32
CAMPINAS RECEBE SEU PRIMEIRO ÔNIBUS ELÉTRICO interbuss P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 5 3 | 1 9 D E J U L H O D E 2 0 1 5 Veículo elétrico foi apresentado durante as comemorações do aniversário da cidade FROTA DE FEIRA DE SANTANA É REPROVADA JOSÉ EUVILÁSIO MOSTRA O NOVO SISTEMA DE SP CAMPINAS RECEBE SEU PRIMEIRO ÔNIBUS ELÉTRICO

Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

CAMPINAS RECEBESEU PRIMEIROÔNIBUS ELÉTRICO

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 5 3 | 1 9 D E J U L H O D E 2 0 1 5

Veículo elétrico foi apresentado duranteas comemorações do aniversário da cidade

FROTA DE FEIRA DE SANTANA É REPROVADA

JOSÉ EUVILÁSIO MOSTRA O NOVO SISTEMA DE SP

CAMPINAS RECEBESEU PRIMEIROÔNIBUS ELÉTRICO

Page 2: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

Page 3: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

PEÇAS PARA BUSSCARPEÇAS PARA BUSSCAR

CONFIRA NOSSAS PROMOÇÕES!

ESPELHO RETROVISOR EXTERNO LE BUSSCAR MARTE MANUAL

R$ 1309,73

TORNEIRA SANITARIO BUSSCAR

R$ 170,00PORTA DIANTEIRA

PANTOGRAFICA LDBUSSCAR JUMBUSS 360

R$ 7419,00

LANTERNA PISCAAMARELABUSSCAR >01

R$ 37,23

Linha completa depeças de reposição Busscar.Confiram em nossa lojavirtual. Compre pela internet!www.apolloonibus.com.brRUA MÁRIO JUNQUEIRA DA SILVA, 1580JARDIM EULINA - CAMPINAS/SP

FONE: (19) 3395-1668NEXTEL: 55*113*14504

Page 4: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

NESTA EDIÇÃO

22

26 REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss14 ADAMO BAZANI

Colunistas | Invasão à faixas exclusivas tem aumento

6 NOSSA OPINIÃOPoliticagem e transporte não combinam

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana

22 A GRANDE MATÉRIACampinas recebe primeiro ônibus elétrico

16 PÔSTERBYD Lancaster, por Fábio Tanniguichi

18 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

24 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

TODA SEMANA

Brasil conhece seu primeiro elétrico

Cidade de Campinas ficará com as primeiras unidades dos ônibus da BYD

28 JOSÉ EUVILÁSIOColunistas | As mudanças no transporte de São Paulo

25

Page 5: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

ANO 6 | Nº 253 | DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 12h07 (S)EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

A GRANDE MATÉRIACampinas recebe primeiro ônibus elétrico

DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

Brasil conhece seu primeiro elétrico

Cidade de Campinas ficará com as primeiras unidades dos ônibus da BYD 13

Série será publicada a cada quinze dias

José Euvilásio explica o novosistema de transporte de SP

CIRCULANDO

22

Ônibus circulam em péssimo estado de conservação

Feira de Santana tem quasetoda a frota reprovada

TODA SEMANA

09

Linhas são cobertas por outras empresas da região

Paulotur enfrenta greve demotoristas e cobradores

TODA SEMANA

11

Número de autuações explode em São Paulo

Invasão à faixa exclusiva deônibus tem aumento de 60%

NOSSO TRANSPORTE

14

Artigo mostra que os motores estão cada vez melhores

Motores a diesel mostramgrande evolução recente

DEU NA IMPRENSA

19JOSÉ EUVILÁSIOColunistas | As mudanças no transporte de São Paulo

Page 6: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOFelipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos en-viadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo dis-ponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.revistainterbuss.com.br. Por esse mo-tivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um aler-ta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para [email protected] e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado.

CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de coluni-stas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte na-cional, sempre para trazer tudo para você em primei-ra mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Por-tal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integran-tes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidam-ente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que dis-ser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em con-tato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A politicagem que assola as decisões mais importantes em relação ao convívio das pessoas é um problema crônico no Brasil e que tem dado mostras de piora. Na semana passada aconteceu um fato que teve repercussão positiva nacional,porém nos bastidores as coisas não são tão boas assim. A cidade de Campinas apresentou a primeira unidade de ônibus elétrico para operação no sistema municipal de transporte. O veículo, fabricado pela BYD, que está concluindo sua unidade fabril na mesma cidade, custa R$ 400 mil, mais R$ 1 milhão de bateria que deve ser trocada a cada cinco anos. Em notas e discur-sos os políticos da cidade, incluindo o prefeito Jonas Donizette, falaram sobre os benefícios do novo veículo, principalmente a redução da emissão de polu-entes, fez uma verdadeira micareta em cima do ônibus, que inclusive já está com a pintura da Itajaí Transportes Coletivos e até com o número de ordem sequencial da frota da empresa. A prefeitura ainda informou que as dez uni-dades previstas deverão estar nas ruas de Campinas dentro de no máximo 90 dias, prazo este também para a instalação de um posto de recarga das baterias dentro da garagem da Itajaí. Primeiramente, quem acompanha o sistema de transporte público de Campinas, não viu muita novidade na apresentação desse ônibus pois nas últi-mas semanas ele foi visto circulando pelas ruas da cidade, já que estava sendo finalizado. A diferença é que esse veículo estava com a pintura da Onicamp Transportes, empresa do mesmo grupo da Itajaí, e ostentava o prefixo 0000. As pequenas falhas na pintura foram notadas de pronto pelos presentes, pois o azul escuro estava à mostra por baixo do vermelho em alguns espaços, sobre-tudo nos cantos. Mas enfim, o problema está no fato da prefeitura anunciar algo que ainda está em negociação. Em todo o Brasil a repercussão foi muito positiva, com todos os veículos de comunicação envolvidos anunciando que Campinas era a primeira cidade do país a receber os veículos elétricos da BYD, porém não foi dito que os carros ainda estavam em negociação, justamente por conta do alto custo das baterias. Além disso, ainda há a necessidade da instalação de um ponto de recarga por conta da CPFL, que é a concessionária dos serviços de distribuição de energia elétrica na região de Campinas. E se a negociação não avançar, o que a prefeitura irá fazer? Irá anunciar na im-prensa que houve um fracasso na venda dos ônibus? Não seria mais interes-sante esperar que as negociações avançassem para que fosse feito o anúncio? Uma situação similar aconteceu em Curitiba há algum tempo atrás, quando a prefeitura local anunciou a compra de vários veículos híbridos para o sistema de transporte público local, e as empresas ficaram sabendo que teriam que fazer esse investimento apenas após o anúncio do prefeito. Sentindo-se pres-sionados pela situação, acabaram comprando os veículos e lançaram os custos operacionais na tarifa, algo que hoje está em discussão e que pode levar os híbridos para dentro das garagens, já que ninguém quer carregar esse ônus nas costas. Os políticos deveriam se preocupar em melhorar a infraestrutura ao invés de interferirem em setores que não lhe diz respeito, como as negocia-ções de empresários com encarroçadoras, já que cada uma faz a compra que deseja, sempre de acordo com o que é obrigatório. A interferência política leva muitos males ao transporte público e mais atrapalha do que ajuda.

A politicagem queatrapalha o transporte

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

Page 7: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

A IMAGEM MARCANTE

Joinville, SCSexta-feira, 17 de julho de 2015

As empresas operadoras do transporte coletivo urbano deJoinville entregaram dez unidades de Marcopolo Viale BRS sobrechassis Volksbus 17.280 OT Piso Baixo. Os novos veículos fazemparte do programa de renovação da frota de ônibus da cidade.

Foto: Divulgação Prefeitura de Joinville

Page 8: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

MP reprova quase toda a frota de Feira de Santana

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) entrou com uma ação na Justiça pedin-do a renovação imediata da frota de ôni-bus urbanos de Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador. Segundo o MP, quase 100% dos ônibus vistoriados não têm condições de circular pela cidade. O principal problema apontado pelos pas-sageiros é o sistema de freios. Na semana passada, a prefeitura e as empresas que prestam serviço de trans-porte coletivo urbano em Feira de Santana foram acionadas na Justiça pelo MP-BA, que realizou inspeção em 186 veículos e reprovou 184. Diante do resultado, o órgão quer que os ônibus sejam substituídos com urgência. O mecânico Adenervaldo Almei-da, que pega quatro ônibus para ir e voltar do trabalho e gasta mais de R$ 10 por dia com o transporte, os veículos não têm qualidade e, principalmente, segurança. Segundo ele, que já trabalhou empresas de ônibus, os proprietários dos veículos não fazem manutenção adequada no siste-ma de freios. Outra usuária do sistema reclama das condições precárias dos veículos. “Ban-cos quebrados. Tem ônibus que está com os vidros quebrados. Já cheguei a subir em ônibus sem janela e no dia estava cho-vendo”, denuncia a auxiliar administrativo, Virgínia Carvalho. Na estação do transbordo de Feira de Santana, foram encontrados veículos com pneus rasgados, janelas e volantes quebrados. O motorista Benedito Boaven-tura diz que tem medo de trabalhar. Se-gundo ele, os carros apresentam pro-blemas com frequência, principalmente no sistema de freios. “É carro faltando roda, soltando freio, sem limpador, com vidro quebrado. A situação está feia”, diz. Em apenas uma semana, dois ôni-bus se envolveram em acidentes na cidade. No último dia 10 de julho, um veículo que faz a linha para o povoado de Terra Dura bateu em um poste após perder o freio. Apesar do carro estar lotado, ninguém se feriu. Quatro dias depois, outro ônibus quase invadiu uma oficina da rua no bairro Sobradinho. As causas do acidente são desconhecidas, mas

há suspeitas de que o veículo também teve problema no sistema de freios. O juiz Roque Rui Barbosa de Araú-jo, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Feira de Santana, diz que ainda está analisando o pedido do MP-BA. A secretaria de Trans-porte de Feira informou que uma licitação

foi aberta para contratar novas empresas, mas no mês de março o Tribunal de Justiça suspendeu a licitação. O sindicato das em-presas de ônibus alega que tem enfrentado dificuldades financeiras porque faz muito tempo que não tem reajuste no valor das passagens.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Bahia

G1 Bahia | Notícias

interbuss | 19.07.201508

PRECÁRIO Ônibus de Feira de Santana estão em péssimo estado. Fotos: G1/AratuOL

Page 9: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

19.07.2015 | interbuss 09

Licitação de alternativos gera protestos em Manaus

Amazonas

Na próxima semana, as coopera-tivas dos transportes executivos e alter-nativos devem decidir se realizarão uma manifestação em protesto contra dois itens do edital de licitação para a concessão do serviço do transporte na capital. O entendi-mento é que eles prejudicam as cooperati-vas. A entrega dos envelopes com as propostas encerrou e a abertura deles está prevista para o dia 23 deste mês, no Diário Oficial do Município (DOM). De acordo com a presidente da Federação das Cooperativas de Transportes (Fecootran), Walderiza Melo, após a divulgação do primeiro envelope, a categoria reunirá para decidir quais os pró-ximos passos que vão adotar. A presidente explicou que no edi-tal há dois itens que deve prejudicar os per-missionários que estão participando da lici-tação. Esses itens são: o tempo de carteira assinada e a pontuação de 24 meses na Car-teira Nacional de Habilitação (CNH). Walderiza informou que os mo-toristas que trabalham há tempos com os alternativos e executivos são autônomos, logo não possuem carteira assinada. “Como o certame é público, muitos motorista que trabalham vinculado a empresas que pres-tam serviço ao serviço de transporte públi-co estão também concorrendo com a nossa categoria, e ficam beneficiados com esses itens”, reforçou. Sobre os 24 meses sem pontua-ção na carteira a presidente do Fecootram explicou que a categoria também ficará prejudicada. “Os outros candidatos quando recebem uma infração, toda pontuação e as multas são destinadas para a empresa, então fica mais fácil de eles não terem pon-tos na carteira”, explicou. Por causa desses dois itens, o edital para a licitação da concessão do serviço do transporte alternativo e executivo foi sus-penso três vezes pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O primeiro envelope da licitação contém os documentos como habilitação, certidões e outros documentos que devem ser julgados os itens no qual a categoria está reivindicando. “Depois da divulgação deste resul-

tado, que novamente iremos nos reunir para decidir quais os procedimentos que vamos adotar daqui pra frente”, disse a presidente. Walderiza explicou que caso os motoristas antigos não sejam contempla-dos com o certame é provável que a popu-lação fique por um período de nove meses sem os alternativos e executivos. “Claro que quem deve sofrer mais é a população sem o transporte, mas a nossa categoria também se preocupa de ficarem desempregados”, detalhou.

SMTU lutou para fazer certame O superintendente Municipal de Transportes Urbanos, Pedro Carvalho, disse que lutou muito para liberar a licitação para os dois sistemas no Tribunal de Contas do Estado e que a realização dela vai garan-tir um melhor controle do transporte em Manaus, além de oferecer melhores serviços aos usuários. Em conversa com Carvalho, a presi-dente da Fecootram informou que o mesmo chegou a entender o pedido da alteração dos dois itens do edital, mas informou que a responsabilidade agora seria da Justiça. Walderiza contou que no momen-to em que foi entregar seus envelopes para a licitação relembrou quando decidiu entrar na linha dos alternativos. “Sempre imaginei que este meio de transporte seria uma das

soluções para o trânsito de Manaus, por isso investi tudo o que podia para comprar meu micro-ônibus, até vendi a minha casa e fui morar de aluguel”, contou. A presidente até informou que neste edital, a SMTU solicitou que no prazo de 9 meses, todos os ônibus estejam circu-lando conforme o padrão da licitação. “So-mos a favor da licitação”, disse.

Vagas O edital oferece 380 vagas, sendo 260 destinados para Alternativos e 120 para o Executivo. Até o momento em Manaus, circulam em média de 260 executivos e 200 alternativos.

Candidatos A entrega dos envelopes con-tendo as propostas dos candidatos foram entregues até a última segunda-feira. A Su-perintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) informou que recebeu documentos de mais de 700 proponentes.

Prazos Após a avaliação dos envelopes de habilitação, será publicada no Diário Oficial do Município (DOM) a lista dos aprovados para a segunda fase do processo licitatório e em seguida, inicia um prazo de cinco dias úteis para a interposição de recursos.

A Crítica | Notícias

DESACORDO Perueiros discordam de pontos do edital. Foto: A Crítica

Page 10: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

TODA SEMANA

Debate: Bicicletas podem circular pelos corredores?

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

A discussão de ciclistas usarem ou não o corredor de ônibus vai muito além do que diz a lei. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os motoristas, motoci-clistas e ciclistas não podem usar a faixa da direita, quando ela é exclusiva a determina-dos tipos de veículos, como os ônibus. Mas em determinadas vias de Blumenau, como a Avenida Martin Luther, ruas São Paulo e Engenheiro Paul Werner, o ciclista não tem outra opção: ou ele vai andar no corredor ou na calçada, onde também é proibido. Segundo o diretor de Trânsito do Seterb, Lúcio Beckhauser, deveria existir calçada compartilhada onde há corredores, mas isso não ocorre na prática: — Tudo depende do planeja-mento viário. Mas, em regra, deveria haver espaço para ciclistas onde houver corredor. Eu vejo claramente que a regra não permite ciclistas no espaço exclusivo dos ônibus, mas acho que este debate é salutar e impor-tante ao município. É comum ciclistas usarem o corre-dor como rota alternativa. Douglas Fernan-do Nunes, 24 anos, é um deles. Ele pedala cerca de 70 quilômetros por dia e conta com a boa vontade do motorista para divi-dir a pista com os ônibus, já que não anda nas calçadas, que geralmente são estreitas. Para o instrutor de motoristas de ônibus da Auto Escola Itoupava Norte, Christian Luis Koch, andar no corredor não é correto, mas se tolera em função do risco que o ciclista teria ao pedalar entre o cor-redor e a pista: — O ciclista deve se comprometer também no trânsito. Estar visível, não fazer manobras bruscas no corredor, se usá-lo. É sempre bom lembrar que o maior deve proteger o menor e essa hierarquia deve ser respeitada no trânsito.

O QUE DIZ A LEI - É proibido transitar na faixa ou pista da direita, quando essa é exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto quando o veículo quer acessar imóveis que ficam às margens da via ou quando quiser fazer conversões à direita. - É infração deixar de guardar a dis-tância lateral de 1,50 m ao passar ou ultra-passar bicicleta.

- Motoristas devem reduzir a veloci-dade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar ciclistas. - É permitido transitar de bicicleta em vias de trânsito rápido ou rodovias a-penas onde houver acostamento ou faixa de rolamento. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro

ENTREVISTA: JOSÉ CARLOSBELOTTO, PROFESSOR DA UFPR José Carlos Belotto é professor e coordenador do programa Ciclovida da Universidade Federal do Paraná. Ciclista e envolvido em associações pró-ciclovias no Brasil, Belotto defende o compartilhamento de ciclistas nos corredores de ônibus, caso não haja estrutura exclusiva para bicicletas, o que já acontece em Curitiba e em cidades da Europa.

Por que você defende o uso dos corredores de ônibus pelos ciclistas? No corredor só trafegam motor-istas profissionais, e isso já representa um ganho ao ciclista que está dividindo a pista. Normalmente, o volume de tráfego é menor do que nas outras vias e o pavimento pode ser melhor do que nos demais pontos. Só não defendo este compartilhamento de uso quando o ciclista tem uma infraestrutura exclusiva a ele na rua. Se não tiver, acredito

que é perfeitamente viável e lógico o com-partilhamento. O ciclista se sente mais se-guro do que se for andar no bordo da pista dividindo espaço com outros carros.

Como você vê a relação de ciclistas e motoris-tas de ônibus no trânsito? Às vezes falta treinamento para o motorista de ônibus. E não apenas para eles, mas para todos os motoristas que tran-sitam nas cidades. Eles geralmente encaram a bicicleta como algo que está estorvando o trânsito. Na realidade, o ciclista está auxili-ando, já que se houvesse um carro no lugar dele estaria ocupando mais espaço na via. Há uma cultura de que se o motorista tiver que esperar atrás de um carro, ele vai ter de aguardar, mas se ele tiver de reduzir a velo-cidade por causa de uma bicicleta, as pes-soas já se revoltam.

E o ciclista em relação aos ônibus? A mesma educação no trânsito que falta para os motoristas falta para o pedestre e para o ciclista. Tem de haver um investimento a longo prazo de educação e também na própria questão da fiscalização. As cidades foram crescendo, os espaços nas ruas diminuindo e a paciência tam-bém. Acho que a bicicleta tem este símbolo de modelo de cidade mais humana, mais ecológica.

Santa Catarina

Diário Catarinense | Notícias

NA FAIXA Para especialistas, bicicletas andam mais seguras em corredores. Foto: RBS

interbuss | 19.07.201510

Page 11: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

Paulotur segue em greve; SantoAnjo e União cobrem linhas

19.07.2015 | interbuss 11

Notas Rápidas

Após reunião nesta quinta-feira (16) com empresas de transporte rodoviário da Grande Florianópolis, o Deter (Departa-mento de Transportes e Terminais) definiu horários fixos para linhas da Paulotur com-prometidas pela greve de motoristas e cob-radores da empresa. Os horários vão atender o serviço de transporte público nas cidades de Garopaba, Paulo Lopes e Palhoça. Na noite de quinta, 23 horários de quatro linhas foram anunciadas. Durante a manhã desta sexta feira, outros 18 itinerários via bairro também serão restabelecidos, se-gundo o Deter. O presidente do órgão, Fúlvio Rosar Neto, espera que até segunda feira (20) todas as 14 linhas sejam asseguradas. Além dos trajetos iguais, os pontos de partida e chegada das linhas também

serão mantidos. Em todos os trajetos serão mantidos os preços que eram executados pela PauloTur .

Greve A greve da empresa de ônibus Paulotur, com linhas em Palhoça, Garopaba e Paulo Lopes continua, sem previsão para terminar. De acordo com o diretor do Sin-traturb, Dionisio Linder, a reunião será so-mente entre os trabalhadores já que não há acordo com a empresa Paulotur. Os trabalha-dores exigem o pagamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), reajustes no vale alimentação entre outros benefícios. As empresas Santo Anjo e União disponibi-lizaram transporte no mesmo valor ofertado pela empresa Paulotur. Vans também circu-lam com o mesmo preço dos ônibus, que aceitam o pagamento apenas em dinheiro.

Notícias do Dia | Notícias

ANTT realizaoperação contra clandestinos

Em virtude da visita do Papa Fran-cisco à Bolívia e ao Paraguai, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizou, entre os dias 7 e 13 de julho, a Operação Papa 2015. O foco foi o transporte internacio-nal de passageiros nas fronteiras do Paraná e do Mato Grosso do Sul. O objetivo da operação foi garan-tir a segurança e condições adequadas aos peregrinos e demais passageiros que se deslocaram do Brasil por meio do transporte rodoviário. De acordo com dados da ANTT, foram fiscalizados 246 veículos, sendo que 39 foram autuados. A ação ainda inibiu a prática de transporte clandestino a quase zero durante o período da operação. Além disso, foram aplicadas medi-das administrativas de transbordo e reten-ção de veículo com irregularidades até que problemas mais graves, como a ausência de seguros, fossem sanados pelas prestadoras do serviço. Os 20 agentes da Agência que par-ticiparam da Operação Papa 2015 atuaram em Terrenos e Mundo Novo (MS), em Santa Terezinha de Itaipu e na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), trechos que registram um grande fluxo de veículos coletivos nas zonas de fronteira com destino aos locais das celebrações com o Santo Padre. A Ponte da Amizade foi o local com o maior número de veículos fiscalizados, to-talizando 159. Destes, 24 autos de infração foram lavrados. Foto: ANTT

Agência CNT | Notícias

Tarifa sobe para R$ 2,65 em Natal A tarifa de ônibus municipal em Natal vai subir para R$ 2,65. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (17) durante a reunião do Conselho Municipal de Trans-porte e Mobilidade Urbana. A Secretaria

de Mobilidade Urbana (STTU) informou que a intenção é colocar o reajuste de 12,7% em vigor na próxima segunda-fei-ra (20). O novo valor da tarifa não agra-dou ao Seturn, que pleiteava um aumen-to para R$ 2,90.

A secretária Elequicina Santos, titular da STTU, afirmou que “o reajuste é necessário para o reequilíbrio financeiro do sistema de transporte”. Desde o dia 27 de julho de 2014 o valor da tarifa de ôni-bus municipal na capital potiguar é R$ 2,35.

G1 RN | Notícias

Page 12: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

Novos ônibus a hidrogênio começam a operar em SP

Três novos ônibus Marcopolo Viale BRS, movidos a hidrogênio, estão realizando o transporte urbano na Grande São Paulo, no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD), inclusive no trecho Diadema/Morumbi. Os veículos fazem parte do pioneiro Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio. Segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo, o Bra-sil é o primeiro país do hemisfério sul a produzir um ônibus movido a hidrogênio. “Apenas Alemanha, Canadá, Estados Unidos e, agora o Brasil, possuem a capacidade de produzir este tipo de veículo. O grande de-staque é que, graças ao trabalho da engen-haria da Marcopolo, o veículo tem a mesma capacidade de passageiros que um modelo convencional a diesel, o que o diferencia de outros movidos a combustíveis limpos, onde a capacidade é bastante reduzida”, explica o executivo. “Hoje a Marcopolo está preparada tecnologicamente para produzir carroce-rias para todos os tipos de ônibus movidos a energias alternativas. Já desenvolvemos unidades para veículos elétricos, híbridos, a etanol, a gás e a hidrogênio. O modelo para a cidade de São Paulo se destaca pelo baixo nível de ruído emitido, conforto e pela emissão zero de poluentes”, revela Corso. Paulo Corso considera que o Projeto

Ônibus Brasileiro a Hidrogênio é mais um pas-so importante para consolidar a vocação do país para o uso de combustíveis renováveis. “A Marcopolo é parceira tradicional em projetos de energia limpa e procura colaborar para um planeta mais sustentável”, acrescenta. Lançado em novembro de 2006, o Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio consistiu na operação e manutenção de quatro ônibus com célula a combustível a hidrogênio. O pro-jeto envolve ainda a instalação de uma estação de produção de hidrogênio por eletrólise a par-tir da água e abastecimento dos ônibus, além do acompanhamento e verificação do desem-penho desses veículos, no Corredor Metropoli-tano ABD (São Mateus - Jabaquara). O projeto totalmente brasileiro foi cumprido sob contrato de pesquisa finan-ciado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com recursos do Global Environment Facility – GEF e da Agên-cia Brasileira de Inovação - FINEP, por meio do Ministério de Minas e Energia. O consór-cio fornecedor dos veículos e da estação de produção e abastecimento de hidrogênio é formado pelas empresas Ballard Power Sys-tems, EPRI International, Hydrogenics Corpo-ration, Marcopolo, Petrobras Distribuidora e Tuttotrasporti. VIale BRS Com 13.200 mm de comprimento, o ônibus Marcopolo Viale BRS tem capacidade

............................................................................................................

Da Marcopolo | assessoria

interbuss | 19.07.201512

para transportar 27 passageiros sentados e 42 em pé. O veículo conta com sistemas de ar-condicionado e de audiovisual com moni-tores no salão de passageiros e corredores mais amplos, que aumentam o conforto e a segurança dos usuários. Possui ainda espaço para cadeirante, com cadeira adicional para o acompanhante, e rampa de acesso. Energia limpa O ônibus possui tração elétrica hí-brida (motor elétrico alimentado por célula de combustível a hidrogênio + baterias), com autonomia de 300 quilômetros. Além disso, dispõe de sistema de recuperação de energia das frenagens. O processo de propulsão funciona da seguinte forma: o hidrogênio reservado nos tanques é introduzido na célula, onde passa por um processo eletroquímico que produz energia elétrica pela agregação do hidrogênio com o oxigênio do ar, gerando água como subproduto. Essa energia elétrica é armazenada em baterias que alimentam o motor elétrico de tração (similar ao de um trólebus), instalado no eixo traseiro, que gera energia mecânica e movimenta o veículo. O sistema de célula a combustível não produz nenhum tipo de poluente. É dife-rente dos ônibus de motor a diesel, no qual a energia térmica é transformada em energia mecânica, ao mesmo tempo em que o com-bustível queimado gera resíduos poluentes.

TODA SEMANAGrande ABC

Concorrente direto de outras empresas que já estão no mercado há mais tempo, o Move Mais promete facilitar a vida dos caminhoneiros

Page 13: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

19.07.2015 | interbuss 13

AutoSueco São Pauloinaugura sua nova matriz

Mercado

A nova matriz da Auto Sueco São Paulo oferece o que há de mais moderno em instalações para ônibus e caminhões. São 26 boxes instalados em uma área de 21.000 m² que contam com equipamentos capazes de diagnosticar quaisquer prob-lemas mecânicos de modo a garantir rápido atendimento e tratamento diferenciado aos clientes e seus veículos. A matriz, inaugurada em maio deste ano, está realocada na Estrada Turísti-ca do Jaraguá, 209, saída 14 da Rodovia An-hanguera. A Anhanguera é uma das princi-pais rodovias de acesso à capital e interior, o que facilita a chegada e a saída dos veículos. As novas instalações modernas e maiores compreendem 6.300 m² de área construída e cerca de 10.000 m² de pátio. A estrutura possui seis boxes PIT STOP, locais exclusivos para troca de óleo que reduzem o tempo de parada do caminhão ou ônibus na oficina. É compromisso de a concession-ária realizar a troca de óleo em 50 minutos

Auto Sueco | assessoria ou o cliente não paga o serviço agendado. No local, além disso, há atendimen-to personalizado, como venda de veículos novos e seminovos, venda de pneus, peças, planos de manutenção e serviços de pós-venda. Aliado a isso, as instalações contam com profissionais que passam periodi-camente por programas de formação de mecânicos e mecatrônicos. Referência em pós-vendas A nova matriz da Auto Sueco tem contribuído ainda mais para o crescimento da rede, que obteve expansão de 33% so-mente no ano passado. As novas instalações traduzem os investimentos em moderniza-ção que fazem a concessionária manter sua referência no pós-vendas de ônibus e caminhões. O pós-venda, além de contar com a modernidade da matriz, ganha reforço também com a atualização constante dos colaboradores que têm em mãos novas tec-nologias e sistemas de diagnósticos. Este investimento em estrutura tem garantido,

Vinte e seis boxes instalados em uma área de 21.000m² fazem parte da novamatriz da concessionária Volvo na cidade de São Paulo, localizada na SP-330

sobretudo, rapidez e qualidade por meio de soluções personalizadas de atendimento. ServiçoMatriz Auto Sueco São PauloEndereço: Estrada Turística do Jaraguá, 209 – Vila Jaraguá – São Paulo – SPHorário de funcionamento: seg. a sex. das 7h30 às 18 horasSábado das 8h00 às 17h00Domingo não há expediente Sobre a Auto Sueco São Paulo A Auto Sueco São Paulo é empresa do Grupo português NORS, grupo este que atua no Brasil desde 2007 e mantém opera-ções em mais 14 países, na América do Norte, América Central, Europa, Ásia e África. A Auto Sueco São Paulo, com nove unidades e um posto de atendimento, é referência no pós-venda qualificado e de-tém exclusividade de comercialização e serviços de caminhões e ônibus Volvo da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Região de Campinas e Baixada Santista.

Page 14: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

interbuss | 19.07.201514

A partir do dia 06 de agosto de 2015, uma quinta-feira, entra em vigor um novo sistema de bilhetagem eletrônica nas linhas de ônibus metropolitanas integradas que atendem Curitiba e treze cidades vi-zinhas que formam a RIT – Rede Integrada de Transporte. Com isso, o cartão da URBS não será mais aceito nos ônibus, terminais e estações para os deslocamentos metropolitanos. Já os vales de papel vão ser aceitos até o dia 31 de dezembro deste ano, mesmo os que possuem validade impressa de 15/07/2015 a 31/08/2015. A implantação da nova bilheta-gem eletrônica é consequência do processo de separação financeira das linhas metro-politanas, de responsabilidade da Comec – Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, órgão do governo do Estado do Paraná, e das linhas municipais da capital gerenciadas pela Urbs – Urbanização de Cu-ritiba S.A., da prefeitura. A implantação do vale de papel foi uma medida de transição até a entrada em vigor da nova bilhetagem eletrônica. Segundo nota da Comec, o novo sistema de bilhetagem foi “negociada pelo governo estadual com as empresas de transporte e trará mais transparência e segurança para o sistema, que transporta diariamente mais de 460 mil usuários. Os custos da nova operação serão bancados exclusivamente pelas empresas sem ne-nhum acréscimo nas tarifas de ônibus.” A tecnologia será da Transdata e a gestão das vendas e operação fica a cargo da Metrocard, que representa as 17 empre-sas que atuam nos serviços metropolitanos. A Metrocard informou, também em nota, que “com o objetivo de oferecer total transparência ao poder público, vai disponibilizar à COMEC acesso à cópia fiel e irrestrita do banco de dados” Além de relatórios, o poder público vai poder moni-torar em tempo real os dados de comercia-lização dos créditos de passagens. Além das informações financei-ras, a tecnologia permite ao poder público controlar a frota, os horários, a velocidade, número de passageiros e número de isen-tos da tarifa. O presidente da Comec, Omar Akel, destacou em nota que toda informação será

Nova bilhetagem eletrônica nas linhas metropolitanas começano próximo dia 06 de agosto

integrada à base de dados do Estado pela Celepar, que é a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná – empresa pública. Todos estes procedimen-tos devem trazer transparência ao sistema. “A implantação da ferramenta é necessária após a desintegração do sistema com Cu-ritiba. Com diálogo e entendimento, con-seguimos avançar e ter um dos mais moder-nos sistemas de bilhetagem.”, disse Akel. A primeira via dos cartões transporte será dis-tribuída gratuitamente aos usuários através das unidades da Metrocard. O cartão será lido em todas as linhas de ônibus da Região Metropolitana de Curitiba.

APLICATIVO DE CELULAR COMINFORMAÇÕES EM TEMPO REALPARA O PASSAGEIRO O novo sistema adquirido pelas empresas de ônibus não se limita à bilheta-gem eletrônica. Com a tecnologia, será disponibili-zado gratuitamente para os passageiros um aplicativo para celulares, tablets e outros dispositivos móveis que vai informar em tempo real a previsão de chegada dos ôni-bus em cada ponto, os horários, a localiza-ção dos veículos e a pontualidade em cada linha. O aplicativo, segundo a Comec, deve estar disponível a partir de setembro, quando todos os cerca de 500 ônibus me-tropolitanos terão um novo sistema de GPS. Este sistema de geolocalização, além de fornecer dados para o aplicativo, vai transmitir informações às empresas como gasto com pneus, combustível e velocidade

dos ônibus. Assim, as empresas e a Comec poderão saber também em tempo real como está sendo realizada a dirigibilidade dos ônibus, por exemplo, se há excesso de velocidade, freadas bruscas e acelerações repentinas. Esse tipo de monitoramento diminui os custos de operação e aumenta a segurança e o conforto de motoristas, co-bradores e passageiros.

BIOMETRIA PARACONTROLAR GRATUIDADES Hoje um dos grandes problemas que dão impacto no valor das tarifas para os passageiros é o uso indevido de benefícios como gratuidades. A prática aumenta a evasão de re-cursos o que reflete em maiores custos no sistema. A nova tecnologia de bilhetagem eletrônica que entra em vigor no próximo dia 06 de agosto nas linhas da Região Me-tropolitana de Curitiba possui o sistema de biometria facial. Câmeras dentro dos ônibus, na região da catraca, vão captar a imagem do passageiro e comparar com o banco de dados da Comec e Metrocard. Se houver algum tipo de suspeita de irregularidade, o passageiro com direito à gratuidade que emprestar o cartão para outra pessoa pode ter o cartão cancelado e perder o benefício. Outros itens de segurança, como a possibilidade de resgatar os créditos de passagem em caso de roubo ou extravio do cartão também estão disponíveis no novo sistema de bilhetagem, segundo a Metro-card.

Cartão da URBS vale sóaté o dia 05. Já passes

de papel foram prorrogadosaté dia 31 de dezembro

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | [email protected]

COLUNAS

Page 15: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

19.07.2015 | interbuss 15

Apesar de já serem de amplo co-nhecimento da população de São Paulo, as faixas de ônibus na cidade continuam sen-do desrespeitadas por motoristas do trans-porte individual e por motociclistas. De acordo com dados da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, o número de multas por invasão a faixas de ônibus nos cinco primeiros meses deste ano chegou a 702.540 autuações. O total é 60% maior que o mesmo período de 2014, quando foram anotadas 434 mil 415 in-vasões. A invasão a faixas de ônibus é con-sidera infração leve, podendo resultar em multa de 53,20 com três pontos na CNH – Carteira Nacional de Habilitação.

Invasão a faixa de ônibustem crescimento de 60%no número de multas

Um projeto de lei aprovado pelo Senado e que depende de aprovação da presidente Dilma Rousseff prevê que a in-vasão a faixas de ônibus se torne infração gravíssima com multa de R$ 191,54 e sete pontos no prontuário do motorista ou mo-tociclistas. Veja mais detalhes do projeto de lei neste link: https://blogpontodeoni-bus.wordpress.com/2015/07/10/senado-aprovou-invasao-a-faixa-ou-corredor-de-onibus-pode-virar-infracao-gravissima/ A invasão a corredores, que ficam à esquerda ou no centro do tráfego ou são espaços delimitados por muretas e gradis, hoje é infração grave, com cinco pontos na CNH e multa de R$ 172,69. A cidade de São Paulo possui atu-

almente 480,3 quilômetros de faixas de ônibus à direita que desde 13 de setembro do ano passado são compartilhadas com os táxis com passageiros. Somente na gestão de Fernando Haddad, foram implantados 390,3 quilômetros desde janeiro de 2013. Antes a cidade tinha aproximadamente 90 quilômetros. O maior número de multas em relação ao ritmo de implantação de faixas que foi reduzido na comparação com o ano passado mostra que ainda a cultura da a-propriação da via por quem está no veículo de transporte individual continua forte e se manifesta em forma de desrespeito ao es-paço que é de preferência de quem se des-loca pelo transporte coletivo.

Apesar de já serem deconhecimento do motorista,

ainda falta respeito aosespaços destinados

ao transporte coletivo

NO MEIO Ônibus na Av. Paulista sai de faixa por causa de táxi que foi fazer a conversão à direita e ficou preso no trânsito da Rua Augusta

Page 16: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

interbuss FÁBIO TANNIGUCHIBYD LancasterBYD, em Campinas/SP

Page 17: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015
Page 18: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

Holanda constrói estrada com plástico reciclado

A cidade portuária de Roterdã, na Holanda, pode ser a primeira do planeta a construir ruas e estradas com plástico re-ciclado. A empresa VolkerWessels, maior construtora para obras de infraestrutura dos Países Baixos, apresentou a tecnolo-gia na semana passada. Trata-se de uma alternativa mais “verde” de pavimentação, considerando que o asfalto é responsável pela emissão de 1,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono anualmente, ou 2% de todas as emissões do transporte rodoviário. Além do imenso ganho ambiental, as vias plástico podem ser implantadas em semanas, apenas, reduzindo drasticamente o período de obras para a construção ou reforma das rodovias, avenidas e ruas. No entanto, os benefícios ainda vão além, ao considerar que a tecnologia de plástico oferece uma vida útil até três vezes supe-

rior em relação às estradas tradicionais, se-gundo a empresa. Dessa forma, o índice de manutenção e os gastos com essa serviço também despencam. As estradas de plásti-co serão mais leves e terão o seu interior oco, permitindo a instalação de tubulações e cabeamento de serviços públicos sob sua superfície. A tecnologia parece tão interes-sante, que a pergunta mais pertinente é: quando o produto será lançado comercia-lmente? A empresa VolkerWessels diz que o projeto ainda está em fase conceitual, porém, pretende entregar a primeira es-trada totalmente de plástico reciclado em três anos, na cidade holandesa de Roterdã, que já manifestou interesse. “O plastic road oferece várias vantagens em relação a es-truturas rodoviárias em uso atualmente, tanto na construção, quanto na manuten-ção de estradas”, afirmou Rolf Mars, diretor de Infraestrutura da VolkerWessels. “O potencial do conceito é

enorme. Neste momento estamos à pro-cura de parceiros para desenvolver o nosso piloto. Além de fabricante da indústria de plásticos, estamos pensando em indústria de reciclagem, universidades e outras insti-tuições de pesquisa. Estamos muito otimis-tas sobre o desenvolvimentos em torno do Plastic Road“, disse Jaap Peters, engenheiro da prefeitura de Roterdã.

Benefícios da Estrada de plástico- Estrada plástico consiste de 100% de ma-terial reciclado.- Construção modular, com partes pré-mol-dadas que são mais resistentes ao tempo e à abrasão.- Tempo de obras muito mais curto, poden-do ser entregue em semanas.- Vida útil até três vezes maior.- Menos manutenção, evitando engarra-famentos e/ou desvios para os motoristas.Estrutura oca, com espaço para cabos e tu-bos.

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

Do site | notícias

interbuss | 19.07.201518

Page 19: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

Artigo: O desenvolvimento dos motores a diesel Nas últimas três décadas, o desen-volvimento dos motores e veículos foi glo-balmente orientado para garantir o atendi-mento de limites cada vez mais exigentes das legislações de emissões de poluentes. Na vanguarda, os Estados Unidos e a Eu-ropa já se beneficiam com a melhoria da qualidade do ar de suas grandes cidades. Na última década, entretanto, a neces-sidade de controlar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa trouxe dois novos temas para a agenda do desenvolvimento automotivo: a eficiência energética e a ne-cessidade de se viabilizar soluções de uso de combustíveis alternativos e renováveis. Metas de longo prazo foram recentemente anunciadas pelo G7, grupo que coordena e alinha as políticas de desenvolvimento das sete nações mais ricas, deixando claro o caminho a seguir. Nos mercados emergentes, as políticas de redução das emissões de po-luentes e de gases de efeito estufa estão sendo adotadas com algum atraso frente aos mercados de vanguarda. Dentre os emergentes, destaca-se atualmente a Chi-na, que acelera a implantação de limites ar-rojados para em breve se igualar aos países mais avançados. No Brasil, para os motores do ciclo diesel, estamos alinhados com os emer-gentes: temos legislação de emissões de poluentes em vigor que está defasada em apenas uma etapa frente ao que se pratica atualmente nos mercados mais exigentes. Para equipamentos fora de estrada, es-tamos agora, pela primeira vez, emissio-nando os motores. Com relação a metas de consumo, não temos nada legislado ou concordado entre governo e indústria. Fica claro que, tanto em emissões como em eficiência energética, há um bom poten-cial para evoluir. Deste ponto de partida devemos definir a nossa agenda para acompanhar os progressos globais. É uma questão de competitividade conjuntural o País usar a melhor tecnologia conhecida para garantir o uso eficiente dos combustíveis. Entretan-to, a melhor tecnologia ainda não está dis-ponível aqui. A indústria vai certamente precisar de três a cinco anos para planejar

e realizar os investimentos necessários. Dessa forma, o painel “Tecnolo-gia Diesel e Sustentabilidade Ambiental”, do 12º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia de Motores Diesel, que será realizado em Curitiba, proverá informações sobre a evolução realista da disponibilidade dos combustíveis no Brasil e apresentará as tendências mundiais para a redução das emissões tóxicas e os ganhos de eficiência energética. O painel trará para discussões,

portanto, os elementos fundamentais para a composição da futura agenda brasilei-ra de emissões e eficiência energética aplicável aos motores de ciclo diesel.

* Mário Massagardi é engenheiro e mem-bro da comissão organizadora do 12º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia de Mo-tores Diesel, que será realizado nos dias 18 e 19 de agosto, no Teatro Positivo, em Curitiba.

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

19.07.2015 | interbuss 19

Transpo Online

Do site | por Mário Massagardi

Page 20: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

interbuss | 19.07.201520

DEU NA IMPRENSA

Volvo customiza VM para transporte de cana Próprio para aplicação fora-de-es-trada, a Volvo apresentou uma nova versão do modelo VM, desenvolvido em parceria com a Usina Santa Terezinha, pertencente ao Grupo Usaçúcar, que possui forte atuação no interior do Paraná e atua na produção de açúcar, etanol e energia. O caminhão está sendo empregado especialmente para as atividades de colheita e transbordo de cana-de-açúcar, com reconhecido aumento da produtividade da operação. Dessa forma, o novo VM 270 cv 6×4 rígido é usado para receber a cana e levá-la até os comboios maiores. Com as adapta-ções, o veículo faz manobras mais rápidas, possui custo de aquisição menor, opera com velocidades maiores e redução no con-sumo de combustível na comparação com os tratores agrícolas que tradicionalmente puxam um implemento para receber a cana ao lado da colheitadeira. “Ele se tornou a solução ideal no transbordo de cana-de-açúcar”, afirma Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil. Entre as adaptações necessárias para a operação em questão, a engenharia de vendas da Volvo decidiu implementar várias proteções para que os componen-tes (catalisador, injetor de ureia, válvulas pneumáticas e chave geral, além de feita a vedação e realocação do radiador do ar condicionado) componentes não ficassem sujeitos à poeira e a agressividade do ambi-ente por onde o caminhão se desloca, ten-do como objetivo diminuir a necessidade de manutenção. O modelo também recebeu alte-rações nas suspensões dianteira e traseira, maiores em 30 milímetros e 20 milímetros, respectivamente, além do maior ângulo de ataque. “Isso diminui bastante a probabili-dade de ocorrência de problemas na parte de baixo do caminhão provocados por re-síduos da colheita”, observa Ricardo Tomasi, engenheiro de vendas da Volvo no Brasil. A montadora também informa que os chicotes elétricos também tiveram seu comprimento aumentado, assegu-rando maior facilidade ao implementador na montagem do equipamento. O eixo tra-seiro também foi reforçado. O VM também conta ainda com bloqueio de diferencial, o que proporciona saídas suaves em terrenos

mais acidentados e escorregadios. Além dis-to, um sistema de bloqueio automático das rodas também foi montado. O VM que faz o transbordo, por e-xemplo, roda praticamente 24 horas por dia, parando apenas para abastecimento e troca de motorista. “Quanto menos avarias sofrer, maior disponibilidade o veículo oferecerá”, ressalta Francisco Mendonça, gerente de caminhões da linha VM. “O VM é a melhor opção para o transbordo de cana-de-açúcar. Este projeto realizado em parceria com a Usina Santa Terezinha foi muito importante para aumentar ainda mais a produtividade do transporte no setor sucroenergético”, completou. “A linha VM representa atualmente cerca de 40% da produção de caminhões da marca no País”, confirma Bernardo Fedalto, diretor de caminhões no Brasil do Grupo Volvo América Latina.

Usaçúcar – Sediado em Maringá, o Grupo Usaçúcar (Usina Santa Terezinha), que atua no setor sucroenergético, é um dos maiores exportadores de açúcar do Bra-sil, com 100% de sua produção destinada ao mercado externo. A companhia produz açúcar, etanol e energia de biomassa. O mau momento da economia na-cional também irá impactar o agronegócio, o principal pilar da economia brasileira. Da previsão de 64.041 hectares de plantio de cana-de-açúcar para 2015, apenas 34.456 serão confirmados pelo Grupo Usaçúcar. O Grupo conta com mais de 20.000 colaboradores nas 11 unidades industriais e agrícolas em que possui, sendo dez no Paraná e uma no Mato Grosso do Sul. Em 2013, a empresa exportou 1,52 milhão de toneladas de açúcar e 121,68 mil metros cúbicos de etanol. O faturamento naquele ano chegou a R$ 2,02 bilhões.

Transpo Online

Do site | notícias

Page 21: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

19.07.2015 | interbuss 21

Atacadista Mateus renova frota de caminhões com Mercedes

Transpo Online

O Armazém Mateus, maior atacadista da região Norte e Nordeste, in-vestiu na aquisição de 80 caminhões da Mercedes-Benz para ampliar a sua frota. Do total, as 50 unidades do modelo Atego 2426 6×2 já estão em operação, enquanto os demais 30 veículos, do modelo Atron

2324 6×2, estão em fase de implementação. A empresa maranhense também atua no varejo e no sistema misto conhecido como “atacarejo”. “Um grande diferencial de mercado da nossa empresa é a entrega de produtos aos clientes em, no máximo, 48 horas num raio de 300 a 400 km. Por isso, precisamos de caminhões robustos e resistentes para

cumprir este compromisso”, ressalta Ilson Mateus Rodrigues, presidente e fundador do Grupo Mateus. “Além disso, estamos muito satisfeitos com o custo operacional, a facilidade de manutenção, o custo/benefício e o pós-venda oferecido pelos concessionários Mercedes-Benz”, finali-za Rodrigues.

Do site | notícias

Hamburg Süd e Aliança ampliam atuação no Norte do país

Transpo Online

A partir da segunda quinzena de julho, as empresas Hamburg Süd e Aliança farão seis frequências a partir da Ásia, sen-do quatro para Manaus (AM) e duas com destino a Vila do Conde (PA). As viagens serão feitas através do Canal do Panamá e também englobarão o serviço de cabota-gem no Brasil, realizando o transbordo das mercadorias para agilizar o atendimento às cargas asiáticas importadas que têm como destino a Região Amazônica e o Pará. As companhias informam que, na Ásia, o serviço atenderá aos mercados da Coreia, China, Taiwan, Malásia e Cingapura, com escalas nos portos de Busan, Shan-gai, Ningbo, Qingdao, Hong Kong, Chiwan, Kaohsiung, Kelang e Cingapura. Também serão escalados os portos de Cristobal, no

Panamá; Port of Spain, em Trinidad Tobago; e Cartagena, na Colômbia. “Serão quatro navios que farão o serviço, cada um com capacidade para 2.800 TEUs (equivalente a um contêiner de 20 pés) e 638 tomadas para cargas refrigeradas. Na im-portação para Manaus a previsão é movimen-

tar produtos eletroeletrônicos, auto-partes, linhas branca e marrom. Já na exportação, saindo de Vila do Conde, os destaques serão carne, açaí, minério e madeira. A perspec-tiva inicial é movimentar 400 TEUs, semanal-mente”, ressalta Julian Thomas, diretor-super-intendente da Hamburg Süd e da Aliança.

Do site | notícias

Page 22: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

interbuss | 19.07.201522

A GRANDE MATÉRIA

Campinas recebe o primeiroônibus elétrico do paísBYD fez a apresentação da primeira das dez unidades previstas para a cidade;Além dos ônibus, Campinas já tem em operação dois táxis elétricosFábio Tanniguchi |[email protected] Na última terça-feira, dia 14, em evento na Prefeitura de Campinas, a chinesa BYD (Build Your Dreams) apresentou o primei-ro dos dez ônibus elétricos que irão rodar na cidade. Mais do que isso, o veículo, do modelo K9, é o primeiro da BYD a ter sua montagem finalizada no Brasil, na unidade localizada na região norte de Campinas, próximo ao Termi-nal Intermodal de Cargas (TIC). O evento fez parte das comemorações dos 241 anos da ci-dade. Participaram da cerimônia, dentre outros, o prefeito de Campinas, Jonas Doni-zette; o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro; o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Rogério Mene-zes; o diretor da Itajaí Transportes Coletivos, Joubert Beluomini; o diretor da Expresso Campibus, Everton Rodrigo Duz; o diretor de marketing e comunicação da Transurc (Asso-ciação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas), Paulo Barddal; e o dire-tor de marketing e relações públicas da BYD, Adalberto Maluf. O prefeito destacou que Campinas estava obtendo duas conquistas: a instalação de uma empresa multinacional de grande porte e voltada à mobilidade sustentável, um dos assuntos quentes deste século; e o anúncio dos dez primeiros ônibus elétricos da cidade. Além disso, destacou o baixo nível de ruídos e a emissão (direta) zero de poluentes e que os veículos irão operar em uma região muito populosa. Os dez K9 irão rodar pela Itajaí Trans-portes Coletivos, pertencente ao Consórcio Concicamp, operador da área 2 (vermelha). As linhas da empresa atendem a região do Campo Grande, uma das mais populosas da cidade. Ainda assim, os veículos possuem a-penas cerca de 22 assentos, sendo o restante do espaço ocupado pelas quatro portas e pelos enormes “caixotes” onde ficam compo-nentes relacionados ao motor elétrico e às baterias. A autonomia varia de 250 a 300 km, dependendo das condições de operação, e a

tecnologia de carga rápida do fabricante faz a recarga em, aproximadamente, quatro horas. A configuração interna está toda dentro da NBR 15570, com balaústres encapados e as-sentos de fornecedores brasileiros. A propósito, isso dá pistas sobre quais são as verdadeiras atividades da uni-dade da BYD em Campinas. O K9 apresentado, que foi finalizado em Campinas, difere do veí-culo totalmente vindo da China basicamente pelo acabamento interno. A InterBuss já pro-curou o fabricante para uma visita às suas in-stalações e uma para entrevista com algum diretor para esclarecer dúvidas do mercado e de entusiastas, mas ainda não houve resposta. Enquanto não se descobre como são feitos os carros, fica a impressão de que são feitos no Brasil apenas detalhes locais. Segundo infor-mações divulgadas pela BYD no evento, a uni-dade de Campinas ainda está em fase final de ajustes e deverá ser inaugurada em agosto. Outra impressão que ficou muito evidente é a de que o espaço interno do K9 é bastante limitado. Com quatro portas, a situa-

ção se agravou. Após a catraca localizada no meio do veículo (sem cobrador), há pouquís-simos assentos e pouco espaço para ficar em pé. Uma pessoa obesa em pé teria grande dificuldade em achar um espaço para si sem atrapalhar o fluxo de passageiros, por exem-plo. Isso leva a duvidar do verdadeiro poten-cial do veículo em operar linhas troncais da Itajaí, como foi divulgado pela Emdec, gestora do sistema de transportes. A previsão para início da operação dos ônibus elétricos é para daqui a três me-ses. São dois motivos: a BYD terminou apenas aquele veículo apresentado, sendo que os de-mais ainda estão em acabamento na fábrica; e a Itajaí irá aguardar o upgrade na rede elétrica da CPFL Energia, que deverá disponibilizar um transformador específico para a garagem a fim de dar suporte ao equipamento de carga rápida da BYD, que opera em tensão mais alta que a doméstica. De qualquer forma, a BYD também apresentou no evento um ônibus articulado elétrico de piso baixo desenvolvido e produ-

ELÉTRICO Ônibus BYD foi apresentado na prefeitura de Campinas no aniversário da cidade. Ao lado, prefeito Jonas Donizette conhece o carro

Page 23: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

19.07.2015 | interbuss 23

Campinas recebe o primeiroônibus elétrico do paísBYD fez a apresentação da primeira das dez unidades previstas para a cidade;Além dos ônibus, Campinas já tem em operação dois táxis elétricos

zido pela unidade localizada em Lancaster, CA, nos Estados Unidos. O veículo não possui ainda um nome técnico, mas foi apelidado em seu lançamento de “The Lancaster”, em refe-rência à cidade onde nasceu. Com 18 metros de comprimento, o articulado possui um espaço interno mais generoso que o do K9 e consegue ser com-parado com ônibus brasileiros de mesmas características (articulado e de piso baixo), como aqueles equipados com chassi Mer-cedes-Benz O-500UA ou Volvo B360S. A con-figuração interna apresentada ainda estava totalmente no padrão norte-americano. Não se sabe ainda se o veículo em questão chegará a ter o interior no padrão brasileiro ou se retor-nará para a BYD dos Estados Unidos. A BYD vai estudar o feedback de empresários e órgãos gestores para tentar perceber o potencial do articulado. Joubert Beluomini, diretor da Itajaí Transportes, afir-mou claramente que teria preferência em um articulado elétrico de piso alto, com as ba-terias embaixo do piso otimizando o espaço

interno. Segundo ele, seria um veículo mais vantajoso que os convencionais de piso baixo negociados pela empresa. Além dos ônibus, foi apresentado um dos dois táxis elétricos que já rodam em Campinas, na modalidade convencional. Am-bos são do modelo e6, da BYD, com autono-mia de até 300 km, adequada a operação de táxi urbano. Entretanto, sua atuação ficaria mais limitada no caso de pontos como o do Aeroporto de Viracopos, onde passageiros solicitam corridas para cidades vizinhas e até mesmo para São Paulo. Com uma certa “pegada” de SUV, o e6 possui interior razoavelmente espaçoso e um porta-malas também razoável. Os ban-cos, volante e acabamentos de porta são re-vestidos em couro. No acabamento dos pai-néis predomina o plástico duro, mas com boa

montagem. No geral, é importante o Brasil ficar atento aos BYD que rodam em Campinas, tan-to os táxis como os ônibus (futuramente). Eles deverão ser um bom termômetro da quali-dade dos produtos da marca. É essencial que a BYD esteja muito atenta aos cases campinei-ros, buscando dar um suporte extremamente atencioso e prestativo. Afinal, a marca está só começando e terá muito a aprender com nosso mercado. Não basta contratar engenheiros de uma en-carroçadora gaúcha e diretores já conhecidos na área de mobilidade; é preciso um plano estratégico realmente consistente e alinhado ao cenário do país como um todo. Estaremos aqui atentos aos próximos passos da BYD para ver se eles realmente vão realizar os sonhos no Brasil. Fotos: Fábio Tanniguchi

ELÉTRICO Ônibus BYD foi apresentado na prefeitura de Campinas no aniversário da cidade. Ao lado, prefeito Jonas Donizette conhece o carro

Page 24: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

interbuss | 19.07.201524

FOTOS DA SEMANA

Diego Almeida AraujoMarcopolo Torino MBB OF-1724 | Catedral

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Diego Almeida AraujoMarcopolo Torino MBB OF-1724 | Catedral

Anderson RibeiroBYD K9 | Itajaí Transportes Coletivos Anderson Ribeiro

BYD K9 | Itajaí Transportes Coletivos

Anderson RibeiroBYD K9 | Itajaí Transportes Coletivos

Anderson RibeiroMarcopolo Viaggio G7 1050 MBB OF-1724 | Trans Acreana

OCD HOLDING | www.ocdholding.com

Page 25: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

19.07.2015 | interbuss 25

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD HOLDING | www.ocdholding.com

Felipe SisleyNeobus Mega Plus MBB OH-1621 | Vera Cruz

Felipe SisleyNeobus Mega Plus MBB OH-1621 | Vera Cruz

Felipe SisleyNeobus Mega Plus MBB OH-1621 | Vera Cruz

Felipe SisleyNeobus Mega Plus MBB OH-1621 | Vera Cruz

Felipe SisleyNeobus Mega Plus MBB OH-1621 | Vera Cruz

Felipe SisleyNeobus Mega Plus MBB OH-1621 | Vera Cruz

Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos adivulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde!ENVIE SUA FOTO!

Page 26: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

interbuss | 19.07.201526

A licitação do transportecoletivo na cidade de S. PauloUm dos assuntos mais comentados na semana passada foi olançamento do edital completo de licitação do sistema de transportecoletivo por ônibus da cidade de São Paulo. Uma semana antes haviasido publicada apenas uma minuta de como seria o sistema, ficandocomo base para o processo licitatório que viria na semana seguinte,o que ocorreu, conforme previsto. O assunto ainda renderá muito.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

A chegada dos primeirosônibus elétricos ao BrasilA entrega dos primeiros ônibus elétricos do Brasil foi um dos assuntosmais comentados na semana passada nas redes sociais, sitesespecializados e fóruns sobre transporte. A cidade de Campinas, que ésede da BYD no país, fez a entrega da primeira de dez unidades quedeverão circular na cidade por intermédio da Itajaí TransportesColetivos. Os veículos devem começar a rodar em até 90 dias.

Victor Hugo Guedes Pereira | Comil Svelto Volvo B58 Roberto Claudio | Busscar Urbanuss Volksbus 16 210

Harlleson Santana Santos | Marcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500R Luan Peixoto | Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD

Page 27: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

19.07.2015 | interbuss 27

Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

A chegada dos primeirosônibus elétricos ao BrasilA entrega dos primeiros ônibus elétricos do Brasil foi um dos assuntosmais comentados na semana passada nas redes sociais, sitesespecializados e fóruns sobre transporte. A cidade de Campinas, que ésede da BYD no país, fez a entrega da primeira de dez unidades quedeverão circular na cidade por intermédio da Itajaí TransportesColetivos. Os veículos devem começar a rodar em até 90 dias.

DICA DE COMUNIDADE

GB RMChttps://www.facebook.com/groups/rmc.campinas/

A FOTO DA SEMANA

Tôni CristianComil Svelto Agrale MA 17.0 | Viação Floresta

Grupo criado para postagens de fotos e outras informações sobre ônibus da região metropolitana de Campinas. O grupo é fechado e necessita de autorização prévia para ser aceito.

Roberto Claudio | Busscar Urbanuss Volksbus 16 210

Luan Peixoto | Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD

Page 28: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

interbuss | 19.07.201528

CIRCULANDOJOSÉ EUVILÁSIO SALES BEZERRA | [email protected]

COLUNAS

Nos próximos meses ocorrerá a licitação que escolherá as operadoras das linhas de ônibus da cidade de São Paulo. O modelo proposto é um aper-feiçoamento do adotado na gestão da Prefeita Marta Suplicy (2001 - 2005) na licitação de 2003. Naquele projeto, a ideia já era a da “troncalização”, ou seja, cons-trução de corredores de ônibus e substi-tuição das várias que faziam um mesmo trajeto por uma única, operada por ôni-bus articulados e bi-articulados - como ocorreu anos antes, com as linhas do Corredor João Dias. Esses veículos fariam a ligação entre os terminais de ônibus dos bairros com os da região central. En-quanto isso, cooperativas, operando com micro-ônibus ou ônibus comuns, fariam a ligação dos bairros com os terminais. Passaram-se os anos, muitos terminais e corredores prometidos não foram construídos. Mas a “troncalização” prosseguiu. Algumas bem feitas... Outras discutíveis... Nestas últimas, o passage-iro era simplesmente jogado na rua em que deveria esperar a outra linha que o levaria ao seu destino - que, na maioria dos casos, não tinham um intervalo nada regular. Aliás, na grande maioria das tron-calizações, o problema era o tempo que se levava na baldeação entre as linhas – quase sempre, superior ao tempo gasto nas linhas seccionadas. Em muitos ca-sos as pessoas precisavam atravessar ou caminhar até outra rua para pegar o ôni-bus no sentido centro. É o caso de mui-tas linhas que subiam a Av. Brigadeiro Luis Antônio mas que foram cortadas na região do Parque Ibirapuera. Na licitação que ocorrerá este ano o princípio, a diferença é que au-mentará o leque de tipos de linhas que serão criadas. Tanto as “troncais” ou “es-truturais” quanto as “locais” serão de dois tipos:- Estruturais Radiais: linhas que ligam os bairros ao centro, em linha reta e de maneira rápida e direta. Operam com ônibus articulados de 18m ou de 23m ou bi-articulados;- Estruturais Perimetrais: linhas que fa-zem a ligação entre centros de áreas opostas sem passar pelo centro, através de grandes avenidas, em trajetos diretos. Podem operar com veículos Padron ou Articulados de 18m ou 23m;- Locais de Articulação Regional: linhas que interligam pólos centrais da própria área ou de áreas diferentes através de

O que vem por aí

itinerários mais longos e abrangentes. Podem ser operadas com veículos desde básicos até articulados de 23m;- Locais de Distribuição: ligam o bairro aos terminais, a estações do Metrô ou CPTM ou a pontos de conexão/Estações de Transferência. São linhas mais curtas. Podem ser operadas com midibus até convencionais. 30% - Esse é o número estimado de linhas que serão extintas ou modifi-cadas e que serão substituídas parcial-mente ou totalmente por novas linhas “troncalizadas”. Em alguns casos, a “rua” continuará a ser o local de integração. Pelo menos é o que deixa a entender a troncalização proposta para as linhas na região do Jabaquara. Linhas como 574A/10 Americanópolis-Largo do Cam-buci, 5791/10 Eldorado-Metrô Vergueiro e 5106/10 Jardim Selma-Largo São Fran-

cisco terão seus itinerários cortados nas estações Jabaquara (574A e 5791) e Con-ceição (5106) de metrô. Quem vem dos bairros por essas linhas rumo ao centro ou as usa a partir da região do Metrô Jabaquara até o Metrô Vergueiro terá de usar a 5290/10 Divisa de Diadema-Praça João Mendes. A 5290 terá seu itinerário mantido mas passará a operar com 25 ônibus articulados de 23 metros de cum-primento (apelidados de “super-articula-dos”) - e que irão operar junto ao fluxo de automóveis, já que não haverá corre-dor exclusivo na região - e as faixas, em parte do trajeto, funcionam apenas nos horários de pico. Em outros casos haverá a con-strução de terminais ou, na pior das hipó-teses, uma “conexão”, no estilo das con-exões Petrônio Portela e Vila Iório. Nessas conexões, há o corte de linhas que vem

Esta é a primeira postagem de várias que faremos sobreas mudanças que poderão vir com a Licitação deste ano

ÔNIBUS DA LINHA 5290 Linha que receberá passageiros das linhas 574A, 5106 e 5791 e que passará a operar com “super-articulados

Page 29: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

19.07.2015 | interbuss 29

Esta é a primeira postagem de várias que faremos sobreas mudanças que poderão vir com a Licitação deste ano

ÔNIBUS DA LINHA 5290 Linha que receberá passageiros das linhas 574A, 5106 e 5791 e que passará a operar com “super-articuladosde locais diferentes mas seguiam até o seu destino por um mesmo trajeto. A partir das conexões, os passageiros bal-deiam para um ônibus articulado que completa o trajeto. Os mapas das linhas propostas para a zona sul mostram que já há, pelo menos, duas conexões em es-tudo: uma na Praça Acuri, na região da Pedreira, e outra no Shopping Interlagos. As conexões, ao menos aparentemente, conseguiram resolver o problema da fal-ta de sincronia entre as linhas locais e as troncais, algo corriqueiro na maioria dos seccionamentos. Todas essas alterações gerarão protestos, como ocorreu, por exemplo, quando houve a reorganização das linhas da Área 4, em 2013. Algumas talvez nem ocorram... Mas, é uma tentativa de aumen-tar e trazer a esperada eficiência que tanto se espera do nosso transporte coletivo.

Idealsustentávelou demagogia?

A exclusão dos ônibus híbridos do sistema de transporte de

Curitiba nos faz pensar:as esferas de governo estão realmente apostando em combustíveis

ecológicos ou o fazem apenas por demagogia?

Há cerca de dez dias o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR) deter-minou à Urbes (Urbanização de Curitiba), responsável pelo transporte de passageiros da capital paranaense, que catorze itens fossem excluídos da planilha de custos do sistema. Segundo o TCE, a exclusão desses itens poderia baratear a passagem de ôni-bus da cidade (hoje em R$ 3,30). Um dos itens diz respeito aos Hibribus – os ônibus híbridos, movidos a eletricidade e biodiesel. Deveriam ser retirados das planilhas os cus-tos e impostos exclusivos referentes a estes veículos. E, por conta disso, a Urbes anun-ciou o fim da operação com esses veículos alegando inviabilidade financeira em man-tê-los com essa exclusão. O assunto tornou-se polêmico por serem veículos que usam combustíveis não-poluentes. No entanto, pode-se refletir esta decisão por outro prisma: até que ponto a iniciativa do uso desse tipo de tecnologia é uma decisão que realmente visa o bem estar coletivo, através da adoção de políti-cas sustentáveis, e não mera demagogia? A própria Prefeitura de Curitiba poderia sub-sidiar o uso desse tipo de veículo, pagando

HIBRIBUS DE CURITIBA Retirados de circulação devido a exclusão de valores que fazem parte de seu custo operacional do preço da passagem

o que exceder ao custo normal de operação, e não incluir o custo inteiro no bolso do pas-sageiro. Mas, ao invés disso, preferiu retirá-los de operação. De todo o modo, melhor assim do que apostar em um projeto que, talvez, não tenha um novo investimento. Terminando em si mesmo - A ci-dade de São Paulo teve várias tentativas de se modificar a matriz energética do trans-porte coletivo. Por várias vezes tentou-se substituir a frota a diesel por gás natural, sobre o qual já escrevemos anteriormente. Em meados da década passada também começaram as pesquisas com ôni-bus híbridos. Além de dois trólebus adap-tados, que eram apenas protótipos, foram adquiridos pela Prefeitura outros quinze ônibus híbridos zero quilômetro. Eles foram fruto de uma parceria da SPTrans com a Tuttotransporti e Eletra. Visualmente eram muito arrojados. Eles se destacavam pe-los dois eixos dianteiros – necessários por conta do peso do banco de baterias que carregavam – e tinham ar condicionado. Esses veículos, que encarroçados sobre Marcopolo Gran Viale, operaram de 2004 a 2006 na Viação Gatusa e de 2007 a 2013

Page 30: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

interbuss | 19.07.201530

na Via Sul. No período com a Via Sul época, operaram uma linha no Expresso Tiraden-tes. Mas a dificuldade em mantê-los acabou tirando-os de operação pouco tempo antes da idade limite de dez anos de fabricação. Ecofrota – No ano passado a SP-Trans paralisou o projeto “Ecofrota” por conta do custo e de dúvidas de seus engen-heiros se o combustível utilizado – o biodie-sel – atende à Lei de Mudanças Climáticas de São Paulo, que prevê que toda a frota de ônibus substitua o diesel por outras matriz-es energéticas até 2018 a baixo custo. Hoje o custo do biodiesel é cerca de 18% supe-rior ao do diesel comum e, ao menos por enquanto, a SPTrans desistiu de subsidiar o combustível. De frota com combustível limpo, hoje a frota paulistana conta ainda com 59 ônibus movidos a etanol – na verdade, eram 60 mas um foi incendiado. Eles foram ad-quiridos em 2012, pelas viações Mobibrasil (50 ônibus padron convencionais) e Tupi (10 ônibus padron 15m), depois da assinatura de um convênio com a Única, que fornece o Etanol. Apesar da esperança de que novos veículos chegassem, o projeto parou por aí.Trólebus - O mais bem sucedido das matriz-es energéticas alternativas é a tecnologia elétrica através dos trólebus. Embora a rede hoje seja pequena, se comparada a que já teve, o sistema continua sendo utilizado e aperfeiçoado. O grande problema dele é a desconfiança que sofre por parte da popu-lação. As quedas de rede, embora tenham

diminuído, persistem. E quando isso ocorre, compromete o trânsito tanto dos carros de passeio quanto o transporte coletivo. Hoje, parte da frota de trólebus possui bate-rias que fazem com que o veículo possa se movimentar desligado da rede. A autono-mia não é grande, apenas o suficiente para que o veículo seja removido de onde parou para um lugar em que não prejudique tanto o trânsito. Aliás, a rede é outro limitador da expansão do sistema. Para mantê-la, é ne-cessária uma empresa específica para o tra-balho, o que já é mais um custo.

* * * Como vimos, foram vários os pro-jetos de substituição de matrizes energé-ticas. Mas boa parte deles pararam no item

chamado “custo”. Em muitas oportunidades o custo foi integralmente repassado ao pas-sageiro. Hoje, ao menos, o poder público paulistano está sendo mais sensível e ban-cando o custo enquanto a produção em escala não começa. Mas, mesmo assim, é preciso ter mais critério na hora de se colo-car em prática esses projetos. O custo é alto e não dá para o Estado simplesmente colo-car um veículo caro na rua e bancar todo o seu custo por anos apenas para dizer que está cumprindo o seu papel. E vale lembrar: a frota de ônibus é insignificante perto de caminhões, ônibus rodoviários e fretamen-to e carros de passeio com motores desre-gulados. É preciso pensar no combate à poluição como um programa geral e não apenas de transporte coletivo.

UM DOS 59 - e provavelmente únicos - ônibus a etanol da cidade. Abaixo, Trólebus, o mais bem sucedido dos ônibus não movidos a diesel

Page 31: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

ANUNCIE NAINTERBUSSE FIQUE PERTODO SEU PÚBLICOE DOS SEUS POTENCIAIS

CLIENTES

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

CONTACTE-NOS E FAÇA UM BOM NEGÓ[email protected]

Page 32: Revista InterBuss - Edição 253 - 19/07/2015

INTERBUSS.NOVA

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

NOVO CONTEÚDONOVA VISÃOTUDO NOVOTUDO POR VOCÊ