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JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO UFU ANO 01 Nº 01 FEV ‐ MAR/2011 CIÊNCIA: Pesquisa de Índices de Preços auxilia consumidores Alunos bolsistas contribuem para divulgação da produção científica à comunidade ATUALIDADES: Primeiro centro de halterofilismo paraolímpico do Brasil é inaugurado na Educa Ex‐alunos da UFU procuram segunda graduação CULTURA: Entenda como são organizadas as festas nos Centros de Convivência Conheça oito principais lugares do roteiro cultural uberlandense P P o o r r t t o o d d a a s s a a s s v v i i d d a a s s Trote solidário é forma de incentivar doação de sangue durante a recepção dos calouros Elisa Chueiri

SENSO (IN)COMUM N° 01 - Por todas as vidas

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Segunda edição - n° 01 - do Jornal laboratório dos alunos das disciplinas de Jornalismo Impresso, Jornalismo Opinativo, Radiojornalismo e Projeto Interdisciplinar em Comunicação IV da Universidade Federal de Uberlândia.

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Page 1: SENSO (IN)COMUM N° 01 - Por todas as vidas

JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO UFU ● ANO 01 ● Nº 01 ● FEV ‐ MAR/2011

CIÊNCIA: Pesquisa de Índices de Preços auxilia consumidores • Alunos bolsistas contribuem

para divulgação da produção científica à comunidade ATUALIDADES: Primeiro centro de

halterofilismo paraolímpico do Brasil é inaugurado na Educa • Ex‐alunos da UFU procuram

segunda graduação CULTURA: Entenda como são organizadas as festas nos Centros de

Convivência • Conheça oito principais lugares do roteiro cultural uberlandense

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Elisa Chueiri

Page 2: SENSO (IN)COMUM N° 01 - Por todas as vidas

Cheguei à universidade bem na hora daaula começar, mas não tinha ninguém na sala. Osecretário do curso me informou que a aula seriano anfiteatro e eu corri para lá.

Mal entrei, vi que a professora davaexplicações à frente, enquanto os alunoscompunham a plateia. Perguntei cochichandoaos que se sentavam mais atrás como todossabiam que a aula seria no anfiteatro.

–Tava no Twitter desde cedo! –respondeu uma das meninas com aquele típico“cochicho gritado”.

Como eu não tenho Twitter, não fiqueisabendo. Quando a professora disse que oprimeiro grupo poderia subir ao palco para aapresentação do seminário, quase tive umasíncope.

–Que trabalho? – cochichei de novo,como um aluno irresponsável.

–Uai, aquele de 50 pontos que está noMoodle!

–No Moodle? Ninguém usa o Moodle!–No semestre passado, ninguém usava.O fato é que havia uma apresentação de

seminário naquele momento, valendo metade danota do semestre, e eu acabava de descobrir.Perguntei às meninas com que eu costumavafazer trabalhos em grupo porque elas não haviamme dito nada e uma esclareceu:

–O pessoal começou a montar os gruposno Orkut, aí a gente fez assim também.

–Fizemos correndo hoje de manhã peloMSN! – completou outra – Como você nãoestava online...

Percebi que todos os alunos faziamreferência a um texto que eu jamais tinha lido.Mas aquilo era estranho, porque eu tinhaxerocado todos os textos da pasta da disciplina eainda peguei na biblioteca um livro que a

professora indicou. E eu nem costumava faltar àsaulas. Mas logo veio a explicação:

–É um e-book. A professora mandou oarquivo em pdfpara o e-mail da turma. Você nãoviu?

–Nem sei a senha desses e-mail!Eu até gosto de e-mail. Confiro minha

caixa de entrada diariamente, envio mensagensquando necessárias... Entro no MSN de vez emquando, sempre invisível. Mas não gosto deredes sociais. Quer dizer, gosto de redes sociais,mas as reais, não as virtuais. Prefiro as conversasem que se pode olhar nos olhos, sentir o cheirodo perfume novo, compartilhar não só o tempo,mas também o espaço. E na faculdade, nãoacompanhei quando trocamos as orientações nasala de aula pela pedagogia virtual.

Perdi-me nessa nostalgia, tentandoencontrar meu lugar na contemporaneidade,quando a professora chamou meu nome. Numgesto automático, dirigi-me para frente, ondemeus colegas apresentaram seus trabalhos. Veioa pergunta daquela que daria as notas:

–Querida, você ficou sem grupo?–É que...–Tudo bem! – ela me cortou antes que

eu pudesse me explicar – Não tem problema,vamos resolver isso agora.

Ser um aluno relativamente responsávelme dava privilégios de vez em quando. Mas logofoi proferida a pena:

–Como você assistiu aos trabalhos dosseus colegas, faça uma crônica sobre tudo o quevocê viu.

– Ótimo! – eu respondi, pois poderiasalvar meus 50 pontos com uma atividadesimples.

– E posta no blog na turma – sentencioua professora.

Autista virtualCASOS E ACASOS

Reitor: Alfredo Julio Fernandes Neto/ Diretorada FACED: Mara Rúbia Alves Marques/Coordenadora do curso de Jornalismo: AdrianaOmena/ Professoras responsáveis: AnaSpannenberg, Mirna Tonus, Mônica Nunes eSandra Garcia/ Diagramação: Elisa Chueiri eRicardo Ferreira de Carvalho/ Edição de capa:Elisa Chueiri/ Edição de opinião: MayraCabrera e Dayane Nogueira.

atualidadesEditor-chefe: Aline de Sá/ Editora de Fotografiae Arte: Stella Vieira / Sub-editores ArthurFranco, Cindhi Belafonte, Melina Paixão,Natália Faria, Suzana Arantes, Victor Maciel eVictor Masson.

ciênciaEditor-chefe: Eric Dayson/ Editoras deFotografia e Arte: Paula Arantes e TatianaOliveira/ Sub-editores: Diélen Borges, FelipeSaldanha, Gabrielle Silva, Laís Castro, LucasJerônimo, Mariana Lima e Vítor Ferolla.

culturaEditora-chefe: Natália Santos/ Editora deFotografia e Arte: Paula Graziela/ Sub-editores:Adriano Cardoso, Anna Paula Castro, CarolinaTomaz, Karine Albuquerque, Lucas Bonon,Luiz Fernando Motta, Marina Luísa, RaíssaCaixeta e Talita Martins.

Tiragem: 2000 exemplares / Impressão: Im-prensa Universitária - Gráfica UFU / E-mail:[email protected]/ Telefone:(34) 3239-4163

Decidir-se por um curso pode ser muitodifícil e, às vezes, ao sair da universidade, o re-cém-formado pode se arrepender de sua decisão.Outras vezes, há a dúvida entre seguir no meioacadêmico ou se inserir no mercado. A insatisfa-ção com a primeira escolha, o desejo de conheceralgo que não foi abordado na primeira formação,a falta de oportunidades de trabalho e a busca porum currículo diferenciado podem levar um diplo-mado a fazer uma segunda graduação.

A afinidade com a área é muito importan-te para o desempenho profissional. Ao ingressarna faculdade, muitos estudantes ficam insegurosem relação à profissão escolhida. Se não houveidentificação com o primeiro curso, o sucesso nacarreira não é tão compensador como quando sebusca algo com o qual se identifica. Escolhendouma nova formação, a pessoa consegue ser maisprodutiva e desenvolve melhor suas habilidades.

Entretanto, fazer graduações em áreasmuito distintas faz com que o profissional se depa-re com vários caminhos a seguir e não consiga de-senvolver um conhecimento específico emnenhum deles. Além disso, conciliar as atividadesdo curso com outra profissão, no caso de quemtrabalha, se torna complicado, já que a pessoa nãoconsegue destinar seu tempo exclusivamente às ta-refas acadêmicas. A mesma dificuldade ocorre pa-ra quem precisa se dedicar à família. Outroaspecto negativo, é que o estudante precisará reco-

meçar, prestando um novo vestibular ou partici-pando de processos seletivos destinados a quemjá possui Ensino Superior, a espera de vagas re-manescentes.

Se, por um lado, existem essas dificulda-des, por outro, a vivência do primeiro curso cola-bora positivamente para a segunda graduação. Oconvívio com pessoas mais jovens na sala de aulacontribui para uma troca de experiências e ajudao estudante a se manter atualizado. O universitá-rio já está familiarizado com o Ensino Superior,sabe discernir o que é mais importante e adminis-tra melhor o seu tempo. Sua determinação e ma-turidade propiciam um melhor aproveitamentodo curso. Além disso, o estudante consegue am-pliar sua rede de contatos e estabelecer relaçõesentre o conteúdo das duas formações, desenvol-vendo uma nova perspectiva.

Mesmo com empecilhos, vale destacarque o aumento da bagagem de conhecimento e aabertura de novos horizontes tornam uma segun-da graduação válida e necessária, como relatamCamila Borges e Tarcílio Nunes, entrevistadospelo Jornal Senso (in)comum na matéria “Diplo-mados cursam segunda graduação”. Com a com-petitividade no mercado, o profissional quepossui esse diferencial é mais reconhecido. Afi-nal, ele não vai exercer somente o que viu nosbancos da faculdade. É preciso ir além e ter sem-pre consigo o desejo de aprender.

Bazinga!

Caiu na rede

Expediente

Cavalo Powerhttp://migre.me/2GLxnVeja até onde podem chegar as habilidades deum cavalo durante uma apresentação.

David no dentistahttp://migre.me/2GF7IDavid, de 7 anos, é filmado pelo pai logo após irao dentista, ainda sob os efeitos dos analgésicos.

Doação de sangue não dói nadahttp://migre.me/2GGstNo início do ano, muitos calouros participam detrotes solidários. Está aí um incentivo para quempensa em participar de um.

Scriptease #25 ‐ Os quatro acordes!http://migre.me/2GKjsDe Uberlândia para o Brasil, o vídeo mostra quecom quatro acordes você pode fazer um sucesso..

Os Barbixas ‐ Improvável ‐ Troca(Bruno Motta e Andrei Moscheto)http://migre.me/2GNu0É difícil escolher somente um vídeo, mas o jogodo ‘Troca’ é um dos mais divertidos.

Stalking Cathttp://migre.me/2GJU2Dizem que a curiosidade matou o gato. Nessecaso, ele não morre, mas leva um grande susto.

Kids and the Marshmallow testhttp://migre.me/2GH2KSe essas crianças conseguem resistir ao marsh-mallow, por que você não consegue seguir emfrente com sua dieta?

Não fecha a porta, tá? Tranquilo?http://migre.me/2GFTAIsabela, de 2 anos, tenta entrar em um acordocom o pai para que ele não feche a porta.

Hey Judehttp://migre.me/2GLaYGaroto canta o grande sucesso dos Beatles semdesafinar.

O amor é lindo. Menina de 4 anosapaixonadahttp://migre.me/2GG23O amor é para todos, sem distinção de sexo, clas-se social e, principalmente, de idade.

Diélen Borges

Stella VieiraNovas escolhas, novas oportunidadesEditorial

Nessa edição, o Senso (in)comum selecionou alguns vídeos engraçados e curiosos, que rece‐beram muitas visualizações em 2010. Caso você já tenha visto, vale a pena rever. Se não, ano‐te logo os links, chame seus amigos e boa diversão!

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O primeiro Centro de Treinamento deHalterofilismo Paraolímpico do Brasil foi inaugu-rado em outubro do ano passado, na UFU. Aconstrução do Centro faz parte de um projeto rea-lizado em parceria com o Comitê ParaolímpicoBrasileiro (CPB) e a Fundação Uberlandense deTurismo, Esporte e Lazer (Futel) . O espaço funci-ona junto a Academia Universitária do CampusEducação Física, onde são desenvolvidos proje-tos para membros daterceira idade, e pesso-as com deficiência.

SegundoAlberto Martins, Pró-Reitor de Extensão daUFU, a escolha dauniversidade parareceber o primeiroCentro de Treinamento de HalterofilismoParaolímpico do país foi feita porque “Uberlândiaé um centro de referência no esporteparaolímpico no Brasil por isso, o ComitêParaolímpico Brasileiro resolveu investir econfiar na UFU”.

O principal objetivo do local é disponibili-zar uma estrutura física adequada que atenda tan-to as necessidades dos universitários quefreqüentam a academia, quanto as dos atletas pa-raolímpicos.

Paulo Pedro Silva, funcionário da Acade-mia Universitária há 30 anos, afirmou que, alémda reforma geral na academia para a implantaçãoefetiva do Centro, pode-se destacar a troca dosaparelhos antigos e o recebimento de doações de

outros, específicos para modalidade de levanta-mento de pesos para atletas paraolímpicos – hal-terofilismo. “A modernidade dos novosaparelhos proporcionará mais qualidade e facili-dade de manejo” disse.

Extensão acadêmicaPara Marcel Zanata Júnior, recém

formado no curso de Educação Física, ter o Cen-tro de Treinamento noCampus é uma grandeoportunidade de cres-cimento acadêmico,técnico e humano paraos alunos. Além disso,o compartilhamentodo espaço possibilitaráainda a interação entre

os discentes e os atletas.De acordo com Martins, serão abertos

editais de estágio para os alunos de graduação emEducação Física e Fisioterapia, que poderão mo-nitorar e acompanhar os treinos de diversas equi-pes de halterofilismo paraolímpico, inclusive daSeleção Brasileira.

Sangue é um remédio diferente dos ou-tros: não se fabrica em laboratórios, não se com-pra em farmácia - somente pode ser obtido pormeio de doação de um ser humano a outro. Se-gundo Marlene Saito, assistente administrativado Hemocentro Regional de Uberlândia (HRU),para ter sangue em estoque é preciso tocar a sensi-bilidade e a solidariedade humanas.

O HRU registrou no último semestre,uma queda de até 10% no número de doadores,principalmente dos que pertencem ao grupo O.Com os estoques abaixo do ideal, o atendimentoa pacientes de Uberlândia e região com queima-duras, em cirurgias ou que necessitam de transfu-sões frequentes fica comprometido.

Uma iniciativa para aumentar o estoquedo banco de sangue do HRU é a dos alunos daUniversidade Federal de Uberlândia (UFU),com destaque para os integrantes do D. A da En-genharia Elétrica, que optaram por substituir o“trote” tradicional de recepção aos calouros, pelotrote solidário. Para Rafaela Nunes, estudante deDesign de Interiores, o trote solidário reduz a vio-lência contra as pessoas que ingressam na univer-sidade e, ao mesmo tempo, representa um ato decidadania e de compaixão pelo próximo.

No entanto, na última campanha realiza-da pelos universitários, o número de alunos quecompareceram ao Hemocentro ficou aquém doesperado. “Em relação à quantidade de estudan-

tes dentro da UFU, esse número ainda é peque-no”, afirma Marlene. Para ela, deve existir umtrabalho de conscientização, voltado para os estu-dantes, com o objetivo de elevar o estoque de san-gue do HRU, pois a demanda é contínua,independente de feriados ou datas comemorati-vas.

Buscando a intensificação de doações, oHRU promove campanhas na televisão e em bole-tins informativos de empresas privadas. Inclusive,

é feito um apelo para os próprios doadores no in-tuito de pedirem apoio aos membros de suas famí-lias para que estes também possam contribuircom a instituição.

Doador do futuroO Hemocentro realiza um projeto com

crianças de várias escolas, principalmente do ensi-no fundamental e médio, sensibilizando-as para aimportância de se doar sangue. O objetivo da

ação é integrar alunos, professores e funcionáriosa um problema que é de responsabilidade social.

Através dessa conscientização, as criançaspodem divulgar o compromisso da doação desangue junto aos pais ou responsáveis, atuandocomo agentes multiplicadores de informaçõescorretas a respeito dessa ação. De acordo comLudmilla Guimarães, funcionária da instituição,ainda há receios no que diz respeito ao ato de do-ar, determinado por uma questão cultural.

As doações para o podem ser realizadasna hora do comparecimento, agendadas com an-tecedência, através do telefone (34) 3222-8801 ,ou pela internet. As coletas são realizadas de se-gunda à sexta das 7h às 17h30 e no último sábadode cada mês das 7h às 11h30, na Avenida Levin-do de Souza, 1845, bairro Umuarama.

O candidato a doador precisa ter no mí-nimo 18 anos e no máximo 65, pesar mais de 50quilos e portar um documento oficial com foto.Porém, segundo Ludmilla devido a uma determi-nação do Ministério da Saúde, os homossexuaisainda permanecem impossibilitados de realiza-rem doações. O motivo alegado pelo Ministério é“não por eles pertencerem a um grupo de risco,mas por terem um comportamento de risco”,completa Ludmilla.

Antes da coleta, o candidato passa por tri-agem clínica e só doa sangue se estiver em boascondições de saúde.

Estoque do HRU necessita de reposiçãoTrabalhos de conscientização são intensificados devido à falta de doadores

Eric Dayson

Sala de captação do Hemocentro Regional de Uberlândia aguarda mais voluntários

ACONTECE

Elisa Chueiri

Moradias em construção

A construção de moradias estudantis,aprovada pelo Conselho Universitário (Consun) ,em julho de 2009, tem previsão de entrega em ju-nho de 2011 . As moradias estão sendo feitas naRua Venezuela, no bairro Tibery próximo ao par-que do Sabiá, área igualmente próximas a todasas unidades da UFU.

O Diretório Central dos Estudantes(DCE) foi um dos principais responsáveis pelaconquista da concessão do projeto de habitaçõesestudantis na universidade. “O pessoal do DCEno ano passado ocupou a sala do conselho, por-que o reitor queria trocar as moradias por bolsasmoradias por pouco mais de 100 reais, o que nãodá pra pagar nada”, afirma a estudante CamilaSouza, participante do diretório.

Após a aprovação do projeto, a Pró-Reito-ria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis(PROEX), a administração universitária, os con-selhos superiores e os próprios estudantes defini-

ram as características das instalações a seremconstruídas.

Participantes do DCE conheceram algu-mas moradias estudantis do Brasil para decidi-rem como seria a melhor forma para osalojamentos da UFU.

Apesar das construções terem sido libera-das, a contratação da empresa só foi feita em de-zembro de 2009. “O Projeto foi paralisadoporque a construtora que venceu abandonou asobras, mas logo solicitamos a empresa que ficouem segundo lugar e atualmente o projeto está emandamento”, afirma o prefeito de campus RenatoAlves Pereira.

Instalações físicasDe acordo com os arquitetos responsá-

veis pelo projeto, Elaine Saraiva e Leonor Tavo-lucci, 154 alunos serão beneficiados. Cadaapartamento terá 88 metros quadrados, conterátrês quartos, um banheiro, sala e cozinha e seráocupado por no máximo seis pessoas.

As habitações serão divididas em duasalas, sendo uma feminina e uma masculina e se-rão equipadas com um computador com internete escrivaninhas de estudo. O prédio terá aindaum salão de jogos para uso comum dosmoradores.

O custo previsto para este projeto é de 10milhões de reais. Após sua finalização, será estu-dada a taxa cobrada aos alunos beneficiados coma moradia. Aqueles que provarem não ter condi-ções financeiras de pagar pelo beneficio estarãoisentos parcial ou integralmente do pagamento.

Habitações beneficiarão 154 estudantesUFU sedia centro paraolímpicoProjeto para halterofilistas é único no Brasil

Karine Albuquerque Natália Santos

Informações na DIESUEnd: Rua Benjamim Constant, nº 1286

Bairro AparecidaCampus Educação Física – UFU

Fone: (34) 3218-2959

“Uberlândia é um centro de referência noesporte paraolímpico no Brasil, por isso oComitê Paraolímpico Brasileiro resolveu

investir e confiar na UFU”Alberto Martins

O projeto tem custo estimado de R$10 milhões e

previsão de entrega para 2011

Karine Albuquerque

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MUNDO UNIVERSITÁRIO

Diplomados cursam segunda graduaçãoUFU tem 374 egressos fazendo mais um curso superior

Em geral, de posse do diploma, os recém-formados desejam ir para o mercado de trabalhoou prosseguir na carreira acadêmica, especializan-do-se em pós-graduações. Porém, há quem se ar-rependa da primeira escolha profissional oudeseje se aprofundar em mais de uma área. Estesanseios conduzem a um novo curso universitário.Atualmente, 374 bacharéis e licenciados pelaUFU fazem o segundo curso na instituição.

A diretora de ensino da Pró-reitoria deGraduação, Camila Lima Coimbra, percebe que,entre os egressos que voltam à universidade, háum desejo de alcançar algo que não foi contem-plado na primeira formação. Ela ressalta que o alu-no mais experiente tem outra perspectiva, devidoao amadurecimento, e a segunda graduação vema ser "uma abertura de olhares e possibilidades”.

Para a psicóloga Gleydis Aparecida Viei-ra, que trabalha em um instituto de desenvolvi-mento profissional, a recepção do mercado detrabalho aos alunos com dois diplomas em áreasafins tende a ser positiva. “Isso demonstra que éuma pessoa que está buscando melhorar sua for-mação”, opina.

Os interessados em cursar outra gradua-ção podem participar do vestibular ou da seleçãoexclusiva para portadores de diploma. Na UFU,

as vagas destinadas aos diplomados são as rema-nescentes do Processo Seletivo Semestral e doPrograma de Ação Afirmativa de Ingresso no En-sino Superior (PAAES) . É necessário que o candi-dato seja graduado há menos de dez anos em áreaafim ao curso pretendido.

De contadora a juristaCamila dos Reis Borges, 26 anos, con-

cluiu Ciências Contábeis em 2006 e começou Di-reito em 2008. A escolha inicial, aos 17 anos, foibaseada na empregabilidade da profissão de con-tador. A volta à universidade partiu do interesseem estudar temas jurídicos com profundidade,

tanto por gosto, quanto pelos planos de seguircarreira pública.

A contadora exerceu a atividade desde oinício do primeiro curso até maio de 2010, masagora se dedica apenas ao Direito. “Como eu jáera formada em Ciências Contábeis, era cobradacomo uma profissional, não como uma estagiária.Em contrapartida, o curso de Direito exige muito,a carga de leitura é grande e ainda tem aula aos sá-bados. Então, sobra pouco tempo para estudar”,explica.

Apesar desses problemas, Camila contaque seu aproveitamento na segunda graduação ébem maior: “com a maturidade, você começa a re-conhecer aquilo que realmente é importante.” Aestudante se aproximou mais dos colegas da suaidade e que também já haviam concluído outrocurso superior, por terem facilidade para estudare trabalhar juntos.

Historiador e contadorTarcílio Divino Nunes, 25 anos, fez o ca-

minho inverso ao de Camila: o primeiro cursopor gosto e o segundo, pelas oportunidades pro-fissionais. Ele concluiu a Licenciatura em Histó-ria em 2009 e, no mesmo ano, foi aprovado novestibular para Ciências Contábeis.

O professor conta que aproveitou bastan-te o primeiro curso – fez estágio, monitoria, doisanos de iniciação científica e começou a dar aulalogo no início da graduação. “Eu tinha um pou-quinho de tempo a mais, coisa que eu não tenhoagora”, conta. Atualmente, Nunes exerce a pro-fissão para a qual é diplomado: trabalha comoprofessor de História em um colégio particular.

Para conseguir cumprir seus compromis-sos profissionais, ele tem feito apenas algumasdisciplinas, priorizando o que considera mais re-levante a médio e longo prazo. Ele considera quea maturidade e a objetividade são suas vantagensna segunda graduação: “a aula é apenas um su-porte para você buscar outras coisas fora de sala”.

Assistência busca autonomia

A Assistência Judiciária Gratuita, órgão li-gado à Faculdade de Direito (FADIR) da UFU,existe, em termos institucionais, desde 1969. Noentanto, desde o ano passado, foi colocada empauta uma proposta de desvinculação da FADIRjá no inicio de 2011 . O objetivo da desvinculaçãoé obter a autonomia financeira e administrativado núcleo, inclusive, com a obrigatoriedade de cri-ação de um Conselho de Administração em níveldeliberativo.

A coordenadora da Assistência, professo-ra Neiva Flávia de Oliveira, juntamente do reitor,Alfredo Júlio Fernandes Neto, discutiram a pro-posta de mudança da Assistência para AssessoriaJurídica Popular. “A palavra assistência deriva deassistencialismo, que considera a pessoa não mui-to capaz. A figura de assessoria vem como assesso-ramento”, afirma ela. O indivíduo é capaz, porémele desconhece seus direitos. “Isso significa váriasmodificações. Às vezes, a questão não é apenas ju-

rídica, mas pode haver uma interface psicológi-ca”, conclui Neiva.

O núcleo, atualmente, presta serviço nasáreas civil e criminal. Contudo, o projeto possuipropostas de ampliação de atendimento para asáreas trabalhista, tributária, previdenciária eações coletivas. A Assistência é composta por se-te professores, 25 estagiários e quatro administra-dores.

Os alunos do Direito que buscam no ór-gão uma oportunidade de estágio, fazem suas ins-crições e passam por processo seletivo. Aexigência mínima é que eles estejam cursando o3º ano do curso. “Eles precisam cumprir 300 ho-ras, e a partir de 2011 o estágio passará a ser obri-gatório”, diz Robson Bertone, assistenteadministrativo.

Marília Freitas, estagiária desde o iníciode 2010, trabalha na área civil. O seu contatocom os clientes e os processos são acompanha-dos pelos profissionais do núcleo. “Nós recebe-mos orientação dos professores, fazemospesquisas em livros e sites”, explica ela. Devido àampliação das áreas, haverá uma preparação comalguns alunos. “Os estagiários mais antigos, sele-cionados internamente, irão atuar como monito-res”, explica Jamyle Rezende, estudante do 3ºano, estagiária na área criminal.

A partir deste ano, os atendimentos à so-ciedade serão intermediados por ONGs, associa-ções ou pelo Ministério Público que farão atriagem das pessoas que solicitarem ajuda, e apósavaliação e aprovação, elas serão encaminhadospara a Assistência.

Intercâmbio para o Oriente

Um edital de mobilidade acadêmica paraa China será aberto em março de 2011 na UFU.O convênio foi assinado com três instituições -Dalian Medical University, Dalian University ofTechnology e Heze University. Três outras uni-versidades chinesas pretendem assinar: a HezeUniversity of Medicine, East China University, eXi'an Jiaotong University.

Alfredo Júlio Fernandes Neto, reitor daUFU, esteve na China, para negociar com as uni-versidades, no período de 4 a 17 de outubro de2010. A oportunidade surgiu a partir da indicaçãode Uberlândia como cidade modelo de acessibili-dade. Uberlândia acabou assinando com a cidadede Heze como cidades gêmeas e o reitor aprovei-tou a chance para tentar o convênio com as uni-versidades da região.

Com o fechamento do convênio, a pro-posta é a realização de atividades, como intercâm-bio de estudantes, estagiários, professores e

técnicos administrativos, missões de ensino epesquisa. Pretende-se, ainda, desenvolver pesqui-sas conjuntas, troca de documentações e de pu-blicações científicas e técnicas, organização decolóquios, seminários ou reuniões de caráter ci-entífico, co-orientação de teses e participação embancas examinadoras.

Segundo Raquel Santini, assessora de Re-lações Internacionais e Interinstitucionais daUFU, a reitoria já planejava esse convênio há al-gum tempo devido a China ser um dos países doBRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) , mas só ago-ra surgiu a oportunidade. O acordo terá duraçãode cinco anos e todos os cursos poderão aprovei-tar a parceria. Somente a Dalian Medical Univer-sity e a Heze University of Medicine serãoexclusivamente para estudantes e professores docurso de Medicina.

UFU assina convênio de mobilidade com aChina

Núcleo jurídico pretende ampliar suas áreasde atuação

Representantes da UFU com a Universidade de Heze

durante a assinatura do acordo

Camila pretende seguir carreira pública na área jurídica

Rebecca Paradellas e Jamyle Resende desenvolvem seu

trabalho no Núcleo

Eric Dayson

Raquel Santini

Diélen Borges

Eric Dayson Tatiana Oliveira

Diélen Borges

Como concorrer àmobilidade?

O aluno já deve ter cursado pelomenos 50% do curso, apresentar históricoescolar, carta de motivação, plano de estudo,currículo, atividades em que está envolvido.Será levado em conta o envolvimento com oPET e toda a participação e interesse do alunono curso. Também fará parte da avaliaçãouma entrevista e a prova de línguas. Nestaúltima, certamente não será exigido omandarim escrito, mas o inglês, para que ocandidato tenha uma capacidade mínima dese comunicar no país.

Tarcílio se considera um aluno mais maduro

Diélen Borges

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A UFU é um centro de produção científi-ca. Todo mês surgem projetos de pesquisa, que vi-sam aumentar o conhecimento científico dealunos e professores e também o acervo de traba-lhos disponíveis para a sociedade.

Existem ainda os projetos de extensão,que promovem atividades com e para a comuni-dade, aumentando a interação de acadêmicoscom os moradores de Uberlândia. Além de fo-mentar esse contato, os projetos, muitas vezes,oferecem bolsas para os alunos envolvidos.

Os editais dos processos de seleção sãodisponibilizados no site da UFU e trazem as infor-mações para que os alunos e professores possamparticipar. O diretor de pesquisas José MagnoQueiroz Luz diz que as dúvidas são frequentes,principalmente em relação à concessão das bol-sas: “Algumas vezes os editais não são claros o su-ficiente e, às vezes, os alunos não leem asinformações com a devida atenção”.

Uma das dúvidas mais comuns entre os in-teressados em participar dos projetos, segundo Jo-

sé Magno, é sobre reprovações. Ele esclarece queo estudante pode ter tido até uma reprovação nosdois últimos semestres e que as anteriores não in-terferem.

Já com relação aos projetos de extensão,as maiores dúvidas são sobre a seleção dos bolsis-tas e a renovação de bolsas. Roberto Faria de Sou-za, gerente da PROEX (Pró-Reitoria deExtensão) , afirma que geralmente o projeto éaprovado e, dependendo do recurso viabilizadopara o programa, são concedidas uma ou duas bol-sas. A escolha do aluno bolsista pode ser feita pe-lo professor, antes de enviar o projeto paraavaliação, ou depois da seleção do programa, peloórgão que fornecerá a bolsa. Para Roberto Faria,“é fundamental que o projeto some no currículoacadêmico”.

Adriana Cristina Omena dos Santos, coor-denadora do curso de Comunicação Social – habi-litação em Jornalismo e orientadora de projetosde pesquisa e de extensão fala sobre a função doprofessor orientador: “O orientador auxilia o alu-no na produção das pesquisas, fornece material eesclarece dúvidas, além de promover o diálogo en-tre os envolvidos no projeto e verificar toda a pro-dução”. Nos projetos de extensão, ele verificatambém se as relações UFU/comunidade aconte-cem efetivamente, como previsto nos projetos.

Os alunos que participam do Programade Educação Tutorial (PET) desenvolvem, neces-sariamente, projetos de pesquisa, de extensão ede ensino. Vitor Bernardes Rufino Souza, alunodo quarto período de Letras, faz parte do progra-ma há um ano e diz: “O crescimento, tanto acadê-mico quanto pessoal, é muito grande”.

Além dos projetos de pesquisa e de exten-são, existem as monitorias, que também ofere-cem bolsas. Para o processo de seleção, o alunoprecisa ter feito a disciplina com bom aproveita-mento. O monitor realiza um trabalho próximoao professor, discute encaminhamentos e de-mandas da aula e sua função principal é auxiliaros alunos. Samuel Lacerda de Andrade, aluno do6° período de Geografia, foi monitor no semestrepassado e conta: “A monitoria contribuiu para re-visar o conteúdo de uma matéria que tinha ficadodefasada. A matéria era hidrografia e é uma áreaque eu penso em atuar”.

Projetos e monitorias abrem portas para alunosBolsas de pesquisa, extensão e ensino criam oportunidades de aprendizado e renda

AvaliaçãoUm dos quesitos avaliados no proces-

so de seleção dos bolsistas de projetos é oCRA (Coeficiente de Rendimento Acadêmi-co) . Esse quesito representa quatro pontosdos 20 distribuídos. É possível conseguir pon-tos em outros cinco: o projeto de pesquisa(cinco pontos) , o plano de pesquisa do aluno(dois pontos) , o currículo lattes do professor(seis pontos) , o currículo lattes do aluno (doispontos) e a titulação do professor (um pon-to) .

O aluno que não consegue participarde um projeto como bolsista, mas obtém 50%desses pontos, é convidado a participar do PI-AIC, que é um programa de apoio à iniciaçãocientífica, como voluntário. Essa participaçãoconta no currículo do estudante e até auxiliadepois na seleção para o PIBIC, o programade bolsas.

A região do Triângulo Mineiro, localizadano Cerrado, possui diversas espécies de animaissilvestres. Para tratar dos que se encontram feri-dos e realizar pesquisas, a UFU possui o Laborató-rio de Ensino e Pesquisa em Animais Silvestres(LAPAS) . Ele faz parte do Hospital VeterinárioUniversitário (HVU) e realiza atividades de ex-tensão da Faculdade de Medicina Veterinária(FAMEV).

O Laboratório propicia atividades de ensi-no e pesquisa. “Nas atividades de ensino, nós te-mos disciplinas tanto na graduação como napós-graduação”, afirma André Luiz QuagliattoSantos, coordenador técnico do LAPAS. Sobre asatividades de pesquisa, ele diz que, há mais de 20anos, o LAPAS está a frente de análises com ani-mais e técnicas de exames laboratoriais. O órgão,associado ao HVU, participa de atendimentos clí-nicos realizados para a população.

As araras, tucanos, tamanduás-bandeirase jabutis atendidos pelo laboratório são recolhi-dos pelas autoridades ambientais, como o IBA-MA, Polícia do Meio Ambiente e Corpo deBombeiros. Muitos deles são encontrados em áre-as urbanas ou atropelados em rodovias.

Os estagiários que fazem parte dessasações, segundo a residente na área de silvestres,Heloísa Castro, amplificam suas áreas de conheci-mento. “O estágio é uma ótima oportunidade de

começar a desenvolver as atividades da futuraprofissão”, conclui.

O espaço também abriga animais vindosda população, sejam eles doados ou abandona-dos. Além disso, o Laboratório atende cidadespróximas de Uberlândia, num raio de 200 km.De acordo com a Diretoria de Comunicação(DIRCO) da UFU, os animais silvestres ocupama segunda colocação no atendimento do Hospi-tal Veterinário, atrás apenas dos cães.

Depois do tratamento, o animal que pos-sui dono é devolvido. Quando eles vêm da natu-reza, seu destino é decidido pelo IBAMA e,frequentemente, são levados para seu habitat na-tural, desde que estejam em condições de ser sol-to. Caso não seja possível, eles são encaminhadospara zoológicos ou abrigos.

HVU atende animais silvestres

O Laboratório de Geografia Médica e Vi-gilância Ambiental em Saúde, do Instituto de Ge-ografia (IG) da UFU desenvolve o Projeto Serrado Facão, no município de Catalão, estado deGoiás. O objetivo é realizar o monitoramento demosquitos transmissores de doenças nas áreaspróximas à Usina Hidrelétrica Serra do Facão(UHSF) . O acompanha-mento tem seu foco nas do-enças transmitidas porinsetos em áreas de grandes“desequilíbrios geográficos”.

“A inundação daárea da UHSF é um exem-plo desses ‘desequilíbrios’ e representa a possibili-dade do surgimento de novos criadouros paragrupos de insetos epidemiológicos”, explica Pau-lo Cezar Mendes, coordenador técnico responsá-vel pelos grupos que vão a campo coletar essematerial. Os mosquitos são responsáveis por do-enças como a Leishmaniose, a febre amarela e adoença de chagas.

A área de pesquisa abrange a região da ba-cia do rio São Marcos. Mendes afirma que o mo-nitoramento foi feito antes e após o enchimentodo lago da Hidrelétrica, a fim de verificar a varia-ção da quantidade de insetos.

Júlia Araújo, técnica em Biologia do Insti-

tuto, ressalta a importância da realização dessesestudos: “o monitoramento de mosquitos de ris-cos à saúde humana e animal, diante das espéciesque se tornam abundante no novo ambiente, éde grande relevância para a comunidade e regiãodesse local”.

Segundo Mendes, foi feito uma visita acampo antes do enchimentodo lago para se ter uma di-mensão das famílias que fo-ram afetadas pela construção,a fim de saber dos moradoresda região se houve diminui-ção dos mosquitos com doen-ças epidemiológicas. Outra

etapa de questionários será aplicada com as famí-lias do local.

O papel da universidade é fazer o levan-tamento de informações referentes aos vetores eencaminhar estes dados para a empresa respon-sável pelo empreendimento. No caso da Usina, aempresa sulista Boechat foi a contratada para aexecução, controle e extermínio desses insetos.Além do monitoramento dos vetores, outrosprojetos são desenvolvidos pela prefeitura de Ca-talão e cidades vizinhas, como pesquisas socio-ambientais com a finalidade de reduzir oimpacto da hidrelétrica na vida da populaçãolocal e no ecossistema dessas áreas de influência.

Marina Luísa

Há mais de 20 anos, o LAPAS é espaço depesquisa e prestação de serviço

Dayane Nogueira

IG realiza projeto em GoiásPesquisa visa a prevenir doençastransmitidas por mosquitos

Suzana Arantes

Onça em tratameto no LAPAS

“O trabalho que nós fazemos écapturar esses mosquitos, trazerpara o laboratório e identificar

qual o gênero, a espécie e afamília desses insetos”.

Paulo Cezar Mendes

Tatiana Oliveira

Dayane Nogueira

Page 6: SENSO (IN)COMUM N° 01 - Por todas as vidas

CEPES realiza pesquisas de mercado

Fazer compras nem sempre é uma tarefafácil. Pesquisar preços, ir a casas comerciais ou,em alguns casos, comprar o produto na primeiraloja que entrar, mesmo que nela o item estejamais caro. Embora pouco conhecida, a UFU abri-ga uma organização cujo trabalho é comparar eanalisar preços: o Centro de Pesquisas Econômi-co-Sociais (CEPES) , órgão complementar do Ins-tituto de Economia.

O objetivo do CEPES é a promulgação

do conhecimento da realidade econômica doTriangulo Mineiro e Alto Paranaíba. Atuando,inicialmente, no município de Uberlândia evinculado à reitoria, o centro foi criado no ano de1977. Ele reunia um grupo de especialistas da

área para criar um banco de dados sobre a região.Após o período militar, o centro foi integrado aoInstituto de Economia.

As atividades se baseiam no cálculo e di-vulgação do Índice de Preços ao Consumidor(IPC) , por exemplo, cesta de consumo familiar,salário mínimo necessário, elaboração e divulga-ção de outros indicado-res sócio-econômicos,realização de atividadesde pesquisa e extensão esuporte às atividades doInstituto de Economia.Além disso, oferece atendimento às demandas dasociedade e de outros órgãos da UFU, no que serefere a informações de natureza sócio-econômi-ca.

Segundo o atual coordenador, HenriqueBarros, os 22 funcionários do CEPES desenvol-vem, essencialmente, pesquisas de interesse públi-co e que, de alguma forma, contribuam para odesenvolvimento da população. “O crescimentoda cidade levou a própria sociedade a querer termais informações sobre ela. Com isso, o CEPESconseguiu expandir cada vez mais em sua inten-ção social”, comenta.

Embora desconhecesse a existência doCentro de Pesquisas, o aluno Marcelo Azevedo,do 4º período de Letras, diz achar interessanteuma entidade que trabalha também para os inte-resses públicos e não apenas em pesquisas univer-sitárias. “A população mais pobre pode consultara tabela de preços e comprar seus produtos em es-tabelecimentos mais acessíveis, além de entendercomo o aumento da inflação, por exemplo, inter-fere em suas vidas”, completa.

Já a aluna do 2º ano de Direito, MarcellaRosiére, diz não se preocupar muito com pesqui-sas de preços e prefere comprar sempre nos mes-mos estabelecimentos. “Confesso que não

pesquiso muito, mas se existisse alguém que fi-zesse isso por mim e com freqüência, facilitariabastante”, diz.

Para o coordenador Barros, a maior difi-culdade enfrentada pelo CEPES é a escassez dealunos bolsistas e funcionários. “Algumas pessoasdizem que o quadro de funcionários é grande.

Realmente. Mas é poucopara o potencial dessetrabalho”, argumenta. Eletambém acentua a difi-culdade e excesso de bu-rocracia para conseguir

recursos e espera que, nos próximos anos, a insti-tuição receba mais verbas das instâncias superio-res da universidade.

Coleta e análise de dadosOs dados coletados são de preços de

gêneros alimentícios, saúde e transporte público.De acordo com Barros, existe uma equipe de ruaque, mensalmente, visita estabelecimentos pré-selecionados e localizados em diferentes pontosda cidade de Uberlândia.

Após a coleta é feita a análise de dados ecalculada qual foi a variação média do preço deum determinado produto e o quanto essaalteração irá influenciar no orçamento de cadaindividuo, considerando sua renda mensal.“Considere uma família que, por exemplo, temtrês salários mínimos e mora de aluguel e outraque ganha dez salários mínimos e reside em casaprópria. Se houver aumento no preço do aluguel,por exemplo, só a primeira família seráprejudicada.”

Os resultados das pesquisas sãodivulgados no próprio site institucional(www.ie.ufu.br/cepes/) e nos principais meiosde comunicação locais, especialmente, jornaisimpressos

Centro coleta e analisa preços para auxiliar consumidoresuberlandenses

INTERESSE PÚBLICO

Aline de Sá

“O crescimento da cidade levou a pró‐pria sociedade a querer ter mais infor‐

mações sobre ela.”Henrique Barros

Gêneros alimentícios estão entre itens analisados

Mistérios do UniversoFelipe Saldanha

Estante deideias

Destino do lixoA Comissão Gestora de Resíduos

(CGR) planeja o desenvolvimento de um in-ventário dos materiais descartados na UFUpara sugerir uma política institucional de ges-tão e gerenciamento de resíduos. Segundo oprefeito universitário, Renato Alves Pereira,não há coleta seletiva nos campi porque, nomomento, a prefeitura está concentrada naexpansão da universidade, com a criação docampus do Glória.

Construção civil“Canteiro Escola” é um projeto que

promove habilitação na área da construção ci-vil para famílias de pedreiros de baixa renda,com aulas teóricas e práticas, além de medi-das que beneficiam a cidadania. O trabalho édesenvolvido pelo professor. Antônio Carlosdos Santos, do curso de Engenharia Civil,juntamente com duas bolsistas da Arquitetu-ra, através do programa “Conexões dos Sabe-res”.

História afro e indígenaO projeto “Africanos, indígenas e a

reinvenção das sociedades na América Portu-guesa: mundos em movimento, transitorieda-de e redes de interação”, do Instituto deHistória, tem por objetivo elaborar instru-mentos e materiais didáticos sobre a Históriadesses povos. O trabalho é desenvolvido pe-los professores Mara Regina do Nascimento,Guilherme Amaral, Jean Luiz Neves e pelasalunas Jéssica Honório e Driele Honorato.

AgriculturaO Instituto de Ciências Agrárias da

UFU desenvolve, através do Grupo de Estu-dos em Bicombustíveis, uma pesquisa, na fa-zenda do campus Glória, sobre o uso dobiossólido do lodo de esgoto em mudas de pi-nhão-manso utilizado na produção de bio-combustível em atividades de adubação. Ovegetal, rico em Nitrogênio e Potássio, permi-te uma substituição parcial do adubo, o quediminui o gasto com fertilizantes.

BiomedicinaO projeto “Sistemas de Captura e

Análise de Desenvolvimentos Mandibulares”,do curso de Biomedicina da UFU pretendecriar um sistema capaz de capturar os movi-mentos mandibulares dos pacientes para auxi-liar os dentistas na identificação de problemasrelacionados à articulação. O projeto, de auto-ria dos alunos Daniel Furtado e Douglas Bel-lomo tem previsão e finalização até julho de2011 e poderá ser comercializado e implanta-do até mesmo em clínicas menores, devido aoseu baixo custo.

EducomunicaçãoA Faculdade de Educação desenvolve

por meio da professora Mirna Tonus o projetode pesquisa intitulado: "Comunicação, Educa-ção e Questão Ambiental: O uso da educomu-nicação, nas escolas estaduais e municipais deUberlândia, para trabalhar o tema transversaldo Meio-Ambiente", desde fevereiro de 2010.A pesquisa visa analisar como a educomunica-ção aliada à questão ambiental ajuda na apren-dizagem em sala de aula. O projeto jápromoveu pesquisa bibliográfica e um levanta-mento de escolas que trabalham o tema.

Diélen Borges e Laís Castro

Altas emissões de CO2

A crise econômica não diminuiu, como seesperava, as emissões mundiais de gás carbônico(CO2) , causador do efeito estufa. A redução foide apenas 1 ,3%, menos da metade do estimadohá um ano. Apesar da queda em paísesindustrializados, como o Reino Unido (reduçãode 8,6% em 2009) , o mesmo não aconteceuentre nações emergentes, como a China (8% deelevação) . A conclusão é de um estudo publicadona revista Nature Geoscience.

Detector de drogasUm “nariz eletrônico” que consegue

detectar cocaína e maconha no ar em até umminuto, mesmo em quantidades muitopequenas, foi criado pela Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP)da Universidade de São Paulo (USP) . Oaparelho, resultado de uma dissertação demestrado, pode ser usado em batidas policiais ouaeroportos e dispensa o uso de cão farejador paraencontrar drogas escondidas.

Raiva no Trânsito

Para motoristas de carro e motociclistas,a principal causa são os buracos nas vias. Outrosfatores estão envolvidos: quanto maior o veículo,menor a raiva do condutor, devido à sensação desegurança. A idade também influencia: os jovenssentem mais raiva. Sexo e escolaridade nãointerferiram. Estas são conclusões de uma tese dedoutorado da FFCLRP (Fontes: agênciasFAPESP e USP de Notícias) .

http: //www.cooldownglobalwarming.com

Divulgação/FFCLRP

Aparelho identifica droga escondida

http: //www.ecourbano.wordpress.com

Aline de Sá

Page 7: SENSO (IN)COMUM N° 01 - Por todas as vidas

A principal função da universidade é pro-piciar o desenvolvimento acadêmico e profissio-nal de seus alunos. No entanto, sabe-se que oespaço universitário proporciona outras formasde interação, além da relacionada às disciplinasdos cursos. Uma das opções para os alunos daUFU são as festas promovidas porCentros Acadê-micos (C.A) e Diretórios Acadêmicos (D.A) rea-lizadas dentro dos campi, utilizando os espaçosconhecidos como Centros de Convivência ousimplesmente CC.

Para a realização das festas, que geralmen-te acontecem às quintas e sextas-feiras, é necessá-rio organização por parte dos promotores.Segundo Thiago Pacífico Ferreira Rosa, 2º tesou-reiro do D.A Elétrica-Biomédica, o primeiro cui-dado a ser tomado é com a reserva de espaço,feita na Prefeitura Universitária. Juliano Baute, vi-ce-presidente do diretório, destaca a importânciada autorização, pois ela confere uma certeza deque a festa acontecerá. “Sem saber mesmo se oevento vai se realizar, é complicado resolver ou-tros problemas da festa”, explica o vice-presiden-te. Isabela Marques Miziara conta que conseguira autorização para os eventos, em algumas épocasdo ano, torna-se complicado, pois “a questão dehorários disponíveis é difícil”.

A reserva concedida pela Prefeitura Uni-versitária pode ser feita de forma simples: pessoal-mente, na própria prefeitura (Bloco 1J) , por

telefone, no ramal (3239-4463) ou por email ([email protected]) . Ao contrário do que muitosimaginam, as reservas para as festas não precisamser feitas exclusivamente pelos ‘D.A.s’ e ‘C.As’.Grupos de pequenos alunos também podem fa-zer, seguindo as mesmas responsabilidades queos diretórios e centros acadêmicos cumprem.Após a reserva, através de uma autorização, aPrefeitura libera a realização do evento.

Existe um controle feito através de uma

agenda eletrônica, na qual ficam registradas as re-servas dos alunos para o espaço do Centro deConvivência. Segundo o assessor de Espaços eEventos da Prefeitura Universitária, Vilmar de Fa-ria, existe uma agenda aberta já para o ano de2011 .

Para os alunos que freqüentam asfestas do CC, elas são sinônimo de alegria euma oportunidade para distração, depois deuma semana de aulas intensas. “O CC é a

diversão dos alunos”, diz a estudante deenfermagem Thays Peres Brandão. A alunaJuliana Cristina Silva ressalta que o melhordas festas são as pessoas. “Às vezes a bandanem é tão boa, mas o pessoal já anima, agente tem a chance de conhecer alunos deoutros cursos”, afirma.

.Festas geram transtornos

O espaço de realização das festas localiza-se dentro dos campi, em função disso alguns se-tores reclamam dos transtornos causados por es-ses eventos. A Faculdade de Engenharia Química(FEQ), por exemplo, que se localiza nos blocosno entorno do CC do Campus Santa Mônica járegistrou reclamações. Valéria Viana Murata, di-retora da FEQ, conta que a Faculdade é direta-mente afetada em vários aspectos, desde quandoo espaço foi construído. “Quando os alunos nãoencontram banheiros perto do Centro de Convi-vência, o local mais fácil é o corredor de acessodo bloco 1K, que se torna intransitável. Nós jáencontramos os mais diversos objetos nesse lo-cal, desde camisinhas, até garrafas de bebidas”,afirma.

As reclamações são encaminhadas para aPrefeitura Universitária, que têm feito algumasações, como cercamento de parte dos jardins dobloco e instalação de iluminação adequada parao local.

O Costume Play, popularmente conheci-do como Cosplay, é uma atividade comum entreos fãs de animes, filmes e mangás. O objetivo é cri-ar fantasias baseadas em seus personagens favori-tos e interpretar as características do mesmo.Todo ano, crianças, jovens e adultos se reúnemem eventos para exibir suas fantasias e competirpor prêmios.

A cidade de Uberlândia possui atualmen-te dois eventos onde os cosplayers podem mos-trar suas fantasias, o Catsu e o AnimeUp, quechegam a reunir aproximadamente 4.500 pesso-as. Pablo de Souza, um dos organizadores do Cat-su e aluno de Engenharia Química da UFU,afirma que o objetivo principal do evento é divul-gar a cultura japonesa mostrando o lado dos ani-mes e mangás. A programação é composta porpalestras de dubladores de anime, salas de jogos,

concursos de cosplays, concursos de ilustração eoutros. É possível, ainda, encontrar produtos japo-neses, comidas típicas, diversos acessórios, man-gás e DVDs.

Para divulgar o Catsu, os jovens da organi-zação vestem seus Cosplays e fazem demonstra-ções no Terminal Central, escolas de ensinomédio e universidades. Souza conta que a primei-ra reação do público é de espanto, mas a divulga-ção tem surtido efeito e o evento a cada anoatinge um público maior.

Estudantes da UFU participam todo anode competições. No Catsu de 2010, foram premi-ados Monique Rocha Resende e Igor Alves Pele-grini ambos do curso de Artes Visuais, nacategoria desfile.

Competição vs. diversãoOs prêmios das competições podem

chegar a R$2 mil e servem de incentivo para vári-os cosplayers, mas alguns afirmam fazer somentepela diversão. Rafael Lemos, estudante deCinema, afirma não ser muito competitivo. Con-ta que, em 2008, enquanto participava de umevento em Goiânia representando o personagemJack Sparrow do filme Piratas do Caribe, foi con-fundido com o personagem real por uma criançaem um Shopping. “Pra mim não tem nada que pa-gue isso, essa situação de você poder realizar o so-nho de uma criança. Acho que é isso que eu gostono Cosplay”, disse.

Otakus e o preconceitoNa visão de alguns cosplayers, existe certo

preconceito por parte das pessoas que não conhe-cem a atividade. Yuri Leite considera o Cosplayuma forma de manifestação artística. Além disso,Leite vê nos eventos uma grande possibilidade deinteração. “Os eventos agregam pessoas, vem gen-te de todos os cantos. O que eu acho muito inte-ressante na tribo otaku é justamente essafacilidade de relacionar, e isso ajuda tanto no pro-fissional, quanto no pessoal. O mínimo que a gen-te tem que ter é respeito”, afirma.

Por dentro da festaLAZER

Centros de Convivência são espaços de interação e diversão para alunos

A arte de interpretar personagensFãs de animes e mangás organizam e participam de eventos ligados à cultura japonesa

Estande vende objetos de diversos personagens durante

o Catsu

Carolina Tomaz

Stella Vieira

Estudantes em festa no CC: oportunidade para distração depois da semana de aula

TRIBO OTAKU

Bruno Calil

Origem do CosplayO Cosplay foi criado nos Estados

Unidos em 1939 por Forrest J. Ackerman eMyrtle R. Douglas, que tiveram a idéia demontar fantasias baseadas em seuspersonagens favoritos para participar doprimeiro Worldcon. Os Cosplays deanimes e mangás apareceram apenas nadécada de 70 ainda no Worldcon. NoJapão, a atividade teve inícioaproximadamente na década de 80,quando os fãs começaram a frequentar asComic Markets (Comiket) fantasiados depersonagens dos quadrinhos. A atividadepassou a ser conhecida no Brasil na décadade 90, quando foram realizadas asprimeiras convenções dedicadas aos fãs deanime e mangá

O maior incentivo hoje para oscosplayers são as competições e osprêmios. Alguns torneios são apenasnacionais e ocorrem na maioria doseventos. Outros são classificatórios paraeventos internacionais e mesmo mundiais,como é o caso do World Cosplay Summit(WCS), que seleciona representantesbrasileiros e os envia ao Japão para aseleção final. O Brasil já foi campeão duasvezes no evento.

Cosplayers representam personagens Sephiroth e Jack

Sparrow

Natália Faria

Rafael Lemos

Page 8: SENSO (IN)COMUM N° 01 - Por todas as vidas

A diversidade cultural deUberlândia é representadapelos vários espaços que acompõem. A cidade possuidesde parques ecológicos e

museus temáticos até boatesque promovem baladas

diferenciadas. Além disso,alguns eventos já

caracterizam a paisagemuberlandense, como a Feira daGente e a Feira Gastronômica.

O Senso (In) Comumselecionou alguns locais que

você não deve deixar deconhecer. Aproveite as dicas!

O Departamento de Formação Musicalda Universidade Federal de Uberlândia criou,em maio de 1977, um coral para a Instituição.Desde o ano de 1981 , a professora Edmar Ferret-ti rege o grupo, que considera ser uma maneirade ampliar a área do saber.

Após 33 anos, o Coral da UFU chega ater até 50 participantes, dependendo da obra es-calada. A maioria dos integrantes é formada pelacomunidade externa, mas alunos de diversos cur-sos da universidade, em especial os da Música,também compõem o grupo. Para participar, épreciso apenas passar por um teste de acuidade,no qual é analisada a voz do candidato. Edmardiz que, a partir do coral, é possível ter contatocom outras linguagens musicais. “O conheci-mento do gênero lírico, da ópera, contribui paradesenvolver a linguagem musical, cênica e literá-ria”, afirma.

A regente destaca a necessidade de disci-plina do coro, que é um grupo heterogêneo eacredita, ainda, que a diversidade do grupo podebeneficiar seus membros. “A busca de adaptação,de afinação com todos, aquecimento da voz, do-mínio das frases que são estudadas melodica-mente, estudo dos textos em outros idiomas,acho que isso tudo desenvolve as capacidadesdas pessoas”, enfatiza ela.

A estudante de Direito, Lane Dias, de 24anos, fala sobre a demanda de tempo e dedicaçãono grupo, mas analisa as recompensas. “Se porum lado o coral toma espaço, por outro, ele medá estabilidade emocional para eu continuar meucurso. Nele eu encontro a possibilidade de con-viver e trabalhar em conjunto, ganhar amigos etambém tem a questão sociocultural envolvida”.

Embora a Divisão de Coral (DIVIC) façaa divulgação do seu trabalho, muitas pessoas des-conhecem sua existência. Esse ponto, para Ed-mar, é incompreensível, pois, na época daCalourada são promovidos eventos que contamcom a presença da equipe de canto. Além disso,cartazes são espalhados pelos murais da institui-ção e a Divisão também possui um blog (coral-daufu.blogspot.com). Os ensaios do coralacontecem de segunda à sexta, na sala 11 do blo-co M, Campus Santa Mônica, das 19h às 21h.

A Feira é organizada pela Scretaria de Culturadesde 2003 e tem como principal atração bar-racas com comidas típicas brasileiras e interna-cionais (italiana, mexicana, árabe, chinesa,japonesa, suíça, portuguesa, espanhola efrancesa) . A música, ao vivo, fica por conta dosartistas locais, valorizando o patrimônio histó-rico e cultural de Uberlândia.

Endereço: Rua Olegário Maciel, 255Pátio do Mercado MunicipalTelefone: 3236-9058Horário: Sempre na penúltima 5ª feira do mês,das 18h às 22h.

LAZER

Rotas e roteiros uberlandenses

FFeeiirraa ddaa GGeenntteeA Feira da Gente é promovida pela Associaçãode Artesãos de Uberlândia e acontece na praçaSérgio Pacheco, aos domingos. Oferece opçõesem comidas típicas de várias regiões do país. Oartesanato é a grande atração, tendo trabalhosem acessórios, decoração e vestuário. No local,podem ser conferidas apresentações de estilosmusicais vaiados, ao vivo, de artistas da região ede todo o Brasil.

Endereço: Praça Sérgio PachecoHorário: 10h às 17h

O Museu Universitário da Arte faz parte doDepartamento de Artes Visuais da Faculdadede Artes, Filosofia e Ciências Sociais da UFU.O MUnA tem espaço para exposições, auditó-rio, acervo de obras de arte modernas e con-temporâneas e documentos históricos, além deoferecer oficinas de atividades educativas. Aentrada é franca.

Endereço: Praça Cícero Macedo, 309, Fundi-nho (centro histórico)Telefone: 3231-7708Horário: 2ª a 6ª feira, das 8h 30min às 17h

MMUUnnAA

O edifício foi tombado pela Prefeitura Municipalde Uberlândia em 1983 como PatrimônioHistórico. Inaugurado como Casa da Cultura em1985, hoje funciona como centro cultural,recebendo exposições, recitais e eventos durantetodo o ano.

Endereço: Praça Coronel Carneiro, 89, Fundi-nho (centro histórico)Telefone: 3255-8252Horário: 2ª a 6ª feira, das 12h às 18hProgramação: casadaculturaudi.blogspot.com

BBooaatteessA Oficina Cultural de Uberlândia tem uma pro-gramação composta por atividades gratuitas, co-mo oficinas, ciclos de palestras, espetáculos,visitas monitoradas, além de apoio logístico e ins-titucional para produtores artísticos locais.

Endereço: Rua Tiradentes, 24, FundinhoTelefone: 3231-8608Horário: 2ª a 6ª feira, das 12h às 18hE-mail: [email protected]

Para quem gosta de balada, o Centro é uma boaopção. O London Pub promove shows eeventos culturais. O Vitorio’s Club conta comuma pista de shows, um scotch bar e uma boatecom anexo. Na Lounge, predomina a músicaeletrônica. O Ooze Bar e o Fever Bar são op-ções alternativas.

Endereços e telefones:London: Av. Floriano Peixoto, 39/ 3236-5081Vitorio’s: Av. Floriano Peixoto, 28/ 3214-2828Lounge: Pça Rui Barbosa, 110/ 3215-3600Ooze Bar: Rua Goiás, 268/ 9160-7784Fever Bar: Rua Barão de Camargos, 185

PPaarrqquuee ddoo SSaabbiiááO Parque é um bom lugar para praticar espor-tes e realizar caminhadas, passeios e piqueni-ques com amigos e família. Possui áreas verdes,zoológico, praia artificial, estação de piscicultu-ra, pista de cooper, piscinas de água corrente,quadras e campos de esporte, parque infantil,lanchonetes, entre outras instalações. Alem doparque, no local, também há o Estádio JoãoHavelange.

Endereço: Avenida dos Expedicionários s/nº,Bairro TiberyTelefone (prefeitura):3239-2444/3239-2800

O Teatro Rondon é um espaço cultural quesedia eventos variados, contemplando todosos estilos culturais, teatrais e artísticos. Aagenda conta com teatros voltados para opúblico infantil e adulto, apresentações demúsica e dança, festivais, mostras literárias,cursos, recitais, entre outros.

Endereço: Rua Santos Dumont, 517, CentroTelefone: 3235-9182Horário: 4ª a domingo, das 12h às 22hProgramação:teatrorondonudi.blogspot.com

TTeeaattrroo RRoonnddoonn PPaacchheeccoo

MUSICALIDADE

Coral reúnecomunidade

Melina Paixão

Henrique Costa PereiraMarileusa de Oliveira Reducino

Divulgação

Felipe Saldanha

Anna Paula Castro Alves, Carolina Tomaz, Marina Martins, Raíssa Caixeta e Talita Reis

Mary Help! Acessórios Criativos

FFeeiirraa GGaassttrroonnôômmiiccaa O grupo existe hámais de 30 anos

Integrantes do Coral tem contato com diversas

linguagens musicais

Melina Paixão

CCaassaa ddaa CCuullttuurraa

OOffiicciinnaa CCuullttuurraall

Elisa Chueiri