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COLÉGIO ESTADUAL MARQUÊS DE HERVAL ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO UNIFLOR 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - E FUND MÉDIO · O Projeto Político Pedagógico não apenas formula objetivos e metas e promove a participa- ção da comunidade educativa, mas também

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COLÉGIO ESTADUAL MARQUÊS DE HERVALENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

UNIFLOR2010

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INDICE

1. APRESENTAÇÃO......................................................................................... 03

2. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 04

2.1. Identificação........................................................................................ 05

2.2. Aspectos Históricos............................................................................. 06

2.3. Organização do Espaço Físico............................................................ 09

2.4. Oferta de Cursos e Modalidades......................................................... 09

2.5. Recursos Humanos.............................................................................. 09

3. OBJETIVOS................................................................................................... 10

4. MARCO SITUACIONAL.............................................................................. 11

5. MARCO CONCEITUAL............................................................................... 15

6. MARCO OPERACIONAL............................................................................. 19

6.1. Função Especifica dos Segmentos da Comunidade Escolar............... 21

6.2. O Papel da Instâncias Colegiadas........................................................ 22

6.3. Recursos que a Escola dispõe para realizar seu projeto...................... 23

6.4. Critérios para a Elaboração do Calendário Escolar............................. 23

6.5. Critérios para a Organização e Utilização dos Espaços Educativos... 23

6.6. Organização de Turmas e distribuição por professor.......................... 24

6.7. Organização da Formação Continuada............................................... 24

7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.......................... 25

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 26

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1- PRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico, surgiu da necessidade de mudanças na educação, para atender as determinações da Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e dar mais auto-nomia às escolas. Como prevê a Lei, sua elaboração conta com a participação de todos os profissio-nais da educação e comunidade escolar. Este documento tem por finalidade delinear o trabalho pedagógico a ser desenvolvido neste estabelecimento de ensino, visando formar cidadãos críticos, capazes de interagir em sociedade para o exercício pleno da cidadania, garantir o acesso ao conhecimento para que possam conquistar seu espaço no mercado de trabalho com dignidade e respeito mútuo. O projeto é considerado político no sentido de comprometer-se com a formação do cidadão e pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola através de ações educati-vas que a possibilite cumprir seus propósitos e intencionalidade. Sua construção se deu através de trabalho coletivo pautado na reflexão da escola que se tem e da escola que se quer formar, a fim de buscar meios de solucionar as deficiências do processo ensi-no-aprendizagem, oferecendo estímulo ao aluno para sua permanência na escola, ressaltando a im-portância da relação entre a teoria e a prática, para que o conhecimento possa adquirir significado para o aluno, permitindo que o mesmo seja aplicado às experiências do seu cotidiano.

“COMEÇAR, JÁ É A METADE DE TODA A AÇÃO.”(PROVÉRBIO GREGO)

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2- INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico não apenas formula objetivos e metas e promove a participa-ção da comunidade educativa, mas também é todo processo de organização do trabalho pedagógico da Escola, baseando-se na reflexão e no questionamento sobre o conhecimento de suas práticas. Si-gnifica enfrentar os desafios para promover mudanças e transformações.

Por acreditarmos que o Projeto Político Pedagógico compreende um instrumento de trans-formação na medida em que expressa o compromisso do grupo com a função social da Escola, te-mos como objetivo elaborar uma Proposta Pedagógica que caminhe para a preparação e a formação do cidadão, inserido numa sociedade que se deseja mais justa e humana.

Nesse sentido o Projeto Político Pedagógico sintetiza o processo de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade propor-cionando a vivência democrática necessária para a participação de todos os membros da comunida-de escolar e o exercício da cidadania.

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2.1- IDENTIFICAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL MARQUÊS DE HERVAL

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Orquídea, n° 875

UNIFLOR – PARANÁ

CEP 87.640-000

Fone /Fax: (44) 3270 1155

E-mail : [email protected]

ENTIDADE MANTENEDORA – Governo do Estado do Paraná

DIRETOR – Ricardo Cassiano Neves Zanchetti

RES.:3887/10 – D.O.E. – 17/09/2010

ATOS JURÍDICOS DE LEGALIZAÇÃO DE CURSOS:

Ato de funcionamento: DEC.2899/80

D. O. E. 09/09/80

Ato de reconhecimento: RES.3739/81

D. O. E. 22/01/82

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PARANAVAÍ

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2.2- ASPECTOS HISTÓRICOS

A fundação do citado Estabelecimento de Ensino deu-se no ano de 1950, passando pelas de-nominações: Escola Isolada de Uniflor, Escola Municipal de Uniflor, Casa Escolar de Uniflor e em 1962, Grupo Escolar Padre José de Anchieta. Em 09/10/1967 passou a denominar-se: Grupo Esco-lar Padre José de Anchieta do Município de Uniflor.

Teve como primeira diretora a Senhora Maria Aparecida da Silva Ayres. Foram também di-retores: Carmelita Cândida da Lago Motta; Eurides Ana Barbosa;(Terezinha); Mariley Neves Ribei-ro Zanchetti; Devaldir Milton Ferrari, Sônia Aparecida Merenda Grandizoli; Gilberto Julião de Sou-za e, atualmente, Ricardo Cassiano Neves Zanchetti.

Em 22/12/1967, ficou denominado Ginásio Estadual de Uniflor para funcionar a partir de 1968 e em 06/03/1969, passou a ser denominado Ginásio Estadual Marquês de Herval. Em 23/02/79 foi aprovado o Plano de Implantação da Lei 5.692/71 - Ensino de 1º Grau, apresentado pelas unidades Escolares Ginásio Estadual Marquês de Herval e Grupo Escolar Pe. José de Anchieta.

Em 04/09/1980, foi autorizada a Escola Marquês de Herval – Ensino de 1º Grau, mantida pelo Governo do Estado do Paraná, resultante da reorganização do Ginásio Estadual Marquês de Herval e Grupo Escolar Pe. José de Anchieta, passaram a constituir um único Estabelecimento de Ensino.

A partir de 30/12/1981, ficou reconhecido o Curso de 1º Grau Regular da Escola Marquês de Herval – Ensino de 1º Grau Regular, e reconhecimento da Escola Marquês de Herval – Ensino de 1º Grau.

Em 24/06/198l, foi aprovado o Projeto de Implantação do Ensino Regular de 2ºGrau, com proposição da Habilitação Básica em Comércio. Em 26/06/1982, autorizou o funcionamento de En-sino Regular de 2º Grau na Escola Marquês de Herval – Ensino de 1º Grau.

18/05/1983, o Colégio Marquês de Herval – Ensino de 1º e 2º Graus, passou a denominar-se: Colégio Estadual Marquês de Herval – Ensino de 1º e 2º Graus.

Em 11/05/1984, ficou reconhecido o Curso de 2º Grau do Colégio Estadual Marquês de Her-val – Ensino de 1º e 2º Graus.

Em 28/05/1984 foi reconhecido o Curso de 2º Grau Regular, com a Habilitação Básica em Comércio, do Colégio Estadual Marquês de Herval – Ensino de 1º e 2º Graus,

Em 14/03/1988, foi instituído o Ciclo Básico de Alfabetização, nas Escolas de 1º Grau da Rede Estadual de Ensino, garantindo ao aluno o prolongamento do tempo de alfabetização inicial de 1 (um) para 2 (dois) anos, reunindo a 1ª e 2º séries do 1º Grau.

Em 22/03/1988 foi autorizada a implantação, a partir do ano letivo de 1988, do Ciclo Básico de Alfabetização nos Estabelecimentos da Rede Estadual que mantém as séries iniciais do Ensino de 1º Grau.

Em 07/04/1989 aprovou-se o Projeto de Implantação Adicional do Curso de 2º Grau – Edu-cação Geral, com implantação gradativa a partir de 1989; e em 13/04/1989, ficou autorizado o fun-cionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral, no Colégio Estadual Marquês de Herval – Ensi-no de 1º e 2º Graus.

Em 21/04/1989, houve o pedido de cessação gradativa das atividades escolares da Habilita-ção Básica em Comércio no Colégio Estadual Marquês de Herval – EPSG, a partir do início do ano letivo de 1989 e em 05/05/1989 cessam gradativamente as atividades escolares da Habilitação Bási-ca em Comércio, no Colégio Estadual Marquês de Herval – EPSG,.

Em 21/12/1990 foi aprovado o pedido de prorrogação de autorização de funcionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral, do Colégio Estadual Marquês de Herval – EPSG, por mais dois anos, a partir do início do ano letivo de 1990 e em 27/12/1990 houve nova prorrogação do período de autorização de funcionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral por mais 02 (dois) anos, a partir do início do ano letivo de 1991.

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Em 19/10/1992, ficaram suspensas, em caráter definitivo, as atividades escolares relativas ao ensino das quatro (04) primeiras séries do 1º Grau.

Em 04/03/1992 foi aprovado o Plano de Preparação para o Trabalho – Linha Universal – 2º Grau – Curso Educação Geral.

Em 14/12/1992 Prorrogação de autorização de funcionamento do Curso de 2º Grau – Educa-ção Geral – Preparação Universal, por mais 01 (um) ano, a partir do ano letivo de 1.993.

Em 02/06/1993– Reconhecimento do Curso de 2º Grau, Educação Geral.Em 28/06/93, ficou reconhecido o Curso de 2º Grau – Educação Geral – Preparação Univer-

sal.Em 13/02/1995 foi aprovado o Regimento Escolar do Colégio Estadual “Marquês de Her-

val” – EPSG, a partir de 01/01/1995 e em 17/12/1996 foi aprovado o Estatuto do Conselho Escolar.Em 21/10/1997 foi expedido o Termo de Cessão de Uso e compromisso do Sistema Escola

SERE, firmado entre a Fundepar/Seed e o Colégio.Em 10/03/1998, foi assinado o Termo de Cessão de Uso, nº0898/98 direitos e deveres à Pre-

feitura Municipal de Uniflor – PR de usar o prédio Escolar para atender aos alunos do Pré-Escolar e do Ensino Fundamental (1ª à 4ª séries), pelo período de 03 (três) anos.

Em 11/09/1998 houve adequação da nomenclatura dos Estabelecimentos de Ensino de Edu-cação Básica, e passou a denominar-se : Colégio Estadual Marquês de Herval – Ensino Fundamen-tal e Médio.

Em 28/10/99 foi aprovada a Proposta Curricular do Ensino Médio, no período Noturno.Em 21/12/99 ficou aprovada, para vigorar a partir do ano 2000 a Proposta do sistema de ava-

liação do estabelecimento de ensino.Em 15/10/99 , ficou aprovado o regimento escolar, a vigorar a partir do início do ano letivo

de 2000.Em 15/05/2000 autorizou-se a implantação do Posto Avançado do Centro Estadual de Edu-

cação Básica para Jovens e Adultos de Paranavaí, Ensino Fundamental e Médio, com oferta do En-sino Fundamental (5ª a 8ª séries), a partir do início do ano letivo de 2000; ficando Posto Avançado ao Centro do Município de Paranavaí, para fins de expedição de documentação escolar e regula-mentação Regimental.

Em 03/10/2000, foi aprovado para o ano letivo de 2000 a Proposta de reposição de aulas, Calendário Escolar do Colégio Estadual Marquês de Herval – E.F.M.

Em 16/10/2000, firmou-se o convênio entre o Colégio Estadual Marquês de Herval e a Insti-tuição de Ensino e Agente de Integração (CIEE-PR),entidade de utilidade pública estadual, de direi-to privado, sem intuito lucrativo, apolítica cujas ações, de caráter educativo, cultural e técnico-cien-tífico, se desenvolvem em apoio às instituições educacionais e empresariais, particulares e públicas para a realização de estágios de alunos em empresas cadastradas.

Em 08/12/2000, foi aprovada a Proposta Político Pedagógica do Colégio Estadual Marquês de Herval – EFM.

DADOS DO PATRONO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Manuel Luís Osório nasceu em 09 de maio de 1808, na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, no Estado do Rio Grande do Sul, filho do tenente coronel Manuel Luís Silva Borges e dona Ana Joaquina Luísa Osório.

Adorava a vida militar e admirava seu pai. Aos 14 anos lutou na Guerra da Independência incorporado às forças do General Lecor, encarregadas de expulsar os portugueses da Província Cis-platina, hoje Uruguai. Combateu os Farrapos de 1835 a 1845.Em 1851, fez parte do Exército Brasi-leiro enviado contra Rosas.

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Osório foi promovido a Coronel, por atos de bravura. Combateu contra Oribe e Rosas. Foi Tenente Coronel, Brigadeiro e Marechal de Campo.

Depois da Guerra do Paraguai, Osório participou de várias batalhas sendo gravemente ferido em Avaí. Recuperou-se dos ferimentos e tomou parte nas campanhas de Cordilheiras e Periberi.

Seu maior feito foi a Batalha de Tuiuti, na qual obrigou o inimigo a recuar e foi gravemente ferido. Recebeu homenagens por sua atuação na campanha, inclusive o título de “MARQUÊS DE HERVAL”.

Foi senador pelo Rio Grande do Sul em 1877 e Ministro da Guerra em 1878.Marquês de Herval morreu no dia 04 de outubro de 1879.A frase que marcou seus feitos diz: “É fácil comandar homens livres; basta mostrar-lhes o

caminho do dever”.

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CARACTERIZAÇÃO GERAL

2.3- Organização do Espaço Físico

Possuímos os seguintes espaços físicos: 01 sala de professores; 01 laboratório de quími-ca, física e biologia; 02 Laboratórios de informática(01 em fase final de implantação); 01 bi-blioteca; 01 cozinha; 04 banheiros; 01 almoxarifado; 01 quadra esportiva coberta; 01 sala da direção; 01 sala da equipe pedagógica; 01 sala da secretaria; 07 salas de aula.

2.4- Oferta de Cursos e Modalidades

O Colégio Estadual Marquês de Herval. E. F. M., tem por finalidade atender ao disposto na Constituição Federal e Estadual na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, minis-trar o Ensino Fundamental e Ensino Médio no sistema de seriação. No período matutino temos, neste ano de 2010, duzentos e cinco alunos distribuídos em duas quintas séries, duas sextas séries, duas sétimas séries e uma oitava série. No período ves-pertino atendemos setenta e cinco alunos, distribuídos em uma turma de Sala de Recursos, duas turmas de Sala de Apoio a Aprendizagem, duas turmas do Programa Viva a Escola e uma turma do Centro de Língua Estrangeira Moderna (CELEM) - Espanhol. No período no-turno temos cento e quarenta e sete alunos distribuídos em uma turma de primeiro ano, uma turma de segundo ano, uma turma de terceiro ano do Ensino Médio e uma turma do Centro de Língua Estrangeira Moderna (CELEM) – Espanhol, além de disponibilizar o espaço físico para as APED'S do Ensino Médio e Ensino Fundamental – Séries Finais e a EJA do Ensino Fundamental – Séries Iniciais e turmas do ETEC de Administração e Secretariado. O horário de funcionamento do colégio no período da manhã é das 7:30h às 11:55h, no período da tarde das 13:00h às 17:00h e no período da noite das 19:00h às 23:00h.

2.5- Recursos humanos

No geral o Colégio Estadual Marquês de Herval conta com trinta e quatro profissionais entre professores e funcionários, qualificados para as funções exercidas e comprometidos com a qualidade da educação.

O corpo docente encontra-se com vinte e quatro profissionais, habilitados nas discipli-nas que atuam, a grande maioria possui curso de pós-graduação-especialização na área educa-cional, além de alguns estarem fazendo Mestrado.

A equipe de direção e pedagógica possui um diretor e duas pedagogas, todos pós-gra-duados.

Os funcionários administrativos são três, um secretário, uma técnica administrativa e uma bibliotecária. Todos com formação de Nível Superior.

O setor de serviços gerais completa o quadro com cinco profissionais. Destes, dois funcionários são da rede municipal.

Quanto a formação acadêmica dos funcionários de serviços gerais, três pos-suem o Ensino Fundamental incompleto, um o Ensino Fundamental completo e está cursando o Ensino Médio e um possui o Ensino Médio completo.

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3- OBJETIVOS

- Promover o ensino num ambiente de cooperação e reciprocidade, de modo que todos os participantes do processo educativo atuem como companheiros, contribuindo para sua melhoria.

- Resgatar a intencionalidade da ação educativa.

- Superar o caráter fragmentado das práticas educativas.

- Buscar a valorização pessoal e coletiva a fim de que as pessoas possam descobrir for-mas mais humanas e construtivas de convivência, favorecendo o processo de ensino-a-prendizagem.

- Promover o bom relacionamento professor–aluno e demais funcionários reciproca-mente, motivando-os na participação de uma gestão democrática.

- Oferecer oportunidade para a busca do conhecimento sobre novas experiências de aprendizado num processo interdisciplinar.

- Envolver as instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Es-tudantil e Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF no trabalho escolar.

- Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições.

- Favorecer a articulação dos conteúdos à realidade considerando sua dimensão só-cio-histórica.

- Garantir o acesso à escola e a aprendizagem aos alunos, sabendo que alguns precisam de atendimento especializado.

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4- MARCO SITUACIONAL

Atualmente, a educação é prioridade no mundo inteiro. Diferentes países, de acordo com suas características históricas, promovem reformas em seus sistemas educacionais, com a fi-nalidade de torná-los mais eficazes e equitativos no preparo para o exercício pleno da cidada-nia, capazes de enfrentar a revolução tecnológica que está ocorrendo no processo produtivo e seus desdobramentos políticos, sociais, culturais e éticos. Tornou-se evidente que o conheci-mento, a capacidade de processar e selecionar informações, a criatividade e a iniciativa consti-tuem matérias-primas vitais para o desenvolvimento e modernidade. As transformações aceleradas do processo produtivo, a revolução da informática e dos meios de comunicação, a necessidade de se redescobrir e valorizar a ética nas relações sociais, colocam a educação diante da exigente e desafiadora tarefa de qualificar o indivíduo inserido em uma realidade que se encontra em constantes e aceleradas transformações, a exercer a sua cidadania de forma a contribuir para tornar a sociedade mais justa, solidária e integrada. O grande desafio educacional é garantir a equidade nos pontos de chegada estabelecida. Essa equidade não será atingida partindo de propostas homogêneas mas de práticas escolares e modelos de gestão construídos a nível local, que permitam incorporar necessidades desi-guais e trabalhar sobre elas ao longo do processo da escolarização, de modo a assegurar aces-so ao conhecimento e satisfação das necessidades básicas de aprendizagem para todos No BRASIL, a Constituição Federal de 1988 expressa a escolha por um regime normati-vo e político, plural e descentralizado onde se cruzam novos mecanismos de participação so-cial como um modelo institucional cooperativo que amplia o número de sujeitos políticos ca-pazes de tomar decisões. A nova LDB aprovada em 20/12/1996 consolida e amplia o dever do poder público para a educação em geral. No artigo 22 dessa lei vê-se que a educação básica, da qual o ensino fun-damental é parte integrante deve assegurar a todos a formação comum para o exercício da ci-dadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, dando a ele um caráter de terminalidade e de continuidade, que são requisitos indispensáveis para o de-senvolvimento da nação que caminha para a globalização e necessita de cidadãos cada vez mais especializados, capacitados e cultos para exercerem sua cidadania de forma plena. No entanto, vivemos numa sociedade capitalista com acentuada desigualdade social. A globaliza-ção da economia e as políticas neoliberais, contribuíram para esse fato, pois se organizou a partir da livre concorrência, promovendo o acúmulo do capital, concentrando a renda nas mãos de poucos, enaltecendo o individualismo, o consumismo, a competitividade e enfraque-cendo os ideais de solidariedade. A teoria neoliberal introduzida no ambiente escolar, da qualidade total da educação, pro-pôs a prática da gestão empresarial, na qual a busca por resultados e o pragmatismo pedagógi-co destacam a competitividade e a busca do sucesso individual. Nesse contexto foram introdu-zidos os Parâmetros Curriculares Nacionais os quais nas diversas áreas de estudo não caracte-rizam princípios a serem desenvolvidos a nível local. Este quadro, atualmente tem sofrido po-sitivas mudanças, onde se verifica um enfoque para a integração regional, com aprovação da lei que torna obrigatório, nos próximos anos, o ensino de língua espanhola nas escolas brasi-leiras; a alteração da LDB que, a partir da lei 10.639/03, estabeleceu a obrigatoriedade do en-sino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira em todo currículo da educação básica, tanto nas redes públicas quanto particulares; a ampliação do ensino fundamental para nove anos incorporando a pré-escola; rediscussão acerca do financiamento da educação básica, a partir do FUNDEB; aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio; debate a cerca das cotas no ensino superior para índios, afro-descendentes e alunos oriundos das escolas públicas.

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O ESTADO DO PARANÁ passou arduamente pela experiência do neoliberalismo e en-frenta problemas comuns a estados e países em pleno desenvolvimento como desigualdades sociais, violência, desemprego, déficit de recursos... e, nos últimos anos, tem passado por si-gnificativas transformações, principalmente na área educacional onde o governo atual prioriza a democratização da escola e uma educação pública de qualidade, que além do acesso, possi-bilite a permanência dos educandos no ambiente escolar bem como a garantia da aprendiza-gem . Frente a esta realidade, o Estado do Paraná tem se empenhado na formação dos alunos, proporcionando capacitações aos professores, recursos e parcerias com municípios, diferentes projetos que propiciam um maior acesso cultural, ampliação da autonomia administrativa e fi-nanceira das escolas, favorecimento da participação comunitária democrática na gestão esco-lar, reformulação das diretrizes curriculares dentro de uma visão progressista, contando com a efetiva participação da comunidade escolar, através de amplos debates sobre a prática educa-cional desenvolvida nas escolas e a elaboração do Projeto Político Pedagógico. O MUNICÍPIO DE UNIFLOR, atualmente com aproximadamente 2.400 habitantes, tem sua economia diversificada (café, gado, bicho da seda, cana-de-açúcar,milho, soja...) em pe-quena escala, tendo ênfase a produção de flores ornamentais, roupas íntimas e móveis. O co-mércio local é pouco diversificado fazendo com que os moradores procurem satisfazer suas necessidades em municípios próximos. Oportunidades de empregos com melhor remuneração e continuidade dos estudos são exploradas em municípios da região e até mesmo fora da juris-dição do estado. A gestão municipal atual tem se empenhado para reverter esta realidade tem demonstrado grande interesse para com a educação, saúde, segurança e cultura propiciando acesso aos cidadãos de diferentes formas de integração aos projetos culturais, esportivos, so-ciais, valorizando assim todos os aspectos da formação do aluno. . O Colégio Estadual Marquês de Herval .E.F.M, inserido nas realidades nacional, esta-dual e municipal sente os reflexos de todas as políticas econômicas e educacionais dos últi-mos anos, por isso, considerando o homem como sujeito histórico, através da elaboração cole-tiva do Projeto Político Pedagógico, busca uma proposta pedagógica que tenha compromisso não apenas de manter a sociedade, mas de transformá-la a partir da compreensão dos condi-cionantes sociais e da visão de que a sociedade exerce sobre a educação e que esta reciproca-mente interfere sobre a sociedade contribuindo para sua transformação. Inseridos numa sociedade capitalista, individualista, competitiva, exploradora, excluden-te, que não valoriza seu passado histórico, onde a desestrutura da instituição familiar e a de-cadência dos valores éticos e morais, a violência ganha ênfase, temos consciência da urgência da escola resgatar sua função escolar de transmissora do conhecimento sistematizado e a cida-dania. Conhecedores da verdadeira missão da instituição escolar e sabedores da realidade que a permeia: baixo desempenho acadêmico dos alunos; defasagem pedagógica; déficit de aprendi-zagem; alta taxa de distorção idade/série; alta taxa de evasão do Ensino Médio; desmotivação dos alunos; dificuldades da verdadeira inclusão; profissionais desmotivados pelas condições de trabalho; alta rotatividade dos profissionais, principalmente professores; sobrecarga de fun-ções; pouco envolvimento dos pais no processo Ensino Aprendizagem. Damo-nos conta de que as barreiras a serem vencidas dificultam uma educação de qualidade mas fortalecerão a prática das ações reflexivas coletivas no trabalho de adequação do processo educacional . No município de Uniflor, o Colégio Estadual Marquês de Herval E.F.M. é a única insti -tuição educacional que oferta Ensino Fundamental – Séries Finais e Ensino Médio e comparti-lha o prédio com a Escola Municipal que oferta Ensino Fundamental – Séries Iniciais. Locali-zado na parte central do município, possui seu corpo discente composto por educandos oriun-

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dos 77% da zona urbana e 23% rural, de classe sócio-econômico-cultural média baixa, os quais para locomoverem-se até a escola utilizam-se do transporte escolar coletivo, bicicletas, a pé e uma minoria é conduzida pelos pais ou responsáveis em veículos particulares. Em nossa Escola, os problemas de aprendizagem inspiram atenção e cuidados e estão re-lacionados a déficit no processo pedagógico, na falta de recursos das famílias, no descaso com a leitura, nos problemas de ordem física, emocional, social e tantos outros. Os profissionais que desempenham suas funções na escola sempre participam de encon-tros de capacitação ofertados pela SEED, outros investem em conhecimento com recursos particulares e os que por um motivo ou outro abandonaram os estudos estão retomando-os pois se conscientizaram da necessidade para realização profissional e pessoal. As famílias de parte de nossos alunos mostram-se desestruturadas, outras pelas condi-ções de trabalho não conseguem dar atenção e acompanhamento para os filhos; possuem pou-ca formação acadêmica e apontam o desemprego; baixos salários; dependência química; au-mento do índice de violência; gravidez indesejada; falta de diálogo; desvalorização da educa-ção pela sociedade, como alguns dos inúmeros fatores que contribuem para o fracasso da rela-ção familiar e educacional. A renda obtida pela comunidade escolar é gerada por empregos públicos municipais ou estaduais, benefícios do INSS, trabalho rural, trabalho autônomo e em empresas locais e da região. Das famílias 72% reside em casa própria, 26% casa de aluguel e 2% moram em imóveis cedidos. Dos alunos, 57% moram com os pais, 13% com avós, 12% somente com a mãe, 5% com o pai e 13% com outros familiares ou algum conhecido da famí-lia e tem na merenda escolar a garantia de sua alimentação diária. Quanto à religiosidade 75% professa o catolicismo, 20% evangélicos e 5% não participa de grupo religioso. Com relação ao espaço físico temos vivenciado algumas dificuldades. Não temos refei-tório e no local onde é preparada e servida a alimentação o espaço é insuficiente, anti-higiêni-co pois está localizado em frente aos banheiros os quais também não se encontram em boas condições. As salas de aula tornam-se pequenas ao acomodar algumas turmas por serem nu-merosas causando desconforto aos que ali se encontram, além de surgirem muitas goteiras nos dias de chuva; os quadros negros não encontram-se em boas condições . O calçamento neces-sita reparos e ampliação, os muros da frente da escola são muito baixos deixando o ambiente exposto, a acessibilidade do prédio escolar é inadequada, o laboratório de informática Paraná Digital não pode ser disponibilizado para os alunos porque apresenta problemas sempre que são usados vários computadores ao mesmo tempo. Os órgãos colegiados sempre que convidados ou convocados para se fazerem presentes no colégio o fazem, no entanto, precisamos melhorar a participação dos pais nas decisões da escola. O Grêmio Estudantil não tem desenvolvido atividades constantes e precisam de incen-tivo para se envolver nas mesmas. A participação da maioria dos pais e/ou responsáveis na vida escolar dos educandos é insatisfatória. Só comparecem às reuniões para a entrega de boletins ou quando são convoca-dos, dificilmente procuram pela equipe administrativa e pedagógica para conversar sobre a vida escolar dos filhos. O Grêmio Estudantil tem se envolvido pouco nas atividades culturais, esportivas e pro-moções do colégio e da comunidade em geral. A Escola conta com recursos financeiros resultantes de diferentes promoções realizadas durante o ano letivo, recursos e verbas recebidas do Governo de Estado e Federal; possui acervo bibliográfico de boa qualidade mas insuficiente, do qual os alunos e demais interessa-dos retiram obras semanalmente para leituras, estudos e pesquisas. Os conflitos do mundo moderno com os quais se depara nossa escola, não são empeci-lhos para lutarmos pela formação de indivíduos inseridos num mundo globalizado. Acredita-

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mos que a instituição escolar não deve possuir fronteira física, ela deve estar onde o aluno está, buscá-lo, incentivá-lo, despertá-lo para as possíveis transformações que a educação de boa qualidade pode proporcionar.

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5 - MARCO CONCEITUAL

Preparar culturalmente um indivíduo significa possibilitar-lhe a compreensão de visão de mundo presente na sociedade para que este possa agir e participar das diferentes e rápidas transformações dessa sociedade. É um grande desafio construir uma sociedade democrática, onde os direitos humanos sejam respeitados e assegurados. A SOCIEDADE, conforme Pinto (1994, p.62), “desempenha um papel de mediação en-tre os homens no processo de criação e transmissão de cultura, na qual consiste a educação. O homem, educado pela sociedade, modifica esta mesma sociedade, como resultado da educa-ção que tem recebido dela.” O HOMEM “é um ser inacabado, que se constitui ao longo de sua existência social”, (Pinto, 1994) sendo portanto “um sujeito histórico, que se diferencia dos outros animais pelo trabalho” (Saviani, 1992, p.19). É capaz de assimilar conhecimento, reproduzi-lo e também produzi-lo; é capaz de transformar a sociedade em que está inserido. Hoje, mais do que nunca, a ESCOLA tem necessidade de assumir-se como espaço so-cial de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda ação de cidada-nia. A escola para Saviani “é uma instituição que tem o papel de socializar o saber sistemati-zado.” É ela que propicia a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso a tal saber. “O que torna necessária a sua existência é a exigência de apropriação deste conhecimento pe-las novas gerações” (Saviani, 1992, p. 22-23). Segundo Bonetti, 2001, p. 239 “a escola cum-pre um duplo papel no contexto de seu próprio desafio: o de formação do sujeito social e o da conquista da cidadania para as diferenças sociais”. A EDUCAÇÃO inserida em uma sociedade globalizada e centrada no conhecimento é fator importante para o desenvolvimento social e conseqüentemente melhoria das condições existenciais dos indivíduos. É um fenômeno próprio dos seres humanos, sendo ao mesmo tempo uma exigência do e para o processo de trabalho, sendo ela própria um processo de tra-balho ou seja, produção de idéias, conceitos, valores, símbolos, hábitos e atitudes. Segundo Saviani “o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada indiví-duo, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Des-se modo, o objeto da educação é, por um lado, a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos a fim de que se torne parte da humanidade; por ou-tro lado, diz respeito à descoberta das formas mais adequadas para atingir este objetivo”. (2000, p. 23) A educação é um processo no qual o conhecimento vai se construindo ao longo do tem-po, por isso é um fato histórico, visando formar sujeitos conscientes de sua ação transforma-dora na construção de uma sociedade mais justa, tendo na apropriação do saber elaborado um instrumento de luta social. A apropriação do CONHECIMENTO, por ser constitutiva da condição humana, é um direito humano fundamental e por isso mesmo uma exigência da cidadania. Na afirmação de Pinto, 1994 “é o produto da existência real, objetiva, concreta, material do homem em seu mundo, imprimindo-se em seu espírito sob a forma de idéias e pensamentos que se concate-nam regularmente. É portanto, uma produção histórico-social”. O ENSINO de qualidade que a sociedade necessita nos dias atuais possibilita que o sis-tema educacional estabeleça práticas educativas adequadas às necessidades sociais políticas, econômicas, culturais, religiosas entre outras, e sendo assim, garanta as aprendizagens essen-ciais para formar cidadãos autônomos, críticos, competentes, capazes de tomar decisões indi-viduais e coletivas utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos. No livro Pedagogia

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da Autonomia, 1996, Paulo Freire, reflete que ensinar não é apenas transmitir conhecimento. Ensinar exige consciência de inacabamento, reconhecimento de ser condicionado pelas forças sociais, culturais e históricas. Exige respeito à autonomia do ser educando, sua curiosidade, sua inquietude, linguagem e identidade. Ensinar também requer bom senso, apreensão da rea-lidade, alegria, esperança e a convicção de que a mudança é possível.

A APRENDIZAGEM é um processo dinâmico, cumulativo e permanente de subjetiva-ção do mundo objetivo produzido cultural e historicamente. Ocorre no e pelo processo de in-teração e mediação entre sujeitos, numa construção coletiva do conhecimento.

ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR são atividades relativas aos possíveis recortes do conteúdo disciplinar, previsto na Proposta Pedagógica da escola, que implica numa seleção de atividades organizadas em núcleos de conhecimentos que venham ao encontro do Projeto Político-Pedagógico.

Estágio não obrigatório Segundo a Lei n° 11.788, de 25 de setembro de 2008, Art. 1°, “ESTÁGIO é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o en-sino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e adultos”.

O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das dire-trizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta pedagógica do curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito para aprovação e obtenção de di-ploma. O estágio não-obrigatório é atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a compreensão dos princípios científicos-tecnológicos e históricos da produção moderna, de modo a orientar os estagiários a desenvolverem as ações no ambiente de trabalho relacionando aos conhecimen-tos universais necessários para compreendê-los a partir das relações de trabalho. Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das eta-pas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma for-mação técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de produção em sua totalidade.

A AVALIAÇÃO é um processo permanente do trabalho docente, que deve acompa-nhar passo a passo o processo de ensino aprendizagem. Através dele, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e reorientar o trabalho para as correções necessárias. A avaliação é um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Para Luckesi (2003, p. 85) “a avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se articula a um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino, não possuindo uma finalidade em si.”

Ela deve subsidiar decisões a respeito da aprendizagem do educando e sua finalidade principal é fornecer informações sobre o processo pedagógico que permite aos agentes decidir sobre intervenções e ajustes que se fizerem necessários em face do projeto educativo.

Neste sentido, ao avaliar, o professor deverá coletar, analisar, sintetizar da forma mais objetiva os dados da aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor dos

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alunos e de seu próprio trabalho. As finalidades da avaliação são de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados, atribuindo uma qualidade a essa configuração da aprendizagem a partir de um padrão mínimo pré-esta-belecido dos conteúdos trabalhados. A partir daí, tomará decisões sobre as condutas a serem seguidas, visando uma reorganização imediata da aprendizagem, caso sua qualidade se mostre insatisfatória e o conteúdo seja efetivamente essencial para a formação do educando. Os pa-drões mínimos necessários devem ser decididos pelo coletivo dos educadores, que devem pla-nejar o que é o mínimo necessário a ser trabalhado com seus alunos para que todos os atinjam.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Marquês de Herval E.F.M com ên-fase na capacidade de ação-reflexão da prática social, tem como suporte teórico a concepção histórico-crítica, a qual pressupõe atividades dinâmicas e desafiadoras com significação so-cial, valorização da qualidade de ação reflexiva frente a situações sociais diversas.

O CURRÍCULO constitui o elemento central do projeto pedagógico, ele viabilizará o processo ensino aprendizagem.

A pedagogia Crítica Social dos conteúdos supõe um currículo em que a transmissão competente do saber acumulado seja analisado de forma crítica com o intuito de torná-lo “vivo” e atual. Os conteúdos devem refletir profundamente os interesses dos alunos. Pois os interesses servem para selecionar os conteúdos das respectivas disciplinas. Os critérios para a elaboração e concretização devem obedecer a realidade cultural. Deve-se incluir o multicultu-ralismo, raça, gênero, sexualidade e a história e cultura afro-brasileira torna-se obrigatória de acordo com a Lei 10.693/03 a serem ministrados em todo o currículo escolar.

O currículo, nesta perspectiva formadora,pressupõe uma construção coletiva da comu-nidade escolar; Função organizadora; priorização do processo/produto como contínua refle-xão/ação; Promoção da unidade teórica/prática; Elemento norteador da organização do traba-lho pedagógico e no cotidiano da escola.

A organização dos conteúdos será por séries no Ensino Fundamental Médio.Os projetos da Agenda 21 serão executados durante o período letivo. Para delinear a identidade da escola serão observados os princípios norteadores estabe-

lecidos constitucionalmente e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (5692/95) em seu artigo terceiro: Igualdade; Qualidade; Valorização dos Trabalhadores da Educação; Gestão Democrática; liberdade.

Através do trabalho coletivo da direção, equipe pedagógica, setor administrativo, ser-viços gerais, conselho escolar, conselho de classe, APMF e demais representantes da comuni-dade, a escola deve comprometer-se com a democratização da educação escolar, objetivando assegurar o acesso e a permanência do aluno à escola e a melhoria da qualidade de ensino. Oportunizar à todos os envolvidos no processo educativo discussões e debates onde se permi-ta refletir sobre elementos curriculares básicos: educador, professor, aluno, escola, sociedade, objetivos, conteúdos, métodos de ensino e avaliação. Para dar suporte ao trabalho educativo deve-se enfatizar a importância e necessidade da formação continuada dos profissionais que compõe o ambiente escolar, com caráter forma-tivo de aprimoramento cultural e da busca de referenciais teóricos comprometidos com educa-ção de qualidade. A democratização escolar, o trabalho coletivo, o ensino de qualidade são tarefas desa-fiadoras, e a construção de tais tarefas é permeada por valores que extrapolam os muros da es-cola e envolvem a realidade social como um todo, resultando na formação de cidadãos que determinarão a sociedade na qual estão inseridos.

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Espera-se que a escola contribua para a formação de pessoas mais aptas a assimilar mudanças, mais autônomas em suas escolhas, mais solidárias, que acolham e respeitem as di-ferenças, pratiquem a solidariedade e superem a segmentação social, diante da violência que nos cerca bem como o desemprego e a rápida substituição tecnológica, para impulsionar a to-dos em busca de melhoria nas condições globais e em obter novos conhecimentos.

Nesta perspectiva a avaliação deve apresentar ação fundamental para a garantia do êxi-to do projeto, na medida em que é condição imprescindível para as decisões significativas a serem tomadas. É parte integrante do processo de construção do projeto, e compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação é essencial para definição, correção e aprimora-mento de rumos. É também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a dimensão pedagógica é considerada.

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6 - MARCO OPERACIONAL

Tendo como objetivo desenvolver um projeto de educação que promova transforma-ções intelectuais, sociais e culturais nos educandos, tornando-os críticos, participativos, com-prometidos com as necessidades da realidade que os cerca é de suma importância que ocorra integração de todos os segmentos que compõe o ambiente escolar onde cada integrante tenha oportunidade de cooperar, dar sugestões, buscar soluções desenvolvendo sua função com se-riedade e responsabilidade. Portanto propomos as seguintes linhas de ação:

- Que a GESTÃO ESCOLAR, numa perspectiva democrática, contemple o coletivo, ampliando os espaços de efetiva participação da comunidade escolar nos processos de-cisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho pedagógico escolar; promova e articule o exercício da cidadania no interior da escola estabelecendo políticas e diretri-zes norteadoras da organização do trabalho pedagógico em consonância com as orien-tações da SEED e a legislação vigente; acompanhe, avalie o trabalho pedagógico reali-zando intervenções necessárias garantindo assim o cumprimento da função social da escola.

- Que se valorize o trabalho de todos, independente do gênero, cor, religião, condições especiais de aprendizagem, etnia, códigos e culturas, respeitando todas as condições da adversidade.

- Que se proporcione educação inclusiva de forma a atender a todos os alunos que por diversas razões contrariam as expectativas do sistema educacional escolar e que por diversas vezes acabam sendo excluídos ou discriminados.

- Que sejam disponibilizados espaços físicos no contra-turno para efetivação da abertura de Sala de Apoio de Português e de Matemática.

- Que se oportunize e incentive todas as manifestações artísticas, esportivas, expressão de idéias, dando abertura à participação total da comunidade.

- Que o Projeto Político Pedagógico dinamize o dia-a-dia do Colégio, de forma que o convívio se torne agradável e produtivo, proporcionando a auto-motivação e a auto-valorização, com a participação efetiva dos pais, professores, funcionários e comuni-dade em geral em todo o processo de desenvolvimento dos alunos.

- Que o Projeto Político Pedagógico com o compromisso de promover situações que es-timulem a capacidade critica inspire mudanças em busca de conhecimentos capazes de expressar a educação com vistas a um projeto de vida, de futuro e de saber.

- Que aprendamos a trabalhar em equipe, onde todos se sintam responsáveis e redirecio-nem o trabalho escolar.

- Que a escola como agente formadora, realize um trabalho de resgate dos valores mora-is, familiares e religiosos para revalidar o conceito de formação enquanto ciência e para a construção de um mundo melhor, com mais respeito ao próximo, harmonia e solidariedade.

- Que a educação seja inclusiva, entendida como aquela que além de acolher todas as crianças, garante uma dinâmica curricular que contemple mudar o caráter discrimina-tório do fazer pedagógico a partir das necessidades dos alunos.

- Que através do esforço individual de cada um aconteça a melhoria dos processos, a criação de um ambiente de qualidade e a satisfação de todos.

- Que as Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular viabilizem o acesso, permanência e participação dos educandos da Rede Pública Estadual em atividades pe-

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dagógicas de seu interesse, oferecidas pelo estabelecimento de ensino onde estão vin-culados;

- Que a assimilação, a utilização, a ordenação, a limpeza, a saúde e a autodisciplina pro-voquem nas pessoas gradativamente mudança de hábitos, predispondo-as para a práti-ca da qualidade. Que sejam eliminados desperdícios, promovida continuamente à or-ganização e a limpeza de toda escola.

- Que a APMF preste assistência aos alunos, professores e funcionários assegurando melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica da escola; ampare o trabalho do Grêmio Estudantil; promova a integração família-es-cola-sociedade através de atividades sócio-educativo-cultural-desportivas; administre junto com o conselho escolar, os recursos financeiros, registrando em livro ata todas as decisões e ações.

- Que o GRÊMIO ESTUDANTIL continue organizado em nossa escola, buscando for-mas de lazer e recreação atendendo as necessidades da comunidade escolar e da comu-nidade onde está inserida a escola.

- Que o CONSELHO ESCOLAR de caráter deliberativo, consultivo, avaliativo, fiscali-zador acompanhe a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da escola em conformidade com as leis vigentes para o cumprimento da função social.

- Que o CONSELHO DE CLASSE tenha por função, estudar e interpretar os dados do processo ensino-aprendizagem, analisando os resultados com relação ao desempenho dos alunos, à organização dos conteúdos, do encaminhamento metodológico, utilize procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos conteú-dos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si. Portanto, o con-selho de classe será um momento coletivo de reflexão avaliativa do processo ensino-a-prendizagem, tomadas de decisões, mobilizando a avaliação com o objetivo de desen-volver maior conhecimento do aluno, a aprendizagem, o ensino e a escola; momento de reunir esforços no sentido de alterar o rumo dos acontecimentos, por meio de um projeto pedagógico que vise o sucesso de todos.

- Que o PROFESSOR tenha compromisso com o educando, conhecendo-o, domine os conteúdos, tenha clareza de que cidadão deseja formar, fazendo articulação entre con-teúdo e prática social do aluno, seja mediador, investigue as problemáticas enfrentadas pelos alunos. Ao tentar compreender a produção do aluno e as soluções apresentadas, o professor poderá transformar os possíveis erros de percurso em situações de aprendi-zagem, ocorrendo simultaneamente a recuperação de estudos.

- Que o PEDAGOGO, trabalhando junto ao professor selecione subsídios que possibili-tem a ele executar da melhor maneira possível sua tarefa, coletando informações sobre os alunos, propondo diferentes ações e metodologia, portanto, é fundamental a forma-ção continuada para qualificação humana e profissional necessárias à prática educati-va.

- Que os FUNCIONÁRIOS apóiem e amparem todo processo educativo e sintam-se parte integrante dele.

- Que os EDUCANDOS sejam sujeitos ativos de sua própria aprendizagem, interessan-do-se por novos conhecimentos e ampliando horizontes.

- Que os PAIS E/OU RESPONSÁVEIS participem efetivamente do processo educativo e do desenvolvimento integral dos filhos; sejam inseridos no cotidiano escolar, através de eventos que demonstrem o trabalho realizado na sala de aula e conhecendo o seu funcionamento, contribuam para a busca de soluções de problemáticas diagnosticadas no decorrer do processo ensino aprendizagem.

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- Que a FORMAÇÃO CONTINUADA dos profissionais que compõe a comunidade escolar seja oferecida pela SEED; eventos organizados pela escola; grupos de estudos, durante a hora atividade, seminários, palestras, simpósios, vídeos, teleconferências, In-ternet, pois com competência profissional alcançaremos educação de qualidade.

- Que o CURRÍCULO viabilize o processo ensino aprendizagem numa perspectiva transformadora, seja construído coletivamente pela comunidade escolar promovendo a unidade teoria/prática e que os conteúdos sejam organizados por séries do ensino fun-damental e do ensino médio.

- Que os PLANEJAMENTOS DE ENSINO sejam elaborados bimestralmente e con-templem em diferentes disciplinas além dos conteúdos específicos, conteúdos e ativi-dades referentes aos projetos: Agenda XXI, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira.

- Que no decorrer do PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM seja acompanhado o desempenho dos alunos através de atividades diversificadas orais ou escritas realiza-das individualmente ou coletivamente de caráter formal ou não, estudo dirigido, parti-cipação, registro dos conteúdos e retomada dos mesmos, atividades no âmbito escolar ou em casa.

- Que a escola incentive e acompanhe estágios não obrigatório, efetivados pelos alunos e desenvolvidos em ambiente de trabalho, que vise à preparação para o trabalho pro-dutivo de educandos que estejam frequentando regularmente a escola, de acordo com a legislação em vigência.

- Que a AVALIAÇÃO de caráter diagnóstico, formativo, emancipatório utilize técni-cas, instrumentos, procedimentos diversificados e adequados aos objetivos propostos.

- A educação inserida em uma sociedade globalizada e centrada no conhecimento é fa-tor importante para o desenvolvimento social e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Almejamos construir uma sociedade mais justa e solidária onde as dife-renças sejam extintas, onde o ser humano seja sujeito de sua própria história, agente transformador de seu meio, visando acima de tudo o bem comum.

- Para que essas ações se concretizem defendemos como valores e princípios da gestão democrática:

- O aluno como sujeito do processo, razão de ser da escola.- O projeto Político-Pedagógico define as políticas de educação da escola.- O eixo do poder está situado no Conselho escolar.- Abertura de espaços para a implementação de experiências inovadoras, para o espírito

científico criador e para a livre expressão da pluralidade.- A coerência entre o discurso e a prática.- A cultura do querer fazer em lugar do dever fazer.- O cultivo do clima organizacional positivo que leva as pessoas ao desafio da constru-

ção coletiva e à valorização profissional e afetiva, que gera o prazer de frequentar o ambiente de trabalho.

- O compromisso com a democracia, com a defesa dos direitos humanos, com a não dis-criminação e com a preservação do meio ambiente.

6.1 – Função específica dos segmentos da comunidade escolar:- Equipe técnico administrativa: Tem como função precípua coordenar e orientar todos

os esforços no sentido de que a escola , como um todo, produza os melhores resultados

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possíveis no sentido de atendimento às necessidades do educando e promoção e do seu desenvolvimento.

- É do Diretor da escola a responsabilidade máxima à consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos organizando, dinami-zando e coordenando todos os esforços neste sentido, e controlando todos os recursos como tal.

- Professor Pedagogo tem a função de organizar os trabalhos pedagógicos escolar de forma coletiva, solidária, consistente. Cabe em seu fazer pedagógico ajudar e pensar, a construir alternativas, a instituir o debate, propor, a mediar as relações fazendo com que os conflitos estabelecidos atinjam patamares de superação e avanços; acompanhar as práticas de estágio não obrigatório desenvolvidas pelo aluno; manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividade de estágio, informados sobre as ativi-dades desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação prática; orientar e receber relatórios periódicos do estagiário; elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus educandos e zelar pelo cumprimento do termo de compromisso com o educando, com a parte concedente e o estabeleci-mento.

- A função do professor é ajudar o educando a aprender em todos os aspectos, isto é, na aquisição de conhecimentos, habilidades, hábitos, atitudes, valores, ideais, ou qualquer tipo de aprendizagem ainda não desenvolvida e julgada importante e necessária para que o educando tanto pessoal como socialmente.

- Os agentes educacionais, além da função específica de sua área de atuação (manuten-ção de infraestrutura, alimentação escolar ou de administração escolar e multimeios didáticos ) tem a função de interação com o educando, de colaborar no processo edu-cativo e cultural dos alunos e professores.

- Os educandos tem que ser sujeitos ativos de sua própria aprendizagem, participando de todas as atividades determinadas pelos professores, direção, equipe pedagógica e que estejam inseridas na proposta pedagógica.

- Os pais de alunos devem acompanhar a vida escolar de seu filho, cooperando para o seu desenvolvimento.

6.2 – O papel das instâncias colegiadas

- O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da comunidade escolar. Não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa da escola. O conselho escolar tem, como principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola

- O Conselho de Classe apresenta inúmeros significados, dependendo das experiências vividas pelos profissionais nessas instâncias. Ele deve ser visto como a mais importan-te de todas as instâncias colegiadas da escola pelos objetivos de seu trabalho, pois é capaz de dinamizar o coletivo escolar pela via da gestão do processo de ensino, foco central do processo de escolarização.

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- A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres, e Funcionários, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos. Tem como principal atribuição acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica., sugerindo as alte-rações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino.

- O Grêmio Estudantil é um espaço coletivo, social e político, de organização, de parti-cipação, e de construção de novas relações de poder dentro da escola. Tem como prin-cipal função propiciar aos educandos mais chances de questionarem as relações hierar-quizadas e conquistarem autonomia e independência.

6.3 – Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto

A escola através de seu Projeto Político Pedagógico, consegue uma autonomia relati-va, uma vez que os recursos humanos, materiais e financeiros ficam na dependência da man-tenedora, a qual nomeia e contrata pessoal e também repassa recursos para a aquisição de ma-teriais de consumo e equipamentos, esta instituição escolar também conta com recurso finan-ceiros de diferentes promoções realizadas durante o ano letivo.

6.4 – Critérios para elaboração do calendário escolar

O calendário escolar está embasado da LDB, a qual determina oitocentas horas distri-buídas por um mínimo de duzentos dias letivos de efetivo trabalho escolar. De acordo com a deliberação n.º 02/2002 – CEE também são considerados como efetivos trabalhos escolares as reuniões pedagógicas inseridas no planejamento anual. Sendo assim, além dos cinco dias con-templado no calendário escolar para planejamento e/ou capacitação restam quatro dias a se-rem adequados a um feriado municipal e três recessos. Com a finalidade de garantir as oito-centas horas de efetivo trabalho escolar ao aluno, os referidos dias sejam organizados com ati-vidades domiciliares.

6.5 – Critérios para organização e utilização dos espaços educativos

Os espaços escolares e materiais educativos como: biblioteca, laboratórios, salas de aula, sala ambiente de arte, pátio, quadra esportiva, banheiros, sala da secretaria, sala da Dire-ção, sala da coordenação, sala dos professores, refeitório, cozinha, cantina, almoxarifado, de-vem ser otimizados de forma a contribuir para a melhoria do ensino-aprendizagem, como também das relações sociais entre os diversos segmentos da comunidade escolar.

BibliotecaA biblioteca poderá ser usada por todos os alunos devidamente matriculados, professo-

res, funcionários, e comunidade escolar. Os alunos deverão frequentar a biblioteca acompanhados pelo professor, ou em horários dife-rentes do seu horário de aula. Os alunos terão direito a empréstimo de exemplares da bibliote-ca seguindo os critérios estabelecidos.

Laboratório de Química, Física e BiologiaOportunizar aos alunos a realizar experiências, desenvolver a capacidade de investiga-

ção, tornando-o capaz de classificar, organizar e sistematizar o trabalho científico, compreen-

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dendo o funcionamento de novas tecnologias e suas aplicações, construindo novos conheci-mentos através de aulas práticas.

Laboratório de Informática do Paraná DigitalOs Laboratórios de Informática dos Estabelecimentos Estaduais de Ensino Público são de natureza pedagógica, destinando-se, prioritariamente, ao desenvolvimento de atividades escolares e como forma de democratizar e universalizar o acesso às tecnologias de informação e comunicação por meio da incorporação, pelos sujeitos da educação e por toda a comunidade escolar, da cultura do uso consciente e responsável desses recursos.

Salas de aulaCada turma terá uma sala de aula determinada no início do ano letivo, levando-se em

consideração o número de alunos, necessidades especiais apresentadas por alunos, e outros fa-tores pedagógicos.

PátioÉ um espaço importante de confraternização e harmonização, o qual também é utiliza-

do para práticas pedagógicas.

Quadra esportivaA quadra será utilizada para as aulas de educação Física e atividades esportivas cultu-

rais.

6.6 – Organização de turmas e distribuição por professor

A distribuição de aulas seguirá critérios do edital de distribuição de aulas expedido pela SEED. As turmas serão organizadas pela equipe pedagógica, após consultas aos profes-sores de cada turma acerca de dificuldade de relacionamento e aprendizagem, atendendo os preceitos legais.

6.7 – Organização da formação continuada

Pela mantenedora A direção disponibilizará profissionais para participar de eventos organizados pela mantenedora, de acordo com critérios expedidos pela mesma e critérios aprovados coletiva-mente pelos profissionais desta instituição escolar.

Na escola A hora atividade será trabalhada pela equipe pedagógica, de forma individualizada,

priorizando questões apresentadas pelos professores, visando a consolidação do presente Pro-jeto Político Pedagógico.As reuniões pedagógicas estarão previstas no calendário escolar e que priorizam a formação coletiva, tendo como prioridade a discussão de temas relacionados ao ensino aprendizagem e e outros temas escolhidos coletivamente, na perspectiva do desenvolvimento do presente pro-jeto.

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O conselho de classe será um espaço de discussão da metodologia, avaliação, relacio-namento, envolvendo cada turma, corpo docente, equipe pedagógica, direção e demais funcio-nários.

A semana pedagógica será realizada no início do ano letivo e também no reinício das atividades escolares, após as férias de julho, com a finalidade de discutir assuntos pré-deter-minados pela mantenedora, em nível de capacitação, bem como assuntos referentes aos plane-jamento e à organização interna.

Cursos de interesse de cada segmento da comunidade escolar: Serão ofertados cursos de acordo com deliberação conjunta, de acordo com recursos humanos e financeiros disponí-veis, podendo ser em parceria com o NRE.

7 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A construção do Projeto Político Pedagógico não foi imposta nem ditada por instâncias políticas, e sim elaborado por todos os segmentos que compõe o ambiente escolar, junto à co-munidade local, para juntos escrever sua própria história. O Projeto Político Pedagógico visa mudanças de postura educacional e para que atinja os objetivos estabelecidos conta com o trabalho responsável de todos os envolvidos em sua elaboração bem como daqueles que se inserirem no seu desenvolvimento ao longo da árdua e gratificante jornada. Os resultados das ações propostas com certeza surgirão, a curto ou longo prazo. Será realizada avaliação anual, por todos os seguimentos que integram a comunidade escolar e ade-quação de metodologias e recursos necessários a sua efetivação.

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8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Escola como Território de Luta. Caderno de Debates IV Conferência Estadual de Educação da APP-Sindicato. Gráfica Popular. Curitiba, 2005

Apostila Inclusão e Diversidade: reflexões para a construção do Projeto Político Pedagógico. SEED/SUED/DEE, 2006.

Bonetti, Lindomar Wessler. As políticas educacionais, a gestão da escola e a exclusão social. São Paulo. Cortez. 2001.

Deliberação nº007/99

Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9394/96

Mello, Guiomar Namo de. Cidadania e Competência – Desafios Educacionais do Terceiro Milênio. Cortez Editora. São Paulo,1993.

Pinto, Álvaro Vieira. Conceito de educação, forma e conteúdo da educação e as concepções ingênua e crítica da educação. In: Sete lições sobre educação de jovens e adultos. São Paulo. Cortez. 1994.

Projeto Político Pedagógico Colégio Enira M. Ribeiro.2006.Paranavaí

Projeto Político Pedagógico escola Estadual de Ivaitinga. 2006. Nova Esperança.

Saviani, Demerval. Sobre a natureza e especificidade da educação. Pedagogia histórico-críti-ca: primeiras aproximações.3ª edição. Cortez. São Paulo. 1992.

Vázquez, Adolfo Sánchez. Etica. Editora Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 2002.

Veiga, Ilma P.A. e Fonseca, Marília (orgs). As Dimensões do Projeto Político Pedagógico. Campinas-SP. Papirus, 2001.

Veiga, Ilma P.A. e Resende, Lúcia M.G de (orgs) Escolar: Espaço do Projeto Político Pedagó-gico. Campinas-SP. Papirus, 1998

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