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Conferência BAWB - 01/09/2010 Empresa do futuro deve aliar inovação e sustentabilidade, diz especialista Moysés Simantob fez palestra sobre o tema na abertura da Conferência BAWB, que acontece em Londrina Simantob: as organizações brasileiras já começam a se adequar ao novo paradigma (Foto: Josoé de Carvalho) Qual é o modelo de empresa do futuro? Uma das definições mais aceitas é o daquela que aprende mais rápido que a concorrência, produz inovação e trabalha com questões sustentáveis. Essa foi a principal questão abordada por Moysés Simantob, professor do Departamento de Operações da FGV-EAESP, que ministrou a palestra de abertura da Conferência BAWB (sigla em inglês para Empresas como Agentes em Benefício do Mundo) 2010, nesta terça-feira (31), em Londrina. O encontro, que prossegue nesta quarta-feira (1º de setembro), visa mostrar estratégias empresariais que transformam práticas sustentáveis em negócios. A conferência é realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Sesi-PR e Unindus (universidade corporativa do Sistema Fiep), com o patrocínio do Sesi Nacional. "Queremos mostrar qual é o conjunto de ações que a empresa tem necessidade de desenvolver para perceber oportunidades de geração de negócios e novas frentes de trabalho para a sustentabilidade", explicou o assessor da presidência da Fiep, Marcos Schlemm. Na avaliação de Simantob, a sustentabilidade corporativa deve ser vista como uma abordagem de negócios para agregar valor à empresa, aos seus produtos e à sua marca. "Enxergar os obstáculos para produzir diferente, de modo sustentável, é o que as empresas devem buscar", afirmou, destacando que as questões referentes à sustentabilidade vêm deixando de ser uma obrigação e passam a ser um ponto de vista, uma nova lógica de fazer negócios. "Temos que produzir mais e gastar menos", disse.

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Conferência BAWB - 01/09/2010

Empresa do futuro deve aliar inovação e sustentabilidade, diz especialista Moysés Simantob fez palestra sobre o tema na abertura da Conferência BAWB, que

acontece em Londrina

Simantob: as organizações brasileiras já começam a se adequar ao novo paradigma (Foto: Josoé de Carvalho)

Qual é o modelo de empresa do futuro? Uma das definições mais aceitas é o daquela que aprende mais

rápido que a concorrência, produz inovação e trabalha com questões sustentáveis. Essa foi a principal

questão abordada por Moysés Simantob, professor do Departamento de Operações da FGV-EAESP, que

ministrou a palestra de abertura da Conferência BAWB (sigla em inglês para Empresas como Agentes em

Benefício do Mundo) 2010, nesta terça-feira (31), em Londrina. O encontro, que prossegue nesta quarta-feira

(1º de setembro), visa mostrar estratégias empresariais que transformam práticas sustentáveis em negócios.

A conferência é realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Sesi-PR e Unindus

(universidade corporativa do Sistema Fiep), com o patrocínio do Sesi Nacional. "Queremos mostrar qual é o

conjunto de ações que a empresa tem necessidade de desenvolver para perceber oportunidades de geração

de negócios e novas frentes de trabalho para a sustentabilidade", explicou o assessor da presidência da

Fiep, Marcos Schlemm.

Na avaliação de Simantob, a sustentabilidade corporativa deve ser vista como uma abordagem de negócios

para agregar valor à empresa, aos seus produtos e à sua marca. "Enxergar os obstáculos para produzir

diferente, de modo sustentável, é o que as empresas devem buscar", afirmou, destacando que as questões

referentes à sustentabilidade vêm deixando de ser uma obrigação e passam a ser um ponto de vista, uma

nova lógica de fazer negócios. "Temos que produzir mais e gastar menos", disse.

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Segundo ele, um levantamento realizado em 2009 pela Fundação Getúlio Vargas apontou a sustentabilidade

como um dos quesitos de avaliação das 25 empresas mais inovadoras do país. "As organizações brasileiras

já estão compreendendo a importância de se adequar ao novo paradigma, entretanto, ainda é necessário

aprender a trabalhar com todos os aspectos da sustentabilidade", disse Simantob. "As empresas não

conseguem cumprir todos os critérios de sustentabilidade. Essa é uma dificuldade e precisa de um grau de

mudança muito grande nas organizações", observou.

O professor aponta como solução o crescimento dos empreendedores sociais, a participação dos cidadãos

como agentes de mudança, e a ação dos líderes inovadores. "É importante que esse passo venha ao

encontro do consumo consciente. Isso já faz parte da pauta das organizações por conta das pressões

sociais", disse.

Como exemplos de empresas que já adotam este novo modelo de gestão com foco na sustentabilidade,

Simantob citou o Wal-Mart, que incluiu em seu modelo de negócios o comerciante local. "Ao invés de o

açougueiro, padeiro e feirante serem concorrentes, eles passaram a ser incluídos dentro do modelo de

negócios e agregar valor ao negócio", afirmou. A Philips é outro exemplo, que investe em produtos verdes e

eficiência enérgica em seus processos.

A conferência - As atividades da Conferência BAWB continuam nesta quarta-feira (1º), com apresentação

de cases de sucesso das empresas Tamarana Metais, de Tamarana; Joyful, de Curitiba; e Masisa, de Ponta

Grossa. O evento acontece no Village Praça de Eventos (Rod. 165, Cambé). Mais informações no

site www.bawb.org.br.

http://www.fiepr.org.br/boletimobservatorio/News10739content109295.shtml?e=1226344

Link do conteúdo: http://www.sesipr.org.br/News62content109214.shtml

www.fiepr.org.br