30
PLANO MUNICIPAL SIMPLIFICADO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Prefeita Ana Lúcia Mazeto Gomes Coord. Adv. Rogel Martins Barbosa OAB/PR 28.091 – MT 00069 Maio de 2014

PLANO MUNICIPAL SIMPLIFICADO DE GESTÃO …california.pr.gov.br/arquivos/legislacao/7d0a9bd083154d3d7f429550f... · § 1o Os planos municipais simplificados de gestão integrada de

  • Upload
    trannhi

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

PLANO MUNICIPAL SIMPLIFICADO DE GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Prefeita Ana Lúcia Mazeto Gomes

Coord. Adv. Rogel Martins Barbosa OAB/PR 28.091 – MT 00069

Maio de 2014

Colaboradores

Antônio de Pádua Gerônimo - Secretário de Meio Ambiente e Agricultura (Técnico Agrícola)

Diego Alexandre Matos de Lara - MT 2000296-1 - Ex Secretário de Agricultura (Médico Veterinário)

Everton Alex Matos - MT 0000037 -Tecnólogo em sistemas para internet

Geraldo Carlos Fornel - MT 2000318-1 - Secretário de Obras, Urbanismo, Transportes e Serviços Públicos

Jeniffer Mancinho Cardoso - MT 1112011491 – CIN Estagiária de Recursos Humanos

José da Cruz Farias - MT 1002864-2 - Fiscal de Tributos (Bacharel em Administração de Empresas)

Juliano Pazini - MT 1002619-2 - Técnico de informática

Luiz Costa Magalhães Filho – MT 1001000-1 - Técnico em Vigilância Sanitária (Biólogo)

Natália Dzioba - MT 1001493-1 - Auxiliar Administrativo (Bacharel em Administração de Empresas)

Nayara Cordeiro Bento - MT 2000229-1 - Assessora de Recursos Humanos (Bacharel em Direito)

Nilza Ney Costa Matrícula - MT 1003500-2 - Auxiliar Administrativo / CRAS (Psicóloga)

Sandro Esildo Camargo - MT 2000261-1 - Secretário de Assistência Social (Teologia)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

I - DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

1.1 Gravimétrico

1.2 Destinação e disposição final atual e previsão futura

II – VIABILIDADE SOLUÇÕES CONSORCIADAS OU COMPARTILHADAS COM OUTROS MUNICÍPIOS

III - IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DOS GERADORES SUJEITOS AO PLANO DE GERENCIAMENTO OU AO

SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA

IV - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E

DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

V - REGRAS PARA TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

5.1 Classificação dos geradores

5.2 Obrigação do poder público municipal

VI - IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

VII - PROGRAMAS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

VIII - PROGRAMAS E AÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO DE COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES DE CATADORES DE MATERIAIS

REUTILIZÁVEIS E RECICLÁVEIS

IX - SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO

DE RESÍDUOS SÓLIDOS E FORMA DE COBRANÇA

X - METAS DE COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DOS RESÍDUOS

10.1 Participação do poder publico na coleta seletiva

10.2 Participação do poder publico na logística reversa

XI - ÁREAS DE DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS E ÁREAS CONTAMINADAS E MEDIDAS SANEADORAS

XII - PERIODICIDADE DA REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

XIII - QUADRO RESUMO DAS OBRIGAÇÕES DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL

INTRODUÇÃO

O presente plano foi realizado em consonância com a POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) criada pela

Lei 12.305/10 e nos passos determinados pelo Dec. 7.404/10, que a regulamentou.

Seu fundamento está no art. 51 do referido decreto, que transcrevemos.

Art. 51. Os Municípios com população total inferior a vinte mil habitantes, apurada com base nos dados demográficos do censo mais recente da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE, poderão adotar planos municipais simplificados de gestão integrada de resíduos sólidos.

§ 1o Os planos municipais simplificados de gestão integrada de resíduos sólidos referidos no caput deverão conter:

I - diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, com a indicação da origem, do volume e da massa, a caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas;

II - identificação das áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1

o do art. 182 da Constituição e o zoneamento ambiental, quando houver;

III - identificação da possibilidade de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios, considerando a economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais;

IV - identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos ao plano de gerenciamento ou ao sistema de logística reversa, conforme os arts. 20 e 33 da Lei nº 12.305, de 2010, observadas as disposições deste Decreto e as normas editadas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS;

V - procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotadas nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, em consonância com o disposto na Lei nº 11.445, de 2007, e no Decreto n

o 7.217, de 21 de junho de 2010;

VI - regras para transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 da Lei nº 12.305, de 2010, observadas as normas editadas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS, bem como as demais disposições previstas na legislação federal e estadual;

VII - definição das responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização pelo Poder Público, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos;

VIII - programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização, a coleta seletiva e a reciclagem de resíduos sólidos;

IX - programas e ações voltadas à participação de cooperativas e associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, quando houver;

X - sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços, observado o disposto na Lei nº 11.445, de 2007;

XI - metas de coleta seletiva e reciclagem dos resíduos;

XII - descrição das formas e dos limites da participação do Poder Público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei nº 12.305, de 2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

XIII - identificação de áreas de disposição inadequada de resíduos e áreas contaminadas e respectivas medidas saneadoras; e

XIV - periodicidade de sua revisão.

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica aos Municípios:

I - integrantes de áreas de especial interesse turístico;

II - inseridos na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional; ou

III - cujo território abranja, total ou parcialmente, unidades de conservação.

O Município de Califórnia conta na casa de 8.000 (oito mil) habitantes e não detém nenhuma condição especificada

no §2º do r. artigo, o que o coloca na condição de apresentar um plano simplificado.

Sua história e dados completos estão no anexo deste plano e podem ser acessados em

http://www.ipardes.gov.br/cadernos/Montapdf.php?Municipio=86820.

Imagem disponível em https://www.google.com.br/maps/place/Calif%C3%B3rnia/@-23.6665447,-

51.3369761,11661m/data=!3m2!1e3!4b1!4m2!3m1!1s0x94ec826925928053:0x3531c559dfaee48

O plano é um documento político para ser compreendido e assimilado pela população, o que justifica sua linguagem

simples e redação direta.

I - DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos estão divididos, conforme a PNRS (art. 13, I e II)

I - quanto à origem em:

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;

b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de

limpeza urbana;

c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;

d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os

referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;

e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na

alínea “c”;

f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em

normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção

civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a

insumos utilizados nessas atividades;

j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e

ferroviários e passagens de fronteira;

k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;

II - quanto à periculosidade:

a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,

toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à

saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;

b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.

Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea “d” do inciso I do caput, se

caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos

resíduos domiciliares pelo poder público municipal.

Para fins deste plano, além dos conceitos da lei 12.305/10, considera-se:

RCD ou Resíduos da Construção e Demolição – resíduos oriundos de construções, reformas, reparos, restaurações e

demolições de obras de construção civil, bem como os resultantes da preparação e escavação de terrenos, tais como

tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solo, rocha, madeira, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento

asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, metais, reconhecidos pelo senso comum como entulho.

Resíduos volumosos – resíduos volumosos não removidos pela coleta pública municipal de úmidos ou secos, como

móveis e equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens e peças de madeira, podas e assemelhados.

No município de Califórnia, os resíduos classificados como domésticos/orgânicos (úmidos) são coletados

diretamente pelo município, em coleta universal, praticada em três dias da semana: segunda, quarta e sexta.

A coleta é feita por caminhão prensa que roda em média 60 km por dia de coleta.

Os resíduos recicláveis (secos) são coletados, em coleta universal, praticada em dois dias da semana: terça e quinta.

A coleta é feita por caminhão baú ¾ que roda em média 80 km por dia de coleta.

Os resíduos recicláveis são recebidos por agentes ambientais, popularmente conhecidos como catadores. A renda

média destes agentes alcança o valor do salário mínimo.

Contam com assistência da Secretaria de Assistência Social do Município, que os orienta e fornece condições de

trabalho, como EPI, capas de chuva, etc.

Os resíduos industriais que não sejam perigosos, atualmente são admitidos na coleta pública municipal, os perigosos

são destinados diretamente pelos geradores. Mesma situação para o comércio local.

Os agrossilvopastoris não são coletados pelo município.

Os resíduos da saúde, gerados pelo município, bem como os gerados pelos estabelecimentos particulares locais, são

coletados e dispostos por empresa especializada.

Os resíduos da construção civil, são coletados sob demanda pelo município.

Não há coleta municipal para resíduos perigosos e nem sistema de destinação ou disposição para este tipo de

resíduo.

1.1 Gravimétrico

O estudo gravimétrico do Município de Califórnia, realizado no início do ano de 2014, foi elaborado nos termos da

NBR 10007:2004.

A) Coleta Pública de Úmidos:

Realizada as segundas, quartas e sextas-feiras.

Quantitativo úmido (média):

Diário: 2.500,00 kg;

Anual: 912.500,00 kg.

B) Coleta Pública de Secos:

Realizadas às terças e quintas-feiras.

Quantitativo seco (média):

Diário: 750,00 kg;

Anual: 273.750,00 kg.

Para os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) se apresenta da seguinte forma:

GRAVIMÉTRICO ÚMIDOS

RESÍDUOS SÓLIDOS

Vidro

%

12,42

Plástico 7,00

Tetra Pack 1,22

Metais 3,42

Alumínio 0,64

Papel/Papelão 13,75

Orgânico 61,55

Total 100,00

GRAVIMÉTRICO SECOS

RECICLÁVEIS %

Vidro 5,82

Plástico 19,36

Tetra Pack 0,00

Metais 0,00

Alumínio 0,82

Papel/Papelão 20,02

Orgânico 3,14

Rejeito 50,84

Total 100,00

1.2 Destinação e disposição final atual e previsão futura

Atualmente a destinação e disposição final do RSU e RCD (e volumosos) são feitas em área do

Município, nos lotes de terras matricula 9.011, registrado em nome do município, e o lote de

terras matricula 3.555, atualmente sob demanda judicial, com posse concedida, discutido nos

autos de desapropriação 389/2001, em trâmite perante a Vara da Fazenda Pública da Comarca

de Marilândia do Sul.

As áreas são contiguas e operadas da seguinte maneira. A área de matrícula 9.011 não recebe

resíduo e está limpa. É uma área de expansão para implantação de sistema de tratamento de

resíduos.

A área sob demanda judicial recebe a destinação e disposição final dos resíduos, tem 16mil

metros quadrados e é operada da seguinte maneira:

Dois barracões que abrigam o sistema de coleta seletiva. Esta área é operada por 5 agentes

ambientais (catadores). Nela eles triam e armazenam os recicláveis para venda.

Contam também com uma prensa para enfardamento dos recicláveis.

Na área intermediária do terreno, com acesso lateral diferenciado da área dos resíduos

recicláveis, é feita a disposição da coleta publica de resíduos sólidos urbanos, em valas simples,

com cortina vegetal (eucaliptos).

Na parte final do aterro, é recebido o RCD e resíduos volumosos inertes coletados pelo

município ou recolhidos pelos próprios munícipes.

A área do aterro pode assim ser visualizada:

Imagem google acessada em https://www.google.com.br/maps/place/Calif%C3%B3rnia/@-23.6974568,-

51.3470861,544a,35y,39.16t/data=!3m1!1e3!4m2!3m1!1s0x94ec826925928053:0x3531c559dfaee48

Os resíduos industriais perigosos são destinados a aterro industrial, classe I, levados

diretamente pelos geradores para a empresa Terra Norte Engenharia Ambiental Ltda.,

localizada em Apucarana. Conforme informação da empresa, a mesma recebeu da Cidade de

Califórnia no ano de 2013, 976,81 t de resíduos industriais.

Os resíduos da saúde gerados no Município, por um posto de saúde municipal, quatro

farmácias, um laboratório de análises clínicas, dois postos de coletas de laboratórios, cinco

clinicas odontológicas, uma unidade de atenção primária da saúde da família municipal e uma

clínica de fisioterapia municipal, perfazem uma média mensal de 100 quilos.

A coleta, destinação e disposição final do resíduo da saúde, gerado pelo poder público é feita

pela empresa Eccos Ambiental.

Quanto aos resíduos rurais, destaca-se a grande quantidade de cama de frango produzida no

município, que conta com 86 granjas, numa média de 20 mil frangos por granja, gerando por

granja média anual de 120 mil toneladas e total anual no município de 1.032.000 toneladas.

O município através da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura em conjunto com a Emater,

considerando a da IN 25/2009/MAPA, está promovendo estudos afim da transformação desta

cama de frango, o que poderá ser feito em conjunto com a compostagem acelerada do RSU.

Assim, num cronograma de investimentos até o ano de 2016:

2014 2015 2016

Implantação de usina de triagem no local onde estão os

barracões da coleta seletiva X

Implantação de sistema de pesagem de resíduos X

Conclusão do cercamento da área e implantação de

sistema de vigilância X

Implantação de sistema de compostagem acelerada,

confinada em barracão, na área atual de contenção

X

Implantação de queimadores e recobrimento gramíneo

da atual área de disposição final, com seu isolamento

absoluto

X

Considerando que a área atual está já impactada, não deve o município dispor resíduos em

outra área.

II – VIABILIDADE SOLUÇÕES CONSORCIADAS OU COMPARTILHADAS COM OUTROS

MUNICÍPIOS

Segundo o plano estadual para a gestão integrada e associada de resíduos sólidos urbanos do

Paraná, o município de Califórnia está inserido na divisão administrativa denominada região 4,

cuja sede administrativa é o Município de Apucarana.

Esta região é composta por 16 municípios com uma população estimada em 2010 de 340 mil

habitantes.

A política sugerida pelo estado é que se faça um grande consórcio e se encaminhe os resíduos

para o aterro de Apucarana.

Apucarana atualmente tem a operação de seu aterro concedida à Sanepar. Não é um aterro

sanitário. É um aterro controlado.

A área está sob estudo de expansão e as próximas valas devem ser feitas a fim de se

enquadrarem no conceito de aterro sanitário.

O plano do estado não prevê capacidade da área e nem dimensiona vida útil. Por fim, há

vedação legal municipal para recebimento de resíduos de outros municípios.

Neste diapasão, a solução consorciada apresentada pelo estado é inviável.

Também o plano estadual de resíduos sólidos apresenta uma rota tecnológica, como se vê da

figura abaixo1:

1 Fls. 165, do vol.2-5-1, acessado em

http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/modules/documentos/get_file.php?curent_file=1122&cure

nt_dir=1121

Onde

A compostagem natural é inviável, seja porque não atende as exigências da IN 25/2009/MAPA,

de forma que o composto orgânico não poderá ser utilizado na agricultura, seja porque exige

grande quantidade de espaço e seu tempo de maturação é longo e promove a produção de

chorume e metano, pois é em grande parte uma decomposição anaeróbia.

A alternativa para o município, a fim inclusive de possibilitar uma eventual compostagem de

cama de frango, resíduo de origem animal produzido em grande quantidade no município, é a

compostagem acelerada.

Esta tecnologia hoje é de fácil acesso e modular, de forma que pode atender as necessidades

do município.

Com a implantação de sua planta de compostagem acelerada, através de estudos a serem

realizados, poderá se consorciar a fim de receber para tratar resíduos de outros municípios

mediante remuneração.

III - IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DOS GERADORES SUJEITOS AO PLANO DE

GERENCIAMENTO OU AO SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA

Estão sujeitos ao plano de gerenciamento de resíduos os grandes geradores, os geradores de

resíduos perigosos, os geradores de resíduos da saúde.

Para efeitos da aplicação da política de resíduos sólidos urbanos, são:

Pequenos geradores: os geradores domésticos ou os geradores comerciais e industriais, que

não produzam resíduos perigosos, cuja quantidade e volume se limitem ao máximo de 50

quilos ou 100 litros dia.

Grandes geradores: aqueles que não se enquadrarem na definição de pequeno gerador.

Estão sujeitos a logística reversa:

Os fabricantes, comerciantes atacadistas e varejistas que produzem ou comercializem:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem,

após o uso, constitua resíduo perigoso;

II - pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

O município criará cadastro próprio para identificação dos que comercializam em seu território

os produtos acima, até o ano de 2015 para após, até o ano de 2016 firmar termo de acordo

específico ou aderir a termos nacionais ou estaduais em vigor.

IV - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS

DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

São criados os seguintes critérios de analise de eficiência, que deverão a cada ano ser aplicado

no sistema público de resíduos:

a) indicadores de cobertura de coleta e varrição de ruas, representadas pelas seguintes

equações: população urbana servida pela cobertura de coleta = população servida pela coleta /

população urbana total X 100 (%). Cobertura da varrição de ruas = tamanho em metros das

ruas pavimentadas atendidas / tamanho em metros das ruas pavimentadas X 100 (%).

Cobertura da disposição final = toneladas dispostas / toneladas coletadas X 100 (%).

b) indicadores de eficiência: atendimento à população, número de funcionários por 1000

habitantes servidos = número de funcionários /população servida X 1000;

c) indicadores de qualidade de serviço, representado pela frequência de reclamações =

número total mensal de reclamações / número total de usuários (1/mês, neste exemplo) ou

porção de usuários satisfeitos =número total de usuários questionados satisfeitos / número

total de entrevistas X 100 (%). Deve ser feita pesquisa de opinião pública e considerar, por

exemplo, satisfeitos, os usuários que classifiquem acima de 5 o serviço até 8, e muito

satisfeitos acima de 8 a 10, insatisfeitos de 5 a 3 e totalmente insatisfeitos, menor que 3 a 1,

numa escala de 1 a 10.

d) indicadores de custo

e) indicadores de financiamento, que identifiquem a geração de entradas através de taxas ou

tarifas X custo total do serviço (%), eficiência da cobrança = valor cobrado / valor faturado X

100 (%).

Anualmente, de preferencia em janeiro do ano posterior a aplicação dos indicadores, os

resultados deverão ser publicados no órgão oficial do município e divulgados no programa de

educação ambiental do município.

V - REGRAS PARA TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

O gerador doméstico ou pequeno gerador de resíduos sólidos urbanos deverá disponibilizar o

resíduo para coleta em sacos ou sacolas plásticas ou contendores, sendo proibida a disposição

do resíduo sem acondicionamento para a coleta.

A coleta de resíduos orgânicos, denominada de coleta de úmidos, tem sua realização regular e

universal em três dias da semana: segunda, quarta e sexta.

A coleta de recicláveis, denominada de coleta de secos, tem sua realização regular e universal

em dois dias da semana: terça e quinta.

Os resíduos para coleta só poderão ser dispostos na calçada em sacos ou em contendores,

somente no dia específico de sua coleta. A disposição em dias não coletados configura o

abandono tipificado como delito pelo art. 56, I da lei 9.605/98.

Não poderão ser dispostos para coleta pública e nem coletados pelo município, embalagens de

agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e

mercúrio e de luz mista e produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

A coleta de úmidos será realizada em caminhão compactador.

A coleta de secos será realizada em caminhão furgão ou caçamba.

A guarnição dos coletores deverá tem no mínimo três operadores.

A Secretaria de Serviços Públicos, num prazo de seis meses contados da aprovação do

presente plano deverá apresentar estudo sobre a coleta com os seguintes parâmetros:

• dividir a cidade em subáreas;

• levantar e sistematizar as características de cada roteiro;

• analisar as informações levantadas;

• redimensionar os roteiros, tendo como premissas:

• a exclusão (ou minimização) de horas extras de trabalho;

• o estabelecimento de novos pesos de coleta por jornada;

• as concentrações de lixo em cada área.

A coleta de secos deverá será universal e seu resultado disponibilizado na usina de triagem do

município. Depois de triado, eventual rejeito deverá ser encaminhado a unidade de

tratamento para seu processamento junto com o resíduo da coleta do úmido.

A coleta poderá ser terceirizada, caso estudos apontem que seja mais econômica para o

município.

5.1 Classificação dos geradores

Os geradores para efeitos deste plano estão classificados em:

Grande gerador: o que produz igual ou mais que 100l ou 50 quilos de resíduos/ dia.

Pequeno gerador: o que produz abaixo de 100l ou 50 quilos de resíduos/dia.

Gerador de resíduos perigosos: o que produz resíduo cuja classificação seja considerada

perigosa nos termos da IN/Ibama/13, de 18 de dezembro de 2012.

Pequeno gerador de RCD: o que produz no máximo 1m3 de entulho.

Grande gerador de RCD: o que produz acima de 1m3 de entulho.

Os grandes geradores, cuja característica do resíduo seja aceito no sistema de tratamento do

município, poderão levar seus resíduos diretamente no local de tratamento mediante

pesagem e remuneração, conforme valores determinados pelo executivo municipal.

5.2 Obrigação do poder público municipal

A obrigação do município em coletar, dar destinação e disposição final se restringe ao resíduo

sólido urbano gerado pelo pequeno gerador e dos órgãos públicos do município.

Do grande gerador e do gerador de resíduos perigosos, cabe ao município a exigência de

apresentação de plano de gerenciamento de resíduos e sua fiscalização.

A coleta do pequeno gerador de RCD ou de volumoso não será feita porta a porta, mas será

recebido em eco ponto e de lá o município coletará e fará a destinação e a disposição final.

O município deverá implantar ao menos dois eco pontos para recebimento de RCD e

volumosos.

A varrição, limpeza de praças e logradouros é de obrigação do poder público, que na medida

do possível, implantará sistema de varrição mecânica, seja com caminhões ou tratores

varredores.

Obrigações do Poder Público Municipal

Coletar, dar destinação e disposição final ao resíduo sólido urbano gerado pelo pequeno

gerador e pelos órgãos públicos.

Exigir e fiscalizar a apresentação de plano de gerenciamento de resíduos pelo grande gerador

e pelo gerador de resíduos perigosos.

Coletar o RCD em eco ponto e dar a destinação e disposição final adequada.

Implantar dois eco pontos para recebimento de RCD e volumosos.

VI - IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS

O município disporá, até dezembro de 2015, para implantar sistema de cadastramento

eletrônico de plano de gerenciamento de resíduos de grandes geradores, no seu sitio

eletrônico, que ficará a cargo da secretaria de meio ambiente.

Para a aplicação do presente plano, o município deverá adquirir balança para pesagem dos

caminhões que transportam resíduos, a ser implantada na área do atual aterro.

Promoverá a conclusão do cercamento do atual aterro controlado do município, com

alambrado e implementação de cerca viva, a fim de promover, além de segurança para área,

uma barreira verde paisagística.

Implantado o sistema de tratamento de resíduos, com o funcionamento pleno da usina de

triagem e a compostagem acelerada, deverá ser encerrado o atual aterro controlado,

mantendo a área, única e exclusivamente, caso necessário, para recebimento do resíduo

residual inerte.

A área de recebimento de resíduos da construção e demolição deverá ser mantida. Os resíduos

somente poderão ser recebidos após pesagem.

Em um ano após a implantação deste plano, a secretaria de meio ambiente deverá apresentar

projeto específico para reciclagem de resíduos da construção e demolição.

Deverá adquirir usina de triagem, a fim de atender o programa de reciclagem do município e a

cooperativa de catadores a ser formada.

Adquirir equipamentos para a compostagem acelerada.

VII - PROGRAMAS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O município, no prazo de seis meses após a aprovação do presente plano, deverá implementar

programa de educação ambiental junto ao sistema de ensino publico e privado do município, a

fim de discutir a problemática do lixo e o desenvolvimento sustentável, tendo como foco o

conforto e a saúde humana e a relação econômica do resíduo e de sua transformação em

matéria prima secundária.

Será nomeada comissão, formada por um membro da secretaria de educação, um membro da

secretaria de meio ambiente e um advogado do município, para formatação do programa a ser

desenvolvido na rede de educação.

Fica instituída campanha semestral de incentivo a coleta seletiva, com o uso de comunicação

coletiva, recursos audiovisuais, divulgar entre a população o trabalho realizado com a coleta,

os resultados obtidos e metas a serem alcançadas.

VIII - PROGRAMAS E AÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO DE COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES DE

CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E RECICLÁVEIS

O município deverá fomentar a criação de cooperativa de catadores no município de

Califórnia, oferecendo assessoria, no prazo de seis meses após a aprovação do presente plano.

Cederá a cooperativa o uso da usina de triagem e o produto de toda coleta seletiva municipal.

Deverá dar condições, seja subvencionando ou repassando verbas não onerosas, para

contratação de gestor profissional, a fim de gerir a cooperativa.

Alcançando a cooperativa autonomia financeira e sustentável, o município deixará de

subvencionar a instituição.

IX - SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE

LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E FORMA DE COBRANÇA

Atualmente o sistema de resíduos é financiado pela taxa cobrada junto com o IPTU

anualmente, para varrição e coleta de resíduos, de modo que não se tem pagamento para

destinação e disposição final dos resíduos.

O valor lançado em 2013 foi de R$46.632,38 e foi efetivamente arrecadado R$36.666,72.

Conforme levantamento, o custo do sistema, com a disposição no aterro municipal, é de

R$85,28 habitante/ano, num total de R$688.124,32, considerando desde a coleta até o aterro.

Há um déficit anual de R$651.457,60.

O sistema de cobrança será através de taxa, caso o sistema não seja concedido, que poderá ser

anual e cobrada junto ao carnê do IPTU ou mensal, junto à conta de água e esgoto.

Poderá, através de lei, ser criada a Taxa de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, nos

seguintes moldes:

Será destinada a custear os serviços divisíveis de tratamento, destinação e disposição final de

resíduos sólidos do pequeno gerador ou equiparados, de fruição obrigatória, prestados em

regime público, nos limites territoriais do Município de Califórnia.

O fato gerador da TTRSU será considerado a utilização potencial dos serviços divisíveis de

tratamento e destinação e disposição final de resíduos sólidos urbanos.

A utilização potencial dos serviços ocorre no momento de sua colocação á disposição dos

usuários para fruição.

A base de cálculo da TTRSU é a quantidade em massa de resíduos gerada por usuário

contribuinte.

A quantidade gerada de resíduos por usuário será aferida mediante estudo técnico.

Serão isentos do pagamento da TTRSU os munícipes usuários que comprovarem insuficiência

de capacidade contributiva nos termos de regulamento instituído pelo Executivo Municipal.

O executivo municipal poderá firmar convenio com a companhia de água e esgoto, permitindo

a arrecadação da TTRSU, na fatura de cobrança dos serviços de água e esgoto.

X - METAS DE COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DOS RESÍDUOS

Considerando o atual perfil gravimétrico da coleta seletiva, vê-se que há uma quantidade

considerável de resíduos não recicláveis que correspondem a 53,98% do total.

Além da manutenção da coleta seletiva universal, a mesma deve atingir percentual

equivalente a 100% de resíduos recicláveis, sem a presença de orgânicos e ou rejeitos.

Assim, a cada 12 meses após a aprovação do plano, o município deverá realizar novo estudo

gravimétrico, objetivando a análise e confirmação das seguintes metas:

Primeira análise: 55% do total da coleta equivalente a recicláveis;

Segunda análise: 65% do total da coleta equivalente a recicláveis;

Terceira análise: 75% do total da coleta equivalente a recicláveis;

Quarta análise (revisão do plano): 85% do total da coleta equivalente a recicláveis.

Quando os índices não forem alcançados, será criada comissão específica, num prazo de 30

dias após o levantamento gravimétrico da coleta de secos a fim de analisar o sistema de coleta

e as campanhas educacionais e em no máximo 60 dias propor ação específica para se atingir os

índices estabelecidos.

10.1 Participação do poder público na coleta seletiva

O poder público disponibilizará coleta seletiva universal, em dois dias da semana, porta-a-

porta, em caminhão caçamba ou baú e destinará o resultado à cooperativa de catadores do

município.

10.2 Participação do poder público na logística reversa

Em seis meses a partir da aprovação do presente plano, a secretaria de meio ambiente

apresentará cadastro de todos os vendedores /fornecedores e produtores de agrotóxicos,

pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e

mercúrio e de luz mista e produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Para componentes como óleo, o município desenvolverá parcerias com a sociedade civil,

através de ONG ou OSCIP, a fim de viabilizar o estabelecimento de eco ponto para

recolhimento deste material.

Mesmo se dará para resíduos eletrônicos.

No caso específico do óleo de cozinha, o município deverá disponibilizar um eco ponto por

escola, seja estadual, municipal ou particular.

Para os resíduos eletrônicos, o eco ponto pode ser móvel, de modo que pode ser

disponibilizado somente em um único dia/mês para recebimento dos resíduos pela população.

O dia da coleta necessariamente será amplamente divulgado para a população.

A conclusão de acordo setorial que verse sobre estes resíduos, será condição para que o

município crie comissão específica, em prazo não superior a 60 da publicação do acordo, para

estudar o tema e ver se o município adere ao acordo setorial estabelecido.

XI - ÁREAS DE DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS E ÁREAS CONTAMINADAS E

MEDIDAS SANEADORAS

A área de disposição final do resíduo in natura será encerrada com a implantação de sistema

de compostagem acelerada, confinada em barracão.

Como medida saneadora e mitigadora será feito desativação, com implantação de

queimadores e recobrimento gramíneo da atual área de disposição final do resíduo in natura,

com seu isolamento absoluto.

Considerando que a área atual está já impactada, não deve o município destinar ou dispor

resíduos em outra área.

Caso se apresente tecnologia para tratamento e recuperação da área impactada, respeitando a

viabilidade econômica, o município deverá implementar.

(imagem atualizada em 05/05/2014)

Acessado em https://www.google.com.br/maps/place/Calif%C3%B3rnia/@-23.6831155,-

51.3528368,2915m/data=!3m1!1e3!4m2!3m1!1s0x94ec826925928053:0x3531c559dfaee48

XII - PERIODICIDADE DA REVISÃO DO PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS

O plano municipal será revisto a cada quatro anos após sua aprovação.

Seis meses antes o executivo municipal nomeará comissão de revisão, com seis membros,

sendo três servidores, de preferencia um engenheiro, um advogado e um servidor que

trabalhe com resíduos, um representante do comercio, um representante da indústria e um

representante dos moradores.

Esta comissão elaborará relatório e proposta de adaptação do plano e encaminhará a

secretaria de meio ambiente, que dará publicidade através de consulta pública no sitio

eletrônico do município pelo prazo mínimo de 30 dias e posteriormente realização de

audiência pública.

XIII - QUADRO RESUMO DAS OBRIGAÇÕES DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL

Coletar, dar destinação e disposição final ao resíduo sólido urbano gerado pelo pequeno

gerador e pelos órgãos públicos do município.

Exigir e fiscalizar a apresentação de plano de gerenciamento de resíduos pelo grande gerador

e pelo gerador de resíduos perigosos.

Coletar o RCD em eco ponto e dar a destinação e disposição final adequada.

Implantar, até dezembro de 2015, sistema de cadastramento eletrônico de plano de

gerenciamento de resíduos de grandes geradores, no seu sitio eletrônico.

Adquirir balança para pesagem dos caminhões que transportam resíduos.

Promover a conclusão do cercamento do atual aterro controlado do município, com

alambrado e implementação de cerca viva.

Implantar sistema de tratamento de resíduos, com o funcionamento pleno da usina de

triagem e a compostagem acelerada.

Manter em operação a área de recebimento de resíduos da construção e demolição.

Apresentar, através da Secretaria de Meio Ambiente, projeto específico para reciclagem de

resíduos da construção e demolição, até um ano após a implantação do Plano.

Adquirir usina de triagem.

Adquirir equipamentos para a compostagem acelerada ou conceder o sistema de

compostagem acelerada.

Implementar programa de educação ambiental junto ao sistema de ensino publico e privado

do município, em até seis meses após a aprovação do Plano.

Nomear comissão, formada por um membro da secretaria de educação, um membro da

secretaria de meio ambiente e um advogado do município, para formatação do programa a

ser desenvolvido na rede de educação.

Instituir campanha semestral de incentivo à coleta seletiva.

Fomentar a criação de cooperativa de catadores no município de Califórnia, oferecendo

assessoria e fazendo cessão de uso do centro de triagem e cessão do produto da coleta

seletiva do município .

Disponibilizar coleta seletiva universal, em dois dias da semana, porta-a-porta, em caminhão

caçamba ou baú e destinar o resultado à cooperativa de catadores do município.

Apresentar cadastro de todos os vendedores /fornecedores e produtores de agrotóxicos,

pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e

mercúrio e de luz mista e produtos eletroeletrônicos e seus componentes, em até 6 meses a

partir da aprovação do Plano.

Desenvolver parcerias com a sociedade civil, através de ONG ou OSCIP, a fim de viabilizar o

estabelecimento de eco ponto para recolhimento de óleo e resíduos eletrônicos.

Implantar dois eco pontos para recolhimento de RCD e resíduos volumosos.

Encerrar a atual área de disposição final de resíduo in natura.

Implantar queimadores e recobrimento gramíneo da atual área de disposição final do resíduo

in natura, com seu isolamento absoluto.