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Planejamento de Manutenção Mecânica Fábrica de Lubrificantes

Planejamento de Manutenção

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Trabalho sobre como é feita a manutenção mecânica em uma fábrica. Também contém uma breve explicação teórica sobre os tipos de manutenção: corretiva, planejada e sistemática (preditiva, preventiva)

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Introduo

Planejamento de Manuteno Mecnica

Fbrica de LubrificantesIntroduo

Para este trabalho visitamos uma fbrica de lubrificante. Fomos acompanhados pelo supervisor de manuteno que nos mostrou a fbrica e respondeu nossas perguntas. Neste relatrio mostraremos como fabricado e envasado a graxa e o lubrificante e como feita a manuteno de seus equipamentos.Sobre a Empresa Esta empresa foi criada a mais de 70 anos e era apenas uma pequena refinaria de petrleo, a empresa superou muitos desafios desde ento: uma Guerra Mundial, mudanas na poltica econmica, falta de matria-prima, disputa com multinacionais e etc. Hoje ela passa por uma nova fase.Fabricao

Depois que a fbrica que ficava no Sul do pas foi fechada esta se tornou a nica fbrica de lubrificantes da empresa no Brasil se tornando responsvel pela produo de mais de 60 mil quilos de graxa e mais de 78 mil caixas de lubrificante por dia. Esta produo feita misturando leo bsico, sabo e aditivos em tambores onde uma mquina funciona como uma grande batedeira para homogenizar essa mistura. Existem mais de 100 tambores como este na fbrica.

Tambores de fabricao de lubrificante Tubulaes levam o leo e o aditivo para os tambores e levam o lubrificante e a graxa resultante para o envase. So necessrias mais de dez bombas para isso. Essa uma das partes mais desafiantes da fabricao, pois, por o aditivo ser um material muito viscoso necessrio aquec-lo bastante para conseguir lev-lo aos tambores. E depois de fabricado, o produto pronto precisa ser resfriado e passa por um controle de qualidade antes de ser mandado para as linhas de envase ou para tanques de estoque. Os aditivos e o leo bsico, que comprado da Petrobrs, chegam fbrica pela rea de carregamento de granel, onde tambm feita a entrega para mais de 20 mil litros de lubrificante. A fbrica basicamente dividida em cinco partes: a rea de carregamento de granel, fabricao, envase, estoque de matria prima (tanques) e estoque de produto pronto (galpes). Bombas que levam o aditivo aos tambores Bombas que levam o produto pronto ao envaseEnvase

A empresa trabalha com cinco embalagens para o envase de lubrificante. Ele fabricado em 0,5 litros (frasco), 1 litro (frasco), 3,5 litros (frasco), 20 litros (frasco) ou 200 litros (tambor). Cada embalagem possui a sua prpia linha de envase e suas prpias caractersticas. A linha de 1 litro por necessidade do mercado a mais automatizada e chega a produzir 20 caixas por minuto. Os frascos de 1 litro so produzidos por uma empresa terceirizada que fica do lado da fbrica e so levados para o envase por uma esteira externa que liga as duas fbricas. Esta a nica linha em que a paletizao das caixas automtica.

A esteira que liga as fbricas O trilho que leva ao galpo de estoqueAs caixas e os tambores que esto empilhados em paletes so transferidos para o galpo de estoque por um pequeno trem. O envase de graxa parecido com o de lubrificante e suas linhas so de 1 quilo, 10 quilos (balde), 20 quilos (balde) e 170 quilos (tambor).

A linha de envase de 1 litro O galpo de estoque

Manuteno

Esta fbrica conta com mais de 1300 equipamentos entre eles: mais de dez bombas, 22 empilhadeiras, paletizadora automtica, mquinas para envase, mquinas de fabricao, termmetros, balanas, etc. E a manuteno tem o objetivo de conseguir deix-los funcionando 90% do tempo. A equipe de manuteno composta por 16 funcionrios: 1 coordenador, 2 supervisores, 2 engenheiros, 2 analistas, 4 eletricistas, 2 mecnicos, 1 soldador, 1 torneiro e 1 encanador. Os analistas trabalham na parte de metrologia e calibragem, enquanto os engenheiros trabalham na parte de projetos, instalao de bombas e novas linhas. Na fbrica existem trs oficinas para o concerto de peas e equipamentos. Oficina de empilhadeiras Oficina de peas

Esta fbrica possui um Sistema Informatizado de Manuteno (SIM) que tem o cadastro de todos os equipamentos e onde registrado todas as Ordens de Servio, segundo o supervisor a melhor ferramenta para a manuteno a OS. Os funcionrios so instrudos a gerar uma OS para qualquer interveno e relatar para a manuteno qualquer barulho ou atividade incomum da mquina. A manuteno predial (ou seja, a manuteno de luz, tomada, maaneta, etc.) terceirizada e no responsabilidade desta equipe.

SIM

O SIM como foi citado anteriormente, considerado pelo supervisor como a melhor ferramenta da manuteno, j que este sistema que gera as OS. Este sistema tambm tem outras utilidades, nele que todos os equipamentos e todos os materiais do almoxarifado esto cadastrados e, alm disso, ele que gera as listas de checagens de monitoramento para a inspeo e por ele que se consulta e analisa os histricos tornando possvel fazer um estudo estatstico e at anlises de recursos. O SIM tambm muito til para o Plano de Lubrificao, nele se programa o tipo de lubrificante, os pontos do equipamento que precisam da lubrificao e o intervalo em que esta atividade se torna necessria. Um exemplo da lista de checagem est no Anexo 1, e do roteiro de lubrificao no Anexo 2.Tipos de Manuteno

Para o atendimento das intervenes, so aplicados trs tipos de manuteno:

CORRETIVA: a manuteno que ir corrigir as falhas ocorridas no item (interveno imediata) e tem seu tempo de atendimento apontado. O servio poder ser executado sem a necessidade imediata da abertura de uma OS, podendo realizar seus apontamentos no SIM aps a concluso do servio.

PLANEJADA: a manuteno realizada aps a deteco de problema no funcionamento de algum item. Manutenes deste tipo so acionadas verbalmente atravs da necessidade de uma melhoria nos equipamentos ou atravs de Solicitao de Manuteno e so executadas atravs de uma OS informatizada.

SISTEMTICA: a manuteno efetuada em intervalos de tempo predeterminados, destinados a reduzir a probabilidade de problemas e falhas no funcionamento de um item. A Manuteno Sistemtica dividida em: Inspeo/Preditiva, Preventiva e Lubrificao. Manutenes deste tipo so executadas atravs de uma OS informatizada.Essas manutenes executam diversos tipos de servio. Os principais destes so:

Inspeo/ Preditiva Operacional: servios sistemticos para atender as listas de checagem de monitoramento, que sero executados em perodos predeterminados Corretiva Operacional: servio de interveno imediata no item para sanar a falha.

Planejada Operacional: servio de manuteno planejada aps ter sido detectada uma falha enquanto o equipamento estava em operao. Planejada Atravs de Inspeo: servio de manuteno planejada aps ter sido detectada uma falha durante a inspeo.

Corretiva Durante a Inspeo: servio de corretiva que ser executado durante uma inspeo.

Lubrificao: servios sistemticos de reposio ou troca de lubrificante.

Os tipos de servio e suas ocorrncias podem ser vista no Anexo 3.ndice de Confiabilidade

A inspeo feita em perodos de pelo menos seis meses, mas esse perodo varia dependendo do equipamento. Na empresa este perodo determinado usando o manual do equipamento e a experincia com o uso deste como referncia. Conversando com o supervisor sugerimos o uso do ndice de confiabilidade que poderia ser calculado pelo mtodo analtico de fatores. Foi-nos respondido que um estagirio j tentou determinar este perodo usando o ndice de confiabilidade da linha de 1 litro, mas ele o calculou usando a teoria probabilstica de falha e o resultado encontrado foi de uma periodicidade de apenas dois meses, o que invivel segundo o supervisor. Podemos ver o seu resultado no Anexo 4.ndice de Eficcia da Manuteno

O Rendimento Produtivo da fbrica analisado diariamente e o maior objetivo da manuteno: alcanar 90% de disponibilidade dos equipamentos todos os meses. As linhas de envase funcionam por 13 horas por dia e todo o esforo e planejamento dos funcionrios da manuteno tem a meta de deix-las rodando. No Anexo 5 podemos ver o ndice de disponibilidade de algumas linhas de envase em novembro de 2009, podemos perceber na tabela no final da pgina do Anexo 5 que o objetivo esta sendo cumprido em 2009 em todas as linhas de envase. A parada dos equipamentos so controladas com muito cuidado como podemos ver no Anexo 6 que mostra uma tabela com os dias e as ocorrncias que causaram a parada na linha de 1 litro. As ocorrncias de manuteno esto destacadas em verde. Percebemos que naquele ms a manuteno foi o motivo da linha parar de produzir por 23 horas e 37 minutos, mas esta linha ficou parada no total por 120 horas e 45 minutos. O que resulta em menos de 20% do tempo que a linha ficou parada foi por motivos de manuteno.Custo da Manuteno

pelo motivo explicado acima que na fbrica quando calculado o custo de manuteno no contabilizado o Custo de Hora Improdutiva, pois como 80% das vezes que a linha fica parada nada tem a ver com a manuteno o CHI seria baixo considerando outras atividades, esta foi a justificativa que nos foi dada pelo supervisor. Podemos ver um exemplo de um relatrio de anlise dos recursos no Anexo 7, onde novamente analisada a linha de 1 litro. No relatrio mostrado o gasto fixo com salrios da mo de obra interna no interessa, por isso foi zerado. Em C. Materiais somente esto computados os materiais que esto estocados, materiais que se tem que encomendar ou exportar so computados em C. Diversos, assim como outros custos variados. Em C. S. Externo mostrado o quanto foi gasto com servio externo, ou seja, mo de obra terceirizada.Concluso

Percebemos ao longo deste trabalho que a manuteno na fbrica visitada bastante valorizada, sendo constantemente monitorada e estudada buscando novas melhorias. Nossas sugestes foram citadas durante a visita, mas no parecem que sero implantadas por este setor, foram elas:

O clculo do ndice de confiabilidade pelo mtodo analtico de fatores e o uso do Custo de Hora Improdutiva para calcular o custo total da manuteno. Pensamos que estas sugestes poderiam melhorar a manuteno nesta fbrica que apesar de conseguir atingir o seu objetivo de ter o Rendimento Produtivo acima de 90% praticamente todo ms, ainda tem uma porcentagem muita alta de manuteno corretiva (mais de 23% dos servios de manuteno so de corretiva operacional) talvez com o CHI fazendo parte do clculo dos custos, mostraria que valeria a pena calcular um ndice de confiabilidade e diminuir a periodicidade das inspees, visto que a manuteno corretiva tem a caracterstica de ter um CHI mais elevado. Mas, isto apenas uma suposio, tudo o que podemos afirmar que a manuteno nesta fbrica cumpre os seus objetivos e faz a sua parte.8