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RELATÓRIO FINAL Estágio Curricular 6º ANO
Mestrado Integrado em Medicina
Universidade Nova de Lisboa
João Fernandes Tomaz Trigueiros de Martel
Aluno 2008116
Ano Lectivo 2013/2014
Introdução
O presente relatório pretende apresentar uma reflexão valorativa sobre o período de estágio
clínico profissionalizante, correspondente ao período lectivo do 6º ano do Mestrado Integrado
em Medicina (MIM) da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, com
vista a obtenção do grau de Mestre.
Propõe-se uma abordagem global, necessariamente sucinta, de um período de tão variadas
experiências profissionais, pois não poderão já ser consideradas académicas, dada a ênfase
posta no trabalho clínico quotidiano concreto, objectivo último deste período, tal como ficou
explicitado no documento de concertação acordado entre as Escolas Médicas Portuguesas “O
Licenciado Médico em Portugal - Core Graduates Learning Outcomes Project” (Lisboa, 2005).
O período de estágio corresponde às rotações que se apresenta de seguida, sobre as quais se
versará individualmente mais adiante:
16 Setembro – 11 Outubro 2013 – Pediatria (Hospital Cuf Descobertas)
14 Outubro – 8 Novembro 2013 - Saúde Mental (Equipa Comunitária Oeiras – Serviço
Psiquiatria CHLO)
11 Novembro – 6 Dezembro 2013 - Medicina Geral e Familiar (CS Mértola – ULSBA)
9 Dezembro 2013 – 17 Janeiro 2014 (Férias de 23 Dezembro – 3 Janeiro) – Ginecologia e
Obstetrícia (Hospital Beatriz Ângelo)
27 Janeiro – 21 Março 2014 – Cirurgia Geral (Hospital Vila Franca de Xira)
24 Março – 23 Maio 2014 – Medicina Interna (Hospital Curry Cabral – CHLC)
26 Maio – 6 de Junho 2014 – Estágio Opcional de Infecciologia (Hospital Egas Moniz –
CHLO)
O trabalho médico realizado durante estes tempos formativos pretendeu dotar os alunos de um
conjunto de competências basilares específicas do acto médico, segundo se pormenoriza no
documento “The Tuning Project (Medicine) - Learning Outcomes/Competences for
Undergraduate Medical Education in Europe” (Universidade de Edimburgo, 2008) (LOUME).
Nomeadamente, consideram-se neste as seguintes vertentes da prática clínica: 1 – Consulta;
2 – Avaliação de quadro clínico, requisição de MCD, elaboração de um plano terapeutico; 3 –
Emergências médicas; 4 – Prescrição medicamentosa; 5 - Procedimentos práticos; 6 –
Comunicação; 7 - Principios éticos e legais em medicina; 8 - Avaliação psicológica e social; 9 -
Medicina baseada na evidência; 10 – Tecnologias de Informação; 11 – Princípios científicos na
prática clínica e investigação; 12 – Inserção no Sistema de saúde, promoção da saúde
populacional e saúde em geral.
Tentar-se-á apreciar sobre o cumprimento de cada um destes itens durante a Reflexão Crítica
final, que se explicitam integralmente em documento anexo.
PEDIATRIA (Hospital Cuf Descobertas) – 4 semanas
Tutora: Drª Sílvia Pereira
Durante este estágio, tivemos a oportunidade de frequentar o Internamento, a Consulta Externa
de Pediatria com a assistente, o Atendimento Permanente (Serviço de Urgência Pediátrico), a
Neonatologia (Internamento e Unidade de Cuidados Especiais ao Recém-Nascido – UCERN)
e ainda a consulta de algumas especialidades que dão apoio à pediatria como a Ortopedia, a
Cardiologia e a Cirurgia pediátricas. Assistimos igualmente às reuniões semanais do serviço de
Pediatria e apresentámos um trabalho de grupo para o Serviço sobre Doenças exantemáticas
em idade pediátrica.
SAÚDE MENTAL (Equipa Comunitária de Oeiras – Departamento Psiquiatria e Saúde
Mental - CHLO) – 4 semanas
Tutor: Dr. Joaquim Gago
Integrados na Equipa Comunitária de Oeiras, pudemos assistir ao trabalho comunitário que se
pratica neste meio concreto, nomeadamente as consultas de Psiquiatria de ambulatório e o
projecto de reabilitação psicosocial “Farol do Bugio”, ambos em Caxias, concelho de Oeiras.
Integrados nesta equipa assistimos, às segundas e quintas-feiras, às consultas de Psiquiatria
do Doutor Joaquim Gago. Nestas, pudemos contactar com diversos doentes com patologia
variada, em primeiras consultas e consultas de seguimento, na colheita de anamnese e
entrevista psiquiátrica, negociação e estabelecimento de plano terapêutico, e seguimento dos
doentes ao longo do tratamento. A maioria dos casos observados corresponde a doentes com
patologia mental grave, nomeadamente do espectro da esquizofrenia e doença bipolar.
Assistimos ainda à palestra de apresentação do programa “Recovery”, pela psicóloga clínica
Marta Ferraz, enquadrada por Lyn Legere, directora do Life Long Learning & Peer Support no
Transformation Centre de Boston, MA, EUA, que nos trouxe perspectivas revolucionárias no
âmbito dos cuidados psiquiátricos de comunidade. Colaborámos ainda na tradução e
adaptação de um capítulo do livro “Psychoeducation Manual for Bipolar Disorder” (Colom et
Vieta, Cambridge University Press, 2006).
MEDICINA GERAL E FAMILIAR (Centro de Saúde de Mértola – ULSBA)
4 semanas
Tutora: Drª Luísa Sousa Santos
O estágio de Medicina Geral e Familiar (MGF) prevê que o aluno possa adquirir a visão
holística que a saúde populacional de proximidade proporciona.
Neste contexto, a estadia em Mértola permitiu-nos acompanhar todas as vertentes dos
cuidados de saúde primários a uma população de cerca de 7.000 habitantes do Concelho,
dentro das áreas de Medicina Geral, Saúde Materna, Saúde Infantil, Patologia Crónica e até
Pequena Cirurgia, em grande interligação com a comunidade em geral. Disto foram exemplo as
experiências com os domicílios médicos e de enfermagem, a participação no programa de
saúde escolar, a orientação e o seguimento de doentes entre as várias valências de cuidados
(médicos, enfermagem, assistência social, fisioterapia, psicologia…), adquirindo a percepção
do grande conhecimento que a equipa do Centro de Saúde tem de cada caso individual e de
cada contexto familiar.
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (Hospital Beatriz Ângelo) – 4 semanas
Tutora: Drª Mariana Torgal
Este período teve como objectivo dotar os alunos que terminam o Mestrado com as
competências fundamentais ao seguimento da mulher no âmbito dos Cuidados de Saúde
Primários, primeiros promotores e prestadores de cuidados em Saúde Materno-Fetal e
Ginecológica.
Como tal, os objectivos principais do estágio centraram-se na abordagem da mulher nas várias
fases da sua vida, onde se enquadra a vida reprodutiva e a sexualidade, no que diz respeito à
especialidade hospitalar de Ginecologia e Obstetrícia. Foi possível frequentar a Consulta de
Ginecologia, Consulta de Obstetrícia, Ecografia Obstétrica e Ginecológica, o Bloco Operatório
de Ginecologia e o Serviço de Urgência, onde se enquadra o Bloco de Partos, e o
Internamento e Puerpério, adquirindo-se uma visão global das valências desta especialidade.
CIRURGIA GERAL (Hospital de Vila Franca de Xira) – 8 semanas
Tutor: Dr. Hugo Queimado
O estágio de Cirurgia do 6º ano do MIM constitui-se, juntamente com a Medicina Interna, como
um dos dois pilares centrais da fase terminal da formação médica pré-graduada, permitindo
sedimentar as práticas e os saberes fundamentais à correcta avaliação, exploração,
diagnóstico e tratamento das principais patologias cirúrgicas.
Na Enfermaria, foi-nos proposto, numa base diária, que elaborássemos o diário clínico de cada
doente internado, treinando competências de interrogatório clínico, exame de feridas e pensos,
registo de drenagens de fluidos, registo de intercorrências, pedidos de avaliação por outras
especialidades e através de meios complementares de diagnóstico e discussão e proposta de
planos de cuidados individualizados, sempre em estreita articulação com o restante pessoal do
serviço (enfermagem, administrativos, auxiliares…), permitindo elevar a eficiência dos cuidados
e o conforto para os doentes muito substancialmente.
Enquanto membro integrante da equipa do Dr. Francisco Rodrigues, frequentámos a consulta
de patologia inespecífica de Cirurgia Geral e de Senologia. Frequentámos ainda o Bloco
Operatório (1 dia por semana) e a Pequena Cirurgia.
Duas das 8 semanas deste estágio foram dedicadas às especialidades de Urologia e
Ortopedia, especialidades cirúrgicas com elevado volume de patologia num hospital distrital
como Vila Franca de Xira.
MEDICINA INTERNA (Serviço Medicina 1 A; Hospital Curry Cabral, CHLC)
8 semanas
Tutora: Drª Maria Catarina Salvado
Neste período de estágio, com uma duração necessariamente maior, foi proposta a aquisição
de uma visão ampla do regime de internamento hospitalar, integrando-se o aluno na actividade
assistencial de um serviço de Medicina Interna de um hospital central. Durante este período, a
actividade diária foi centrada na Enfermaria de Medicina, verdadeiro centro nevrálgico da
actividade assistencial, participando em todas as tarefas próprias deste meio (admissão de
doentes, colheita de anamnese e realização de exame objectivo, discussão e proposta de
diagnósticos, requisição de meios complementares, instituição de terapeuticas…), em estreita
articulação com todos os profissionais de saúde. Foi possível participar também das
actividades Consulta Externa e do Serviço de Urgência Geral, sediado no Hospital de São José
(CHLC), complemento fundamental da formação hospitalar e do trabalho médico integrado,
como é próprio desta especialidade.
Reflexão Crítica
Chegado ao final deste período de actividade, em que nos foi possível presenciar a realidade
assistencial em tão diversos cenários e contextos, impõe-se valorizar a experiência adquirida e
a riqueza das realidades de que fomos parte e em que pudemos contribuir com o nosso
trabalho.
O 6º ano do MIM está estruturado de forma a proporcionar aos alunos, a um passo de se
tornarem médicos, o contacto quotidiano com a actividade clínica desenvolvida dentro dos
“principais domínios” da actividade médica. Esta opção pretende equipá-los com um conjunto
de saberes técnicos, experienciais e humanos, dotando-os de ferramentas de verdadeiro
“saber médico” que lhes permitam iniciar a sua actividade clínica como “médicos generalistas”,
que a tão breve prazo serão. Funcionando como ano de síntese teórica e aplicação prática de
saberes, com ênfase na autonomização progressiva, este ano permitiu-nos sedimentar o
conhecimento adquirido de forma sistemática nos 5 anos anteriores do Curso e aplicá-lo de
forma constante, observando e acompanhando a acção médica de continuidade sobre um
doente, uma população, um meio, como nunca antes tinha sido possível.
Dentro do estágio de Pediatria, destaco como principais competências adquiridas os itens 1, 2,
6, 7, 10, 12 dos LOUME. Foi especialmente proveitoso o contacto com um prestador privado de
saúde, como forma de conhecimento de uma outra filosofia de trabalho. No entanto, a elevada
estruturação de cuidados, nomeadamente a divisão de tarefas médicas/enfermagem permitiu
pouco contacto com a vertente 5 – Procedimentos práticos.
No estágio de Saúde Mental, tive oportunidade de contactar com a riquíssima vertente dos
cuidados psiquiátricos comunitários, verdadeiro desígnio da Psiquiatria do futuro, pelos
excelentes resultados que o modelo tem demonstrado. Destaco como principais aquisições os
itens 1, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 11 e 12 dos LOUME. Foi particularmente enriquecedor conhecer os
esforços mais recentes nesta área e a nova filosofia de proximidade e de partilha de cuidados,
dentro do modelo da equipa cuidadora, com um “terapeuta de referência”. Foi possível uma
total inserção no sistema de saúde e participação directa na promoção da saúde de uma
população particular.
O estágio de Medicina Geral e Familiar foi um valiosíssimo complemento à prática de
predomínio hospitalar vivida durante a nossa formação. Perceber as dinâmicas de saúde de
uma comunidade, a relação médico-doente num contexto de tanta proximidade, as
condicionantes de saúde próprias dos hábitos, rotinas, tradições históricas, contexto
demográfico, geográfico e económico foram complementos únicos a um percurso de formação
médica que se pretende vasto, profundo, flexível no âmbito de trabalho e realista e coerente na
estruturação de cuidados de saúde, entendidos enquanto prioridade nacional. Considero ter
desenvolvido todos os itens dos LOUME excepto o número 3 – Actuação em Emergências.
O estágio de Obstetrícia e Ginecologia, com dinâmicas tão particulares, foi proveitoso porque
extraordinariamente necessário a um desempenho médico coerente no futuro próximo,
capacitando-nos à abordagem criteriosa de uma população particular. Nomeadamente, o treino
do exame objectivo ginecológico, desempenhado em tão poucas oportunidades noutros
contextos, é uma carência global do percurso de formação médica, que se tentou colmatar da
melhor maneira neste período. Assim, destaco como mais-valias adquiridas todos os itens dos
LOUME, exceptuando o 5- Procedimentos práticos, novamente pela estruturação de cuidados
médicos/de enfermagem.
Quanto ao estágio de Cirurgia Geral, destacamos como primeiro critério de qualidade o
excepcional acolhimento e preparação do estágio clínico pela parte do Dr. Luís Ramos. Tendo
a felicidade de ser colocados na sua equipa de trabalho, pudemos beneficiar do espírito de
partilha de saber, entreajuda, formação constante, exigência e coerência profissional que
marcou este período. Dentro da pouca diferenciação técnica que é própria desta fase da
formação, fomos constantemente integrados na actividade assistencial, podendo absorver as
dinâmicas, o “modus operandi” e o espírito própria da Cirurgia Geral. Foi especialmente
produtivo, neste contexto, termos acesso aos sistemas informáticos de forma livre, única forma
de desenvolver em nós o espírito de autonomia e responsabilidade que achamos ser próprio da
nossa fase de formação. Destacamos ainda a amabilidade, a solicitude e disponibilidade dos
serviços de Ortopedia e Urologia do Hospital de Vila Franca de Xira. Foi posta ênfase na
realização integral dos objectivos propostos para o estágio, com total cumprimento dos itens
dos LOUME, dentro de um contexto que também o favorece.
No estágio de Medicina Interna foi possível compreender toda a trajectória do doente dentro
do circuito hospitalar, aspecto complementar insubstituível da formação em Cuidados de Saúde
Primários, vivendo a actuação dos cuidados diferenciados na óptica integradora de uma
especialidade como a Medicina Interna. Destacamos igualmente a exemplar disponibilidade e
mérito pedagógico da Drª Maria Catarina Salvado, que, conjuntamente com a equipa de
internos de formação específica, tornou este período num tempo de grande aprendizagem,
tornando a entrega quotidiana ao trabalho um desejo natural, pela percepção clara do benefício
directo colhido pelos doentes socorridos. Todos os tempos de trabalho, desde a Enfermaria à
Urgência e à Consulta Externa, foram ocasiões de partilha de conhecimento, vivências,
princípios centrais das “leges artis” e lições exemplares do saber médico aprendido, vivido,
praticado e ensinado. Cumpriram-se integralmente os objectivos preconizados nos LOUME,
dentro de um período de trabalho de grande exigência, particularmente longo.
Não posso terminar esta reflexão sem agradecer, com grande estima, a todos aqueles que,
com abnegação, gosto pessoal e sentido de dever, tornaram este último ano de formação do
MIM uma experiência única, a fazer desejar uma prática médica futura, já tão presente.
ANEXOS
Competências a adquirir na graduação em Medicina
1. Realizar uma consulta com um paciente:
a. Colher uma história clínica;
b. Realizar exame físico;
c. Fazer juízos e tomar decisões clínicas;
d. Fornecer explicações e conselhos;
e. Proporcionar confiança e apoio;
f. Avaliar o estado mental do paciente.
2. Avaliar apresentações clínicas, pedir meios complementares de diagnóstico, realizar
diagnósticos diferenciais e negociar um plano de ação:
a. Reconhecer e avaliar a severidade das alterações clínicas;
b. Pedir investigações apropriadas e interpretar os resultados;
c. Realizar diagnósticos diferenciais;
d. Negociar um plano de gestão adequado com os pacientes e cuidadores;
e. Prestar cuidados paliativos ao doente e às suas famílias;
f. Gerir doenças crónicas.
3. Prestar atendimento imediato de emergências médicas, incluindo primeiros socorros e
reanimação:
a. Reconhecer e avaliar as emergências médicas;
b. Tratar as emergências médicas;
c. Prestar primeiros socorros;
d. Fornecer suporte básico de vida e ressuscitação cardiopulmonar de acordo com as
orientações europeias atuais;
e. Fornecer suporte avançado de vida de acordo com as orientações europeias atuais;
f. Prestar cuidados de trauma de acordo com as orientações europeias atuais.
4. Prescrever medicamentos:
a. Prescrever de forma clara e precisa;
b. Combinar medicamentos e outras terapias adequadas ao contexto clínico;
c. Rever a adequação de fármacos e outras terapias e avaliar os potenciais benefícios e
riscos;
d. Tratar a dor e a angústia.
5. Realizar procedimentos práticos:
a. Medição da pressão arterial;
b. Punção venosa;
c. Canular veias;
d. Administrar terapia IV e utilizar dispositivos de infusão;
e. Injeção subcutânea e intramuscular;
f. Administrar oxigénio;
g. Mover e lidar com pacientes;
h. Suturar;
i. Transfusão de sangue;
j. Cateterismo vesical;
k. Exame de urina;
l. Eletrocardiograma;
m. Testes básicos de função respiratória.
6. Comunicar eficazmente em contexto médico:
a. Comunicar com os pacientes;
b. Comunicar com os colegas;
c. Dar más notícias;
d. Comunicar com familiares;
e. Comunicar com pessoas com deficiência; 13
f. Obter consentimento informado;
g. Comunicar por escrito (incluindo registros médicos);
h. Lidar com a agressão;
i. Comunicar por telefone;
j. Comunicar com aqueles que necessitam de um intérprete.
7. Aplicar os princípios éticos e legais na prática médica:
a. Manter a confidencialidade;
b. Aplicar princípios éticos e de análise nos cuidados médicos;
c. Obter e registrar o consentimento informado;
d. Certificar a morte;
e. Pedir autópsia;
f. Aplicar a legislação nacional e europeia para os cuidados médicos.
8. Avaliar os aspetos psicológicos e sociais da doença de um paciente:
a. Analisar os fatores psicológicos na apresentação clínica e impacto da doença;
b. Analisar os fatores sociais na apresentação clínica e impacto da doença;
c. Detetar o stress em relação à doença;
d. Detetar o abuso de álcool e de drogas.
9. Aplicar os princípios, skills e conhecimentos da medicina baseada na evidência:
a. Utilizar as evidências científicas na prática clínica;
b. Definir e realizar uma pesquisa na literatura apropriada;
c. Avaliar criticamente a literatura médica publicada.
10. Usar a informação e as tecnologias de informação de forma eficaz em contexto médico:
a. Manter registros clínicos precisos e completos;
b. Usar computadores;
c. Aceder a fontes de informação;
d. Armazenar e recuperar informações.
11. Capacidade de aplicar os princípios, métodos e conhecimentos científicos na prática
médica e investigação científica.
12. Promover a saúde, envolver-se com questões de saúde da população e trabalhar
eficazmente num sistema de saúde:
a. Aplicar medidas para prevenir a disseminação de infeções;
b. Reconhecer as próprias necessidades de saúde e garantir que a própria saúde não
interfere
com responsabilidades profissionais;
c. Conformidade com a regulamentação profissional e certificação para a prática médica;
d. Receber e fornecer avaliação profissional;
e. Fazer escolhas de carreira informadas;
f. Envolver-se em promoção da saúde ao nível individual e populacional.
(Adaptado e traduzido de “The Tuning Project (Medicine) - Learning Outcomes/Competences
for Undergraduate Medical Education in Europe” (Universidade de Edimburgo, 2008))
(Disponível em: http://www.tuning-medicine.com/pdf/booklet.pdf)