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Revista da Papelaria 162

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Fevereiro de 2011. Especializada no mercado de papelaria.

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Nesta Edição

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6Luís Augusto Ildefonso, da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, fala sobre o potencial e os desafi os para manter lojas em shopping centers.

Entrevista

EDITORIAL 4

CIRCULANDO 8

PERFIL DO VAREJO 14Papelaria Alves

MERCADO GLOBAL 34

VITRINE 38

ONDE ENCONTRAR 40

PONTO FINAL 42

16O Plantão Volta às Aulas adianta toda a movimentação do varejo para atender a demanda do período.

Mercado

18Implantação do comércio eletrônico é o tema da segunda reportagem da série.

Papelarias na Web

24Lojistas e fornecedores analisam o desempenho das colas nos pontos de venda.

Giro

30A Nota Fiscal Eletrônica, criada para otimizar a fi scalização, acabou ajudando ao empresário a profi ssionalizar a sua gestão.

Consultoria

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4Editorial

fevereiro de 2011

Não é do meu feitio, mas vou contar minha experiência pessoal nesta volta às aulas. Mãe de duas crianças, de 6 e 10 anos, tinha em mãos as listas do material escolar do primeiro e do quinto ano. Os livros representavam o maior investi-mento. No total, eram 13 livros que somavam R$ 1.180,00. Vivi o dilema entre livros encapados numa papelaria próxima ao colégio versus o parcelamento em 10 vezes sem juros em uma grande rede de livrarias. Fui seduzida pela facilidade financeira. De posse de uma senha numérica que me mostrava uma diferença de 47 números entre meu papel e o visor eletrônico, fui exercitar minha paciência no café que funciona dentro da loja. Depois de duas horas e vinte e dois minutos, estava finalmente na frente do balcão onde a atendente pegou as listas da minha mão e foi sinalizando os livros que a loja não tinha. Pedi que checasse porque podiam ter chegado e, talvez, ela não tivesse sido avisada, afinal, são tantos li-vros, não tem como memorizar o estoque inteiro, a atendente me olhou, pegou as listas e foi para o estoque. Minutos depois voltou com três livros. Dos 13, a grande rede só tinha três para me oferecer. Mas, ainda assim, eu poderia pagar em 10 vezes sem juros... Ao chegar no caixa, que caixa? Era impossível localizar o local de pagamento diante da multidão de pessoas aglomeradas com o intuito de fazer a mesma coisa que eu. Olhei para as pessoas, fitei os livros na minha mão e não tive dúvidas, a sedução das 10 vezes sem juros tinha chegado ao fim, coloquei os livros no balcão e fui embora. Consumidora frustrada!

Na manhã seguinte, fui à papelaria ao lado do colégio, e ela também não tinha os livros, aliás, não tinha livro algum. “Não tenho espaço para acomodar tantos livros, a venda não é certa e a margem não é lá grande coisa”, alegou o dono que me atendeu. “Mas você encomenda comigo, e em uma semana eles estarão aqui e encapados”, completou o empresário. A comodidade soou muito bem aos meus ouvidos, mas meu espírito de consumidora falou mais alto. “E como pago?”, perguntei. Ele me respondeu que poderia parcelar em três vezes sem juros ou ter 7% de desconto no pagamento à vista em cheque ou dinheiro. “A senhora é quem sabe”, deu o ultimato. É, eu já sabia dos gastos com material escolar e já tinha me planejado para isso, então fiquei com a opção do desconto e... com o serviço de encapar, que acabou sendo feito também nos cadernos comprados na papelaria. Uma dádiva para quem não tem nenhum talento para trabalhos manuais (confesso...). Consumidora satisfeita!

Sobre a livraria da grande rede, tive que voltar lá. Não havia a agenda da personagem que a minha filha queria na papelaria. Achei uns 10 exemplares dela no fundo de uma gôndola, mas outra frustração, o modelo estava avariado − sem o prometido brinde da personagem. Aviso ao fabricante: reveja a colocação do brilho labial no próximo lançamento.... Após convencer a minha filha das virtudes de outras personagens, me dei conta de como o espaço para escrita nas páginas das agendas infantis, femininas em especial, tem diminuído. Aviso aos fabricantes: o acabamento e o design das agendas estão primorosos, mas elas continuam existindo para registro de informação! Essa situação tem acontecido também em cadernos. As imagens impressas nas páginas estão disputando a

área e atenção da molecada e com cores muito fortes. Consumidora atenta!

Agradeço a atenção para um editorial-confissão, mas eu precisava compartilhar com vocês meu ritual de compras. Estamos preparando um balanço completo da volta às aulas 2011 para as próximas edições.

Boa leitura e ótimos negócios. &

Rosangela Feitosa - [email protected] www.revistadapapelaria.com.br

PUBLICAÇÃO MENSAL

ASSOCIADA A

Eu, consumidora ANO XVIII – FEVEREIRO/2011 - Nº 162ISSN 1516-2354

DIREÇÃO GERALJorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de [email protected]

JORNALISMOEdição: Rosangela FeitosaReportagem: Luciana D’Aulizio e Renata MedeirosEstagiária: Carolina BergerRevisão: Rita de Cassia CarelliIlustração: Uri [email protected]

ARTEDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane Albuquerque

ATENDIMENTO AO LEITORLuanna [email protected]

ADMINISTRAÇÃOCaroline [email protected]

CONSELHO EDITORIAL• Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR)[email protected]

PUBLICIDADEDireção comercial: Jorge [email protected]

ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULOEricson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322

SEDEAv. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel./fax: (21) 2431-2112

DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadis-tas, distribuidores, representações e indústrias do se-tor e departamento de compras de corporações.

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EntrevistaLuís Augusto Ildefonso da Silva - Alshop6

fevereiro de 2011

De olho na Os números da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) revelam que as vendas do Natal em shopping centers cresceram 12% em relação a 2009, o que atesta a boa fase da economia brasileira e a força do varejo de shopping no país. No ano passado, o setor movimentou R$ 93 bilhões, e, em 2011, deverá alcançar R$ 99,35 bilhões, graças à abertura de novos empreendimentos. Todos eles representam grandes oportunidades não apenas para marcas renomadas, mas também para pequenos empresários, garante Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da entidade, que nesta entrevista dá dicas para quem quer investir em shoppings. POR LUCIANA D’AULIZIO

extremamente competitivos. E mais: chegam até a comprar mais que os públicos A e B. A partir do momento em que uma classe que antes não consumia passa a fazer isto, sua necessidade de compra passa a ser maior.

Estes investimentos ainda es-tão concentrados nas capitais ou já começam a seguir para cidades do interior? Luís Augusto: Há cerca de 15 anos, 70% dos shoppings ficavam nas grandes cidades e capitais e apenas 35% em localidades menores. Hoje, esses números correspondem a 55% e 45%. Exis-tem cidades do interior que às

vezes têm dois, três shoppings. Na verdade, vários prefeitos têm ba-talhado por isso e oferecido uma série de vantagens para atrair esse tipo de empreendimento para que o dinheiro circule na cidade e o comércio local não perca consumidores para localidades vizinhas. No momento, o merca-do de shopping gera um milhão e 70 mil empregos, sendo 995 mil diretos, como lojistas, e 75 mil nas administrações. E estes números serão ainda maiores, pois temos 124 projetos em obra que deverão ser lançados até 2013 e gerar 20 mil pontos de vendas. Eles ainda se encontram concentrados no sudeste, mas o número de ações no norte e nordeste também tem crescido. É claro que este incremento é proporcional ao aumento da densidade demo-gráfica e do poder aquisitivo na região. Só é interessante criar um shopping em um local que tenha pelo menos 300 mil habitantes, até para que o empreendimento seja vitorioso para o investidor e para o lojista.

É possível traçar um perfil do comportamento do brasi-leiro que frequenta shopping centers? Luís Augusto: O perfil do consu-midor mudou um pouco. Antes, 80% eram mulheres. Hoje, elas representam 54% e os homens, 46%. Está bem equilibrado. Essas pessoas não vão até esses espaços só para fazer compras, até porque estes não são mais uma caixa de concreto onde existem inúmeras lojas. Passaram a ser centros de convivência, equipamentos urbanos que reúnem uma série de atividades. Em geral, 37% vão para adquirir produtos, 17% para passear, 11% para buscar

terra dos gigantes

De acordo com dados da pró-pria Alshop, em 2009, foram inaugurados 22 shopping cen-ters no país. Para 2011, há previsão de muitos outros. Que fatores contribuem para o crescimento desse setor? Luís Augusto: A economia brasi-leira tem colhido bons frutos no cenário internacional e interno. Uma das mudanças mais signifi-cativas é a emergência das classes C e D como consumidores em potencial, o que representa mais de 32 milhões de brasileiros. An-tes, elas ficavam mais focadas no varejo de rua. Agora, até preferem fazer suas compras em shoppings por saberem que oferecem preços

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Não é um ramo para iniciantes, a menos que se esteja falando de uma franquia – o que não é comum no mercado de papelaria.

gastos, incluindo despesas com ocupação, manutenção do ponto de vendas e encargos trabalhistas. Outro cuidado é tentar se manter conectado à área de marketing do local para garantir que a loja ou ramo em que ela atua serão divulgados de alguma forma. Para não esquecer de listar algum gasto, aconselho os novatos a não confiarem apenas na previsão de vendas informada pelo shopping. Geralmente, ela é factível, mas é melhor confiar em lojistas que têm experiência na área.

Em geral, quais são as princi-pais vantagens e desvantagens de se ter um ponto de venda em um shopping?Luís Augusto: O público de shopping é mais propenso a com-prar que o do varejo de rua. Isto implicará em mais vendas desde que o papeleiro saiba se adaptar àquela freguesia e procure sempre se atualizar. Ele não pode ficar só focado em material escolar; tem que investir também em presen-tes e em outros tipos de produtos para que tenha condições de gerar receita em todos os meses do ano, não só durante a volta às aulas. Acredito que o melhor exemplo a ser seguido seja o da Kalunga. Inicialmente, ela só trabalhava com artigos escolares, mas depois diversificou seu mix e estendeu essa proposta às lojas de rua.

Então os shoppings são indi-cados para quem está há mais tempo no mercado e tem con-dições de oferecer um mix mais variado?Luís Augusto: Sim, não é um ramo para iniciantes, a menos que se esteja falando de uma franquia – o que não é comum no mercado de papelaria. Logo,

algum serviço, 13% para a praça de alimentação, 5% em busca de lazer e 11% para outros fins. Entre os frequentadores, 51% fazem visitas semanais, 17% quinzenais, 13% mensais e 19% ocasionais. A média mensal de público é de 440 milhões de pessoas por mês.

Você acredita que é interes-sante para o varejo de papela-ria explorar pontos de venda em shoppings?Luís Augusto: Não tenho nú-mero sobre esse segmento, mas noto que sua participação tem aumentado. Acredito que isso continuará a acontecer devido ao crescente investimento na educa-ção do novo país, o que implicará em um maior consumo de mate-rial escolar. Além disso, vejo várias livrarias crescendo. A Saraiva e a FNAC vendem inclusive cader-nos, borrachas e outros artigos do ramo porque notam que é um nicho bom. E inúmeras que têm pontos na rua, têm buscado outros em shoppings.

Que fatores devem ser levados em conta antes de optar por um ponto de venda em um shopping? Luís Augusto: Seja qual for o perfil do negócio, é necessário estipular prazo de retorno do in-vestimento e previsão de vendas, verificar se o público-alvo é o que você pretende atingir e, ainda, se as condições oferecidas pela ad-ministração permitem a sustenta-bilidade do negócio. Percebo que as principais dificuldades enfren-tadas por quem está começando são o tempo levado para criar uma freguesia e o investimento em mídia para divulgar o negócio. Sendo assim, devem ser coloca-dos na ponta do lápis todos os

é aconselhável apenas para quem já tem experiência com lojas de rua e procura sempre se moder-nizar. Só assim haverá como aumentar as vendas e gerar ainda mais receita. Quem tiver este perfil tem grandes chances de se sair bem por ser um nicho pouco explorado. Quem for acomoda-do, cairá do cavalo.

Atualmente, quais são as exi-gências para se ter uma loja em um shopping? Como funciona o trâmite e qual é o custo mé-dio por metro quadrado?Luís Augusto: Elas variam de um empreendimento para outro, assim como o custo, que também dependerá de outro fator: a negociação com a admi-nistração, um processo bem can-sativo. Nesta fase, é fundamental prestar atenção nas cláusulas contratuais para saber quais serão as obrigações do lojista e verificar se ele terá como arcar com todas as despesas. &

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NA ESTANTE

“Cocriação” é o conceito que trata da transformação na interação entre organiza-ções e indivíduos, sejam eles funcionários, clientes ou qualquer outro stakeholder (público de interesse). Isso envolve a participação ativa dessas pessoas em diver-sos departamentos dentro das companhias. O livro A Empresa Cocriativa fala desse valor como o próxi-mo paradigma do século para o mundo corporativo, trazendo estudos de caso, pesquisas e análises. Os autores são professores da Ross School Business da University of Michigan e cofundadores da Experience Co-Creation Partnership, consultoria especializada na implantação de projetos de cocriação de valor em empresas, representada no Brasil pela Symnetics.Francis Gouillart e Venkat Ramaswamy / Editora Campus Elsevier - 288 páginas.

A Acrimet, tradicional marca de acessórios para escritório, fechou 2010 com duas grandes ações em paí-ses da América Latina, onde tem realizado parcerias com grandes redes varejis-tas e garantido assim uma rápida aceitação de sua linha de produtos naquele mercado. Na Colômbia, a Acrimet conquistou espaço nas 25 lojas da rede Tauro, presente em nove cidades do país. Já no Panamá, a parceria se deu com a Ultracom, empresa de 37 anos de mercado e mais de 250 funcionários.

Para 2011, a Acrimet se prepara para comemorar

Atuação contínua nas Américas

seus 39 anos com o desen-volvimento e lançamento de novos produtos e mais trabalho internacional. Em março, a marca estará sen-

do exposta na Feira Nacional de Produtos Escolares e de Escritório, no México, e na Home & Houseware Show, em Chicago (EUA). &

Aproximando as mídias

O Grupo Bignardi co-meça 2011 com um con-curso cultural que une os produtos da marca, anún-cios impressos e tecnologia. Os prêmios serão dois iPads para os principais vencedo-res: o mais votado e o mais criativo. O primeiro passo para participar é pegar um anúncio da companhia em uma revista e apontar o código para a webcam. O resultado será o que a em-presa chama de “realidade aumentada”, que aparecerá na tela do computador. A partir daí, a pessoa é dire-cionada para participar da promoção, que vai até mar-ço. Cada um escolhe seu caderno Jandaia preferido, envia uma foto e uma frase que represente sua geração.

Ampliando seu apoio aos re-vendedores, a Tech Data criou uma divisão de suprimentos com foco comercial para desen-volver os canais de vendas des-ses produtos. Grandes marcas fazem parte da iniciativa, como

Apoiando vendasEpson, HP, Lexmark, Samsung e Xerox. Os clientes contarão com atendimento dedicado, que in-clui ações de marketing, treina-mento e ofertas. A expectativa é o crescimento do volume de vendas desses itens. &

O segundo colocado até o décimo levarão um kit da marca. “É fantástico unir tecnologia aos lançamen-tos dos nossos produtos. A nova proposta do site e da empresa é ter o cliente cada vez mais perto e inte-ragindo conosco.”, explica Fabrício Pardo, gerente de marketing da empresa. &

A Acrimet está fazendo parcerias com redes do varejo da América Latina e com isso tem garantido uma boa exposição em locais estratégicos.

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REPRESENTANTE COMERCIAL

Dedicação totalaos lojistas

Às terças e quintas, Mauro Koga Jú-nior, proprietário do Bazar Cruzeiro, recebe a ligação de Ederson Mantova-nelli Corrêa, representante comercial da Selucan Atacado de Papelaria, para saber que produtos estão faltando na loja. No dia seguinte, a mercadoria chega ao estabelecimento, em Flórida Paulista, cidade localizada entre Osval-do Cruz e Tupi Paulista, parte da região oeste de São Paulo atendida por Eder-

son. Para a outra parcela dos clientes, localizados entre Guararapes (SP) e Três Lagoas (MS), ele liga às segundas e quartas. Assim, todos recebem o mesmo atendimento em dias alternados.

Ao longo de cada semana, os clientes de Ederson recebem e-mails promocionais e pelo menos uma visita do representante. “Quando ele vem aqui, conversamos sobre tudo, porque ele não quer apenas vender, mas se insere no negócio e me faz comprar a coisa certa”, avalia Mauro Koga. Toda essa atenção foi o que fez o administrador de empresas se destacar para Mauro em relação a outros represen-tantes. “Antigamente, o comprador de papelaria valorizava preço e prazo. Hoje, ele preza a amizade e a frequência. Esta é minha grande vantagem, não posso furar!”, lembra o representante, que trabalha para a mesma empresa há oito dos dez anos de carreira.

O vendedor conta que, no início, ele era ansioso por ganhar dinheiro, mas, com o tempo, aprendeu que “é melhor fazer uma venda sadia do que vender uma única vez”. E completa: “O papeleiro é mais coração que razão”. Não são só os clientes que recebem esse tratamento emotivo. Ele é confirmado por Renata Martins Dervelan Barros, compradora da Selucan: “Nos encontramos apenas três ou quatro vezes por ano, mas todo mundo gosta dele por ser muito atencioso. Às vezes, ele vem aqui e traz bombom para as meninas”, afirma, listando mais alguns “mimos” realizados pelo representante: “Ele leva os clientes para tomar café e os presenteia com flores e fotos no porta-retrato. Isso contribui para que ele saia da mesmice e cresça junto com o cliente.” &

Uma menina chinesa vive nos Estados Unidos, mas mantém os costumes de seu país de origem. Enquanto vivencia as descobertas da infância, ela ensina aos espec-tadores palavras em mandarim, idioma predominante na China, objetivo que começa no título Ni Hao, Kai-Lan, pois “Ni Hao” significa “Olá”.

Seu público é formado por meninas de duas faixas etárias distintas. A primeira vai dos 2 aos 7 anos, quando a criança se interessa por aprender palavras novas e conceitos como ter um bom coração. Os fãs são mantidos na fase tween/teen, que vai dos 9 aos 12 anos, atraídos pela estética “Asia pop style” e pelo conceito de valorização da amizade.

Em suas histórias, Kai-Lan é acompanhada por seu avô, Yeye, e seus melhores amigos, que são um filhote de tigre, uma koala, um macaquinho e uma filhote de rinoceronte. A animação foi criada em 2008 por Karen Chau e pela produtora executiva da Nickelodeon ameri-cana Mary Harrington. Logo no ano seguinte, o desenho estreou na emissora de TV fechada, e ainda no primeiro semestre deste ano, o programa deve começar a ser exibido em TV aberta.

Os personagens foram licenciados em julho de 2009 pela Exim Character, e os produtos

chegaram ao mercado em janeiro de 2010. De lá para cá, a carinha simpática de Kai-Lan passou a estampar de 2 a 24 marcas em diversos segmentos. &

NI HAO, KAILAN NA PAPELARIABensia – linha de escrita.*BIC – canetas, lápis grafite, lápis de cor, caneta esferográfica retrátil, borracha, magnéticos (lousa e alfabeto) e adesivos.Choice Bag – mochila, mochila com rodinhas, lancheira, estojo e bolsas.Foroni – cadernos e agenda.YES – pastas, álbuns de fotografias, porta-retratos e índices telefônicos.**

A passagem de ano foi marcante para a Norma, que implantou algumas mudanças em 2010 e pretende colher os resultados em 2011. No início do ano passado, José Roberto de Siqueira assumiu o cargo de diretor geral da companhia com grandes desafios. Entre as ações para aumentar a com-petitividade da empresa, destaca-se o investimento na mo-dernização do equipamento do centro de distribuição, da logística e de sistemas de TI e fretes. Graças a essas medidas, atualmente, 92% dos pedidos são entregues com todos os itens e na data marcada. Em 2009, essa taxa era de 45%. Para fortalecer a marca, a companhia também reestruturou suas relações comerciais com mais transparência e incentivos. Em 2010, a melhor equipe comercial do país foi presenteada com um carro 0 km. Este ano, o prêmio será um caminhão com produtos para a casa. &

Os resultados aparecem

Olá, China

pela Exchdsed

NI HAO KAI LAN NA PAPE

*Lançamento previsto para março de 2011. ** Lançamento previsto para agosto de 2011

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Ederson Mantovanelli

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Ao telefone, diretamente da Campus Party, impor-tante encontro de tecnologia digital, Lara Osolins olha em volta e comenta: “Todo mundo aqui está com o laptop aberto. Mas acho que sou a única com um bloco ao lado do computador. Não adianta, o papel é insubstituível para a minha organização”. Lara é empresária e blogueira (www.larafotos.com.br) de Porto Alegre, que estava em São Paulo especialmente para o evento. Apesar do cenário naquele momento indicar o contrário, Lara não está sozi-nha. “Comecei a divulgar no meu blog algumas coisas de papelaria que achava interessantes e descobri que muita gente também gosta”, conta Lara, que já realizou sorteios de caderninhos para suas leitoras, em parceria com pape-larias virtuais. “Como gosto de produtos personalizados, não vou muito a papelarias físicas. Escolho nos sites, que oferecem diversas estampas e entregam.” A não ser quando resolve, ela mesma, personalizar algo e precisa de material como canetas e papel de presente. “Ano passado, ganhei uma agenda que não gostei muito porque tinha uma capa empresarial, aí fiz um desenho, coloquei fita e deixei do meu jeito”, explica. &

CONSUMO

Com muita personalidade

Especialmente para a volta às aulas, a marca americana de mochilas, Eastpak, fechou uma parceria com a Faber-Castell. Na compra de qualquer mochila da fabricante, o cliente ganha um kit que inclui instrumentos de escrita e o FC Mix, produto que une apontador e borracha. Ao todo são oito itens distribuídos. A promoção é válida apenas para as mochilas adquiridas na loja da Rua Augusta, em São Paulo. Lá, também é possível customizar sua mochila no espaço Garagem de Customização da Eastpak, ser-viço gratuito assinado pelo artista urbano Daniel Zero. &

Parceria por estiloP i

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A reforma no site da Pritt, realizada pela agência Peral-taStrawberryFrog é a mais nova iniciativa da empresa para divulgar o conceito “Criatividade é o que se usa para construir pessoas”, causa que a companhia defende desde 2009. Mesclando in-formação e entretenimento, todo o conteúdo disponível na web ressalta a impor-tância da união entre pais, filhos e escola. Por meio da diversão e criatividade, as brincadeiras também levam o conceito de sustentabili-dade para o universo lúdico das crianças. Para completar a interatividade, o internauta tem a possibilidade de se tornar um dos embaixado-res da causa, divulgando a campanha por meio de redes sociais, blog e e-mail. &

A Quadra da Cultura é um espaço dedicado a atividades artísticas para a população de Rio Grande (RS). Todas as quintas-feiras a programação é a Quinta Entrelivros, que conta com a participação da Acadêmica Livraria e Papelaria, localizada na mesma cidade. A con-tribuição inclui, além de

Contando históriaalguns livros, a Hora do Conto, que revela talentos na arte de contar histórias. No dia 27 de janeiro, a par-ticipação foi da professora Stael da Conceição, que apresentou “O Jardim dos Ventos”, de sua própria autoria e contada pela personagem Clotilde, uma galinha que foi o destaque do evento. &

O início do ano foi a oportunidade que grandes marcas encontraram para lançar suas novidades em campanhas publicitárias vol-tadas para o público jovem. As ações desenvolvidas pela BIC apostam no conceito BICool. Além da campanha publicitária veiculada em TV, rádio, mídia impressa e inter-net, a companhia promoveu um concurso cultural no hotsite www.bicool.net.br e lançou um jogo no Facebook com canetas da marca.

Também no Facebook, o aplicativo da Tilibra possibi-lita a personalização de capas de caderno, que podem ser publicadas na própria rede e impressas para colar no caderno. A ideia reforça o conceito Pro que você imagi-nar, adotada na campanha da marca, que também é re-forçada pelo site Meu Tilibra Minha Cara.

O público teen é o alvo da Foroni, com a campa-nha Faça seu scratch!, que remete à música. A DJ no filme publicitário, veiculado em emissoras de TV aberta e fechada, é MariMoon, blo-gueira e ex-apresentadora da MTV. Entre o elenco, está a dupla catarinense Little Boy e Brown, semifinalistas da terceira temporada do con-curso “Qual é o seu talento”, promovido pelo SBT.

Já a Pentel lançou novas campanhas de lapiseiras e canetas, cujos filmes são transmitidos nas emisso-ras de TV fechada Disney Channel e Disney XD, além da web. Reforçando a parti-cipação online, a marca está presente no Orkut, Facebook e Twitter. &

Divulgar, promover e interagir

Os lojistas uniram forças para ajudar as vítimas das enchentes que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro. A Confederação dos Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (CDL-RJ) criou o Movimen-to Solidário Cedelista Rio, divulgando os itens mais necessários e os endereços das CDLs de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis que estão recolhendo doações. Lembrando a situação se-melhante pela qual passou o Estado de Santa Catarina em 2008, o ex-presidente da CDL Blumenau, Marcelino Campos, manifestou soli-dariedade às vítimas e abriu uma conta bancária exclusi-va para receber doações. &

Lojistas solidários

Criatividade na web

Mais de 200 meninas f icaram encantadas ao passar pela loja de depar-tamentos Nipon, no bair-ro Saúde, em São Paulo, até o dia 2 de fevereiro.

Mundinho cor-de-rosa

A Foroni fez uma exposição dos itens Barbie na Nipon em São Paulo.

A Foroni montou um espaço decorado com os produtos Barbie by Foroni para as crianças brinca-rem e interagirem com o ambiente. &

A Acadêmica Livraria e Papelaria apoia a Quadra da Cultura no Rio Grande.

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Perfil do Varejo14 Papelaria Alves (Taboão da Serra/SP)

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Sob a orientação do pai, o empresário aprendeu as particularidades do varejo e a lidar com os fornecedores.

A busca

Os funcionários Herbert, Rogério, Keitty, Lucas, o proprietário Robson e a funcionária Dayane posam no balcão da loja que buscou adaptar-se às necessidades dos seus atuais clientes.

pela excelência

Direto da revendaNome: Papelaria Alves.Localização: Taboão da Serra, a 18 km da capital de São Paulo.Site: www.papelariaalves.com.brE-mail: [email protected] da fundação: outubro de 1970.Quantidade de funcionários: 6.Região que abrange: toda a Grande São Paulo.Filiais: não.Área: 100 m².Serviço oferecido: entrega.Perfi l do cliente: corporativo.A vitrine precisa ter: produtos que chamem a atenção do consumidor. No meu caso, as novidades na área de informática e eletrônicos, como nave-gadores GPS, câmeras digitais, etc.Produtos mais vendidos: papel sul-fi te, cartuchos originais e acessórios de informática.Melhores fornecedores: Maxprint, Foroni e Multilaser.Produto que gostaria de trabalhar: equipamentos de informática, como impressoras e monitores. “Gostaria também de vender computador, mas é mais difícil de encontrar parceiros e fornecedores.”Gostaria de mais atenção: “Como sempre, as cargas tributárias, que deveriam ser reduzidas para gerar mais empregos e vendas.”

Como chegarAv. Dr. José Ma-c i e l , 5 1 9 – Jardim Maria Rosa - Taboão da Serra, SPCEP: 06763-270Telefone: (11) 4787-3622

mesma cidade. Atualmente, a pa-pelaria ocupa o térreo, e os outros dois andares são alugados.

Comparando os dias de hoje com a época em que começou, Robson acredita que agora o re-lacionamento com os fabricantes seja mais fácil. “Conseguimos comprar diretamente com a in-dústria porque o valor mínimo da compra diminuiu bastante”, calcula, fazendo uma estimativa com as moedas dos dois períodos. Essa facilidade fez com que o em-presário deixasse de participar de associações do setor. “Quando eu tive difi culdades de negociação, participei do Simpa e da Brasil Escolar, que me ajudaram bas-tante”, explica.

Em compensação, os clien-tes da família Alves estão cada vez mais exigentes. “Muitas leis foram criadas protegendo o consumidor”, justifi ca Robson. O contato com o público é uma das coisas que o lojista mais gosta em seu trabalho, além das novidades, “principalmente em informática”, destaca ao lembrar do material que o fez iniciar no ramo 13 anos atrás.

Ao longo desse tempo, o proprietário avaliou as tendên-cias do comércio e decidiu dar foco ao mercado corporativo,

com produtos de escritório e informática. “Eu já tinha clien-tela no setor. Preferi investir nesse público e atendê-lo com excelência. Repor produtos muito diversifi cados aumenta a chance de faltar algum item”, analisa enfatizando o que consi-dera um importante diferencial: “acredito que o consumidor valorize mais o atendimento do que o preço.” &

Robson Domingos Alves passou a infância vendo o pai, Antônio Alves, trabalhar na pape-laria que leva o nome da família, Papelaria Alves, inaugurada em 1970. Aos 18 anos, percebeu como a tecnologia tinha avança-do e decidiu entrar como sócio no negócio, contribuindo para a modernização da loja, que passou a vender artigos de informática. “Identifiquei essa necessidade, pois meu pai estava acostumado com os produtos tradicionais”, lembra Robson, citando guias e impressos fi scais do governo, itens praticamente extintos.

O primeiro endereço do esta-belecimento era no Centro de Ta-boão da Serra. Mas, no início dos anos 90, o patriarca construiu um prédio, onde a loja está até hoje, no bairro Jardim Maria Rosa, na

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Mercado16

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Indicando as diferenças com números absolutos ou porcen-tagens, as pesquisas de institui-ções como o Procon ou mesmo simulações de compras feitas por equipes de reportagem têm surpreendido os pais, que não podem evitar os custos com o material escolar. Muitos pape-leiros discordam desses dados, como Mário Oda, proprietário da Papelaria Grafi th (Campi-nas/SP). “Isso não aconteceu de repente para essa volta às aulas. O aumento ocorreu ao longo do ano, aos poucos. Mas as notí-cias fazem alguns pais fi carem assustados”, analisa Oda. Diti-nha Moraes, diretora comercial da Papel & Cia (Altamira/PA), contesta as informações sobre a variação de preço dos produtos: “Não concordo com pesquisas que não observam a diferença de qualidade, pois este é o principal

As táticas para vendera quem quer economizarAs variações nos preços de material escolar têm sido constantes nas manchetes de matérias sobre a volta às aulas. No auge das vendas, os lojistas tentam atender os clientes da melhor maneira e alcançar as expectativas de vendas.POR CAROLINA BERGER

motivo para haver itens mais caros ou mais baratos.”

Independente de novos preços e pesquisas, o objetivo dos pais é sempre economizar. Para se adequar às exigências, os papeleiros estão atentos e adotando várias estratégias. Se-gundo Melane Vatrela, adminis-tradora da Ondas Cartuchos e Papelaria (Xaxim/SC), muitos clientes estão comprando ma-terial apenas para o primeiro semestre, e a principal procura é pelo menor preço. “Os pais não estão mais privilegiando a marca e pesquisam até a última hora, deixando para comprar apenas quinze dias antes das aulas começarem”, analisa. Mas os lojistas não podem adiar muito as compras de volta às aulas. “A vantagem de comprar com antecedência é ter todas as opções desejadas, porque no pe-ríodo de volta às aulas a chance de faltar algum item é maior. Além disso, é possível começar a vender antes de todo mundo, fazendo pacotes de prazo e pre-ço atrativos”, ressalta Eduardo Castro, diretor comercial da Ca-çula Papelaria, atacadista que atende a várias cidades do Rio de Janeiro, além de Vila Velha (ES) e Juiz de Fora (MG). Mesmo assim, a empresa está pronta para emergências. “Temos um programa padrão de entrega em até 24 horas, o que faz a diferen-ça”, destaca Castro.

Gislene Vides Redivo é uma

entre tantas mães que deixaram para fazer as compras no fi m de janeiro. Depois que voltou da viagem de férias, passou dois dias pesquisando preço em três pape-larias. Optou por dividir a compra entre as duas mais baratas. “Mas também levei em consideração a variedade e o atendimento. É confortável poder deixar a lista toda na loja, fazer outras coisas e depois voltar para pegar a co-tação pronta”, ressalta a mãe de dois meninos em idade escolar, que não precisou comprar livros porque a escola adotou o sistema de apostilas.

Quem vai usar todo esse ma-terial são as crianças, mas muitos economistas recomendam que os pais comprem sozinhos, pois a tendência é que os itens mais caros chamem mais a atenção dos pequenos. Os clientes da Papel & Cia não seguem a dica. “Aqui, a maioria traz os fi lhos, o que permite educá-los. Inclusive, incentivamos esta ação para que as crianças aprendam com os pais a se tornarem compradores conscientes”, destaca Ditinha.

O conceito de comprar com responsabilidade também che-gou aos consumidores da Pa-pelaria Grafith. “Os pais têm comprado tudo o que é pedido na lista de material, porém são compras mais conscientes”, observa Oda, que aposta em des-taque de produtos e desconto. “A redução no consumo afeta um pouco as vendas, mas, se o

VOLTAÀS

AULAS2011

Plantão

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lojista tiver variedade e preço competitivo, isso é superado”, acredita. O diretor da Caçula também destaca a diversidade. “Os produtos com design e es-tampas diferenciadas estão em alta, pois atingem o público da classe C que está em ascensão financeira e quer produtos diferentes do que compravam antes”, avalia Eduardo Castro.

Melane, da papelaria em Xaxim, reconhece que “o que as pessoas mais olham são as capas de caderno”. Não à toa, esse pro-duto foi o único que Vitória, de 12 anos, teve a liberdade de esco-lher, inclusive o local da compra e o modelo que quer usar. “Vim a outra papelaria apenas para comprar os cadernos. Como ela é a mais velha, deixei escolher esse material”, justifi ca a mãe, Sônia Caó Vinagre. Ela contou que todos os outros itens, assim como o material da fi lha menor de 6 anos, foram comprados em uma única papelaria, utilizando apenas o preço como critério de escolha. Oda, da Papelaria Grafi th, concorda que o caderno é o produto mais atrativo e com-prou várias licenças. “Tenho um pouco de tudo, mas acho que os personagens são tantos que con-fundem a cabeça da criança”. Já Melane, da Ondas Cartuchos e Papelaria, apostou com se-gurança. “As licenças sempre saem, principalmente Ben 10 e Moranguinho”, afi rma.

A arte da conquistaSe os pais têm estratégias

para economizar, os lojistas também têm as suas para con-quistar clientes e fazer boas vendas. Uma tática comum para atender à grande deman-

da é a mudança de horário. A Ondas Cartuchos e Papelaria aderiu ao tempo de funcio-namento especial durante as duas semanas que antecedem o início das aulas. O horário de atendimento foi ampliado em duas horas e meia durante a se-mana. No sábado, a loja fi cava aberta das 9h às 13h e passou para das 8h às 19h. A Papel & Cia também optou por ampliar seu atendimento em uma hora durante a semana e em três horas aos sábados.

As opções de pagamento são outro grande atrativo e re-cebem a atenção de Oda. “Não trabalho com valor mínimo para dar desconto e parcelar. Isso não faz diferença, ofereço as mesmas condições a todos. Se eu não fi zer, o consumidor vai em outra loja que faça”, argumenta.

Uma dúvida que sempre cerca os lojistas é sobre vender ou não livros didáticos. “Em termos de lucratividade, não há vantagem. Mas você atende o cliente e isso é fundamental”, defende Ditinha. A localização da papelaria de Melane foi de-terminante na decisão por não vender livros. “O governo dá os livros aos alunos das escolas públicas e os dois colégios par-ticulares perto da loja fornecem apostilas”, justifi ca. Para atrair o consumidor, ela parcela as com-pras em cinco vezes durante este período e, no fi nal, vai sortear uma bicicleta. “A cada R$ 30,00, o consumidor ganha um cupom para concorrer ao prêmio”, explica. Além disso, quem com-pra a lista completa na Ondas Cartuchos e Papelaria ganha os cadernos encapados. &

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E-commerce

Os números não deixam dúvidas: a compra pela internet vem, a cada ano, ganhando mais espaço no Brasil. De acordo com o mais recente estudo divulgado pela E-bit, empresa especializa-da em informações de comércio eletrônico, em agosto de 2010, o e-commerce brasileiro cresceu 40% no primeiro semestre de 2010 se comparado ao mesmo período em 2009. Além disso, a estimativa é a de que, só no ano passado, 23 milhões de pessoas em nosso país tenham utilizado a internet como ferramenta de compra. “Esse desempenho é fantástico. Em 2001, o e-com-merce movimentou meio bilhão de reais. Hoje, esse número já chega a cerca de R$ 14 bilhões”, diz Dailton Felipini, consultor e especialista no assunto.

A venda pela internet surgiu nos anos 90, mas foi na década seguinte que a prática passou a chamar a atenção dos brasileiros. A REVISTA DA PAPELARIA, na segunda reportagem da série Papelarias na Web, destaca as vantagens de se investir em e-commerce, ou loja virtual, negócio capaz de driblar as barreiras geográficas, fazendo com que suas vendas alcancem todo o país.POR RENATA MEDEIROS

Para conquistartodo o Brasil

Ainda segundo o levanta-mento realizado pela E-bit, em parceria com o Movimento In-ternet Segura (MIS), do comitê da Câmara Brasileira do Comér-cio Eletrônico, as pessoas em nosso país estão mais confi antes em realizar compras via Web. Em média, 86% dos consumi-dores brasileiros fi caram satis-feitos com o comércio virtual no primeiro semestre de 2010. A entrada das classes C e D na internet, o aperfeiçoamento da tecnologia banda larga e a cria-ção de lojas virtuais adequadas aos critérios de segurança aos usuários são apontados como alguns dos motivos deste fato.

Se grande parte dos brasilei-ros passou a confi ar na Web para adquirir desde pacotes de viagem até carros, o lojista, segundo

Para Dailton Felipini, consultor e especialista em e-commerce, o lojista deve estar atento ao crescimento das vendas pela

internet no Brasil e se adequar à essa realidade.

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Felipini, não deve ignorar esse acontecimento, mas acompa-nhar essa tendência, assim como as necessidades desse cliente on-line. “Estar na rede é uma ques-tão de sobrevivência. Estar fora da rede é o mesmo que perder vendas”, alerta o consultor.

A dica vale também para as papelarias, sejam elas de gran-de, médio ou pequeno porte. Há dois anos, a Luani Pape-laria e Festas (Rio Negrinho/SC) criou sua loja virtual, in-vestimento que vem rendendo

bons resultados, como garante Maria Lúcia Augustin, uma de suas proprietárias. “Quem possui negócio próprio precisa se atualizar, pensar em novas alternativas de mercado para chamar a atenção do cliente. Além de proporcionar mais vendas, nosso e-commerce funciona como ferramenta de marketing das nossas duas lojas físicas”, revela.

Por outro lado, como lem-bra Maria Lúcia, nem tudo são flores no mundo virtual. Ela

Montar uma loja virtual não é somente ‘jogar’ os produtos na internet. Ela tem que ser muito bem planejada. Organização e suporte são fun-damentais. PEDRO WAENGERTNER ESPMSP

Evolução do número de e-consumidores*(em milhões)

* Pessoas que fizeram pelo menos uma compra virtual2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

0

5 mil

10 mil

15 mil

20 mil

25 mil

2,0 2,6 3,44,8

7,09,5

13,2

17,6

23,0

O e-commerce no BrasilEvolução do faturamento (em bilhões)

* Previsão

8,2

10,6

14,3

0

3 bi

6 bi

9 bi

1,2 bi

1,5 bi

2,5

4,4

6,4

20062005 2007 2008 2009 2010*

FONTE: e-bit Informação (www.ebitempresa.com.br)

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Papelarias na Web20

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E-commerce

conta que, quando decidiu le-var seu negócio para a internet, sentiu difi culdade em encontrar profi ssionais preparados para lidar com e-commerce e pape-leiros que já tivessem passado por essa experiência para troca de informações. Especialistas afirmam que o investimento em uma loja virtual pode trazer retorno fi nanceiro considerável, mas, geralmente, em médio ou longo prazo, fato comprovado pela papeleira. “O retorno não é imediato, e nosso e-commerce ainda não superou expectativas. Mas é preciso paciência. Todo negócio é assim”, observa.

Na rede Quando o lojista decide in-

vestir em uma loja virtual, ele precisa ter em mente que irá atingir outro mercado, assim como outro tipo de consumidor, lembrando que os produtos oferecidos estarão disponíveis a um número muito maior de indivíduos. “Imagine uma pape-laria de um bairro em São Paulo. Quantos clientes têm acesso a ela? Já se a mesma papelaria está na internet, é possível alcançar todo o Brasil”, argumenta Fe-lipini. “Uma loja virtual bem estruturada leva o nome da pape-laria aos quatro cantos do país, aumentando assim sua visibili-dade e credibilidade”, completa Marco Júnior, especialista em e-commerce. Outro poder que a internet possui é a de tornar a concorrência menos desigual, como garante Felipini. Se a di-ferença entre uma pequena loja física e outra pertencente a uma grande rede é nítida quando an-damos pelas ruas, o mesmo não acontece na Web. “Na internet não fi ca evidente se aquela é uma grande ou pequena empresa, o que torna a competição menos desleal”, afi rma o consultor.

Maria Lúcia Augustin, uma das

proprietárias da Luani Papelaria e Festas, conta

que há dois anos enxergou a

necessidade de montar também uma loja virtual para atender às

necessidades do mercado. O

investimento deu certo, mas ainda

não superou as expectativas da

papeleira.

A primeira orientação dada por especialistas para quem pretende montar um e-com-merce é aprender sobre o tema, seja por meio de livros, sites ou até cursos voltados para essa área. Fazer um planejamento, fi car de olho na concorrência e atento ao público-alvo também são medidas essenciais para quem deseja apostar em tal ramo. “Montar uma loja virtual não é somente ‘jogar’ os produ-tos na internet. Ela tem que ser muito bem planejada”, orienta Pedro Waengertner, professor de varejo e e-commerce da Escola Superior de Propagan-da e Marketing de São Paulo (ESPM-SP). Começar ofere-cendo no site uma variedade não exagerada de produtos é outra dica para se evitar riscos. “É viável experimentar antes de ampliar o negócio”, afi rma o professor.

No mercado, existem vá-rias empresas de solução em e-commerce, e, de acordo com Marco Júnior, há opções para todos os bolsos. “O gasto com uma loja virtual é bem mais bai-xo se comparado a uma física. A partir de um investimento

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Escolha um bom nicho de mercado – Isso significa definir que produtos vender e para quem vender.

Planeje muito bem o seu negócio – A principal função do planejamento é estimular o gestor a se antecipar aos possíveis problemas e a se preparar para eles. Uma ferramenta útil para isso é o chamado plano de negócios.

Monte uma loja virtual eficaz – Um e-commerce eficaz é aquele que consegue transformar seus visitantes em compradores.

Traga muitos visitantes para a loja – Para isso existem várias estratégias de marketing on-line (via internet) que você pode utilizar.

Fonte: eBook “ABC do E-commerce - Os quatro segredos de um negócio bem-sucedido na Internet”, disponível em www.e-commerce.org.br.

Dicas para montar seu e-commerce:

Especialista em e-commerce, Marco Júnior lembra que o investimento

financeiro em uma loja virtual é bem

menor que em uma loja física, e garante que vale

a pena investir no negócio.

pequeno, entre R$ 2 mil e R$ 5 mil reais, o varejista consegue montar seu e-commerce. Não há razão para não experimen-tar”, sugere. Contar com o au-xílio de um consultor também é uma alternativa.

Como em qualquer outro negócio, a publicidade não po-deria ser deixada de lado, sendo ela uma das principais responsá-veis pela garantia das vendas de uma loja virtual. A boa notícia é que o investimento fi nanceiro em marketing na internet, além de atingir todo o país, também é menor se comparado à divulga-ção de uma loja física, que preci-sa apostar em banners, traseiras de ônibus, rádio ou televisão. “O site também precisa estar

sempre atualizado e otimizado”, lembra Waengertner.

O e-commerce precisa ofe-recer um serviço de qualidade, e, segundo especialistas, a ado-ção de medidas simples pode fazer toda a diferença. “Enviar e-mails relatando a movimen-tação da mercadoria é uma maneira de administrar a ansie-dade do cliente e de conquistá-lo”, opina Júnior. “Organização e bom suporte são essenciais”, garante Waengertner.

Responsável pelo e-com-merce da Papelaria Real (São Paulo/SP), Lucas Rocha sabe como é importante garantir que a loja virtual funcione adequa-damente se o objetivo é conquis-tar o chamado e-consumidor.

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E-commerce

Apostando com tudo na internet Se algumas lojas físicas migram

para a Web, há também aquelas que já “nascem” na internet, como é o caso da Sweet Paper. Lançada em dezembro, a papelaria on-line ofere-ce, entre outros produtos, agendas e cadernos artesanais personalizados, montados de acordo com o desejo dos chamados e-consumidores. “O custo para abrir um negócio é alto, e assim optamos pela internet, já que a montagem de uma loja virtual sai bem mais em conta”, comenta Raquel Kury Guerra, uma das proprietárias do e-commerce.

Até ser colocada no ar, a Sweet Paper, durante um ano, passou por vários testes e sofreu uma série de

Brunella Oliveira começou a vender artigos de papelaria personalizados

por meio de um blog. Hoje, ela oferece os produtos em uma loja

virtual e pretende sofisticar ainda mais o negócio.

adaptações até chegar ao resultado desejado. Raquel diz que contou com o auxílio de uma empresa especializada e que o investimento vale a pena. “Muita gente navega pela internet e, devido à correria do dia a dia, prefere utilizar a Web para fazer compras. Se traba-lhado corretamente, o e-commerce é capaz de se sustentar sozinho, sem ser necessário ter por trás dele uma loja física”, afirma.

A Papelaria Tête-à-Tête também coloca à disposição do público artigos artesanais exclusivos. Brunella Oliveira Simões, proprietária da loja virtual, con-ta que começou a expor seus produtos em um blog, e como o negócio deu certo, ela decidiu apostar também no

e-commerce. “As vendas eram rea-lizadas via e-mail, o que tomava mui-to o meu tempo”, lembra a artesã, que, apesar disso, não pretende deixar o blog de lado.

Para criar o e-commerce ela gastou R$ 70,00 quantia que lhe dá o direito de deixar o site no ar durante seis meses. Depois desse período, o contrato deve ser renovado. A empresa escolhida por Brunella oferece programa e plataforma prontas, e, atualmente, a artesã procura um profissional especializado para ajudá-la a montar um e-commerce mais sofisticado e personalizado.

Ele conta que, em dezembro, quando começou o trabalho na papelaria, o e-commerce, que existe há dois anos, apresentava alguns problemas, como produ-tos cadastrados de maneira er-rada que, às vezes, comprometia seu funcionamento. “Algumas pessoas ligaram reclamando”, revela. Rocha afirma, porém, que até o fi m deste mês tais im-passes estarão resolvidos, já que

o intuito é oferecer o melhor serviço aos clientes.

Entrega e pagamentoPara deixar o e-consumidor

satisfeito é ainda fundamental garantir que o pedido chegue na data certa, e, como afi rma Waengertner, o Sedex dos cor-reios é a melhor alternativa para quem ainda é novo no ramo do e-commerce. Mais tarde, com o

crescimento das vendas, o lojista pode investir em outra logística, como na entrega realizada por transportadoras. Atender so-mente sua região, deixando isso explícito no site, e ir expandindo o negócio aos poucos, é outra opção. “Se o lojista consegue fazer a entrega em três dias, ele deve informar no site que ela acontecerá em quatro para garantir que não haverá atrasos.

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Para saber mais...www.e-commerce.org.br ■ www.marcojr.com.br ■ eshopperblog.blogspot.com

Algumas soluções em e-commerce

Ciashop E-commerce Evolution – Manutenção e criação de loja virtual SMB, destinada a pequenas e médias empresas, a partir de R$ 6 mil. Loja virtual Ciashop Framework, destinada a médias e grandes empresas, a partir de R$ 20 mil. www.ciashop.com.br. Contato: (11) 3577-7999.

eHub –Valor da criação e manutenção do e-commerce sob consulta. www.ehub.com.br.

Ikeda e-commerce – Valor da criação e manutenção do e-commerce sob con-sulta. www.ikeda.com.br. Contato: (11) 4506-4851.

Innodigital – Os valores para criação e manutenção do e-commerce variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, dependendo da necessidade do projeto. www.innodigital.com.br. Contato: (11) 3791-7500.

Rumo Informática (sistema FastCommerce) – A empresa oferece o sistema FastCommerce, pelo qual paga-se R$ 400,00 de taxa de inscrição, e planos de con-tratação a partir de R$ 59,00 mensais. www.fastcommerce.com.br. Contato: (11) 5052-9339 para São Paulo, e 0800-7740166 para as demais regiões.

Tanlup – O valor do plano para criação e manutenção do e-commerce é R$ 15,00 por mês. A empresa também oferece plano semestral e anual, além de um gratuito. www.tanlup.com.

WH Sites – A criação e manutenção do e-commerce podem variar entre R$ 149,00 e R$ 585,00. www.whsites.com.br. Contato: (11) 4063-3818 para São Paulo. Para as demais localidades consultar o site.

Antes de fazer isso, porém, ele deve fi car atento ao prazo do concorrente”, acrescenta.

O frete é algo que também precisa ser pensado. Júnior comenta que algumas em-presas para conquistarem os e-consumidores não passam a eles esse custo, mas a maneira de lidar com essa despesa deve ser avaliada caso a caso. “A maneira de se trabalhar com o frete vai variar de acordo com vários fatores e deve se adequar à realidade do meu e-commerce”, diz. Na Luani Papelaria e Festas, por exemplo, os clientes de Rio Negrinho não pagam frete nas compras acima de R$ 20,00. O especialista lembra ainda que a loja virtual também precisa

de uma boa gestão de estoque, sendo aconselhável colocar tarjas com os dizeres “In-disponível” e “Avise quando chegar”, orientando o cliente on-line.

As formas de pagamento oferecidas pelo e-commerce devem ser diversas para aten-derem a necessidade dos mais variados e-consumidores. O cartão de crédito não deve ser deixado de lado, já que 70% das transações na internet são rea-lizadas por meio dele. Há ainda o boleto e a transferência ban-cária, sendo que o lojista pode ainda contar com o serviço de empresas especializadas, res-ponsáveis por fazerem a ponte entre a loja virtual e as diversas operadoras de cartões. &

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Cola

Ao começar a abastecer a Me-gatudo Papelaria (Araguatins/TO) para o início das aulas do ano que estava por vir, o gerente Joed-son Carvalho de Sousa sabia que não podia deixar de encomendar um item: as colas. “Elas vendem bem mesmo. Nunca fi quei com alguma encalhada aqui”, come-mora ele, que trabalha com várias versões da goma, entre elas a voltada para isopor, a específi ca para madeira, as coloridas e, é claro, a branca, a queridinha dos consumidores.

Dalvir Uszacki, proprietário da Lápis & Cor Papelaria (Cama-quã/RS), também é só elogios para o produto. Segundo ele, a maior parte das vendas acontece nos pri-meiros meses do ano, quando são procuradas pela criançada e por seus pais. “Mas elas também cos-tumam ser procuradas próximo a datas comemorativas, para serem usadas em trabalhos escolares”, complementa.

Já Elaine de Lima Batista,

dona da Grafi te Papel & Arte (Ilhéus/BA), lista outros dois momentos de “boom” nas vendas do produto: a fase de campanhas eleitorais e a realização de greves. “Na nossa cidade, a maioria delas é promovida pelo Sindicato dos Bancários. Como nossa loja fi ca no centro, no encontro de duas das principais ruas comerciais, onde há vários bancos, já viu né?”, brinca ela, que considera o produ-to um dos campeões de vendas na época da volta às aulas. “Como é um item barato, sempre compro em grande quantidade. Mesmo assim, quando acaba essa fase, meu estoque já acabou e tenho que procurar um distribuidor para fazer a reposição”, conta.

O sucesso do produto é ta-manho que, nesse período, a loja de 150 m² ganha um balcão e duas prateleiras voltadas apenas para versões de cola branca: a de 40 g, a de 90 g, a de 250 g, a de 500 g e a de 1 l. As do tipo bastão fi cam junto dos corretivos, e as coloridas, próximas das tintas dimensionais, que têm um for-mato parecido, o de bisnaga. E o que fala mais alto na hora de o consumidor comprar um desses produtos? “Infelizmente, ainda continua sendo o preço”, respon-de categórica.

Por outro lado, há quem olhe com desconfiança a fama de “curinga” da mercadoria e prefi ra fazer compras com moderação. É o caso de Gilberto Anis Moreira, gerente da Papelaria Anis (Joa-quim Távora/PR), que diz já ter fi cado com o material parado no estoque. Por isso, acredita ele, é

Itens certos nas listas de material escolar, colas são produtos de grande giro não só durante a volta às aulas, mas também nos outros meses do ano. Em diversas versões, elas atraem consumidores variados, de crianças a artesãos, e não podem faltar na sua papelaria. POR LUCIANA D’AULIZIO

De “grude”o ano todoimportante que o lojista se plane-je para fazer compras adequadas à necessidade de cada período. “No primeiro bimestre, por exemplo, a procura é três vezes maior que nos outros meses”, garante o papeleiro, que opta por expor os produtos em gôndolas.

Além do preço, as licenças infantis são outro fator que fala alto para a clientela, especial-mente para a molecada. “Costu-mamos montar kits de materiais escolares relacionados aos per-sonagens mais populares, como Barbie e Carros. Eles contêm ca-dernos, lápis, cola, entre outros itens”, comenta Ester Erhart Pereira, que comanda a Contact Papelaria e Presentes (Coronel Sapucaia/ MS). De acordo com ela, além da branca, outra cola que tem bastante saída é a que vem com glitter. “Elas costumam ser mais baratas que as coloridas. São procuradas principalmente por quem trabalha com arte-sanato e por professores que gostam de desenvolver trabalhos em EVA”, ressalta.

Empresas também usam

Comprador fiel ao longo de todo o ano, o segmento cor-porativo também é um nicho importante quando o assunto é cola. Nesse caso, as versões mais básicas são as preferidas, espe-cialmente as que têm o formato de bastão. “As líquidas têm a vantagem de permitir ajustes, por demorar mais para secar, e tem um poder de adesão maior. No entanto, essas proporcionam um trabalho mais limpo, secam mais

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rapidamente e são mais práticas devido à fácil aplicação”, destaca a gerente de marketing da Faber-Castell, Marta Aymard.

Outro público que merece ca-rinho são os amantes de artesa-nato. Pensando neles, a Henkel dispõe de uma marca exclusiva: a Cascorez, que tem vários tipos de cola branca, cada uma com uma fi nalidade. “Ela é muito utilizada em artesanato – para preparo de massa de biscuit, por exemplo – assim como, em marcenaria e reparos em geral. As embalagens variam de 500 g a 50 kg para todos os tipos de uso. As de 500 g e 1 kg vêm em uma caixa com doze unidades”, comenta Paula Gonçalves, gerente de categoria de adesivos de consumo da mar-cas Cascola Cascorez.

A Glitter também possui um linha focada nesse ramo, da qual fazem parte a cola EPS para isopor; e a Descola, que não tem fixação definitiva. Na opinião de Fernanda Lopes, supervisora de marketing, a procura pela mercadoria é constante e deve ser incentivada, principalmente em regiões mais carentes de pontos de venda de material artístico e de artesanato. “O mercado de colas é amplo. No caso das pa-pelarias, acredito que a melhor estratégia seja abastecer primei-ramente o nicho escolar, para depois investir em outros não sazonais a partir de março, no pós-volta às aulas”, afi rma.

Há ainda os modelos voltados para atividades ainda mais especí-

fi cas, entre elas, o “scrapbooking”: técnica nascida na Alemanha e popularizada nos Estados Unidos usada para ornamentar álbuns de fotografi a e que tem ganhado cada vez mais espaço no ramo de decoração. Neste caso, para aumentar o tempo de vida das fotos é necessário usar materiais acid free, que têm pH neutro. Com isso, as imagens demoram mais para ficarem amareladas. “Nossos clientes são mais adultos e buscam opções de qualidade a custos honestos. Eles se preocu-pam com o efeito da cola em seu trabalho, pois querem qualidade e durabilidade do adesivo, além, é claro, da facilidade no uso”, destaca Mauro Garcia, diretor da Craft & Scrap.

Incrementando o PDV A Bic é outra que fabrica

colas com foco nos dois seg-mentos. Para Anderson Gallo, gerente de produto da categoria de papelaria, o artigo tem a vantagem de puxar a venda de outros produtos do ramo. “Ele é importante como comple-mento de linha para a categoria de papelaria. A demanda existe tanto para a linha escolar quanto para o segmento de artesanato. Não divulgamos a diferença de vendas entre os dois nichos, mas podemos dizer que o primeiro mercado tem um peso maior que o segundo”, afi rma. Paula Yamazaki, diretora comercial da Delta Artigos Escolares, reitera o potencial do produto

As colas também costumam ser procuradas pró-ximo a datas comemorativas para serem usadas em trabalhos escolares.

DALVIR USZACKI LÁPIS & COR PAPELARIA

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Cola

Conheça o mix de cada empresa

3M A companhia oferece em seu catálogo as colas líquidas Scotch de 40 g, 90 g, 500 g e 1 kg; as lapiscolas branca e transparente, ambas com 40 g; e as tipo bastão de 8 g, 20 g e 40 g. “Os maiores volumes de venda concentram-se nos itens mais tradicionais que são as colas líquidas de 40 g e 90 g e a cola bastão de 8 g. Como são itens que aparecem nas listas escolares, a procura é maior”, conta Silvia Broetto, especialista de marketing da divisão de papelaria e escritório.

Acrilex Entre as versões básicas, estão a branca (encontrada em cinco tamanhos diferentes), a de bastão (em três versões) e a transparente. Há ainda várias voltadas para artesanato, como a Cola Lantejoula, Cola Jeans e a Multcolage Têxtil, usada para trabalhos em tecido; a Cola Ateliê Super, à base de PVA; e a Multcolage, para colagens em madeira, MDF e outros materiais.

Ab(etabe aiarLaMpCPVco

Bic Tem uma linha exclusiva de colas bastão de 8 g, com licenças tradicionais da Disney, entre elas Pooh, Princesas e Mickey. Além disso, a empresa trabalha com ECO, à base de água, lavável e não tóxica. Ela é oferecida em formato bastão de 40 g e 90 g.

e recomenda alguns cuidados ao apresentá-lo no ponto de vendas. “Deve estar sempre nas prateleiras, em um local de fácil visualização, e próximo do caixa”, propõe.

Ricardo Andrade, sócio-ge-rente da Carplac, concorda com a sugestão apresentada pela executiva e inclusive lista algu-mas combinações que podem fazer sucesso. “Sempre indicamos colocá-las perto de outros mate-riais de ‘prender’, como fi tas ade-sivas, clipes e grampos, comenta. Além de estimular aquisições em conjunto, é aconselhável que o lojista organize as colas expostas por marcas, a fi m de criar uma organização visual dos itens. A dica é dada pela gerente de produtos da Summit, Andrea Medeiros. “Independentemente do perfi l da loja, sugerimos que os produtos sejam colocados de forma coordenada nas gôndolas. Eles podem ser colocados com outros produtos da linha de arti-gos escolares ou ainda agrupados na loja por motivo de utilização, sendo posicionados na seção de artigos para artesanato, por exemplo”, diz.

Já Maurício Fischer Costa, consultor de marketing da Fra-ma, aposta na interação com os clientes como determinante nas vendas. “Recomendamos que as pessoas testem os produtos na loja”, esclarece. O executivo ainda salienta a necessidade de conservar o produto em lu-gar adequado. “É recomendado deixá-lo em local onde não seja exposto ao sol e que não tenha umidade. Prezamos também pelo cuidado no transporte de nossos produtos, para que cheguem em perfeito estado ao cliente fi nal”, fi naliza. &

Craft & Scrap Comercializa também cola não líquida. Nesta categoria, estão os dots (tipo de espuma com adesivos dupla face, que permite altura no trabalho) ou os tape runners (o adesivo dupla face com formatos em pontos ou barras está em uma fi ta, similar a um corretor de textos).

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Delta Artigos Escolares A linha Koala conta com a clássica versão branca nos tamanhos 40 g, 90 g, 500 g e 1 kg. Também fazem parte da coleção a de isopor e a colorida. A grande novidade é a nova cola glitter, com cores diferenciadas e maior valor agregado.

Faber-Castell Produz colas coloridas – miscíveis e encontradas em tonalidades vivas – e as do tipo bastão. Estas são encontradas em frascos de 22 g e 40 g e são atóxicas e laváveis. Os produtos são comercializados em dois tipos de embalagem: uma cartela com uma unidade, ideal para venda em lojas de autosserviço, e bandejas com dez unidades.

Glitter O carro-chefe da empresa é a linha de artesanato, resistente a lavagens, à base de água e voltada para aplicação de materiais diversos. Fazem parte dela a Cola Lantejoula (em versões de 15 g ou 60 g), a Cola Pedraria (em blister de 20 g e 50 g), a Cola Pano (de 15 g, 60 g, 100 g ou 500 g), a Cola Pano Découpage (de 50 g ou 250 g) e a Cola Chinelo, usada na customização desse tipo de acessório.

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Giro28

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Cola

Frama Fabrica a Maxi Cola, branca, líquida e atóxica nas versões de 40 g, 90 g, 250 g, 500 g e 1 kg. Além de serem anatômicas, as embalagens do produto contam com bico dosador, tampa abre e fecha e podem ser completamente recicláveis. Elas estão disponíveis para embalagens plastifi cadas com seis unidades, para os tamanhos 40 g e 90 g, e em caixas com doze para os demais formatos.

Visitex A empresa mantém em seu mix a cola de bastão de 9 g e na Vision VS-805, líquida e também de 9 g.

Henkel Um dos carros-chefe da multinacional neste segmento é a cola Pritt. Consolidada no mercado com o clássico modelo em bastão, ela também é comercializada na versão Pritt Tenaz, à base de PVA e água. Lavável mesmo depois de seca, ela é comercializada nas versões 35 g, 110 g, 225 g, 500 g e 1 kg. As linhas Pritt e Pritt Tenaz ainda incluem os corretivos em fi ta Pritt Rolli Pop e Pritt Correct It e a massa adesiva Pritt Multi-tak.

Mercur Tem no mix três estampas das Princesas para as colas brancas de 40 g, e duas diferentes de Pooh, Moranguinho, Barbie e HotWheels para os produtos de 40 g e 90 g. Há ainda modelos voltados para artesãos, entre eles, uma voltada para lantejoula, tecido e jeans, de 35 ml; outra para isopor e EVA, de 40 g e 90 g; uma permanente para tecido, de 40 g; e várias com glitter.

Sertic A importadora optou pelas marcas Menininhas e Ben 10 para chamar a atenção da criançada. A primeira é encontrada apenas no formato bastão, de 8 g, e a segunda nessa versão e em outra, líquida e de 40 g. O mix da empresa inclui ainda a linha Eagle, com unidades de 8 g, 14 g e 34 g em bastão, e Cola Cis, de silicone e própria para pistola para aplicação quente.

Summit A grande novidade da companhia é a versão em bastão TRIS Desappear, cujo rastro de cola desaparece após a aplicação. Comercializado em um tubo de 10 g, o produto possui boa aderência e é resistente ao calor. A linha TRIS ainda tem três modelos: TRIS Stick, bastão tradicional encontrado em embalagens de 10 g, 21 g e 40 g, a cola branca TRIS Spread e a cola com glitter TRIS Shine. O mix da empresa ainda inclui a cola em silicone Concept.

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Nota fiscal eletrônica

A partir de abril, a versão atualizada da Nota Fiscal Eletrônica, chamada 2.0, deverá ser utilizada, obrigatoriamente, pelos lojistas. Com isso, questões relacionadas à informatização dos procedimentos fi scais da Receita Federal voltam a ganhar destaque, e para mostrar como o assunto afeta a vida dos papeleiros, a REVISTA DA PAPELARIA conversou com cinco deles, um de cada região do país. A falta de informação sobre o tema foi um dos principais problemas relatados. POR RENATA MEDEIROS

Adeque-sevem mais mudanças por aí

O prazo estipulado pela Re-ceita Federal para que as lojas, em determinados casos, se ade-quassem às regras relacionadas à Nota Fiscal Eletrônica expi-rou no último dia 31 de dezem-bro, mas, como o cumprimento da determinação pode variar de acordo com a legislação de cada estado, ainda existem estabelecimentos emitindo o documento manualmente, como é o caso da Papelaria Santiago (Santiago/RS). De acordo com seu sócio proprie-tário, Georgton Roberto Cruz, o processo de informatização já teve início, mas ainda não foi concluído. “Estamos afas-

Inaugurada há um ano e meio, a Livraria Papelaria Padre Soveral, por obrigatoriedade, abriu as portas já adaptada ao sistema de Nota Fiscal Eletrônica.

tados dos grandes centros e, por isso, sentimos difi culdades em relação a questões técnicas de implementação do sistema. A informação sobre o assunto não é compartilhada e há escas-sez de profi ssionais capacitados nessa área”, reclama.

Assim como Cruz, Marcílio Martino, à frente da Livra-ria Papelaria Padre Soveral (Canguaretama/RN), também sentiu dificuldades quando abriu sua segunda loja, há um ano e meio. “Já comecei o negócio utilizando a Nota Fiscal Eletrônica, já que era uma obrigatoriedade. Tive que fazer tudo sozinho, o que foi

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Segundo o analista de negócios Sidcley Fructuoso da Silva, o empresário deve estar em sintonia com seu contador para se adequar às exigências.

bastante complicado”, lembra. Martino possui outra pape-laria há sete anos, mas nela a emissão da nota fiscal ainda é realizada manualmente.

Deixando o modelo tra-dicional de lado, o papeleiro João Pereira Silva, dono da Livraria Primavera (Prima-vera do Leste/MT), trabalha, desde outubro, com a Nota Fiscal Eletrônica. “A maioria das empresas exige, então é preciso ter”, diz. Apesar de achar esse procedimento mais prático que o antigo, ele diz que a mudança não afetou sua rotina. “Não destaco pontos positivos ou negativos. Não mudou muita coisa”, avalia.

Tanto as lojas que já se adaptaram ao novo processo, quanto aquelas que ainda não aderiram precisam ficar aten-tas, pois a partir do próximo dia primeiro de abril, como es-tipulado pela Receita Federal, todas devem passar a utilizar a versão mais atualizada da Nota Fiscal Eletrônica, a 2.0, que possuirá novos campos, novas rotinas de segurança, mudanças no layout, entre outras implementações. Aten-to a esse fato, Gaspar Roberto

Alves, proprietário da Livraria e Papelaria Casa do Saber (Parauapebas/PA), já se adap-tou ao processo, mas, pelo menos por enquanto, não vai ainda colocá-lo em prática. “Preciso esgotar o estoque de blocos para a emissão manual de notas. Comprei vários deles e não posso deixá-los sem ser-ventia”, explica.

Para Alves, ainda é cedo para avaliar o sistema, mas ele adianta que a Nota Fiscal Ele-trônica pode ser mais prática, já que para requerer os blocos para emissão manual era pre-ciso viajar até Marabá, também no Pará. Das autoridades, o

papeleiro é outro que cobra mais informações em relação ao tema.

A adequação, de acordo com o dono da Aqpel Pa-pelaria e Informática (São Paulo/SP), Fernando Ide, é um problema para o pequeno em-presário, já que ela é sinônimo de gasto. O papeleiro, que já se prepara para implantar a Nota Fiscal Eletrônica em sua loja, reclama ainda que o governo exige muito do varejista, mas não dá a ele retorno algum. “Ele poderia, por exemplo, diminuir alguns dos impostos que somos obrigados a pagar”, sugere.

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Consultoria32

fevereiro de 2011

Nota fiscal eletrônica

o empresário esteja atento e converse com seu contador para verificar se sua empresa encontra-se sob alguma dessas obrigatoriedades”, esclarece.

De acordo com Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec Rio de Janeiro, a informatização da vida finan-ceira das empresas vai criar uma espécie de “Big Brother” tributário. Para ele, a iniciativa é positiva, pois força a formali-zação dos negócios. “Teremos a inibição do caixa dois, assim como uma concorrência mais honesta”, alega. O professor também acredita que a adoção da Nota Fiscal Eletrônica pode significar, no futuro, o fim do Cupom Fiscal.

Outro benefício trazido pela informatização de diver-sos processos, como comenta

Silva, é a eliminação dos livros fiscais e contábeis, substitu-ídos por arquivos digitais. Sofrerão consequências nega-tivas somente as empresas que atualmente deixam de reco-lher seus tributos ou que não investem na informatização como forma de gerenciamento de seus negócios. “Há custos envolvidos na normalização dos processos, mas tais investi-mentos, tanto para atender as exigências do fisco como as de mercado, acabam convergindo em realidade única”, diz.

O analista de negócios lem-bra ainda que a não adequação pode trazer problemas para o lojista. “Ele pode pagar desde multas que chegam a R$ 5 mil por declaração não entregue, até sofrer com o impedimento da prática de suas operações comerciais”, alerta. &

Na Livraria Primavera, a Nota Fiscal Eletrônica é utilizada desde outubro, já que muitas empresas vêm exigindo tal procedimento. Seu proprietário, porém, diz que a adaptação não trouxe grandes mudanças.

De acordo com o professor de finanças Gilberto Braga, a informatização da vida financeira das empresas vai criar uma espécie de “Big Brother” tributário.

MelhoriasComo explica Sidcley Fruc-

tuoso da Silva, analista de negócios da WK Sistemas, a Nota Fiscal Eletrônica é somente um dos pilares do Sistema Público de Escritu-ração Digital (SPED), projeto subordinado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem como obje-tivo fazer com que todas as operações dos contribuintes sejam registradas de forma digital e integrada diretamente à Receita Federal. Fazem tam-bém parte dele a Escrituração Fiscal Digital e a Escrituração Contábil Digital. “Cada um desses pilares tem obrigatorie-dades diferentes, variando por estado, ramos de atividade ou ainda regime de apuração de impostos. O importante é que

Para saber mais...sobre a Nota Fiscal Eletrônica ligue para a Central Nacional de Aten-dimento da Nota Fiscal Eletrônica (0800-9782338) ou acesse www.nfe.fazenda.gov.br/portal

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Mercado Global34

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Direto da Alemanha*

Oportunidade é marca da China Sourcing Fair: Gifts & Premiums

Entre os dias 29 de janeiro e 1 de fevereiro foi realizada na Ale-manha a Paperworld Frankfurt, principal evento internacional voltado para o setor papeleiro. Durante esse período, profis-sionais do ramo e jornalistas de diversas partes do mundo acom-panharam as principais tendên-cias do mercado, além de ficarem por dentro do que acontece nesse mercado tão diversificado.

Com mais de dois mil es-tandes divididos em 10 grandes pavilhões, onde era possível encontrar vários lançamentos,

o evento trouxe ainda outras novidades como a autonomia da Paperworld Creative, antiga área da Paperworld Frankfurt destinada a artesãos e artistas, que se transformou em um dos pavilhões da feira, sendo chama-da de Creativeworld.

A segunda edição do Remax, evento sobre reciclagem de to-ners e cartuchos de impressão, chamou a atenção dos visitan-tes, que também mostraram-se interessados na divulgação da Paperworld Middle East e da Pa-perworld Russia, que acontecem,

respectivamente, em março e setembro deste ano.

A REVISTA DA PAPELARIA esteve presente na Paperworld Frankfurt para trazer aos seus leitores um pouco do evento que todos os anos movimenta o mercado de pa-pelaria. Na edição de março, será publicada uma matéria especial sobre o tema. Nela, destacaremos a atuação das empresas brasileiras na feira, o interesse do mercado internacional papeleiro em nosso país, a atual situação do mercado papeleiro mundial, entre outros assuntos. Não percam! &

Durante os dias 20 e 23 de abril será realizada em Hong Kong a China Sour-cing Fair: Gifts & Premiums. Organizada pela Global Sources, a feira promete ser local ideal para pro-f issionais que desejam aumentar a visibilidade no mercado e atrair clientes.

A China Sourcing Fair: Gifts & Premiums reúne diversos prof issionais, sendo dividida em dife-rentes categorias, entre elas: presentes em geral, artigos para Natal e, é claro, artigos de papela-ria, que são fabricados a partir de criativos designs. Importantes expositores chineses estarão presentes na feira, assim como de Taiwan e de outros países asiáticos que vêm cada vez mais expandindo sua atuação pelo mundo.

A preocupação com o conforto e a comodidade de quem visita a feira é constante para os mem-bros da Global Source, e, dessa maneira, uma sé-

rie de facilidades serão oferecidas para que eles possam aproveitá-la ao máximo. Uma delas é a garantia do transporte até o AsiaWorld-Expo, onde acontecerá o evento. A China Sourcing Fair: Gifts & Premiums é realizada duas vezes ao ano, e sua próxima edição será em outubro. Para mais informações so-bre o evento acesse: www.chinasourcingfair.com. &

A China Sourcing Fair: Gifts & Premiums é sinônimo de oportunidade para quem deseja encontrar expositores asiáticos e também expandir os negócios.

* por Renata Medeiros, enviada especial

* Com a colaboração das revistas associadas à Ispa (International Stationery Press Association) e ISG-Guide.

CONEXÃO*URUGUAI E PARAGUAI

A Revista El Papel vai expan-dir sua área de atuação chegando até o Uruguai e o Paraguai. Para isso, o veículo de comunicação, que já acompanha o mercado pa-peleiro do Equador, da Colômbia, do Chile, da Bolívia e do Peru, vai ganhar nova sede, localizada em Montevidéu, capital do Uruguai.

SUÍÇAA International Stationery Press

Association (ISPA), que engloba vá-rias mídias especializadas no setor papeleiro, entre elas a REVISTA DA PA-PELARIA, anunciou que o editor chefe da revista suíça Papeterie und Büro, Jürg Kühni, foi, pelo quinto ano consecutivo, reeleito para o cargo de presidente da associação.

EUAA 3M procura alavancar suas

vendas sofi sticando os produtos do seu portfólio e investindo em estratégias de marketing. A atua-ção da empresa vem crescendo rapidamente em vários países, e suas vendas internacionais au-mentando cerca de 12% ao ano, desde janeiro de 2000.

UCRÂNIADe dois a quatro de março, o

país será palco da World of Sta-tionery. Considerado um evento estritamente voltado aos negó-cios, a feira pretende ser uma oportunidade para empresas ucranianas e estrangeiras. Mais informações em: www.statio-nery-expo.com.ua.

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Mercado Global36

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No último mês, a Hong Kong International Stationery Fair, re-alizada pela Messe Frankfurt em parceria com a Hong Kong Trade Development Council (HKTDC), movimentou o mer-cado papeleiro local, levando para a China mais de 15 mil visitantes de 122 diferentes pa-íses e regiões. De acordo com os organizadores do evento, o número de pessoas que com-pareceu à feira neste ano foi 4% maior que o do ano passado, e, para muitos deles, a participa-ção rendeu bons resultados.

A feira também agradou grande parte de seus 238 exposi-tores, uma vez que mais de 75% deles declaram-se satisfeitos com a participação no evento, como é o caso do diretor executivo de vendas da CY Paper Products, também de Hong Kong, An-thony Cheung. “O intuito era promover nossa marca e fechar novos negócios. Posso dizer que alcançamos tais objetivos. O número de visitantes da Austra-lásia, da Europa e da América do Norte, interessados em nossos produtos foi incrível”, conta.

Uma das atrações da feira, neste ano, foi a segunda edição do Hong Kong Stationery Award. O prêmio, que tem como objetivo estimular a criação de produtos cada vez mais inovadores, foi entregue à empresa sul-coreana CNS. “Mais de 80% das pessoas

Eventos em Hong Kong e Nova York abriram temporada internacional 2011

que visitaram o nosso estande procuravam pelo ‘artigo ven-cedor do prêmio’. Ter sido o campeão contribuiu para nossa visibilidade”, comemora o dire-tor geral da empresa, Shin Jae Min. O produto ganhador foi o Digital Stationery Stick, um organizador de mesa que possui adaptadores para aumentar o número de entradas USB e leitor de cartão de memória, além de outros compartimentos, como porta-caneta, porta-copo e local para colocar fotografia. A 12ª Hong Kong International Stationery Fair acontecerá entre os dias 9 e 12 de janeiro de 2012.

Outro evento que marcou o primeiro mês de 2011 foi o Retail’s BIG Show. Organizado pela National Retail Federa-tion (Associação Nacional do Varejo), ele chegou este ano à sua 100ª edição, reunindo em Nova York, nos Estados Unidos, entre os dias 9 e 12, empresas como a Microsoft, varejistas, designers de lojas e profi ssionais do mercado visual. Estiveram presentes no Retail’s BIG Show profi ssionais de 82 países, e as maiores delegações foram as do Canadá, da França, do México, do Reino Unido e do Brasil, essa última formada pela Confede-ração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). No próximo ano, o evento será realizado entre os dias 15 e 18 de janeiro. &

O Digital Stationery Stick, da coreana

CNS, foi o ganhador da segunda edição

do Hong Kong Stationery Award.

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Vitrine38

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Alta resistência A tendência ecologicamente correta não parece ser

passageira. Por isso, a Yes investe em material 100% reciclável na sua nova coleção de pastas,

a Linha Stripe. A chapa dos produtos é mais grossa, medindo 2 mm, o que evita quebra, desgaste e aumenta a durabilidade do produto. www.yesbrasil.com.br &

Tudo por confortoA demanda crescente por notebooks fez a Mtek lançar a Base Stand refrigerada, que evita o superaquecimento

do computador portátil, por meio de um ventilador de 80 mm, alimentado pelo USB do próprio aparelho. A re-

gulagem de altura e inclinação garante o conforto do usuário, já que possibilita a preservação de uma boa postura. O produto

vem com três anos de garantia e é reciclável. (11) 5567-0070 &

Além do preto-e-brancoPara o público mais antenado, a Integris lançou uma nova

linha de mouses ópticos com capas de silicone laváveis, colo-ridas e luminosas. O acessório tem formato ergonômico e três botões, com ótima qualidade na rolagem do scroll. Disponível

nas cores preta, rosa, verde e branca. (11) 3392-1018 &

Mais tecnologiaA linha de webcams da Clone se destaca pelas funções diferencia-das, que atendem aos consumidores de acessórios de informática, cada vez mais exigentes. Essas características incluem tecnologias

avançadas, como rastreamento de face, LEDs para iluminação no-turna e botão snapshot (fotos instantâneas). (11) 2141-6000 &

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Estilo alegriaA novidade da Ludi é a Coleção Confetes, com estam-pas que remetem às principais características da mar-ca: jovialidade e alegria. São várias opções de presen-tes e enfeites originais, entre porta-retratos, canecas e produtos de papelaria. (48) 2107-5959 &

Acertando o públicoEntre os lançamentos da Holly está a linha Jump Up, marca de-senvolvida especialmente para pessoas agitadas, que vivem in-tensamente e fazem muitas coi-sas ao mesmo tempo. A inovação está nos formatos e cortes dife-renciados dos cinco modelos de mochilas, uma bolsa de viagem e uma pochete. (11) 4689-4199 &

Qualidade fashionPara quem não abre mão da elegância no ambiente de trabalho, a

Multilaser lança a linha Steel de teclados coloridos com acabamento em tons piano. Disponível, em preto, rosa e vermelho, o produto pos-sui design clean, além de teclas confortáveis e silenciosas. A praticida-

de é garantida por oito teclas multimídia. (11) 3616-8600 &

Qualidade fashi

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Onde Encontrar40

Entrevistados e anunciantes

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Premiums – página 2

Dallec – página 27

Dello – página 13

Ecologic – página 11

Epson – página 2

Imex – páginas 17, 19, 21 e 23

ISPA – página 36Ludi – página 15Office Paper Brasil Escolar – página 29Paperworld – página 33Raber – página 31Visitex – página 25

Waleu – página 5

Abrin – página 43

Acrimet – página 44

Brasil Escolar – página 41

BNK – página 37

Carbrink – página 39

China Sourcing Fair: Gifts &

3M0800-152828www.3m.com.br

Acadêmica Livraria e Papelaria(53) 3230-4014 www.academicaonline.com

Acrilex (11) 4397-9255www.acrilex.com.br

Aqpel Papelaria e Informática(11) 3061-2887

Bazar Cruzeiro(18) 3581-1257

BIC0800-0252959www.bic.com.br

Caçula(21) 3878-8852www.cacula.com

Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico(11) 3237-1102www.camara-e.net

Carplac Carimbos e Placas(11) 4992-9448www.carplac.com.br

Clone (11) 2141-6000www.clone.com.br

CNS CO. Ltdwww.withcns.com/eng

CNDL(61) 3213-2000www.cndl.org.br

Contact Papelaria e Presentes (73) 3283-2023

Craft & Scrap Brasil(11) 5542-9870www.scrapbrasil.com.br

Delta Artigos Escolares0800-2800404www.deltagiz.com.br

E-bit(11) 3047-4999 www.ebitempresa.com.br

ESPM-SP(11) 5085-4600www.espm.br

Eastpak(11) 3081-1979www.eastpak.com.br

Exim Character(11) 3885-9275 www.eximlicensing.com

Faber-Castell0800-7017099www.faber-castell.com.br

Federação da CDL(48) 3251-5100www.fcdl-sc.org.br

Foroni(11) 2067-2000www.foroni.com.br

Frama (54) 4009-1000www.frama.com.br

Glitter(11) 4186-1034www.glitter.ind.br

Global Sourceswww.tradeshow.globalsources.com

Goók(11) 3383-3192www.gooc.com.br

Grafite Papel & Arte(73) 3634-4876

Grupo Bignardi(11) 3328-6688www.bignardi.com.br

Henkel 0800-115010www.henkel.com.br

Holly(11) 4689-4199www.hollywu.com.br

Hong Kong Trade Development Council - HKTDCwww.hktdc.com

Ibmec Rio de Janeiro(21) 3284-4000

Integris (11) 3391-1018www.integrisbrasil.com.br

Lápis & Cor Papelaria(51) 3671-5184

Papelaria Padre Soveral(84) 3241-2567

Livraria Primavera(66) 3498-1495

Luani Papelaria e Festas(47) 3644-3600

Ludi(48) 2107-5959www.ludipresentes.com.br

Maxprint0800-7017252www.maxprint.com.br

Megatudo Papelaria(63) 3474-1531

Messe Frankfurtwww.messefrankfurt.com

Mercur(51) 3719-9500www.mercur.com.br

Mtek(11) 5567-0070www.mtek.com.br

Multilaser(11) 3616-8600www.multilaser.com.br

Newlink0800-7725015www.newlink.com.br

Norma0800-7019410www.produtosnorma.com.br

Ondas Cartuchos e Papelaria(49) 3275-2240

Papel & Cia(93) 3515-9500

Papelaria Alves(11) 4787-3622www.papelariaalves.com.br

Papelaria Anis(43) 3559-1800

Papelaria Casa do Saber (94) 3356-2309

Papelaria Grafith(19) 3234-3146

Papelaria Real (11) 5561-2119

Papelaria Tête-à-Têtewww.teteatete.tanlup.com

Papelaria Santiago(55) 3251-9911

Pentel(11) 4072-1423www.pentel.com.br

Prittwww.pritt.com.br

Selucan Atacado de Papelaria0800-172211www.selucan.com.br

Sertic(11) 3616-2112www.sertic.com.br

Summit(51) 3348-7649www.summitbr.com.br

Sweet Paper www.sweetpaper.com.br

Tech Data(11) 4166-1778 www.techdata.com.br

Tilibra0800-120766www.tilibra.com.br

Visitex(11) 3231-6810www.visitex.com.br

WK Sistemas(47) 3221-8888 www.wk.com.br

Yeswww.yesbrasil.com.br

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Ponto Final42

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