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Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura ORIENTAÇÕES PARA O CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS – EACEA/03/2019 Programa de mobilidade académica Intra-África

Programa de mobilidade académica Intra-África · A Agência reserva-se o direito de não distribuir a totalidade dos fundos disponíveis. 5. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE As candidaturas

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Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura

ORIENTAÇÕES PARA O CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS – EACEA/03/2019

Programa de mobilidade académica Intra-África

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1. INTRODUÇÃO – CONTEXTO ................................................................................. 3

2. OBJETIVO(S) – TEMA(S) – PRIORIDADES .......................................................... 3

3. CALENDÁRIO ........................................................................................................... 4

4. ORÇAMENTO DISPONÍVEL ................................................................................... 5

5. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE ................................................................... 5

6. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE .......................................................................... 6

6.1. Proponentes, parcerias e pessoas elegíveis........................................................ 6

6.2. Atividades elegíveis ........................................................................................ 10

7. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO .................................................................................. 17

7.1. Exclusão da participação ................................................................................. 17

7.2. Medidas corretivas .......................................................................................... 19

7.3. Rejeição do convite à apresentação de propostas ............................................ 20

7.4. Documentos comprovativos ............................................................................ 20

8. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO ..................................................................................... 20

8.1. Capacidade financeira ..................................................................................... 20

8.2. Capacidade operacional ................................................................................... 21

9. PROCEDIMENTO E CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO .......................................... 22

9.1. Procedimento de atribuição ............................................................................. 22

9.2. Critérios de atribuição ..................................................................................... 22

10. COMPROMISSOS JURÍDICOS .............................................................................. 24

11. DISPOSIÇÕES FINANCEIRAS .............................................................................. 25

11.1. Princípios gerais .............................................................................................. 25

11.2. Formas de financiamento ................................................................................ 26

11.3. Modalidades de pagamento ............................................................................. 30

11.4. Garantia de pré-financiamento ........................................................................ 31

12. PUBLICIDADE ........................................................................................................ 32

12.1. Pelos beneficiários ........................................................................................... 32

12.2. Pela Agência e/ou a Comissão ........................................................................ 32

13. TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS ............................................................... 33

14. PROCEDIMENTO PARA A APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS ..................... 33

14.1. Publicação ....................................................................................................... 33

14.2. Registo no Portal do Participante .................................................................... 33

14.3. Apresentação da candidatura a subvenção ...................................................... 34

14.4. Regras aplicáveis ............................................................................................. 35

14.5. Contactos ......................................................................................................... 35

GLOSSÁRIO .................................................................................................................... 37

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1. INTRODUÇÃO – CONTEXTO

O Programa de mobilidade académica Intra-África, um projeto conjunto da União Africana e

da União Europeia, está a ser implementado sob os auspícios do Programa Pan-Africano

(PanAf), criado em 2014 como um dos instrumentos de apoio à Estratégia Conjunta África-

UE adotada na Cimeira de Lisboa em dezembro de 2007.

A Estratégia Continental de Educação para África (CESA 2016-2025) expressa a ambição da

União Africana de construir um continente integrado por meio de um sistema de educação

harmonizado em que a mobilidade intra-africana e a portabilidade das competências são a

norma. Além disso, exorta a uma mudança de paradigma no sentido de uma educação

transformadora e de sistemas de formação profissional para cumprir as exigências de

conhecimento, competências, investigação, inovação e criatividade necessários para cultivar

os valores fundamentais africanos e promover um desenvolvimento sustentável. Para tal, é

necessária a identificação estratégica de domínios de estudo para o ensino superior e para a

investigação e a promoção de mecanismos para uma colaboração académica intra-africana.

Nos últimos anos, essas prioridades também têm vindo a passar gradualmente para o primeiro

plano no âmbito da Parceria África-UE e os Chefes de Estado e de Governo africanos e

europeus comprometeram-se, durante a 5.ª Cimeira África-UE em 2017, a «investir nas

pessoas» e a apoiar «iniciativas concretas em termos de reconhecimento de qualificações,

parcerias entre instituições e a mobilidade de jovens estudantes, de pessoal e de

investigadores, em particular mulheres e crianças, e fomentar a parceria entre instituições,

com vista a desenvolver e transferir conhecimentos e tecnologia e a fortalecer os laços entre

os dois continentes».

Com base na experiência do Programa de mobilidade académica Intra-ACP (2010-2013), a

UE apoiou o Programa de mobilidade académica Intra-África ao abrigo do Programa

Indicativo Plurianual 2014-2017 para o Programa Pan-Africano. Foram, assim, lançados dois

convites à apresentação de propostas em 2016 e em 2017 e foram selecionados 14 projetos,

envolvendo universidades de todas as regiões de África.

No seguimento da Cimeira África-UE de 2017, a UE decidiu prestar um apoio adicional à

mobilidade de estudantes e de pessoal em África durante o período de 2018-20201. O presente

convite é, portanto, o terceiro organizado ao abrigo deste enquadramento.

O programa é gerido diretamente pela Comissão Europeia através da Agência de Execução

relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura (a seguir designada «Agência»), sob a

supervisão da Direção-Geral da Cooperação Internacional e do Desenvolvimento e em

colaboração com o Departamento de Recursos Humanos, Ciência e Tecnologia da Comissão

da União Africana.

2. OBJETIVO(S) – TEMA(S) – PRIORIDADES

O objetivo global do programa consiste em melhorar o desenvolvimento do capital humano

em África, reforçando simultaneamente a colaboração intra-africana, conforme previsto pela

Agenda 2063.

1 Decisão de Execução da Comissão C(2018) 3225, adotada em 22 de maio de 2018.

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Os objetivos específicos do programa são os seguintes:

aumentar a empregabilidade dos estudantes;

melhorar a qualidade do ensino superior em África e a sua relevância para a visão de

desenvolvimento do continente;

reforçar a modernização e a internacionalização das instituições de ensino superior

africanas e promover o desenvolvimento de um espaço africano de ensino superior e

investigação.

Espera-se que a mobilidade dos estudantes e do pessoal entre instituições de ensino superior

(IES) os ajude a adquirir um conhecimento e competências mais robustos e contribua para

melhorar a qualidade e a relevância do ensino e da aprendizagem através do intercâmbio de

práticas. De acordo com a visão da União Africana, tal é também essencial para o

desenvolvimento da capacidade do ensino superior para gerar soluções africanas para desafios

africanos e para criar um espaço africano de ensino superior e investigação.

Além disso, o programa vai contribuir para reforçar as estratégias de modernização e de

internacionalização das IES mediante a criação de mecanismos de gestão dos fluxos de

mobilidade. Por sua vez, isto aumentará a capacidade das IES para formarem parcerias com

outras instituições a fim de, em conjunto, levarem a cabo trabalho e investigação.

Além disso, o programa junta IES de diferentes regiões, que terão de criar mecanismos

adequados à organização dos intercâmbios, como acordos de comparação de programas de

estudo e de reconhecimento de períodos de estudo no estrangeiro. Espera-se, por conseguinte,

que o programa melhore a harmonização e a padronização do ensino superior, em

consonância com a Estratégia da União Africana para a Harmonização do Ensino Superior. O

programa fornecerá ensinamentos específicos para a execução do Quadro Pan-Africano para a

Garantia de Qualidade e Acreditação e será uma contribuição importante para a integração

regional.

3. CALENDÁRIO

O calendário indicativo para o presente convite é o seguinte:

Fases Data e hora ou

período indicativo

a) Publicação do convite 11 de março de 2019

b) Data-limite para apresentação das candidaturas 12 de junho de 2019 – 12h00 (meio-

dia), hora de Bruxelas

c) Período de avaliação junho a setembro de 2019

d) Informações aos proponentes outubro de 2019

e) Assinatura da convenção de subvenção novembro de 2019

f) Data estimada de início da ação 1 de dezembro de 2019

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4. ORÇAMENTO DISPONÍVEL

O orçamento total destinado ao cofinanciamento de projetos está estimado em

9 800 000 euros e deverá permitir cerca de 350 fluxos de mobilidade.

O montante de cada subvenção oscilará entre 1 000 000 euros (montante mínimo de

subvenção) e 1 400 000 euros (montante máximo de subvenção), em função: i) do número

de instituições do ensino superior (IES) que participem como proponente principal ou como

coproponentes2 e ii) do número, da duração e do tipo de fluxos de mobilidade implementados.

A Agência prevê financiar sete a oito propostas.

A Agência reserva-se o direito de não distribuir a totalidade dos fundos disponíveis.

5. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE

As candidaturas devem cumprir os seguintes requisitos:

devem ser enviadas até à data-limite de apresentação das candidaturas indicada na

secção 3 do presente convite à apresentação de propostas;

devem ser enviadas datilografadas (ver secção 14 do presente convite à apresentação

de propostas), utilizando o formulário correto (formulário eletrónico). O formulário

eletrónico deve apresentar todas as partes devidamente preenchidas e deve ser

acompanhado dos respetivos anexos. O processo e o respetivo sistema de candidatura

eletrónico estão disponíveis em:

https://eacea.ec.europa.eu/intra-africa/beneficiaries-space/intra-africa-academic-mobility-

scheme-2019_en;

devem estar redigidas numa das línguas oficiais da UE compreendida por todos os

parceiros (e, preferencialmente, em inglês ou francês);

A inobservância dos requisitos supracitados resultará na rejeição da candidatura.

A fim de apresentarem uma candidatura, os proponentes principais e os coproponentes devem

indicar o seu Código de Identificação do Participante (CIP) no formulário de candidatura. O

CIP pode ser obtido pelos proponentes através do registo da organização no Sistema de

Registo Único (URF), acessível no Portal do Participante nos domínios da Educação,

Audiovisual, Cultura, Cidadania e Voluntariado3. O Sistema de Registo Único é um

instrumento partilhado por outros serviços da Comissão Europeia. Caso um proponente

principal ou um coproponente já disponha de um CIP que foi utilizado para outros programas

(por exemplo, os programas de investigação), o mesmo CIP é válido para o presente convite à

apresentação de propostas. Os proponentes principais e os coproponentes devem, em primeiro

lugar, verificar se já têm este código antes de criar um novo, a fim de evitar duplicações e

atrasos nas fases posteriores.

O Portal do Participante permite aos proponentes principais e aos coproponentes carregar e

atualizar as informações relacionadas com o seu estatuto jurídico e anexar os documentos

jurídicos e financeiros solicitados.

2 Para efeitos do presente convite, «proponente principal» refere-se à instituição coordenadora e

«coproponentes» às IES parceiras de África e ao parceiro técnico da UE (mais informações na secção 6.1.) 3 http://ec.europa.eu/education/participants/portal/desktop/en/organisations/register.html

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Consultar a secção 14.2 para mais informações.

6. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

Apenas as candidaturas que observem os critérios de elegibilidade serão sujeitas a uma

avaliação exaustiva. Se uma candidatura for considerada não elegível, será enviada ao

proponente uma carta indicando as respetivas razões.

6.1. Proponentes, parcerias e pessoas elegíveis

O presente convite está aberto a instituições de ensino superior (IES) enquanto proponentes

principais e coproponentes. Outros tipos de organizações podem participar nas propostas

enquanto parceiros associados. As pessoas beneficiarão das atividades de mobilidade

planeadas por estas instituições de ensino superior.

Só são elegíveis as candidaturas submetidas por instituições de ensino superior instaladas em

África (enquanto proponente principal).

6.1.1. Proponente principal

O proponente principal deve:

(a) Ser uma pessoa coletiva («entidade jurídica»): para efeitos de comprovar a sua

existência como pessoa coletiva, o proponente deve estar legalmente

constituído há mais de três anos e deve apresentar um Formulário Entidade

Legal, devidamente preenchido, assinado e acompanhado dos documentos

relevantes4; e

(b) Ser uma instituição de ensino superior (privada ou pública). Para serem

elegíveis como instituições de ensino superior, os proponentes devem oferecer

cursos de ensino superior pós-universitário (mestrado ou doutoramento)

conducentes a uma qualificação reconhecida pelas autoridades competentes no

seu próprio país5; podem ser designadas «Universidade» ou ter outra

designação relevante (por exemplo «Politécnico», «Escola Superior»,

«Instituto», etc.); devem estar acreditadas pelas autoridades nacionais

relevantes; e

(c) Estar registado em África. As filiais ou subsidiárias das IES localizadas fora do

continente africano não são elegíveis6.

A fim de aferir a elegibilidade dos proponentes principais, são pedidos os documentos

comprovativos que se seguem:

4 O Formulário Entidade Legal consta do anexo 6 do formulário de candidatura (ou seja, anexo 1 do presente

convite) e pode ser descarregado no seguinte sítio Web: https://ec.europa.eu/info/publications/legal-entities_en. 5 Classificação Internacional Tipo da Educação (CITE 2011), no mínimo, nível 7 – Mestrado ou equivalente

(CITE 2011, nível 6 – bacharelato ou grau equivalente não é elegível). 6 Qualquer entidade jurídica cujos estatutos não tenham sido estabelecidos em África (consultar secção 6.1.2)

não pode ser considerada elegível, mesmo que os seus estatutos estejam registados ou tenha sido celebrado um

«Memorando de Entendimento» em África.

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(1) entidade privada: extrato do Jornal Oficial, cópia do contrato de sociedade, extrato

do registo comercial ou de associação, registo para efeitos do IVA (para os países em

que o n.º de registo comercial e de IVA é idêntico, só é exigido um destes

documentos),

(2) entidade pública: cópia da lei, decreto, resolução ou decisão que cria a entidade

pública ou qualquer outro documento oficial que institui a entidade de direito público.

6.1.2. Parceria

A parceria será composta pelo proponente principal, pelos coproponentes (IES parceiras e

parceiro técnico da UE) e pelos parceiros associados, se for o caso.

A parceria deve ser composta por um mínimo de quatro (4) IES (incluindo o proponente

principal) de África e um parceiro técnico de um Estado-Membro da UE.

A dimensão máxima da parceria está limitada a seis (6) IES (incluindo o proponente

principal) de África e um parceiro técnico de um Estado-Membro da UE.

Em cada parceria, não podem participar mais de duas (2) IES (incluindo o proponente

principal) do mesmo país.

Em qualquer parceria, devem participar IES de um mínimo de três (3) regiões africanas

(incluindo o proponente principal).

As regiões são apresentadas no quadro infra:

Regiões de

África Países

Norte Argélia, Egito, Líbia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia

Ocidental Benim, Burquina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-

Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo

Central Burundi, Camarões, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, República Centro-

Africana, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe

Oriental Comores, Eritreia, Etiópia, Jibuti, Madagáscar, Maurícia, Quénia, Ruanda, Seicheles,

Somália, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Uganda

Sul África do Sul, Angola, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Maláui, Moçambique, Namíbia,

Zâmbia e Zimbabué

Uma mesma IES pode estar envolvida em várias propostas apresentadas ao abrigo do presente

convite, como proponente principal, como coproponente ou como parceiro associado. Porém,

apenas pode ser selecionado um projeto em que essa IES seja proponente principal ao

abrigo do mesmo convite. Esta disposição não se aplica nos casos em que uma IES participe

como coproponente (incluindo como parceiro técnico da UE) ou como parceiro

associado em vários projetos. Neste caso, é possível selecionar vários projetos que envolvam

a mesma instituição de ensino superior.

Coproponentes

- Parceiros

Os parceiros devem:

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(a) Ser uma pessoa coletiva («entidade jurídica»): para comprovar a sua existência

como pessoa coletiva, o parceiro deve estar legalmente constituído há mais de

três anos; e

(b) Ser uma instituição de ensino superior (privada ou pública). Para ser elegível

como instituição de ensino superior, os proponentes devem ministrar cursos de

ensino superior pós-universitário, (mestrado ou doutoramento) conducentes a

uma qualificação reconhecida pelas autoridades competentes no seu próprio

país7; podem ser designadas «Universidade» ou possuir outra designação

relevante (por exemplo «Politécnico», Escola Superior», «Instituto», etc.);

devem estar acreditadas pelas autoridades nacionais relevantes num país

elegível (consultar secção 6.1 supra); e

(c) Estar registados em África (consultar secção 6.1 supra). As filiais ou

subsidiárias das IES localizadas fora do continente africano não são elegíveis.

- Parceiro técnico da UE

A parceria deve envolver como parceiro técnico uma instituição de ensino superior

estabelecida num dos Estados-Membros da UE8 titular de uma Carta Erasmus para o

Ensino Superior.

O parceiro técnico deve prestar apoio na gestão da parceria e na organização e

implementação da mobilidade. Por essa razão, o parceiro técnico deve ter uma sólida

experiência na gestão de fluxos de mobilidade internacional.

As propostas devem indicar claramente as funções e as responsabilidades do parceiro

técnico, bem como a natureza dos serviços a prestar.

Os custos da participação do parceiro técnico no projeto devem ser incluídos nos custos

relacionados com a organização da mobilidade gerida pela parceria (consultar

secção 11.2.1). No entanto, o parceiro técnico não pode acolher ou enviar estudantes e/ou

pessoal para mobilidade.

O proponente principal deve apresentar mandatos9 assinados com cada coproponente

(incluindo o parceiro técnico da UE), que confirmem que estes concedem procuração ao

proponente principal para agir em seu nome e por sua conta na assinatura da possível

convenção e dos seus eventuais atos adicionais posteriores com a Agência.

Ao assinar o mandato, os coproponentes aceitam todas as disposições da convenção de

subvenção supracitada e concordam fornecer todos os documentos ou informações que se

afigurem necessários.

Uma vez que as despesas efetuadas pelos coproponentes também são elegíveis, contanto que

estejam refletidas nas contas do projeto e nas contas dos coproponentes e respeitem todas as

7 Classificação Internacional Tipo da Educação (CITE 2011), no mínimo, nível 7 – Mestrado ou equivalente

(CITE 2011, nível 6 – bacharelato ou grau equivalente não é elegível). 8 À atenção dos candidatos britânicos: Note-se que os critérios de elegibilidade devem ser cumpridos durante

toda a duração da subvenção. Caso o Reino Unido se retire da UE durante o período da subvenção sem ter

celebrado um acordo com a UE que garanta, especificamente, que os coproponentes britânicos continuam a ser

elegíveis, estes deixarão de receber o financiamento da UE (mesmo que, eventualmente, mantenham a sua

participação) ou serão convidados a abandonar o projeto com base no artigo II.16.3.1 (a) da convenção de

subvenção. 9 Os modelos do mandato para os coproponentes (IES parceiras e parceiro técnico da UE) estão anexados

(anexo 5a e anexo 5b, respetivamente) ao formulário de candidatura (ou seja, anexo 1 do presente convite).

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demais regras em matéria de elegibilidade dos custos, as auditorias e os controlos podem visar

não apenas o proponente principal, mas igualmente os coproponentes.

O mandato deve ser assinado pelo representante legal (reitor, vice-reitor, presidente ou vice-

presidente, chanceler ou vice-chanceler) do coproponente. Este constituirá um anexo à

convenção de subvenção e, por conseguinte, tem valor jurídico. O mandato-tipo facultado

pela Agência com o formulário de candidatura deve ser sempre utilizado sem quaisquer

alterações ou adaptações.

Os coproponentes para os quais o mandato não satisfaça os requisitos formais do mandato-

tipo não são elegíveis para participarem. Um coproponente não elegível pode tornar toda a

parceria não elegível.

Parceiros associados

Apenas podem estar envolvidas no projeto como parceiros associados as instituições de

ensino superior e outros tipos de organizações de África. Esses parceiros associados devem

desempenhar um papel ativo na execução do projeto. Contudo, não podem acolher ou enviar

estudantes e/ou pessoal, mas podem receber estudantes para períodos de colocações (por

exemplo, estágios, atividades de investigação).

Os parceiros associados não têm o estatuto de coproponentes e não precisam de satisfazer os

critérios de elegibilidade do proponente principal e dos coproponentes Estas organizações não

são consideradas beneficiários e não podem receber fundos da subvenção. Como tal, não

serão tidas em conta no cálculo da contribuição fixa para cobrir os custos de organização da

mobilidade (consultar secção 11.2).

Os parceiros associados devem estar indicados na candidatura, tendo igualmente de ser

descrito o papel que desempenham no contexto do projeto proposto. Espera-se que

contribuam para a transferência de conhecimentos e resultados e que ajudem na promoção,

execução, avaliação e desenvolvimento sustentável do projeto.

Tipos de parceiros associados que poderão ser particularmente relevantes para os objetivos e

as atividades deste programa são: outras instituições de ensino superior, associações de

universidades, centros de investigação, empresas, câmaras da indústria e do comércio,

entidades locais, regionais ou públicas nacionais, entre outros.

6.1.3. Pessoas singulares

Estudantes

Com vista a serem elegíveis para uma bolsa de estudo (ou seja, apoio financeiro a terceiros),

os mestrandos e os doutorandos referidos como «estudantes» devem observar os seguintes

critérios no momento da candidatura a uma bolsa de estudo:

(a) Ser um nacional de um Estado membro da União Africana e ser residente num país

africano

e

(b) Estar inscrito/admitido numa ou ter obtido um diploma de uma IES (ou

equivalente) de:

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– uma das IES envolvidas na parceria (incluindo o proponente principal)

(grupo-alvo I);

ou

– uma IES não envolvida na parceria, mas estabelecida em África (grupo-

alvo II)

e

(c) Ter conhecimentos suficientes da língua dos cursos nos países de acolhimento.

Os estudantes apenas podem beneficiar de uma bolsa de estudo ao abrigo do Programa de

mobilidade académica Intra-África (independentemente do tipo de mobilidade ou do

projeto financiador).

Os estudantes que beneficiaram de bolsa(s) de estudo ao abrigo do Programa de

mobilidade académica INTRA-ACP precedente não podem receber bolsas de estudo ao

abrigo do Programa de mobilidade académica Intra-África.

Pessoal docente e administrativo10

Com vista a serem elegíveis para uma bolsa de estudo (ou seja, apoio financeiro a terceiros), o

pessoal académico e administrativo, adiante designado «pessoal», deve observar os seguintes

critérios no momento da candidatura a uma bolsa de estudo:

(a) Ser um nacional de um Estado membro da União Africana e ser residente num país

africano

e

(b) Trabalhar numa IES incluída na parceria (incluindo o proponente principal).

6.2. Atividades elegíveis

6.2.1. Disposições gerais

O projeto implicará: (i) a organização e a implementação da mobilidade de estudantes no

âmbito de programas de mestrado e doutoramento de elevada qualidade e a prestação de

ensino/formação e outros serviços a estudantes de outras nacionalidades, (ii) a organização e a

implementação da mobilidade de pessoal dos países abrangidos pelo projeto com a prestação

de atividades de ensino/formação, investigação e outros serviços.

A mobilidade deve ocorrer apenas em África. Apenas as IES de África envolvidas como

proponente principal e coproponentes podem acolher a mobilidade de estudantes e pessoal.

Os projetos deverão ter uma duração de 60 meses. Normalmente, os primeiros seis meses são

dedicados a atividades preparatórias relacionadas com a organização da mobilidade (ver

adiante «Organização e implementação da mobilidade»).

As atividades elegíveis, incluindo as atividades preparatórias, podem começar a partir de 1 de

dezembro de 2019 (início do período de elegibilidade), contanto que a convenção de

10 O pessoal técnico também é elegível.

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subvenção tenha sido assinada entre a Agência e o proponente principal. A mobilidade dos

estudantes e do pessoal não pode começar antes de os parceiros concluírem um processo de

seleção, com base nos procedimentos de seleção elaborados para esta finalidade.

Todas as atividades devem ser realizadas dentro do período de elegibilidade conforme

definido por ocasião da assinatura da convenção de subvenção com a Agência. No entanto, se,

durante a execução do projeto, se tornar impossível para o beneficiário, por razões

justificadas, terminar as atividades no prazo previsto, poderá ser-lhe concedida uma

prorrogação do período de elegibilidade acordado (ou seja, uma extensão máxima de

12 meses).

6.2.2. Domínios temáticos de estudo

O presente convite à apresentação de propostas está aberto aos seguintes domínios de estudo

definidos de acordo com a Classificação Internacional Tipo da Educação 2013 (CITE-F

2013)11:

01- Educação 011 Educação

018 Programas e qualificações interdisciplinares que envolvam

o ensino

02- Artes e Humanidades 023 Línguas

05- Ciências Naturais 052 Ambiente

058 Programas e qualificações interdisciplinares que envolvam

ciências naturais, matemática e estatística

07- Engenharia, indústrias de

transformação e construção

0712 Proteção ambiental e tecnologia

0713 Eletricidade e energia

0721 Transformação de alimentos

078 Programas e qualificações interdisciplinares que envolvam

engenharia, indústrias transformadoras e construção civil

08- Agricultura, silvicultura,

pescas e ciências veterinárias

081 Agricultura

082 Silvicultura

083 Pescas

084 Ciências veterinárias

088 Programas e qualificações interdisciplinares que envolvam

agricultura, silvicultura, pescas e ciências veterinárias

089 Agricultura, silvicultura, pescas e ciências veterinárias não

classificadas noutras rubricas

Considerando que os domínios de estudo supracitados englobam um vasto conjunto de temas,

os proponentes devem descrever na proposta de projeto de que modo a(s) disciplina(s)

escolhida(s) está(ão) associada(s) à prioridade de «crescimento inclusivo e desenvolvimento

sustentável» da parceria UA-UE, bem como aos quadros continentais da UA, em especial a

Agenda 2063.

11 Consultar a Classificação Internacional Tipo da Educação – Domínios de ensino e formação 2013 (CITE-F

2013), a fim de verificar as descrições pormenorizadas do domínio em cada um dos códigos da disciplina

específica indicados a seguir: http://uis.unesco.org/sites/default/files/documents/international-standard-

classification-of-education-fields-of-education-and-training-2013-detailed-field-descriptions-2015-en.pdf

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As propostas devem fornecer uma lista indicativa dos programas acreditados de mestrado e

doutoramento de elevada qualidade propostos pelas IES de África (envolvidas como

proponente principal ou como coproponente) num ou mais dos domínios de estudo

supracitados e nas quais todos os fluxos de mobilidade ocorrerão. Será pedido ao proponente

principal e aos coproponentes que se comprometam a que todos os fluxos de mobilidade

sejam implementados apenas em programas académicos acreditados associados aos domínios

temáticos. A Agência poderá pedir um comprovativo de acreditação para todos os programas

indicados na candidatura durante a execução do projeto.

Deve ser garantida a qualidade dos programas académicos propostos pelas parcerias, a fim de

maximizar o benefício para os estudantes. Além disso, é aconselhável concentrar-se num

número restrito de domínios temáticos e programas académicos, para reforçar a

coerência e a qualidade da proposta.

6.2.3. Organização e implementação da mobilidade

As atividades relacionadas com a organização e a implementação da mobilidade visam criar

condições ideais, através de medidas de apoio à qualidade, para os estudantes e o pessoal

realizarem períodos de estudo/ensino/investigação/formação numa IES de acolhimento

situada num país diferente do de nacionalidade e residência.

Para atingir este objetivo, as parcerias devem:

a) Elaborar um Memorando de Entendimento entre os membros da parceria com o intuito de

alcançar uma boa gestão da parceria e abranger todos os aspetos associados à organização

do programa de mobilidade. O Memorando de Entendimento deve identificar/estabelecer:

a. o papel das IES parceiras e a sua participação individual nas atividades

organizacionais (atividades de visibilidade, estratégia de comunicação, atividades

académicas preparatórias, processo de seleção, reconhecimento de períodos de

estudo, garantia da qualidade do projeto e acompanhamento académico, serviços

institucionais, etc.);

b. procedimentos e critérios para a seleção dos candidatos. Estes mecanismos terão em

conta os diferentes critérios a aplicar a diferentes grupos-alvo;

c. o compromisso de todas as IES parceiras de que todos os fluxos de mobilidade de

estudantes serão exclusivamente implementados em programas académicos

acreditados associados aos domínios temáticos;

d. acordos académicos específicos (por exemplo, para os estudantes: critérios de

exame acordados, reconhecimento académico dos períodos de estudo no

estrangeiro; para o pessoal: a inclusão dos cursos lecionados no programa regular

da IES de acolhimento; modalidades para a avaliação dos estudantes e do curso,

programas de formação, etc.);

e. acordos financeiros entre as IES parceiras, nomeadamente a utilização do

orçamento para a organização da mobilidade, bem como regras e procedimentos a

seguir durante a organização da mobilidade e relacionados com o pagamento da

bolsa de estudo aos estudantes e ao pessoal.

b) Desenvolver uma estratégia clara de promoção e visibilidade para a parceria incluindo,

designadamente, um sítio Web específico da parceria que faça explicitamente referência ao

«Programa de mobilidade académica Intra-África» e que disponibilize todas as

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-13-

informações necessárias sobre a parceria, do ponto de vista académico, financeiro e

administrativo. Tal deverá incluir uma estratégia sólida de promoção que chegue a um

máximo número possível de potenciais candidatos no continente africano.

c) Criar um mecanismo centralizado para a seleção de estudantes e pessoal que garanta a

transparência do processo de seleção e um tratamento equitativo das candidaturas

individuais.

Espera-se das parcerias que elaborem procedimentos e critérios para a seleção de

estudantes e pessoal para participarem nas atividades de mobilidade individuais. Esses

critérios de seleção devem ter em conta os critérios de admissão, conforme definidos por

cada universidade de acolhimento. Além disso, a seleção de pessoas para mobilidade deve

observar os critérios de elegibilidade indicados na secção 6.1.3 do presente convite.

O processo e a data-limite de candidatura à bolsa de estudo devem ser concebidos de forma

a facultar aos candidatos todas as informações necessárias com bastante antecedência e

tempo suficiente para prepararem e enviarem a sua candidatura. Após o lançamento do

concurso para candidaturas a bolsa de estudo, tem de ser concedido um período de tempo

suficiente (por exemplo de 45 dias) para os estudantes/pessoal apresentarem as suas

candidaturas.

d) Devem ser abordadas questões transversais, nomeadamente a igualdade de oportunidades e

a participação de grupos desfavorecidos. Deve também ser abordada a participação de

grupos desfavorecidos (estudantes com deficiência, estudantes desfavorecidos em termos

socioeconómicos) e a participação de estudantes e pessoal de estados e regiões de um país

frágeis e afetados por situações de conflito.

Além disso, a fim de promover o equilíbrio de género e de colmatar as lacunas em termos

de participação das mulheres, espera-se das parcerias que criem iniciativas e medidas

enquanto promovem as oportunidades de bolsa de estudo e a seleção de candidatos.

Tal deve estar explicitamente definido nos anúncios das bolsas de estudo e nos critérios de

seleção. Nos casos de mérito equivalente, a parceria é incentivada a selecionar o candidato

mais desfavorecido em termos socioeconómicos.

e) Facultar apoio linguístico adequado aos estudantes e pessoal em mobilidade.

f) Oferecer os serviços e instalações necessários aos bolseiros (por exemplo, acolhimento,

alojamento, orientação, assistência antes e durante a mobilidade, apoio em matéria de

vistos e autorizações de residência, cursos de línguas, etc.), incluindo, se for o caso,

serviços para os familiares dos bolseiros e para os bolseiros com necessidades especiais.

g) Criar um regime de seguro que garanta aos estudantes e ao pessoal uma cobertura

adequada em caso de acidente, lesão, doença, etc. durante a mobilidade, em conformidade

com as exigências mínimas aplicáveis em matéria de seguro do Programa de mobilidade

académica Intra-África12.

h) Elaborar acordos de estudante que descrevam as condições aplicáveis à bolsa de estudo, o

tipo de mobilidade, o período e a duração, os direitos e os deveres, nomeadamente o

compromisso de frequentar os cursos e realizar exames.

12 Conforme definidos no anexo X do modelo de Convenção de Subvenção (ou seja, anexo 2 do presente

convite): Exigências mínimas aplicáveis em matéria de seguro para o Programa de mobilidade académica

Intra-África

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i) Elaborar acordos de aprendizagem/planos de investigação com os estudantes sobre um

programa individual de trabalho e a carga horária necessários para obter aprovação nos

exames ou noutras formas de avaliação.

j) Facilitar o reconhecimento académico de períodos de estudo, formação, investigação e

docência através de mecanismos acordados entre as IES de origem e de acolhimento com

vista a favorecer a criação de um Espaço Africano de Ensino Superior e Investigação.

Neste sentido, constitui um requisito mínimo para todos os parceiros considerarem o

período de estudos no estrangeiro uma parte integrante do programa de estudo. O período

de estudo (nomeadamente exames ou outras formas de avaliação) passado nas IES de

acolhimento deve ser plenamente reconhecido pela IES de origem. No fim do período de

estudo no estrangeiro, a IES de acolhimento facultará ao estudante recebido e à IES de

origem um diploma e/ou uma transcrição dos resultados do estudo que confirme que o

programa foi concluído. Recomenda-se igualmente a atribuição de um suplemento ao

diploma, se for caso disso.

k) Elaborar acordos de mobilidade com pessoal académico/administrativo sobre as

condições da bolsa de estudo, direitos e deveres, bem como um plano de atividade durante

a mobilidade, por exemplo, conferências a realizar (que devem fazer parte dos cursos de

um título/diploma proposto pela instituição de acolhimento), investigação, atividades de

formação e reforço de capacidades, etc.

l) Prever modalidades para o acompanhamento académico dos bolseiros.

m) Criar mecanismos e instrumentos internos e, quando possível, externos de garantia da

qualidade para avaliar a execução geral do projeto, nomeadamente as modalidades de

gestão e cooperação, processos de candidatura e seleção, serviços institucionais e apoio

prestado antes e durante a mobilidade, períodos pós-mobilidade, etc. Estes mecanismos

devem permitir também avaliar/medir o impacto do projeto nos planos individual,

institucional e nacional/regional.

n) Desenvolver uma estratégia de sustentabilidade que explique em que medida estes

intercâmbios de mobilidade podem favorecer a criação de ligações duradouras entre as

instituições, de que forma podem garantir a continuidade financeira e operacional da

colaboração após o período de financiamento da UE e de que modo podem responder às

necessidades sociais, económicas e políticas dos respetivos países.

6.2.4. Mobilidade individual para estudantes e pessoal13

Existem dois grupos-alvo e três tipos diferentes de mobilidade individual:

Grupo-alvo Participantes Tipos de

mobilidade

Duração

mínima/

máxima

Grupo-alvo 1 Estudantes inscritos numa ou que

tenham obtido um diploma de uma das Mestrado 6/24 meses

13 A Agência poderá autorizar pequenos desvios em relação aos requisitos citados na secção 6.2.4 apenas em

casos excecionais e circunstâncias devidamente justificadas.

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IES envolvidas na parceria (incluindo o

proponente principal). Doutoramento 6/48 meses

Pessoal que trabalhe numa das IES

envolvidas na parceria (incluindo o

proponente principal).

Pessoal 1/6 meses

Grupo-alvo 2 Estudantes inscritos numa ou que

tenham obtido um diploma (ou

equivalente) de uma IES não incluída na

parceria, mas estabelecida em África14

Mestrado 6/24 meses

Doutoramento 6/48 meses

Tenha em conta os seguintes requisitos de mobilidade:

O grupo-alvo 1 deve representar, pelo menos, 40 % dos fluxos de mobilidade

individual abrangidos pelo projeto;

Os diferentes tipos de mobilidade individual e a respetiva distribuição devem

respeitar os seguintes intervalos:

Tipo de mobilidade Distribuição

Mestrado 50-70 %

Doutoramento15 15-30 %

Pessoal 10-30 %

A mobilidade dos estudantes pode ser de curto prazo (mobilidade que visa a

obtenção de créditos – conducente ao reconhecimento académico pela instituição de

origem do período de estudo passado na instituição de acolhimento) ou por um curso

completo de um programa académico (mobilidade que visa a obtenção de um

diploma – conducente à atribuição de um diploma pela instituição de acolhimento

após a conclusão com aproveitamento dos estudos).

A mobilidade que visa a obtenção de créditos deve representar, pelo menos, 25 %

dos fluxos totais de mobilidade de estudantes. As propostas de projeto devem explicar

de que modo será alcançada esta meta, tendo em conta a capacidade das instituições

participantes, as medidas a adotar e os mecanismos existentes para o reconhecimento

de períodos de estudo passados no estrangeiro.

O número dos fluxos de mobilidade e a distribuição dos mesmos pelas instituições de ensino

superior parceiras (proponente principal e coproponentes) deve ser equilibrado, tendo em

conta a capacidade operacional de todos os parceiros para gerir a mobilidade, incluindo a sua

capacidade para acolher e enviar estudantes.

Além disso, as parcerias são encorajadas a assegurar que a mobilidade individual a partir de

qualquer país africano não representa mais de 20 % da mobilidade individual total abrangida

pelo projeto.

14 Os estudantes inscritos numa ou que tenham obtido um diploma (ou equivalente) de uma instituição de ensino

superior incluída na parceria como parceiro associado podem participar como grupo-alvo 2. 15 A cláusula relativa ao doutoramento incluirá também possibilidades de programas sanduíche (consultar

«Glossário») com uma duração mínima de seis meses.

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Mobilidade dos estudantes

A mobilidade dos estudantes deve ter início em qualquer momento ao longo da

duração do projeto e terminar até ao fim do período de elegibilidade. Qualquer

mobilidade de longo prazo (ou seja, 48 meses) deve, por isso, iniciar-se com antecedência

suficiente para assegurar que a data do respetivo fim coincide com o período de

elegibilidade (consultar secção 6.2.1).

Para facilitar a organização e implementação da mobilidade, as parcerias podem organizar

mobilidade de estudantes em vários grupos, se necessário. Nesse caso, recomenda-se o

calendário indicativo que se segue:

o Primeiro grupo – os fluxos de mobilidade devem começar até 31 de dezembro de

2020.

o Segundo grupo – os fluxos de mobilidade devem começar até 31 de dezembro de

2021.

o Terceiro grupo – os fluxos de mobilidade devem começar até 31 de dezembro de

2022.

o Quarto grupo – os fluxos de mobilidade devem começar até 31 de dezembro de

2023.

A mobilidade de estudantes pode incluir um período de colocação máximo de três (3)

meses no mesmo país da IES de acolhimento e, preferencialmente, num parceiro

associado, desde que seja precedido de um período mínimo de estudos no estrangeiro (por

exemplo, semestre, trimestre) e que a colocação seja reconhecida como parte integrante do

programa do estudante. A colocação deve ser acordada por todos os membros da parceria

abrangidos, devendo ser assegurado um acompanhamento de perto dos estudantes.

Mobilidade do pessoal docente e administrativo16

A mobilidade do pessoal docente e administrativo pode começar em qualquer altura

ao longo da duração do projeto e deve terminar até ao final do período de

elegibilidade do projeto. A mobilidade do pessoal deve ser acordada pelas instituições de

ensino superior de origem e de acolhimento e prevê-se que seja uma parte integrante do

plano de desenvolvimento do pessoal institucional e reconhecida como tal após o regresso

do membro do pessoal. As propostas devem ter devidamente em conta tanto a mobilidade

do pessoal administrativo quanto do pessoal docente. As atividades conexas podem variar

desde missões de ensino ou funções administrativas (por exemplo, intercâmbio de

experiências em gabinetes de relações internacionais), participação ou ministração de

formações, atividades de desenvolvimento de programas de ensino, apoio técnico, etc.

A mobilidade do pessoal deve contribuir para o reforço da capacidade de cooperação

internacional das instituições de ensino superior, bem como da sua capacidade de gestão. A

mobilidade deve também procurar impulsionar o intercâmbio de experiências e melhorar

as competências de gestão, sobretudo na execução de projetos internacionais. Deve visar

consolidar e alargar as ligações entre departamentos e faculdades e preparar as instituições

de ensino superior para cooperações futuras. Também se espera que a mobilidade do

16 O pessoal técnico também é elegível.

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pessoal conduza a um progresso na implementação de sistemas de reconhecimento de

estudos nas instituições da parceria.

O proponente principal deve apresentar à Agência a lista dos estudantes e do pessoal

selecionados para beneficiar de uma bolsa de estudo de mobilidade, bem como uma lista dos

candidatos suplentes, juntamente com o relatório de progresso que abranja o período em

causa. É altamente recomendado que estas listas sejam submetidas o mais tardar 15 dias antes

do início da primeira mobilidade dentro de cada grupo. As listas devem indicar o nome, sexo,

grupo-alvo, nacionalidade, instituições de origem e de acolhimento, domínio de estudo, tipo

de mobilidade e duração. Além disso, têm também de ser fornecidas informações sobre o

número de candidatos não selecionados por tipo de mobilidade, país de origem e sexo.

Uma vez que a seleção de candidatos deve ter em conta a promoção de um equilíbrio de

género, ao receber as listas de estudantes e pessoal (selecionados e suplentes) a Agência

acompanhará de perto os projetos relativamente a esta prioridade específica.

Além disso, com vista a evitar irregularidades na seleção dos estudantes, a parceria deve

exigir que estes declarem (tanto na fase de candidatura como no acordo de estudante) o

seguinte:

- O candidato/beneficiário da bolsa declara que não beneficiou anteriormente de uma

bolsa ao abrigo do Programa de mobilidade académica Intra-ACP ou do Programa de

mobilidade académica Intra-África.

- O candidato/beneficiário da bolsa compromete-se a não beneficiar de nenhum outro

programa de bolsas financiado pela UE, a fim de prosseguir o mesmo programa de

estudos durante a duração do Programa de mobilidade académica Intra-África.

- O financiamento deverá ser devolvido pelo beneficiário no caso de declarações falsas

ou incompletas.

7. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

7.1. Exclusão da participação

O gestor orçamental excluirá da participação no procedimento do convite à apresentação de

propostas os proponentes17 que se encontrem numa das seguintes situações:

(a) o proponente encontra-se em situação de falência, sujeito a um processo de insolvência

ou de liquidação, os seus bens estão sob administração de um liquidatário ou sob

administração judicial, celebrou um acordo com os credores, as suas atividades

empresariais estão suspensas ou encontra-se em qualquer situação análoga resultante de

um processo da mesma natureza ao abrigo das leis ou regulamentação da UE ou

nacionais;

(b) tiver sido confirmado, por sentença judicial transitada em julgado ou por decisão

administrativa definitiva, que o proponente não cumpriu as suas obrigações relativas ao

pagamento de impostos ou de contribuições para a segurança social nos termos da

legislação aplicável;

17 Proponente principal e coproponentes.

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(c) tiver sido confirmado, por sentença judicial transitada em julgado ou por decisão

administrativa definitiva, que o proponente cometeu uma falta grave em matéria

profissional por ter violado disposições legislativas ou regulamentares ou regras

deontológicas aplicáveis à profissão à qual pertence, ou por ter cometido qualquer

comportamento ilícito ou uma negligência grave, incluindo, em particular, qualquer um

dos seguintes comportamentos:

(i) apresentação de forma fraudulenta ou negligente de informações falsas no que diz

respeito às informações exigidas para a verificação da inexistência de motivos de

exclusão ou do cumprimento dos critérios de elegibilidade ou de seleção na

execução de um contrato, de uma convenção de subvenção ou de uma decisão de

subvenção;

(ii) celebração de um acordo com outros proponentes com o objetivo de distorcer a

concorrência;

(iii) violação dos direitos de propriedade intelectual;

(iv) tentar influenciar o processo de decisão da [Agência] durante o procedimento de

atribuição;

(v) tentativa de obter informações confidenciais suscetíveis de lhe conferir vantagens

indevidas no procedimento de atribuição;

(d) confirmação, por sentença judicial transitada em julgado, de que o proponente é culpado

de qualquer dos seguintes atos:

(i) fraude, na aceção do artigo 3.º da Diretiva (UE) 2017/1371 do Parlamento

Europeu e do Conselho e na aceção do artigo 1.º da Convenção relativa à Proteção

dos Interesses Financeiros das Comunidades Europeias, estabelecida por Ato do

Conselho de 26 de julho de 1995;

(ii) corrupção, tal como definida no artigo 4.º, n.º 2, da Diretiva (UE) 2017/1371 ou

no artigo 3.º da Convenção relativa à Luta contra a Corrupção em que estejam

implicados Funcionários das Comunidades Europeias ou dos Estados-Membros da

União Europeia, estabelecida por Ato do Conselho de 26 de maio de 1997, ou

conduta referida no artigo 2.º, n.º 1, da Decisão-Quadro 2003/568/JAI do

Conselho, ou corrupção na aceção da legislação aplicável;

(iii) conduta relacionada com uma organização criminosa, na aceção do artigo 2.º da

Decisão-Quadro 2008/8/JAI do Conselho;

(iv) branqueamento de capitais ou financiamento do terrorismo na aceção do

artigo 1.º, n.os 3 a 5, da Diretiva (UE) 2015/849 do Parlamento Europeu e do

Conselho;

(v) infrações terroristas ou infrações relacionadas com atividades terroristas, na

aceção, respetivamente, dos artigos 1.º e 3.º da Decisão-Quadro 2002/475/JAI do

Conselho, ou ainda instigação, cumplicidade ou tentativa de infração nos termos

do artigo 4.º da referida decisão;

(vi) trabalho infantil e outras infrações relacionadas com o tráfico de seres humanos,

na aceção do artigo 2.º da Diretiva 2011/36/UE do Parlamento Europeu e do

Conselho;

(e) o proponente tiver revelado deficiências significativas no cumprimento das principais

obrigações relativas à execução de um contrato, de uma convenção de subvenção ou de

uma decisão de subvenção financiado pelo orçamento da União, que tenham levado à sua

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rescisão antecipada ou à imposição de indemnizações por perdas e danos ou de outras

sanções contratuais, ou que tenham sido detetadas na sequência de controlos, auditorias

ou inquéritos por um gestor orçamental, pelo OLAF ou pelo Tribunal de Contas;

(f) tiver sido confirmado, por sentença judicial transitada em julgado ou por decisão

administrativa definitiva, que o proponente cometeu uma irregularidade na aceção do

artigo 1.º, n.º 2, do Regulamento (CE, Euratom) n.º 2988/95 do Conselho;

(g) tiver sido confirmado, por sentença judicial transitada em julgado ou por decisão

administrativa definitiva, que o proponente constituiu uma entidade coletiva numa

jurisdição distinta com a intenção de se subtrair ao cumprimento de obrigações fiscais,

sociais ou de outras obrigações legais aplicáveis no território em que se encontra a sua

sede social, a sua administração central ou o seu estabelecimento principal;

(h) tiver sido confirmado por sentença judicial transitada em julgado ou por decisão

administrativa definitiva que a intenção constante da alínea g) norteou a constituição da

pessoa coletiva;

(i) para as situações acima referidas nas alíneas c) a h), o proponente fica sujeito a:

(i) factos apurados no contexto de auditorias ou investigações realizadas pela

Procuradoria Europeia depois de esta ter sido criada, pelo Tribunal de Contas,

pelo Serviço Europeu de Luta Antifraude ou pelo auditor interno, ou qualquer

outra averiguação, auditoria ou controlo efetuado sob a responsabilidade do gestor

orçamental de uma instituição da UE, de um organismo europeu ou de uma

agência ou órgão da UE;

(ii) sentenças judiciais não transitadas em julgado ou decisões administrativas não

definitivas, que podem incluir medidas disciplinares tomadas pelo órgão de

supervisão competente responsável pela verificação da observância das normas de

ética profissional;

(iii) factos referidos nas decisões das pessoas ou entidades encarregues de tarefas de

execução do orçamento da UE;

(iv) informações transmitidas pelos Estados-Membros que aplicam fundos da União;

(v) decisões da Comissão relativas à infração do direito da concorrência da União ou

de uma autoridade competente nacional relacionadas com a violação do direito da

concorrência da União ou nacional; ou

(vi) decisões de exclusão por parte do gestor orçamental de uma instituição da UE, de

um organismo europeu ou de uma agência ou órgão da UE;

7.2. Medidas corretivas

Se um proponente declarar uma das situações de exclusão acima referidas (consultar

secção 7.4), deve indicar as medidas que adotou para corrigir a situação de exclusão,

demonstrando, assim, a sua fiabilidade. Pode tratar-se, por exemplo, de medidas de natureza

técnica, organizacional e de pessoal, destinadas a corrigir a conduta ou a evitar a sua

repetição, e do pagamento de indemnizações ou de coimas ou ainda de quaisquer impostos ou

contribuições para a segurança social. Devem constar de um anexo a esta declaração as provas

documentais relevantes que ilustrem as medidas corretivas adotadas. O que precede não se

aplica às situações referidas na alínea d) da secção 7.1.

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7.3. Rejeição do convite à apresentação de propostas

O gestor orçamental não atribuirá uma subvenção a proponentes que:

a) se encontrem numa situação de exclusão estabelecida nos termos da secção 7.1; ou

b) tenham apresentado declarações falsas no que diz respeito às informações exigidas para

participar no procedimento ou não tenham fornecido essas informações; ou

c) tenham anteriormente participado na preparação de documentos usados no procedimento

de atribuição, sempre que tal implique a violação do princípio da igualdade de tratamento,

nomeadamente uma distorção da concorrência, que não possa ser sanada de outro modo.

Aplicam-se os mesmos critérios de exclusão a entidades afiliadas.

Poderão ser aplicadas sanções administrativas (exclusão) aos proponentes ou entidades

afiliadas, quando aplicável, se alguma das declarações ou informações fornecidas como

condição para participar no presente procedimento se revelar falsa.

7.4. Documentos comprovativos

Os proponentes devem assinar uma declaração sob compromisso de honra18 em que

certificam que não se encontram em nenhuma das situações referidas no artigo 136.º, n.º 1, e

no artigo 141.º do Regulamento Financeiro, preenchendo o formulário relevante anexado ao

formulário de candidatura que acompanha o convite à apresentação de propostas.

Esta obrigação deverá ser cumprida por todos os proponentes envolvidos na parceria, que

deverão apresentar uma declaração em seu nome e em nome das entidades afiliadas.

8. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Os proponentes19 devem apresentar uma declaração sob compromisso de honra, preenchida e

assinada, que ateste a sua capacidade financeira e operacional para realizar as atividades

propostas.

8.1. Capacidade financeira

Os proponentes devem dispor de fontes de financiamento estáveis e suficientes para

prosseguirem as suas atividades durante todo o período de execução da ação ou do exercício

para o qual beneficiam de subvenção e para participar no seu financiamento. A capacidade

financeira dos proponentes será avaliada com base nos documentos comprovativos que se

seguem, que serão solicitados aos proponentes principais selecionados:

- informação sobre a sua situação jurídica;

18 Consultar o anexo 4 do formulário de candidatura (ou seja, o anexo 1 do presente convite). 19 Proponente principal e coproponentes.

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- uma declaração sob compromisso de honra;

- as contas de ganhos e perdas, bem como o balanço do último exercício financeiro

para o qual as contas tenham sido encerradas;

- um relatório de auditoria externa elaborado por um revisor oficial de contas, que

certifique as contas do último exercício disponível para o qual as contas tenham

sido encerradas. O relatório deve certificar as contas de ganhos e perdas da

organização proponente, juntamente com o balanço, e apresentar uma avaliação da

viabilidade financeira do proponente.

Com base nos documentos apresentados, se o gestor orçamental responsável considerar que a

capacidade financeira não é satisfatória, pode:

solicitar informação suplementar;

propor um contrato de subvenção sem pré-financiamento;

propor um contrato de subvenção com um pré-financiamento pago em parcelas;

propor um contrato de subvenção, com um pré-financiamento coberto por uma

garantia bancária (consultar secção 11.4 infra);

quando aplicável, exigir a responsabilidade financeira conjunta e solidária de todos os

coproponentes;

rejeitar a candidatura.

Durante o processo, pode ser solicitado aos proponentes que se registem e que

indiquem um Código de Identificação do Participante (CIP, um número de 9 dígitos),

que constituirá a única forma de identificar a sua organização no Registo de

Participantes. O(s) proponente(s) receberá(ão) instruções sobre como criar um CIP

no devido tempo.

Uma vez recebido o CIP do proponente, os serviços de validação da UE (Serviços de

Validação da Agência de Execução para a Investigação) contactarão o candidato

(por via do sistema de mensagens integrado no Registo de Participantes) e pedir-lhe-

ão que forneça os documentos comprovativos necessários para provar a existência e

o estatuto jurídicos e a capacidade financeira da organização. Todas as informações

e instruções necessárias serão comunicadas por via desta notificação independente.

8.2. Capacidade operacional

Os proponentes20 devem ter as competências profissionais, assim como as qualificações

adequadas, necessárias à realização da ação proposta. A este respeito, os proponentes deverão

apresentar uma declaração sob compromisso de honra e as seguintes informações no

formulário de candidatura:

– A descrição da experiência das pessoas responsáveis no proponente principal, bem

como nos coproponentes (IES parceiras e parceiro técnico da UE), que demonstre a

sua experiência profissional relevante para as atividades do projeto;

– uma lista exaustiva de projetos de cooperação internacional (no domínio relevante) já

geridos (ou sob gestão) pelo proponente principal e pelos coproponentes.

20 Proponente principal e coproponentes.

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9. PROCEDIMENTO E CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO

9.1. Procedimento de atribuição

A seleção dos projetos será um processo competitivo organizado pela Agência e que terá por

base a avaliação da relevância, da qualidade das propostas (dos pontos de vista académico e

organizacional) e da sustentabilidade.

A supervisão do processo de avaliação geral é assegurada por uma comissão de avaliação

composta por representantes da Agência, das direções-gerais associadas da Comissão

Europeia e da Comissão da União Africana.

O papel da comissão de avaliação consiste em garantir a igualdade de tratamento de todas as

candidaturas através de um processo de seleção justo e transparente e apresentar uma proposta

de atribuição de subvenção aos quadros superiores da Agência responsáveis pela tomada de

decisão de atribuição de subvenção.

Em consonância com os objetivos e as prioridades do programa, a comissão de avaliação

deve, nomeadamente, garantir a observância dos seguintes princípios:

a) aplicação justa e transparente dos critérios publicados de elegibilidade, exclusão,

seleção e atribuição;

b) igualdade de tratamento, avaliação e pontuação coerentes;

Todas as candidaturas poderão ser submetidas a avaliação por peritos externos, de acordo com

os três critérios de atribuição elencados na secção 9.2 infra.

A comissão de avaliação elaborará uma lista de projetos recomendados para financiamento e

uma lista de reserva, tendo em consideração não apenas a classificação resultante da avaliação

dos peritos, mas também o orçamento disponível e o equilíbrio geográfico entre os países

africanos.

Os quadros superiores da Agência tomarão a decisão final sobre quais os projetos que serão

propostos para financiamento.

9.2. Critérios de atribuição

As candidaturas elegíveis serão avaliadas pela comissão de avaliação com o apoio de peritos

externos com base nos seguintes critérios:

Critérios Pontuação

Máx.

1.Relevância 20 2. Qualidade: 70 a. Qualidade académica 15 b. Composição da parceria e mecanismos de cooperação 15 c. Organização e implementação da mobilidade 20 d. Serviços de apoio e acompanhamento de

estudantes/pessoal 10

e. Equilíbrio de género 10

3. Impacto e sustentabilidade 10 Total 100

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A fim de serem consideradas para financiamento, as propostas devem obter, no mínimo, 50

pontos de um total de 100.

9.2.1. Relevância (20 pontos)

Nos termos deste critério, os proponentes21 devem indicar a relevância da sua proposta

relativamente aos objetivos do programa. Devem ser descritos os objetivos gerais e

específicos do projeto, bem como os resultados previstos.

Tendo em conta os objetivos do programa e do projeto, os proponentes devem também

demonstrar/justificar:

i. de que forma a(s) disciplina(s) escolhida(s) contribuirão para os objetivos de promover

um crescimento inclusivo e um desenvolvimento sustentável em África;

ii. o caráter inovador do projeto e o seu valor acrescentado;

iii. a escolha dos países e/ou das regiões envolvidas, bem como a cobertura geográfica

equilibrada entre e nos países do programa.

9.2.2. Qualidade (70 pontos)

Nos termos deste critério, os proponentes têm de explicar as medidas adotadas para assegurar

a organização qualitativa e a implementação da mobilidade. Incidirá sobre a experiência da

parceria proposta para alcançar os objetivos, estratégias/procedimentos e atividades do

projeto, a fim de organizar e implementar a mobilidade, os serviços e instalações oferecidos

aos alunos inscritos, bem como a forma como a parceria pretende assegurar a participação

desses estudantes na execução do programa de mobilidade.

a) Qualidade académica (15 pontos)

Nos termos deste subcritério, os proponentes terão de apresentar uma lista indicativa de

programas de mestrado e doutoramento na(s) disciplina(s) escolhida(s) em consonância com

os domínios temáticos indicados no presente convite (consultar a secção 6.2.2). Devem

apresentar uma breve descrição de cada programa, demonstrar que são de elevada qualidade e

se encontram plenamente acreditados pelo órgão nacional relevante nos termos da legislação

nacional e ilustrar de que forma contribuem para resolver as necessidades identificadas no(s)

domínio(s) temático(s) conexo(s).

b) Composição da parceria e mecanismos de cooperação (15 pontos)

Nos termos deste subcritério, os proponentes têm de explicar os mecanismos de cooperação, a

participação dos parceiros no projeto, incluindo o parceiro técnico da UE e parceiros

associados (quando aplicável), e a complementaridade da sua experiência, com vista a

alcançar o objetivo do projeto. As propostas devem demonstrar em que medida são incluídas

instituições com uma experiência limitada em projetos de mobilidade internacional e devem

descrever de que forma estas serão integradas na execução do projeto, com vista a aumentar

as suas competências de mobilidade internacional.

21 Nos termos dos critérios de atribuição, «proponentes» refere-se a todos os membros de uma parceria que

submete uma proposta.

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-24-

c) Organização e implementação da mobilidade (20 pontos)

Nos termos deste subcritério, os proponentes devem concentrar-se na forma como a parceria

prevê planear e gerir a mobilidade dos estudantes e do pessoal, a fim de assegurar a sua

implementação eficiente e eficaz. Além do plano de mobilidade dos estudantes, devem ser

facultadas informações sobre as atividades específicas a realizar pelo pessoal durante a sua

mobilidade para o estrangeiro. Os proponentes devem igualmente ilustrar as medidas

específicas para atrair o número adequado de estudantes e pessoal de grupos desfavorecidos e

de Estados frágeis e em situação de conflito, a metodologia para assegurar um processo de

seleção imparcial e transparente, os mecanismos para garantir o reconhecimento do período

de estudo e das atividades do pessoal no estrangeiro, a estratégia de acompanhamento e

avaliação, etc.

d) Serviços de apoio e acompanhamento de estudantes/pessoal (10 pontos)

Nos termos deste subcritério, será prestada especial atenção aos serviços e instalações

oferecidos aos bolseiros selecionados, bem como à forma como a parceria pretende assegurar

a participação dos bolseiros na implementação do regime de mobilidade.

e) Equilíbrio de género (10 pontos)

Nos termos deste subcritério, os proponentes devem descrever a estratégia da parceria para

promover um equilíbrio de género na gestão da parceria e nos fluxos de mobilidade, com vista

a um envolvimento mais equitativo das mulheres. Concretamente, devem ilustrar que

iniciativas e medidas serão adotadas na promoção de oportunidades de bolsa de estudo e na

seleção dos candidatos, a fim de resolver os obstáculos existentes à consecução do equilíbrio

de género e de eliminar as lacunas em termos de participação das mulheres.

9.2.3. Impacto e sustentabilidade (10 pontos)

Este critério incide sobre as medidas adotadas pela parceria destinadas a assegurar a

divulgação e exploração adequadas dos resultados do projeto, bem como a garantir um

impacto positivo a nível individual, institucional e nacional/regional. A proposta deve

descrever igualmente a estratégia da parceria para assegurar a sustentabilidade financeira e

institucional das atividades e dos resultados do projeto após o período de financiamento.

10. COMPROMISSOS JURÍDICOS

Na eventualidade de uma subvenção atribuída pela Agência, será enviada ao proponente

principal uma convenção de subvenção para uma ação com vários beneficiários, elaborada em

euros e que especifica as condições e o nível de financiamento, bem como o procedimento

com vista a formalizar as obrigações das partes.

Devem ser assinados em primeiro lugar pelo proponente principal, em nome da parceria, dois

(2) exemplares da convenção original e devolvidos imediatamente à Agência. A Agência

assiná-los-á por último.

Note-se que a atribuição de uma subvenção não confere qualquer direito para os anos

seguintes.

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-25-

11. DISPOSIÇÕES FINANCEIRAS

11.1. Princípios gerais

a) Atribuição não cumulativa

Uma ação só pode receber uma subvenção do orçamento da UE.

Os mesmos custos não podem, em caso algum, ser financiados duas vezes pelo

orçamento da União. Para garantir que assim é, o proponente deve indicar no

formulário de candidatura outras fontes de financiamento da União e respetivos

montantes de que beneficie ou tenha solicitado durante o mesmo exercício para a

mesma ação, ou uma parte da mesma, ou ainda para a sua execução, bem como

qualquer montante de que beneficie ou tenha solicitado para efeitos da referida ação.

b) Não retroatividade

Não é permitida uma subvenção retroativa para ações já concluídas.

A subvenção de ações já iniciadas só pode ser aceite nos casos em que o proponente

consiga justificar a necessidade do arranque da ação antes da assinatura da convenção.

Nestes casos, as despesas elegíveis para financiamento não podem ser anteriores à data

de apresentação do pedido de subvenção.

c) Cofinanciamento

Nos termos do artigo 190.º, n.º 3 do Regulamento Financeiro, a taxa máxima possível

de cofinanciamento para subvenções ao abrigo do presente convite é de 100 %. O

financiamento completo é efetivamente essencial para que a ação seja realizada, uma

vez que o cofinanciamento paralelo por parte dos parceiros não está previsto no

momento da assinatura da convenção de subvenção, mas possivelmente durante a

execução das atividades.

d) Equilíbrio do orçamento

O orçamento previsional da ação deve ser anexado ao formulário de candidatura.

O orçamento deve ser elaborado em euros.

e) Contratos de execução/subcontratação

Sempre que a execução da ação exija a adjudicação de um contrato (contrato de

execução), o beneficiário deve adjudicar o contrato à proposta que apresentar a melhor

relação qualidade/preço ou o preço menos elevado (conforme adequado), evitando

quaisquer conflitos de interesses e conservando a documentação pertinente para o caso

de ser realizada uma auditoria.

As entidades que atuem na qualidade de autoridades adjudicantes na aceção da

Diretiva 2014/24/UE22 ou entidades adjudicantes na aceção da Diretiva 2014/25/UE23

devem respeitar a legislação nacional aplicável em matéria de contratos públicos.

22 Diretiva 2014/24/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, relativa aos contratos

públicos e que revoga a Diretiva 2004/18/CE. 23 Diretiva 2014/25/UE do Parlamento Europeu e do Conselho (que revoga a Diretiva 2004/17/CE) relativa aos

contratos públicos celebrados pelas entidades que operam nos setores da água, da energia, dos transportes e dos

serviços postais: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX:32014L0025

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f) Apoio financeiro a terceiros

As candidaturas podem prever a prestação de apoio financeiro a terceiros conforme

especificado na secção 6.1.3 do presente convite.

A lista dos tipos de atividades relativamente às quais terceiros podem receber apoio financeiro

encontra-se especificada na secção 6.2.4 do presente convite.

A definição das pessoas ou categorias de pessoas que podem receber apoio financeiro

encontra-se especificada na secção 6.1.3 do presente convite.

Os critérios de atribuição de apoio financeiro são descritos nas secções 6.2.3 e 6.2.4 do

presente convite.

O montante máximo a ser concedido a cada terceiro e os critérios para a sua determinação são

referidos na secção 11.2 do presente convite.

O montante de apoio financeiro a conceder a terceiros não pode exceder os 60 000 euros.

11.2. Formas de financiamento

A subvenção da UE tem por base a aplicação de um montante fixo para a organização da

mobilidade e custos unitários para a implementação da mobilidade, como descrito infra.

11.2.1. Cálculo da subvenção

A grelha para o cálculo da subvenção consta de um anexo ao formulário de candidatura

(anexo 2). A subvenção é calculada utilizando custos unitários e um montante fixo. A soma

corresponde ao pedido máximo potencial de subvenção, após terem sido aplicadas as regras

que regem o montante máximo de financiamento e outras condições.

a) Custos relacionados com a organização da mobilidade

A parte da subvenção concedida para cobrir os custos incorridos pelas IES para a organização

da mobilidade será calculada com base num montante fixo. Para todo o período de vigência

do projeto, o montante fixo será equivalente a 20 000 euros multiplicados pelo número de IES

parceiras (incluindo o proponente principal e o parceiro técnico da UE).

Uma vez que a composição máxima da parceria é de sete IES (incluindo o proponente

principal e o parceiro técnico da UE), o montante máximo possível a ser concedido para a

organização da mobilidade é de 140 000 euros.

Em particular, a contribuição fixa ajudará a cobrir os custos da gestão da parceria, tais como

os custos da organização e participação em reuniões/eventos relacionados com a parceria (por

exemplo, reuniões de gestão e de coordenação, reuniões da comissão de seleção, reunião de

encerramento), as despesas de deslocação e com a estadia para participação em reuniões

organizadas pela Agência, os custos com a promoção de oportunidades de bolsa e a

divulgação dos resultados e realizações dos projetos (criação de um sítio Web, material

promocional, etc.), os custos com as ferramentas existentes para a seleção dos bolseiros e para

a garantia de qualidade, com o apoio administrativo nas instituições parceiras, com as taxas de

transferências bancárias, etc.

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b) Custos relacionados com a implementação da mobilidade

O apoio da UE para a implementação da mobilidade individual de estudantes e pessoal

contribuirá para cobrir as ajudas de custo, os encargos com seguro, as despesas de deslocação

e com vistos e, se for caso disso, as despesas de participação e investigação para os estudantes

em mobilidade. O montante da subvenção concedido para cobrir estes custos será gerido pela

parceria e é calculado com base nos custos unitários por estudante/pessoal conforme

especificado a seguir:

i. Ajudas de custo

As parcerias selecionadas devem pagar uma ajuda de custo mensal24 aos bolseiros

selecionados, na íntegra e regularmente, correspondendo ao montante especificado no quadro

infra (p. 30).

Além disso, deve ser previsto um subsídio de instalação para os mestrandos e os

doutorandos (mas não para o pessoal) ao longo de qualquer duração da mobilidade e o mesmo

consistirá num mês extra da ajuda de custo que deve ser pago aquando da chegada.

O pagamento das ajudas de custo não pode ser usado pela parceria como um mecanismo de

«condicionalidade», por exemplo, para melhorar o desempenho ou garantir a

presença/participação.

ii. Subsídios para bolseiras

Para uma mobilidade igual ou superior a dois anos académicos25, a parceria deve pagar

um subsídio extra correspondente ao montante da ajuda de custo mensal (ver quadro infra,

p. 30) às mestrandas e doutorandas, por cada ano académico que estejam em mobilidade26.

Este subsídio extra destina-se a facilitar o seu acesso a períodos mais longos de estudo no

estrangeiro, por exemplo, para cobrir custos relacionados com as suas obrigações familiares.

iii. Custos de participação

A parceria selecionada deve cobrir na totalidade os custos de participação incorridos por todos

os estudantes/pessoal, independentemente da duração da mobilidade. Os custos de

participação devem cobrir as propinas e/ou as taxas de matrícula, material didático

suplementar, quotas de associações de estudantes, autorização de residência, custos de cursos

de línguas, entre outros.

Para os fluxos de mobilidade de estudantes iguais ou superiores a dez meses, será concedido

um custo unitário (consultar quadro infra, p. 30) à parceria por cada ano académico de

mobilidade,27 a fim de cobrir os custos de participação supracitados. Em relação a esses

24 A duração em meses deve ser calculada de acordo com a seguinte fórmula: Duração em dias/30. O resultado

deve ser arredondado para o número inteiro mais próximo. 25 Os estudantes devem ter cumprido todas as obrigações académicas correspondentes a dois anos académicos e

realizado um período em mobilidade com uma duração mínima de 20 meses. 26 Por exemplo, uma doutoranda que tenha cumprido todas as obrigações académicas correspondentes a quatro

anos académicos e realizado um período em mobilidade com uma duração mínima de 40 meses tem direito a

receber quatro vezes o subsídio extra. 27 Por exemplo, em relação a um doutorando que tenha cumprido todas as obrigações académicas

correspondentes a quatro anos académicos e realizado um período em mobilidade com uma duração mínima de

40 meses, a parceria tem direito a receber quatro vezes o custo unitário para «Participação». No caso de

cancelamento, desistência ou outras situações especiais que tenham lugar durante o período de execução dos

projetos, a elegibilidade das despesas será avaliada pela Agência com base nos documentos comprovativos de

justificação de custos.

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fluxos de mobilidade, não devem ser cobradas aos estudantes quaisquer taxas pela sua

instituição de ensino superior de origem.

O montante total desta rubrica orçamental é gerido pela parceria como uma reserva de fundos

e a sua distribuição deve ser decidida com base no custo efetivo da participação de cada um

dos estudantes selecionados.

Não são concedidos custos de participação para mobilidade inferior a dez meses. As

instituições de ensino superior participantes devem aplicar uma política de dispensa de taxa à

mobilidade inferior a dez meses. Os estudantes continuarão a pagar as suas propinas e/ou

taxas de matrícula na sua instituição de ensino superior de origem.

iv. Custos de investigação

Os custos de investigação destinam-se a contribuir para as atividades de investigação dos

mestrandos e doutorandos e devem ser utilizados pela parceria para cobrir os custos

incorridos a este respeito, tais como despesas com consumíveis de laboratório, custos de

investigação de campo, taxas de inscrição em plataformas de investigação em linha ou meios

de comunicação social, etc.

Para os fluxos de mobilidade de estudantes iguais ou superiores a dez meses, será

concedido um custo unitário (consultar quadro infra, p. 30) à parceria por cada ano

académico de mobilidade28, a fim de cobrir os custos de investigação supracitados dos

estudantes externos.

A rubrica orçamental destinada aos custos de investigação deve ser solicitada por ano

académico por ocasião da candidatura. O montante total desta rubrica orçamental deve ser

considerado como uma reserva de fundos para investigação em cada projeto selecionado e é

gerido pela parceria. Por conseguinte, a distribuição dos fundos desta reserva deve ser

decidida pelos parceiros com base nas necessidades reais de investigação dos estudantes

selecionados. Às parcerias selecionadas será pedido que elaborem um relatório sobre o custo

unitário desta rubrica por estudante.

v. Custos de seguro

As parcerias selecionadas devem subscrever uma cobertura de seguro completa (saúde,

viagem, acidentes) para todos os bolseiros, de acordo com as exigências mínimas em matéria

de seguro29.

A fim de cobrir as despesas de seguro, será concedido à parceria um custo unitário de

75 euros por mês para cada estudante e membro do pessoal que participe nas atividades de

mobilidade, a qual irá gerir esta rubrica orçamental como uma reserva de fundos para

assegurar a cobertura de seguro completa de todos os bolseiros.

vi. Custos de deslocação e com vistos

As parcerias selecionadas devem cobrir os custos de deslocação e com vistos incorridos pelos

estudantes e pessoal que participam na mobilidade.

28 Aplica-se o mesmo princípio da nota de rodapé n.º 25. 29 Consultar anexo X do modelo de Convenção de Subvenção (ou seja, anexo 2 das orientações do presente

concurso), Exigências mínimas em matéria de seguro para o Programa de mobilidade académica Intra-África.

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A fim de cobrir os custos de deslocação e com vistos dos estudantes e pessoal que participam

na mobilidade, será concedido à parceria um custo unitário para todos os bolseiros em

mobilidade30, com base na distância direta/linear31 (em linha reta) entre:

Em relação ao grupo-alvo 1, num lado a localização da instituição de ensino superior

de origem e do outro lado as instalações da instituição de ensino superior de

acolhimento;

Em relação ao grupo-alvo 2, num lado o local de residência do estudante e do outro

lado as instalações da instituição de ensino superior de acolhimento;

Com base nas faixas de distância apresentadas a seguir e nos custos unitários correspondentes,

as parcerias selecionadas cobrirão os custos de deslocação e com vistos dos estudantes e

pessoal que participam nos fluxos de mobilidade individual:

Distância (km) Custo unitário (EUR)

< 500 275

500 – 1000 550

> 1 000 – 1500 825

> 1 500 – 2500 1 100

> 2 500 – 5000 1650

> 5000 – 10 000 2200

Para cada mestrando e doutorando selecionado cuja mobilidade seja igual ou superior a dois

anos académicos32, a parceria terá direito a receber dois custos unitários para deslocação e

visto.

Em relação a qualquer outra duração/tipo de mobilidade, a parceria terá direito a receber um

custo unitário por deslocação e visto.

O montante total desta rubrica orçamental deve ser considerado uma reserva para custos de

deslocação e com vistos e é gerido pela parceria para cobrir os custos conexos para cada

bolseiro.

30 Em termos de documentação de apoio que comprove a duração da mobilidade, a parceria deve conservar os

documentos de deslocação relevantes para a viagem de ida e de volta. Esses comprovativos podem ser bilhetes

de avião/comboio, cartões de embarque, etc. 31 Para calcular a distância consultar: https://ec.europa.eu/programmes/erasmus-plus/resources/distance-

calculator_pt 32 Os estudantes devem ter cumprido todas as obrigações académicas correspondentes a dois anos académicos e

realizado um período em mobilidade com uma duração mínima de 20 meses. No caso de cancelamento,

desistência ou outras situações especiais que tenham lugar durante o período de execução dos projetos, a

elegibilidade das despesas será avaliada pela Agência com base nos documentos comprovativos de justificação

de custos.

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Quadro de síntese

O quadro infra sintetiza os custos unitários por tipo de mobilidade e o modo como são

geridos:

Tipo de

mobilidade

Ajudas de

custo33

(por mês)

Subsídios para

bolseiras (por ano

académico apenas

para mobilidade

igual ou superior a

dois anos

académicos)

Custos de

participação (por

ano académico

apenas para

mobilidade igual

ou superior a dez

meses)

Custos de

investigação

(por ano

académico

apenas para

mobilidade

igual ou

superior a dez

meses)

Custos de

seguro

(por mês)

Custos de

deslocação e

com vistos

Mestrado 600 € 600 € 3500 € 600 € 75 €

De acordo

com as faixas

de

deslocação

Doutoram

entos 900 € 900 € 4000 € 2000 € 75 €

Pessoal 1200 € - - - 75 €

Deve ser pago na

íntegra ao bolseiro

Deve ser pago na íntegra

ao bolseiro

A ser gerido pela

parceria

A ser gerido pela

parceria

A ser gerido pela

parceria

A ser gerido pela

parceria

Quando todos os custos da mobilidade relativos a viagens, vistos, seguro, custos de

investigação e de participação estiverem cobertos, em conformidade com os requisitos deste

convite, quaisquer montantes remanescentes das unidades de custos correspondentes podem

ser usados pela parceria em benefício do projeto.

11.2.2. Cálculo do pagamento final

O montante final da subvenção é determinado após a conclusão do projeto, mediante:

- verificação da execução das atividades e/ou da produção dos resultados planeados na

candidatura;

- aprovação do relatório final que faculta pormenores sobre a implementação e os

resultados da ação;

Após a análise pela Agência do relatório final, na eventualidade de uma não execução ou de

uma execução claramente desadequada de uma atividade planeada na candidatura anexada à

decisão de subvenção ou na eventualidade de uma execução deficiente, tardia ou parcial do

projeto, a Agência reduzirá a subvenção inicialmente prevista, de acordo com os termos

estabelecidos na convenção de subvenção e o beneficiário poderá ser obrigado a reembolsar

quaisquer montantes em excesso pagos pela Agência na forma de pré-financiamento.

11.3. Modalidades de pagamento

Um primeiro pagamento de pré-financiamento correspondente a 30 % do montante

da subvenção será transferido para o beneficiário no prazo de 30 dias a contar da data

na qual a última das duas partes assina a convenção, contanto que todas as garantias

pedidas tenham sido recebidas.

33 O subsídio de instalação corresponde a um mês extra de ajudas de custo e deve ser pago apenas aos estudantes.

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Um segundo pagamento de pré-financiamento de 50 % do montante da subvenção

será efetuado no prazo de 60 dias a contar da data em que a Agência recebe um pedido

de pagamento. O pedido do segundo pagamento de pré-financiamento não pode ser

apresentado antes do envio do segundo relatório de progresso. Este segundo

pagamento de pré-financiamento será efetuado na íntegra se pelo menos 70 % do

pagamento de pré-financiamento precedente tiver sido utilizado. Se a utilização do

pré-financiamento precedente for inferior a 70 %, é deduzida ao novo pagamento de

pré-financiamento a parte não utilizada do pagamento precedente.

Um terceiro pagamento de pré-financiamento de 20 % da subvenção máxima será

efetuado no prazo de 60 dias a contar da data em que a Agência recebe um pedido de

pagamento. O pedido do terceiro pagamento de pré-financiamento não pode ser

apresentado antes do envio do terceiro relatório de progresso. Este terceiro pagamento

de pré-financiamento será efetuado na íntegra se pelo menos 70 % do pagamento de

pré-financiamento precedente tiver sido utilizado. Se a utilização do pré-

financiamento precedente for inferior a 70 %, é deduzida ao novo pagamento de pré-

financiamento a parte não utilizada dos montantes dos pré-financiamentos

precedentes.

A conta ou subconta indicada pelo proponente no formulário de candidatura34deve ser

em EUR, USD ou uma moeda local ligada ao EUR ou ao USD e deve possibilitar a

identificação dos fundos transferidos pela Agência. A Agência só aceitará exceções nos

casos em que a legislação do país não o permita.

A Agência determinará o montante do pagamento final a ser efetuado ao beneficiário com

base no cálculo do montante da subvenção final (consultar secção 11.2.2 supra). Se o total dos

pagamentos precedentes for superior ao montante da subvenção final, o beneficiário terá de

reembolsar o montante pago em excesso pela Comissão através de uma injunção de

recuperação.

11.4. Garantia de pré-financiamento

A Agência poderá pedir a qualquer organização a quem tenha sido atribuída uma subvenção

que apresente uma garantia, a fim de limitar os riscos financeiros associados a cada

pagamento de pré-financiamento.

Esta garantia deve ter por efeito tornar o banco ou instituição financeira, o terceiro ou os

outros beneficiários em causa, garantes solidários e irrevogáveis ou garantes face ao primeiro

pedido em relação às obrigações do beneficiário da subvenção.

Esta garantia financeira, em euros, deve ser prestada por um banco ou instituição financeira

aprovado estabelecido num dos países africanos que o gestor orçamental responsável

considere oferecer segurança e características equivalentes às oferecidas por um banco ou

instituição financeira estabelecido num Estado-Membro da UE ou diretamente num Estado-

Membro da UE. Os montantes bloqueados em contas bancárias não serão aceites como

garantias financeiras.

A garantia poderá ser substituída por garantias solidárias de um terceiro ou por uma garantia

conjunta de beneficiários de uma ação que sejam partes da mesma convenção de subvenção.

34 O Formulário Identificação Financeira consta do anexo 7 do formulário de candidatura (ou seja, anexo 1 do presente

convite) e pode ser obtido no seguinte sítio Web: https://ec.europa.eu/info/publications/financial-identification_en.

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A garantia pode ser liberada em paralelo com os apuramentos do pré-financiamento mediante

determinação do pagamento final, nas condições definidas na convenção de financiamento.

12. PUBLICIDADE

12.1. Pelos beneficiários

Os beneficiários devem reconhecer claramente a contribuição da União Europeia em todas as

publicações, ou em conjunto com atividades para as quais a subvenção é utilizada, bem como

a parceria da União Africana.

A este respeito, os beneficiários devem dar destaque ao nome e emblema da Comissão

Europeia e da União Africana em todas as suas publicações, cartazes, programas e outros

produtos realizados ao abrigo do projeto cofinanciado.

Caso estas disposições não sejam cabalmente cumpridas, a subvenção do beneficiário poderá

ser objeto de redução nos termos do disposto na convenção de subvenção.

Para o fazer, o beneficiário deve utilizar o texto, o emblema, a exoneração de

responsabilidade e seguir as instruções disponibilizados no seguinte sítio Web: https://eacea.ec.europa.eu/about-eacea/visual-identity_en e em

https://eacea.ec.europa.eu/intra-africa/beneficiaries-space_en.

12.2. Pela Agência e/ou a Comissão

Com a exceção das bolsas pagas a pessoas singulares e outro apoio direto pago a pessoas

singulares mais necessitadas, todas as informações relacionadas com as subvenções

concedidas ao longo de um exercício financeiro devem ser publicadas no sítio Web das

instituições da União Europeia até 30 de junho do ano seguinte ao exercício financeiro no

qual as subvenções foram atribuídas.

A Agência e/ou a Comissão publicarão as seguintes informações:

nome do beneficiário,

localidade do beneficiário: morada do beneficiário quando se trate de uma pessoa

coletiva, região quando o beneficiário seja uma pessoa singular, conforme definida no

nível NUTS 235 se estiver domiciliado na UE ou equivalente se domiciliado fora da

UE,

o montante concedido,

a natureza e o objeto da subvenção.

Mediante pedido fundamentado e devidamente justificado apresentado pelo beneficiário, a

publicação não é exigida se essa divulgação ameaçar comprometer os direitos e as liberdades

das pessoas em causa, conforme consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da União

Europeia, ou prejudicar os interesses comerciais dos beneficiários.

35 Jornal Oficial da União Europeia, L 39, de 10 de fevereiro de 2007.

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13. TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS

A resposta a qualquer convite à apresentação de propostas implica o registo e tratamento de

dados pessoais (tais como o nome, a morada e o currículo). Esses dados serão tratados em

conformidade com o Regulamento (UE) 2018/1725 do Parlamento Europeu e do Conselho, de

23 de outubro de 2018, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao

tratamento de dados pessoais pelas instituições e pelos órgãos e organismos da União e à livre

circulação desses dados, e que revoga o Regulamento (CE) n.º 45/2001 e a Decisão

n.º 1247/2002/CE. 36

Salvo indicação em contrário, as respostas e quaisquer dados pessoais do proponente

necessários à avaliação da candidatura, em conformidade com o convite à apresentação de

propostas, serão tratados exclusivamente para essa finalidade pela Agência (entidade que atua

como responsável pelo tratamento dos dados).

Os dados pessoais poderão ser registados no sistema de deteção precoce e de exclusão pela

Comissão Europeia, no caso de o beneficiário se encontrar numa das situações descritas nos

artigos 136.º e 141.º do Regulamento (UE, Euratom) 2018/1046. Para mais informações,

consultar a Declaração de Privacidade em: https://eacea.ec.europa.eu/sites/eacea-

site/files/privacy_statement-eacea_grants.pdf

14. PROCEDIMENTO PARA A APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS

14.1. Publicação

O convite à apresentação de propostas está publicado no Jornal Oficial da União Europeia e

no sítio Web da Agência no seguinte endereço: https://eacea.ec.europa.eu/intra-

africa/beneficiaries-space/intra-africa-academic-mobility-scheme-2019_en.

O convite também se encontra publicado no sítio Web da União Africana (www.au.int).

14.2. Registo no Portal do Participante

Antes de enviar uma candidatura eletrónica, os proponentes e todos os parceiros (incluindo o

parceiro técnico da UE e os parceiros associados) terão de se certificar de que a sua

organização está registada no Portal do Participante nos domínios da Educação, Audiovisual,

Cultura, Cidadania e Voluntariado e dispõe de um Código de Identificação do Participante

(CIP). O CIP será pedido no formulário de candidatura.

O portal do participante é o instrumento através do qual serão geridas todas as informações

jurídicas e financeiras relacionadas com organizações. As informações sobre como proceder

ao registo podem ser consultadas no portal, no seguinte endereço eletrónico:

http://ec.europa.eu/education/participants/portal/desktop/en/organisations/register.html

Esta ferramenta permite também aos proponentes proceder ao carregamento de diferentes

documentos relacionados com a sua organização. Estes documentos devem ser carregados

36 JO L 295 de 21.11.2018, p. 39-98, data da entrada em vigor 11.12.2018.

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uma vez, e não serão solicitados de novo para candidaturas subsequentes da mesma

organização.

No Portal do Participante encontram-se disponíveis orientações e perguntas frequentes.

14.3. Apresentação da candidatura a subvenção

As propostas devem ser apresentadas em conformidade com os requisitos de admissibilidade

definidos na secção 5 e dentro do prazo estabelecido na secção 3 do presente convite.

As candidaturas devem ser enviadas em linha, utilizando o formulário eletrónico de

candidatura (referido a seguir como o «formulário eletrónico»), devidamente preenchido e

acompanhado dos respetivos anexos. Este formulário de candidatura e os respetivos anexos

devem ser devidamente preenchidos na totalidade.

O formulário eletrónico especificamente criado para o presente convite à apresentação de

propostas e os modelos dos anexos obrigatórios estão disponíveis em

https://eacea.ec.europa.eu/intra-africa/beneficiaries-space/intra-africa-academic-mobility-scheme-

2019_en.

Tenha em atenção que apenas serão consideradas as candidaturas datilografadas.

As candidaturas devem ser apresentadas, o mais tardar, até às 12h00 (meio-dia, hora de

Bruxelas) de 12 de junho de 2019. Após esta hora, o sistema de candidatura em linha será

encerrado e deixará de ser possível enviar o formulário eletrónico e respetivos anexos em

linha.

Tenha em atenção que apenas o envio em linha do formulário eletrónico e respetivos

anexos será considerado uma candidatura formal válida.

O formulário eletrónico deve ser descarregado no sítio Web da Agência e guardado no disco

local. Deve ser preenchido e enviado em linha com os anexos obrigatórios antes do prazo de

envio oficial. Leia cuidadosamente as instruções sobre como se candidatar com o formulário

eletrónico e os requisitos informáticos mínimos antes de começar a descarregar o formulário

eletrónico.

Não serão permitidas modificações à candidatura uma vez expirado o prazo para a sua

apresentação, dado que o sistema em linha será encerrado. No entanto, caso exista

necessidade de clarificar determinados aspetos ou para a correção de erros de escrita, a

Agência pode entrar em contacto com o proponente para esse efeito durante o processo de

avaliação.

Além disso, os proponentes devem também enviar por correio eletrónico uma cópia eletrónica

da candidatura enviada (formulário eletrónico e anexos em PDF), indicando claramente o

número de registo do projeto recebido aquando do envio do formulário eletrónico, para o

seguinte endereço eletrónico: [email protected].

Não serão aceites candidaturas enviadas exclusivamente por correio eletrónico.

Caso uma candidatura seja considerada não elegível, será enviada ao candidato uma carta com

a indicação dos motivos.

Os candidatos serão todos informados por escrito dos resultados do processo de seleção. A

carta de notificação será enviada por correio eletrónico e por carta registada, quando

necessário.

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14.4. Regras aplicáveis

Regulamento (UE, Euratom) 2018/1046 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de

julho de 2018, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao orçamento geral da União, que

altera os Regulamentos (UE) n.º 1296/2013, (UE) n.º 1301/2013, (UE) n.º 1303/2013, UE n.º

1304/2013, (UE) n.º 1309/2013, (UE) n.º 1316/2013, (UE) n.º 223/2014 e (UE) n.º /2014, e a

Decisão n.º 541/2014/UE, e revoga o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012

PE/13/2018/REV/1 (JO L 193 de 30.7.2018, p. 1–222).

Decisão de execução da Comissão C(2018) 7378, de 30 de outubro de 2018, relativa ao

Programa de Ação Anual de 2018 para o Programa Pan-Africano a financiar a partir do

orçamento geral da União Europeia.

14.5. Contactos

Em caso de dúvida, contactar: [email protected].

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Anexos:

Anexo 1 – Processo de candidatura: formulário eletrónico (versão estática) e

respetivos anexos (modelos)

Anexo 2 – Modelo da Convenção de Subvenção

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GLOSSÁRIO

Acordo de Aprendizagem (para estudantes) – um acordo a ser aprovado pelo estudante e

pelas instituições de ensino de origem e de acolhimento, que estabelece o programa de

estudos/atividades de investigação a seguir. O Acordo de Aprendizagem põe a tónica na

preparação minuciosa da mobilidade, nomeadamente todas as componentes

pedagógicas/resultados de aprendizagem para o futuro reconhecimento, bem como a

competência linguística necessária do estudante/investigador.

Acordo de Mobilidade (para o pessoal) – um acordo que fixa o programa de

ensino/formação a ser seguido e que é aprovado pelo membro do pessoal e as instituições de

origem e de acolhimento. O Acordo de Mobilidade define as componentes do período de

ensino ou formação no estrangeiro e realça a responsabilidade mútua pela qualidade da

mobilidade tanto da instituição de origem quanto da instituição de acolhimento.

Acordo do Estudante – um acordo assinado pela parceria e pelo estudante que participa na

mobilidade, que indica explicitamente quaisquer modalidades académicas, financeiras e

administrativas relacionadas com os deveres e direitos do estudante.

Convenção de Subvenção – se a proposta for selecionada, a Agência emitirá uma Convenção

de Subvenção, elaborada em euros e que especifica as condições (Condições especiais e

gerais) e a contribuição financeira. A Convenção de Subvenção cobrirá a contribuição

financeira da organização para o programa de mobilidade, bem como as bolsas de estudo

individuais atribuídas aos estudantes e pessoal. Esta Convenção de Subvenção será assinada

entre a Agência e o Beneficiário e terá uma vigência de 60 meses.

Custo unitário – uma contribuição fixa que é multiplicada pelo número específico de

unidades para cobrir os custos associados à execução de uma atividade ou tarefa específica.

No quadro do presente convite à apresentação de propostas, os custos unitários identificados

para subsídio de instalação, ajudas de custo, subsídios suplementares para bolseiras, custos de

participação e investigação, custos de seguro e custos de deslocação são montantes fixos por

bolseiro (e por mês ou ano académico, se for o caso).

Para efeitos de calcular os custos unitários por ano académico de mobilidade, os estudantes

devem ser considerados como tendo concluído um ano académico se tiverem cumprido todas

as obrigações académicas correspondentes a um ano académico e realizado um período de

mobilidade com uma duração mínima de dez meses; dois anos académicos se estiverem

cumpridas as obrigações académicas correspondentes e o período de mobilidade tiver uma

duração mínima de vinte meses; três anos académicos se estiverem cumpridas as obrigações

académicas correspondentes e o período de mobilidade tiver uma duração mínima de trinta

meses; quatro anos académicos se estiverem cumpridas as obrigações académicas

correspondentes e o período de mobilidade tiver uma duração mínima de quarenta meses.

Doutoramento (Classificação Internacional Tipo da Educação (CITE 2011), nível 8-

Doutoramento ou equivalente) – curso de ensino superior relacionado com a investigação

subsequente à obtenção de um diploma de ensino superior e conducente a um grau de doutor

plenamente reconhecido proposto pelas instituições de ensino superior.

Doutoramento sanduíche – um programa em que o doutorando realiza a sua investigação e

estudos alternadamente na sua instituição de origem/acolhimento, seguindo um calendário

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definido previamente e sob supervisão conjunta. O grau de doutor é obtido na instituição de

ensino superior de origem.

Memorando de Entendimento – um documento que descreve todos os acordos alcançados

entre os parceiros no que diz respeito a todos os aspetos relacionados com a gestão de

parcerias e a organização da mobilidade. Descreve a função e a responsabilidade dos

parceiros na organização das atividades de mobilidade, o procedimento e os critérios para a

seleção de candidatos, assim como as medidas previstas para abordar domínios essenciais da

implementação, como o reconhecimento, a garantia da qualidade, o impacto e a

sustentabilidade. Devem igualmente incluir disposições específicas em termos de gestão

financeira da subvenção.

Mestrado (Classificação Internacional Tipo da Educação (CITE 2011), nível 7- Mestre ou

equivalente) – curso de ensino superior do segundo ciclo subsequente à obtenção de um

primeiro diploma ou nível de formação conducente a um grau de mestre proposto por uma

instituição de ensino superior e reconhecido como tal pelas autoridades do país onde o grau de

mestre é realizado.

Mobilidade com vista à obtenção de créditos – mobilidade de curto prazo conducente ao

reconhecimento por parte da universidade de origem do período de estudo realizado na

universidade de acolhimento: ou seja, as componentes pedagógicas adquiridas no estrangeiro

são reconhecidas aquando do regresso como parte integrante do programa do curso académico

na instituição de origem (os créditos atribuídos pela instituição de acolhimento são

reconhecidos e transcritos pela instituição de origem ou a instituição de origem reconhece os

resultados de aprendizagem alcançados pelo estudantes como compatíveis para a atribuição

do grau académico na instituição de origem).

Mobilidade com vista à obtenção de um grau académico – mobilidade para um curso

completo de um programa académico, conducente à atribuição de um grau académico pela

universidade de acolhimento, após a conclusão com aproveitamento do período de estudo.

Montantes fixos – custos para uma atividade calculados com base num montante

previamente determinado. A subvenção é paga se os termos da convenção definidos

previamente sobre as atividades e/ou realizações estiverem concluídos. No quadro do presente

convite à apresentação de propostas, a contribuição fixa (20 000 euros por membro da

parceria – apenas proponente principal e coproponentes) deve cobrir os custos de gestão

associados à organização da mobilidade (organização de reuniões da parceria, participação em

reuniões organizadas pela Agência, atividades promocionais, contratação de pessoal, etc.).

Subvenção – contribuição financeira da UE para cobrir os custos relacionados com a

organização da mobilidade e as bolsas de estudo individuais para estudantes e pessoal.

Suplemento ao Diploma – o modelo de Suplemento ao Diploma foi desenvolvido pela

Comissão Europeia, pelo Conselho da Europa e pela UNESCO/CEPES. O suplemento tem

como propósito fornecer dados independentes suficientes para melhorar a «transparência»

internacional e o reconhecimento justo das qualificações académicas e profissionais

(diplomas, graus académicos, certificados, etc.). Foi concebido para descrever a natureza, o

nível, o contexto, o conteúdo e o estatuto dos estudos efetuados e concluídos com

aproveitamento pela pessoa indicada na qualificação original à qual o suplemento é apenso.

Deve estar isento de quaisquer juízos de valor, declarações de equivalência ou sugestões sobre

o reconhecimento (http://ec.europa.eu/education/lifelong-learning-policy/doc1239_en.htm).

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Transcrição de registos – lista das unidades do curso ou módulos escolhidos, dos exames

aprovados e dos créditos obtidos pelo estudante na universidade de acolhimento. Este

documento, juntamente com o acordo de aprendizagem, assegura o reconhecimento do

período de estudos no estrangeiro por parte da instituição de origem.