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Revista de Agronegócios Ed. 69

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e-mails RODRIGO HENRIQUE N. SANTOS([email protected])Agricultor - Jacuí (MG). “Gostaria de so-licitar a alteração no meu endereço, para eu poder continuar recebendo a Revista Attalea Agronegócios”.

JOEL MOREIRA SIQUEIRA([email protected])Cafeicultor - Varginha (MG). “Solicito a alteração no meu endereço, para eu poder continuar recebendo a revista”.

GABRIEL GARCIA LEITE([email protected])Estudante - Curso de Agronegócios - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Re-vista Attalea Agronegócios”.

ARISTOCLES T. SAKATA DE PAULA([email protected])Corretor de Café - Varginha (MG). “So-licito a assinatura da Revista Attalea Agronegócios”.

MARCIA DOS SANTOS V. TRINDADE([email protected])Cafeicultora - Patrocínio (MG). “Gostaria de receber a revista”.

HEBERT PEREIRA DE SOUZA([email protected])Empresário e Cafeicultor - Três Pon-tas (MG). “Atuo na área de desenvolvim-ento de sistemas focado no agronegócio. Atendo várias distribuidoras de insumos, defensivos e equipamentos. Também sou pequeno produtor de café e estudante no curso Técnico em Cafeicultura no Instituto Federal Sul de Minas, através do pólo de Boa Esperança (MG). Gostaria de assi-nar a revista, porque tive contato com o seu conteúdo e achei extremamente en-riquecedor”.

TATIANE MORETTO([email protected])Agricultores - Sítio Brejão - São João da Boa Vista (SP). “Trabalhamos com café, milho e gado de corte. Gostaria de receber gratuitamente a Revista Attalea Agronegócios”.

MATEUS MENDES VILANOVA SILVA([email protected])Engº Agrônomo - Piracicaba (SP). “Sou graduando em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios.

MAURI GASPAROTO([email protected])Cafeicultor - Torrinha (SP). “Tenho pro-priedade no Sul de Minas e tive acesso à Revista Attalea Agronegócios. Gostaria de assiná-la.

notícias

INFORMAÇÕESEXPOCAFE 2012

DATA: 19 a 22 de Junho de 2012Faz. Experimental da EPAMIG - Três Pontas (MG)

Tel. (31) 3489-5022 - www.expocafe.com.brEmail: [email protected]

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Cafeicultores aguardam a 15ª EXPOCAFÉ

Considerada a maior feira na-cional do agronegócio café, o evento chega à 15ª edição apostando na diversifi cação

da programação. Além da exposição de máquinas, a EXPOCAFÉ contará com o 3º Simpósio de Mecanização da La-voura; Dinâmicas de Campo; Audiên-cia Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG); Encontro de Inovação realizado em parceria com o Sistema Mineiro de Inovação (SIMI/Secretaria de Estado de Ciência e Tec-nologia e Ensino Superior); e palestra sobre o projeto ExportaMinas do Go-verno Estadual.

O 3º Simpósio da Mecanização da Lavoura Cafeeira, promovido pela EPAMIG em parceria com a Universi-dade Federal de Lavras, acontece no dia 19 de junho. O evento, que é exclusivo para participantes previamente inscri-tos, vai abordar temas, como: Manejo mecanizado; tecnologia de aplicação de defensivos na cafeicultura; certifi -cação; cafeicultura de precisão e me-canização de lavouras.

De 20 a 22 de junho, a EXPO-CAFÉ será aberta ao público, que terá a oportunidade de conhecer e adquirir novidades em máquinas, equipamen-tos e insumos expostas por cerca de 130 empresas. Os produtores e operadores também poderão acompanhar em campo o funcionamento de máquinas e implementos agrícola em demonstra-ções feitas pelas empresas participantes das dinâmicas de máquinas.

Pelo segundo ano consecutivo será realizada durante a EXPOCAFÉ uma audiência pública da ALMG. No dia 21 de junho, lideranças políticas e cafeicultores vão discutir sobre o Códi-go Florestal e impactos na cafeicultura. ”Este ano queremos intensifi car os de-bates durante a Audiência Pública, por isso optamos por uma palestra sobre o tema central e abertura das discussões entre os participantes”, informa o co-ordenador-geral da feira, Mairon Mes-quita. Outro destaque segundo Mairon, será a palestra “Central Exportaminas: O mercado externo ao alcance do produtor mineiro”, apresentada pela Coordenadoria de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvi-mento Econômico de Minas Gerais.

Em 2011, a EXPOCAFÉ recebeu mais de 22 mil visitantes e movimen-tou R$228 milhões em negócios.

Com o intuito de ampliar a oferta de produtos alimentícios aos frequen-tadores da EXPOCAFÉ, os organiza-dores do evento viabilizaram a criação de uma praça de alimentação composta por um restaurante e quatro lanchone-tes. “No ano passado tivemos um res-taurante, mas vimos que há demanda para mais estabelecimentos”, afi rma Mairon Mesquita.

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EDITORIAL

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AGRISHOW: R$ 2,15 bilhões em negóciosCerca de 152 mil pessoas vi-sitaram a feira em busca de produtos com mais tecnologia e soluções para pequenas, médias e grandes propriedades, além de linhas de crédito.

Confira as 8 principais dúvidas do Código FlorestalArtigo da equipe do Sou Agro ori-enta as dúvidas sobre o que real-mente foi aprovado e sobre como isto ageta a produção rural e o meio ambiente, após a votação fi nal do Novo Código Florestal.

Manejo da nutrição docafeeiro em produçãoArtigo do Engº Agrº Renato Pas-sos Brandão, Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja, orienta o cafeicultor sobre a importância da nutrição em sistemas de alta produtividade.

AMBI

ENTE

SEBRAE realizapalestra sobre IGHulda Giesbrecht, analista do SEBRAE, ministrou palestra sobre Indicação Geográfi ca, atendendo a uma solicitação da AMSC - Associação dos Produ-tores de Café da Alta Mogiana.

IAC lança cinco cultivaresde café na AGRISHOWOs visitantes da AGRISHOW conheceram as cultivares IAC 125 RN, Obatã IAC 1669-20, IAC Obatã Amarelo, Catuaí Vermelho IAC-144 e a IAC Ouro Verde; to-das com alta produtividade.

Fertec conquista certificação orgânicaEmpresa de Colina (SP) recebeu recentemente o certifi cado do IBD - Instituto Biodinâmico, en-trando no mercado de insumos para grandes grupos e produ-tores da Agricultura Orgânica.

SYNGENTA e NUTRIPLANT realizam dia de campoRealizado na propriedade do cafeicultor Antonio Carlos David, em Franca (SP), o dia de campo das empresas Syngenta e Nutri-plant foi realizado conjuntamente e atraiu um grande número de visitantes da região de Franca (SP) e Altinópolis (SP).

Em época de preços oscilantes,COMEÇA COLHEITA DE CAFÉ

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Com o término das duas maiores feiras do setor agropecuário brasileiro, a AGRISHOW (Ri-

beirão Preto/SP) e a EXPOZEBU (Uberaba/MG), os produtores ru-rais voltam suas atenções para o início da colheita do café e para os preparativos para o período de inverno na pecuária de corte e de leite.

Nesta edição apresentamos como destaque a realização do Dia de Campo de café das em-presas Syngenta e Nutriplant. Realizado na propriedade do cafeicultor Toninho David, os participantes puderam conferir os benefícios do portifólio de am-bas as empresas, altamente efi caz para o controle das principais

pragas e doenças na cafeicultura, bem como os efeitos da correta nutrição do cafeeiro.

Destaque, ainda, para a Fer-tec, empresa de nutrição vegetal sediada em Colina (SP), seguindo seu lema de inovar com susten-tabilidade, conquistou recente-mente uma das principais certi-fi cações para produtos orgânicos da América Latina, o selo do IBD.

Publicamos, também, dois artigos importantes sobre o Novo Código Florestal. O primeiro, so-bre as 8 principais dúvidas entre ambientalistas e agricultores. Já o Prof. Marcos Fava Neves es-creve sobre a importância de ‘desenvolver preservando para... preservar o desenvolver!’

Boa leitura a todos!

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PECUÁRIA

Já encontram-se abertas as ins-crições para o 8º SIMCORTE – Simpósio de Produção de Gado de Corte e 4º Simpósio Internacional

de Gado de Corte, que acontecerá nos dias 07, 08 e 09 de junho de 2012, na Universidade Federal de Viçosa (MG).

O evento contará com os mais renomados pesquisadores da Aus-trália, Brasil, Estados Unidos e Europa. Serão 20 palestras abordando temas de grande relevância para o desenvolvi-mento da Pecuária Brasileira.

As cinco primeiras edições do SIMCORTE contaram com programa-ção temática abrangente, proporcio-nada pelos mais renomados palestran-tes da área de Bovinocultura de Corte do país, que concederam a estudantes de ciências agrárias, profi ssionais e produtores rurais, a oportunidade de adquirir know how para incrementar a produção, a produtividade e a melho-ria da qualidade da carne no Brasil, au-mentando a competitividade no mer-cado nacional e internacional.

Em sua primeira edição, o SIM-CORTE, foi realizado em novembro de

1999 e contou com um público aproxi-mado de 500 participantes. Na última edição, o simpósio contou com a par-ticipação de 650 pessoas.

Os participantes do 8º SIM-CORTE terão direito a tradução si-multânea em todas as palestras. Con-fi ra algumas das principais palestras:

• “Manejo Nutricional de Bovinos Confi nados para Otimizar o Desem-penho e Minimizar o Impacto Ambi-ental”, com o Dr. Noel Andy Cole – USDA-ARS CPRL, Bushland, TX

• “Fibras Musculares e sua Rela-ção com a Efi ciência de Crescimento e a Qualidade da Carne Bovina”, com a Dra. Brigitte Picard – INRA, Cler-mont-Ferrand, França

• “Desvendando a Microbiologia de Rúmen: Quais Ferramentas Práti-cas podem surgir a partir da Biologia Molecular?”, com o Prof. Bryan White – University of Illinois

• “Aplicação de Sistemas de Exi-gências Nutricionais para Bovinos

Viçosa (MG) abrigará o8º SIMCORTE EM JUNHO

Já encontram-se abertas as ins- 1999 e contou com um público aproxi-

Simpósio contará com pesquisadores internacionais

em Pastejo, com ou sem Suplemen-tação”, com o Dr. Stuart McLennan – Queensland Alliance for Agriculture & Food Innovation (QAAFI), University of Queensland.

• “Programação Fetal em Bovinos de Corte: Otimizando Desempenho e Qualidade de Carcaça nos Primeiros Estágios de Vida”, com o Prof. Min Du, da Washington State University

• “Bem Estar Animal e Manejo Pré-Abate a Nível de Indústria Frigo-rífi ca”, com a Profa. Janice Swanson – Michigan State University

• “Gerência e Competitividade na Bovinocultura de Corte”, com Prof. Fabiano Alvim Barbosa – UFMG

• “Gestão na Bovinocultura de Corte: a Experiência do Projeto em To-cantins”, com o Dr. José Daniel Tava-res – SEBRAE / TO

• “Instituições Inclusivas e De-senvolvimento Econômico e Social Sustentável: o Caso do Agronegócio”, com o Dr. Alberto Duque Portugal – Fundação Dom Cabral / FDC

• “Bovinocultura de Alto Desem-penho com Sustentabilidade”, com o Prof. Mário Fonseca Paulino – UFV

Confi ram a programação comple-ta e outras informações no site: www.simcorte.com A

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www.revistadeagronegocios.com.brDESTAQUE

Recentemente foram divulga-dos os resultados do ENADE (Exame Nacional de Desem-penho de Estudantes), que

apontaram o curso de Medicina Veter-inária da Unifran como o 6º melhor no ranking nacional das instituições par-ticulares de todo o País e o 3º melhor do Estado de São Paulo.

O Enade foi criado pelo Ministé-rio da Educação como um instrumento de avaliação da qualidade do ensino de cursos superiores de todo o Brasil. Alunos de 162 escolas (públicas, par-ticulares e fundações) participaram em 2010 e receberam notas de 1 a 5. Den-tro dessa escala de avaliação, os alunos da Universidade de Franca receberam nota 4. “Essa nota representa uma vitória muito grande do esforço con-junto dos professores e profi ssionais

Medicina Veterinária da UNIFRAN,UM DOS MELHORES DO PAÍS

que participam da formação dos alu-nos. É um trabalho árduo, mas que nos recompensa com esses resultados”, diz a Prof.ª Dr.ª Antonella Cristina Bliska Jacintho, coordenadora do curso.

O médico veterinário não é só aquele que cuida da saúde dos animais pets ou dos rebanhos de animais de criação ou dos animais silvestres. Ele é também um importante profi ssional nos setores de melhoria dos proces-sos de produção de alimentos de ori-gem animal e da saúde pública. Atua no controle de zoonoses, no controle de pragas urbanas e rurais e na preser-vação do ambiente; participa do de-senvolvimento de pesquisas em várias áreas e atua no bem estar de humanos e animais.

O campo de trabalho do médico veterinário é muito amplo. Além das

áreas tradicionais de clínica e cirurgia, cresce a importância da atuação na ins-peção de produtos de origem animal (carnes, leite, queij os, embutidos, ovos, mel, pescados) e na reprodução animal e melhoramento genético, áreas que são cada vez mais rentáveis e deman-dam profi ssionais especializados em técnicas como as de inseminação artifi -cial e transferência de embriões.

O curso de Medicina Veterinária da Unifran conta com instalações, la-boratórios e salas de aula modernas e adequadas aos estudos das diversas especialidades. O corpo docente é for-mado por mestres e doutores - um dos nossos maiores destaques.

O curso conta ainda, com hospi-tal veterinário de 3 mil m2 para todas as atividades de clínica, cirurgia, inter-nação, laboratório clínico, radiologia, cardiologia, oncologia, reprodução, atendimento a animais silvestres, Pro-grama de Posse Responsável (para ani-mais “pets”) e Projeto Carroceiro.

O Hospital Veterinário oferece anualmente concurso para Aprimora-mento Veterinário (Residência), com 9 vagas.

A Universidade de Franca dis-ponibiliza aos interessados visitas gratuitas ao campus e Hospital Ve-terinário. Maiores Informações: (16) 3711.8775 ou 0800.341212

Pós-Graduação - Além do curso de graduação em Medicina Vete-rinária, a Unifran oferece ainda o Mes-trado. O Mestrado é uma pós-gradua-ção com 2 anos de duração em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Ani-mais. Os alunos são preparados para as atividades de docência e pesquisa, desenvolvendo um experimento e pre-parando uma Monografi a sobre o as-sunto.

Os Veterinários que se interes-sam pela carreira acadêmica podem se inscrever também no Mestrado em Medicina Veterinária.

Maiores informações pelo site: www.mestradoemcirurgiavet.unifran.br

Além da Graduação, destaque para a Pós-Graduação

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“Expectativa de grande público durante o even-to”, diz Juninho Tomé.

INFORMAÇÕES10ª RODA DE AGRONEGÓCIOS Sindicato Rural de Piumhi (MG)

Parque de Exposições “Tonico Gabriel”Cel.: (37) 9964-2478 – Helenice Miranda

[email protected] [email protected]

www.rodadeagronegociosdepiumhi.com.br

Piumhi (MG) sedia em maio a10ª RODA DE AGRONEGÓCIOSProfissionalismo e recordes marcam os dez anos do evento

A expectativa é de um grande número de visitantes du-rante os três dias da 10ª Roda de Agronegócios de

Piumhi (MG). Organizada pela compe-tente equipe do Sindicato dos Produ-tores Rurais, o evento será realizado no Parque de Exposições “Tonico Ga-briel”.

Já confi rmaram a participação as principais empresas do setor de máqui-nas agrícolas, fertilizantes, revendas de produtos agropecuários, cooperativas e concessionárias de automóveis.

“No ano passado, comprovando o potencial agrícola e agroindustrial de nossa região, a Roda de Agronegó-cios de Piumhi superou a marca de R$ 70 milhões em negócios e mais de 4

mil visitantes”, ressaltou Rafael Alves Tomé, o Juninho Tomé, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Pi-umhi.

A comissão organizadora aponta ainda que os produtores rurais visitan-tes contarão com apoio e orientação na obtenção de linhas de crédito. “Cin-co agentes fi nanceiros já confi rma-ram presença: Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Sicoob Credialto e Sicoob Credifor”, afi rmou Helenice Miranda, coordenadora do evento.

A organização ressaltou, ainda, que as modifi cações propostas na planta da feira facilitarão a visita. Os estandes serão instalados e divididos por setores, sendo distribuídos em uma área superior a 60 mil metros quadra-dos. “Facilita a visualização e o acesso dos visitantes aos estandes”, fi naliza.dos. “Facilita a visualização e o acesso

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IAC lança 5 cultivares com alta produtividadeE EXCELENTE BEBIDA NA AGRISHOWCultivares são resistentes à principal doença do café

Três das cultivares expostas pelo IAC na Agrishow 2012, a IAC 125 RN, a Obatã IAC 1669-20 e a IAC Obatã Amarelo, são resistentes à principal doença do café, a ferrugem. A cultivar IAC 125 RN é ainda

resistente a duas raças do nematóide Meloidogyne exigua, que permite que seja plantada em regiões onde há esses pro-blemas. O IAC expôs ainda a cultivar de café já conhecida pelos produtores, a Catuaí Vermelho IAC 144, amplamente plantada nas áreas cafeeiras do país e a IAC Ouro Verde, cujo nome foi dado em virtude do que representa o café para o agronegócio brasileiro, verdadeiro ouro de coloração verde.

As cinco cultivares têm produtividade média em torno de 40 a 60 sacas de café benefi ciado em áreas irrigadas, o que é considerada alta. Nas regiões não irrigadas suas produtivi-dades médias variam entre 30 e 45 sacas por hectare.

A maturação dos frutos também é destaque nas culti-vares IAC. De acordo com o pesquisador do IAC, Luiz Carlos Fazuoli, as diferenças na maturação dos frutos são devidas às características genéticas das plantas e às condições ambi-entais. Fazuoli explica que um ranking pode ser feito com a

maturação das cinco cultivares. A cultivar IAC 125 RN é a mais pre-coce de todas, seguidas da Catuaí Vermelho IAC 144 e IAC Ouro Verde, que têm maturação média e, por último, as IAC Obatã Ama-relo e Obatã IAC 1669-20, que são de média a tardia. “Com essa diferença de maturação, o produ-tor pode colher o café em períodos

diferentes. Dessa forma, é possível distribuir melhor a co-lheita e diminuir a quantidade de mão de obra empregada”, explica.

A qualidade da bebida é outro ponto fundamental nas cultivares apresentadas pelo Instituto Agronômico na AGRISHOW. Se outro ranking fosse feito com as cultivares levadas pelo IAC, segundo Fazuoli, as cultivares IAC Ouro Verde e Catuaí Vermelho IAC 144 fi cariam na primeira posição, com qualidade de bebida considerada excelente. Logo atrás viriam as cultivares IAC 125 RN, Obatã IAC 1669-20 e IAC Obatã Amarelo, classifi cadas com boa quali-dade de bebida.

As cultivares resistentes à principal doença do café, a ferrugem, Obatã IAC 1669-20, IAC Obatã Amarelo e IAC 125 RN, podem dispensar ou diminuir a aplicação de defen-sivos agrícolas destinados ao controle químico da doença. “Apesar de variável, do custo total de produção, cerca de 15% se relaciona ao controle fi tossanitário. Reduzir o uso de defensivos é uma ótima contribuição para os produtores”, diz o pesquisador. Além disso, o uso de cultivares resistentes pode, em alguns casos, viabilizar o cultivo em regiões onde o índice de incidência da doença é muito elevado. No caso da IAC 125 RN, essa característica é ainda mais importante, já que a cultivar é resistente também ao nematóide Meloido-gyne exigua que reduz sensivelmente a produção de cultiva-res suscetíveis em determinadas regiões produtoras.

que reduz sensivelmente a produção de cultiva-A

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Conselho da Alta Mogiana participa de palestraSOBRE INDICAÇÃO GEOGRÁFICAAnalista do SEBRAE orientou os participantes sobre a IG

CAFÉ

Os membros do Conselho Regulador do Uso da Marca Alta Mogiana voltaram a se reunir para discutir sobre a utilização do selo de Indicação de Procedência do café produzido na região. O

encontro, mobilizado pela AMSC (Associação dos Produ-tores de Cafés Especiais da Alta Mogiana), com apoio e es-trutura do Escritório Regional do SEBRAE em Franca (SP), contou com a participação de diversos profi ssionais do SE-BRAE Nacional e Estadual responsáveis pela área de café e Indicações Geográfi cas (IG).

Hulda Giesbrecht, analista da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do SEBRAE Nacional, ministrou uma palestra sobre IG como ferramenta para o aumento da com-petitividade dos produtores e da região. “A IG tem como característica diferenciar e singularizar produtos; proteger o saber fazer, a genuinidade e a qualidade. A lógica da IG

é valorizar o produto e aumentar o preço porque a produção tem um limite para crescer devido a delimi-tação do espaço geográfi co”, afi rma Hulda.

No Brasil, 19 regiões possuem o selo de indicação geográfi ca regis-trado no INPI; destas, 16 são rela-cionadas ao agronegócio. A primei-ra indicação foi concedida em 2002. “Indicação Geográfi ca é um tema emergente no Brasil. Existe pouca oferta e o conhecimento é pouco disseminado, os consumidores ain-da não estão familiarizados com o assunto. Na Europa já é uma prática realizada há muito tempo. É um conceito sedimentado, valorizado”, fi naliza.

Além dos membros do Con-selho Regulador, o encontro contou com a presença de diversas lide-ranças do setor de agronegócios da região e representantes da ACIF e do SindiFranca. Milton Pucci, dire-tor de relações públicas da AMSC, destacou a importância do encontro e a presença de lideranças regionais.

“Este é um momento muito importante. Precisamos traba-lhar juntos para ganhar força e administrar essa marca de forma democrática”, disse.

No período que estiveram na região de Franca, os re-presentantes dos vários níveis do SEBRAE percorreram pro-priedades de todos os portes em municípios da região, visita-ram a cooperativa, torrefadora onde se informaram sobre o potencial da Alta Mogiana.

Em fevereiro, o INPI publicou parecer favorável para a criação do selo de Indicação de Procedência Alta Mogiana voltado para o reconhecimento da qualidade da cafeicultura de nossa região. O processo está em fase de fi nalização, de-pendendo apenas dos ajustes e entendimentos das lideranças do agronegócio local. Todos os municípios da Alta Mogiana serão benefi ciados pela IG, que trará imensa projeção nacio-nal e internacional dessa região.serão benefi ciados pela IG, que trará imensa projeção nacio-

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EVENTOS

AGRISHOW 2012 supera expectativas E BATE R$ 2 BI EM NEGÓCIOSJuros mais atrativos e oferta de crédito motivaram visitantes

O volume de negócios obtido na 19ª AGRISHOW (Feira In-ternacional da Tecnologia Agrícola em Ação) superou as expectativas dos organizadores, atingindo a casa dos 2,15 bilhões de reais.

Cerca de 152.000 visitantes compradores estiveram na AGRISHOW conferindo as ofertas de produtos com as mais moder-

nas tecnologias e soluções para peque-nas, médias e grandes propriedades. Maior oferta de volume de crédito, com juros atraentes, compuseram os fatores fi nais para a equação do sucesso e superação de expectativas.

Realizada anualmente, a AGRISHOW está entre as três maiores feiras do setor de agronegócios em todo o mundo, e já tem data defi nida para Estande da Massey Ferguson durante a AGRISHOW: sempre lotado de agricultores fechando negócios

Atomizador Speed Jet Café, no estande da KO Máquinas Agrícolas.

Colheideira de Café F1, lançamento da Eclética Mogiana, de Batatais (SP)

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2013. O evento acontecerá de 29 de abril a 03 de maio, e os organizadores já estão trabalhando para continuar implementando melhorias, agora com o positivo componente anunciado na AGRISHOW 2012, que trata da concessão da área de exposição do evento por 30 anos.

Segundos os organizadores, o fl uxo de visi-tantes também foi uma agradável surpresa. “A feira já se consolidou como um evento fundamental na agenda dos profi ssionais, autoridades e empresários do setor, e este ano deve superar todos os recordes de público”, afi rmou Maurílio Biagi, presidente da feira.

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www.revistadeagronegocios.com.brEVENTOS

Só na 13ª Rodada Internacio-nal de Negócios as empresas brasilei-ras engatilharam mais de 80 negócios, num total superior a US$ 14 milhões, em mais de 400 contatos comerciais com compradores da Rússia, Turquia,

Tanzânia, Ucrânia, Nicarágua, Ca-zaquistão, Romênia e Zimbábue. Mas os negócios com estrangeiros foram fechados também fora da Rodada – um único produtor agrícola do Sudão, na África, comprou 100 toneladas de se-

mente de girassol da Atlântica Semen-tes, de Curitiba (PR).

Os mais de 600 representantes da mídia brasileira e internacional que fi zeram a cobertura jornalística do evento e os cerca de 20 mil profi ssio-

Recolhedora para Café até 2,5m, lançamento da MIAC, de Pindorama (SP).

Allan Menezes Lima e equipe da Bolsa Agronegó-cios, representante Netafi m na região de Franca.

Transplantadeira FX, da Pivot Máquinas Horti-fruti, de Goiânia (GO)

evento e os cerca de 20 mil profi ssio-

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nais empregados nas mais diversas atividades são mostras da grandiosidade do evento, que essa edição chegou à 400 mil m2 ocupados e 780 marcas expositoras, ocupando assim o 3º lugar no ranking mundial das feiras do setor.

Desde a edição passada, a feira está regionalizada por setores: aviação, irrigação, ferramentas, caminhões/ôni-

bus/transbordos, máquinas para construção, agricultura de precisão, armazenagem, pecuária, pneus e automobilístico. “Com a regionalização da planta em áreas que são de interes-se do produtor, conseguimos encurtar as distâncias na feira e promover maior integração do comprador com os exposi-tores. Este ano, incluímos as áreas de agricultura de pre-

Trator 6130 J, no estande da John Deere - Colorado. Trator 1055 4x4, no estande da Yanmar Agritech - Sami Máquinas.

Colhedeira de café Case IH 200

Evernon Reigada e Simone Goldman, consultores de agronegócios do Es-critório do SEBRAE de Franca (SP)

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Turbo Roda, no estande da Betta Hidroturbinas, de Franca (SP)

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Colheideira de café Tornado Revolution, da Matão Equipamentos

Colheideira de café Electron, da TDI Máquinas, de Três Pontas (MG)

Colheideira de café KTR Advance, da Jacto, de Pompéia (SP)

Colheideira, lançamento da New Holland na AGRISHOW para o café.

cisão e ferramentas, trazendo para a AGRISHOW tudo que está presente no universo do agricultor. Nenhuma feira do setor tem este conceito”, explica Marilda Meleti, gerente co-mercial da feira.

Durante todos os dias da feira, o estande do SEBRAE foi muito frequentado. Caravanas de agricultores de vários municípios do estado receberam orientações sobre gestão fi -

nanceira das propriedades, por meio de consultores especia-lizados da instituição. participaram de uma palestra.

Um grupo de agricultores de Cristais Paulista (SP), que trabalham com as culturas do café, cana de açúcar e pecuária de leite, participaram com entusiasmo da palestra, organiza-da pela equipe de Evernon Reigada, consultor do Escritório Regional do SEBRAE em Franca (SP). A

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CAFÉ

Dia de Campo da Syngenta atrai muitosCAFEICULTORES EM FRANCA (SP)Empresa mostra benefícios da Proteção de Cultivos

Com a participação de um grande número de cafeicul-tores de vários municípios da região de Franca (SP), foi

realizado no último dia 9 de maio, o Dia de Campo da Syngenta. O evento foi realizado na propriedade do cafei-cultor Antônio Carlos David.

Em parceria com o cafeicultor, o trabalho foi organizado pelo Engº Agrº Edmilson Bezerra, da Casa das Sementes, uma das maiores revendas de produtos agropecuários da região -

e supervisionado pela equipe da Syn-genta.

A área do experimento foi em um talhão de Catuaí-99, com quatro anos de idade. No primeiro ano, esta lavoura produziu 24 sacas por hectare. No ano seguinte, produziu 92 sacas por

O Engº Agrº Luis Gustavo de Andrade, supervisor técnico da Syngenta na região de Franca, e o cafei-cultor, Antônio Carlos David.

hectare. No terceiro, apenas 9 sacas por hectare. Para este ano, há uma ex-pectativa de produção de até 120 sacas por hectare. “Estou satisfeito. Fazendo uma média deste talhão, a produção ultrapassa 80 sacas por hectare”, ressal-tou Toninho David.

Para o Engº Agrº Luis Gustavo de Andrade, supervisor técnico da Syngenta na região de Franca (SP), o portifólio de produtos da empresa con-tribuiu diretamente para o trabalho desenvolvido pelo cafeicultor Toninho David. “Ele usa produtos Syngenta porque ajuda a ter efi ciência no campo e também ter tranquilidade para o apli-cador e para o meio ambiente”, disse.

A Syngenta investe hoje mais de US$ 1 bilhão por ano na agricultura; o que dá mais de US$ 2 milhões por dia em pesquisa em novas variedades, no-vas moléculas, novas sementes.

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São produtos de baixo impacto ambiental, que auxiliam ao má-ximo a produção de grãos.

“O portifólio de produtos oferecidos pela Syngenta é alta-mente efi caz na cafeicultura, abrangendo o controle das princi-pais doenças do cafeeiro (ferrugem, cercospora, ascochyta e pho-ma) e também das pragas (cigarras, bicho-mineiro, cochonilha, ácaros)”, disse Luis Gustavo. “E, em breve, teremos novidades muito importantes para o cafeicultor brasileiro”, ressaltou.

De acordo com Toninho David, o uso do Verdadero e do Actara contribuiram diretamente para a melhoria do vigor das plantas, através do controle de pragas e doenças que interferiam diretamente na produção. “Com a proteção e manutenção de uma maior área foliar, a planta tem condição de produzir mais

energia, para produzir mais fl ores e, consequentemente, mais frutos. Além disto, com um sistema radicular mais desenvolvido, a planta tem condição de explorar uma maior superfície de solo, absorvendo mais nutrientes, bem como evitando problemas com estresse hídrico”, explicou o cafeicultor

Outra dica extremamente importante, segundo Toninho David, está na utilização correta dos defensi-vos agrícolas. “O cafeicultor deve sim aplicar os produ-tos todos os anos; mas deve respeitar a dose indicada, as fases de aplicação. Não adianta aplicar doses maiores ou promover várias pulverizações. Você estará provocando desequilíbrios que colocarão em risco toda a lavoura. Sem falar no alto custo envolvido”, advertiu o cafeicul-tor. A

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Fertilizante Foliar foi o tema deDIA DE CAMPO DA NUTRIPLANT

José Mário Jorge (cafeicultor de Altinópolis/SP), Paulo Figueiredo (diretor Casa da Sementes), Toni-nho David (cafeicultor), Fernando Jardine (Nutriplant) e Marcos Silva (Nutriplant)

Cafeicultores de vários mu-nicípios de São Paulo e Minas Gerais tiveram a oportuni-dade de conhecer, de perto,

os efeitos do portifólio de produtos da Nutriplant Tecnologia e Nutrição.

A empresa realizou um dia de campo no início de maio, na proprie-dade do cafeicultor Antonio Carlos David, contando com o apoio da equi-pe de campo da Casa das Sementes.

Os Engº Agrº Fernando Jar-dine (Supervisor de Vendas da Nu-triplant) iniciou o evento mostrando a importância da nutrição correta do cafeeiro, contribuindo diretamente para uma melhor sanidade e proteção das plantas, no melhor metabolismo da planta, no aumento da produção fi nal, bem como na manutenção da quali-dade do café.

Já o Engº Agrº Marcos Silva (Co-

ordenador de Produtos e Desenvolvi-mento Técnico da Nutriplant) apre-sentou informações técnicas sobre o portifólio de produtos da Nutriplant, indicados para a cafeicultura e várias outras culturas, com destaque para o Nutri-K-Star (melhor granação e maturação dos frutos), o Endurene (ni-trogênio de liberação lenta), aminoáci-dos e cobre.

Já o Engº Agrº Edmilson Bezerra (Casa das Sementes) apresentou in-formações técnicas importantes sobre o uso de fertilizantes foliares em pré e pós-fl orada, além da pulverização pós-colheita do café. “No Brasil inteiro tivemos problemas com a seca-de-pon-teiro na cafeicultura, que é o ataque da bactéria Pseudomonas. Ressaltamos

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Fernando Jardine (Supervisor da Nutriplant), Edmilson Bezerra (Casa das Semen-tes), Marcos Silva (Coordenador de Produtos e Desenvolvimento Técnico da Nutri-plant) e Toninho David (cafeicultor).porém, que aqui na região de Franca, devido ao uso

do tratamento com cobre, isto não ocorreu”, disse Edmilson.

O cafeicultor Toninho David ressaltou, ainda, que a pulverização pós-colheita é essencial para todos os tipos de colheita: a mecânica e a manual. “É impre-scindível que o cafeicultor atue antes que a bactéria espalhe na lavoura”, alertou.

Um alerta muito importante na pulverização de fertilizantes foliares foi feito pelo Engº Agrº Mar-

cos Silva. “O cafeicultor precisa saber bem mais do que apenas a dosagem recomendada de qualquer fertilizante. O pH da calda de pulverização tem que estar adequado para receber cada produto. Em alguns produtos tradicionalmente utilizados na lavoura cafeei-ra, em pH adequado de 5,5, o efeito dos produtos perduram por várias horas. Se o pH da calda estiver em 7,0, fora do adequado, o efeito destes mesmos produtos chega a 12 minutos. É um risco muito grande, desperdício de dinheiro. Por isso, recomendamos muita atenção”, orientou.muito grande, desperdício de dinheiro. Por isso, recomendamos

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Um grande número de cafeicultores participaram do evento

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Formação de preços, oferta e demanda sãoTEMAS DE SIMPÓSIO NA ESALQSimpósio sobre Micronutrientes e Magnésio acontecerá em julho

O entendimento da dinâmica dos micronutrientes nos diferentes tipos de solo e do requerimento pelas cul-

mação dos preços no mercado nacional e internacional dos micronutrientes.

A palestra intitulada “Cenário Nacional e Internacional de Micronu-

trientes” acontece no dia 4 de julho, às 14h30, na Esalq, em Piracicaba (SP), integrando a programação do Simpósio sobre Micronutrientes e Magnésio, promovido em parceria pela Esco-la Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Fundação de Estu-dos Agrários Luiz de Queiróz (FEALQ) e pelo Grupo de Apoio à Pesquisa e Ex-tensão (GAPE).

Palco para a difusão de conhe-cimento prático e técnico, aliando ex-periências de renomados profi ssionais no setor com as tendências desse cam-

turas, defi nição de doses, fontes e estratégias de seu fornecimento, adequadas às condições locais, são passos fundamentais para maior produtividade das lavou-ras e uso efi ciente de insumos.

A partir dessa premissa, Franco Borsari, diretor da BBAgro, traçará um panorama dos principais consumidores dos micronutrientes abordando também o cenário de oferta e de-manda nacional e internacional dos produtos, bem como a for-

po e os rumos das mais novas e relevantes pesquisas da área, o Simpósio traz a tona impor-tantes discussões sobre os mi-cronutrientes e a necessidade de equilíbrio no setor, uma vez que a falta dos micronutri-entes pode acarretar grandes perdas na produtividade.

Inscrições e Informa-ções:- FEALQ - Telefone: (19) 3417-6604 - Maria Eugênia www.fealq.org.br A

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www.revistadeagronegocios.com.brFERTILIZANTES

Embrafós e Fertec: Tecnologia, Inovação e SustentabilidadeCONTRIBUINDO COM A AGRICULTURA E O PLANETAProdutos com alta eficiência em macro e micronutrientes que sua lavoura necessita

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Jamil Barbosa Neves 1

Quando mencionamos a questão de tecnologia, inovação e sustentabi-lidade, a impressão que

isso nos trás, é que virou “chavão”, visto que as empresas mencionam isso constantemente em suas divulgações. No entanto, existem algumas formas de realmente comprovar esta questão, que são através dos resultados em cam-po juntamente com os produtores; das pesquisas realizadas nas instituições renomadas como IAC, UNESP, PRO-CAFÉ, UNICAMP, ESALQ, FAFRAM,

como também do compromisso com o meio ambiente.

E uma forma de evidenciarmos nosso compromisso com o meio am-biente, foi a participação do processo de Certifi cação junto ao IBD, uma das mais importantes certifi cadoras de produtos orgânicos.

A EMBRAFÓS, por quatro anos possui este certifi cado do IBD e agora, a FERTEC também conta com esta im-portante certifi cação. Mas o que isso signifi ca para agricultura?

Este certifi cado do IBD fa-vorece os grandes grupos e produtores orgânicos, os quais tem difi culdades em encontrar fertilizantes homologa-dos como orgânicos, devido ao ri-goroso controle e cumprimento das Leis relacionados a produtos orgânicos,

tanto a nível nacional como interna-cional. Quando falamos que a empresa trabalha com produtos orgânicos, isso signifi ca que ela esta aproveitando os recursos disponíveis, sem ter que ex-trair do meio ambiente, evitando assim afetar a cadeia ambiental.

Os produtores de produtos orgânicos agora podem contar com esta tecnologia, que nossas empresas lhe oferecem: fertilizantes farelados ou granulados que são produzidos pela EMBRAFÓS, como também fertili-zantes líquidos com alta concentração e NANO PARTICULADOS, que são produzidos pela FERTEC.

São produtos com alta efi ciência de aproveitamento dos macro e micro-nutrientes que a sua lavoura necessita.

1 - Depto de Marketing das empresas Embrafós e Fertec. Tel. (17) 3323-6201 / 3341-1817. Cel. (17) 8164-6461. Email: [email protected] Site. www.embrafos.com.br e www.fertec.ind.br

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CAFÉ

Bio Soja e Campagro organizam DIA DE CAMPO EM JERIQUARA (SP)Grande número de cafeicultores participaram do evento

Contando com a participação de um público excelente de cafeicultores de vários mu-nicípios da região de Franca

(SP) e Ibiraci (MG), foi realizado no último dia 25 de abril, no Sítio Santa Rita, município de Jeriquara (SP), o Dia de Campo da Bio Soja e Campagro.

O objetivo do trabalho desen-volvido na propriedade do cafeicul-tor Rodrigo de Freitas Silva foi o de promover uma nutrição equilibrada e balanceada para o cafeeiro. “Com isto, pretendemos mostrar aos cafeicultores que eles poderão obter produtividades sustentáveis, diminuindo as varia-ções bruscas entre as safras de baixa e alta produção de café”, explicou o engenheiro agrônomo Renato Passos Brandão, Gestor Agronômico do Gru-po Bio Soja.

O trabalho foi desenvolvido em um talhão de Catuaí Amarelo-62, plantado em janeiro de 2007 com es-paçamento de 3,5m x 0,6m com 4.760 plantas por hectare.

De acordo com Rodrigo de Frei-tas, a expectativa de produtividade para a safra 2011/2012 é de 70 a 80 sacas

benefi ciadas por hectare. “A primeira fl orada ocorreu em 10 de setembro de 2011, sendo que promovemos a in-dução da fl orada via irrigação em 30 de agosto, após um estresse hídrico”, ex-plicou Rodrigo de Freitas.

O evento foi dividido em três etapas. Na primeira, Renato Brandão ressaltou a importância da adubação

Renato Passos Brandão (em pé, à direita), Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja e José de Alencar (em pé, à esquerda), diretor da Campagro fi liais de Franca (SP) e Ibiraci (MG), apresentam aos partici-pantes os resultados do trabalho desenvolvido na propriedade do cafeicultor Rodrigo de Freitas Silva.

O cafeicultor Rodrigo de Freitas Silva (em pé, à esquerda) e Romildo Garcia (em pé, à direita), respon-sável pelo Viveiro Bela Vista, orientam os participantes sobre a importância do plantio de café com mudas de boa qualidade no sucesso da lavoura.

balanceada na cultura do cafeeiro des-de o transplante das mudas.

“A adubação de plantio com do-ses adequadas de fósforo e substâncias húmicas (Fertium® Phós) é extrema-mente importante para o desenvolvi-mento inicial das mudas e para a lon-gevidade da lavoura cafeeira. O fósforo do Fertium® Phós é menos fi xado nos solos devido aos altos teores de subs-tâncias húmicas tornando-o muito mais adequado ao cafeeiro do que as fontes fosfatadas tradicionais”, afi rmou o agrônomo Renato Brandão.

Segundo o Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja, na fase de formação e produção, recomenda-se adubações de solo e foliares conforme as ne-

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cessidades da lavoura. “Realizar anualmente duas análises foliares para o monitoramento do estádio nutricional do cafeeiro e fazer os ajustes necessári-os nas adubações de solo e foliares”, orientação re-passada aos cafeicultores.

Ressaltou também a importância do forneci-mento de P, Mg e B no drench visando o equilíbrio nutricional do cafeeiro com os produtos da linha Irrigamax® e NHT® (nutrientes nanoparticulados). Em solos de textura média a arenosa, realizar tam-bém no drench, a aplicação do NHT® Zinco como fonte deste nutriente ao cafeeiro.

Na segunda etapa, Romildo Garcia, res-ponsável pelo Viveiro Bela Vista, enfatizou que uma lavoura de café produtiva tem início com a aquisição das mudas com qualidade comprovada. Mostrou todas as etapas na produção das mudas do café enfatizando os cuidados especiais no viveiro: localização, sementes certifi cadas, treinamento da equipe de colaboradores, preparo e tratamento do

substrato, manejo das mudas com irrigações, raleio, adubações e con-troles fi tosanitários.

Na terceira etapa, o proprie-tário do Sítio Santa Rita, Rodrigo de Freitas convidou os partici-pantes a uma breve visita para co-nhecerem os demais talhões de café da sua propriedade.

O talhão apresentado neste dia de campo apresenta um históri-co de produtividade impressio-nante. Na catação realizada na safra 2007/08 (um ano após o plantio) obteve-se 4,5 sacas de café bene-fi ciadas por hectare.

Na primeira safra comercial (safra 2008/09), impressionantes 79 sacas benefi ciadas por hectare. Na segunda safra comercial (2009/10), a produtividade alcançou 57 sacas benefi ciadas por hectare; pratica-mente a mesma obtida na safra do

ano passado, quando colheu 50 sacas por hectare. A média das três safras comerciais (2008/09 a 2010/11) é de 62 sacas benefi ciadas por hectare, bem acima da média regional.safras comerciais (2008/09 a 2010/11) é de 62 sacas benefi ciadas por

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O enunciado da Lei do Mínimo (Figura 1) é auto-explicativo. “A produ-tividade das culturas é li-mitada pelo nutriente ou nutrientes que estiverem em menor disponibilidade nos solos mesmo que os demais estejam disponíveis em quantidades adequa-das”.

Portanto, para que o cafeicultor possa maximi-zar os investimentos rea-lizados na sua cultura é

CAFÉ

gessagem e adubações de solo e foliares.Entretanto, é insufi ciente para garantir o monitora-

mento satisfatório do estado nutricional do cafeeiro e per-mitir ajustes fi nos nos programas nutricionais ao longo do ciclo da cultura.

A segunda ferramenta que deve ser utilizada em com-plementação a análise de solo é a análise foliar. Através da análise foliar consegue-se detectar com mais precisão as defi ciências e toxidez dos nutrientes antes que os sintomas fi quem visíveis nas folhas do cafeeiro. Realizar pelo menos 2 análises foliares sendo a primeira em novembro/dezembro de 2012 e a segunda em janeiro de 2013

Na atual situação da cafeicultura com custos cada vez maiores, os pequenos detalhes é que fazem a diferença. Por exemplo, uma defi ciência de um determinado nutriente pode comprometer o desenvolvimento do cafeeiro e preju-dicar os resultados agronômicos dos demais insumos agrí-colas, dentre os quais, os defensivos agrícolas e os demais fertilizantes.

Lei do Mínimo

Manejo da nutrição do cafeeiro em produçãoEM SISTEMAS DE ALTA PRODUTIVIDADE

Renato Passos Brandão1

Atualmente, a cafeicultura nacional passa por uma verdadeira revolução tecnológica. Ao longo das últimas décadas com as baixas remunerações da saca de café, os cafeicultores tiveram que realizar

adaptações no manejo das suas lavouras visando a otimiza-ção dos recursos fi nanceiros.

A área irrigada com cafeeiro vem aumentando grada-tivamente ao longo dos últimos anos propiciando aumentos signifi cativos na produtividade da cultura. Atualmente, a maior parte das lavouras irrigadas possuem produtividades médias acima de 60 sacas benefi ciadas/ha e há lavouras que em determinadas safras atingem até 100 a 110 sacas benefi -ciadas/ha.

Custo de produção vs. produtividade do cafeeiro

O aumento na produtividade do cafeeiro via irrigação e um manejo adequado da nutrição otimiza os custos fi xos, reduz o custo por saca de café e consequentemente aumenta a lucratividade da atividade cafeeira.

Para aumentar a produtividade e a lucratividade do cafeeiro é necessário um manejo mais adequado da nutrição, pois o investimento na adubação representa cerca de 30% do custo de produção.

Ferramentas para a avaliação da disponibilidadede nutrientes do solo ao cafeeiro

Atualmente, a análise de solo é a ferramenta mais uti-lizada pelos cafeicultores para a avaliação da disponibilidade dos nutrientes do solo e para as recomendações de calagem,

1 – Engenheiro Agrônomo, M. Sc. em Solos e Nutrição de Plantas e Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja. E-mail: [email protected] Figura 1 - Lei do Mínimo

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fi xação do fósforo e aumentam a disponibilidade deste nutri-ente ao cafeeiro proporcionando maior desenvolvimento do sistema radicular e vegetativo. A dose do Fertium® Phós em cafeeiro em produção varia de 400 a 800 kg/ha.

O fósforo proporciona maior pegamento da fl orada e permite uma maior frutifi cação do cafeeiro. Segundo Ma-lavolta & Favarin (2002), a porcentagem de P contida pelas fl ores chega a 30% de todo o nutriente do cafeeiro.

Portanto, a adubação fosfatada no café deve ser an-tecipada em relação a prática atual, ou seja, todo o fósforo deve ser aplicado antes do fl orescimento da cultura. Even-tualmente, o fósforo necessário para o fl orescimento do café para a safra 2012/13 deveria ter sido aplicado em janeiro ou fevereiro de 2012.

O primeiro parcelamento do nitrogênio e potássio deve ser realizado antes do fl orescimento do cafeeiro. A fonte de nitrogênio mais adequada é o nitrato de amônio. As perdas do N deste fertilizante nitrogenado por volatilização são insignifi cantes e pode ser aplicado em solos secos e sobre restos vegetais.

1.2. Adubações de solo pós-fl orescimento do cafeeiroNesta fase da cultura, realizar as adubações com ni-

trogênio e potássio. Realizar também o fornecimento de

necessário um manejo nutricional para evitar as defi ciências ou toxicidade dos nutrientes.

Manejo da nutrição do cafeeiro em produção

A partir deste momento, vamos abordar a nutrição do cafeeiro levando em consideração o fornecimento dos nutri-entes no solo e via foliar.

1. Adubações de solo Inicialmente, verifi car o teor dos nutrientes no solo e a

expectativa de produtividade do cafeeiro. A partir destas in-formações, verifi car a dose dos nutrientes a serem aplicados no solo na safra 2012/13.

O manejo da adubação de solo do cafeeiro será dividi-do em adubação antes e depois do fl orescimento do cafeeiro.

1.1. Adubações antes do fl orescimento do cafeeiroÉ extremamente importante para o pegamento das

fl ores e dos chumbinhos na fase inicial de desenvolvimento que o cafeeiro esteja bem nutrido e com uma área foliar ex-pressiva antes do seu fl orescimento.

Antes do fl orescimento do cafeeiro, se houver neces-sidade, realizar a aplicação do calcário e do gesso agrícola.

A calagem deve ser realizada para a elevação da satu-ração de bases a 60%. Utilizar preferencialmente calcário dolomítico para manter a saturação do Mg na CTC do solo próxima de 15% e o teor de Mg igual ou acima de 10 mmolc/dm3.

O gesso agrícola pode ser utilizado com dois objetivos: fonte de enxofre ao cafeeiro ou como condicionador das ca-madas subsuperfi ciais do solo. No primeiro caso, a dosagem do gesso agrícola situa-se na faixa de 1.000 kg/ha aplicado a cada 2 anos.

No segundo caso, como condicionador das camadas subsuperfi ciais do solo, a recomendação do gesso varia de acordo com o teor de argila do solo. Neste caso, a dosagem do gesso varia de 2 a 5 t/ha.

O fósforo deve ser aplicado antes do fl orescimento do cafeeiro utilizando fertilizantes organominerais (Fertium® Phós). As substâncias húmicas do Fertium® Phós reduzem a

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B e Mg e em determinadas situações, aplicar também o P. O número de parcelamento do nitrogênio e potássio

depende da dosagem dos nutrientes e da textura do solo. Para as maiores dosagens dos nutrientes (>300 kg/ha) e solos com textura média a arenosa, realizar de 4 a 6 parcelamen-tos. Conforme comentado anteriormente, se for possível, realizar o primeiro parcelamento NK antes do fl oresci-mento do cafeeiro.

Em muitas situações, mesmo com aplicação de dosa-gens adequadas de P no solo, o teor foliar deste nutriente fi ca abaixo da faixa adequada ao cafeeiro e deve ser fornecido via drench.

Além do P, realizar também a aplicação do Mg e B via drench, nas lavouras de café cultivadas em solos com baixo teor destes nutrientes.

Fertilizantes Bio Soja fornecidos via drench:• Irrigamax® 13-40-13 na dosagem de 30 kg/ha• NHT® Magnésio na dosagem de 10 L/ha• Fertilis® Boro na dosagem de 10 L/ha

As dosagens dos fertilizantes mencionados acima e aplicados no drench devem ser parceladas em duas aplica-ções.

2. Adubações foliaresA adubação foliar é utilizada para o fornecimento de

nutrientes nas fases de maior demanda do cafeeiro.No pré-fl orescimento do cafeeiro, aplicar 1 L/ha do

NHT® Cálcio e 1 L/ha do NHT® P-Boro-P para aumentar o pegamento das fl ores. Neste momento, também realizar a aplicação do Bioamino® Extra na dosagem de 1,0 a 1,5 L/ha.

De maneira geral, nos solos argilosos, a forma mais efi -ciente para o fornecimento de Zn e Mn no cafeeiro é via

utilização de corretivos agrícolas com a elevação do pH da camada superfi cial dos solos.

Os sintomas da defi ciência do Mn no cafeeiro ocorrem inicialmente nas folhas e órgãos mais novos. Estas folhas permanecem com tamanho normal e ocorre clorose inter-nerval permanecendo as nervuras verdes (Figura 2).

A fonte de Mn mais adequada para o fornecimento deste nutriente ao cafeeiro em solos com baixo teor de Mn é o NHT® Manganês + (carbonato de manganês) (Tabela 1). Aplicar de 3 a 5 L/ha do NHT® Manganês + parcelado em duas vezes, sendo a primeira logo após o fl orescimento do cafeeiro e a segunda, na granação (45 a 60 dias após).

Para melhorar a efi ciência das adubações nitrogenadas é importante o fornecimento do molibdênio nas pulveriza-ções foliares. Aplicar 500 mL/ha do Fertilis® Mol parcelando a dosagem nas duas primeiras adubações foliares após o fl o-rescimento do cafeeiro.

Em lavouras com grande carga pendente ou aquelas que tiveram desfolha muito grande causada por uma alta produtividade e/ou seca no inverno muito intensa, realizar a aplicação de 4 a 6 L/ha do Bioamino® Extra parcelando a dosagem do produto ao longo da estação das chuvas. A primeira adubação foliar com o Bioamino® Extra deve ser realizada antes do fl orescimento do cafeeiro na dosagem de 1 a 1,5 L/ha.

A aplicação dos fosfi tos via foliar estimula a síntese de fi toalexinas que são compostos que tornam o cafeeiro mais tolerante às doenças. Realizar a aplicação de 4,5 L/ha do Fertilis® Fosfi to 00-30-20 parcelando a dosagem em 3 ou 4 vezes iniciando na fase dos chumbinhos. Em aplicações com os produtos da linha NHT®, utilizar o Fertilis® Fosfi to 00-28-26 na mesma dosagem.

Na fase do chumbinho e da granação, realizar duas adubações foliares com o NHT® Mega K na dosagem de 1 L/ha para a suplementação com o potássio.

Considerações fi naisO processo produtivo na cafeicultura está cada vez

mais complexo. A cafeicultura irrigada é outra cafeicultura que exige do cafeicultor maior capacidade gerencial e cons-tante atualização dos seus conhecimentos técnicos.

Nesta nova cafeicultura, é necessário um constante acompanhando da fertilidade do solo e do estado nutricional das plantas para que o café possa expressar todo o poten-

TABELA 1 - Efeito de duas fontes de Mn nos teores deste nutriente nas folhas do cafeeiro em produção.

Tratamento

• Sulfato de manganês (1,33 kg/ha)• NHT Manganês + (1 L/ha)

FONTE: Depto. Agronômico do Grupo Biosoja (2012).

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Teor de Mn nas folhas do cafeeiro – mg/dm3

Antes da Aplicação

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Depois da Aplicação

Aumento no Teor Foliar

Figura 2 - Defi ciência de Mn na cultura do café

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foliar. A adsorção do Zn nos solos argilosos reduz a efi ciência da ab-sorção deste nutriente pelo cafee-iro.

A dosagem do NHT® Zinco via foliar no cafeeiro é 2 L/ha par-celado em 2 aplicações anuais. A primeira aplicação deve ser rea-lizada logo após o fl orescimento e a segunda, na granação (45 a 60 dias após). Em solos de textura média a arenosa, o Zn pode ser fornecido integralmente via drench (NHT® Zinco = 2 a 4 L/ha).

A defi ciência de Mn no cafeeiro é generalizada em solos sob vegetação de cerrado. A sua disponibilidade é reduzida pela

cial produtivo. Realizar o monito-ramento do estado nutricional do cafeeiro com a diagnose foliar.

Dentro deste contexto, a Bio Soja e a Campagro através de seus profi ssionais tem muito o colabo-rar com os cafeicultores de Franca, Ibiraci e região.

Maiores Informações: Enrar em contato com a Bio Soja, via representante comercial de Franca (SP), Rodrigo Chiarelli - (16) 8124-5372 ou via email [email protected] e os consultores de vendas da Campagro em Franca (SP) - (16) 3701-3342 e Ibiraci(MG) - (35) 3544-2244.

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MEIO AMBIENTE

A votação fi nal do novo Código Florestal, no último dia 25 de abril, deixou muita gente na

dúvida sobre o que realmente foi aprovado e sobre como isso afeta a produção rural e o meio ambien-te. Por isso, a equipe do Sou Agro (www.souagro.com.br) recuperou o texto-base e os destaques aprova-dos pela Câmara dos Deputados e ouviu uma das assessoras técnicas da Câmara que trabalharam no documento, a advogada Samanta Pineda, para responder as oito principais questões que geraram confusão na imprensa.

1. Há anistia a desmatadores?Não. Os produtores que des-

mataram acima do permitido por lei até julho de 2008 poderão regu-larizar sua situação ambiental caso se comprometam com um Pro-grama de Regularização Ambiental e entrem para o Cadastro Ambien-tal Rural. Se o produtor não aderir a esses programas, ou descumpri-los, voltam a valer todas as multas por descumprimento ao antigo Có-digo Florestal.

Confira as 8 principais dúvidas sobre oNOVO CÓDIGO FLORESTALAmbientalistas e Agricultores divergem sobre os itens

2. A versão fi nal da Câmara desobrigou os produtores de aderir ao Cadastro Ambiental Rural?

Não. O trecho do texto do Se-nado que foi suprimido pelos depu-tados apenas diz respeito ao prazo para adesão. Pela versão do Sena-do, os proprietários que quisessem se regularizar teriam que aderir ao CAR em no máximo cinco anos. Mas como o governo pode demo-rar para oferecer não se sabe como o governo vai operacionalizar o sistema, o relator Paulo Piau su-geriu suprimir do texto esse prazo, pois a demora do sistema público poderia prejudicar os produtores. No entanto, continua valendo a obrigatoriedade de adesão ao CAR para poder regularizar desmata-mentos anteriores a julho de 2008. A exigência também vale para os pequenos produtores, mas o CAR para esses agricultores será mais simples, sem exigir mapas detalha-dos, por exemplo.

3. As matas ciliares fi caram desprotegidas?

Não. A faixa que os produ-tores precisam manter de mata ciliar para novos desmatamentos

continua a mesma. Só foi reduzida a faixa que precisa ser recomposta nos casos em que o desmatamento ocorreu antes de julho de 2008. Ou seja: as ma-tas ciliares que estão de pé continuam protegidas da mesma forma.

No entanto, o método de medição da largura dos rios foi alterado, e é isso que defi ne o tamanho da área de preservação permanente (APP) que

precisa ser mantida em cada margem. Rios de até 10 metros de largura, por exemplo, precisam de 30 metros de APP de cada lado. A largura dos rios, que era medida pelo leito maior atingido durante a cheia, agora passa a ser medida pela calha regular. Mas atenção: isso não libera produtores a reduzir suas APPs já existentes. Caso a mudança de medição di-minua o tamanho da APP exigida, o excedente de mata ciliar poderá ser usado para a com-pensação de défi cits de reserva legal de outras propriedades, por exemplo, mas jamais poderá ser desmatado.

4. O novo Código pode gerar mais des-matamento?

Não, mas há quem afi rme que ele pode desestimular o cumprimento da lei. As fl exi-bilizações que o novo Código traz para o cum-primento de APPs e reservas legais só se re-ferem a áreas que já foram desmatadas, e não a áreas que ainda estão preservadas. Ou seja, para novos desmatamentos, continuam valen-do as regras do Código antigo e suas alterações. Um exemplo são as APPs nas margens dos rios. No caso das APPs em beira de rios com menos de 10 metros, por exemplo, as grandes pro-priedades só terão que recompor 15 metros de mata em cada margem. Mas para quem quiser desmatar hoje, será obrigatório que na mesma situação sejam mantidos 30 metros.

Para alguns ambientalistas, essa medida vai premiar quem desmatou no passado e punir quem preservou, o que desestimularia o cum-primento da lei. Mas muitas áreas foram des-matadas antes de o conceito de APP aparecer na ciência ou na legislação, por isso os limites aplicados pelo Código Florestal não poderiam valer para o passado. A solução intermediária encontrada foi manter a rigidez sobre novos desmatamentos e reduzir apenas parcialmente a necessidade de recomposição de APPs.

5. Mas a soma de reserva legal e APP não vai resultar em novos desmatamentos?

Não, porque as APPs e reservas legais preservadas hoje não podem mais ser derruba-das. O Código em vigor defi ne que as pro-

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priedades mantenham todas as APPs (encostas íngremes, topos de morro, restingas, beiras de rio) mais um percentual de reserva legal (80% no bioma amazônico, 35% no Cer-rado da Amazônia Legal e 20% no resto do País). Esses per-centuais foram mantidos, mas os produtores agora poderão computar as APPs dentro dessas áreas. Mas o novo Código é claro: caso esse novo cálculo resulte em uma “sobra” de reserva legal na propriedade, essa área não poderá ser des-matada. O excedente de mata só poderá ser usado como ser-vidão ambiental, para compensar a falta de reservas legais em outras propriedades do mesmo bioma.

6. Os pequenos produtores foram benefi ciados?Sim. Em propriedades com menos de quatro módu-

los fi scais não haverá obrigatoriedade de recomposição de reservas legais, caso essas matas ainda não existam. No caso das APPs, os pequenos produtores terão que recompor 15 metros de faixa de APP para rios de até 10 metros de lar-gura, mas as APPs a serem recompostas não podem superar a área de reserva legal. Em outras palavras, a recuperação de APPs fi cará limitada a uma área igual a 20%, 35% ou 80% da fazenda, conforme a região do País. Mas sempre lembrando que isso vale apenas para a recuperação de áreas já desmata-das; APPs e reservas legais já existentes da agricultura fami-liar terão que ser mantidas.

Além do custo de abrir mão de áreas já produtivas, o que afetaria a renda do pequeno agricultor, a recuperação de áreas fl orestais pode ser extremamente cara. Trata-se de um serviço tecnicamente complexo, que exige a contratação de especialistas e a compra de mudas nativas, de alto valor.

7. Que regras valem para a recuperação de APPs de rios com mais de 10 metros de largura?

As faixas mínimas de APP serão determinadas pelos Programas de Regularização Ambiental (PRAs), a serem defi nidos por leis estaduais. Para os rios menores, o Códi-go nacional defi niu claramente um mínimo de 15 metros

para rios de até 10 metros de largura, que precisa ser respeitado por todos os produtores. Acima disso, as assemble-ias legislativas deverão estipular as APPs mínimas a serem recuperadas, sempre lembrando que para novos desmatamentos continuam valendo as mesmas faixas de APP do antigo Có-digo Florestal: de 30 a 100 metros em cada margem, dependendo da largura do rio.

8. As reservas legais na Amazônia foram reduzidas?

Depende do estado. O novo Có-digo manteve a reserva legal no bioma amazônico em 80% da área das pro-priedades. Mas criou um novo dis-positivo, que reduz essa reserva pela metade caso o estado em que está a

propriedade tenha mais de 60% de seu território protegido em unidades de conservação (UCs) e terras indígenas. Atu-almente, o único estado que tem essa condição é o Amapá, com cerca de 70% de sua área em UCs e terras indígenas formais. O princípio dos legisladores neste caso foi estimular o desenvolvimento e a atividade econômica em estados que protejam integralmente a maior parte do seu território. A

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Marcos Fava Neves - Professor Titular de Planejamento e Estratégia na FEA/USP, Campus de Ribeirão Preto (SP) e Coordenador Científi co do Markestrat. [[email protected] / www.favaneves.org]

Desenvolver preservando para.... preservar o desenvolver!

O Código Florestal vem sendo discutido em muitas audiên-cias há anos e foi fi nalmente aprovado pela sociedade,

representada por seu Congresso. Mui-tos brasileiros e parte da imprensa aproveitaram o momento para con-trapor a agricultura com o ambiente, gerando um grave dano à imagem da agricultura e promovendo a discórdia.

O mais recente caso, estimulador deste texto, é o debate editado pelo respeitável jornal Valor Econômico (04/05/12), consolidado por três jorna-listas. Explicando ao leitor que não teve acesso ao conteúdo, é feita uma chamada na capa com o título “em-presários defendem veto a Código Flo-restal” e a matéria é um debate de res-peitáveis executivos e cientistas com trabalhos na área econômica, social e ambiental, advindos de uma Fundação de preservação de matas, uma empresa de cosméticos, de embalagens carto-nadas, uma produtora de papel e uma telefônica, além de um cientista da USP.

Sintetizo minha análise em 4 blo-cos: as principais proposições vindas deste debate; os principais aprimora-mentos necessários às visões; as contri-buições à imprensa e as considerações fi nais.

Entre as principais proposições, temos interessantes ideias. Destacam-se as oportunidades que se abrem ao Brasil de liderar uma nova pauta da economia verde, do menor carbono, de certifi cações e pagamentos por serviços ambientais. Levantam a idéia de que é necessário produzir mais com menos recursos, reduzir as perdas (estimadas em mais de 20% da produção) e acre-ditam que com gestão a produtividade pode aumentar. Temos que pensar 100 anos à frente.

Também aparecem a importância de se recompor o orçamento da EM-

BRAPA e de outros órgãos de pesquisa, sair da clivagem “desenvolvimento x sustentabilidade” e “natureza x ur-bano”. Chamam a atenção para os gar-galos de infraestrutura, para a necessi-dade de incentivos na correção do que foi feito de errado em desmatamento.

Utilizar a Amazônia como uma fonte de riquezas da biodiversidade lembrando do direito de pessoas que vivem nestas regiões terem atividades econômicas e desenvolvimento. Lem-bram também da necessidade de se vo-tar medida provisória que dá acesso a patrimônio genético, a necessidade de se extrair mais renda da visitação das áreas preservadas, se recuperar mais as áreas degradadas e investir no turismo. Destacam-se também as iniciativas de criação dos corredores de biodiver-sidade entre áreas de reserva legal e APPs.

A segunda parte deste meu texto são os aprimoramentos de visão ne-cessários, por aparecer, em alguns mo-mentos, um desconhecimento do que é o agro brasileiro. Serão apresentadas aqui as frases colocadas no debate, em itálico, sendo algumas agrupadas, e as minhas observações logo após.

“...O código deixou o Brasil na era medieval...”, “...o texto que foi votado é terrível...”.

Esta visão é parcial. Existem me-lhorias reconhecidas por cientistas no documento e ele tem benefícios de eliminar uma grave insegurança ju-rídica que assola as propriedades.

“...A expansão da área agrícola é única solução proposta e não se fala uma palavra de produtividade...”; “...O Brasil vai perder o jogo da produtivi-dade, da tecnologia e da inovação e aí vem a solução fácil: derruba mais um pouco de fl oresta e aumenta a área plantada...”; “...não precisa derrubar

mais nada... tem muita área já der-rubada...”.

Estas colocações não estão bem feitas. Os cientistas e agricultores brasileiros vêm lutando ferozmente pelo aumento da produtividade. En-quanto no mundo cai a produtividade, no Brasil ela cresce quase 4% ao ano e 50 milhões de hectares foram pou-pados graças a este esforço. Também é um equivoco achar que precisamos derrubar mais árvores para expan-são da produção. Existe parte dos 200 milhões de hectares de pastagens que podem ser usados para futuras áreas agrícolas.

“...A questão dos alimentos não é de produção, é de escoamento...”.

Sem dúvida há muita perda na logística, mas aqui também existe um desconhecimento do que acontece no mundo asiático e africano que cresce a mais de 6% ao ano. A FAO estima que teremos que dobrar a produção em 30 anos, graças ao aumento da população, urbanização (90 milhões de pessoas por ano vão para as cidades), distribuição de renda, biocombustíveis (nos EUA usam 130 milhões de toneladas de milho) e outros fatores. O Brasil é pri-mordial para isto, dito pela UNCTAD e FAO (ONU).

“...Vamos para a Rio + 20 com cara de vergonha...”.

Como já escrevi em outros tex-tos, a vergonha dos cientistas e partici-pantes brasileiros na Rio + 20 não será com o Código Florestal, mas sim em explicar ao mundo porque destruímos o combustível renovável mais respeita-do, que é o etanol de cana, aqui dentro do Brasil. É a pergunta que me fazem cientistas internacionais.

“...Estamos exportando commo-dities de baixíssimo valor agregado.

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Nesta colocação temos um grave equívoco, até uma ofensa aos produtores e industriais brasileiros. Existe enorme conteúdo tecnológico trazido pelos nossos cientistas dentro de um grão de soja, de café, de um litro de etanol, de suco de laranja, de celu-lose, de açúcar, de carne bovina. Fora isto, estamos cada vez mais exportando comidas prontas e embaladas.

Os termos de troca são cada vez mais favoráveis as commodities. Vi-vemos a era das commodities, e chamar nossa pauta de baixo valor agregado chega a ser ingênuo.

“...O projeto votado agora vai contra a maioria da população, que não quer hoje o desmatamento, não quer a redução da fl oresta nas margens dos rios...”; “...tem quatro brasileiros de cada cinco que estão a favor da Presi-dente para o veto...”.

Eu desconheço estas pesquisas, e também não creio que foi aprovado um Código Florestal que estimula o desmatamento de novas áreas. É uma mensagem errada que está se passando a população. O agro para se desenvol-ver, não precisa desmatar.

Na terceira parte deste meu texto tenho algumas contribuições a apontar à imprensa. A primeira vai no sentido de, em debates, equilibrar as opiniões. Neste caso, chamar pessoas que acham que o Código Florestal, com todos os seus problemas, representou avanços ao Brasil. Poderiam ter sido convidados representantes da ABAG, do ICONE, da Cooxupé, da Coamo, da Cosan, da Bunge, da BRF, do Congresso (Depu-tados Aldo Rebello ou Paulo Piau), de Sindicatos de Produtores, de Trabalha-dores.

A segunda é que a manchete dada refl ete uma generalização de algo que não é generalizável. Uma pessoa que apenas lê “empresários defendem veto a código fl orestal”, e boa parte do Brasil lê apenas manchetes, é levada a pensar que houve ampla pesquisa quantitativa e que o setor empresarial brasileiro é contra o Código, quando na verdade isto é fruto do debate de apenas 6 pessoas. Isto as vezes acontece na im-prensa, um título (manchete) que tenta generalizar algo que não é generalizá-vel. É preciso cuidado nisto.

A ilustração principal da maté-ria é uma árvore sendo cortada com uma motosserra. Para sermos mais equilibrados, melhor contribuição seria se a matéria tivesse o título de “sugestões de aprimoramentos ao có-

digo” e a imagem fosse propositiva, com equilíbrio de produção e lindas matas, e são inúmeras as imagens no Brasil de propriedades agrícolas cer-tifi cadas internacionalmente. Apre-sentar uma mortal imagem de árvore com motosserra foi danoso ao agro. É necessário parar com o “ruralistas x ambientalistas”, esta contraposição é danosa ao desenvolvimento equilibra-do do Brasil e é estimulada pela própria imprensa.

Como conclusões, por mais que este processo seja criticado, o código foi democraticamente aprovado pela sociedade brasileira e seus represen-tantes, no Senado e na Câmara.

Na minha singela opinião, pres-sionar a Presidente para vetar este Código é uma afronta à sua pessoa e à democracia. Dizer que é a principal de-cisão de seu Governo, ou frases do tipo “vou cair da cadeira se a presidente Dilma não vetar” ou “Dilma escreve o nome dela na história de uma maneira ou de outra: com tintas vermelhas ou tintas azuis” não contribuem.

Este código deve ser aprovado e iniciarmos já os debates para uma próxima versão mais moderna e con-temporânea, para ser novamente aprovada daqui 5 ou 10 anos. É preciso avançar sempre, debater sempre e res-peitar sempre.

Finalizo dizendo que tenho opor-tunidade de viajar uma vez por semana e fazer pesquisa com produtores e in-dustriais do setor agro em todos os can-tos do Brasil. É necessário sairmos dos nossos escritórios seguros e refrigera-dos dos grandes centros urbanos, ir ao campo e ouvir esta gente. É destas via-gens e pesquisas que vêm nossos textos e livros propositivos.

Conversar, principalmente es-cutar e sentir a luta do nosso produ-tor contra o arcaico sistema traba-lhista, tributário, logístico, ambiental, sua luta contra a taxa de juros, a falta de crédito, o câmbio, as intempéries climáticas, sua luta contra as pragas e doenças e ouvir atentamente os casos de assaltos e violência aterrorizando as famílias do campo.

Lembrar que o jornal Valor do mesmo dia coloca em seu editorial a preocupação com a rápida deterioração da balança comercial brasileira. Vale ressaltar que esta gente da agricultura vai exportar, em 2012, US$ 100 bilhões e importar US$ 20 bilhões, deixando um saldo de US$ 80 bilhões ao Brasil.

Em 2000 exportávamos US$ 20 bilhões no agro. A exportação cres-

ceu 5 vezes em 10 anos. Renomadas revistas mundiais com a Economist, a Time, Chicago Tribune, Le Monde deram enorme destaque e chamaram isto de silenciosa revolução do campo brasileiro. Quem viaja sabe que te-mos muito poucos setores admirados lá fora, e este é um setor que joga na primeira divisão mundial.

Se o Brasil vai fechar 2012 com um saldo de apenas US$ 15 bilhões, uma conta simples mostra que sem esta gente do campo, a balança brasileira pularia do saldo de US$ 15 bilhões para um defi cit de US$ 65 bilhões. Cairia por terra o Real, voltaria a infl ação, cairia a arrecadação de impostos e desaparece-riam milhares de postos de trabalho. E também precisaremos devolver nossos microcomputadores, tablets, carros, e todos os outros 25% dos produtos que consumimos, que são importados. Vai também faltar dinheiro para usar perfumes, telefones, cadernos, livros e produtos com embalagens cartonadas.

É preciso respeitar quem traz o caixa do Brasil, quem traz a renda do Brasil, que depois é distribuída farta-mente em todos os cantos. É injusto associar esta gente a desmatamento, a motosserra, a destruição, com opiniões dadas sem maior fundamento.

O Brasil terá nos próximos 20 anos a maior e melhor agricultura do mundo, trabalhando dia e noite para ser a mais sustentável nos pi-lares econômico, ambiental e social. O mundo implora ao Brasil para atender à explosão de demanda por alimentos e bioenergia. Podemos tranquilamente exportar US$ 200 bilhões em 2020 e US$ 300 a 400 bilhões em 2030. Vamos deixar esta gente do campo trabalhar e tentar ajudar.

Temos que aumentar a produtiv-idade, plantar em novas áreas de ma-neira sustentável, investir em pesquisa, ciência e inovação e caminhar para construir esta agricultura, este “agro-ambiental”, com ideias, nos desenvol-vendo com preservação e, com isto, preservando nosso desenvolvimento.

O verdadeiro e mais forte “có-digo” será cada vez mais dado pelo mercado consumidor, fortalecido pelas novas mídias sociais e que caminha rapidamente para não aceitar produtos que não obedeçam certifi cações res-peitadas internacionalmente.

Gerar a discórdia e desrespeitar o agricultor, que é quem coloca a comi-da na mesa e enche o nosso bolso de dinheiro não deve ser um objetivo dos verdadeiros brasileiros.dinheiro não deve ser um objetivo dos

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