Psicologia - Trabalho

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Trabalho de Psicologia da Educação. O presente trabalho ainda não está completo.

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Introduo:O presente texto tem como objetivo apresentar uma viso panormica sobre a nova psicologia abordando os temas que caraterizam a Psicologia Moderna. Temas como, o sujeito, a infncia, a adolescncia, a deficincia e a incluso. Essa nova cincia apresenta os conhecimentos que at ento acreditvamos serem inquestionveis e sempre presentes na vida do homem, como, por exemplo, sujeito como conhecemos hoje ou ainda a individualidade, quando na realidade essas noes s surgiram com o filsofo francs Ren Descartes. Desfazer a natureza de condio humana, questionar conhecimentos ditos como absolutos e desautomatizar nossos pensamentos so alguns dos objetivos da aula de Psicologia da Educao e do presente trabalho.Para o surgimento da psicologia do sculo XIX foram necessrias duas condies, a experincia da subjetividade privatizada; e a experincia da crise dessa subjetividade. Todos ns de uma forma ou de outra sentimos que parte das nossas experincias so ntimas, sendo assim ningum tem acesso a elas. A subjetividade privatizada abre espao para questionamentos como: quem sou eu? O que estou fazendo aqui? O que eu desejo? Como eu desejo? E todos os questionamentos que atormentam o homem desde o nascimento. Logo usando da famosa frase de Descartes penso, logo existo. Com a afirmao do sujeito passou se a ter a necessidade de domin-lo para que a sociedade fosse disciplinada, assim, produz-se alguns tipos de sujeito: O sujeito do conhecimento, ou sujeito privatizado, esse sujeito construdo pela ideia do ser, ou seja, o individuo o que ele pensa que . O sujeito sujeitado, que tem por sociedade uma sociedade disciplinar. Em suma, constri-se o sujeito disciplinado para formar uma sociedade contida, regrada, disciplinada. O que nos permite entender o surgimento da escola moderna, tal como hoje, uma vez que nessa instituio que o sujeito passa a ser moldado. O que mais interessante sobre a fabricao do sujeito que esse sujeito sente-se autnomo, livre e capaz de pensar, quando na verdade, muitas vezes, ele s conhece os saberes ensinados pela escola, e suas atitudes so moldadas e planejadas pelo Estado. Depois de Foucault, de Deluze e outros pensadores, foi possvel pensar sobre o processo de fabricao do sujeito. Um exemplo, em forma de msica que reflete sobre a escola como fbrica do sujeito a msica Another Brick In The Wall, do Pink Floyd.

A- Infncia:De fato as crianas sempre existiram, mas como aprendemos em aluna ser criana no significa ter infncia. A noo, o cuidado com as crianas, a forma de se pensar na infncia como desenvolvimento da criana s surgiu com o filsofo Rousseau em seu livro Emlio. Antes do pensamento rousseauniano a criana era tratada como ano. A modernidade adotou a infncia com objetivo de tornar o mundo melhor, por isso esta o tempo de brincar e estudar.Passou a se tutelar a infncia porque a criana no tem inteligncia para poder decidir o que bom para ela, dessa forma, esse perodo de desenvolvimento construdo com tempo da negatividade, olhar para a criana dentro da infncia em uma viso psicolgica olhar essa verso negativa. Esse tempo tambm foi criando para que o sujeito pudesse ser criado e moldado, como j citado a criana no pensa o adulto precisa mold-la e disciplin-la e a melhor forma de conseguir isso foi unir a infncia a escola, isso porque na escola que os indivduos passam a maior parte da sua formao. Sendo assim, a nova escola tem a funo de classificao, organizao e censura dos conhecimentos, no atingindo apenas o sujeito, mas o prprio conhecimento. A escolarizao dos saberes passa a oferecer os conhecimentos de uma forma contida, com o objetivo de produzir um sujeito disciplinado e assujeitado. No mbito da infncia esse tipo de pensamento transmitido para criana desde o nascimento, uma prova da fora dessa ideologia que a prpria criana se enxergar como algum incapaz, que est no tempo de melhora, de aprendizado.Para Froid e Lacan a infncia o tempo do erro, ou seja, era o perodo em que o sujeito tem que se apropriar do que fizeram dele. Uma frase muito conhecida do epistemlogo suo Jean Piaget que deixa claro a ideia da infncia como tempo de brincar e estudar quem no brincou no aprende a fazer cincia. Alguns autores, por sua vez, como Fabiana Olegrio (2012), tentam olhar a infncia por fora da viso psicolgica. Para Olegrio (2012) a criana vive em um tempo diferente, o tempo inico paralelo ao nosso enxergar o mundo.

B - Adolescncia:Se a infncia era o tempo do erro, o que seria a adolescncia? Responder a essa pergunta um dos objetivos das aulas de Psicologia e do presente texto. O sujeito adolescente moldado ao logo da histria e dos discursos que a permeiam. A adolescncia, assim como a infncia, foi um conceito construdo e para melhor investig-lo faz-se necessrio desconstruir o que se pensa ser adolescncia. Ideias e conceitos sobre essa face da vida foram moldados desde o final do sculo XIX e mais especificamente desde o incio do sculo XX. Apenas com a publicao do psiclogo G. Stanley Hall, o pai da adolescncia, esta passou a ser estudada e inscrita nos mais diversos contextos sociais, no campo scio-cultura, uma vez que o adolescente era visto apenas como o ser que est entre o jovem e o pbere. Ou ainda, a adolescncia era vista como um conjunto de determinaes ou qualidades imutveis.Posteriormente, a ideia que se teve sobre a adolescncia formam ainda o pensamento do sculo XXI, o adolescente visto como cita Csar (2000) algum que tem a imagem fortemente vinculada a sexualidade, e por isso ele, o adolescente, no pode ficar sozinho, precisa ser vigiado em tudo que faz, nas leituras, nos jogos, na sade e principalmente na solido. A construo histrico-discursiva at os dias de hoje fazem do adolescente um aloprado sexual, violento e perdido. Essa ltima caracterstica foi-lhe atribuda, porque o sujeito adolescente at ento era construdo pelos pais e ao entrar nessa nova fase da vida esse sujeito est sozinho para construir e assumir o seu eu.Na realidade, o que se tenta fazer com o adolescente so vrias tentativas de caracteriz-lo, de conceitu-lo e de tentar adivinh-lo, com objetivo de dar a ele uma nica identidade. O que ocorre, na realidade, uma tentativa de inventar uma adolescncia, que seria tida como a ideia, como uma representao e no traduz a singularidade e a potencialidade do ser adolescente. Dessa forma, com primeiro passo para entender o que de fato essa fase sair do senso comum e questionar.

C- Deficincia:Para melhor compreendemos os estudos a respeito de deficincia preciso conhecermos o debate interdisciplinar que fundamenta o discurso sobre o tema ao longo da histria. A deficincia foi inventada pela modernidade, ou seja, a vigncia do discurso da cincia e do capacitismo. Capacitismo a concepo presente no social que l as pessoas com deficincia como no iguais, menos aptas ou no capazes para gerir a prprias vidas, e segundo Campbell (2001,44), capacitismo (ableism), define-se como: uma rede de crenas, processos e prticas que produz um tipo particular de compreenso de si e do corpo padro tpico da espcie e, portanto, essencial e totalmente humano. A deficincia para o capacitista um estado diminudo do ser humano. (DIAS, 2013, p.2). As pessoas com deficincia so as principais vtimas de abandono e esto entre a maioria dos moradores de rua, isso porque muitas delas no conseguem terminar o primeiro grau. Na realidade, o discurso que forma a sociedade e o pensamento da prpria pessoa com deficincia a politica do capacitismo, ou seja, para muitas pessoas o que ainda vigora a eugnia, que prope se as pessoas talentosas se casarem apenas com parceiros talentosos o resultado seria uma prole superior e ainda pensa-se que as pessoas com deficincia so inferiores. Esse pensamento foi fortalecido no sculo XIX com Sir Francis Galton e a ajuda da igreja e do povo europeu. O discurso de uma raa superior tomou fora com essa nova teoria, a Alemanha nazista usou teorias dessas para poder matar e perseguir os judeus e outros povos tambm julgados inferiores. O sonho ariano tomou forma com a lei da higiene racial, que teve como objetivo esterilizar as pessoas com deficincia. Posteriormente, o programa AKtion T14 assassinou mais de 260 mil pessoas com deficincia, as mortes foram justificadas com o slogan: uma vida que no valia ser vivida.Esse discurso capacitista sustentado por trs pilares: a compreenso da deficincia e a histria da eugenia; o papel do conceito de normalidade e suas implicaes na conceituao da deficincia e, finalmente, a ofensividade do neoliberalismo e seus resultados nas populaes marginalizadas, incluindo as pessoas com deficincia. O pensamento atual j no acredita que o deficiente um ser castigado por Deus, ou ainda, que os pais de filhos deficientes so pecadores, no entanto, pela construo histrica e pela manipulao dos discursos, que aceitamos como irrevogveis, o deficiente construdo e visto como o digno de pena e de d.Discusses sobre preconceito, homossexualismo, machismo tornaram-se frequentes, mas a deficincia por sua vez ainda tenta ganhar espao na sociedade do o sculo XXI. Leis e polticas de incluso tentam inserir a pessoa com deficincia na escola e no mercado de trabalho. Polticas educacionais passaram a ser pensadas, no mais como interao mas como incluso propriamente dita. No entanto, ainda preciso conseguir superar o preconceito, j que muitas vezes esse tipo de pensamento impede com que a pessoa com deficincia se aceite, aceite os outros e saia da zona de conforto e do discurso coitado.Incluso: Ao longo da histria da educao brasileira e do se pensar em uma poltica educacional que consiga contemplar todos os problemas educacionais, o Brasil, na maioria das vezes, estruturou muito bem essas tais polticas, porm na prtica no obteve o esperado. Como a proposta pedaggica de incluso, no que diz respeito aos sujeitos considerados deficientes, j est pensada e estruturada na prtica que esto as dificuldades e resistncias para a to desejada mudana e implementao do projeto pretendido.