Rel at Final Te Ip Setembro 2010

Alunos das Oficinas de Animao 2009/10

EDUCAR PARA O SUCESSO NUM MUNDO EM MUDANA

Agrupamento de Escolas Santa Brbara - Fnzeres

2009/10Relatrio Final das Actividades desenvolvidas no mbito do Projecto Educativo TEIPDespacho Normativo n. 55/2008, Art 17 alnea a)[email protected]

Agrupamento Escolas Santa. Brbara Rua Alto Barreiros, 790 4510-485 FnzeresTel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9

Agrupamento de Escolas de Sta. Brbara Fnzeres Relatrio de Avaliao do Projecto Educativo TEIP - 2009/2010

PARTE 1- BALANO GLOBAL ................................................................................................................................. 2 BALANO GLOBAL DA EXECUO DO PROJECTO BASEADO EM INDICADORES DE RESULTADOS ESCOLARES ...................................................................................................................................................... 2 INDICADORES ........................................................................................................................................................ 31

PARTE 2 - UM OLHAR SOBRE DEZ ACES ......................................................................................................... 17 GRUPO 1 - ACES DE APOIO MELHORIA DAS APRENDIZAGENS ................................................................... 18 MODALIDADES DIVERSIFICADAS DE ORGANIZAO DAS APRENDIZAGENS E DOS GRUPOS-TURMA............ 18 COMPLEMENTO DIRECTO ............................................................................................................................... 19 DA PALAVRA AO TEXTO .................................................................................................................................. 23 CONTRATO PARA O SUCESSO ......................................................................................................................... 34 GRUPO 2: ACES DE REGULAO DO CLIMA ESCOLAR E DE GESTO DE PERCURSOS ESCOLARES DOS ALUNOS ............................................................................................................................................................... 38 2.1 ACES DE PREVENO DE COMPORTAMENTOS DE RISCO E DE REGULAO DISCIPLINAR .................. 38 GABINETE DE PSICOLOGIA .............................................................................................................................. 38 GABINETE DE ACO SOCIAL .......................................................................................................................... 43 ESCOLA DE PAIS .............................................................................................................................................. 49 2.2 TUTORIAS .................................................................................................................................................. 53 2.3 - ACES DE ANIMAO SOCIOEDUCATIVA .............................................................................................. 57 GRUPO 3 - DOMNIO DA GESTO E ORGANIZAO DO AGRUPAMENTO .......................................................... 69 GRUPO 4 RELAO ESCOLA - FAMLIAS ........................................................................................................... 72 4.1 COMUNIDADE E PARCERIAS EDUCATIVAS ............................................................................................. 72 CONSIDERAES FINAIS ..................................................................................................................................... 76

Rua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]


PARTE 1- BALANO GLOBAL BALANO GLOBAL DA EXECUO DO PROJECTO BASEADO EM INDICADORES DE RESULTADOS ESCOLARES2

O Plano de Aco do Projecto Educativo TEIP apresenta uma elevada taxa de execuo das actividades que contriburam, em larga medida, quer para uma melhor organizao e gesto educativa, quer para uma melhoria significativa dos resultados escolares e educativos dos alunos do Agrupamento. Os resultados escolares evidenciam que, de uma maneira geral, o sucesso educativo no Agrupamento melhorou globalmente, quando comparado com os nveis de sucesso dos anos lectivos anteriores. No entanto, reconhece-se que ser importante dar continuidade a algumas das aces TEIP, no sentido de consolidar os sucessos obtidos ao longo do presente ano, em particular, no que concerne a situaes de insucesso escolar nas reas do Portugus e da Matemtica. De referir ainda que em funo das metas definidas pelo TEIP, o Agrupamento apostou numa reorganizao e adequao das actividades contnua, quer em funo das problemticas identificadas em todos os ciclos de ensino, quer em funo das anlises obtidas atravs dos processos de monitorizao implementados. Gostaramos de destacar que, desde a sua implementao, o Projecto TEIP decidiu apostar, com particular incidncia, a sua interveno na melhoria dos resultados escolares no 1.Ciclo, atravs das diferentes aces. com agrado que a equipa de coordenao deste projecto tem vindo a assistir a melhorias dos resultados escolares no 1. ciclo, evidenciando esta situao que a aposta e interveno direccionada para este ciclo de ensino foi superada e est a ter impacto efectivo na comunidade escolar. Isto poder indiciar futuros reflexos de melhoria de resultados escolares nos prximos anos e nos restantes nveis de ensino.



INDICADORESNVEIS DE CONCRETIZAO/METAS

Posicionamento dos resultados escolares relativamente s metas propostas no Projecto:

1 CICLO

3

EB1 ALVARINHA Ano de Escolaridade Situao entre 2006/09 Meta prevista para 2009/10 Meta verificada em 2009/10 0,0% Desvio meta

1

0,0%

0,0%

-

2

10,70%

10,00%

0,0%

10,00%

3

0,00%

0,0%

0,0%

-

4

3,12%

2,75%

0,0%

2,75%

GLOBAL

3,27%

3,00%

0,0%

3,00%

EB1 BELA VISTA 1 Ano de Escolaridade Situao entre 2006/09 Meta prevista para 2009/10 Meta verificada em 2009/10 0,0% 4,3% 7,6% 0,0% 3,44% -0,8% -5,1% 2,75% -1,19 Desvio meta

1 2 3 4 GLOBAL

0,00% 3,75% 2,59% 2,77% 2,50%

0,0% 3,50% 2,5% 2,75% 2,25%



EB1/JI BELA VISTA 2

Ano de Escolaridade

Situao entre 2006/09

Meta prevista para 2009/10 0,00% 9,55% 2,84% 1,6% 3,50%

Meta verificada em 2009/10 0,0% 2,8% 6,6% 1,7% 3,13%

Desvio meta

4

1 2 3 4 GLOBAL

0,00% 9,74% 2,84% 1,61% 3,65%

6,75% -3,76 -0,1% -0,37%

EB1/JI MONTEZELO Ano de Escolaridade 1 Situao entre 2006/09 0,00% Meta prevista no 2009/10 0,00% Meta verificada em 2009/10 0,0% Desvio meta

2

5,42%

5,20%

2,3%

2,90%

3

4,91%

4,65%

0,0%

4,65%

4

6,20%

5,95%

0,0%

5,95%

GLOBAL

4,36%

3,95%

0,72%

3,23%



EB1/JI STA EULLIA Situao entre 2006/09 0,00% 8,69% 0,00% 6,06% 3,34% Meta prevista para 2009/10 0,00% 8,44% 0,00% 5,85% 3,25% Meta verificada em 2009/10 0,00% 4,34% 0,00% 6,81% 3,53% -0.96% -0,28% 4,1% Desvio meta5

Ano de Escolaridade

1 2 3 4 GLOBAL

EB1 PAO Situao entre 2006/09 Meta prevista para 2009/10 Meta verificada em 2009/10 Desvio meta

Ano de Escolaridade

1

0,00%

0,00%

-

2

2,08%

2,00%

-

-

3

0,00%

0,00%

0,0%

4 GLOBAL

8,30% 2,40%

7,90% 2,25%

0,0%

7,90% 2,25%

0,0%



METAS/ANO (GERAIS) - 1 CICLO

6

ESCOLAS DO AGRUPAMENTOAno de Escolaridade 1 2 3 4 GLOBAL Situao entre 2006/09 0,00% 6,40% 2,33% 4,12% 3,23% Meta prevista para 2009/10 0,00% 5,50% 2,30% 4,00% 3,00% Meta verificada em 2009/10 0,00% 2,70% 3,20 2,10% 2,20% 2,80% -0,90% 1,90% 0,80% Desvio meta

Partindo da anlise dos resultados escolares referentes eficcia interna, nomeadamente evoluo entre 2008/09 e 2009/10, atravs dos quadros apresentados, regista-se uma melhoria significativa do sucesso acadmico, em quase todas as escolas do Agrupamento. Apesar da existncia de algumas oscilaes de ano para ano, as taxas de sucesso tem sido bastante satisfatrias, ficando, em termos globais, acima das metas traadas para o Agrupamento.



PROVAS DE AFERIO 4 ANO

Anlise da avaliao Externa Os resultados das provas de aferio permitem tirar concluses e comparar a avaliao interna com a avaliao externa, definir estratgias e tomar medidas com vista melhoria do desempenho dos alunos nos domnios avaliados. Assim, aps anlise dos resultados das provas de aferio, realizadas pelos alunos do 4 ano, nas disciplinas de Lngua Portuguesa e de Matemtica, no presente ano lectivo, podemos concluir que os mesmos foram bastante positivos, sendo o sucesso obtido a nvel de Agrupamento superior mdia nacional, quer a Matemtica quer a Lngua Portuguesa, conforme podemos constatar na grelha abaixo.

7

Turmas

N alunos que realizaram a prova LP Mat 24 21 16 18 22 1

Alunos com sucesso

Alunos com Insucesso

%de Negativas

% positivas

LP 23 17 14 17 20 1

Mat 17 21 20 22 17 15

LP 2 4 2 1 2

Mat 2 0 0 0 2

LP 8,0% 19,0% 12,5% 5,6% 9,1% 0,0%

Mat 8,3% 0,0% 0,0% 0,0% 9,1% 0,0%

LP 92 % 81 % 87,5 % 94,4 % 90,9 % 100%

Mat 91,7% 100% 100% 100% 90,9 % 100%

4 A 4 B 4C 4D 4E 2/4F

25 21 16 18 22 1


Agrupamento de Escolas de Sta. Brbara Fnzeres Relatrio de Avaliao do Projecto Educativo TEIP - 2009/2010 4F 4H 4I 4 J 21 14 22 21 21 13 22 22 18 14 22 20 13 18 12 21 1 1 1 3 14,3% 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% 0,0% 4,5% 4,5% 85,7 % 100% 100% 95,2 % 100% 100% 95,5 % 95,5 %

8

Mdia Agrup. Mdia Nacional

166

174

15

6

8,3 %

3,3 %

91,7 %

96,7 %

8,8 %

11 %

91,3%

88,4 %



EB1 ALVARINHANVEIS Meta prevista para 2009/10 LP A/B C D/E 25.0% 66.0% 9.0% MAT 54% 37% 9% Meta verificada 2009/10 LP 32% 60% 8% MAT 50% 41.74% 8.3% Desvio meta LP 7% 6% 1% MAT 4% 4.74% 0.7% A/B C D/E NVEIS Meta prevista para 2009/10 LP 40% 52% 7.5% MAT 55.5% 35.5% 9%

EB1 PAOMeta verificada 2009/10 LP 35.7% 64.3% 0% MAT 69.3% 12.5% 0% Desvio meta

9

LP 5.7% 12.3% 7.5%

MAT 13.8% 23% 9%

EB1/JI MONTEZELOMeta prevista NVEIS Para 2009/10 LP A/B C D/E 25.5% 70% 4.5% MAT 41% 47.5% 11.5% Meta verificada 2009/10 LP 36% 40% 12% MAT 59.4% 40.9% 0.0% Desvio NVEIS meta LP 10.5% 30% 7.5% MAT 18.4% 6.6% 11.5% A/B C D/E

EB1 BELA VISTA 1Meta prevista Para 2009/10 LP 36% 48.5% 15.5% MAT 53.5% 45% 1.5% Meta verificada 2009/10 LP 23.8% 57.1% 19% MAT 71.4% 28.6% 0% Desvio meta LP 12% 8.6% 3.5% MAT 17.9% 16.4% 0%

EB1 /JI STA. EULLIANVEIS Meta prevista Para 2009/10 LP A/B C D/E 53.8% 44.8% 2% MAT 57.5% 36.5% 6% Meta verificada 2009/10 LP 67.4% 30.2% 2.3% MAT 65.9% 29.5% 4.5% Desvio NVEIS meta LP 13.6% 14.6% 0.3% MAT 8.4% 7% 1.5% A/B C D/E

EB1 /JI BELA VISTA 2Meta prevista Para 2009/10 LP 40.0% 50.0% 10.0% MAT 62% 35% 3% Meta verificada 2009/10 LP 42.8% 48.2% 13.6% MAT 67.8% 28.6% 3.6% Desvio meta LP 2.8% 2.8% 3.6% MAT 5.8% 6.4% 0.6%



Fazendo uma anlise por estabelecimento de ensino, percebemos que as Escolas EB1 de Alvarinha e EB1 Pao superaram as metas previstas para o presente ano lectivo, nas disciplinas de Portugus e Matemtica, em todos os nveis de avaliao. No obstante, praticamente todas as escolas do Agrupamento superaram as metas obtendo maior nmero de nveis A/B. Esta situao poder significar que houve uma diminuio de percentagem obtida no nvel C, pelo facto de mais alunos subirem de nveis, ou seja, obterem classificao A ou B, como por exemplo, se poder verificar na Escola EB1 Bela Vista 1 (A/B 17,9%; C 16,4%; D/E -0%). No entanto, as classificaes de nvel D e E apresentam algumas variaes por escola, registando-se que o maior aumento de percentagem de negativas (7,5%), ocorreu na EB1/JI Montezelo na disciplina Portugus e a menor percentagem de obteno de negativas (0,3%) ocorreu na escola EB1/JI Santa Eullia, tambm na disciplina de Portugus. Em termos genricos, a percentagem de alunos com classificaes A, B e C (sucesso), supera em larga medida, quer na disciplina de Portugus, quer na de Matemtica, a percentagem de alunos com classificao de nvel D e E, pelo que o Agrupamento a Portugus apresenta uma taxa de sucesso de 91,7 % e uma taxa de sucesso de 96,7 % na disciplina de Matemtica.10



PROVAS DE AFERIO 6 ANOMATEMTICA A anlise dos resultados das provas de Aferio de 2009/2010, a nvel de Escola, foi baseada nos seguintes nmeros: Dos 205 alunos de 6 ano faltaram 9 alunos, tendo realizado a prova 196 alunos. Os resultados obtidos pelos alunos que foram sujeitos prova, podem ser analisados no quadro estatstico seguinte:11

Turmas N Alunos A 6A 6B 6C 6D 6E 6F 6G 6H 6I TOTAL 15 26 28 15 27 24 14 28 19 196 0 1 0 0 1 0 0 1 0 3

% 0,0% 3,8% 0,0% 0,0%

B 2 5 8 0

% 13,3% 19,2% 28,5% 0,0%

C 9 11 19 1 15 16 5 18 15

% 60,0% 42,3% 67,9% 6,6% 55,6% 66,7% 35,7% 64,2% 78,9%

D 4 9 1

% 26,7% 34,6% 3,6%

E 0 0 0 4 0 0 1 0 0 5

% 0,0% 0,0% 0,0% 26,7% 0,0% 0,0% 7,1% 3,6% 0,0% 2,5%

10 66,7% 0 3 8 5 3 0,0% 12,5% 57,1% 14,2% 15,8%

3,7% 11 40,7% 0,0% 0,0% 3,6% 0,0% 5 0 4 1 20,8% 0,0% 14,2% 5,2%

1,5% 36 18,3% 109 55,6% 43 21,9%



A mdia de negativas (D e E) de 24,4% (mdia a nvel nacional 23%); Das nove turmas que prestaram prova, cinco obtiveram uma percentagem de negativas inferior mdia a nvel nacional. As classificaes C ultrapassam os 55%. Refira-se que a turma 6 D (PCA), registou valores muito negativos, baixando significativamente as taxas de sucesso do Agrupamento. Se no contabilizssemos esta turma, o insucesso ficaria nos 18.8%, muito abaixo daquele que foi conseguido a nvel nacional. Comparando os resultados do presente ano com os resultados das provas do ano lectivo anterior (2008/09) verifica-se, efectivamente, um acrscimo na percentagem de negativas, j que passamos de um valor de 23,1% para os 24,4% de negativas deste ano. No entanto este aumento inferior ao aumento ocorrido nas percentagens de negativas a nvel nacional (20% para 23%). Percentagem de classificao obtida na prova de aferio de matemtica:12

A

B

C

D

E

2010 1,5% 18,3% 55,6% 21,9% 2,5%

As percentagens relativas s classificaes Muito Bom e Bom (A e B) registaram tambm alteraes. Apesar do nmero de classificaes A ter baixado de 7% para 1,5%, verificou-se um aumento no nmero de classificaes B (de 15% para 18,3%), tal como se pode ver no quadro em cima.



EB 2,3 FNZERES - MATEMTICANVEIS A/B C D/E Meta prevista para 2009/10 21,0% 57,0% 22% Meta verificada 2009/10 19.8% 55.6% 24.4% Desvio meta 1.2% 1.4% 2.4%13

Em termos genricos, a percentagem de alunos com classificaes A, B e C (sucesso), atinge uma taxa de 75,4 %, registando-se ainda uma taxa bastante considervel ao nvel do insucesso.

LINGUA PORTUGUESA

EB 2,3 FNZERES LNGUA PORTUGUESANVEIS A/B C D/E Meta prevista para 2009/10 30% 58% 12% Meta verificada 2009/10 19.5% 59.2% 21,9% Desvio meta 10.5% 1.2% 9.9%

Como se pode constatar, os resultados globais no presente ano lectivo, mostram um desempenho pouco conseguido. Face aos resultados obtidos e dado se afastarem bastante das expectativas dos docentes, o Departamento fez uma anlise exaustiva a estes resultados, tendo concluindo que: as turmas revelaram resultados muito menos conseguidos, com elevadas taxas de insucesso, na competncia conhecimento explcito da lngua (CEL). Este insucesso situa-se entre 25 % (6 C) e 67% (6A). Apresentando a turma de Percursos Alternativos um insucesso de 93%;Rua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]


O insucesso da turma de Percursos alternativos verificou-se tambm nas outras competncias: 54% (leitura) e 66% (escrita); Tanto na competncia da leitura como na competncia de escrita, foi o 6 G que apresentou uma taxa de insucesso mais elevada: 27%; Na competncia de leitura, o 6 C revelou 100% de sucesso e apenas 11% de insucesso na competncia de escrita; O 6 E revelou igualmente um bom desempenho, tendo apresentado 4% de insucesso na competncia de leitura e 0% de insucesso na competncia de escrita. Apesar de apresentarem taxas de insucesso ligeiramente mais elevadas nestas duas competncias, as restantes turmas tambm tiveram um desempenho satisfatrio; Foi o conhecimento explcito da lngua (CEL) que baixou significativamente os resultados globais. Este Departamento considerou ainda pertinente salientar o facto dos critrios de classificao aplicados serem mais punitivos, sobretudo na competncia CEL (situao no verificada no ano lectivo transacto), facto este que potenciou os maus resultados confirmados anteriormente. A maioria das turmas teve, em termos globais, um desempenho bastante satisfatrio nas restantes competncias, houve, inclusive, turmas que apresentaram 100% de sucesso na leitura e na escrita, porm, evidenciaram resultados pouco satisfatrios no conhecimento explcito da lngua. Pela anlise efectuada, determinou-se que a rea do conhecimento explcito da lngua ser, certamente, uma rea a privilegiar, no prximo ano lectivo.14



ABANDONO/ABSENTISMO

O Abandono e o Absentismo, no que se refere ao 1 ciclo so inexistentes (0%), indo de encontro s metas que nos propusemos, aquando da candidatura. Verificou-se, durante o 1 Perodo do presente ano lectivo, uma ausncia temporria de alunos devido aplicao do Plano de Contingncia do Agrupamento (Gripe A), porm os Encarregados de Educao, na sua maioria, procederam em conformidade com o mesmo, avisando a escola ou apresentando as devidas justificaes. Nenhum aluno ultrapassou o nmero de faltas injustificadas. No h, tambm a registar nenhum caso de abandono escolar, neste ciclo. Relativamente aos 2 e 3 ciclos, o Agrupamento fez levantamento da percentagem de alunos que se encontram em situaes de abandono e absentismo escolar, no ano presente ano lectivo. Este estudo incidiu numa amostra de 826 alunos do ensino regular, do 2 ciclo ao 3 Ciclo, e 39 alunos dos Cursos de Educao Formao (CEF). No caso de situaes de Abandono escolar a Escola apresenta uma baixa percentagem de casos no 2 Ciclo, elevando a sua concentrao nos Cursos de Educao Formao. de salientar que no ocorreram casos de abandono escolar, no 3 Ciclo.Ciclo/Curso Ano/Turma 5 Ano 2 Ciclo 6 Ano 7 Ano 3 Ciclo 8 Ano 9 Ano Operador Informtica CEF Manicure/Pedicure Empregado Comercial 215 128 139 162 17 12 10 2 0 0 0 0 4 0 10% 0% Total Alunos 182 Casos de Abandono 0 0,5% REGULAR 0,2% % 15

Do quadro apresentado pode-se perceber que, no ensino regular, as taxas de Abandono Escolar so quase nulas (0,2% - 2 / 826 casos), incidindo maioritariamente nos CEF (10% - 4 / 39 casos). As situaes de Absentismo Escolar, injustificado ou justificado, as amostras foram apuradas pelo nmero de faltas justificadas e injustificadas dadas pelos alunos. Neste estudo est a ser tomadoRua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]


em conta o nmero total de faltas que o(a) aluno(a) apresenta no decorrer de todo o ano lectivo, visto que, mesmo que seja um caso de absentismo justificado os alunos no tiveram acesso s situaes de aprendizagem das aulas em questo. O quadro abaixo reflecte a situao do Absentismo Escolar da Escola Bsica de 2 e 3 Ciclo de Fnzeres:Ciclo/Curso 2 Ciclo Ano/Turma 5 Ano 6 Ano 3 Ciclo 7 Ano 8 Ano 9 Ano CEF Operador Informtica Manicure/Pedicure Empregado Comercial Total Alunos 182 215 128 139 162 17 12 10 Casos de Absentimos 1 3 5 0 3 2 1 0 7,7% 1,9% 1% REGULAR 1,5% % 16

Perante os resultados obtidos, conclui-se mais uma vez que a percentagem de casos de Absentismo Escolar, justificado e injustificado, no ensino regular quase nula, sendo de apenas 1,5% (12 / 826 casos). Verifica-se novamente uma taxa mais elevada nos CEF, de 7,7% (3 / 39 casos). Segundo a designao estrita de Absentismo Escolar, ausncia injustificada de estudantes s sesses de aulas, a escola em questo no apresenta qualquer caso, sendo um sinal claro de um acompanhamento escolar eficaz ao longo de todo o ano lectivo.



PARTE 2 - UM OLHAR SOBRE DEZ ACESTIPOLOGIA DE ACES Grupo 1: Aces de apoio melhoria das aprendizagensGRUPOS

3 Aces17

Grupo 2: Aces de regulao do clima escolar e de gesto de percursos escolares dos alunos (preveno do abandono, insucesso ou indisciplina)

4 Aces

Grupo 3: Aces no domnio da gesto e organizao do agrupamento e/ou das escolas

2 Aces

Grupo 4: Relao escola famlias comunidade e parcerias educativas

1 Aco

ACES1.1 Modalidades diversificadas de organizao das aprendizagens e dos grupos-Turma 1.2 Parcerias pedaggicas A. Ser capaz de melhorar resultados Complemento Directo; Da palavra ao Texto (1 Ciclo) A. Assessorias (2 e 3 Ciclos) B. Contrato para o Sucesso (2 e 3 Ciclos)

GRUPO 1 Aces de apoio melhoria das aprendizagens

GRUPO 2 Aces de preveno do Abandono, Insucesso e de Regulao Disciplinar

2.1 Aces de preveno de comportamentos de risco e de regulao disciplinar 2.2 Toturias 2.3 Aces de animao socioeducativa

A. Gabinete de Psicologia B. Gabinete de Aco Social Escola de Pais A. GAAF A. Animao em Tempo de Frias

3.1 Trabalho colaborativo / articulao do trabalho pedaggico no agrupamento GRUPO 3 Aces no domnio da gesto e organizao do Agrupamento

A. Plano Interno da Matemtica

3.2 Monitorizao e avaliao do projecto TEIP

Grupo 4: Relao escola famlias

4.1- Comunidade e parcerias educativas A. Educao para os afectos (Parcerias UMAR, Semear o Amanh)



GRUPO 1 - ACES DE APOIO MELHORIA DAS APRENDIZAGENS MODALIDADES DIVERSIFICADAS DE ORGANIZAO DAS APRENDIZAGENS E DOS GRUPOS-TURMA18

SER CAPAZ DE MELHORAR RESULTADOS Interveno dirigida a alunos dos 1 e 2 anos, nas escolas do 1 Ciclo do Agrupamento. Este apoio era feito a grupos de 4 alunos com ritmos de aprendizagem diferenciada, no sentido de acompanhar os programas curriculares. Aps um perodo de observao das vrias turmas e atravs de dilogo com os professores titulares de cada turma, procedeu-se identificao de dois problemas: Aprendizagens na sala de aula, (uma vez que existia um certo nmero de alunos que apresentava dificuldades na aprendizagem e um baixo poder de concentrao e motivao nas tarefas solicitadas); Os alunos revelavam grandes lacunas no que diz respeito aos conhecimentos que deveriam ter sido adquiridos, realando-se os mecanismos da leitura e escrita que advinham do ano anterior. A interveno teve sempre na sua base o objectivo de inverter o insucesso escolar e educativo, nomeadamente no que diz respeito a adquirir/melhorar competncias nos domnios da leitura e da escrita. Sempre na tentativa no de forar os alunos mas sim de os motivar, sensibilizar para a sua importncia e cativar para a leitura e escrita. Assim, depois de reconhecidos os problemas das turmas e identificados os alunos que seriam alvo desta interveno, em contexto de sala de aula, foi elaborado um Plano de Aco que contemplava actividades e estratgias especficas. A incluso desta modalidade de articulao constituiu um dos aspectos mais inovadores da aco, uma vez que envolvia os vrios docentes que estavam ao servio do apoio pedaggico, estabelecendo o reforo de medidas de apoio educativo aos alunos, adoptando pedagogias activas e construtivistas (incluindo os grupos de nvel), exigindo a adopo de pedagogias diferenciadas e de complementos educativos. Esta metodologia instituiu uma verdadeira medida educativa visandoRua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]


a igualdade de oportunidades com grandes potencialidades na promoo do sucesso educativo para todos os alunos.

COMPLEMENTO DIRECTO19

Actividade destinada s turmas do 2. e 3 anos, desenvolvida em duas fases. A primeira teve incio a 29 de Setembro e terminou em meados de Fevereiro, aquando da interrupo lectiva do Carnaval. De salientar que esta actividades foi desenvolvida em oito pequenos grupos, envolvendo as sete turmas do 2. ano e ainda alguns alunos do 3. ano, devido s graves lacunas que apresentavam na rea de Lngua Portuguesa. Das turmas referenciadas como tendo alunos com grandes lacunas ao nvel da Lngua Portuguesa foram seleccionados inicialmente 28 alunos, formando 8 grupos, com 3/4 alunos, distribudos da seguinte forma:Escola 2 B Bela Vista 1 3 B Diana Alice Neves Mendes* Susana Filipa Vieira Teixeira* Delfim Fernando dos Santos Bento Jssica Raquel Santos Oliveira rica Isabel Neiva Santos Ana Alexandra Machado de Castro Horcio Manuel dos Santos Cardoso Hugo Rafael Sousa Oliveira Tiago Filipe Freitas Vieira Ana Patrcia Ramos Abreu Nuno Rafael Ferreira Pereira* Catarina Andreia Santos Rainho Turma Alunos Bruna Marisa Barbedo Moreira* Catarina Alexandra Leal Barros

Bela Vista 2

2 C

2 D

2 E

Sta Eullia

2 I

Diogo Manuel Ruben Cardoso Verde Bruna Filipa Gaspar Amaral

3 I

Montezelo

2/4 F

Diogo Jos Marinho de Sousa Bruna Filipa Martins CamaroRua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478

E-mail: [email protected] [email protected]

Agrupamento de Escolas de Sta. Brbara Fnzeres Relatrio de Avaliao do Projecto Educativo TEIP - 2009/2010 Ivana Pamela Gonalves Pereira Sara Sofia da Silva Almeida Andr Manuel Martins Moreira Diogo Rafael do Carmo Moura Ins Filipa Rocha Martins Filipe Jorge de Sousa Joo Paulo Teixeira Costa Leonor Guedes Pereira Rui Pedro Ferreira Santos Brito 28 Alunos

2 G

Pao

3 H

20

TOTAL*Alunos que no obtiveram sucesso

Cada uma das sesses tinha a durao de 60 minutos e acontecia duas vezes por semana. A partir de 22 de Fevereiro, esta aco alargou-se a alunos de oito das nove turmas de 3. ano, desenvolvendo-se estratgias de escrita diversificadas, possibilitando a continuidade do programa. EscolaEB1 Bela Vista 3. B EB1/JI Bela Vista 3. C

Turma

AlunosJos Fernando F. Silva Sara Cardoso Martins Paulo Miguel F. Neto Daniel Alves dos Santos David Miguel Marques Giesta Ana Daniela da Silva Ribeiro Sabrina Vieira Cardoso Nelson Gabriel Cunha Beatriz Oliveira Mota Andreia Carolina Fialho de S Daniel Fernando Santos Ribeiro Diogo Alexandre Moreira Almeida Joo Pedro Ndia Marisa Ramos Silva Telmo Filipe de Sousa Cunha Paulo Antnio Fonseca Mariana Ana Filipa Silva Faria Ana Rita Seixas e Sousa Diana Sofia da Silva Pereira Jssica Sofia Correia Marinho Sandro Igor Vale Silva Fernando Santos Cabeas Renato Alexandre Rodrigues Teixeira Ariana Andreia Monteiro Moreira Ins Soraia Silva Mendes Joo Lus Ferreira Romarigo Jorge Henrique Ferreira Primo Jssica Beatriz Sousa Leal Joo Marinho Ribeiro e Sousa

3. D

3. E

EB1/JI Montezelo EB1/JI Montezelo

3. F

3. G


Agrupamento de Escolas de Sta. Brbara Fnzeres Relatrio de Avaliao do Projecto Educativo TEIP - 2009/2010 Pedro Nuno Oliveira Tiago Martins Santos Leonor Guedes Pereira Joo Paulo Teixeira Costa Filipe Jorge de Sousa Rui Pedro F. Santos Brito Ana Beatriz da Cruz Brito Bruna Filipa Gaspar Amaral Gabriela Rocha Paixo Normando de Jesus Rabelo 40

EB1 Pao 3. H EB1 Sta Eullia

21

3. I

TOTAL

Dado o sucesso que a aplicao do programa estava a registar, e face s necessidades prementes da turma D do 5 Ano, integraram-se mais quatro alunos desta turma. Dos 72 alunos que frequentaram as actividades desenvolvidas no Complemento Directo, 7 (sete) no obtiveram sucesso escolar, representando 9,7% do total dos alunos. Considera-se que esta aco tem vindo a ser uma aposta e que todos os reajustamentos que tem vindo a ser alvo, tm constitudo uma mais-valia, tornando-se cada vez mais frutuosa, atendendo a que os apoios efectuados, no seu mbito, se tm revelado a expresso mxima de uma pedagogia diferenciada e que tm vindo a dar resposta s diferenas. Tratando-se de actividades que so planeadas, realizadas e avaliadas em dilogo, envolvendo os Pais e Encarregados de Educao e alunos, elaboraram-se inquritos que foram aplicados aos mesmos, concluindo-se que: Todos os professores consideram o projecto positivo e que o mesmo melhora o aproveitamento dos alunos a vrios nveis (grfico 1).



Os Encarregados de Educao avaliaram o positivamente o projecto, referindo que os seus educandos se mostraram mais motivados, interessados e participativos (Grficos 2 e 3).22

Grfico 2 Grfico 3



DA PALAVRA AO TEXTO

Esta aco pretende apostar no desenvolvimento lingustico dos alunos do 1 ano, com a aplicao de uma metodologia de motivao para a iniciao leitura e escrita. No presente ano lectivo, a actividade da Palavra ao Texto foi dinamizada em seis turmas do 1. ano. Refira-se que apenas uma turma iniciou esta actividade em Outubro e as restantes cinco, em Janeiro. A razo da existncia de tempos distintos prendeu-se com a preparao dos docentes que necessitaram de formao (interna) para a aplicao do programa. Esta actividade denominada foi estruturada de acordo com as especificidades e percursos prprios, quer da rea de aprendizagem, quer do ano de escolaridade a implementar (1 Ano). Subjaz a esta actividade, por um lado, a inteno de conceber estratgias que concorram para uma viso estruturada da integrao de saberes que se articulam para desenvolver competncias especficas e competncias transversais, apontando para uma prtica educativa que promova situaes de aprendizagem activas, significativas, diversificadas, integradoras e com carcter socializadoras. E, no menos importante, a resposta a preocupaes dos docentes deste Agrupamento que revem na Lngua materna, principalmente na sua forma escrita, um instrumento primordial para o desenvolvimento cognitivo dos nossos alunos. importante salientar que os nossos alunos possuem poucos vivncias culturais relevantes e como tal a necessidade de viajar com e atravs dos livros numa procura incessante de (re) construo de sonhos (de alunos e professores) e realidades que suportem um conhecimento (re) vivencial. Esta actividade apresentou pistas para o enriquecimento do quotidiano pedaggico numa perspectiva da promoo de prticas inovadoras, sustentadas em suportes tericos actualizados que suscitaram a reflexo a partir da prtica, permitindo aos professores o questionamento permanente, a reavaliao de estratgias, a cooperao e alimentando a vontade de ir sempre mais longe. Em relao rea disciplinar de Lngua Portuguesa, implement-la como um espao privilegiado para desenvolver competncias de compreenso e de expresso considerando a sua faceta oral e escrita, assim como a sua dimenso ldica e esttica. Postulamos que pelo convvio com a palavraRua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]

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escrita, progressivamente, a criana ter possibilidade de se apropriar de um lxico cada vez mais vasto, aceder a vises mais complexas do Mundo, aprender a reflectir e a utilizar correctamente a lngua em que pensa e fala. Esta actividade exigiu a interveno dos docentes do 1 Ano, o grupo de Apoio Educativo e em particular a docente colocada ao abrigo do contrato programa TEIP, tendo como objectivo primordial a implementao de estratgias que ajudassem os alunos a desenvolver a compreenso do acto de ler e da riqueza que a capacidade de ler acrescenta s suas vidas e no acto de escrever um instrumento de organizao do pensamento e de apropriao da nossa lngua que estimula o raciocnio e desenvolve a personalidade. Os objectivos Ouvir ler livros integrais; Contactar com a palavra escrita; Contactar com as normas implcitas na escrita; Desenvolver o prazer da leitura e da escrita. As expectativas Manifestao de agrado por parte dos alunos em relao aos livros; Criar hbitos de escrita como forma de comunicao formal. A periodicidade e o pblico-alvo - A actividade foi desenvolvida numa primeira fase (entre Outubro e Dezembro) numa turma de 1 ano (Montezelo 23 alunos) duas horas, uma vez por semana (4 feira). Nesses momentos, a actividade era desenvolvida pela docente titular de turma e coadjuvada por duas docentes de Apoio educativo que ajudavam os alunos individualmente a organizar as histrias que escreviam com a ajuda das mesmas. Nesta fase privilegiou-se a leitura de histrias. A partir do 2 perodo, a actividade foi implementada nas seis turmas do Agrupamento (24 alunos em Alvarinha, 15 alunos em BV1, 40 alunos BV2, 23 alunos em Montezelo, 22 alunos em Santa Eullia), perfazendo um total de 124 alunos. Os textos utilizados foram diversificados: narrativos, poesia, contos, receitas, fbulas, lengalengas. A avaliao - No final do 1 perodo, o grupo reuniu e avaliou a actividade desenvolvida. 1 - Considerou que a presena de trs professores na sala de aula era contraproducente; 2 - Considerou que uma histria por semana cansava os alunos. (a histria era trabalhada pela professora durante a semana e s na 4 feira que havia lugar escrita baseada na histria). As actividades relacionadas pelos livros eram muito parecidas, havendo pouca diversidade tanto de estratgias como de tipos de texto;Rua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]

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3 Foi considerado pelo grupo que os alunos mostravam uma curiosidade pela actividade e que aderiam muito bem a este jogo de palavras; 4 Os alunos reconheciam aquele espao como de escrita e que o professor era aceite como mediador neste processo;25

5 - O grupo decidiu que a partir do 2 perodo a actividade reformulada: seria alargada a todos os 1s anos do Agrupamento; proporcionaria aos alunos o contacto com os vrios tipos de texto; todos os professores de apoio educativo estariam envolvidos na actividade. Em relao avaliao da actividade, optmos por trs procedimentos. No que concerne aos professores titulares preencheram um questionrio onde se constata que a totalidade considera a iniciativa muito vlida apontando 3 factores que contribuem para o mesmo: a diversidade de estratgias; a coadjuvao por outro colega e a receptividade e desenvolvimento que observaram nos seus alunos. Da anlise s auto-avaliao dos alunos das suas prestaes semanais, pode-se depreender que gostaram da maioria das actividades desenvolvidas e que apontaram claramente quais as dificuldades que sentiram na resoluo de algumas propostas. Atravs da anlise comparativa realizada entre os trabalhos escritos ocorridos nas primeiras semanas e os da parte final da actividade, foi possvel verificar: O aperfeioamento da grafia dos alunos; A progressiva extenso do texto escrito; Melhoria acentuada na parte grfica (respeito pelas margens, organizao e ilustrao) Utilizao de um lxico mais rico e mais variado. O objectivo essencial foi proporcionar de forma precoce a alunos do 1 ano o contacto com a escrita e a destreza necessria aplicao do grafismo.



REAJUSTAMENTOS Complemento Directo Inicialmente, uma aco prevista para intervir juntos de alunos de 1 e 2 anos, alargou-se para os alunos de 3 ano, dadas as dificuldades apresentadas pelos alunos e solicitao dos professores titulares das referidas turmas.26

Este reajustamento verificou-se porque havia necessidade de: Dar resposta educativa aos alunos que integravam o 3 ano e exigiam um acompanhamento personalizado; Rentabilizar os recursos os humanos existentes Ir ao encontro de uma nova dinmica criadas entre o professor colocado especificamente para a dinamizao desta actividade e os que tinham a seu cargo os Apoios Educativos. Foi graas a um trabalho de articulao existente que se criaram dois espaos que visavam a interveno especializada - Actividades de Desenvolvimento Curricular (ADC) para o 1 Ciclo e Ajudar a estudar compensa, dirigido ao 2 Ciclo.


Agrupamento de Escolas de Sta. Brbara Fnzeres Relatrio de Avaliao do Projecto Educativo TEIP - 2009/2010 PARCERIAS PEDAGGICAS

A.ASSESSORIASLNGUA PORTUGUESA

A Assessoria Pedaggica nas disciplinas de Portugus e Matemtica pretendeu optimizar e rentabilizar o tempo de trabalho alunos e professores professor, disponibilizando-se mais um docente, dentro da sala de aula, possibilitando um apoio individualizado aos alunos que revelassem ritmos de aprendizagem distintos. Com incio na primeira semana de Fevereiro, segundo perodo, foram distribudas 12 horas/semana, por cada uma das disciplinas. Para se proceder a uma distribuio eficaz desta carga lectiva, fez-se a anlise dos resultados percentuais de avaliao do 1 perodo, permitindo identificar os anos e as turmas que estariam a necessitar de interveno. Assim, a Portugus registavam-se as seguintes taxas de insucesso:

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ANO LECTIVO 2009/10 1 Perodo Anos de Escolaridade INSUCESSO 5 16% 6 12% 7 20% 8 24% 9 34%

De seguida, procedeu-se ao levantamento das turmas com maior ndice de insucesso dentro de cada ano. Assim, as turmas que beneficiaram da assessoria, no segundo perodo foram: 5G, 6G, 7B, 8D, 9A, 9B, 9D, 9E e 9F. No terceiro perodo, as turmas intervencionadas foram: 6G, 7B, 8D e todos os 9 anos. As turmas 5G, 7B, 8D, 9B, 9D, 9E (as duas ltimas, s no terceiro perodo), usufruram de um bloco de noventa minutos e as restantes turmas uma aula de quarenta e cinco minutos.



O horrio e a carga horria definidos para cada turma foram mudando de acordo com a necessidade dos alunos. Desta forma, as assessorias foram distribudas:

Tempos 08.30-09.15 09.15-10.00 10.15-11.00 11.00-11.45 11.55-12.40 12.40-13.25 13.35-14.20 14.20-15.05 15.15-16.00 16.00-16.45 17.00-17.45 17.45-18.30

Segunda 7B 7B 9B 9B 9D

S B23 B23 C23 C23 B13

Quarta

S

Quinta

S28

6G 9E 5G 5G 9A 9F B13 B13 B11 E1 8D 8D

B21 C24

B26 B26



Resultados da avaliao internaAnlise comparativa - Turmas que usufruram da assessoria a Lngua Portuguesa Resultados29

Sem assessoriaTurmas 7B 8D 9 A 9 B 9 C 9D 9E 9 F

Com assessoria

Insucesso 1 perodo 41% 48% 32% 35% No usufruiu de assessoria 0% 43% 47% 35%

Insucesso 2 Perodo 33% 27% 21% 30% No usufruiu de assessoria 7% 50% 42% 15%

Insucesso 3 perodo 22,2% 27,2% 10,5% 10,5% 6,2% 25% 16,7% 0%

A anlise dos dados registados no quadro precedente permite concluir que as turmas do 7 B e do 8 D registaram uma melhoria de resultados, porm a turma do 8D manteve a taxa de insucesso apresentada no 2 perodo. Quanto s turmas de 9 ano todas evidenciaram uma melhoria significativa dos seus resultados. O 9 A melhorou os seus resultados em 10,5 pontos percentuais; o 9 B melhorou em 19,5 pontos percentuais; o 9 C (que usufruiu de assessorias no 3 perodo) registou 0,8 pontos percentuais de melhoria; o 9 D melhorou 25 pontos percentuais; o 9 E registou uma melhoria de 25,3 pontos percentuais; finalmente, o 9 F reduziu para um valor nulo a sua taxa de insucesso (0%). Com efeito, a medida revelou-se eficaz e contribuiu para uma melhoria global do rendimento das turmas implicadas.



MATEMTICAAs aulas de com assessoria a Matemtica (12H/Semana) iniciaram no dia 3 de Fevereiro, obedecendo seguinte distribuio:

30

Tempos 08.30-09.15 09.15-10.00 10.15-11.00 11.00-11.45 11.55-12.40 12.40-13.25 13.35-14.20 14.20-15.05 15.15-16.00 16.00-16.45 17.00-17.45 17.45-18.30

Segunda

Tera

Quarta

Quinta

Sexta 8C 9A 9D

9C

8B 8F 8E

8D 8A 9B 9F

8E 8D

9E

De acordo com o Plano Curricular do Agrupamento, a rea curricular no disciplinar rea de Projecto foi atribuda a Matemtica, nas turmas do 9 ano. Assim, foi nesta disciplina que a Assessoria a Matemtica foi implementada. No 8 ano, dadas as lacunas existentes e evidenciadas pelas turmas, a assessoria a Matemtica foi implementada em Estudo Acompanhado. Nestes casos, a existncia de dois professores em sala proporcionou uma ajuda mais consistente. As turmas que beneficiaram deste procedimento foram: 8A, 8B e 8E. O horrio definido para cada turma assim como a carga horria foram reajustados no incio do 3 perodo, de acordo com a necessidade dos alunos e resultados obtidos.



Resultados da avaliao internaAnlise comparativa - Turmas que usufruram da assessoria a Matemtica

Resultados

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Sem assessoriaTurmas Insucesso 1 perodo

Com assessoriaInsucesso 2 Perodo Insucesso 3 perodo

8A 8B 8C 8D 8E 8F 9A 9B 9C 9D 9E 9F

31% 23% 43% 52% 65% 11% 37% 55% 39% 70% 63% 31%

31% 17% 33% 45% 44% 32% 58% 60% 28% 50% 42% 62%

35% 17% 33% 36% 50% 21% 16% 60% 28% 45% 37% 35%

Da tabela anteriormente apresentada, as turmas que revelaram manter ou melhorar os seus resultados, relativamente a Matemtica, do 2 Perodo para o 3Perodo, foram 8B, 8C, 8D, 8F, 9A, 9C, 9D, 9E e 9F. O quadro seguinte refere as percentagens de negativas, para cada um desses anos de escolaridade, em 2009/2010:


Agrupamento de Escolas de Sta. Brbara Fnzeres Relatrio de Avaliao do Projecto Educativo TEIP - 2009/2010 Ano de escolaridade 8 9 1 P 36% 49% % de Negativas 2009/2010 2 P 33% 51% 3 P 32% 37%32

Da observao do quadro anterior, constata-se que no 3 perodo, registou-se uma melhoria significativa relativamente aos resultados registados nos perodos anteriores, especialmente no 9 ano. Refira-se ainda que as percentagens registadas no 8 ano, nos trs perodos, so mais uniformes do que as observadas nos demais anos.

Balano Final das AssessoriasAs assessorias a Lngua Portuguesa e Matemtica revelaram-se uma mais-valia face ao recurso codocncia. Esta parceria pedaggica permitiu aos alunos, sobretudo queles que revelaram mais dificuldades, esclarecer dvidas, solicitar um apoio mais individualizado e orientado, aquando da execuo de determinadas tarefas. Os alunos foram, desde o incio, receptivos assessoria e no se inibiram em solicitar a ajuda da professora assessora, j que rapidamente perceberam que o seu papel, na sala de aula, era prestar auxlio na aprendizagem. De facto, os alunos que realmente manifestaram preocupao e interesse em melhorar os resultados, aproveitaram a assessoria. Todavia, quanto aos alunos que demonstraram falta de interesse pela aprendizagem, embora tivessem melhorado o comportamento e postura na sala de aula, a nvel de resultados no surtiu grande efeito. O comportamento e postura dentro da sala de aula melhoraram, na maior parte das turmas intervencionadas, pois com dois professores em sala de aula, foi mais fcil obter um controlo comportamental da turma. Em suma, todos beneficiaram: os alunos que revelaram mais dificuldades porque puderam, ao seu ritmo, resolver com auxlio e orientao os exerccios propostos; a restante turma, visto que conseguiu estar mais concentrada, empenhada e at motivada, devido diminuio de interrupes; o professor titular, na medida em que pde leccionar os contedos sentindo-se apoiado, proporcionando aulas mais activas e interventivas. As aulas tornaram-se, assim, mais rentveis e produtivas.Rua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]


Anexa-se, o testemunho relatado por alguns professores que beneficiaram do acompanhamento da Assessora, nas suas aulas:

Turma: 9 A - Professor titular: Isabel Abreu "A assessoria teve incio no dia 12 de Fevereiro. As assessorias que se realizaram foram proveitosas, atendendo a que os alunos tiveram oportunidade de esclarecer as dvidas mais rapidamente, bem como serem orientados na resoluo dos exerccios propostos. A turma do 9 A na hora de assessoria, trabalha em grupo e resolve exerccios de aplicao dos contedos para sistematizao e consolidao, por serem alunos que em casa dificilmente estudam e realizam as tarefas propostas". Turma: 9 B - Professor titular: Josefina Fontes Todas as actividades desenvolvidas durante as assessorias foram sempre programadas por mim (professora da turma) e pela professora titular das assessorias. Turma: 8A - Professor titular: Rui Magalhes Nesta turma as assessorias foram prestadas em Estudo Acompanhado, mostraram-se um bom reforo, no sentido de os alunos terem mais algum tempo de prtica com um professor da disciplina. As actividades a desenvolver com os alunos foram sempre previamente combinadas com os alunos, com a assessora e com a professora titular de Estudo Acompanhado.

33



CONTRATO PARA O SUCESSO

Esta aco integra-se no conjunto das aces do reforo promoo do sucesso educativo, dirigindo-se aos alunos dos 2 e 3 ciclos cuja situao escolar e/ou educativa se revelasse fragilizada, colocando em causa o seu xito escolar. Esta aco tinha como objectivos especficos:34

Realizar um contrato individual e familiar com todos os alunos que se encontrarem em situao de insucesso escolar/educativo; Controlar mltiplas variveis (Exemplo: o absentismo escolar, a desmotivao, a falta de materiais pedaggicos, a insero nas actividades escolares, a monitorizao familiar, o sucesso escolar, as participaes disciplinares, etc.); Apoiar os alunos em risco de abandono/absentismo escolar atravs dos Recursos Humanos existentes (Tutor, Assistente Social, Psicloga, Animadoras), procurando processos de motivao para a realizao escolar; Apoiar a clarificao do projecto de vida a alunos desmotivados (encaminhamentos); Responsabilizar as famlias para o sucesso do percurso escolar dos seus educandos, criando condies de estabilidade scio-familiar. Como metas, foram estabelecidas as seguintes: 1 - Criar contratos para o sucesso com alunos (e suas famlias) cuja situao escolar/educativa seja considerada de risco. 2 Monitorizar, em cada perodo, os alunos quanto s variveis: faltas, sucesso escolar, integrao na turma, trabalho na comunidade escolar, medidas disciplinares. 3 Criar diplomas de mrito e prmios compensatrios aos alunos que melhor cumpram os objectivos e as tarefas do contrato.



Para o sucesso desta aco, foi decisivo o empenho dos Directores de Turma, o papel e a colaborao das Tcnicas dos Servios de Psicologia e Aco Social, assim como a cooperao dos Encarregados de Educao e dos alunos. Assim, foram celebrados 56 (cinquenta e seis) contratos, a saber:35

ANO/TURMA

N Alunos

Avaliao Qualitativa

Avaliao quantitativa

5B

4

Apostar na continuidade

4 Sucesso

5C

1

Melhorias significativas. Pouco empenho EE

1 Sucesso

5D

4

Evoluo positiva

4 Sucesso

5E

1


1 Sucesso

5F

1

Evoluo positiva

1 Sucesso

5G

5

Apesar de 2 no melhorarem, aposta na continuidade do CS

3 Sucesso 2 Insucesso

1 Sucesso 5H 5 Melhorias significativas 4 Sucesso relativo

4 Sucesso 6A 6 Melhorias significativas 2 Insucesso

6B

6

Aposta na continuidade dos mesmos

6 Sucesso

6D

3

O insucesso prende-se com a pouca colaborao do aluno e EE




6G

1

Este sucesso considerado mais ao nvel educativo do que escolar

1 Sucesso Relativo

6H

2

Melhorias significativas

2 Sucesso36

2 Sucesso 6I 3 Apostar na continuidade 1 Insucesso

7A

1

Melhorias significativas

1 Sucesso

7C

1

No acredita no efeito do CS, mas na aco do DT

1 Sucesso

7D

1

Cessado por incumprimento do Aluno e EE Apostar na continuidade 1 Sucesso

8D

1

1 Sucesso 8E 2 Reconhece vantagens na aplicao do CS 1 Insucesso

8F

1


1 Sucesso

9A

1 Reconhece vantagens na aplicao do CS

1 Sucesso


9B

2

2 Sucesso 9E 3 Houve melhorias significativas 1 Insucesso

9F

1

Acredita na colaborao dos diferentes intervenientes do CS

1 Sucesso

TOTAL

56Rua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]


Dos 56 Contratos efectuados, 41 obtiveram sucesso (73.3%); 5 tiveram sucesso relativo (8.9%); 1 (um) cessou (1.7%) por incumprimento do Encarregado de Educao e do aluno e 9 no atingiram o sucesso pretendido (16%).37

Todos os intervenientes desta aco consideraram-na de grande importncia para a tomada de conscincia das implicaes e responsabilidades que o percurso educativo de cada aluno encerra. Neste ponto, refira-se que numa aco de interveno da IGE Programa 1 Gesto Curricular e Integrao de alunos na Educao Pr-Escolar e no Ensino Bsico no seu Relatrio Sntese, no ponto Outros aspectos que merecem referncia, mencionam A criao, por parte da Escola, do Contrato para o Sucesso, como uma estratgia de promoo para o sucesso, destinado quer a alunos em risco de reteno, quer a alunos com sucesso escolar. Esta equipa apercebeu-se da importncia deste contrato no que ele poder trazer de benfico no s ao sucesso escolar, mas tambm ao sucesso educativo.



GRUPO 2: ACES DE REGULAO DO CLIMA ESCOLAR E DE GESTO DE PERCURSOS ESCOLARES DOS ALUNOS 2.1 ACES DE PREVENO DE COMPORTAMENTOS DE RISCO E DE REGULAO DISCIPLINAR38

GABINETE DE PSICOLOGIA

Ao longo deste ano lectivo e em todo o Agrupamento foram atendidos, em consulta psicolgica individual, 123 alunos: E.B. 2,3 de Fnzeres 2 Ciclo 3 Ciclo1 a 5 Sesses Mais de 5 Sesses Total 30 20 50 22 9 31

Total52 29 81 alunos

Estabelecimento de Ensino 1 a 5 Sesses Mais de 5 Sesses 1 CicloEB1 de Montezelo EB1 da Bela Vista 1 EB1 da Bela Vista 2 EB1 do Pao EB1 Santa Eullia EB1 Alvarinha Total 13 1 12 2 1 5 34 0 0 0 0 0 0 0

Total 13 1 12 2 1 5 34 alunos

Estabelecimento de Ensino Jardim de Infncia JI de Montezelo JI da Bela Vista 2 JI Santa Eullia JI St Brbara Total

1 a 5 Sesses 3 1 2 2 8

Mais de 5 Sesses 0 0 0 0 0

Total 3 1 2 2 8 alunos



Analisando os quadros acima, constata-se que o maior n de atendimentos foi realizado na Escola EB 2,3 e no 2 ciclo registando ainda maior ndice de atendimento de 1 a 5 sesses. De acordo com a experincia deste Gabinete pode-se deduzir que o elevado n de atendimentos neste estabelecimento de ensino e neste ciclo deve-se ao facto de estarmos perante um grupo de alunos que se encontra numa fase de desenvolvimento considerada bastante complicada. Estamos face a uma das maiores tarefas desenvolvimentais, coincidentes com uma das maiores transies na vida de um aluno a transio entre o 1 e o 2 ciclo. um perodo que implica grandes mudanas e alteraes na rotina e hbitos dos alunos, que nem sempre so vividos de uma forma estvel e adequada. Assim sendo, surgem problemas nos alunos que implicam uma interveno especializada no mbito da Psicologia. Problemticas associadas/ identificadas39

Escola E.B. 2,3 de FnzeresProblemticas Dificuldades de aprendizagem Dificuldades de integrao social Problemas de relacionamento interpessoal Problemas / Alteraes emocionais Problemas de comportamento / Indisciplina Hiperactividade Ansiedade Luto Problemas familiares Orientao vocacional Assiduidade / Pontualidade Total 2 Ciclo 10 4 5 5 8 3 5 1 6 0 3 50 3 Ciclo 5 0 7 4 1 1 0 1 7 3 2 31 Total 15 4 12 9 9 4 5 2 13 3 5 81 Alunos

1 CICLO Problemticas Dificuldades Aprendizagem Relacionamento interpessoal Alteraes emocionais Problemas de comportamento Hiperactividade EB1 Montezelo 4 1 3 1 0 EB1 Bela Vista1 0 0 0 0 0 EB1 Bela Vista2 6 0 2 1 0 EB1 Pao 1 0 0 0 0 EB1 St Eullia 1 0 0 0 0 EB1 Alvarinha 2 0 1 0 2 Total 14 1 6 2 2



Ansiedade Problemas familiares Total

2 2 13

0 1 1

0 3 12

1 0 2

0 0 1

0 0 5

3 6 34 alunos40

Problemticas

JI Montezelo

JI Bela Vista 2

JI St Eullia 0 2

JI St Brbara 0 2

Total

Problemas de desenvolvimento Problemas / Alteraes de comportamento Total

2 1

1 0

3 5

3

1

2

2

8 alunos

De todas as problemticas evidenciadas, as que mais se salientam so as dificuldades de aprendizagem, problemas familiares e problemas de relacionamento interpessoal. As dificuldades de aprendizagem so bastante evidentes no 1 ciclo visto estarmos perante uma fase de iniciao escolaridade, nomeadamente leitura e escrita. um perodo bastante conturbado para alguns alunos, j que requer a existncia de determinadas competncias que nem todos as possuem. Por outro lado, uma fase que implica um ensino bastante diferenciado e personalizado que nem todos os docentes o conseguem fazer da forma mais eficaz. No 2 ciclo, as dificuldades evidenciadas pelos alunos advm da prpria transio de ciclo que por si s extremamente complicada, implicando grandes mudanas (mudana de estabelecimento de ensino, monodocncia para pluridocncia, alteraes nos mtodos e estratgias de ensino; alteraes nos hbitos e rotinas dos alunos; maior complexidade do ensino). O Gabinete de Psicologia tem tentado minimizar e ultrapassar estas dificuldades com a sua interveno. Para alm do trabalho especializado e individual com alguns alunos (atendimentos com mais de 5 sesses), tem procedido ao seu encaminhamento para servios especializados no sentido de promover algumas competncias e melhorar os seus desempenhos acadmicos (atendimentos de 1 a 5 sesses). Tem tambm realizado um trabalho bastante estreito com todos os professores responsveis no sentido de adequar as suas metodologias e estratgias s



necessidades e capacidades dos alunos, delineando de uma forma mais eficaz os seus planos educativos. No que concerne problemtica em torno do seio familiar, mais evidente no 2 e 3 ciclos, a populao envolvida caracteriza-se por grande instabilidade e desestruturao, pautada por elevados dfices ao nvel das competncias parentais e prticas educativas. Assim sendo, aliada idade dos alunos envolvidos (mais evidente no 3 ciclo), nota-se um crescente conflito entre pais e filhos. O Gabinete de Psicologia tem tambm feito intervenes nesta rea, quer de uma forma directa sobre o sistema familiar, quer em termos de consultadoria. Nesta rea salienta-se o trabalho em grande colaborao com a Assistente Social do Agrupamento e os servios externos escola, nomeadamente a CPCJ de Gondomar. Quanto s dificuldades de relacionamento demonstradas por alguns alunos, mais no 2 e 3 ciclos, parecem estar relacionadas com a idade da populao envolvida, uma vez que a grande maioria encontra-se na fase inicial da adolescncia. Este perodo pautado por grandes alteraes fsicas, psicolgicas e sociais, em que o confronto com determinadas tarefas desenvolvimentais prprias da Adolescncia inevitvel, surgindo assim algumas dificuldades e problemas ao longo desta fase. Assim sendo, os conflitos entre pares e o isolamento social so alguns sintomas revelados pelos nossos alunos, necessitando, muitas das vezes, da interveno do Gabinete. O papel da psicloga foi o de apoiar os jovens e elementos significativos dos seus contextos de vida a vivenciar de forma o mais positivo e construtivo possvel todas estas problemticas. Atendimento/Consultadoria com Pais (Encarregados Educao / Professores e Educadores Os atendimentos e contactos com Encarregados de Educao, Professores dos diferentes ciclos e Educadores foram uma constante ao longo deste ano lectivo. Foram realizados, em todo o Agrupamento, cerca de 63 atendimentos directos e individuais a pais, encarregados de educao e outros significativos, para alm de todos os contactos telefnicos realizados com os mesmos e com outros. A interveno realizada junto destes passou pela promoo de atitudes e competncias no sentido de os tornar mais capazes para lidar eficazmente com os problemas das crianas e jovens. Assim, nestes casos, o alvo directo da interveno psicolgica passou a ser, em vez da criana ou jovem a quem se refere o problema, o adulto que junto dele tem especiais responsabilidades educativas.41



Atendimento / Consultoria com Pais e Encarregados EducaoEscola E.B. 2,3 de Fnzeres 2 Ciclo 3 Ciclo 20 14 2 4 22 18

1 a 5 Sesses Mais de 5 Sesses Total

Total 34 6 40 Pais e Enc.Educ.

42

Estabelecimento de Ensino Jardim de Infncia JI de Montezelo JI da Bela Vista 2 JI Santa Eullia JI St Brbara Total

1 a 5 Sesses 2 1 2 1 6

Mais de 5 Sesses 0 0 0 0 0

Total 2 1 2 1 6 Pais e Enc.Educ.



GABINETE DE ACO SOCIAL

Ao longo do presente ano, foi propsito deste Gabinete: Identificar e diagnosticar problemas sociais que afectam os alunos e respectivas famlias; Promover o acompanhamento social s crianas e jovens e respectivas famlias quer em ambiente escolar quer em ambiente scio familiar; Definir estratgias e metodologias de interveno a desenvolver com os alunos em risco de excluso social e escolar e suas respectivas famlias; Aproximar os pais/ encarregados de educao das dinmicas escolares, atravs de estratgias que permitam uma valorizao da escola junto destes; Promover uma efectiva participao dos pais/ encarregados de educao no trajecto escolar dos seus educandos; Articular com os Directores de Turma estratgias de actuao de acordo com as necessidades identificadas; Colaborar nas medidas definidas nos Contratos para o Sucesso dos alunos; Desenvolvimento de estratgias que contriburam para a promoo do sucesso educativo, contrariando factores de risco, nomeadamente o absentismo, abandono e indisciplina escolar. Identificar necessidades e problemas sociais dos alunos e respectivas famlias encaminhando para os servios cujo o seu campo de aco d resposta aos problemas diagnosticados, nomeadamente, para as equipas de RSI, servio de Aco Social de Gondomar, Centro de Sade, etc,. Articular com outras instituies parceiras (CPCJ, EMAT, Segurana Social, Servios de Sade, IPSS`S, Equipas de RSI, Autarquias, etc,) atravs do contacto permanente com os tcnicos; Participar nas actividades promovidas pela Comisso Social de Freguesia de Fnzeres Desempenhar o papel de mediao entre a famlia e as instituies parceiras atravs da promoo de reunies na escola; Realizar visitas domicilirias com os professores tutores ou com os tcnicos das instituies intervenientes no sentido de melhor diagnosticar a situao/problema da famlia;43



Dinamizar a aco sobre educao parental Educar Hoje destinada a pais/encarregados de educao, com o objectivo de melhorar prticas educativas; Colaborar com a comunidade educativa do Agrupamento (Psicloga, Professores, Mediador Educativo, Professores Tutores, Directores de Turma, Funcionrios, Animadoras ScioCulturais);

44

Aces Desenvolvidas no ano lectivo 2009/10Alunos acompanhados pelo Servio Social Alunos Sinalizados no presente ano lectivo Alunos acompanhados em parceria com a CPCJ Alunos acompanhados em parceria com a EMAT Alunos acompanhados pela DGRS Contratos para o Sucesso Reunies efectuadas com Instituies Visitas Domicilirias

Total133 67 17 26 2 18 35 14

Encaminhamentos efectuados por reas de interveno socialENCAMINHAMENTOS Equipas de RSI Aco Social Alterao de Escalo de Abono Apoio Jurdico Regulao Poder Paternal Sade Gabinete de Insero Profissional de Fnzeres e S. Pedro da Cova Psicologia Apoio do Servio Social Sinalizaes CPCJ N Total de Encaminhamentos N TOTAL 39 9 9 5 18 4 15 65 8 172

No decorrer do ano lectivo, verificaram-se diversos pedidos de acompanhamento s famlias dos alunos, devido sobretudo, s dificuldades econmicas sentidas, que colocavam em causa na maioria dos casos, a aquisio de material escolar, alimentao, e o pagamento das mensalidades no Jardim de Infncia. No sentido de colmatar estas situaes de carncia foram realizados diversos encaminhamentos para as equipas locais de RSI (ANS Associao Nuno Silveira -IPSS e Santa Casa da Misericrdia) e para servio de Aco Social da Segurana Social de Gondomar.Rua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]


De acordo com os encaminhamentos efectuados, destaca-se tambm, a articulao deste servio com o Centro de Sade de Fnzeres, visto que se registaram vrios pedidos de consultas mdicas (clnica geral e especializadas Pedopsiquiatria), aos quais existiu sempre uma boa colaborao desta instituio. Alunos acompanhados por cicloCiclos Alunos Acompanhados JI 13 1 Ciclo 41 2 Ciclo 42 3Ciclo 37 Total 13345

Alunos acompanhados por estabelecimento de ensino

Estabelecimento de Ensino N Alunos N de Alunos Sinalizados 2009/10EB 2 / 3 EB 1 Bela Vista n 2 EB 1 Bela Vista n 1 EB 1 Montezelo EB 1 Alvarinha EB 1 Santa Eullia EB 1 Pao J.I Bela Vista n 2 J.I Santa Barbara J.I Santa Eullia J.I Montezelo Total 79 20 2 7 2 5 5 3 4 2 4 133 42 6 1 3 1 3 3 3 2 1 2 67

No presente ano lectivo, foram alvo de interveno do Servio Social cerca de 133 alunos e respectivas famlias. A EB 2/3 foi a escola onde se verificou um maior nmero de acompanhamentos (79 alunos) seguida da EB 1 da Bela Vista n 2 (20 alunos). Realizando uma avaliao por ciclos verifica-se que os alunos do 2 ciclo foram os que mais intervenes obtiveram, bem como os de 1 ciclo. Por outro lado, constatou-se um menor nmero de sinalizaes nas escolas do 1 ciclo da Bela Vista n 1; Alvarinha e no Jardim de Infncia de Santa Eullia.



Atendimentos/ Acompanhamento aos alunos - famlias N de intervenes JI CiclosAcompanhamento de alunos (1 a 5 atendimentos) Acompanhamento de alunos (mais de 5 atendimentos) Acompanhamento de Pais/E.E (1 a 5 atendimentos) Acompanhamento de Pais/E.E (mais de 5 atendimentos) 13 ---9 4 40 1 28 13 24 18 23 19 22 15 24 13 99 34 84 4946

Total

1 Ciclo

2 Ciclo

3 Ciclo

Problemticas sinalizadas ao Servio SocialProblemticas Sinalizadas Carncia Econmica Comportamentos Desajustados (indisciplina, agressividade) Comportamentos desviantes Ausncia de Acomp. Familiar Problemas de Sade

Absentismo

N alunos

42

24

12

9

40

17

Conforme a anlise do quadro a problemtica que mais se acentua nas famlias dos alunos sinalizados a carncia econmica. Na maioria dos agregados familiares, os progenitores encontram-se desempregados ou auferem baixos salrios, sendo que cerca de 77 famlias so beneficirias da prestao do Rendimento Social de Insero. A ausncia de acompanhamento familiar que se traduz no pouco envolvimento dos pais/encarregados de educao na vida escolar dos filhos foi, tambm, um dos sinais mais identificados pelos professores e que colocavam em causa o sucesso educativo do menor.



Alunos acompanhados pela CPCJ em parceria com o Servio SocialProblemticaN Alunos acompanhados N Alunos sinalizados 2009/10

Violncia Domstica4

Maus tratos Fsicos5

Maus tratos psicolgicos2

Abandono escolar3

Negligncia

Comportamentos desviantes2

N Total de Alunos21 47

5

1

1

---

4

2

---

8

No presente ano lectivo foram sinalizadas CPCJ oito novos casos de alunos em situao de risco. As sinalizaes ocorreram durante o 2 e 3 Perodo. Atravs da anlise do quadro, verifica-se um maior nmero de sinalizaes (quatro) devido a abandono e absentismo escolar. Destas situaes, trs alunos que frequentavam a EB 2/3 (um aluno frequentava o 6 ano e os outros dois frequentavam Cursos de Educao Formao) registaram abandono escolar e um caso de que frequentava o 1 ano na EB 1 do Pao registou absentismo (continuado). Importa referir que outros alunos foram acompanhados durante o presente ano, mas devido ao encerramento do processo (por incumprimento ou por falta de consentimento de interveno) na CPCJ, foram acompanhados pela EMAT de Gondomar, nomeadamente, uma das sinalizaes por abandono escolar. Alunos acompanhados pela EMAT em parceria com o Servio SocialViolncia Domstica 4 Maus tratos Fsicos 1 Abandono escolar 3 Absentismo Escolar 2 N Total de Alunos 26

Problemtica

Negligncia

N de alunos

16

Alunos em situao de risco acompanhados pela CPCJ e EMATProblemticaN Alunos Acompanhados em situao de risco N Total de alunos por problemtica

Violncia Domstica

Maus tratos Fsicos6

Maus tratos psicolgicos

Abandono escolar

Negligncia

Comportamentos desviantes

Absentismo

8

2

6

21

2

2

47



Atravs da anlise dos quadros acima possvel constatar que, a negligncia a principal problemtica vivenciada pelos alunos deste Agrupamento. Esta situao deve-se sobretudo, s reduzidas competncias parentais que colocam em risco o desenvolvimento saudvel da criana/jovem no que diz respeito aos cuidados de alimentao, higiene, sade e educao. Verificaram-se, tambm, ao longo do presente ano, diversas situaes de violncia domstica, maus tratos fsicos e de abandono escolar. Estas ltimas tm sido a que menos respostas institucionais possuem. Apesar da articulao sistemtica do Agrupamento com a CPCJ e a EMAT, as situaes de abandono escolar no tiveram qualquer sucesso, no decorrer do ano lectivo. Articulao com a Comunidade Local: Comisso Social de Freguesia de Fnzeres Participao em todas as reunies ordinrias desta Comisso; Dinamizao/Colaborao nas actividades promovidas e previstas no Plano de Actividades desta Comisso e que envolvem directamente o Agrupamento; Avaliao da interveno do Gabinete de Aco Social Pontos Fortes: A colaborao da comunidade educativa da Escola EB 2/3 ao Servio Social, nomeadamente, dos Directores de Turma, bem como dos professores do 1 Ciclo e Jardim de Infncia. O reconhecimento do Servio Social demonstrado atravs da procura espontnea por parte das famlias do agrupamento, no sentido de resolverem os seus problemas. A estreita colaborao entre este servio e o GAAF no acompanhamento aos alunos e respectivas famlias; A articulao com as instituies parceiras, nomeadamente CPCJ, EMAT, equipas de RSI e Centro de Sade que tm vindo a dar resposta aos encaminhamentos efectuados. A adeso das mes aco Educar Hoje.48



Pontos Fracos: A escassez de respostas sociais e institucionais perante situaes de abandono escolar.

49

ESCOLA DE PAIS

Esta aco dirigida a pais e encarregados de educao foi estruturada e dinamizada pelos Gabinetes de Psicologia e de Aco Social no sentido de criar um espao onde pais e educadores puderam partilhar medos, angstias, trocar ideias e saberes, encontrar apoio na resoluo de problemas e ganhar mais auto-confiana. Esta iniciativa surge da necessidade de pais e filhos encontrarem uma relao equilibrada que lhes proporcione um bem-estar e uma harmonia para o bom funcionamento familiar. Foram traados os seguintes objectivos:

Fornecer informao sobre o desenvolvimento psicolgico da criana e do adolescente; Fornecer conhecimentos sobre Educao Familiar; Promover a capacidade de resoluo de problemas e o treino de competncias parentais; Proporcionar o desenvolvimento do auto-conhecimento e aumentar a confiana em si mesmo; Contribuir para um aprofundamento pessoal da parentalidade; Promover e fortalecer relaes mais saudveis e positivas entre pais e filhos; Contribuir para o desenvolvimento das competncias educativas dos pais; Motivar a reflexo, adequao e transformao das prticas educativas familiaresRua Alto de Barreiros, 790 4510 485 Fnzeres Tel. 224 854 790/1 Fax. 224 854 798/9 NIF. 600 075 478 E-mail: [email protected] [email protected]


ACO ENCONTRO DE PAIS Orientao: Gabinete de Psicologia Este projecto iniciou em Dezembro de 2009 e finalizou em Maio de 2010, perfazendo um total de 11 sesses. Foram convidados a participar todos os Pais e Enc. de Educao dos JI e Escolas EB1 de Montezelo, Alvarinha, Bela Vista 2 e St Eullia. Pelo elevado n de inscries foram criados dois grupos a funcionarem autonomamente, ambos com uma periodicidade quinzenal. Com o decorrer do tempo comearam a existir algumas desistncias, no se justificando os dois grupos. Assim sendo, este projecto acabou por decorrer apenas com um grupo, constitudo por cerca de 12 Pais e Encarregados Educao, a funcionar de trs em trs semanas.50

Numa fase prvia implementao da interveno, definiu-se o horrio das sesses, tendo-se optado pela realizao das mesmas s sextas-feiras, entre as 21h e as 23h. Quanto ao local de realizao das sesses, a escolha recaiu na sala de multimdia na escola EB 2,3 de Fnzeres e numa sala ao lado desta. Seguidamente mobilizaram-se os recursos materiais necessrios. Dois grandes problemas podem surgir na interveno com pais de nvel scio-econmico carenciado: por um lado, residem na dificuldade em reunir um nmero substancial de elementos que possam vir a integrar a interveno e, por outro lado, na dificuldade em assegurar que as pessoas continuem na interveno, depois de se dar incio sua implementao. Foi exactamente o que parece ter acontecido no actual projecto. Assim, futuramente, seria essencial assegurar determinados servios de apoio, que parecem essenciais para o sucesso deste tipo de projectos e que no foi possvel a sua disponibilizao na escola de pais. Entre esses servios contam-se os seguintes: - Um espao para acolhimento das crianas, que funcionaria durante o tempo em que os pais estivessem presentes, nas sesses. A dinamizao deste servio poderia ficar a cargo de uma Ajudante de Aco Educativa, que teria sua responsabilidade as crianas mais novas (0-4 anos), e a duas Animadoras que ficariam encarregues do espao onde seriam acolhidas as crianas mais velhas (5-12 anos);



Com estes servios estariam asseguradas as condies ptimas para o sucesso deste projecto. Apesar dos constrangimentos, a avaliao realizada junto dos participantes revelou-se bastante positiva. Numa escala de 0 (fracas) a 4 (muito boas), todos os 12 participantes classificaram estas sesses com nvel 4, revelando elevada satisfao com a interveno, mostrando interesse e disponibilidade para a continuidade deste projecto. Todos salientaram a importncia das sesses para o esclarecimento de dvidas, partilha de experincias e, essencialmente, para o crescimento pessoal enquanto pais e educadores. Todos revelaram o desejo e a necessidade da continuidade destas sesses.51

ACO EDUCAR HOJE Orientao: Gabinete de Aco Social A aco realizou-se na EB 2/3 de Fnzeres, nos dias 21, 28 de Maio e nos dias 4 e 11 de Junho, com a durao total de 6 horas. Esta formao dirigiu-se a um grupo de 12 mes de alunos do Agrupamento, mais especificamente, das escolas EB 2/3, EB1 da Bela Vista n 2 e da Eb1 de Montezelo. O principal objectivo da formao foi dotar as mes de conhecimentos que lhes permitam melhorar as suas competncias parentais, atravs da adequao e transformao de prticas educativas capazes de promoverem um desenvolvimento saudvel da criana. No sentido de tornar a aco mais rica e completa, este servio contou com a colaborao do GAAF que convidou uma psicloga externa escola para dinamizar uma das sesses. De acordo com os objectivos propostos e com a avaliao efectuada pelas prprias mes, este servio considera que a aco obteve resultados bastante satisfatrios, uma vez que existiu por parte das participantes uma boa adeso e participao nas sesses. As mes consideraram esta iniciativa muito positiva, devido aos temas abordados e pelo facto de possibilitar troca de experincias. Uma das participantes referiu ainda, que esta aco permitiu-lhe descobrir que existem outros pais que sentem as mesmas dificuldades relativamente educao dos filhos.



Todas as participantes mostraram-se interessadas e motivadas para participarem noutras aces promovidas pela escola. 99% das participantes consideraram que a durao da aco foi adequada, contudo 1% considerou que a aco no teve a durao adequada, considerando que deviam existir mais sesses. Esta situao revela a importncia e o envolvimento das participantes nesta aco.52



2.2 TUTORIAS

GAAF

53

O GAAF (Gabinete de Apoio ao Aluno e Famlia) tem neste Agrupamento uma misso pedaggica fundamental - Contribuir para o crescimento harmonioso e global da criana/jovem, promovendo um ambiente mais humanizado e facilitador da integrao escolar e social. Este gabinete actuou junto dos alunos resolvendo conflitos e problemas do quotidiano, bem como dificuldades inerentes ao seu desenvolvimento e sua vida escolar. Assim, procurou:

Promover a inter-relao entre os diversos intervenientes - famlia / escola / comunidade como agentes participantes no processo de desenvolvimento scio-educativo; Prevenir situaes de risco e reforar os factores sociais de proteco; Promover condies psico-scio-emocionais que contribuam para a consolidao do sucesso escolar da criana/jovem.

Outra das grandes preocupaes deste Gabinete foi a preveno de comportamentos de risco, sendo de realar intervenes que visaram: Prevenir e minimizar situaes de abandono escolar; Prevenir e minimizar situaes de absentismo escolar; Prevenir e minimizar situaes de violncia escolar; Prevenir e minimizar situaes que coloquem em causa a integridade fsica e emocional da criana/jovem; Prevenir e minimizar situaes de comportamentos desviantes; Gerir conflitos e resolver problemas quotidianos dos alunos; Participar e colaborar com a Rede de Apoio Social local (Equipas RSI, CSF de Fnzeres, CPCJ de Gondomar e outras instituies); Promover o envolvimento parental no percurso escolar do aluno; Identificar e apoiar famlias desfavorecidas;



Fomentar o trabalho articulado entre servios da comunidade escolar (SEAE e estruturas intermdias); Promover o desenvolvimento de competncias pessoais e sociais do aluno. Contribuir para a reflexo e concretizao do projecto de vida da criana/jovem, tendo em conta as suas necessidades e potencialidades.54

Dando resposta a situaes espordicas de indisciplina, na sala de aula e/ou recreios, houve necessidade de reformular a dinmica deste gabinete, criando-se o Gabinete de Atendimento Permanente GAPA), cujos objectivos fundamentais se centraram nos seguintes aspectos: Ajudar o aluno a reflectir e a tomar conscincia dos seus comportamentos; Responsabilizar os intervenientes pelos actos praticados, facilitando o desenvolvimento de competncias de resoluo de conflitos e de auto-regulao; Prevenir comportamentos de risco.

Este Gabinete procurou colaborar com a Direco Executiva, orientar/cooperar com os directores de turma em matria disciplinar, mediar/gerir os conflitos existentes, fazer o encaminhamento das diferentes situaes e colaborar, dando parecer relativamente a alunos sujeitos abertura de processo disciplinar. Para a concretizao das diversas actividades desenvolvidas pelo GAAF, foi necessrio: Frequentar aces de formao; Elaborar e organizar materiais; Organizar reunies com os elementos constituintes do Gabinete; Reunir com os professores das EB1 e JI no incio do ano lectivo.

Toda a aco deste Gabinete foi considerada positiva, j que conseguiu alcanar os objectivos a que se props, como se pode constatar pela consulta dos quadros anexos.



Intervenes por cicloAlunos do 2 Ciclo Alunos do 3 Ciclo Total de alunos

N alunos35 26 6155

Dos 61 alunos acompanhados pelo GAAF, apenas 8,5% no obtiveram sucesso, revelando a eficcia da interveno deste gabinete.

BALANO GLOBAL DA INTERVENO DO GAAF N alunos Sucesso 37 Insucesso 5 Sucesso relativo 19 61

Percentagens 61,5% 8,5% 30%

Os docentes que desempenham a funo de Tutores correspondem a um perfil exigido para estas funes e a atribuio da carga horria reca, maioritariamente, na componente no lectiva. Os alunos/utentes desta estrutura, a partir do momento que so encaminhados para este servio, comprometem-se a cumprir um horrio que pr definido e do conhecimento do seu Encarregado de Educao. Todos os alunos integrados no programa de Tutoria tm diagnstico das suas caractersticas, atravs dos seguintes documentos: Ficha de Caracterizao do Aluno e Plano Individual de Aco Tutorial. No presente ano lectivo, registou-se a seguinte assiduidade, por parte dos alunos que frequentavam o Gabinete:ASSIDUIDADE DOS ALUNOS S SESSESRegular Irregular No compareceram

32

20

4



Tipologia das intervenes efectuadas, ao longo do ano lectivo, pelo Gabinete:

56

Documents

Rel at Final Te Ip Setembro 2010