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VotoranƟm 48 anos. | 08 de dezembro de 2011 1

Revista Futurantim

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Revista comemoratia dos 48 anos de votorantim. Diagramação e Arte Final Carla Annunciato

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Ao completar 48 anos de Emancipação, Vo-torantim, que se apresenta hoje como uma das mais destacadas cidades do cenário re-gional, é digna de todas as comemorações. E, integrando-se àqueles que rendem suas homenagens à cidade, a Folha de Votoran-tim leva aos leitores e assinantes a publica-ção especial “Futurantim”, em formato revis-ta, onde são destacados os elementos que levaram Votorantim à posição que ocupa entre as principais cidades de porte médio da região, quiçá do estado e do país.A Votorantim de hoje é totalmente diferen-te daquela que se identifi cava, nos anos 50 e 60, como um velho distrito esquecido de Sorocaba. Mudou seu perfi l sócio-econômi-co, seu comportamento humano e físico, cresceu como nunca em menos de meio século de vida própria. Basta apenas lem-brar de pequenos números comparativos - expostos nesta revistas - para se perceber quantas mudanças ocorreram neste perío-do em que se dedicou a caminhar com suas próprias pernas.Votorantim não cuidou apenas de crescer, e para tanto vencer constantes obstáculos em todas as suas épocas, mas saber conviver com uma conurbação quase inédita em pro-ximidade, ligando-a à cidade-mãe Sorocaba, que conheceu, igualmente, um desenvolvi-mento dos mais signifi cativos, classifi cando-a, inclusive, como consumada metrópole. O entrelaçamento constante benefi ciou a ambos, pois se Sorocaba oferecia muitas fa-

EXPEDIENTE

Revista “Futurantim”Votorantim - 48 anos de Emancipação

EditoraçãoFolha de Votorantim

FotosArquivo FV

Marcos FerreiraSecom Votorantim

Projeto gráfi co e arte fi nalCarla Annunciato

[email protected]

Jornalista ResponsávelJosé Antonio Rodrigues (Cesar)

DRT: 14.595/80

ÍNDICE

Um pouco de históriaPáginas 6 a 17

DepoimentosPáginas 18 a 23

Números do DesenvolvimentoPáginas de 25 a 59

Desafi os administrativosPáginas 61 a 70

EmpreendedorismoPáginas 71 a 84

cilidades ao povo votorantinense, Votorantim também se sentiu à vontade para ser recípro-ca em muitas situações.Longe de sentir-se diminuída pela sua con-tínua incursão ao que Sorocaba oferece, Vo-torantim deve, como dissemos, continuar se orgulhando dessa proximidade, pois tem a contrapartida de ceder à mãe Sorocaba mui-to de sua mão de obra, que cresceu profi ssio-nalmente, de oferecer um público considerá-vel e afeito ao consumo e, além da água da sua gigantesca represa, pode hoje, também, se dar ao luxo de ter contribuído para Soroca-ba através de um enorme shopping, o Espla-nada, estando em vias de ver implantado um outro de grande conceito, como o Iguatemi.Para chegar a este estágio, houve muita luta e perseverança do votorantinense e a sua admi-nistração pública tem se elevado ao nível de referência necessário para permitir o deslan-chamento que se verifi ca em todos os setores.Quer ainda esta publicação comemorativa dos 48 anos da Emancipação de Votorantim, resgatar um pouco da história do próprio vo-torantinense, que tem motivos, e muitos, para orgulhar-se de sua terra. Numa volta ao “bons tempos”, aqui também está retratado um pou-co daquilo que foi - e ainda é - a nossa socieda-de, com seus personagens, seus pontos de en-contro e seus grandes eventos, como a Festa Junina e a Semana da Emancipação.“Futurantim” 48 anos é um retrato da cidade e de sua gente. Uma homenagem a todos.Boa leitura.

Votorantim merecetodas as homenagens

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O esquecido distrito de Votorantim.

Mas, nem por isso dei-xa de ser um local im-

portante, por causa da grande arrecadação

proporcionada por suas indústrias. Mas Sorocaba

o trata com desinteresse, até desprezo.

No fi nal dos anos 50, Votorantim é apenas um bairro de Sorocaba, que sofre com grande parte de suas ruas cheias de buracos, qua-

se intransitáveis; sofre, ainda, com a falta de água nos pontos mais distantes e o esgoto corre a céu aberto em muitos lugares.As vilas mais bem cuidadas são a Chave, a Barra Funda, o Votocel e a Santa Helena, de propriedade do Grupo Votorantim. A população também se concentra na Vila Dominguinho e em casas esparsas na Vos-soroca, no Parque Bela Vista, no Itapeva e no Rio Acima, onde predominam chácaras, algumas com pomares em produção. Em-bora possuindo em torno de 15 mil habi-tantes - mais de 10% da população de toda Sorocaba - Votorantim é um distrito esque-cido pela administração sorocabana.

IndustrialMas é no distrito de Votorantim que também se concentram três indústrias de porte do Grupo Votorantim, como a fábrica de tecidos que, sozinha, empre-ga mais de 5.000 pessoas; a de cimento, em Santa Helena, e a de papel, no bairro do Votocel, que contribuem com mais de

2.000 empregos.O distrito também conta com a Indús-tria Têxtil Metidieri empregando mais de mil pessoas, além de dezenas de fac-ções - pequenas tecelagens, a maioria delas funcionando em fundo de quintal, que oferecem considerável número de emprego. Ou seja, Votorantim é uma localidade de trabalho e de signifi cati-va arrecadação, por isso a sua declarada importância para Sorocaba, de onde boa parte dos trabalhadores vem garantir a sobrevivência, e praticamente todos eles transportados pelos bondinhos.

Grupo Votorantim ajudaComo a administração pública de Soro-caba não dá a Votorantim o seu devido valor, quem acaba mantendo os servi-ços mais básicos no distrito é o próprio grupo industrial, que fornece, por exem-plo, os meios de coleta de lixo, além do prédio para funcionamento do Ginásio Estadual, depois denominado “Daniel Verano”, no velho “Comendador Pereira Inácio”.

Pontos de encontroO maior ponto de encontro dos jovens é o Jardim Bolacha, quase à frente da es-tação de parada dos bondinhos e trens de carga, lugares estes ladeados pelo coreto e pela simpática e histórica igre-jinha de São João Batista - aquela que foi destruída pela inesquecível enchente de 6 de fevereiro de 1982. Outro ponto de encontro é o “Bar do Arcuri”, próximo ao cinema e ao pequeno clube, ambos ane-1

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xados num mesmo prédio.Não é só isso. Nos anos 50 quase tudo está ali: o cartório, o correio, a farmácia, o posto policial e cadeia pública e até um serviço de alto-falante, além do Ban-co Commércio e Indústria, depois deno-minado Comind, também compondo o cenário do vilarejo concentrado em sua maioria nas proximidades da fábrica de tecidos. Também faz parte do complexo de atividades, o clube e o cinema.O cemitério tem aspecto de abandono, sem qualquer pavimentação, delimi-tado apenas por uma cerca de arame. Quando há necessidade de que algum extinto seja sepultado em cemitérios de Sorocaba, então o transporte é feito em um trolinho luxuoso, engatado num dos vagões do bondinho.Mas, se o cemitério vive em abandono, próximo, existe o imponente hospital

Santo Antonio, inaugurado em 21 de ja-neiro de 1949, garantindo atendimento aos funcionários do grupo industrial. Em área praticamente anexa à fábrica, fun-ciona uma modelar creche, hoje mantida por uma entidade benefi cente, a Avam - Associação Votorantinense de Amparo ao Menor.

Futebol e FioteO futebol amador possui tradição que re-monta ao início do século, e encanta nos anos 50 com alguns times participantes do campeonato de Sorocaba, como o Bela Montanha, Corintinha e Metidieri, este dois últimos os de maior expressão.Aos domingos, o estádio do Clube Atléti-co Votorantim é palco de grandes jogos e abriga enorme público, uma festa com direito a apresentação da banda execu-tando dobrados cheios de animação.

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Ainda no fi nal dos anos 50, Votorantim sente-se orgulhoso pelo Fiote, um jovem forte, muito bom de bola, e que fi cou fa-moso por integrar o lendário Santos de Pelé, bi-campeão mundial interclubes.

Parque InfantilCriado pela prefeitura de Sorocaba em 12 de maio de 1958, o Parque Infantil não tem prédio para iniciar suas ativi-dades, precisando reunir seus alunos debaixo das arquibancadas do estádio, enquanto o Grupo Votorantim constrói as novas instalações. Quando inaugura-do, é considerado uma coqueluche para a época, com salas espaçosas, áreas para recreação - incluindo piscinas e auditório e palco para exibições teatrais.O parque Infantil é um modelo e seus alunos proporcionam desfi les cívicos e comemorativos que encantam em Vo-torantim e Sorocaba. Os alunos também formam times imbatíveis nas modalida-des de Handebol, futebol de salão, nata-ção e outras modalidades.

PolíticaNa política, Votorantim já elege verea-dores à Câmara Municipal de Sorocaba. Juvenal de Campos é um deles, mas em 1959, Nelson Bormann e Pedro Augusto Rangel também integram aquele legisla-tivo. Este último chegou a ser presidente da casa de Leis de Sorocaba, durante o movimento separatista, quando estavam eleitos mais dois votorantinenses: Fran-cisco Sola Galera e José de Oliveira Sou-za, o conhecido Zeca Padeiro.

Legendas1.Vila da Chave - 2.Cemitério nos anos cinquenta - 3.Parque Infantil desfi lando em Sorocaba - 4.Túnel de extração da matéria prima para fabricação do cimento- 5.Fábrica de Cimento - 6.Fábrica de tecidos, com mais de 5.000 operários. - 7. Escola Com. Pereira Inácio, ao lado a carrocinha que coletava o lixo.

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8. Cine Votorantim - 9. Coreto e Jd. Bolacha- 10. Rua do Comércio em 1957, na verdade, um caminho de terra que levava a Votocel e Santa Helena. 11.Bar do Arcuri, outro ponto de reunião. - 12. Fiote, votorantinense integrante do Santos de Pelé, o primeiro à esquerda na foto. - 13.Hospital Santo Antonio

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Sim! O movimento que eclodiu forte para emanciparVotorantim.

As conversas tímidas já apareceram no fi nalzinho dos anos 50, acentu-aram-se no início de 1960 até eclo-dir um movimento muito forte em

favor da separação do então Distrito de Vo-torantim da cidade de Sorocaba, em 1963.Este movimento, na verdade, ganhou contornos de ofi cialidade após a apro-vação da lei, pela Assembléia Legislativa, autorizando a realização de um plebisci-to, após muita expectativa. Para a aprova-ção desta lei, houve forte pressão popu-lar, inclusive com a ida de vários ônibus de Votorantim levando cidadãos, para acompanharem a votação. Contados os votos dos deputados - 53 favoráveis, con-tra apenas 13 contrários - , muitos voto-rantinenses não se contiveram e extra-vasaram seu contentamento pulando no lago existente em frente da Assembléia. Foi uma festa. Parecia que o maior obstá-culo já houvera sido transposto. Mal sabia boa parte dos votorantinenses de então, que a luta pelo desmembramento estava apenas começando.

Luta intensaA luta pela Emancipação foi das mais in-tensas e se constituiu num período de marcantes polêmicas, criadas em torno de duas facções: a que defendia o des-membramento (a do SIM) e a que lutava pela preservação de Votorantim como Distrito (a do NÃO).Essa polêmica foi acesa devido aos muitos interesses que estavam em jogo. À Soro-caba não interessava a separação, pois isso signifi caria uma redução sensível em sua arrecadação, já que o distrito, pelas suas in-dústrias, era uma fonte importante (talvez a maior) de divisas, além do número conside-rável de empregados residentes em Soro-caba que vinham trabalhar em Votorantim.A S/A Indústrias Votorantim foi a baluarte da campanha do SIM, tendo praticamen-te encampado a luta. À ela uniram-se diversos setores da comunidade. Entre-tanto, levantaram-se muitas vozes contra a Emancipação, alegando que estava vin-do sob a égide do interesse econômico da indústria, que poderia benefi ciar-se e prejudicar a classe trabalhadora, inclusive passando a cobrar aluguel de suas casas e acabar com os feriados na cidade.Estava formada a polêmica que chegou a atingir momentos agudos, proliferando os panfl etos, as propagandas, os comícios e as demagogias, também.

Contra e a favorO então vereador e radialista Juvenal de Campos, considerado politicamente um nome forte, era um dos contrários. Ele contava com a colaboração de diversos líderes. Ainda entre os que se colocavam contrários à Emancipação, na época, es-cudados em justifi cativa de que o des-membramento, naquela oportunidade,

da maneira como vinha sendo conduzida, atenderia a interesses imediatos da indús-tria, estavam: Itagyba Loureiro de Mello, José Carlos de Oliveira (Luizão), Luiz do Pa-trocino Fernandes, Flávio Biazzin, Domin-gos Padilha, Miguel Ximenes, Santo Del Ben, Benedito Trindade, Gervásio Gomes, Manoel Cabello, Sebastião Alexandre e Ra-mon Palazzon, entre outros.Ao lado do SIM, a principal fi gura foi a de Mathias Gianolla, o gerente da fábrica de tecidos, contando ainda com nomes como Nelson Bormann, Francisco Solla Galera, José de Oliveira Souza (Zeca Pa-deiro), Pedro Augusto Rangel, Armando Benedetti, entre outros.Um folheto da época (1963) conclaman-do o povo para decidir-se pelo SIM, foi assinado por várias pessoas que se inti-tulavam “pelas classes independentes de Votorantim”. Assinaram este documento, entre outros, Aroldo Francisco Parri, Padre Antonio Maff ei, Mário Skif, Edson Cam-pioni, José de Oliveira Souza, Alexandre Develis, Oswaldo Bormann, Julio Lopes Filho, Francisco Solla Galera, Octaviano de Góes Vieira, Roberto Menegocci, José Ra-mos, João da Cruz Pedroso, Matheus Co-negero, Sérgio Augusto Rangel, Armando Benedetti, Carlos Mariano da Silva.

A briga por boletinsAtravés do Boletim nº 4, assinado por Ita-gyba Loureiro de Mello, Flávio Biazzin, Domingos Padilha, Miguel Ximenes, Ireno da Silva Venâncio, entre outros, a corrente

do NÃO diz: “Agem em nossa Vila Industrial pessoas que procuram afastar cada vez mais o operário do patrão, isto porque os interesses do dr. José Ermírio de Moraes, com raras excessões, não são humanitá-rios”. E mais adiante: “O Gaeta, de quem o sr. Mathias está servindo de tapete e capa é um aventureiro, representante sistemático do corvo Carlos Lacerda...” Ainda o mesmo folheto, em seu início, ressalta as qualida-des nacionalistas do diretor da indústria, dr. José Ermírio de Moraes, mas pede ao povo: “cuidado com o Gaeta e com o ge-rente.”

O folheto do SIMEsse folheto, dizia, entre outras coisas: “Nesta hora suprema do destino de Voto-rantim, não podemos nos omitir e permi-tir que uma causa justa e honesta sucum-ba à calúnia, falsos argumentos e má fé dos políticos que só agora se lembram da existência deste distrito. Não nos interes-sa quem tenha iniciado o movimento cívi-co, certo é que ele precisava ser feito por alguém e o foi. Agora o povo deve tomá-lo em suas mãos, pois só a ele pertence o futuro de Votorantim. Os políticos avaliam mal a consciência política do povo desse distrito, menosprezando sua capacidade de decidir. Jamais apoiaremos qualquer espécie de domínio que não emane do povo. Não será por essa comodidade ne-gativa, que tem os políticos demagogos de verem nas indústrias locais a única razão de ser do povo de Votorantim, que

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seremos abatidos nesta luta. Respeitamos as indústrias como fator de progresso e fonte de trabalho para uma vida honesta dos trabalhadores, mas não apoiaremos nunca aquilo que vá contra os interesses da coletividade. Aceitamos o compro-misso das Indústrias Votorantim, através de escritura pública, garantindo os níveis salariais estabelecidos para o terceiro gru-po, e constituimo-nos desde já, em linha de frente na defesa desses direitos caso venham a não respeitá-los, o que temos certeza não acontecerá.”

AdvertênciaDa imensa quantida de folhetos distribuí-dos, apresentamos o conteúdo de um deles, este sem assinatura: “Atenção amigo traba-lhador: antes de você votar pelo Desmem-bramento analise o seguintes: os feriados municipais poderão ser cancelados, caso Votorantim venha a ser município, isto por-que o Poder Econômico que já predomina e com a possibilidade de domínio político, então os vereadores votarão uma lei, para o novo município, pelo cancelamento dos referidos feriados, salvando assim a respon-sabilidade da S/A Indústrias Votorantim. É a única maneira da indústria tirar a respon-sabilidade de suas costas sobre as taxas de aluguel de casa, de água, de luz, que você irá pagar pelo que consome e mais o lixo e esgoto, inclusive taxas de ligações.

Caso Votorantim venha a ser desmem-brado, terá as empresas de ônibus um percurso intermunicipal, portanto será es-tipulado pela lei do DER um aumento de 45% além do que já está sendo cobrado pela passagem de ônibus.”Em outro ponto, o mesmo folheto salienta: “Não devemos esquecer que a S/A Indús-trias Votorantim é quem tem condições de eleger o maior número de vereadores e mais o prefeito, que terá compromisso com a indústria para apoiar as pretensões da Empresa em prejuízo dos trabalhadores e do povo em geral.”A palavra do gerenteUm folheto, datado de 30 de novembro de 1963 e assinado por Mathias Gianolla, em nome do Comitê, assim fala ao povo: “Há apenas 24 horas do momento em que iremos às urnas para, livremente, darmos o nosso voto, façamos um retrospecto dessa longa e penosa caminhada e não podemos deixar de reconhecer que so-mente graças divinas poderiam ter dado energia e serenidade para suportarmos intrigas e inverdades da força contrária, que tenta impedir o bem estar de nos-sas famílias. Nessa luta, tivemos o ampa-ro de todos os guias espirituais do povo deste distrito, padres, ministros, anciões, a quem, sinceramente rendemos nossas homenagens. Nesta hora fi nal, não iremos repetir os argumentos que criaram a nos-

“Não devemos es-quecer que a S/A Indústrias Voto-rantim é quem tem condições de eleger o maior número de vereadores e mais o prefeito, que terá compromisso com a indústria para apoiar as pretensões da Empresa em prejuízo dos trabalhadores e do povo em geral.”A palavra do gerente.

sa consciência de independência, mas, se isso não fazemos, não podemos deixar de alertar o povo de Votorantim para as in-trigas e mentiras de última hora que, por certo, serão, ainda, lançadas para tentar o último esforço contra as forças do bem.”E continua o folheto: “De acordo com a Lei, quinta-feira, p.p., às 24 horas, termi-nou o livre curso das propagandas. Assim, os que só podem lançar mão de mentiras o fazem na última hora, quando não po-derão sofrer a contradição da outra parte. Ainda hoje circulou um boletim sobre a venda das casas, o qual é um amontoa-do de mentiras, pois todos já fi caram sa-bendo, pelas reuniões que fi zemos, que: 1º) Ninguém é obrigado a comprar casas senão o desejar, assim como lhe será as-segurado o direito de continuar como inquilino; 2º) No caso de compra, as pres-tações jamais serão fora do alcance do comprador; 3º) Os impostos jamais serão os mencionados no Boletim, o que ali menciona será pago se Sorocaba continu-ar mandando, pois, em Votorantim, casas de aluguel inferior a Cr$ 2.000,00 estarão livres de impostos”.

Escritura públicaAinda dentro desses episódios que mar-caram a Campanha do Desmembramen-to, foi assinado a 3 de abril de 1963, uma escritura pública fi rmada no Cartório Renato, do Segundo Ofício de Sorocaba, em que 17 indústrias e estabelecimentos comerciais de Votorantim se comprome-tem, entre outras coisas, a reconhecer e assegurar em favor de seus empregados e operários os direitos do futuro município, a partir da data de seu desmembramento, mantendo os mesmos níveis de salários que em qualquer tempo vigorassem em Sorocaba.

Campanha dos TecidosAlgumas pessoas da cidade ainda pos-suem pedaços de tecidos confeccionados

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pela S/A Indústrias Votorantim e distribuí-dos aos operários e à população em geral, contendo um dístico impresso concitando a todos a votarem pelo SIM, nas cores rosa e azul. Muitos cartazes foram afi xados na própria indústria e nas esquinas, mostran-do o que Votorantim era (estampa de case-bres) e do outro lado, uma cidade desenvol-vida (chamada de “Cidade Paraíso”).Foi criado até uma espécie de clube, a dos “Vanguardeiros”, formado por pessoas que estavam dispostas a lutar pelo SIM e que recebiam da indústria uma carteirinha de identidade. Os comícios eram muitos, às vezes fazia-se necessária a presença da pró-pria polícia para inibir as agressões, o que, no entanto, não impediu alguns apedreja-mentos, tomates podres jogados, tintas, etc.

Comício e discursos infl amadosUm dos maiores destaque de convenci-mento para a vitória do SIM, ocorreu no comício do dia 28 de novembro de 1963, quando uma multidão concentrou-se no antigo Largo da Estação.A importância do evento foi considerada tão grande, que vieram a Votorantim famo-sas personalidades políticas, como a então deputada estadual Dulce Sales Cunha, e o próprio dr. José Ermírio de Moraes Filho.Foi este que levantou o público, quando de sua manifestação, transcrita por um velho jornal da época, a Folha Popular, de Sorocaba, que deixou de existir desde a década dos anos setenta.Disse José Ermírio, naquela oportunida-de, em que se realizava o maior comício em pró do SIM: “Estou emocionado e as-soberbado por este espetáculo que ora

presencio. Fala-se na grandeza do poder econômico, mas acredito que não há po-der mais poderoso do que o de um povo unido, democrático, como o que agora se espraia diante de mim”.

Movimento vitoriosoOs votorantinenses não falavam em outra coisa e a expectativa com vistas ao plebis-cito era grande. A Vila era uma festa, com a maioria das pessoas vestidas tipicamen-te, trazendo a estampa do SIM, oferecen-do a perspectiva de que o desmembra-mento seria o escolhido nas urnas.Domingo, 1º de dezembro, 18 urnas es-

palhadas em locais estratégicos. Com-pareceram à elas 4.179 eleitores. O NÃO foi expressivo em apenas uma urna, a de Santa Helena, com 108 votos. Nas demais, prevaleceu o SIM, que venceu com 3.099 votos contra 1008 dados à facção do NÃO. O plebiscito apresentou ainda 24 votos em branco e 53 nulos. Conhecido o re-sultado, a festa foi muito grande, com os vitoriosos desfi lando pelas ruas, especial-mente em frente à fábrica de tecidos. Vo-torantim, fi nalmente, conquistara o direi-to de se tornar uma cidade, de caminhar com seus próprios passos. Não dependia mais de Sorocaba.

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Trâmites da separaçãoFoi necessário mais de um ano para que se concluíssem as providências documentais ofi cializando a separação entre Sorocaba e Votorantim, a partir das demarcações limí-trofes das duas cidades. Se o então prefei-to da época, Armando Pannunzio, houvera sido contrário ao desmembramento, após conhecido o resultado do plebiscito, ele foi um dos maiores colaboradores para o aceleramento das providências burocrá-ticas. Otto Wey Neto, conhecido radialista da época, ocupante do cargo de secretá-rio da Educação, foi hábil no processo de transferência das professoras do Parque Infantil, que recebiam pela prefeitura de Sorocaba, e passaram a receber por Voto-rantim. Certa vez, em depoimento à Folha

de Votorantim, Otto comentou que “não foi um processo simples, mas houve cola-boração mútua da prefeitura de Sorocaba e das próprias professoras, o que facilitou em muito a sua conclusão”.Outro depoimento interessante à Fo-lha de Votorantim, em edição especial de 1993, foi dado por Messias Skif, que trabalhou arduamente no período pré-instalação da nova cidade. “Foram tantos documentos que me via correndo todos os dias entre cartórios e a prefeitura de Sorocaba, por sinal, com tudo muito faci-litado pelo dr. Armando Pannunzio”.Concluída esta etapa burocrática, o juiz eleitoral, Edmar de Carvalho Lima, mar-cou a primeira eleição municipal para o dia 7 de março de 1965, um domingo.

Legendas:1.Toalhas com desenhos coloridos motivavam a luta pelo SIM - 2. Mathias Gianolla, o grande lider emancipacionista - 3.Juvenal de Campos, líder da facção do NÃO 4.Um dos ônibus com destino à Assembléia, vendo-se logo à frente a saudosa Adair Marinoni - 5.Outro ônibus, este para passageiros masculinos. - 6.Conhecido o resultado, o povo saiu às ruas comemorando a Emancipação. 7. Ex-funcionárias da Prefeitura de Sorocaba passaram a pertencer a Votorantim: Fernanda Arcuri Pacheco, Neide Filipim, Otília S. Oliveira Lima, Irene lopes, Marina de Camargo Madureira, Alice Belini Herrera, Maria Deyse Matos e Ignês Pascoalina de Freitas8.Messias Skif - 9.Otto Wey Neto.

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Pedro Rangel, o primeiro prefeitoEle obteve 3.297 votos, cerca de 60% do elei-torado, e venceu Afonso Erra, tornando-se o primeiro prefeito da cidade.

A primeira eleição municipal reali-zada em Votorantim, após a con-sagração do SIM, aconteceu no sábado, dia 7 de março de 1965,

e confi rmou a popularidade de Pedro Au-gusto Rangel, político carismático, que centralizou em sua pessoa, a imagem da nova era para o então distrito.

ConsagraçãoOs 5.469 eleitores da nova cidade partiram para as urnas e, como já era esperado, a grande maioria dos votos a prefeito foi para Pedro Augusto Rangel e aos candidatos a vereador pertencentes à facção do SIM. Rangel encabeçava a coligação UDN, PSP, PTB e PR, enquanto seu oponente, o can-didato Afonso Erra, vinha à frente do PRT, sustentado pelo já derrotado grupo de re-sistência ao desmembramento.A contagem dos votos foi acompanhada com muita festa e a população explodiu em alegria quando o juiz eleitoral anunciou os

resultados fi nais do pleito dando a Rangel o cargo de primeiro prefeito da cidade.O resultado só confi rmou a tendência reve-lada na votação do plebiscito, ocorrido 15 meses antes. Pedro Augusto Rangel obteve 3.297 votos, mais de 60% do eleitorado, en-quanto o seu rival, Afonso Erra, conseguiu apenas 1.461. A eleição teve também 112 votos em branco e 137 nulos, que juntos somaram pouco mais de 5% dos eleitores.

Vice-prefeitoO cargo de vice-prefeito foi disputado por três candidatos e o resultado elegeu Lau-rindo Alves da Silva (PTB), com 1.886 votos, seguido de José Roque Guerra (UDN), com 1620 e, por fi m, o candidato a vice de Afon-so Erra, Ezequiel Camolesi, com 996 votos. Para o cargo de vice-prefeito foram regis-trados 386 votos em branco e 132 nulos.

Os primeiros vereadoresA mesa da Câmara, em sua primeira legis-

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latura, foi formada por Domingos Metidieri Filho, como presidente; Newton Vieira Soa-res, como vice-presidente; José Moreira de Souza Filho, 1º secretário e Lázaro Alberto de Almeida, 2º secretário, ele que por sinal ainda é vereador, tendo sido eleito em to-das as eleições ao longo desse período de 48 anos de vida da cidade.Além desses, outros cinco vereadores (na época, os componentes eram apenas nove) completaram a primeira Câmara: Georgino Marques Dias, Pedro Guerra, Carlos Caldini, Lázaro Antunes de Oliveira e José Carlos de Oliveira, o Luizão. Esse quadro foi formado por uma maioria de partidários do SIM, sob as legendas da UDN, PSP, PTB, e PR, numa coligação for-mada para derrubar os partidários do NÃO no plebiscito. Essa ala tinha como susten-tação política o PRT, cujos correligionários vieram mais tarde a formar o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), hoje PMDB. Por outro lado, a coligação do SIM acabou no bi-partidarismo constituindo a Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

LegislativoPara o Legislativo, a população escolheu nove candidatos com destaque para Do-mingos Metidieri Filho, o “Minguito”, que as-segurou 252 votos, numa disputa bastante acirrada. Logo atrás, José Carlos de Oliveira, do PRT, com 203; Lázaro Alberto de Almei-da, também do PRT, obteve 200 votos; Pe-dro Guerra (UDN) veio na sequência com 187; Georgino Marques Dias (PSP), com 180; Newton Vieira Soares (PSP), 164; Lázaro An-tunes de Oliveira (PR), 125 e José Moreira de Souza Filho (PTB), com 124 votos.

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Conhecido o resultado da primeira eleição, de acordo com Messias Skif, em depoimento à Folha de Votorantimm, o juiz eleitoral teria

sido enfático ao comunicar a Pedro Au-gusto Rangel que a sua posse, bem como a Instalação da nova cidade ocorreria vin-te dias depois, ou seja, em 27 de março.Assim, no dia 27 daquele mesmo mês, um sábado, aconteceu a solenidade de posse no antigo Cine Votorantim, que depois passaria a ser Clube Atlético.Estiveram presentes o dr. Armando Pan-nunzio, prefeito de Sorocaba; o vereador Francisco Solla Galera, representando o Legislativo de Sorocaba, o inspetor José Ferreira, representando o juiz da 1ª Vara, dr. José Aleixo Irmão, promotor público; dr. Hélio Rosa Baldy, secretário dos Negó-cios Jurídicos da prefeitura de Sorocaba, dr. Otto Wey Neto, secretário da Educação de Sorocaba, dr. José Ermírio de Moraes Filho e sr. Mathias Gianolla, do Grupo Vo-torantim, o padre Antonio Maff ei e, como empossados, o prefeito Pedro Augusto

A posse de Pedro Augusto e Domingos Mitidieri Filho; aparece também o então prefeito de Sorocabva Dr. Armando Pannunzio.

Legendas1. Afonso Erra, candidato da oposição, fi cou com 1.461 votos - 2. Laurindo Alves da Silva, o primeiro vice-prefeito do município

Vereadores eleitos na primeira eleição: 3.José Carlos de Oliveira, 4. José Moreira de Souza Filho 5.Lázaro Alberto de Almeida, 6. Lázaro Antunes de Oliveira -7. Carlos Caldini, 8.Georgino Marques Dias, 9.Domingos Mitidieri Filho,10. Pedro Guerra, 11. Newton Vieira Soares.

Instalacao e Posse:tudo muito rápido

9 910 11

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Dr. Demerval detalhando primeiro Plano Diretor aos vereadores

Rangel e o vereador mais votado, Domingos Metidieri Filho, que se tornou o primeiro presidente da Câmara de Votorantim.

Euforia e colaboraçãoA euforia da nova cidade permaneceu por um bom período. O povo votorantinense trocava abraços calorosos pela conquista de tantos anos de luta. A notícia do desmembramento acabou chamando a atenção de toda a região e Votorantim transfor-mou-se em um “paraíso” para quem queria iniciar uma nova vida, pois os comentários que se ouviam sobre a nova cidade eram demasiadamente estimuladores para as famílias de ou-tros municípios, pois com um forte polo industrial, justifi cado pela presença das Indústrias Votorantim, muitos resolveram vir para a cidade, acreditando em bons empregos e salários, além de melhores condições de vida.

Plano DiretorOs primeiros planos para o novo município foram traçados com o mesmo carinho que os vanguardeiros tinham pela cidade, numa verdadeira criação coletiva. O Plano Diretor do Município foi es-tabelecido e logo iniciaram as primeiras grandes obras para uma população maravilhada com o novo gentílico “votorantinense”.

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Em 1948, a minha família veio de Tietê para Votorantim, então dis-trito de Sorocaba. Na época, a rua do Comércio, hoje 31 de Março,

era de terra, e uma de suas travessas, a Monte Alegre, praticamente um cami-nho estreito em meio a um pasto e algu-mas casas. Foi ali que meu pai adquiriu um lote e fez uma casa simples.Meus pais trabalhavam nas fábricas de tecidos e de papel e nós, os fi lhos, es-tudávamos no Grupo Escolar Pereira Inácio. A única padaria existente, fi cava na Barra Funda e o armazém do Sesi na rua Sorocaba. Chegávamos a ir duas ve-zes por dia até a Barra Funda a pé, para comprar pão e ir à escola. Lembro-me dos animais soltos e muito mato, não raras vezes corremos dos animais.Na rua Monte Alegre não havia luz e nem água encanada. A água era conse-guida em bacias e as roupas lavadas no rio. A luz era de lampião.Aqueles que moravam na Barra Funda, Chave,Votocel e Santa Helena, conta-vam com todos os melhoramentos gra-ciosamente, fornecidos pelas indústrias e não pelo poder público.Mesmo com todas as difi culdades, os meus pais bendiziam a nova vida, por-que no sítio de onde minha família veio, as coisas eram ainda mais difíceis.Bem, com o passar do tempo, fomos co-nhecendo a melhora aos poucos, com a chegada na rua Monte Alegre da água encanada e luz elétrica, embora de for-ma precária. Haviam muitos apagões e na torneira era só vento, raramente vi-nha água, motivo pelo qual eu, ainda mocinha, fazia abaixo assinado e pro-tocolava na prefeitura de Sorocaba, po-rém, nada era resolvido.Ao sair do curso primário com uma bol-sa de estudos, fui morar em Sorocaba com uma tia, para fi car mais perto do Anchieta, onde cursei o ginásio.Concluído o curso, voltei para a rua Monte Alegre e comecei a costurar e a dar aulas de corte e costura, tendo em vista que aos 14 anos me formei costu-reira pelo Sesi e aos 18 anos professora de corte e costura, além de continuar estudando Contabilidade.Foi nessa época que conheci José Carlos dos Santos, o qual me encaminhou para o sr. Mathias Gianolla. Dele recebi o con-vite para abrir uma confecção dentro da fábrica de tecidos, dizendo que era de-sejo do dr. José Ermírio de Moraes, dono

Depoimentos

da fábrica. Aceitei o convite. Fui para fi car quatro meses e acabei fi cando por quatro anos. Foi assim que participei ativamente do Movimento da Emanci-pação de Votorantim, encabeçado pe-los gerentes das indústrias Mathias Gia-nolla, Pedro Augusto Rangel e Alfredo Metidieri, entre outros.Com a vinda do tecido estampado com o SIM, a confecção teve muito o que fazer, inclusive trabalhando dia e noite confeccionando camisas com a palavra SIM, as quais, depois de prontas, eram levadas ao Clube Atlético Votorantim pelo Paulo Fontes, em carrinho de mão, e lá no clube, eram distribuídas à popu-lação.Na confecção das camisas trabalhavam Teresa Stefani, Miriam Christi, Dalva de Oliveira, Djanira Castelhano, Maria José Prezotto, Maria Clara dos Santos, Santina Scudeler, Amélia Cicareli e minha grande amiga e braço direito, a saudosa Alda dos Santos.Como eu morava na rua Monte Alegre, o sr. Mathias pediu ao meu pai para fa-zer a sede da Emancipação em minha casa. As pessoas faziam fi las para as-sinar em prol da Emancipação e apro-veitavam para seu pedido pessoal de tijolos, cimento e outras coisas. Ao to-mar conhecimento de tantos pedidos, certa vez o sr. Mathias comentou que não tinha conhecimento da existência de tantas pessoas necessitadas em Vo-torantim.O motivo do nosso engajamento no

movimento emancipacionista foi por-que acreditamos nas melhorias e elas foram realizadas.A indústria custeava os ônibus para levar os votorantinenses até a Assem-bléia, com a fi nalidade de pressiona-rem os deputados a votarem pela lei da Emancipação e foi o que ocorreu para a alegria dos participantes.Foi feita uma carteira de identifi cação dos vanguardeiros com as promessas de melhorias na nova cidade, a qual guardo com muito carinho não só a mi-nha, mas também do meu falecido ma-rido Carlos Violino, o qual era votoranti-nense de coração e de nacionalidade e a dos meus pais, os quais não viveram para ver todas as melhorias realizadas. Graças à Emancipação, hoje temos ruas e avenidas asfaltadas, água, luz, es-goto e água de qualidade para todos, transporte coletivo à altura, escolas do melhor nível, atendimento de saúde através das Unidades Básicas, Pronto Atendimento, hospital municipal, entre outras conquistas. Viramos mesmo uma cidade de porte médio.Embora eu tenha nascido em Tietê, amo Votorantim como se fosse minha terra natal, pois foi aqui que estudei, fi z os sacramentos, conheci meu marido, saudoso Carlos Violino. Com ele tive três fi lhos, aqui me estabeleci com o Escritório Violino, agora administrado pelos meus fi lhos, já formados, enfi m, evolui com Votorantim, evoluimos após a Emancipação!

Costurei para odesmembramento

Adoraci Scudeler Violino,vanguardeira, contabilistae advogada.

Adoraci Scudeler Violino

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No fi m da década de 40 chega-mos em Votorantim. Meu pai veio pelas mãos de seu primo Laurípedes de Oliveira, então

gerente da fábrica Votocel. Passamos a morar numa casa de aluguel na rua Soro-caba, próximo da igreja Protestante e da linha do trem, novidade que me encheu os olhos de curiosidade ao ver aquelas

Depoimentos

José Lázaro Paes de Oliveira

História viva emnossas mãos

enormes máquinas lotadas de operários da fábrica de tecidos em idas e vindas durante o dia todo.Descobri também que Votorantim tinha uma igreja Matriz e em seu entorno um belo jardim, um coreto, uma estação de trem e um enorme portão - o da fábrica de tecidos -, por onde entravam cente-nas de pessoas. Pareciam serem engoli-das e sumiam portão adentro.Para alegria total, aqui em Votorantim, em junho realizavam uma grande fes-ta de São João com brinquedos nunca vistos por mim, como a Roda Gigante, o Dangle e outros. Votorantim, apesar das ruas serem de terra batida, me parecia uma metrópole, em relação à cidade de onde viemos.Logo percebi que estava em idade es-colar e fui matriculado para cursar o pri-meiro ano na Escola Mista Municipal da Parada Vial. Ao passar para o terceiro ano, fui transferido para o Grupo Escolar Co-mendador Pereira Inácio, na Barra Funda.

Nesse terceiro ano, a professora era dona Genoveva e, no último da série, era dona Mafalda, ambas educadoras eméritas. Sabiam como manter a disciplina da-queles 30 ou 40 alunos. Com elas apren-di não só o que traziam os livros, mas os princípios da ordem, da amizade e do compromisso. Aqueles que, como eu, tiveram a sorte de desfrutar os ensina-mentos dessas notáveis mestras, sabem o que estou querendo dizer. Durante ainda a vigência deste perío-do escolar, um fato marcou-me muito. Num dia de agosto de 1954, ao chegar em casa vi meu pai transtornado, disfar-çando as lágrimas: Getúlio Vargas havia se suicidado. Não entendi muito bem a ocorrência, mas gostei muito de que as aulas tivessem sido suspensas por uma semana por luto nacional.Antes do fi ndar de 1956, aos 12 anos, consegui meu primeiro emprego. Co-mecei a trabalhar na padaria Bela Vista, onde um dos proprietários era o popular

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Zeca Padeiro. Só deixei esse emprego no fi nal de 1964. Nesses anos de trabalho e convivência tive vários meios de aprendizagem, mas a mais importante foi a política colocada de maneira pluralista. Ali na padaria, to-das as tardes nas rodas de conversa de pessoas mais antigas, fui formatando o meu caráter, observando atento o que diziam aquelas vozes diversas e como magia vi nascer em mim um interesse profundo no que ocorria no país e no mundo. O meu olhar e meus pensamen-tos acolhiam com bom grado os princí-pios e formação Marxista, assunto cons-tante grupo.Em 1959, comecei estudar à noite o cur-so de admissão ao ginásio na OSE, em Sorocaba. Ali tomei contato com alguns estudantes politizados. Em 1960, iniciei o primeiro ano no Ginásio Estadual de Votorantim, de novo no mesmo antigo prédio dos tempos de primário. Época em que a crise do país aumentou com a renúncia de Jânio. Veio o João Goulart que mudou o governo com a abertura de organizações sociais causando preo-cupação às classes conservadoras, que temiam por um golpe comunista. Em pri-meiro de abril de 1964, acordamos com a Ditadura instalada, da qual só sairíamos em 1985.

Com a Revolução, a situação política, que não era boa, virou um desastre na-cional. A política repressiva dos militares com o intuito de combater a corrupção e a subversão ofuscaram todos os setores da vida nacional, de forma intolerante e violenta, ocasionando torturas, mortes e desaparecimentos por anos a fi o...Porém, o início dos meus estudos no Ginásio Estadual de Votorantim, entre 1960/63, tiveram duas consequências imediatas no meu comportamento po-lítico: fui convidado por um professor para participar do grupo JOC - Juven-tude Operária Católica - em reuniões realizadas semanalmente em Sorocaba. Entre 1961/62 fui eleito por duas vezes presidente do Grêmio Estudantil. Vieram então minha participação em congres-sos estudantis, uma em São Paulo, diri-gida pela UBES - União Nacional de Es-tudantes Secundaristas e uma outra no Rio de Janeiro pela UNE - União Nacional dos Estudantes, na antiga sede da Praia do Flamengo (a qual foi covardemente incendiada e destruída pela ditadura militar...). Nesses congressos encontrei e convivi com diversos estudantes que futuramente se tornariam políticos de primeira linha no país. Esta, porém, já é uma outra história.Quase sem perceber, meu nome come-

çou a aparecer em lista daqueles que eram esquerdistas e depressa notei os primeiros olhares vesgos para minha pessoa, porém, a melhor recompensa que tive nessa época estudantil foi a par-ticipação efetiva em toda a Campanha do Desmembramento. Além de ser estudante político, eu era funcionário, um dos artífi cies do movi-mento separatista da cidade-mãe Soro-caba. Durante a fervilhante Campanha do Desmembramento, o Grêmio Estu-dantil do Senai e a do Ginásio Estadual de Votorantim, por mim presidido, con-vocaram uma reunião de jovens no Cine Votorantim num inesquecível domingo pela manhã. Lotação total. Um enorme sucesso em prol da Emancipação.Ainda nas lides estudantis, estivemos presentes na histórica sessão da Assem-bléia Legislativa de São Paulo, no parque D. Pedro, onde nosso então Distrito, ob-teria o direito de se tornar mais um mu-nicípio do mais rico estado brasileiro.Tempos imemoráveis estes de lutas pela Emancipação. É provável que nunca mais vejamos o desejo democrático tão acentuado respirando pelos ares de en-tão... Aquele movimento foi tão impor-tante para nós votorantinenses como se estivéssemos ali, ao lado de D. Pedro no grito do Ipiranga... Tínhamos o argu-

Depoimentos

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mento cênico perfeito, a história viva em nossas mãos. Participamos gloriosamen-te da vontade popular de sobrepujar a vontade de outras correntes e, na minha casa, a alegria suprema no olhar de meu pai, um vanguardeiro de carteirinha...Como relegar ao esquecimento a frené-tica festa popular nas ruas, que ecoavam no velho e aconchegante centrinho da nova cidade? São cenas imemoráveis.Apesar do tempo desbotar um pouco as imagens retidas na memória, é perfeita-mente possível enxergar no céu as feéri-cas luzes dos fogos brindando a Festa da Emancipação.Já se chegou a quase meio século pas-sado e, apesar da distância temporal dos fatos marcantes, o povo que constitui a cidade de hoje, galopante para atender um crescimento jamais visto, reconhece que este novo cenário descortinado, não teria existido sem a presença daqueles que, intrepidamente, imprimiram em seu coração o selo do SIM como a sua mais legítima bandeira. Parabéns Votorantim!* José Lázaro Paes de Oliveira é enge-nheiro, tendo sido professor e secre-tário de Administração e de Finanças da Prefeitura de Votorantim. Atual-mente exerce a função de Diretor da Cohap - Companhia Municipal de Ha-bitação Popular de Votorantim.

Comemoramos hoje o 48º aniversário de Votorantim. Parece que foi ontem, que, ainda muito jovem, for-

mei ao lado dos Vanguardeiros da Emancipação, que batalhavam para fazer do antigo distrito, uma nova

Depoimentos

Jesus Rodrigues Filho

Homenagemà minhacidade

cidade. E, no entanto, quatro déca-das e meia já se passaram, desde que a chama de autonomia foi ace-sa por Mathias Gianola, o grande precursor e comandante dos que lutaram pelo reconhecimento do direito dos votorantinenses de se

Jesus Rodri-gues Filho

é professor, advogado e membro da

Academia Votorantinen-

se de Letras.

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auto-governarem, de organizar seu município de acordo com as con-veniências locais e de melhorar a qualidade de vida de sua gente.A chama de 48 anos atrás não se apagou. Antes, transformou-se no lume generoso que projeta luz so-bre o nosso passado e que define o nosso futuro imediato.Examinando nossa história, pode-mos visualizar a cidade solidária do amanhã brotando, pouco a pouco, da semente cheia de potencialida-des da Vila Industrial, erguida para abrigar os trabalhadores da Fábri-ca de Chitas. Apurando o ouvido, consigo captar o ruído manso das águas da cachoeira do Voturaty, cuja beleza encantou o Imperador Pedro II. Ouço também o som me-tálico dos bondinhos da via férrea, vencendo o caminho entre núcleos de produção industrial e o centro distribuidor de Sorocaba, movi-mentando cargas e trabalhadores e esboçando o primeiro metrô de superfície do Brasil que tão pouco exige para ser convertido em rea-lidade.Partilho, assim, da realidade que Lecy de Campos cantou na belíssi-ma letra do Hino de Votorantim.“Sons de máquinas, usinase de águas a rolar,em sussurros de surdinaspelo espaço a reboar;são acordes de vitórianum arcano musicalproclamando a sua glóriae pujança sem igual”.A generosidade da natureza en-controu resposta à altura na gran-deza da gente da terra. Lembro o grande industrial, pioneiro do nos-so progresso Com. Pereira Inácio. Recordo o grande médico e notá-vel figura humana que foi Heitor Avino. Relembro a primeira mulher a exercer a função de repórter na imprensa sorocabana, - Georgina Ayres Bernardi. Rememoro o atle-ta que saiu do campinho de terra ao lado da cachoeira, no bairro da Chave, para brilhar, ao lado de Pelé, nos mais importantes estádios de futebol do mundo, o Carlos Dias, o inesquecível Fioti. Reverencio o cronista modesto, quase ermitão, responsável por uma produção tão vasta quanto genial, acolhida na imprensa regional e estadual mas, especialmente, no Diário de Soro-caba e na Folha de Votorantim: o inolvidável João Kriguer.Com meus olhos de antigo Van-guardeiro da Emancipação exami-no a trajetória de minha cidade e, comparando-a com aquela que se emancipou há quatro décadas e

meia, concluo que a conquista da auto-nomia valeu a pena, em especial porque, batizada em seu jornadear pelos ve-readores que pas-saram pela Câmara, ela tem buscado a síntese entre a ge-nerosidade da na-tureza e a inovação humana.Secretário de Cul-tura e Turismo, na década de 1990, procurei mapear os pontos de interesse turístico numa ci-dade que - dizia-se - não os possuia. E pude constatar, então a verdade da estrofe do Hino de Votorantim, de Lecy de Campos:“Minha terra tem encantos,tem belezas naturais,tem jardins, fluviais recantos,e riquezas minerais...Nas indústrias tem potência,tem igrejas pra os fiéistem escolas, luz da ciência,nos esportes tem lauréis”.De fato, Votorantim possui um pa-trimônio cultural e, por enquanto ao menos também um patrimônio histórico e turístico de maior valia. E uma cidade somente se desen-volve e cresce quando valoriza sua história, em parte abrigada no Mu-seu local, e quando preserva um di-namismo construtivo, capaz de re-fletir-se com destaque na imprensa regional e local, representada, em nosso caso, pela Folha de Votoran-tim, Cruzeiro do Sul, Rádio Cacique e, pelas recém instaladas TV Cidade e TV Votorantim.Esse dinamismo não restringe mais em nosso caso, à indústria e disso é testemunho o crescimento de sua Associação Comercial e Agrícola, a revitalização da Praça de Eventos “Lecy de Campos” que será o pon-to de encontro e o cartão postal da cidade; as praças e jardins que en-feitam nossos bairros.A rede bancária que se desenvolve; a administração do trânsito, agi-lizada pelo trabalho da Ciretran. A presença da Ordem dos Advo-gados do Brasil, através de uma Sub-Seccional aqui sediada; o de-senvolvimento do Poder Judiciário, que em breve terá prédio próprio para o Forum Distrital e aqui ins-talou uma Segunda Vara para que os votorantinenses, tenham garan-tido mais rapidamente o acesso à Justiça. O 40º Batalhão da Polícia

Militar, instalado em seu próprio prédio; a Academia de Letras, Artes e História, já é uma realidade en-tre nós, lembrando ainda que já temos o primeiro curso su-perior, a Faculdade Pitágoras. Não seria demais recordar o quan-to avançamos nas áreas de segurança pública, ensino, ha-bitação e saúde.Por trás de todo esse processo de transformação é ne-cessário que se res-

salte o empenho e a dedicada atu-ação dos homens que, a contar da Emancipação, chefiaram o Executi-vo Votorantinense: Pedro Augusto Rangel, Luiz do Patrocino Fernan-des e José de Oliveira Souza (Zeca Padeiro) que, infelizmente, já nos deixaram; Lázaro de Góes Vieira, Erinaldo Alves da Silva, João Sou-to Neto, Jair Cassola e atualmente, Carlos Augusto Pivetta, cada um no momento em que os votoranti-nenses os convocaram para dirigir esta terra, deram o melhor de si, para o bem estar da população e o progresso da cidade.Se, como cantou Lecy de Campos, “as chaminés fumegantes estão sempre a evidenciar/ as indústrias operantes que engrandecem o lu-gar”, não é menos exato como ele mesmo enfatizou que o mais im-portante em Votorantim é o seu “Povo Exuberante/ Que labuta sem cessar” e, assim, construir este “Gi-gante portentoso e singular”.Jovem ainda, lutei pela emanci-pação votorantinense, ao lado de milhares de integrantes da minha geração. Às autoridades e ao povo que, ao longo dos últimos 48 anos ajudaram a construir a portentosa e singular Votorantim de hoje, mi-nhas sinceras e melhores homena-gens.Dos jovens votorantinense de ago-ra, faço depositários das esperan-ças de todos nós. Que todos eles possam, pelo seu pensar e pelo seu agir, concorrer para o engrandeci-mento desta terra e, desse modo, entoar, não apenas com os lábios, mas principalmente com o cora-ção, o magnífico estribilho do hino de nossa terra:“E por isso com fervorhei de amar até o fimesta terra de esplendoreste meu Votorantim”.

“E por isso com fervor hei de amar até o fi mesta terra de esplendor este meuVotorantim”.

Depoimentos

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Depoimentos

Paulo Fontes

O SIM que valeu a construçãode uma grande cidade

Paulo Fontes é historiador

e um dos líderes da

Campanha do SIM

Eu cuidava das mesas de teares da tecelagem de algodão, dentro de um cercado, cumprindo sem-pre o horário das 7 às 16 horas.

Era agosto de 1962 e me encontrava ao lado do nosso mestre Antonio Bertoni. Percebemos, então, algumas pessoas, incluindo contra-mestres, passando li-geiros na nossa frente. Perguntei o que estava acontecendo a um deles:- “Seo” Mathias está vindo aqui na tece-lagem. Alguma coisa deve ter aconte-cido. Era um acontecimento inédito, o ge-rente em nossa repartição. Ele entrou, de terno e gravata e cumprimentou a mim e ao Bertoni, perguntando em se-guida:- É aqui que você fi ca?Enquanto eu respondia, olhava a sec-ção do lado, o Liço, onde trabalhavam cerca de umas quinze mulheres.Andou um pouco por lá, voltou em se-guida e me disse:- Eu já avisei o seu mestre. Amanhã não precisa vir aqui trabalhar, mas compa-reça à gerência, às 9 horas.Dia seguinte, sábado, 9 horas eu es-tava lá, aguardando ao lado de dona Altiva. À ordem de entrar na gerência, encontravam-se reunidos, além de Ma-thias Gianolla, o dr. José Ermírio, Pedro Rangel, Renato Scripilitti e o dr. João Scatimburgo, este assessor no escritó-rio central.O assunto era a Emancipação e a neces-sidade de se recolher 100 assinaturas para pleitear na Assembléia o direito de desmembrar-se de Sorocaba. In-cumbiram-me de cuidar da publicida-de do movimento que viria a seguir. Na reunião seguinte, levei o Zico Moreira e o Silos Meira, além do fotógrafo Acácio Miller para integrar esta comissão.As reuniões seguintes foram na casa do Pedro Rangel, quando já havia sido

decidido a confecção de carteirinhas para aqueles que quisessem se tornar vanguardeiros. Resolveu-se também pela confecção de camisas e cartazes conclamando o povo a votar pelo SIM, palavra que aparecia no centro do distintivo do Savóia. Para cuidar das camisas, o químico Gastão Leônidas passou a reunir-se com o nosso grupo. Outra peça importante, que veio da fotogravura foi o Wilson Campos, as-sumindo a tarefa de desenhar charges para a ilustração de cartazes e panos.Na Assembléia, a de-fesa pela aprovação da Lei, que viria fa-cultar a realização de um plebiscito, entre outros deputados, fi -cou por conta de João Mendonça Falcão, também presidente da Federação Paulista de Futebol, entidade da qual Jose Ermírio era um dos dirigentes.Juvenal de Campos, também deputado estadual, embora vo-torantinense, defen-dia a facção do NÃO, alegando que o salá-rio mínimo seria re-baixado, caso houve a separação de Voto-rantim de Sorocaba.O movimento come-çou a “pegar fogo”. Enquanto Paulo Breda, no microfone da PRD-7 argu-mentava pela não separação, Zico Mo-reira empunhava o da Rádio Cacique e defendia o SIM.É necessário lembrar que, a prin-cípio, as carteirinhas para aqueles que aderiam à Campanha, teriam a denominação de SAVO - Sociedade Amigos de Votorantim). Por suges-tão de Mathias Gianolla, na casa de Pedro Augusto, passamos a analisar o termo Vanguarda, simbologia da linguagem militar, “aqueles que se-guem na frente, abrindo caminhos”. E de Vanguarda a Vanguardeiros foi um passo.Conseguimos vencer. O SIM saiu vitorioso e Votorantim ganhava a liberdade para caminhar com seus próprios passos.Nelson Bormann, outro desmedido

entusiasta da campanha do SIM, fil-mava as principais ocorrências de toda a festa. Em meio à tanta euforia pela liberdade conquistada, o juiz Eleitoral informava que a eleição a prefeito, vice e vereadores seria realizada um ano após, ou seja, no final de 1964. No entanto, como o forum estava em recesso neste pe-ríodo, ele marcou definitivamente a primeira eleição para 7 de março de 1965. Conhecido o resultado - vitó-ria de Rangel - o juiz determinou que

posse dos novos mandatários e a Instalação do novo Município se realizassem em 27 de março de 1965, como realmente acon-teceu.Eu já era funcio-nário do Estado, atuando na es-cola “Daniel Ve-rano”, ao mesmo tempo em que exercia o cargo de presidente do Sindicato dos Têxteis, como seu interventor, à época da Re-volução. Mesmo assim, recebi oferta para tra-

balhar na prefeitura, na secretaria de Educação e Cultura, mas decli-nei, em favor de alguns jovens que ocuparam os diversos cargos e cum-priram a tarefa com competência.E hoje, quase meio século após to-dos aqueles acontecimentos que mudaram a vida de Votorantim, há a alegria imensa de observar tudo prosperando, com o cumprimento de todas aquelas promessas inicia-das em 1962, quando Votorantim passou a ser dos votorantineses. Este é o maior orgulho que sinto.Nós, os vanguardeiros daquele on-tem saudoso, fizemos a cidade e a entregamos às futuras gerações que, com certeza, fiéis ao passado, continuarão o desenvolvimento de um local que lutou muito pela sua liberdade e pela melhor qualidade de vida.

O movimento co-meçou a “pegar fogo”. Enquanto Paulo Breda, no microfone da PRD-7 argumentava pela não separa-ção, Zico Moreira empunhava o da Rádio Cacique e defendia o SIM.

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O exercício da cidadania também está presente na próspera Vo-torantim. Dos mais de 108 mil habitantes, 73% exercem seus

direitos através do voto. São 79.804 elei-tores com idade mínima de 16 anos se-gundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) através do Ca-dastro Nacional de Eleitores, atualizado mensalmente. Em onze anos a cidade re-gistrou o aumento de 35,4% do eleitora-do. Nas eleições municipais em 2000, por exemplo, pouco mais de 58,9 mil pessoas compareceram às urnas.A Justiça Eleitoral apresenta ainda, outros números que contribuem para a forma-ção de um panorama sobre o perfi l dessa população. Os dados indicam que 20% dos eleitores é jovem, com idades entre 25 e 34 anos, somando 19.935 pessoas. O segundo lugar fi ca para homens e mu-lheres de 45 a 59 anos, com 19.118 elei-tores, enquanto 16.366 cidadãos aptos a votar têm de 35 a 44 anos. Os três somam 56% do eleitorado em Votorantim.Outro dado que chama a atenção é o nú-mero de eleitores com mais de 60 anos, quando o voto deixa de ser obrigatório e passa a ser uma opção do cidadão. Atu-almente são 10.678 pessoas nessa faixa etária que comparecem às urnas para votar, e deste total mais 1.250 tem idade superior a 79 anos. O TSE calcula que em 2000 o número de idosos votando não ultrapassava 5.500, e com idade superior a 79 chegava a 295.A população de Votorantim não costuma deixar de exercer sua cidadania nas elei-ções. Em 2010, quando houve a escolha para os cargos de presidente, governa-

dor, senador e deputados estadual e fe-deral, apenas 1% do total de eleitores não compareceu, um total de 756 eleitores que não justifi caram a ausência nas urnas.O nível de escolaridade também é apre-sentado pelo TSE. Votorantim fecha 2011 com mais de 14.600 eleitores com ensino médio completo, entretanto mais de 29,8 mil moradores que possuem título de elei-

tor não chegaram a concluir o ensino fun-damental. Em todo o Brasil são mais de 136 milhões de eleitores com o título eleitoral em si-tuação regular. Já no Estado de São Paulo mais de 30,4 milhões cidadãos estão ap-tos a realizar esse exercício de cidadania e escolha de seus representantes no execu-tivo e legislativo.

20% do eleitorado é compostopor pessoas entre 25 e 34 anos

Eleitores acima de 60 anos são em número bastante signifi cativo em Votorantim

Numeros doDesenvolvimento

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Os investimentos na construção civil, o aumento de crédito, além das boas condições do mercado de trabalho, com o rendimento

médio real e a taxa de desocupação di-minuindo a cada ano, têm revelado um novo panorama na área de moradias, não apenas em grandes centros como tam-bém em cidades do interior, a exemplo de Votorantim, que tem vivenciado grande expansão. Um levantamento da CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz Piratininga – apon-ta que neste ano cerca de duas mil novas ligações residenciais de energia foram efetuadas no município, chegando apro-ximadamente a 35 mil. Em 2010 eram 32,9 mil ligações ativas.Segundo Alexandre Hugo de Morais, geren-te de poder público da CPFL, a estimativa é de que os índices de crescimento de Voto-rantim acompanhem a região de Sorocaba, que apresenta dados maiores que a média do Estado de São Paulo, calculada em 2,7% ao ano, ou seja, o município deve crescer cerca de 3% a 4% no consumo de energia elétrica num período de doze meses.E com o objetivo de estimular o uso cons-ciente da energia, políticas públicas têm sido implementadas junto aos órgãos públicos e também para a população

de baixa renda de Votorantim. Além das adequações na iluminação pública como avenidas, ruas e praças, estão sendo de-senvolvidos, através de parcerias entre o governo municipal e a CPFL Piratininga, projetos na área de efi ciência energética.Neste ano, por exemplo, todos os equipa-mentos de iluminação dos prédios públi-cos municipais foram substituídos por es-truturas mais econômicas como lâmpadas e motores. O resultado poderá ser percebi-do ao longo do próximo ano porque gera redução no consumo de energia, além de contribuir para a qualidade de vida dos funcionários e a população que recebe atendimento.Outro projeto realizado a partir desta par-ceria é a distribuição de lâmpadas econô-micas e geladeiras às famílias carentes do município. Morais ressalta que as pessoas que receberam este benefício são devida-mente cadastradas em programas sociais como o Bolsa Família, e recebem acompa-nhamento periódico de uma equipe do governo municipal.Dados da Empresa de Pesquisa Energética divulgados no boletim mensal do merca-do de energia elétrica no fi m de outubro apontaram que o consumo residencial contribui para fechar o terceiro trimestre do ano com o aumento do índice de ele-tricidade em 4,2%, se comparado com o mesmo período de 2010. Ao todo são 108 mil gigawatts-hora (GWh) consumidos no Brasil. Por isso, a importância de trabalhos de conscientização junto à população e a procura por equipamentos eletroeletrôni-cos e eletrodomésticos com baixo nível de consumo.

Votorantim deve crescer 4% no consumo de energia nopróximo ano

Alexandre Hugo: Gerente de Poder Público da CPFL

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Aquela conhecida rua do Comér-cio da época da emancipação de Votorantim, em dezembro de 1963, cresceu e hoje abriga o

centro comercial do município, além de se tornar uma das principais vias locais, responsável pela circulação de milhares de veículos diariamente. É nela que se encontram diversas lojas e magazines com nomes nacionalmente conhecidos. É nesta mesma via que atualmente se concentram seis das sete agências ban-cárias da cidade.As agências bancárias são as grandes res-ponsáveis pela movimentação fi nanceira do município. Hoje a cidade conta com duas agências do Banco do Brasil; duas do Santander; Caixa Econômica Federal; Bradesco e Itaú. Além, das agências, Voto-rantim conta ainda com postos bancários instalados em órgão públicos a exemplo da Prefeitura e do Fórum.A cidade conta também com duas ca-sas lotéricas e postos autorizados pelas agências bancárias, onde se concentram um grande número de pessoas principal-mente nas datas de pagamento. Locais esses disputadíssimos para o pagamento de contas de energia e água, além de ou-tros boletos bancários.

Sete agências bancáriasadministram a economia local

Banco do Brasil é uma das agências mais antigas a atuar em Votorantim

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De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Votorantim conta atualmente com uma frota de 48.522 veícu-

los, dos quais, 10.457 são motocicletas. A Secretaria Municipal de Segurança Comu-nitária, Trânsito e Transporte (Sesec) infor-ma que há ainda uma estimativa de que outros 12 mil veículos estão na cidade, po-rém com placas de municípios da região.As estatísticas mostram que a frota local vem crescendo a cada ano. Em 2010 eram 45.364 veículos registrados em Votoran-tim. Desses, 9.701 eram motocicletas. No entanto, esse crescimento anual tem sido uma constante, conforme dados forneci-dos pelo Denatran.O movimento de veículos fi ca bem evi-dente aos olhos da população, tendo em vista que as principais vias fi cam conges-tionadas em horários de pico e outras mantêm tráfego intenso durante boa parte do dia. Isto ocorre, por exemplo, nas avenidas 31 de Março e Gisele Constanti-no, duas das principais artérias da cidade, além da avenida Octávio Augusto Rangel, uma outra alternativa para quem chega ao município, principal ponto de ligação a vários bairros com bastante população, a exemplo da região da Vila Garcia e Vila Nova Votorantim.É justamente com essa expectativa de crescimento que o município aposta num Plano Municipal de Trânsito, cujo principal objetivo é readequar todo o sistema viário da cidade. Para o titular da pasta da Sesec, Claudinei Fernando de Paula Ribeiro, essa tem sido uma das principais metas do governo do prefeito Carlos Augusto Pivetta. “Reavaliar todo o

Autoridades defendem que outros 12 mil estão com placas de outros municípios da região

nosso sistema viário tem sido um de nos-sos esforços”, destaca.A Prefeitura de Votorantim tem desenvol-vido vários projetos para a área de trân-sito. Uma dessas readequações acaba de ser colocada em prática, que é justamen-te a revitalização da avenida 31 de Março, que além de receber um novo piso asfál-tico, ganhou paisagismo, sinalização com implantação de mais semáforos, retorno em quadra, faixas de pedestres e lombo-travessias, além de alargamento de vias, para oferecer melhor fl uidez no trânsito.O prefeito Carlos Augusto Pivetta frisa a importância dessas alterações, que têm como principal foco a qualidade e segu-rança do sistema viário. “Temos acompa-nhado o crescimento da frota de veículos,

hoje quase 60 mil, em nossa cidade, o que nos levou a adotar essas ações que visam a melhoria do sistema como um todo, para pedestres, motoristas e a po-pulação”, destaca.Pivetta atribui essa crescente ao melhor poder aquisitivo da população. Ele lem-bra ainda que o município atravessa um importante momento econômico, com a vinda de vários empreendimentos co-merciais, imobiliários e industriais na cidade. O prefeito lembra ainda que os investimento para a área do trânsito não param. Tanto assim que ele anuncia a du-plicação da avenida Moacir Oseias Guitte, na entrada da cidade, já prevendo os in-vestimento naquela região, a exemplo do shopping Iguatemi.

Frota total de cerca de 60 mil veículos fi ca ainda mais evidente nos horários de pico pelas principais avenidas do municipio, como a 31 de Março

Trânsito mais movimentado obrigou a revitalização da Av. 31 de Março realizada recentemente.

Frota automotora de Votorantim ultrapassa 48,5 mil veiculos

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“Recapeamento para Todos” é o maior programa já colocado em prática na cida-de, absorvendo mais de R$ 13 milhões de in-vestimento.

No fi nal de seu terceiro ano de mandato à frente do Poder Exe-cutivo de Votorantim, o prefeito Carlos Augusto Pivetta destaca

como uma de suas principais ações o pro-grama “Recapeamento para Todos”, além de levar asfalto a bairros que ainda man-tinham vias de terra. Votorantim deve fechar o ano com 352.246 m² de asfalto novo, benefi ciando um total de 142 vias, com investimento de mais de R$ 13 mi-lhões em recursos dos governos Estadual e Federal. E ele adianta que não para por aí, pois a expectativa é que outras ruas re-cebam a melhoria no próximo ano.Pivetta faz questão de frisar que essas ações foram fruto de muito planejamen-to, tendo em vista que somente com re-cursos do orçamento municipal não seria possível esses investimentos, lembrando que outras obras também foram realiza-das. “Não conseguimos aplicar em inves-timentos anualmente mais do que R$ 8 milhões com o nosso orçamento”, diz o prefeito.O prefeito destaca que num primeiro mo-mento a intenção foi levar asfalto a prati-camente todas as vias que ainda eram de terra e com isso muitos moradores viviam em situações difíceis. “Sabíamos que na-quelas ruas as pessoas sofriam com barro e poeira; nem ambulância entrava para buscar os doentes”, relata. Desta forma, em 2009 começaram as obras de pavimentação que abrangeram 27 ruas. No Jardim Primavera, por exem-plo, foram pavimentadas 10 ruas, ou seja, o bairro todo, além de investimentos com a implantação de todo o sistema de ga-lerias pluviais. No Parque São João foram

mais oito ruas, justamente a parte onde os moradores optaram por comprar seus lotes e construir com o passar dos anos.Além destes dois bairros, foram pavimen-tadas outras ruas de vários bairros. No Jardim Itapeva, receberam asfalto as ruas Judite de Campos Machado e Norberto Cláudio Paes Vieira; na Vila Irineu, trechos das ruas Isaura Mendes, Calixto Queiroga, Isabel de Campos, Pascoal Jerônimo For-nazari, entre outras vias no Curtume, Vila Garcia e Vossoroca.Já na primeira fase do programa “Recape-amento para Todos”, foram benefi ciadas as avenidas Celso Miguel dos Santos, no Vossoroca, que além do asfalto recebeu a troca da tubulação de galerias pluviais; na Barra Funda, foram recapeadas todas as ruas do bairro, além de importante vias de ligação, como a rua Sorocaba, Alfredo Maia e avenida Santo Antônio. No Jardim Novo Mundo, a rua Ozete dos Santos e no Parque Bela Vista as ruas do entorno do Parque do Matão também foram benefi -ciadas.Na segunda fase do programa foram 29 ruas, sendo cinco do Centro e 24 no Par-que Bela Vista, um total de 73.101 m² de novo asfalto. Nesta etapa é que foi atendi-da uma antiga reivindicação dos morado-res da região central, principalmente dos comerciantes, tendo em vista que as vias transversais à avenida 31 de Março ainda mantinham pavimento em lajotas. Desta forma, foram recapeadas ainda a avenida Vereador Newton Vieira Soares e a 31 de Março, que também recebeu novo paisa-gismo, alargamento de vias, além de um sistema mecanizado de lixos, com a colo-cação de 150 contêineres. Nesta mesma

região, a Prefeitura fez uma readequação no sistema viário, com retorno em qua-dras, faixas de pedestres, lombotraves-sias e implantação de novos semáforos.Recentemente, no início de novembro teve início a terceira fase do programa de recapes. São 59 vias, num total de 151.829 m² de recapeamento asfáltico, com um investimento de R$ 4.112.999,90. São dez vias no Bairro Vossoroca; uma no Monte Alegre; oito no Parque Bela Vista; 15 ruas do Bairro Rio Acima; 22 no Parque Jataí e mais quatro na Vila Albertina e Jardim Pa-raíso, entre elas a duplicação da avenida Moacir Oséias Guitte.

Obras de recapeamento contemplaram a rua Alfredo Maia, que era toda de paralelepipedo, e todas as outras vias da Barra Funda, antes com o pavimento de lajotas

Em tres anos, maisde 142 vias recebem

novo pavimento e recape

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População idosa chega a mais de10 mil habitantes em Votorantim

Votorantim tem se deparado com um novo quadro quando o as-sunto é longevidade. Dados do Censo IBGE de 2010 apontam

que existem no município 10.465 pes-soas com 60 anos ou mais. São mais de

Pessoas da Terceira Idade têm a oportunidade de participar das atividades no Centro do Idoso da vila Dominguinho, projeto pioneiro inaugurado esse ano na cidade

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5,6 mil mulheres e 4,7 mil homens nessa faixa etária. E este público, cada vez mais ativo, en-contra em grupos de convivência e ações assistenciais a ocupação do tempo vago que tem. Porém existem aqueles que, de-vido a problemas de saúde e de locomo-ção, não podem estar em meios as ativi-dades da melhor idade.Foi pensando nessas pessoas que as esfe-ras públicas investem em casas de convi-vência. Em Votorantim foi inaugurado este ano o primeiro Centro para Atendimento ao Idoso “Shirley Peinado Bernardi”, parte do projeto Quero Vida do governo do Es-tado. Localizado na Vila Dominguinho, o espaço tem hoje 25 idosos matriculados, que participam de atividades recreativas, físicas, lazer, interação social e passeios. Como passam nove horas por dia, cinco dias por semana neste ambiente, os ido-sos recebem acompanhamento de uma assistente social e uma auxiliar de enfer-magem, além do fi sioterapeuta e da tera-peuta ocupacional.Quem freqüenta o Centro se diz cada vez mais disposto, como o senhor Ante-nor Leite, que aos 86 anos passa o dia na companhia da esposa Ana e dos novos amigos. “Tenho muito orgulho da minha história. Tenho 30 bisnetos, dá para ima-ginar o que signifi ca isso? Construí minha família e hoje meus fi lhos e netos seguem o caminho do bem. E eu não poderia fi -car parado. Embora a saúde peça atenção maior, hoje faço o que gosto, canto muito e aproveito o tempo que tenho com os amigos e a família”.O prefeito Carlos Augusto Pivetta, respon-

sável pela implantação do local, ressalta que o Centro para Atendimento ao Idoso não é um asilo e sim um espaço de con-vivência. “Temos transporte para trazê-los ao Centro e levá-los para casa no fi m do dia que é quando terão o convívio com a família. Nosso objetivo é garantir a saúde mental dessa parte da população e torná-los ativos também em casa com os fi lhos, netos e bisnetos”.E se o objetivo é tornar os dias mais des-

contraídos, para o senhor Benedito Cor-rea Santos, que freqüenta o local desde agosto, o propósito está sendo alcança-do. “Este lugar é maravilhoso, não existe outro igual e nem outra pessoa igual a essa que planejou tudo isso aqui. Estou muito satisfeito, não fi co mais sozinho em casa”, conta o senhor de 78 anos, enquan-to escuta as modas de viola apresentadas durante uma visita do Núcleo de Viola Caipira da Secretaria de Cultura ao local.

Maior expectativa de vida levou município a investir no atendimento ao idoso, como a “academia” ao ar livre na B. Funda

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Município investe eminfraestrutura para a educação

Se o crescimento faz parte da rea-lidade de Votorantim, nada mais justo do que investir em quem fará a diferença neste futuro tão próxi-

mo. A cidade tem hoje 13.244 crianças, com idades entre zero e 10 anos, matricu-ladas em 44 escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede municipal de ensino. E, para garantir que os pequenos cida-dãos estejam preparados e capacitados para o seguirem com o crescimento da cidade, é preciso investimento. O poder público percebeu essa demanda crescen-te e tem investido em infraestrutura com a construção de novos prédios escolares, além da reforma e adequação de algumas unidades.O Jardim Primavera é um dos cinco bair-

ros benefi ciados recentemente. Além da pavimentação das ruas, o local conta ago-ra com um CMEI - Centro Municipal de Educação Infantil - com mais de 820 me-tros de área construída, que atende 160 crianças de zero a cinco anos que vivem na região. Nos últimos três anos, a cidade passou a contar com cinco novos CMEIs nos bairros Ângelo Vial, Vila Nova Voto-rantim, Jardim Bandeirantes e a unidade recém concluída no Jardim São Lucas. Atualmente são 18 CMEIs em funciona-mento na cidade, o que garante mais de 4,3 mil vagas, além de duas creches con-veniadas, a Castelo dos Sonhos e a São Vicente de Paula.Ao mesmo tempo em que a construção das conhecidas “creches” é uma necessi-dade, as reformas e readequações de pré-

dios de ensino fundamental já existen-tes também é uma realidade. Tanto que somente neste ano seis escolas passam por grandes modifi cações. A primeira unidade ampliada e já entregue é a EMEI “Rosa Pereira”, que atende atualmente 257 crianças com idades entre quatro e cinco anos.No Jardim Serrano, a escola “Maria do Rosário Arcuri de Oliveira Campos” terá um novo prédio construído ao longo do existente, com salas amplas e outras temáticas, espaço de lazer e um novo layout para melhor aproveitamento dos espaços. No Rio Acima, o atual prédio da unidade “Izabel Ferreira Coelho” em breve irá atender apenas os alunos do ensino fundamental. Enquanto isso as crianças da educação infantil terão aulas no prédio anexo que está sendo construído. A escola “Dides Crispim Almeida Antonio”, na Vila Garcia além da reforma vai receber a construção de mais quatro salas; destas três serão temáticas, sendo para informá-tica, vídeo e biblioteca, além de espaço para a instalação de lousa digital. Ainda na Vila Garcia, a EMEI “Raphaela Résio Cau” também passará por reformas, as-sim como a CMEI “Olímpia Pozza Beber”, no Conjunto Habitacional Mário Augusto Ribeiro, que terá mudanças para melhor atender aos alunos.

Os profi ssionais da rede municipal

Para atender aos mais de 13 mil alunos matriculados na rede municipal, a Se-

Escola “Maria do Rosário”, no Jardim Serrano, irá ganhar novas e mais amplas instalações; obras (foto abaixo) seguem em ritmo acelerado para inicio de atividades no ano que vem

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cretaria de Educação conta com uma equipe multidisciplinar formada por 485 professores de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Física e educa-ção inclusiva. Já o gerenciamento das unidades escolares tem à frente 44 dire-tores e 44 coordenadores pedagógicos. Além disso, 26 escolas que participam do programa “Educação em Tempo Inte-gral” contam com 65 profi ssionais espe-cializados em diversas disciplinas como inglês e matemática, além das práticas esportivas com o judô e a capoeira.

Já na rede estadual de ensino são 9.948 alu-nos matriculados em 12 unidades escolares nos bairros Jardim São Lucas, Vila Sonia, Jar-dim Araújo, Jardim Clarice, Jardim Archila, Parque Bela Vista, Vila Guilherme, Votocel,

Na rede estadual, são mais de 300 classesBarra Funda, Jardim Tatiana e Jataí. São 307 classes de ensino regular divididos no três períodos. Enquanto isso, outros 2791 adultos freqüentam o EJA – Educação Para Jovens e Adultos – em aulas com conteúdos de 5°

Na escola municipal “Izabel Ferreira Coelho”, no Rio Acima, um novo prédio anexo está sendo construído para atender alunos do ensino infantil a partir de 2012-

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Ambulatórios garantemmelhor atendimento a

toda população

O cidadão que busca a rede públi-ca de saúde para tratamento de doenças hoje em Votorantim vai se deparar com a segmentação

do atendimento. Essa divisão, na realida-de, é uma forma de facilitar o atendimento

médico e oferecer equipamentos e profi s-sionais que possam realmente cuidar e acompanhar os pacientes.Em Votorantim existem três ambulató-rios. O primeiro realiza atendimento das especialidades médicas nas áreas de

dermatologia, oftalmologia, cardiologia, reumatologia, vascular, urologia, ge-riatria, ortodontia, gastroentereologia, neurologia para adultos, endocrinologia, otorrinolaringologia e pneumologia, lo-calizado na região central. Nesse local, desde o início do ano, mais de 22 mil consultas foram realizadas.O segundo é o Ambulatório de Especiali-dades da Mulher e da Criança, localizado no Jardim Paraíso, que atende crianças com até 13 anos incompletos e mulhe-res. Entre os principais atendimentos re-alizados no local está o acompanhamen-to pré-natal de alto risco, endocrinologia infantil, planejamento familiar, obesida-de infantil e tratamento da asma infantil. Aqui, o atendimento chega a marca de nove mil pacientes, que retornam para atendimento periodicamente.O terceiro ambulatório fi ca no Parque Bela Vista e tem atendimento especializa-do para saúde mental, oferecendo acom-panhamento psiquiátrico, psicológico e clínico. Todos os pacientes são acompa-nhados pelas assistentes sociais. O Am-bulatório de Saúde Mental já efetuou em 2011 mais de 15 mil atendimentos.Para que o cidadão receba o atendimen-to especializado é necessário primeira-mente passar por uma consulta em uma das 12 Unidades Básicas de Saúde, onde são avaliados o grau da patologia e a necessidade do encaminhamento. Em alguns casos, o acompanhamento pode ser realizado na própria unidade básica.

Ambulatório de Especialidades da Mulher e da Criança garante todo atendimento a gestantes, bebês e menores de 13 anos

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Controle daasma infantil

Uma das novidades implementadas neste ano pelo governo municipal na área da saú-de é o Programa de Controle da Asma Infantil. Já são mais de 200 crianças com idades entre zero e 13 anos completos. O número de tra-tamentos realizados hoje no município cor-responde a 3,4% das cinco mil crianças com pré-disposição a serem portadores de asma em Votorantim. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 20% das crian-ças nessa faixa etária sofrem com a doença, considerada a terceira causa de hospitaliza-ção pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.Para que o paciente receba o acompanha-mento, necessita, primeiramente, ser ava-liado em consulta com um pediatra na UBS. Lá, o paciente receberá os medicamentos e tratamentos regulares. Dependendo do diagnóstico do caso, como intermitente, leve, moderado ou grave, o paciente é enca-minhado para atendimento no Ambulatório de Especialidades da Mulher e da Criança. Na maioria dos casos, 80% dos pacientes que fazem o tratamento têm melhoras con-sideráveis, se tratados cedo. Nara Cristina Silva Gomes, mãe de Gabriel, 10 anos, expli-ca que já sentiu melhora na saúde do fi lho. “Ele reclamava muito de falta de ar. Em al-gumas atividades que fazia, se queixava que se cansava rápido”, conta. Outro empecilho também, segundo a mãe, eram os custos de remédios. “Os medicamentos custam caro. Desde que comecei a trazer o Gabriel para consultas no posto de saúde e no Ambula-tório de Especialidades, não precisei me pre-ocupar com isso”. Gestantes recebem acompanhamento desde o pré-natal até o parto na rede pública

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Atendimento nas UnidadesBásicas de Saúde

ultrapassa os200 mil

Saúde é coisa séria e tem sido enca-rada como prioridade em Votoran-tim. Com um sistema público de saúde composto por 12 Unidades

Básicas de Saúde espalhadas pelos bairros

Parque Bela Vista, Barra Funda, Jardim Cla-rice, Jardim Serrano, Jardim Novo Mundo, Itapeva, Vila Nova Votorantim, Rio Acima, Vila Garcia, Jardim Archila, Vila Amorim e Centro, o município realizou em 2011

mais de 220 mil atendimentos, uma mé-dia de 24,4 mil por mês.Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, as UBS realizaram mais de 52 mil consultas clínicas. Já em área especia-

As unidades básicas já fi zeram só esse ano atendimentos que somam cerca de duas vezes a população de Votorantim, com média mensal de 24,4 mil procedimentos

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lizadas como ginecologia e pediatra, o número de atendimentos realizados ultrapassou a margem de 23,7 mil e 36 mil consultas, respectivamente.Já em relação aos exames realizados pela rede pública de saúde, os números são maiores. Para se ter uma idéia, os exames clíni-cos, ginecológicos, pediátricos e de enfermaria realizados este ano ultrapassam os 75 mil, enquanto exames de raio-x para aten-dimento clínico e de pediatria somam cerca de sete mil. Além disso, as UBS oferecem ultrassonografi a gratuita e também a mamografi a conforme o orientação médica. Para esses exames, o número de pacientes atendidos chega a três mil USG e quatro mil mamografi as.As UPAs – Unidades de Pronto Atendimento - realizam consultas médicas e atendimentos de enfermagem, além da avaliação do paciente e transferência, quando necessário. Desde o início do ano mais de 356,4 mil atendimentos foram realizados pelos pro-fi ssionais que atuam nas unidades localizadas na região central e na Vila Nova Votorantim. Para a administração municipal esses dados refl etem o volume diário de pessoas que procuram pelos serviços municipais de saúde e, como resposta a essa procura, diversos prédios estão passando ou passaram por reformas, como é o caso do Ambula-tório de Especialidades Médicas, na região central e as Unidades Básicas de Saúde do Rio Acima e no Jardim Novo Mundo, com os serviços já fi nalizados, além da unidade na Vila Garcia.

Os PSFsParalelamente às UBSs, a Secretaria de Saúde mantém duas uni-dades do Programa Saúde da Família, os PSF, no Jardim Tatiana e no bairro Green Valley. Nesses bairros, as equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação e reabili-tação de doenças, buscando a manutenção da saúde da comu-nidade. As unidades no município atenderam juntas mais 9,2 mil pessoas em 2011.

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Para atender as mais de 260 mil consultas e exames realizados nas Unidades Básicas de Saúde e Ambulatórios , além dos atendi-

mentos emergenciais e de urgência que chegam a mais de 350 mil em 2011, a Prefeitura de Votorantim possui hoje um quadro de 223 médicos especializados. São médicos pediatras, clínicos, gine-

cologistas obstretícia, médicos plan-tonistas, ortopedistas, cardiologistas, neurologistas, psiquiatras, otorrinola-ringologistas, oftalmologistas, médicos cirúrgicos, vasculares, urologistas, geria-tras, pneumologistas, reumatologistas, dermatologistas e dentistas. Esses pro-fi ssionais atuam em diversos prédios e alguns em regime de plantão.

Além disso, a rede básica de saúde de Votorantim conta com o trabalho de 101 auxiliares de enfermagem e auxiliar plantonistas, além de 32 escriturários que atendem a população e realizam o agendamento de consultas e outros ti-pos de encaminhamento. Todos esses profi ssionais são selecionados e contra-tos através de concurso público.

Equipemultidisciplinar

na área da saúdeé composta por223 profi ssionais

Quadro de profi ssionais da rede de saúde pública municipal de Votorantim possui mais de 220 médicos , com destaque para a área de pediatria

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Quem não gosta de levantar logo pela manhã, principal-mente aos sábados e domin-gos, e dar um passeio pela

feira-livre, seja para tomar um café com pastel ou percorrer as barracas em bus-ca das frutas de época, legumes e ver-duras, entre outras iguarias. Tradicional, ela resiste ao tempo e aos diversos su-

Feiras livres resistem à

concorrência e mantêm a

tradição

permercados e hipermercados instala-dos em Votorantim. Atualmente são 56 feirantes distribuídos nas oito fei-ras realizadas no município de terça-feira a domingo.As feiras-livres tornam-se um impor-tante ponto de encontro para as pes-soas. Um espaço que vai além da com-pra de frutas e verduras para a semana.

Nelas, as pessoas aproveitam para con-versar. As barracas de pastel não podem faltar e acabam sendo um dos pontos de maior volume de pessoas.Quem mora em rua de feira sabe da importância desta tradição para o mu-nicípio. Logo de madrugada os feiran-tes vão chegando e montando suas barracas. Aos poucos, a movimentação

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se mistura àqueles que preferem fazer a compra antes mesmo de seguirem para o trabalho. Passear pela feira-livre pode ser con-siderado também um lazer, além da oportunidade de encontrar as frutas de época ainda fresquinhas. É o momento em que os moradores de determinado bairro aproveitam para garantir uma alimentação saudável.Mas as feiras não se resumem apenas às frutas, verduras e pastel. Hoje são co-mercializados roupas, calçados, ferra-mentas e doces, que garante a alegria das crianças. Essa tradição faz parte da história do município que hoje com-pleta seus 48 anos de desmembra-mento de Sorocaba. Muitos feirantes já passaram pelo município, outros, man-tiveram a tradição e ajudaram a cidade a construir a própria história.As feiras-livres ocorrem nas seguintes localidades: na terça-feira ocorrem na rua Manoel Augusto Rangel, no Rio Acima e Pedro de Souza Camar-go, no Bairro Itapeva; na quarta, rua João Olivério Antunes, no Vossoro-ca e Paschoal Carrara, na Vila Garcia; na quinta, rua Ana Marina do Espírito Santo, no Jardim Serrano; sexta, rua Anália David Trinca, no Jardim Archi-la; no sábado na Estrada do Lageado, ao lado da praça de eventos “Lecy de Campos”, no Centro e no domingo na avenida Pedro Augusto Rangel, na Vila Nova Votorantim.

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Há 48 anos, quando o então distrito de Votorantim se desmembrava da cidade de Sorocaba, sua maior riqueza era a força industrial, na

época encabeçada pelo grupo Votorantim, que empregava milhares de pessoas nas unidades de Cimento, Tecidos e Celulose.

Expectativa decrescimento

Atualmente o município conta com 387 em-presas. Novas unidades e condomínios indus-

triais estão chegando.

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Com o passar dos anos, o município passou a ganhar um novo perfi l. A população foi aumentando, as Vilas Operárias se transfor-mando em bairros maiores e atualmente vive grande expectativa com a chegada de empresas de pequeno e médio portes, en-tre elas os condomínios industriais.Entre empresas e indústrias, Votorantim conta hoje com 387 unidades, de acordo com os dados da Secretaria de Finanças do Município. A cidade vive um momento im-portante evidenciado pela grande procura de áreas para a instalação de novas unida-des. Uma das opções que tem como meta ocupar os espaços, antes de propriedade de grande empresas e atualmente inutili-zadas, são os condomínios industriais. O primeiro a se instalar no município há cin-co anos foi o Centro Empresarial Bandeiras, situado na avenida Ireno da Silva Venâncio, mesmo local onde funcionava a indústria Metidieri. Lá funcionam 22 empresas que geram mais de 700 empregos. O administrador do Bandeiras, João Abreu, conta que o condomínio oferece todo o sistema de segurança e restaurante para os funcionários. “Para a empresa que se instalar em nossas dependências há uma grande vantagem, principalmente no que se refere a segurança, além do custo be-nefício”, explica. Entre as unidades instala-das no centro está a Scapol Distribuidora, considerada pela pesquisa Great Place to Work, publicada pela revista Época, da Edi-tora Globo, como a 7ª melhor empresa para trabalhar no Brasil na categoria Média e Pe-quenas – 2011, e na categoria “Qualidade de Vida” fi cou com a terceira colocação, neste mesmo ano. Em fase de instalação está o segundo con-

domínio industrial, que passa por reforma de dos 33 mil metros quadrados de área construída, nos galpões onde funcionava a antiga fábrica de celulose da Votocel. O espaço, que já teve pelo menos 12 mil m² reformados, deverá abrigar várias empre-sas em diversos segmentos. Num primeiro momento já está confi rmada uma no ramo gráfi co com 50 funcionários e em tratativas a vinda de uma segunda, cujo segmento ainda não foi revelado pelo empresário, mas que deverá gerar cerca de 500 empre-gos.Já um terceiro empreendimento deste porte, em fase de projeto, será instalado às margens da rodovia SP-79 (Votorantim/Piedade), região do bairro Itapeva. O em-

preendimento deverá contar com cerca de 70 lotes de 1200 e 1500 metros quadrados cada, dotados de toda a estrutura para a instalação das empresas, como seguran-ça, espaços administrativos e refeitório. Na mesma região, a prefeitura projeta um novo Distrito Industrial para a cidade.

Mais empresasNeste ano, pelo menos mais duas novas empresas já começaram a operar em Vo-torantim e outras quatro devem instalar suas plantas. Seus respectivos barracões já estão em fase de construção. Com isso, num primeiro momento serão mais de 350 empregos, além da expectativa de expan-

Centro Empresarial Bandeiras, no centro, reúne atualmente cerca de 20 empresas que geram mais de 700 empregos

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são de cada uma. Todas elas estão situadas na Zona Industrial da Vila Garcia. Esse no-vos empreendimentos foram viabilizados a partir da atuação da Comissão Municipal de Políticas Urbanas (CMPU), com interme-diação direta nas instalações ou até mesmo a ampliação. Essas novas unidades são a Soal Esquadrias de Alumínio; Luplástic; Duk Toys; Serale Móveis; Alutal - Equipamentos de Medição e Controle de Alta Temperatura e a Salcique.A primeira a se instalar foi a Soal Esqua-drias em Alumínio, com 50 funcionários. A meta da empresa é chegar à produção de 100 toneladas/mês e oferecer 80 empregos diretos. O sócio proprietário da empresa, Jorge David Novaes, destaca que o novo espaço oferece mais conforto aos funcioná-rios, além da expectativa de crescimento. A Soal está instalada em barracão de 1.500 m², construído em uma área de 9 mil m². A segunda já em operação é a Salcique, em-presa de salgadinhos. Com 3.000 m² de área construída, a Luplas-tic, fábrica de injeção de peças plásticas, está concluindo seus barracões, na avenida Sebastiana Nunes. A Alutal – Equipamen-tos de Medição de Temperatura e Controle, já deu início à construção do prédio e se instalará numa área de 2.208 m². Numa pri-meira etapa o projeto prevê a construção de um barracão de 1000 m². A Duk Toys, fábrica de brinquedos, já deu início aos serviços de terraplanagem e deve se instalar no próximo ano. A empresa con-tará com 30 funcionários. A Serale Imóveis, já instalada no município, deverá inaugurar também no início do próximo ano, mais uma unidade na cidade. Essas empresas devem começar a operar a partir do início deste próximo ano.Nessa visão aérea, a amplitude do condomínio de empresas Bandeiras, que funciona na antiga Metidieri

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De acordo com o Cadastro Ge-ral dos Empregados e Desem-pregados (Caged), divulgado mensalmente pelo Ministério

do Trabalho e Emprego, o comércio está

com expectativa de gerar cerca de 4 mil novos empregos, Shopping Iguatemi deve fi car pronto em se-tembro de 2013

Comercio tambem vivebom momento

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entre os setores que mais contratam em Votorantim. E a situação pode melhorar ainda mais, já que no mês passado a di-retoria do Shopping Iguatemi Esplanada anunciou a inauguração da unidade no município para o mês de setembro de 2013.O novo shopping receberá investimen-to de R$ 383,6 milhões. A previsão é de receber quatro restaurantes e outras 25 operações de alimentação, distribuídos em quatro pavimentos. Estão confi rma-das 200 operações de diversos ramos

de atividades, além de 20 lojas âncoras e semiâncoras, nove salas de cinema e 2.200 vagas de estacionamento, sendo 200 cobertas.Localizado na avenida Gisele Constanti-no, o empreendimento será integrado ao Esplanada Shopping, tornando o com-plexo o maior polo de consumo da re-gião, com atendimento a 49 municípios. A estimativa é de criação de cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos, sendo 1.600 durante a fase de obras. O local já conta com um escritório montado exclu-

sivamente para atender os empresários interessados e exibir a maquete.Somados a essa grande expectativa, a cidade conta hoje com 4.261 estabeleci-mentos comercias, de acordo com o se-tor de cadastro da Secretaria Municipal de Finanças. Além dos shoppings, Voto-rantim possui importantes corredores comerciais, a exemplo das avenidas São João, Matheus Conegero, Gisele Cons-tantino, Octávio Augusto Rangel, Santos Dummont, além da própria 31 de Março, entre outros.

Maquete mostra como deve fi car o shopping Iguatemi, cujas instalações serão construídas em área atrás do Esplanada, conforme foto ao lado

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Para manter a criminalidade sob controle, Votorantim mantém os serviços de segurança pública oferecidos pelas polícias Civil e Militar. Com cerca de 200 inqué-ritos policiais instaurados e em andamento, a cidade

conta com uma Delegacia de Polícia Central, onde em prédio anexo está também a Cadeia Pública Feminina, além de se-diar o 40º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI).Na Delegacia Central, funciona ainda o plantão policial para o registro as ocorrências da noite, feriados e fi nais de semana. O prédio funciona na avenida Reverendo José Manoel da Con-ceição, 544, na região central. Neste mesmo endereço funcio-na a cadeia feminina, onde abriga mais de 150 mulheres em regime provisório. Mas o município está prestes a receber um Presídio Feminino com capacidade para abrigar mais de 500 presas e deve ser entregue no primeiro semestre do próximo ano, de acordo com informações da Secretaria de Assuntos Penitenciários.Além disso, a cidade conta hoje com uma unidade da Ciretran localizada na avenida Ireno da Silva Venâncio, 27; Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), situada na rua Milton Novaes, 226, no Jardim Icatu; 1º e 2º Distritos Policiais, instalados na avenida Pedro Augusto Rangel, 302, no Jardim Paulista e o 3º Distrito Policial está localizado na rua Adolfo Campioni, 78, no Jardim Icatu. Já o Batalhão da PM, também responsável pelo policiamento preventivo em outros municípios está com sua sede admi-nistrativa e operacional instalada na rua Guilhermina Glória Monteiro Ramos, 41, no Jardim Icatu. Responsável pelo patru-lhamento da preventivo da Polícia Militar na cidade é a 1ª Cia, com sede na rua Jesuíno da Costa, 34, no Rio Acima.

Cidade conta com Delegacias, Distritos Policiais e Batalhão

40º Batalhão da Polícia Militar de Votorantim, que ganhou novas instalações recentemente, atende a população de nove municípios da região

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Segundo o último censo do Ins-tituto Brasileiro de Geografi a e Estatísticas (IBGE), Votorantim chega aos 48 anos com uma po-

pulação de mais de 108 mil habitantes, responsável pela produção diária de 71,4 toneladas de lixo. A coleta e destinação dos resíduos domiciliares fi cam à cargo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que investe mensalmente R$ 92 mil na operação diária do sistema e ma-nutenção do aterro sanitário.O atual aterro sanitário foi entregue pelo município em 2009 e atualmente opera em sua segunda célula com previsão de uso até janeiro do próximo ano. Há dois meses a autarquia iniciou a implantação da terceira célula, com expectativa de vida útil de dois anos.A coleta de lixo é feita diariamente na cidade por sete caminhões que se reve-zam para atender todos os bairros, de segunda a sábado. Os veículos coletores têm capacidade para até 15m³ de lixo cada um.Esse volume diário poderia ser maior ainda, não fosse o Programa Municipal de Coleta Seletiva, implantado em 2010 pelo governo municipal, numa ação con-junta entre Saae e as secretarias de Meio Ambiente de Cidadania e Geração de Renda e Cooperativa dos Catadores de Recicláveis de Votorantim. Atualmente o programa atende 45% da cidade num volume mensal de mais de 60 toneladas de recicláveis coletados, o que gera uma renda mensal de até R$ 700 a cada um dos cooperados.

População produz 71,4toneladas de lixo por dia

O principal meio de transporte entre Votorantim e Sorocaba por muitos anos foi o bondi-nho, principalmente na época

da emancipação, pois os ônibus eram so-mente os fretados para levar os vanguar-deiros até a capital. A dois anos de com-

36 ônibus transportamaté 580 mil passageirospor mês

TransporteUrbano

Novo aterro sanitário recebe todos os dias mais de 71 toneladas de lixo, segundo o Saae, que opera o sistema

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pletar meio século de vida, Votorantim possui um sistema de transporte urbano moderno, em que os passageiros se utili-zam de cartões inteligentes e partem de um lado a outro da cidade pagando ape-nas uma tarifa. Desde 2009, aliás, a tarifa tem uma parte subsidiada pelo governo municipal que atualmente arca com R$ 0,40. Com 36 veículos, a frota chega a transportar até 580 mil passageiros no mês.Com uma frota totalmente atualizada e renovada, periodicamente a empresa concessionária do Transporte Coletivo Urbano, a Auto Ônibus São João, man-tém somente para as linhas municipais 36 veículos, com média de idade de qua-tro anos e três meses. Desses veículos, 23 são adaptados com rampas especiais para cadeirantes, além de todos possuírem es-paços reservados para pessoas em condi-ções especiais, como gestantes e idosos, entre outros passageiros com mobilidade reduzida.A última aquisição de veículos por parte da empresa ocorreu em 2010, quando foram incorporados à frota cinco novos ônibus. As linhas municipais podem che-gar a um percurso de até 50 quilômetros em trajetos de ida e volta, como é o caso do itinerário para o bairro do Carafá, um dos bairros rurais da cidade e que conta com horários diários para o transporte. O percurso do Green Valey também é outro que chama a atenção pela distância. São 15 quilômetros somente de ida. Atualmente todos os bairros da cidade são praticamente atendidos pela empresa concessionária. Quando não há um veí-

culo exclusivo para atender determinado bairro, o transporte é garantido pelo itine-rário do outro, como é o caso da linha que atende o Votocel, por exemplo.Com o objetivo de oferecer maior con-forto aos usuários do transporte urbano a Prefeitura Municipal instalou recente-mente cerca de 40 novos abrigos de ôni-bus em diversos pontos da cidade. A ação conta com a parceria da empresa respon-sável pelo transporte que tem como meta oferecer cada vez mais qualidade de vida aos passageiros.A empresa, que se encontra atendendo a cidade praticamente desde sua Emanci-

pação, conseguiu acompanhar não ape-nas a evoluçaõ que se seguiu em termos populacionais e de infraestrutura, mas principalmente por incutir constante qualidade em seus serviços, através de bons profi ssionais e de veículos sempre novos e confortáveis.Muito deste bom atendimento da Auto Ônibus São João se deve à constante preocupação com todo o sistema de um de seus diretores, Marco Antonio Franco, que administra imprimindo considerável dinâmica para que a população possa estar sempre usufruindo de melhor qua-lidade.

Marco Antonio Franco: diretor da Auto Ônibus São João

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Em três anos Votorantim já autorizou construção de 4.985 novas moradias. Empreendimentos vão de con-domínio de alto padrão a casas populares; mais dois mil estão em fase de liberação junto a Prefeitura.

Casas populares do Conjunto Real Parque, no Itapeva

O "Boom"imobiliario

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Desde 2009 o município atravessa uma excelente fase no setor imo-biliário. Nesses três anos foram 4.985 moradias autorizadas den-

tro de empreendimentos que vão desde condomínios de alto padrão, como o Al-phaVille Nova Esplanada com as etapas 1 e 2 e o início de construção de 960 novas residências, ao Conjunto Real Parque, na região do Jardim Itapeva, com três fases e cerca de 300 unidades, já concluídas e en-tregue aos moradores.Esses empreendimentos estão oferecendo outro conceito ao município de Votoran-tim que passa a ter suas áreas ainda mais disputadas e valorizadas para empreen-dimentos imobiliários. Além destes dois empreendimentos, a cidade conta ainda com a Vila das Flores, com 124 unidades; Villagio Di Caprio, com 96; Jardim Cristal com 311; Giordino Di Venetto, com 260. Já em relação aos condomínios verticais, estão em fase de implantação a MRV com 1.540 apartamentos; HBO Brasil, com 240; Ilha de Málaga, 194; Mudar, com 160; Trisul, com 600 e o Savóia com 112 unidades já em fase de acabamento.Em fase de tramitação junto a Prefeitura es-tão os condomínios Bela Vista, que terá 1.000 unidades; AlphaVille fases 3 e 4 com mais 800 lotes; Jardim Sun Lake, 286; Novo Voto-rantim, 110; Monte Verde, 92 e Vale Azul, 80.O prefeito Carlos Augusto Pivetta afi rma que são muitos os empreendimentos querendo se instalar em Votorantim, des-ta forma elevando ainda mais o número de unidades. “Temos muitas empresas na fase de projeto e que em breve deverão anunciar seus empreendimentos”, disse.

Pivetta ressalta ainda a grande procura por parte de investidores imobiliários que têm apostado no crescimento econômico do município.Além desses empreendimentos o municí-pio já assinou com a Superintendência Re-

gional da Caixa, o convênio do Programa de Aceleração ao Crescimento II (PAC II), para a Urbanização de áreas de Risco por meio do Ministério das Cidades. Com isso 00 famílias, hoje moradoras de áreas ver-des serão benefi ciadas.

Com a implantação desses novos em-preendimentos o prefeito explica que haverá a necessidade de se fazer novos reservatórios de água para dar conta da distribuição. Os projetos neste sentido já estão em fase de estudos. “Na hora que despontar todo esse crescimento, você tem que ter novos reservatórios”,

destaca. Pivetta explica que esses são parte dos desafi os que chegam para 2013, quando a cidade estará organizada e remodela-da, pois vem se desenvolvendo bastante nos últimos oito anos. Uma das apostas é a concessão dos serviços de sanea-mento básico, já em fase de licitação.

Serviços de saneamento O AlphaVille Nova Esplanada terá 960 residências nas duas primeiras etapas de obras e 800 lotes nas fases 3 e 4

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Você já parou para pensar por quantas ruas e avenidas você cir-cula no caminho até o trabalho, para a escola dos fi lhos, para o

supermercado e de volta para casa? No setor de Cadastro Imobiliário da Secretaria de Finanças da Prefeitura de Votorantim estão cadastradas atualmente 1207 ruas e 58 avenidas distribuídas em 166 bairros e condomínios residenciais.São vias que recebem demandas diferen-tes de veículos, mas que precisam de ma-nutenção e conservação. Segundo dados da Secretaria de Obras e Urbanismo da Prefeitura, somente nos últimos três anos foram mais de 193.573 m2 de asfalto apli-cados em 77 vias da cidade, entre serviços de recapeamento e pavimentação. Um exemplo é a Barra Funda e a região central que neste ano tiveram as antigas lajotas de paralelepípedo substituídas pelo pavi-mento asfáltico. Da mesma forma, ruas e avenidas que fazem a interligação dos bairros tiveram atenção especial. É o caso da avenida Celso Miguel dos Santos, que interliga a região central a região do Vossoroca e Jardim Clarice; e as ruas Amirtes Luvison, Sorocaba; Carlos Mariano da Silva, Alfredo Maia, Joaquim Fogaça e avenida Santo Antônio, que interligam a região central e o bairro Rio Acima ao Hospital Santo An-tonio, conjuntos habitacionais, Cemitério Municipal e a estrada da represa de Itupa-raranga.Com quase todas as ruas e avenidas da ci-dade pavimentadas em Votorantim, o pre-feito Carlos Augusto Pivetta explica que a administração municipal priorizou primei-ramente a pavimentação de bairros que

tinham suas vias de terra, como o Jardim Primavera e Parque São João. “Esses bairros sofriam com em dias de chuvas quando se tornava impossível transitar, sem esquecer que os moradores acumulavam problemas respiratórios. Hoje quando você vai até o bairro vê que a população está contente e valorizando essa conquista”.Pivetta completa que após atender as ne-

cessidades dos bairros, as obras de recape foram levadas para avenidas de grande circulação de veículos e que precisam de uma nova roupagem para atender a de-manda crescente. “Melhoramos a trafega-bilidade na avenida 31 de Março, além de oferecer mais segurança aos comerciantes e moradores que realizam suas atividades na região central”.

Pavimento asfaltico cobre mais de 1.250 vias

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A cidade de Votorantim já foi o ce-nário para o nascimento de mais de 1200 bebês apenas nos nove primeiros meses deste ano. Com

Partos somam mais de 1.600 ao ano

uma média de 140 nascimentos por mês, o município chegará ao fi nal de 2011 com mais de 1600 pequenos votorantinenses. E quem acredita que as mulheres ainda

são a maioria nas maternidades está enga-nado. Dos registros do Hospital Municipal Votorantim “Dr. Lauro Roberto Fogaça” que tem a Santa Casa de Misericórdia como ad-

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ministradora, e do Hospital Santo Antonio, cerca 640 são do sexo masculino, enquan-to pouco mais de 570 são meninas. Números diferentes dos registrados ano passado. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, em 2010 nasceram 842 meninas, enquanto os meninos não passaram de 802. E se os números são positivos, são resulta-do do acompanhamento do poder público durante o pré-natal. Em 2010 o índice de mortalidade infantil foi reduzido chegan-do a 12,5 a cada mil nascidos vivos com idade até um ano.De acordo com a secretária de saúde, Gla-dys Barasnevícius, 750 gestantes passam por acompanhamento pré-natal nas Uni-dades Básicas de Saúde. “Nossa atenção com a futura mamãe começa assim que ela suspeita da gravidez e segue até depois do parto. Com o bebê esse cuidado durante os primeiros anos de vida com uma equipe especializada. Hoje temos um espaço ex-clusivo para atendimento da mulher e do fi lho que é o Ambulatório de Especialida-des da Mulher e da Criança”.Votorantim é hoje referência no atendi-mento público quando o assunto é ma-ternidade. Segundo Luiz Cares, provedor da Santa Casa de Misericórdia que é res-ponsável pela administração do hospital municipal, o atendimento à gestante é referência para outros municípios, tanto que o município recebe hoje grávidas de cidades vizinhas como Araçoiaba da Serra e Salto de Pirapora. “Recebemos o prêmio de gestão hospitalar promovido em âmbi-to estadual pelo Centro de Estudo Augusto Leopoldo Aurosa Galvão em 2010. Já tí-

nhamos obtido o nível prata em 2009, e no ano passado obtivemos excelência ouro. Isso é prova que o trabalho realizado aqui

é de qualidade e que nossas gestantes po-dem fi car tranqüilas quanto aos cuidados que receberão ao adentrarem o hospital”.

Na maternidade da Santa Casa, os bebês são mantidos junto às mães todo o tempo, dispensando o berçário

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Crescimento com qualidade e in-fraestrutura. É assim que Votoran-tim se encontra após 48 anos de emancipação política administra-

tiva, completados neste 8 de dezembro. Mais do que crescer, é preciso garantir que seus moradores tenham acesso aos servi-ços básicos de higiene. De acordo com dados do Serviço Autôno-mo de Água e Esgoto (Saae) o município possui hoje mais de 31.600 ligações de

Município tem uma ligação de água para cada três moradores

água em residências. Isso representa que existe uma ligação para três moradores de Votorantim, conforme dados do Cen-so IBGE 2010 que constatou que mais de 108,7 mil pessoas vivem em domicílios particulares. O mesmo ocorre com as liga-ções de esgoto. Votorantim tem a mesma infraestrutura de cidades mais antigas e populosas, como a vizinha Itu que possui mais de 154 mil habitantes.A esses números pode-se incluir a ligações

ETA da Chave trata toda a água distribuida à população de Votorantim

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realizadas pelo Saae em indústrias que so-mam 85; comércios, 1.314; além das liga-ções públicas ativas e não lançadas, que chegam a 202. Votorantim tem ao todo 33.261 unidades prediais com água tra-tada na torneira e tratamento de esgoto.Para garantir toda essa infraestrutura, o Saae realiza a manutenção e acompanha-mento dos 12 reservatórios e das 03 Es-tações de Tratamento de Água que estão

localizadas no bairro da Chave, no Voto-cel, na Votex - na região da Barra Funda e uma nova estação compacta foi iniciada na Vila Nova Votorantim. Já as Estações de Tratamento de Esgoto estão distribu-ídas em três pontos, na região do Votocel, a ETE Guimarães, no prolongamento da avenida Reverendo José Manoel da Con-ceição e no Jardim Novo Mundo.O Saae faz o acompanhamento desses

novos projetos de condomínios horizon-tais e verticais, bem como a instalação de novas empresas através das solicitações de certidões de viabilidade, que são ava-liadas e autorizadas se estiverem em con-formidade com a legislação. Essas infor-mações contribuem para o planejamento anual da própria autarquia, garantindo assim qualidade nos serviços prestados a população.

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) dos Guimarães

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EntrevistaDesfavelamento, desafi o a ser vencido

Solucionar um problema que se arrasta há mais de quatro décadas é o principal desa-fi o de Votorantim às vésperas de completar seu Jubileu de Ouro, em dezembro de 2013.

As ações para o desfavelamento no município ti-veram início em 2011 e serão intensifi cadas no ano que vem, de forma a que Votorantim chegue aos 50 anos com um novo contexto urbanístico e uma melhora signifi cativa na qualidade de vida de qua-se mil famílias. A Urbanização de Áreas de Risco será promovida através de convênio com o Programa de Acelera-ção do Crescimento II (PAC II), com recursos do Mi-nistério das Cidades, e levará em conta um cadas-tro de famílias realizado pelo governo municipal em 2009. A previsão é de que sejam atendidas 900 famílias de 23 núcleos de favelas espalhados pelo município, num investimento global que deve chegar aos R$ 50 milhões.“É um desafi o histórico, de mais de quatro décadas. Não se pode moldar o futuro de Votorantim sem resolver as atuais demandas sociais e a maior delas

Reurbanização de áreasde risco irá atender 900famílias de 23 núcleosde Votorantim noano que vem

Prefeito Pivetta defi ne o desfavelamento como desafi o histórico a ser vencido em 2012

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hoje são os núcleos de favelas. Uma cidade que quer crescer ordenadamente não pode conviver com este tipo de problema”, disse o prefeito Carlos Augusto Pivetta (PT), para quem a “população fl utuante” das sub-habi-tações compromete todo um planejamento de serviços públicos colocados à disposição dos bairros, como escolas, creches, unidades de saúde e saneamento básico. “O governo contrói uma nova escola, se esforça para dar uma qualidade de ensino a uma determinada demanda embasada em estudos e, de repente, se vê obrigado a criar uma sala inteirinha de quarto ano para atender alunos que vêm de outros municípios e se instalam em favelas das redondezas. A Saúde faz todo um traba-lho de conscientização sobre gravidez na adolescência e, do nada, aparecem 20 ou 30 novas gestantes moradoras de barracos. E nós não podemos virar as costas a estas pessoas”, exemplifi ca o chefe do Executivo. O prefeito não atribui culpa a ninguém em específi co, mas enfatiza que a ocupação

de áreas de risco em Votorantim foi permi-tida ao longo dos anos, desde o início da década de 70. “O problema chegou a um ponto de insuportabilidade e temos que encará-lo, até para não comprometer todo um planejamento futuro de Votorantim. O desafi o deve ser enfrentado para uma solução que atenda aos dois lados, o do município, que precisa crescer de forma ordenada, e o das famílias, que precisam de moradias dignas e melhor qualidade de vida em seus núcleos”.O projeto será fundamentado em três núcle-os - Itapeva, Votocel e Vila Garcia -, que terão a construção de novas moradias e completa reurbanização. Além de levar em conta um cadastro de moradores realizado há dois anos, a Urbanização de Áreas de Risco terá critérios e requisitos estabelecidos em pro-jeto-de-lei que será encaminhado à Câmara Municipal para avaliação dos vereadores. “Algumas exigências são obrigações de or-dem legal, defi nidas pelo governo federal, que dará suporte fi nanceiro para a execução

do programa. Outras será o próprio gover-no municipal que irá defi nir”, explica Pivetta. A família benefi ciada, por exemplo, deverá fazer parte do CadÚnico (instrumento de coleta de dados e informações usado para identifi car todas as famílias de baixa renda existentes no país) e do Bolsa Família.“Nossa proposta - continua o prefeito - é de que o projeto seja também amplamen-te discutido em audiências públicas com a população. Será criado ainda um conselho de acompanhamento das obras”, acrescen-ta Carlos Pivetta. “Já elaboramos todo um planejamento de atração de investimentos imobiliários para Votorantim, com opções variadas para a solução do défi cit habitacio-nal. Nós temos empreendimentos para clas-ses populares, trabalhadores, outros para faixas de nível A, B e C. O desfavelamento vem completar esta área, atendendo uma camada da população que não tem recur-sos para comprar sua moradia e espera do Poder Público uma solução ao sonho de uma moradia mais digna”, concluiu.

Reurbanização terá início a partir de três núcleos, entre os quais o do Votocel

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“Quando a gente fala em futuro, o pri-meiro passo é planejar. É preciso, an-tes de tudo, moldar a Votorantim que queremos para nossos fi lhos e netos,

ao invés de fi car correndo atrás da solução de problemas pontuais que surgem exata-mente por conta da falta de planejamento”. Esta fi losofi a o prefeito Carlos Augusto Pi-vetta (PT) leva muito a sério desde que as-sumiu a cadeira de chefe do Poder Execu-tivo de Votorantim, há quase 3 anos. E não deixa de exemplifi car seu pensamento: “”Eu ouço muita gente falando por aí que o pre-feito está recapeando o Parque Jataí por uma questão eleitoral (Pivetta deve concor-rer à reeleição em 2012). Não é nada disso. Esta obra faz parte de um planejamento que delineamos em 2009”. “Temos dois PAs. (unidades de Pronto Atendimento) prontos para virarem realidade. A Guarda Munici-pal, que está prestes a ser instalada, estão no contexto deste mesmo planejamento”, acrescenta.A falta de visão em relação ao futuro, se-gundo o prefeito, levou Votorantim a de-cisões equivocadas no passado. “Isto acon-teceu quando o Poder Público fez doações de grandes áreas na região nobre da cidade para empresas que acabaram não vingan-do. Um exemplo típico é a Sano (antiga fábrica de amianto à entrada de Votoran-tim). Situações pontuais levaram ainda a cidade a perder receita quando permitiu que o Grupo de Votorantim reduzisse sua produção de cimento. Quando não teve

Planejamento é a palavra de ordemvisão empresarial e fundamentou seu cres-cimento apenas no setor têxtil”.De olho no contexto urbano de Votorantim como um todo, Pivetta refuta a idéia de au-mentar a zona de periferia e aposta na ocu-pação dos espaços vazios entre os bairros e a região central como fator de ordenamento e crescimento econômico do município. “Te-mos muitos vazios urbanos que fi caram des-ta forma ou propositalmente, como forma de especulação imobiliária, ou por razões jurídicas. Não tem porque você expandir o perímetro urbano neste momento quando se tem ainda muitas áreas importantes ser-vindo principalmente à especulação imobi-liária”. O prefeito cita como exemplo toda a faixa à esquerda da avenida Luiz do Patrocino Fernandes, bem próximo ao centro de Vo-torantim. “Nem tudo é especulação. Há, por óbvio, muita coisa jurídica atrapalhando. Mas é é preciso solucionar estas pendên-cias”, diz. “Temos que sensibilizar os pro-prietários destas áreas a transformá-las em empreendimentos, sejam eles imobiliários, comerciais ou industriais”, completa Pivet-ta.O prefeito destaca ainda como outro gran-de vazio próximo à região central de Voto-rantim passível de ser ocupado por gran-des empreendimentos a enorme área no alto do morro entre o conjunto esportivo do Sesi e o Esplanada Shopping Center. “É um espaço importante que precisa ser ocu-pado. Quem sabe isso não ocorra a partir

da construção do shopping Iguatemi...”, acredita.

Kalimo, Votocel e parque industrial

Neste contexto de ocupação de espaços vagos, o prefeito afi rma ter trabalhado com afi nco no reaproveitamento de antigos prédios industriais até então abandonados para a retomada da produção e geração de empregos. Ele cita, por exemplo, as antigas instalações da Sovel, na avenida Ireno da Silva Venâncio, centro de Votorantim, re-centemente adquiridas pela Kalimo (fábri-ca têxtil) e em vias de começar a produzir. “Fizemos gestões, incentivamos através de impostos e a unidade deve começar a ope-rar em 2012”, conta. Outro caso semelhante se refere aos anti-gos galpões da fábrica Votocel, hoje em obras para a instalação de um condomínio industrial. “Uma estrutura que estava se deteriorando agora vai gerar empregos e receita para o município”. Ainda na área in-dustrial, Pivetta considera importante o iní-cio de instalação de um parque industrial na rodovia SP-79 (Votorantim/Piedade) (região do Capoavinha), onde várias áreas já estão sendo adquiridas para a instalação de condomínios de empresas; além da soli-difi cação da Zona Industrial da Vila Garcia, atualmente toda ocupada ou em vias de ocupação.

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A praça de eventos “Lecy de Cam-pos” totalmente revitalizada deve-rá ser entregue no dia 27 de Março de 2012, data em que Votorantim

irá celebrar seu 47º aniversário de Instala-ção ofi cial como município desmembrado de Sorocaba. As obras neste 8 de dezem-bro - aniversário de emancipação da cidade - caminham a todo vapor no logradouro e no ano que vem serão estendidas aos en-tornos do logradouro, conforme previsão do prefeito Carlos Augusto Pivetta.“Estamos com vários projetos ao redor da praça de eventos que vão contribuir muito para otimizar o uso do espaço, sobretudo quando da realização da festa junina”, in-forma o prefeito. Ele cita a duplicação da avenida Moacir Oséias Guitte, cujas obras já estão com contrato assinado e a cons-trução de uma rotatória na junção desta via à estrada do Lageado e à avenida Claudio Pinto do Nascimento, próximo ao Sesi. “A rotatória no início da avenida São João também passará por obras para garantir melhor fl uidez ao tráfego”, descreve Pivetta. A rua Acácio Miller, em frente a Paróquia São João Batista (local da feira livre) será con-templado com novo pavimento, incluindo a continuação da estrada do Lageado, que também ganhará vagas de estacionamento.A proposta de revitalização da praça de eventos visa torná-la num espaço multiuso, para utilização da população durante 24 horas, segundo Pivetta. “Por isso, teremos instrumentos de ginástica ao ar livre, pista de caminhada e ciclovia. Pensamos a pra-ça como local permanente de atividades culturais, esportivas e até de eventos de menor proporção”. Pivetta faz questão de lembrar que as obras no tradicional local de eventos de Votorantim não se resumem a reformas. “Nós estamos fazendo uma ou-tra praça de eventos, com uma nova con-cepção que prevê inclusive a substituição de todo o antigo calçamento pelo piso in-tertravado, totalmente ecológico e de fácil absorção da água. Todo o espaço vai rece-ber ainda lâmpadas led, que proporcionam maior claridade e são mais econômicas”.A revitalização da praça “Lecy de Campos” foi iniciada, na prática, com as demolições de construções fi xas que só prejudicavam a utilização do espaço. No atual governo, fo-ram demolidos o palco de alvenaria e os sa-nitários. A festa junina benefi cente passou a ser realizada com a montagem de palco fora do espaço da praça, em área de terra próximo ao posto de gasolina Cortesia. De

Praça de eventos será entregue em marçofrente para a rua Acácio Miller, o palco des-montável marcou a abertura da nova arena de shows do evento, separada da praça de alimentação e da área reservada aos brin-quedos do parque de diversões. “A praça de eventos revitalizada será o ponto de parti-da de nosso plano futuro de criar instru-mentos de lazer voltados à integração da região central de Votorantim aos bairros”

Sem comunicação“Votorantim é uma cidade que não se co-munica. Os núcleos habitacionais foram surgindo ao longo dos anos de forma iso-lada, separados por grandes vazios, em que os moradores não se comunicam com bairros vizinhos e sobretudo com o centro”, lembra o prefeito Carlos Pivetta, para em seguida expor seus planos visando reduzir este distanciamento.A solução neste sentido é a implantação de

parques, ciclovias e pistas de caminhada. “A partir da praça de eventos, teremos o parque beira rio, margeando o rio Soroca-ba, com ciclovia e pista de caminhada que a princípio irá até a praça senador José Er-mírio de Moraes, na Barra Funda”. Faz parte dos planos do prefeito ainda a criação de ciclovia até o Parque São João e Jardim São Lucas. “Estamos projetando ainda um gran-de parque que começa no Jardim Paulista e vai até a avenida Jaziel de Azeredo Ribeiro, na Vila Garcia, margeando o córrego, onde serão implantados piscinões. Depois, você interliga esta região à Vila Nova Votorantim através de pista de caminhada e ciclovia”, explica Pivetta. “Então, a forma que a gen-te tem de fazer a cidade se comunicar é a partir destes espaços de lazer. Com eles, as pessoas podem, seja de bicicleta ou cami-nhando, conhecer outros bairros e toda a cidade. Coisa que não acontece hoje”.

Desde a época em que conquistou sua emancipação, no dia 8 de de-zembro de 1963, Votorantim fi cou conhecida como “cidade dormitó-

rio”, por receber apenas à noite boa parte de seus moradores, que saíam para trabalhar ou estudar em Sorocaba e outros municípios da região e até da Capital do Estado. Mas este conceito, segundo o prefeito Carlos Pivetta, deixou de existir. “É claro que Votorantim ain-da tem uma grande massa de mão de obra trabalhando e estudando em Sorocaba e outras cidades. Mas nós também recebemos todos os dias um efetivo enorme de trabalha-dores de outras cidades, seja nas indústrias ou no comércio, que é muito forte”, atesta.Nesta linha de raciocínio, o prefeito cita as indústrias têxteis, que têm em suas linhas de produção um grande número de sorocaba-nos. “O Esplanada (shopping), como empre-endimento situado dentro de Votorantim, tem também muitos empregados de Soro-caba”, acrescenta Pivetta, como exemplo do setor comercial. Esta nova realidade, acre-dita o prefeito, será ainda mais evidencia-da quando o shopping Iguatemi abrir suas vagas na etapa de construção e depois no funcionamento.Do ponto de vista comercial, aliás, Pivetta

“Cidade dormitório” é coisa do passadoPara o prefeito, a Votorantim de hoje é também grande geradora de mão de obra para trabalhadores de outros municípios

entende que o Iguatemi será o maior em-preendimento de toda a região, com a ge-ração de 4 mil empregos diretos e indiretos. “O diferencial é que este centro de compras vem sendo anunciado desde o início como empreendimento de Votorantim, o que evi-dencia a importância estratégica alcançada pela cidade nos últimos anos. O Esplanada, por exemplo, foi lançado como empreen-dimento de Sorocaba, voltado, evidente-mente, a toda a região como estratégia de marketing”.Para o chefe do Executivo, Votorantim dei-xou de ser cidade dormitório para ser muni-cípio integrado a Sorocaba. “Esta integração signifi ca uma troca, entre os municípios, de ações e atividades nas mais variadas áre-as da economia e da cultura. Temos ainda muitas coisas em que precisamos recorrer a Sorocaba, porque se trata do maior municí-pio em potencial econômico da região, mas também recebemos em Votorantim vários empreendimentos, atividades e ações de toda a região. Eu acredito que o Iguatemi, na verdade, vem selar esta nova realidade de Votorantim, que é hoje uma cidade total-mente autônoma, com identidade própria, referência em muitas ações e, evidentemen-te, integrada a Sorocaba”.

Obras de revitalização da praça de eventos “Lecy de Campos” prosseguem a todo vapor; perspectiva acima mostra como deve fi car o espaço de lazer e eventos no ano que vem

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Ao completar seu 48º ano de eman-cipação político-administratia, neste 8 de dezembro, Votorantim é contemplada com um pacote

de obras que ultrapassam os R$ 21,8 mi-lhões. A revitalização da região central, entregue no mês passado, e outros 26 pro-jetos em andamento somam, exatos, R$ 21.813.253,50 em investimentos.“Este é nosso presente de aniversário para Votorantim”, disse o prefeito Carlos Augus-to Pivetta, segundo quem os esforços junto a outras esferas governamentais, sobretu-do a União, foi de grande importância para a viabilização dessas obras, que vão desde infraestrutura, construções de novos pré-

dios escolares, creches e reforma e revitali-zação de espaços de lazer.Pivetta explica que durante o ano um go-verno consegue aplicar em obras públicas apena 8% de sua previsão orçamentária, o que não ultrapassaria os R$ 13 milhões. “Não podemos aplicar o quanto queremos em novos investimentos. Vale lembrar que o município necessita de recursos para a manutenção da máquina pública, o pleno funcionamento dos programas, principal-mente os que se referem a saúde e educa-ção de nossa população”, lembra.“Num primeiro momento tínhamos a inten-ção de levar asfalto a praticamente todas as vias de nossa cidade e isso cumprimos

R$ 21,8 milhões em obras, um presente de aniversário

logo no segundo ano de mandato”. Pivetta destaca que a meta era recuperar a malha viária da cidade, danifi cada pelos períodos chuvosos e pela própria ação do tempo. Foi quando começaram as obras de recape. Atualmente em andamento na cidade, três empresas, com um investimento de R$ 4,2 milhões ocorrem as obras de recapeamen-to de 59 vias, que abrangem o Parque Jataí, com 22 vias, que também precisou receber novo sistema de drenagem, Vossoroca, Par-que Bela Vista, lembrando que uma parte das vias já foram benefi ciadas em outras duas etapas anteriores, sendo neste ano e no ano passado; Rio Acima; e região do Jar-dim Paraíso, onde a avenida Moacir Oséias

Creche do Jardim São Lucas está pronta para iniciar atividades em 2012

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Guitte, será duplicada da rotatória próximo ao Posto do Corpo de Bombeiros até as proximidades do Sesi, tendo em vista os investimentos particulares projetados para aquela região, bem como contribuir para a fl uidez do trânsito lembrando a vinda do Shopping Iguatemi na cidade anunciado para 2013.O recape da região central, incluindo cin-co vias do Parque Bela Vista, consumiu um investimento de R$ 2.322.213,77. Há ainda a ampliação e alargamentos de canteiros centrais, novo paisagismo, nesta mesma via somando mais de R$ 64 mil.“Não podemos nos esquecer da reforma da praça de eventos “Lecy de Camplo”, no va-lor de R$ 1.973.791,24 e canalização do cór-rego do Vidal R$ 1.712.476,17”, acrescenta.Em relação a entretenimento o prefeito cita três importantes reformas que fez questão de incluir para este ano, como forma de atender os anseios de populares, que são

as melhorias do campo de futebol do Cer-mag que está em sua primeira etapa com investimento de R$ 225.530,49; estádio municipal que está recebendo a troca do gramado, no valor de R$ 146.312, 52, a ser iniciado os serviços e a reforma do Parque do Matão cuja fi nalização da primeira etapa é de R$ 656.043,56. Além da implantação de duas unidades do Espaço Jovem na Vila Nova Votorantim e no Vossoroca. Educação e SaúdeNeste momento, em fase bastante adian-tada ocorre a construção de uma nova unidade no Jardim Serrano, será a nova escola “Maria do Rosário de Oliveira Arcu-ri”, investimento de R$ 3.248.040,46; uma unidade para Educação infantil em prédio anexo a escola “Izabel Ferreira Coelho”, R$ 1.438.013,18; Creche no Jardim São Lucas, já em fase de acabamento, R$ 1.191.965,90; ampliação da escola “Dides Crispim Antô-nio”, R$ 914, 612,30; reforma da escola “Ra-

phaela Résio Cau”, R$ 617.023,55 e da cre-che “Olimpia Pozza Beber”, R$ 512,115,32. Na área da Saúde o município está promo-vendo a reforma de três unidades básicas, da Vila Garcia, Novo Mundo e Rio Acima. “Não foi apenas uma pintura, estamos mu-dando o conceito de atendimento e por isso são reformas que estão sendo percebidas pela população e irão refl etir no melhor tratamento ao paciente”, enfatiza o prefeito. Essas reformas totalizam um investimento de R$ 617.804,97. Além dessas o prefeito cita ainda as reformas do Ambulatório de Especialidades, já em fase fi nal de acaba-mento e pintura externa, cujo investimento é de R$ 562.026,02 e no Pronto Atendimen-to Central em fase inicial, que será de R$ 390.251,29. “Nossa meta é humanizarmos cada vez mais o atendimento, tendo em vis-ta que no PA teremos um espaço somente para pediatria entre outras mudanças para melhor acolher o cidadão”, conclui.

Pavimento asfáltico do Parque São João Reforma da praça de eventos

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Nesses três primeiros anos de gover-no, o prefeito Carlos Augusto Pivetta tem se destacado no meio político como um administrador articulado;

tanto é que somente neste ano foram três im-portantes reconhecimentos em nível estadu-al e federal. Além disso Pivetta tem provado a versatilidade, indepentende da sigla partidá-ria, o que rendeu importantes recursos para investimentos para o município.Desde que assumiu a Prefeitura, Pivetta se mantém em constante contatos com líderes políticos, a exemplo, do atualmente, ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a própria presi-dente Dilma Rousseff , ainda como ministra chefe da Casa Civil, além de outros ministé-rios, como do Turismo. Desta forma, conquis-tou importantes verbas para a cidade, aplica-das, por exemplo, em obras de recapeamento de vias públicas e reforma do Parque do Ma-tão, bem como inclusão do município do Pro-grama de Aleração ao Crescimento (PAC 2).Com os deputados, tanto estaduais como federais, mantém a proposta de buscar, sem-pre, o melhor para a cidade. Além dos parla-mentares, Pivetta tem um ótimo relaciona-mento com os prefeitos da região, visando o crescimento regional bem como adotando o discurso de ser uma cidade integrada com Sorocaba. Isso devido ao relacionamento com o prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi, com que tem traçado importantes projetos de desen-volvimento para os municípios tendo em vista principalmente o crescimento imobiliário e in-vestimentos comerciais e empresariais. “Temos pensado principalmente na questão do trân-sito que sofrerá importantes mudanças tendo em vista os empreendimentos que estão se instalando na cidade e benefi ciará além das

Um administrador público reconhecidoEm três anos de mandato, Pivetta tem se destacado no meiopolítico nas esferas estadual e federal

duas cidades, outras da região”, destaca.Somente neste ano, Pivetta foi reconhecido pelas ações desenvolvidas no município. Ele recebeu a Medalha Comemorativa do “Cente-nário do Corpo de Bombeiros da Polícia Mili-tar do Estado de São Paulo”. É a condecoração

de maior importância conferida pelo alto co-mando dos Bombeiros para autoridades civis e militares no Estado.A comenda que foi entregue a 30 autoridades, entre elas o cônsul geral do Japão, Kazuaki Obe; a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antô-nio e o jornalista Luciano Faccioli. Na oportuni-dade, ao receber a medalha, Pivetta foi cumpri-mentado pelo governador Geraldo Alckmim e pelo comandante geral do Corpo de Bombeiros do Estado, Luiz Humberto Navarro.Em novembro deste ano foi um dos escolhi-dos pela Associação Nacional dos Prefeitos e Vice- Prefeitos em conjunto com a Frente Parlamentar Mista de apoio aos Prefeitos, com apoio da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para receber o prêmio das “100 cidades mais sustentáveis do Brasil em reconhecimento pela aplicação de Boas prá-

Pivetta com o prêmio “As 100 cidades mais sustentá-veis”, recebido no salão do Senado Federal

Dilma Rousseff e Pivetta num encontro do PT

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ticas administrativas, de Sustentabilidade urbana e de valorização ao funcionalismo Municipal”. A entrega ocorreu durante o II Encontro das Entidades, no salão nobre do Senado Federal e contou com presença de vários deputados e senadores, além de dirigentes das entidades repre-sentativas dos municípios brasileiros.Recentemente foi homenageado durante um evento realizado pelas entidades Sindipol, APCF, ANSEF e ABRAPOL, que representam nacio-nalmente as diversas carreiras profi ssionais da Polícia Federal, subordi-nada ao Ministério da Justiça, oportunidade em que foi comemorado o Dia do Policial Federal.Pivetta foi agraciado neste ato devido à criação da Semana da Família, que visa a prevenção ao uso de drogas na rede pública de ensino, além da instalação do programa de videomonitoramento em todas as unida-des escolares da rede pública municipal.A homenagem ocorreu nas dependências do Centro de Convenções “Espaço da Corte”, em Brasília, que contou com a participação de efe-tivos policiais das 27 unidades da Federação. Sob o comando do De-legado Federal Dr. Joel Zarpellon Mazo, que preside o Sindepol (Sin-dicato Nacional dos Delegados da Policia Federal), uma das entidades organizadoras do evento, a festa em homenagem aos policiais federais destacou as personalidades públicas, jurídicas e empresariais que con-tribuem com suas ações para o aperfeiçoamento das instituições per-manentes do Estado brasileiro e a paz social.Entre essas personalidades agraciadas com láureas da Sociedade Brasi-leira de Educação e Integração (SBEI) e da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História (ABACH), está o prefeito Carlos Augusto Pivetta, que teve reconhecido o seu emprenho no combate e prevenção às drogas em seu município, ao instituir o Projeto “A Semana da Família”, aprovado pela Câmara de Vereadores, que visa através da participação familiar, previnir a entrada dos jovens para o mundo das drogas.

Conselho Estadual de SaneamentoPivetta também é mebro do Conselho Estadual de Saneamento (Co-nesan) órgão vinculado a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídri-cos do Estado de São Paulo. Pivetta foi apontado para ser membro do conselho por prefeitos dos municípios que compõe o Comitê de Bacia Hidrográfi ca dos Rios Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT). Um dos mo-tivos pelo qual Pivetta foi escolhido como conselheiro do Conesan é o total conhecimento sobre as questões do saneamento tendo em vista a criação da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Votorantim (Agerv). Como delegado, Pivetta tem como uma das fun-ções de fazer a ligação ao conselho.

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Prefeito perseveranteOitavo prefeito a administrar Votoran-tim, Carlos Augusto Pivetta não che-gou ao cargo por acaso. Nem com facilidades. Ele precisou perseverar

muito, acreditar que um dia conseguiria este objetivo e trabalhar para que isso aconteces-se. Paciente e corajosamente, foi vencendo os obstáculos, mostrando uma série de atributos ao meios políticos e ao povo da cidade, incluin-do a necessária competência.Aliás, a vida sempre lhe foi difícil, trabalhosa, o que não o impedia de sonhar de um dia ser alguém em termos de liderança política. Jo-vem, ainda imberbe, ele trabalhava na antiga Portuense, como lixador de lançadeiras. Em pé, as mãos no constante vai-e-vem, cuidando de acabar o produto, mas sonhando. À noite, esquecia o cansaço e corria para os estudos, como a maioria dos jovens que buscam um fu-turo melhor. O prêmio conseguido foi o de se formar advogado, especializando-se em ações trabalhistas.Vestindo terno e gravata todos os dias, boa aparência, como exige a profi ssão, para chegar ao forum. Pastas nas mãos, processos, petição, uma lida exercida com prazer e que o obrigava a ser melhor a cada dia, pronunciar com maior facilidade, dialogar e argumentar com sensa-tez, mas fi rme em suas convicções.Mas o sonho de enveredar pela política co-meçou cedo, ainda moço, quando passou a frequentar grupos de jovens na igreja católica, ao mesmo tempo em que trabalhava durante o dia e estudava à noite.A primeira chance política ocorreu com a fun-dação do PT - Partido dos Trabalhadores -, em 1981. Foi um dos fundadores da sigla, logo após a reabertura política que permitiu a volta do pluripartidarismo. Era um partido pequeno, mas não importava. Importava mesmo era a expectativa de um dia vê-lo crescer na cidade, buscar seu espaço aos poucos, vencer o con-servadorismo através da ética. O jovem Pivetta, então, era um idealista nato, como o próprio Lula daquela época, de quem se orgulha de ser amigo. O mesmo Lula que, já famoso, próximo de se tornar presidente da República, dignou-se a visitar Votorantim para unir as mãos do ve-lho amigo sindicalista Pivetta às do empresário Jair Cassola, como forma de vê-los governando esta cidade.Sem pressa, mas com dinamismo e crença no futuro, Carlos Augusto Pivetta conseguiu ele-ger-se vereador em 1988, cujo trabalho no Le-gislativo ganhou reconhecimento do próprio partido que quis lançá-lo candidato a prefeito nas eleições de 1992, mesmo sabendo que as chances de uma vitória eram muito reduzidas. Importava mesmo era marcar presença. E se-guiu na trilha, convicto, candidatando-se no-vamente em 1996, para representar o partido que ajudara a fundar.Ativo, introduzia-se com facilidades na comu-nidade, graças à sua competência e por tratar bem a todos. Assim, no início da década de noventa, acabou convidado e participou como membro do Conselho da Criança e do Adoles-

Texto: J. Cesar

cente, deixando ali alguns projetos importan-tes.Enraizado nas realizações da igreja católica, Carlos Augusto Pivetta foi um dos fundadores da Casa de Belém em nossa cidade, atendendo também seu espírito social. Daquela entidade chegou a ser presidente em época difícil, come-ço de tudo, quando localizada em uma peque-na casa na Barra Funda, com fundos para o cór-rego do Cubatão. Na primeira enchente, num sábado entrando pela noite, com as águas inva-dindo a casa, ele e mais alguns abnegados cor-reram desesperados para retirarem as crianças, carregando-as e levando-as a um lugar seguro. Viu também a entidade crescer. Ganhar um prédio novo, parte do antigo Senai - do Grupo Votorantim, através do então diretor de Patri-mônio, Renato de Muraro Delanhesi. Muitas crianças ali viveram e aprenderam que a vida também é feita de carinho e oportunidades. Se aquelas crianças se desenvolveram, outras che-garam e hoje estão no mesmo local.Lembram-se de que falei do Lula em Votoran-tim para sacramentar a união de dois políticos que objetivavam chegar à prefeitura da cida-de? Pois bem, corria o ano de 2000 e o advo-gado Pivetta, então desenvolvendo atividades junto ao Sindicato dos Condutores e manten-do escritório de advocacia em Sorocaba, com a esposa Suzana, também advogada, viu com entusiasmo a possibilidade de realizar o velho sonho político, quando recebeu convite de Jair Cassola para ser seu candidato a vice.Antes de tudo, um desafi o enorme. O mais di-fícil era explicar como um sindicalista poderia estar se unindo a um empresário. “Vocês estão de parabéns”, disse Lula quando uniu aquelas mãos e completou: “O país precisa de pessoas competentes, de alianças que visem o bem co-mum”.Poucos, no entanto, apostavam que aquela ligação continuaria no futuro, entendendo como apenas objetivo eleitoreiro. Eleitos, Jair Cassola e Carlos Augusto Pivetta provaram o contrário: se deram tão bem e fi caram oito anos governando juntos, respeitando-se o idealismo partidário, mas mantendo excelente afi nidade pessoal, a ponto se tornarem amigos e confi -dentes.Primeiro como secretário de Governo, depois na Educação e até em outras Pastas interina-mente, quando dele se precisou, Pivetta alçou vôos cada vez mais altos no aprendizado da coisa pública e se preparou para ser o candi-dato a prefeito, conseguindo o seu objetivo, realizando o velho sonho, quando foi eleito na-quele primeiro domingo de outubro de 2008. Para realizar seu velho sonho, fez um longo investimento pessoal, abdicando inclusive de continuar com suas atividades advocatícias. Passou a se dedicar integralmente ao seu tra-balho na prefeitura. Sempre ouvindo, apren-

dendo, jamais exasperando-se ante qualquer difi culdade, mas valendo-se da calma para vencer os obstáculos que se lhe estendiam à frente. Eleger-se foi um prêmio a quem tanto se dedicou ao velho sonho.Mas não tem sido fácil desde então. Conduzir um município como Votorantim requer muito tino administrativo, habilidade, sentir as neces-sidades mais prementes de toda uma coletivi-dade e agir sempre com muita humildade, sem nunca perder a autoridade que o cargo requer. Não importa chegar bem cedo e sair bem tar-de do gabinete, cansado, mas confessando-se gratifi cado por estar cumprindo todos os dias a promessa de se doar à expressiva função.Com a base conquistada pelo trabalho desen-volvido em todos esses anos, atualmente Car-los Augusto Pivetta conhece a cidade e seus problemas como poucos e tem conseguido, mesmo à custa de muito sacrifício, levar adian-te seus projetos e planos, atender à necessida-de de um município em constante desenvolvi-mento, pedindo todos os dias um “abre alas” a todos os setores. Ainda outro dia, ele disse: “ O que mais desejo é orgulhar esse povo diferen-ciado de Votorantim, somar para o seu cresci-mento e sua qualidade de vida”.Esta longa caminhada partidária, sindical, pro-fi ssional, comunitária e, principalmente po-lítica, não teria sido efi ciente, perseverante e constante sem o apoio inconteste e de todas as horas e momentos da esposa Suzana que, além de dona-de-casa, compartilha de todas as ações administrativas e ainda soma com seu desempenho humanitário à frente da Comis-são Municipal de Assistência Social (Comas).Não há dúvida: aquele menino-moço, que lixava lançadeiras, mas sonhava ser alguém, tem con-quistado seu maior objetivo: o de administrar uma cidade especial, repleta de problemas mas com muitas soluções e prontinha para continu-ar conquistando um futuro ainda melhor.

Pivetta e o amigo Lula na fundação do PT de Votorantim Aqui, o atual prefeito quando à frente da entidade Casa de Belém

Rindo, Pivetta trabalha lixando lançadeiras

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EmpreendedorismoExemplos de empresas que ajudam a alavancar o crescimento econômico de Votorantim são enfocadas nas próximas páginas desta revista comemorativa aos 48 anos de emancipação do município.

Sem medo de cair num trocadilho pouco criativo, o nome de Voto-rantim tem pipocado em vários estados do país nos últimos anos

através de um produto produzido no mu-nicípio sob rigorosos padrões de higiene e cada vez mais procurado por consumi-dores das mais variadas idades. Entre 70 a 80 toneladas de pipocas caramelizadas deixam mensalmente a sede da Pipocas Clac, no Jardim Araújo, para fazer a alegria de consumidores em municípios de seis estados brasileiros. A preocupação com a qualidade tem le-vado o produto a uma procura cada vez maior. Em 2007, por exemplo, a produção girava em torno de 30 a 40 toneladas. No início deste ano subiu a cerca de 50 tonela-das e agora beira os 80 mil quilos.Mas chegar a este estágio, inclusive com perspectiva de crescimento ainda maior, não foi nada fácil. Sérgio Marcus Laureano, de 50 anos, proprietário da Clac, deu início à produção de pipocas, de forma ainda tímida, como forma de geração de renda num instante difícil de sua vida, quando deixara de exercer o ofício de mecânico por motivo de doença. Mas esta história tem início ainda na ado-lescência de Sérgio, aos 14 anos, quando ele fez curso de mecânica no Senai (Servi-ço Nacional de Aprendizagem Industrial). Aos 18 anos, trabalhava numa retífi ca de motores, alternando com o serviço militar obrigatório. A exaustão do trabalho o dei-xou doente, obrigando-o a se afastar por tempo indeterminado.

Pipoca “de sucata”Com o dinheiro que tinha conseguido guardar, Sérgio foi parar em Itapetininga, onde um senhor tinha acabado de vender uma fábrica de pipoca e ia jogar fora as má-quinas velhas – uma “sucata”, na defi nição do próprio Sergio. Aproveitando os conhecimentos de mecâ-nica, ele reformou as máquinas e deu início aos trabalhos: estourava a pipoca na gara-

Pipocas Clac leva o nome de Votorantim para 6 estadosgem da casa da sogra; adoçava e empaco-tava na casa onde morava com a família. No começo, tinha o pai como sócio. “Só eu e ele botávamos fé”, recorda Sergio.Em 1982, depois de um ano de atividade, a empresa se instalou em sua primeira sede, na rua Uruguai, Vila Hortência. Essa época também foi marcada pelo surgimento do nome “Pipocas Clac”. Depois de muitos prejuízos, Sergio parou de vender a ata-cadistas e passou a distribuir no comércio. “Paguei um preço muito alto para apren-

der o que é mercado”, ele diz.

Em VotorantimO barracão na rua Uruguai foi só o primei-ro endereço de vários. Sem conseguir se lembrar bem de quantas vezes se mudou, Sergio diz com convicção que o crescimen-to da marca está totalmente atrelado a Vo-torantim, para onde a empresa se mudou em 1996 e está até hoje, na região do Rio Acima. Na época, o local não tinha luz, nem água, nem esgoto. Hoje são 1.200 m2 de construção em área total de 5 mil m2.Aos que visitam a empresa, certamente chama a atenção a organização e limpeza. A higiene está entre as maiores preocupa-ções da Pipocas Clac, assim como a segu-rança dos 20 funcionários e qualidade da produção.Fora a limpeza impecável, assegurada pela responsável técnica da empresa, a quími-ca Luciana Laureano, o produto não tem corantes, conservantes, ou qualquer ingre-diente que agrida a saúde. O acesso à pro-dução é restrito. Isso porque a tecnologia da empresa é única, elaborada por Sergio. Até hoje, ele cuida da parte mecânica de seu maquinário.O consumidor pode comprovar que ne-nhuma pipoca é caramelizada igual às Pi-pocas Clac. O reconhecimento está na dis-tribuição do produto, em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catari-na e Rio Grande do Sul.Além de revendedores do setor, outras empresas alimentícias compram a pipoca como insumo. A Chocolate Pan, por exem-plo, fabrica a sua Pop Pan com Pipocas Clac.Sérgio Marcus Laureano investiu tudo o que tinha em um sonho e não se arrependeu

Além de proprietário, Sérgio cuida pessoalmente da produção de pipocas

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MGT Bolina apresenta CentroEmpresarial ao prefeito Pivetta

O engenheiro José Antonio Bo-lina, diretor da MGT Bolina Engenharia, foi recebido pelo prefeitoCarlos Augusto Pivetta,

em novembro, para falar sobre o Centro Administrativo que a empresa construirá no município no próximo ano.Com uma área total de193.500 metros quadrados, o futuro Centro Administrati-vo está localizado na região do Capoavi-nha, próximo à SP-79. Composto por 75 lotes, cada um com aproximadamente 1.200 metros quadrados, é destinado a pequenas e médiasempresas.Pivetta endossou a ideia, uma vez que, segundo ele, Votorantim está vivendo um momento especial de desenvolvimento, com o município sendo insistentemen-te procurado para a instalação de novas empresas. O prefeito acredita, ainda, que o condomínio vai fortalecer a zona indus-trial e gerar mais empregos.À frente da MGT Bolina engenharia, que desde 2003 executa projetos de enge-nharia na região, José Antonio Bolina tem uma vasta experiência na área. Para via-bilizar o condomínio empresarial de Vo-torantim, Bolina se uniu aos empresários Giancarlo e Paolo Tasso, proprietários da área defi nida como a ideal para um proje-to de talporte.

“Votorantim é uma cidade próspera, em pleno desenvolvimento e a MGT preten-de continuar investindono município com muitos outros empreendimentos”, diz Bolina.O Centro Empresarial foi idealizado para atender às pequenas e médias empresas,

oferecendo segurança, conforto e infraes-trutura adequada.Além disso, de acordo com a MGT, os in-teressados em ali instalar suas empresas terão facilidade para a aquisição do lote, já que o fi nanciamento poderá ser feito diretamente com a construtora.

José Bolina mostra ao prefeito os projetos do futuro Centro Administrativo

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Transpaulino crescediversifi cando sua atuaçãoHá mais de dez anos, o empresá-

rio Ari Paulino iniciou um negó-cio para prestação de serviço de transporte para casas de material

de construção. Oferecendo carretos de pe-dra e areia, deu início à Transpaulino em Votorantim. Com o crescimento do mer-cado, a empresa passou a agregar outros serviços e ampliou o atendimento a todos os segmentos da construção civil, desde o aluguel de caçambas de entulho e ter-raplanagem para pequenas obras, até a prestação de serviços para grandes cons-trutoras e obras públicas. Ao completar seis anos no mercado, Ari Paulino decidiu expandir ainda mais seu negócio com a abertura de uma nova em-presa do mesmo segmento, com o intuito de melhor atender Sorocaba e Votorantim. Surgiu, então, a AA Paulino, a qual com-pleta hoje a atuação do Grupo Paulino em toda a região.Além dos caminhões caçambas, a frota atual conta também com diversas má-quinas e equipamentos. Para garantir a precisão na execução dos serviços e o rendimento das obras, toda a equipe de operadores é formada por mão-de-obra qualifi cada em treinamentos de capacita-ção constantes. O Grupo Paulino oferece serviços de disk-entulho, terraplanagem, obras de infra-estrutura (colocação de guias, redes de águas pluviais e potáveis, rede de esgoto e asfalto), além do aluguel de uma linha completa de máquinas e equipamentos como: pá-carregadeira, retroescavadeira, escavadeira, rolocompactador, patrol, pla-ca vibratória, compactador manual (sapo), serra de cortar asfalto, entre outros.

A crescente demanda na área da constru-ção tem garantido o crescimento de atua-ção do grupo. Este ano projeta-se um au-mento de 15% no faturamento, com boas perspectivas para 2012. Para atender essa nova demanda, estão sendo realizados for-tes investimentos nas empresas, tornando-as mais modernas e competitivas. Além da boa fase do mercado, o Grupo Paulino tem se benefi ciado de uma nova estratégia de atuação na área de licitações. Outro importante projeto em andamento, segundo o sócio-proprietário Ari Paulino, é a criação de uma área de reciclagem de en-

tulho, o que já é realizado em alguns mu-nicípios com ótimos resultados. “Além de darmos ao entulho um destino adequado, teremos um produto de baixo custo com diversas aplicações na construção civil, o que demonstra a nossa preocupação com o meio ambiente e a busca constante pela sustentabilidade social, econômica e am-biental”, destaca. Hoje, atendendo a crescente demanda, o Grupo conta com dois endereços, na ave-nida Luiz do Patrocino Fernandes, 1144, em Votorantim; em Sorocaba, à rua Cer-vantes, 50, Vila Assis.

A equipe da Transpaulino

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Leandro Bellotto Cauchioli, 34 anos, natural do município de Itapetininga, a 60 quilômetros de Votorantim, assumiu em 3 de ou-

tubro como titular do Tabelião de Notas e de Protesto de Votorantim.Mesmo com a pouca idade, Cauchioli está

Cartório de Votorantim tem novo responsável

Com 17 anos de experiência como notário,Cauchioli conta sobre sua trajetória profi ssional

desde 1994 trabalhando na área de cartó-rio. “Comecei minha carreira no tabelião do meu pai”, relembra. Lá, ele fi cou até maio de 2005. Teve as funções de auxiliar, escrevente, tabelião substituto e designa-do. Ou seja, trabalhou um pouco em cada setor do cartório. Após o falecimento do

pai, ele teve que sair do cartório.Um mês depois, o novo titular do notá-rio da cidade conseguiu ser aprovado pelo 3° Concurso Público de Provas e Tí-tulos, onde foi titular do Tabelião de No-tas e de Protesto de Apiaí, no período de junho de 2005 a setembro de 2011.Como Apiaí fi ca a 158 quilômetros de Itapetininga, Cauchioli resolveu pres-tar outro concurso público. No Começo deste ano, fez a inscrição e, logo após, fez o primeiro de quatro testes do con-curso. “Fiz uma prova escrita para averi-guar se o candidato tem conhecimento ou não da área”, resume.Na segunda etapa, ele precisou colocar em prática todo o conhecimento adqui-rido nos outros cartórios onde traba-lhou. “Essa fase visa conhecer o domí-nio do candidato em diversas situações durante um tabelionato de notas e de protesto. Nessa hora, não pode ocorrer nenhum nervosismo”, argumenta.

A equipe do Cartório de Notas e Protesto; acima, o novo titular, Leandro Cauchioli

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Nas duas últimas fases, foi realizado o exame oral, em que o interessado pelo cargo tinha que responder os questiona-mentos do examinador. Por fi m, prova de títulos.Há um mês em Votorantim, Cauchioli já se sente em casa. “Pelo pouco que estou convivendo com os votorantinenses, percebi uma cidade que está de braços abertos para a chega-da de novas pessoas”, destaca.

CartórioO Tabelião de Notas e de Protesto de Votorantim trabalha com reconhecimento de fi rmas, certifi cados digitais, auten-ticações, escrituras, protestos, procurações, atas notariais, testamentos, separações, divórcios e inventários, entre outros serviços.“Às vezes, uma pessoa vem aqui e solicita algo que nós não fazemos. Mesmo assim, nossos profi ssionais tentam orientar e esclarecer a dúvida”, explica. Durante o concurso público, havia aproximadamente 300 cartórios com vagas. “Como Votorantim é perto da minha re-sidência e, além disso, o espaço era um dos melhores listados, não pensei duas vezes e resolvi trabalhar na cidade”, conta.

Nova sedeDesde o dia 3 de novembro que o novo espaço do cartório de notas está funcionando, localizado na rua Eduardo Prado, 98 – Centro. “Antes de tomar posse, eu havia procurado em sites de busca um novo local para poder dar início ao meu trabalho”, comenta.Antigamente, o cartório fi cava na Albertina Nascimento, mes-mo rua do jornal Folha de Votorantim.Atualmente, o cartório conta com aproximadamente 14 co-laboradores.

ServiçoTabelião de Notas e de Protesto de Votorantim fi ca na rua Eduardo Prado, 98 – Centro. Para mais informações, pelo te-lefone 3243-2788.

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Perseverança, dedicação, humil-dade, sinceridade, jovialidade e, em especial, visão de bem-estar e saúde. Estas características são

vistas em Fernando Almeida, proprietá-rio da academia Movimento, há 15 anos dando saúde ao corpo dos moradores de Sorocaba, Votorantim e, também, da região.A ideia de montar um espaço para exer-cícios físicos partiu quando Almeida visi-tou, em Sorocaba, a academia de Darci, um grande amigo dele. “Uma pessoa que eu admiro muito na área da musculação”, comenta. Após conhecer as instalações, ele colocou para si que iria trabalhar com a saúde do corpo das pessoas.Meses depois, Almeida mudou do Parque Bela Vista para o bairro Dominguinho. Na parte debaixo da residência havia um salão de 70 m². “Peguei um dinheiro que tinha guardado há cinco anos no banco e também vendi a minha moto. Com esse dinheiro, comprei alguns aparelhos físi-cos”, conta, dizendo que após a aquisição dos equipamentos fi cou sem nenhuma reserva fi nanceira.Ele comprou os aparelhos de Eduardo, professor de educação física e grande amigo. Faltando um dia para inaugurar a academia, Almeida não tinha todo o dinheiro para pagá-lo. Assim, teria que devolver todos os equipamentos. No mesmo dia, chamou duas pessoas do bairro para serem alunos. Com vergo-nha, porque a academia fi cava em um porão, fi cou torcendo para que eles vies-sem treinar. “Quando deu 8h, em ponto, ouvi o som da campainha da minha casa. Eram os dois para praticarem exercício físico”, menciona a situação emociona-do, falando dos seus primeiros alunos da academia. Desde esse dia, ele começou a trabalhar, em média, 16 horas por dia.

Segunda faseConversando com seu amigo Reginaldo, conhecido como Cabelo, ele comentou que havia um salão, no Centro da cida-de, disponível para locação. “Como não

Disposição e saúde, os pontos fortes desta academia de musculação

AcademiaMovimento faz 15 anosem sintoniacom o bem-estarde todos

pago aluguel, contas de água e luz, re-solvi arriscar novamente e investir em um novo local”, diz. “A residência, que eu moro, é de propriedade do meu pai. Ou seja, o único gasto seria da academia”, completa. Um dos amigos de Fernando Almeida, o Carioca, o ajudou e o emprestou um di-nheiro para poder dar início à nova em-preitada. “Eu não sabia como iria pagá-lo”, explica, falando que com o dinheiro investiu em ginástica, dança e alguns tipos de lutas.

EducaçãoMesmo com algumas difi culdades fi nan-ceiras, continuava com os estudos para se aperfeiçoar como educador no setor do corpo. Além disso, ele se especializou em 80 cursos nas áreas de musculação, cinesiologia, anatomia, recuperação car-díaca, nutrição, suplementação e primei-ros socorros, entre outros aprendizados.Após concluir a graduação, Fernando Al-meida começou a fazer pós-graduação em Fisiologia do Exercício, em Sorocaba. “Quando concluí a especialização, me senti mais preparado para ir além dos li-mites, sem medo de enfrentar barreiras”, enfatiza.

Ponto positivo do esporteDe acordo com Almeida, a educação es-portiva auxilia o ser humano a diminuir o volume de álcool, a dar mais importância ao condicionamento físico e, principal-mente, a construir uma rotina mais sau-dável, longe das coisas que fazem mal ao corpo.Para ilustrar este cenário, o proprietário da academia Movimento diz que vários atletas de alto nível usam os equipa-mentos da sua academia para poderem chegar, durante os campeonatos, em um estado para conseguir a primeira coloca-ção. “Vários atletas que fazem muscula-ção, aqui, ganharam vários prêmios em diversas competições espalhadas pelo país”, esclarece ele.

Academia em SorocabaPassou um tempo e um amigo de infân-cia Welton disse a ele para montar uma academia no Sorocaba Shopping. “Quem sou eu para montar um espaço de exer-cício físico em um shopping?”, questio-nou ao amigo. Mesmo assim, Welton o convenceu para conhecer o local. Che-gando lá, Almeida descobriu que vários proprietários de academia passaram para averiguar e saber do preço de loca-ção. Um dos responsáveis pelo espaço do shopping perguntou a Almeida se to-paria pegar o lugar para administrar. Ele respondeu que sim.Faltando 20 dias para a inauguração da academia, Fernando Almeida não tinha dinheiro para comprar os equipamentos. Teve que fazer outra loucura para obter todos os aparelhos apropriados para execução dos exercícios físicos. “Tive que vender o carro, a moto e retirar do banco um dinheiro guardado. Em dois dias, eu não tinha mais nada”, relembra.Para piorar, ele fi cou sem transporte. Teve que usar a moto da irmã para poder trabalhar nos dois locais. “Fiquei de ma-nhã em Sorocaba e, na parte da noite, em Votorantim”, comenta.Com todos esses desafi os enfrentados, Almeida hoje está feliz em comemorar 15 anos de academia Movimento. “Lutei contra todas as barreiras. Batalhei para adquirir um espaço melhor para dar as aulas aos alunos. Hoje, me sinto realiza-do. Consegui ser um vencedor”, destaca Almeida.

ServiçoUnidade Sorocaba – O espaço fi ca no So-rocaba Shopping, localizado na avenida Dr. Afonso Vergueiro, 1700. Horário de funcionamento das 7h às 23h.Unidade Votorantim – O espaço fi ca na rua Izaltino Dias, 98 - Centro. Horário de funcionamento das 7h às 23h.Mais informações sobre a academia po-dem ser obtidas pelo telefone (15) 3211-1166 ou através do endereço eletrônico www.academiamovimento.com.

Fernando Almeida: força de vontade e muito trabalho à frente de sua academia

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O plebiscito de 1° de dezembro de 1963 mobilizou 4.181 eleito-res: um movimento em prol da emancipação do distrito de Vo-

torantim. Destes, 3.099 votaram a favor do desmembramento, 1.003 foram contrários e o restante fi cou entre brancos e nulos.Aparecido Silva, de 72 anos, mais conheci-do como “Seu Cido”, foi um dos que votou e manifestou a opção pelo “Sim”. “Como eu trabalhava no Grupo Votorantim, no setor de tecelagem, também entrei nessa causa”, comenta, lembrando que traba-

A históriade umvencedorem todosos sentidos

Vanguardeiro, que votou pelo desmem-

bramento de Voto-rantim de Sorocaba,

hoje celebra o su-cesso como dono de

sorveteria

lhou na empresa há mais de 20 anos.Durante a entrevista à Folha de Votoran-tim, “seu Cido” não parou nenhum minu-to, dividindo-se entre o atendimento aos clientes e ao repórter. Aparecido Silva é proprietário da Sorveteria Urbana, locali-zada na avenida Celso Miguel dos Santos, 200 - Centro. “Ano que vem, faço 20 anos de sorveteria. Um momento histórico em minha vida”, comenta ele. Além desse epi-sódio especial, há outro para comemora-ção: 50 anos de casamento com a esposa Rosa Garcia Silva

Seu Cido mostra com orgulho sua carteirinha de Vanguardeiro

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Breve história da Sorveteria UrbanaSeu Cido e a mulher Rosa estavam aposentados, em 1992, de-pois de anos dedicados a uma tecelagem, onde se conheceram, até que casaram e tiveram três fi lhas. Com a aposentadoria, po-rém, a renda da família caiu pela metade.Sem dinheiro em casa, passando necessidade, a mulher levan-tou numa manhã qualquer e avisou: vou procurar emprego. Frustrado com a situação que estava, cansado de tanto tentar em vão, o marido respondeu: “Pode ir porque eu não vou.”A mulher voltou para casa no fi m da tarde. Ao esposo, que espe-rava uma boa explicação, ela informou: “Comprei uma máquina de fazer sorvete.”Foi assim que começou a história da Sorveteria Urbana, a mais famosa de Votorantim.Hoje, Aparecido Silva fabrica 800 litros de sorvete por semana. Essa produção toda é vendida apenas no balcão da sorveteria.

Lideranças da emancipaçãoAparecido Silva via em Mathias Gianolla, Pedro Augusto Rangel e Laurindo Alves da Silva três líderes combativos que lutavam por um só ideal: a liberdade. Os dois últimos mencionados foram prefeito e vice-prefeito, respectivamente. A primeira eleição municipal em Votorantim ocorreu em 7 de março de 1965, confi rmando a vitória de Ran-gel como primeiro prefeito do município.“Nós, vanguardeiros, respeitávamos e fazíamos o que eles pe-diam para fazer”, recorda ele.

Cadastramento de vanguardeiroApós ter ciência do “Projeto Vanguardeiros”, Seu Cido compare-ceu ao Serviço Integrado de Informação ao Cidadão (CIIC), que funciona no saguão do Paço Municipal, para fazer cadastro e participar do desfi le, que será realizado no dia 8 de dezembro.Até o fechamento desta revista, mais de 200 pessoas haviam sido cadastradas para recebem no dia 1° de dezembro “Kit Van-guardeiros”, que tem camiseta do “Sim”, selo postal, carteira do movimento e a revista para homenagear cada um que ajudou Votorantim ser um município livre. Mais um motivo de orgulho para este empreendedor vanguardeiro.

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“Imperador das Telhas” é referênciano ramo em Votorantim e região

Desde que começou a trabalhar como vendedor na fábrica da Coca Cola, com 28 anos de ida-de, Sheizer Marcus dos Santos,

hoje com 40 anos, não parou mais. Tra-balhou na empresa de refrigerante por quatro anos. Tempo hábil para adquirir experiência e traçar novos caminhos no ramo das vendas.Logo depois, por indicação de um amigo, foi trabalhar na Cerâmica Vasatex, outro destaque no ramo dos telhados. A servi-ço da empresa para expor produtos da marca no Anhembi, em SP, um represen-tante de uma companhia no mercado de telhas disse a ele para trabalhar em outro lugar, com mais autonomia e, principal-mente, em uma empresa com mais força nas vendas.Dias depois dessa conversa, ele ligou para empresa Cerâmica Barrobello para conversar e saber da proposta de traba-lho. “Fui contratado e comecei a vender os produtos na região de São Paulo”, destaca ele. Ele fi cou um ano e meio na companhia.Em 2007, ingressou como representante comercial e, a partir daí, viu nessa carreira uma oportunidade de crescer em vários sentidos. Com toda essa bagagem, Santos sentiu a vontade de arrumar um espaço para divulgar os produtos das empresas. Em 2009, por indicação de seu pai, adqui-riu este local onde está até o momento. No começo, a ideia era apenas divulgar os produtos. Como viu que a área tinha um espaço bom, resolveu também vender telhas. Hoje, com dois anos de loja, se sente um homem mais realizado profi ssionalmente e experiente. “Tudo nessa vida há alguma difi culdade. Lidando com cada uma, nós crescemos e adquirimos mais competên-cia para lutar pelos ideais”, argumenta.

Imperador das TelhasNascido em Sorocaba, Santos é casado com Emília e pai de Gabriela. Mesmo sen-do um pai de família atuante, tem outra paixão como se fosse um ente querido: as telhas. Por essa dedicação, hoje é conside-rado referência em Votorantim e região e, até mesmo, em outros estados do país.Atualmente, a loja conta com 12 colabo-radores dispostos a satisfazer o que cada cliente necessita e um espaço grande para acomodar todos os materiais da empresa. Além disso, há três caminhões para que a entrega seja tranquila e rápida.A loja tem parceira com a Cerâmica Majo-pe, Cerâmica Taguatex, Climafoil, Lubian e Telha Branca, entre outras empresas.

Crescimento“Estamos crescendo junto com o muni-cípio de Votorantim.” É assim que Santos gosta de falar quando a loja vai bem nos negócios.Neste ano, ele traçou uma curva de cres-cimento de 60% em relação ao ano passa-

Empresa, especializada em telhas e madei-ras, está no mercado desde 2009do. “Fiquei surpreendido; nós crescemos mais que a expectativa. Alcançamos qua-se 85%”, explica.

TelhasA principal matéria prima da telha é ce-râmica, mas ela também pode ser pro-duzida em uma grande variedade de materiais, tais como: metal, vidro, plástico, entre outros elementos.Na “Imperador das Telhas” tem um acervo completo com uma diversidade de telhas. “Além de ser um espaço para venda, a empresa é também um ponto turístico. Há várias pessoas que olham, perguntam sobre cada tipo de telha”, ilustra o proprie-tário.

ChurrasqueiraPara um bom apreciador de carne verme-lha, o espaço é ideal quando o assunto é churrasqueiras, com equipamentos apro-priados para executar um bom churrasco. “Além da churrasqueira, tem um forno para assar pão, pizza e outros tipos de massa”, acrescenta ele, sobre os benefícios de cada equipamento da sua loja.

Madeira Para continuar mais forte e sólido no mer-cado da cidade e região, Santos resolveu entrar no ramo da madeira. Desde dezem-bro de 2010 ele está vendendo madeiras de qualidade e com certifi cado do Insti-tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Nós gostamos de trabalhar com tudo re-gularizado”, comenta ele, dizendo que as madeiras veem do Mato Grosso.

Serviço“Imperador das Telhas” está localizada na avenida Gisele Constantino, 222 - Parque Bela Vista. Mais informações sobre a loja e orçamento podem ser obtidas através dos telefones (15) 3243-8735 ou (15) 8122-7777 ou pelo e-mail [email protected].

Sheizer Marcus, proprietário da loja Imperador das Telhas

Loja tem de tudo em telhas, churrasqueiras, etc

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LEGENDA

“Ovos 2 Irmãos + 3” investeem qualidade, ganha mercado e simpatia dos clientes

“Votorantim aderiu a nossa marca, a cidade é a nossa base e suporte para o nosso crescimento”. É com essas palavras que o empresário Marcelo Amaro da Silva, dono da marca “Ovos 2 irmãos + 3” defi ne a relação da empresa com a cidade.

Marcelo Amaro conta com bom humor como a empresa come-çou: “Eu era funileiro e meu irmão, o Oesner, era quem vendia ovos, mas de porta em porta. Certo dia a demanda aumentou e ele precisava de um carro. Como eu comprava carros amas-sados e reformava, arrumei uma Kombi pra ele, mas não deu muito certo”. Ainda segundo Amaro, como o número de ven-das subiu consideravelmente, ele começou a trabalhar com o irmão, mas agora vendendo ovos em mercados. Assim surgiu a primeira empresa, a “Ovos Amaro”, ainda na década de 90.Em 2001, Marcelo resolveu abrir a sua própria empresa e focou em algo muito importante em todo negócio, a qualidade: “An-tes de fechar algum contrato com uma granja, eu mesmo vou visitar o local, checar como são tratadas as galinhas, onde elas fi cam, o que comem, tudo isso para garantir a qualidade dos ovos”.Ainda em relação a qualidade, Marcelo Amaro fala sobre como conquista pouco a pouco a preferência dos clientes: “É gradati-vo, tem que agradar a dona de casa, assim ela mesmo vai exigir do comerciante a nossa marca, por isso a preocupação pela qualidade”.Para aumentar as vendas, Marcelo usou outra forma muito co-nhecida e efi caz, a propaganda: “Para divulgar a marca, resol-vemos fazer um comercial de tevê. No primeiro falava mais so-bre os benefícios do ovo, já no segundo começamos a ‘bater’ a nossa marca e agora estamos preparando um terceiro, que tem Marcelo Amaro, dono da “Ovos 2 Irmãos + 3”

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uma pessoa conhecida aqui na região. Assim vamos divulgando a nossa marca, pensou em ovos, logo a dona de casa vai pensar em Ovos 2 Irmãos”, se entusiasma o empresário.A empresa “Ovos 2 Irmãos +3” é uma dis-tribuidora e trabalha ao todo com cinco granjas. Três delas fornecem ovos caipiras e outras duas fornecem ovos brancos. Os principais clientes da distribuidora são duas redes de supermercados em Soro-

caba e Votorantim. O volume de vendas vem aumentando, segundo Marcelo. O número aumentou em 250% em dois anos. Atualmente, são 100 clientes, mas Marcelo diz que esse número pode do-brar, pois alguns estabelecimentos rece-bem a carga duas vezes na semana, por causa do grande número de vendas.Mas Marcelo não se contenta com o atual momento da empresa. Ele busca objeti-vos maiores: “Agora o grande objetivo é

chegar até a região de Campinas e Jun-diaí, que é um grande mercado e depois investir em franquias, que é um mercado em expansão em todo o Brasil”. Outra idéia é investir em novos produtos deriva-dos, como o ovo em pó.A internet é um outro campo a ser explora-do. Por isso Marcelo mantém o site, mas ele quer mais: “O site me ajuda bastante, apre-senta a empresa, tem algumas receitas para a dona de casa, mas quero fazer ele mais funcional e inclusive fazer vendas online”.Sobre a concorrência, Marcelo diz que com o volume de vendas que a empresa atingiu, atualmente tem mais de 50% do que a as outras marcas.Pensando no futuro, o fi lho mais velho já está seguindo os passos do pai. Marcelo Lucas Amaro tem 17 anos já trabalha na empresa, “Meu fi lho treina os nossos ven-dedores; passei pra ele tudo o que aprendi e a minha imagem, pois os clientes novos podem não me conhecer, mas os clientes antigos me conhecem e alguns estão comi-go desde o início”, fala o orgulhoso Marcelo.Sobre o nome da empresa: “Ovos 2 irmãos + 3”, Marcelo diz que é simples: “Quando eu montei a empresa, fi z uma homena-gem aos meus fi lhos, o Marcelo Lucas e o Mateus, mas depois nasceram os gêmeos Odmar e Felipe e a caçula, a Lívia, então fi cou: “Ovos 2 Irmãos + 3”, fi naliza, com muito orgulho, Marcelo Amaro.

Serviço:Ovos 2 Irmãos +2Avenida: Luiz do Patrocíno Fernandes, N° 1037 – Rio Acima – Votorantim/SPTelefones: 3243-7373 / 3012-1906

Empresa prima pela higiene e qualidade na distribuição de seu produto

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Empresa que começou em família, ganha projeção nacional a partir de Votorantim

“Gosto do Brasil e sou apaixonado por Votorantim. Aqui me sinto seguro e sou feliz”, diz Watson da Costa Sou-za, 35 anos, diretor administrativo

da WCS, empresa especializada em peças para equipamentos de gastronomia e fa-bricação de resistências. A empresa começou quando Watson e o pai, José Cleto de Souza, resolveram montar uma fábrica para atender algumas empresas do setor de gastronomia e auto-mação industrial.Além da WCS, a família é dona de mais duas marcas, a WTS (especializada no co-mércio de peças) e a Tiwa do Brasil (impor-tadora de peças). Watson diz que gosta de onde vive, do país onde mora: “Quando visitei alguns países, vi que muitos são patriotas, e eu também sou, tanto que nas embalagens da Tiwa, faço questão de colocar as cores da bandeira do Brasil”. So-bre o nome da importadora Tiwa, Watson diz que vem do Tupi-Guarani e quer dizer “Abundância”.Atualmente trabalham ao todo, 57 fun-cionários, que estão nas três empresas e espalhados por seis prédios.A primeira empresa, a WCS começou pe-quena: “A família apostou na idéia e passa-mos por todos os percalços do início, mas agora já temos um fôlego para crescer ain-da mais”, diz Watson.

Sobre os objetivos a serem alcançados em um futuro próximo, Watson diz que quer melhorar a logística da empresa: “Nós esta-mos espalhados em seis prédios. São mais de 1.800 metros quadrados, o que difi culta

porque se precisa de um documento que está em outro lugar ou uma peça, acaba sendo complicado, mas estamos procuran-do uma área aqui em Votorantim para con-centrar as três empresas”, diz o empresário.

Watson Souza, da WCS, destaca estoque para pronta entrega como diferencial da empresa

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Watson vê isso como grandes oportunidade de negócios dois grandes eventos que vão agitar o Brasil e o mercado, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. “Nós trabalhamos com peças para equipamentos de gastronomia; en-tão, hotéis, restaurantes e padarias vão precisar de tudo funcio-nando perfeitamente. Esse é o nosso foco, assim vamos conseguir expandir e suprir essa fatia de mercado”.Em relação a Votorantim e a região, o diretor da WCS fala com oti-mismo sobre expansão imobiliária: “Votorantim e Sorocaba cres-ceram muito, vemos muitos condomínios vindo pra cá; com isso a cidade se valorizou e muito e nosso produto que saí daqui tam-bém ganhou valor”, diz Watson.A expansão das empresas é algo que deixa o empresário muito feliz. Durante a entrevista, ele mostrou os produtos embalados e as diversas cidades e estados para onde estavam sendo despacha-dos: “Eu envio peças para Contagem, em Minas Gerais; Taguatinga, no Distrito Federal; Salvador, na Bahia, e muitos outros lugares. Tanto que um vendedor nosso está embarcando para Londrina, no Paraná. Ele vai visitar uma das fábricas da Dixie Toga, que quer fazer um contrato de um ano de fornecimento de peças. Tudo isso aconteceu por causa do trabalho já realizado aqui em Votorantim”, completa Watson.O diferencial da empresa, segundo Watson, é manter um estoque para a pronta entrega, “As empresas precisam de algo ágil, rápido e com qualidade; por isso ganhamos um bom mercado nacional-mente”.Não é apenas a preocupação com as peças e equipamentos, mas com os funcionários também, a fábrica mantém um refeitório para os funcionários, “O almoço é feito aqui, assim eles podem almoçar sem problemas, do contrário eles teriam que trazer a marmita que teria quer feita na madrugada ou no dia anterior e esquentada, sa-bemos que isso também pode infl uenciar no bom andamento do trabalho”, fi naliza Watson.

Serviço:WCS – Indústria de Resistências Elétricas e Distribuidora de PeçasRua: Anália Pereira, N° 14 – Vila Pedroso – Votorantim/SPTelefones: 3242-2274 / 3242-77657 / 3242-1055

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“Tudo que tenho hoje é graças a Votorantim”

Cláudio Roberto Fortes Rocha e Sil-va é um exemplo vivo do quanto Votorantim pode ser próspera e acolhedora. Nascido em Santos,

este dentista de 44 anos se diz inseparável da cidade que o acolheu há 20 anos.“Sou apaixonado por Votorantim. É uma cidade grande, mas que no fi m de semana tem tranquilidade, além de ser aconche-gante e acolhedora”, ele descreve. Como a própria citação sugere, mesmo no fi m de semana, Cláudio não se vê longe da “Ca-pital do Cimento”, que é onde ele relaxa e curte os momentos de folga. Um de seus programas favoritos de fi nal de semana é pescar no rio Sorocaba, na companhia do sogro, Carlos Valandro.O carinho que ele nutre por Votorantim não é a toa. Ele tem motivos mais do que especiais. “Foi aqui onde me realizei pro-fi ssionalmente e como pessoa. Em Voto-rantim, conheci a mulher da minha vida e minhas fi lhas nasceram aqui”, ele explica, fazendo menção à esposa, Cleide Valan-dro Rocha e Silva, e suas duas fi lhas mais novas, Giovanna, de 11, e Maria Eduarda, de 6 anos. Ele também é pai de Camila, 22 anos, fi lha de seu primeiro casamento.Votorantim também foi responsável por outra grande paixão de sua vida. Ela cha-ma-se Votoraty Futebol Clube. “O Votoraty

foi meu segundo time”, diz Cláudio, que é santista. Mas ele admite que suas priori-dades poderiam até mudar, caso a agre-miação votorantinense jogasse contra o Santos. E houve uma chance – remota, mas não impossível – de isso acontecer. Foi na Copa do Brasil de 2010, em que o Votora-ty foi eliminado pelo Grêmio na segunda

fase. Se continuasse na competição e con-seguisse desbancar também Fluminense, em seguida, o adversário na semi-fi nal se-ria justamente o Peixe. “Cheguei a brincar que, se jogasse contra o Santos, torceria pelo Votoraty.”A história do Votoraty foi acompanhada de perto por Cláudio, junto da “Geração Voto-

raty”, conhecida por ser a mais familiar das torcidas organizadas do time votorantinense, com 60 membros. Cláudio foi um dos fundadores desta torcida, ao lado de Júlio Andreoti (presidente), Rodrigo Damasceno, Eduardo Azevedo e Reinaldo Duarte.Embora o time tenha sido extinto, em abril do ano passado, de-pois de cinco anos intensos, o amor que Cláudio tem pelo Votora-ty nitidamente não desapareceu. “Me arrepia falar do Votoraty. Me signifi ca toda uma história.”Cláudio teve grandes alegrias assistindo aos jogos do Votoraty no Estádio Municipal “Domenico Paolo Metidieri”. “Já vi jogo no Morumbi, na Vila Belmiro. Pra mim, não tem lugar melhor que o ‘Domenico’”, ele diz. Apaixonado por futebol, ele também assiste aos jogos do varzeano, junto dos cunhados, Nilson e Claudinei Valandro.

Carreira profi ssionalNascido em Santos/SP, depois de cursar a faculdade de odonto-logia em Taubaté, Cláudio veio a Votorantim em 1991, quando começou na clínica Prodonto, que fi cava na rua Eduardo Prado, no centro. Posteriormente, ele fundou o Centro Odontológico de Votorantim (COV), junto de mais três dentistas, Cláudia Paes Mo-ron, Edilson Valente Jorge e Valdir Moron Urquiza.Em 1995, ele e Valdir abriram consultório na avenida 31 de Março. Em 1997, Cláudio se mudou para Tiradentes/MG, onde fi cou ape-nas um ano. Em 1998, voltou a Votorantim e abriu o consultório onde atende até hoje, na avenida 31 de Março.Claudio também está há três anos na rede municipal de saúde. Ele atende na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Nova Votoran-tim e participa de um projeto do Departamento de Odontologia da prefeitura, pelo qual atende às reeducandas da cadeia pública feminina uma vez por semana no Jardim Archila. Coordenado por Wilson Gonçalves, o projeto também atende aos jovens do Re-canto Renascer. Na UBS da Vila Nova Votorantim, Claudio atende de 40 a 50 pessoas por semana. Ele também faz parte do conselho local de Saúde do bairro.O seu crescimento profi ssional e todas as pessoas que conheceu na cidade, entre elas sua esposa, fazem de Votorantim sua cidade do coração. “Tudo que tenho hoje é graças a Votorantim.”

Dr. Claudio atende paciente: “Sou apaixonado por Votorantim”

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Fundada em 1996, a JRA Empreendi-mentos e Engenharia Ltda. defi niu como seu objetivo inicial a cons-trução e a comercialização de uni-

dades habitacionais voltadas às classes “C” e “B”, tendo em vista o expressivo défi cit habitacional nesse segmento, registrado principalmente na grande São Paulo.Inicialmente, reunindo os capitais e a gran-de experiência profi ssional de seus sócios nas áreas de construção civil, administração de empresas e jurídica, iniciou suas ativida-des pelaconstrução do primeiro empreen-dimento com recursos próprios, em Cara-picuiba, SP, com 64 unidades habitacionais.Dando sequência aos projetos de Empre-endimentos Imobiliários, mas agora com parceria com a Caixa Econômica Federal, a JRA homologou seu “GERIC” para a co-mercialização de seus projetos através do Sistema Associativo da CEF, utilizando os recursos da FGTS.Para poder garantir a competitividade e esta dentro das normas e padrões de qua-lidade para atuar com a Caixa Econômica Federal, a empresa procedeu ainda todas as reformas administrativas, incluindo a im-plantação e implementação do Sistema Iso 9001:2000 e o PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade na Habita-ção) no escritório e em todas as suas obras.

JRA se destaca em empreendimentosimobiliários para população de classes “C” e “B”

Em 2006, agregando experiências adqui-ridas e a larga experiência e capacitação técnica de sua Diretoria, a JRA Empreen-dimentos e Engenharia Ltda. iniciou suas atividades em obras públicas, onde atua até hoje juntamente com os empreendi-mentos imobiliários.A JRA tem como fi losofi a a permanente preocupação com a satisfação de seus fornecedores, colaboradores e acionistas, implementando para tanto um Sistema de Qualidade, que visa proporcionar a melho-ria contínua de seus produtos e serviços.

Nas fotos, as obras de construção de moradias para projeto em Itapevi/SP.

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