12

reintrodução da dengue no Brasil em 1986 pelo Estado189.28.128.100/dab/docs/eventos/2a_mostra/combate_dengue_gabriela... · transmissão e as formas de eliminar criadouros do vetor

  • Upload
    vuquynh

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

1

2

reintrodução da dengue no Brasil em 1986 pelo Estado do Rio de Janeiro

um sério problema de Saúde Pública, com 8 epidemias associadas aos sorotipos 1, 2 e 3

taxas de incidência: novo aumento a partir de 2000

Taxa de incidência da dengue, Brasil e regiões, 1998-2001

Fonte: Ministério da Saúde/Funasa/CENEPI 5Notas:1. Taxa de incidência: casos por 100.000 habitantes; 2. Dados de 2001 preliminares, sujeitos a revisão.

248,35141,27127,89326,59Brasil

269,60147,78125,79186,92Região Centro-Oeste

16,1318,965,9512,21Região Sul

231,5190,5595,50362,96Região Sudeste

347,25254,48242,53496,75Região Nordeste

408,05239,12124,60227,64Região Norte

2001200019991998REGIÕES

epidemia de 2001, no Rio de Janeiro: introdução do

sorotipo 3, controlada em abril de 2002

condições sócio-ambientais desfavoráveis, encontradas

principalmente nos grandes centros urbanos, colaboram

para a iminência de uma epidemia de dengue

outro importante desafio no combate à dengue é

impedir a reurbanização da Febre Amarela, que tem o

mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti

3

duas formas clínicas: clássica e febre hemorrágica da dengue

forma clássica: febre elevada e de início abrupto, cefaléia, prostração, mialgia, dor retro-orbitária, náuseas, vômitos, dor abdominal, exantema máculo-papular

febre hemorrágica da dengue: podem surgir sintomas como sinais hemorrágicos, hepatomegalia e insuficiência circulatória, além dos sintomas clássicos

A DOENÇA

arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae

há quatro sorotipos (1, 2, 3, 4), sendo que circulam no Brasil os tipos 1, 2, e 3

O AGENTE ETIOLÓGICO

mosquito Aedes aegypti: hábito diurno, completamente adaptado ao ambiente urbano, onde encontra locais propícios para postura de ovos

infecção do mosquito: ao picar um indivíduo doente entre o primeiro dia antes da febre até o sexto dia após os primeiros sintomas

o mosquito infectado: transmite o vírus da dengue a partir do 8o ao 12o dia após ter picado o indivíduo doente até o fim de sua vida (6 a 8 semanas)

O VETOR

A TRANSMISSÃO

ocorre pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegyptiinfectada com o vírus no ciclo homem-mosquito-homem

4

concentrado no combate ao vetor

o que tem sido feito

àações de prevenção primária: campanhas de conscientização da população para a elimininação de focos potencias para desenvolvimento do mosquito

àcontrole químico, indicado principalmente nos casos de epidemias

à dificuldades

ü acesso dos agentes sanitários: apenas 10% dos criadouros em meios urbanos

ü principal concentração de focos: domicílios e locais de trabalhos e a sua eliminação depende fundamentalmente da participação da população

O COMBATE

Taxa de incidência da dengue, Região Sudeste e UF, 1998-2001

Fonte: Ministério da Saúde/ Funasa/CENEPINotas: 1. Taxa de incidência: casos por 100.000 habitantes; 2. Dados de 2001 preliminares, sujeitos a revisão.

231,5190,5595,50362,96Região Sudeste

137,3141,71113,5988,72São Paulo

470,0929,7565,78236,69Rio de Janeiro

342,85629,0521,581.354,36Espírito Santo

216,07147,3494,31861,98Minas Gerais

2001200019991998Unidade Federativa

5

ações do governo:

àjulho de 2002: Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde à criação do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD):

üreduzir a infestação por Aedes aegypti

üdesenvolver campanhas de informação e mobilização dos cidadãos (conscientização da população sobre seu papel no controle da dengue)

üintegrar as ações da vigilância epidemiológica das UBSscom as atividades dos agentes comunitários de saúde e do Programa de Saúde da Família à suspeita diagnóstica e a adoção de medidas de controle precocemente

üreduzir a incidência de dengue e as taxas de letalidade por Febre Hemorrágica da Dengue

Estado de São Paulo

à jan-out/ 2002: 40.411 casos de dengue

à jan-out/ 2003: 20.221 casos de dengue (queda de quase 50%)(CVE), sendo que 17.278 casos foram confirmados entre janeiro e abril de 2003

Município de São Paulo

à jan-abr/2003: 513 casos de dengue

àjan-mai/2003: aparecimento ou aumento de casos autóctones em Distritos Administrativos como Barra Funda, Jaçanã, Jabaquara, Lapa, Perdizes (Centro de Controle de Doenças)

6

JUSTIFICATIVA

risco de epidemia em alguns bairros do município

CSEBF-AV: intensificação da busca ativa de casos e de vigilância às suspeitas de dengue na área de atuação das duas equipes de Programa de Saúde da Família desse serviço, confirmando 21 casos de dengue, sendo 5 casos autóctones

risco de epidemia em nossa área de atuação

ACS e a equipe de vigilância epidemiológica da unidade visitaram 941 domicílios/ empresas das áreas do PSF em busca de foco potencial para o mosquito:

üencontrados focos em 57,1% dos domicílios visitados

üvasos e pratos de plantas: tipos mais encontrados de criadouros: 70,4% e 66% respectivamente

OBJETIVO

Formar agentes multiplicadores entre os moradores da área do Programa de Saúde da Família de nossa unidade,

visando a orientação e educação dessa população sobre dengue e medidas de controle do vetor Aedes aegypti.

METODOLOGIA

quatro grupos sócio-educativos com população moradora da área do Programa de Saúde da Família de nossa UBS, emmaio de 2003

ACS distribuiram convites às pessoas em seus domicílios e nas atividades de promoção da saúde realizadas pelas equipes de PSF (caminhada e Lian Gong)

também participaram usuários do serviço não cadastrados no PSF

7

METODOLOGIA

reuniões com os assistentes sociais: atividades e dinâmicas em grupos, como lidar e o que esperar da comunidade

a equipe que desenvolveu os grupos planejou as ações que seriam desenvolvidas nos grupos e seu tempo médio de duração

dinâmica do grupo:

üapresentação da equipe e dos objetivos da atividade aos convidados;

üdiscussão sobre o tema a partir do conhecimento dos participantes sobre dengue;

üvivência prática para identificação de criadouros de Aedes aegypit;

üdiscussão final

Primeiro Momento

üapresentação da equipee do objetivo da atividade aos participantes do grupo

üapresentação do mapa da área do PSF: visualização dos quarteirões que apresentaram casos de dengue

8

Segundo Momento

ütroca de experiências e conhecimentos préviossobre dengue pela população

üidentificação de dúvidas, esclarecimentos

üdiscussão de informações importantes que não tivessem sido abordadas

Terceiro Momento

üatividade interativa para identificação de focos e como evitá-los

9

Quarto Momento:

üdiscussão sobre a vivência prática, sobre como evitar focos para o mosquito nas residências e sobre como preparar a água que não pode ser eliminada para que ela não seja adequada ao desenvolvimento da larva do vetor

üinformações sobre ações do governo no combate àdengue e acesso aos serviços que poderiam contribuir com a população na busca de vetores e no controle químico quando necessário

üinformações sobre a quem recorrer em casos que fugissem à ação do cidadão, como por exemplo casas abandonadas ou vizinhos não cooperativos, situações que foram levantadas pelos participantes do grupo

üos participantes preencheram um questionário para expressarem sua opinião sobre a atividade realizada

RESULTADOS E DISCUSSÃO

50 participantes, com predomínio de pessoas idosas e do sexo feminino (88%)

observamos interesse dos participantes pelo assunto e, apesar das muitas campanhas publicitárias realizadas pelo governo, percebemos desconhecimento de algumas informações importantes sobre a doença, seu ciclo de transmissão e as formas de eliminar criadouros do vetor.

observamos também que as pessoas não associam o acúmulo de água parada como um foco em potencial para o desenvolvimento do mosquito mas sim objetos como pneus, garrafas, entre outros, o que leva as pessoas a evitarem esses objetos e não perceberem que tampinhas de refrigerantes ou chinelos deixados no quintal também podem acumular água e se tornarem focos para o vetor.

10

RESULTADOS E DISCUSSÃO

a população estudada desconhecia o risco do uso de

medicações derivadas do ácido acetil salicílico nas

suspeitas de dengue e sua relação com a febre

hemorrágica do dengue, sobre a qual as pessoas sabiam

muito pouco

dos 50 participantes, 14,6% conheciam alguém que

teve dengue à participação ativa com experiências

vividas nas discussões, estimulando o interesse dos outros

participantes e mostrando a importância epidemiológica

da doença na área abrangida pelo PSF

RESULTADOS E DISCUSSÃO

os grupos contaram com a participação de duas professoras, um líder comunitário e pessoas que costumam participar de reuniões “amigos do bairro”à a proposta atingiu pessoas que podem ser multiplicadoras de informações na comunidade

questionário de avaliação:

üos participantes sentiam-se melhor informados sobre o assunto: 25,8%

üaptos a passar informações para vizinhos e parentes: 16,1%

üsatisfação com a estratégia de grupo elaborada: 38,7%,sugerindo atividade semelhante em espaços da comunidade

11

FACILIDADES

ações visando o bem estar da comunidade desenvolvidas junto à população tem boa aceitação e participação à

população assumindo o cuidado com a casa e com o ambiente de trabalho, atuando na proteção da própria saúde e da família e exercitando a cobrança de informação permanente, acesso a assistência, saneamento, reclamações, denúncias

atividade desenvolvida: maior aproximação entre a comunidade da área do PSF e os profissionais que atuam na UBS à maior vínculo entre usuários e UBS à maior liberdade para esclarecimento de dúvidas, para críticas e sugestões, além da garantia de acesso em caso de sintomas sugestivos de dengue à exercício do controle social

FACILIDADES

valorização dos participantes enquanto cidadãos

por estarem sendo convidados a tornarem-se

multiplicadores de informações para a prevenção de

doenças e para o cuidado com a saúde da sua família

e da sua comunidade

participação social possibilitada aos indivíduos

da terceira idade, cuja participação foi majoritária

nessa atividade

12

DIFICULDADES

atrair um número maior de participantes para os

gruposà horário (manhã e tarde de dias úteis)

impossibilidade de reencontrar os participantes

dos grupos algum tempo depois de realizada a

atividade e averiguar se as informações transmitidas

estariam sedimentadas e se teriam sido transmitidas a

comunidade

RECOMENDAÇÕES

sensibilização das pessoas frente a novos e importantes conhecimentos adquiridos com a ação desenvolvida

é importante manter essa sensibilização e conscientização:

à estratégias de divulgação de informações e alertas permanentes para a população

à incrementar o combate aos focos com agentes sanitários bem treinados e em numero suficiente

à ampliação dos Programas de Saúde da Família e de agentes comunitários de saúde

à retomar a experiência, em espaços dentro da comunidade como escolas, reuniões do bairro, entre outros, o que certamente vai atingir um maior número de pessoas e, consequentemente, um maior número de possíveis multiplicadores de informações.