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Escola Estadual “Agostinho Stefanello” – Ensino Fundamental Rua Estados Unidos, Nº 2533 CEP: 87.750-000 e-mail: [email protected] Fone/Fax (44) 3447-1161 Alto Paraná PR PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ALTO PARANÁ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná · Stefanello” Ensino Fundamental, organizou o presente Projeto Político Pedagógico, tendo por objetivo a melhoria na qualidade de ensino

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Escola Estadual “Agostinho Stefanello” – Ensino Fundamental

Rua Estados Unidos, Nº 2533 – CEP: 87.750-000

e-mail: [email protected] Fone/Fax (44) 3447-1161

Alto Paraná – PR

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

ALTO PARANÁ

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ÍNDICE

I – APRESENTAÇÃO.........................................................................................................................03

II – IDENTIFICAÇÃO.........................................................................................................................05

III – DIAGNÓSTICO...........................................................................................................................11

IV- FUNDAMENTOS ..........................................................................................................................22

V – PLANEJAMENTO…...................................................................................................................36

VI- AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL.................................................................................................52

VII- PERIODICIDADE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ..........................................53

VIII – PUBLICIZAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ........................................54

VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................55

ANEXO-BRIGADA ESCOLAR.........................................................................................................57

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I - APRESENTAÇÃO

Uma análise da conjuntura mundial e brasileira revela a necessidade da construção

de uma Educação básica voltada para a cidadania, oferecendo um ensino de qualidade,

ministrado por professores capazes de incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas

nas diferentes áreas do conhecimento e de estar atento às dinâmicas sociais e suas

implicações no âmbito escolar.

A LDB em seu artigo 12, inciso I, prevê que os estabelecimentos de ensino,

respeitadas as normas comuns e as de seu sistema de ensino, terão a incumbência de

elaborar e executar seu projeto pedagógico. Assim, a Escola Estadual “Agostinho

Stefanello” Ensino Fundamental, organizou o presente Projeto Político Pedagógico, tendo

por objetivo a melhoria na qualidade de ensino e a construção de uma Escola cidadã e

democrática.

Visando a organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, o Projeto

Político Pedagógico objetiva apontar caminhos, um rumo a seguir. Através do diagnóstico

da realidade, ele delimita onde queremos chegar e como chegar, diminuindo o casualismo,

o fazer por fazer, sem ter noção de onde se quer chegar. Pressupõe como fundamental, a

presença dos princípios norteadores estabelecidos constitucionalmente como: a igualdade, a

qualidade, a valorização do magistério, a gestão democrática, a liberdade e a autonomia.

Com tudo isto em mente, a elaboração desse Projeto é efetivada pela Equipe

Pedagógica desta Escola com a participação ativa de todos os segmentos da Comunidade

Escolar em momentos específicos de análise e reflexão coletiva.

Na construção da primeira versão do presente Projeto Político Pedagógico, foi

realizado um levantamento de dados e informações sobre a qualidade da Escola em seus

diferentes aspectos. Para isto, foram utilizados como instrumentos questionários e

entrevistas junto aos pais, alunos, professores e agentes educacionais. Depois da análise dos

dados e tabulação, foram elaborados gráficos para assim, compreendermos melhor o que já

está sendo feito e o que precisa ainda melhorar. Foi estabelecida uma comissão que se

encarregou de organizar os questionários, as entrevistas e aplicá-los, bem como, fazer a

análise e a tabulação. As discussões elaboradas por professores e agentes educacionais, nos

cursos de capacitação, também serviram e servem de base para alimentar continuamente os

dados do Diagnóstico e da Fundamentação. Em 2012, devido à implantação simultânea do

Ensino Fundamental de nove anos, na rede pública estadual, novamente foram realizadas

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pesquisas através de questionários e entrevistas para levantamento de dados sobre o perfil e

as principais características da Comunidade Escolar, fazendo com que este documento

sofresse alterações necessárias à adequação a realidade. Assim, todos os anos o documento

é atualizado conforme a realidade posta no ano letivo, procurando atender as necessidades

da Escola.

Partindo do diagnóstico, refletimos sobre que tipo de sociedade, de mundo, de

homem e de educação queremos para nosso cotidiano. Também foram estabelecidas, junto

com os pais, professores e agentes educacionais, as grandes linhas de ações e metas que a

Escola deverá almejar com a participação de toda a comunidade escolar.

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II – IDENTIFICAÇÃO

DADOS DA INSTITUIÇÃO

A Escola Estadual “Agostinho Stefanello” – Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) está

localizada na Rua Estados Unidos, nº 2533, centro, telefone/fax (44) 3447-1161, com o

seguinte e-mail: [email protected], no município de Alto Paraná, Estado do

Paraná. A Escola é mantida pelo Governo do Estado do Paraná e administrada pela

Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES

A Escola Estadual Agostinho Stefanello foi criada pelo decreto nº 22.494/1959,

com a denominação de Ginásio Estadual “Agostinho Stefanello”.

Este nome foi dado em homenagem ao então prefeito da época e patrono deste

Estabelecimento.

Em 26 de junho de 1963 foi autorizado o funcionamento do período noturno para

atender as necessidades da população.

De acordo com o decreto nº 2.481/80 de 16 de junho de 1980, resultante da

reorganização do Complexo Escolar de Alto Paraná, o Estabelecimento passou a

denominar-se Escola Estadual “Agostinho Stefanello” Ensino de 1º Grau.

Em consonância com a Resolução nº 3.120/98 de 31 de agosto e a Deliberação nº

003/98 do Conselho Estadual de Educação, a Escola passou a denominar-se Escola

Estadual “Agostinho Stefanello” Ensino Fundamental.

A partir de 2002, além do Ensino Regular, o Estabelecimento passou a ofertar a

Educação de Jovens e Adultos – 5ª a 8ª série, no período noturno, sendo que a mesma foi

cessada em 2007.

Atualmente, o Estabelecimento oferta o Ensino Fundamental – Anos Finais. A partir

de 2012, a Escola passou para o Ensino Fundamental de nove anos, mudando a

nomenclatura de série para ano. Em contra turno, existem alguns programas oferecidos aos

alunos, como: Sala de Apoio Pedagógico à Aprendizagem para os 6º anos do período

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matutino em Língua Portuguesa e Matemática, Sala de Recursos no período da manhã e da

tarde e o Projeto Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) em

Matemática que é uma parceria com a Unespar – Campus Paranavaí. A partir de 2015, o

Estabelecimento também passou a ofertar o Programa de Aceleração de Estudos para o 6º

ano, visando classificar o aluno para o 8º ano. Neste ano de 2017 , a Escola não está

oferecendo este Programa.

CARACTERIZAÇÃO DE CURSOS E MODALIDADES

A Escola oferta os anos finais do Ensino Fundamental do 6º ao 9ª ano, no período

matutino e vespertino. De manhã, as aulas vão das 07h30min horas até 11h55min horas,

com intervalo de 15 minutos, ficando assim o horário das aulas:

AULA HORÁRIO

1ª aula 7:30 ÀS 8:20 h

2ª aula 8:20 às 9:10 h

3ª aula 9:10 às 10:00 h

Intervalo 10:00 às 10:15 h

4ª aula 10:15 às 11:05 h

5ª aula 11:05 às 11:55 h

O turno da tarde inicia às 13h00min horas até 17h25min horas, com intervalo de 15

minutos, ficando assim o horário das aulas:

AULA HORÁRIO

1ª aula 13:00 ÀS 13:50h

2ª aula 13:50 às 14:40h

3ª aula 14:40 às 15:30 h

Intervalo 15:30 às 15:45 h

4ª aula 15:45 às 16:35 h

5ª aula 16:35 às 17:25 h

As aulas são de 50 minutos conforme prevê a legislação.

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Além disso, o Estabelecimento oferece também Sala de Apoio à Aprendizagem para

os alunos dos 6º anos, nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, no período

vespertino, com quatro aulas semanais em cada disciplina.

Há também duas Salas de Recursos, sendo uma no período matutino para atender os

alunos da tarde e outra no período vespertino, que atender os alunos da manhã, com

cronograma específico para cada aluno.

Outro programa ofertado é o Pibid de Matemática que atende alunos do 6º, 7º, 8º e

9º anos, em parceria com a Unespar. O Estagiário entre na sala de aula junto com o

professor de Matemática para ajudá-lo no atendimento individual dos alunos.

ESTRUTURA FÍSICA:

A Escola Estadual Agostinho Stefanello possui doze salas de aula, uma sala de

professores, uma biblioteca, uma sala para Direção, uma sala para Equipe Pedagógica, uma

secretaria, sanitários masculinos e femininos para os alunos, outro sanitário para os

professores, uma cozinha, um almoxarifado e duas quadras para as aulas práticas de

Educação Física, sendo uma coberta.

A Escola passou por reforma na estrutura físico/material há vários anos atrás, o que

contribuiu muito para melhorar o seu aspecto físico. Porém atualmente está necessitando

novamente, com urgência de melhorias na estrutura física, como ampliação, pintura, troca

de telhado. Os banheiros também passaram por uma reforma, mas há vários anos e se

apresentam em condições razoáveis de uso. Porém não são em número suficiente para

atender com comodidade todos os alunos.

Todas as salas estão equipadas com TV multimídia, porém algumas não funcionam.

Há cinco computadores de uso exclusivo da secretaria e um na sala da Equipe Pedagógica.

Há também o Laboratório de Informática com vinte e seis computadores, contando com os

do PROINFO (MEC), porém nem sempre é possível contar com esse número para

utilização. Atualmente apenas dezesseis estão realmente funcionando. Os mesmos são

disponibilizados para os professores e alunos.

No aspecto físico, nosso Estabelecimento, enfrenta diversos problemas, tais como:

Falta de um refeitório, onde os educandos possam ficar acomodados

adequadamente para lanchar. Isto causa muitos transtornos, desde a distribuição do

lanche (empurrões e conflitos na fila) até a devolução dos pratos e talheres

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utilizados, pois os alunos os deixam muitas vezes, espalhados pelo pátio. Além

disso, a falta do refeitório faz com que não haja um momento privilegiado para a

Educação Alimentar (higiene, postura, hábitos corretos de alimentação). Em dias de

chuva, o problema se agrava, pois os educandos precisam enfrentar as intempéries

para pegar o lanche e escolher um lugar coberto para comer.

Falta uma sala para reuniões, onde se possa acomodar adequadamente os pais,

professores e comunidade em geral. A reunião com os pais é feita, na maioria das

vezes, no pátio aberto, faltando comodidade e conforto.

Falta um número maior de salas de aula, visto que, a cada ano há um aumento no

número de alunos que chega a nossa Instituição para estudar.

O espaço físico da sala dos professores é muito pequeno para acomodar

adequadamente todos os docentes, dificultando assim a realização da hora

atividade.

A cozinha existente é muito pequena, o que dificulta a organização dos utensílios e

o trabalho das merendeiras.

O espaço físico ainda não está totalmente adequado para receber alunos portadores

de necessidades especiais, como cadeirantes e outros, pois apesar das rampas terem

sido reformadas e adequadas à legislação vigente, ainda falta alargamento das

portas das salas e dos banheiros e outras adaptações.

MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

A Escola possui uma biblioteca com cerca de dois mil e quinhentos exemplares

entre livros de literatura e didáticos. Também há o Laboratório de Informática com 26

computadores contando com Paraná Digital e PROINFO. Em relação às condições de

materiais e recursos didáticos melhorou muito atualmente, pois o Estabelecimento

participou do Programa PDE- Escola do MEC e pôde adquirir com a verba recebida muitos

materiais didático-pedagógicos, podendo assim, enriquecer as aulas. Entre os principais

materiais pedagógicos, a Escola possui jogos pedagógicos, jogos recreativos, atlas, mapas,

globo terrestre, banners com esquemas de conteúdos científicos, data show, projetor

multimídia.

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RECURSOS HUMANOS

O quadro de pessoal da Escola é assim formado: a equipe gestora é composta pela

Direção e pela Equipe Pedagógica e conta três pedagogas no período da manhã e duas no

período da tarde. O número de professores e funcionários está assim distribuído:

Nº Docentes

QPM

Nº Docentes

PSS

Nº Administrativo Nº Agentes de

Apoio I

50 14 05 07

Nível de formação - Recursos Humanos

Função Ens.

Fund

.

Ens. Médio Ens.

Superior

Pós-graduação Mestrado Doutorado

Docentes (QPM) - - - 46 - -

Administrativos - - - 05 - -

Apoio - 5 2 - - -

A Escola possui as seguintes Instâncias Colegiadas: Conselho Escolar, APMF,

Grêmio Estudantil e Conselho de Classe. Estas Instâncias contribuem com o bom

andamento da Escola e são formadas e organizadas de acordo com o que está previsto na

legislação correspondente a cada órgão.

PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR

Neste ano letivo, a Escola conta com cerca de 370 alunos no período matutino e no

período vespertino conta com 315 educandos.

A comunidade em que o Estabelecimento está inserido apresenta boa expectativa

com relação à importância do estudo. A grande maioria dos pais e/ou responsáveis acredita

que a Escola é fundamental para a construção de uma vida melhor e para melhores

condições de emprego. A constituição familiar é muito variada. A família tradicional

(nuclear) ainda é predominante, mas não podemos deixar de ressaltar que há um número

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considerável de família onde há só a presença da mãe, muitos vivem com os avós e outro

tanto com madrastas ou padrastos e irmãos de outros casamentos dos pais. Percebe-se que,

os educandos gostam de estar na Escola, encontrar-se com os colegas e acreditam que a

Escola é base para a construção do futuro. A diferença existente entre o período vespertino

e matutino vem sendo amenizadas com a mudança na matrícula dos sextos anos (que

passou de fila para critérios). Os educandos do período da manhã, em sua grande maioria

são provenientes do centro da cidade, possuem nível socioeconômico melhor, apresentam

maior interesse em estudar, são acompanhados de perto pela família. Contudo, há casos de

indisciplina que precisam de acompanhamento por parte da Equipe Pedagógica. Já no

período da tarde, os alunos são provenientes, na sua maioria, da periferia e da zona rural,

mas isso vem se alterando como descrito acima. Os casos de indisciplinas são maiores,

alguns alunos faltam muito e outros desistem facilmente da Escola, muitas vezes pela falta

de apoio e acompanhamento familiar. Portanto, precisam de acompanhamento constante

por parte da Direção e da Equipe Pedagógica.

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III - DIAGNÓSTICO

PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A E. E. Agostinho Stefanello funciona em dois períodos: matutino e vespertino.

Atende do 6º ao 9º ano.

A estrutura física do prédio está dividida em dois pavilhões. No pavilhão superior,

ficam localizadas sete salas de aulas, a sala dos professores, sala da Direção e Equipe

Pedagógica, secretaria, sanitários dos alunos e professores. No pavilhão inferior ficam

localizadas cinco salas de aulas, a biblioteca e o Laboratório de Informática, além da

cozinha e de uma praça estudantil, com mesas e bancos de concreto, onde os alunos

gostam de fazer suas atividades e sentar para conversar. Às vezes, os professores a usam

para ministrar suas aulas. Foi construída também outra praça logo na entrada da Escola,

viabilizando assim, maior espaço físico para os alunos.

Quanto aos equipamentos físicos e pedagógicos, há necessidade de mais materiais

físicos, como: móveis para secretaria, sala da Equipe Pedagógica e Biblioteca, mesa para

professores em sala de aula. Houve um bom investimento com recursos do Estado e PDE

Escola em equipamentos e recursos pedagógicos como compra de dicionários, mapas,

globos, jogos diversos, livros de literatura. Este investimento oportunizou ao professor,

condições de melhoria na qualidade das aulas com a utilização de novas metodologias.

Contando atualmente com dois turnos de funcionamento, a Escola apresenta

realidades bem diferentes e características próprias em cada um deles.

A grande maioria dos alunos, do período matutino provém da área urbana,

principalmente do centro da cidade. Há uma minoria que vem da zona rural e chega até à

Escola de transporte escolar. Possuem um nível socioeconômico bom, tendo em casa

telefone, celular, televisão, geladeira em suas residências. A grande maioria das famílias

valoriza o estudo e suas expectativas em relação à Escola são muitos grandes. Por este

motivo, os pais estão muito presentes na vida escolar dos filhos e participam do cotidiano

escolar. A faixa etária é de 10 a 14 anos, porém há alunos fora da idade em relação à série.

As principais dificuldades encontradas neste turno são a desmotivação e o desinteresse

pelas atividades intelectuais, com isso há muitos que não fazem as tarefas para casa, não

entregam os trabalhos nas datas marcadas, não complementam os estudos em casa;

conflitos de relacionamento entre os alunos, principalmente dos 6º anos, e que exigem

muita atenção por parte da Direção e Equipe Pedagógica; uma boa parte do alunado possui

dificuldades de leitura, interpretação e cálculos básicos de Matemática.

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Uma quantidade significativa de alunos do período vespertino é proveniente da

zona rural do município e chegam até Escola por meio do transporte escolar e por isso

saem de casa muito cedo. Grande parte das famílias acredita que a Instituição Escolar é

muito importante para a melhoria de vida. Como a maioria dos pais são trabalhadores

diaristas rurais, ficam fora o dia todo e sua participação na vida escolar dos filhos é muito

limitada, porém essa realidade vem se alterando nos últimos anos, visto que, houve uma

alteração na matrícula dos sextos anos (fila para critérios), mesclando mais essas duas

realidades de períodos e também vem acontecendo uma maior conscientização dos pais

quanto à necessidade de acompanhar a vida escolar dos filhos. Pode-se perceber isto nas

reuniões de pais, pré-conselhos e entregas de boletins. O envolvimento de uma boa parte

dos educandos no processo ensino-aprendizagem é baixo, causado principalmente pela

ausência da família e por apresentarem outros interesses maiores do que o estudo. As

principais dificuldades encontradas neste período, também como no turno da manhã, são

de leitura, interpretação, produção de texto e cálculos básicos de Matemática, detectados

principalmente nos sextos anos. Há muitos conflitos interpessoais, causados muitas vezes,

por motivos banais, mas que exigem a atenção da Equipe Pedagógica. Uma parcela dos

pais não quer se comprometer com os estudos dos filhos e muitas vezes confessam não

saber como lidar com essa questão, bem como, também não sabem como contribuir na

educação dos filhos dentro e fora do contexto escolar. Esse fato acarreta inúmeros

problemas no cotidiano escolar: problemas emocionais, problemas afetivos, de

relacionamento, faltam limites e regras, ficando a Instituição limitada nas atitudes a serem

tomadas para melhoria da aprendizagem do aluno.

GESTÃO ESCOLAR

A Gestão Escolar é baseada nos princípios da Gestão Democrática e é vista como

uma forma de administrar, em que a comunicação e o diálogo são a estrutura deste

processo. As Instâncias Colegiadas contribuem de maneira efetiva para que isto se torne

realidade.

CONSELHO ESCOLAR: órgão consultivo, deliberativo e de mobilização mais

importante do processo de gestão democrática. Deverá acompanhar o desenvolvimento da

prática educativa e do processo ensino-aprendizagem, o planejamento, a implementação e

a avaliação das ações da escola. Os membros do atual Conselho Escolar são o seguinte:

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NOME- TITULAR/SUPLENTE FUNÇÃO

Izabel Christina Pirani/Rosangela Lucia Mantovani Repres. de professores

Luciane Soler Fontana/Maria Luiza Rosini Repres. da Equipe Pedagógica

Sônia Maria Pitta/Jaqueline Palmieri Repres. Agente Educacional II

Sõnia de Araújo Gorindi/Cleide Maria F. Favaretto Repres. Agente Educacional I

João Pedro Frotté Assis/Amanda Mataruco Repres. Dos alunos

Maria Helena Cardoso Magalhães/ Tatiane Marcia da

SIlva

Repres. De Pais

Hélio Rubens Satim/ Leonor Fermandes Repres. Da APMF

APMF: órgão de representação dos pais, mestres e funcionários que deverá

contribuir para o aprimoramento do ensino e da integração família – escola – comunidade

em consonância com o Projeto Político Pedagógico. A atual APMF está assim composta:

NOME- SUPLENTE/TITULAR FUNÇÃO

Hélio Rubens Satim Presidente

Elizabeth Szwako Bellini Vice-presidente

Maria Luiza Rosini 1ª secretária

Luciane Soler Fontana 2ª secretária

Leonor Fernandes 1ª Tesoureira

Ederson Aparecido Colussi 2º Tesoureiro

Elizabete Garcia Neves 1ª Diretora esportiva

Elisangela de Melo 2ª Diretora esportiva

Irene Brum da Silva 1ª Diretora sociocultural

Antonio Verissimo 2º Diretor sociocultural

GRÊMIO ESTUDANTIL: órgão de representação dos alunos que deverá

promover a articulação entre direção e alunos, além de favorecer o relacionamento e a

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convivência entre os educandos, deve também buscar coletivamente os anseios, desejos e

aspirações dos estudantes. A atual diretoria do Grêmio está assim composta:

NOME FUNÇÃO

Amanda Mataruco Presidente

Flávia Aparecida Souza Vice-Presidente

Isabela Cristina dos Santos 1ª Secretária

Ana Carolina Dominicale 2ª Secretária

Nicoly Santana Barcelos 1ª tesoureira

Gustavo Gimenes Berti 2ª Tesoureiro

Marlon Matheus Balestri Diretor Social

Maisa Marceliana dos Santos Diretora de Imprensa

Eduarda Aparecida Rios Diretora de Esporte

Maria Clara Silva Costa Diretora de Cultura

Ana Cecília Paglia Soares dos Santos Diretora de Saúde e Meio Ambiente

ENSINO APRENDIZAGEM

Com relação à aprendizagem podemos verificar em nosso meio, situações como:

Falta de motivação e interesse pela aprendizagem por parte dos educandos devido a

diversos fatores como: desestrutura familiar, o despertar da sexualidade, falta apoio,

acompanhamento e cobrança familiar, situação socioeconômica difícil, entre outros;

Falta de regras e limites devido à ausência familiar. Percebemos que muitos pais

saem cedo de casa para trabalhar e só voltam à noite. Os filhos acabam ficando a maior

parte do tempo, sozinhos, sem acompanhamento, sem regras para cumprir, o que dificulta

seu rendimento escolar;

Falta de estudo extraescolar, isto é, a complementação do estudo em casa. A

maioria dos educandos não possui hábito de dedicar um tempo aos estudos e nem fazem

suas tarefas de casa. Isto acarreta uma defasagem na aprendizagem;

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Dificuldades em conteúdos básicos como leitura, interpretação, raciocínio lógico

matemático. Esta dificuldade é detectada principalmente nos 6º anos, pois verificamos que

há uma desconexão entre escolas estaduais e municipais. Estas áreas do conhecimento

quando defasadas influenciam todas as demais, dificultando o desenvolvimento integral do

aluno no processo ensino-aprendizagem;

Nos 6º anos, observa-se dificuldade de adaptação, no início do ano letivo. Os

alunos vêm de todas as Escolas do 1º ao 5º anos do município, com realidades diferentes. A

Escola é nova e diferente para eles. Além disso, há um número maior de disciplinas e

mudança de professores constante durante o período de aula. Tudo isto, acaba

influenciando no desempenho escolar;

Dificuldades, por parte de alguns educadores, em compreender que cada educando

tem seu ritmo de aprendizagem e que todos são capazes de aprender, porém com tempos

diferenciados;

Falta colocar em prática a dimensão flexível de planejamento que vise atender as

necessidades pedagógicas e humanas dos educandos. Nem sempre o educador está aberto a

mudanças, as diferenças e as dificuldades dos alunos.

O Plano de Trabalho Docente é organizado pelo professor trimestralmente,

baseado na Proposta Pedagógica Curricular. Depois de entregue a Equipe Pedagógica, é

analisado e repassado ao professor as adequações necessárias para uma efetiva qualidade

do processo ensino-aprendizagem. Uma cópia do PTD deve ser deixada junto ao Livro

Registro de Classe e outra cópia, a Equipe Pedagógica arquiva em pasta própria para este

fim.

O sistema de avaliação da Instituição é trimestral e de acordo com o Regimento

Escolar, o professor deve oferecer, no mínimo, dois instrumentos avaliativos por bloco de

conteúdos, deixando claro no Plano de Trabalho Docente, qual o critério utilizado em cada

instrumento. A recuperação ocorre concomitante ao trabalho pedagógico em sala de aula.

Ou seja, sempre que necessário o professor retoma os conteúdos, utilizando metodologia

diferenciada para assim alcançar todos os alunos.

O Conselho de Classe acontece no final do trimestre, sendo precedido pelo Pré-

Conselho com os pais, com as turmas e com o professor. No Pré-conselho com os

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professores, estes preenchem uma ficha sobre o desempenho escolar de cada aluno:

Produção em sala, aprendizagem, comportamento. A Equipe Pedagógica sintetiza as

informações destas fichas e o resultado é apresentado aos pais no Pré-Conselho com eles.

No dia marcado, um professor de cada turma atende os pais, por ordem de chegada, e

repassa para este o desempenho do filho, de acordo com a síntese apresentada. Já no Pré-

conselho com as turmas, a pedagoga responsável pela turma vai até a sala e preenche uma

ficha com as seguintes informações: pontos positivos e dificuldades do trimestre, sugestões

para a Escola e para a turma realizar no trimestre seguinte. Além disso, nesta oportunidade

a turma avalia o desempenho da Direção, Equipe Pedagógica, Biblioteca, Secretaria,

limpeza e cozinha. No Conselho de Classe, este resultados são apresentados., porém

somente as informações gerais da Escola e da Sala. As informações específicas de cada

professor ou de cada setor da Escola são repassadas separadamente pela Equipe

Pedagógica e pela Direção. Também no Conselho é feita a análise individual dos alunos e

ações para resolver os problemas elencados. Depois da realização do Conselho de Classe é

realizado o Pós-Conselho com pais, alunos e professores. No Pós-conselho com os pais é

feita a entrega dos boletins em reunião própria para este fim. Um professor da turma atende

individualmente o pai ou responsável, repassa a situação do filho e o que precisa melhorar;

No Pós Conselho com os alunos, a Pedagoga responsável pela turma, chama

individualmente cada aluno e lhe passa como está seu desempenho e o que precisa

melhorar para o próximo trimestre. Já com os professores, o Pós-conselho é feito também

de maneira individual, de acordo com um cronograma previamente organizado pela Equipe

Pedagógica, onde a Pedagoga repassa aos professores o que as turmas foram colocando no

Pré-conselho e faz orientações necessárias para um melhor desempenho em sala.

O acompanhamento do trabalho pedagógico do professor é feito pela Equipe

Pedagógica, onde cada pedagoga acompanha os professores de determinada disciplina.

Esta organização é feita no início de cada ano letivo. Os registros sobre o professor é

realizado em ficha individual própria. Todas as orientações e intervenções feitas ao

professor, bem como observações sobre Livro Registro de Classe e sobre o Plano de

Trabalho Docente são feitas nesta ficha, a qual o professor depois de orientado assina

assim como a Pedagoga.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

As condições de atendimento a alunos com necessidades especiais apresentou um

bom progresso nos últimos anos. Contamos com duas Salas de Recursos Multifuncionais

para atendimento aos educandos com Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais

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Específicos, visto que possuímos muitos alunos avaliados e que possuem a necessidade

desse atendimento especializado. Foram instaladas barras e rampas para viabilizar a

acessibilidade. Estas foram reformadas e adequadas segundo a legislação regente. Os

banheiros precisam ser melhores adaptados, pois possuem barras de apoio, mas as portas

são muito estreitas. A aceitação do professor em relação à Inclusão também avançou muito

nos últimos anos. A maioria dos profissionais tem procurado subsídios e fundamentação

para atender melhor esta modalidade de Educação.

ARTICULAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

O relacionamento entre Professores, Agentes Educacionais e Direção é baseado na

amizade e cooperação mútua. Quando surge algum conflito ou problema, estes são

resolvidos a partir do diálogo e da conversa. O mesmo se dá na relação

professor/aluno/pais. A Direção e Equipe Pedagógica procuram resolver as diferenças,

utilizando como instrumento principal o diálogo, o entendimento, levantando a causa do

problema e buscando junto às partes envolvidas, a solução dos mesmos.

ARTICULAÇÃO ENTRE A INSTITUIÇÃO E OS PAIS OU RESPONSÁVEIS

O envolvimento dos pais no cotidiano escolar é feito através de reuniões, na

entrega de boletins, cursos para pais, pré-conselho, onde estes são chamados para tomar

ciência e contribuir com o rendimento acadêmico do filho. A Escola incentiva muito para

que a família compareça para saber do filho, mesmo sem ser chamada. Por esse motivo,

observa-se que houve uma melhora significativa na participação dos responsáveis no

cotidiano escolar, inclusive dos pais dos alunos do período vespertino em que a

participação era muito menor, devido a fatores, como: residir na área rural ou trabalhar na

mesma, chegando às vezes tarde em suas casas.

ASPECTOS DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Os educadores utilizam diferentes instrumentos de avaliação como provas, testes,

trabalhos, debates, seminários, pesquisas, atividades, observações. De acordo com o

Regimento Escolar, o professor não pode fazer uso somente de um instrumento para

avaliar, pois a construção do conhecimento é um processo mais amplo do que a verificação

por uma única prova. Deve utilizar dois instrumentos por blocos de conteúdo.

O resultado do trimestre é apresentado aos pais e alunos através da entrega de

boletins, em uma reunião, onde os professores e Equipe Pedagógica da Escola os atendem

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individualmente. Ao final de cada trimestre, a Equipe Pedagógica conversa com cada aluno

para esclarecê-lo como está caminhando seu rendimento e o que ainda é necessário fazer

para aprimorar sua aprendizagem. A recuperação se dá de forma concomitante ao processo

ensino-aprendizagem, não havendo momento específico para isso. Porém muitos

professores atendem, em período contrário, na sua hora atividade, alunos que apresentam

muitas dificuldades.

CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO, ADAPTAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO

DE VIDA ESCOLAR

O processo de classificação é de caráter pedagógico, sendo um procedimento

adotado pela Escola a fim de posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a

idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais e destina-

se a alunos que cursaram, com aproveitamento, o ano anterior na própria Escola ou alunos

que vieram transferidos de outras Escolas ou de outro País. Este processo é centrado na

aprendizagem e que de acordo com o Regimento resguarda os direitos do aluno. A Escola

procura garantir também ao aluno o direito do Processo de Reclassificação, que é destinado

aos alunos que apresentam um grau de experiência mais elevado a série de origem, visando

encaminhá-lo a etapa de estudo mais compatível com seus conhecimentos, seguindo o que

está posto no Regimento Escolar. Quanto o processo de Adaptação de estudos de

disciplinas é uma atividade didático-pedagógica, prevista no Regimento Escolar e

desenvolvida sem prejuízo das atividades contidas na Proposta Pedagógica Curricular,

sendo desenvolvida durante o período letivo sempre que for necessário. A adaptação de

estudos destina-se a alunos vindos do exterior ou de outra localização em que o Currículo

seja muito diferente. Quanto ao Processo de Regularização de vida escolar é destinada a

alunos que apresentarem irregularidades na vida escolar. É de responsabilidade do

Estabelecimento que detiver a matrícula do aluno. Assim que for constatada a

irregularidade, o diretor do Estabelecimento comunica o Núcleo de Educação que

acompanhará todo o processo. Será então, proporcionado ao aluno exames e provas para

constatar seu grau de conhecimento no ano de matrícula que foi constatado a

irregularidade. Se o aluno apresentar um bom desempenho nesta série, sua matrícula será

regularizada através de documentação própria. Caso contrário, a Equipe Pedagógica, junto

com os professores organizarão a recuperação dos estudos que se faz necessário para

adequação dos conteúdos na série em que apresenta problemas de matrícula.

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FORMAÇÃO CONTINUADA E HORA-ATIVIDADE

A formação dos profissionais da educação é feita através dos cursos ofertados pela

Mantenedora como Semana Pedagógica, Formação em Ação. Além disso, a Escola

proporciona formação através de reuniões pedagógicas e encontros por disciplina.

A hora-atividade está organizada conforme previsto pela legislação própria e consta

no horário e livro ponto do professor. Na medida do possível, procura-se atender o

cronograma de hora-atividade enviado pela SEED para que assim, o professor tenha a

oportunidade de reunir-se com colegas, para reencontros pedagógicos e cursos ofertados

pela Mantenedora. Um dos sérios problemas para a realização da hora-atividade é a falta

de espaço físico. A sala dos professores é pequena e a biblioteca também. Porém são os

dois únicos espaços disponíveis. A Escola está tentando acomodar os professores neles,

mas ainda não conseguimos uma organização adequada. O acompanhamento da hora

atividade é feita pela Equipe Pedagógica através de uma ficha, onde o professor registra as

ações realizadas neste momento. Trimestralmente, a Equipe vista esta ficha e arquiva em

pasta própria para este fim.

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO PEDAGÓGICO

A Escola mantém dois períodos de funcionamento, matutino e vespertino,

atendendo turmas do 6º ao 9º ano nas diversas disciplinas da Matriz Curricular: Arte,

Ensino Religioso, Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira

Moderna – Inglês e Matemática. Cada turno está organizado em cinco horas aula. O

período matutino o turno inicia às 07h30min h até às 11h55min h, com intervalo de quinze

minutos. O período vespertino inicia às 13h00min h e vai até às 17h25min h, também com

intervalo de quinze minutos. O calendário escolar deverá ser elaborado de acordo com os

critérios advindos de orientações emanadas pela mantenedora (Governo do Estado do

Paraná/ SEED), respeitando os princípios da LDB, Lei nº 9394/96, onde se exige duzentos

dias letivos e oitocentas horas.

Os espaços pedagógicos oferecidos pela Instituição são: Salas de Apoio, nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática que atende os educandos do 6º anos, pois

possuímos diversos alunos que apresentam defasagem nos conteúdos e que precisam de um

suporte a mais para avançar em seus conhecimentos; Sala de Recursos, onde atendem os

alunos no contra turno, mediante cronograma, conforme prevê a legislação vigente;

Também há o Projeto PIBIB nas disciplinas de Matemática que atende alunos dos 7º e 8º e

9º anos, e atende alunos da manhã e da tarde. Este projeto é efetivado em parceria com a

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Unespar/Paranavaí. Os estagiários ficam presentes na sala de aula com o professor de

matemática, atendendo individualmente os alunos que necessitam; Biblioteca, onde os

alunos podem fazer pesquisas e complementar os estudos. Os alunos também podem

emprestar livros de literatura para lerem em casa. O Laboratório de Informática que é

utilizado pelos professores para organização e preparação de aula, na hora atividade.

Também os alunos podem utilizar em contra turno mediante agendamento. Os professores

também, mediante agendamento, levam os alunos para aulas práticas.

ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR:

Nos últimos anos, o índice de aproveitamento escolar ficou assim:

ANO TAXA DE

APROVAÇÃO

TAXA DE

REPROVAÇÃO

TAXA DE

ABANDONO

IDEB

2007 - - - 3,5

2009 - - - 4,2

2011 - - - 4,3

2013 - - - 4,4

2014 87,5% 9,2% 3,8% -

2015 77,1% 11,7% 5,2% 4,5

2016 86,02% 11,7% 2,2% -

Houve um aumento no índice da reprovação de 2013 para 2014. O aumento da

reprova em 2015, que foi mais evidenciado nos sextos anos, justifica-se pelo fato de se

priorizar o nível que o aluno alcançou e se apresenta condições nos conteúdos básicos para

acompanhar o ano posterior ao que está. Até o ano de 2015, a meta do IDEB traçada pelo

MEC para a Escola foi alcançada. Para 2017, a meta é de 4,8. Como a Escola veio

aumentando somente um ponto a cada IDEB, há muito que melhorar para a próxima meta.

Em 2016 aumentou o número de aprovação e manteve-se o índice de reprova, pois o

número de alunos alargou em relação a 2015. Já o percentual de abandono diminuiu,

devido principalmente ao trabalho da Equipe Diretiva de acompanhamento mais efetivo

dos alunos em situação de risco.

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A RELAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES

A Equipe Pedagógica e professores procuram estabelecer um diálogo constante com

os alunos sobre a importância do estudo e da Escola para o aprimoramento individual e

formação da cidadania, visando atenuar o desinteresse dos alunos pelo Processo Ensino-

aprendizagem.

Os alunos dos 6º anos recebem, por parte do professor e da Equipe Pedagógica,

orientações específicas sobre o funcionamento dos anos finais do Ensino Fundamental,

como é o horário, o revezamento de professores, a organização do caderno. Esse

acompanhamento deve acontecer principalmente no início do ano letivo, até que os

educandos atinjam a autonomia necessária para organizar-se pedagogicamente.

CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS:

As turmas dos 6º anos são organizadas seguindo o princípio da heterogeneidade,

respeitando-se as diferenças individuais e a inclusão social, para que haja maior

desenvolvimento do Educando. Para a formação das turmas dos 7º, 8º e 9º anos segue-se a

matrícula automática, isto é, os alunos do 7º ano A irão formar a 8º ano A e assim

sucessivamente desde que não haja necessidade de haver remanejamentos evidenciados no

ano anterior no Conselho de Classe. Logo, a pedido do Conselho de Classe se faz os

remanejamentos necessários, tendo em vista o aspecto pedagógico e uma melhor

aprendizagem do aluno também em outras épocas do ano.

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IV – FUNDAMENTOS

Diante da realidade elencada no Diagnóstico, queremos construir uma realidade

assim concebida:

EDUCAÇÃO

A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos. Só o homem pode ser

educado. Segundo Saviani (1980, p.17), para compreender a natureza da educação é

preciso compreender a natureza humana. Ao contrário dos outros animais que se adaptam à

realidade e garante naturalmente a própria existência, o homem precisa construí-la

continuamente. Para realizar esse intento, o ser humano busca adaptar a natureza a si,

transformando-a. Nesse processo ele se educa e se humaniza. Portanto, a principal tarefa da

Educação é “humanizar o homem”. Ela não se inicia na Escola, mas começa muito antes e

é influenciada por fatores internos e externos à pessoa. Sendo assim, pretendemos uma

Educação fundada na ética, no respeito à dignidade e principalmente que leve o educando a

entender-se como sujeito sócio-histórico-cultural.

HOMEM

Podemos afirmar que o homem é um ser diferente de todos os outros seres vivos,

pois está em constante desenvolvimento. O que o define é o conjunto das suas relações

sociais, sendo, portanto este, sujeito histórico e social. Por este motivo queremos formar

homens, que sejam capazes de relacionar-se com a natureza, cultura e sociedade de

maneira harmônica e construtiva, entendendo-se como ser inacabado, sempre em busca de

sua humanização. “O cão e a árvore também são inacabados, mas o homem se sabe

inacabado e por isso se educa”. (Freire, p.27).

INFÂNCIA

Antes da Revolução Industrial, a criança era vista simplesmente como um adulto

em miniatura. Ela trabalhava como um adulto nas fábricas, sem ter seus direitos

respeitados. Na Modernidade, graças aos estudos de Ariés, surge uma nova concepção de

infância que perdura até os dias de hoje. A infância passa a ser vista como sendo a fase em

que os indivíduos necessitam de grandes cuidados, regras e orientações para inseri-los no

mundo adulto. O fator marcante nessa fase é sem dúvida, a escolarização. Percebe-se,

então que esta fase é característica do ser humano e que a criança é um ser em formação,

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necessitando de acompanhamento, orientações por parte do adulto, que é o responsável

pela sua educação.

ADOLESCÊNCIA

Cronologicamente Adolescência é o período de nossas vidas que se inicia mais ou

menos aos doze ou treze anos e vai até os vinte um ou vinte dois anos, sendo que essa

idade pode variar muito de acordo com a cultura, a época e as características individuais.

Na primeira fase da Adolescência ocorre a puberdade que são as transformações biológicas

e físicas do corpo, provocadas pela produção hormonal, onde ocorre a maturação dos

órgãos sexuais. Em termos históricos, adolescência passou a existir há pouco tempo. No

final do século XIX, as crianças trabalham de dez a doze horas diárias nas indústrias e não

tinham tempo de viver a “adolescência”. Passavam sem transição da infância para a vida

adulta. Pode-se afirmar que nesta época havia a puberdade, mas não a adolescência, como

a conhecemos hoje. Contudo, segundo Ariés (1981, p.125), a percepção de infância passa a

sofrer modificações com a implantação da sociedade industrial. Segundo este mesmo

autor, a adolescência surge quando surge o processo de escolarização e a obrigatoriedade

de frequência do mesmo, tornando o jovem mais dependente dos pais, por um maior

período de tempo. A importância do papel do adulto nesta fase da vida, dando a direção e

mostrando o caminho a seguir é indiscutível. Para isso é preciso conhecer o adolescente

que temos na Escola: sua capacidade de compreensão, suas aspirações, seu grupo, seus

amigos, o que pensa, como age e reage.

JUVENTUDE:

A juventude é o período de vida que normalmente ocorre entre a infância e a idade

adulta. De acordo com as agências das Nações Unidas, a juventude incide mais ou menos

entre os 15 e 25 anos, sendo, uma das etapas mais importantes da vida. É a fase em que a

pessoa se define intrinsecamente, descobre seus interesses, seus projetos e sua relação com

o mundo ao redor.

Nesta fase as funções vitais atingem a sua plenitude e máximo desenvolvimento. É

a idade de ouro da vida, onde a energia e vitalidade são a característica principal, mas tam-

bém é a mais exigente na preparação para a entrada no mundo adulto, tentando encontrar a

própria identidade. Porém, nem todos encontram a possibilidade de inclusão em um mundo

cada vez mais competitivo. A juventude é também a tomada de consciência da necessidade

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de independência da família, bem como a entrada ao mundo, composto por grande parte da

sociedade. Esta situação é certamente preocupante, pois envolve encontrar um equilíbrio

entre as relações parentais e familiares e as relações sociais.

ADULTO

Na linguagem popular, adulto é um ser humano considerado pelos restantes como

tendo atingido uma idade que lhe permite contrair casamento e em geral, realizar outras

ações que são restritas a esses indivíduos. Em Biologia, a denominação adulto também

significa que um determinado animal passou pelas transformações de sua espécie e já está

apto para o acasalamento. Ser adulto significa ter estabilidade emocional, financeira, defi-

nição de identidade profissional, social e assumir a responsabilidade pelo seu projeto de

vida. Na idade adulta, os relacionamentos afetivos são mais estáveis, há independência,

responsabilidade pelo que faz jurídica e emocional, encara as próprias escolhas com danos,

perdas e lida com isso sem culpar ninguém. Os desafios da vida adulta é saber lidar com as

frustrações, com os medos, as inseguranças e o fracasso.

O adulto aprende de maneira diferente das crianças e dos jovens, pois tem a experi-

ência, como a mais rica fonte para o aprendizado e aprender pode mexer com conceitos e

pré – conceitos. Na fase adulta, a resistência torna-se maior ao aprendizado, a dúvida e o

medo do desconhecido, chegando a bloquear totalmente a capacidade de aprender, de mu-

dar comportamento e atitude e aplicar novos conhecimentos no dia-a-dia.

IDOSO

Embora 65 anos de idade ou mais seja o critério usado para identificar uma pessoa

idosa nos países desenvolvidos, no Brasil, a referência é a partir dos 60 anos. O processo

de envelhecimento provoca no organismo modificações biológicas, psicológicas e sociais;

porém, como já referido, é na velhice que este processo aparece de forma mais evidente.

As modificações biológicas são as morfológicas, reveladas por aparecimento de rugas,

cabelos brancos e outras; as fisiológicas, relacionadas às alterações das funções orgânicas;

as bioquímicas, que estão diretamente ligadas às transformações das reações químicas que

se processam no organismo. As modificações psicológicas ocorrem quando, ao envelhecer,

o ser humano precisa adaptar-se a cada situação nova do seu cotidiano. Já as modificações

sociais são verificadas quando as relações sociais tornam-se alteradas em função da

diminuição da produtividade e, principalmente, do poder físico e econômico, sendo a

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alteração social mais evidente em países de economia capitalista.

Investigar a percepção das pessoas com mais de 60 anos de idade sobre seu

processo de envelhecimento constitui uma contribuição capaz de redirecionar a vida da

pessoa idosa. A velhice não é uma cisão em relação à vida precedente, mas é, na verdade,

uma continuação da adolescência, da juventude, da maturidade que podem ter sido vividas

de diversas maneiras.

MUNDO

Em filosofia, Mundo é tudo aquilo que constitui a realidade. Heidegger afirma que

"o mundo circundante é diferente para cada um de nós, não obstante nos movimentarmos

num mundo comum”. O mundo, para Heidegger, é aquele no qual fomos "lançados" ao

acaso e com o qual, enquanto seres no mundo, devemos chegar a um acordo. O homem é

o mundo, pois é ele quem o faz e faz também a cultura. Portanto, queremos um mundo

que se torne um espaço físico adaptável para que o homem se desenvolva e se aperfeiçoe

segundo as necessidades.

SOCIEDADE

Almejamos uma sociedade mais justa e solidária, onde as diferenças entre as

classes sociais, dominantes e dominados (Saviani, 1991, p.16) sejam amenizadas, onde

todos os cidadãos tenham seus direitos respeitados, onde o ser humano seja visto como

mais importante do que o lucro, que ele seja sujeito de sua própria história, agente

transformador de seu meio, visando sempre o bem comum;

CIDADANIA

O conceito de cidadania tem origem na Grécia Antiga e designava os direitos

relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade participava ativamente dos

negócios e das decisões políticas. Cidadania pressupunha, portanto, todas as implicações

decorrentes de uma vida em sociedade. Ao longo da história, o conceito de cidadania foi

ampliado, passando a englobar um conjunto de valores sociais que determinam os deveres

e direitos do sujeito. Assim, queremos trabalhar para que nossos educandos tornem-se

cidadãos, que munidos de conhecimento, sejam capazes de interagir em sua realidade.

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FORMAÇÃO INTEGRAL HUMANA

De acordo com Freire (1980, p.20) “a educação deve preparar, ao mesmo

tempo, para o juízo critico das alternativas propostas pela elite, e dar a possibilidade de

escolher o próprio caminho”. Ao falarmos da formação integral humana, estamos tratando

de uma preparação capaz de formar um ser critico e consciente do seu papel no mundo.

Partindo desse pressuposto, faz-se necessário a efetivação de práticas, administrativa e

pedagógica, voltadas para a formação de cidadão consciente e capaz de coordenar com

autonomia de pensamento a própria vida. Para que isso aconteça é necessário que a escola

seja coerente com os princípios éticos da responsabilidade, da solidariedade e do respeito

ao bem comum;

CULTURA

Um dos pressupostos de Vygotsky é de que o homem transforma-se de biológico

em sócio histórico, num processo em que a cultura é parte essencial da constituição da

natureza humana. O fator biológico no desenvolvimento humano é importante, mas a

cultura o supera. Nesse sentido, queremos uma cultura que contribua significativamente

com o processo de humanização dos nossos educandos. Que em nosso Estabelecimento, a

apropriação da Cultura seja condição fundamental para a estruturação do pensamento

humano.

TRABALHO

Ao longo da História, o homem, na sua relação com natureza, criou ferramentas

próprias para facilitar seu cotidiano e potencializar sua força. Nesse processo, criou-se a

categoria trabalho. E com o trabalho, o sujeito foi se humanizando, transformando a

natureza e a si mesmo, pois precisou organizar-se, planejar e agir no mundo. O trabalho é o

que diferencia os homens dos outros animais e possibilita a libertação da escassez da

natureza. Assim, como no Marxismo, queremos compreender o homem como um ser social

e histórico, que possui a capacidade de trabalhar e desenvolver suas potencialidades.

ESCOLA

De acordo com a Pedagogia Histórico-Crítica, a Escola deve ser vista como espaço

de socialização, transmissão e apropriação dos conhecimentos produzidos historicamente

pela humanidade. Sua função é trabalhar com os conhecimentos sistematizados, visando a

humanização do homem e o desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores, como:

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atenção, raciocínio abstrato, memória mediada, planejamento, percepção, imaginação. Para

que isso aconteça, devemos proporcionar um ambiente escolar pautado no respeito mútuo,

na valorização da justiça e altamente formador.

GESTÃO ESCOLAR

A gestão democrática é o processo através do qual, os vários segmentos que

formam a Escola discutem, deliberam, planejam, solucionam os problemas, controlam e

avaliam o conjunto de ações voltadas para o desenvolvimento da própria Escola. Este

processo tem como base à participação efetiva de todos os setores da comunidade escolar e

deve priorizar o diálogo e o respeito às normas coletivamente construídas, além de garantir

aos educandos o acesso ao saber elaborado.

A gestão democrática em nosso estabelecimento deverá ser vista como uma forma

de administrar, em que a comunicação e o diálogo sejam a estrutura deste processo,

cabendo ao gestor assumi-lo, cumprindo com as funções que lhes são cabíveis: função

social e pedagógica, competência técnica e política. Ao assumir esse papel, o gestor deverá

buscar em sua prática a articulação dos diferentes segmentos da comunidade escolar

(alunos, pais, professores, equipe pedagógica, funcionários) e os órgãos colegiados

(APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil) permeados pelo Projeto Político

Pedagógico da Escola, tendo a finalidade de obter melhores resultados nas tomadas de

decisões.

A participação de toda a comunidade na escola não deverá ser uma concessão, mas

uma prática que expressa princípios, que influenciam na qualidade da educação e está

vinculada a um projeto coletivo por uma sociedade não excludente.

A meta de toda Comunidade Escolar necessitará ser a autonomia, pois esta

conquista significa o sucesso da Escola. Isto é uma conquista coletiva, que deverá ser

defendida pelas instâncias colegiadas. Torna-se autônoma, a Escola que situa e adapta seu

Projeto Pedagógico à realidade local, incorporando e buscando compreender os valores

culturais e as práticas sociais de sua comunidade.

A Gestão Democrática deverá ser uma prática cotidiana, tendo como princípios a

reflexão, a compreensão e a transformação de uma realidade que não condiz com as

necessidades dos educandos. Devendo assim, articular ações democráticas no exercício da

cidadania, efetivando-se com a formação de sujeitos críticos, participativos, democráticos e

solidários.

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Portanto, a construção de uma educação emancipatória e democrática se fazem por

meio da garantia de novas formas de organização e gestão, distribuição de poder que só é

possível a partir da participação ativa dos cidadãos na vida pública. Evidencia-se desta

forma do ponto de vista político e pedagógico a formação integrada dos alunos, em um

clima de harmonia, respeito, companheirismo, confiança que deverá marcar toda equipe

escolar e comunidade em geral.

CURRÍCULO

Para que a Escola atinja seus objetivos e cumpra realmente seu papel, é primordial

que haja organização curricular, que se constitui no resultado de escolhas intencionais que

fazemos dentro do imenso conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade. Estas

escolhas devem por sua vez, elencar as concepções de sociedade, homem, educação,

escola, conhecimento, ensino-aprendizagem, avaliação estabelecidas pela instituição

escolar.

Segundo Saviani (1992, p.25), o currículo deve ser uma organização das atividades

nucleares, distribuídas no espaço e tempo escolar. Um currículo é, pois, uma Escola

funcionando, uma Escola desempenhando a função que lhe é própria.

A instituição escolar tem por finalidade a transmissão do saber sistematizado, ou

seja, conhecimentos essenciais na formação da consciência de classe, para a construção de

uma nova hegemonia que rompa com a relação, dominantes e dominados e que respeite a

identidade cultural do aluno, na perspectiva da diversidade cultural e inclusão educacional

e social.

O papel do currículo então é fazer com que na prática docente e o saber

sistematizado seja organizado de tal forma que os educandos possam adquiri-lo

gradativamente ao longo de um determinado tempo escolar. É preciso então, estabelecer

uma relação entre a realidade social, a leitura de mundo dos educandos com os próprios

conteúdos escolhidos para serem ministrados, afim de que esta relação contribua com a

realidade e possa superar as desigualdades sociais e o desvelamento das relações de poder.

Para tanto, se faz necessário que o professor esteja constantemente intervindo no processo

de aprendizagem do aluno, respeitando e valorizando as diferenças e os ritmos individuais

de aprendizagem de cada um.

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Conscientes de todas essas concepções, nosso Currículo esta organizado conforme

as orientações e determinações da mantenedora, SEED, tendo por Base Nacional Comum

as seguintes disciplinas: Ciências, Arte, Educação Física, Ensino Religioso (ofertado no 6º

e 7º anos), Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e a parte diversificada com

Língua Estrangeira Moderna, sendo formado por 4 anos e denominadas respectivamente

por sexto, sétimo, oitavo e nono ano.

Assim, a metodologia adotada deverá ser pautada nas concepções da Pedagogia

Histórico-crítica e a prática pedagógica deverá perpassar a consciência de que os alunos

são diferentes no início do trabalho pedagógico, mas que deverão alcançar todos os níveis

elaborados do conhecimento ao final deste, atingindo a práxis (ação-reflexão-ação).

Teremos assim que ser cônscios de nosso compromisso ético-profissional, onde deveremos

ter como meta o processo de apropriação do conhecimento como direito de todos, por isso,

deveremos ser corresponsáveis neste acesso, proporcionando uma prática social

transformadora e efetiva, contribuindo assim, para a organização de uma sociedade mais

equitativa.

Para tanto, em nosso Estabelecimento de Ensino, a avaliação deverá ser diagnóstica

e contínua e de acordo com as exigências legais do sistema de avaliação da Escola

expresso no Regimento, os resultados deverão ser apresentados no final de cada trimestre

mediante nota.

Para isto, os educadores deverão utilizar diferentes instrumentos de avaliação como

provas, testes, trabalhos, debates, seminários, pesquisas, atividades, observações. É

importante destacar aqui, que o professor não fará uso somente de um instrumento para

avaliar, pois a construção do conhecimento é um processo mais amplo do que a verificação

por uma única prova.

A recuperação dos conteúdos deve ser parte integrante no processo avaliativo e terá

que acontecer no cotidiano da sala de aula. Através dos instrumentos utilizados na

avaliação diagnóstica, o professor detectará as dificuldades e a partir disso, replanejará

suas ações, buscando novas metodologias, novas maneiras de se trabalhar para a superação

das dificuldades e a efetiva aprendizagem.

Os resultados serão apresentados aos pais e alunos através da entrega de boletins,

em reuniões com professores e Equipe Pedagógica da Escola. Os pais dos alunos com

problemas na aprendizagem e no rendimento deverão ser chamados particularmente para

junto com os professores e Equipe Pedagógica buscar caminhos para a superação dos

mesmos. Além disso, a cada trimestre a Equipe Pedagógica trabalhará individualmente

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com cada aluno para esclarecê-lo de como está caminhando seu rendimento e o que ainda é

necessário fazer para aprimorar sua aprendizagem.

CUIDAR E EDUCAR

A história da Educação no Brasil foi marcada pelo assistencialismo, onde as

crianças iam para a Escola paras serem disciplinadas e cuidadas por adultos. Com o passar

do tempo aconteceram mudanças nas concepções de Escola e de infância, integrou-se a

ideia de educar. Então ora a preocupação era o cuidar e ora o educar. Na atualidade

pressupõe-se que educar e cuidar são pontos e processos complementares. Porém faz-se

necessário a distinção entre ambos, para assim termos consciência do que é um e do que é

outro. O educar é proporcionar ao aluno a oportunidades de desenvolver suas capacidades

e habilidades, através da reflexão e da construção do conhecimento. Cuidar e educar

significa proporcionar à criança momentos, espaços e valores de diversas formas e

natureza, através da disciplina, da brincadeira e da troca de opiniões e sentimentos.

Oferecer à criança um ambiente acolhedor, onde ela possa ter liberdade de expressão,

sendo vista como um sujeito possuidor de seus direitos. Oportunizar a esse ser o despertar

de suas potencialidades e capacidades, proporcionando uma aprendizagem significativa,

interagindo através de comportamento social correto, organizado e baseado na construção

do diálogo e na disciplina de seus atos. Portanto, o cuidar e o educar são indissolúveis e

devem ser trabalhados juntos, sem esquecer-se de buscar o equilíbrio entre ambos, pois ao

mesmo tempo em que sabemos que as crianças precisam de cuidados especiais, devemos

também reconhecê-las, como agentes ativos da sociedade onde vivemos e que

construiremos.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Letramento significa levar o sujeito ao exercício das práticas sociais de leitura e

escrita. Um sujeito letrado é aquele que possui o hábito, as habilidades e até mesmo o

prazer de leitura e escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes, em

diferentes contextos e circunstâncias. Assim, de acordo com Kleim (2005, p.26),

pretendemos trabalhar para que o letramento leve o aluno a conviver com práticas reais de

leitura escrita, criando situações que tornem necessárias e significativas as atividades de

produção de texto. Enfim, que o aluno saiba ler o mundo e a realidade em que vive.

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CONHECIMENTO

Nossos ancestrais começaram a produzir conhecimento quando pela primeira vez,

utilizaram instrumentos para facilitar seu cotidiano e mediar sua relação coma natureza,

criando símbolos para representá-los. A partir daí, o conhecimento não mais parou de

crescer, cabendo assim, a cada geração transmitir seu legado as novas gerações.

De acordo com Saviani (1980, p.61) a apropriação do conhecimento é o ápice do

processo ensino-aprendizagem e a aquisição de novos conhecimentos pressupõe a

superação dos anteriores. Queremos então, que o conhecimento seja visto como uma

produção histórico-social e sua construção deverá partir da prática social do Educando,

passar por um processo de reflexão e problematização, para assim, retornar a sua prática

social, transformando o conhecimento espontâneo no saber elaborado.

Portanto, a Escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não

ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao

saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular.

(Saviani, p.22).

TECNOLOGIA

De acordo com Carilho (2008), tecnologia pode ser entendida como o conjunto de

técnicas, artes e ofícios capazes de modificar ou transformar o ambiente natural, social e

humano (cognitivo), em novas realidades construídas artificialmente. A tecnologia é parte

integrante do processo de descoberta humana, do seu ambiente natural e social, mas

também é a arte de modificar seus usos e costumes. Ela pode ser considerada como o

ofício de transformar o mundo natural em um habitat artificial. Portanto, queremos uma

tecnologia que esteja a serviço da humanização e da construção de um mundo melhor e

mais justo.

ENSINO-APRENDIZAGEM

De acordo com um dos princípios norteadores da teoria de Vygotsky, ao longo da

História, no seu processo de humanização, o homem criou ferramentas mentais que são

chamadas de Funções Psicológicas Superiores, como: atenção voluntária, memória

mediata, planejamento, raciocínio abstrato. O desenvolvimento dessas funções ocorre

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através da apropriação dos conhecimentos e nas relações sociais. Por tanto elas são

mediadas, isto é, tudo acontece no meio externo e depois é internalizado.

Queremos que o objetivo fundamental do Ensino seja fazer a ponte, isto é, a

interação entre os diferentes saberes, de forma que o Educando possa acumular

gradativamente, ao longo do processo educativo, o conhecimento científico adquirido

histórico e culturalmente pelo Homem (Saviani,1992) . E que a aprendizagem possa

ocorrer pelo processo de interação e mediação entre os sujeitos, numa apropriação coletiva

do conhecimento elaborado;

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte integrante do processo educativo e tem como um dos principais

objetivos ajudar o educando a aprender, pois possibilita ao educador acompanhá-lo,

intervindo no desenvolvimento de sua aprendizagem. Para avaliar, é preciso ter clareza dos

objetivos que se pretende. Para Libâneo (2004, p.253), a avaliação deve ser diagnóstica e

contínua, possibilitando a melhoria da qualidade de ensino nos diferentes contextos de

aprendizagem, eliminando a reprova e evasão escolar. O professor, mediante os resultados

obtidos, deverá orientar sua prática pedagógica desde o planejamento até a recuperação dos

conteúdos, que ocorrerá concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem. Por isso,

pretendemos que a avaliação seja parte importante no processo ensino-aprendizagem e

forneça aos professores os elementos que permitam identificar os conhecimentos prévios

dos educandos, bem como os pontos críticos para que este avance na apropriação do

conhecimento, tendo em vista um projeto de Escola não excludente.

TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO

Como obriga a atual LDBEN 2625/1998, o tempo escolar deverá ser organizado no

mínimo em “oitocentas e 30 horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo

trabalho escolar”. A jornada escolar no Ensino Fundamental II terá cinco horas aulas, com

cinquenta minutos cada aula. As turmas estão organizadas por ano conforme prevê a

legislação. Os espaços pedagógicos estão organizados de forma que atenda as necessidades

dos educandos, temos como espaços pedagógicos: doze salas de aula, uma biblioteca, um

laboratório de informática, Sala de apoio a Aprendizagem, Sala de Recursos. Todos devem

visar aprendizagem e o sucesso dos alunos.

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FORMAÇÃO CONTINUADA

Para garantir a efetiva aprendizagem dos estudantes, faz-se necessário investir na

formação continuada do Profissional da Educação. A Mantenedora, SEED, oferta esta

possibilidade através de Cursos de Capacitação no início do primeiro e do segundo

semestre, além de Simpósios, Grupo de Estudos e muitas outras modalidades. O papel da

Escola deverá ser o de incentivar a participação de todos os profissionais, bem como criar

critérios de participação, afim de que esta se torne democrática e justa.

Quanto à Escola, ofertará e formação continuada em reuniões pedagógicas, nos

Conselhos de Classe, na hora-atividade e no diálogo quotidiano e constante com os

Profissionais da Educação.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A inclusão escolar constitui-se ainda um desafio que precisa encontrar soluções que

respondam à questão do acesso e da permanência dos alunos na Escola, garantindo a

aprendizagem e o desenvolvimento pedagógico de todos. De acordo com MANTOAN

(2006, p. 16), fazer valer o direito a educação para todos, não deve se limitar a cumprir o

que está na lei. A Escola justa e desejável para todos deve ser uma construção coletiva e

cotidiana. Nesse sentido, as Salas de Recursos, seguindo a instrução 016/2011, devem

oferecer um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que

contempla a escolarização de alunos que apresentam deficiência intelectual, deficiência

física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais

específicos.

DIVERSIDADE

A diversidade, entendida como construção histórica, social, cultural e política das

diferenças, realiza-se em meio às relações de poder e ao crescimento das desigualdades e

da crise econômica que se acentuam no contexto nacional e internacional. Não se pode

negar, nesse debate, os efeitos da desigualdade socioeconômica sobre toda a sociedade e,

em especial, sobre os coletivos sociais considerados diversos. Portanto, o trabalho

pedagógico com o tema diversidade deverá ser realizado levando em consideração a sua

inter-relação com alguns fatores, tais como: os desafios da articulação entre políticas de

igualdade e políticas de identidade ou de reconhecimento da diferença no contexto

nacional e internacional, a necessária reinvenção do Estado rumo à emancipação social, o

acirramento da pobreza e a desigual distribuição de renda da população, os atuais avanços

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e desafios dos setores populares e dos movimentos sociais em relação ao acesso à

educação, à moradia, ao trabalho, à saúde e aos bens culturais, bem como os impactos da

relação entre igualdade, desigualdades e diversidade nas políticas públicas. O objetivo da

educação e das suas políticas deve ser o de formar pessoas humanas como sujeito social,

entendidos como cidadãos e sujeitos de direitos. Esses sujeitos além de serem sujeitos de

direitos são também diversos em raça, etnia, credo, gênero, orientação sexual e idade, entre

outros. Essa diversidade tem sido tratada de forma desigual e discriminatória ao longo dos

séculos e ainda não foi devidamente equacionada pelas políticas de Estado, pelas escolas e

seus currículos (portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/educarnadiversidade2006.pdf)

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

A Educação em Direitos Humanos deve estar pautada nos valores de respeito ao ser

humano e à sua dignidade, visando à formação de uma cultura que priorize a igualdade

entre as pessoas e à tolerância as diversidades existentes na Escola e na Sociedade. A

Educação em Direitos Humanos também deve levar em consideração os princípios de

igualde, liberdade, respeito à dignidade do ser humano, na tolerância e nas bases dos

valores democráticos. (Programa Nacional dos Conselhos Escolares, nº 11- Conselho

Escolar e Direitos Humanos).

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A vida no planeta Terra depende cada vez mais da manutenção dos elementos da

natureza e o equilíbrio entre eles. A Educação ambiental, nessa perspectiva deve se

compreendida como um processo de interação entre o homem e a natureza, sendo que esta

interação deve ser de forma responsável e consciente, internalizando as causas dos

problemas ambientais, bem como o compromisso de cada ser humano com a natureza e o

ambiente.

VIOLÊNCIA E O USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS EM ÂMBITO

ESCOLAR

A violência e o uso indevido de drogas, por múltiplas causas, tornam-se cada vez

mais comum na sociedade e por consequência em nossa Escola. As políticas públicas de

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enfrentamento a violência e ao uso indevido de drogas vem se aprimorando desde a década

de 60 e na contemporaneidade privilegia

a reflexão, revisão, proposição de mudanças e ampliação dos espaços de luta e

enfrentamento aos múltiplos interesses que ronda a temática “violência e drogas” . Por

conseguinte, também a Escola deve tornar-se espaço privilegiado para o debate, a

discussão e a conscientização, a mudança de atitudes de enfrentamento à violência, ao uso

de álcool e outras drogas. Não podemos fechar os olhos e fazer que nada está acontecendo.

A Escola precisa trabalhar cada caso individualmente e simultaneamente discutir, debater e

conscientizar no conjunto com toda a Comunidade Escolar. Isto exige dos professores,

equipe pedagógica e direção um embasamento teórico articulado com a sociedade

contemporânea para uma prática pedagógica mais coerente com a realidade presente.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

A educação especial é uma modalidade de ensino destinada a educandos portador

de necessidades educativas especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de

deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como altas

habilidades, superdotação ou talentos. A oferta da educação especial, dever constitucional

do Estado, tem início na faixa etária de zero ano. Sendo assim, respeitando-se as

possibilidades e as capacidades dos alunos, a educação especial destina-se às pessoas com

necessidades especiais e pode ser oferecida em todos os níveis de ensino. Os objetivos da

educação especial são os mesmos da educação em geral, o que difere é o atendimento, que

passa ser de acordo com as diferenças individuais do educando. A inclusão de alunos com

necessidades educacionais especiais, em classes comuns, exige que a escola regular se

organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem a todos os alunos,

especialmente àqueles portadores de deficiências.

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V– PLANEJAMENTO

PLANO DE AÇÃO

DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA

INDICADOR DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM

REALIZADAS

CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

As informações

pertinentes à Escola

são disponibilizadas a

toda comunidade

escolar?

Há participação

atuante das instâncias

colegiadas na Escola?

Falta de incentivo para

participação dos

membros do Grêmio;

Diretoria do Grêmio; Designar um professor

para organizar o

trabalho do Grêmio

Estudantil e

acompanhar as ações;

Abril; Direção;

Estudantes, pais, mães

ou responsáveis legais

participam

ativamente da escola?

Falta participação dos

pais na vida acadêmica

dos filhos;

Pais e alunos; Apresentação cultural

para os pais: dança com

os alunos dos 9º anos;

Setembro;

Professora Nádia Lúcia

Galbiatti;

A comunidade escolar

participa da definição

da utilização dos

recursos financeiros

destinados à Escola?

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Outros Os acordos e

orientações feitos nas

reuniões pedagógicas

não são cumpridos por

uma parte dos

professores;

Professores; Utilização de um

caderno de Recados

para cada Professor,

onde serão fixados

recados, orientações e

avisos. O professor,

pelo menos uma vez

por semana lê os

recados e assina

tomando ciência.

Durante o ano letivo; Equipe Pedagógica;

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DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA

INDICADOR DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM

REALIZADAS

CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

A Proposta

Pedagógica

Curricular(PPC) é

definida e conhecida

por todos?

Os docentes elaboram

e cumprem o que está

previsto no PTD?

Dificuldades do

professor em organizar

seu PTD de acordo com

a PPC, o Regimento

Escolar e as Diretrizes;

Professores; Efetivar um

cronograma de

atendimento ao

professor na entrega do

PTD Trimestral, onde o

mesmo explica como

está organizado seu

PTD à Pedagoga

responsável pela

disciplina. Esta por sua

vez, vai fazendo as

intervenções

necessárias e em

seguida o professor faz

as adequações

necessárias;

Abril, julho, outubro; Professores e Equipe

Pedagógica;

Há contextualização

dos conteúdos

disciplinares?

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Há variedade de

estratégias e recursos

de ensino-

aprendizagem

utilizados pelos

docentes?

Pouca proficiência em

leitura;

Alunos; Hora da Leitura:

Propiciar aos

educandos situações de

leitura pautadas em

estratégias de leitura;

Quinzenalmente, a

partir do mês de maio;

Direção e Equipe

Pedagógica;

Há atendimento

Educacional

Especializado/AEE?

As questões socio-

educacionais são

consideradas nas

práticas pedagógicas?

Outros Dificuldade em realizar

um trabalho

pedagógico com o

aluno que apresenta

dificuldades de

aprendizagem;

Professores; Colar no caderno de

recados do professor, a

listagem de alunos que

possuem laudos e

avaliações, bem com

orientações impressas

sobre como trabalhar

com alunos disléxico,

com TDAH e

Deficiência Intelectual;

Março; Professores e Equipe

Pedagógica;

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DIMENSÃO: AVALIAÇÃO

INDICADOR DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM

REALIZADAS

CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

É realizado o

acompanhamento

periódico e contínuo

do processo de ensino

e aprendizagem dos

alunos e promovida a

recuperação paralela,

se necessária pelos

docentes?

Falta de momentos para

acompanhar melhor o

desempenho dos

alunos;

Alunos, pais e

professores;

1) Realização do Pré-

Conselho com os

professores, pais e com

a turma;

2) Acompanhamento

constante do aluno;

3) Convocação de pais,

sempre que necessário;

4) Implantação de uma

caderneta de recados

para maior contato

entre professores e pais;

Maio/ dezembro; Morgana Antonia

Sinhorine, Luciane

Soler, Maria Luiza

Rosini, Sônia Pitta;

Há diversificação dos

instrumentos de

avaliação dos alunos,

considerando as

especificidades e

metodologias

utilizadas pelos

docentes?

São utilizados os

indicadores oficiais de

avaliação das escolas e

redes de ensino para

(re) planejamento da

prática pedagógica?

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Há formas de

avaliação da atuação

dos profissionais da

Escola?

Falta momentos que

propiciem a avaliação

do trabalho dos

profissionais da Escola;

Direção, Professores,

Equipe Pedagógica,

funcionários e alunos;

Adequar o pré-conselho

que é feito com as

turmas para que estes

avaliem, além do

trabalho do professor,

também o trabalho dos

outros profissionais da

Escola. O resultado

deverá ser repassado a

cada setor da Escola em

reunião organizada para

este fim, fazendo um

feedback com as

críticas e elogios

recebidos;

Maio/Agosto; Ivone Moreira,

Morgana Antonia

Sinhorine, Luciane

Soler, Maria Luiza

Rosini, Sônia Pitta;

Outros

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DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA

INDICADOR DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM

REALIZADAS

CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

Há abandono da

Escola pelos alunos?

O documento

Caderno do Programa

Combate ao

Abandono Escolar é

conhecido e suas

orientações são

efetivadas?

Alunos que abandonam

a Escola, mesmo depois

de todo o trabalho de

acompanhamento da

Direção e da Equipe

Pedagógica;

Alunos, professores,

Conselho Tutelar,

Equipe Pedagógica;

1)Controlar a

frequência dos

educandos por meio de

lista realizada pelo

representante de turma;

2)Acionar o Conselho

Tutelar;

Todos os meses do ano

letivo, a partir do mês

de abril;

Equipe Pedagógica;

Há formas de

acolhimento e de

recuperação de

conteúdos para os

alunos que retornam

do abandono?

Pouco interesse e

disponibilidade do

aluno que falta na aula

em buscar os conteúdos

perdidos;

Alunos e professores; Acordo com a família

para recuperação em

contra turno (hora

atividade);

Todos os meses do ano; Professores e Equipe

Pedagógica;

A Escola tem forma

de atender aos alunos

com defasagem de

aprendizagem?

Falta organizar

momentos e estratégias

para atender os alunos

com defasagem de

aprendizagem;

Professores e alunos;

Monitoria; Maio a dezembro; Professores;

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A Escola tem formas

de melhorar a

qualidade de ensino e

a taxa de aprovação?

Outros

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DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO

INDICADOR DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM

REALIZADAS

CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

O ambiente da escola

é cooperativo e

solidário?

Falta de vínculo afetivo

com a Escola;

Professores, pais e

alunos;

1)Realização da festa

junina interna para

encerramento do 1º

semestre;

2)Realização de uma

Gincana Recreativa em

comemoração ao dia do

Estudante;

1)Julho;

2) Agosto;

Professores das

diversas disciplinas;

Há comprometimento

entre professores,

alunos e pais?

Falta de efetivo

envolvimento do aluno

com as atividades

acadêmicas de sala de

aula;

Alunos; Realização do torneio

interclasse de futsal e

handebol;

abril/outubro; Professores de

Educação Física;

Há respeito entre

todos na Escola?

Falta respeito para com

os colegas na

comunicação verbal

(xingamentos e

apelidos);

Alunos; Ao perceber as

situações de desrespeito

ao colega, o professor

deverá intervir,

conscientizando os

alunos sobre a

importância do

respeito;

Durante todo o ano

letivo;

Professores;

Há discriminação ou

preconceito

evidenciado na

Escola?

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A disciplina existente

no espaço escolar

permite a atenção

necessária aos

processo de ensino e

aprendizagem?

Falta de disciplina que

atrapalha o bom

andamento das aulas;

Alunos e professores; 1) Utilização da ficha

de ocorrência para

registro de casos de

indisciplina e falta de

participação nas aulas o

professor faz o registro

na ficha e encaminha

para a Pedagoga

responsável pela turma

para que sejam tomadas

as providências

cabíveis;

2) Execução de Hinos

conforme calendário

rotativo: orientar os

alunos, antes da saída

da sala de aula,

explicando como

ocorrerá o

deslocamento para o

pátio e como deverá ser

o comportamento

durante e após a

execução do Hino,

incluindo o retorno

tranquilo e ordenado

para a continuação das

aulas;

Em todos os meses do

ano;

Professores e Equipe

Pedagógica;

Outros

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DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)

INDICADOR DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM

REALIZADAS

CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

Todos os profissionais

da escola participam

da semana

pedagógica?

Todos os profissionais

da Escola participam

do Formação em

Ação?

A hora atividade é

utilizada para

cumprir seus objetivos

segundo a legislação?

1.Falta de um efetivo

acompanhamento da

realização da hora-

atividade;

2. Falta de reuniões por

área para discutir

problemas comuns a

disciplina;

Professores;

1.Utilização de uma

ficha, onde o professor

registra suas ações

realizadas na hora-

atividade e que será

vistado pela Equipe

Pedagógica

periodicamente;

2) Livro-ponto

específico para hora-

atividade na Sala da

Equipe Pedagógica,

onde o professor passa

para assinar sempre que

estiver em hora-

atividade;

3) Reunião por

disciplina na hora-

1.Todos os meses do

ano letivo;

2.maio//agosto;

1. Professores e Equipe

Pedagógica;

2. Professores e

Pedagoga responsável

pela disciplina;

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atividade concentrada

para troca de

experiências e

discussão das

dificuldades afins;

Há equipe

multidisciplinar

atuante na Escola?

Os estudos de

formação do professor

PDE revertem em

ações relevantes para

a Escola?

Os materiais

disponíveis no portal

da SEED são

utilizados na

formação dos

professores?

A formação do

professor e

especialista em

Educação Especial

ocorre de forma

colaborativa com os

professores das

Falta de encontros entre

professores da sala

comum com os

professores da Sala de

Recursos e de Sala de

Apoio para trocas de

informações sobre os

Professores da sala

comum e da Sala de

Recursos e Sala de

Apoio;

Promover encontros

entre os professores da

sala comum e da Sala

de Recursos e de

Apoio;

Setembro/ novembro; Pedagogas responsáveis

pela Sala de Recursos,

de Apoio e Sala

Comum;

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disciplinas? alunos;

Outros

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CALENDÁRIO

O Calendário Escolar é organizado anualmente de acordo com as orientações da

Mantenedora e respeitando o disposto na LDB nº 9394/1996, garantindo um total de 800

horas distribuídas em 200 dias letivos;

As atividades previstas no calendário são: Exercício do Plano de Abandono;

Reuniões Pedagógicas, Formação Continuada, Semana Pedagógica, Semana de Integração

Família /Escola, Torneio Interclasse de Futsal e de Handebol; Festival de danças dos 9º

anos;

Os atestados médicos dos professores são repostos em cada último sábado de cada

mês; Assim como em situações de força maior, como por exemplo: chuva torrencial,

vendavais, falta de energia elétrica, as aulas serão repostas no último sábado do mês que

acorrer a referida situação.

AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

A Escola participa de Programas como Semana de Integração Família/Escola,

Programa de Combate a Dengue, Agrinho, CICA, Olimpíada Brasileira de Matemática das

Escolas Públicas; Olimpíada de Língua Portuguesa;

A Escola oferece aos alunos o PIBID de Matemática, em parceria com a Unespar.

Os estagiários entram em sala de aula junto com o professor de Matemática e através do

sistema de monitoria, atende individualmente os alunos que precisam, retomando

conteúdos e trazendo metodologias diferenciadas, como jogos e atividades de raciocínio

lógico matemático. São atendidas neste programa, as turmas do 6º e 7º anos, no período

matutino e vespertino.

A Sala de Apoio à Aprendizagem é organizada de acordo com a legislação vigente,

atendendo aos alunos do 6º que apresentam defasagens nos conteúdos. Os alunos que

precisam deste atendimento são encaminhados pelos professores da classe comum através

de fichas de acompanhamento específicas para este fim. Toda organização deste trabalho é

realizada pela Equipe Pedagógica. O atendimento ocorre às segundas e quartas feiras. O

horário da Sala de Apoio de Matemática acontece das 13:00 h às 14:40 h e a de Língua

Portuguesa das 14:40 h às 16:35 h. São atendidos em cada Sala vinte alunos.

O Estabelecimento também oferece a Sala de Recursos Multifuncional para atender

os alunos diagnosticados, devidamente avaliados e oriundos da Educação Especial. Os

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alunos são incluídos na Sala de Recurso através de avaliação com profissionais em

Neuropediatria e Psicologia. Muitos chegam ao 6º ano já avaliados e estas avaliações são

encaminhadas pelas Escolas Municipais. Além disso, é realizada a avaliação no contexto

escolar. Estas avaliações ocorrem a partir da observação das dificuldades apresentadas

pelos alunos. Os alunos são atendidos em cronograma específico:

Período Matutino:

HORÁRIO 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

07:30 ÀS 08:20 H GRUPO D GRUPO C GRUPO B GRUPO C -

08:20 às 09:10 h GRUPO D GRUPO A/C GRUPO B GRUPO C -

09:10 às 10:00 h GRUPO B GRUPO A GRUPO D GRUPO A -

10:00 às 10:15 h RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO -

10:15 às 11:05 h GRUPO B H/A GRUPO D GRUPO A -

11:05 às 11:55 h H/A H/A H/A H/A -

Período Vespertino:

HORÁRIO 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

13:00 ÀS 13:50 GRUPO D GRUPO F GRUPO E GRUPO F -

13:50 às 14:40 h GRUPO D GRUPO F GRUPO E GRUPO F -

14:40 às 15:30 h GRUPO E GRUPO F GRUPO D GRUPO G -

15:30 às 15:45 h RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO -

15:45 às 16:35 h GRUPO E H/A GRUPO D GRUPO G -

16:35 às 17:25 h H/A H/A H/A H/A -

Em cada grupo são trabalhados em torno de cinco alunos e os grupos são formados,

seguindo critérios como ano de matrícula e tipo de transtorno apresentado.

AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO

Aos alunos que apresentarem atestados médicos e alunas gestantes que entrarem em

licença maternidade serão oferecidas atividades domiciliares nas diversas disciplinas,

organizados pelos professores da turma. Semanalmente estas atividades serão enviadas

através da família aos alunos. Todo este processo deverá ser organizado pela Equipe

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Pedagógica e controlado através de ficha própria com anotações de envio e recebimento

das atividades;

Para os alunos com atestado médico acima de 90 dias, a Equipe Pedagógica deverá

acionar o programa SAREH, através do Núcleo Regional de Educação.

Os alunos haitianos e ou estrangeiros receberão, em contra turno, aulas de

alfabetização em Língua Portuguesa, preferencialmente na Sala de Apoio de Língua

Portuguesa.

A Escola oferece o Programa de Aceleração de Estudo com objetivo de amenizar a

defasagem idade/série, proporcionando ao aluno maior estímulo e motivação para os

estudos. O Programa adota as orientações da Mantenedora/ SEED, sendo o currículo

adaptado de acordo com as orientações da mesma. Neste ano letivo o Programa de

Aceleração atende alunos do 6º ano, no período vespertino e conta com dezesseis

educandos, os quais poderão avançar para o 8º ano, ir para o 7º ano ou ficar retido no 6º

ano. Os conteúdos selecionados para o trabalho pedagógico nesta turma são do 6º e 7º

anos.

O atendimento ao aluno em cumprimento de medida socioeducativa como

internação ou para tratamento para usuário de drogas será enviado atividades pedagógicas

de acordo com as orientações da Entidade.

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VI- AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL:

A avaliação da Instituição é de suma importância, pois através dela pode-se ter ideia

clara como está o andamento da mesma, o que está caminhando bem e o que ainda precisa

melhorar, quais as fragilidades e quais os pontos fortes da Escola. A avaliação acontecerá

no final de todo ano de letivo, utilizando-se de instrumentos como questionários e

entrevistas com os diversos setores da Comunidade Escolar. Os resultados serão tabulados,

sintetizados e apresentados em reunião específica, com Direção, Professores, Funcionários,

representantes de alunos, de pais e Instâncias Colegiadas. Nesta reunião será feita a análise

dos resultados e discussões de possíveis ações para solucionar as dificuldades

apresentadas. Os resultados também servirão para programar o Plano de Ação da Escola no

próximo ano letivo.

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VII - PERIODICIDADE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico será revisto todo início do ano letivo, pois a cada ano

o diagnóstico e a realidade apresentam-se de maneira diferente, novas expectativas e novas

dificuldades. A Equipe Pedagógica ficará responsável por coordenar o trabalho de

atualização do Projeto, utilizando a avaliação institucional do ano anterior e consultando os

diversos setores da Comunidade Escolar.

Neste processo também serão definidas as novas estratégias, o planejamento das

ações, bem como a execução destas.

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VIII - PUBLICIZAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A publicização do Projeto Político Pedagógico será feito a partir da impressão e

encadernação do mesmo. Ficarão disponíveis cópias na Sala dos Professores, na Secretaria,

na Biblioteca da Escola, bem como na sala da Equipe Pedagógica e da Direção. Além

disso, será disponibilizada uma cópia digitalizada no site da Escola.

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IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARIÉS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Zahar,

1981.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho escolar e a

aprendizagem na escola/ elaboração Ignez Pinto Navarro...[et al.].

BRASÍLIA: MEC, SEB, 2004.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE. Texto base da. São Paulo, SP: Salesiana, 1998.

CARILHO, Vinicio. Concepção de Tecnologia. 2008. Disponível em:

www.gobiernoelectronico.org//. Acesso em 22/03/2012.

Estatuto da APMF, ano 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.

São Paulo, SP: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1983.

FREIRE. Paulo.Conscientização- Teria e prática da libertação ao pensamento de Paulo

Freire. Editora Centauro. São Paulo.1980.

GENRO, Candido. Concepção de aluno. 2007. Disponível em www.candidogenro2007-

blogspot.com.br. Acesso em 19/03/2012.

INSTRUÇÃO Nº 028/2010- SEED/SUED – PARANÁ- 2010

INSTRUÇÃO Nº 007/2011 -SUED/SEED – Paraná - 2011

INSTRUÇÃO Nº 016/2011 – SEED/SUED – Paraná – 2011

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KLEIMAN, Angela B. Preciso ensinar letramento? Não basta ensinar a ler e escrever?.

São Paulo, SP: Cefie/Unicamp e Mec, 2005.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, SP: Cortez, 1994.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Igualdade e diferenças na escola: como andar no fio

da Navalha: In: ARANTES, Valéria Amorin (org). Inclusão Escolar: Pontos e

contrapontos. São Paulo: Summus, 2006.

PORTALmec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/educarnadiversidade2006.pdf

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo, SP: Cortez, 1991.

___________________. Sobre a natureza e especificidade da Educação. Pedagogia

Histórico-crítico: primeiras aproximações. 3ª ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados,

1992.

____________________.Educação: do senso comum à consciência filosófica. São

Paulo, SP: Cortez, 1980.

VEIGA, Ilma Passos A. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político

Pedagógico. In: VEIGA, Ilma Passos A., RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de (orgs),

Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998.

VEIGA, Ilma Passos A. e FONSECA, Marília (orgs). As dimensões do Projeto Político

Pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2.001.

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BRIGADA ESCOLAR

E.E.AGOSTINHO STEFANELLO-

E.F.

ANEXO

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

PLANO DE FUGA

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ESCOLA ESTADUAL “AGOSTINHO STEFANELLO” – ENS.FUND.

RUA: ESTADOS UNIDOS, 2533 – FONE/FAX 044 3447-1161 - CEP. 87.750-000

MUNICÍPIO DE ALTO PARANÁ - PARANÁ

JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem

vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa

opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos, promovendo

mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis,

menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar

pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se

trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem a ver com a necessidade de

adequá-las internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie

de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e

incêndios, entre outros.

OBJETIVO GERAL

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do

Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou

humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas

para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais

temas cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Levar os estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma cultura

de prevenção a partir do ambiente escolar;

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Proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como

conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;

Promove o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar, com

vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do Corpo de

Bombeiros;

Preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações de

Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a

prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas

ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;

Articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de

Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de Educação;

Adequar às edificações escolares estaduais ás normas mais recentes de prevenção

contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná,

acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes

desses locais.

ESTRATÉGIAS

Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos

específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra para a

Brigada Escolar.

O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de ensino.

Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar

formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do

estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no

sentido de:

identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;

garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma

segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da

execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em

calendário escolar;

promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

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apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta da

comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro

em livro ata específico ao Programa;

verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências

necessárias.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de

Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e PRESENCIAL.

Fazem parte da Brigada da Escola:

Nádia Lúcia Galbiatti Professora de Educação Física

Izabel Christina Pirani Professora de Geografia

Rosangela Lucia Mantovani Professora de Língua Portuguesa

Roberta Palomo Professora de Arte

Maria Helena Cardoso Magalhães Agente Educacional II

ATIVIDADES PERMANENTES

O Diretor da unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de

implantação e implementação do Plano de Abandono.

Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,

professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios

simulados e em tempo razoável.

Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e as

datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.

PÚBLICO ENVOLVIDO:

O público neste programa são todos os alunos, professores, funcionários, quando

for possível ações articuladas com integrantes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros,

Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de Educação

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CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e as

datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.

O Plano de Abandono acontecerá nos meses de maio e agosto.

PLANO DE ABANDONO

Ação ordenada de desocupação do prédio, que tem por objetivo minimizar e

prevenir o máximo possível a ocorrência de acidentes que possam provocar danos

pessoais.

OBJETIVO

Promover a proteção humana, mantendo a comunidade escolar segura em situações

de risco, realizando treinamentos pautados em normas de segurança nacionais e

internacionais, além da construção de um Plano de Abandono, com vistas a minimizar os

impactos desastrosos de um sinistro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Construção de uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar,

proporcionando a toda comunidade escolar condições mínimas de ação em uma

situação adversa classificada como evento de Defesa Civil.

Preparar os ambientes escolares traçando rotas de fugas para o abandono

da edificação de maneira ordenada e segura.

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TERMINOLOGIA DO PLANO DE ABANDONO

PONTO DE ENCONTRO

Local previamente estabelecido, onde serão reunidos todos os alunos,

professores, funcionários e outras pessoas que estejam em visita à escola.

Neste local, as faltas de alunos constatadas pelos professores ou a ausência de

funcionários, deverão ser comunicadas o mais breve possível ao responsável

pelo Ponto de Encontro. Ele por sua vez, deve repassar as informações ao

chefe de equipe de emergência para que as devidas providências sejam

tomadas.

ROTA DE FUGA

Trajeto a ser percorrido em passo rápido do local onde esteja a pessoa

até o Ponto de Encontro. Na análise desse trajeto devem ser observados os

pontos críticos do caminho como, por exemplo: cantos vivos de parede, locais

escorregadios, escadarias sem corrimão, guarda- corpos irregulares, centrais de

gás, portas e portões de difícil acesso.

PLANTA DE EMERGÊNCIA

Representação gráfica em forma de planta que orienta os ocupantes de

cada ambiente da escola sobre qual Rota de Fuga deve ser seguida para o

abandono da edificação em segurança, de forma a dirigí -los ao Ponto de

Encontro.

AÇÕES DO PLANO DE ABANDONO

Confecção da Planta de Emergência e definição das Rotas de Fuga e Ponto de

Encontro.

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Definição das funções executivas das pessoas responsáveis pelo Plano de Abandono

no estabelecimento de ensino pelo Diretor em conjunto com a Brigada Escolar.

Treinamento dos professores, que por sua vez treinarão os alunos.

Execução dos exercícios práticos, sendo no mínimo dois por ano.

COMPETÊNCIAS DO DIRETOR DA ESCOLA E/OU RESPONSÁVEL PELO

PLANO DE ABANDONO

Nomear os responsáveis e os respectivos suplentes para atuarem em todas as funções

específicas. A nomeação deverá ser de caráter permanente e os nomeados serão os

responsáveis numa situação real.

Decidir se é viável ou não executar o Plano de Abandono. Supervisionar o abandono.

Receber as equipes de socorro e fornecer informações sobre casos pontuais de maior

risco.

Determinar a desativação do Plano de Abandono, fazendo com que os alunos retornem

às salas de aula após a simulação. Em caso de uma situação real, depois de conferidas

todas as pessoas e autorizado pelo Corpo de Bombeiros, os alunos poderão ser

liberados para os pais ou responsáveis.

Convencionar o toque do alarme de emergência, que obrigatoriamente deverá ser

diferente do usado para início e término das aulas.

Nomear um responsável para acionar o toque de emergência.

Traçar as rotas de fuga nas plantas de emergência.

Estabelecer locais para o Ponto de Encontro.

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR

Manter em locais estratégicos (secretaria, sala da direção, sala da orientação e

supervisão) informações e plantas baixas com orientações contendo o quantitativo de salas,

alunos, funcionários e professores de cada ambiente escolar. No setor administrativo, deve

haver relação nominal de funcionários por ambiente.

Todo ambiente escolar deve ser sinalizado, indicando as saídas, rotas de fuga e

Ponto de Encontro.

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PROCEDIMENTOS DO EXERCÍCIO DE ABANDONO

Aciona-se o alarme, definido pela escola, por ordem do responsável (Diretor, Vice-

Diretor, Coordenador, entre outros), iniciando o processo de deslocamento da comunidade

escolar, que deve seguir as orientações estabelecidas pelos responsáveis pelos

blocos/andares, evitando pânico e descontrole.

Na saída das salas de aula, o professor abre a porta e faz contato visual com o

responsável pelo andar. Ao receber o aviso de saída, libera os alunos para iniciarem o

deslocamento em fila indiana, começando pelos mais próximos da porta. O professor se

certifica da saída de todos os alunos, fecha a porta e a sinaliza com um traço em diagonal,

mantendo-se como último da fila e evitando o pânico. Os alunos seguem em passos

rápidos, sem correr, com as mãos cruzadas no peito pelo lado direito do corredor ou

conforme indicado nas plantas afixadas nos corredores até ao Ponto de Encontro. Lá

chegando, o professor confere todos os alunos que estão sob a sua responsabilidade com o

auxílio do livro de chamada e apresenta as alterações ao responsável pelo Ponto de

Encontro, informando as faltas se houver. Aos professores sugere-se a prática da chamada

no início das aulas, para que em uma situação de emergência, possa fazer a conferência dos

alunos no Ponto de Encontro.

Aos alunos a orientação é de que deixem todo o material na sala de aula e não

retornem até que seja autorizado pelo responsável. Para os exercícios simulados, objetos de

valor como celulares deverão ser guardados no bolso, para evitar posteriores problemas de

extravio, mesmo porque não são objetos pedagógicos.

Os alunos encarregados de auxiliar o professor na retirada do colega portador de

necessidades especiais deverão acompanhá-lo durante todo o trajeto.

ATENÇÃO: Se por algum motivo alguém se encontrar isolado, deverá seguir as

setas de saída indicada na planta de emergência onde se encontra e sair pela porta mais

próxima. Caso não o consiga, deverá fazer-se notar para que o socorro possa lhe encontrar.

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QUANDO EXECUTAR O PLANO DE ABANDONO

Incêndio.

Explosão ou risco de, por exemplo, vazamento de gás.

Desabamento.

Abalo sísmico de grande intensidade.

Acidentes de grande vulto que ofereçam insegurança às pessoas.

Outras situações que o diretor entender necessárias.

QUANDO NÃO ACIONAR O PLANO DE ABANDONO

Vendavais ou ciclones, pois o abrigo é o edifício escolar.

Inundação pelas chuvas que não atinja o espaço escolar bem como em temporais

com granizo.

Fuga de gás sem incêndio, pelas áreas isoladas com central de gás independente e

restritas, deve ser considerado sinistro facilmente controlável.

Na ocorrência de sismos (terremotos) de fraca intensidade, o espaço escolar é o

melhor abrigo.

NORMAS DE PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE RISCO

A primeira providência é garantir a integridade física das pessoas. Se ocorrer

vazamento de gás, desligar a válvula do gás, não acionar qualquer dispositivo que

provoque faíscas inclusive o interruptor de luz, abrir portas e janelas arejando o local,

retirar-se do local e comunicar o incidente ao responsável pelo Plano de Abandono da

escola.

Se ocorrer uma fuga de gás no laboratório, fechar a válvula de segurança, arejar a

sala, abrindo portas e janelas lentamente, não acender fósforos ou isqueiros nem acionar

interruptores, abandonar o laboratório e comunicar imediatamente o acidente ao

responsável pelo Plano de Abandono da escola.

Se ocorrer um derramamento de substâncias tóxicas, recolher ou neutralizar a

substância derramada de acordo com as recomendações presentes no rótulo do produto ou

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conforme orientações técnicas do fabricante. Se for um ácido ou outro produto corrosivo

não se deve lavar com água. (procurar sempre orientações de um técnico bioquímico).

Se ocorrer um incêndio, acionar o Corpo de Bombeiros (193) e as demais equipes

de emergência. Os ocupantes das instalações deverão sair imediatamente, respeitando

integralmente o percurso da rota de fuga ou seguindo orientação do responsável pelo bloco.

Se houver obstrução das saídas pela presença de fogo ou acúmulo de fumaça, as pessoas

deverão abaixar-se próximas do chão, a fim de buscar melhor qualidade de ar, com maior

concentração de oxigênio. Nos pisos superiores dirigir-se-ão para o local mais afastado do

foco de incêndio, aguardando socorro. Nesta situação deverão abaixar-se para fugir da

concentração de fumaça, fechando sempre as portas a fim de retardar a propagação do

fogo.

Se ocorrer um incêndio na cozinha e/ou refeitório, avisar a pessoa mais próxima,

fazer uso do extintor se tiver capacidade técnica e cortar o fornecimento de gás e energia

elétrica (desligar o disjuntor fora do ambiente).

Caso não consiga dominar a situação, fechar portas e janelas e comunicar

imediatamente o acidente ao responsável pelo Plano de Abandono.

Na ocorrência de sismo (terremoto), os ocupantes das instalações deverão

imediatamente colocar-se debaixo das mesas e nos vãos das portas, com as mãos à volta da

cabeça, como medida de proteção. Nunca deverão abandonar a sala onde se encontram

enquanto durar o sismo. Se soar o alarme, deverão se retirar do edifício cumprindo as

orientações do Plano de Abandono;

Em outros tipos de ocorrências (como explosões ou desabamentos), mantenha a

calma e saia do ambiente que estiver em risco, comunique imediatamente o acidente ao

responsável pelo Plano de Abandono.

Importante: Na ocorrência de temporais, os ocupantes do edifício permanecerão nas

salas, afastando-se das janelas, até que seja segura a saída do edifício.

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FUNÇÕES E EQUIPES RESPONSÁVEIS

Conforme organograma do Plano de Abandono segue tabela com o nome da equipe

executiva e funções.

NOME FUNÇÃO Chefe da equipe Ivone Moreira Batista Decidir se é viável ou não a execução do Plano,

supervisionar o abandono e receber equipes de socorro e

fornecer informações sobre casos pontuais de maior risco

Telefonista Maria Luiza Rosini Efetuará as ligações telefônicas pertinentes. Ao soar o

alarme, deverá se deslocar imediatamente ao Ponto de

Encontro e apresentar-se ao diretor ou responsável,

solicitando autorização para retornar à edificação e fazer os

devidos contatos se necessário ou fazê-lo através de um

celular no próprio Ponto de Encontro. Manter lista de

telefones de emergência, tais como Corpo de Bombeiros

193, Polícia Militar 190, Copel 196 e Defesa Civil 199. Responsável pela

manutenção e pelo

setor administrativo

Roseli Frachinconi Ordenará a saída dos funcionários do setor administrativo em

direção ao Ponto de Encontro. Ao encerrar a retirada das

pessoas, deve conferir se todos os ambientes do seu setor

(ex: banheiros, laboratórios, secretaria, etc.) estão vazios e

marcados com um traço na diagonal, só então se desloca até

o Ponto de Encontro. Caso algum funcionário necessite

retornar ao setor administrativo, deve ser autorizado pelo

diretor ou responsável no Ponto de Encontro, após concluído

o abandono.

Responsável pelo

corredor

Sônia Maria Pitta Suplente: Morgana Sinhorini

Menegon Auxiliar: Elisabete Pitta

Organiza o fluxo de alunos nos corredores das salas de aula.

Deve ficar atento para liberar uma turma de cada vez, de

modo a não haver filas duplas. Ao encerrar a saída de seu

andar ou bloco, deverá conferir se todas as salas estão vazias

e marcadas com um traço na diagonal, só então deve se

deslocar até o Ponto de Encontro. Nos pontos de conflito

(cruzamentos, escadas e etc.), orienta as filas que devem

avançar de acordo com a prioridade da emergência, não

permitindo cruzamentos das filas nem correria. Importante

não esquecer de verificar os banheiros. Concluída a

verificação em todo o bloco ou andar, segue atrás da fila de

alunos para o Ponto de Encontro. O bom desempenho desta

função é fundamental para a execução e sucesso do

abandono das instalações, visto que os corredores são os

locais mais prováveis de haver aglomeração de pessoas, o

que pode gerar tumulto e pânico.

Responsável pelo

ponto de encontro

Luciane Soler Suplente: Valnir Cardin Auxiliar: Aline Maestre Polido

Organiza a chegada e a formação dos alunos, professores e

funcionários no ponto de encontro. Recomenda-se que sejam

designados pelo menos dois auxiliares para ajudar a

organizar as filas dos alunos. Os dois auxiliares devem estar em condições de assumir a

função, caso o responsável não esteja na escola no momento

do sinistro.

Responsável pela

portaria

Jaqueline Palmieri Suplente: Sonia Girondi

Funcionário responsável pela portaria. Só permitirá a entrada

das equipes de emergência e será responsável pela liberação

do trânsito e acesso a edificação. Deverá ter acesso ao

claviculário, onde estarão todas as chaves de portas, portões

e cadeados. Se a escola tiver disponibilidade de funcionários,

o ideal é que o porteiro tenha outra pessoa para ajudá-lo.

Também será responsável pelo impedimento da saída de

alunos e entrada de estranhos sem as devidas autorizações,

evitando tumultos.

Monitor 01 aluno de cada sala Aluno designado com antecedência para conduzir a turma do

ambiente onde estiver até o Ponto de Encontro seguindo a

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Rota de Fuga contida na Planta de Emergência ou orientada

pelo responsável do bloco. Se houver na turma alunos com

necessidades especiais, deverão ser escolhidos dois alunos

para acompanhá-los.

A direção da escola deverá selecionar criteriosamente os

alunos para desenvolver a função de monitor.

Professor Professor responsável pela sala no

momento Deve orientar os alunos em sala de aula no dia do exercício,

expondo como ocorrerá o deslocamento até o Ponto de

Encontro e como devem se comportar no local. O professor só iniciará a retirada dos alunos ao sinal do

funcionário responsável pelo andar ou bloco ou quando este

considerar oportuno, de modo a evitar aglomerações. Caso

verifique alguma emergência iniciando em sua sala, deve

proceder o abandono imediato do local e avisar o Diretor,

sendo o último a sair, certificando-se que ninguém

permaneceu na sala de aula. Somente então fechará a porta e

fará um risco de giz em diagonal nela ou na parede ao lado

do acesso à sala, isso significa que foi conferido o ambiente

e não há mais ninguém lá dentro. Tal sinal será identificado

pelas equipes de emergência direcionando as buscas a

possíveis vítimas em locais que não tenham esse sinal. O

professor é responsável pela turma que acompanha desde a

saída da sala até o término do evento, o controle do professor

da chegada ou não de todos os seus alunos no Ponto de

Encontro é crucial para ação de resgate.

EXECUÇÃO DA ROTA DE FUGA

Como previstas, segue tabela com as datas da execução da rota de fuga com os alunos,

funcionários e professores.

DATAS

17/05/17 1ª execução

16/08/17 2ª execução