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INTRODUÇÃO E PROPRIEDADES
MECÂNICAS DOS METAIS
TIPOS DE MATERIAIS
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Metais Ligas ferrosas e não ferrosas
Cerâmicas Al2O3 e SiO2-NaO2-CaO
Polímeros Polietileno, fenólicos e PET
Semicondutores Silício e GaAs
Compósitos Fibra de carbono, duplex titânio-aço
PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS
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Correlação Estrutura-Propriedade-
Aplicação-Processamento
4
MICROESTRUTURA
PROPRIEDADE APLICAÇÃO
DEFORMAÇÃO
• Mecânicas
• Magnéticas
• Térmicas
• Corrosão
• Fadiga
• Desgaste
• Outros
• Processamentos
termo-mecânicos
• Tratamentos
térmicos
• Processamentos
mecânicos
ESTRUTURA
O conceito de estrutura é fundamental
na Engenharia de Materiais e na
Metalurgia!
A estrutura atômica é importante para a
definição de alguns aspectos do
comportamento dos materiais.
No entanto, a análise clássica começa na
estrutura cristalina. 5
ESTRUTURA
A maior parte dos metais e ligas
industriais e praticamente todos os aços
são empregados em condições em que os
átomos se organizam regularmente em
cristais.
O modo como os átomos de um metal ou
de uma liga se organizam em um cristal
define uma série de propriedades deste
metal. 6
ESTRUTURA
Ligas ferrosas tem estrutura cúbica de
face centrada (CFC), por exemplo, não
são magnéticas.
7
ESTRUTURA
Já as ligas de estrutura cúbica de corpo
centrado (CCC) são ferromagnéticas a
temperatura ambiente.
8
ESTRUTURA
Os metais em geral não cristalizam no sistema
hexagonal simples porque o fator de empacotamento
é muito baixo, exceto cristais com mais de um tipo de
átomo.
O sistema Hexagonal Compacta é mais comum nos
metais (ex: Mg, Zn)
9
ESTRUTURA
10
ESTRUTURA
A quantidade de cada uma das fases
eventualmente presentes são características
que ocorrem em uma escala de dimensões que
se convenciona chamar de “microestrutural”
(micron).
O controle da estrutura é uma das ferramentas
mais importantes para obtenção de ligas
metálicas com as propriedades e desempenho
desejados.
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PROPRIEDADES DOS METAIS
Condutividade Elétrica:
Eletricidade é a passagem de elétrons
em um condutor.
Bons condutores são, na grande maioria,
da família dos metais (baixa resistência a
passagem de corrente elétrica): ouro,
prata, alumínio e cobre.
12
PROPRIEDADES DOS METAIS
Assim como alguns novos materiais, de
propriedades físicas alteradas, que conduzem
energia com perda mínima, denominados
supercondutores.
Curiosidade: Exemplos de supercondutores
(baixíssima resistência a passagem de corrente
elétrica):
Óxidos cerâmicos;
Borocarbetos;
Compostos intermetálicos.
13
PROPRIEDADES DOS METAIS
Já, a porcelana, o plástico, o vidro e a
borracha são bons isolantes. Isolantes
são materiais que não permitem o fluxo
da eletricidade.
14
PROPRIEDADES DOS METAIS
Condutividade Térmica:
O que determina se um material será bom ou
mau condutor térmico são as ligações em sua
estrutura atômica ou molecular.
Assim, os metais são excelentes condutores de
calor:
devido ao fato de possuírem os elétrons mais
externos "fracamente" ligados, tornando-se livres
para transportar energia por meio de colisões
através do metal.
15
PROPRIEDADES DOS METAIS
Por outro lado temos que materiais como
lã, madeira, vidro, papel e isopor são
maus condutores de calor (isolantes
térmicos):
Os elétrons mais externos de seus átomos
estão firmemente ligados.
16
17
PROPRIEDADES MECÂNICAS
POR QUÊ ESTUDAR?
A determinação e/ou conhecimento das propriedades
mecânicas é muito importante para a escolha do
material para uma determinada aplicação, bem como
para o projeto e fabricação do componente.
As propriedades mecânicas definem o comportamento
do material quando sujeitos à esforços mecânicos, pois
estas estão relacionadas à capacidade do material de
resistir ou transmitir estes esforços aplicados sem
romper e sem se deformar de forma incontrolável.
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Principais propriedades
mecânicas
Resistência à tração
Elasticidade
Ductilidade
Fluência
Fadiga
Dureza
Tenacidade,....
Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de resistir às forças mecânicas e/ou de
transmiti-las
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TIPOS DE TENSÕES QUE UMA ESTRUTURA
ESTA SUJEITA
Tração
Compressão
Cisalhamento
Torção
20
Como determinar as
propriedades mecânicas?
A determinação das propriedades mecânicas é feita através de ensaios mecânicos.
Utiliza-se normalmente corpos de prova (amostra representativa do material) para o ensaio mecânico, já que por razões técnicas e econômicas não é praticável realizar o ensaio na própria peça, que seria o ideal.
Geralmente, usa-se normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção do corpo de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis.
21
NORMAS TÉCNICAS
As normas técnicas mais comuns são elaboradas pelas:
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TESTES MAIS COMUNS PARA SE DETERMINAR
AS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS
Resistência à tração (+ comum)
Resistência à compressão
Resistência à torção
Resistência ao choque (impacto)
Resistência ao desgaste
Resistência à fadiga
Dureza
Etc…
23
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
É medida submetendo-se o material à uma carga ou força de tração, paulatinamente crescente, que promove uma deformação progressiva de aumento de comprimento
NBR-6152 para metais
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ESQUEMA DE MÁQUINA PARA
ENSAIO DE TRAÇÃO
PARTES BÁSICAS
Sistema de aplicação de carga
dispositivo para prender o corpo de prova
Sensores que permitam medir a tensão
aplicada e a deformação promovida
(extensiômetro)
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
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É o teste mais simples.
Permite determinar diversas propriedades mecânicas importantes.
Consiste em aplicar uma força (carga) de intensidade crescente,
tracionando o material até sua ruptura.
• Corpo de prova
• Máquina de ensaio
• Célula de carga e extensiômetro
• Curvas: força x alongamento
tensão x deformação
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RESITÊNCIA À TRAÇÃO
TENSÃO () X Deformação ()
= F/Ao Kgf/cm2 ou Kgf/mm2 ou N/ mm2
Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a deformação (variação dimensional).
A deformação pode ser expressa:
•O número de milímetrosa de deformação por milímetros de comprimento
• O comprimento deformado como uma percentagem do comprimento original
Deformação()= lf-lo/lo=
l/lo
lo= comprimento inicial
lf= comprimento final
Força ou carga
Área inicial da seção reta transversal
27
Comportamento dos metais quando
submetidos à tração
Resistência à tração
Dentro de certos limites,
a deformação é proporcional
à tensão (a lei de Hooke é
obedecida)
Lei de Hooke: = E
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A deformação pode ser:
Elástica
Plástica
29
Deformação Elástica e Plástica
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
Prescede à deformação plástica
É reversível
Desaparece quando a tensão é
removida
É praticamente proporcional à
tensão aplicada (obedece a lei de
Hooke)
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
É provocada por tensões que ultrapassam
o limite de elasticidade
É irreversível porque é resultado do
deslocamento permanente dos átomos e
portanto não desaparece quando a tensão
é removida
Elástica Plástica
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Módulo de elasticidade ou Módulo de Young
E= / =Kgf/mm2
• É o quociente entre a tensão
aplicada e a deformação
elástica resultante.
•Está relacionado com a rigidez do material ou à resist. à deformação elástica
•Está relacionado diretamente com as forças das ligações interatômicas
Lei de Hooke: = E
P A lei de Hooke só é válida até este ponto
Tg = E
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Precede a deformação plástica.
A deformação não é permanente (reversível) o material retorna à
posição inicial após retirada a força.
A Tensão é proporcional à deformação (Lei de Hooke)
Deformação Elástica
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Módulo de Elasticidade para alguns metais Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material ou menor é a sua deformação elástica quando aplicada uma dada tensão
MÓDULO DE ELASTICIDADE
[E]
GPa 106 Psi
Magnésio 45 6.5
AlumÍnio 69 10
Latão 97 14
Titânio 107 15.5
Cobre 110 16
Níquel 207 30
Aço 207 30
Tungstênio 407 59
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o módulo de elasticidade : mais rígido é o material
(menor é a sua deformação elástica)
O comportamento elástico
também é observado quando
forças compressivas, tensões
de cisalhamento ou de torção
são aplicadas ao material
E
Módulo de Elasticidade
34
Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns metais de natureza
dúctil, como aços com baixo teor de carbono.
Caracteriza-se por um grande alongamento sem acréscimo de carga.
Para a maioria dos materiais metálicos, a deformação elástica persiste
apenas até deformações de 0,005. Após este ponto ocorre a deformação
plástica (não-reversível).
A lei de Hooke não é mais válida !
Em nível atômico, a Deformação Plástica é causada pelo “deslizamento”,
onde ligações atômicas são quebradas pelo movimento de deslocamento, e
novas ligações são formadas.
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA: Escoamento
35
Comportamento não-linear
Alguns metais como
ferro fundido cinzento,
concreto e muitos
polímeros apresentam
um comportamento não
linear na parte elástica
da curva tensão x
deformação
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Considerações gerais sobre
módulo de elasticidade
Como consequência do módulo de elasticidade
estar diretamente relacionado com as forças
interatômicas:
Os materiais cerâmicos tem alto módulo de
elasticidade, enquanto os materiais
poliméricos tem baixo
Com o aumento da temperatura o módulo de
elasticidade diminui
* Considerando o mesmo material sendo este monocristalino, o módulo de elasticidade depende apenas da orientação cristalina
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O COEFICIENTE DE POISSON PARA ELONGAÇÃO OU COMPRESSÃO
• Qualquer
elongação ou compressão de uma estrutura cristalina em uma direção, causada por uma força uniaxial, produz um ajustamento nas dimensões perpendiculares à direção da força
x
z
38
O COEFICIENTE DE POISSON PARA TENSÕES DE CISALHAMENTO
• Tensões de
cisalhamento produzem deslocamento de um plano de átomos em relação ao plano adjacente
•A deformação elástica de cisalhamento é
dada ( ):
= tg
Módulo de Cisalhamento ou de rigidez
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Forças de compressão,
cisalhamento e torção
O comportamento elástico também é
observado quando forças compressivas,
tensões de cisalhamento ou de torção
são impostas ao material
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O FENÔMENO DE ESCOAMENTO
Esse fenômeno é nitidamente observado
em alguns metais de natureza dúctil,
como aços baixo teor de carbono.
Caracteriza-se por um grande
alongamento sem acréscimo de carga.
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Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação
Tensão de escoamento y= tensão de escoamento (corresponde a tensão máxima relacionada com o fenômeno de escoamento)
• De acordo com a curva “a”, onde não observa-
se nitidamente o fenômeno de escoamento
•Alguns aços e outros materiais exibem o comportamento da curva “b”, ou seja, o limite
de escoamento é bem definido (o material
escoa- deforma-se plasticamente-sem praticamente aumento da tensão). Neste caso, geralmente a tensão de escoamento corresponde à tensão máxima verificada durante a fase de escoamento Não ocorre escoamento
propriamente dito
Escoamento
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Limite de Escoamento
quando não observa-se
nitidamente o fenômeno
de escoamento, a tensão de
escoamento corresponde
à tensão necessária para promover
uma deformação permanente de
0,2% ou outro valor especificado
(obtido pelo método gráfico
indicado na fig. Ao lado)
Fonte figura: Prof. Sidnei Paciornik do Departamento de Ciência dos Materiais
e Metalurgia da PUC-Rio
43
44
Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação
Resistência à Tração
(Kgf/mm2)
Corresponde à tensão
máxima aplicada ao material
antes da ruptura
É calculada dividindo-se a
carga máxima suportada pelo
material pela área de seção
reta inicial
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Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação
Tensão de Ruptura (Kgf/mm2)
Corresponde à tensão que promove a ruptura do material
O limite de ruptura é geralmente inferior ao limite de resistência em virtude de que a área da seção reta para um material dúctil reduz-se antes da ruptura
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Corresponde ao alongamento total do material devido à deformação plástica
%alongamento=
(lf-lo/lo)x100
onde lo e lf correspondem ao comprimento inicial e final (após a ruptura), respectivamente
Ductilidade em termos de alongamento
ductilidade
Outras informações que podem ser obtidas das curvas tensãoxdeformação
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Definição: Representa uma medida do grau de deformação plástica que o
material suportou quando de sua fratura, ou seja, corresponde à elongação
total do material devido à deformação plástica.
Alongamento Percentual:
Onde l0 e lf correspondem, respectivamente,
aos comprimentos inicial e final (após a
ruptura) do material.
Redução de Área Superficial: Onde A0 e Af correspondem,
respectivamente, as áreas da seção
reta inicial e final (após a fratura) do
material.
DUTILIDADE
100% xl
llAL
o
of
100% xA
AARA
o
of
48
Ductilidade expressa como alongamento
Como a deformação final é localizada, o valor da elongação só tem significado se indicado o comprimento de medida
Ex: Alongamento: 30% em 50mm
49
Ductilidade expressa como estricção
Corresponde à redução na área da seção reta do corpo, imediatamente antes da ruptura
Os materiais dúcteis sofrem grande redução na área da seção reta antes da ruptura
Estricção= área inicial-área final
área inicial
50 50
Materiais frágeis: são considerados, de maneira
aproximada, como sendo aqueles que possuem
uma deformação de fratura que é inferior a 5%.
DUTILIDADE: Frágil x Dúctil
51
Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação
Resiliência Corresponde à capacidade do
material de absorver energia quando este é deformado elasticamente
A propriedade associada é dada pelo módulo de resiliência (Ur)
Ur= esc2/2E
Materiais resilientes são aqueles que têm alto limite de elasticidade e baixo módulo de elasticidade (como os materiais utilizados para molas)
esc
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Outras informações que podem ser obtidas das curvas tensãoxdeformação
Tenacidade
Corresponde à capacidade do material de absorver energia até sua ruptura
tenacidade
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Algumas propriedades mecânicas
para alguns metais
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VARIAÇÃO DA PROPRIEDADES MECÂNICAS
COM A TEMPERATURA
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Propriedade Mecânica x Temperatura
Transição Frágil - Dúctil
Exemplos
ENSAIO DE IMPACTO
56
initial heightfinal height
sample
57
58
59
ENSAIO DE IMPACTO
60
61
Durezas
Rockwell Superficial
- N, T, W -
P(15, 30, 45 Kgf)
Correlação
LRT (MPa) = 3,45 x HB
LRT (psi) = 500 x HB