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Autorização de Funcionamento - Decreto nº 3749/77 - Diário Oficial do Estado 25/08/77 Reconhecimento do Estabelecimento - Resolução nº 3059/81 - Diário Oficial do Estado 14/01/82 Reconhecimento do Curso - Resolução nº 1926/03 - Diário Oficial do Estado 24/07/2003 Rua Rocha Pombo, 556 - Telefone (43) 3523-6935 - Cornélio Procópio - Paraná. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Cornélio Procópio 2017

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Autorização de Funcionamento - Decreto nº 3749/77 - Diário Oficial do Estado 25/08/77

Reconhecimento do Estabelecimento - Resolução nº 3059/81 - Diário Oficial do Estado 14/01/82

Reconhecimento do Curso - Resolução nº 1926/03 - Diário Oficial do Estado 24/07/2003

Rua Rocha Pombo, 556 - Telefone (43) 3523-6935 - Cornélio Procópio - Paraná.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Cornélio Procópio 2017

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O formador de homens é aquele que possibilita acesso à cultura, organizando o processo de

formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos

quais se chega ao domínio de patrimônio cultural acumulado pela humanidade.

Dermeval Saviani

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 05 2 APRESENTAÇÃO DO C. E. CRISTO REI – E. NORMAL ............... 07 2.1 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................... 07 2.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO ...................................................................... 07 2.3 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ................................................................... 11 2.4 JUSTIFICATIVA DA IMPLEMENTAÇÃO DO CURSO...................................... 14 2.5 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL ........................................................... 15 2.6 ASPECTOS HUMANOS E PEDAGÓGICOS................................................. 18 2.6.1 PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO C. E. CRISTO REI – E. NORMAL................ 18 2.6.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS ............................................................................ 18 2.6.3 CORPO DISCENTE ....................................................................................... 19 3 MARCO SITUACIONAL – DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO........ 21 3.1 PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR .......................... 21 3.2 PERCEPÇÕES E PERSPECTIVAS DA COMUNIDADE ESCOLAR ..................... 22 3.3 ORGANICIDADE E INTENCIONALIDADE DO COLÉGIO ................................ 24 3.4 RESULTADOS DO APROVEITAMENTO ESCOLAR – ASPECTOS

QUANTITATIVOS ....................................................................................

24 4 MARCO CONCEITUAL – FUNDAMENTOS .................................... 26 4.1 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS ................................. 26 4.2 CONCEPÇÕES .................................................................................... 29 4.2.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ......................................................................... 29 4.2.2 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ........................................................................ 29 4.2.3 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ................................................................. 30 4.2.4 CONCEPÇÃO DE TRABALHO PEDAGÓGICO ..................................................... 31 4.2.5 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ...................................................................... 32

4.3 A SOCIEDADE QUE TEMOS E A QUE QUEREMOS .................................... 33 4.4 PERFIL DO PROFISSIONAL DO CURSO ................................................... 34 4.5 OBJETIVOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES ........................... 37 4.6 OS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUA RELAÇÃO COM O CURSO

DE FORMAÇÃO DE DOCENTES...............................................................

38 5 MARCO OPERACIONAL ................................................................ 42 5.1 MATRIZ CURRICULAR ......................................................................... 42 5.2 CALENDÁRIO ESCOLAR ....................................................................... 43 5.3 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS ......................................................... 44 5.4 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO ........................ 48 5.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ..................................... 49 5.6 ESTÁGIO ........................................................................................... 50 6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ............................................................ 53 6.1 CONSELHO DE CLASSE ...................................................................... 57 6.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................. 58 7 PLANO DE AÇÃO ........................................................................... 63

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8 REFERÊNCIAS .................................................................................. 70 9 ANEXOS ............................................................................................ 72 ANEXO 1 - APMF – GESTÃO 2017 – 2018 ............................................ 73 ANEXO 2 - CONSELHO ESCOLAR – GESTÃO 2016 – 2017 ...................... 74 ANEXO 3 - GRÊMIO ESTUDANTIL “OLAVO BILAC” – GESTÃO 2017 – 2018 75 ANEXO 4 - QUADRO DE PROFESSORES – 2017........................................ 76 ANEXO 5 - QUADRO ADMINISTRATIVO – PEDAGÓGICO – 2017 ................ 79 ANEXO 6 - PLANO DE ESTÁGIO .............................................................. 80 ANEXO 7 - PLANO DE COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA ................ 94

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1. INTRODUÇÃO

Reconhecer a educação como um ato político, que possui uma

intencionalidade, remete a conceber o papel político e pedagógico que a escola

cumpre e a constitui como um espaço de emancipação e construção histórica

da humanidade. Entende-se a escola como uma das instâncias educativas da

sociedade e o trabalho pedagógico nela desenvolvido como uma prática social

de educação.

É, portanto, o Projeto Político Pedagógico (PPP), o elemento norteador

das ações educativas escolares e traz em si uma forma específica da escola

compreender seu papel na sociedade.

Todo projeto pedagógico é necessariamente político. É ele que indica os

rumos da escola e retrata sua identidade (OLIVEIRA, 1990). Entretanto é

sempre um processo inconcluso, poie é uma previsão de futuro que orienta as

ações do presente.

O PPP não é um produto ou um plano elaborado para ser arquivado ou

para cumprir uma tarefa burocrática. Ele é um processo de trabalho coletivo

dos profissionais da escola e deve ser construído, reconstruído e vivenciado

por todos do ambiente escolar.

De acordo com SOUZA, et.al (2005), o PPP pode ser entendido como

um processo que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para

organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola e

sua dimensão pressupõe uma construção participativa envolvendo os diversos

segmentos escolares.

Considerando o pressuposto da construção coletiva e participativa, a

reconstrução do PPP do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal teve

como princípios: rever os fundamentos conceituais dos documentos

orientadores, tais como: LDBEN/96, Instrução 03/2015 – SEED/SUDE,

Instrução 01/2017 – SUED/SEED, Deliberação 007/99; refletir sobre a função

social da escola pública, bem como a deste Colégio; e, sobretudo reanalisar o

PPP desta Instituição de Ensino, que foi revisado pela ultima vez em 2014.

Nesta perspectiva foi oportunizada a toda comunidade escolar,

momentos de discussão e reflexão sobre a prática pedagógica do Colégio e

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ainda propostas e planos para se atingir os objetivos determinados pela própria

comunidade escolar.

Este documento apresenta-se em unidades que contemplam a

apresentação do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal, sua

identificação, história e características da comunidade escolar; o marco

situacional, isto é, o diagnóstico da escola, as percepções e as perspectivas

em relação à gestão, à aprendizagem, etc.; o marco conceitual, que refere-se a

filosofia e concepções dos princípios didático-pedagógicos; e o marco

operacional que abrange as ações didático-pedagógicas, o sistema de

avaliação, bem como o Plano de Ação da escola, que vem sendo construído e

executado nos últimos quatro anos.

Antes de ser apenas um documento, este projeto é o retrato do Colégio

e reflete sua realidade e intencionalidade.

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2. APRESENTAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL CRISTO REI – ENSINO NORMAL

2.1 IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal – Cod.:00020

Endereço: Rua Rocha Pombo, 556

Bairro: Centro

CEP: 86300-000

Telefone/Fax: (43) 3523-6935

Site: www.cppcristorei.seed.pr.gov.br

E-mail: [email protected]

Município: Cornélio Procópio – PR – Cod.: 0640

NRE: Cornélio Procópio

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná – Secretaria de Estado

da Educação – SEED/PR

Regimento Escolar: Ato Administrativo nº

2.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO

Em 22 de abril de 1955 o Governador em exercício, Antônio Anibelli,

assinou o Decreto nº 16.824 criando a Escola Normal Secundária de Cornélio

Procópio, a primeira escola estadual de nível secundário de nossa cidade. A

instalação ocorreu no dia 27 de abril do mesmo ano, assumindo a Direção, em

caráter provisório, o Prof. Ângelo Mazzarotto. As atividades letivas tiveram

início em 08 de maio de 1955, após exame de seleção. As aulas da 1ª turma

aconteceram nas salas do Ginásio Castro Alves e o ano letivo foi prorrogado

até o início de 1956.

Após a implantação do Curso, o colégio passou por inúmeras mudanças

de espaço físico (nove), funcionando em diferentes locais: Salão Dom Bosco;

Edifício Marivone; 3º Grupo, juntamente com a Escola Estadual Coronel

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Francisco Moreira da Costa; prédio do Banco do Estado do Paraná; Grupo

Escolar Zulmira Marchesi da Silva; Lar São Vicente de Paula; Prefeitura

Municipal (Rua Paraíba, 163); prédio no Jardim Progresso; FAFI – Cornélio

Procópio; adquirindo prédio próprio em 1992, o mesmo ocupado anteriormente,

com a Escola Coronel Francisco Moreira da Costa, extinta naquele ano.

Em abril de 1956 assumiu a Direção, em caráter definitivo, a Prof.ª

Orlyza Almeida Pitelli. Fato importante ocorreu em dezembro de 1958, quando,

em consulta à, foi escolhido “Cristo Rei” para patrono. A partir de então o nome

passou a ser Escola Normal Cristo Rei.

A Prof.ª Orlyza foi substituída pela Professora Stela Azzolini Bassit.

Durante todo o período, inúmeras campanhas de arrecadação foram

realizadas, tanto de livros como de mobiliário. A Prof.ª Iderle Borges Monteiro

assumiu a direção em abril de 1962, permanecendo até fevereiro de 1965.

Neste ano a bandeira do Colégio, em uso até a presente data, foi criada e

confeccionada.

A professora Nelly Magalhães assumiu a direção em 1966 e, em 1969 a

professora Ivone Terezinha Russo Chaves. A Prof.ª Nelly reassumiu a Direção

e implantou a Habilitação Técnico em Decoração. O Decreto 3749, de agosto

de 1977, autorizou o funcionamento da escola como parte do Complexo

Escolar Jatir Gonçalves Correia, com a denominação de Colégio Cristo Rei. No

ano seguinte foi implantado a Habilitação Básico em Saúde.

A Prof.ª Ivone assumiu, novamente, a Direção em 1978. Em 1980 a

escola recebeu a denominação de Centro de Excelência do Magistério,

classificação determinada pelo Departamento de 2º Grau da SEED, com o

objetivo de melhoria crescente de qualidade.

A Prof.ª Clarice Gomes Gebara tomou posse, como Diretora, em julho

de 1982, indicada pelo corpo docente. Implantou a habilitação Pré-Escolar –

Estudos Adicionais. No término de 1984, em virtude da aposentadoria da Prof.ª

Clarice, assumiu a direção a Secretária do colégio, Mara Peixoto Pessôa. Em

1985 a Prof.ª Rosa Maria Campos tomou posse como Diretora, tendo sido

indicada pelo corpo docente. Sua escolha foi ratificada pela eleição

democrática.

A Prof.ª Mara Peixoto Pessôa assumiu a Direção em 1988. E no ano

seguinte também, eleita democraticamente para a gestão 89/91.

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O Conselho Escolar foi implantado em 1991. A Prof.ª Mara foi

reconduzida ao cargo de Diretora, para a gestão 93/95, após eleição

democrática.

Em comemoração aos 40 anos de fundação, em 1995, o hino do Colégio

foi composto, com letra e música de Damasco Sotille.

Em 1996 assumiu a Direção, após eleição, a Prof.ª Maria Salete Closs

Fonseca, permanecendo até o final de 1997. Neste período o governo do

Estado - administração Jaime Lerner – propôs a adesão ao PROEM, que não

foi aceito pela comunidade do colégio, embora a Direção e alguns professores

tenham se apresentado favoráveis à adesão.

A Prof.ª Mara reassumiu a Direção, por eleição democrática, no início de

1998, tendo a Prof.ª Indá Ribeiro de Almeida como Diretora Auxiliar. Em julho

do mesmo ano esta se aposentou e a Prof.ª Célia Miyuki Yamasaki assumiu a

referida função. Estudos da Equipe Pedagógica e do Corpo Docente foram

iniciados para a elaboração da Proposta Curricular, adequando-se às Diretrizes

do Ensino Médio – Modalidade Normal.

Em todo este período a caminhada foi solitária, pois, pela não adesão ao

PROEM - garantindo a oferta do Curso ‘Magistério’ – o colégio não teve

assessoramento pedagógico, nem tampouco, benfeitoria no espaço físico.

A Profª Mara, após processo seletivo de Diretores, manteve-se na

função até dezembro de 2003. Com a ação do tempo e o ataque de cupins,

sem intervenção do mantenedor, o prédio foi interditado em julho de 2003. Vale

registrar que tal fato foi uma solicitação da Diretora, haja vista que todas as

solicitações de tomada de providências foram inúmeras vezes solicitadas e não

atendidas. No final deste mesmo ano aconteceu nova eleição. Foi eleita, via

processo democrático, a Professora Roberta Negrão de Araújo.

Apesar da dificuldade do espaço físico o ano de 2003 foi profícuo

pedagogicamente: o DEP/SEED desenvolve, por meio de comissão, estudos

para a implantação do Curso de Formação de Docentes para a Educação

Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Em janeiro de 2004 as obras de reforma (aprovadas em 2003) iniciaram,

quando também foi implantada nova Matriz Curricular – Curso Médio-Integrado,

além do Curso de oferta subsequente no noturno (aproveitamento de estudos).

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Em 17 de setembro deste ano, o prédio da Rua Rocha Pombo, após reforma,

foi reinaugurado.

No dia 25 de novembro de 2005 aconteceu a consulta à comunidade

escolar para escolha da Direção do colégio. Foi inscrita uma única chapa,

tendo a professora Roberta Negrão de Araújo como diretora e a professora

Célia Miyuki Yamasaki como diretora auxiliar. O mandato seria para o biênio

2006- 2007, porém de acordo com legislação vigente houve prorrogação do

mandato até 2008. Com 100% dos votos dos professores e funcionários (53

inscritos) e 97,7% dos votos dos alunos, a chapa foi escolhida para representar

a comunidade do Colégio Cristo Rei.

Concorreu novamente à Direção, no dia 21 de novembro de 2008, uma

única chapa com inversão de cargos, composta agora pela professora Célia

Miyuki Yamasaki como diretora e pela professora Roberta Negrão de Araújo

como diretora auxiliar para cumprir o mandato para o triênio 2009-2011. A

eleição para esta gestão obteve 97,34% de votos favorecidos entre

professores, funcionários e alunos participantes.

Em 23 de novembro de 2011 ocorreu novo processo eletivo. A única

chapa inscrita foi composta por Regina Paula de Conti (Diretora) e Roberta

Negrão de Araújo (Diretora Auxiliar), que obtiveram 91,6% dos votos da

comunidade escolar. A gestão seria para o triênio 2012- 2014, mas houve

prorrogação do mandato até 2015.

Novo processo eletivo ocorreu em 03 de dezembro de 2015 quando a

professora Regina Paula de Conti concorreu novamente à Direção com chapa

única, desta vez, tendo a professora Claudia Alves Schmidt dos Santos como

Diretora Auxiliar. A chapa obteve 98% dos votos e a gestão é para o quadriênio

2016-2019.

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2.3 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Denominação do Curso

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental – Nível Médio, Modalidade Normal – 4800

horas/aula (4 anos)

Curso Técnico em Nível Médio do Eixo Tecnológico Desenvolvimento

Educacional e Social – ProFuncionário.

Centro de Língua Estrangeira Moderna – CELEM

Modalidade de oferta: Normal.

Regime de funcionamento: presencial.

Carga Horária Total do Curso:

- 4800 horas/aula (4 anos)

- 4000 horas/relógio

- Localização: urbana

- Distância do NRE: 1 Km

Autorização para funcionamento e reconhecimento

Cursos Resolução de autorização

de funcionamento

Resolução de

Reconhecimento

Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos

Anos Iniciais do Ensino

Fundamental – Modalidade

Normal, Nível Médio

Resolução nº 2996/05 de

28/11/2005

Resolução nº 1171/2014 –

DOE de 07/04/2014

Curso Técnico em Nível

Médio do Eixo Tecnológico

Desenvolvimento

Educacional e Social –

Profuncionário

Credenciamento sob

Resolução nº 4111/06 –

DOE de 29/09/06

Resolução nº 3561/2010 –

DOE de 23/12/2010

Centro de Língua

Estrangeira Moderna –

CELEM

Resolução nº 3904/08 Instrução Normativa

19/2008 – SUED/SEED

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Atos Oficiais

Habilitação/Curso Ato nº

Escola Normal Secundária de Cornélio Procópio

Escola Normal Colegial Estadual Cristo Rei Habilitações: Técnico em Decoração

Magistério

Colégio Cristo Rei – Ensino de 2º Grau Habilitação Básica em Saúde

Habilitação Plena de Magistério

Colégio Cristo Rei – Ensino de 1º e 2º Graus Implantação de 1ª a 4ª séries do Ensino

de 1º Grau

Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino de 2º Grau

Estudos Adicionais – Pré-Escolar (reconhecimento)

Centro Estadual de Educação Profissional Cristo Rei

Formação de Docentes/anos iniciais do Ensino Fundamental – Modalidade Normal

Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal

Decreto 16824/55 – 22/04/55

Parecer 112/75 – 05/06/75

Decreto 3749/77 – 25/08/77 Parecer 091/78 Resolução 3059/81 –

16/12/81

Resolução 907/82 – 30/03/82

Resolução 3764/83 – 03/11/83

Resolução 2608/87 – 25/06/87

Resolução 3120/98 Parecer 551/88 –

Deliberação 010/99 (CEE)

Resolução 3156/01

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Horário Letivo:

PERÍODO MATUTINO – 05 aulas de 50min.

1ª AULA 07:45h – 08:35h

2ª AULA 08:35h – 09:25h

3ª AULA 09:25h – 10:15h

INTERVALO 10:15h – 10:25h

4ª AULA 10:25h – 11:15h

5ª AULA 11:15h – 12:05h

O.B.S.: O turno Matutino cumpre 05 aulas no turno Vespertino, na disciplina de Prática de Formação Docente. PERÍODO VESPERTINO – 05 aulas de 50min.

1ª AULA 13:00h – 13:50h

2ª AULA 13:50h – 14:40h

3ª AULA 14:40h – 15:30h

INTERVALO 15:30h – 15:40h

4ª AULA 15:40h – 16:30h

5ª AULA 16:30h – 17:20h

O.B.S.: O turno Vespertino cumpre 05 aulas no turno Matutino, na disciplina de Prática de Formação Docente. PERÍODO NOTURNO – 03 aulas de 50min. e 02 aulas de 45min.

1ª AULA 18:50h – 19:40h

2ª AULA 19:40h – 20:30h

INTERVALO 20:30h – 20:40h

3ª AULA 20:40h – 21:30h

4ª AULA 21:30h – 22:15h

5ª AULA 22:15h – 23h

O.B.S.: O turno Noturno cumpre 05 aulas de 50min no turno Vespertino e/ou Matutino, na disciplina de Prática de Formação Docente.

Complementação de Carga Horária:

- 40 horas (Matutino e Vespertino)

- 72 horas (Noturno)

Plano de Complementação - anexo

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2.4 JUSTIFICATIVA DA IMPLEMENTAÇÃO DO CURSO

A partir de 2003 a política do Departamento de Educação Profissional

da SEED/PR direcionou a retomada de uma proposta de formação humana

diferente daquela que orientou as reformas dos últimos anos a partir da década

de 1990. Tanto no âmbito federal como no estadual houve um esforço para

recuperar a ciência, a tecnologia, a cultura e o trabalho como princípio

educativo, este último no sentido gramsciano. Isso implica em pensar a

educação realizada nas instituições públicas como o centro responsável pela

formação humana e profissional dos sujeitos sociais.

Nesse sentido, a formação dos professores é uma demanda que a

SEED-PR decidiu enfrentar como uma forma de continuar a história do

compromisso do setor público paranaense com esses profissionais que

precisam ter acesso a essa formação profissional.

O curso de Magistério no estado do Paraná passou por reformas

educacionais, mas teve suas especificidades, sobretudo a partir de 1991,

primeiro ano da implantação do currículo, elaborado nos últimos anos da

década de 1980. Esse currículo tinha como princípio não dissociar a formação

da educação geral e da formação específica, mesmo porque essa dissociação

curricular interna nunca esteve presente em nenhuma das propostas

anteriores.

A discussão sobre a reformulação do curso de Magistério no Paraná

iniciou-se em 19831, onde já apareceram críticas e sugestões de superação

para o curso concebido e concretizado durante os anos da Ditadura Militar. A

crítica indicava o excesso de tecnicismo e de superficialidade na formação de

professores, realizada em 3 anos, com disciplinas e metodologias de ensino

calcadas numa visão extremamente positivista da escola e da sociedade.

Dessa forma, vários eventos e equipes foram elaborando outras propostas para

o curso de Magistério, que resultou no Currículo com duração de 4 anos e que

pretendia superar o dominado tecnicismo, psicologismo e positivismo que se

faziam presentes na década de 1980, considerados como referência nacional.

1 PARANÁ.FUNDEPAR. Magistério para as séries Iniciais do ensino de 1º Grau.Anais do

Seminário. Curitiba: SEED-PR, 1983 / (Organizadora: Diretora da FUNDEPAR, Profª.Lílian Anna Wachowicz)

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De 1992 a 1996, período de implantação da proposta, várias

experiências educativas bem-sucedidas foram desenvolvidas nos cursos de

Magistério das escolas estaduais, tais como: contato dos(as) alunos(as) desde

as primeiras séries do curso de magistério com a realidade educativa,

aprofundamento dos conteúdos de fundamentos, esforço para mudar as

metodologias e concepções de ensino através dos estágios, entre outras. É

bem verdade que também constataram dificuldades.

Em 1995 ocorreu uma mudança radical nos rumos da educação do

Paraná, que acompanhou as tendências já mencionadas anteriormente, em

nível internacional e nacional, no sentido de adequação da educação ao

capitalismo de acumulação flexível.

Assim, em outubro de 1996, por meio do PROEM, a SEED-PR

determinou a seção das matrículas nos cursos profissionalizantes, inclusive do

Magistério, impondo o Ensino Médio, que previa a estruturação do ensino

profissionalizante como Pós-Médio.

Apenas em 2003, em outro governo, é que foi resgatada, por meio da

criação do Departamento de Educação Profissional (mais tarde Departamento

de Educação e Trabalho) a oferta destes cursos.

Desta forma o Departamento de Educação Profissional, a partir da

definição das políticas de gestão, empenhou-se em retomar a responsabilidade

do setor público na oferta da modalidade de ensino-Formação de Professores

em Nível Médio, enfrentando, portanto, o grave problema da falta de

professores para a Educação Infantil no Estado, o que implicou na elaboração

de uma nova proposta, a deste novo Curso.

2.5 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL

2.5.1 Instalações Físicas

06 salas de aula (área: 48 m²), sendo uma utilizada para o Laboratório

de Informática.

01 sala de aula (área: 26,8 m²) – utilizada como sala de aula no período

matutino e Prática de Formação no período vespertino.

01 sala de Direção e Coordenação (área: 14,35 m²)

01 sala de Pedagogos (área: 12 m²)

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01 sala de Professores (área: 15,60 m²²)

01 sala de Secretaria (área: 32,33 m²)

01 sanitário de Professores (área: 1,95 m²)

01 sanitário feminino (área: 20,8 m²)

01 sanitário masculino (área: 20,8 m²)

01 refeitório (área: 37,80 m²)

01 cozinha (área: 14,44 m²)93

01 almoxarifado (área: 4,8 m²)

01 depósito para a guarda de alimentos (área: 10,14 m²)

01 biblioteca, compartilhada com máquina fotocopiadora (área: 41,48

m²)

01 quadra de esportes para treinamento (área: 264 m²)

01 pátio descoberto (área: 485,3 m²)

2.5.2 Espaço Físico e Mobiliário

O espaço físico não é adequado para atender satisfatoriamente nossa

comunidade escolar, bem como a especificidade do curso de Formação de

Professores que demanda uma dedicação maior de tempo-espaço.

A quadra não atende aos padrões necessários para a prática de

qualquer modalidade esportiva e é descoberta.

No ano 2012, em atendimento ao Decreto-lei n. 5296, de 2 de

dezembro de 2004, que regulamentou as leis n. 10048/2000 e 10098/2000 (que

estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da

acessibilidade), a escola passou por adequações no espaço físico, com

construção de rampas nas salas de aulas, refeitório e acesso ao pátio, além de

adequação no espaço do banheiro feminino, bem como instalação de corrimão

acompanhando as rampas de aceso ao refeitório. Tal adequação deu-se pela

matrícula de estudante cadeirante.

Em 2013 foi instalada uma cobertura em alvenaria na porta de entrada

e saída dos alunos e uma cobertura em toldo na entrada e saída dos

professores e funcionários.

A sala dos professores é restrita e não há espaço suficiente para a

permanência dos mesmos nos horários de Hora-Atividade.

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Já o mobiliário, equipamentos e outros materiais (como os didáticos,

por exemplo) são patrimoniados e têm seus registros em arquivo próprio.

Biblioteca

A Biblioteca não só concentra acervo e empréstimo de livros literários e

de pesquisa, como também é sala de estudos. O espaço físico é pequeno e,

portanto, distante do esperado para se congregar as duas funções.

A biblioteca necessária e ideal para atender nossa comunidade, obviamente

deveria contar com maior espaço físico, maior acervo, com renovação

constante dos exemplares e ampliação dos títulos disponíveis.

As Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná indicam, principalmente

para as disciplinas da área de humanas, que a biblioteca seja privilegiada no

trabalho docente e discente. É na Biblioteca escolar que o professor constrói-se

como leitor de mundo e produtor de sentidos deste mesmo mundo a ser

mediado aos estudantes. Lendo se faz o conhecimento e lendo nos

descobrimos parte deste conhecimento. Pois não há outro lugar da escola que

possa conter maior número de pontos de vista, cores, imagens, palavras.

A Biblioteca pressupõe trabalho concreto com o conhecimento

historicamente acumulado pelo homem e, mesmo os títulos do acervo de nossa

instituição sendo em número insuficiente e o espaço físico mínimo, nos

desafiamos cotidianamente a formar leitores/pesquisadores.

Laboratório de Informática

O Laboratório de Informática oportuniza o desenvolvimento de projetos

com o uso da informática educativa. Alguns professores utilizam-se de sites de

pesquisa bem como do Portal Dia a Dia educação para prepararem suas aulas.

É também neste espaço que o corpo docente realiza seus registros no

Registro de Classe Online – RCO. Como é um espaço de uso comum ao corpo

discente, ocasionalmente estas atividades são inadequadas a acontecerem

simultaneamente.

Importante destacar que o número de computadores é insuficiente e que

a manutenção é ineficaz, pois comumente, poucos estão funcionando a

contento. A Internet também é precária e de pequeno alcance, limitando a

eficiência do trabalho docente e discente, impedindo atividades online.

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2.6 ASPECTOS HUMANOS E PEDAGÓGICOS

2.6.1 Profissionais da educação

A Equipe Gestora é constituída por uma Diretora e uma Diretora Auxiliar.

A Equipe Pedagógica é constituída por: uma pedagoga por turno

(matutino, vespertino e noturno), com 20 horas cada; Coordenação de Curso e

Coordenação de Estágio. O número de horas das coordenações varia de

acordo com o número de turmas.

O Corpo Docente é formado por cerca de 50 professores: 16 professores

QPM lotados no estabelecimento; 24 professores QPM não lotados no

estabelecimento; 09 professores REPR; 01 professor Intérprete de Libras-

QPM e 01 professor Intérprete de Libras - REPR.

O quadro de Funcionários é constituído por um Secretário - QFEB; 05

Agentes Educacionais II – QFEB e 05 Agentes Educacionais I – QFEB.

2.6.2 Instâncias Colegiadas

APMF: órgão de representação dos pais, professores e funcionários do

Colégio, sem caráter político-partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos,

com o propósito de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. A APMF

do Colégio Estadual Cristo Rei – E. Normal é atuante e participativa.

A gestão da Diretoria da APMF tem valência de dois anos. A atual foi

eleita em março de 2017.

CONSELHO ESCOLAR: órgão colegiado representativo da comunidade

escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora em uma

perspectiva democrática, constitui-se órgão máximo de direção nesta

instituição de ensino. A atual gestão dos conselheiros escolares corresponde

ao biênio 2016/2017.

GRÊMIO ESTUDANTIL: órgão de representação do corpo discente, que

defende os interesses individuais e coletivos dos alunos. O grêmio estudantil

do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal, denominado “Grêmio

Estudantil Olavo Bilac”, promove, como instância colegiada, a integração entre

a equipe gestora, pedagógica, professores, funcionários e alunos, no intuito de

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efetivar a democratização da escola. É atuante, participando das reuniões do

Conselho Escolar e reuniões de Conselho de Classe; organizando campanhas

solidárias (Hospital do Câncer, Campanha do Agasalho) e de saúde (Dengue,

Outubro rosa, etc.); organizando festividades comemorativas (Aniversário do

colégio, Dia da mulher, Dia do estudante, Festa junina, etc.) e

elaborando/produzindo o Jornal do Magistério.

2.6.3 Corpo Discente

A comunidade discente é essencialmente feminina, apenas 4% são do

sexo masculino. No que tange a faixa etária, por se tratar de Curso de

Formação de Docentes com duração de quatro anos, 90% dos estudantes

estão inseridos na linha adequada da idade escolar – 14 a 18 anos, e os outros

10% variam entre 19 e 30 anos.

Número de alunos por turma

ANO LETIVO 2015

Período Matutino

1ª série – 02 turmas 57

2ª série – 02 turmas 53

3ª série – 01 turma 40

4ª série – 01 turma 33

Período Vespertino

1ª série – 02 turmas 43

2ª série – 01 turma 24

3ª série – 01 turma 24

4ª série – 01 turma 12

Período Noturno

1ª série – 01 turma 17

2ª série – 01 turma 19

3ª série – 01 turma 30

4ª série – 01 turma 12

Aproveitamento de estudos – 01 turma

15

CELEM - 03 turmas 31

Atividade Complementar 22

PRÓFUNCIONÁRIO – 04 TURMAS 142

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20

ANO LETIVO 2016

Período Matutino

1ª série – 01 turma 33

2ª série – 02 turmas 52

3ª série – 02 turmas 45

4ª série – 01 turma 37

Período Vespertino

1ª série – 02 turmas 37

2ª série – 01 turma 23

3ª série – 01 turma 19

4ª série – 01 turma 23

Período Noturno

1ª série – 01 turma 23

2ª série – 01 turma 14

3ª série – 01 turma 18

4ª série – 01 turma 25

CELEM - 03 turmas 61

Atividade Complementar 32

O.B.S.: No ano letivo de 2016 não houve turmas para o Curso Prófuncionário; e o índice de evasão no Curso CELEM foi bastante elevado;

ANO LETIVO 2017

Período Matutino

1ª série – 01 turma 38

2ª série – 01 turma 29

3ª série – 02 turmas 52

4ª série – 02 turmas 43

Período Vespertino

1ª série – 02 turmas 63

2ª série – 01 turma 27

3ª série – 01 turma 22

4ª série – 01 turma 16

Período Noturno

1ª série – 01 turma 37

2ª série – 01 turma 26

3ª série – 01 turma 22

4ª série – 01 turma 22

O.B.S.: No ano letivo de 2017 não houve formação de turmas para o Curso Prófuncionário e para o CELEM ;

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3. MARCO SITUACIONAL – DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO

3.1 PERFIL SOCIO-ECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A comunidade discente do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal

reside predominantemente em casa própria (aproximadamente 70%), 25%

residem em casa alugada e 5% em casa cedida, das quais 93% estão

localizadas na zona urbana. Em relação à renda familiar: 56% possuem renda

entre 01 a 03 salários mínimos, 22% recebem até 01 salário mínimo e 18% têm

renda de mais que 03 salários mínimos. Cerca de 80% dos alunos tem acesso

à Internet em sua residência; 63% possuem computador em casa e 98% têm

telefone celular. A maioria (88%) cursou o Ensino Fundamental I e II em

escolas da rede pública.

Ao analisar a estrutura familiar, 65% de nossos estudantes moram com

os pais, 18% residem apenas com a mãe e 17% moram com outros familiares

(avós, tios, padrasto, etc.). Em relação à escolaridade da família, a maioria dos

pais estudou até o Ensino Fundamental II e Ensino Médio, quanto às mães,

prevalece o Ensino Médio e Superior.

Quanto à comunidade docente, além da formação inicial exigida, todos

os professores que atuam nesta instituição de ensino, possuem Pós-

graduação. Alguns são mestres e há no quadro um docente com Doutorado em

Educação. De forma geral há interesse em atualização constante e a maioria

possui bastante domínio dos eixos básicos de suas disciplinas.

Em relação aos funcionários, todos fazem parte do Quadro de

Funcionários da Educação Básica – QFEB. Dos quais 05 são Agentes

Educacionais I, do sexo feminino, entre as quais 04 possuem escolaridade até

o Ensino Médio e uma possui Ensino Superior. Entre os 06 Agentes

Educacionais II, apenas 01 possui Ensino Médio e todos os outros têm curso

de Pós-graduação.

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3.2 PERCEPÇÕES E PERSPECTIVAS DA COMUNIDADE ESCOLAR

Na percepção dos estudantes, 61% consideram o ensino no colégio

como ótimo, 33% como bom, 5% como regular e apenas 1% classificam como

fraco. Cerca de 70% dos estudantes gostam muito de estudar nesse colégio e

sentem-se motivados a estarem frequentando o curso. Percebem ainda que na

maioria das vezes a Direção e Equipe Pedagógica atendem as solicitações e

resolvem os problemas pedagógicos dos estudantes, afirmam também que os

professores são frequentes, dominam o conteúdo e que na maior parte do

tempo tem bom relacionamento com a turma.

No que tange as perspectivas dos alunos, o espaço físico do Colégio é

restrito, o que impede a realização de atividades diferenciadas, tais como:

dança, teatro e modalidades esportivas. Apontam como aspectos negativos, a

quadra descoberta e pequena e o laboratório de informática ter uso limitado,

visto que é dividido com os professores. Gostariam que a escola

proporcionasse mais oportunidades de passeios, viagens e visitas técnicas.

Na percepção do corpo docente, 38% consideram ótimo o ensino em

nosso colégio e 61% o classifica como bom. A maioria se sente motivada a

trabalhar nesta instituição de ensino. Ao tratar das relações interpessoais, 80%

dos professores classificam entre “ótima e boa” a relação entre os pares e a

relação com seus alunos. Percebem que a relação da Equipe Pedagógica e a

Direção com os professores e alunos é muito boa. Entretanto acreditam que o

relacionamento dos pais com a instituição de ensino ainda é mínimo e anseiam

por maior participação das famílias na escola.

O corpo docente aponta que o espaço físico é deficiente, que o acesso à

internet é truncado e de baixo alcance, que a prática de atividades esportivas é

restrita em função do próprio espaço, que as ferramentas educacionais para o

uso das tecnologias é limitada e as salas de aula são numerosas. Como

principal aspecto positivo, os professores destacam que a Direção, a Equipe

Pedagógica e os Professores são comprometidos com a escola e com a

educação.

De modo geral, os professores defendem que a função social deste

colégio é a formação integral do indivíduo priorizando não apenas os aspectos

cognitivos, mas também oportunizar a continuidade dos estudos e o

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comprometimento profissional. Desta forma o Colégio Estadual Cristo Rei –

Ensino Normal busca formar alunos críticos, responsáveis, solidários, éticos e

que estejam subsidiados e preparados para atuar como profissionais da

educação.

A maioria dos funcionários sente-se motivada a trabalhar no colégio e

percebe uma ótima relação entre a Direção, os alunos e eles próprios.

Apontam que não há discriminação no tratamento entre os professores e os

agentes educacionais, entretanto consideram que falta comunicação entre os

diferentes setores. Solicitam que aconteçam reuniões periódicas durante o ano

para as divisões das tarefas.

Para a Direção e Equipe Pedagógica, o ambiente escolar é agradável e

de bom relacionamento interpessoal. Percebe que o corpo discente apresenta

defasagem em sua formação básica, quanto à leitura, a escrita, expressão oral

e cálculos básicos. Nosso colégio apresenta altos índices de estudantes que

ingressam no Ensino Superior, seja por aprovação em vestibulares de

Universidades públicas e/ou privadas ou ainda por rendimento no ENEM.

A equipe gestora considera ainda que o corpo docente, de modo geral, é

assíduo e comprometido com o conteúdo e as ações pedagógicas do colégio.

Porém, alguns poucos profissionais são desmotivados, não participam das

atividades e propostas do colégio e não cumprem com suas funções nos

prazos estabelecidos.

Em relação à comunidade de pais e/ou responsáveis, entende-se que

participa da vida escolar de seus filhos, apenas quando solicitada, mesmo

assim esporadicamente. Para compor a APMF e o Conselho Escolar, é

necessário convites específicos com diálogos intensos e insistentes, nos

períodos que antecedem as eleições. Aparentemente os pais procuram não

criar vínculos com a escola e se sentem mais confortáveis ao preterir à escola

a tomada de decisões.

Quanto aos investimentos públicos, nos últimos três anos, houve

drástica redução nas verbas enviadas pelo mantenedor (Cotas do Programa

Fundo Rotativo), considerando a inflação e o decréscimo do poder de compra,

prejudicando a manutenção, especialmente, de material de higiene e limpeza.

O Colégio necessita também de materiais tecnológicos e para tanto se

desdobra a fim de gerar recursos junto à comunidade.

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3.3 ORGANICIDADE E INTENCIONALIDADE DO C.E. CRISTO REI – E.

NORMAL

De forma geral, o Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal tem

como intencionalidade garantir a especificidade da ação educativa

fundamentada na perspectiva progressista evitando a fragmentação das

práticas educativas e a secundarização do conteúdo. Neste sentido pretende-

se racionalizar os esforços e recursos para se atingir os fins do processo

educativo.

Para tanto, a escola procura orientar-se por uma concepção ética que

ancora a moralidade do processo educativo escolar, o estímulo ao

conhecimento e a busca de soluções de problemas pessoais e comunitários.

O colégio tenta ir ao encontro das atuais demandas sociais, integrando

escola e comunidade na discussão das temáticas contemporâneas,

destacando a importância de se conceber o conhecimento disciplinar

(conteúdo), a partir da epistemologia de sua ciência de referência, tanto

disciplinarmente, quanto interdisciplinarmente.

Diante disto almeja-se a construção de uma escola como espaço de

valorização da cultura produzida pela humanidade, partindo do pressuposto

que a Educação escolar significa o acesso e produção de conhecimento de

forma problematizadora, humanizadora e emancipadora, possibilitando ao

indivíduo compreender e analisar a realidade social de maneira crítica.

3.4 RESULTADOS DO APROVEITAMENTO ESCOLAR – Aspectos

Quantitativos

Resultado Final – Ano Letivo 2015

Matrículas

Aprovados

Aprovados

por

Conselho de

Classe

Reprovados

Transferidos

ou

Remanejados

Desistentes

419

100%

324

84%

105

33%

40

10%

33

8%

22

6%

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Resultado Final – Ano Letivo 2016

Matrículas

Aprovados

Aprovados

por

Conselho

de Classe

Reprovados

Transferidos

ou

Remanejados

Desistentes

405

100%

318

83%

101

32%

31

8%

20

5%

36

9%

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4. MARCO CONCEITUAL – FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-

PEDAGÓGICOS

4.1 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

Toda escola deve ter definido – para si mesma e para sua comunidade

escolar – sua identidade, bem como um conjunto orientador de princípios e de

normas que iluminem a ação pedagógica cotidiana. A reflexão sobre a prática

despontará em ação coletiva consciente, intencional e consistente, ação a favor

de uma escola pública de boa qualidade para a maioria da população. O

Projeto Político Pedagógico reflete, indiscutivelmente, tal identidade.

Na perspectiva do Projeto Político Pedagógico surge uma

responsabilidade coletiva, que dá espaço para ações direcionadas a fins

comuns, explicitados a partir do assumir uma concepção de educação

progressista, em que a função da escola é a transmissão do conhecimento

científico-filosófico.

Diversos elementos constituem o Projeto Político Pedagógico da

escola, refletindo sua identidade. Os princípios filosóficos embasam todos os

demais elementos, portanto, sua definição é essencial. A escola que se

fundamenta na pedagogia progressista condiciona-se pelos aspectos sociais,

políticos e culturais, efetivando-se como espaço que aponta possibilidades de

transformação social. A educação possibilita a compreensão da realidade

histórico-social, o que torna o aluno sujeito transformador dessa realidade.

A pedagogia progressista propõe interação entre conteúdo e realidade

concreta, visando a transformação da sociedade. O conteúdo, então, tem

enfoque importante, considerando que este é produção histórico-social de

todos os homens. Os conteúdos são indispensáveis para a compreensão da

prática social: revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as

possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação desta

realidade. Desta forma, a escola assume o papel de socializadora dos

conhecimentos e saberes universais.

Para Saviani

Esta é a base da ideia da socialização do saber que a gente tem formulado em termos pedagógicos. Aqui é preciso desfazer uma confusão. Elaboração do saber não é sinônimo de produção do

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saber. A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. Daí a importância da escola: se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do saber, embora continuem, pela sua atividade prática real, a contribuir para a produção do saber. O saber sistematizado continua a ser propriedade privada a serviço do grupo dominante. (2000, p.91)

O pensamento do educador Saviani aponta a dialética como

pressuposto, posicionando a filosofia que fundamenta a referida tendência: o

materialismo histórico-dialético.

Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão “Pedagogia Histórico-Crítica” é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana. No Brasil, esta corrente pedagógica se firma, fundamentalmente, a partir de 1979 (idem, 2000, p.102).

A necessidade de se definir os princípios filosóficos da escola é

determinada na construção do Projeto Político Pedagógico, que exige profunda

reflexão acerca das finalidades da escola, bem como a explicitação de seu

papel social e a definição das ações a serem implementadas por todos os

envolvidos no processo educacional. Veiga afirma que o PPP “é, portanto, fruto

de reflexão e investigação” (1998, p.9).

Já Vasconcellos define projeto pedagógico como “a sistematização

nunca definitiva de um processo de planejamento participativo, que se

aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação

educativa que se quer realizar”. (1995, p. 46)

Podemos concluir que a construção do PPP, independente da

nomenclatura utilizada, é feita pelos sujeitos envolvidos com o processo

educativo da escola em ato deliberativo, sendo resultado de um processo

complexo de discussões e debates, cuja concepção requer tempo, estudo,

reflexão e aprendizagem de trabalho coletivo.

De acordo com Veiga

O projeto político pedagógico, como projeto/intenções, deve constituir-se em tarefa comum da equipe escolar e, mais especificamente, dos serviços pedagógicos (Supervisão Escolar e

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Orientação Educacional). A esses cabe o papel de liderar o processo de construção desse projeto pedagógico. Se, por um lado, a coordenação do processo de construção do projeto pedagógico é tarefa do corpo diretivo e da equipe técnica, por outro, é co-responsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal técnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando, ainda, com a colaboração e a assessoria efetivas de profissionais ligados à educação (1998, p.31).

Logo, para que a escola torne-se espaço de inovação e investigação,

sendo autônoma, é imprescindível a escolha de um referencial metodológico

que permita a construção/determinação de sua identidade. Para isso é

necessário refletir e questionar o trabalho pedagógico realizado até os dias de

hoje.

A legitimidade de um PPP está devidamente ligada ao grau e ao tipo

de participação de todos os envolvidos com o processo educativo da escola.

Para construir um PPP é preciso enfrentar o desafio da mudança e da

transformação, o que implica em:

uma organização escolar que busca e deseja práticas coletivas e

individuais baseadas em decisões tomadas e assumidas pelo coletivo

escolar;

equipe gestora, mais especificamente dos serviços pedagógicos, com

liderança e vontade firme de coordenar, dirigir e comandar o processo

decisório como tal;

autonomia. Para ser autônoma a escola não pode depender somente

dos órgãos centrais e intermediários que definem a política da qual ela

não passa de executora. Ela concebe sua proposta pedagógica e tem

autonomia para executá-la e avaliá-la ao assumir uma nova atitude de

liderança no sentido de refletir sobre as finalidades sociopolíticas e

culturais da escola;

domínio de conhecimentos específicos, por parte dos professores,

utilização de metodologia eficaz, consciência crítica e o propósito firme

de ir ao encontro das necessidades concretas de sua sociedade e de

seu tempo.

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No PPP é preciso considerar a teoria pedagógica. A progressista parte

da prática social e está comprometida em solucionar os problemas da

educação, do currículo e do processo de ensino e aprendizagem.

4.2 CONCEPÇÕES

4.2.1 Concepção de educação

A escola surgiu para divulgar o conhecimento científico a todo cidadão.

Porém, as classes dominantes a utilizaram para manter o poder, ficando este

acesso restrito à minoria. Atualmente, as políticas públicas estão voltadas ao

acesso, permanência e sucesso para todos os cidadãos. Entretanto, os papéis

que a escola tem assumido e os saberes que estão sendo repassados não dão

conta da real função da escola. Para atender as questões emergentes, a

escola tem que resgatar sua real função, sendo aberta, democrática e

emancipatória, onde os alunos tenham consciência da importância desta

instituição para seu crescimento pessoal e acadêmico.

A educação é uma necessidade humana nascida da prática social

específica dos homens; portanto, um fenômeno próprio dos seres humanos. O

ensino é o processo de disseminação e apreensão do conhecimento

historicamente produzido pela sociedade. Porém, o ensino não se resume na

socialização dos conhecimentos já produzidos, ele deve viabilizar as condições

para a produção de novos conhecimentos, dentro dos limites de compreensão

possíveis para cada momento da vida acadêmica.

4.2.2 Concepção de currículo

Saber o que é a escola a partir do currículo e do ensino não é tarefa

que se faça com muita facilidade. A escola pode ser uma instituição social

conservadora ou progressista. Quando progressista, entende a educação como

parte da sociedade, portanto sofre e apresenta influências da estrutura social.

Isso se dá na escola através do currículo e do ensino controlado pela estrutura

hierárquica.

Desconsidera-se que ensino e currículo acontecem numa sociedade

capitalista, e, portanto, separados da realidade e não levando em importância

as especificidades da escola enquanto organização, alunos e educadores. O

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currículo, portanto, deve ser entendido como uma construção e realização

coletiva. Desta forma, define uma opção política. No caso do colégio, a escolha

é pela emancipação, como consequência da aprendizagem do conhecimento

produzido pela sociedade, sem menosprezar o conhecimento da prática social

do estudante, que será considerado como ponto de partida.

Isso depende da pedagogia assumida: crítica (progressista) ou liberal

(conservadora). Assim, depende da opção pela construção de uma nova ordem

social ou manutenção da ordem social existente. É preciso dar vazão à

reconstrução do conhecimento pelas camadas populares a partir da

apropriação das ferramentas necessárias a uma melhor compreensão do

contexto social em que se vive. É preciso também evitar metodologias que

privilegiam a transmissão de conhecimentos distanciados da realidade e da sua

confrontação crítica: é necessário ocupar-se dos problemas da prática social

relacionados com os conteúdos curriculares. Deve estar voltada para a

totalidade do processo. Deve estar comprometida com a superação do senso

comum e o estabelecimento da sistematização (organização) dos conteúdos

produzidos pela sociedade humana.

Entendemos currículo como algo polissêmico e multifacetado, visto

como uma construção cultural, historicamente situado, socialmente construído,

vinculado, indissociavelmente, ao conhecimento e constituindo o elemento

central do projeto educativo da escola. O currículo, hoje, reflete as contradições

da realidade sócio-educacional, espelhando lutas e conflitos e sendo o lugar no

qual se cruzam as reflexões sobre a prática e a teoria da educação.

4.2.3 Concepção de conhecimento

A visão de conhecimento está vinculada à visão de homem e de

mundo. O conhecimento escolar deve se apoiar na realidade concreta da

escola. Sendo assim, ele não é um produto pronto e acabado.

A escolha dos conteúdos, portanto, não é uma escolha “do gosto

do professor” ou “da imposição dos conteúdos por eles mesmos” ou da “vida

pregressa dos alunos”. A escolha dos conteúdos deve estar intimamente ligada

aos grandes problemas enfrentados na prática social.

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4.2.4 Concepção de trabalho pedagógico

Na perspectiva da nova organização do trabalho pedagógico, o ensino

é entendido como uma atividade profissional complexa que exige preparo,

compromisso e responsabilidade do educador para instrumentalizar política e

tecnicamente o aluno, ajudando-o a constituir-se como sujeito social.

Aprendizagem é concebida como um processo de assimilação / apreensão de

determinados conhecimentos, habilidades intelectuais e psicomotoras, atitudes

e valores, organizados e orientados no processo de ensino. A aprendizagem é

a atividade do aluno de assimilação / compreensão / produção de

conhecimento.

Tendo em vista as dimensões e os princípios que devem ser garantidos

no PPP do Colégio Estadual Cristo Rei, a proposta de currículo do curso

normal em nível médio está calcada numa visão educacional que tem como

referência três princípios pedagógicos: o trabalho como princípio educativo,

a práxis como princípio curricular e o direito do educando ao atendimento

escolar, os quais devem perpassar a formação inicial dos professores na

contemporaneidade.

Para que o projeto deste colégio saia do preceito formal à

implementação no contexto escolar é necessário:

Identificar as dificuldades em relação à aplicação correta dos

conceitos de interdisciplinaridade e contextualização;

clareza e coerência dos objetivos formulados, do parâmetro de

qualidade social de ensino e aprendizagem definidos nos

planejamentos das disciplinas, tanto da Base Nacional Comum como

da Parte Específica, como também do plano de ação executado;

definição de procedimentos que favoreçam a inclusão de alunos

portadores de necessidades educacionais especiais e de alunos com

dificuldade de aprendizagem;

diagnóstico da aprendizagem escolar. O diagnóstico é o primeiro

passo do planejamento. Um diagnóstico bem feito, baseado em

informações seguras, significa a identificação correta dos problemas.

É muito importante estabelecer um paralelo entre a situação

observada (como ela se manifesta hoje) e a situação adequada

(como deveria ser).

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Considerando o atual contexto, há necessidade de se refletir sobre a

prática que se vem desenvolvendo, a forma como a escola está organizada e

como se dá a convivência em seu interior, além do resultado da aprendizagem

dos alunos. Conhecer o contexto da prática pedagógica da escola significa

conhecer a comunidade a que se destina, somente desta forma poderemos

buscar alternativas para articular, efetivamente, a formação para o mundo do

trabalho, para o prosseguimento dos estudos e, sobretudo, para a cidadania.

4.2.5 Concepção de tecnologia

Pensar a tecnologia na educação exige pensar sobre o significado do

termo. Os entendidos no assunto dizem que tecnologia é o conhecimento

existente que permite a existência de determinado instrumento/produto

tecnológico. Porém, no cotidiano, o bom senso comum resolveu nominar

tecnologia aos instrumentos e objetos resultantes deste conhecimento. A

tecnologia é tão antiga quanto o homem e cada modo de produção construiu

estruturas tecnológicas segundo a necessidade e desafios de cada época. Ela

identifica-se com soluções dadas pelo homem no enfrentamento dos desafios

da natureza e da sociedade. Estas estão ligadas à produção de sobrevivência

e cultura, repercutindo-se como indústria cultural nos tempos contemporâneos

(ADORNO, 1971).

O constante surgimento de novas propostas de trabalho de orientação

mercadológica tem ideologizado a função pedagógica das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC), o que normalmente traduz-se numa relação

superficial, fruto de um pensamento hegemônico que é imposto, de opção pela

secundarização do conteúdo. O problema passa pela postura do

educador/professor no desafio de superar a naturalização do potencial

pedagógico das TIC e no direcionamento destas para o usufruto didático

intencional. O que vale também para o uso de outras tecnologias mais

tradicionais como o giz e o quadro.

Assim, a presença e uso das tecnologias na educação escolar

envolvem definição política, pedagógica e social do educador anterior ao seu

uso. Desse posicionamento consciente dependerá o uso que se faz de

qualquer tecnologia, seja ela o livro, o DVD, o projetor multimídia, o

retroprojetor, o quadro, o giz, a TV multimídia ou o computador. Neste sentido,

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impõe-se à escola a discussão da tecnologia midiática no processo

educacional escolar e a análise das tecnologias contemporâneas e entre elas

as TIC como resultado do processo concentrador, explorador e excludente de

produção, constituindo ferramenta a serviço de uma proposta de educação

fundamentada na ilusão do poder dinamizador das TIC (GENTILI, 2002).

O uso de TIC na prática pedagógica deve funcionar como ferramenta

pedagógica programada e planejada com compromisso assumido com o

conteúdo e não com a sua negação ou superficialização. Lembrando que não

devemos considerar como substituto da relação direta entre quem ensina e

quem aprende, e sim como uma condição definidora do próprio homem, da

qual uma educação com potencial de contribuição no processo social de

transformação não pode abrir mão.

4.3 A SOCIEDADE QUE TEMOS E A QUE QUEREMOS

Um desafio apresenta-se para quem pretende mudar a maneira de

entender e de ser das pessoas, e maior ainda, o de transformar os paradigmas

sobre os quais pautam sua forma de ser e agir. Viver é interpretar a

circunstância. Portanto, todo mundo que está a nossa volta constantemente

nos ensina, nos marca e modela.

Atualmente nossa sociedade sofre uma forte influência tecnológica

onde os valores do ter mais ficam acima do ser mais e, além disso, a escola

também sofre condicionamentos sociopolíticos e desenvolvem a necessidade

de se preservarem e de se permanecerem. Mas felizmente, sempre há quem

aceite o desafio de mudanças, abraça a ideia de enfrentar essas dificuldades e,

como pioneiro e desbravador, vai a luta, pondo em prática sua decisão.

Os profissionais da educação são impulsionados pelo desejo de

romper barreiras e pela vontade de pôr em ação o “fazer diferente”. Desta

forma, seguimos o ideal de trabalhar com a escola que “temos” para implantar

novos projetos com o objetivo de alcançarmos a escola que “queremos”.

Em nossa sociedade atual, a escola requer muita habilidade de

pensamento e ação para não se cair nos laços que podem aprisionar-nos no

restrito interior de interesses de classe. Pois embora tenhamos o

enfrentamento da falta de recursos, devemos assumir nosso papel,

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proporcionando uma educação de qualidade social para todos e possibilitando

a estes a melhoria de vida fora da escola.

Os professores que assumem postura de compromisso e

responsabilidade, mesmo sobrecarregados pela jornada excessiva, propõe um

trabalho que vem ao encontro das necessidades de nossos alunos. Estes,

muitas vezes, por circunstâncias da precária situação econômica, são

desvalorizados, haja vista o não conhecimento de seus direitos e deveres. Com

isso pode ocorrer inversões de valores e o não privilégio da aprendizagem,

fazendo com que não assumam o verdadeiro papel social de educando.

Atualmente, a escola que temos não é, ainda, a escola que queremos.

Todavia, a que queremos é muito presente em nossas metas, objetivos e

ideais, que muitas vezes são utópicos, mas caracterizam nossa aspiração em

relação à educação.

Nossa luta é difícil, porém contínua e persistente, desenvolvemos

projetos e parcerias com a comunidade externa e as famílias, tendo como

objetivo concretizar a escola que queremos: uma escola que possibilite

oportunidade para todos, que tenha qualidade social, que prime pela igualdade

e, assim, constitua a cidadania plena.

Queremos uma escola que forme cidadãos críticos, conscientes de

seus direitos e deveres, comprometidos com a coletividade, bons profissionais

na atividade que optarem, éticos e responsáveis pela vida do outro e do

planeta. A escola que queremos é a que forme bons leitores de mundo, que

saibam utilizar o conhecimento escolar na vida cotidiana, efetivando assim, sua

inserção na vida social e comunitária. Enfim, continuaremos sempre em busca

de uma educação emancipadora, auxiliando que nasça no interior do educando

um diálogo constante entre o inegável direito a liberdade de expressão e o

dever da responsabilidade social.

4.4 PERFIL DO PROFISSIONAL DO CURSO

Atualmente a humanidade está voltada para o desenvolvimento

científico-tecnológico, e os valores humanos muitas vezes, são

secundarizados. Diante de tal dado identificou-se que as pessoas tornaram-se

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apáticas aos problemas existentes na sociedade e, como consequência, não

assumem seu papel de cidadão.

Contudo, a escola – enquanto instituição – preocupa-se em resgatar

sua verdadeira função: desenvolver no aluno atitudes, habilidades e valores

que ampliem sua possibilidade presente e viabilizem sua capacidade plena de

participação social.

Nesse sentido, frente aos desafios atuais, é necessário estabelecer

propostas e objetivos comuns, fruto do trabalho coletivo, que visem colaborar

para a construção de uma sociedade humanizada.

Baseando-se em princípios progressistas, a escola estabelece suas

atividades embasadas nas Orientações Curriculares Estaduais e nas

Orientações Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação

Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível Médio, na

Modalidade Normal.

Busca, assim, propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural

que o habilite a exercer, com êxito, a função docente.

As atividades escolares, desta forma, consolidam-se por meio do

resgate de valores: integridade, liberdade, ética, responsabilidade, respeito,

compromisso com o próximo e exercício dos deveres e direitos; sempre aliados

à aquisição do conhecimento historicamente acumulado.

O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais

objetivos:

tornar a escola um espaço de formação e informação;

desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a

compreensão e transformação da realidade, por meio da participação

nas relações culturais, políticas e sociais;

possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,

propiciando seu êxito no exercício do magistério.

Diante do propósito de que a escola seja realmente comprometida com

a formação de gente que forma gente, temos como principal essência a

valorização da pessoa. Neste sentido, o processo de escolarização adquire um

novo significado social e cultural, claramente expresso nos princípios e fins da

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educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional n. 9394/96, manifestando a vontade da nação.

Nesse cenário, o exercício do magistério pressupõe uma arrojada

tarefa, que não pode prescindir de estratégias interpretativas, na análise da

pertinência social e dos desdobramentos das escolhas que são processadas.

Assim, passa a ser configurada, no mínimo, uma dupla exigência, a partir da

competência que tem o profissional da educação inspirada nos ideais da

educação nacional.

Em primeiro lugar, contribuir, no exercício da atividade docente, para a

produção de conhecimentos que favoreçam as leituras e as mudanças da

realidade e, também, influenciar no processo de seleção do que representa a

experiência coletiva e a cultura viva de uma comunidade. Em função disso, o

educador compartilha das decisões a respeito de quais saberes e materiais

culturais deverão ser socializados, tendo em vista o exercício pleno da

cidadania. Dessa forma, o professor assume sua condição de intelectual face à

possibilidade de integrar-se no fecundo debate a respeito dos valores, das

concepções e dos modos de convivência que deverão ser priorizados, através

do currículo.

Em segundo lugar, e como desdobramento, entende-se que o direito

de aprender, assegurado inclusive pela garantia das condições do direito de

ensinar, pressupõe por parte do docente a re-elaboração da ciência do sábio,

da obra do escritor ou do artista e, ainda, do pensamento teórico e da paixão

geradora do sonho que se queira socializar, em situações específicas e nem

sempre previsíveis. Direito de aprender, de futuros professores, que não

respondem apenas a estímulos de seus formadores, mas exercitam a liberdade

de crescer no conhecimento, aprofundar as críticas, resolver os problemas,

cultivar os desafios da prática; mas, também, o dever de se preparar para a

interlocução e para responder às mais avançadas e desafiantes perguntas que

seus alunos vão lhes propor. Alunos não idealizados, mas reais, antecipados

na trama dos ambientes de aprendizagem que se constituem durante seu

processo de formação.

Neste processo, o educador compreende que os conhecimentos não

podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a aprender é sempre um ato

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único e criativo. Exige um esforço de construção por meio de uma atividade

que é simultaneamente teórica e prática, individual e coletiva.

4.5 OBJETIVOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES

O Colégio Estadual Cristo Rei - Ensino Normal, destina-se a ministrar

o Curso deFormação de Docentes da Educação Infantil dos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental – Modalidade Normal – Ensino Médio, com base nos

princípios emanados da Constituição Estadual e Federal e da Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional.

A Modalidade Normal objetiva formar professores capacitados para

atuar na Educação Infantil e anos iniciais de Ensino Fundamental, que

possuam conhecimentos, atitudes e habilidades a fim de:

I – dominar linguagens;

II – compreender fenômenos;

III – enfrentar situações – problema;

IV – construir argumentações;

V – elaborar propostas;

VI – utilizar o conhecimento adquirido para agir sobre a realidade concreta;

VII – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

VIII – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com a flexibilidade a

novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento anteriores;

IX – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento

crítico;

X – a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos

produtivos,

XI - relacionar a teoria à prática, no ensino de cada disciplina.

Consideramos, ainda, como objetivos do Curso, as diretrizes que o

Plano Nacional da Educação (PNE) da Sociedade Brasileira estabeleceu para

a formação de docentes. “Os cursos de formação de profissionais da

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educação, para quaisquer de seus níveis e modalidades, deverão obedecer as

seguintes diretrizes curriculares:

a docência como base da formação profissional de todos aqueles que se

dedicam ao estudo do trabalho pedagógico;

trabalho pedagógico como foco formativo;

a sólida formação teórica em todas as atividades curriculares, nos

conteúdos específicos a serem ensinados na Educação Básica, em todos

os seus níveis e modalidades, e nos conteúdos especificamente

pedagógicos;

a ampla formação cultural;

a criação de experiências curriculares que permitam contato dos futuros

profissionais com a realidade da escola, desde o início do curso;

a incorporação da pesquisa como princípio formativo;

a possibilidade de vivência, pelos futuros profissionais, de formas de gestão

democrática;

desenvolvimento do compromisso social e político da docência;

a reflexão sobre a formação para o magistério.”

4.6 OS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUA RELAÇÃO COM O

CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES

A globalização e as atuais mudanças sociais, políticas e econômicas do

mundo moderno demandaram à sociedade e consequentemente à educação, o

atendimento a uma concepção social e pedagógica absolutamente inclusiva.

Esta demanda subsidia-se em uma perspectiva multiculturalista em que se

inserem todas as formas de expressão e de crenças respeitando as condições

de gênero, raça, culturas e necessidades.

O atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais é

uma questão de cidadania. São educandos que apresentam defasagem na

idade cronológica, mental, emocional, apresentando dificuldades de

aprendizagem em algumas áreas do conhecimento. Boa parte destas

necessidades especiais se apresenta a partir de diferenças, sociais, culturais e

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pessoais. Pessoas com necessidades educacionais especiais não são somente

aquelas que possuem alguma deficiência (auditiva, visual, mental, física), mas

todos os que possuem dificuldades, sejam elas de aprendizagem, limitações,

déficits intelectuais entre outros.

O Projeto Político Pedagógico da escola expressa as ações para

enfrentar, com responsabilidade, o desafio da inclusão educacional por meio da

construção coletiva, ouvindo todos os membros da comunidade escolar,

traçamos estratégias embasadas em textos norteadores para que esses alunos

sejam atendidos em todas as suas necessidades, dentro do possível, no

interior da escola e por meio de parcerias com grupos de apoio de nossa

comunidade.

Ao longo da história da humanidade foram construídos modelos a

serem seguidos como padrão, com a marca da homogeneidade, prevalecendo

a negação à diferença, onde o não diferente é o aceito socialmente. Na escola

igual para todos existe espaço para as diferenças? Como a diferença é

abordada na escola? Algo só é diferente se comparado com outro. A Cultura é

a resposta apresentada pelos grupos humanos ao desafio da existência,

determinando o comportamento do homem e justificando suas realizações.

Este processo não trata apenas de permitir o acesso destas pessoas na

sociedade, mas sim, aceitar, possibilitar e dar condições para que estes

sujeitos possam efetivamente se educar e se preparar para a realidade do

mundo do trabalho.

É também a partir do ambiente escolar que a criança e o jovem

estabelecem seu convívio social. O isolamento ao qual muitos alunos com

deficiência passam na sala de aula da rede regular de ensino é atribuído a

diversos fatores. A dificuldade expressa pelos professores em lidar com as

questões da diferença, da deficiência e seus limites é um deles.

A escola deve se organizar para a escolarização do aluno com

necessidades educacionais especiais por meio de ações paralelas e contínuas

de apoio à aprendizagem, a saber: acolhimento do diferente, flexibilização de

planejamentos e conteúdos, elaboração de projetos de recuperação paralela e

de avaliação, específicos e adequados às necessidades dos alunos;

encaminhamento à sala de recursos; encaminhamento a classes especiais;

encaminhamento a centros de atendimento especializado.

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O atendimento à inclusão exige um redimensionamento do Projeto

Político-Pedagógico; a implantação/implementação dos serviços e apoios

especializados; o envolvimento da comunidade escolar; o respeito a todas as

diferenças (cultura, gênero, deficiências, origens, etnias, religião); atendimento

específico; acompanhamento da presença do aluno; a interação do aluno e

comunidade em todo processo educativo; recuperação de conteúdo; projetos

de parcerias. O aspecto fundamental será o conhecimento/esclarecimento para

os professores sobre as atividades a serem desenvolvidas com alunos com

necessidades educacionais especiais ou não, colocando em equilíbrio o que é

comum e individual para cada aluno. A escola de todos passa a não ser escola

para todos. Tratar a exclusão/inclusão não apenas relacionado à deficiência,

mas também as diferenças de classe social e étnicos é o caminho para o

enfrentamento promissor da questão.

O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Cristo Rei,

construído coletivamente pela comunidade escolar no ano de 2001, em

consonância com a legislação vigente, já contemplava a educação inclusiva,

prevendo o reconhecimento, a aceitação e a valorização das diversidades

étnicas, religiosas, culturais, socioeconômicas, linguísticas e de capacidades,

no campo das deficiências.

Nos momentos de revitalização do referido projeto (2008, 2012, 2014 e

2017), a comunidade escolar propôs ações para enfrentar com

responsabilidade o desafio da inclusão educacional:

Realizar grupos de estudos para análise e perspectivas reais da nossa

escola para atendimento dos alunos com apoio do mantenedor;

Estabelecer parcerias governamentais e institucionais, em busca de

suporte teórico e metodológico para o enfrentamento e soluções de

problemas;

Buscar junto aos órgãos competentes a alocação de recursos (humanos,

materiais, técnicos e tecnológicos) governamentais, conforme prevê a

Deliberação nº 02/03 - CEE, necessários ao desenvolvimento do

processo de aprendizagem, bem como a adequação do espaço físico

para alunos com deficiência física (mobilidade reduzida e/ou cadeirante);

Assegurar aos alunos com necessidade de Atendimento Educacional

Especializado (AEE) a continuidade de atendimento nos Centros de

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Apoio Pedagógico, mantidos pelo poder público;

Garantir a flexibilização curricular no atendimento pedagógico

especializado, adequando-o as necessidades individuais;

Ressaltar a responsabilidade e comprometimento de cada sujeito no

processo de inclusão.

Para a escolarização do aluno com necessidade educacional

especializada é necessário o envolvimento da comunidade escolar num

trabalho conjunto, por meio da criação de ambiente integrador para que

aconteça a permanência do aluno, oportunizando a formação crítica, autônoma

e criativa.

Importante registrar que nos anos de 2012 a 2015 atendemos uma aluna

cadeirante e neste ano uma aluna surda.

Quanto ao preconceito, felizmente é mínimo em nosso colégio, isto

porque a sensibilização é realizada há anos. A esse respeito há uma

concordância hegemônica entre nossos profissionais da educação, que é o

tratamento igualitário, sem distinção de etnia, credo, gênero, raça e cultura.

A diversidade está inserida no currículo do curso de Formação de

Docentes e é abordada em sua totalidade, assim as questões sociais,

ambientais, econômicas, políticas e culturais não se apresentam como uma

relação artificial com as disciplinas, mas são tratadas em seu contexto.

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5. MARCO OPERACIONAL

5.1 MATRIZ CURRICULAR

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal

MUNICÍPIO: Cornélio Procópio

CURSO: Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. NORMAL, em Nível Médio

FORMA: INTEGRADA

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015 - TURNOS: Matutino, Vespertino e Noturno

MÓDULO: 40 – CARGA HORÁRIA: 4.800Hh/a e 4.000h IMPLANTAÇÃO: Simultânea

DISCIPLINAS HORA AULA

HORA RELÓGIO

1ª 2ª 3ª 4ª

Arte 2 80 67

Biologia 3 120 100

Educação Física 2 2 2 2 320 267

Filosofia 2 2 2 2 320 267

Física 3 120 100

Geografia 3 120 100

História 2 2 160 133

Língua Portuguesa 2 2 2 3 360 300

Matemática 2 2 2 2 320 267

Química 2 2 160 133

Sociologia 2 2 2 2 320 267

Sub-total 17 17 15 11 2400 2000

Língua estrangeira moderna 2 80 67

Sub-total

Concep. Norteadora da Ed. Especial 2 80 67

Fund. Filos e Socio da Educação 2 80 67

Fund. Históricos da Educação 2 80 67

Fund. Hist. e Polit. da Ed. Infantil 2 80 67

Fund. Psicológicos da Educação 2 80 67

Libras 2 80 67

Literatura Infantil 2 80 67

Metodologia de Alfabetização 2 80 67

Metodologia do Ensino da Arte 2 80 67

Metodologia do Ensino da Ciência 2 80 67

Metodologia do Ensino da Ed. Física 2 80 67

Metodologia do Ensino de Geografia 2 80 67

Metodologia do Ensino de História 2 80 67

Metodologia do Ensino de Matemática 2 80 67

Metodologia do Ensino de Ling. Port 2 80 67

Organização do Trabalho Pedagógico 2 2 160 133

Prática de Formação 5 5 5 5 800 666

Trabalho Pedagógico na Ed. Infantil 2 2 160 133

Sub-total 13 13 15 19 2400 2000

TOTAL GERAL 30 30 30 30 4800 4000

Obs.: Em cumprimento a Lei Federal nº 11.161 de 2005 e a Instrução nº 004/10 – SUED/SEED, o ensino da língua espanhola é ofertado pelo Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna – CELEM no próprio estabelecimento de ensino, sendo a matrícula facultativa ao aluno.

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5.2 CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar está fundamentado na legislação educacional

partindo dos princípios da Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional.

Art.24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo reservado aos exames finais, quando houver;

A lei determina uma carga horária mínima a anual de 800 (oitocentas)

horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho

escolar, a serem cumpridos por todas as instituições de ensino que ofertam a

Educação Básica.

O início do ano letivo, bem como seu término, férias, período de

capacitação e o destinado ao planejamento, feriados nacionais e recessos são

determinados pelo mantenedor, que prevê a indicação de feriado municipal.

Em nosso calendário previmos as Reuniões Pedagógicas e os

Conselhos de Classe, que acontecem aos sábados ou, com exceções, em dias

letivos, desde que os alunos estejam envolvidos em atividades organizadas

que buscam seu desenvolvimento como pessoa, cidadão e trabalhador. Desta

forma, tais dias são considerados de efetivo trabalho escolar. As atividades são

apresentadas em Projetos e se relacionam a atendimento pedagógico às

instituições parceiras que ofertam Educação Infantil e séries iniciais do Ensino

Fundamental, além de atividades recreativas e de práticas esportivas.

Com a implantação da nova Matriz Curricular, há necessidade de

Complementação de Carga Horária de 40 horas/relógio, uma vez que, nosso

Calendário contempla 960 horas/relógio/anual e a Matriz prevê 1000

horas/relógio/anual. Para tanto é elaborado um Plano de Complementação de

Carga Horária, em que as atividades acontecem aos sábados (Mostra de

Talentos; Mostra da Cultura Afro; Campeonatos interclasses; Mostra

Pedagógica, etc.) ou em contraturnos, contando com as parcerias das IES e

SESC.

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O cumprimento do calendário é um compromisso de todo colegiado,

sendo imprescindível na conquista de uma escola pública de qualidade social,

que prioriza a formação integral dos alunos.

5.3 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

5.3.1 Projetos desenvolvidos e institucionalizados no Colégio

• Fanfarra

Objetivo: Mobilizar o gosto pela música e desenvolver o espírito de criatividade

artístico – musical, proporcionando a capacidade de coordenar a música ao

movimento, integrando alunos, escola e comunidade em prol do resgate cívico

nacional.

Responsável: Direção; Equipe Pedagógica; Grêmio Estudantil Olavo Bilac.

• Atividade Festiva de Integração da Educação Especial

Objetivos: Perceber que a inclusão social é um modo de vida, um modo de

viver junto. Promover relacionamento eficaz e recíproco entre o colégio e a

Escola Municipal Procopense – Educação Infantil e Ensino Fundamental na

Modalidade Educação Especial/APAE.

Responsável: Professores de Prática da Formação (2ª série) e da disciplina

Concepções Norteadoras da Educação Especial.

Disciplinas contempladas: Prática de Formação/ Concepções Norteadoras da

Educação Especial.

Envolvidos: Toda a comunidade escolar.

• Torneio Esportivo Interclasses

Objetivo: Promover a integração das turmas, conhecendo os seus limites e

possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas

posturas e atividades corporais, valorizando suas aptidões físicas.

Responsável: Professores de Educação Física; Grêmio Estudantil Olavo Bilac.

Disciplina contemplada: Educação Física

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• Jornal do Magistério

Objetivo: Socializar informações relevantes desenvolvidas pela comunidade,

incentivando a leitura e o trabalho coletivo.

Responsável: Grêmio Estudantil Olavo Bilac.

• Grupo de Estudos na disciplina de Matemática

Objetivo: Incentivar os estudantes a buscar alternativas de estudos para o

aprofundamento dos conteúdos de sala de aula e para a recuperação de

possíveis defasagens.

Responsável: Professores de Matemática.

• A Educação não tem cor

Objetivo: Analisar aspectos históricos, políticos, legislativos e étnicos da cultura

africana no Brasil e a sua inserção no Currículo Educacional (cumprimento à

Lei 10.639/03).

Disciplinas contempladas: Todas.

Responsável: Equipe Multidisciplinar

Obs.: Este Projeto teve início em 2006 e constitui-se em uma efetiva ação do

colégio desde então.

• Mostra de Talentos

Objetivo: Interagir com a comunidade escolar interna (corpo discente e

docente) e pais ou responsáveis, apresentando os talentos artísticos e

culturais, demonstrando a criatividade e partilhando o compromisso com a

educação (projeto previsto para desenvolvimento em comemoração ao Dia do

Estudante).

Responsável: Equipe Pedagógica e Grêmio Estudantil Olavo Bilac.

• Projeto Criança que brinca, criança feliz

Objetivo: Elaborar projeto de Prática de Formação (elementos constituintes de

um projeto de – IMC) e colocá-lo em prática. Resgatar jogos e brincadeiras

infantis, além das cantigas de roda, valorizando-as. Observar o espaço das

instalações que ofertam Educação Infantil, realizando diagnóstico da

organização pedagógica.

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Responsável: Coordenação de Estágio e Professores de Prática de Formação

das 1ª séries.

Disciplina contemplada: Prática de Formação (1ª série)

Obs: Iniciou a implementação em 2004.

5.3.2 Projetos/Programas da SEED implementados no Colégio

Atividade Complementar em contraturno

Objetivo: Melhorar o resultado do rendimento escolar; oportunizando aumento

no índice do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), além do de aprovação

no exame vestibular, por meio da utilização do material EUREKA.

Envolvidos: Alunos de 3ª e 4ª Séries interessados

Disciplinas Contempladas: todas da Base Nacional Comum

Agenda 21 Escolar

Objetivo: propor ações para o século XXI, buscando o desenvolvimento

sustentável em países, estados, municípios e escolas. O objetivo específico da

“Agenda 21 escolar” constitui-se em traçar metas da escola e da sua

comunidade buscando o desenvolvimento sustentável.

Assim, a elaboração do referido documento estruturou-se por meio de

construção coletiva (envolvimento de toda comunidade escolar) e de caráter

interdisciplinar, focando ações que envolvem problemas socioambientais do

cotidiano escolar. Isto posto, as metas d projeto são: organizar as atividades

para efetivação da construção da Agenda 21 Escolar; incentivar a comunidade

escolar a adotar uma posição mais consciente e participativa nas alternativas

para resolução de problemas socioambientais, além de organizar e utilizar a

técnica da compostagem, na qual as folhas são transformados em fertilizante,

como a primeira ação em nossa escola.

Envolvidos: Toda a comunidade escolar;

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Programa Defesa Civil na Escola – Brigada Escolar

Objetivo: Implementar a Brigada Escolar como medida preventiva, visando a

segurança da comunidade escolar

Envolvidos: Toda a comunidade escolar, na responsabilidade dos “brigadistas”

(sob a coordenação da Direção).

Programa Ensino Médio Inovador – ProEMI

O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) – instituído pelo Ministério

da Educação (Portaria n. 971 de 29/10/2009) – tem por objetivo provocar um

debate nacional sobre o Ensino Médio, além de induzir a alteração no currículo

por meio do Projeto de Redesenho Curricular (PRC), buscando garantir a

formação integral dos educandos.

O PRC deve apresentar ações que comporão o currículo, enriquecendo-

o. Estas ações podem ser estruturadas em diferentes formatos: oficinas;

seminários; grupos de pesquisa; trabalho de campo, entre outras ações

interdisciplinares. Para sua concretização é possível definir a aquisição de

materiais e tecnologias educativas, incluindo a formação específica para os

profissionais da educação envolvidos.

Equipe Multidisciplinar

Tem como temática a beleza, a riqueza e a resistência dos povos africanos,

afro-brasileiros e indígenas.

Objetivo: subsidiar e fortalecer condições teórico-metodológicas para a

execução de um trabalho pedagógico efetivo, que contribua para a

transformação da sociedade e das escolas, de modo que possibilite a

superação da exclusão, bem como promova a igualdade racial e social das

populações negras e indígenas.

Envolvidos: Toda a comunidade escolar, sob responsabilidade dos

componentes da Equipe Multidisciplinar;

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5.4 AÇÕES REFERENTES A FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO

De acordo com LOPES (2008), entende-se a flexibilização do currículo

como a resposta educativa que é dada pela escola para satisfazer as

necessidades educativas de um aluno ou de um grupo de alunos, dentro da

sala de aula comum.

Adaptar e flexibilizar o currículo, exige que o professor receba formação,

busque capacitação e tenha disposição e vontade para incluir o aluno.

Como ações efetivas referentes à flexibilização curricular, temos:

Professor Intérprete de LIBRAS: com demanda de 30 horas semanais – 25

horas no turno matutino e 05 horas no turno vespertino para as aulas de

Prática de Formação (Estágio), para atendimento de uma aluna surda. Este

profissional é o canal comunicativo entre a aluna surda, os professores,

colegas e equipe escolar. Participa das Reuniões Pedagógicas e das reuniões

de Conselho de Classe, orientando acerca das metodologias de elaboração

das avaliações e rendimento da aluna.

Licença Gestação: Por ser nossa comunidade predominantemente feminina,

comumente atendemos alunas em estado de gestação, que de acordo com a

Lei nº 6202/75, a elas são atribuídas, o regime de exercícios domiciliares, bem

como, plano de reposição de carga horária da disciplina de Prática de

Formação, com acompanhamento da Equipe Pedagógica.

SAREH: tem como objetivo o atendimento educacional para aqueles

estudantes que encontram-se impossibilitados de frequentar a escola em

virtude de situações de internamento hospitalar ou tratamento de saúde,

permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização. Os estudantes

podem receber diferentes tipos de atendimento, conforme sua necessidade

e/ou laudo médico: (a) tarefa domiciliar: tempo de afastamento menor que 90

dias; (b) atendimento pedagógico domiciliar: tempo de afastamento maior que

90 dias; (c) atendimento hospitalar: em caso de internamento em hospitais

conveniados a SEED.

Outras ações de flexibilização curricular poderão eventualmente ser

aplicadas, se necessário for.

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5.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

A evolução e transformação social, econômica e política do mundo atual

e ainda a aceleração na transmissão das informações, instauraram a escola

novas demandas. Assim as questões sociais, econômicas, raciais, étnicas,

éticas, de gênero, entre outras, embora não sejam genuínas da escola, nela se

apresentam como desafios.

De acordo com Duarte, Fank e Carvalho (2008), os Desafios

Educacionais Contemporâneos, além de pressupor um outro olhar sobre as

questões sociais, culturais, ambientais e históricas, devem ser trabalhados na

disciplina com os quais se contextualizam como condição de compreensão do

conhecimento em suas múltiplas manifestações.

O Colégio Estadual Cristo Rei - Ensino Normal concebe o currículo como

uma construção cultural, historicamente situado e socialmente construído,

assim sendo, afirma sua intencionalidade por trabalhar a universalidade dos

conhecimentos. Nesta perspectiva de currículo, os desafios educacionais

contemporâneos são componentes regulares da proposta Curricular e do Plano

de Trabalho Docente e tratados em sua totalidade no contexto das disciplinas.

Isto significa que ao se abordar o conteúdo da disciplina, este é analisado em

suas diferentes determinações.

Desta forma, a comunidade escolar busca embasamento teórico,

especialmente nos cadernos temáticos, para assim definir as atividades e

abordagens. Nos dias, previstos em Calendário, de Planejamento e

Replanejamento, a Equipe Pedagógica orienta a inserção dos desafios

educacionais no Plano de Trabalho do professor. Grupos de estudos também

são realizados, sem contar com a ação permanente da Equipe Multidisciplinar.

Os conteúdos obrigatórios firmados como desafios educacionais

contemporâneos, são:

História do Paraná – Lei nº 13.381/01;

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei nº 10.639/03

e Lei nº 11.645/08;

Prevenção ao uso de drogas;

Sexualidade Humana;

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Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente;

Direito da criança e do adolescente – Lei nº 11.525/07;

Educação Fiscal;

Educação Tributária – Port. nº 413/02;

Educação Ambiental – Lei nº 9795/99

Alguns dos desafios educacionais postos à escola hoje, tem uma

historicidade ligada ao papel e a cobrança da sociedade civil organizada. Essa

historicidade ajuda a compreender por que algumas demandas ganham força

de lei e outras não. No cotidiano escolar, entretanto, novos desafios podem

surgir e exigem que o coletivo escolar esteja preparado para o enfrentamento

de tais situações.

Importante reiterar que os desafios educacionais contemporâneos estão

inseridos no currículo do curso de Formação de Docentes e são abordados em

sua totalidade, não relacionados superficialmente com as disciplinas, mas sim

contextualizados com as mesmas.

No Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal, o expressivo avanço

no processo de inserção dos temas relacionados aos desafios educacionais

contemporâneos, deu-se a partir do efetivo trabalho da Equipe Multidisciplinar,

cujo objetivo principal é subsidiar a execução de um trabalho pedagógico que

contribua para a transformação da sociedade e da escola.

5.6 ESTÁGIO – PRÁTICA DE FORMAÇÃO

Os estágios, obrigatório – disciplina: Prática de Formação e não

obrigatório estão em conformidade com a Lei n. 11.788/2008.

5.5.1 Curricular Supervisionado

O estágio curricular/ disciplina Prática de Formação, ofertado no Curso

de Formação de Docentes – Ensino Normal, propicia ao estudante uma

aproximação com as instituições de Educação Infantil, as que ofertam os anos

iniciais do Ensino Fundamental, as escolas de Educação de Jovens e Adultos e

escolas de Educação Especial, tomando como parâmetro a realidade concreta

da escola pública.

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Consideramos o estágio curricular supervisionado toda atividade da

Prática de Formação desenvolvida pelos estudantes estagiários sob o

acompanhamento/assessoramento tanto prévio como posterior do professor e

da equipe coordenadora deste curso (Plano de Estágio, anexo).

5.5.2 Não obrigatório

O estágio não obrigatório obedecerá, ainda, o que estabelece a

Deliberação nº 02/2009 do Conselho Estadual de Educação do Paraná e ao

que especifica a Instrução 006/2009 da SUED/SEED do Estado do Paraná.

O estágio não obrigatório é constituído por todo e qualquer tipo ou

modalidade de estágio que não faça parte do Currículo do Curso de Formação

Docente, entre eles o estágio remunerado, não interferindo na

aprovação/reprovação do aluno pois não é computado como componente

curricular.

Os contratos ficam sujeitos à garantia de frequência no Estágio

Curricular Obrigatório – Prática de Formação, bem como nas aulas das

disciplinas que compõem a matriz curricular, e só terá direito ao Estágio

remunerado, os alunos regularmente matriculados nas terceiras e quartas

séries do Curso de Formação Docente e com assiduidade e bom desempenho

comprovados. Afinal a carga horária do estágio não obrigatório não poderá

comprometer a frequência às aulas e demais compromissos escolares do

aluno.

Os Agentes de Integração e os demais envolvidos no Termo de

Compromisso e Contrato de Estágio serão responsabilizados pela atuação dos

estagiários em atividades não compatíveis com a programação curricular do

curso de Formação Docente. Sendo assim, será estabelecido Termo de

Compromisso entre a instituição formadora Colégio Cristo Rei e instituição

concedente de estágio não obrigatório nos termos da lei, e com adequação à

proposta pedagógica da instituição formadora. Além disso, só será efetivada a

contratação mediante seguro contra acidentes em favor do estagiário,

celebrada em Convênio com Governo do Estado do Paraná, mantenedor do

Colégio Estadual Cristo Rei, e celebração de Termo de Compromisso com o

Colégio Cristo Rei e o estudante.

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Ficam então definidas como ações e atividades do estudante em

estágio não obrigatório: auxiliar regência de classe na Educação Infantil e nos

anos iniciais do Ensino Fundamental; auxiliar em classe com alunos com

necessidade especial; auxiliar atividades pedagógicas extraclasse; auxiliar

laboratório de informática, ciências e outros; auxiliar em biblioteca e

brinquedoteca; auxiliar na confecção de material didático; auxiliar na pesquisa

de definição dos conteúdos conforme as diretrizes curriculares das disciplinas;

auxiliar na elaboração e revisão de textos.

A mediação deste tipo de estágio será desenvolvida por professor

orientador designado pelo Colégio Estadual Cristo Rei e por um supervisor

determinado pela instituição concedente do estágio não obrigatório. Caberá ao

orientador promover a avaliação das atividades do estagiário na dimensão ética

e profissional. Deverá o aluno estagiário apresentar Relatório de Estágio

contendo todas as atividades desenvolvidas no período.

É vedada toda e qualquer atividade incompatível com o

desenvolvimento do adolescente; atividades noturnas situadas entre vinte e

duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte; atividades realizadas em

lugares que atentem contra a formação física, psíquica e moral; atividades

perigosas, insalubres ou penosas. É vedado, ainda, ao Agente Integrador

(Agenciadores de Estágio) a cobrança de qualquer valor junto ao estudante.

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6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Avaliar é preciso, faz parte de toda atividade humana organizada,

sistematizada ou não. Na escola, avaliar deve estar a serviço do ensinar e do

aprender. Ao longo da história humana foram muitas as posturas equivocadas

quanto à avaliação, com fortes e profundos resultados negativos na estima do

aluno. Hoje a avaliação deve ter uma função de entendimento dos avanços e

falhas do processo de ensinar e do aprender que supere a função punitiva,

selecionadora, segregadora. Por isso, deve estar presente durante todo o

processo e não em momentos estanques. No início, deve estar presente para

se conhecer o estágio em que se encontra o educando e para definir como

deve trabalhar o professor a partir desta constatação. Durante o processo para

que se possa analisar a validade dos procedimentos e resultados. Ao final,

para que se analise os resultados obtidos e se repense os procedimentos.

Posterior ao processo para que se pense o grau de socialização que a

aprendizagem oportunizou.

Partindo do princípio de que a avaliação é contínua e processual,

considera-se que ela começa a partir do relacionamento professor-aluno e está

presente em todo o processo ensino-aprendizagem. Para que se faça o

acompanhamento do desempenho e do progresso do aluno é necessário que o

professor registre de alguma forma os resultados de todas as atividades

realizadas, seus avanços e dificuldades, o que norteará a prática docente.

A relevância da avaliação deve estar centrada em aspectos

substanciais do processo educativo, ou seja, na aquisição e assimilação de

conhecimentos significativos, bem como na habilidade de transformar e aplicar

tais conhecimentos no contexto de uma prática social. No caso do Curso

Normal a relevância é sempre referenciada na atuação do futuro professor.

A avaliação não deve ser compreendida como um indicador para a

comparação entre alunos, rotulação ou classificação e sim como um

acompanhamento dos progressos que o aluno realiza sob a influência da

escola. É um recurso para diagnosticar as dificuldades que ocorrem no

processo ensino-aprendizagem, tanto referente aos alunos quanto ao

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professor, ao currículo e à escola, entendendo-se a avaliação como um meio e

não como um fim.

Desse modo, a avaliação, longe de se tornar um processo aleatório,

inconsciente, livre de quaisquer parâmetros e compromissos, está

consubstanciada em critérios e expectativas que o professor, o aluno e a

escola têm em relação à aprendizagem e ao desenvolvimento do currículo.

Para isso é preciso que a avaliação da aprendizagem escolar considere o

aluno como corresponsável pelo seu processo de aprendizagem, valorizando a

sua capacidade de (re)elaboração do conhecimento e aplicação na prática

social partindo do princípio de que não existe um ponto de chegada

determinado, já que o conhecimento é inacabado e está sempre em processo

de construção histórica. Assim, o próprio aluno pode ser sujeito desta

construção, desde que seja proporcionado a ele as condições para a

apropriação dos conhecimentos acumulados pela humanidade, como ponto de

partida para o avanço.

Dentre os critérios de valor devem ser considerados: o esforço que o

aluno despendeu para a realização da atividade, o seu desempenho em todas

as disciplinas, bem como o crescimento que ele apresentou no decorrer do

processo ensino-aprendizagem, concretizadas em sua prática social.

De acordo com a Instrução 15/2017 – SUED/SEED, como

pressupostos do processo de avaliação, é considerada a sua finalidade

contínua, permanente e cumulativa, obedecendo à ordenação e à sequência do

ensino e da aprendizagem, bem como a orientação do currículo; as formas de

avaliação diagnóstica, formativa e somativa, no decorrer de todo período letivo,

aferindo valores no final do período (1º e 2º semestres) por meio de notas na

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); sua incidência sobre o

desempenho do aluno em diferentes experiências de aprendizagem, utilizando

técnicas e instrumentos diversificados; os aspectos qualitativos da

aprendizagem, dando importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e

a elaboração pessoal, sobre a memorização.

A Recuperação de Estudos deve ser entendida como um dos

aspectos do processo ensino-aprendizagem pelo qual o professor reorganizará

sua metodologia em função dos estudantes, de forma a oportunizar a todos a

apropriação efetiva dos conteúdos.

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A recuperação de estudos, bem como a sua oferta, é direito de todos

os estudantes, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos

básicos e dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo de

ensino-aprendizagem, realizada ao longo do período (semestre), assegurando

ao estudante, novas oportunidades de aprendizagem dos conteúdos não-

apreendidos.

Caso o estudante obtenha, no processo de recuperação, um valor

acima daquele anteriormente atribuído, a nota deverá ser substitutiva, uma vez

que o maior valor expressa o seu melhor momento em relação à aprendizagem

dos conteúdos.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente na

totalidade do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no

sistema Registro de Classe Online – RCO.

Para a composição da média do período avaliativo (semestre) será,

obrigatoriamente, proporcionado ao aluno no mínimo 04 (quatro) instrumentos

de avaliação e 04 (quatro) instrumentos de recuperação de estudos.

Para a aprovação exige-se média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula

zero) e frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) no

cômputo geral de horas letivas.

A promoção deverá resultar da combinação do resultado da avaliação

escolar do aluno, expressa pela média ponderada dos dois semestres letivos,

extraindo a média anual mínima para aprovação

Síntese

1º semestre x 4 + 2º semestre x 6 = Média Anual

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O processo de avaliação, bem como o as estratégias de recuperação de

estudos, devem estar previstas no Plano de Trabalho Docente de acordo com

os conteúdos de cada disciplina.

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Encerrado o processo de avaliação a secretaria do colégio registrará os

resultados no Sistema Estadual de Registro Escolar – SERE.

Em relação à evasão escolar, a ocorrência se dá principalmente às

questões econômicas, tendo em vista que o Curso de Formação de Docentes

requer o compromisso do aluno em turno e contraturno e muitas vezes, o

mesmo necessita de trabalho para seu sustento, e, a não identificação com o

curso. Por outro lado um pequeno índice de evasão também ocorre devido às

defasagens que o aluno apresenta no seu processo acadêmico.

O colégio, comprometido com o princípio "educação: um direito de

todos" e com a dimensão de acesso, sucesso e permanência na escola,

organiza-se de forma que o aluno seja atendido nos horários de sua

disponibilidade, bem como é possibilitado a reposição da carga horária perdida

devido a justificativa de estágio remunerado.

No que tange a evasão devido às defasagens, o colégio desenvolve,

além da recuperação de estudos, ações com o objetivo de superar tais

defasagens e/ou lacunas: monitoramento, grupo de estudos e reforço escolar.

Vale registrar também, o acompanhamento da Equipe Pedagógica, com o

objetivo de fazer com que o aluno não abandone o Curso.

É fundamental substituir a pedagogia da repetência pela pedagogia do

sucesso e da promoção. Para que haja esta inovação, são necessárias

algumas condições fundamentais como: suporte institucional, clima aberto na

instituição e a presença de agentes de inovação.

As dificuldades detectadas deverão ser enfrentadas pela recuperação

contínua, com estratégias diversificadas, instrumentos de avaliação adequados

que ofereçam estímulos continuamente. Para atender a esta nova sistemática

avaliativa é preciso pensar no papel do professor, não isoladamente, mas no

coletivo. É necessário o empenho de profissionais comprometidos com o

objetivo de promover o aluno e garantir seu progresso e avanços constantes,

numa dimensão fundamentalmente ética, que luta pelo acesso e permanência

do aluno em um sistema de ensino de qualidade.

Há que se diversificar as maneiras de manifestação de construção do

conhecimento e da aprendizagem: oralidade, escrita, desenhos, resumos,

gráficos, mapas, diagramas, teatro, música, etc. Em qualquer caso, não se

deve perder o norte de que a avaliação deve servir para fornecer informações

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orientadoras ao aluno e informar ao professor sobre o estágio de

desenvolvimento de seu aluno, permitindo decidir os passos que devem ser

tomados a partir daquele momento.

Optamos por uma avaliação formativa que analisa em que lugar o

aluno se encontra em seu processo de aprendizagem, em termos de conteúdos

e habilidades. Ou seja, a análise de seu progresso considera aspectos como: o

esforço despendido, o contexto particular do seu trabalho e o progresso

alcançado ao longo do tempo.

6.1 CONSELHO DE CLASSE

Inicialmente, é preciso redefinir seu verdadeiro significado, rever os

critérios de avaliação e superar a divisão de trabalho dentro do cotidiano

escolar. Isto significa a definição clara de objetivos comuns, de acordo com um

Projeto Político Pedagógico elaborado coletivamente, com metas traçadas por

professores e pedagogos com o mesmo propósito. O fato de haver pluralidade

de percepções e posturas diferentes diante do processo pedagógico deve ser

visto como fator enriquecedor, já que a diversidade favorece e enriquece as

relações.

O Conselho torna-se um momento de reflexão quando discute as

dificuldades de ensino, de aprendizagem, adequação dos conteúdos

curriculares, metodologia empregada, enfim, a própria proposta pedagógica da

escola e a adequação desta às reais necessidades dos educandos.

O Conselho de Classe é constituído por professores da turma;

representante de alunos; representantes da equipe pedagógica e da direção da

escola. É um momento para análise dos avanços dos alunos, do desempenho

dos professores e da equipe escolar, no qual o diretor deve ser o mediador,

tendo a missão de conduzir a reunião de forma democrática, usando sempre o

bom senso para resolver situações de conflito que possam surgir e não

perdendo de vista o resgate da autoestima dos alunos.

O Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal, desde 1993 tem a

participação do aluno no Conselho de Classe. O representante de turma é o

primeiro que tem voz, registrando os aspectos positivos e críticos da Direção,

das Equipes Pedagógica, Administrativa e de Apoio, e do Corpo Docente (o

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instrumento é preenchido previamente pelo representante, juntamente com a

sua turma). É evidente que este processo não foi fácil, no entanto, hoje, os

problemas quanto às críticas apresentadas são mínimos, sendo consideradas

para reavaliação das práticas e superação das dificuldades do processo.

Os resultados apresentados possibilitam o desencadeamento de ações

diversas, tais como: levantamento de grupos de alunos para encaminhamento

aos estudos de recuperação, bem como para atendimento especial do

professor; levantamento de alunos sem frequência constante e com rendimento

escolar insatisfatório, que necessitam de atendimento diferenciado da escola;

atendimento individual do educando por parte da Equipe Pedagógica; conversa

reflexiva com o coletivo da turma por parte da Direção e Equipe Pedagógica.

Mesmo com lançamento de nota semestral, os encontros de Conselho

de Classe são realizados bimestralmente. Assim, os de abril e outubro são

considerados “Pré-Conselho”. Após a realização destes, as pedagogas entram

em contato com os pais ou responsáveis, para que tomem ciência do

rendimento escolar de seus filhos, bem como das dificuldades apresentadas.

Os pais são atendidos individualmente, com horário marcado. No entanto, a

disponibilidade destes é respeitada. O objetivo maior deste contato é

compartilhar responsabilidades, haja vista que as pedagogas sugerem

encaminhamentos possíveis para a superação das dificuldades apresentadas.

6.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Avaliar é uma atividade comum na vida cotidiana de todo ser humano,

existindo na instituição escolar desde sua criação e, embora haja variedade

nas formas, manteve ao longo dos anos um certo caráter punitivo. Assim, o

aluno que não tem aprendizagem é punido. A reprovação, com a

obrigatoriedade de refazer o ano letivo, é um exemplo dessa concepção

punitiva, em que o castigo máximo é a exclusão total do sistema educativo, que

pode ocorrer por sucessivas reprovações ou evasão.

Desta forma, avaliação da aprendizagem do aluno foi, e continua

sendo, um dos mais frequentes objetos de análise por parte dos educadores.

Mas discutir avaliação não é tarefa fácil, pois as propostas de mudança em

avaliação confrontam-se com o redimensionamento da prática do professor.

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O termo avaliar tem sua origem no latim a-valere, que significa ‘dar

valor a’. O conceito de avaliação, portanto, compreende a atribuição de um

valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação. Por meio da

avaliação constata-se um resultado e toma-se a decisão do que fazer com o

resultado constatado.

Assim, a avaliação deve se constituir como processo que permita ao

educando perceber-se como potencialmente capaz de superar os limites

impostos pelo desconhecido, ao situar o erro como momento de um percurso

mais amplo em direção à apropriação do saber historicamente produzido. No

entanto, somente o educando deve ser avaliado? E a instituição onde este está

inserido?

No século XXI, houve um repensar em relação ao papel da

Universidade e sobre qual a dimensão social do conhecimento e dos valores

por ela produzidos e difundidos. É neste contexto que surgiu a avaliação

institucional.

O adjetivo institucional torna claro que é um tipo de avaliação

determinado. No Brasil, a partir da década de 1990, começou a ser discutida na

universidade, onde a comunidade acadêmica tenta explicar os princípios e

metodologias dessa avaliação, bem como as razões para sua emergência e os

motivos de sua expansão nacional nos tempos atuais. O fato de primeiro ser

implantada na universidade e não em outro nível de ensino explica-se por ser

uma preocupação em nível mundial, uma vez que os avanços tecnológicos

exigem cada vez mais conhecimentos, a fim de que os alunos formados nestas

instituições possam desempenhar o papel que a sociedade espera deles.

Segundo Libâneo “[...] a universalização e melhoria da qualidade de

ensino, a elevação da escolaridade, a preparação tecnológica e a formação

geral, abstrata, abrangente e polivalente dos trabalhadores, são fundamentais

para toda a sociedade, especialmente quando se tem em vista, no mínimo, a

garantia de igualdade de oportunidades” (2001, p.21).

A avaliação institucional deve ser construída de forma coletiva, sendo

capaz de identificar as qualidades e fragilidades das instituições e do sistema,

subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação

social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada

pela Rede Estadual.

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Um dos pontos centrais é a preocupação com o caráter educacional da

avaliação, na medida em que incorpora, além da tomada de consciência dos

indivíduos sobre o seu papel e o da instituição, um constante processo de

negociação, desde a decisão de iniciá-lo até sua implementação e utilização

dos resultados, o que se efetiva mediante a participação coletiva e organizada

de todos os interessados.

A prática da avaliação institucional deve proporcionar condições de

auto-regulação, na qualidade de ensino ofertada à sociedade, uma vez que se

trata de serviço público financiado pelo Estado, assim a avaliação é uma ajuda

que, de acordo com Libâneo (2001), acabará por gerar uma “cultura de

responsabilização” por parte da comunidade educacional.

Considerando tais reflexões a Equipe Gestora do Colégio Estadual

Cristo Rei – Ensino Normal, elaborou, em dezembro de 2004, um projeto para

implementar a Avaliação Institucional. Umas das estratégias foi a aplicação de

instrumentos de auto-avaliação. Tais instrumentos (três tipos diferenciados)

foram entregues para os integrantes da Equipe Pedagógica, Professores e

Funcionários. Contudo, por conter um número excessivo de questões e estar

extremamente complexo, o retorno foi mínimo. O fato desestimulou a Equipe e

o projeto foi interrompido.

Em 2005, por solicitação da SEED/ NRE, o projeto foi retomado,

reiniciamos com estudos em relação ao tema. Recebemos um caderno

temático e, no dia 14 de dezembro do citado ano, a SEED enviou um

instrumento que foi aplicado em grupos formados por representantes da Equipe

Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos e Pais. O instrumento continha

afirmações em seis dimensões:

Órgãos Colegiados de Gestão

Profissionais da Educação

Condições Físicas e Materiais

Prática Pedagógica

Ambiente Educativo

Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento Educacional

O resultado, tabulado e entregue em planilha ao NRE, foi muito

satisfatório. Entretanto, não refletiu a realidade. No ano de 2006, o NRE enviou

questionários para os professores e equipe pedagógica responderem, mas as

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respostas esperadas pelo sistema eram tão óbvias que, novamente,

acreditamos que não refletiu a realidade. Haja vista que os resultados obtidos

pelos professores eram contrários aos resultados da equipe pedagógica. Não

se tratou mais do tema.

Em 2016, a Direção elaborou um questionário que foi entregue aos

professores e Equipe Pedagógica, que tratava de avaliar a gestão do Colégio,

entretanto o retorno também foi mínimo, impossibilitando a análise dos

resultados.

O Curso Normal, em nível médio, deve garantir o domínio dos

conteúdos curriculares necessários à formação do professor que atuará na

educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, tendo como

perspectiva o atendimento a crianças, jovens e adultos, acrescendo-se às

especificidades de cada um desses grupos, as exigências que são próprias das

comunidades indígenas e dos alunos com necessidades especiais.

O Curso também é avaliado pelo resultado obtido no Exame Nacional

do Ensino Médio (ENEM), bem como pelo Sistema de Avaliação de Escolas

Públicas do Paraná (SAEP). Assim, os conteúdos em defasagem são

priorizados, com o intuito de melhoria do rendimento no próximo exame.

Na última semana de aula de cada semestre, os alunos fazem uma

avaliação da escola. Esta consta de um texto reflexivo, que deve ser

discutido/debatido pelos alunos. Após a discussão os pontos positivos e críticos

do colégio são listados, todos os aspectos são abordados, tanto o pedagógico

como o administrativo, desde o atendimento até a organização, limpeza e

qualidade da merenda. A avaliação é entregue para a Direção, que organiza os

resultados e os apresenta, tendo sempre o cuidado em preservar a identidade

dos profissionais citados, para toda comunidade escolar no início do próximo

ano letivo (os resultados são apresentados separadamente para professores,

funcionários e alunos). As fragilidades e qualidades apontadas pelos alunos

são discutidas pela comunidade escolar e as decisões por mudanças e/ou

permanências de ações são tomadas coletivamente, o que torna todos os

integrantes responsáveis pelo aperfeiçoamento da instituição.

Anualmente a Equipe Pedagógica sistematiza as informações em

relação ao índice de aprovação/ reprovação em gráfico de setores,

apresentando-as, inicialmente, aos professores e, posteriormente, aos alunos.

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As informações subsidiam discussões e reflexão do resultado, bem como o

levantamento de estratégias para a melhoria do mesmo.

Há algumas dificuldades específicas de realização, haja vista que a

avaliação institucional é complexa. O processo envolve a elaboração de um

instrumento eficiente que aponte as qualidades e fragilidades da escola e, ao

mesmo tempo, permita a organização dos dados e isto tem se constituído num

desafio.

Acreditamos que, na medida em que os resultados positivos

alcançados são percebidos pela comunidade escolar, o comportamento

apresentará mudanças significativas, pois segundo Dias Sobrinho (2003) a

avaliação institucional

[...] começa muito antes de que esteja pronto o seu desenho, estejam abordados os seus instrumentos e se levantem os primeiros dados da realidade a ser avaliada. Ela principia pela decisão da instituição, não importa que no começo seja somente através de um grupo pequeno, em geral da administração superior [...] o mais importante é que aos poucos uma parcela considerável da comunidade [...] assuma esse empreendimento como essencial à melhoria da instituição.

Assim, a reflexão é imprescindível, bem como o comprometimento com

a qualidade social do ensino ofertado pela escola.

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7. PLANO DE AÇÃO

O Plano de Ação do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal vem

sendo elaborado, discutido e revisado desde o ano de 2014, de maneira

coletiva, envolvendo toda a comunidade escolar (professores, agentes

educacionais, alunos, pais), por meio de estudos nos momentos da Formação

Continuada.

Este Plano de Ação foi construído considerando as dimensões: Gestão

Democrática; Prática Pedagógica; Avaliação; Acesso, Permanência e Sucesso

na Escola; Ambiente Educativo e Formação dos Profissionais da Escola. Para

cada dimensão, foram refletidos, debatidos e elencados os desafios que nosso

colégio enfrenta, bem como ações necessárias para enfrentamento e

superação dos problemas diagnosticados coletivamente.

Apresentamos o Plano de Ação, expondo os principais

desafios/problemas e as ações a serem desenvolvidas. Importante destacar

que este plano é flexível, isto é, os desafios de hoje podem ser superados e

novos poderão surgir.

7.1 DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA

Desafios:

Buscar meios mais eficientes para disponibilização das informações;

Manter o “site” do colégio atualizado;

Melhorar a disseminação das informações;

Constituir um Conselho Escolar participativo;

Divulgar e destacar as ações do Conselho Escolar;

Manter a APMF presente e ativa;

Manter o Grêmio Estudantil, presente e atuante;

Melhorar o índice de participação dos pais ou responsáveis em reuniões

e outras atividades do colégio;

Recursos financeiros que não atendem as necessidades e prioridades

da escola;

Número insuficiente de Agentes Educacionais I;

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Ações a serem desenvolvidas:

Atualizar o “site” do colégio mensalmente;

Inserir no “site” as ações e projetos desenvolvidos no colégio;

Divulgar em lugar viável e acessível os editais, atas e outras

informações;

Incentivar a comunidade escolar a participar das eleições para

composição do Conselho Escolar e APMF;

Estimular a participação dos conselheiros escolares em capacitação;

Divulgar as ações, deliberações e atas do Conselho Escolar;

Apoiar, estimular e divulgar as ações do Grêmio estudantil;

Explicitar as funções do Conselho Escolar à seus membros e à

comunidade;

Convidar os pais ou responsáveis para que estejam presentes em

momentos individuais e coletivos;

Convidar as famílias para participação nos eventos culturais da escola;

Tornar as reuniões e eventos mais atrativos;

Solicitar à mantenedora, recursos que atendam às necessidades da

escola;

Inscrever o colégio em programas viáveis ofertados pela SEED e/ou

MEC;

Solicitar à SEED a ampliação da demanda de A. E. I;

7.2 DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA

Desafios:

Facilitar a acessibilidade e o conhecimento da PPC;

Falta de aprofundamento teórico para a elaboração do PTD;

Não cumprimento do prazo de entrega do PTD;

Aprimorar a contextualização dos conteúdos, englobando maior número

de disciplinas;

PTD e metodologias de ensino sem inovação, por parte de alguns

professores;

Inserção de novas tecnologias;

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Espaço físico inadequado para o uso das TIC;

Padrão da rede elétrica incompatível e insuficiente para a utilização das

tecnologias;

Dificuldades no trabalho com aluna surda, especialmente no que tange

ao processo de avaliação;

Ações a serem desenvolvidas:

Despertar o interesse dos professores a conhecer, analisar e consultar,

periodicamente a PPC;

Promover Grupos de Estudos com os professores da escola em parceria

com IES, para aprimorar conhecimentos;

Orientar na elaboração e cumprimento do PTD;

Incentivar o uso da Hora-Atividade para aprimoramento e atualização do

planejamento;

Firmar parcerias com as IES;

Oportunizar espaços para discussões e reflexões coletivas;

Incentivar a participação dos professores em todas as ações do colégio;

Solicitar à mantenedora melhoria no padrão de energia;

Estimular a participação de professores e funcionários em cursos e

palestras;

7.3 DIMENSÃO: AVALIAÇÃO

Desafios:

Processo de recuperação de estudos ineficiente em algumas

disciplinas;

Não há a utilização de diferentes instrumentos de avaliação em

algumas disciplinas;

Resistência à mudanças na prática da avaliação;

Manter a qualidade na formação dos alunos;

Reduzir o índice de aprovação por Conselho de Classe;

Sistematizar com mais clareza o instrumento de avaliação institucional;

Ações a serem desenvolvidas:

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Melhoria na prática pedagógica do professor por meio da realização de

reuniões pedagógicas, palestras, etc, com discussões e estudos sobre a

temática;

Propor projetos de reforço escolar, seja por meio de parcerias com IES

ou grupos de estudos/monitoria;

Promover reuniões pedagógicas, palestras ou grupos de estudos para

discussões e estudos acerca da temática;

Estudar a Instrução 01/2017 – SEED/SUDE

Solicitar a participação de representantes da Equipe Disciplinar do NRE

em reuniões;

Acompanhar pedagogicamente os professores;

Conscientizar alunos e professores da importância do curso de

Formação de Docentes;

Promover um Conselho de classe diagnóstico, sem ares hierárquicos,

excludentes ou autoritários, buscando apontar soluções tanto em nível

discente quanto docente;

Aprimorar o processo de avaliação a fim de reduzir o índice de

aprovação por Conselho de Classe e aumentar o índice de aprovação.

Reorganizar o instrumento de avaliação institucional interna,

proporcionando maior clareza nos resultados;

7.4 DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA

Desafios:

Reduzir o índice de abandono/evasão no período noturno;

Minimizar as dificuldades de aprendizagem;

Manter a parceria com a Secretaria Municipal de Educação para

realização do estágio;

Conscientizar os estudantes da importância e seriedade do estágio

obrigatório;

Ações a serem desenvolvidas:

Acompanhar os casos de evasão, buscando identificar as causas e

possíveis soluções;

Diagnosticar a média de evasão e acompanhar a frequência dos alunos;

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Estimular a presença das famílias na escola demonstrando a

importância dos estudos e do curso de Formação de Docentes;

Efetivar as orientações do Programa de Combate ao Abandono Escolar;

Atender o aluno que retorna de maneira intensiva e justa;

Avaliar e analisar o desempenho dos alunos e professores;

Incentivar o hábito da leitura, dos estudos e da participação em

atividades de reforço;

Diagnosticar dificuldades pontuais e promover ações imediatas;

Firmar parcerias com instituições da comunidade externa (IES, SESC);

Manter bom relacionamento com a Secretaria Municipal de Educação,

com o propósito de atualização das informações e avaliação dos

estagiários;

Acompanhar (Coordenação de Estágio/Curso) a participação dos alunos

nas aulas de Prática de Formação e tomar atitudes necessárias;

7.5 DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO

Desafios:

Reconhecer as diferenças e necessidades econômicas, sociais e

culturais dos alunos, professores e funcionários;

Despertar o compromisso dos pais no acompanhamento da vida escolar

de seu filho;

Nem todos os professores e funcionários tem comprometimento

profissional;

Motivar os alunos aos estudos;

Manter o bom relacionamento entre as pessoas;

Manter o respeito à diversidade cultural, religiosa, de gênero, racial, etc.

Criar novas estratégias para manter a disciplina na escola;

Ações a serem desenvolvidas:

Articular ações conjuntas com a Equipe Multidisciplinar;

Primar por uma educação em Direitos Humanos;

Fomentar projetos educativos que contribuam para a saúde física e

mental dos educandos;

Estimular a frequência dos pais na escola;

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Incentivar e motivar a participação de toda a comunidade escolar nos

eventos promovidos pela escola e pelo mantenedor;

Sensibilizar os professores e funcionários acerca da importância de seu

papel na vida escolar do aluno;

Promover grupos de estudos com professores em parceria com as IES;

Proporcionar espaços de diálogo e troca de experiências, valorizando o

trabalho coletivo e participativo;

Valorizar as ações positivas de professores, funcionários e alunos;

Desenvolver atividades interdisciplinares voltadas aos direitos humanos;

Intervir em situações pontuais;

Proporcionar atividades/eventos à toda comunidade escolar, abordando

a diversidade e os riscos sociais;

Conscientizar sobre a importância do respeito ao direito do outro;

Oportunizar o conhecimento de diversos ambientes com diferentes

normas de convivência;

Demonstrar e comprovar que um ambiente disciplinado e tranquilo,

favorece o ensino e a aprendizagem;

7.6 DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA

Desafios:

Não participação do número total dos profissionais na Formação

Continuada;

Dificuldades dos Agentes Educacionais em compreender temáticas

específicas aos professores;

Impossibilidade de realizar a Hora-Atividade concentrada;

Dificuldades de articulação entre os profissionais de vários segmentos

na participação da Equipe Multidisciplinar;

Abertura para maior número de participantes na Equipe Multidisciplinar;

Diagnosticar com rapidez os alunos que necessitam de Atendimento

Educacional Especializado;

Ações a serem desenvolvidas:

Sensibilizar acerca da importância da participação na formação

continuada e reuniões pedagógicas;

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Elaborar um planejamento adequado que proporcione condições de

incentivo e estimule a participação de todos nos cursos de formação

continuada;

Explicitar ao órgão responsável a incompatibilidade de horários,

inviabilizando a realização da Hora-Atividade concentrada, visto que um

mesmo professor atua em diversas instituições de ensino;

Sensibilizar os professores e funcionários à participação na Equipe

Multidisciplinar, entretanto dar preferência aos realmente interessados;

Solicitar à SEED/NRE, alterações nas exigências, possibilitando maior

número de participantes na Equipe Multidisciplinar;

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8. REFERÊNCIAS

ADORNO, T.W., Televisão, consciência e indústria cultural. In: COHN, G. (org). Comunicação e indústria cultural. São Paulo:Companhia Editora Nacional e Editora da USP, 1971. BRASIL. Lei n. 6.202 de 17 de abril de 1975. Atribui à estudante em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-lei nº 1.044 de 1969, e dá outras providências. Diário Oficial da União (DOU). Brasília, DF: 17 abr. 1975. Seção 1, p. 4.473. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970_1979/L6202.htm> Acesso em 30 jul. 2017. _______. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União (DOU). Brasília, DF., 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27.839. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 21 jun. 2017. _______. Decreto – lei n. 5.296 de 2 de novembro de 2004. Regulamenta as leis nº 10.048 de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica e nº10.098 de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial da União (DOU). Brasília: 3 dez. 2004. Seção 1. p.5. Disponível em: <wwww.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004_2006/2004/decret/d5296.htm> Acesso em: 11 jul. 2017. DIAS SOBRINHO, J. Avaliação: políticas educacionais e reformas da educação superior. São Paulo: Cortez, 2003. DUARTE, A. C. S.; FANK, E.; CARVALHO, P. H. S. de. Os desafios educacionais contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da proposta pedagógica curricular e especificidade da escola pública. Curitiba: SEED/CGE, 2008. (Texto elaborado para a Semana Pedagógica Descentralizada nas escolas). GENTILI, P. Três teses sobre a relação trabalho e educação em tempos neoliberais. In: LOMBARDI, J.C. (org). Capitalismo, trabalho e educação. Campinas: Autores Associados, 2002. LIBANEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. São Paulo: Editora Alternativa, 2001. LOPES, E. Flexibilização curricular: um caminho para o atendimento de alunos com deficiência, nas classes comuns da educação básica. Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE. SEED/UEL. Londrina: 2008. Disponível em:<www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_esther_lopes.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2017.

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OLIVEIRA, V. F. Escola: a busca da identidade enquanto projeto político-pedagógico. In: Revista Contexto e Educação. Universidade de Ijuí, ano 5, n.10, abr/jun, 1990. PARANÁ, Instrução n. 01/2017. Emite instruções sobre a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção dos estudantes das instituições de ensino da rede pública estadual de ensino do estado do Paraná. Secretaria do Estado do Paraná – SEED / Superintendência da Educação – SUED. Curitiba: 20 jan. 2017. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 7 ed. Campinas: Autores Associados, 2000. SOUZA, A.R. et al. Gestão da escola pública: projeto político-pedagógico. In: Cadernos CINFOP - Centro interdisciplinar de formação continuada de professores. Universidade Federal do Paraná. v.3. Curitiba: Editora UFPR, 2005. (Coleção Gestão e avaliação da escola pública). VASCONCELLOS, C. dos S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertat, 1995. VEIGA, I.P.A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In: VEIGA, I.P.A.; RESENDE, L.M.G. (orgs). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 13 ed. São Paulo: Papirus, 1998.

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ANEXOS

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ANEXO 1

APMF – GESTÃO 2017/2018

Presidente Reverson Peliçaro

Vice-presidente Kátia Regina Brizola Saito

1º Secretário Ronaldo da Luz Silva

2º Secretário Marco Antônio Rocha Fernandes

1º Tesoureiro Márcia Mayumi Aimoto Marena

2º Tesoureiro Angélica Silva Baptista dos Santos

1º Diretor sócio-cultural Lara Montanini Mendes Breve

2º Diretor sócio-cultural Darúsia Aparecida de Almeida Schiavinato

Conselho Deliberativo e Fiscal

Professor Marcílio Donizete Vieira

Professora Olga Perez Stefaniu

Funcionário Edegar Lino de Oliveira

Funcionária Nilzete Ramos da Silva

Aluna Marina Silva Fernandes

Aluna Veronica Baptista dos Santos

Aluna Yasmin Andre Peliçaro

Aluna Camila Barão

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ANEXO 2

CONSELHO ESCOLAR – GESTÃO 2016/2017

Presidente Regina Paula de Conti

Representante da Equipe

Pedagógica

Olga Perez Stefaniu - Titular

Anadéli Rotter Zácari - Suplente

Representante do Corpo

Docente

Juliana da Silva Ferreira Leite - Titular

Luiz Adriano Morganti - Suplente

Representante de Agente

Educacional II

Juliana Silvéria da Silva - Titular

Itaracy de Alvarenga Filho - Suplente

Representante de Agente

Educacional I

Márcia Aparecida Anibal – Titular

Nilzete Ramos da Cunha – Suplente

Representante do Corpo

Discente

João Antonio Comine da Silva – Titular

Karina Nogueira de Oliveira – Suplente

Representante de Pais

Maria Inês Pereira da Silva – Titular

Maritza da Rocha Martins

Representante do Grêmio

Estudantil

Heloisa Magri Marquito – Titular

Luciano Balarin da Silveira – Suplente

Representante dos

Movimentos Organizados da Comunidade

João Luiz Gomes Canônico – Titular

Claudinei Nori - Suplente

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ANEXO 3

GRÊMIO ESTUDANTIL “OLAVO BILAC” – GESTÃO 2017/2018

Presidente Juliana Duzi da Silva

Vice – Presidente Apoliana Paulino Moraes

1º Secretário Nataly Vitória dos Santos Cardoso

2º Secretário Heloisa Pordo Cucci

1º Tesoureiro Lívia Gabriela dos Santos Tonezera

2º Tesoureiro Stefani Leite Fernandes

Diretor Social e Cultural Nauany Sayuri Marcolino Ikawa

Diretor de Imprensa Bianca Stevan

Diretor de Esportes Anna Júlia Soares Rufino

Diretor de Saúde e Meio Ambiente

Michele Maria Roseno Michelato

Conselho Deliberativo e Fiscal

1 Juliana Carolina Rodrigues

2 Rogério Matheus

3 Ketlin da Silva Gonçalves

4 Gabriela Santos de Paula Barros

5 Heloisa Mendes

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ANEXO 4

QUADRO DE PROFESSORES - 2017

QPM - Lotados

Disciplina Professores

Língua Portuguesa Izabel Cristina Marson

Rosa Maria Campos (a serviço do NRE)

Língua Inglesa Juliana da Silva Ferreira Leite

Matemática Célia Miyuki Yamasaki (aposentadoria Março)

Norberto Victor Valente (aposentadoria Junho)

Cláudia A. Schmidt dos Santos (Direção Auxiliar)

História Marcílio Donizete Vieira

Geografia Ana Lúcia Capobiango Pedrosa

Biologia Regina Paula de Conti (Direção)

Arte Taísa Aparecida Soares

Educação Física Leandra AP.ª C. de Rosis (Aposentadoria Junho)

Química Ronaldo da Luz Silva

Física Washington Sargin Mussi

Filosofia Antonio Campos de Lima

Sociologia Ceci Mara Spagolla Bergamasco

Disciplinas da Parte

Específica de Formação

de Docentes

Darúsia Aparecida de Almeida Schiavinato

Luiz Antônio de Oliveira

Márcia Apª de Mello Gaspari

Maria Apª. Gatti Peres Bondarik

Anadéli Rotter Zácari (Coord. Estágio)

Ariani Elvira de O. Andretta

Sandra Iara de Lima Mattos Vargas

Olga Perez Stefaniu (Coord. Curso)

Professor Interprete de

Libras

Sueli Gaspareto Barretta

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QUADRO DE PROFESSORES - 2017

QPM – Ordem de Serviço / Complemento de padrão/ Extraordinária

Disciplina Professores

Língua Portuguesa Eliana Maria Fraiha de Carvalho

Regina de Fátima Garcia de Souza

Thaís de Carvalho Guimarães Endo

Matemática Cláudia A. Schmidt dos Santos

Rinaldo Aparecido da Costa

Rubia Mara Rios

Rosimeire da Silva de Moraes

Tereza Batista

Geografia Kelsiane Nancy Turola modos Galvão

Biologia Simeia Soares da Silva

Maria de Fátima de Lima Conceição

Gilberto Chudzik

Educação Física Maristela Inês Gavino de Andrade

Luiz Gustavo Ribeiro

Anamélia Liaschi

Sueli Alves Pinheiro Correa

Claudemir Molin

Filosofia Juliana Campos

Disciplinas da Parte

Específica de Formação

de Docentes

Luciane Cadina Saturnino

Sílvia Helena Cesar

Sandra Rodrigues Leite

Paula Fernanda Perri Oliveira

Miryan Santa Barbara

Cirlene Fachine

Izabel Cristina de Macedo Rivaroli

Lara Montanini

Nercy Amabili Gasparotto Spinasse

Solange Garcia

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QUADRO DE PROFESSORES - 2017

REPR

Disciplina Professores

Matemática Nilson Carlos Sanches Alcala

Educação Física Andreia Cristina Silva de Carvalho

Sociologia Pollyana Maria Delgado Balla

Tiago Marinho da Silva

Disciplinas da Parte

Específica de Formação

de Docentes

Ricardo Rocha

Rosimeire Rodrigues da Cruz

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ANEXO 5

QUADRO ADMINISTRATIVO - 2017

FUNÇÃO

NOME

Diretora

Regina Paula de Conti

Diretora Auxiliar

Cláudia Alves Schmidt dos Santos

Professoras Pedagogas

Cristina Carlomagno

Olga Perez Stefaniu

Coordenação de Curso

Olga Perez Stefaniu

Lara Montanini Mendes Breve

Coordenação de Estágio

Anadéli Rotter Zácari

Secretário

Marco Antônio da Silva

Agentes Educacionais I

Anézia Maria da Silva de Paula

Márcia Aparecida Aníbal

Márcia Regina Mendonça de Oliveira

Nilzete Ramos da Cunha

Yolanda Bernardes Nori

Agentes Educacionais II

Edegar Lino de Oliveira

Itaracy de Alvarenga Filho

Juliana Silveria da Silva

Leandro Zambeli

Maria Inês Pereira da Silva

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ANEXO 6

PLANO DE ESTÁGIO

O trabalho docente é parte integrante do processo educativo. Este, por

sua vez, é considerado uma atividade humana necessária à existência da

sociedade. Desta forma, tem como objetivo formar indivíduos, preparando-os

para a participação ativa e transformadora nas diferentes instâncias da vida

social.

Nesse contexto, o exercício docente pressupõe a tarefa de contribuir

para o processo de formação dos futuros professores. Cultivando, assim, os

desafios da prática diante de estudantes não idealizados, mas sujeitos

históricos, síntese das múltiplas relações.

1 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Justificativa

O estágio curricular supervisionado, ofertado no Curso de Formação de

Docentes – Ensino Normal, denominado Prática de Formação, propicia ao

estudante uma aproximação com as instituições de Educação Infantil, as que

ofertam os anos iniciais do Ensino Fundamental, as escolas de Educação de

Jovens e Adultos e escolas de Educação Especial, tomando como parâmetro a

realidade concreta da escola pública.

Consideramos o Estágio Curricular Supervisionado toda atividade da

Prática de Formação desenvolvida pelos estudantes estagiários sob o

acompanhamento/assessoramento, tanto prévio como posterior, do professor e

da equipe coordenadora do referido curso.

Temáticas

As práticas pedagógicas constituem-se no eixo articulador dos

saberes entre as disciplinas. Assim, garantem espaço e tempo para a

realização e contextualização entre saberes, no qual o planejar, o executar e

o avaliar situações de ensino-aprendizagem das disciplinas pedagógicas

culmina com as atividades em sala de aula nas instituições educacionais

(educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental), de acordo com as

temáticas:

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1º - Sentidos e significados do trabalho do professor/educador;

2º - A pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades na Educação

Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental;

3º - Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da

educação;

4º - A ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação da didática na

Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

As práticas pedagógicas na 1ª série concentram-se na temática

“Sentidos e significados do trabalho do professor/educador”, em

diferentes modalidades e dimensões. O eixo articulador possibilitará a

observação do trabalho docente pelos alunos estagiários na Educação Infantil

e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Para tanto, faz-se necessário uma preparação teórico-metodológica de

pesquisa ao promover o contato com os centros de educação infantil e escolas

para que o estudante aproprie-se das práticas educativas.

O conceito de trabalho e de práxis tem significado quando o estudante é

encaminhado à instituição lócus com olhar fundamentado nas diferentes

ciências. Desta forma, busca-se o desenvolvimento de uma postura

profissional ética e responsável.

Assim, é preciso trabalhar com tais conceitos, aproximando-se da

realidade existente, ao refletir: o que um professor/educador precisa saber

para ensinar? O que precisa aprender para ensinar/ educar?

Neste sentido, são trabalhados conteúdos reflexivos acerca da função

social do professor, a formação da sua identidade, o reconhecimento de sua

sala de aula e ética pessoal e profissional. Concomitantemente aos conteúdos

reflexivos são trabalhados conteúdos metodológicos que visam preparar o

aluno para a realização das atividades que serão desenvolvidas no decorrer

do curso. Esses conteúdos incluem técnicas de estudo, noções preliminares

de pesquisa e aspectos gráficos e normativos de apresentação de trabalhos

(projeto, relatório, resenha, memorial).

No segundo semestre os alunos são encaminhados para observações e

participações em centros de Educação Infantil e escolas da rede pública que

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ofertam os anos iniciais do Ensino Fundamental. Ainda desenvolve-se o

Projeto “Criança que brinca, criança feliz”.

Na 2ª série os professores organizam e encaminham as atividades em

torno da temática: “A Pluralidade Cultural, as diversidades, as

desigualdades na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino

Fundamental”. É preciso aprender como operam essas desigualdades sociais

na esfera da educação.

A temática abordada, inicialmente, a diversidade e a educação inclusiva.

A partir daí foca as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das

relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e

Africana e a cultura indígena (contemplando as leis n.10639/03 e n. 11645/08).

Aborda-se, ainda, a educação do campo e a educação de jovens e adultos,

além da educação especial como modalidade que permeia todas as etapas da

educação.

As observações em instituições ocorrerão em escolas regulares que

tenham alunos com necessidades educacionais especiais e em instituições

especializadas tais como: escola especial, instituto de deficientes visuais,

auditivos, projetos alternativos de educação voltados para crianças,

adolescentes, jovens e adultos, educação indígena e educação do campo.

As disciplinas de Fundamentos Sociológicos, Concepções Norteadoras

da Educação Especial possibilitam suportes teóricos para a elaboração de

roteiros de observação e investigação.

Na 3ª série o problema central fundamenta-se na temática

"Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da

educação", cabendo aos professores desenvolver atividades como produção

de pesquisas, observações em instituições, estudo das concepções de

infância, de família, de educação na sociedade.

A reflexão deve construir objetos de estudos relacionados a essa

problemática, passando pela história da criança e da família em relação à

escola. É necessário analisar e recuperar a história das brincadeiras, das artes,

das músicas infantis, das danças, e do teatro, bem como pensar sobre suas

funções para o desenvolvimento infantil. Foco: Educação Infantil, Pré-Escola e

1ª ano do Ensino Fundamental.

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Finalmente, na 4ª série, é oportuno enfatizar experiências concretas por

meio da temática “A ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação

da didática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino

Fundamental”, garantindo a possibilidade de o estudante vivenciar e

desenvolver a práxis profissional, articulando teoria e prática. Dessa forma, o

estágio supervisionado deverá possibilitar ao aluno a elaboração de materiais

didáticos, a seleção adequada dos mesmos e o desenvolvimento de técnicas

de ensino adequadas. Os aprendizes deverão nessa fase ter mais autonomia

intelectual e didática na condução das tarefas educativas, bem como dominar

os conhecimentos gerais e específicos nas atividades com as crianças de 7

aos 10 anos de idade nos espaços institucionais.

É importante ainda a seleção e a elaboração de materiais didáticos, bem

como a análise dos livros didáticos e das propostas pedagógicas das escolas.

Foco: 2º, 3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental.

Objetivos Educacionais

O papel da escola necessita ser discutido, buscando resgatar sua função

social bem como os sentidos que os sujeitos incorporam na formação dos

indivíduos, dentro e fora da instituição social. A escola é comprometida quando

busca mudanças efetivas na sala de aula e na sociedade.

Neste contexto, a Prática de Formação tem como principal finalidade

buscar oportunidades de estágio para os estudantes, proporcionando dessa

maneira sua capacitação e qualificação social para o mundo do trabalho.

Em todas as séries o Estágio Curricular Supervisionado tem o intuito de:

desenvolver no aluno a capacidade de adquirir os conhecimentos já

elaborados pela cultura e pela ciência (ter condições para acessar,

selecionar e organizar conhecimentos);

estimular a capacidade de produzir aprendizagens a partir de

aproximações de diferentes áreas do conhecimento;

desenvolver autonomia em relação à compreensão e produção de

conhecimentos.

Por serem os objetivos educacionais que estabelecem a unidade de

ação, deverão orientar a organização dos conteúdos e das atividades

planejadas em relação:

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às práticas educativas que contemplem o modo singular de inserção dos

aprendizes futuros professores e dos estudantes nas escolas, cujo

campo de estudos no mundo social deve considerar abordagens

condizentes com as suas identidades e o exercício da cidadania plena,

ou seja, as especificidades do processo de pensamento, da realidade

socioeconômica, da diversidade cultural, étnicas, de regiões e de

gênero, nas situações de aprendizagem;

às capacidades que serão desenvolvidas nos estudantes ao longo de

sua escolaridade;

às necessidades específicas de cada campo de conhecimento.

É fundamental que os objetivos sejam conhecidos e compreendidos por

todos os sujeitos envolvidos no processo educativo.

Contribuição do estágio para os estudantes

O estágio, como parte integrante do processo formativo, contribui para a

formação do futuro profissional porque permite:

aplicar de maneira prática seus conhecimentos teóricos, enriquecendo seus

estudos e possibilitando, com isso, maior apreensão dos conteúdos

curriculares;

amenizar o impacto da passagem da vida estudantil para o mundo do

trabalho, proporcionando contato com o futuro meio profissional;

adquirir uma atitude de trabalho sistematizado, desenvolvendo a

consciência da produtividade, a observação, a comunicação concisa de

ideias e experiências adquiridas, incentivando e estimulando o senso crítico

e a criatividade;

definir-se em face de sua futura profissão, perceber eventuais deficiências e

buscar seu aprimoramento;

conhecer a filosofia, diretrizes, organização e funcionamento de escolas e

instituições em geral, além de proporcionar melhor relacionamento humano;

sentir a importância de uma atitude positiva e responsável frente ao trabalho

organizado e sistematizado, enfatizando o valor da responsabilidade, da

qualidade das ações humanas.

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Procedimentos Metodológicos

Por meio do conteúdo das diferentes áreas de ensino é que se procura

oferecer condições para que os estudantes desenvolvam suas capacidades, o

pensamento autônomo, a construção da própria identidade e a consciência

crítica para que possam compreender e participar ativamente da vida social.

O coletivo dos professores assume uma ação pedagógica que possibilita

ao estudante entrar em contato com suas ideias e hipóteses acerca dos

fenômenos estudados para que estabeleça relações entre os saberes que já

possuía e os novos conhecimentos, criando assim uma rede de significados

consistentes, já que prioriza a curiosidade, o questionamento e a reflexão.

Para tanto, realiza-se atividades diferenciadas, tais como: estudo sobre

a prática educativa; observação; relato de experiências; levantamento de

questões; debates e discussões em grupo; elaboração de relatórios, resenhas

e fichamentos; entrevistas; palestras; miniaulas e registro das atividades

realizadas, para sistematização da atividade avaliativa final.

A carga horária do Estágio Curricular Supervisionado é de 200

horas/ano, que deverá ser cumprida em sua totalidade. Das referidas horas,

50% são trabalhadas de forma presencial e 50% em atividades de “campo”:

pesquisas, seminários, relatórios, entrevistas, preparação de oficinas, entre

outras. O estudante só terá presença no dia da atividade de campo, quando

apresentar (na aula presencial imediatamente seguinte) o trabalho/tarefa

solicitado pelo professor de estágio. Caso isso não ocorra ou se houver faltas

no estágio presencial, além de realizar a atividade do dia, o professor poderá

exigir a reposição da carga horária em instituições da rede municipal de ensino.

A “ficha cumulativa” será utilizada para controle da realização de

estágio pelos alunos em outra instituição, bem como para computar a

reposição da falta no encontro presencial.

O estágio voluntário deverá ser registrado em “ficha cumulativa”

separada, já que, a partir de quarenta (40) horas, este será certificado.

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Atribuições

da Coordenação Pedagógica

Coordenar todas as atividades das respectivas séries, garantindo o

desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico da Escola, criando

espaços para a reflexão sobre a prática pedagógica e a participação dos

membros da comunidade;

acompanhar a realização dos processos educacionais desenvolvidos no

setor de sua competência por meio do conhecimento das ações praticadas

pelos orientadores e professores;

estabelecer diretrizes, propondo meios e avaliando as ações;

diagnosticar e gerenciar as variáveis que interferem na implementação da

proposta pedagógica da escola;

garantir a coerência horizontal e vertical das diferentes áreas do currículo

praticado no curso que coordena;

favorecer a vivência de valores que assegurem a harmonia entre os

agentes educacionais sob sua coordenação;

assessorar os professores no desempenho do papel de mediador do

conhecimento planejando em conjunto intervenções que favoreçam o

sucesso de suas ações;

atuar de maneira integrada junto à equipe pedagógica da escola para a

melhoria do processo de ensino-aprendizagem e integração vertical/

horizontal das diferentes áreas do currículo;

orientar a organização, elaboração dos planejamentos, assim como sua

implementação;

avaliar as práticas planejadas;

estabelecer metas a serem atingidas em função das demandas explicitadas

no trabalho dos professores;

observar os professores em ação para organizar programas de formação

que visem auxiliá-lo a fundamentar os saberes práticos e aprimorar os

saberes teóricos;

auxiliar o professor no exercício da docência;

analisar os instrumentos de avaliação utilizados;

participar e intervir, junto com o professor, na organização do estágio

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supervisionado;

intervir na elaboração de cronogramas, na formação e divisão de turmas

junto ao professor se necessário orientando e subsidiando o trabalho;

apresentar propostas, alternativas, sugestões que promovam o

desenvolvimento e o aprimoramento do estágio;

orientar o processo de elaboração do PTD/cronograma junto aos

professores;

assessorar os professores, articulando a prática pedagógica ao Projeto

Político Pedagógico da escola;

promover reuniões regulares com os professores de estágio supervisionado

para discussões relativas ao planejamento, execução avaliação das

atividades, bem como análise dos métodos, critérios e instrumentos

necessários ao bom desenvolvimento do mesmo.

É necessário ainda:

- articular-se com os outros coordenadores para melhor execução das

tarefas;

- analisar as atribuições e responsabilidades pertinentes ao estágio

supervisionado;

- planejar atividades, orientações e encaminhar aos professores;

- avaliar continuamente a programação estabelecida;

- informar a Direção sobre as atividades desenvolvidas no estágio, bem como

seu andamento.

- fornecer aos professores os formulários necessários para a implementação

do estágio.

- contatar as instituições para análise das condições oferecidas à realização

do estágio;

- intermediar, planejar e coordenar a execução e a avaliação das atividades

propostas.

Do Professor

O compromisso do professor é com a aprendizagem do estudante, bem

como com sua formação integral. Desta forma, é um formador quando:

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tem discernimento sobre concepções pedagógicas, métodos e conteúdos

que são adequados à condução dos aprendizados planejados;

entende a educação como um processo dinâmico;

procura estimular a elevação da autoestima dos alunos;

assume a condição de mediador na construção de conhecimentos junto aos

alunos e não de transmissor de informações;

pratica a solidariedade, busca a justiça e compreensão pelo diálogo;

busca coerência, no exercício do seu trabalho, entre suas atitudes e os

valores que ensina a seus alunos.

Assim, é da responsabilidade do professor:

planejar as ações registrando-as no Plano de Trabalho Docente (PTD) e

cronograma;

selecionar conteúdos relevantes para a realidade dos alunos e coerentes

com o projeto pedagógico;

organizar as situações de ensino-aprendizagem;

adotar metodologias coerentes com a concepção de ensino-aprendizagem

adotada pela escola;

avaliar permanentemente o processo educacional, fazendo as retificações

que se mostrarem necessárias;

estabelecer as bases da participação e colaboração do estudante;

contribuir para diminuir conflitos, intervir em dinâmicas grupais consideradas

inadequadas para a aprendizagem;

acompanhar a realização das docências nas escolas lócus;

estreitar a relação com a escola concedente.

Da escola concedente

Entendemos por escola concedente as instituições oficiais de ensino que

ofertam a educação infantil, os anos iniciais do ensino fundamental, a

Educação de Jovens e Adultos correspondente aos anos iniciais e a Educação

Especial do município sede e dos municípios de origem dos estagiários.

Consideramos os municípios de origem haja vista a necessidade de que

nossos estagiários conheçam a realidade educacional das instituições destes.

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As atribuições são:

Conceder oportunidades de estágios.

Auxiliar as estagiárias na solução de possíveis, dificuldades técnicas ou

de atitudes que possam surgir no decorrer do estágio.

Garantir o cumprimento do programa de estágio.

Oferecer informações pertinentes sobre a instituição subsidiando a

prática educativa.

Encaminhar os (as) estagiários (as) para as atividades planejadas.

Acompanhar e avaliar a execução das atividades do estágio.

Supervisionar o (a) estagiário (a) no desenvolvimento das atividades.

Divulgar aos interessados, os cronogramas de estágio enviados para a

direção da escola.

Comunicar à Coordenação de Estágio os problemas que vierem a

ocorrer nos estágios.

Adotar uma postura ética diante de situações que envolvam os alunos

estagiários.

Do (a) estudante

O (a) estudante deve ser SUJEITO:

ativo, participante e integrado no processo ensino-aprendizagem;

crítico, sabedor de sua importância de agente num processo de

transformação do mundo, capaz de analisar a realidade com tranquilidade,

objetividade e firmeza;

consciente, conhecedor do meio onde vive, apto a promover as mudanças

na sociedade;

curioso, buscando respostas para todas as suas inquietações e saiba

justificar as suas posições;

criativo e não reprodutor de conhecimentos;

receptivo aos sentimentos, valores e ideias dos outros;

responsável pelas suas atitudes, socialmente equilibrada, que encare o

estudo como meio de participação na cultura, na história;

consciente de suas capacidades, direitos e deveres;

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que tenha organização pessoal, condição indispensável para formação

intelectual e para o enfrentamento das dificuldades que irá encontrar no

ambiente em que vive.

Normas do (a) estagiário (a)

Anotar o nome da instituição concedente, endereço e equipe

pedagógica.

Chegar, sempre, com 10 minutos de antecedência.

Realizar reconhecimento do local (instalações físicas).

Apresentar-se de uniforme, guarda-pó e crachá.

Apresentar-se de cabelos presos e unhas cortadas e limpas.

Não se apresentar mascando chicletes, usando piercing e brincos

extravagantes.

Jamais utilizar o aparelho celular em sala ou local de realização de

atividades.

Cumprir o horário de entrada e saída da instituição concedente.

Respeitar as normas e critérios de funcionamento da instituição

concedente.

Procurar exercer o voluntariado, quando solicitado, para aquisição de

experiências relativas à formação profissional.

Procurar atender às solicitações da instituição concedente e justificar-se,

com antecedência, quando o atendimento não for possível.

Apresentar relatório de visita próximo encontra.

Em relação à Regência:

Realizar o agendamento com a Supervisão Escolar da instituição

concedente (de acordo com o cronograma pelo Professor de Estágio).

Contatar, antecipadamente, o professor regente. Apropriar-se dos

conteúdos a serem trabalhados.

Receber orientação do Professor de Estágio no que tange ao

planejamento.

Jamais realizar regência sem que o Professor de Estágio viste o

planejamento.

Procurar, no caso de eventuais dúvidas, o Professor de Estágio.

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Adotar, sempre, postura ética, de profissional comprometido com a

qualidade social da educação.

Avaliação no Estágio Curricular Supervisionado

O Estágio Curricular Supervisionado é considerado uma disciplina

integradora, fazendo a articulação entre as disciplinas específicas da Parte

Diversificada entre si e com as disciplinas da Base Nacional Comum.

Considerando suas características especiais, o Estágio Supervisionado

irá efetivar a inserção de alunos e professores na realidade educacional de

Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, dando preferência a

Escola Pública e fazendo com que as experiências retomem o núcleo de

reflexão teórica das outras disciplinas, abrangendo a observação e análise de

diferentes tipos e formas de educação escolar, até o assumir de projetos

específicos, encargos docentes e outras formas de atuação pedagógica na

instituição escolar.

O Estágio Supervisionado caracteriza-se como ponto de contato entre o

colégio – que oferta o curso de Formação de Docentes, em nível médio, na

modalidade Normal – e as Instituições de Educação Infantil e de Ensino

Fundamental, de modo a permitir que a observação e análise do trabalho

pedagógico dessas instituições possam reverter em aprimoramento dessa

prática e aprofundamento das questões ligadas aos conteúdos do referido

curso. A reflexão sobre o trabalho pedagógico, sua análise e interpretação

constroem a teoria, que retorna à prática para esclarecê-la e aperfeiçoá-la.

Portanto, a avaliação do Estágio Supervisionado é concebida como um

processo contínuo e como parte integrante do trabalho educativo. Nesse

sentido a avaliação está presente em todas as fases do planejamento e da

execução do currículo, como elemento essencial para análise do desempenho

tanto do aluno quanto da escola.

A avaliação é entendida ainda, como um processo participativo em que o

grupo envolvido não só julga a prática pedagógica em seus diversos níveis,

como também busca criticamente, alternativas para a modificação de sua

prática, na tentativa de superar os problemas encontrados.

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A descentralização do processo de avaliação se concretiza quando se

considera que as decisões serão tomadas pelos participantes envolvidos em

todos os níveis, ou seja, desde o nível da aprendizagem do aluno, em relação

às diversas disciplinas, até a avaliação do currículo como um todo.

As decisões tomadas pelos participantes quanto ao processo de

acompanhamento e avaliação estarão registradas nos projetos específicos de

cada série conforme temáticas propostas, anulando a caracterização de

atividade terminal do curso para constituir-se num projeto coletivo onde a

participação dos professores do curso torna-se imprescindível, já que a prática

pedagógica deve ser entendida numa visão de totalidade.

O Estágio Curricular Supervisionado será avaliado de forma descritiva,

acumulando-se dados sobre a aprendizagem do aluno ao longo do processo

educativo, com nota que expresse o processo de crescimento do aluno em

direção a sua profissionalização, recebendo atenção especial e contínua por

parte do professor que deverá remeter-se sempre aos objetivos eleitos no

planejamento, tendo uma função diagnóstica do processo de ensino e de

aprendizagem.

Desta forma, a avaliação deve:

desenvolver-se como um processo, pois cada instrumento utilizado está

referenciado à totalidade do sistema avaliativo;

possibilitar tomada de decisão, que não deve ser estática e classificatória;

julgar quanto o aluno assimilou do conteúdo trabalhado e quanto incorporou

das habilidades previstas para serem desenvolvidas e/ou vivenciadas;

refletir não apenas um lado do processo, mas suas limitações, o progresso,

verificando a aprendizagem a partir dos mínimos necessários que devem

ser apreendidos pelo aluno (mínimo necessário de aprendizagem em todas

as condutas que são indispensáveis para se viver e se exercer a cidadania),

bem como a capacidade de deter informações, estudar, pensar, refletir e

dirigir as ações com adequação e saber;

avaliar a adequação das escolhas feitas no exercício da docência, à luz do

processo constitutivo da identidade cidadã de todos os integrantes da

comunidade escolar, das diretrizes curriculares nacionais de educação

básica e das regras da convivência democrática;

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programar o estágio como processo coletivo;

organizar os relatórios em grupo e individual;

refletir sobre o trabalho realizado e o desempenho do estagiário;

Também serão avaliados: assiduidade; pontualidade; responsabilidade;

iniciativa; participação e envolvimento; postura ética; relacionamento;

organização e adequação teórico-prática.

A avaliação final será por meio de instrumentos diversificados,

dependendo de cada série:

1ª: Memorial Descritivo

2ª: Relatório Conclusivo

3ª: Relatório Científico

4ª: Relatório Científico

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ANEXO 7

PLANO DE COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA

(MATRIZ CURRICULAR)

- 40 HORAS – turno Matutino

- 40 HORAS – turno Vespertino

- 72 HORAS – turno Noturno

DIRETORA: Regina Paula de Conti

PEDAGOGAS RESPONSÁVEIS:

Cristina Carlomagno

Lara Montanini Mendes Breve

Olga Perez Stefaniu

DATA (previsão)

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE HORAS/TURNO

M V N

1

Abril/Maio

Projeto “Autores e Ideias”: participação em palestras; Parceria: SESC-CP

0

0

3h

2

Maio/Junho

“Oficinas de Matemática”: reforço para a disciplina de matemática em contraturno; Parceria: Curso de Licenciatura em Matemática – UTFPR-CP

12h

12h

12h

3

Maio

“Visita a Brinquedoteca” da Universidade Estadual Norte do Paraná – Campus Cornélio Procópio; Parceria: Curso de Pedagogia – UENP-CP

0

0

4h

4

Maio

“Oficina de Literatura Infantil”. Profª Zenaide Negrão. Parceria com a UTFPR.

12h

12h

12h

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5 Setembro (sábado)

“Mostra de Talentos”: comemoração do dia do estudante. Organização: Grêmio Estudantil

4h

4h

4h

6 07 de setembro (feriado)

“Desfile Cívico”: participação no desfile do dia da Independência;

4h

4h

4h

7

Setembro

“Semana Literária do SESC”: monitoria das atividades; Parceria: SESC-CP

8h

8h

8h

8

Outubro

Visita “Mata São Francisco” e/ou “Bosque Municipal”: Atividade da Agenda 21 – Caminhada Ecológica

0

0

4h

9

Outubro

Atividade recreativa de integração com alunos da Educação Especial; Parceria: Escola Municipal Procopense – Modalidade Educação Especial

0

0

4h

10

Outubro

SEPED – Semana da Pedagogia: participação nas apresentações de Comunicação Oral Parceria: Curso de Pedagogia – UENP/CP

0

0

9h

11

25 de novembro (sábado)

“Mostra da Cultura Afro”: atividades culturais referentes a Semana da Consciência Negra; Organização: Equipe Multidisciplinar

4h

4h

4h

12 02 de

dezembro (sábado)

Campeonato Interclasses de Voleibol; Organização: Grêmio Estudantil

4h

4h

4h

TOTAL

48h

48h

72h