 76.997,43(G) 21.960.827,11 25.841.332,26

Resultado Líquido do Exercício -1.152.170,13 -1.542.137,3020.808.656,98 24.299.194,96

PROVEITOS E GANHOSVendas Prestação de serviços 9.775.480,29 9.775.480,29 9.880.701,65 9.880.701,65Proveitos Suplementares 31.174,19 605,05Subsídios à Exploração 6.021.413,03 7.620.787,76Outros Prov. e Ganhos Operacionais 1.360.773,23 7.413.360,45 1.388.946,01 9.010.338,82

(B) 17.188.840,74 18.891.040,47

Ganhos em empresas Grupo/Associados 2.465.162,16 3.349.118,26Outros Juros e Prov. Similares:

Relativos a Empresas do Grupo 15.859,35Outros 28.316,71 2.493.478,87 5.233,99 3.370.211.60

(D) 19.682.319,61 22.261.252,07

Proveitos e Ganhos Extraordinários 1.126.337,37 2.037.942,89(F) 20.808.656,98 24.299.194,96

RESUMO: Resultados Operacionais: (B) - (A) = -1.229.198,85 -1.984.581,79Resultados Financeiros: (D-B) - (C-A) = 240.748,93 766.041,34Resultados Correntes: (D) - (C) = -988.449,92 -1.218.540,45Resultados Antes de Impostos: (F) - (E) = -1.149.170,13 -1.465.139,87Resultados do Exercício: (F) - (G) = -1.152.170,13 -1.542.137,30

Dez. 02Dez. 03

Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2003 Valores em Euros

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

49

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Vendas e prestações de serviços 9.775.480,29 9.880.701,65Custo das vendas e das prestações de serviço -10.334.500,81 -10.656.494,45

Resultados brutos -559.020,52 -775.792,80Outros proveitos e ganhos operacionais 7.441.591,38 9.010.338,82Custos de distribuiçãoCustos administrativos -1.042.226,37 -1.095.867,59Outros custos e perdas operacionais -7.211.699,67 -9.369.859,64

Resultados operacionais -1.371.355,18 -2.231.181,21Custo líquido de financiamento -1.128.703,88 -993.180,23Ganhos (perdas) em filiais e associados 1.350.888,93 1.759.221,57Ganhos (perdas) em outros investimentos

Resultados correntes -1.149.170,13 -1.465.139,87Imposto sobre os resultados correntes -3.000,00

Resultados correntes após impostos -1.152.170,13 -1.465.139,87Resultados extraordinários

Impostos sobre os resultados extraordinários -76.997,43Resultados líquidos -1.152.170,13 -1.542.137,30

Resultados por unidade de participação

Exercício 2002Exercício 2003

Demonstração dos Resultados por Funções em 31 de Dezembro de 2003 Valores em Euros

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

50

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Actividades OperacionaisRecebimentos de clientes 12.427.602,87 12.396.458,66Pagamentos a fornecedores -16.341.544,86 -12.780.816,21Pagamentos ao pessoal -8.292.680,63 -8.001.203,28

Fluxo gerado pelas operações -12.206.622,62 -8.385.560,83Outros pagamentos relativos à actividade operacional

IVA -663.622,36 -642.881,76Outros -2.581.576,69 -3.619.860,98

-3.245.199,05 -4.262.742,74Outros recebimentos relativos à actividade operacional

Subsídios à exploração 16.378.708,53 8.368.899,69Receitas financeiras 11.477,28 12.021,74Outros 109.953,22 75.061,71

16.500.139,03 8.455.983,14Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias 1.048.317,36 -4.192.320,43

Fluxos das actividades operacionais 1.048.317,36 -4.192.320,43

Actividades de InvestimentoRecebimentos provenientes de:

Subsídios ao investimento0,00 0,00

Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeiros -24.586,12 -248.235,18Imobilizado corpóreo -565.112,70 -595.174,92Imobilizado incorpóreo

-589.698,82 -843.410,10Fluxos das actividades de investimento -589.698,82 -843.410,10

Actividades de FinanciamentoRecebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 5.659.000,00 10.337.377,95Empréstimos concedidos 3.705.726,37 9.236.560,37Contas caucionadas 632.000,00 8.910.000,00

9.996.726,37 28.483.938,32Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos -3.581.828,66 -1.500.282,72Empréstimos concedidos -6.783.078,01 -11.637.146,45Contas caucionadas -526.000,00 -6.918.797,90Amortização de contratos de locação financeira -193.130,92 -214.182,59Juros e custos similares -950.962,52 -727.082,01

-12.035.000,11 -20.997.491,67Fluxos das actividades de financiamento -2.038.273,74 7.486.446,65

Variação de caixa e seus equivalentes -1.579.655,20 2.450.716,12

Caixa e seus equivalentes no início do período -3.402.856,96 -5.853.573,08

Caixa e seus equivalentes no fim do período -4.982.512,16 -3.402.856,96

Dez. 02Dez. 03

Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2003 Valores em Euros

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

51

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Numerário 27.298,75 40.988,11Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 936.930,82 1.294.022,00Equivalentes a caixa:

Descobertos bancários -6.046.400,07 -4.835.949,31Caixa e seus equivalentes -5.082.170,50 -3.500.939,20

Outras disponibilidadesDepósitos a prazo 99.658,34 98.082,24

Disponibilidades constantes do balanço -4.982.512,16 -3.402.856,96

Dez. 02Dez. 03

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2003 Valores em Euros

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

9.1.2. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

NOTA INTRODUTÓRIA

A AEP – Associação Empresarial de Portugal é uma associação de pessoas singulares e colectivas, considerada Pessoa Colectiva de UtilidadePública, que congrega essencialmente empresas da indústria transformadora.

Tem como objectivo a defesa e representação de interesses dos seus associados e a prestação de serviços.

Das suas actividades, destacam-se a formação profissional e outros serviços que promovam o desenvolvimento, a divulgação e internacio-nalização da indústria, assim como a prestação de serviços a todas as Participadas.

As notas e a sua ordem de apresentação obedecem ao definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC). As notas que não estão incluídasneste anexo não são aplicáveis à Associação ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.

Toda a informação de carácter financeiro, sempre que não haja referência em contrário, está expressa em euros.

2. Alteração de Critérios

Neste exercício de 2003 procedeu-se à reavaliação de terrenos conforme valor constante da nota 13.

3. Bases de Apresentação e Políticas Contabilísticas

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

As políticas contabilísticas seguidas, em aspectos significativos ou críticos para a determinação dos resultados do exercício e a apresenta-ção da situação financeira, são as seguintes:

a) Bases de ContabilizaçãoAs demonstrações financeiras foram preparadas segundo o princípio do custo histórico, com excepção da contabilização das participações noFundo Social da EXPONOR, no Fundo Social do IDIT, no Património Associativo do CESAE, no Fundo Social do EUROPARQUE, no Fundo Social daTRIÁLOGO, no Fundo Social da APCER e nos Capitais Sociais da COGITUS, S.A., EURISKO, S.A., PLANISERV, S.A., SPEC, S.A., LUDOPARQUE, S.A.,PARQUE-INVEST, S.A., SPELM, S.A., GESTIOSERV, Lda., GRECE, S.A., conforme referido na alínea b).

b) Investimentos FinanceirosAs participações financeiras nos fundos sociais, capital social e património associativo da EXPONOR, do EUROPARQUE, do IDIT, da TRIÁLOGO,do CESAE, da AFIP, da EURISKO, S.A., da PARQUE-INVEST, S.A., da PLANISERV, S.A., da COGITUS, S.A., da SPEC, S.A., da LUDOPARQUE, S.A., daSPELM, S.A., APCER, da GESTIOSERV, Lda. e da GRECE, S.A. estão contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial.

Devido ao facto de se tratar de associações, nunca se verificará a distribuição de dividendos por parte das seguintes entidades: EXPONOR,EUROPARQUE, IDIT, AFIP, TRIÁLOGO, CESAE e APCER.

Os investimentos financeiros estão contabilizados ao custo de aquisição, tendo sido efectuadas as provisões necessárias atendendo aos ris-cos estimados de realização de valores destas participações.

52

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

c) Imobilizado CorpóreoAs imobilizações corpóreas são valorizadas ao custo de aquisição acrescido dos gastos necessários à respectiva instalação.

d) Despesas de DesenvolvimentoForam consideradas como um activo as despesas com a emissão do livro “Uma Nova Ambição para Portugal”.

e) AmortizaçõesAs amortizações foram calculadas sobre os valores de custo e segundo o método das quotas constantes, de acordo com o período de vida útildos bens do activo imobilizado. As amortizações são efectuadas por duodécimos.

O período de vida útil estimado dos bens do activo imobilizado é o seguinte:

Foi alterado o critério de amortizações para os edifícios, estando estes a partir de 2002 a serem amortizados à taxa de 1%. Esta alteração tevepor base um estudo de uma entidade independente. As amortizações do exercício foram assim reduzidas no montante de 63.565 euros, o quenão afecta a comparabilidade das demonstrações financeiras.

f) SubsídiosOs subsídios ao investimento são registados como proveitos diferidos e transferidos para resultados do exercício numa base sistemática pelocorrespondente valor das amortizações do imobilizado a que respeitam.

Os subsídios à exploração, cuja atribuição ao exercício não se oferecem dúvidas, são incluídos nos resultados do período a que respeitam,independentemente do seu recebimento.

g) Reconhecimento de ProveitosOs proveitos do exercício são reconhecidos nas datas de realização dos mesmos, independentemente do seu recebimento.

h) Locação Financeira A locação financeira é reflectida nas demonstrações financeiras, registando-se um activo e um passivo igual ao valor actual dos pagamentosmínimos de locação no início do contrato.

Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política de amortização atrás referida. As responsabilidades por loca-ção são reduzidas pelos pagamentos de capital, enquanto a componente financeira da renda é registada directamente como custo do exercício.

i) Provisões para Riscos e EncargosA Associação (AEP), nos exercícios de 1996, 1997 e 1998, foi alvo de inspecções por parte da DGCI. Na sequência destas, recebeu liquida-ções adicionais de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), referentes aos exer-cícios de 1991, 1992, 1993, 1994, 1995 e 1996.

No que respeita ao IVA, a AEP foi notificada, no ano de 1997, em PTE 43.911.446 de imposto e PTE 42.415.277 de juros compensatórios, refe-rentes ao exercício de 1991, e em PTE 46.688.567 de imposto e PTE 45.869.688 de juros compensatórios, relativos ao exercício de 1992.

53

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Edifícios e Outras Construções 50 a 100Equipamento de Transporte 4 a 5Equipamento Administrativo 3 a 12Outras Imobilizações Corpóreas 8 a 10Despesas de Investigação e Desenvolvimento 3 a 5Propriedade Industrial e Outros Direitos 010

Anos

54

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Por discordar de algumas das interpretações realizadas pela Administração Fiscal, a AEP impugnou judicialmente estas liquidações e contes-tou os montantes de imposto de PTE 27.537.686 e PTE 35.264.280, referentes aos exercícios de 1991 e 1992, respectivamente.

No que respeita ao IRC, a AEP foi notificada, no ano de 1997, em PTE 34.785.707 e PTE 133.850.891, referentes a 1991 e 1992, respectiva-mente. Estas liquidações incluem juros compensatórios de PTE 15.823.681 para 1991 e PTE 59.698.566 para 1992. Pelas mesmas razõesapontadas para o IVA, a AEP apresentou reclamações graciosas, nos termos do art. 95.º e seguintes do CPT, tendo reclamado os montantesde PTE 18.501.045 e PTE 57.844.965 de imposto, referentes aos exercícios de 1991 e 1992, respectivamente.

Relativamente a todas as liquidações adicionais acima referidas, a AEP optou por incluí-las no Plano de Regularização de Dívidas Fiscais e àSegurança Social (DL 124/96), de modo a beneficiar do perdão de 60% dos juros compensatórios, sem deixar, no entanto, de prosseguir comas contestações judiciais.

Ainda no exercício de 1996, a Associação constituiu as provisões que considerou necessárias para cobrir eventuais contingências que vies-sem a resultar dos referidos processos. Durante o exercício de 1997 a provisão foi utilizada e reforçada pelos montantes de PTE 18.869.000e PTE 20.000.000, respectivamente.

Em Julho de 1998, a AEP foi notificada, no que respeita a IVA, em PTE 19.302.294, PTE 21.936.076, PTE 55.295.001 e PTE 38.007.717 deimposto, e em PTE 16.150.285, PTE 12.443.037, PTE 22.758.888 e PTE 7.758.352 de juros compensatórios, referentes aos exercícios de1993, 1994, 1995 e 1996, respectivamente.

Relativamente a estas notificações, a AEP procedeu, em Setembro de 1998, aos seguintes pagamentos: PTE 14.416.667 de IVA e PTE2.412.333 de juros compensatórios referentes ao ano de 1993, PTE 8.598.358 de IVA e PTE 976.015 de juros compensatórios referentes aoano de 1994, PTE 10.244.917 de IVA e PTE 810.919 de juros compensatórios referentes ao ano de 1995 e, finalmente, PTE 20.598.405 de IVAe PTE 740.181 de juros compensatórios referentes ao ano de 1996.

No que se refere ao IRC e também em Setembro de 1998, a AEP procedeu aos seguintes pagamentos: PTE 4.626.207 de IRC e PTE 651.142 dejuros compensatórios referentes ao ano de 1993, PTE 2.463.378 de IRC e PTE 239.764 de juros compensatórios referentes ao ano de 1994,PTE 7.122.411 de IRC e PTE 403.343 de juros compensatórios referentes ao ano de 1995 e, por fim, PTE 2.312.849 de IRC e PTE 350.829 dejuros compensatórios relativos ao ano de 1996.

Durante o ano de 2002, respectivamente, em Junho e Agosto, a AEP procedeu aos pagamentos de 276.237,14 euros e 109.535,87 euros.

A Associação constituiu as provisões que considerou necessárias para cobrir eventuais contingências que viessem a resultar dos processosacima referidos, que a 31 de Dezembro de 2003 ascendem a 237.724,36 euros.

Relativamente à situação do IRC, os processos mantêm-se em sede de Ministério das Finanças.

j) Provisões para Cobranças DuvidosasA provisão para cobranças duvidosas foi calculada com base nos riscos estimados de incobrabilidade dos valores a receber.

l) Imposto sobre o RendimentoO encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Código sobre o Rendimento das PessoasColectivas (IRC). A Associação adopta, por força da publicação no exercício de 2003 da Directriz Contabilística nº 28, o conceito de contabi-lização de impostos diferidos, calculado com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valo-res contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação. A 31 de Dezembro de 2003, as principais diferenças temporaisexistentes estão relacionadas com:

• Reavaliações económicas (nota 13), no montante de 3.022.890,80 euros.

Dada a não relevância dos montantes apurados, a Associação optou por não contabilizar o impacto dos impostos diferidos.

4. Transacções em Moeda Estrangeira

As operações em moeda estrangeira não pertencentes à Comunidade são convertidas para euros ao câmbio da data da operação. À data do balan-ço, os activos e passivos monetários expressos em moeda diferente do euro, em relação aos quais não exista fixação ou garantia de câmbio, sãoconvertidos à taxa de câmbio dessa data, sendo as diferenças de câmbio resultantes dessa conversão reconhecidas como resultados do exercício.

7. Número de Pessoas ao Serviço

Em 31 de Dezembro de 2003, encontram-se ao serviço da Associação 268 pessoas.Em 31 de Dezembro de 2002, encontravam-se ao serviço da Associação 283 pessoas.

8. Imobilizações Incorpóreas

A conta Despesas de Investigação e de Desenvolvimento integra vários estudos e projectos desenvolvidos pela Associação, com o objectivo defornecer aos seus associados um conjunto de informação que permite promover o desenvolvimento e a divulgação da indústria portuguesa.Integra também os custos relacionados com o lançamento do livro “Uma Nova Ambição para Portugal”.

10. Activo Imobilizado

Movimento ocorrido durante o exercício de 2003 nas rubricas do Activo Imobilizado constantes do Balanço e nas respectivas amortizações eprovisões:

55

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Imobilizações IncorpóreasDespesas de instalação 557.949,77 557.949,77Despesas de investigação e desenvolvimento 2.794.565,04 2.794.565,04Propriedade industrial e outros direitos 480.200,32 16.363,54 62.735,40 433.828,46

3.832.715,13 16.363,54 62.735,40 3.786.343,27Imobilizações Corpóreas

Terrenos 82.301,65 291.347,84 373.649,49Edifícios 8.220.744,02 3.667.010,97 7.800,00 11.895.554,99Equipam. de transporte 1.522.226,94 49.573,73 97.722,24 1.474.078,43Ferramentas e utensílios 1.431,49 1.431,49Equipamento administ. 7.902.901,88 585.616,05 125.952,94 8.362.564,99Outras Imob. Corpóreas 1.059.642,10 1.059.642,10Imobilizações em curso 1.197.507,46 1.197.507,46

19.986.755,54 3.958.358,81 642.989,78 223.675,18 1.431,49 24.364.428,95Investimentos Financeiros

Partes capital emp. grupo 29.918.194,59 130.795,15 17.475.317,07 47.524.306,81Partes capital emp.assoc. 256.892,40 4.656,02 261.548,42

30.175.086,99 135.451,17 17.475.317,07 47.785.855,23

Saldoem 03.12.31Reajustamentos

AlienaçõesAbatesAumentosReavaliações

Saldoem 03.01.01Activo Bruto

O valor constante da coluna Reavaliações refere-se à reavaliação efectuada em Terrenos e Edifícios, conforme nota 13.

O valor constante da coluna Reajustamentos refere-se à aplicação do método da equivalência patrimonial ao valor inicial dos investimentosfinanceiros.

13. Reavaliações

Em Dezembro de 2003, procedeu-se à reavaliação dos Terrenos e Edifícios da AEP, tendo ocorrido variações nas seguintes rubricas:

15. Bens utilizados em regime de locação financeira

Relação dos contratos de leasing relativos a viaturas ligeiras contabilizadas em Equipamento de Transporte e adquiridas através deles:

Locadora:

1- SANTANDER LEASING

Contratos – 200010409; 20010479; 20020177; 20020179; 131601; 132091; 132093; 135219

Valor aquisição 270.774,68Amortizações 134.874,60

O valor de Fornecedores de imobilizado de médio e longo prazo é de 36.020 euros.

56

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Imobilizações IncorpóreasDespesas de instalação 418.547,60 108.501,38 527.048,98Despesas de investig. e desenvolvimento 2.515.070,44 149.184,39 2.664.254,83Propriedade industrial e outros direitos 251.174,03 78.342,56 3.136,77 326.379,82

3.184.792,07 336.028,33 3.136,77 3.517.683,63Imobilizações Corpóreas

Edifícios e outras construções 2.686.860,29 935.468,01 144.418,67 3.766.746,97Equipamento de transporte 737.701,31 332.742,54 71.219,60 999.224,25Ferramentas e utensílios 1.068,77 98,92 1.167,69Equipamento administrativo 7.026.867,06 698.107,41 125.953,28 7.599.021,19Outras imobilizações corpóreas 783.529,85 45.420,31 828.950,16

11.236.027,28 935.468,01 1.220.787,85 197.172,88 13.195.110,26

Saldoem 03.12.31

AlienaçõesAbatesAumentosReavaliações

Saldoem 03.01.01Amortizações e Provisões

Imobilizações CorpóreasTerrenos e Recursos Naturais 82.301,65 291.347,84 373.649,49Edifícios e Outras Construções 6.645.957,16 3.667.010,97 10.312.968,12

6.728.258,81 3.958.358,81 10.686.617,62

Valores contab.reavaliadosReavaliações

Custoshistóricos

16. Investimentos Financeiros

A Associação, até 24 de Março de 1995, detinha a totalidade do Fundo Social da EXPONOR - Associação dos Parques de Exposição do Norte.Nesta data foi deliberado em Assembleia Geral da Exponor um aumento do seu Fundo Social em mil contos, subscrito pela AssociaçãoEuroparque – Centro Económico e Cultural. A Associação passou a deter 99,8668% do Fundo Social da Exponor, que ascende aPTE 751.000.000. Após a redenominação do Fundo Social em Dezembro de 2001, a percentagem de participação mantém-se, corresponden-do a 3.745.000,00 euros. Esta Associação apresenta, em 31 de Dezembro de 2003, Resultados Líquidos no montante de 2.262.512,08 eurose capitais próprios no montante de 40.849.666,64 euros.

Por escritura de 3 de Abril de 1992, foi constituída a Associação EUROPARQUE - Centro Económico e Cultural, com o Fundo Social no valor deum milhão de contos.

Em 20 de Abril de 1995, em Assembleia Geral Ordinária, a Direcção desta Associação aprovou o aumento do Fundo Social para dois milhões emeio de contos. A AEP subscreveu um milhão quatrocentos e cinquenta contos, ficando a deter 85,226% do mesmo. Em 2001, a AEP passoua deter uma participação de 51,00%, correspondente a 6.359.673,19 euros. Em 2002, foi aumentado o Fundo Social para dezassete milhõesde euros, passando a AEP a deter 50,9412%, correspondentes a 8.660.000,00 euros. Esta Associação apresenta, a 31 de Dezembro de 2003,Resultados Líquidos negativos no montante de 1.510.150,78 euros e capitais próprios no valor de 5.515.781,60 euros.

Por escritura de 3 de Março de 1989, foi constituído o IDIT - Instituto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica.

Em 30 de Junho de 1996, o seu Fundo Social ascende a PTE 280.000.000.

Em 17 de Fevereiro de 1995, na Assembleia Geral do IDIT, foi deliberado o aumento da participação da AEP no Fundo Social desta instituiçãono montante de PTE 57.452.000, passando a deter 52,1429% do mesmo. Em 2001, a AEP passou a deter uma participação de 0,2299%, cor-respondente a 4.998,00 euros. Este Instituto apresenta, a 31 de Dezembro de 2003, Resultados Líquidos negativos no montante de42.093,00 euros e capitais próprios no valor de 753.183,00 euros.

Por escritura de 10 de Novembro de 1995, foi constituída a Associação CESAE - Centro de Serviços de Apoio às Empresas, com o patrimónioassociativo no valor de PTE 8.800.000, no qual a Associação participava em 91,2%. Em 2001, a AEP passou a deter uma participação de87,20%, correspondente a 217.475,88 euros. Esta Associação apresenta, a 31 de Dezembro de 2003, Resultados Líquidos negativos no mon-tante de 605.080,33 euros e capitais próprios negativos no valor de 114.437,36 euros.

A APCER – Associação Portuguesa de Certificação foi constituída em 12 de Abril de 1996 e, em 31 de Dezembro de 2000, o seu Capital Socialera de PTE 60.000.000, no qual a AEP participava em 29,1429%. Em 2001, a participação da AEP passou a ser de 26%, correspondente a234.000,26 euros. Esta Associação apresenta, a 31 de Dezembro de 2003, Resultados Líquidos no montante de 709.832,64 euros e capitaispróprios no valor de 3.175.610,96 euros.

A SPELM – Sociedade de Promoção Empresarial Luso-Moçambicana, S.A. foi constituída em 1992 e, em 31 de Dezembro de 1999, possuía umcapital social de PTE 50.000.000, no qual a AEP participava em 80%. Esta Sociedade, em Setembro de 2000, apresentou a cessação de acti-vidade devido à mudança da sua sede para Moçambique.

A Sociedade PIM - Parque Industrial da Matola, SARL, foi constituída em 22 de Maio de 1998.

A Associação TRIÁLOGO – Escola de Especialização Técnológica foi constituída em 16 de Novembro de 1998. Em Dezembro 2001, e após aredenominação de capital, a percentagem da participação da AEP é de 63,1579%, correspondendo a um valor de 12.000,00 euros. EstaAssociação em 31 de Dezembro de 2003, apresentava um Resultado Líquido negativo de 17.041,03 euros e capitais próprios no valor de1.704,58 euros.

57

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

A GESTIOSERV – Gestão e Serviços, Unipessoal, Lda., foi constituída por escritura pública em 25 de Outubro de 2000. Em 31 de Dezembro de2001, o seu capital social era de 25.000,00 euros, no qual a AEP participava em 100%. Em 31 de Dezembro de 2003, apresentava ResultadosLíquidos negativos de 8.816,07 euros e capitais próprios no valor de 32.806,70 euros.

A GRECE – Gestão de Rede Empresarial de Comércio Electrónico, S.A. foi constituída em 26 de Maio de 2000 e, em 31 de Dezembro de 2001,possuía um capital social de um milhão de euros, representado por dois milhões de acções de valor nominal de meio euro cada uma, no quala AEP participa em 25%.

Relativamente a esta entidade, o accionista maioritário ParaRede, S.A. entendeu suspender temporariamente a sua actividade, prevendo-seque a mesma seja retomada ainda no 1.º semestre de 2004.

A Associação para a Feira Internacional do Porto foi constituída em 25 de Outubro de 2000, tendo iniciado a actividade em 02 de Janeiro de2001. A 31 de Dezembro de 2002, possuía um Fundo Social de 1.000.000,00 euros, no qual a AEP participava em 10%, correspondente a100.000,00 euros. Em 31 de Dezembro de 2003, apresentava um Resultado Líquido no valor de 106.077,99 euros e capitais próprios no valorde 2.068.456,74 euros.

Os outros investimentos financeiros têm a seguinte composição:

Estas participações têm essencialmente por finalidade a cooperação com outras instituições, com vista ao apoio a iniciativas de interessepara o desenvolvimento industrial.

58

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Business and Inovation Center 9.145,19 4.489,18Associação Apoio Instituto Superior de Estudos Empresariais 4.987,99 4.987,98ITIDAI (apoio à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) 5.486,78 5.486,78Centro para Conservação de Energia 11.971,15 11.971,15Fundação da Juventude 9.975,96 9.975,96Centro Biomassa para a Energia 7.481,97 7.481,97Centro Português de Design 1.995,19 1.995,19Centro de Apoio Tecnológico Indústria Metalomecânica – CATIM 4.987,98 4.987,98Associação para o Parque de Ciências e Tecnologia do Porto 9.975,96 9.975,96Escola Tecnológica Design Industrial 498,80 498,80Agência p/ Modernização do Porto, S.A. 3.990,38 3.990,38Primus - Promoção Desenvolvimento Regional 4.987,98 4.987,98Adrave – Agência Dv. R. V. Ave 24.939,90 24.939,90Fundação Serralves 15.000,00 15.000,00Fundação Observatório Urbano do Eixo Atlântico 38.469,95 38.469,95HARII – SDTimor/Leste 40.153,24 40.153,24PIEP 5.000,00 5.000,00CEIIA 12.500,00 12.500,00 Norgarante 50.000,00 50.000,00

261.548,42 256.892,40

20022003

23. Valor global das dívidas de cobrança duvidosa que está incluído em cada uma das contas de dívidas a receber de terceiros que figuram no balanço

As únicas dívidas de terceiros que apresentam indícios de incobrabilidade referem-se às dívidas de clientes que se encontram relevadas narubrica Clientes de cobrança duvidosa e ascendem a 1.414.638,06 euros.

25. Empréstimos ao Pessoal

Esta conta apresenta, em 31 de Dezembro de 2003, o saldo de 46.776,41 euros.

32. Responsabilidade da Empresa por Garantias Prestadas

34. Provisões

Movimento ocorrido durante o ano de 2003 nas rubricas de provisões.

39. Reservas de Reavaliação

Em 31 de Dezembro de 2003, procedeu-se a uma reavaliação do imobilizado corpóreo, constituindo-se uma reserva de reavaliação no mon-tante de ¤ 3.022.890,80. Com esta reavaliação houve um aumento nas amortizações do exercício no montante de ¤ 41.671,76.

40. Movimentos Ocorridos em Rubricas dos Capitais Próprios

A Associação não está sujeita à obrigatoriedade de constituição de Reservas ou Capital Social. O Fundo Social, que é mostrado no Balanço, foiconstituído por deliberação dos associados em Assembleia Geral. Os valores que compõem a situação líquida, excepto em caso de liquida-ção, em que a decisão compete à Assembleia Geral, não são distribuíveis aos associados, podendo apenas ser utilizados para a cobertura deprejuízos ou investimentos em actividades que constituam o objecto da Associação.

59

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

A favor dePetrogal 1.995,19IEFP 14.839,24IAPMEI 496.901,10ICEP 703.768,32

Montante – EurosGarantias Bancárias

Provisões p/cob. duvidosas 1.072.308,95 417.724,36 75.395,25 1.414.638,06Provisões p/riscos encargos 237.724,36 237.724,36 -

Saldoem 03.12.31ReduçãoAumento

Saldoem 03.01.01

43. Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais

De acordo com os Estatutos da Associação, todos os cargos de eleição, com excepção do Presidente da Comissão Executiva, são gratuitos.

As remunerações atribuídas à Comissão Executiva - Presidente e Vogais - foram as seguintes:

44. Prestações de Serviços

Esta rubrica tem a seguinte composição:

45. Demonstração de Resultados Financeiros

60

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Fundo Social 3.990.383,18 3.990.383,18Ajust.Cap. Fil.e Assoc. 3.198.334,81 3.198.334,81Reserva de Reavaliação 3.022.890,80 3.022.890,80Reservas Livres 4.425.303,48 4.425.303,48Reservas Especiais 5.845.134,23 5.845.134,23Result. Transitados (1.781.229,00) 16.158.876,50 (1.542.137,30) 12.835.510,20Resul. Líq. Exercício (1.542.137,30) 1.542.137,30 (1.152.170,13) (1.152.170,13)

14.135.789,40 19.181.767,30 - (1.152.170,13) 32.165.386,57

Saldo FinalResultados

2003Transfer.

Resultados 2002Aumentos

DiminuiçõesSaldo Inicial

Comissão Executiva 377.076,00 558.628,00

20022003

Serviços às Empresas 1.155.147,72 1.280.941,44Formação e Ensino 1.815.875,45 1.433.685,14Serviços Grupo 5.317.960,89 5.883.498,17Outros Serviços 1.486.496,23 1.282.576,90

9.775.480,29 9.880.701,65

20022003

Juros suportados 941.993,29 899.692,19 Juros obtidos 17.531,01 15.859,35Difer. câmbio desfavoráveis 902,28 1.784,81 Dif. câmbio favoráveis 1.437,31 4.711,40Result. Líquido EUROPARQUE 769.288,93 1.339.566,52 Resul. Líq. EXPONOR 2.259.496,15 2.903.226,39Result. Líquido IDIT 96,77 388,68 Resultado Líquido APCER 184.556,49 145.139,81Result. Líquido TRIÁLOGO 10.762,76 Resultado Líquido CESAE - 7.297,72Result. Líquido CESAE 427.836,34 Result. Liquido GESTIOSERV - 244.657,97Result. Líquido AINP 17.436,12 Result. Líquido AFIP 21.109,52 48.796,37Result. Líquido AEGE 8.000,00 Outros proveitos e ganhos 9.348,39 522,59Result. Líquido GESTIOSERV 8.816,07Outros custos e perdas 67.597,38 362.738,06Resultados Financeiros 240.748,93 766.041,34

2.493.478,87 3.370.211,60 2.493.478,87 3.370.211,60

20022003Proveitos e Ganhos20022003Custos e Perdas

61

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

46. Demonstração de Resultados Extraordinários

Os custos e perdas relativos a exercícios anteriores englobam:

Proveitos e ganhos de exercícios anteriores:

48. Outras Informações

48.1. ClientesDiscriminação dos saldos devedores:

Donativos 5,00 374,10 Recuperação dívidas - 469,13Perdas imobilizações 7.095,95 31.394,58 Ganhos imobilizações 48.611,59 9.796,93Multas e Penalidades 100,00 211,45 Cor. rel. exerc. anterior. 590.552,57 1.410.624,43Cor. rel. exer. anterior. 1.247.125,64 2.120.885,23 Amort. subs. investim. 436.679,03 617.046,55Out. custos/perdas 32.730,99 131.676,95 Outros proveitos/ganhos 50.494,18 5,85Resultados Extraordinários (160.720,21) (246.599,42)

1.126.337,37 2.037.942,89 1.126.337,37 2.037.942,89

20022003Proveitos e Ganhos20022003Custos e Perdas

Custos de 2002 não periodificados 506.516,64Anulação de férias e subsídios de férias e segurança social referentes a 2002 205.877,00Regularização de subsídios 409.732,00Prémios pagos referentes a 2002 125.000,00

1.247.125,64

Anulação de férias e subsídios de férias e segurança social referentes a 2002 151.259,00Regularização de subsídios 2003 55.753,00Comissão IAPMEI 43.714,00Outros 339.826,57

590.552,57

Serviços às Empresas e Associados 746.425,42 704.174,92Participações em acções de formação 772.232,27 728.521,01Outros serviços 5.355.952,11 5.033.333,89

6.874.609,80 6.466.029,82Provisões p/ cobrança duvidosa (996.913,70) (1.072.308,95)

5.877.696,10 5.393.720,87

20022003

48.2 Empréstimos Concedidos/Obtidos de Empresas do Grupo

A estratégia adoptada pela Direcção da AEP – Associação Empresarial de Portugal para o Grupo definiu como um dos objectivos a centrali-zação da função financeira. Atendendo a este objectivo, até 31 de Dezembro de 2003, a AEP tinha emprestado, sem juros, ao IDIT e ao PIMos montantes acima referidos. Quanto à EXPONOR, a situação é inversa, ou seja, esta Associação emprestou, sem juros, o montante acimaevidenciado.

48.3. Acréscimos e Diferimentos

48.3.1. Acréscimos de ProveitosEsta conta regista essencialmente Subsídios, já aprovados pelas entidades competentes, mas ainda não recebidos, para fazer face a custosincorridos durante o exercício de 2002, sendo a sua composição a seguinte:

48.3.2 Acréscimos de Custos

62

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

IDIT 465.731,00 465.731,00EXPOPARQUE, SGPS - 157.121,34EUROPAR, SGPS - 183.557,63PIM 18.757,99 18.757,99

484.488,99 825.167,96

20022003Empréstimos Concedidos

EXPONOR 12.311.253,47 11.907.353,4712.311.253,47 11.907.353,47

20022003Empréstimos Obtidos

Formação profissional 2.826.437,58 2.200.871,70AEP Internacional 2.986.497,17 3.819.580,23Outros 1.400.987,77 2.581.949,49

7.213.922,52 8.523.685,77

20022003Subsídios e Prestações de Serviços

Remunerações a liquidar 952.731,35 1.066.397,12Juros a liquidar 136.682,20 158.285,68Outros acréscimos de custos 177.203,74 118.692,79

1.266.617,29 1.343.375,59

20022003

48.3.3. Subsídios ao InvestimentoOs subsídios ao investimento destinam-se aos seguintes projectos:

48.4. Empréstimos Obtidos Os empréstimos obtidos de médio e longo prazo têm a seguinte composição:

Em 15 de Fevereiro de 2001, foi contraído um financiamento junto do Banco Bilbao Vizcaya, no montante de 2.493.989,49 euros, pelo prazode 3 anos, reembolsado em 4 prestações iguais, e vencendo-se a primeira em 15 de Agosto de 2002.

Em 15 de Fevereiro de 2001, foi contraído um financiamento junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional, no montante de541.034,98 euros, pelo prazo de 4 anos, reembolsado em 10 prestações iguais, tendo vencido a primeira em 30 de Junho de 2001.

Em 14 de Janeiro de 2002, foi contraído um financiamento junto do Banco Espírito Santo, no montante de 2.500.000,00 euros, pelo prazo de3 anos, reembolsado em 5 prestações semestrais, vencendo-se a primeira em 14 de Julho de 2002.

Em 27 de Fevereiro de 2002, foi contraído um financiamento junto do Banco Comercial Português, no montante de 4.987.979,00 euros, peloprazo de 5 anos, reembolsado em 10 prestações semestrais, vencendo-se a primeira em 27 de Agosto de 2002.

Em 5 de Novembro de 2002, foi contraído um financiamento junto da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L., no montante de3.600.000,00 euros, pelo prazo de 4 anos, reembolsado em 12 prestações semestrais iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira em 5 deFevereiro de 2004.

63

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Estudos e projectos de investigação e desenvolvimentoSubsídios obtidos 4.411.036,73 3.971.566,73Amortizações extraordinárias

De exercícios anteriores (3.680.797,43) (3.202.081,96)Correcções a exercícios anteriores 9.502,52 (5.267,31)Relativas ao exercício (389.126,07) (521.765,48)

350.615,75 242.451,98Edifício de serviços e formação profissional

Subsídios obtidos 4.947.905,55 4.947.905,55Amortizações extraordinárias

De exercícios anteriores (2.026.736,31) (1.969.680,89)Relativas ao exercício (57.055,48) (57.055,42)

2.864.113,76 2.921.169,243.214.729,51 3.163.621,22

20022003

Banco Bilbao Vizcaya 3.802.140,65 623.497,38Inst. Emp. Form. Profissional 108.207,00 216.414,00Caixa de Crédito Agrícola Mutuo 2.400.000,00 3.600.000,00Banco Espírito Santo 500.000,00 1.500.000,00Banco Comercial Português 2.493.989,50 3.491.585,30

9.304.337,15 9.431.496,68

20022003

Em Janeiro de 2003, foi contraído um financiamento junto do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal), S.A., no montante de 5.659.000,00euros, pelo prazo de 3 anos, reembolsado em oito prestações trimestrais iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira no final do 5º trimes-tre a contar daquela data.

Os empréstimos obtidos de curto prazo têm a seguinte composição:

48.5. Fornecimentos e Serviços ExternosEsta rubrica tem a seguinte composição:

A conta Trabalhos Especializados inclui, relativamente ao Universo AEP, o valor de 369.945,54 euros de facturação efectuada pela PLANISERV,SPEC e CESAE. Estes valores estão de acordo com contratos celebrados entre a AEP e aquelas empresas.

Relativamente à conta Rendas e Alugueres, inclui o valor de 28.336,91 euros, relativo a facturação efectuada pela SPEC de acordo com con-trato celebrado entre ambas.

64

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Banco Português do Atlântico - -Caixa Geral de Depósitos 495.698,41 495.698,41Banco Português de Negócios 2.362.603,65 432.491,53Banco Português de Investimento 985.649,50 800.220,87Fortis Bank 987.560,39 97.752,72Banco Comercial Português 4.345.491,80 4.552.268,81Banco Espírito Santo 1.234.000,00 1.227.182,43Banco Nacional Ultramarino 491.293,70 156.120,28Banco Bilbao Vizcaya 4.840.388,76 3.760.085,57Caixa Galicia - 229.017,45Caixa de Crédito Agrícola Mútuo 1.200.000,00 -Instituto de Emprego e Formação Profissional 108.207,00 108.207,00

17.050.893,21 11.859.045,07

20022003

Electricidade 80.461,77 77.223,67Combustíveis e outros fluidos 77.670,08 85.788,92Material de escritório 4.858,09 46.089,37Rendas e alugueres 937.889,30 1.392.132,69Conservação e reparação 345.569,07 140.454,52Comunicação 372.779,42 429.934,04Publicidade e propaganda 500.289,20 305.224,87Trabalhos especializados 3.142.290,08 4.462.669,59Deslocações e estadas 276.966,82 443.763,35Honorários 1.489.633,37 1.529.455,92Seguros 105.244,88 113.592,56Outros fornecimentos e serviços 932.094,33 1.023.065,76

8.265.746,41 10.049.395,26

20022003

48.6. Outros Custos e Perdas OperacionaisEsta rubrica tem a seguinte composição:

48.7. Subsídios à ExploraçãoOs subsídios à exploração destinam-se ao financiamento das seguintes actividades:

48.8. Outros DevedoresEsta rubrica tem a seguinte composição:

65

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Subsídios a formandos do Fundo Social Europeu 381.585,61 251.260,94Quotizações concedidas 24.747,47 106.544,81Outros 361.140,43 378.704,59

767.473,51 736.510,34

20022003

Formação Profissional 3.004.077,00 3.294.229,00Serviços às Empresas 2.721.220,00 3.900.206,00Outros 8.428,03 82.369,86Reforço da capacidade associativa 287.688,00 343.982,90

6.021.413,03 7.620.787,76

20022003

EUROPARQUE 5.480.528,71 3.555.241,30LUDOPARQUE, S.A. 174.692,80 346.692,80EUROPAR, SGPS - 1.478.962,60GESTIOSERV, Lda. 4.105.711,58 1.797.229,32COGITUS 286.993,45 286.946,87EXPOPARQUE, SGPS - 311.427,41CESAE 899.547,67 576.547,67AFIP 379.531,19 394.531,19Outros 3.966.108,58 1.955.755,47

15.293.113,98 10.703.334,63

20022003

48.9. Outros CredoresDevido à reestruturação ocorrida em 1996, que consistiu na transferência da organização das feiras da AEP para a EXPONOR, esta conta incluium saldo favorável à EXPONOR de 6.548.145,68 euros, respeitante a adiantamentos de clientes desta, recebidos pela AEP.

Departamento Financeiro e de ContabilidadeServiços de ContabilidadeJoaquim António Magalhães César de Carvalho

Conselho de AdministraçãoÂngelo Ludgero da Silva Marques – PresidenteAntónio Fernando Couto dos Santos – Vice-PresidenteJorge Armindo de Carvalho Teixeira – Vogal Alberto Pereira de Mesquita – VogalJoão António Morais da Costa Pinto – VogalJosé António Ferreira de Barros – VogalJosé João Soares Miranda Coelho – VogalManuel Joaquim Pinho Moreira de Azevedo – VogalJorge Pedro Moreira Renda dos Reis – Vogal

66

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

9.1.3 RELATÓRIO DOS AUDITORES

Aos Associados da Associação Empresarial de Portugal

Examinámos as demonstrações financeiras anexas da AEP – Associação Empresarial de Portugal, em 31 de Dezembro de 2003. O nosso examefoi realizado de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria.

Responsabilidade do Conselho de Administração e dos Auditores

As demonstrações financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade é a de expressarmos umaopinião baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Bases de Opinião

As Normas Internacionais de Auditoria exigem que a auditoria seja planeada e executada de forma a obtermos razoável segurança sobre seas demonstrações financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Um exame de auditoria inclui a verificação, por amostra-gem, da documentação de suporte dos valores e informações constantes das demonstrações financeiras, a avaliação das estimativas e juízossignificativos utilizados pelo Conselho de Administração na preparação e apresentação das demonstrações financeiras; um exame de audi-toria inclui também a apreciação sobre se os princípios de contabilidade adoptados são adequados, tendo em conta as circunstâncias, bemcomo da razoabilidade da apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base razoávelpara a emissão da nossa opinião sobre as demonstrações financeiras.

Opinião

Em nossa opinião, as citadas demonstrações financeiras apresentam de modo apropriado a situação financeira da AEP – AssociaçãoEmpresarial de Portugal em 31 de Dezembro de 2003, bem como os resultados das suas operações e os fluxos de caixa referentes ao exercí-cio findo nessa data, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Ênfases

Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as seguintes situações:

• As demonstrações financeiras do EUROPARQUE – Centro Económico e Cultural, em 31 de Dezembro de 2003, apresentam resultados ope-racionais e resultados transitados negativos, bem como um endividamento significativo. Adicionalmente, a AEP – Associação Empresarialde Portugal detém uma participação directa ou indirecta de 100% dos capitais sociais da LUDOPARQUE - Animação e Lazer, S.A.,Expoparque Madeira, Participações, Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. e cerca de 98% da EURISKO – Estudos, Projectos eConsultoria, S.A., as quais apresentam, à data de 31 de Dezembro de 2003, capitais próprios negativos de 3.594.911 euros, 177.396euros e 234.544 euros, respectivamente. As demonstrações financeiras foram preparadas tendo em consideração o adequado financia-mento futuro dos projectos, assim como a razoável rentabilidade das suas operações que permita um equilíbrio financeiro estável e dura-douro, não incluindo, desta forma, qualquer ajustamento caso venha a constatar-se que esta base não foi apropriada.

67

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

• A AEP – Associação Empresarial de Portugal reavaliou a sua sede com base numa avaliação independente, tendo registado uma reser-va de reavaliação de 3.022.891 euros.

• No âmbito de uma parceria com a ParaRede – Tecnologias de Informação, S.A., foi criada a GRECE – Gestão de Rede Empresarial deComércio Electrónico, S.A., cuja actividade se baseava no desenvolvimento de um portal na Internet como forma de divulgação daindústria portuguesa. No decorrer de 2001, o negócio desta empresa foi temporariamente suspenso. Apesar de ter sido expectativa daAEP – Associação Empresarial de Portugal que a entrada de novos parceiros no desenvolvimento deste projecto permitiria relançar onegócio daquela empresa, tal ainda não se verificou. Espera-se para 2004 a resolução deste processo.

15 de Março de 2004

KPMG

68

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

9.1.4. PARECER DO CONSELHO FISCAL

1. No quadro de competência que lhe está atribuída pelo artigo 26º, nº 1, alínea c), dos Estatutos da AEP – Associação Empresarial dePortugal, o Conselho Fiscal vem dar o seu parecer sobre o relatório e contas relativo ao exercício de 2003, a submeter à Assembleia Geral.

2. Este exercício foi marcado pelo enquadramento económico desfavorável em que se desenvolveu a actividade empresarial. Com efeito, acontracção do Produto Interno Bruto – que, aliás, culmina um triénio para que se estima um crescimento total de apenas 0,7% – e asignificativa subida do desemprego originaram graves dificuldades para as nossas empresas e, por consequência, para a Associação.

3. No plano das áreas de actuação da Associação, o Conselho Fiscal deseja destacar as intervenções nos domínios da internacionalização dasempresas e da formação profissional: no primeiro caso, porque a intervenção se enquadra num dos principais eixos do actual modelo dedesenvolvimento da economia portuguesa – o crescimento das exportações; no segundo caso, porque o capital humano é reconhecida-mente o mais importante e o mais escasso recurso de que necessitamos.

4. A situação financeira da Associação mantém-se sólida, com o nível de autonomia financeira (ajustada pelo montante dos subsídios aoinvestimento) a situar-se em 40% no final do exercício.

5. A exploração de 2003 encerrou com o apuramento de um resultado líquido negativo - 1 152 170 euros –, reflectindo as já referidas con-dições adversas em que decorreu a actividade da Associação. Contudo, estes resultados líquidos traduzem uma melhoria em relação aoexercício anterior, tendência que também foi observada em outros indicadores do desempenho da exploração.

6. O Conselho Fiscal regista a opinião dos Auditores Externos de que as demonstrações financeiras apresentam de modo apropriado a situaçãofinanceira da Associação em 31 de Dezembro de 2003, com os ênfases descritos no respectivo relatório, datado de 15 de Março de 2004.

7. Cumpre felicitar o Conselho de Administração e a Comissão Executiva pelo mérito da acção que desenvolveram em benefício da Associação.

7. Os Colaboradores da Associação são merecedores de menção pela competência e dedicação que emprestaram ao exercício das suas funções.

8. O Conselho Fiscal recomenda que a Assembleia Geral:

a) aprove o Relatório e Contas do exercício 2003; e

b) aprove a proposta do Conselho Geral para que os resultados líquidos do exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, no montantenegativo de 1.152.170,13 euros (menos um milhão cento e cinquenta e dois mil cento e setenta euros e treze cêntimos), sejam leva-dos à conta de Resultados Transitados.

Porto, 12 de Maio de 2004

O Conselho Fiscal

69

RELATÓRIO E CONTAS 2003

AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL

Pantone 296 33708-AEP/MTG_ Capa AEP